MP Novo Ensino Médio Comentada
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Pargrafo nico. A carga horria mnima anual de que trata o inciso I do caput dever ser
progressivamente ampliada, no ensino mdio, para mil e quatrocentas horas, observadas as
normas do respectivo sistema de ensino e de acordo com as diretrizes, os objetivos, as metas
e as estratgias de implementao estabelecidos no Plano Nacional de Educao. (NR)
Art. 36. O currculo do ensino mdio ser composto pela Base Nacional Comum Curricular e
por itinerrios formativos especficos, a serem definidos pelos sistemas de ensino, com nfase
nas seguintes reas de conhecimento ou de atuao profissional:
I linguagens;
II matemtica;
III cincias da natureza;
IV cincias humanas; e
V formao tcnica e profissional.
1 Os sistemas de ensino podero compor os seus currculos com base em mais de uma
rea prevista nos incisos I a V do caput.
2 A organizao das reas de que trata o caput e das respectivas competncias, habilidades
e expectativas de aprendizagem, definidas na Base Nacional Comum Curricular, ser feita de
acordo com critrios estabelecidos em cada sistema de ensino.
Altera o caput do Artigo 36 da LDB determinando que o Novo Ensino Mdio ser composto
pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e por itinerrios formativos.
Assim se organiza o ensino mdio em pases como a Austrlia, Frana e Inglaterra, que
definiram uma base comum de formao geral que garanta o aprendizado das competncias
e conhecimentos essenciais para todos os estudantes permitindo, depois da escolaridade
obrigatria de 10 ou 11 anos de durao, a diversificao da oferta sem impedir a
continuidade de estudos no futuro. Em todos os casos, a diversificao do Ensino Mdio pode
ocorrer dentro de cada escola ou em escolas especializadas, ou mesmo por meio de uma
combinao e articulao entre elas.
Nesse artigo, considera-se que os estudantes, ao longo de suas trajetrias no Ensino Mdio,
podero optar pela Formao Tcnica Profissional (cursos tcnicos ou profissionalizantes) ou
pelo aprofundamento de estudos entre as diferentes reas de conhecimento: linguagens
(portugus, lngua estrangeira, linguagem de programao, arte, educao fsica, entre
outras), cincias humanas (histria, geografia, ensino religioso, filosofia, sociologia,
empreendedorismo, entre outras), cincias da natureza (biologia, fsica, qumica, entre
outras) e matemtica (clculo, matemtica financeira, estatstica, entre outras).
5 A parte diversificada dos currculos de que trata o caput do artigo 26, definida em cada
sistema de ensino, deve estar integrada Base Nacional Comum Curricular e ser articulada a
partir do contexto histrico, econmico, social, ambiental e cultural.
Curricular e ao mesmo tempo se dedicar a atividades de cunho mais prtico e aplicado, que
desenvolvam competncias especficas em reas profissionais e os capacite para o trabalho
qualificado. Com a Base Nacional Comum Curricular garantida, os jovens tero a possibilidade
de cursar posteriormente o nvel superior, em cursos tecnolgicos e/ou acadmicos, se assim
desejarem.
importante ressaltar que a opo pela formao tcnica profissional (cursos tcnicos nas
reas de servios, sade, indstria, agricultura, etc) deve corresponder ao tempo dedicado
aos itinerrios formativos do Novo Ensino Mdio, integrando sua carga horria total. Antes,
a carga horria da formao tcnica profissional no era incorporada carga horria do
Ensino Mdio Regular, exceto nos modelos de tempo integral.
A presente proposta busca expandir a oferta de ensino tcnico e profissional de qualidade
em todo o ensino mdio, mas sobretudo na rede pblica, introduzindo alguns requisitos
bsicos e, ao mesmo tempo, flexibilizando a oferta, para acomodar a grande variedade de
situaes das redes escolares e em sintonia com as demandas do mundo do trabalho. O
requisito bsico mais importante, alm da Base Nacional Curricular Comum, a exigncia de
um componente prtico, na forma de atividades supervisionadas realizadas no setor
produtivo ou em ambientes de simulao, por meio de convnios ou parcerias, e fazendo uso
das possibilidades
aperfeioada.
11. Os contedos cursados durante o ensino mdio podero ser convalidados para
aproveitamento de crditos no ensino superior, aps normatizao do Conselho Nacional de
Educao e homologao pelo Ministro da Educao.
14. Alm das formas previstas no art. 23, o ensino mdio poder ser organizado em mdulos
e adotar o sistema de crditos ou disciplinas com terminalidade especfica, observada a Base
Nacional Comum Curricular, a fim de estimular o prosseguimento dos estudos.
O 14 permite que as redes de ensino organizem a oferta do Ensino Mdio de forma flexvel
e adequada s necessidades dos jovens, permitindo a oferta das disciplinas em mdulos de
tempo determinado que devem ser creditados pelos sistemas, desde que cumpram a
obrigatoriedade da Base Nacional Comum Curricular. Esta organizao permite que o jovem
que porventura interrompa seus estudos, possa retom-los sem ter que repetir mdulos j
concludos com sucesso, incentivando, assim, este retorno. Lembramos que esta flexibilizao
no retira a obrigatoriedade de que o ano letivo seja composto por no mnimo 800 horas
anuais, distribudos em 200 dias letivos. A concluso do Ensino Mdio continua vinculada ao
cumprimento desta carga horria em trs anos.
Art. 61...............................................................................................
IV profissionais com notrio saber reconhecido pelos respectivos sistemas de ensino para
ministrar contedos de reas afins sua formao para atender o disposto no inciso V do
caput do art. 36 da Lei n 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
............................................................................................................(NR)
O Novo Ensino Mdio prev a oferta de formao tcnica e profissional como um dos
possveis itinerrios disponvel para os alunos. Para tanto, a alterao proposta permite que
os sistemas de ensino autorizem profissionais com notrio saber para ministrar aulas em
disciplinas da parte tcnica e profissional do currculo. Por exemplo, um engenheiro poder,
desde que autorizado pelo sistema de ensino, dar aula no curso de edificaes e um analista
de sistemas no curso de programao de software.