Tanque de Escorva

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

JLIO DE MESQUITA FILHO


FACULDADE DE CINCIAS AGRRIAS E VETERINRIAS
CAMPUS DE JABOTICABAL

MODELAGEM PARA DIMENSIONAMENTO DE TANQUE DE


ESCORVA PARA INSTALAES DE BOMBEAMENTO
UTILIZANDO A LEI DE BOYLE

Marcos de Oliveira Bettini

Engenheiro Agrnomo

JABOTICABAL SO PAULO BRASIL


Agosto de 2007

Livros Grtis
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA


JLIO DE MESQUITA FILHO
FACULDADE DE CINCIAS AGRRIAS E VETERINRIAS
CAMPUS DE JABOTICABAL

MODELAGEM PARA DIMENSIONAMENTO DE TANQUE DE


ESCORVA PARA INSTALAES DE BOMBEAMENTO
UTILIZANDO A LEI DE BOYLE

Marcos de Oliveira Bettini


Orientador: Prof. Dr. Jos Renato Zanini

Dissertao apresentada Faculdade de


Cincias Agrrias e Veterinrias UNESP,
Campus de Jaboticabal, como das exigncias
para obteno do ttulo de Mestre em
Agronomia (Cincia do Solo).

JABOTICABAL SO PAULO BRASIL


Agosto de 2007

B565m Bettini, Marcos de Oliveira

Modelagem para dimensionamento de tanque de escorva para instalaes


de bombeamento utilizando a Lei de Boyle/ Marcos de Oliveira Bettini.
Jaboticabal, 2007
Dissertao (Mestrado) Faculdade de Cincias Agrrias e Veterinrias
- UNESP, Cmpus de Jaboticabal 2007.
Orientador: Jos Renato Zanini
Banca examinadora: Luis Carlos Pavani, Tarlei Arriel Botrel
Bibliografia
1.Bombas hidrulicas. 2. Vlvula-de-p; 3. Lei de Boyle; 6. Tanque de
escorva. I. Ttulo. II. Jaboticabal -Faculdade de Cincias Agrrias e
Veterinrias.
CDU 631.67
Ficha catalogrfica elaborada pela Seo Tcnica de Aquisio e Tratamento da Informao Servio Tcnico
de Biblioteca e Documentao - UNESP, Cmpus de Jaboticabal.

DADOS CURRICULARES DO AUTOR

MARCOS DE OLIVEIRA BETTINI

Filiao: Rogrio de Oliveira Bettini e Maria das Dores de Oliveira Bettini


Nascimento: 03 de maio de 1970, So Paulo - SP.

Tcnico Agrcola - ETAESG - Benedito Storani - Jundia/SP 1987;


Eng. Agronmono - ESALQ - USP - Piracicaba/SP 1993;
MBA em Marketing - FGV - Uberlndia/MG 2001;
Mestrando em Agronomia FCAV - UNESP Jaboticabal/SP - 2007;

Administrador agrcola Stio Santa Filomena 1989 - 1993


Pesquisador agrcola - Cica Unilever 1994 - 1996 - Petrolina - PE .
Coordenador regional Netafim Petrolina 1996 - 1998
Coordenador regional Netafim Uberlndia 1998 - 2000
Gerncia de marketing e vendas - Netafim cerrado 2000 - 2002
Gerncia de Ps-venda - Netafim Brasil 2002 - 2005
Diretor proprietrio A$ GOT A$ - Assistncia em Gotejamento Associados 2005 - 2007
Coordenador GPG - Grupo de Profissionais de Gotejamento 2006 - 2007
Product manager - Acadian Agritech Brasil - 2007

s vezes parecia que de tanto acreditar


Em tudo que achvamos to certo
Teramos o mundo inteiro e at um pouco mais
Faramos florestas nos desertos
E diamantes de pedaos de vidro

s vezes parecia que era s improvisar


E o mundo ento seria um livro aberto
At chegar o dia em que tentamos ter demais
Vendendo fcil o que no tinha preo...

Renato Russo

A vida um combate, sucesso dor

Rogrio Caldas

DEDICATRIA
Este trabalho fruto de uma necessidade interior em
manter-me estudando, aprendendo, experimentando novos
conhecimentos e sempre que possvel gerando e difundindo
cincia aplicada.
Dedico esta dissertao de mestrado minha me
Maria das Dores e av Maria Amlia (in memorian), figuras
marcantes que muito me incentivaram nesta busca.
Dedico me dos meus filhos Taciana e, especialmente,
a meus filhos Arthur e Gabriel na expectativa que este exemplo
lhes traga estmulo e valor a seus estudos.
Com humildade ofereo ao mercado e aos profissionais
de

irrigao,

acreditando

que

conhecimento

aqui

apresentado, possa contribuir de forma simples e eficaz no


aprimoramento e confiabilidade de nossos projetos.

AGRADECIMENTOS
A meu pai, irmos e todos familiares que sempre estiveram ao meu lado.
Ao Prof. Dr. Jos Renato Zanini, pela oportunidade, ensino, orientao,
confiana e dedicao na realizao deste trabalho.
Ao professor Dr. Luiz Carlos Pavani, pelas timas aulas, pelo apoio na
fundamentao hidrulica, livros emprestados e boas horas de conversa.
Aos professores Dr. Gener Tadeu Pereira pelo auxlio na metodologia estatstica
e Dr. Jairo Campos de Arajo pela disposio em contribuir com a qualificao do
trabalho.
Aos professores, colegas e funcionrios da FCAV-UNESP Jaboticabal, pelo
ensino, acolhimento, carinho e companheirismo.
Eng. Agr. Letcia Foratto, pela amizade e participao ativa nos trabalhos da
fase experimental e na redao da dissertao.
empresa NETAFIM por autorizar meus estudos, em paralelo com as
atribuies funcionais. Especialmente ao grande companheiro de trabalho e amigo
Rephael Sulkoviak, pela ajuda tcnica sobre o equipamento e pelo incentivo
continuidade dos estudos.
s empresas Iavant e Irmos Gallo pelo fornecimento dos equipamentos e ao
colega Daniel Iavant, pela ateno, gentileza e horas de explicaes tcnicas.
Ao colega Eng. Agr. Marco Antonio Lemos Franco pelo incentivo e pelas boas
idias ao projeto.
Aos clientes e colegas de minha empresa - A$ GOTA$ - Assistncia em
Gotejamento Associados e do GPG - Grupo de Profissionais de Gotejamento, por
acreditarem em minha iniciativa, comprarem minhas idias e trabalharmos em grupo.
empresa Acadian, por apoiar e permitir a concluso de meus estudos.
Aos amigos em geral.

E sempre a DEUS, como fora superior que d confiana a superar obstculos e


realizar sonhos.
Estudar e trabalhar com ENGENHARIA AGRONMICA - IRRIGAO.
Atuar com excelentes profissionais e amigos.
Ter paixo em desenvolver-se e desenvolver pessoas.
Praticar cincia e titular-me mestre em Agronomia.
Buscar e transferir benefcios ao nosso maravilhoso BRASIL

Obrigado a todos!

SUMRIO
LISTA DE TABELAS .................................................................................................xix
LISTA DE FIGURAS ..................................................................................................xii
RESUMO .....................................................................................................................xiii
ABSTRACT .................................................................................................................xiv
I INTRODUO ............................................................................................................1
II REVISO BIBLIOGRFICA ..................................................................................4
III MATERIAL E MTODOS .....................................................................................9
3.1 PRINCPIO DE FUNCIONAMENTO DO TANQUE DE ESCORVA.....................9
3.2 DESCRIO DO TANQUE DE ESCORVA MODELO 1.....................................14
3.3 DESCRIO DO TANQUE DE ESCORVA MODELO 2.....................................14
3.4 AVALIAES HIDRULICAS..............................................................................16
IV RESULTADOS E DISCUO ..............................................................................26

4.1

CALIBRAO

DO

DIAFRAGMA

........................................................................26
4.2 VALORES OBTIDOS PARA CLCULO DA REALAO
(Vu+Vl) / Vt+Vl) ...26
V CONCLUSES .........................................................................................................49
VI REFERNCIAS ......................................................................................................50

LISTA DE TABELAS

Tabela 1

Valores mnimos da relao (Vl+Vu)/(Vt+Vl), em funo de Hs, para


que ocorra o escorvamento da bomba........................................................ 13

Tabela 2

Planilha de anotaes durante os testes hidrulicos e clculos para


avaliao dos tanques de escorva............................................................... 25

Tabela 3

Valores obtidos nos testes hidrulicos, para clculo da relao


(Vu+Vl) / (Vt+Vl), com altura geomtrica de suco (hgs) de 1 m e
comprimento do trecho horizontal da tubulao de suco (LH) de
2,16 m, para o tanque modelo 1................................................................. 27

Tabela 4

Valores obtidos nos testes hidrulicos, para clculo da relao


(Vu+Vl) / (Vt+Vl), com altura geomtrica de suco (hgs) de 2 m e
comprimento do trecho horizontal da tubulao de suco (LH) de
2,16 m, para o tanque modelo 1................................................................. 28

Tabela 5

Valores obtidos nos testes hidrulicos, para clculo da relao


(Vu+Vl) / (Vt+Vl), com altura geomtrica de suco (hgs) de 3 m e
comprimento do trecho horizontal da tubulao de suco (LH) de
2,16 m, para o tanque modelo 1................................................................. 29

Tabela 6

Valores obtidos nos testes hidrulicos, para clculo da relao


(Vu+Vl) / (Vt+Vl), com altura geomtrica de suco (hgs) de 4 m e
comprimento do trecho horizontal da tubulao de suco (LH) de
2,16 m, para o tanque modelo 1................................................................. 30

Tabela 7

Valores obtidos nos testes hidrulicos, para clculo da relao


(Vu+Vl) / (Vt+Vl), com altura geomtrica de suco (hgs) de 1 m e
comprimento do trecho horizontal da tubulao de suco (LH) de
4,85 m, para o tanque modelo 1................................................................. 31

Tabela 8

Valores obtidos nos testes hidrulicos, para clculo da relao


(Vu+Vl) / (Vt+Vl), com altura geomtrica de suco (hgs) de 2 m e
comprimento do trecho horizontal da tubulao de suco (LH) de
4,85 m, para o tanque modelo 1................................................................. 32

Tabela 9

Valores obtidos nos testes hidrulicos, para clculo da relao


(Vu+Vl) / (Vt+Vl), com altura geomtrica de suco (hgs) de 3 m e
comprimento do trecho horizontal da tubulao de suco (LH) de
4,85 m, para o tanque modelo 1................................................................
xi

33

Tabela 10 Valores obtidos nos testes hidrulicos, para clculo da relao


(Vu+Vl) / (Vt+Vl), com altura geomtrica de suco (hgs) de 1 m e
comprimento do trecho horizontal da tubulao de suco (LH) de
3,18 m, para o tanque modelo 2................................................................. 34
Tabela 11 Valores obtidos nos testes hidrulicos, para clculo da relao
(Vu+Vl) / (Vt+Vl), com altura geomtrica de suco (hgs) de 2 m e
comprimento do trecho horizontal da tubulao de suco (LH) de
3,18 m, para o tanque modelo 2................................................................. 35
Tabela 12 Valores obtidos nos testes hidrulicos, para clculo da relao
(Vu+Vl) / (Vt+Vl), com altura geomtrica de suco (hgs) de 3 m e
comprimento do trecho horizontal da tubulao de suco (LH) de
3,18 m, para o tanque modelo 2................................................................. 36
Tabela 13 Valores obtidos nos testes hidrulicos, para clculo da relao
(Vu+Vl) / (Vt+Vl), com altura geomtrica de suco (hgs) de 4 m e
comprimento do trecho horizontal da tubulao de suco (LH) de
3,18 m, para o tanque modelo 2...... .......................................................... 36
Tabela 14 Valores obtidos nos testes hidrulicos, para clculo da relao
(Vu+Vl) / (Vt+Vl), com altura geomtrica de suco (hgs) de 1 m e
comprimento do trecho horizontal da tubulao de suco (LH) de
6,00 m, para o tanque modelo 2................................................................. 37
Tabela 15 Valores obtidos nos testes hidrulicos, para clculo da relao
(Vu+Vl) / (Vt+Vl), com altura geomtrica de suco (hgs) de 2 m e
comprimento do trecho horizontal da tubulao de suco (LH) de
6,00 m, para o tanque modelo 2................................................................. 38
Tabela 16 Valores obtidos nos testes hidrulicos, para clculo da relao
(Vu+Vl) / (Vt+Vl), com altura geomtrica de suco (hgs) de 3 m e
comprimento do trecho horizontal da tubulao de suco (LH) de
6,00 m, para o tanque modelo 2................................................................. 39
Tabela 17 Mdias calculadas das relaes (Vu+Vl) / (Vt+Vl) obtidas para o tanque
1, avaliado com diferentes valores de hgs, Hs e de LH............................. 40
Tabela 18 Mdias calculadas das relaes (Vu+Vl) / (Vt+Vl) obtidas para o tanque
2, avaliado com diferentes valores de hgs, Hs e de LH............................. 40
Tabela 19 Anlise esttistica referente aos dados experimentais e aos calculados
pela equao de Boyle para o tanque 1...................................................... 43
xii

Tabela 20 Anlise esttistica referente aos dados experimentais e aos calculados


pela equao de Boyle para o tanque 2...................................................... 44
Tabela 21 Diferenas percentuais entre os valores mdios das relaes
(Vu+Vl) / (Vt+Vl) obtidas experimentalmente e pela Lei de Boyle......... 45
Tabela 22 Valores

mnimos

com

30%

de

acrscimo

da

relao

(Vl+Vu) / (Vt+Vl), em funo de Hs......................................................... 46

xiii

LISTA DE FIGURAS
Figura 1........ Esquema de instalao de uma bomba no-afogada, contendo
vlvula-de-p......................................................................................
Figura 2.......

Esquema de uma instalao de bombeamento utilizando balo de


escorva de forma cilndrica. (Adptado de VILLA NOVA et al.,
1997)...................................................................................................

Figura 3.......

Representao grfica da Lei de Boyle.............................................. 10

Figura 4.......

Esquema de uma instalao de bombeamento com tanque de


escorva. Vt volume da tubulao de suco; hgs altura
geomtrica de suco; H0 altura de coluna de gua equivalente
presso atmosfrica local; e, NA nvel da gua na captao........... 11

Figura 5.......

Tanque de escorva modelo 1........................................................... 15

Figura 6.......

Esquema do tanque de escorva modelo 1........................................ 15

Figura 7.......

Tanque de escorva modelo 2........................................................... 16

Figura 8.......

Esquema do tanque de escorva modelo 2..........................................

Figura 9.......
Figura 10.....

Esquema da montagem experimental para avaliao do


17
escorvamento utilizando tanques de escorva......................................
Foto da montagem do tanque e posicionamento do piezmetro........ 18

Figura 11.....

Curvas caractersticas da bomba KSB BLOC 32-125.......................

Figura 12.....

Vista geral do reservatrio de captao a dois metros de altura


geomtrica de suco (hgs)................................................................

Figura 13.....

16

20
21

Vista geral do medidor diafrgma, com tomadas de presso ligadas


ao manmetro de mercrio................................................................. 21

Figura 14.....

Vista em detalhe do medidor difragma utilizado para medio da


vazo................................................................................................... 22

Figura 15.....

Curva de regresso vazo x diferena de presso, para o medidor


diafrgma avaliado em laboratrio..................................................... 26

Figura 16.....

Curvas e equaes de regresso dos valores mdios das relaes


(Vu+Vl) / (Vt+Vl) em funo de Hs, obtidas pela equao de Boyle
e nos testes hidrulicos, para o tanque 1............................................. 42

Figura 17.....

Curvas e equaes de regresso dos valores mdios das relaes


(Vu+Vl) / Vt+Vl) em funo de Hs, obtidas pela equao de Boyle
e nos testes hidrulicos, para o tanque 2............................................. 42

Figura 18.....

Relaes (Vl+Vu) / (Vt+Vl) e (Vl+Vu) / (Vt+Vl) + 30%, em


funo da altura manomtrica de suco (Hs).................................... 47
xiv

MODELAGEM PARA DIMENSIONAMENTO DE TANQUE DE ESCORVA


PARA INSTALAES DE BOMBEAMENTO UTILIZANDO A LEI DE BOYLE

RESUMO: A maioria das instalaes de abastecimento de gua utiliza bombas


hidrulicas do tipo turbobombas. Esse tipo de bomba requer que o interior de sua
carcaa e o da tubulao de suco estejam preenchidos com gua (escorvados), para
que a suco da gua a partir do reservatrio de captao possa ser efetivada. O
escorvamento das bombas conseguido instalando-as abaixo do nvel de gua do
reservatrio de captao (bomba afogada). Nos casos de instalaes com bombas acima
do nvel do reservatrio, h necessidade do uso de vlvulas-de-p, que tm partes
mveis suscetveis ao mau funcionamento por desgastes, quebras, sujeira ou outros
problemas, que limitam a confiabilidade desse sistema, principalmente em caso de
automao. Como alternativa ao uso da vlvula-de-p, foram estudados dois modelos de
tanques escorva, testados no Laboratrio de Hidrulica da FCAV - UNESP Jaboticabal - SP. Avaliaram-se diferentes situaes de altura manomtrica de suco,
comprimento e dimetro de tubulao de suco e relaes entre volume til do tanque
e volume do tubo de suco, tendo-se concludo que: a) o volume do tanque de escorva
funo do volume da tubulao de suco e da altura manomtrica de suco; b) o
volume do tanque de escorva pode ser calculado seguindo-se a Lei de Boyle, com uma
percentagem de acrscimo no volume til, que neste estudo foi cerca de 10% para o
modelo 1 e cerca de 30% para o modelo 2.
PALAVRAS-CHAVE: bombas hidrulicas, bomba no-afogada, escorvamento

xv

MODELING USING BOYLES LAW TO DIMENSION PRIMING TANK FOR


PUMP STATION INSTALLATIONS

ABSTRACT: The most of water supply installations uses hydraulic pumps type turbine
pumps. This kind of pump must to have its casing body and suction pipe filled with
water (primed) to be started. The priming can be done installing the pump underneath
the suction reservoir water level. In the installations cases that the pump is above of
water it is necessary to use foot valves to keep the pump primed. Foot valves have
mobile parts, can be damaged or broke by use, dirty and others, that limits the reliability
specially for automatic start-up of the system. As an alternative solution the current
work in So Paulo State University Hidraulic Laboratory Jaboticabal Brazil, were
evaluated two priming-tank models tested in different suction manometric heights,
suction pipe diameters and relations between net tank volume and suction pipe volume.
The conclusions show that: a) the priming tank volume is a function of the suction pipe
volume and suction manometric height; b) the prime tank volume is calculated using
Boyle equation with a percentage safety margin added in the net tank volume, that in
this work was nearly to 10% for the model 1 and 30% for the model 2.
KEYWORDS: hidraulic pumps, not submerged pump, priming.

xvi

I. INTRODUO
Em muitas situaes de abastecimento de gua necessrio o seu bombeamento,
para elevao ou recalque. Este assunto instalaes de bombeamento torna-se cada
dia mais importante, seja no meio industrial, urbano ou rural.
A agricultura brasileira tem experimentado um crescimento relevante nas reas
irrigadas e os projetos de irrigao apresentam melhorias no nvel tecnolgico com o
uso de equipamentos mais sofisticados. Diante desta nova perspectiva, importante o
estudo de alternativas e solues simples que ofeream alta confiabilidade, reduo de
custos de energia e manuteno.
Segundo MACINTYRE (1997), as bombas hidrulicas podem ser definidas como
mquinas hidrulicas geratrizes, que transferem energia ao fluido, a fim de promover o
seu deslocamento. Elas podem ser subdividas em dois grandes grupos: bombas
volumgenas e turbobombas. Essas ltimas, quando colocadas para funcionar, por meio
da ao centrfuga de seus rotores expelem o fluido para a sada da carcaa, gerando
uma situao de reduo de presso em seu interior. Assim, preciso que a tubulao de
suco e a carcaa da bomba estejam preenchidas com gua (escorvadas) para que o
fluxo se estabelea, pela ao da presso atmosfrica. Esse mesmo autor comenta que os
defeitos mais comuns verificados nas turbobombas se relacionam com a suco, por
isso, essa parte da instalao deve receber especial ateno.
CARVALHO (1992) comenta que dos diversos modelos existentes de bombas,
destacam-se as hidrodinmicas de fluxo radial, tambm conhecidas como bombas
centrfugas, pois so utilizadas nas situaes mais comuns, como, por exemplo,
abastecimento e irrigao. Segundo VILELA et al. (2003), esse tipo de bomba pode ser
instalado tanto abaixo do nvel de gua do reservatrio de suco (suco negativa)
como acima do mesmo (suco positiva). Quando a bomba instalada abaixo do nvel
1

do reservatrio, a tubulao de suco permanece constantemente preenchida com o


lquido, o que constitui uma vantagem. Por outro lado, o excesso de umidade, a maior
dificuldade para instalao e manuteno, e o risco de entupimento so os maiores
inconvenientes. Assim, na maioria dos sistemas de recalque, opta-se por instalar o
conjunto de bombeamento acima do nvel da gua do reservatrio de suco. Entretanto,
quando a instalao realizada dessa maneira, a maioria dos modelos de turbobombas
requer tanto a escorva da carcaa como da tubulao de suco, ou seja, essas partes
devem ser totalmente preenchidas com o lquido a bombear.
Para manter a escorva da tubulao de suco, muito comum o uso de vlvulasde-p. Uma alternativa ao uso das vlvulas-de-p a instalao de tanques de escorva.
Os tanques de escorva oferecem maior garantia de escorva do que as vlvulas-dep, quando dimensionados e aplicados corretamente. O equipamento de fcil
construo e instalao, no tem partes mveis, praticamente no sofre desgastes, tem
baixo custo de aquisio, alm de gerar reduo de energia pela ausncia da perda de
carga da vlvula-de-p. Dentre as limitaes que oferecem, devem ser mencionadas:
possuem maior peso e tamanho que as vlvulas-de-p, requerendo maior rea e estrutura
para sua instalao; existem poucos fabricantes comerciais, conhecimento e informao
tcnica sobre seu uso.
importante salientar que a utilizao do tanque de escorva s necessria
quando a bomba estiver acima do nvel de gua da captao e no for do tipo autoescorvante.
Na prtica os tanques de escorva vem sendo muito utilizados em sistemas de
irrigao em geral e tambm em sistemas de bombeamento de vinhaa no cultivo de
cana-de-acar. O dimensionamento prtico dos mesmos prope a construo de
tanques com duas a trs vezes o volume do tubo de suco. Porm, essa recomendao
2

muitas vezes tem apresentado falha de funcionamento dos tanques. Por essa razo, este
estudo teve por objetivo realizar testes hidrulicos em laboratrio, visando estudar a
aplicao da Lei de Boyle, para dimensionamento de tanques de escorva aplicveis em
instalaes de bombeamento, analisando dois modelos de tanques.

II. REVISO BIBLIOGRFICA

VILELA et al. (2003) relatam a necessidade de escorvamento ou escorva de


turbobombas, que pode ser explicada pela equao da conservao de energia (Teorema
de Bernoulli eq. 1) aplicada entre o nvel da gua no reservatrio de captao e a
entrada da bomba, da seguinte forma:
P1 = P0 (hgs + hfs)

(1)

em que,
P1 presso na entrada da bomba;
P0 presso atmosfrica local;
peso especfico do fluido;
hgs altura de instalao ou altura geometria de suco, e
hfs perda de carga na tubulao de suco.
Se a bomba no est escorvada, o fluido operado o ar, cujo peso especfico
muito pequeno (9,81 N m-3), comparado ao peso especfico da gua (9.810 N m-3).
Assim, a presso entrada da bomba praticamente a mesma apresentada pela
atmosfera local. Logo, a diferena de presso (P0 P1)/ responsvel pelo vencimento
da diferena de nvel e da perda de carga na suco fica pequena, a ponto de ser incapaz
de fazer a gua chegar at a bomba.
A escorva da instalao refere-se ao preenchimento do interior da bomba e da
tubulao de suco, com o lquido a ser bombeado, podendo haver duas situaes,
dependendo do tipo de instalao:
a) Bombas afogadas
A bomba encontra-se em posio inferior ao nvel da gua do reservatrio de
suco e, portanto o escorvamento ocorre naturalmente;
4

b) Bombas no-afogadas
Estando a bomba acima do nvel da gua do reservatrio de suco, necessrio
realizar-se o escorvamento da mesma, antes de dar partida no motor. Na maioria das
vezes, para possibilitar o escorvamento, na tubulao de suco existe a vlvula-de-p,
conforme esquema apresentado a seguir:

vlvula de reteno
vlvula de gaveta
reduo concntrica
Reduo excntrica
motor

bomba

curva de 90

vlvula-de-p
FIGURA 1. Esquema de instalao de uma bomba no-afogada, contendo vlvula-dep.

Conforme AZEVEDO NETTO et al. (1998), antes de pr em funcionamento


muitas bombas requerem a realizao do escorvamento, que significa encher a
canalizao de suco com o lquido a ser bombeado. Alm disso, as peas dentro da
bomba dependem da lubrificao que lhes fornecida pelo lquido a deslocar; gripam-se
caso a bomba funcione a seco. As formas e equipamentos mais comuns para efetivar o
processo de escorva so: bomba submersa, injetor, bomba de vcuo, vlvula-de-p e
escorva automtica.
Segundo MACINTYRE (1997), as turbobombas no so auto-aspirantes ou autoescorvantes, isto , no so capazes de expulsar o ar, criando o vcuo capaz de permitir
5

a entrada do lquido, no incio do funcionamento. Quando postas a funcionar, j devem


estar cheias de lquido, e por conseginte, tambm a tubulao de suco. As situaes
comuns em relao ao escorvamento de bombas so:
a) bomba afogada: a escorva ocorre automaticamente, pois a bomba est abaixo do nvel
da gua;
b) vlvula-de-p: se ela estiver funcionando bem e no surgir nenhum corpo estranho,
capaz de manter a bomba e a tubulao de suco preenchidos de lquido entre dois
perodos de funcionamento;
Apesar da aplicao de vlvula-de-p em muitas instalaes, ela aumenta
acentuadamente a perda de carga na suco, possui custo considervel, necessita de
limpeza freqente e representa riscos em instalaes com automao da partida. Mesmo
com vlvulas-de-p de boa estanqueidade e qualidade, elas no permitem total garantia
contra falhas devido a desgastes ou mau-funcionamento, oriundo de partculas contidas
na gua.
c) Tanque de escorva: reservatrio fechado, acoplado entrada de aspirao da bomba,
que permite a esta retirar gua do reservatrio para o seu funcionamento inicial, criando
vcuo, de modo que a gua do poo de abastecimento sobe pelo tubo de suco,
repondo o que foi retirado e dando continuidade ao processo.
Segundo VILLA NOVA et al. (1997), em instalaes de recalque freqente o
uso da tradicional vlvula-de-p, que geralmente apresenta problemas de vazamento,
exigindo limpeza freqente; caso no se instale a vlvula-de-p, so necessrios
injetores para a escorva do cano de aspirao. Como alternativa valvula-de-p ou aos
injetores, esses autores propuseram a utilizao de um balo de escorva, que atende
tambm a situaes de variao de nvel esttico de aspirao, muito freqentes em
problemas de recalque de gua. Considerando-se o balo de forma cilndrica, colocado
6

em posio vertical (Figura 2), esses autores apresentaram uma equao (eq. 2) para o
dimensionamento do dimetro do balo, em funo dos parmetros da aspirao,
apresentada a seguir:
LH
H2
d

Tubo de
suco

H
Balo de escorva

hgs

H1

H0 = P0 /
Bomba centrfuga

NA
Poo de suco

FIGURA 2. Esquema de uma instalao de bombeamento utilizando balo de escorva


de forma cilndrica. (Adptado de VILLA NOVA et al., 1997).

D=d

LH + hgs
( H H1 ) [ H 0 hgs ( LH + hgs ) J ] H
2
H0

(2)

em que,
D dimetro do balo, m;
d dimetro da tubulao de suco, m;
LH distncia horizontal do balo at a aspirao, m;
hgs distncia vertical do nvel da gua na aspirao at a superfcie livre da gua
no balo, m;
H altura do balo, m;
7

H0 altura de coluna dgua (m) correspondente presso atmosfrica local, P0,


N m-2
H1 altura do nvel mnimo de gua no balo, m;
H2 altura do volume livre no balo, m.
J perda de carga unitria na tubulao de suco, m m-1;
Como pode ser verificado pela equao apresentada por esses autores (eq. 2), o
clculo do dimetro do balo depende de muitos parmetros da aspirao e
principalmente da altura do balo, para o qual deve-se assumir um valor. Segundo os
autores, o tempo de equilbrio (tempo para atingir o nvel dinmico de trabalho H1
dentro do balo) pode ser calculado dividindo-se o volume a ser aspirado pela bomba
at o incio do equilbrio pela vazo da bomba. Entretanto, em relao a essa afirmao,
deve-se fazer as seguintes consideraes: a) em muitas instalaes de bombeamento, a
partida do conjunto motobomba realizada com vazo inicial igual a zero e em seguida,
abre-se manualmente a vlvula de gaveta da tubulao de recalque, at atingir a vazo
mxima; em locais com automao da partida, a vlvula de abertura manual pode ser
substituida por vlvula de abertura automtica. Esse procedimento vantajoso, pois
com vazo inicial zero a potncia exigida do motor durante a partida mnima, evitando
sobrecarga e muitas vezes o desligamento automtico da chave de partida da instalao
eltrica. Sendo assim, a vazo durante o escorvamento da tubulao crescente, no
podendo ser considerada como vazo mdia a vazo da bomba no regime de trabalho; b)
partindo-se o conjunto motobomba com a vlvula da tubulao de recalque totalmente
aberta, a vazo aumenta instantaneamente de zero para um valor mximo durante o
escorvamento, caracterizando um transiente hidrulico. Tambm nesse caso, no se
pode considerar como vazo mdia a vazo do regime de trabalho.

Segundo PALMIERI (1985), os reservatrios hidropneumticos podem ser


interpretados como acumuladores hidrulicos, que possuem como principal funo
acumular uma energia potencial (sob a forma de lquido sob presso), para restitu-la no
momento requerido e com rapidez desejada. Em relao aos tipos de acumuladores, no
acumulador do tipo nvel livre no existe separao entre o fluido e o gs. Que consiste
basicamente de um cilindro com duas tomadas distintas, uma para o fluido e outra para
o gs. denominada de superfcie livre, a superfcie de separao entre o fluido e o
gs. Quanto mais fluido introduzido no acumulador, mais comprimido ficar o gs,
aumentando a energia acumulada. O gs geralmente utilizado nos acumuladores o
nitrognio, por se tratar de um gs inerte. Dentre os diversos tipos de aplicaes que se
pode ter com um acumulador como escorvador de bombas de baixo poder de suco.

III. MATERIAL E MTODOS


3.1 Princpio de funcionamento do tanque de escorva
Pela lei geral dos gases perfeitos,

P1 V1 P2 V2
=
, em que: P1 presso do gs no
T1
T2

estado inicial; V1 volume do gs no estado inicial; P2 presso do gs no estado final;


V2 - volume do gs no estado final; T1 temperatura do gs no estado inicial; T2
temperatura do gs no estado final. Sendo a temperatura constante, T1 = T2
(transformaco isotrmica), verifica-se que a presso e o volume so inversamente
proporcionais, e a expresso se reduz a:
P1V1 = P2V2,

(3)

Segundo RAMALHO JNIOR et al. (1996), a expresso P1V1 = P2V2 chamada


Lei de Boyle, em homenagem ao fsico e qumico Irlands que a descobriu no sculo

dezessete, representada graficamente por uma hiprbole eqiltera, conforme a Figura


3.

P1
T > T

P2

T
V1

V2

FIGURA 3. Representao grfica da Lei de Boyle.

Conforme SISSOM & PITTS (1988), todos os gases tendem a possuir o


comportamento de um gs perfeito, para presses de at 1 atmosfera. A equao de gs
perfeito conduz a bons resultados quando a densidade do gs for da ordem de um
milsimo da densidade do lquido correspondente. Desse modo, em se tratando de um
sistema envolvendo gua e ar ou vapor d gua, conforme ocorre em instalaes de
bombeamento de gua, sendo as massas especficas de aproximadamente 998; 1,22 e de
0,8 kg m-3, respectivamente, presume-se que se pode aplicar a Lei de Boyle para a
situao de escorvamento de bombas.
Segundo PALMIERI (1985), a Lei de Boyle pode ser expressa pela seguinte
equao: P1 (V1) n = P2 (V2) n. Ocorrendo condio isotrmica, em que a variao de
presso feita vagarosamente de forma a permitir tempo suficiente para a dissipao de
calor, o valor de n ser igual a 1 quando o gs utilizado for o nitrognio. Quando,
porm, ocorre a condio adiabtica (sem troca de calor com o meio externo), em que a
compresso e a expanso feita rapidamente de forma a no permitir tempo suficiente
para a dissipao de calor, o valor de n ser 1,4 quando o gs utilizado for o nitrognio.
10

A condio adiabtica ocorre quando a compresso ou a expanso do gs se der em


menos de um minuto.
Conforme esquematizado na Figura 4, para a utilizao do reservatrio,
inicialmente o mesmo deve estar preenchido com o fluido a ser bombeado, definindo
uma superfcie livre. Ao se dar a partida no conjunto motobomba, a gua aspirada
diminiu o nvel no reservatrio, definindo um nvel mnimo que no deve ser inferior ao
da parte superior da caracaa da bomba; a diferena de volume entre o nvel mximo e o
nvel mnimo define o volume til (Vu). Abaixo do nvel mnimo define-se um volume
morto.
Tanque de escorva
Volume livre (Vl)

Vt
Superfcie livre

Volume
til (Vu)

Nvel varivel de rebaixamento


Nvel mnimo

hgs
Ho

Volume morto
NA

Bomba hidrulica
Tubulao de suco

FIGURA 4. Esquema de uma instalao de bombeamento com tanque de escorva. Vt


volume da tubulao de suco; hgs altura geomtrica de suco; H0
altura de coluna de gua equivalente presso atmosfrica local; e, NA
nvel da gua na captao.

Ento, primeiro deve-se fazer-se a escorva do conjunto preenchendo-se com gua


a bomba e o tanque de escorva at o nvel da superfcie livre no tanque. Fazendo-se a
partida do conjunto motobomba ocorre a aspirao da gua do tanque at o nvel de

11

rebaixamento, que varivel em funo dos volumes do tanques e do tubo de suco.


Nesse momento, para que se tenha continuidade na aspirao necessrio que a gua
que sobe pela tubulao de suco tenha atingido a superfcie livre, reabastecendo o
tanque. Se esse rebaixamento for inferior ao nvel mnimo ocorre cavitao e falha de
funcionamento. Isso ocorre quando o tanque est subdimensionado para um referido
tubo de suco. O volume vazio (ar + vapor dgua) estabelecido no tanque ser o
volume livre (Vl) mais o volume at o nvel de rebaixamento da gua no tanque.
Lei de Boyle
P1V1 = P2V2; (T1 = T2) ou (P1/)V1 = (P2/ )V2; (T1 =T2)

(4)

Para as condies estabelecidas na Figura 4, a aplicao da Lei de Boyle ao


sistema, fica: V1 = Vt + Vl; V2 =Vl + Vu; (P1/) = (P0/ ) = H0
H0(Vt +Vl) = (P2/ )(Vu+Vl); (T1 = T2)

(5)

Sendo P1 a presso atmosfrica local, P2 ser a presso de suco no interior do


tanque de escorva, dependente da altura manomtrica de suco (Hs).
Portanto, (P2/ ) = H0 Hs

(6)

Hs = hgs + hfs

(7)

Em que hgs a altura geomtrica de suco e hfs a perda de carga em todo o


sistema de suco (tubulao + tanque de escorva + peas e correes).
Substituindo (6) em (5) e rearranjando os termos:
(Vu+Vl) / (Vt + Vl) = H0 / (H0 - Hs)

(8)

As avaliaes da instalao de bombeamento com tanques de escorva foram


realizadas no Laboratrio de Hidrulica e Irrigao do Departamento de Engenharia
Rural, da UNESP Jaboticabal, utilizando-se dois tanques de escorva:
Na determinao do volume til do tanque (Vu), considerando o caso estudado
tem-se: altitude 614 metros, presso atmosfrica mdia de 9,65 metros de coluna dgua
12

(mc.a.), e 25 C de temperatura mdia da gua (presso de vapor igual a 0,322 metro de


coluna dgua (mc.a.), logo H0 = 9,65 mc.a. Substituindo na equao (8) tem-se:
(Vl + Vu) / (Vt + Vl) = 9,65 / (9,65 Hs)

(9)

Pela equao (9), que fornece a relao (volume livre + volume til do
tanque)/(volume da tubulao de suco + volume livre) em funo da altura
manomtrica de suco, foi elaborada a Tabela 1.
TABELA 1. Valores mnimos da relao (Vl+Vu) / (Vt+Vl), em funo de Hs, para que
o escorvamento da bomba seja mantido.
Hs (m c.a.)

(Vl+Vu) / (Vt+Vl)

1,11

1,26

1,45

1,71

2,07

2,64

3,64

5,84

14,84

9,33*

30,15

*valor para o qual ocorre a presso de vapor da gua, impossibilitando a manuteno do escorvamento

Pela equao (9) e valores apresentados na Tabela 1, pode-se verificar que, com o
valor de Hs aproximando-se do valor da presso atmosfrica do local de instalao da
bomba, a relao (Vl+Vu) / (Vt+Vl) tende a valores muito grandes. Os valores de Hs e
os correspondentes valores de (Vl+Vu) / (Vt+Vl), relacionados na Tabela 1, referem-se
aos valores teoricamente necessrios para o escorvamento. Entretanto, para a garantia
da continuidade do bombeamento, a condio NPSHdisponvel > NPSHexigido deve
ser satisfeita para no ocorrer o fenmeno cavitao. Ocorrendo cavitao, o rendimento
da bomba ser reduzido, tendo-se tambm desgastes de compontentes da mesma e
podendo interromper o bombeamento.
13

Os valores da relao (Vl+Vu) / (Vt+Vl) apresentados na Tabela 1 so os valores


mnimos calculados para se obter o escorvamento e manter o bombeamento para valores
de vazes correspondentes.
3.2 Descrio do tanque de escorva modelo 1

Este modelo (Figura 5 e 6) possui formato cilndrico, com a parte superior


recurvada, dimetro de 0,46 m e altura de 0,49 m. A entrada para ligao da tubulao
de suco e a sada para o acoplamento na bomba so com tubos flangeados de 75 mm
(3) de dimetro. O tanque possui em sua parte superior trs aberturas de 25 mm (1) de
dimetro, para instalao de vacumetros e vlvula de abastecimento; na parte lateral do
tanque existem duas aberturas tambm de 25 mm (1): uma para instalao de sensor de
nvel mnimo, e outra para drenagem e limpeza do tanque. Como pode ser observado na
Figura 8, no interior do tanque os tubos de entrada e sada do mesmo possuem curvas de
90, de modo a reduzir o volume livre e o volume morto do tanque.

3.3 Descrio do tanque de escorva modelo 2

O tanque modelo 2 (Figuras 7 e 8) possui formato cilndrico, com as partes


superior e inferior planas, dimetro de 0,29 m e altura de 0,80 m. A entrada para ligao
da tubulao de suco e a sada para o acoplamento na bomba possuem curvas com
roscas internas de 63 mm (2,5) de dimetro. Acoplado curva para ligao da
tubulao de suco, existe um tubo inserido verticalmente no interior do tanque, que
permite manter a superfcie livre prxima da superfcie superior do tanque. Em sua parte
superior, o tanque possui uma abertura de 25 mm (1) de dimetro, para instalao da
vlvula de abastecimento.

14

Manmetro em U, com mercrio


Vacumetro de Bourbon

Tanque de escorva

FIGURA 5. Tanque de escorva modelo 1.


Abertura para
vacumetro
(d = 25 mm)

Aberturas para
enchimento do tanque
(d = 25 mm)

Tubo para ligao


tubulao de suo

Abertura para sensor


de nvel mnimo
Abertura para
vlvula de
drenagem

Tubo para ligao


bomba

FIGURA 6. Esquema do tanque de escorva modelo 1.

15

FIGURA 7. Tanque de escorva modelo 2.


Vlvula para abastecimento

Tubo inserido

Curva para ligao da


tubulao de suco

Bocal para ligao


da bomba

FIGURA 8. Esquema do tanque de escorva modelo 2.

3.4 Avaliaes hidrulicas.

As avaliaes hidrulicas foram realizadas montando-se uma bancada de testes,


com instalao dos reservatrios em um conjunto de bombeamento, conforme esquema
apresentado na Figura 9 e na foto apresentada na Figura 10.
16

Reservatrio
de elevao

Escala para medir


altura geomtrica
de suco

Piezmetro
Nvel de
rebaixamento

Reservatrio
de captao

Tubulao de retorno

Legenda:
Manmetro (vacumetro) de coluna de mercrio
Manmetro (vacumetro) de Bourdon
Vlvula para enchimeto do reservatrio
Vlvula de reteno
Vlvula de gaveta
Medidor diafragma (placa de orifcio) para medio de vazo
M

Motobomba centrfuga

FIGURA 9. Esquema da montagem experimental para avaliao do escorvamento


utilizando tanques de escorva.

Conforme esquema apresentado nas Figuras 9 e foto apresentada na Figura 10,


foram utilizados os seguintes componentes na bancada de testes:
a) Escala para medir altura de suco: foi constituda de uma trena com graduao
em milmetros, com o valor zero coincidindo com o nvel da superfcie livre da gua no
interior do tanque de escorva; com essa escala, mediu-se a altura geomtrica de suco
17

(hgs), que refere-se distncia vertical entre o zero da trena e o nvel da gua no
reservatrio de suco;

Piezmetro

Conjunto motobomba

Tanque de escorva

FIGURA 10. Foto da montagem do tanque e posicionamento do piezmetro.

b) Tubulao de suco: no tanque modelo 1, foi utilizado tubo de PVC, com


dimetro nomimal de 75 mm (3) e presso nominal de 40 mc.a.; para o tanque modelo
2, foi utilizado tubo de PVC, com dimetro nominal de 50 mm (2) e presso nominal
de 40 mc.a.. O comprimento total da tubulao de suco foi varivel, em funo da
altura geomtrica de suco. Em relao distncia horizontal do centro do reservatrio
de captao at a entrada do tanque 1 os testes foram realizados com 2,16 m e 4,85 m;
para o tanque 2, os testes foram realizados com 3,18 m e com 6,00 m.
c) Vlvula de gaveta: com dimetro de 50 mm (2), permitiu aumentar a perda de
carga na tubulao de suco, para estabelecimento dos valores de altura manomtrica
de suco (Hs).

18

d) Vacumetro de mercrio: ligado parte superior do tanque, foi utilizado para


calcular a altura manomtrica de suco, em funo da altura geomtrica e da perda de
carga na tubulao;
e) Vacumetro de Bourdon: foi utilizado para leitura direta da altura manomtrica
de suco, facilitando a leitura por ocasio do fechamento da vlvula de gaveta at o
valor de altura manomtrica desejado em cada teste;
f) Piezmetro: foi constitudo de um duto transparente de plstico, colocam-se ao
lado uma escala graduada em milmetros.
g) Conjunto motobomba: foi utilizada a bomba centrfuga modelo KSB BLOC 32125, rotor de 139 mm de dimetro, com motor eltrico de, aproximadamente, 3 kW (4
cv), operando a 3500 rpm no eixo do rotor. As curvas caractersticas dessa bomba,
conforme catlogo do fabricante (KSB), esto apresentadas na Figura 11;
h) Tubulao de recalque: foi constituda por tubo de PVC de 40 mm (1,5) de
dimetro, contendo uma vlvula de reteno, um medidor de vazo constitudo de
diafrgma e manmetro de mercrio para medio de vazo (Figuras 12 e 13) e uma
vlvula de gaveta para controle da vazo; a partir dessa ltima vlvula, o tubo de
recalque descarregava a vazo em uma caixa dgua a, aproximadamente, 2 m de altura
em relao ao eixo da bomba;
i) Tubulao de retorno: constituida de um duto flexvel de polietileno de 50 mm
(2) de dimetro, permitia o reabastecimento do reservatrio de captao, com a
recirculao da gua;

19

FIGURA 11. Curvas caractersticas da bomba KSB BLOC 32-125.


j) Reservatrio de captao: foi constitudo de um tambor com 1,2 m de dimetro
e altura de 1,5 m. Um piezmetro instalado junto parede externa do tambor permitia
verificar o nvel de gua no mesmo e auxiliar a medio da altura geomtrica de suco
(Figura 12).
k) Medidor diafrgma: foi construdo utilizando-se uma placa de orifcio com 16
mm de dimetro interno (d), inserida em um tubo de PVC com 32 mm de dimetro
interno (D), definindo uma relao

d
= 0,5 0. A placa foi inserida em uma luva de
D

unio de PVC, de dimetro nominal de 40 mm (1,5) (Figuras 13 e 14) e as tomadas de


presso a montante e jusante foram instaladas a 2D e a 8D, respectivamente, conforme
DELME (1983).

20

Tubulao de
suco

Reservatrio de
captao

FIGURA 12. Vista geral do reservatrio de captao a dois metros de altura geomtrica
de suco (hgs).
Tomadas de presso

Manmetro de
mercrio
Medidor
diafrgma

FIGURA 13.

Vista geral do medidor diafrgma, com tomadas de presso ligadas ao


manmetro de mercrio.

Para a avaliao dos tanques, utilizando-se a montagem esquematizada na Figura


9, foram testadas quatro alturas geomtricas de suco: 1, 2, 3 e 4 m. Para cada uma
dessas alturas geomtricas, a partida no conjunto motobomba foi realizada abrindo-se
21

gradualmente a vlvula de gaveta na sada da bomba. Em seguida, abrindo-se a vlvula


e observando-se o manmetro acoplado ao medidor diafrgma, a vazo era regulada
para 8 m3 h-1, de acordo com equao de regresso obtida com a curva de calibrao do
medidor. Tendo-se estabelecido a abertura da vlvula de gaveta, o conjunto era
desligado e nova partida era realizada com a vlvula aberta. Em cada repetio de
realizao dos testes hidrulicos, a seguinte rotina de procedimento era realizada:

Tomadas de presso

Unio onde foi inserido o diafrgma

Diafrgma
FIGURA 14. Vista em detalhe do medidor difragma utilizado para medio da vazo.

a) Abrir a vlvula de enchimento do tanque e completar o nvel do mesmo at a


superfcie livre;
b) Ajustar o nvel da gua no reservatrio de captao, para a altura geomtrica de
suco em estudo (1, 2, 3 ou 4 m);
c) Fechar a vlvula de enchimento do tanque, ligar o conjunto motobomba e
purgar o manmetro do diafrgma;

22

d) Ajustar a vazo para 8 m3 h-1, atuando na vlvula de gaveta no recalque e


observando a coluna de mercrio do manmetro do diafrgma;
e) Reajustar o nvel do reservatrio de captao;
f) Aguardar aproximadamente 2 minutos para equilibrar o sistema, fazendo novo
ajuste da vazo, se necessrio;
g) Estabelecer a altura manomtrica de suco, atuando na vlvula de gaveta da
suco e com leituras do vacumetro de Bourdon e de coluna de mercrio. Uma vez que
a altura manomtrica afeta a vazo, realizar novo ajuste da vazo;
h) Ler a escala do piezmetro do tanque de escorva, permitindo obter o volume de
rebaixamento no mesmo;
i) Observar se a instalao mantm o escorvamento sem esgotar o tanque alm do
nvel mnimo, ou se entra em cavitao;
j) Desligar o conjunto e realizar as etapas de a a j, fazendo-se trs repeties.

Baseando-se na equao (9) e Tabela 1, para cada uma das quatro alturas
geomtricas, foram avaliadas as possveis relaes (Vu+Vl) / (Vt+Vl), para as diversas
alturas manomtricas de suco, obtidas com as leituras dos vacumetros. Assim, a
primeira altura manomtrica avaliada foi a existente com a vlvula de gaveta totalmente
aberta na tubulao de suco. Em seguida, fechando-se essa vlvula, foram avaliadas
as demais alturas manomtricas, com valores crescentes de 1 m, at a queda do
escorvamento ou cavitao da bomba, conforme planilha de anotaes apresentada na
Tabela 2. Uma vez que a altura manomtrica da tubulao de suco afeta a vazo, para
cada valor de altura manomtrica testado, foram manobradas conjuntamente as vlvulas
de gaveta na suco e no recalque, para manter a vazo em 8 m3 h-1, observando-se a

23

coluna de mercrio do manmetro do diafrgma. Para cada avaliao realizada, foram


efetuadas trs repeties e extrada a mdia dos resultados.
De acordo com a equao (9), para obteno da relao (Vu+Vl) / (Vt+Vl), alm
da altura manomtrica, foi determinado o volume da tubulao de suco. Para isso,
antes de iniciar os testes, a tubulao foi preenchida e em seguida esvaziada, coletandose e pesando-se o volume de gua do interior do tubo. Para obteno do volume livre e
volume til dos tanques de escorva, anteriormente aos testes hidrulicos, os
reservatrios foram preenchidos e esvaziados de litro em litro em uma proveta,
anotando-se o valor correspondente em uma escala graduada em milmetros, montada
ao lado do piezmetro (Figura 10), o que possibilitou obter uma tabela relacionando o
volume de gua no tanque em funo do nvel indicado pela escala do piezmetro.

24

25

TABELA 2. Planilha de anotaes durante os testes hidrulicos e clculos para avaliao dos tanques de escorva.

hgs
(m)

Hs
pretendido
(m c.a.)

1,..
2
3
4
5

2,..
3
4
5

3,..
4
5

Hs obtido (m c.a.)
Vacumetro
Bourdon

Diafrgma
P. absoluta
(Patm-Hs)
(m c.a.)

mm Hg

mercrio

Q
(m3 h-1)

Piezmetro
mm

Vu

Tubulao de
suco
CompriVolumento
me
(m)

4,
5
hgs = altura geomtrica de suco; Hs = altura manmetrica de suco;

25

(L)

Vl
(L)

Vt+Vl
(L)

Vu + Vl
Vt + Vl

Bombeamento
(Sim/No)

Obs.
gerais

26

IV. RESULTADOS E DISCUSSO


4.1 Calibrao do diafragma

A calibrao do medidor diafrgma foi realizada em laboratrio, utilizando-se o


mtodo direto de medio de vazo. Com os dados de vazo x coluna de mercrio

Diferena de presso
(mm Hg)

(diferena de presso), foi obtida a equao de regresso apresentada na Figura 15.


250

y = 13,942x - 0,6251x + 0,1823


2
R = 0,9998

200
150
100
50
0
0

3
3

-1

Vazo (m h )

FIGURA 15. Curva de regresso vazo x diferena de presso, para o medidor


diafrgma avaliado em laboratrio.
Conforme equao de regresso apresentada na Figura 15, uma vez que a vazo
utilizada nos testes de avaliao dos tanques foi 8 m3 h-1, a diferena de presso
estabelecida para o manmetro de mercrio foi de 888 mm.
4. 2. Valores obtidos para clculo da relao (Vu+Vl) / (Vt+Vl)

Os dados coletados durante os testes hidrulicos para clculo das relaes


(Vu+Vl) / Vt+Vl) esto apresentados nas Tabelas 3 a 16 e a partir dessas tabelas, foram
calculadas as mdias das relaes (Vu+Vl) / Vt+Vl) para as diferentes alturas
manomtricas Hs (Tabelas 17 e 19).

26

27
TABELA 3. Valores obtidos nos testes hidrulicos, para clculo da relao (Vu+Vl) / (Vt+Vl),
com altura geomtrica de suco (hgs) de 1 m e comprimento do trecho horizontal da
tubulao de suco (LH) de 2,16 m, para o tanque modelo 1.
hgs
(m)
1

Hs obtido (m c.a.)
Vacumetro

Pabs.
(m c.a.)

Piez.

Tub. Suco

(Vu+Vl) Bombeam.
(Vt+Vl)
(m c.a.) Bourdon mercrio (Patm-Hs) Vu (L) LT(m) Vt (L) (L)
sim no
Hs

Vl

Obs.

1 R.
2 R.
3 R.
Mdia

1,155

1,035
1,035
1,035
1,035

1,155
1,142
1,142
1,146

8,495
8,508
8,508
8,504

16,80
16,17
16,67
16,55

3,16
3,16
3,16
3,16

12,51
12,51
12,51
12,51

7,38
7,38
7,38
7,38

1,22
1,18
1,21
1,20

x
x
x
x

1 R.
2 R.
3 R.
Mdia

1,967
2,001
2,001
1,990

2,147
2,147
2,147
2,147

7,503
7,503
7,503
7,503

20,43
19,60
20,43
20,15

3,16
3,16
3,16
3,16

12,51
12,51
12,51
12,51

7,38
7,38
7,38
7,38

1,40
1,36
1,40
1,38

x
x
x
x

1 R.
2 R.
3 R.
Mdia

2,967
3,002
2,967
2,979

3,166
3,194
3,166
3,176

6,484
6,456
6,484
6,474

25,83
24,57
24,71
25,04

3,16
3,16
3,16
3,16

12,51
12,51
12,51
12,51

7,38
7,38
7,38
7,38

1,67
1,61
1,61
1,63

x
x
x
x

1 R.
2 R.
3 R.
Mdia

3,830
3,830
3,830
3,830

4,036
4,036
4,036
4,036

5,614
5,614
5,614
5,614

32,67
30,33
31,83
31,61

3,16
3,16
3,16
3,16

12,51
12,51
12,51
12,51

7,38
7,38
7,38
7,38

2,01
1,90
1,97
1,96

x
x
x
x

1 R.
2 R.
3 R.
Mdia

4,761
4,761
4,761
4,761

5,028
4,974
5,028
5,010

4,622
4,676
4,622
4,640

44,50
40,67
42,17
42,45

3,16
3,16
3,16
3,16

12,51
12,51
12,51
12,51

7,38
7,38
7,38
7,38

2,61
2,42
2,49
2,51

x
x
x
x

1 R.
2 R.
3 R.
Mdia

5,175
5,175
5,175
5,175

5,518
5,545
5,450
5,504

4,132
4,105
4,200
4,146

51,00
49,00
49,5
49,8

3,16
3,16
3,16
3,16

12,51
12,51
12,51
12,51

7,38
7,38
7,38
7,38

2,94
2,83
2,86
2,88

x
x
x
x

Cavitao
Cavitao
Cavitao
Cavitao

1 R.
2 R.
3 R.
Mdia

6,124
6,072
6,176
6,124

6,143
6,197
6,360
6,279

3,507
3,453
3,290
3,371

59,23
59,23
59,23
59,23

3,16
3,16
3,16
3,16

12,51
12,51
12,51
12,51

7,38
7,38
7,38
7,38

3,35
3,35
3,35
3,35

x
x
x
x

Cavitao
Cavitao
Cavitao
Cavitao

Hs - altura manomtrica estabelecida; Pabs presso absoluta; LT- comprimento total da tubulao; Vt
volume da tubulao; Vl volume livre; R = repeties.

27

28
TABELA 4. Valores obtidos nos testes hidrulicos, para clculo da relao (Vu+Vl) / (Vt+Vl),
com altura geomtrica de suco (hgs) de 2 m e comprimento do trecho horizontal da
tubulao de suco (LH) de 2,16 m, para o tanque modelo 1.
hgs
(m)
2
1 R.

Hs

Hs obtido (m c.a.)
Vacumetro

Pabs.
(m c.a.)

Piez.

Bourdo
(m c.a)
mercrio (Patm-Hs) Vu (L)
n

Vl

LT(m)

Vt (L)

(L)

(Vu+Vl)
(Vt+Vl)

Bombeam.
Obs.
sim

2,001

2,174

7,476

26,17

4,16

16,47

7,38

1,41

2 R.

2,001

2,161

7,489

25,33

4,16

16,47

7,38

1,37

3 R.

2,001

2,174

7,476

25,33

4,16

16,47

7,38

1,37

Mdia

2,001

2,170

7,480

25,61

4,16

16,47

7,38

1,38

1 R.

2,174

Tub. Suco

3,002

3,180

6,470

33,33

4,16

16,47

7,38

1,71

2 R.

2,967

3,180

6,470

31,33

4,16

16,47

7,38

1,62

3 R.

2,967

3,180

6,470

31,00

4,16

16,47

7,38

1,61

Mdia

2,979

3,180

6,470

31,89

4,16

16,47

7,38

1,65

1 R.

3,795

4,023

5,627

40,67

4,16

16,47

7,38

2,01

2 R.

3,830

4,077

5,573

39,00

4,16

16,47

7,38

1,94

3 R.

3,830

4,023

5,627

38,50

4,16

16,47

7,38

1,92

Mdia

3,818

4,041

5,609

39,39

4,16

16,47

7,38

1,96

4,727

5,028

4,622

51,67

4,16

16,47

7,38

2,48

2 R.

4,785

5,001

4,649

49,67

4,16

16,47

7,38

2,39

3 R.

4,727

4,988

4,662

47,50

4,16

16,47

7,38

2,30

Mdia

4,746

5,006

4,644

49,61

4,16

16,47

7,38

2,39

1 R.

5,175

5,749

3,901

4,16

16,47

7,38

Cavitao

2 R.

5,175

5,966

3,684

4,16

16,47

7,38

Cavitao

3 R.

5,175

5,966

3,684

4,16

16,47

7,38

Cavitao

Mdia

5,175

5,894

3,756

4,16

16,47

7,38

Cavitao

1 R.

no

Hs - altura manomtrica estabelecida; Pabs presso absoluta; LT- comprimento total da tubulao; Vt
volume da tubulao; Vl volume livre; R = repeties.

28

29
TABELA 5. Valores obtidos nos testes hidrulicos, para clculo da relao (Vu+Vl) / (Vt+Vl),
com altura geomtrica de suco (hgs) de 3 m e comprimento do trecho horizontal da
tubulao de suco (LH) de 2,16 m, para o tanque modelo 1.
hgs
(m)
3
1 R.

Hs

Hs obtido (m c.a.)
Vacumetro

Pabs.
(m c.a.)

(m c.a.) Bourdon mercrio (Patm-Hs)

Vu (L)

Tub. Suco
LT(m)

Vt (L)

Vl

(Vu+Vl)
(Vt+Vl)

(L)

Bombeam.
sim

2,933

3,180

6,470

37,83

5,16

20,43

7,38

1,63

2 R.

2,933

3,180

6,470

38,67

5,16

20,43

7,38

1,66

3 R.

2,967

3,166

6,484

37,50

5,16

20,43

7,38

1,61

Mdia

2,944

3,176

6,474

38,00

5,16

20,43

7,38

1,63

1 R.

3,180

Piez.

3,761

4,023

5,627

46,67

5,16

20,43

7,38

1,94

2 R.

3,761

4,023

5,627

46,33

5,16

20,43

7,38

1,93

3 R.

3,761

4,009

5,641

45,86

5,16

20,43

7,38

1,91

Mdia

3,761

4,018

5,632

46,29

5,16

20,43

7,38

1,93

4,727

4,988

4,662

58,14

5,16

20,43

7,38

2,36

2 R.

4,761

4,988

4,662

56,71

5,16

20,43

7,38

2,30

3 R.

4,796

5,001

4,649

57,57

5,16

20,43

7,38

2,34

Mdia

4,761

4,992

4,658

57,47

5,16

20,43

7,38

2,33

1 R.

5,175

5,762

3,888

59,23

5,16

20,43

7,38

2,40

Cavitao

2 R.

5,175

5,436

4,214

59,23

5,16

20,43

7,38

2,40

Cavitao

3 R.

5,175

5,436

4,214

59,23

5,16

20,43

7,38

2,40

Cavitao

Mdia

5,175

5,545

4,105

59,23

5,16

20,43

7,38

2,40

Cavitao

1 R.

Obs.

no

Hs - altura manomtrica estabelecida; Pabs presso absoluta; LT- comprimento total da tubulao; Vt
volume da tubulao; Vl volume livre; R = repeties.

29

30
TABELA 6. Valores obtidos nos testes hidrulicos, para clculo da relao (Vu+Vl) / (Vt+Vl),
com altura geomtrica de suco (hgs) de 4 m e comprimento do trecho horizontal da
tubulao de suco (LH) de 2,16 m, para o tanque modelo 1.
hgs
(m)
4
1 R.

Hs

Hs obtido (m c.a.)
Vacumetro

Pabs.
(m c.a.)

(m c.a.) Bourdon mercrio (Patm-Hs)

Tub. Suco

Vl

Vu (L)

LT(m)

Vt (L)

(L)

(Vu+Vl) Bombeam.
(Vt+Vl)
sim no

Obs.

3,899

4,091

5,559

55,70

6,16

24,39

7,38

1,99

2 R.

3,899

4,091

5,559

52,30

6,16

24,39

7,38

1,88

3 R.

3,899

4,077

5,573

52,90

6,16

24,39

7,38

1,90

Mdia

3,899

4,086

5,564

53,63

6,16

24,39

7,38

1,92

4,727

5,001

4,649

58,10

6,16

24,39

7,38

2,06

2 R.

4,727

5,001

4,649

58,30

6,16

24,39

7,38

2,07

3 R.

4,761

5,001

4,649

57,10

6,16

24,39

7,38

2,03

Mdia

4,738

5,001

4,649

57,83

6,16

24,39

7,38

2,05

1 R.

5,175

5,450

4,200

6,16

24,39

7,38

Cavitao

2 R.

5,175

5,422

4,228

6,16

24,39

7,38

Cavitao

3 R.

5,175

5,341

4,309

58,30

6,16

24,39

7,38

2,07

Cavitao

Mdia

5,175

5,404

4,246

58,30

6,16

24,39

7,38

2,07

Cavitao

1 R.

4,091

Piez.

Hs - altura manomtrica estabelecida; Pabs presso absoluta; LT- comprimento total da tubulao; Vt
volume da tubulao; Vl volume livre; R = repeties.

30

31
TABELA 7. Valores obtidos nos testes hidrulicos, para clculo da relao (Vu+Vl) / (Vt+Vl),
com altura geomtrica de suco (hgs) de 1 m e comprimento do trecho horizontal da
tubulao de suco (LH) de 4,85 m, para o tanque modelo 1.
hgs
(m)

Pabs.
(m c.a.)

Piez.

mercrio

(Patm-Hs)

Vu (L)

LT(m)

Vt (L)

(L)

1,035

1,169

8,481

30,33

5,85

23,17

7,38

1,23

2 R.

1,070

1,169

8,481

33,00

5,85

23,17

7,38

1,32

3 R.

1,035

1,169

8,481

30,17

5,85

23,17

7,38

1,23

Mdia

1,047

1,169

8,481

31,17

5,85

23,17

7,38

1,26

1
1 R.

1 R.

Hs

Hs obtido (m c.a.)
Vacumetro

(m c.a.) Bourdon
1,169

Vl

(Vu+Vl) Bombeam.
(Vt+Vl)
sim no

2,070

2,134

7,516

38,00

5,85

23,17

7,38

1,49

2 R.

2,001

2,161

7,489

39,29

5,85

23,17

7,38

1,53

3 R.

2,036

2,202

7,448

35,50

5,85

23,17

7,38

1,40

Mdia

2,036

2,165

7,485

37,60

5,85

23,17

7,38

1,47

2,898

3,112

6,538

45,57

5,85

23,17

7,38

1,73

2 R.

2,967

3,044

6,606

46,67

5,85

23,17

7,38

1,77

3 R.

2,967

3,071

6,579

42,67

5,85

23,17

7,38

1,64

Mdia

2,944

3,076

6,574

44,97

5,85

23,17

7,38

1,71

3,726

4,050

5,600

56,57

5,85

23,17

7,38

2,09

2 R.

3,761

4,009

5,641

55,00

5,85

23,17

7,38

2,04

3 R.

3,795

4,023

5,627

50,50

5,85

23,17

7,38

1,89

Mdia

3,761

4,027

5,623

54,02

5,85

23,17

7,38

2,01

1 R.

1 R.

1 R.

Tub. Suco

4,727

5,001

4,649

58,86

5,85

23,17

7,38

2,17

2 R.

4,761

4,974

4,676

59,12

5,85

23,17

7,38

2,18

Obs.

3 R.

4,727

4,960

4,690

59,09

5,85

23,17

7,38

2,18

Mdia

4,738

4,978

4,672

59,02

5,85

23,17

7,38

2,17

1 R.

5,072

5,273

4,377

5,85

23,17

7,38

Cavitao

2 R.

5,175

5,409

4,241

5,85

23,17

7,38

Cavitao

5,123

5,341

4,309

5,85

23,17

7,38

3 R.
Mdia

Cavitao

Hs - altura manomtrica estabelecida; Pabs presso absoluta; LT- comprimento total da tubulao; Vt
volume da tubulao; Vl volume livre; R = repeties.

31

32
TABELA 8. Valores obtidos nos testes hidrulicos, para clculo da relao (Vu+Vl) / (Vt+Vl),
com altura geomtrica de suco (hgs) de 2 m e comprimento do trecho horizontal da
tubulao de suco (LH) de 4,85 m, para o tanque modelo 1.
hgs
(m)

Pabs.
(m c.a.)

Piez.

mercrio

(Patm-Hs)

Vu (L)

LT(m)

Vt (L)

(L)

2,001

2,174

7,476

44,33

6,85

27,13

7,38

1,50

2 R.

2,036

2,188

7,462

42,17

6,85

27,13

7,38

1,44

3 R.

2,070

2,229

7,421

41,17

6,85

27,13

7,38

1,41

Mdia

2,036

2,197

7,453

42,56

6,85

27,13

7,38

1,45

2
1 R.

1 R.

Hs

Hs obtido (m c.a.)
Vacumetro

(m c.a.) Bourdon
2,174

Vl

(Vu+Vl)
(Vt+Vl)

Bombeam.
sim

Obs.

no

2,795

3,031

6,619

53,17

6,85

27,13

7,38

1,75

2 R.

2,829

3,031

6,619

51,17

6,85

27,13

7,38

1,70

3 R.

2,864

3,044

6,606

49,50

6,85

27,13

7,38

1,65

Mdia

2,829

3,035

6,615

51,28

6,85

27,13

7,38

1,70

3,726

4,009

5,641

57,29

6,85

27,13

7,38

1,87

2 R.

3,795

4,023

5,627

57,14

6,85

27,13

7,38

1,87

3 R.

3,761

3,995

5,655

58,00

6,85

27,13

7,38

1,89

Mdia

3,761

4,009

5,641

57,48

6,85

27,13

7,38

1,88

4,761

5,001

4,649

59,12

6,85

27,13

7,38

1,93

2 R.

4,727

4,974

4,676

58,86

6,85

27,13

7,38

1,92

3 R.

4,761

5,001

4,649

59,28

6,85

27,13

7,38

1,93

Mdia

4,750

4,992

4,658

59,09

6,85

27,13

7,38

1,93

1 R.

5,175

5,368

4,282

6,85

27,13

7,38

Cavitao

2 R.

5,175

5,422

4,228

6,85

27,13

7,38

Cavitao

5,175

5,395

4,255

6,85

27,13

7,38

Cavitao

1 R.

1 R.

Tub. Suco

3 R.
Mdia

Hs - altura manomtrica estabelecida; Pabs presso absoluta; LT- comprimento total da tubulao; Vt
volume da tubulao; Vl volume livre; R = repeties.

32

33
TABELA 9. Valores obtidos nos testes hidrulicos, para clculo da relao (Vu+Vl) / (Vt+Vl),
com altura geomtrica de suco (hgs) de 3 m e comprimento do trecho horizontal da
tubulao de suco (LH) de 4,85 m, para o tanque modelo 1.
hgs
(m)

Pabs.
(m c.a.)

Piez.

mercrio

(Patm-Hs)

Vu (L)

LT(m)

Vt (L)

(L)

2,967

3,180

5,885

54,71

7,85

31,09

7,38

1,61

2 R.

2,967

3,180

5,885

55,57

7,85

31,09

7,38

1,64

3 R.

2,829

3,031

6,034

51,17

7,85

31,09

7,38

1,52

Mdia

2,921

3,130

5,935

53,82

7,85

31,09

7,38

1,59

3
1 R.

1 R.

Hs

Hs obtido (m c.a.)
Vacumetro

(m c.a.) Bourdon
3,180

Vl

(Vu+Vl)
(Vt+Vl)

Bombeam.
sim

3,795

4,036

5,029

57,29

7,85

31,09

7,38

1,68

2 R.

3,795

4,009

5,056

59,09

7,85

31,09

7,38

1,73

3 R.

3,795

4,023

5,042

57,14

7,85

31,09

7,38

1,68

Mdia

3,795

4,023

5,042

57,84

7,85

31,09

7,38

1,70

4,727

4,974

4,091

57,29

7,85

31,09

7,38

1,68

2 R.

4,796

5,083

3,982

59,04

7,85

31,09

7,38

1,73

3 R.

4,761

5,001

4,064

57,14

7,85

31,09

7,38

1,68

Mdia

4,761

5,019

4,046

57,82

7,85

31,09

7,38

1,69

1 R.

5,175

5,395

3,670

59,07

7,85

31,09

7,38

1,73

2 R.

5,175

5,300

3,765

7,85

31,09

7,38

5,175

5,348

3,717

59,07

7,85

31,09

7,38

1 R.

Tub. Suco

Obs.

no

Cavitao

Cavitao

Cavitao

3 R.
Mdia

1,73

Hs - altura manomtrica estabelecida; Pabs presso absoluta; LT- comprimento total da tubulao; Vt
volume da tubulao; Vl volume livre; R = repeties.

33

34
TABELA 10. Valores obtidos nos testes hidrulicos, para clculo da relao (Vu+Vl) / (Vt+Vl),
com altura geomtrica de suco (hgs) de 1 m e comprimento do trecho horizontal da
tubulao de suco (LH) de 3,18m, para o tanque modelo 2.
hgs
(m)

Pabs.
(m c.a.)

Piez.

mercrio

(Patm-Hs)

Vu (L)

LH(m)

Vt (L)

(L)

1,208

1,332

8,318

19,12

3,18

8,90

6,35

2 R.

1,208

1,318

8,332

19,76

3,18

8,90

3 R.

1,208

1,318

8,332

18,00

3,18

8,90

Mdia

1,208

1,323

8,327

18,96

3,18

8,90

6,35

1
1 R.

1 R.

Hs

Hs obtido (m c.a.)
Vacumetro

(m c.a.) Bourdon
1,1332

Vl

(Vu+Vl) Bombeam.
(Vt+Vl)
sim no
1,67

6,35

1,71

6,35

1,60

1,66

2,036

2,147

7,503

24,88

3,18

8,90

6,35

2,05

2 R.

2,001

2,134

7,516

24,59

3,18

8,90

6,35

2,03

3 R.

1,967

2,106

7,544

22,12

3,18

8,90

6,35

1,87

Mdia

2,001

2,129

7,521

23,86

3,18

8,90

6,35

1,98

2,967

3,166

6,484

32,06

3,18

8,90

6,35

2,52

2 R.

3,071

3,166

6,484

32,71

3,18

8,90

6,35

2,56

3 R.

2,933

3,153

6,497

28,00

3,18

8,90

6,35

2,25

Mdia

2,990

3,162

6,488

30,92

3,18

8,90

6,35

2,44

3,864

4,063

5,587

39,13

3,18

8,90

6,35

2,98

2 R.

3,864

4,009

5,641

38,83

3,18

8,90

6,35

2,96

3 R.

3,795

4,036

5,614

38,06

3,18

8,90

6,35

2,91

Mdia

3,841

4,036

5,614

38,67

3,18

8,90

6,35

2,95

1 R.

1 R.

1 R.

Tub. Suco

Obs.

4,830

5,028

4,622

42,04

3,18

8,90

6,35

3,17

Cavitao

2 R.

4,830

5,015

4,635

39,53

3,18

8,90

6,35

3,01

Cavitao

3 R.

4,761

5,001

4,649

39,93

3,18

8,90

6,35

3,03

Cavitao

Mdia

4,807

5,015

4,635

40,50

3,18

8,90

6,35

3,07

Cavitao

Hs - altura manomtrica estabelecida; Pabs presso absoluta; LT- comprimento total da tubulao; Vt
volume da tubulao; Vl volume livre; R = repeties.

34

35
TABELA 11. Valores obtidos nos testes hidrulicos, para clculo da relao (Vu+Vl) / (Vt+Vl),
com altura geomtrica de suco (hgs) de 2 m e comprimento do trecho horizontal da
tubulao de suco (LH) de 3,18 m, para o tanque modelo 2.
hgs
(m)

Pabs.
(m c.a.)

Piez.

mercrio

(Patm-Hs)

Vu (L)

LH(m)

Vt (L)

(L)

2,243

2,433

7,217

23,41

3,18

10,63

6,35

1,75

2 R.

2,243

2,446

7,204

23,23

3,18

10,63

6,35

1,74

3 R.

2,243

2,446

7,204

23,23

3,18

10,63

6,35

1,74

Mdia

2,243

2,442

7,208

23,29

3,18

10,63

6,35

1,75

2
1 R.

1 R.

Hs

Hs obtido (m c.a.)
Vacumetro

(m c.a.) Bourdon
2,433

Vl

(Vu+Vl) Bombeam.
(Vt+Vl)
sim no

Obs.

3,002

3,180

6,470

27,88

3,18

10,63

6,35

2,02

2 R.

2,967

3,180

6,470

28,19

3,18

10,63

6,35

2,03

3 R.

2,933

3,166

6,484

26,88

3,18

10,63

6,35

1,96

Mdia

2,967

3,176

6,474

27,65

3,18

10,63

6,35

2,00

3,864

4,063

5,587

34,47

3,18

10,63

6,35

2,40

2 R.

3,795

4,063

5,587

34,05

3,18

10,63

6,35

2,38

3 R.

3,864

4,077

5,573

32,82

3,18

10,63

6,35

2,31

Mdia

3,841

4,068

5,582

33,78

3,18

10,63

6,35

2,36

4,830

5,055

4,595

38,41

3,18

10,63

6,35

2,64

Cavitao

2 R.

4,796

5,028

4,622

38,72

3,18

10,63

6,35

2,65

Cavitao

3 R.

4,796

5,028

4,622

38,83

3,18

10,63

6,35

2,66

Cavitao

Mdia

4,807

5,037

4,613

38,65

3,18

10,63

6,35

2,65

Cavitao

1 R.

1 R.

Tub. Suco

Hs - altura manomtrica estabelecida; Pabs presso absoluta; LT- comprimento total da tubulao; Vt
volume da tubulao; Vl volume livre; R = repeties.

35

36
TABELA 12. Valores obtidos nos testes hidrulicos, para clculo da relao (Vu+Vl) / (Vt+Vl),
com altura geomtrica de suco (hgs) de 3 m e comprimento do trecho horizontal
da tubulao de suco (LH) de 3,18 m, para o tanque modelo 2.
hgs
(m)

Pabs.
(m c.a.)

Piez.

mercrio

(Patm-Hs)

Vu (L)

LH(m)

Vt (L)

(L)

3,278

3,493

6,157

31,24

3,18

12,36

6,35

2,01

2 R.

3,278

3,493

6,157

30,25

3,18

12,36

6,35

1,96

3 R.

3,278

3,479

6,171

32,18

3,18

12,36

6,35

2,06

Mdia

3,278

3,488

6,162

31,22

3,18

12,36

6,35

2,01

3
1 R.

1 R.

Hs

Hs obtido (m c.a.)
Vacumetro

(m c.a.) Bourdon
3,493

Vl

(Vu+Vl) Bombeam.
(Vt+Vl)
sim no

Obs.

3,795

4,050

5,600

36,63

3,18

12,36

6,35

2,30

2 R.

3,795

4,036

5,614

34,53

3,18

12,36

6,35

2,18

3 R.

3,864

4,063

5,587

36,63

3,18

12,36

6,35

2,30

Mdia

3,818

4,050

5,600

35,93

3,18

12,36

6,35

2,26

4,830

5,055

4,595

46,82

3,18

12,36

6,35

2,84

Cavitao

2 R.

4,830

5,042

4,608

41,64

3,18

12,36

6,35

2,56

Cavitao

3 R.

4,830

5,069

4,581

41,91

3,18

12,36

6,35

2,58

Cavitao

Mdia

4,830

5,055

4,595

43,46

3,18

12,36

6,35

2,66

Cavitao

1 R.

Tub. Suco

Hs - altura manomtrica estabelecida; Pabs presso absoluta; LT- comprimento total da tubulao; Vt
volume da tubulao; Vl volume livre; R = repeties.

TABELA 13. Valores obtidos nos testes hidrulicos, para clculo da relao (Vu+Vl) / (Vt+Vl),
com altura geomtrica de suco (hgs) de 4 m e comprimento do trecho horizontal da
tubulao de suco (LH) de 3,18 m, para o tanque modelo 2.
hgs
(m)

Pabs.
(m c.a.)

Piez.

mercrio

(Patm-Hs)

Vu (L)

LH(m)

4,278

4,525

5,125

39,13

2 R.

4,278

4,553

5,097

3 R.

4,278

4,553

5,097

Mdia

4,278

4,544

5,106

4
1 R.

1 R.

Hs

Hs obtido (m c.a.)
Vacumetro

(m c.a.) Bourdon
4,452

Tub. Suco

Vl

(Vu+Vl) Bombeam.

Vt (L)

(L)

(Vt+Vl)

sim

3,18

14,1

6,35

2,23

39,33

3,18

14,1

6,35

2,23

40,95

3,18

14,1

6,35

2,31

39,80

3,18

14,1

6,35

2,26

Obs.

no

4,830

5,096

4,554

45,45

3,18

14,1

6,35

2,53

Cavitao

2 R.

4,830

5,028

4,622

42,05

3,18

14,1

6,35

2,37

Cavitao

3 R.

4,865

5,055

4,595

46,82

3,18

14,1

6,35

2,60

Cavitao

Mdia

4,842

5,060

4,590

44,77

3,18

14,1

6,35

2,50

Cavitao

Hs - altura manomtrica estabelecida; Pabs presso absoluta; LT- comprimento total da tubulao; Vt
volume da tubulao; Vl volume livre; R = repeties.

36

37
TABELA 14. Valores obtidos nos testes hidrulicos, para clculo da relao (Vu+Vl) / (Vt+Vl),
com altura geomtrica de suco (hgs) de 1 m e comprimento do trecho horizontal
da tubulao de suco (LH) de 6,00 m, para o tanque modelo 2.
hgs
(m)

Pabs.
(m c.a.)

Piez.

mercrio

(Patm-Hs)

Vu (L)

LH(m)

Vt (L)

(L)

1,380

1,454

8,196

24,00

6,00

13,56

6,35

1,52

2 R.

1,380

1,427

8,223

22,82

6,00

13,56

6,35

1,47

3 R.

1,380

1,427

8,223

23,41

6,00

13,56

6,35

1,49

Mdia

1,380

1,436

8,214

23,41

6,00

13,56

6,35

1,49

1
1 R.

1 R.

Hs

Hs obtido (m c.a.)
Vacumetro

(m c.a.) Bourdon
1,454

Vl

(Vu+Vl) Bombeam.
(Vt+Vl)
sim no

2,415

2,487

7,163

29,33

6,00

13,56

6,35

1,79

2 R.

2,415

2,487

7,163

28,19

6,00

13,56

6,35

1,73

3 R.

2,415

2,487

7,163

28,19

6,00

13,56

6,35

1,73

Mdia

2,415

2,487

7,163

28,57

6,00

13,56

6,35

1,75

1 R.

Tub. Suco

2,933

3,058

6,592

32,12

6,00

13,56

6,35

1,93

2 R.

2,933

3,058

6,592

31,53

6,00

13,56

6,35

1,90

3 R.

2,933

3,058

6,592

31,24

6,00

13,56

6,35

1,89

Mdia

2,933

3,058

6,592

31,63

6,00

13,56

6,35

1,91

3,795

4,063

5,587

36,63

6,00

13,56

6,35

2,16

2 R.

3,795

4,063

5,587

36,94

6,00

13,56

6,35

2,17

3 R.

3,795

4,063

5,587

36,94

6,00

13,56

6,35

2,17

Mdia

3,795

4,063

5,587

36,84

6,00

13,56

6,35

2,17

1 R.

1 R.

Obs.

4,830

5,028

4,622

36,63

6,00

13,56

6,35

2,16

Cavitao

2 R.

4,830

5,028

4,622

36,31

6,00

13,56

6,35

2,14

Cavitao

3 R.

4,830

5,028

4,622

34,24

6,00

13,56

6,35

2,04

Cavitao

Mdia

4,830

5,028

4,622

35,73

6,00

13,56

6,35

2,11

Cavitao

Hs - altura manomtrica estabelecida; Pabs presso absoluta; LT- comprimento total da tubulao; Vt
volume da tubulao; Vl volume livre; R = repeties.

37

38
TABELA 15. Valores obtidos nos testes hidrulicos, para clculo da relao (Vu+Vl) / (Vt+Vl),
com altura geomtrica de suco (hgs) de 2 m e comprimento do trecho horizontal
da tubulao de suco (LH) de 6,00 m, para o tanque modelo 2.
hgs
(m)

Pabs.
(m c.a.)

Piez.

mercrio

(Patm-Hs)

Vu (L)

LH(m)

2,415

2,487

7,163

30,31

2 R.

2,415

2,501

7,149

3 R.

2,415

2,473

7,177

Mdia

2,415

2,487

7,163

2
1 R.

1 R.

Hs

Hs obtido (m c.a.)
Vacumetro

(m c.a.) Bourdon
2,487

(Vu+Vl) Bombeam.

Vt (L)

(L)

(Vt+Vl)

sim

6,00

15,29

6,35

1,69

31,23

6,00

15,29

6,35

1,74

31,23

6,00

15,29

6,35

1,74

30,92

6,00

15,29

6,35

1,72

2,933

3,058

6,592

34,53

6,00

15,29

6,35

1,89

2 R.

2,933

3,058

6,592

34,82

6,00

15,29

6,35

1,90

3 R.

2,933

3,058

6,592

34,12

6,00

15,29

6,35

1,87

Mdia

2,933

3,058

6,592

34,49

6,00

15,29

6,35

1,89

1 R.

Vl

Tub. Suco

3,864

4,050

5,600

40,00

6,00

15,29

6,35

2,14

2 R.

3,795

4,050

5,600

40,68

6,00

15,29

6,35

2,17

3 R.

3,795

4,023

5,627

40,00

6,00

15,29

6,35

2,14

Mdia

3,818

4,041

5,609

40,23

6,00

15,29

6,35

2,15

4,830

5,028

4,622

36,94

6,00

15,29

6,35

2,00

Cavitao

2 R.

4,658

5,001

4,649

34,53

6,00

15,29

6,35

1,89

Cavitao

3 R.

4,830

5,015

4,635

33,94

6,00

15,29

6,35

1,86

Cavitao

Mdia

4,773

5,015

4,635

35,14

6,00

15,29

6,35

1,92

Cavitao

1 R.

Obs.

no

Hs - altura manomtrica estabelecida; Pabs presso absoluta; LT- comprimento total da tubulao; Vt
volume da tubulao; Vl volume livre; R = repeties.

38

39
TABELA 16. Valores obtidos nos testes hidrulicos, para clculo da relao (Vu+Vl) / (Vt+Vl),
com altura geomtrica de suco (hgs) de 3 m e comprimento do trecho horizontal
da tubulao de suco (LH) de 6,00 m, para o tanque modelo 2.
hgs
(m)

Pabs.
(m c.a.)

Piez.

mercrio

(Patm-Hs)

Vu (L)

LH(m)

Vt (L)

(L)

3,347

3,533

6,117

37,88

17,02

6,35

1,89

2 R.

3,347

3,533

6,117

38,44

17,02

6,35

1,92

3 R.

3,347

3,520

6,130

38,17

17,02

6,35

1,91

Mdia

3,347

3,529

6,121

38,16

17,02

6,35

1,90

3
1 R.

1 R.

Hs

Hs obtido (m c.a.)
Vacumetro

(m c.a.) Bourdon
3,533

Vl

(Vu+Vl) Bombeam.
(Vt+Vl)
sim no

3,795

4,050

5,600

39,00

17,02

6,35

1,94

2 R.

3,864

4,077

5,573

39,67

17,02

6,35

1,97

3 R.

3,795

4,077

5,573

40,00

17,02

6,35

1,98

Mdia

3,818

4,068

5,582

39,56

17,02

6,35

1,96

1 R.

Tub. Suco

Obs.

4,830

5,055

4,595

41,36

17,02

6,35

2,04

Caviitao

2 R.

4,830

5,028

4,622

40,68

17,02

6,35

2,01

Caviitao

3 R.

4,830

5,028

4,622

41,36

17,02

6,35

2,04

Caviitao

Mdia

4,830

5,037

4,613

41,13

17,02

6,35

2,03

Caviitao

Hs - altura manomtrica estabelecida; Pabs presso absoluta; LT- comprimento total da tubulao; Vt
volume da tubulao; Vl volume livre; R = repeties.

39

40

TABELA 17. Mdias calculadas das relaes (Vu+Vl) / (Vt+Vl) obtidas para o tanque 1, avaliado com diferentes valores de hgs, Hs e de
LH.
LH = 4,85 m
hgs = 1m
hgs = 2m
hgs = 3m
Hs Vu+Vl Hs Vu+Vl Hs Vu+Vl
(mca) Vt+Vl (mca) Vt+Vl (mca) Vt+Vl

LH = 2,16 m
hgs = 1m
hgs = 2m
hgs = 3m
hgs = 4m
Hs Vu+Vl Hs Vu+Vl Hs Vu+Vl Hs Vu+Vl
(mca) Vt+Vl (mca) Vt+Vl (mca) Vt+Vl (mca) Vt+Vl

Hs Vu+Vl
9,65
(mca) Vt+Vl (9,65-Hs)

1,169
2,165
3,076
4,027
4,978

1,146
2,147
3,176
4,036
5,010

1,157
2,170
3,129
4,034
5,000

1,262
1,472
1,714
2,010
2,174

2,197
3,035
4,009
4,992

1,447
1,700 3,130 1,591
1,879 4,023 1,695
1,926 5,019 1,695

1,203
1,384
1,630
1,960
2,505

2,170
3,180
4,041
5,006

1,383
1,646 3,176 1,632
1,961 4,018 1,930 4,086 1,920
2,390 4,992 2,332 5,001 2,053

Mdias

1,232
1,422
1,652
1,908
2,153

1,136
1,290
1,480
1,718
2,075

TABELA 18. Mdias calculadas das relaes (Vu+Vl) / (Vt+Vl) obtidas para o tanque 2, avaliado com diferentes valores de hgs, Hs e de
LH.
hgs = 1m

LH = 6,00 m
hgs = 2m

hgs = 3m

hgs = 1m

LH = 3,18 m
hgs = 2m
hgs = 3m

Mdias

hgs = 4m

Hs Vu+Vl Hs Vu+Vl Hs Vu+Vl


(mca) Vt+Vl (mca) Vt+Vl (mca) Vt+Vl

Hs Vu+Vl Hs Vu+Vl Hs Vu+Vl Hs Vu+Vl


(mca) Vt+Vl (mca) Vt+Vl (mca) Vt+Vl (mca) Vt+Vl

Hs Vu+Vl
(mca) Vt+Vl

1,436
2,487
3,058
4,063
5,028

1,323
2,129
3,162
4,036
5,015

1,379
2,386
3,245
4,124
5,035

1,495
1,754
1,908
2,169
2,113

2,487
3,058
4,041
5,015

1,722
1,887 3,529
2,152 4,068
1,917 5,037

1,905
1,964
2,032

1,660
1,981
2,444
2,952
3,072

2,442
3,176
4,068
5,037

40

1,746
2,002 3,488 2,008
2,363 4,050 2,260 4,544
2,650 5,055 2,662 5,060

2,258
2,501

1,577
1,801
2,026
2,303
2,421

9,65
9,65-Hs
1,167
1,329
1,507
1,746
2,091

41

Com as mdias calculadas nas Tabelas 17 e 18, foram elaboradas as curvas e


equaes nas Figuras 16 e 17. Observando-se essas figuras, verifica-se que os valores
das relaes (Vu+Vl) / (Vt+Vl) calculados com os dados obtidos nos testes hidrulicos
apresentaram a mesma tendncia das relaes obtidas pela Lei de Boyle, ou seja,
aumentaram em funo da altura manomtrica Hs. Entretanto, pode-se verificar tambm
que as relaes (Vu+Vl) / (Vt+Vl) obtidos com os valores experimentais foram sempre
superiores s relaes obtidas pela Lei de Boyle.
Para comparar os valores obtidos experimentalmente com os valores obtidos pela
Lei de Boyle, apresentados nas Figuras 16 e 17, foram realizadas as anlises estatsticas
(Tabelas 19 e 20) segundo DIXON & MASSEY (1969), empregando-se o programa
ESTAT (programa para anlise estatstica, desenvolvido pelo Departamento de Cincias
Exatas da FCAV-UNESP). A comparao estatstica revelou que as regresses obtidas
para os dois modelos de tanques foram significativas (p<0,01) para o modelo linear,
com coeficientes de correlao 0,9974 e 0,9939. Como o modelo linear foi significativo,
foram comparados os coeficientes lineares e angulares da equao das retas obtidas com
valores experimentais e com a Lei de Boyle, estabelecendo a hiptese da nulidade H0,
de que as retas no so coincidentes e noso-paralelas.
Para o tanque 1, o teste para coincidncia foi significativo (p< 0,05) e, portanto, as
duas retas no podem ser consideradas coincidentes. Porm, o teste para paralelismo
apresentou resultado no significativo e, portanto as duas retas podem ser consideradas
paralelas.
Para o tanque 2, o resultado para os testes de coincidncia foi tambm
significativo (p<0,01) e tambm no significativo para o paralelismo. Assim, as retas
so paralelas, e, no coincidentes.

41

42

(Vu+Vl )/(Vt+Vl )

2,5

y = 0,2435x + 0,9192
R2 = 0,9949

2,0
1,5
1,0

y = 0,241x + 0,7933
R2 = 0,9681

0,5
0,0
0

Hs (m c.a.)

Valores Obtidos

Lei de Boyle

FIGURA 16. Curvas e equaes de regresso dos valores mdios das relaes
(Vu+Vl) / (Vt+Vl) em funo de Hs, obtidas pela equao de Boyle e

(Vu+Vl )/(Vt+Vl )

nos testes hidrulicos, para o tanque 1.


y = 0,2418x + 1,2437
R2 = 0,988

3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0

y = 0,2498x + 0,7599
R2 = 0,9696
0

Hs (m c.a.)

Valores Obtidos

Lei de Boyle

FIGURA 17. Curvas e equaes de regresso dos valores mdios das relaes
(Vu+Vl) / Vt+Vl) em funo de Hs, obtidas pela equao de Boyle e nos
testes hidrulicos, para o tanque 2.

42

43

TABELA 19. Anlise esttistica referente aos dados experimentais e aos calculados pela equao de Boyle para o tanque 1.
TANQUE 1
Causas de variao

RETA 1
SQ
QM

GL

Regresso Linear
Desvios de regresso

1
3

0,5408 0,5408 584,40**


0,0028 0,0009

1
3

0,5298 0,5298 91,09**


0,0174 0,0058

1
8

1,0705 1,0705
0,6459 0,0081

Total

0,5435

0,5472

1,1354

0,0252
0,0853

A
B

0,2422
0,8562

EPA
EPB

0,0211
0,0712

9,544**

0,9710

11,490**

GL

RETA 2
SQ
QM

GL

RETA 1 X RETA 2
SQ
QM
F
132,01**

Estimativa de parmetros da Equao de Regresso (Y = AX + B)


A
B

0,2435
0,9192

EPA
EPB

0,0101
0,0340

A
B

0,2410
0,7933

EPA
EPB

Coeficiente de correlao e teste


R

0,9974

24,174**

TESTE F PARA COINCIDENCIA: F = 6,62*


TESTE T PARA PARALELISMO: T = 0,09 NS
TESTE T PARA R = T
EPA = ERRO PADRO DE A
EPB = ERRO PADRO DE B

43

0,9839

44

TABELA 20. Anlise esttistica referente aos dados experimentais e aos calculados pela equao de Boyle para o tanque 2.
TANQUE 2
Causas de variao

GL

Regresso Linear
Desvios de regresso

1
3

0,4791 0,4791 245,17**


0,0059 0,0020

1
3

0,5109 0,5109 95,77**


0,0160 0,0053

1
8

0,9897 0,9897 14,51**


0,5456 0,0682

Total

0,4850

0,5269

1,5353

0,0255
0,0887

A
B

0,2457
1,0022

EPA
EPB

0,0682
0,2243

9,786**

0,8029

3,809**

SQ

RETA 1
QM

GL

RETA 2
SQ
QM

GL

RETA 1 X RETA 2
SQ
QM
F

Estimativa de parmetros da Equao de Regresso (Y = AX + B)


A
B

0,2418
1,2437

EPA
EPB

0,0154
0,0537

A
B

0,2497
0,7607

EPA
EPB

Coeficiente de correlao e teste


R

0,9939

15,658**

TESTE F PARA COINCIDENCIA: F = 71,86 **


TESTE T PARA PARALELISMO: T = -0,26 NS
TESTE T PARA R = T
EPA = ERRO PADRO DE A
EPB = ERRO PADRO DE B

44

0,9847

45

Como apresentado nas Figuras 16 e 17 e pelas anlises estatsticas realizadas,


verifica-se que as relaes (Vu+Vl) / (Vt+Vl) obtidas experimentalmente so superiores
s previstas utilizando-se a Lei de Boyle, conforme percentagens apresentadas na
Tabela 21.
TABELA 21. Diferenas

percentuais

entre

os

valores

mdios

das

relaes

(Vu+Vl) / (Vt+Vl) obtidas experimentalmente e pela Lei de Boyle.


Hs
(m c.a.)
1,157
2,170
3,129
4,034
5,000
Mdia

Tanque 1
Valores
Lei de Boyle
experimentais
1,232
1,136
1,422
1,290
1,652
1,480
1,908
1,718
2,153
2,075

Diferena
(%)
8,5
10,2
11,6
11,1
3,8
9,0

Hs
(m c.a.)
1,379
2,386
3,245
4,124
5,035
Mdia

Tanque 2
Valores
Lei de
experimentais Boyle
1,577
1,167
1,801
1,329
2,026
1,507
2,303
1,746
2,421
2,091

Diferena
(%)
35,2
35,5
34,5
31,9
15,8
30,6

Pela Tabela 22, verifica-se que, em mdia os valores de relao (Vu+Vl) / (Vt+Vl)
obtidos experimentalmente, foram de 9,0% e 30,6% superiores aos previstos pela Lei de
Boyle. Essa superioridade, provavelmente ocorre, porque nas condies de
bombeamento de gua existem ar e vapor dgua, diferentemente da situao de gs
ideal preconizada pela Lei de Boyle.
As maiores diferenas das relaes (Vu+Vl) / (Vt+Vl) comparadas com a Lei de
Boyle, possivelmente tambm podem ser explicadas pela montagem experimental
realizada. Como a calibrao dos volumes dos tanques foi realizada em esttica,
relacionando-se com o nvel da gua no piezmetro, durante o bombeamento, em
funo do formato do tanque, o volume livre e o volume til (Vu) podem estar
parcialmente ocupados, no sendo identificado no piezmetro. Assim, possvel que a
soma Vu+Vl seja menor do que a medida durante os testes. Tambm o formato do
tanque pode afetar a distribuio de gua ao mesmo, pois o tubo inserido faz com que a
gua atinja sua parte superior e escorra pelas laterais at definir o nvel minmo
45

46

identificado no piezmetro. Dessa forma, o tanque 2 apresentou maiores diferenas


entre os valores experimentalmente obtidos e os previstos pela Lei de Boyle, com
diferena mdia de aproximadamente 30%.
Tendo-se constatado que os valores experimentais so maiores que os previstos
teoricamente, no dimensionamento de tanques de escorva deve-se procurar elabor-los
com formato que proporcione volume livre mnimo e com uma percentagem de
acrscimo.
Considerando-se que na prtica ocorre dificuldade de medio do Vu e a
possibilidade de variao de hgs e conseqentemente de Hs, pode-se indicar uma
percentagem de acrscimo da relao (Vl+Vu) / (Vt+Vl). Admitindo-se, por exemplo,
30% de acrscimo para os valores calculados pela equao 2, seriam obtidos os dados
apresentados na Tabela 22 e na Figura 18.
TABELA 22. Valores mnimos e com 30% de acrscimo da relao (Vl+Vu) / (Vt+Vl),
em funo de Hs.
Hs (m c.a.)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
9,33*

Valores mnimos
de (Vl+Vu) / (Vt+Vl)
1,11
1,26
1,45
1,71
2,07
2,64
3,64
5,85
14,84
30,15

(Vl+Vu) / (Vt+Vl)
com 30% de acrscimo
1,44
1,64
1,88
2,22
2,69
3,43
4,73
7,60
19,33
-

*valor para o qual ocorre a presso de vapor da gua, impossibilitando a manuteno do escorvamento.

46

47

(Vl +Vu)/(Vt+Vl)

20
16

[(Vl+Vu) / (Vt+Vl)] + 30%

12
8
4

(Vl+Vu) / Vt+Vl)

0
1

8,52

Hs (m c.a.)

FIGURA 18. Relaes (Vl+Vu) / (Vt+Vl) e (Vl+Vu) / (Vt+Vl) + 30%, em funo da


altura manomtrica de suco (Hs).

Segundo VILLA NOVA et al. (1997), o dimensionamento do tanque de escorva


pode ser baseado totalmente na Lei de Boyle, porm a indicao desses autores foi
sustentada apenas na teoria da equao geral dos gases. Na prtica, os resultados da
presente pesquisa indicaram que deve-se fazer um acrscimo do volume dimensionado
do tanque.
importante observar que a altura do tanque de escorva (H) eleva a altura
manomtrica de suco (Hs). Tal fato permite considerar que quanto menor for a altura
H menor ser o volume do tanque, uma vez que a relao entre volume til e volume do
tubo de suco funo de Hs. Assim, tanques com posicionamento horizontal so
recomendveis e mais eficientes. Tambm recomendvel tanques com posicionamento
paralelo tubulao horizontal de suco, pois nessa posio reduzem o tamanho e
volume da tubulao de suco, reduzindo-se o volume til necessrio do tanque.
Para a garantia das partidas, condio fundamental que o tanque sempre esteja
cheio de gua ou com presso negativa remanescente da ltima partida. Em condio de
47

48

campo e mesmo em laboratrio percebe-se que nem sempre isso ocorre, devido no
haver total vedao da tubulao em conexes, do tanque ou de gaxeta da bomba.
KARASSIK et. al. (1985) explicam que toda vez que a bomba pra e reinicia,
possvel que uma certa quantidade de lquido do tanque de escorva seja removido por
sifonamento, reduzindo o volume do lquido no tanque. A menos que o tanque de
escorva seja completado novamente com lquido, ele ter seu uso limitado. Assim, um
reabastecimento automtico no tanque de escorva fica limitado quando h uma vlvula
de reteno na descarga da bomba. Portanto, recomenda-se uma ligao em by-pass
da rede de recalque at a parte superior do tanque, que permite mant-lo sempre cheio,
mesmo que haja qualquer problema de sifonamento ou tambm de vedao.

48

49

5. CONCLUSES

Pelos resultados obtidos nas avaliaes hidrulicas realizadas em laboratrio e


anlises estatsticas realizadas, para os dois modelos de tanques de escorva estudados,
chegou-se s seguintes concluses:
- o volume do tanque de escorva funo do volume da tubulao de suco da
instalao de bombeamento e da altura manomtrica de suco;
- a comparao entre os dados obtidos em laboratrio com a utilizao da Lei de
Boyle demonstra que essa lei pode ser aplicada no dimensionamento de tanques de
escorva.
Os dados obtidos para os dois modelos de tanque, comparados como os dados
estimados pela Lei de Boyle, resultaram diferenas, sugerindo que outros fatores podem
influenciar o dimensionamento e precisam ser estudados.

49

50
6. REFERNCIAS

AZEVEDO NETTO, J.M; FERNANDES, M.F; ARAUJO, R.DE; ITO, A.E. Manual de hidrulica.
8.ed. So Paulo: Edgard Blcker, 1998. 670p.
CARVALHO, D.F. Instalaes elevatrias bombas. 5.ed. Belo Horizonte: FUMARC, 1992.
352p.
DELME, G.J. Manual de medio de vazo. So Paulo: Edgard Blcher, 1983. 476p.
DIXON, W.J.; MASSEY, F.J. Introduction to statistical analysis. McGraw-Hill, New York, 1969.
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KARASSIK, I.J.; KRUTZSCH, W.C.; FRASER, W.H.; MESSINA, J.P. Pump handbook. 2. ed.
McGraw-Hill, New York, 1986. 1351p.
MACINTYRE, A.J. Bombas e instalaes de bombeamento.2.ed. Rio de Janeiro: LTC, 1997. 782p.
PALMIERI, A.C. Manual de hidrulica bsica. 5.ed. Porto Alegre: Racine, 1985. 326p.
RAMALHO JUNIOR, F.; FERRARO, N.G.; SOARES, P.A.de T. Os fundamentos da fsica. 6 ed.
So Paulo: Moderna, 1996. v.2. 463p.
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