Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul Faculdade de Veterinária
Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul Faculdade de Veterinária
Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul Faculdade de Veterinária
FACULDADE DE VETERINRIA
PORTO ALEGRE
2013/2
PORTO ALEGRE
2013/2
AGRADECIMENTOS
Primeiramente aos meus pais e meus irmos pela compreenso durante todos esses anos
de faculdade, me dando apoio financeiro e entendendo os vrios dias de ausncia devido
faculdade, estgios e plantes.
Aos meus velhos amigos a quem tive que recusar tantos convites por causa da correria
do dia a dia. Aos amigos queridos da faculdade, dos antigos at os novos, de quem sempre
tive ajuda e sempre tentei ajudar, tanto com trocas de materiais, quanto em trabalhos, estudos
em conjunto em vsperas de provas e dicas de ltima hora.
Aos meus colegas de estgio no bloco de ensino, onde fiquei por cinco semestres, onde
aprendi muito e ganhei amigos muito especiais.
Aos mdicos veterinrios da clnica veterinria Auxiliadora, onde fui plantonista, por
toda a ajuda, por todo o aprendizado e onde fiz tambm muitas amizades.
Aos mdicos veterinrios Emerson Contesini, Ana Cristina de Arajo, Marcelo Alievi e
Anelise Bonilla,que sempre estiveram dispostos a me ajudar tanto na rotina de estgio, quanto
nos imprevistos.
minha orientadora, profa. Ana Cristina de Arajo, e minha co-orientadora Dra.
Juliana Voll, pelo auxlio no desenvolvimento deste trabalho.
Um agradecimento especial ao meu namorado Felipe Magalhes por estar ao meu lado
desde o meu primeiro ano de faculdade, me dando total apoio tanto nas questes relativas
faculdade, mas principalmente apoio emocional, obrigada por ser meu companheiro pra tudo!
Finamente, aos meus filhinhos caninos, Toquinho e Babalu. Ao Toquinho, a quem eu
amo desde o momento em que o vi bebezinho, e que hoje, aos dezenove anos, me mostra que
o meu amor por ele o mesmo de sempre. E Babalu, a quem adotei j adulta, que foi me
conquistando aos poucos e me ensinando a am-la, que me fez ter a pior dor que j senti ao
perd-la, mas estar para sempre no meu corao.
RESUMO
ABSTRACT
The Cauda Equina Syndrome is a set of neurological signals caused by compression of the
nerve roots that run by lumbosacral spinal channel. This is a relatively common pathology
which affects male and middle-aged large breed dogs. Its origin can be congenital or
acquired, being the main causes are congenital malformation of the spinal canal, protrusions
of intervertebral disc, spondylosis, vertebral fractures and dislocations, discospondylitis and
vertebral neoplasia. The most common clinical signs are low back pain, lameness, lower
extremity motor and sensory loss, atrophy, bowel incontinence and self mutilation. The
diagnosis is based on clinical history, neurological examination and imaging diagnostic. The
treatment can be conservative, with rest and nonsteroidal anti-inflammatory drugs (NSAIDs),
or surgical, the laminectomy being the most used method. The prognosis depends on the
gravity of the injuries, but it is considered good for animals that do not yet have lost the
function of urinary and anal sphincter.
LISTA DE ABREVIATURAS
Porcentagem
AINES
Anti-inflamatrios no esteroidais
Cco 1
Cco 5
L3
L4
L6
L7
S1
S2
S3
TENS
UST
Ultrassom teraputico
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Representao de uma vrtebra lombar tpica de um canino, vista caudal........... 11
Figura 2 Medula espinhal no canal vertebral e o disco intervertebral com anel fibroso e
ncleo pulposo...................................................................................................... 13
Figura 3 Desenho esquemtico em vista dorsal do final do canal vertebral torcico at a
sexta vrtebra caudal, mostrando a sada dos nervos espinhais e a cauda
equina.................................................................................................................... 14
Figura 4 Seco transversal da coluna vertebral mostrando a formao de um nervo
espinhal............................................................................................................... 15
Figura 5 Imagem dorsal do final do canal vertebral aberto de um co............................... 16
Figura 6 Desenho esquemtico de seco do canal vertebral e medula espinhal
demonstrando a anatomia interna da medula espinhal e das meninges............ 18
Figura 7 Demonstrao esquemtica de uma estenose lombossacral degenerativa..........
20
25
27
32
SUMRIO
INTRODUO............................................................................................................. 10
REVISO ANATOMICA............................................................................................ 11
2.1
Coluna Vertebral.......................................................................................................... 11
2.2
Medula Espinhal........................................................................................................... 13
2.3
Inervao Muscular...................................................................................................... 18
2.4
Vascularizao............................................................................................................... 18
3.1
Etiologia......................................................................................................................... 20
3.2
Fisiopatogenia................................................................................................................ 21
Sinais Clnicos................................................................................................................ 24
DIAGNSTICO............................................................................................................ 29
4.1
Histrico do Paciente.................................................................................................... 29
4.2
Exame Fsico.................................................................................................................. 29
4.3
4.4
Epidurografia................................................................................................................ 33
4.5
Discografia..................................................................................................................... 35
4.6
Tomografia Computadorizada.................................................................................... 35
4.7
Ressonncia Magntica................................................................................................ 36
4.8
Diagnstico Diferencial................................................................................................. 37
TRATAMENTO........................................................................................................... 39
5.1
5.2
Tratamento Cirrgico.................................................................................................. 40
Tratamentos Alternativos............................................................................................ 45
PROGNSTICO........................................................................................................... 47
CONCLUSO............................................................................................................... 48
REFERNCIAS...................................................................................................................... 49
10
1 INTRODUO
A compresso da cauda equina foi relatada em ces de vrias idades e raas. Em
vrios estudos, os ces mais acometidos eram mais velhos e de raa grande. s vezes,
problemas musculoesquelticos nestas raas, podem fazer com que o distrbio no seja
identificado (LORENZ; KORNEGAY, 2006).
A sndrome da cauda equina um complexo de sinais neurolgicos decorrentes da
compresso das razes nervosas denominadas cauda equina, presentes da stima vrtebra
lombar a quinta vrtebra coccgea, em decorrncia estenose dorsoventral do canal
vertebral. Esta estenose pode ter vrias origens (SEIN III, 2008).
Os sinais clnicos tpicos so dor lombossacra e claudicao dos membros plvicos
com ou sem fraqueza das mesmas, e alguns pacientes apresentam incontinncia urinria ou
fecal. O animal afetado pela sndrome no pula, sente dificuldade de subir escadas, e o
exerccio exacerba os sinais (LORENZ; KORNEGAY, 2006).
O diagnstico deve ter associao do histrico do animal, achados nos exames fsicos
e neurolgicos, e exames de imagem para determinao do local exato da leso. Os
achados nos exames podem incluir dficits proprioceptivos, atrofia muscular, paraparesia
progressiva, debilidade da cauda, automutilao, e distrbios dos esfncteres, com
consequente incontinncia urinria e fecal (PRATA, 1998).
O tratamento depende da causa e gravidade das leses, e se baseia primeiramente na
restrio de movimentos e administrao de anti-inflamatrios no esteroidais, podendo ser
necessrio encaminhamento para tratamento cirrgico (SEIN III, 2008).
O prognstico depende da etiologia, tempo em que o animal permaneceu com as
alteraes clnicas, grau de comprometimento neurolgico e do tipo de tratamento utilizado
(LORENZ; KORNEGAY, 2006).
O objetivo do trabalho realizar uma reviso bibliogrfica, descrevendo a sndrome
da cauda equina em ces, apresentado as caractersticas anatmicas da regio
lombossacral, as etiologias, as patogenias, os sinais clnicos, os diagnsticos e os
tratamentos desta alterao neurolgica, e a diferenciando de outras patologias com sinais
clnicos semelhantes.
11
2 REVISO ANATMICA
Conhecer a anatomia da regio lombossacral da coluna vertebral e da medula
espinhal, essencial para entender a fisiopatogenia e identificao da sndrome da cauda
equina em ces, para a realizao do exame fsico, diagnosticar corretamente e realizar o
tratamento adequado no paciente acometido.
12
sacro, resultado da fuso de trs vrtebras, possui o canal sacral fortemente comprimido
dorsoventralmente. As vrtebras caudais (coccgeas) so bem desenvolvidas na parte
cranial da regio, e o arco est completo nas seis primeiras vrtebras (SISSON, 1986).
O canal vertebral mais largo no atlas (primeira vrtebra cervical) e se afunila
rapidamente no sacro; ele mais expandido nas regies das intumescncias cervical e
lombar da medula espinhal, de onde se originam os nervos que formam os plexos dos
membros (DYCE et al., 2010).
Em trs locais da coluna vertebral as partes dorsais dos arcos vertebrais so menos
estreitamente ligadas, deixando espaos interarqueados relativamente amplos, um deles, o
espao lombossacral, fica entre a ltima vrtebra lombar e o sacro. Esses espaos
interarqueados so de suma importncia clnica, pois podem ser usados como ponto de
entrada para injees no canal vertebral e para obteno de amostras de lquido
cerebroespinhal. O espao lombossacral o melhor local para tal propsito, e encontra-se
no plano transverso dos pontos mais altos das asas dos lios, mas cerca de dois centmetros
mais profundos (DYCE et al., 2010).
Os discos intervertebrais esto presentes em todos os espaos intervertebrais, exceto
entre a primeira e segunda vrtebras cervicais, e contribuem para a flexibilidade da coluna
e distribuio da presso sobre as extremidades das vrtebras. Cada disco composto de
um ncleo pulposo e de um anel fibroso (Figura 2). As articulaes entre as facetas nos
arcos vertebrais so do tipo sinovial. H tambm ligamentos longitudinais, um dorsal, que
vai do xis (segunda vrtebra cervical) ao sacro, e um ventral, da regio torcica mdia at
o sacro. Um terceiro ligamento comum, o supraespinhoso, segue sobre os pices dos
processos espinhosos das vrtebras torcicas e lombares (DYCE et al., 2010).
13
Figura 2 Medula espinhal no canal vertebral e o
disco intervertebral, com o anel fibroso
e ncleo pulposo. A- medula espinhal;
B- ncleo pulposo; C- anel fibroso
B
C
Fonte: Jakowski, 2012.
2.2 Medula Espinhal
A medula espinhal, juntamente com o encfalo, compe o sistema nervoso central. O
encfalo situa-se na cavidade craniana, enquanto a medula espinhal situa-se no canal
vertebral, ambos envoltos por meninges (KNIG et al., 2004).
A medula espinhal uma massa cilindroide de tecido nervoso que, cranialmente
limita-se com o bulbo, no nvel do forame magno do osso occipital e, em ces adultos,
termina geralmente na altura da sexta vrtebra lombar (FEITOSA, 2008). Na extremidade
caudal, a medula espinhal se estreita, formando o cone medular e termina como um fino
cordo, o filamento terminal (KNIG et al., 2004).
A medula espinhal dividida em segmentos. Existem oito nervos espinhais cervicais,
treze torcicos, sete lombares, trs sacrais e de quatro a sete caudais. O primeiro nervo
cervical emerge atravs do forame vertebral lateral do atlas, os demais nervos cervicais
emergem cranialmente s vrtebras correspondentes, com exceo do oitavo, que emerge
entre a stima vrtebra cervical e primeira vrtebra torcica. Os nervos espinhais torcicos
e lombares deixam o canal vertebral atravs do forame intervertebral, situado caudalmente
s vrtebras correspondentes. O primeiro e o segundo nervos espinhais sacrais emergem
atravs do forame sacral dorsal, enquanto o terceiro nervo emerge atravs do forame
intervertebral, entre a ltima vrtebra sacral e a primeira vrtebra caudal (Figura 3)
(GHOSHAL, 1986).
14
Figura 3 Desenho esquemtico em vista
dorsal do final do canal
vertebral torcico at a sexta
vrtebra caudal, mostrando a
sada dos nervos espinhais e a
cauda equina.
15
cervical at o segundo segmento da medula espinhal torcica. A intumescncia lombar tem
incio no quarto segmento lombar e termina no segundo segmento sacral (DELLMANN;
MCCLURE, 1986).
Cada nervo espinhal formado pela unio de duas razes, uma dorsal e uma ventral
(Figura 4). A raiz dorsal quase exclusivamente composta de fibras aferentes, cujos corpos
celulares so unidos de modo a formar uma intumescncia visvel, o gnglio espinhal (da
raiz dorsal). A raiz ventral composta exclusivamente de fibras eferentes que emana de
neurnios motores no interior do corno ventral da substncia cinzenta e deixam a medula
por uma longa faixa ventrolateral; encaminha-se para rgos efetores (msculos e
glndulas) (DYCE et al., 2010).
Cada ramo dorsal do nervo espinhal se divide em um ramo medial, que supre a parte
local da musculatura epaxial do pescoo, do tronco ou da cauda, e um ramo lateral, que se
distribui at a parte dorsal do segmento cutneo. O ramo ventral maior e inerva os
msculos hipaxiais, inclusive dos membros (exceto os msculos do cngulo torcico
supridos pelo dcimo primeiro nervo craniano - XI espinal acessrio, e o msculo
romboide, inervado em algumas espcies pelos ramos dorsais). Os ramos ventrais se unem
a seus vizinhos por ramos comunicantes, formando o plexo braquial e o plexo
lombossacral, que suprem, respectivamente, os membros torcicos e os membros plvicos
(DYCE et al., 2010).
Figura 4 Seco transversal da coluna vertebral mostrando a
formao de um nervo espinhal. 1, medula espinhal; 2,
raiz dorsal; 3, gnglio espinhal; 4, raiz ventral; 5, nervo
espinhal; 6, ramo dorsal do nervo espinhal; 7, ramo
ventral do nervo espinhal; 8, corpo vertebral; 9, tronco
simptico; 10, msculos epaxiais.
16
Lateralmente, a medula emite pares de nervos que correspondem aos espaos
intervertebrais, com exceo da regio cervical, que apresenta oito pares de nervos, j que
o primeiro sai pelo forame vertebral lateral, junto ao forame alar do atlas (CAMPOS,
2002). No incio do desenvolvimento intrauterino, a medula espinhal e a coluna vertebral
ocupam todo o comprimento do canal vertebral e os nervos passam pelos respectivos
forames intervertebrais, dispondo-se horizontalmente, formando com a medula um ngulo
aproximadamente reto. Entretanto, com o desenvolvimento, a coluna vertebral comea a
crescer mais do que a medula, especialmente em sua poro caudal. Como as razes
nervosas mantm suas relaes com os respectivos forames intervertebrais, h o
alongamento das razes e a diminuio do ngulo que elas fazem com a medula
(FEITOSA, 2008). Do cone medular em diante, o canal vertebral apresenta um conjunto de
razes de nervos espinhais, com disposio oblqua e na direo caudal, que devido sua
semelhana com uma cauda de cavalo, denominado de cauda equina (KNIG et al.,
2004). Assim, abaixo da sexta vrtebra lombar, o canal vertebral no contm mais a
medula espinhal, apenas as razes nervosas da cauda equina (CHRISMAN, 1985).
A cauda equina consiste em razes nervosas originadas aps a sexta vrtebra lombar
at a quinta vrtebra coccgea (Figura 5). As razes dos nervos do segmento L6-S1 formam
o nervo citico depois de deixarem os forames. Os trs primeiros nervos sacrais
contribuem para o nervo pudendo, que inerva o perneo e o esfncter anal externo, e para o
nervo plvico que controla a incontinncia urinria e fecal. A cauda inervada pelo
primeiro ao quinto nervos coccgeos (PRATA, 1998; LORENZ; KORNEGAY, 2006).
Figura 5 Imagem dorsal do final do canal vertebral aberto de
um co. A- cauda equina; B- processo transverso da
sexta vrtebra lombar; C- cone medular.
17
Em um corte transversal da medula espinhal, reconhecvel internamente a
substncia cinzenta, qual apresenta um canal central e, recobrindo a substncia cinzenta,
sob a forma de um manto, encontra-se a substncia branca (Figura 6). A substncia
cinzenta assemelha-se, em um corte transversal, forma de um H ou de uma borboleta,
caracterizando a presena de um corno dorsal, e um corno ventral. Ambos os cornos so
unidos por uma poro intermediria lateral e um corno lateral. A continuidade de toda a
extenso da medula espinhal constitui as colunas medulares dorsal, lateral e ventral. Na
coluna cinzenta dorsal encontram-se neurnios somticos e viscerais aferentes, que esto
em conexo com as clulas-sensoriais situadas nos gnglios da raiz dorsal dos nervos
espinhais. No corno lateral, esto localizados os neurnios motores viscerais, os ncleos
simpticos e o ncleo parassimptico. A coluna ventral contm essencialmente os
neurnios de motricidade do corpo. A substncia cinzenta contm um grande nmero de
ncleos celulares. A substncia branca composta predominantemente de fibras nervosas
medulares e constituda de funculos, o dorsal e o ventrolateral. No funculo dorsal
ascendem principalmente tratos que levam sensibilidade superficial e profunda para o
encfalo, e o funculo ventrolateral direciona tratos ascendentes (sensoriais) assim como
descendentes (motores). Suas fibras executam a conexo entre diferentes segmentos
medulares (KNIG et al., 2004).
O encfalo e a medula espinhal esto cercados por trs membranas contnuas, as
meninges (Figura 6). A mais externa a dura-mter, que separada do peristeo interno
dos ossos pelo espao epidural, ocupado por tecido adiposo. Logo depois da dura-mter h
o espao subdural, em seguida a segunda membrana, a aracnoide, o espao subaracnideo,
e, finalmente, a terceira membrana, fixada ao encfalo e medula, a pia-mter. No espao
subdural, h o lquor cerebroespinhal, que protege o encfalo e a medula espinhal (DYCE
et al., 2010).
18
Figura 6 Desenho esquemtico de seco do canal vertebral e medula
espinhal demonstrando a anatomia interna da medula espinhal e
das meninges.
Substncia
cinzenta
Substncia
branca
2.4 Vascularizao
A medula espinhal suprida por trs artrias que percorrem toda a sua extenso. A
maior, a artria espinhal ventral e um par de artrias espinhais dorsolaterais. Essas artrias
entram nos forames intervertebrais, frequentemente na forma de estreitos vasos que
19
acompanham as razes dos nervos espinhais, e formam plexos na superfcie da medula.
Ramos da artria espinhal ventral suprem a parte central da medula, a substncia cinzenta e
a camada adjacente da substncia branca (DYCE et al., 2010).
O plexo venoso vertebral segue por toda a extenso da coluna vertebral e drena
sangue das vrtebras, da musculatura adjacente e do interior do canal vertebral. A maior
parte do plexo composta por pares de canais no espao epidural ventral medula (DYCE
et al., 2010).
20
3 SNDROME DA CAUDA EQUINA EM CES
3.1 Etiologia
A sndrome da cauda equina diz respeito aos sinais clnicos relacionados leso de
razes nervosas da stima vrtebra lombar, vrtebras sacrais ou caudais, causada pelo
estreitamento dorsoventral do canal vertebral lombossacro (INZANA; WOOD, 2008). A
compresso das razes nervosas demonstrada na figura 7. Segundo Prata (1998), os
distrbios mais frequentes, que levam a estes sinais, so as protruses de disco agudas,
espondilose, e a estenose congnita do canal.
Figura 7 Demonstrao esquemtica de uma estenose lombossacral degenerativa.
A- aspecto normal das razes nervosas da cauda equina no canal
vertebral; B- demonstrando canal vertebral estenosado com compresso
das razes nervosas da cauda equina (seta).
21
ser administrada no espao peridural e, acidentalmente, foi introduzida no espao
subaracnoideo.
3.2 Fisiopatogenia
22
Figura 8 - Evoluo da espondilose no co, com formao e
agravamento do esporo sseo.
23
Figura 9 Ilustrao da degenerao de disco Hansen tipo I, com extruso do
material nuclear no canal vertebral (esquerda) e degenerao de disco
Hansen tipo II, com protruso crnica do anel fibroso para o canal
vertebral (direita).
24
tumores como linfossarcomas podem embolizar as artrias da medula espinhal. Os tumores
esquelticos (vertebrais) crescem dentro do canal vertebral, comprimindo a medula
lentamente. Ocasionalmente, este tumor causa destruio vertebral, enfraquecendo as
vrtebras, que podem fraturar e comprimir a medula espinhal de forma aguda. Os tumores
linforreticulares so considerados epidurais, crescem dentro do canal vertebral e produz
mielopatia compressiva. Os tumores metastticos ocorrem mais frequentemente nas
vrtebras do que na medula espinhal. Os sinais neurolgicos resultam da compresso da
medula secundria instabilidade vertebral ou compresso direta pela massa neoplsica
(LORENZ; KORNEGAY, 2006).
25
Figura 10 Co com sndrome da cauda equina demonstrando
cifose acentuada.
26
Figura 11 Animal com deficincia de propriocepo
consciente, demonstrada pela posio
alterada do membro plvico esquerdo (seta).
27
Figura 12 Canino com dificuldade de locomoo, marcha
agachada leve e paresia dos membros plvicos
bilateral.
28
Leses de vrtebras sacrais afetam somente razes nervosas sacrais e coccgeas e
leses de vrtebras coccgeas podem produzir cauda atnica, mas mico e defecao
normais. A cauda pode ficar paralisada por leses em nvel de neurnio motor superior ou
inferior. Nas leses de neurnio motor inferior, a cauda fica paralisada, flcida ou atnica e
no h reflexo. As principais causas de aparecimento lento e progressivo de distenso de
bexiga, nus dilatado e atonia da cauda, associado com dor, so discoespondilite,
malformao e m articulao lombossacral e neoplasias vertebral ou de raiz nervosa
(CHRISMAN, 1985).
As parestesias ocorrem em decorrncia da irritao das fibras sensoriais da cauda
equina provenientes de dermtonos inervados pelo nervo pudendo e citico, em
decorrncia estenose do canal vertebral. Estas paresias induzem o animal a lamber e
mastigar as reas afetadas provocando abrases dermatolgicas e em alguns casos,
automutilao na cauda, perneo e rgo genitais ou extremidades (LAGEDO et al., 1999;
PRATA, 1998).
29
4 DIAGNSTICO
30
flexo torna-se maior com o agravamento dos sinais, que so reforados pelo exerccio.
Tambm possvel observar claudicao uni ou bilateral dos membros plvicos, atrofia
muscular na distribuio do nervo citico, incontinncia urinria, perda da propriocepo
consciente, paresia ou paralisia de membros plvicos em casos mais graves, e cauda cada
(PRATA, 1998; SEIN III, 2008).
Na palpao, o examinador deve estimular a dor na regio lombossacral sem causar
dor no quadril. Uma ligeira alfinetada sobre os dermtonos especficos, ou a palpao de
grupos musculares ajuda a localizar uma irritao de raiz nervosa ou medular. O
examinador deve colocar os polegares na linha mdia, com os dedos em cada lio e
pressionar diretamente na localizao correta, sem estressar o quadril do co. O tnus da
musculatura abdominal tambm palpado enquanto aplicada certa presso sobre os
processos espinhosos das vrtebras torcicas e lombares. A dor sentida nestas regies
frequentemente se faz acompanhar por tensionamento reflexo dos msculos abdominais
(FEITOSA, 2008; SHORES; BRAUND, 1998). Os msculos so avaliados pelo tamanho,
tnus e resistncia. Todos os grupos musculares devem ser palpados e a perda de massa
muscular (atrofia) o achado mais frequente, o que ponde indicar leso em neurnio motor
inferior (LORENZ; KORNEGAY, 2006).
A palpao da bexiga importante e as leses envolvendo os segmentos da medula
espinhal e razes nervosas de S1-S3 resultam em um extenso acmulo de urina na bexiga,
que eliminada em gotas, neste caso a bexiga facilmente palpada. As leses acima de
S1-S3 podem produzir uma bexiga pequena difcil de ser palpada e reflexamente a urina
eliminada em jatos (CHRISMAN, 1985).
O animal tambm deve ser avaliado quanto sua capacidade de corrigir a alterao
postural. H duas tcnicas envolvidas nestes procedimentos onde o sistema proprioceptivo,
os nervos perifricos e a medula (vias sensitivas e motoras) podem ser avaliados
(FEITOSA, 2008). Na primeira tcnica, chamada de posicionamento proprioceptivo, o p
do animal colocado na posio em que o a superfcie dorsal fique no cho. O animal deve
restituir o p ao posicionamento imediatamente. A segunda tcnica, reao de marcha aos
saltos, quando realizada no membro plvico, comea com o apoio no trax e segue com o
levantamento de um dos membros plvicos, ento o peso do animal desviado
lateralmente no membro estendido. Movimento e apoio (fora) so avaliados neste teste
(LORENZ; KORNEGAY, 2006).
Tambm so testados os reflexos espinhais dos membros plvicos, nus, cauda e
bexiga urinria. O msculo tibial cranial pode ser percussionado com um martelo,
31
podendo-se observar um encurtamento do msculo. Esta resposta torna-se deprimida ou
ausente em doenas que afetam os segmentos L6-S2 da medula espinhal e razes nervosas
do nervo citico e fibular. O msculo gastrocnmio pode tambm ser percussionado, e a
resposta do animal um encurtamento do msculo e extenso do jarrete. Esta resposta
torna-se deprimida ou ausente em doenas afetando os segmentos L6-S2 da medula
espinhal e razes nervosas ou nervos citico e tibial. O reflexo flexor, de belisco do dedo,
da unha ou de retirada tambm utiliza os segmentos da medula e razes nervosas de L6-S2,
a resposta a observao do membro para longe do estmulo. Um belisco mais forte no
dedo, envolvendo osso, msculo e articulao, utilizado para testar a dor profunda no
animal. A reao deve ser o animal chorar ou virar-se para morder o examinador,
indicando que a dor profunda est intacta. A perda do reflexo flexor ou da dor profunda
podem ser causadas por doena nos nervos perifricos, os quais so capazes de
regenerao. O reflexo anal caminha atravs das razes nervosas e dos segmentos da
medula espinhal S1-S3, e deflagrado ao beliscar o nus, observando a contrao do
esfncter anal. A cauda tambm pode ser contrada com este estmulo, indicando que as
razes nervosas dos segmentos de Cco1 a Cco 5 esto intactos. Se as razes destes
segmentos estiverem lesadas, o nus encontra-se dilatado e irresponsvel, e a cauda flcida
e tambm irresponsvel (CHRISMAN, 1985).
32
A mielografia um exame radiogrfico aps a introduo de um meio de contraste
no interior do espao subaracnide medular e utilizada para delimitar o contorno da
medula espinhal, j que ela no visvel em radiografias convencionais (FEITOSA, 2008).
Segundo Prata (1998), a mielografia, no caso de suspeita de sndrome da cauda equina, s
seria importante para descartar afeces existentes em locais rostrais a L6-L7, j que o
meio de contraste no chega a ocupar a medula espinhal a nvel L7-S1.
Figura 13 Imagem radiogrfica de um co demonstrando espondilose e
alteraes degenerativas graves entre L7 e S1 (setas).
33
Figura 14 Imagem radiogrfica de um co demonstrando espondilose entre L7 e
S1 (setas).
34
Figura 15 Epidurografia em posio lateral extendida. Demonstrao de
compresso severa entre L7-S1 causada por herniao de disco.
35
Figura 17 - Epidurografia em posio lateral. Compresso causada
pela hipertrofia do ligamento interarqueado.
36
estenoses do canal medular, principalmente as produzidas por protruso e extruso de
disco intervertebral (Figura 18). Tambm possvel visualizar com detalhes as estruturas
sseas da coluna vertebral, assim podendo identificar espondilite, espondilose, fraturas e
neoplasias de corpos vertebrais (FEITOSA, 2008).
37
Figura 19 - Ressonncia magntica compatvel com sndrome da cauda
equina, por herniao discal.
38
Distrbios dermatolgicos da parte dorsal dos membros plvicos, do perneo e da
cauda, devem ser investigados quanto causa, para confirmao da etiologia (PRATA,
1998).
39
5 TRATAMENTO
A conduta clnica para pacientes com sndrome da cauda equina depende das causas
e da gravidade, podendo ser conservativa ou cirrgica. O tratamento conservativo pode ser
feito com repouso e anti-inflamatrio, e o cirrgico se fazendo uso das tcnicas de
laminectomia dorsal, hemilaminectomia, facetectomia e foraminotomia.
40
utilizados. Porm, como a maioria das neoplasias, o tratamento definitivo exige cirurgia e
bipsia para determinar o tipo de tumor (SEIN III, 2008).
41
Em neoplasias da coluna lombossacral e razes nervosas, o objetivo do tratamento
cirrgico inclui o diagnstico definitivo de compresso da cauda equina, descompresso ou
remoo da massa, bipsia, estadiamento do tumor, e se necessrio, estabilizao espinhal
(SEIN III, 2008).
Nos pacientes com discopatia degenerativa crnica necessrio uma exposio do
canal vertebral suficiente para expor todas as razes nervosas atenuadas. A tcnica utilizada
a laminectomia dorsal com ou sem foraminectomia e facetectomia, a escolha vai
depender dos resultados dos achados no exame neurolgico e nos diagnsticos por imagem
(SEIN III, 2008).
Em casos de herniao aguda de disco, o paciente deve ser submetido
laminectomia dorsal se os fragmentos discais estiverem localizados na linha mdia ou
bilateralmente, ou ento uma hemilaminectomia se os sinais neurolgicos e os exames por
imagens localizaram fragmentos de disco em apenas um lado (SEIN III, 2008).
Para pacientes com estenose lombossacral congnita, a tcnica mais indicada a
laminectomia dorsal com facetectomia uni ou bilateral, dependendo dos sinais
neurolgicos, resultados de imagens e achados cirrgicos. Se a estenose for diagnosticada a
partir de L6-S1, a laminectomia dorsal deve ser em vrios nveis e facetectomia bilateral a
partir do local da estenose (SEIN III, 2008).
42
medular, identificar a camada cortical interna a partir da parte mdia do corpo de L7 at a
parte mdia do corpo de S2-S3, e perfurar a camada cortical interna com cuidado, at que
fique flexvel (SEIN III, 2008).
Penetrar e remover o peristeo interno at que seja exposto o local inteiro da
laminectomia (Figura 20). As estruturas presentes no local so as razes nervosas de L7 at
S2 ou S3 e as razes nervosas caudais, seio venoso vertebral, ligamento longitudinal dorsal
e anel fibroso dorsal (SEIN III, 2008). A figura 21 demonstra a realizao de laminectomia
dorsal para descompresso das razes espinhais causada pela hipertrofia do ligamento
interarqueado.
43
Figura 21 Laminectomia dorsal para descompresso da cauda equina.
Notar espessamento e alterao da cor da raiz nervosa S1
esquerda (seta), compar-la com o nervo direita.
Histopatologia revelou reao inflamatria crnica com
fibrose da raiz nervosa.
5.2.2 Hemilaminectomia
A hemilaminectomia e a facetectomia esto indicadas para exposio das partes
laterais do canal vertebral lombossacral e utilizadas para remover leses compressivas,
como neoplasias, fragmentos de fraturas ou material herniado de disco intervertebral
44
(SEIN III, 2008). A figura 22 demonstra a retirada de um disco intervertebral herniado
sendo retirado pela tcnica da hemilaminectomia.
Posicionar o paciente como para a laminectomia dorsal. Fazer uma inciso cutnea
mediana dorsal do processo espinhoso dorsal de L6 at S1, continuando atravs de fscia
sacral dorsal. Elevar os msculos epaxiais da parte lateral direita ou esquerda do processo
espinhoso dorsal, lmina, faceta articular, pedculo e processo acessrio do espao
intervertebral de L7 a S1. Visualizar o processo transverso de L7, e com uma furadeira,
remover a lmina, faceta articular e pedculo at o nvel do processo acessrio. Identificar
as camadas cortical externa, medular e cortical interna enquanto h a perfurao. Abrir
caminho cuidadosamente atravs da camada periosteal interna para entrar no canal
vertebral. Identificar o seio venoso vertebral localizado no assoalho do canal vertebral.
Cuidar para no lacerar o seio venoso enquanto manipula as leses no interior do canal
vertebral. Aps a descompresso completa e remoo da massa, lavar o local cirrgico
com soluo salina morna e colher um enxerto subcutneo livre de gordura e posicion-lo
sobre o local da laminectomia. Fechar a musculatura epaxial at a fscia sacral dorsal com
fio monofilamentar no absorvvel com pontos interrompidos. Fechar o subcutneo e a
pele com pontos simples interrompidos ou simples contnuos (SEIN III, 2008).
45
5.2.3 Cuidados Ps-Operatrios
Nas primeiras vinte e quatro horas aps a cirurgia, os cuidados incluem fluidoterapia,
analgsicos, antimicrobianos e exame neurolgico periodicamente, at o animal receber
alta (SEIN III, 2008).
Em pacientes ambulatrios, necessrio que fiquem confinados por duas a trs
semanas no aps a cirurgia, realize fisioterapia durante duas ou trs semanas e faa
caminhadas com coleira por quatro a oito semanas no ps-operatrio. Os pacientes no
ambulatrios devem ser submetidos fisioterapia, utilizar carrinho de sustentao para
locomoo, ficar em camas acolchoadas e gaiolas elevadas, deve ser realizada compresso
vesical trs ou quatro vezes ao dia e exames neurolgicos dirios. Deve-se manter o animal
limpo e seco para evitar lceras de decbito, e os animais com funo motora podem ser
estimulados a caminhar (SEIN III, 2008).
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paciente. Um protocolo citado por Hayashi; Matera (2005) consta que a acupuntura, em
geral, deve ser aplicada a cada dois a trs dias em casos agudos e uma vez por semana
durante quatro a oito semanas em casos crnicos. Quando o quadro estabiliza, pode-se
diminuir a frequncia do tratamento para intervalos quinzenais e o paciente deve ser
reavaliado a cada trs a seis meses.
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6 PROGNSTICO
O prognstico de ces que foram acometidos pela sndrome da cauda equina depende
da causa, da gravidade da leso, dos dficits neurolgicos, da durao dos sinais clnicos e
do tipo de tratamento clnico. Os ces com dor como o nico sinal tem excelente
prognstico para recuperao completa, apenas sofrendo episdios espordicos de
desconforto aps exerccio vigoroso. Segundo Lorenz (2006), h relato que treze dentre
dezoito de ces com dor ficaram completamente normais apenas aps a cirurgia. Dos
outros quatro animais, trs melhoraram substancialmente, e, em outro relado, dezessete
dentre dezoito ces responderam bem cirurgia (LORENZ, 2006).
Segundo Sein III (2008), pacientes tratados clinicamente com dor nas costas leve ou
moderada, claudicao leve, paraparesia ausente ou leve e com ou sem incontinncia
urinria, possuem prognstico favorvel a excelente, principalmente se a mudana no
estilo de vida for adotada aps o tratamento. J o prognstico de pacientes tratados
clinicamente, que apresentavam dor lombossacral intensa, claudicao moderada a intensa,
paraparesia moderada a intensa e com incontinncia urinria reservado a desfavorvel.
Os pacientes com dficits neurolgicos leves que mostrarem sinais estticos e perda da
continncia urinria durante o tratamento clnico devem ser indicados descompresso
cirrgica o mais rpido possvel.
Em geral, o prognstico para pacientes tratados cirurgicamente, com seis a oito anos
de idade, dor nas costas aguda, claudicao leve a moderada, paraparesia leve a moderada
e sem incontinncia urinria favorvel a excelente. Para pacientes com mais de oito anos
de idade e com dor nas costas crnica, claudicao intensa, paraparesia intensa e
incontinncia urinria, o prognstico reservado a desfavorvel. O sinal de incontinncia
urinria desfavorvel independente dos demais sinais clnicos se a cirurgia no ocorrer
imediatamente aps o diagnstico (SEIN III, 2008).
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7 CONCLUSO
A sndrome de cauda equina, por ser uma afeco com diversas etiologias e sinais
clnicos, exige um bom conhecimento anatmico da regio lombossacral, incluindo
vrtebras, medula espinhal e nervos perifricos. Este conhecimento, associado aos exames
clnicos especficos, fundamental para um diagnstico e um tratamento corretos, j que
muitas patologias com sinais clnicos semelhantes podem ser confundidas com a sndrome,
como problemas musculoesquelticos e afeces de medula espinhal em outros segmentos
vertebrais. Os exames de imagem so de extrema importncia para a confirmao do local
exato da leso, e os animais corretamente diagnosticados e tratados, tanto clinicamente
quanto cirurgicamente, tem alto ndice de recuperao, desde que o tratamento seja
realizado em tempo hbil e os sinais clnicos no estejam agravados. A cooperao do
proprietrio fundamental para a evoluo do tratamento, j que o animal deve
permanecer por algum perodo confinado, receber tratamento medicamentoso, realizar
fisioterapia e exames neurolgicos periodicamente, e estes cuidados exigem tempo e
dedicao. Os diagnsticos e tratamentos possuem um alto custo financeiro, o que muitas
vezes prejudica o prosseguimento da investigao e do tratamento desta patologia.
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