Ficha de Trabalho 11 Ano-Lógica
Ficha de Trabalho 11 Ano-Lógica
Ficha de Trabalho 11 Ano-Lógica
ABRIL DE 2012
Grupo I
Para cada um dos itens, selecione a alternativa correta
1. Todos os argumentos so compostos por:
A. Trs proposies.
B. Uma proposio complexa.
C. Uma concluso e um conjunto de premissas.
D. Duas premissas e uma concluso.
2. Se um argumento dedutivamente invlido, ento
A. Pode ter concluso falsa e as premissas verdadeiras.
B. Tem a concluso e as premissas falsas.
C. No pode ter premissas e concluso todas as
verdadeiras.
D. Tem a concluso falsa e as premissas verdadeiras.
3 H quem diga que a astrologia uma cincia e h quem
diga que no. A verdade que a astrologia no uma
cincia, porque, se fosse uma cincia, as teorias dos
astrlogos seriam submetidas a testes. Mas as teorias dos
astrlogos no so submetidas a testes.
Qual a concluso deste argumento?
A. H quem diga que a astrologia uma cincia e h
quem diga que no.
B. A astrologia no uma cincia.
C. As teorias dos astrlogos no so submetidas a testes.
D. Se a astrologia fosse uma cincia, as teorias dos
astrlogos seriam submetidas a testes.
4. Um argumento dedutivamente vlido em virtude
A. Da sua forma lgica.
B. Do seu contedo.
C. De a concluso ser particular.
D. De a concluso ser verdadeira.
5. Ou aceitas o racionalismo ou negas as verdades da
matemtica. Ora, se no negas as verdades da
matemtica, resta-te aceitar o racionalismo.
Qual a falcia informal em que incorre o orador que
apresenta este argumento?
A. Falso dilema, porque o orador aceita alternativas
falsas.
B. Falso dilema, porque o orador ignora alternativas.
C. Apelo fora, porque o orador ameaa o interlocutor.
D. Apelo fora, porque o orador apela ao poder da
matemtica.
6. Nietzsche enlouqueceu. Portanto, penso que no
deveramos estudar as ideias dele nas aulas de Filosofia.
O orador que apresenta este argumento incorre numa
falcia informal, porque
A. A loucura de Nietzsche contribuiu para a projeo da
sua filosofia.
B. A premissa apresentada no pode ser comprovada.
C. Desvaloriza as ideias de Nietzsche, com base em
dados da sua vida.
D. No verdade que Nietzsche tenha enlouquecido.
2011/2012
2011/2012
Grupo II
1. Apresente o argumento seguinte na forma
silogstica
(forma-padro
do
silogismo),
enunciando na forma cannica as proposies que
o compem.
No h filsofos dogmticos, visto que qualquer
filsofo crtico. Mas nenhum dogmtico crtico.
2. Verifique se ou no vlido o silogismo seguinte,
aplicando as regras de validade silogstica.
Todas as boas pessoas so simpticas.
Nenhum egosta boa pessoa.
Logo, nenhum egosta simptico.
3. Identifique os termos maior, menor e mdio do
silogismo seguinte.
Nenhum ser intolerante pacfico.
Alguns seres humanos so intolerantes.
Logo, alguns seres humanos no so pacficos.
4. Construa um silogismo vlido com as premissas
seguintes.
Premissa maior: alguns cientistas so relativistas.
Premissa menor: todos os cientistas so seres racionais.
FIM
2011/2012
- Esse conhecimento, ou seja, o conhecimento, ou seja, o conhecimento da verdade penso logo existo,
justificado pelo prprio ato de duvidar:
- Ao duvidarmos, estamos a pensar e, se pensamos, somos necessariamente alguma coisa (somos,
pelo menos, alguma coisa que pensa);
- Assim, indubitvel que somos alguma coisa, e este um conhecimento que nenhum ctico
consegue abalar.
4. David Hume defende uma forma de ceticismo moderado.
Por um lado, argumenta que a vivacidade das impresses sensveis (as quais so anteriores ao uso da
razo) nos impede de rejeitar a nossa crena natural no mundo exterior, demarcando-se de um tipo de
ceticismo extremo.
Por outro lado, argumenta que a anlise racional das nossas crenas mostra que muitas delas so
injustificadas (por exemplo, a crena de que as impresses dos sentidos so causadas por objetos
exteriores no est justificada, pois a nossa mente no tem maneira de conseguir qualquer
experincia da conexo das impresses com os objetos), pelo que o nosso conhecimento muito
mais limitado do que habitualmente supomos.
Assim, Hume ctico quanto possibilidade de encontrarmos um fundamento para o conhecimento que
esteja ao abrigo de toda a dvida, mas o seu ceticismo no universal.
5.1. Referir que todo o conhecimento deriva da experincia - empirismo, sendo os elementos do
conhecimento em Hume: as impresses (sensaes, emoes) e as ideias. As primeiras com maior
vivacidade e fora que as segundas (recordaes deixadas pelas impresses). As ideias so cpias das
impresses.
Em Descartes h ideias inatas, claras e distintas puramente racionais, independentes da experincia
racionalismo. Essas ideias inatas, o cogito, o mundo e deus, legitimam todo o conhecimento.
5.2. Hume critica a viso indutivista do princpio da causalidade que considera haver uma conexo
necessria entre causa e efeito, sendo esta a priori, que prev os acontecimentos futuros todos os
corpos se movero aps um impulso semelhante. Mas para Hume no possumos nenhuma
impresso do futuro, tal como no temos a impresso da relao necessria entre causa-efeito. No
observamos nenhuma relao causal entre os fenmenos. O que se forma em ns o hbito ou
costume (fundamento psicolgico) de vermos a contiguidade (proximidade, sequncia) -conjuno
habitual- no espao e no tempo, entre objetos ou eventos todas as inferncias () so efeito do
costume, no do raciocnio.
5.3. Hume acaba por cair numa posio ctica sobre o conhecimento.
Estamos limitados pela experincia, e por consequncia tudo aquilo que no possa ser observado, no
existe. O conhecimento da natureza deve fundar-se exclusivamente em impresses que dela temos. Desta
premissa decorre o seu ceticismo moderado. O Homem s conhece as suas prprias impresses ou
ideias e as relaes que estabelece entre elas por hbito. Tudo o que se sabe, por discurso racional,
acerca do universo se deve nica e exclusivamente crena, que um sentimento no racional. A razo
est limitada no seu poder.
- Questiona o princpio da causalidade em que se baseiam as cincias da natureza, pois no passa de
uma crena.
- Questiona tambm os fundamentos lgicos da induo, ao afirmar que pelo facto de algo ter
acontecido muitas vezes no passado, no significa que venha a acontecer no futuro. O futuro no existe e
como tal no do domnio do conhecimento.
No temos impresses do eu pensante, nem da realidade exterior nem de Deus (ideias inatas para
Descartes), portanto a priori. No se pode afirmar a existncia de qualquer fundamento metafsico
ceticismo metafsico.
FIM