Campo Landeliano
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campo landeliano
So Paulo
2010
Defesa realizada em
Resumo
Esta dissertao consiste em pesquisa sobre virtualidades possivelmente presentes
nas teorias que incentivaram as primeiras tentativas de transmisso eletromagntica
sem fios em fins do sculo XIX, reportando tambm ao deslocamento dessas
teorias em direo a outras reas do conhecimento. Aps breve retrospectiva
do processo de inveno do rdio - no qual concorreram esforos de diversos
pesquisadores como James Clerk Maxwell, David Edward Hughes, Heinrich
Rudolf Hertz, Nikola Tesla, Roberto Landell de Moura e Guglielmo Marconi - o
estudo rev vasta literatura relacionada ao campo da Parapsicologia, tentando
encontrar informaes mais detalhadas sobre contatos interdimensionais
semelhantes aos descritos por Roberto Landell de Moura, Nikola Tesla e Thomas
Alva Edison em depoimentos concedidos mdia impressa no incio dos anos
1900. Finalmente, consiste numa fabulao potica a partir desse contexto.
Palavras-chave
inveno do rdio, transcomunicao instrumental, contato interdimensional,
eletromagnetismo, Roberto Landell de Moura, Nikola Tesla, artes visuais,
filosofia.
Abstract
This is a survey of virtual potentialities of the inventions related to the early
development of wireless technology at the end of nineteenth century, as well
as its recurrence in other areas of knowledge from there onward. After a brief
historical review on the radio invention (involving several scientists as James
Clerk Maxwell, David Edward Hughes, Heinrich Rudolf Hertz, Nikola Tesla,
Roberto Landell de Moura and Guglielmo Marconi) goes into a wider literature
review on the parapsychology field wich brings more detailed information on
interdimensional contacts as the ones described by Roberto Landell de Moura,
Nikola Tesla and Thomas Alva Edison at newspapers and magazines in the early
1900s. As a result this is also a poetical view about this context.
Keywords
invention of radio, instrumental transcommunication, interdimensional
contacts, electromagnetism, Roberto Landell de Moura, Nikola Tesla, visual
arts, philosophy.
Sumrio
1 - INTRODUO
1.1 - apresentao ....................................................................... 19
1.2 - objetivos ............................................................................. 20
1.3 - metodologia ........................................................................ 21
2 - DISCUSSO
2.1 - des-Procusto ....................................................................... 25
2.2 - notas landelianas ................................................................. 26
2.2.1 - intrito ............................................................................. 26
2.2.2 - sobre o Elemento R .......................................................... 27
2.2.3 - o Perianto ......................................................................... 28
2.2.4 - estenicidade e eletricidade ............................................... 31
2.2.5 - o Elemento Universal ....................................................... 34
2.2.6 - dois fragmentos ................................................................ 36
2.2.6.1 - The Telephotorama ...................................................... 36
2.2.6.2 - senza titolo .................................................................. 37
2.3 - chamadas em espera ............................................................. 37
2.3.1 - Augusto de Oliveira Cambraia .......................................... 38
2.3.2 - Thomas Alva Edison ......................................................... 38
2.3.3 - Oscar DArgonnel ............................................................. 40
2.3.4 - Coelho Neto ...................................................................... 42
2.3.5 - Prspero Lapagesse ........................................................... 43
2.3.6 - Attila Von Szalay .............................................................. 43
2.4 - Electronic Voice Phenomenon (EVP) ................................... 44
2.4.1 - achado inesperado ............................................................. 45
2.4.2 - o fenmeno se repete ........................................................ 47
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1 - INTRODUO
1.1 - apresentao
Operam como gume as circunscries histricas de fatos e nomeaes que
fixam autorias individuais a eventos e inventos, cindindo a vida sob a fico
do antes e depois abruptos, num diapaso surdo que exclui circunstncias
prvias e ulteriores em favor de um sistematizar, no raro, vassalo de interesses
convenientemente omitidos e avessos ao jorro do tempo. Assim, inversamente
a tal modus operandi e sem nenhum intento que busque diminuir o mrito de
Guglielmo Marconi (Bolonha, 1874 - Roma, 1937) frente ao aperfeioamento
das transmisses por mdias naturais1, tem-se em mira, neste breve retrospecto
que se segue, remontar profuso intelectual de um contexto do qual pde
emergir este notvel invento, o Rdio.
Consta nos devidos autos que, previamente publicao dos experimentos
de Heinrich Hertz entre 1887 e 1888 (Hamburgo, 1857 - Bonn, 1894),
James Clerk Maxwell (Edimburgo, 1831 - Cambridge, 1879) ao longo da
dcada de 1860 j havia burilado em sua forma final a teoria moderna do
eletromagnetismo - Maxwell provara por vias tericas que uma fora eltrica
pode, em determinado referencial, ser considerada magntica se analisada
noutro ou vice-versa - e tambm David Edward Hughes (Londres, 1831 Londres, 1900) havia demonstrado em 1878 a teoria de Maxwell, transmitindo
e recebendo ondas eletromagnticas entre dispositivos separados por centenas
de metros. Paralelamete, Nikola Tesla (Smiljan, 1856 - Nova Iorque, 1946)
e Alexander Stepanovich Popov (Krasnoturyinsk, 1859 - So Petesburgo,
1906) pesquisavam mtodos para transmisses eletromagnticas sem fios,
apresentando ao longo da dcada de 1890 substanciais aperfeioamentos das
tcnicas empregadas por Hertz.
1 ) expresso frequentemente utilizada por Nikola Tesla, referindo-se s transmisses
eletromagnticas sem fios.
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1.2 - objetivos
O presente trabalho constitui esforo investigativo bastante circunscrito s
condies histricas que concorreram para o surgimento das radiocomunicaes
em nosso planeta e noutros orbes, tendo portanto interesse nas decorrncias
eclpticas proporcionadas por eventuais pontes que da puderam partir.
Apoiado principalmente em mbito bibliogrfico, tem como fonte irradiadora
um espectro de pesquisadores que em conjunto vm atuando consistentemente
desde a segunda metade do sculo XX ou, em alguns casos, desde as primeiras
pesquisas relativas eletricidade. Todavia, a imensa riqueza de informaes - que
dos relatos e documentos eflui - materializa-se tambm em mbito laboratorial
para dar aos olhos e ouvidos um dispositivo receptor de ondas bastante sensvel
a variaes eletromagnticas locais. Assim, pesquisa terica, prxis e o prprio
ambiente do laboratrio fundem-se numa s obra, orientada sondagem de um
limite que no se pode precisar.
2 ) Sir Oliver Joseph Lodge tambm requerira autoria sobre algumas patentes registradas
por Marconi, entretanto, no teve sucesso em suas requisies.
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1.3 - metodologia
A partir de uma fase inicial menos direcionada, pautada por breves estudos
dos mecanismos de recepo/transmisso radiofnicas e por um vaguear
relativamente incnscio de objetivos definidos, formulou-se o presente plano
de pesquisa. Seria portanto fantasiosa qualquer tentativa de isolamento dos
elementos disparadores da sistematizao que se segue, ainda assim, faz-se
mister ressaltar a importncia de alguns fatores como, por exemplo, a patente de
nro. 645576, System Of Transmission Of Electrical Energy (vide ANEXO A),
registrada nos Estados Unidos da Amrica pelo ilustrssimo Sr. Nikola Tesla em
maro de 1900. Emana desse invento - apoiado numa sutil plasticidade de idias
- a percepo de vastides ainda sem margens definidas; v-se, ento, dessas
espiras de aplicaes quase especulativas, ondularem individuaes ainda no
nomeadas pela rgia cincia que, mais adiante, haveria de enclausurar boa parte
das freqncias sobre as quais trataremos nas sesses vindouras.
Se, por um lado, tornava-se duvidosa a histrica nomeao de Guglielmo
Marconi como autor individual, por outro, pudemos perceber que desde as
primeiras horas de sua inveno estavam j presentes muitas das virtualidades
do rdio, tornando-se fundamental uma busca por inventores adjuntos que, por
sua vez, levariam-nos necessariamente a assuntos correlatos, descortinando uma
fascinante rede de pesquisadores a operar em diferentes dimenses.
Aparentemente, alm de Tesla e Marconi, Thomas Edison, Landell de Moura,
Friedrich Juergenson, Theo Locher, Maggy Harsch, Karl Goldstein, Snia
Rinaldi, Peter Bander, Sir Francis Burton e muitos outros estavam j conectados
por um emaranhado de linhas, cujo princpio remontava a meados do sculo
XIX. Portanto, tornava-se necessria alguma sistematizao que pudesse
esclarecer os principais ramais dessa rede. Assim, delinearam-se duas frentes
simultneas quando da formalizao de nossa metodologia; a saber:
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2 - DISCUSSO
2.1 - des-Procusto
Se permanece a Histria seccionada por foras que dela excluem acontecimentos
imprprios lgica procustiana que oficiosamente a escreve, esforcemo-nos
para seguir noutras direes, rumo a espaos mais amplos e idias menos
cristalizadas. Com isso em vista, retomemos o legado deixado por Roberto
Landell de Moura (Porto Alegre, 1861 - Porto Alegre, 1928), inventor que,
j em junho de 1900, demonstrara publicamente seus inventos em So Paulo,
ocasio pela qual publicou-se a seguinte nota oficial no Jornal do Commrcio:
No domingo prximo passado, no Alto de SantAnna, cidade de S.
Paulo, o Padre Roberto Landell fez uma experincia particular com
vrios apparelhos de sua inveno. No intuito de demonstrar algumas
leis por elle descobertas no estudo da propagao do som, da luz e da
electricidade atravz do espao, da terra e do meio aquoso as quaes
foro coroadas de brilhante exito. / Esses apparelhos eminentemente
praticos so como tantos corollarios deduzidos das leis supracitadas.
/ Assistiro esta prova, entre outras pessoas, o Sr. P. C. P. Lupton,
representante do Governo Britanico, e sua famlia.
[FORNARI (1960) 1984, p.25].
Tem-se notcia de que os testes iniciais de Landell, realizados entre 1892 e 1893,
precederam as primeiras transmisses radiotelegrficas de Guglielmo Marconi
- realizadas em 1895 - e sabe-se que, conforme indica o artigo acima, sua
apresentao oficial deu-se seis meses antes da primeira transmisso de udio
por Reginald Aubrey Fessenden (Quebec, 1866 - Bermudas, 1932) realizada
s em dezembro de 1900 no Canad. Entretanto, desde ento, registrou-se
oficialmente o nome de Fessenden como pioneiro mximo desse avano e
pouco se falou sobre o Padre Roberto Landell de Moura, permanecendo, ainda
hoje, no campo das suposies o porqu da desateno que lhe foi dedicada...
Pois bem, deve estar a acuidade do leitor j a propor hipteses vrias
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2.2.3 - o Perianto
1 Todo o corpo humano est como que envolvido de um elemento
de forma vaporosa, mais ou menos densa, segundo a natureza ou o
estado do indivduo ou ambiente em que ele se acha. Esse elemento,
quando adquire uma tenso capaz de vencer os obstculos que se
opem sua expanso, escoa do corpo humano sob forma de descargas
disruptivas ou silenciosas, tal qual como sucede com a eletricidade.
E os fenmenos que nestas ocasies se do, tm muita analogia com
os eltricos estticos e dinmicos, com relao aos outros corpos
semelhantes.
2 Pelo que, cheguei concluso de que se trata de um fenmeno que
constitui uma variedade dos fenmenos produzidos pela eletricidade ou
pela causa da eletricidade, do calor, da luz etc.
3 Em todo caso, para facilitar o estudo do elemento R que existe no
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para que ele possa ser fotografado, como tambm para que se
torne visvel a olhos nus; d) que ele pode, semelhana de um duo
do indivduo, represent-lo sob formas unicamente vaporosas, ou
tambm com cores naturais; e) que, se esse indivduo estiver sob
ao do hipnotismo ou de qualquer outro estado anormal capaz de
mudar-lhe a personalidade, o seu perianto, neste caso, apresentar
as feies da personalidade que ele supe ser no momento; f) que,
devido ao perianto, no repugna que, em certos estados anormais,
o indivduo possa apresentar o seu duo sob formas vaporosas
mais ou menos condensadas e mais ou menos durveis, consciente
ou inconscientemente, como geralmente sucede, junto a si ou
distanciado; g) que, segundo o grau de condensao, poder tornarse palpvel ou resistente, simulando todos os fenmenos da vida
psico-orgnico devido ao prolongamento dinmico, no sendo o que
ele ento apresenta seno um reflexo do corpo do indivduo que o
produziu, de forma que se o indivduo falar ou mover qualquer parte
do corpo enquanto o seu perianto age aparentemente, este ltimo
deixar de agir incontinenti; h) que tanto os bons como os maus anjos
podem dele se utilizar para simular os fenmenos da vida de relao,
mas que neste caso ( exceo de um milagre) que se verifica o
que acima dissemos: quando o perianto, sob ao do bom ou do mau
esprito, age, se o corpo do indivduo que o produziu age, ele deixar
incontinenti de agir, precisamente na forma que o indivduo age; i)
que, provavelmente, o fenmeno da bilocalizao tem seu princpio na
condensao do perianto, quando o fenmeno se opera naturalmente,
muito embora por leis ainda no bem conhecidas. E muitos outros
fenmenos como do hipnotismo, do magnetismo, do espiritismo, dos
sonhos em ao, do sonambulismo etc.
[LANDELL, apud FORNARI (1960), 1984, pp.127-129]
Pedimos licena ao leitor para indicar que a teorizao acima tem estreita
conexo com a cmara bioeletrogrfica construda por Landell na primeira
dcada do sculo XX, alis, cujo pioneirismo fora muito bem descrito por
Hamilton de Almeida:
Dcadas antes dos cientistas soviticos, considerados, oficialmente, os
descobridores do efeito Kirlian, padre Landell realizou experincias
sobre o fenmeno. O que a histria diz que, em 1939, dois tcnicos
em eletrnica, o casal sovitico Semyon e Valentina Kirlian,
inventaram um novo processo fotogrfico denominado fotografia
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outubro daquele ano, indicava estar Edison Trabalhando para Comunicarse com Outro Mundo. Certamente, muitas das notcias versavam em tom
sensacionalista, aumentando ou distorcendo os fatos, todavia, da entrevista
oficial concedida pelo inventor, publicada aos 30 de outubro de 1920 no
peridico Scientific American, pode-se depreender declaraes bastante
claras acerca dos princpios envolvidos na pesquisa em questo:
Se nossa personalidade sobrevive, ento estritamente lgico e
cientfico presumir que ela retm a memria, o intelecto e outras
faculdades e conhecimentos que adquirimos nessa terra. Portanto,
se a personalidade existe depois daquilo que chamamos morte,
razovel concluir que aqueles que abandonam esta terra gostariam de
comunicar-se com aqueles que aqui deixaram. (...) se este raciocnio
est correto, ento, se pudermos produzir um aparelho to delicado,
que possa ser afetado, ou movido, ou manipulado (...) por nossa
personalidade, tal como ela sobrevive na vida que vem a seguir, tal
instrumento, quando estiver nossa disposio, dever registrar
alguma coisa.
[EDISON (1920), apud NUNES, 1990, p.30]
Imagina-se que tal pesquisa tenha transcorrido em silncio para evitar
propaganda negativa companhia de Edison, pois, inventos muito mais
factveis e perfeitamente demonstrveis j haviam resultado em ataques
contra o inventor como, por exemplo, descreve este trecho da obra de Camille
Flammarion:
Assistia eu, certo dia, a uma sesso da Academia de Cincias, dia
esse de hilariante recordao, em que o fsico Du Moncel apresentou
o fongrafo de Edison douta assemblia. Feita a apresentao,
ps-se o aparelho docilmente a recitar a frase registrada em seu
cilindro. Viu-se ento um acadmico de idade madura, de esprito
compenetrado, saturado mesmo das tradies de sua cultura clssica,
nobremente revoltar-se contra a audcia do inovador, precipitar-se
sobre o representante de Edison e agarr-lo pelo pescoo, gritando:
Miservel! Ns no seremos ludibriados por um ventrloquo!
Senhor Bouillaud, chamava-se este membro do Instituto. Foi isso a
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histrico-culturais.(...)
O Prof. Laurent sugere que se faa um teste. Jovens estudantes da
Faculdade de Tecnologia devem auscultar minhas gravaes e citar
o texto. Eu tenho minhas dvidas, pois no conheo a capacidade
de entendimento e concentrao dos jovens, assim como ignoro se
conhecem idiomas estrangeiros. Mas acabei concordando. Primeiro
se verificou que os gravadores de som da Faculdade de Tecnologia
eram bastante antiquados. Sua escala cronolgica difere da minha.
O volume de som est abaixo de qualquer crtica. Nada funciona, e
os jovens comeam a fazer uma poro de disparates. (...) Laurent
mostra-se muito constrangido, mas eu lhe proponho organizar uma
nova demonstrao com o auxlio do meu prprio gravador de som.
Na demonstrao seguinte, o ambiente est bem mais calmo.
Convidei dois amigos, o escritor sueco Sture Lnnerstrand, que
levou ao conhecimento da imprensa mundial o caso Shanti Devi, e
o engenheiro Ivan Treng, estudioso de parapsicologia com bons
conhecimentos tcnicos. Assim o fiz com a inteno de ter duas
testemunhas idneas, que inspirassem confiana, pois Laurent certa
vez observou que talvez se tratasse de sugestes.
O meu aparelho funciona perfeitamente, e eu encontro, sem nenhuma
dificuldade, todos os pontos desejados. Os tcnicos acoplaram um
amplificador ao meu gravador de som, e as vozes logo se fazem
escutar clara e nitidamente. A maioria das palavras por todos
entendida, s havendo divergncias de opinio no tocante s
estrangeiras. Entre os presentes, tambm no havia ningum que
conhecesse o russo, o hebraico ou o idiche. Pouco a pouco aumenta
o interesse, e os estudantes tornam-se mais expansivos, falando alto
numa grande excitao. O ceticismo parece dissipar-se - as vozes
existem e podem ser escutadas por todos. / Sture Lnnestrand dirigese a Laurent e, com a maior naturalidade, pergunta em voz alta:
Prof. Laurent, o senhor ainda acredita que se trata de sugesto?
H um silncio penoso, e depois Laurent responde um tanto
constrangido: No, no, acho que somente em certos casos...
[JRGENSON (1967), 1972, pp.194-212]
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ser essa seo como que um retorno aos postulados de Roberto Landell de
Moura; retorno mesmo - no um retrocesso - posto que emerge da aplicao
prtica daqueles postulados na forma de acontecimentos interdimensionais
gerados por ampla gama de comunicantes, dentre os quais o prprio Landell.
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4 ) devido ao fato de a sra. Harsch inicialmente ter suposto que essa voz, estranhamente
compassada, era a de um tcnico, a entidade props que ela o chamasse futuramente de
Tcnico.
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3 - concluso
Revisados os perodos e experimentos que ao longo dos ltimos sculos tem
contribudo para a efetivao de contatos os mais distantes possveis, chegada
a hora de reelaborar em forma de sntese essa avolumada coleo de relatos e
dados pela qual acaba de passar o leitor. Sem visar a extraes taxionmicas
ou cristalizadoras do assunto, separamos em dois blocos nosso ltimo captulo,
um mais objetivo, outro mais reticente.
Enfim, faz-se necessrio assumir a inconclusividade do experimento acima
descrito, sem com isso perder de vista que, tanto a impossibilidade de
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Talvez seja excessivo qualquer comentrio de nossa parte em relao aos excertos
recm-citados. Todavia, gostaramos de adicionar uma ltima contraposio
ortogonal, que poder sintetizar sobremaneira os modus operandi, faciendi
e vivendi acadmicos que, interna e externamente, atravessaram, insuflaram e
combateram o presente estudo para lhe dar forma:
O autor aquele que d inquietante linguagem da fico suas
unidades, seus ns de coerncia, sua insero no real. (...) O autor,
no entendido, claro, como o indivduo falante que pronunciou ou
escreveu um texto, mas o autor como princpio de agrupamento do
discurso, como unidade e origem de suas significaes, como foco de
sua coerncia. (...) no que se chama globalmente um comentrio, o
desnvel entre texto primeiro e texto segundo desempenha dois papis
que so solidrios (...) permite construir (e indefinidamente) novos
discursos (...) dizer enfim o que estava articulado silenciosamente
no texto primeiro. (...) O comentrio conjura o acaso do discurso
fazendo-lhe sua parte: permite-lhe dizer algo alm do texto mesmo,
mas com a condio de que o texto mesmo seja dito e de certo modo
realizado.
[FOUCAULT (1970), 2006, pp.24-28]
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4 - BIBLIOGRAFIA
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brasileiro que inventou o rdio, a TV, o teletipo... Rio de janeiro: Editora Record,
2006. 312 p.
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1984. 91 p.
ANDRADE, Hernani Guimares. A transcomunicao atravs dos tempos.
So Paulo: Editora Jornalstica FE, 1997. 301 P.
BANDER, Peter. Os espritos comunicam-se por gravadores. Traduo Harry
Meredig. 4o. Edio. So Paulo: Edicel, 1985. 190 P.
BOCARRO, Manuel. Tratado dos cometas que apareceram em novembro
passado de 1618. Lisboa: Biblioteca Nacional de Portugal, 2009. 40 p.
BRAGA, Newton. Eletrnica Paranormal: projetos para outra dimenso. So
Paulo: Editora Saber, 2006. 72 p.
DELEUZE, Gilles. Espinosa, filosofia prtica. So Paulo: Escuta, 2002. 144 p.
_______________. Conversaes. Traduo de Peter Pl Pelbart. Rio de Janeiro:
Editora 34, 1992. 232 p.
DELEUZE, Gilles; GUATARRI, Flix. Mil Plats: capitalismo e esquizofrenia
Vol. 5. Traduo de Peter Pl Pelbart e Janice Caiafa. 1 Edio. So Paulo:
Editora 34, 2008. 240 p.
FORNARI, Ernani. O incrvel padre Landell de Moura: o brasileiro precursor
das telecomunicaes. 2 Edio. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exrcito, 1984.
158 p.
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George Meek
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capacitor varivel
diodos de germnio
capacitor cermico
barra de ferrite
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resistores
componentes utilizados na
montagem do experimento descrito
ao longo da seo 2.6;
fones empregados nas sesses de
anlise/audio;
miliampermetro
plaqueta de identificao
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6 - ANEXOS
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