Aula 7 - Ressonância Magnética PDF

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RESSONNCIA

MAGNTICA NUCLEAR

Antes de comear, um pequeno


vdeo

RM Contraste de Partes Moles

RM x Atlas Anatomia

RM x TC

Um pouco de Histria
1946: As pesquisas em fsica nuclear levam
descoberta do spin magnTco nuclear por Bloch
(Stanford) e Purcell (Harvard): Nasce a
Ressonncia MagnTca Nuclear.

Anos 60: a RMN aplicada nos estudos
moleculares

1977: em 03 de julho, Damadian realiza o
primeiro exame de RNM em um ser humano

03 de julho de 1977
Dr. Raymond Damadian, mdico e cienTsta,
com dois colegas
Cinco horas pra produzir uma imagem
Depois de sete anos de trabalho
A mquina se chamava Indomvel

Primeira mquina comercial produzida em


1980
Hoje so milhares, e podemos gerar em
segundos as imagens que antes levavam
horas

Ressonar

RM - Aparelho

RM Aparelho e Comando

Ressonncia MagnTca (RM)


Como funciona essa mquina grande e
barulhenta?
O que acontece com o corpo que est na
mquina?
O que possvel ver usando a RNM?

Ressonncia MagnTca (RM)


uma tcnica que produz imagens atravs de
campos magnTcos e ondas de
radiofrequencia (RF)
Enquanto a TC analisa um nico parmetro
tecidual a atenuao aos raios X a RM
analisa mlTplas caractersTcas teciduais, o
que permite o melhor contraste entre os
tecidos moles

Radiofrequncia

Ressonncia MagnTca (RM)

0,5 a 3 Tesla (T)


1 Tesla = 10.000 Gauss
Campo magnTco da terra = 0,5 Gauss
H magnetos de at 60 Tesla em pesquisas

E pode ser perigoso:


A fora magnTca exercida sobre o objeto
aumenta exponencialmente conforme se
aproxima do magneto, e quanto mais massa,
mais perigoso!!!
Objetos de metal se tornam projteis!

Aparelho de ressonncia 'engole' enceradeira em hospital de Braslia


Campo magnTco do aparelho sugou enceradeira usada por funcionrios.

18/10/12, globo.com

Ressonncia MagnTca (RM)



Como funciona o aparelho?

Ressonncia MagnTca (RM)


O aparelho pode selecionar um ponto de
qualquer parte do corpo e perguntar que Tpo
de tecido voc ?
Cubos com at 0,5 mm de aresta (voxel)
Construir mapas 2D ou 3D
Altamente personalizados de acordo com
hipteses diagnsTcas especcas



Tem que colocar o moTvo na solicitao!!!

Ressonncia MagnTca (RM)


UTliza os tomos de hidrognio (H) para
formao da imagem com ns diagnsTcos:
spin
Abundantes no corpo humano
Um prton e um eltron dipolo magnTco

Ressonncia MagnTca (RM)


Analisa principalmente:
Densidade de prtons (Hidrognio)*
Tempos de relaxamento T1 e T2


T1 e T2
O Que interessa :
Ao mudar os parmetros da mquina, os
mesmos tecidos aparecem de formas diferentes

Ressonncia MagnTca (RM)


O Aparelho de RM funciona como um grande
im, formando um campo magnTco potente
e 'uniforme'
Quando expostos ao campo magnTco, todos
os tomos de H que estavam aleatoriamente
desalinhados se alinham ao campo principal e
passam a girar em torno de um eixo
longitudinal (vetor campo magnTco)

Ressonncia MagnTca (RM)


Aplica-se um pulso de radiofrequncia (ondas
com freqncias de precesso iguais s dos
tomos H)
Os tomos de H assimilam energia por
ressonncia
E passam a girar em um plano transversal ao
vetor principal do campo magnTco

Ressonncia MagnTca (RM)


Aps o termino do pulso os atomos H voltam ao
estado anterior liberando a energia recebida
Essa energia captada pela antena,
transformada em sinal e transmiTda aos
computadores, que formaro a imagem,
uTlizando recursos complexos de computao
grca.
Obs.: A bobina receptora devidamente
sintonizada na frequncia de ressonncia do H!

RM Mquina*
A mquina composta por:
Sistema de campo magnTco principal o
campo da prpria mquina

Sistema gradiente de campo magnTco

pequenos campos formando 3 gradientes lineares


para reconstruco tridimensional

Sistema de radiofrequncia bobinas ou


antenas que emitem e captam RF

RM Mquina*

Ressonncia MagnTca (RM)


Quanto maior a potncia do campo
magnTco, melhor ser a denio da
imagem
Potncia medida em Tesla (T)
0,5 a 3T RMN diagnsTca
Imagem descrita de acordo com a
intensidade do sinal

RM - Imagens
A Imagem descrita de acordo com a
intensidade do sinal:
Hiperintensa/hipersinal mais brilhante/
branca
Sinal intermedirio ou Isointensa/isosinal
Hipointensa/hiposinal mais escura/preta
Ausncia de sinal = preto (gs , artefatos)

T1 e T2?*
T1 o tempo de decaimento/relaxao da magneTzao
longitudinal aps pulso de RF
T2 o da magneTzao transversal

Mas o que importa :


As siglas T1 e T2 so padres de
tempo e cada substncia tem seu
comportamento especco

RM Sequncias Bsicas
Por exemplo, numa sequncia T1 :
Hiper: gordura, hemorragia subaguda,
melanina, lquidos proticos, gadolneo (meio
de contraste)
Hipo: gua*, hematoma agudo, calcicao/
osso corTcal, hemossiderina, brose, lquor,
uxo

RM Sequncias Bsicas
Por exemplo, numa sequncia T2 :
Hiper: gua*, lquor, uidos estTcos,
hemorragia subaguda (metaHb), disco
intervertebral normal
Hipo: Calcicao/osso corTcal, hematoma
agudo, hemossiderina, brose, uxo

RM Sequncias Bsicas
T1
Fornecem os melhores detalhes anatmicos

T2
Deteco sensvel de edema e leses
patolgicas

O Exemplo do hematoma:

RM Sequncias Bsicas
T1 e T2 so as sequencia bsicas. Existem muitas
outras sequncias com parmetros diferenciados e
outras tcnicas como difuso e perfuso, recursos
como supresso de gordura ou lquor, tcnicas
capazes de diferenciar gordura intra e extracelular,
capazes de detectar uxo sem meio de contraste,
sequencias rpidas com exacerbao de artefatos
de suscepTbilidade magnTca
E h novas tcnicas em evoluo!

Alguma coisa estranha?

Gadolneo Meio de Contraste EV

RM Meio de Contraste
Quelatos de gadolneo (metal pesado
fortemente paramagnTco, da srie dos
lantandeos)
Alto sinal no T1
Uso endovenoso
Excreo renal

NO DIALISVEL!!!!!!

RM Meio de Contraste
Indicaes:
Avaliao de tumores/metstases
Infeces
Infartos
Inamaes
Leses ps-traumTcas
Ps-operatrio de coluna
Outros

RM Meio de Contraste
Contra-indicaes ao gadolneo:
Insucincia renal (TFG <30 mL/min)
Gravidez
Desordens hematolgicas
Reao alrgica prvia (rara)
Outros

RM - Vantagens
Excelente resoluo de contraste dos tecidos
moles
Imagens em qualquer plano anatmico
No uTliza radiao ionizante

RM - Vantagens

NO
UTILIZA RADIAO IONIZANTE

RM Outras vantagens
Perfuso, difuso e rea de penumbra nas
isquemias cerebrais (< de 4h)
Capacidade mulTplanar
O meio de contraste uTlizado (gadolneo) mais
seguro
Angio-RM de crnio* sem gadolneo (TOF)
possivel usar a gua para aumentar o contraste
intrnseco da imagem (colangio-RM, uro-RM),
sem usar gadolneo
Muito sensvel a gua patologia e edema

Angio-RM de crnio Sequncia TOF

RM Algumas limitaes:
Fragmentos metlicos nos olhos (no h
tecido de cicatrizao)
Marca-passos passos podem deixar de
funcionar
Clipes de aneurismas, grampos cirrgicos,
stents - seis semanas tecido de cicatrizao
Implantes ortopdicos cravados no osso
geralmente no tem problema
Depende do ferromagneTsmo do objeto!!!

RM - Desvantagens
Limitada para calcicaes e detalhes de osso
denso
Custo elevado
Estrutura sica complexa
Acessibilidade restrita
Claustrofobia RM de campo aberto
Tempo de exame pacientes graves
Necessidade de sedao/acompanhamento
anestsico mais frequente pacientes no
colaboraTvos e crianas

RM Aparelho de Campo Aberto

RM - Desvantagens
Contra-indicada :
Pacientes com qualuer implante com aTvao
eltrica, magnTca ou mecnica (marcapasso
cardaco, bomba de insulina, prteses
cocleares/ossiculares, )
Implantes ferromagnTcos (certos clipes
metlicos de aneurismas cerebrais e clipes
arteriais) podem se movimentar ou causar
queimaduras

Lembrando que:
Ao inoxidvel seguro, existem grampos e
clipes vasculares e stents de material no
ferromagnTco, perfeitamente SEGUROS

RM - Desvantagens
PAF, fragmentos metlicos em geral podem se
movimentar, causar queimaduras ou se tornar
projteis no campo magnTco
No h evidencia convincente de que a breve
exposio ao campo eletromagnTco da RM
possa prejudicar o feto em desenvolvimento,
porm no possvel provar, de forma
irrefutvel, que a RM segura durante a
gravidez no primeiro trimestre.

RM - Desvantagens
Contra-indicada :
Corpo estranho intra-ocular ou prximo a
estruturas nobres como a coluna ou aorta
Gestao inferior a 12 semanas

RM - Desvantagens
Artefatos de movimento
Exames longos
Cortes agrupados por sequncia
BaTmentos cardacos, movimentos
respiratrios e peristalse
Ar, osso e corTcal ssea geram pouco sinal
Tcnicas adequadas para reduzir artefatos

RM Artefato de Movimento

RM - Desvantagens
Artefatos metlicos
Degradam as imagens
Objetos metlicos podem ser atrados pelo
campo ou aquecidos pela RF corpo estranho
Diferentes Tpos de comportamento
magnTco dos metais clipes de aneurismas,
endoprteses

RM Artefato de SuscepTbilidade
MagnTca

Intervalo?

essencial a correlao clnico-


radiolgica !

O mdico radiologista deve estar ciente do
quadro clnico do paciente e da suspeita
diagnsTca do mdico assistente para orientar o
exame, escolhendo as sequncias adequadas.

Ressonncia MagnTca (RM)



Algumas indicaes clnicas

Sistema Nervoso Central


AVE
TC a modadidade inicial de escolha (rapidez
acesso e custo)
RM a mais sensvel (alteraes em <4h dos
sintomas), enquanto a TC cerca de 60% das
isquemias so vistas nas 48h iniciais
TCRM na deteco de hematomas (HSA?)

Sistema Nervoso Central


Angio-RM dos vasos intracranianos pode ser
feita sem GD, no invasiva (tende a subsTtuir a
angiograa diagnsTca)

Trombose venosa profunda e de seios durais


Malformaes congnitas
Infeces/SIDA,
Leses hiposrias- RM de sela trcica
Neoplasias o metodo de escolha do SNC

Sistema Nervoso Central


Doenas desmielinizantes como a esclerose
mlTpla
Trauma na fase subaguda/tardia LAD (na
aguda TC rapidez e avaliao de estruturas sseas)

Cabea e Pescoo

Neoplasias / estadiamento
Metstases linfonodais
ATM
Glndulas salivares, cavidade oral, laringe e
faringe

Coluna Vertebral
Doenas degeneraTvas
Ps-operatrio (c/ GD) para diferenciar hrnia
recorrente de tecido broso
Medula malformaes, MAVS
Trauma medula e ligamentos
Neoplasias, infeces
Processos inamatrios e d desmielinizante

Msculo-EsquelTco

Avalia a medula ssea


Tumores sseos primrios e secundrios
Traumas
Infeces
ArTculaes avaliadas em detalhes
carTlagens, ligamentos e tendes

Abdome
Fgado leses focais ou difusas
Sistema biliar colangioressonncia para avaliao
de ductos biliares e colangiocarcinoma

Pncreas pequenos tumores


Bao - neoplasias
Supra-renais Tu maligno adenoma, hemorragias,
feocromocitomas (tecnicas de supresao de gordura)

Rins tumores, uroressonncia (s/c)-obstruo em


pacientes alrgicos


Para vescula biliar, USG!!!!

Pelve
Masculina
Estadiar carcinoma de prstata
Tumores tesTculares (USG tb!)
Tesculos ectpicos
Vesculas seminais
Feminina
tero malformaes, tumores, leses cervicais
e endometriais
Endometriose (alterao do sinal dos produtos de
degradao da hemoglobina)

Trax
MediasTno
Parede torcica
Plexo braquial
OBS.:
Para parnquima pulmonar a TC imbavel!!!!

Mama
Prteses
Extenso de tu malignos
Acompanhamento ps-operatrio, pp. com
recidiva (sempre com contraste)

Obstetrcia
Malformaes congnitas fetais
Tumores fetais
Tumores abdominais maternos

Pediatria
Semelhantes as indicaes dos adultos, com
nfase nas malformaes

Ressonncia MagnTca Funcional


(RMf)

Molcula de hemoglobina pobre em oxignio


afetada de forma diferente da rica em
oxignio por um campo magnTco
O contraste gerado pelas diferentes
quanTdades de oxignio pode ser usado para
mapear a aTvidade cerebral (reas mais e
menos irrigadas) em uma mquina comum de
RMN
* O qumico Linus Pauling, na dcada de 30 j Tnha
registrado o fenmeno

reas mais aTvas recebem mais sangue


oxigenado
O paciente recebe comandos para realizar no
interior da mquina, durante a aquisicao das
imagens (responder perguntas, movimentar
determinada parte do corpo)

Descobrir tecidos lesados e integridade dos


tratos de substncia branca
Mapeamento do funcionamento cerebral (por
ex. reas que lidam com a dor, para novas terapias)

Planejamento de cirurgias
Pesquisas na anlise das emoes
psiquiatria
E at pesquisa de mercado (publicidade)

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