Carta Argumentativa Caracterc3adsticas PDF

CARTA ARGUMENTATIVA
Caractersticas
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Vocativo com pronome de tratamento adequado ao interlocutor;
normalmente, o pronome Senhor suficiente para construir um carter mais
formal interlocuo. Assim, caso no se saiba o pronome de tratamento
adequado a uma autoridade, usar SENHOR aceitvel.
O 1 pargrafo deve conter o assunto (teor) da carta, j com indcios do ponto
de vista do autor. Pode ser informado tambm como entrou em contato com o
texto ou a opinio do interlocutor (se foi via jornal, revista, entrevista); isso no
caso de o interlocutor ser algum pblico ou no do crculo de convvio do
autor da carta.
No decorrer da carta necessrio usar argumentos que convenam o
interlocutor, ou seja, bem pensados, articulados e ordenados de maneira que,
ao final da carta, sua argumentao leve o interlocutor a repensar sua postura.
possvel tambm que a proposta pea ao autor escrever a um interlocutor
que tenha o mesmo ponto de vista seu; nesse caso, a argumentao deve
contemplar ideias, fatos, situaes, conceitos que agreguem mais
fundamentao tese do interlocutor.
No corpo da carta, ou seja, no decorrer da argumentao obrigatrio manter
a interlocuo atravs de palavras e/ou expresses que simulem um dilogo
com o destinatrio. Exemplo: como o senhor bem sabe...; o senhor h de
concordar que...; apesar de o senhor....; Senhor, .... etc. Essas marcas
gramaticais que ajudam a diferenciar sua carta de uma dissertao, pois
ambos os gneros so argumentativos, mas a dissertao no possui um
interlocutor definido ( universal); enquanto o da carta nico. Por isso, a
carta deve ter objetivo de persuaso do interlocutor, e no pode apenas
debater o assunto.
Para despedida, basta empregar expresses diretas e simples. Exemplo:
Espero ter contribudo para.... Em seguida, usa-se a expresso
ATENCIOSAMENTE, e na prxima linha, colocam-se as iniciais do nome, como
se fosse uma assinatura do remetente; mas lembre-se nunca escreva seu nome
por completo, pois a prova de redao, no vestibular, no pode ter
identificao explcita do candidato.
A seguir, envio um exemplo de carta argumentativa. Procurei encontrar nessa

produo as caractersticas estruturais acima elencadas.
VESTIBULAR UNICAMP 2000 - CARTA ARGUMENTATIVA EXEMPLO

TEMA: redija uma carta a um deputado ou senador contrrio criao da Agncia
Nacional da gua (ANA). A carta dever argumentar a favor da criao do novo rgo
que, como a ANP, a ANATEL e a ANEEL, ter a finalidade de definir e supervisionar as
polticas de um setor vital para a sociedade. Nessa carta voc dever sugerir ao
congressista os pontos de um programa, a ser executado pela ANA, programa que
dever incluir novas formas de controle.
So Paulo, 28 de novembro de 1999
Senhor deputado,
Soube, por meio de jornais e revistas, que o senhor contrrio criao da
ANA (Agncia Nacional de gua), alegando que seria mais um dos onerosos e
espalhafatosos rgos do governo. Como cidad, concordo com o senhor: h
inmeros rgos governamentais ineficientes e burocrticos. Porm, como Engenheira
Sanitarista, vejo a necessidade de intensificar as polticas de proteo ambiental de
todas as maneiras possveis.
Certamente o senhor sabe da importncia da gua dentro de uma sociedade,
no apenas nas a sade da populao, mas tambm em termos econmicos. E,
certamente, o senhor no contrrio punio de quem faz mal uso desse bem, tais
como indstrias pesadas e poluidoras. H tambm grandes usurios que, mesmo sem
poluir a gua, fazem largo uso dela e isso, estando certo ou no, uma grave
agresso ao meio ambiente e, portanto, merece tambm uma punio (taxas e
tributos maiores do que os pagos por cidados comuns). Pois bem, a Lei j d conta
desse tipo de regulamentao, cobrando inclusive pesadas multas de quem polui e, em
alguns casos, determinando a priso em at cinco anos.
Contudo, senhor deputado, sabemos que a lei raramente cumprida, mesmo
em se tratando de uma questo de vital importncia e prioridade. Os rgos
governamentais tradicionais, quer por corrupo, quer por ineficincia, j no do
conta da fiscalizao sequer que dir da punio. por razes como essas que a
criao da ANA se faz urgente e necessria.
A prioridade da ANA seria a fiscalizao e punio, portanto. Funcionaria como
uma espcie de rgo de defesa da gua, estando subordinada diretamente ao
Ministrio do Meio Ambiente. A agncia teria poder de ao tanto sobre a esfera
pblica, quanto sobre a privada, podendo multar, inclusive, programas
governamentais que se mostrassem prejudiciais ao Meio Ambiente. Seus processos
jurdicos deveriam ter prioridade em tribunais, ou ento seriam julgados por juzes
especiais, designados apenas para essa funo, haja vista a importncia da gua como
bem econmico, social e geopoltico o Brasil ainda no tem problemas com pases
vizinhos, mas essa situao pode vir a ocorrer um dia.
Por isso, preciso que haja desde j conscientizao. O governo no pode, tal
como representante legtimo da sociedade, fechar os olhos aos abusos que vm sendo
cometidos em relao gua brasileira.
Outro ponto importante da criao da ANA, e aparentemente o que mais causa
a sua rechao criao da agncia, a ineficincia das empresas estatais. Para burlar
esse fato, a ANA deveria ser um rgo misto, do qual participariam governo, ONGs e
representantes diretos de vrios setores da sociedade.
No caso da poluio dos mananciais, por exemplo, seriam feiras auditorias
entre a ANA, ONGs e representantes da populao que habita a regio. Alm disso,
haveria ouvidorias para a denncia de rgos que estivessem utilizando mal os
recursos hdricos. Essa me parece ser a maneira mais democrtica e honesta para que
a ANA possa realmente dar certo, sem se tornar onerosa e espalhafatosa.
Contudo, isso no basta para que a ANA d certo. necessria, antes de
qualquer coisa, a conscientizao da populao acerca da importncia e da limitao
dos recursos hdricos. E o governo o rgo mais indicado para esse projeto de
reeducao ambiental.
Ns, cidados conscientes, esperamos uma resposta sria de vocs,
governantes e representantes da sociedade.
Atenciosamente,
C. B. M.
(Carolina Borsoi Moraes escola particular - Cincias Biolgicas (D) So Paulo-SP)

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