Teste 12º Versao 2

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Teste de Portugus 12.

Ano
Verso 2
5

Grupo I
Apresenta as tuas respostas de forma bem estruturada.
A

10
L atentamente o poema seguinte.
15
Sol nulo dos dias vos,
Cheios de lida e de calma,
Aquece ao menos as mos
A quem no entras na alma!
20
Que ao menos a mo, roando
A mo que por ela passe,
Com externo calor brando
O frio da alma disfarce!
25
Senhor, j que a dor nossa
E a fraqueza que ela tem,
D-nos ao menos a fora
De a no mostrar a ningum!
Fernando Pessoa, in Richard Zenith (ed.), Poesia do Eu, Obra Essencial de Fernando Pessoa,
3. edio, Lisboa, Assrio & Alvim, 2014.

35
1. Identifica o pedido realizado na primeira estrofe e explicita o seu sentido.
2. Indica um recurso expressivo presente no verso O frio da alma disfarce! e refere o seu valor.
40
3. Explica o contedo da ltima estrofe enquanto concluso do poema.

45

B
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L atentamente o texto seguinte.


50

55

60

65

70

75

Nesta viagem, de que fiz meno, e em todas as que passei a Linha Equinocial, vi debaixo
dela o que muitas vezes tinha visto, e notado nos homens, e me admirou que se houvesse
estendido esta ronha, e pegado tambm aos peixes. Pegadores se chamam estes, de que agora
falo, e com grande propriedade, porque sendo pequenos, no s se chegam a outros maiores,
mas de tal sorte se lhes pegam aos costados, que jamais os desaferram. De alguns animais de
menos fora, e indstria se conta que vo seguindo de longe aos Lees na caa, para se
sustentarem do que a eles sobeja. O mesmo fazem estes Pegadores, to seguros ao perto, como
aqueles ao longe; porque o peixe grande no pode dobrar a cabea, nem voltar a boca sobre os
que traz s costas, e assim lhes sustenta o peso, e mais a fome. Este modo de vida, mais astuto
que generoso, se acaso se passou, e pegou de um elemento a outro, sem dvida que o
aprenderam os peixes do alto depois que os nossos Portugueses o navegaram; porque no parte
Vizo-Rei, ou Governador para as Conquistas, que no v rodeado de Pegadores, os quais se
arrimam a eles, para que c lhes matem a fome, de que l no tinham remdio. Os menos
ignorantes, desenganados da experincia, despegam-se, e buscam a vida por outra via; mas os
que se deixam estar pegados merc, e fortuna dos maiores, vem-lhes a suceder no fim o que
aos Pegadores do mar.
Rodeia a Nau o Tubaro nas calmarias da Linha com os seus Pegadores s costas, to
cerzidos com a pele, que mais parecem remendos, ou manchas naturais, que os hspedes, ou
companheiros. Lanam-lhe um anzol de cadeia com a rao de quatro Soldados, arremessa-se
furiosamente presa, engole tudo de um bocado, e fica preso. Corre meia companha a al-lo
acima, bate fortemente o convs com os ltimos arrancos, enfim, morre o Tubaro, e morrem com
ele os Pegadores.
Padre Antnio Vieira, in Jos Eduardo Franco e Pedro Calafate (dir.), Obra Completa: Padre Antnio Vieira Sermes
Hagiogrficos I, Tomo II, Volume X, Lisboa, Crculo de Leitores, 2013, pp. 156-164.

80
4. Evidencia as caractersticas do tipo humano que o peixe pegador representa, considerando o
excerto transcrito.
5. Explica as consequncias do comportamento do peixe pegador, ilustrando a tua resposta com
85

transcries textuais relevantes.

90

95

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100

GRUPO II
Nas respostas aos itens de escolha mltipla, seleciona a opo correta.
Escreve, na folha de respostas, o nmero do item e a letra que identifica a opo escolhida.
L o texto.

105
EMOES EM REDE

110

115

120

125

A capacidade para detetar e reagir a emoes est a adquirir grande importncia. possvel
criar programas informticos que possam perceber o nosso estado de esprito? Trata-se de um
grande desafio. Talvez um rob no se torne mais inteligente por isso, mas teremos a sensao
de ser mais fcil lidar com ele. J h sistemas que reconhecem quase sempre as emoes
primrias, como a zanga e a felicidade. As mais complicadas, como a inveja, implicam processos
mais cognitivos. O panorama muito diversificado e passa por identificar os processos
depressivos, os mecanismos para controlar o stress, os estmulos que nos fazem sentir alegres...
No se trata apenas de uma questo de software. tambm necessrio desenvolver o hardware.
Tambm h cada vez mais programas que reconhecem a expresso facial e analisam a voz.
Outros medem as pulsaes, a temperatura da pele ou a presso sangunea. H sensores que
contam os passos que damos ou as calorias que ingerimos. Tudo pode ser enviado, atravs do
telemvel, para uma base de dados online que proporciona, diariamente, uma reproduo precisa
do que nos acontece. Essas fontes de informao permitiro aos sistemas automticos
reconhecer as emoes. H alguns anos, Rosalind Picard, investigadora do MIT, publicou um
estudo decisivo sobre a computao das emoes. Ningum a levou a srio. Contudo, foi
convidada a escrever um trabalho introdutrio no primeiro nmero da revista IEEE Transactions
on Affective Computing, em 2010. O ttulo do texto era Computao afetiva: da gargalhada
IEEE, e imps um antes e um depois.

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L. M. A, A ameaa mecnica, in Superinteressante, n. 217, maio 2016, p. 45 (texto adaptado).

130 1. O reconhecimento de emoes por parte das mquinas


(A) tornar os robs mais inteligentes.
(B) torn-las- mais compatveis connosco.
(C) ajudar-nos- a perceber melhor os nossos sentimentos.
135

(D) ajudar-nos- a conviver melhor com elas.


2. As emoes complexas
(A) exigem um maior conhecimento para serem entendidas pelos sistemas informticos.

140

(B) so facilmente entendidas pelos sistemas informticos.


(C) esto muito longe de ser entendidas pelos sistemas informticos.
(D) so muito diversificadas e no podem ser entendidas pelos sistemas informticos.

145
3. Os atuais programas de monitorizao da sade do ser humano
(A) permitem a anlise de algumas emoes complexas.
150

(B) apenas fornecem informaes sobre reaes externas.


(C) fornecem informaes que sero o pilar do reconhecimento das emoes complexas.
(D) pouco contribuiro para o estudo das emoes complexas.
4. A presena de emprstimos deve-se sobretudo

155
(A) traduo do texto.
(B) ao campo semntico predominante no texto.
(C) ao campo lexical predominante no texto.
(D) coerncia e coeso do texto.
160
5. Em O panorama muito diversificado e passa por identificar os processos depressivos
(ll. 6-7), o constituinte sublinhado desempenha a funo sinttica de
(A) complemento oblquo.
165

(B) complemento direto.


(C) predicativo do sujeito.
(D) complemento agente da passiva.

6. Em Tudo pode ser enviado [] para uma base de dados online que proporciona,
170
diariamente, uma reproduo precisa do que nos acontece. (ll. 11-13), esto presentes as
oraes subordinadas
(A) adverbial final, adjetiva relativa restritiva e substantiva relativa.

(B) adjetiva relativa restritiva e substantiva relativa.


175

(C) adjetivas relativas restritivas.


(D) adjetiva relativa restritiva e substantiva completiva.
7. Em Ningum a levou a srio. (l. 15), o elemento sublinhado contribui para a coeso

180

(A) interfrsica.
(B) lexical.
(C) frsica.
(D) referencial.

185

8. Identificas as funes sintticas dos elementos sublinhados:


a) [] os estmulos que nos fazem sentir alegres.... (l. 7).
b) Essas fontes de informao permitiro aos sistemas automticos reconhecer as
emoes. (ll.13-14).

190

c) H alguns anos, Rosalind Picard, investigadora do MIT, [] (l. 14).


195
GRUPO III

Apresenta uma reflexo em que estabeleas as diferenas entre os conceitos de


200 Oportunidade e Oportunismo e em que ponderes as consequncias das aes oportunas e
oportunistas na sociedade atual.
Escreve um texto, devidamente estruturado, de duzentas a trezentas palavras.
Fundamenta o teu ponto de vista recorrendo, no mnimo, a dois argumentos e ilustra cada
205 um deles com, pelo menos, um exemplo significativo.

Observaes:
210 1.

Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequncia delimitada por espaos em branco,
mesmo quando esta integre elementos ligados por hfen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer nmero conta como uma nica
palavra, independentemente dos algarismos que o constituam (ex.: /2016/).

2.

Relativamente ao desvio dos limites de extenso indicados entre duzentas e trezentas palavras , h que atender
ao seguinte:

215

220

um desvio dos limites de extenso indicados implica uma desvalorizao parcial (at 5 pontos) do texto
produzido;

um texto com extenso inferior a oitenta palavras classificado com zero pontos.

FIM

225

230

COTAES

Grupo
I
II
III
TOTAL

Item
Cotao (em pontos)
1. a 5.
5 20 pontos
1. a 10.
10 5 pontos

100

Item nico

50

50

200

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