06 Dimensionamento de Vigas Alveolares de Aco

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DIMENSIONAMENTO

DE
VIGAS ALVEOLARES DE AO
Gustavo de Souza Verssimo
Washington Batista Vieira
Eliane Gomes da Silveira
Jos Carlos Lopes Ribeiro
Jos Luiz Rangel Paes
Eduardo Matos Bezerra
Ana Lydia Reis de Castro e Silva
Ricardo Hallal Fakury
Agosto de 2012

1. Introduo
O que so vigas alveolares?

2. Histrico
Geofrey Boyd (1935)
engenheiro de estruturas da British Structural Steel Company
Obra em Buenos Aires
Desafio: projetar um perfil para o monotrilho de uma talha.
A largura mxima da mesa do perfil era, necessariamente, restringida pela largura de abertura
da talha, e os perfis disponveis que atendiam restrio de largura da mesa eram
insuficientemente rgidos para vencer o vo em questo. Boyd imaginou inicialmente enrijecer
um perfil soldando outro abaixo dele; depois visualizou a possibilidade de castelar o perfil de
forma a aumentar sua altura e, consequentemente, sua rigidez. Um experimento com um
modelo de papelo mostrou de forma imediata a viabilidade da ideia e, assim, nasceu a viga
Boyd.

2. Histrico
Ganho de altura e razo de expanso
Razo de expanso

dg

seo
original

seo
alveolada

dg
d

k 1,5

2. Histrico

Ganho de altura: 50%

Ganho de capacidade resistente de 85 a 115%


Ganho de rigidez de 180 a 220%

2. Histrico

Padres famosos

Padro Litzka
bw

bw /2

bw

60,0
dg

ho

2. Histrico

Padres famosos

Padro Peiner
bw

bw /2

bw

63,4
dg

ho

ho

ho/2

ho/4

2. Histrico

Padres famosos

Padro Anglo-Saxo
0,29d

0,25d

59,9
d g=1,5d

ho = d

1,08d

2. Histrico
Ascenso e queda das vigas alveolares

- difuso do uso aps a 2a. Guerra Mundial


- vrios trabalhos de pesquisa desenvolvidos
- caem em desuso devido elevao dos custos
com mo-de-obra de fabricao nos pases
desenvolvidos

2. Histrico
Fatos novos a partir dos anos 80 e 90

- automao e competitividade
- apelo arquitetnico
- novos aos, novos perfis novos modos de colapso
- perfis laminados no Brasil 2002

3. Motivao

- 2008 aquecimento do mercado nacional


- demanda do setor industrial

- Tecnao bolsa de IC: investigao do estado da arte

- descobrimos problemas !!!

3. Motivao
Perfis BANTAM (Chaparral Steel)
predomina o
colapso por
instabilidade

predomina o colapso por plastificao

6
5
4

Laminados brasileiros (AOMINAS)

3
2
Vigas BANTAM

1
Perfis europeus

0
0

10

20

30

40
esbeltez da alma

50

60

70

80

3. Motivao
Perfis BANTAM (Chaparral Steel)

colapso por flambagem


do montante de alma
Novo Estado Limite: FMA

4. Articulao
Grupo de pesquisa
UFV

UFMG

Projetos de pesquisa
financiados pela FAPEMIG

Gustavo de Souza Verssimo


Jos Luiz Rangel Paes
Jos Carlos Lopes Ribeiro

Ricardo Hallal Fakury


Francisco Carlos Rodrigues
Ana Lydia Reis de Castro e Silva
Rodrigo Barreto Caldas

5 dissertaes de mestrado
concludas

Washington Batista Vieira (EC)


Eliane Gomes da Silveira (EC)
Luza Baptista Oliveira (Arq)
Halley Pereira da Silva (EC)
Giuliana de Angelo Ferrari (EC)

Eduardo Matos Bezerra


Laura Abreu
Hugo Cesar Vieira

1 tese de doutorado em
andamento

3 dissertaes de mestrado
em andamento

10 artigos produzidos

5. Objetivo

Reestudar o comportamento e os modos de


colapso de vigas casteladas e celulares,
constitudas por perfis laminados brasileiros, a
partir de estudos analticos, numricos e
experimentais e elaborar um procedimento de
clculo para essas vigas.

6. Metodologia

Duas frentes de trabalho: UFV & UFMG


Estudos analticos
Estudos numricos

6. Metodologia
Anlise numrica

6. Metodologia
Anlise numrica

- anlise de flambagem
- anlise no linear
- no linearidade fsica e geomtrica

- tenses residuais
- imperfeies iniciais

6. Metodologia
Anlise numrica - modelagem

6. Metodologia
Anlise de flambagem
elstica

6. Metodologia
Anlise numrica - validao

6. Metodologia
Estudos analticos
- Modelo Vierendel

Modelo analtico simplificado utilizado para analisar


uma viga alveolar como uma viga Vierendeel.

6. Metodologia
Estudos analticos

VIGA ALVEOLAR IDEALIZADA

MOMENTOS FLETORES

ESFOROS CORTANTES

6. Metodologia
Estudos analticos
F

1 2
V2

yb
ht

ya

V2

M
2yo

M
2yo

C.G.

yo
V
M
dg

bw
M
2 yo
V2

M
2yo
V2

Equilbrio de foras no alvolo de uma viga castelada

6. Metodologia

Estudos analticos
bf
yb

V2

tf

ht

ya
s
tw

yo

s
V2
y
X

estudo da distribuio
das tenses de cisalhamento
na seo castelada

6. Metodologia
Estudos analticos
F
V2
ht

V+F
2
O

M
2yo

bm ( y)
Ro

Anlise de tenses relacionada ao


colapso do montante de alma

M+ M
2yo

yo

Vh
F2
bw
F
V2

V+F
2

yb
ht

M
2yo

ya

M+ M
2yo

bm ( y)
yo hexp
hp /2

y
Vh
F2
bw

7. Resultados
Identificao dos Estados Limites ltimos aplicveis

Mecanismo por flexo


Mecanismo Vierendeel
Ruptura do montante de alma por cisalhamento

Flambagem lateral com toro


Flambagem do montante de alma
Estudo de solues para cada E.L. com generalizao ou particularizao

7. Resultados
Estados Limites ltimos

1) Formao de mecanismo plstico


M Sd c VSd

M plo

a1

onde:
c

yo ya bw At
2 It

M plo Z xo f y 2 yo At f y

7. Resultados
Estados Limites ltimos

2) Escoamento do montante de alma por cisalhamento


VRk 1

4
9 3

t w yo f y

(para os padres Litzka e Peiner)

VRk 1

25
t w yo f y
81 3

(para o padro Anglo-Saxo)

VRk 1

4 Do
1
t w yo f y
p
3 3

(para vigas celulares)

7. Resultados
Estados Limites ltimos
3) Escoamento do montante de alma por flexo

VRk 2

VRk 2

yo t w bw2 2 hexp hp
2
exp

(para os padres Litzka e Peiner)

fy

2
232 yo t w bw hexp 1,16h p

fy
2
75
hexp
p

VRk 2

yo t w f y
3

(para o padro Anglo-Saxo)

3 8
4 8
2

(para vigas celulares)

7. Resultados
Estados Limites ltimos
4) Flambagem do montante de alma (FMA)

Vcr

Vcr

Vcr

E 4 yo 0,8 hexp h p t w3

(para os padres Litzka e Peiner)

3,54 yo2
E 2,86 yo 0,8 hexp h p t w3

(para o padro Anglo-Saxo)

2,2 yo2
E

0,4 2 hexp t w3
0,59 y

com: p / D
o

2
o

(para vigas celulares)

7. Resultados
Estados Limites ltimos
5) Flambagem lateral com toro
Procedimento similar ao da NBR8800:2008 com pequenas modificaes:
- propriedades geomtricas da seo lquida no centro das aberturas e
Cw

I y h2
4

- substituir os parmetros de esbeltez p e r, pelos valores correspondentes de


comprimentos destravados, Lp e Lr,cor
L p 1,76 ry

E
fy

Lr , cor

1,66 I y J
J 1

27 Cw 1
1
Iy

7. Resultados
Estados Limites ltimos
5) Flambagem lateral com toro
- se Lb Lr,cor

M Rk M cr

Cb 2 E I y
Lb

Cw
Iy

J Lb
1 0,039

Cw

- se Lp Lb Lr,cor

Lb L p
M Rk Cb 0,90M pl 0,90M pl M r ,cor
Lr ,cor L p

M r ,cor

0,31 E
2
Lr ,cor

I y 1000 Cw 39 J Lb

0,90M pl

7. Resultados
Estados Limites ltimos
5) Flambagem lateral com toro
- se Lb Lp

M Rk 0,90 M pl

Momento fletor resistente de clculo:

M Rd

M Rk

a1

7. Resultados
Estado-limite de servio de deslocamento excessivo

Em vigas de alma cheia usual ignorar as deformaes por cisalhamento

Em vigas alveolares as deformaes por cisalhamento so apreciveis e no devem


ser ignoradas.

7. Resultados
Estado-limite de servio de deslocamento excessivo
Em vigas alveolares, os deslocamentos totais so obtidos somando-se as parcelas
devidas flexo e ao cisalhamento
f f M fV

onde:
fM

5 q L4

384 E I e

q L2
fV
8 G Ae

Ie e Ae so respectivamente a inrcia equivalente e a rea equivalente de uma viga alveolar.

7. Resultados
Estado-limite de servio de deslocamento excessivo
Inrcia equivalente:
- para os padres Litzka e Peiner:
3

h
11
4
5
3
2
p
2
2

I e 2 At y0 I t t w
h h h
h h
36 exp 9 exp p 24 exp p 36

- para o padro Anglo-Saxo:

133
79
25 3
187
3
2
I e 2 At y02 I t t w
hexp
hexp hp
hexp hp2
hp
324
432
1296
648

- para vigas celulares:

t w Do3
I e 2 At y I t
48
2
0

1
2,5

7. Resultados
Estado-limite de servio de deslocamento excessivo
rea equivalente:

1
54
G
3
3

0
,
20
h

0
,
375
h
h
h

0
,
75
h

0
,
125
h
exp
exp
p
exp
p
p
Ae
tw yo2 p 2 E
0,60
p 2 G 2 tw ya5
2,08 hexp 1,5hp

tw yo2
648 I t E
45 I t2

A expresso acima foi deduzida para vigas alveolares com relao p/bw igual a 3 (relao vlida para os
padres Litzka e Peiner). A parcela dos deslocamentos devidos fora cortante em vigas alveolares varia
de 5 a 20% da flecha total. Assim, apesar de ter sido deduzida com base na configurao geomtrica dos
padres Litzka e Peiner, em que p/bw = 3, a equao acima fornece uma boa aproximao da rea
equivalente para o padro Anglo-Saxo e para as vigas celulares.

7. Resultados

Vigas alveolares padro Litzka obtidas a partir do perfil W200x15,0

8. Concluso
Neste trabalho so propostos procedimentos para verificao de estadoslimites ltimos e de servio aplicveis s vigas alveolares de ao.
Uma formulao analtica consistente apresentada, com expresses
particularizadas para os principais padres de vigas alveolares
usualmente empregados na construo metlica, seguindo a sistemtica
da ABNT NBR 8800:2008.
A formulao foi aferida por meio de anlises numricas, apresentando
bons resultados.

Obrigado!
Gustavo de Souza Verssimo

[email protected]

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