Apostila Vibraçoes Mecanicas
Apostila Vibraçoes Mecanicas
Apostila Vibraçoes Mecanicas
OSCILAES MECNICAS
1.INTRODUO:
Todo sistema mecnico com masa e rigidez, tem capacidade de oscilar, ou seja,
quando em movimento desloca-se em torno de um ponto de equilbrio. O ponto de
equilbrio o ponto da trajetria em que a acelerao do sistema nula, ou seja, aquele
em que a resultante das foras externas aplicadas ao sistema NULA.
Os sistemas mecnicos apresentam formas (ou modos) diferentes de vibrao, que so
diferenciados entre si basicamente pela frequncia de vibrao. Qualquer sistema
mecnico possui infinitos modos de vibrao, embora no desenvolvimento desse estudo,
condies simplificadoras iro limit-los.
1.1.Graus de Liberdade:
Para descrever os movimentos de um sistema, utilizam-se coordenadas
independentes entre si expressas em funo do tempo. O mnimo nmero de
coordenadas, ou variveis independentes, necessrias para descrever o movimento de
um sistema mecnico, denominado de grau de liberdade.
O sistema composto por um ponto material (sem dimenses), sob ao
de uma mola, encontra-se ilustrado ao lado. Considerando que o ponto
material possa deslocar-se livremente no espao, sua posio
definida atravs de suas coordenadas espaciais: abscissa (x),
ordenada (y) e cota (z), que so independentes entre si, ou seja, no
possvel express-las em funo de uma terceira grandeza.
Este um exemplo de sistema com trs (3) graus de liberdade.
z
y
x
Posio de
equilbrio
posio de
equilbrio
y(t)
x(t)
posio de equilbrio
2/43
1.1.1.Exemplo:
Considere-se um pndulo simples que composto por um ponto
material de massa m, ligado a um ponto de suspenso atravs de fio
ideal de comprimento L. Quantos graus de liberdade possui o pndulo
simples?
1.1.2.Exemplo:
Considere-se um sistema composto
por dois slidos. O primeiro est
ligado a uma parede fixa, atravs de
uma mola, e tambm est
interligado ao segundo slido
x1
atravs de uma segunda mola.
Trilhos horizontais e fixos, impem a ambos os slidos deslocamentos horizontais.
Quantos graus de liberdade possui esse sistema?
x2
Neste caso, cada slido tem posio determinada por suas abscissas, ou seja, x 1 e x2,
que so independentes entre si, pois a mola que os conecta, em cada instante,
apresenta-se deformada de forma arbitrria. Este sistema um exemplo de dois graus de
liberdade.
3/43
Por outro lado, demonstra-se que a corda pode vibrar com infinitas frequncias e
amplitudes, onde cada uma das frequncias corresponde a um modo normal de vibrao.
A ttulo de curiosidade, as possveis frequncia da corda so expressas por:
n
F
f=
, sendo (n) um nmero inteiro qualquer.
2L
Complementando, o primeiro modo normal, aquele que apresenta frequncia de
1
F
.
vibrao determinada por n = 1, ou seja: f 1 =
2L
A figura seguinte ilustra algumas posies da corda em instantes diferentes, e para
modos de vibrao diferentes, onde as linhas contnuas ilustram a posio de
deformao mxima da corda, e as linhas tracejadas indicam outras posies em outros
instantes.
dm
y
x dx
L
1 modo normal
de vibrao
L
2 modo normal
de vibrao
L
3 modo normal
de vibrao
Como sugerido acima, sistema com um grau de liberdade possui apenas um modo
normal de vibrao e consequentemente apenas uma frequncia prpria de vibrao.
Um sistema com trs graus de liberdade, possui trs modos normais de vibraes e
portanto trs frequncias prprias de vibrao.
4/43
Detalhando o sistema
A mola caracterizada por: comprimento natural ( L0 ) e rigidez ( k ).
Entenda-se como comprimento natural L0 , o comprimento da mola quando a mesma
no apresenta deformaes.
A rigidez k , no caso de mola helicoidal, uma grandeza que depende das
caractersticas de construo da mola, tais como, dimetro do fio empregado ( d ), raio
da hlice ( R ), nmero de espiras ( n ) e do mdulo de elasticidade transversal do
Gd 4
material ( G ), ou seja: k =
.
64nR3
Usualmente as molas (sistemas elsticos) seguem a Lei de Hooke, preservados os
limites de comportamento elstico do material com o qual foram construdas, ou seja,
quando submetidas a esforo (fora) ( F ), apresentam deformao ( x ), tal que:
F=kx .
O ponto material, possui massa ( m ) e
suas dimenses so desprezas.
A figura anexa ilustra trs posies:
1) mola no seu estado natural, ou seja,
com comprimento ( L0 );
2) o sistema completo em equilbrio, ou
seja, resultante das foras NULA;
3) a posio genrica (no de equilbrio)
do sistema para o instante ( t ).
y(t)
y0
L0
Comprimento
Natural: L0
Posio de
Equilbrio
Posio no
instante (t): y(t)
P
L0
1) peso: P=mg ;
2) fora elstica: F e=ky 0 , conforme a Lei
de Hooke.
Comprimento
Posio de
5/43
A cinemtica: a acelerao
do ponto material : a= y
y(t)
y0
L0
1) peso: P=mg ;
2) fora elstica:
F e=k( y 0+ y) , conforme
Comprimento
a Lei de Hooke.
Natural: L
0
Posio de
Equilbrio
Posio no
instante (t): y(t)
6/43
Resumindo
k
)t+ )
m
k
A pulsao prpria do movimento : 0= ( )
m
Nota: nos casos de sistemas mais complexos do que o simplrio sistema massa mola
abordado, a obteno da equao diferencial a nica forma de identificar a pulsao do
sistema: y +20y =0 . Quando o coeficiente da acelerao ( y ) um
(1),
o
coeficiente da posio ( y ) o quadrado da pulsao prpria.
k eq.
. ), indicada na equao
mef
diferencial, que permite responder o que rigidez equivalente e o que massa
efetiva.
A anlise da forma do quadrado da pulsao ( 20=
7/43
2.1.1.Exemplo:
No sistema ilustrado na posio de equilbrio, as poias so leves, sem
atrito e o fio ideal. A massa m est suspensa pelo fio que suportado k
1
pelas polias, uma com eixo fixo, outra sustentada por mola. As rigidezes
das molas so k1 e k2. No instante t = 0, a massa abandonada em
repouso deslocada de Y0, no sentido descendente em relao posio de
equilbrio. Pedem-se:
a) o diagrama de esforos;
b) a equao diferencial do movimento;
c) a equao horria do movimento (ou equao finita).
Soluo:
Considere-se que num instante t qualquer, o bloco tenha deslocamento y
k
em relao a sua posio de equilbrio. Nessa condio, a mola de rigidez 2
k1 deformou-se de 1 =| y 1|= y 1 e a mola de rigidez k2 deformou-se de
2 =| y P|=y P sendo yP o deslocamento da polia. Na figura seguinte,
ilustram-se os deslocamentos.
Note-se que foi adotado como sentido positivo, o
sentido do deslocamento da massa m, ou seja, sentido
descendente.
k
Desta forma, o deslocamento y1 do extremo da mola de 1
rigidez k1, por ser descendente, tambm positivo.
Por outro lado o deslocamento y P da polia, por ser
ascendente, negativo.
Essas consideraes explicam as relaes entre esses
deslocamentos e as deformaes das molas:
1 =| y 1|= y 1 e 2 =| y P|=y P .
Relacionando os deslocamentos com as deformaes:
k1
y1
origem
yP
ym
m
k2
O comprimento do fio ideal invarivel, ou seja, k2
mesmo aps as deformaes das molas, o
comprimento do fio permanece o mesmo: L.
Comparando o comprimento do fio em cada situao ilustrada, entenda-se entre os
instantes t = 0 e o instante genrico t, pode-se afirmar que:
8/43
No diagrama de esforos, deve-se levar em conta que fio ideal e polias leves, garantem a
mesma trao em todos os pontos do fio. Isto posto,
Q
fica bastante simples montar o diagrama de esforos,
entenda-se foras.
k1
k1
T T
Equacionando a polia mvel:
Q2T =m Pa P => Q=2T pois mP =zero .
y1
A mola de rigidez k1 deforma de y1, sob ao da fora T,
origem
T
ou seja: T =k 1y 1 (Lei de Hooke)
m
A mola de rigidez k2, deforma de |yP| sob ao da fora
T T
k
Q, ou seja: Q=2T =k 2| y P| => T = 2| y P|
T y
2
yP
m
Eliminando a fora T, nas equaes T =k 1y 1 e
Q
k2
2k 1
m
T = | y P| , tem-se: | y P |=
y 1 .
2
k2
k2
k2
Retomando a relao entre os deslocamentos:
4k 1
y m= y 1 +2| y P | => y m= y 1 +
y 1
k2
4k 1
1
y m
Colocando y1 em evidncia ... y m=(1+
)y 1 => y 1=
4k 1
k2
(1+
)
k2
Equacionando a massa m: T =mam => T =m y m
Recuperando a equao que determina a trao T =k 1y 1 , pode-se escrever:
k 1
k 1k 2
k 1y 1=my m =>
y m=my m =>
y =m y m
4k 1
(k 2 + 4k 1) m
(1+
)
k2
k 1k 2
Rescrevendo na forma usual, tem-se: y m +
y =0
(k 2+ 4k 1)m m
k
Comparando com a equao diferencial caracterstica, ou seja, y + eq . y=0 , tem-se:
mef .
k 1k 2
k
k 1k 2
(k +4k 1)
y m + 2
y m =0 => mef . =m => k eq .=
=> 20= eq.
m
(k 2 +4k 1)
m ef .
Nota: este exemplo esclarece de forma apropriada, o que foi dito sobre a
importncia do desenvolvimento da equao diferencial, para a obteno da
massa efetiva e da rigidez equivalente.
A soluo da equao diferencial, ou equao horria do movimento:
k 1k 2
y m= Acos (0t +) , com 0=
;
(k 2 +4k 1)m
no instante t = 0 tem-se:
Y0
cos
=> y m=0=A 0sen () => sen =0 =n
9/43
k 1k 2
t)
(k 2 +4k 1)m
2.1.2.Exemplo:
O sistema ilustrado composto por um disco de massa m D,
dimetro c, ligado a uma barra homognea de massa m B,
comprimento L = b + a, articulada em O e conectada mola mD
mB
O
de rigidez k. O momento de inrcia de um disco, de massa
mD e raio R_D, em relao ao seu centro de massa : c
b
D
2
I CM =0,5m DR D . O momento de inrcia de uma barra de
B
2
massa mB e comprimento L, em relao ao seu centro de massa : I CM
=mBL /12
A posio ilustrada a de equilbrio do sistema. Considerando que esse sistema
com pequenas oscilaes, pedem-se:
a) o diagrama de esforos (foras);
b) a equao diferencial;
c) a massa efetiva;
d) a rigidez equivalente;
e) a equao horria do movimento.
.
oscile
Soluo:
Entenda-se que, pequenas oscilaes, significa que o sistema gira com ngulos
pequenos, ou seja, o ngulo de rotao prximo de zero.
Sendo pequeno o ngulo de rotao 0 , pode-se adotar com muita preciso que:
sen ( emrad ) e cos 1,0 .
Nota: o que ngulo pequeno?; so ngulos que respeitam as condies acima. Para
que no restem dvidas apresenta-se a tabela abaixo.
( ) ( rad) sen erro (%)
5
0,087 0,087
0,00
10
0,175 0,174
0,57
15
0,262 0,259
1,16
mB
b
b) A posio num instante t qualquer definida pela posio angular . Note-se que
para essa nova posio, a deformao da mola aumenta para ( +e).
Como o deslocamento angular na posio de equilbrio NULO, adotou-se essa posio
10/43
como origem dos deslocamentos angulares. Desta forma, pode-se desconsiderar tanto
os pesos do sistema quanto a deformao inicial da mola .
O diagrama de esforos (foras)
Com as consideraes anteriores, restam apenas duas
foras a serem consideradas: a fora elstica aplicada
pela mola ( F e=ke ) e a reao da articulao O (FO).
FO
O
Fe
e = a.sen
a.cos
.
2
O momento resultante: M Res
o =ka
A cinemtica: =
Os momentos de inrcia:
1) da barra em relao ao seu centro de massa:
m
m
B
B
I CM
= BL2 => I CM
= B(a+b)2 ;
12
12
2) da barra em relao ao polo O:
2
mB
a+ b
B
2
a) ;
I OB =I BCM +mBOCM 2 => I O = ( a+b) + m B(
12
2
2
m
ba
I OB = B(a+b)2+ mB(
)
12
2
Desenvolvendo os quadrados:
mB 2 2
mB 2 2
B
I O = (a + b +2ab)+ (b + a 2ab)
12
4
Multiplicando e dividindo o segundo termo por 3:
m
m
I OB = B(a2+ b2 +2ab)+ B(3b2+ 3a 26ab)
12
12
m
B
B
2
2
2
2
I O = (a + b +2ab+3b +3a 6ab)
12
m
Desenvolvendo: I OB = B( 4a2 +4b2 4ab)
12
11/43
m
Finalmente: I OB = B( a2+ b2ab)
3
3) do disco em relao ao seu centro de massa:
2
1
c
1
D
I CM
= m D( ) = m Dc 2 ;
2
2
8
4) do disco em relao ao polo O:
1
c 2
D
2
D
I OD =I CM
+ mDOCM 2 => I O = m Dc +m D( b+ )
8
2
Rearranjando os termos:
1
2b +c 2
1
D
2 mD
2
I OD = mDc 2 +m D(
) => I O = mDc + (2b+ c)
8
2
8
4
Desenvolvendo os quadrados:
1
D
2 mD
2
2
I O = m Dc + (4b +c +4bc )
8
4
Multiplicando e dividindo o segundo termo por 2:
m
1
I OD = mDc 2 + D(8b 2+ 2c 2+ 8bc)
8
8
m
Rearranjando: I OD = D(c 2 +8b2 +2c 2 +8bc )
8
m
Finalmente: I OD = D(3c 2+ 8b2 +8bc)
8
5) do sistema em relao ao polo O:
I Osist . =I OD + I BO
m
m
I OSist . = D(3c 2 +8b 2+ 8bc)+ B( a2 +b2ab)
8
3
.
Impondo o TMA: M o=I o => ka2=I sist
k
ka
=0
=0 ou +
sist .
sist .
IO
IO
a2
k eq .
x=0 ou
m ef .
x + 0x=0
2
I Osist .
ka
obtm-se: k eq .=k , mef . = 2 e 20= sist . .
a
IO
ka 2
) .
.
I sist
O
12/43
2.2.1.Exemplo:
No sistema ilustrado na posio de equilbrio, as poias so leves, sem
atrito e o fio ideal. A massa m est suspensa pelo fio que suportado
pelas polias, uma com eixo fixo, outra sustentada por mola. As rigidezes k1
das molas so k1 e k2. No instante t = 0, a massa abandonada em
repouso deslocada de Y0, no sentido descendente em relao posio de
equilbrio. Pedem-se:
a) a equao diferencial do movimento;
b) a equao horria do movimento (ou equao finita).
k 2 k 2 + 4k 1
k 2+ 4k 1
1
2
A Energia Cintica da massa m: EC= my m
2
A Energia Potencial elstica da mola de rigidez k 1:
2
2
k 2y m
k 1k 2
1
1
1
2
EP 1= k 1y1 => EP 1= k 1(
) => EP1=
y 2m
2
2
2
k 2 + 4k 1
2 ( k 2 +4k 1 )
k1
y1
origem
m
ym
yP
m
k2
13/43
k 1k 2
t)
(k 2 +4k 1)m
14/43
2.2.2.Exemplo:
O sistema ilustrado composto por um disco de massa m D,
dimetro c, ligado a uma barra homognea de massa m B,
comprimento L = b + a, articulada em O e conectada mola mD
mB
O
de rigidez k. O momento de inrcia de um disco, de massa
mD e raio R_D, em relao ao seu centro de massa : c
b
D
2
.
O
momento
de
inrcia
de
uma
barra
de
I CM =0,5m DR D
B
2
massa mB e comprimento L, em relao ao seu centro de massa : I CM
=mBL / 12
A posio ilustrada a de equilbrio do sistema. Considerando que esse sistema
com pequenas oscilaes, pedem-se:
a) a equao diferencial;
b) a massa efetiva;
c) a rigidez equivalente;
d) a equao horria do movimento.
A relao entre a deformao a mola e o deslocamento
angular: e=asen => e=a
A Energia Potencial Elstica:
1
1
2
2
2
EP= ke => EP= ka
2
2
A Energia Cintica de Rotao:
1 Sist . 2
EC= I O
2
.
oscile
e = a.sen
a.cos
A Energia Mecnica:
1 Sist . 2 1
2
2
EM =EC+ EP => EM = I O + ka
2
2
Nota: a energia Potencial Gravitacional no precisa ser levada em conta pois se
anula com a parte da Energia Potencial Elstica; considere-se que a
deformao da mola na posio de equilbrio, gera fora elstica suficiente
para anular as foras pesos.
O
Esta equao apresenta-se em forma de um produto, ou seja, possui duas solues:
1) =0
=> define a existncia da posio de equilbrio;
k
ka2
2
=0
2) I OSist .+ka
=0 => +
Sist .=0 ou +
Sist .
IO
IO
a2
.
2
I sist
ka
O
O que resulta: k eq .=k , mef . = 2 e 20= sist . .
a
IO
A equao horria do movimento : = Acos(0t+ B) , sendo A e B constantes
15/43
ka
) .
.
I sist
O
2.2.3.Exemplo:
Considere-se um cilindro de massa m, raio RC, momento de
1
2
inrcia baricntrico I C = mRC , que rola sem escorregar,
2
sobre a parte interna de uma pista cilndrica de raio RP. O
cilindro abandonado fora de sua posio de equilbrio e
oscila sem escorregar em relao pista. Considerando-se
pequenas oscilaes, pedem-se:
a) a equao diferencial do movimento;
b) a pulsao prpria do movimento;
c) e a equao horria do movimento.
RP
RC
Soluo:
A estratgia determinar a energia mecnica do cilindro, deriv-la em relao ao
tempo para obter-se a equao diferencial do movimento, ou seja, determinar a energia
cintica e a energia potencial, que nesse caso ser apenas gravitacional.
O movimento do cilindro plano, e como no escorrega em relao a pista que encontrase em repouso, o ponto de contato o CIR Centro Instantneo de Rotao.
O centro do cilindro desloca-se em trajetria circular, de centro coincidente com o centro
de curvatura da pista e raio r=R PRC .
Considere-se que a posio ilustrada, seja a posio do cilindro num instante qualquer
t, quando seu centro de massa deslocou-se S em sua trajetria, medido a partir da
posio de equilbrio, e o cilindro girou em torno de eixo prprio.
Nesse instante t, o centro do cilindro desloca-se com velocidade v =S , e o cilindro gira
com velocidade angular = . Considerando o CIR, pode-se garantir que: v =RC .
Da definio de radianos, pode-se relacionar o ngulo com o deslocamento S, ou
S
arco
seja: =
, entenda-se ngulo=
.
( R PR C )
raio
Derivando essa equao em relao o tempo, tem-se:
RC
v
S
=> =
=> =
.
=
(R P R C )
(R PR C )
( R P R C )
Expressando a velocidade do centro do cilindro e a velocidade angular do mesmo, em
(R PRC )
funo do ngulo : v =
.
( R P RC ) e =
RC
A energia cintica do cilindro composta por duas partes: a energia cintica de
translao e a energia cintica de rotao:
1
2 1
2
EC=EC trans . + ECrot => EC= mv + I CM
2
2
16/43
3
EC=( m(R PRC )2) 2
4
Neste caso no existe o fora elstica e portanto no existe energia potencial elstica, ou
seja, a energia potencial apenas gravitacional.
Adotando o ponto de equilbrio como sendo o ponto de referncia da energia potencial,
ou seja, o ponto onde EP grav . =zero , para o instante t em estudo, a energia potencial :
EP grav . =mgh ; onde: m a massa do cilindro; g a acelerao da gravidade local;
e h a altura em relao ao ponto de equilbrio.
Note-se que: h=( R PRC ) (R PRC )cos ou
h=( R PRC )(1 cos )
A energia potencial gravitacional :
EPgrav . =mg(RP RC )(1 cos )
RP
RC
3
m( RP RC )2+
mg(R PRC )sen =0 => a equao diferencial do movimento.
2
Considerando pequenas oscilaes, a equao diferencial do movimento fica muito
simplificada, ou seja, sen = .
3
m( R PRC )2+mg(
RP RC )=0 => equao diferencial do movimento!
17/43
Na forma padro:
2g
2g
2
+
=0 => 0=
=> = Acos(0t+ B)
3( R P R C )
3( RP RC )
Nota: neste caso, no h sentido em considerar a rigidez equivalente e nem mesmo
considerar a massa efetiva.
posio de equilbrio e
mola com comprimento
natural
posio no
instante t
qualquer
L0
x
vSol.
dm
dc
L
vSol.
18/43
Montando a proporo:
v
.......
= sol. : velocidade do elemento de massa posicionado entre e +d
L
v sol. ..... L
Considere-se que a massa da mola, mesmo quando deformada, seja uniformemente
distribuda, ou seja:
dm....... d => dm= mM d
L
m M . ..... L
A energia cintica de um elemento de massa dm da mola:
2
v sol. 2
1
1 mM
1 mMv sol . 2
2
dEC dm= dm => dEC dm= d (
) => dEC dm=
d
2
2 L
L
2
L3
A energia cintica da mola:
2
L
2
1 1
1 m v
1 m v
L3
2
EC= dEC dm= M 3 sol. 2d => EC= M 3 sol.
=> EC= ( m Mv sol . )
2
3
2
2
3
L
L
0
Recuperando a expresso: v sol. = x , tem-se:
1 1
EC= ( mM )x 2
2 3
Esse resultado poder ser resumido como: a energia cintica de uma mola, igual
a energia cintica de um tero (1/3) de sua massa, deslocando-se com a
velocidade de seu extremo mvel.
Finalmente a energia mecnica do sistema:
1
2 1
2 1 1
2
EM =EC Sol . + EPel . + EC => EM = m( x ) + kx + ( mMx )
2
2
3 2
Derivando a energia mecnica em relao ao tempo:
1
0=mxx + kxx + m Mx x
3
1
x (mx +kx+ mM x )=0
Fatorando a equao:
3
1
Agrupando os termos: x ((m+ m M )x +kx)=0
3
Como sempre h duas solues:
x =0 => determina a existncia do ponto de equilbrio;
1
(m+ mM )x +kx=0 => a equao diferencial do movimentos
3
Reescrevendo na forma tradicional:
k
k
1
x +
x=0 => k eq .=k ; mef . =m+ m M ; 0= (
)
1
1
3
(m+ m M )
(m+ m M )
3
3
19/43
2.2.5.Exemplo:
O sistema ilustrado apresenta barra homognea de
comprimento L=a+ b , massa m, momento de inrcia
mL2
baricntrico I CM =
, articulada em O, e sustentada
12
por mola de rigidez k, massa mM. Considerando pequenas
oscilaes, pedem-se:
a) a equao diferencial;
b) a rigidez equivalente;
c) a massa efetiva;
d) a frequncia (pulsao) prpria do sistema.
Soluo:
O momento de inrcia da barra em relao ao polo CM:
2
1
mL
2
=> I CM = m(a+ b)
I CM =
12
12
O momento de inrcia em relao ao polo O:
Teorema dos eixos paralelos:
2
I O =I CM +mOCM
2
1
a+b
2
I O = m(a+b) +m(
a) ou
12
2
1
ba 2
2
I O = m(a+b) +m(
)
12
2
1
1
I O = m(a+b)2 + m(ba)2
12
4
1
1
I O = m(a2 +b 2+ 2ab)+ m(b 2+ a22ab)
12
4
1
3
I O = m(a2 +b 2+ 2ab)+ m(b 2+ a22ab) ou
12
12
1
1
I O = m(a2 +b 2+ 2ab+3b 2+ 3a26ab) => I O = m(4a 2+ 4b24ab)
12
12
1
2
2
Finalmente: I O = m(a + b ab)
3
No instante t qualquer, a barra apresenta-se na posio
angular , com velocidade angular = , e o extremo
da mola desloca-se com velocidade v =a=a
e
2
2
2 3
Reorganizando
v
e
a
a.cos
e = a.sen
20/43
1
1
1
EM Sist . = I O 2+ ka22 + mMa2 2
2
2
6
Derivando a energia mecnica em relao ao tempo:
1
2
2
0=I O
+
+ka
m Ma
3
Fatorando a equao:
1
2
2
(I O+ka
+ mMa )
=0
3
Reorganizando:
1
2
(( I O + m Ma2)+
ka )=0
3
Como sempre, exitem duas solues:
1) =0
=> estabelece a existncia do ponto de equilbrio;
1
2
2
=0 => a equao diferencial do movimento
2) (I O + m Ma )+ka
3
Reescrevendo na forma usual:
ka2
=0 ou ...
1
2
(I O + mMa )
3
I 1
k
k
+
=0 => k eq .=k ; mef . = O2 + mM ; 0= (
)
IO 1
IO 1
a 3
( 2 + mM )
( 2 + m M )
a 3
a 3
+
21/43
3.1.Mtodo de Newton.
O sistema mais simplificado com as caractersticas citadas, aquele
onde um ponto material de massa m, desloca-se sob ao de fora k
elstica produzida por uma mola de rigidez k e sob ao de fora
viscosa produzida por um amortecedor com coeficiente da fora viscosa
c. A figura ilustra o ponto material, no instante t qualquer, deslocado de m
y em relao posio de equilbrio, com velocidade v, e acelerao
a.
pos. de
equilbrio
y
v
As foras agentes:
a) fora elstica: Fel .=ky ;
b) fora viscosa: F visc . =cv => F visc . =c y
k
c
ma=F el . + F visc . => my =ky cy => y + y + y =0
m
m
Esta forma final da equao denominada de equao diferencial caracterstica do
movimento. Na soluo dessa equao diferencial, usual a utilizao de algumas
grandezas, definidas nessa oportunidade:
k
0= ( eq. ) : a pulsao prpria do sistema ;
mef .
c
=
: parmetro de amortecimento;
2m
= : grau de amortecimento;
0
; razo de frequncias.
r=
0
Reescrevendo a equao com as novas definies:
y +20y +2y =0
Na busca por uma funo que possa ser soluo dessa equao diferencial, deve-se
adotar uma funo cuja derivada primeira e a derivada segunda sejam linearmente
dependentes, algo do tipo: y=e st .
Derivando em relao ao tempo: y =se st
y =s2est
Substituindo as derivadas na equao diferencial:
2 st
2 st
st
2
2
st
s e + 0e +2se =0 => (s +0 +2s)e =0
Com a equao na forma de produto, pode-se afirmar que exite apenas uma nica
2 ((2)2420)
2
2
soluo: s +0 +2s=0 => s=
2
2
2
(2)2420
2 ((2) 40 )
Desenvolvendo: s=
=> s= (
)
2
2
4
2
2
Obtm-se duas solues: s= ( 0 ) .
22/43
2
0
2
0
2
a
y (t)=e
A soluo est determinada, sendo que as constantes a e b sero obtidas atravs das
condies iniciais do problema, ou seja, posio no instante zero e velocidade no instante
zero.
Como a soma de seno e cosseno, no uma funo intuitiva e fcil de trabalhar, usual
apresent-la na forma monmia (fatorada).
Do cosseno da soma, tem-se: a0cos( at+ )=a0cos (at )cos()a0sen( at)sen() .
Comparando com a soluo, tem-se: a=a0cos () e b=a0sen( ) .
Na forma monmia: y (t)=a0etcos(at +) .
23/43
y(t)
e-g.t
t
Ta = 2.p /wa
Ta
Ta
Ta
2
0
2
0
y (t)=( A+ Bt )e(t )
Sendo que, as constantes A e B so determinadas em funo das condies iniciais, tais
como: posio e velocidade no instante zero.
2
0
2
0
24/43
=1
(e)
>1
(d)
(c)
t
<1
(b)
=0
(a)
Ta
Ta = 2.p /wa
T0 = 2.p /w0
25/43
Resumindo.
0= (
=
k eq.
) : a pulsao prpria do sistema ;
mef .
c
: parmetro de amortecimento;
2m
: grau de amortecimento;
; razo de frequncias;
r=
0
2
y +0y +2y =0 ; a equao diferencial na forma usual;
2
0
2
0
26/43
3.1.1. Exemplo:
Um slido de massa m = 20 kg, oscila com amortecimento viscoso com frequncia de
oscilao f = 10 Hz. Em 10 segundos a amplitude sofre reduo de 10%. Pedem-se:
a) o coeficiente de resistncia viscosa c;
b) o parmetro de amortecimento g;
c) o decremento logartmico D = g . Ta;
d) em que proporo varia o perodo quando se suprime o amortecimento.
Soluo:
f a=10 =>
a e
cos (20t +)
y ( t+10)
=0,90 => 0
=0,90 => e10=0,90 ou
t
y (t)
a0e cos(20t+ )
10
ln (e
)=ln (0,90) => 10=0,1054 => =0,0105
Sendo
Sendo
c
=> c=2m => c=0,421
2m
1
D=T a e T a=
=> D=
=> D=0,0011
fa
fa
=
2
2
Sendo 2a =20 2 => 20=2a + 2 => 0= (a + )=62,8319
1 2
T 0 f 0 0 a
T
20
= =
= 0 => 0 =
=0,99999998
T a 1 2
T a ((20)2+ 2)
f a a
3.1.2. Exemplo:
A figura ilustra um slido de massa m = 0,200 kg, sob ao de mola com
rigidez k e amortecedor com constante da fora viscosa c=10 N . s /m . Pos.
A partir da posio de equilbrio, o slido lanado na vertical, para baixo, Equil.
com velocidade v 0 =0,30 m/s . Sabe-se que essa mesma mola sob ao
y(t)
de outro slido teste, com massa mt=0,050 kg , apresenta deformao
m
=0,005 m quando em equilbrio. Adotar g=10 m/ s 2 . Pedem-se:
a) a equao diferencial do movimento;
b) o grau de amortecimento;
c
27/43
L0
Fe
mt
25
=0,56 (b)
Sendo = o grau de amortecimento ... =
0
44,7
Pos.
Equil.
y(t)
m
Fe
v
Fvisc.
=arctan( a )
a
cos ( at++ ) com =arctan( )
28/43
y (t)=0a 0e
ou
y (t)=a0e25tcos (37,1t +)
37,1
)=0,98 rad 4 quadrante
=arctan( a ) => =arctan(
25
=0,98+ =2,16 rad 2 quadrante
3
.. .
y (0)=0=a 0cos() => cos ()=0 => = ;
2 2
y (0)=0,30=44,7a0cos(+ 2,16)
Para
y (t)=0,0081e
cos (37,1t+
3
) (c)
2
3
)
2
y (0,026)=3,48103 m
3.1.3. Exemplo:
Um canho possui cano com massa m = 700 kg, cujo recuo se faz sob efeito de um
29/43
k eq .
8104
rad
) => 0= (
)=10,69
e
mef .
700
s
c
c
c
=
=
=> =
2m
2700 1400
0= (
c
1400
Ns
=> c=14966
1=
10,69
m
3.1.4. Exemplo:
Um pndulo de toro constitudo por um
disco, submerso em leo, e suspenso atravs
de um fio. O disco possui momento de inrcia
2
I =0,004 kgm . O fio possui rigidez de toro
Nm
k T =1,6
. Quando o disco move-se com
rad
velocidade angular em relao ao leo, exercido sobre o mesmo, conjugado
Nm
viscoso expresso por: C vis. =0,1
. Pedem-se:
rad
a) a equao diferencial do movimento;
b) o grau de amortecimento ;
c) a equao horria do movimento.
Soluo:
No instante t qualquer, o disco tem posio angular e
velocidade angular = . Nessas condies o fio aplica
e
io d
no disco o conjugado elstico C el .=k T e o leo aplica posuilbrio
eq
no mesmo conjugado viscoso C vis. =0,1 .
Impondo o TMA Teorema do Momento Angular:
1,6 + 0,1 =0
+
=> +400+25
(a)
=0
0,004
0,004
Comparando com a equao diferencial tpica, ou seja, y +20y +2y =0 tem-se:
30/43
12,5
Sendo = => =
=> =0,625 (b)
0
20
Equao horria do movimento:
t
2
2
2
y (t)=a0e cos(at +) e a =0
2
a =0
2
2
=> a = (0 ) => a =15,61
rad
s
12,5t
y (t)=a0e
4.1.Mtodo de Newton.
Considere-se uma partcula de massa m sob ao de F
um sistema mola amortecedor, com rigidez k, constante da ex.
resistncia viscosa c e de uma fora excitadora
Fex . =F 0cos( t) .
No instante t genrico, considere-se que o sistema tenha
F
posio x(t), com origem na posio de equilbrio e ex.
velocidade v. Dessa forma, duas outras foras estaro
presentes, a fora elstica Fel .=kx e a fora viscosa
F vis. =cv =cx .
Impondo a Lei de Newton, tem-se:
F0cos(t )kxcx=m
x
Fel.
Fvis.
x(t)
v
k, c
31/43
Reescrevendo:
F
k
c
x + x+ x = 0cos (t) ou ...
m
m
m
F0
k
c
2
x + 0x +2x = cos(t) onde: 0= ( ) e =
2m
m
m
A soluo permanente :
x (t)= Acos( t+ )
Derivando em relao ao tempo:
x (t)=Asen (t+)
2
x (t)=A cos(t+)
Testando essa proposta de soluo
A2cos (t+)+ 20Acos (t+ )2Asen (t +)=
Reescrevendo
2
F0
cos (t)
m
F0
cos (t)
m
B=20 (
20 2 2 2 2
) +( )
0
0
20 20
32/43
=1 ; r= ; =
0
tem-se:
20 2 2 2 2
B= ( 2 2 ) +( ) => B=20(1r 2 )2+(2r )2
0
0
0 0
2
0
Reescrevendo a fase :
1) dividindo o numerador e tambm o denominador por 20 :
2
2
2
2
0
0 0
tan
=
tan = 2
=>
=>
tan
=
0 2
202
20 2
20 20
20
2) aplicando as seguintes igualdades:
0
=1 ; r= ; =
0
tem-se:
tan =
2r
1r 2
F0
cos (t)
m
Na equao acima, o termo entre chaves [...] pode ser escrito como:
Bcos [(t +)+ ]= 20(1r 2)2 +(2r )2cos[(t +)+ ] com =arctan (
Substituindo ...
A 0(1r ) +(2r ) cos ((t+ )+ )=
2
2 2
2r
)
1r 2
F0
cos (t )
m
Impondo a igualdade:
coeficientes iguais: A 20 (1r 2)2 +(2r )2=
2
Utilizando: 0=
A=
F0
F
1
=> A= 0 2
2
m
m 0 (1r )2+(2r )2
k
m
F0
F
1
1
=> A= 0
2
2
m k
k (1r ) +( 2r )2
(1r 2)2 +(2r)2
m
33/43
Resumindo .
F0
cos(t)
m
x (t)= Acos( t+ )
F
1
A= 0
2
2
k (1r ) +( 2r )2
2r
=arctan (
)
2
1r
Soluo:
Outras relaes:
k
0= ( )
m
c
=
2m
r= 0
=
0
Nota: em todos os problemas, deve-se ajustar a equao diferencial para que possa
ser comparada com a equao diferencial caracterstica, pois assim a soluo
estar garantida.
A
=0
F0
k
crescente
34/43
4.1.1. Exemplo
Um sistema composto por uma base oscilante na direo
vertical, que move-se segundo a equao horria
y B (t )=acos(t ) , estimula um bloco (slido) de massa m
atravs de mola de rigidez k. O bloco tem seus movimentos
influenciados por um sistema amortecedor com constante da k
resistncia viscosa c. Em funo das grandezas citadas,
pedem-se:
a) a equao diferencial do movimento;
m
b) a equao horria do movimento do bloco.
yB(t)
Fel.
Fvis.
y(t)
Soluo:
As foras agentes so Fel. E fora Fvis., desta forma, aplicando
c
a Lei de Newton:
F el . F vis. =ma
Sendo:
k( y y B )c y =my
Substituindo yB:
k( yacos(t))cy =my
Posio
de
equilbrio
ky +kacos(t)cy =m y
k
c
k
y + y + y = acos(t) ou
m
m
m
Reescrevendo:
y +20y +2y =
ka
cos (t) (a)
m
x + 0x +2x =
F0
cos(t)
m
Conclui-se que:
F0 =ka
A equao horria:
F0
1
2
2
k (1r ) +( 2r )2
a
A=
2 2
(1r ) +(2r)2
2r
=arctan (
)
1r 2
A=
35/43
4.1.2. Exemplo
Considere-se um equipamento de massa m, apoiado em piso (lage)
atravs de um sistema mola amortecedor com rigidez k e constante
da resistncia viscosa c. Esse piso desloca-se na vertical com
equao horria y P (t)=acos(t) .
Esta descrio comum, onde um equipamento at sensvel m
y(t)
vibraes, instalado em um piso (lage) onde outros equipamentos,
Fel. F
vis.
tambm instalados no mesmo local, so fontes de vibrao. Mquinas
que tenham partes que se movem em movimentos oscilatrios, ou
assemelhados, se comportam como fontes de vibraes. Exemplos k,c
que se encaixam nessa categoria so: selecionadores com peneiras,
mquinas operatrizes, motores, compressores, prensas.
yP(t)
Considerando os dados informados, pedem-se:
a) a equao diferencial do movimento;
pos. eq.
b) a equao horria do movimento;
c) a mxima acelerao do equipamento;
d) construir um grfico da amplitude do deslocamento do equipamento em estudo, em
funo da razo de frequncia r.
e) sugerir aes que isolem o equipamento das fontes de vibraes.
Soluo:
Num instante t genrico, o piso encontra-se na posio y P com velocidade v P= y P
e o equipamento encontra-se na posio y com velocidade v = y .
Portanto, nesse instante, a mola encontra-se alongada de = y y P , o que produz
fora elstica Fel .=k( y y P ) , e o amortecedor produz fora viscosa
F visc . =cv rel . , sendo vrel. a velocidade relativa entre as partes, ou seja,
v rel . = y y P .
Nota: a velocidade relativa pode ser obtida atravs da derivada do deslocamento
y y P
relativo , ou seja: = y y P => =
Resumindo, duas foras agem no equipamento:
Fel .=k( y y P ) => F el .=k( y acos (t)) => F el .=ky +kacos (t ) e
F vis. =c( y yP ) => F vis. =cy +cy P
Obtendo a derivada de yP: y P (t)=acos(t) => yP =asen( t )
Substituindo na fora viscosa: F vis. =cy casen (t)
Impondo a Lei de Newton:
Fel . + F vis .=my => ky +kacos (t )cy casen (t)=my
Rearranjando
my +ky+cy =kacos(t)casen (t )
k
c
a
y + y + y = [kcos (t)csen( t)]
m
m
m
36/43
Identificando os termos:
a
2
y +0y +2y = [kcos( t)csen( t)] (a)
m
c
) e B= c 22 +k 2
k
k
c
=arctan(
) como: 0= ( ) => k =20m
k
m
c
c
c
c
) como: =
=arctan(
) => =arctan(
=2
=>
k
m 00
2m
m
2
c
=arctan(
) => =arctan( ) como: = e r=
0
0
0
0
m 00
=arctan(2r )
=arctan(
Substituindo na equao:
a
y +20y +2y = c 22 +k 2cos (t+)
m
Comparando com a forma usual:
F0
2
2
2
2
x + 0x +2x = cos(t) Conclui-se que: F0 =ac + k
m
A equao horria:
x (t)= Acos( t+ ) conclui-se que: x (t)= Acos(t++)
2r
=arctan(2r ) e =arctan (
com:
)
1r 2
A amplitude:
A=
F0
a c22+ k 2
1
1
A=
=>
2
2
2
2
2
k
k (1r ) +( 2r )
(1r ) +(2r)2
A=a
c22+ k 2
1
2
2 2
k
(1r ) +(2r)2
A=a
c22
1
+1
com k =20m
2
2 2
2
k
(1r ) +(2r )
c 22
1
c
c2
2
=2
com
=>
=4
+
1
2
4
2
2 2
2
m
m
0m
(1r ) +(2r )
2
1
com = e r=
A=a 222 4 +1
2 2
2
0
0
0
(1r ) +( 2r )
A=a
37/43
1
A=a 2 r +1
ou ...
2 2
(1r ) +(2r)2
222r 2+1
A=a
(1r 2)2 +(2r )2
2
tem-se:
A equao horria:
x (t)= Acos(t+ +) onde:
222r 2+1
A=a
(1r 2)2 +(2r )2
=arctan(2r )
2r
=arctan (
) (b)
1r 2
A acelerao:
x (t)=A cos(t+ +)
A mxima acelerao:
2
x mx . =A 2 => x mx . = a
1+(2)2
a
(2)2
(c)
( 1r 2 )2+(2r )2
222r 2 +1
Notas:
1) para r=1 e =0 , a amplitude tende a
infinito, o caso de ressonncia;
2) para 0r 2 , a amplitude nunca
menor que a, independentemente do grau de a
amortecimento ;
3) para r > 2 , as amplitudes so sempre
menores que a e tendem a zero para
r 2 .
3) para r > 2 , as menores amplitudes so 0
sempre para grau de amortecimento =0 .
=0
=
crescente
crescente
38/43
p. eq.
y(t)
m
QUESTO 02
No sistema ilustrado a polia de eixo fixo, possui raio R = 0,3 m, momento
de inrcia em relao ao seu centro I = 0,113 kg.m 2, gira livremente (sem
atrito). Um fio ideal (leve, flexvel e inextensvel) que passa pela polia e
no escorrega em relao mesma, liga-se a um bloco de massa m = 1,5
kg, e a uma mola de rigidez k = 1.000 N. A mola ancorada ao piso. A
partir da posio de equilbrio, descola-se o bloco de a 0 = 0,3 m e o
abandona-se em repouso. Pedem-se:
a) a equao diferencial do movimento;
k
b) a pulsao do movimento (0);
c) a equao horria da posio em funo do tempo (y(t));
d) a energia mecnica do sistema.
rad
y +544,35y=0 0=23,33
mef . =2,76 kg
EM =67,5 J
s
QUESTO 03
No sistema ilustrado a polia de eixo fixo, possui raio R = 0,3 m,
momento de inrcia em relao ao seu centro I = 0,113 kg.m 2,
gira livremente (sem atrito). Um fio ideal (leve, flexvel e
inextensvel) que passa pela polia e no escorrega em relao
mesma, liga-se a um bloco de massa m = 1,5 kg. Outro fio de
mesmas caractersticas, liga o ponto da polia distante d = 0,2 m
de seu centro, a uma mola de rigidez k = 1.000 N. A mola
ancorada a uma parede. A partir da posio de equilbrio,
descola-se o bloco de a0 = 0,01 m e o abandona-se em
repouso. Pedem-se:
a) a equao diferencial do movimento;
b) a pulsao do movimento (0);
c) a equao horria da posio em funo do tempo (y(t));
d) a energia mecnica do sistema.
rad
y +322,58y =0 0=17,96
mef . =2,76 kg
EM =0,044 J
s
p. eq.
y(t)
m
d
k
p. eq.
y(t)
m
39/43
QUESTO 04
No sistema ilustrado, as duas polias so leves e sem atrito. A polia
superior tem eixo fixo. A polia inferior est ligada a uma mola de rigidez k
k1 = 8,0 kN/m, que ancorada ao piso. Um fio ideal (leve, flexvel e 2
inextensvel) que passa pelas polias e no escorrega em relao s
mesmas, liga-se a um bloco de massa m = 10,0 kg, e ao teto atravs
de outra mola de rigidez k 2 = 4,0 kN/m. A partir da posio de
equilbrio, descola-se o bloco de a0 = 0,3 m e o abandona-se em
repouso. Pedem-se:
a) a equao diferencial do movimento;
b) a pulsao do movimento (0);
c) a equao horria da posio em funo do tempo (y(t));
d) a energia mecnica do sistema.
rad
y +133,33y=0 0=11,55
y (t)=0,3cos (11,55t)
s
EM =120 J
p. eq.
y(t)
m
k1
QUESTO 05
Um pisto de massa 4,4 kg percorre um tubo com
v0
velocidade 18,0 m/s e aciona um conjunto mola
amortecedor, conforme ilustrado. A mola possui
k, c
massa desprezvel e rigidez k = 35000 N/m. O
m
amortecedor possui constante da resistncia viscosa c = 180,0 N.s/m. Pedem-se:
a) o mximo deslocamento do pisto, aps acionar o conjunto mola amortecedor;
b) a durao do deslocamento anterior.
x mx . =0,137 m t para =0,016 s
k, c
m
v
0
QUESTO 06
Um absorvedor de choques projetado para que no
retorno, ultrapasse o ponto de equilbrio em 10% do
deslocamento inicial. Pedem-se:
a) o tipo de amortecimento;
b) o grau de amortecimento.
a) Oscilao amortecida; b) =0,59
v=0
x
0
v=0
0,1.x0
QUESTO 07
No sistema ilustrado o bloco de massa m = 10,0 kg, desloca-se
sob ao de duas molas com rigidez k1 = 2,0 kN/m e k2 = 3,0
kN/m. Pedem-se:
a) a equao diferencial do movimento;
b) a pulsao do movimento (0);
rad
x + 300x=0 0=22,36
s
k1
k2
40/43
QUESTO 08
No sistema ilustrado o bloco de massa m = 10,0 kg,
desloca-se sob ao de duas molas com rigidez k1 = 2,0
kN/m e k2 = 3,0 kN/m. Pedem-se:
a) a equao diferencial do movimento;
b) a pulsao do movimento (0);
rad
x +120x=0 0=10,95
s
k1
k2
QUESTO 09
No sistema ilustrado o bloco de massa m = 10,0 kg, desloca-se sob ao k1
de duas molas com rigidez k1 = 2,0 kN/m e k2 = 3,0 kN/m. Pedem-se:
a) a equao diferencial do movimento;
b) a pulsao do movimento (0);
rad
y +480y=0 0=21,91
s
QUESTO 10
O sistema ilustrado constitudo por haste delgada de massa
mH = 2,0 kg, e por disco de massa m D = 1,0 kg solidamente
soldado haste. O conjunto tem eixo fixo passando pelo ponto
O, e encontra-se sob ao da mola de rigidez k = 2,0 kN/m. A
jazitura vertical a posio de equilbrio. Considerando-se
pequenas oscilaes, pedem-se:
a) o momento de inrcia do sistema em relao ao polo O;
a) a equao diferencial do movimento;
b) a pulsao do movimento (0);
47,06=0 0=6,86 rad
I OSist . =0,425kgm 2 +
s
k2
p. eq.
y(t)
m
0,10
O
mH
0,35
mD
QUESTO 11
A suspenso de toro de um veculo possui barra de toro
AB com rigidez kT = 4808 N.m/rad. A roda possui massa m R =
z
kT
25 kg e momento de inrcia em relao ao prprio centro de
massa IRCM= 4,50 kg.m2. A barra de ligao entre a roda A
B
propriamente e a barra de toro, possui massa m B = 10 kg e x
raio de girao rG = 0,30 m, em relao ao eixo de toro que
z
passa pelo ponto B. Pedem-se:
a) A equao diferencial, e a frequncia prpria de oscilao
x
quando a roda est destravada em relao barra de ligao
(freios no acionados);
0,50
b) A equao diferencial, e a frequncia prpria de oscilao
quando a roda est travada em relao barra de ligao
(freios acionados).
rad
0,05
41/43
QUESTO 12
O sistema de suspenso ilustrado possui massa oscilante m = 25 kg, amortecedor de
ao dupla com constante da fora elstica c, e mola com rigidez k = 25000 N/m.
O sistema de suspenso acionado ao passar por uma salincia do piso conforme
sugerido na ilustrao. Considere-se que o ponto de
ancoramento da suspenso tenha cota invariante durante o
processo que se segue aps o deslocamento da roda, ou seja,
considera-se o sistema como de um grau de liberdade.
Considera-se que a roda seja um corpo rgido, e no impacto
y
com o solo no instante inicial (t = 0), a mesma arremessada
para cima com velocidade v0 = 3 m/s. Pedem-se:
a) determinar o tempo decorrido, at a roda voltar a tocar o
solo, considerando que o grau de amortecimento =0,350
x
e a velocidade com a qual toca o solo;
0,05
b) determinar o tempo decorrido, at a roda voltar a tocar o
solo.
t T =0,115 s t=3,337105
QUESTO 13
Refazer o exerccio anterior considerando que o grau de amortecimento seja =1,000 .
QUESTO 14
Um cano de canho de massa m = 700 kg,
est assentado em conjunto mola amortecedor
com rigidez k = 3.105 N/m e coeficiente da
m
fora viscosa c. Sabe-se que aps um tiro o k,
cano recua a = 0,6 m, e que o amortecedor c
de ao simples com acionamento no final do
curso de recuo. Os componentes do canho
foram usinados com tolerncia de 0,001 mm = 1.10 -6 m. Pedem-se:
a) a velocidade inicial de recuo do cano;
b) velocidade da bala na boca do cano, caso sua massa seja m B = 20,0 kg;
b) a constante c da fora viscosa para que o amortecimento seja crtico;
c) o tempo necessrio para que o canho volte posio de tiro;
d) a cadncia mxima de tiro do canho.
v 0 =12,42m/s v bala =434,70 m/s c=28.980 Ns /m t ciclo =0,856 s f tiro=70,2 tiros/min
QUESTO 15
O sistema ilustrado constitudo por bloco de massa m B =
7,0 kg, ligado mola de rigidez k 1 = 500 N/m, e conectado
a uma haste leve atravs de articulao. Essa ltima haste
tambm se apresenta articulada a uma segunda haste leve,
que possui eixo fixo passando pelo ponto O, e liga-se a
uma segunda mola de rigidez k2 = 4900 N/m. Pedem-se:
a) a equao diferencial do movimento;
b) a pulsao prpria do movimento;
c) a rigidez efetivado conjunto. Sugestes: pequenas oscilaes permitem:
sen = ; cos =1 ; o deslocamento dos extremos da haste podem ser
encontrados pela projeo das dimenses 0,40 e 0,10 na horizontal. Exemplo: o
x=0,40sen
0=7,09 rad / s mefetiva =9,69 kg
deslocamento x do bloco :
x + 50,31x=0
k1
k
0,35
O
0,10 k2
42/43
QUESTO 16
O sistema ilustrado apresenta disco de momento de inrcia, em relao
ao seu centro de massa, I CM = 13,5 kg.m2, ligado a um eixo de dimetro
varivel. O trecho do eixo que possui menor dimetro possui rigidez
toro k1 = 2500 N.m/rad. O trecho do eixo com maior dimetro possui
rigidez toro k2 = 6300 N.m/rad. Colocando-se o disco a oscilar em
torno do eixo, pedem-se:
ICM
a) a equao diferencial do movimento;
b) a pulsao prpria do movimento;
c) a rigidez efetivado conjunto.
k2
k1
k1
k2
Sugesto: Quando o disco apresenta deslocamento angular , o cilindro ligado a ele (rigidez k2) apresenta
deformao torcional 2, e o cilindro seguinte apresenta deformao torcional 1. Nas condies anteriores,
o disco sofre a ao do momento elstico M, que se ope ao deslocamento angular , e aplicado pelo
cilindro de rigidez k2. Por sua vez o disco reage sobre o cilindro de rigidez k 2 com momento M de sentido
oposto. Atravs da juno entre os dois cilindros, o cilindro de rigidez k 2, transfere o momento M para o cilindro seguinte e este reage
sobre o anterior com momento M no sentido inverso.
+132,58=0
0=11,51 rad / s
k eq =1789,77 N . m/rad
QUESTO 17
k1
O sistema ilustrado constitudo pelos seguintes
elementos: 1) Bloco de massa mBloco = 7,0 kg; 2) mola
de rigidez k1 = 400 N/m; 3) amortecedor com coeficiente
da fora viscosa c = 175 N.s/m; 4) barra AB leve (massa
desprezvel) com comprimento L = 0,50 m.
O bloco apoia-se em superfcie lisa, encontra-se ligado
mola, e articulado barra no ponto A. A barra AB gira
livremente em torno do eixo fixo que passa pelo ponto O, e
conecta-se ao bloco e ao amortecedor.
Considerando-se pequenas oscilaes, pedem-se:
a) a equao diferencial do movimento;
b) a pulsao prpria do movimento;
c) a rigidez equivalente do conjunto.
sen = ; cos =1 ; o deslocamento dos
Sugestes: pequenas oscilaes permitem:
mB
0,40
O
0,10 c
B
encontrados pela projeo das dimenses 0,40 e 0,10 na horizontal. Exemplo: o deslocamento x do bloco :
.=>
x=0,40sen
x=0,40
x + 62,5x +1,17x =0
a =7,98
k eq .=500
QUESTO 18
O sistema ilustrado constitudo pelos seguintes elementos:
1) Bloco de massa mB = 7,0 kg; 2) mola de rigidez k1
c
= 1500 N/m; 3) mola de rigidez k2 = 1500 N/m ; 4)
amortecedor com coeficiente da fora viscosa c = 125
N.s/m; 4) barra AB leve (massa desprezvel) com
comprimento L = 0,40 m.
O bloco apoiado em superfcie lisa, encontra-se ligado
ao amortecedor, e conecta-se barra AB, atravs da
mola de rigidez k1. A barra AB pode girar livremente em
torno do eixo fixo que passa pelo ponto O, e conecta-se
tambm mola de rigidez k2.
Considerando-se pequenas oscilaes, pedem-se:
a) o diagrama de esforos;
b) a equao diferencial do movimento;
mB
k1
A
0,30
O
k2
0,10
43/43
b) a pulsao 0 ;
c) a rigidez equivalente do conjunto.
x + 17,86x +42,86x=0 0=6,55 rad /s
x (t)=0,012e(2,86)t0,0022e(15,00)t
k eq .=300 N / m
QUESTO 19
O sistema ilustrado constitudo pelos seguintes elementos:
1) bloco de massa mB = 7,0 kg; 2) mola de rigidez k1 =
2000 N/m; 3) mola de rigidez k2 = 2000 N/m ; 4)
amortecedor com coeficiente da fora viscosa c = 125 N.s/m;
4) barra AB leve (massa desprezvel) com comprimento L =
0,40 m.
O bloco apoiado em superfcie lisa, encontra-se ligado ao
amortecedor, e conecta-se barra AB, atravs da mola de
rigidez k1. A barra AB pode girar livremente em torno do eixo
fixo que passa pelo ponto O, e conecta-se tambm mola de
rigidez k2.
Considerando-se pequenas oscilaes, pedem-se:
a) o diagrama de esforos;
b) a equao diferencial do movimento;
b) a pulsao 0 ;
c) a rigidez equivalente do conjunto.
200
125
x +
x +
x=0
0=5,34 rad /s k eq .=200 N /m
7
7
QUESTO 20
No sistema ilustrado o bloco de massa m desloca-se sob ao
da mola com rigidez k1 = 2,0 kN/m e do amortecedor de
constante c. Sabendo-se que a equao diferencial do
movimento y +500y +5 y =0 , pedem-se:
a) a massa m;
b) a constante c do amortecedor;
c) a pulsao do movimento amortecido.
Ns
rad
a =22,22
m=4,0 kg c=20
m
s
mB
k1
0,30
O
k2
0,10
B
k1