BT 15 PDF
BT 15 PDF
BT 15 PDF
A2.05
015
GuiadeManutencaopara
Transformadoresde Potncia
Novembro 2013
NDICE
1. INTRODUO..............................................................................................................................
1.1 Introduo......................................................................................................
11
12
17
1.6 Terminologia..............................................................................................................
22
2. ESTRATGIAS DE MANUTENO................................................................................................
26
26
27
28
29
31
34
36
3. PROCESSOS DE MANUTENO...................................................................................................
37
3.1 Planejamento..............................................................................................................
37
3.2 Organizao................................................................................................................
38
3.3 Execuo....................................................................................................................
40
40
41
42
43
3.5 Otimizao..................................................................................................................
44
45
4. COMPONENTES DO TRANSFORMADOR......................................................................................
47
4.1 Buchas.......................................................................................................................
47
47
49
50
51
52
52
53
53
54
55
56
4.3.1 Radiador...........................................................................................................
56
58
60
4.3.4 Ventiladores......................................................................................................
61
4.4 Vedaes....................................................................................................................
63
64
65
65
68
69
71
71
72
73
74
4.8.1 Geral................................................................................................................
74
74
75
78
80
82
82
82
84
85
4.11.2 Enrolamentos..................................................................................................
86
89
5. AES DE MANUTENO............................................................................................................
91
91
91
91
93
95
95
96
96
115
5.2.2 Coleta de leo Isolante...................................................................................... 117
5.2.3 Ensaio de Cromatografia.................................................................................... 118
5.2.4 Interpretao dos Resultados.............................................................................
119
120
120
135
138
141
5.6.1 Parte Ativa........................................................................................................ 142
5.6.2 Sistema de Preservao de Lquido Isolante e Conservador.................................. 143
5.6.3 Sistema de Resfriamento.................................................................................... 144
5.6.4 Sistema de Superviso, Proteo e Controle........................................................ 146
5.6.5 Sistema de Conexo (Buchas)............................................................................
149
5.7 Secagem da Isolao................................................................................................... 150
5.7.1 Secagem On-Line, com o Transformador em Operao........................................ 155
5.7.1.1 Tratamento Termovcuo............................................................................... 155
5.7.1.2 Filtros Absorvedores de Umidade................................................................... 156
5.7.1.3 Peneira Molecular......................................................................................... 156
5.7.2 Secagem Off-line, com o Transformador Fora de Servio...................................... 159
5.7.2.1 Secagem por Alto Vcuo...............................................................................
159
160
5.7.2.3 Secagem por Asperso de leo Quente (Hot Oil Spray)................................... 161
5.7.2.4 Secagem por Vapour-phase.......................................................................... 162
5.7.2.5 Secagem Criognica.....................................................................................
163
5.7.2.6 Secagem por Circulao de Corrente a Baixa Frequncia (LFH)........................ 164
5.8 Tratamento do leo Isolante........................................................................................ 165
5.9 Tratamento de leo Isolante com Enxofre Corrosivo...................................................... 169
5.9.1. Teor de Dibenzildisulfeto (DBDS)....................................................................... 169
5.9.2. Deteco de Compostos Corrosivos.................................................................... 169
5.9.3. Adio de Passivador........................................................................................ 170
5.9.4. Teor de Tolutriazol (TTA)..................................................................................
171
172
172
174
175
175
175
177
6. REPARO DE TRANSFORMADORES..............................................................................................
179
179
179
6.3 Reparos de Mdia e Grande Complexidade (3 a 5)......................................................... 181
6.3.1 Reparos em Campo........................................................................................... 181
6.3.1.1 Etapas do Processo......................................................................................
181
182
6.3.1.3 Infraestrutura..............................................................................................
184
6.3.1.4 Segurana e Meio Ambiente.......................................................................... 184
6.3.1.5 Treinamento e Gesto do Conhecimento........................................................ 184
6.3.1.6 Garantia......................................................................................................
185
186
6.3.3 Reparos em Oficina da Contratada...................................................................... 187
6.3.3.1 Etapas do Processo...................................................................................... 187
6.3.3.2 Transporte................................................................................................... 188
6.3.3.3 Infraestrutura.............................................................................................. 193
6.3.3.4 Riscos e Controle de Qualidade.....................................................................
193
199
199
201
202
205
7.5 Arquiteturas................................................................................................................ 205
7.6 Protocolos de Comunicao.......................................................................................... 206
7.7 Consideraes............................................................................................................. 206
7.8 Manuteno do Sistema de Monitoramento................................................................... 207
8. ANEXOS....................................................................................................................................... 209
245
1. INTRODUO
1.1 Introduo ao Guia de Manuteno
O investimento em ativos inseridos em um ambiente competitivo impe a busca de processos cada
vez mais otimizados, maximizando resultados e minimizando o emprego de recursos. Nesse contexto,
a funo Manuteno assume papel relevante na medida em que contribui para o funcionamento
adequado desses ativos.
Manuteno, disponibilidade e confiabilidade so conceitos estreitamente relacionados e o gestor de
ativos tem que especificar uma poltica de manuteno que maximize a disponibilidade e
confiabilidade dos ativos a um custo adequado.
A fim de permitir o contnuo funcionamento desses ativos, a engenharia de manuteno e os
respectivos procedimentos de manuteno e operao necessrios sua efetivao, devem ser
executados de forma integrada.
O Transformador de potncia um equipamento de fundamental importncia para o Sistema Eltrico
de Potncia, sendo o ativo de maior valor agregado em uma instalao de transmisso e distribuio,
e falhas destes ativos podem ocasionar interrupes de fornecimento de energia por perodos
prolongados, podendo repercutir no sistema produtivo industrial e na sociedade de forma geral.
Devido a esta relevncia, as empresas do ramo de energia devem estabelecer uma politica de
manuteno voltada para a sua confiabilidade e disponibilidade.
A existncia de um Guia Internacional de Manuteno de Transformadores, Guide for Transformer
Maintenance Working Group A2.34 de fevereiro de 2011, motivou o Comit A2 do Cigr Brasil a
elaborar um Guia que traduza a experincia dos profissionais de engenharia de manuteno das
empresas brasileiras, atendendo as particularidades do mercado nacional.
Neste contexto foi criado o subcomit A2.05 para elaborao do Guia de Manuteno de
Transformadores de Potncia, preparado para ajudar a definir e aplicar a melhor prtica de
manuteno em transformadores imersos em leo isolante com classe de tenso igual ou superior a
34,5kV.
So abordados os seguintes temas:
Fundamentos e princpios de funcionamento;
Aspectos operativos;
Tipos de manuteno;
Vida til, mecanismos e mtodos de avaliao de degradao;
Referncias e padres Cigr aplicveis manuteno;
Estratgias de manuteno;
Processo de manuteno;
que onde ao aplicarmos uma tenso U1 alternada ao primrio, circular por este enrolamento uma
corrente I1 alternada que por sua vez dar condies ao surgimento de um fluxo magntico tambm
alternado, 1. A maior parte deste fluxo ficar confinado ao ncleo, uma vez que este o caminho
de menor relutncia. Este fluxo originar uma fora eletromotriz (f.e.m.) E1 no primrio e E2 no
secundrio, proporcionais ao nmero de espiras dos respectivos enrolamentos, segundo a relao de
transformao:
De forma prtica, um transformador de potncia para cumprir sua funo necessita de uma srie de
acessrios e componentes que possibilitem sua operao sob condies controladas de temperatura,
estanqueidade e dentro de parmetros especificados em projeto. Para se ter uma viso geral e
simplificada de um transformador de potncia, a figura 1.2 mostra os seus componentes principais.
10
Figura 1.3 Linha de transmisso com compensao reativa atravs de reatores shunt.
A figura 1.4 mostra um grfico que associa a relao entre a potncia transmitida com a potncia
reativa operativa da LT em diversos nveis de tenso. Observa-se que para potncias transmitidas
inferiores a potncia natural da LT se faz necessria a compensao reativa atravs de reatores shunt
e que, em nveis maiores de tenso, estes valores so mais significativos.
Figura 1.4 Relao entre potncia transmitida e potncia reativa da LT em diversos nveis de tenso.
11
12
Comissionamento
Checagem e
Teste
Operao do Equipamento
MCBT
Manuteno da
Condio Baseado no
Tempo
MBC
Manuteno
Baseada na
Condio
MCOL
Monitoramento
de Condio
ON-LINE
MBT
Manuteno
Baseada no
Tempo
Sim
Sim
Condio de Avaliao
Condio
Normal
Trabalho
Secundrio
No
Interpretao
Aplique testes especiais e
monitorao intensiva (se
necessrio)
Manuteno
Preventiva
Trabalho
Principal
Sucata e Substituio
No
Evoluo
Tecnolgica e
Econmica
Sim
Trabalho Principal no
local ou na oficina
13
Operao do Transformador
O transformador conectado a um sistema eltrico e uma carga fixa ou varivel aplicada. O
transformador exposto a condies sistmicas e de operao, tais como: variaes da temperatura
ambiente, variaes da carga, frequncia e tenso, impulsos atmosfricos, sobretenses de
manobras, curto-circuito, dentre outras.
Manuteno Baseada no Tempo (MBT)
Esta manuteno realizada em intervalos predeterminados para reduzir a probabilidade de um item
do equipamento falhar em servio. Isto inclui aes de manuteno para melhorar a condio (troca
de leo, lubrificao, substituio preventiva de peas). O termo manuteno sistemtica preventiva
tambm usado. Uma MBT realizada em um intervalo fixo de tempo e a ao realizada
independentemente da condio do equipamento, isto , o planejador define o que deve ser feito e
com que freqncia deve ser feito. Este mtodo pode oferecer um alto nvel da cobertura de risco se
as recomendaes do fabricante do equipamento forem seguidas. A MBT frequentemente
considerada como a mais fcil, mas no a de menor custo. Ela tem a vantagem significativa de ser
facilmente planejada e isto particularmente importante para a manuteno que exige o
desligamento do equipamento.
Monitoramento de Condio Baseada no Tempo (MCBT)
Existem aes para avaliar a condio do equipamento (por exemplo, verificaes visuais, medidas e
testes) que so realizadas em intervalos regulares e pr-planejados. Essas aes so frequentemente
realizadas em conjunto com a manuteno que exige o desligamento do equipamento. Os resultados
da MCBT so utilizados com freqncia para decidir a respeito da extenso da manuteno exigida
naquele momento ou no futuro. Mas a informao obtida limitada a uma foto de um momento
particular.
Manuteno Baseada na Condio (MBC)
Esta manuteno realizada dependendo da condio do equipamento para reduzir a probabilidade
de um item do equipamento falhar em servio. A MBC baseada na avaliao da condio fsica real
do equipamento e leva em considerao o seu uso, ocorrncia de eventos, o possvel desgaste de
partes do comutador de tap e o desempenho de um equipamento similar. Para usar esta filosofia de
manuteno necessrio avaliar a condio do equipamento atravs de mtodos como MCBT, MCOL
e a monitorao online contnua. A MBC se aplica nos casos em que a condio tcnica pode ser
medida e avaliada com base em critrios de aes recorrentes. A incorporao da MBC uma
estratgia de manuteno que procura reduzir custos, realizando a manuteno somente quando uma
mudana na condio do equipamento exigir uma tomada de deciso e ao associada. Entretanto, a
MBC requer um processo de planejamento mais complicado. A MBC freqentemente utilizada dentro
de um plano de desligamentos baseada no tempo para adiar a manuteno at que seja possvel um
prximo desligamento.
14
15
16
avaliar se o equipamento poderia ser colocado em servio novamente com ou sem aes corretivas. O
monitoramento online contnuo geralmente til para se obter uma compreenso profunda da m
condio e de suas dependncias em condies de funcionamento tais como a carga, a posio do tap
e a temperatura.
Manuteno Corretiva
A Manuteno Corretiva uma operao realizada para restaurar qualquer pea do equipamento que
falhou ou degradou at chegar a um ponto onde precisa de uma ao corretiva para assim, evitar
uma perda no desempenho ou uma falha maior. A necessidade de uma Manuteno Corretiva segue a
identificao de uma condio anormal e exclui a manuteno rotineira (MBT, MBC). Como exemplos
podem incluir o tratamento ou regenerao do leo, substituio de ventilador do sistema de
refrigerao e reparos de vazamentos.
Reparo
Interveno no equipamento, originada por defeito ou falha, com o objetivo de restabelecer o mesmo
as suas condies originais de projeto.
Repotencializao
Interveno no equipamento com o objetivo de alterar suas condies originais de projeto.
Avaliao Tcnica e Econmica
O ciclo da operao, da manuteno rotineira e corretiva do equipamento no permanente. Quando
um equipamento sofre dano severo ou quando a confiabilidade do equipamento j no satisfatria,
uma avaliao tcnica e econmica tem que ser feita para decidir a melhor opo entre sucatear ou
substituir, reparar ou repotenciar e se o trabalho ser feito no local ou em oficina. Ao avaliar a melhor
opo, consideraes como o tempo de indisponibilidade, a disponibilidade de equipamento reserva, o
custo da indisponibilidade, o transporte e a condio do equipamento em geral sero levados em
considerao.
17
O papel Isolante
A celulose um polmero formado por longas cadeias de glicose conectadas por ligaes glicosdicas.
O tamanho dessas cadeias de glicose define a resistncia trao da fibra de celulose e ,
usualmente, caracterizado por uma grandeza denominada Grau de Polimerizao (GP).
O valor inicial de GP da celulose cerca de 1200 e a secagem e condicionamento dos enrolamentos
do transformador, operaes que fazem parte do processo de fabricao desses equipamentos,
reduzem o GP da celulose, at um valor de cerca de 1000 a 900.
18
19
da
Europa
que,
na
grande
maioria
dos
casos,
no
utilizavam
papel
termoestabilizado. Estudos posteriores foram realizados com o intuito de avaliar essa correlao para
papel termoestabilizado.
Stebbins props uma modificao na equao proposta por Chendong para atender a equipamentos
que utilizam papel termoestabilizado chegando formula:
log10 [2FALppm] = 1,5655 (0,0035 x GP)
Estimation of Insulation Life Based on a Dual Temperature Aging Model, WeidmannACTI Inc. Fifth Annual Technical Conference, Albuquerque, NM Nov. 13-15,
2006.(Thomas A. Prevost)
A velocidade de formao do 2FAL depende de mltiplos fatores tais como: tipo core, ou Shell, razo
papel/leo, tipo de papel kraft ou termoestabilizado, leo inibido/no inibido, temperatura, eficcia do
sistema de arrefecimento, condies de carga, teor de umidade no leo e no papel.
Para cada valor da concentrao de 2FAL no leo, no existe um nico valor de GP, em todo o
isolamento slido, mas sim uma distribuio de GP entre a zona superior e inferior dos enrolamentos,
20
e ainda uma distribuio radial. Tais distribuies de valores de GP dependem dos perfis de
temperatura, de umidade e de oxignio dissolvido, no interior do equipamento. Por exemplo, uma vez
que a zona superior do enrolamento costuma apresentar uma temperatura superior, o valor de GP
mais baixo nessa zona.
Atravs de experincias laboratoriais demonstra-se que 1ppm de 2FAL no leo, corresponde a um GP
de 800, a 95 C, ou a um GP de 900, a 85 C, no caso do material celulsico se encontrar com um
baixo teor de umidade ( 1%). No caso da celulose se encontrar mida (teor de umidade cerca de
4%), 1ppm de 2FAL corresponde a um GP de 600, a 95 C e a um GP de 500, a 85 C. Isso evidencia
a forte dependncia que a concentrao de produtos furnicos no leo possui da umidade e
temperatura do leo e da celulose. Uma vez que os produtos furnicos so hidroflicos, h um
acrscimo pronunciado da sua solubilidade no leo, quando o teor de gua no leo aumenta.
No est ainda clarificada a influncia, sobre a concentrao de 2FAL, no leo, provocada pela
ocorrncia de certos fenmenos de natureza eltrica, tais como descargas eltricas e/ou descargas
parciais, no interior do equipamento.
O teor de furfuraldedo obtido a partir de ensaio realizado no leo isolante, sendo assim, sujeito s
variaes decorrentes de intervenes de tratamentos no prprio leo. Dessa forma, temos:
O teor de 2FAL em leo submetido a tratamento no se altera a menos que sejam associados a um
processo de secagem da parte ativa que causar uma contribuio maior do envelhecimento devido
ao processo utilizado para secagem e consequente aumento do seu teor.
O teor de 2FAL em leo submetido regenerao se altera. Nesse caso, ao se adotar o 2FAL como
indicador de envelhecimento do equipamento, deve-se ter o cuidado de verificar a ocorrncia desse
tratamento ao longo dos anos de operao e assim poder criar a correlao com o GP.
O teor de 2FAL em leo substitudo no leva a nenhuma concluso. Nesse caso, a anlise sob o teor
de 2FAL s dever ter coerncia aps alguns anos de operao do equipamento.
Previso do Fim de Vida do Equipamento.
Os mecanismos de degradao da celulose so complexos e nenhum dos estudos realizados fornece
um modelo preciso da vida til do papel e, consequentemente, da vida til do equipamento.
Enquanto alguns especialistas determinaram que um aumento de 5,5 C na temperatura mdia de
operao do equipamento reduz metade a vida do equipamento, outros consideram 10 C e outros
ainda que 8C, o aumento da temperatura necessria reduo, para metade, do tempo de vida do
equipamento.
H, contudo, acordo, em considerar a temperatura, o oxignio e a umidade, como os trs principais
fatores responsveis pela degradao do papel, embora outros fatores sejam tambm importantes,
como o nvel de degradao do leo (principalmente a acidez deste), alm da presena de campos
eltricos e de outros fenmenos de natureza eltrica, que podem ocorrer no interior do equipamento.
21
O critrio baseado no valor de GP considera para o fim de vida til do papel valores abaixo de 200.
Outros critrios de fim de vida tm sido definidos, em termos da perda de alguma propriedade
mecnica selecionada do papel, como, por exemplo, a sua resistncia mecnica. Nesse caso, o fim de
vida do papel corresponde normalmente a uma reduo de 50% na resistncia mecnica inicial do
papel isolante. O critrio baseado no grau de polimerizao da celulose (GP) o mais usado,
atualmente.
Uma vez que o tempo de vida til restante de um equipamento depende do nvel de degradao do
isolamento slido e no prtico retirar amostras de papel do equipamento em servio, torna-se
importante a utilizao de um mtodo que, mesmo de forma indireta, consiga dar informao sobre
tal degradao, sem interferncia direta no equipamento.
Nesse contexto, avaliar os teores de furfuraldedo (2FAL) til para determinao do nvel mdio de
degradao do papel isolante.
importante destacar que determinar, com exatido, a vida residual ou ainda o fim de vida til de
um equipamento, exclusivamente atravs da determinao da concentrao de 2FAL dissolvido no
leo, tarefa complexa, pois h grande variedade de tipos de equipamentos, com diferentes
designs, materiais de construo, condies operativas (teores de umidade e de oxignio no leo,
perfis de temperaturas) e polticas de manuteno.
Finalmente, cabe lembrar que esse mtodo possui a grande vantagem da sua aplicao no causar
qualquer perturbao no funcionamento do equipamento.
1.7 Terminologia
Os termos apresentados na sequencia so aqueles no definidos no Guia de Manuteno e cujo
entendimento auxilia a compreenso dos assuntos tratados no Guia de Manuteno.
Ao de Manuteno
a sequncia de atividades elementares de manuteno, efetuadas com uma dada finalidade, sendo:
Acompanhamento preditivo;
Aferio;
Ajuste;
Calibrao.
Conservao;
Ensaio;
Inspeo;
Limpeza;
Lubrificao;
22
Modernizao;
Monitoramento;
Reabilitao;
Substituio.
Acompanhamento Preditivo
aquele baseado no monitoramento da condio de um item, atravs da coleta de dados e
interpretao dos mesmos, traando a sua tendncia ao longo do tempo, visando uma interveno
apropriada tanto tcnica quanto economicamente.
Causa
o evento que levou o item condio anormal constatada.
Confiabilidade
Capacidade de um item desempenhar uma funo especificada, sob condies e intervalos de tempo
pr-determinados.
Defeito
qualquer desvio das funes de um item, em relao aos seus requisitos, que cause ou no a sua
indisponibilidade.
Disponibilidade
a probabilidade de, em um dado momento, o item estar no estado disponvel. Pode tambm ser
entendido como a parcela do tempo eficaz durante a qual se considera o item em condies de estar
ou entrar em funcionamento no mesmo instante em que for ativado.
Ensaio
toda ao que determina valores que permitam comparaes com os valores de funcionamento
considerados aceitveis ou simulem condies de verificao de operacionalidade de um item.
Equipamento
Para uso neste Guia de Manuteno, o termo Equipamento se refere a transformadores,
autotransformadores, reatores tipo shunt, transformadores de aterramento e transformadores
reguladores, nos sistema de gerao, transmisso, distribuio de energia eltrica e setor industrial.
Falha
o defeito que cause a indisponibilidade do item.
23
Funo Manuteno
o conjunto de atividades que se realiza atravs de processos diretos ou indiretos em um item, com
finalidade de verificar, manter ou restabelecer suas condies operativas, econmicas e ambientais.
Funo Requerida
Conjunto de condies de funcionamento para o qual o item foi projetado, fabricado ou instalado. O
item poder exercer a funo requerida com ou sem restries.
Inspeo
toda ao de observar as condies de um item por intermdio dos sentidos humanos.
Mantenabilidade
Facilidade de um item em ser mantido ou recolocado no estado no qual pode executar suas funes
requeridas, sob condies determinadas e mediante os procedimentos e meios prescritos.
Manuteno Corretiva
toda interveno no item que vise corrigir os efeitos e eliminar as causas dos defeitos ocorridos.
Ela se subdivide em trs tipos:
De emergncia - quando a interveno imediata;
De urgncia - quando a interveno executada o mais breve possvel;
Programada - quando a interveno desenvolvida atravs de uma programao existente ou
de uma eventual convenincia (programao extra).
Manuteno Preventiva
toda interveno no item efetuada com o objetivo de reduzir a probabilidade de defeito.
Modernizao
toda ao que vise introduzir melhorias em um item, para:
Reduzir o tempo de desligamentos;
Reduzir o nmero de desligamentos;
Evitar obsolescncia;
Reduzir a necessidade de sobressalentes;
Aumentar nveis de segurana.
24
Ocorrncia
a condio anormal constatada de um item.
Origem
Indica a natureza de um defeito (mecnica, eltrica, hidrulica, etc.).
Reparo
Ao de normalizao da condio de um item em decorrncia de falha ou defeito.
Repotenciao
Ao de ampliao da capacidade instalada de um item.
Revitalizao
Conjunto de medidas capazes de ampliar a confiabilidade, eficincia e disponibilidade de um item,
com o objetivo de resgatar as condies iniciais de operao ou aumentar a expectativa de vida til,
no implicando na modernizao de componentes ou de suas partes.
Taxa de Falha
Razo do incremento do nmero de falhas para o incremento correspondente do tempo, em qualquer
instante da vida de um item. representada pela relao entre o nmero total de falhas (NF) da
famlia de itens e o somatrio das horas em servio (HS) da mesma famlia no perodo estatstico
considerado. A taxa de falha expressa a medida do nmero de falhas por item da famlia, por hora de
servio.
TF = NF / HS
Tcnicas Preditivas
Atividades de inspeo, controle e ensaio, realizadas em um item com o objetivo de se predizer ou
estimar o ponto timo para interveno da manuteno preventiva no sistemtica.
importante destacar que, dentre outros, os documentos abaixo citados apresentam glossrios e
definies de diversos termos tcnicos aplicveis ao Guia.
NBR5462 - Confiabilidade e Mantenabilidade;
NBR5458 - Transformador de Potncia - Terminologia;
Submdulo 20.1 dos Procedimentos de Rede do ONS - Glossrio de Termos Tcnicos.
25
2. ESTRATGIAS DE MANUTENO
2.1 A Importncia da Manuteno
A manuteno do transformador tem um impacto fundamental na sua vida til e confiabilidade. Ao
longo da vida til do equipamento se faz necessrio a realizao de uma manuteno adequada para
manter a sua confiabilidade em nveis aceitveis durante este perodo. Nos ltimos anos, o surgimento
de novas tecnologias possibilitou a reduo da necessidade de manuteno, porm devido a longa
estimativa de vida til do equipamento, os mantenedores tm que lidar com uma grande variedade de
tecnologias, exigindo nveis e escopos diferentes da manuteno.
Exemplos de possveis impactos da falta de manuteno adequada ao longo da vida til de um
transformador:
Perda, erro ou insuficincia de ensaios ou registros dos dados de comissionamento;
No deteco de no conformidades no equipamento durante perodo de garantia;
Incio da oxidao do leo isolante;
Desgaste dos contatos do CDC;
Desgaste da pintura e tratamento anti-corrosivo devido ao clima e raios UV;
Desgaste da pintura e tratamento anti-corrosivo devido ao clima e raios UV em nveis mais
agressivos;
Transdutores perdem calibrao;
Incio do processo de deteriorao de acessrios e fiao;
Desgastes dos rolamentos dos ventiladores e moto-bombas;
Surgimento de pontos quentes na parte ativa;
Deteriorao do leo isolante afetando a isolao slida;
Vazamento de leo isolante devido a falhas no sistema de vedao;
Desgaste da pintura e tratamento anti-corrosivo devido ao clima e raios UV em nveis mais
agressivos;
Oxidao e hidrlise aceleram o estgio de envelhecimento da isolao;
Queda acelerada do grau de polimerizao (GP) da isolao slida;
Buchas e CDC tem maior possibilidade de falha;
Aparecimento de borra na isolao lquida;
Diminuio da suportabilidade dieltrica devido a umidade;
Aumento significativo na probabilidade de perda do equipamento.
26
27
As regras que as concessionrias de gerao esto submetidas atualmente possuem uma maior
flexibilidade quando comparadas s concessionrias de transmisso, principalmente no que se diz
respeito ao perodo de apurao que no caso especfico referente aos ltimos 60 meses. Na prtica,
a maioria das atividades relacionadas a transformadores neste segmento contribuem minimamente
para a indisponibilidade do complexo de gerao, visto que as manutenes realizadas em geradores
tm naturalmente seu tempo de interveno perodos comparativamente mais extensos. A
indisponibilidade dos ativos de gerao, juntamente com outros fatores como, por exemplo, o
histrico de vazes do reservatrio da usina, podem afetar a energia assegurada do complexo, que
o montante de energia disponvel para negociao, submetidos as regras do mercado de energia.
Alm dos mecanismos impostos pela ANEEL de penalizao por indisponibilidade ou reduo da
energia assegurada. A indisponibilidade de transformadores pode implicar em restries de sistema,
com sobrecarga em outros pontos do sistema ou at mesmo a interrupo de fornecimento de
energia eltrica a consumidores, dependendo da configurao da rede onde estiver instalado.
De uma forma geral, o aspecto da indisponibilidade dos ativos de transmisso ou gerao deve ser
ponto fundamental na definio das estratgias de manuteno a serem implantadas, devendo ser
consideradas as seguintes premissas visando minimizar este fator:
Realizar compatibilizao de intervenes entre os diversos segmentos da empresa
concessionria, ou mesmo, entre empresas distintas na ocasio de desligamentos de linhas de
transmisso associadas a transformadores;
Avaliar a implantao de ferramentas de manuteno que valorizem a disponibilidade do ativo,
como por exemplo, tcnicas preditivas e de monitoramento on-line contnuo;
Especificar componentes que permitam uma mnima manuteno;
Avaliar a possibilidade de realizar intervenes de natureza preventiva e corretiva sem que seja
necessrio o desligamento do ativo.
28
29
30
Intervalo de Manuteno
Ao
Comentrio
Leve
Regular
Intensivo
6 meses
1 ms
1 dia
Em operao
1 ano
3 meses
2 semanas
Em operao
2 anos
1 ano
3 meses
6 anos
2 anos
1 ano
Condicional
Condicional
Qualquer
intervalo
O desligamento do equipamento
poder ser necessrio
Verificao de acessrios
12 anos ou
condicional
6-8 anos
1-2 anos
Condicional
Condicional
Qualquer
intervalo
Condicional
6-8 anos
2-4 anos
12 anos
6-8 anos
4 anos
Considerar as recomendaes do
fabricante, nmero de operaes e
tecnologia empregada.
Inspeo Visual
Intervalos de
Manuteno
Caractersticas
Transformadores equipados com componentes que so conhecidos por serem muito
confiveis;
Baixa carga e baixo nmero de operaes de comutadores de tap;
Leve
Intensivo
Regular
31
Inspeo regular;
Execuo das rotinas de manuteno baseada no tempo;
Monitoramento da condio baseada do tempo (MCBT);
Monitoramento da condio on-line (MCOL).
Os parmetros medidos ou estados observados so avaliados de acordo com os critrios predefinidos
(valores limites) para uma condio aceitvel. A manuteno executada somente quando uma
mudana na condio do equipamento indica a necessidade de uma ao.
Esta seo descreve dois exemplos de Manuteno Baseada na Condio usando os ensaios no leo,
fsico-qumico e anlise de gases dissolvidos (DGA), onde os resultados com valores superiores aos
valores limites ou a tendncia de elevao levam a identificao das causas e tomadas de deciso
para aes corretivas.
A figura a seguir mostra o fluxo de deciso a partir da verificao de valores anormais detectados na
analise fsico-qumica do leo isolante, valores limites excedidos (absolutos ou tendncia):
Valores limites
Excedidos
Teste de leo
Afetado
Causas Possveis
- Vazamento de
Particulas
(Carbono CDC)
Queda da Rigidez
Dieltrica
- Entrada de gua
-Envelhecimento do
papel
Quantidade de
gua
Fator de Potncia
e Tenso
Interfacial
- Filtragem do
leo
- Reparar
vazamentos
- Secagem do
equipamento
- Eliminao de
vazamentos
(gaxetas, selagem
hermtica de leo)
- Vazamento de
particulas
(carbono - CDC)
- Recuperao do
leo
Acidez, Fator de
Potncia e Tenso
Interfacial
- Envelhecimento do
leo
Qauntidade de
inibidor ou outro
Aditivo de leo
- Aditivo sendo
consumido
Realizar aditivao
do leo
32
A figura a seguir mostra o fluxo de deciso a partir da verificao de valores anormais detectados na
analise de gases dissolvidos no leo isolante (DGA), valores limites excedidos (absolutos ou
tendncia):
33
34
35
Falha ou
defeito?
Sim
No
Demais
Alarmes
Alerta de .....
Sensor de Gs do
Tanque
Monitoramento de
Buchas
Temperatura
Monitoramento
CDC
Gs
Bucha
Temperatura
Temperatura
Inspecionar conexo
com o Tap da bucha
Inspecionar
Refrigerao
Inspecionar
Comutador
Resultados
Satisfatrios?
Conexo
ntegra?
Refrigerao
Normal?
Comutador
Normal?
Sim
No
No
No
No
Adotar procedimentos
definidos no Fluxo de
Manuteno Corretiva
Sim
Sim
Realizar DGA (aplicvel a
buchas OIP) e realizar
medio de capacitncia e
tangente delta na bucha
Reparar
Sim
Sim
Resultados
Satisfatrios?
Sim
Avaliar
Carregamento e
condies
ambientes
Reparar
Resultados
Satisfatrios?
No
Sim
No
Analisar retorno da
unidade a operao
Substituir a bucha
Restabelecer
operacionalidade do
Equipamento
Nota: O DGA (Analise de Gses Dissolvidos no leo) pode ser feito em labooratrio ou com equipamento porttil em campo)
Figura 2.5 Processo de deciso a partir de Alerta proveniente do Sistema de Monitoramento On-Line Contnuo.
36
3. PROCESSO DE MANUTENO
O Processo de Manuteno pode ser resumido em quatro estgios: Planejamento, Organizao,
Execuo e Registro, completando com a etapa de Otimizao o ciclo que possibilita o processo
de melhoria contnua de um ciclo PDCA padro. Esses estgios de manuteno so mostrados na
figura abaixo.
Como qualquer processo, a manuteno exige uma entrada de dados consistente para que durante o
ciclo de vida til de um transformador de potncia seja possvel a tomada de decises prudentes
sobre qualquer atividade a ser executada, incluindo os eventos operacionais e de manuteno a que o
equipamento foi submetido.
Em um complexo sistema eltrico de potncia, onde existe um grande nmero de transformadores,
torna-se imperativa a utilizao de um sistema de gesto de manuteno que possibilite a otimizao
do processo de manuteno. A seguir so descritas as etapas do ciclo de manuteno aplicada para
estes tipos de equipamentos.
3.1 Planejamento
O planejamento da manuteno de uma empresa se estabelece baseado em diretrizes definidas. Estas
devem ser capazes de responder de forma clara e detalhada a trs perguntas essenciais para cada
ativo:
Que manuteno tem que ser feita?
Quando a manuteno precisa ser feita?
Como ela deve ser feita?
A avaliao sobre a deciso de se realizar manuteno em determinado componente ou ativo e a
periodicidade desta varia consideravelmente de acordo com a poltica da empresa, condies
operacionais, regras de mercado e at mesmo o valor agregado do equipamento.
Geralmente, a resposta ltima pergunta mencionada est disponvel no manual do fabricante, pode
estar definida em um procedimento da empresa ou at mesmo ser prescrita em alguma
regulamentao, como por exemplo, a legislao ambiental.
37
planos
3.2 Organizao
Na etapa de Organizao, a manuteno aplicar o planejamento definido, gerenciando os recursos
existentes e a indisponibilidade dos ativos, com o objetivo de responder as seguintes perguntas:
Qual atividade de manuteno ser realizada?
Onde ser realizada?
Quantas pessoas so necessrias?
Qual a qualificao requerida das pessoas envolvidas?
Qual o cronograma de execuo?
O equipamento ser indisponibilizado?
Qual impacto financeiro desta indisponibilidade?
Quais recursos materiais (ferramentas, instrumentos de ensaios, consumveis, equipamentos de
elevao) sero necessrios?
Existem procedimentos definidos para execuo das atividades da manuteno e de segurana?
essencial a implantao de um sistema de gesto que possibilite de forma eficiente a execuo da
manuteno. A padronizao dos procedimentos, dos tempos de execuo, do quantitativo e
qualificao das pessoas envolvidas so exemplos de fatores que devem ser levados em considerao
no estabelecimento deste sistema.
Uma ferramenta adotada na padronizao dos processos envolvidos na manuteno de
transformadores estabelecer nveis distintos de atividades classificados pela complexidade envolvida
na execuo. Segue abaixo a definio de quatro nveis e tabela com exemplos:
Nvel 1: Atividades de baixa complexidade em determinados componentes, sem necessidade de
desligamento do equipamento e ao nvel do solo.
38
Atividade
Nvel Atividade
Nvel
Inspeo visual
Substituio de slica.
Substituio de ventilador
Complexidade
Capacitao mnima
Tempo de experincia
Nvel 1
01 ano
Nvel 2
03 anos
Nvel 3
07 anos
Nvel 4
10 anos
39
3.3 Execuo
A execuo das atividades a etapa do ciclo de manuteno que reproduz a qualidade das etapas de
planejamento e organizao definida pela engenharia de manuteno.
O aspecto segurana do trabalho tema fundamental nesta etapa e ser amplamente abordado no
item 3.3.1.
Frequentemente, as atividades rotineiras de manuteno do transformador so realizadas pelas
equipes formadas pelos funcionrios da prpria empresa devido a confiabilidade, complexidade e
freqncia.
As tarefas que necessitam de maior especializao ou que sua freqncia de realizao no permite
uma capacitao adequada dos funcionrios prprios podem ser realizadas por empresas
terceirizadas. Com relao as tarefas de maior complexidade, como por exemplo as atividades de
nvel 4 sugeridas na tabela 3.1, existem duas vises adotadas pelas empresas:
Atividades so terceirizadas devido a sua complexidade, no sendo compensatrio o
investimento nas equipes da empresa proprietria do ativo devido a sua baixa freqncia de
realizao.
Atividades so executadas pela equipe de funcionrios internos para manter o conhecimento e
suas competncias tcnicas.
Devem tambm ser levados em considerao quando da deciso sobre a extenso da
terceirizao os aspectos econmicos, a distncia entre as instalaes, freqncia de
manutenes planejadas e o histrico de manutenes corretivas em transformadores.
40
41
Recursos Humanos
Nesta etapa importante a identificao no planejamento minimamente dos seguintes pontos:
Descrever detalhadamente as etapas da atividade a ser desenvolvida, com a responsabilidade
atribuda ao pessoal envolvido;
Descrever na APR os riscos envolvidos em cada etapa da atividade, explicitando os recursos
utilizados para a eliminao ou minimizao dos mesmos.
Execuo da atividade
O PEX / APR elaborado de forma adequada resulta em uma atividade com recursos humanos e
materiais suficientes e riscos eliminados (ou minimizados) e mantidos sobre controle durante toda a
interveno. Para isso seguem diversas recomendaes visando este objetivo:
Avaliar estado de conservao dos recursos materiais, inclusive os equipamentos de proteo
individual e coletiva. Delimitao e sinalizao da rea sob interveno, respeitando a zona de
segurana e materiais conforme estabelecido na NR-10;
Aterramentos mveis temporrios identificados em desenhos indicando os pontos de instalao
e horrios de manuseio. Inspeo nos materiais utilizados (cabos e conexes) e limpeza devem
ser considerados;
Verificao de tenso no equipamento ou circuito sob interveno, utilizando dispositivo
adequado (ex: detector de tenso);
Trabalhos em Altura, conforme estabelecido na NR-35. A filosofia bsica de trabalho que em
nenhuma etapa da atividade o pessoal envolvido acima de 02 metros de altura pode estar sem
EPI que permita sua movimentao de forma segura;
Escadas e Andaimes inspecionados e mantidos devidamente sob guarda ou transporte. Devem
ser considerados a utilizao de estais, amarrao, sapatas para andaimes, aterramentos
temporrios ou mesmo a utilizao dos mdulos isolantes de andaimes e escadas isoladas;
Trabalhos em Espaos Confinados, conforme recomendaes da NR-33 e PPSHI 31
Procedimento
Padro
de
Segurana
Higiene
Industrial.
Inspees
internas
em
42
43
Os registros devem ser mantidos de forma a possibilitar seu acesso durante toda a vida til do
equipamento visando preservar seu histrico.
O histrico de manuteno deve conter dados confiveis e atender s necessidades do Gestor da
Manuteno, tais como:
Dados de identificao do transformador (dados de placa), como por exemplo, modelo, classe
de tenso, fabricante, ano de fabricao, nmero de srie;
Local de instalao e condies ambientais;
Ensaios de aceitao em fbrica;
Eventos ocorridos durante transporte;
Ensaios de recepo/comissionamento;
Diagnsticos obtidos;
Histrico de carregamentos e sobretenses;
Reparos realizados;
Falhas e defeitos ocorridos;
Inspees realizadas;
Custos envolvidos (materiais e mo-de-obra);
Tempo de execuo da manuteno;
Condies ambientais do local durante a execuo da manuteno;
Sobressalentes;
Fotografias: O como foi encontrado e o retorno a condio de servio, fornecendo uma
referncia para trabalhos futuros;
Relatrio de problemas encontrados durante a manuteno;
Causa dos problemas encontrados;
Repotencializao.
3.5 Otimizao
As diretrizes do planejamento da manuteno, abordadas no incio deste captulo, podem ao longo do
ciclo processo da manuteno sofrer mudanas baseada nos seguintes aspectos:
Nvel do conhecimento adquirido;
A quantidade e a qualidade dos dados disponveis;
Desenvolvimento dos diagnsticos;
Monitorao dos outros mtodos de avaliao da condio.
44
Para este processo de melhoria contnua, necessria a implantao de uma sistemtica de anlise
dos dados relevantes a partir das atividades de manuteno realizadas e dos modelos de vida til dos
equipamentos. Esta anlise a base para a tomada de deciso sobre a manuteno de qualquer
equipamento em particular, assim como a base de conhecimento para a avaliao das aes
adotadas. As melhorias de mdio e longo prazo para o sistema implantado de manuteno dos
equipamentos devem ser produtos continuamente derivados de um padro estabelecido.
A Manuteno Baseada na Condio (MBC) ou a Manuteno Centrada na Confiabilidade (MCC)
exigem frequentemente diferentes estratgias de manuteno que podem variar de acordo com a
condio operacional do equipamento ou do sistema eltrico. Esta premissa exige uma avaliao
individual dos equipamentos e a implantao de uma sistemtica que permita uma classificao
indicando quais as unidades necessitam alguma ao especfica de manuteno.
Existem alguns fatores que possibilitam uma avaliao individual de um equipamento baseado em sua
condio que definem a probabilidade de uma falha e indicam a necessidade de manuteno:
Condio imediata: Resultado da manuteno atual baseado, por exemplo, em ensaios eltricos
ou anlise do lquido isolante;
Desgaste Acumulativo: Nmero de falhas diretas severas, Sobretenses, Correntes de partida,
Carga mdia, Sobrecarregamento, Envelhecimento da celulose, Condio do CDC, Qualidade do
lquido isolante;
Nmero e natureza das falhas: Modalidade e tipo da falha do equipamento, Taxa de falhas da
curva da banheira e Modos de falhas comuns para acessrios;
Nmero de falhas relacionadas ao projeto;
Tempo de operao;
Condies ambientais de operao;
Reparo: Acessibilidade para o reparo e disponibilidade de peas de reposio;
Conhecimento tcnico sobre o equipamento.
Para possibilitar uma otimizao adequada ao processo de manuteno necessria a implantao
de um sistema de gesto da manuteno capaz de armazenar os dados da vida til dos
equipamentos, incluindo eventos como indisponibilidades e falhas, resultados de diagnsticos e
registros conclusivos de manuteno. importante a adoo de ferramentas estatsticas que
possibilitem para selecionar registros de acordo, por exemplo, com o tipo, idade ou projeto do
equipamento. Os resultados de revises estatsticas podem ser usados para ajustar seletivamente
as regras e as diretrizes da manuteno para um equipamento especfico ou um conjunto.
45
Manutenes nestes equipamentos envolvem tempos e custos considerveis, que passam pelas
etapas de planejamento, contratao, fornecimento de materiais, reparo e testes.
Os conhecimentos envolvidos com a manuteno desses equipamentos podem ser considerados como
estratgicos, estando normalmente ligados misso das empresas de energia. Esses conhecimentos,
devido ao seu alinhamento com os objetivos estratgicos, constituem fatores crticos de sucesso do
negcio, e devem ser preservados e gerenciados como ativos da empresa, sendo que o
gerenciamento do conhecimento consolidar-se- como um sistema de apoio deciso.
De acordo com Davenport, De Long e Beers, conhecimento informao combinada com
experincia, contexto, interpretao e reflexo. uma forma de informao altamente valorizada, que
est pronta para ser aplicada em decises e aes. s vezes, conhecimento e informao so difceis
de distinguir um do outro, mas ambos so mais valorosos e tem uma participao humana maior do
que dados brutos de sistemas computacionais.
O conhecimento pode ser tcito ou explcito. O conhecimento tcito aquele que se refere ao
conhecimento pessoal como experincias, habilidade pessoal, conhecimento implcito, conhecimento
no compartilhado, de maneira geral, podemos dizer que o conhecimento que est na cabea das
pessoas. J o conhecimento explcito aquele que est em manuais, instrues, planilhas, intranet,
apostilas, sequncias de fotos, filmes.
Grande parte do trabalho da Gesto do Conhecimento implica em converter conhecimento tcito em
explcito.
Essa situao frequentemente tem a colaborao de pessoas que podem resistir a compartilhar seu
conhecimento. Converter conhecimento tcito em explicito, pode-se dizer que significa o trabalho
conjunto entre profissionais de diferentes maturidades, como por exemplo a convivncia de um snior
com um jnior.
Como exemplo no caso de transformadores, o gerenciamento da gesto do conhecimento deve ser
aplicado para se decidir em fazer reparos mais complexos ou mesmo uma manuteno corretiva ou
preventiva no campo, aproveitando a oportunidade para aprender e treinar as pessoas, registrando as
etapas para divulgar os conhecimentos envolvidos nessa atividade.
46
4. COMPONENTES DE UM TRANSFORMADOR
4.1 Buchas
As buchas fazem parte do sistema de conexo entre o transformador e o sistema eltrico em que o
equipamento est conectado. Tem fundamental importncia nas polticas de manuteno adotadas
pelas empresas para transformadores, pois falhas neste componente geralmente so seguidas de
consequncias, como incndio e exploso, que comprometem completamente a integridade do
transformador.
Existem buchas antigas que no possuem camadas capacitivas, geralmente restritas a aplicao at
230kV.
Algumas buchas condensivas, geralmente com corpo condensivo denominado de Resin Bonded
Paper (RBP), no possuem tap capacitivo de medio, neste caso a ltima camada conectada
diretamente ao flange metlico da bucha. Para a realizao de ensaios neste tipo de bucha,
necessria a instalao de um material isolante entre o flange de fixao da bucha e o tanque do
transformador, utilizando o prprio flange como eletrodo de medio. Em operao, ambos so
interligados.
47
48
As buchas de resina Epoxy j so aplicadas em tenses superiores a 160kV, onde tanto a isolao do
ncleo como a carcaa externa so feitas exclusivamente de resina Epoxy.
Buchas com caractersticas especiais so frequentemente usadas para conectar a sada do gerador
aos enrolamentos primrios dos transformadores, j que normalmente operam com altas correntes,
na ordem de dezenas de kA e tenses inferiores a 30kV. Tais buchas devem suportar elevados
esforos dinmicos resultantes das altas correntes de curto-circuito.
As buchas de neutro so usualmente de baixa tenso, tipo porcelana-haste, ou tipo seca. Em
condies normais de operao, no existe a expectativa de surgimento de tenses significativas.
49
Bottom Connected
Buchas com conexo fixa no terminal inferior so normalmente aplicadas para conduo de correntes
elevadas, acima de 2000 A, as buchas devem ter a seo do condutor central robusta, porque no
condutor central que realizada a conexo direta parte inferior da bucha.
Conexo direta com a Barra (Subestao SF6)
Em subestaes isoladas a gs possvel conectar o transformador diretamente barra de
transmisso isolada a gs usando bucha leo/gs SF6. Estas buchas podem ser de papel impregnado
de leo (OIP) ou resina Epoxy (RIP).
52
leo
Tanque
principal
Buchholz
Cilindro
Auxiliar
Figura 4.4 Sistema de preservao do leo utilizando um cilindro externo auxiliar com bolsa interna.
Ar
(acima do Diafragma)
Ar
leo
Secador
de ar
Secador
de ar
leo
Tanque
principal
Tanque
principal
Buchholz
Buchholz
Figura 4.4 Sistema de preservao de leo isolante utilizando Membrana (Diafragma) ou Bolsa (Bexiga)
interno ao conservador.
Nos projetos atuais, este tipo de sistema de preservao usado tipicamente para os transformadores
menores cujas exigncias mnimas e mximas de nvel de leo podem ser previstas.
usual em transformadores com tanque selado, o preenchimento com nitrognio seco, possuindo
controlador de presso e vlvula de enchimento.
Nitrognio
leo
Ar
leo
Secador
de ar
Tanque
principal
Buchholz
Figura 4.7 Sistema de preservao utilizando respirao livre, atravs de material secante.
54
55
4.3.1 Radiador
Os tipos mais comuns so constitudos por aletas compostas por duas chapas estampadas formando
os canais de resfriamento e unidas por solda, como mostra a figura 4.8. Existem tambm radiadores
formados por tubos, como mostra a figura 4.9.
Os radiadores so fixados diretamente ao tanque do transformador ou em baterias ligadas por
tubulao.
Figura 4.8 Radiador constitudo por aletas compostas por duas chapas estampadas
formando os canais de resfriamento e unidas por solda.
O seu funcionamento baseia-se no princpio da conveco, onde o lquido isolante quente circula no
interior do radiador, onde ser resfriado pelo ar ambiente e retornar ao tanque principal do
equipamento.
Dependendo do projeto do equipamento, os radiadores funcionam associados com moto ventiladores
que produziro fluxo de ar forado e bombas de leo para produzir fluxo forado, com o objetivo de
aumentar a eficincia do processo de transferncia trmica.
56
57
Esse
58
Entrada
do leo
Espelhos
Entrada
do Fludo
Sada
do leo
Sada
do Fludo
Entrada
do leo
Entrada
do Fludo
Espelhos
Sada
do leo
Sada
do Fludo
59
60
Figura 4.14 Bomba Axial de rotor helicoidal (esquerda) e rotor centrfugo (direita) com rolamentos
4.3.4 Ventiladores
Os ventiladores utilizados em transformadores so do tipo axial, uma vez que os radiadores oferecem
baixa resistncia a passagem do ar.
So compostos de uma hlice acoplada diretamente ao eixo de um motor, montados em uma
estrutura cilndrica que tambm servir para sua fixao aos radiadores, conforme mostra a figura
4.15 juntamente com grades de proteo na entrada e sada do ar.
61
Quanto a sua instalao podem ser fixados nas laterais dos radiadores, com fluxo de ar na horizontal,
ou sob os mesmos, com fluxo de ar na vertical. Nesse caso, conveniente que os radiadores estejam
a uma distncia do solo suficiente para que os ventiladores no aspirem materiais que possam
comprometer o funcionamento e a vida til dos equipamentos.
Alguns aspectos construtivos dos ventiladores so descritos a seguir:
As hlices podem ser fabricadas em alumnio, em plstico, ao carbono ou ainda com a
combinao desses materiais;
A estrutura de fixao de seus componentes pode ser de ao carbono ou ao inoxidvel, bem
como as grades de proteo;
Para casos onde os ventiladores operam em ambientes expostos a intempries, necessria a
aplicao de proteo especfica, como por exemplo, galvanizao a fogo para estruturas e
grades metlicas ou adio de materiais resistentes aos raios solares para os plsticos.
Medidas de manuteno preventiva para os ventiladores devem ser adotadas com o objetivo de
prolongar sua vida til:
Verificao sistemtica do desgaste dos rolamentos e problemas de desbalanceamento das
hlices;
Verificao da estanqueidade do motor devido a penetrao de umidade e sujeira;
Inspeo visual com a finalidade de evitar o acmulo de umidade e sujeira na estrutura
cilndrica, nas grades de proteo e nas hlices;
Acompanhamento da corrente de partida e em regime de operao do motor.
62
4.4 Vedaes
As vedaes tm como funo prover a estanqueidade do equipamento em todas as aberturas (para
acesso de pessoas ou conexo de componentes), evitando contato do interior do equipamento com
umidade e oxignio, prolongando sua vida til.
Uma vedao ideal deve ser compatvel com o equipamento considerando aspectos como o lquido
isolante adotado e as variaes de temperatura operacional e ambiental.
Existem 02 (duas) formas bsicas de vedaes adotadas em projetos de transformadores:
Anel de vedao (O-ring);
Juntas Planas.
Os materiais utilizados na produo de vedaes so basicamente os seguintes:
Elastmero
Alguns tipos de elastmeros utilizados na vedao de transformadores so listados a seguir:
Borracha de Policloropreno (CR) - Possui baixa compatibilidade com o leo naftnico e
utilizao em temperatura de operao entre -30C 120C. Encontrada em equipamentos
antigos e em desuso em projetos novos;
Borracha Nitrlica (NBR) - Possui grande utilizao em equipamentos com isolao a base de
leo naftnico devido sua adequada compatibilidade com este isolante. Utilizao em
temperatura de operao entre -30C 120C;
Fluoroelastmero (FKM) - Utilizada na fabricao de anis de vedao (o-rings). Possui
adequada compatibilidade ao leo naftnico e faixa de temperatura de operao mais larga que
os anteriores, entre -30C 180C;
Fluorosilicone - Possui adequada compatibilidade ao leo naftnico e faixa de temperatura de
operao, entre -60C 180C.
Papelo Hidrulico
Adequado do ponto de vista de resistncia qumica para contato com leo naftnico e
temperatura;
Exige um melhor nvel de acabamento superficial (e com maior custo) quando comparado com
os elastmeros;
Composio utiliza fibra de amianto como base, material nocivo a sade humana. Existe
composio de papelo que utiliza elastmero, substituindo o amianto.
63
PTFE (Politetrafluoretileno)
Material com alta resistncia mecnica a deformao, estabilidade ao contato com leo naftnico e
adequado a faixa de temperatura operacional dos transformadores, entre -210C 260C.
64
65
66
67
68
69
No projetado para atuao com a movimentao normal do leo provocada por dilataes e
contraes trmicas, por efeito eletrodinmico das bobinas e pelo fluxo reverso (deslocamento do
leo do conservador para o tanque), porm em transformadores com bombas de circulao forada
de leo, que eventualmente possam provocar pico de velocidade no deslocamento do leo, durante o
seu ciclo de partida ou parada, uma regulagem especial deve ser efetuada na fbrica, para que o rel
no atue indevidamente nestas situaes.
Os Rels Buchholz que possuem contatos de mercrio (substncia txica e nociva ao meio ambiente)
so suscetveis a alarmes e atuaes indevidas causadas por vibraes. Existem rels com contatos do
tipo magntico (reed switch) acionados por ims permanentes e resistentes a vibrao, abalo ssmico
e choque.
O rel dispe de um registro para desaerao e coleta de gs. Pode ser equipado com uma tubulao
fina do registro do Rel Detector de Gs tipo Buchholz at um receptor de gs ao nvel do solo, sendo
possvel tirar amostras sem a necessidade de desligamento do transformador. Possui um dispositivo
de teste manual para acionamento dos contatos de alarme e de desligamento, que tambm pode ser
usado para travar o mecanismo interno mvel do rel durante o transporte.
Para atendimento a norma brasileira ABNT NBR 12456, os rels podem ser fornecidos com uma
blindagem magntica que garante a sua imunidade contra efeitos externos de campos magnticos.
No momento da especificao do Rel Detector de Gs tipo Buchholz deve ser considerado: Dimetro
interno e externo das tubulaes; furao dos flanges; distancia entre faces; tipo de vedao;
material da bia, nmero e calibrao dos contatos.
70
71
72
73
74
(a)
(b)
No comutador de derivaes em carga tipo resistivo, o nmero de operaes por hora limitado pela
dissipao de calor no leo pela resistncia de transio (tipicamente 150 operaes por hora).
75
5
4
1
3
IEC 1390/04
76
5
4
2
IEC 1391/04
6
IEC 1392/04
77
78
5
IEC 1393/04
5
IEC 1394/04
79
80
81
82
83
84
85
(a)
(b)
Figura 4.34 Ncleos do shell-type ou ncleo envolvido (a) e core-type ou ncleo envolvente (b).
4.11.2 Enrolamentos
Usualmente os enrolamentos so constitudos por condutores de cobre envolvidos por material
isolante, sendo que o material isolante mais utilizado o papel kraft. Os enrolamentos normalmente
so apoiados em discos isolantes de papelo e separados entre si por cilindros do mesmo material. Os
enrolamentos so bobinados em cilindros concntricos, que so montados em colunas do ncleo
durante a etapa de ligao da parte ativa. H casos em que o isolamento composto de verniz ou
outro material sinttico.
Disposio do enrolamento
Os transformadores podem possuir vrios enrolamentos, porm mais comumente possuem dois
(primrio e secundrio) ou trs (primrio, secundrio e tercirio), alm destes, quando o
transformador for regulador, haver o enrolamento de regulao. Cada enrolamento caracterizado
pelos seguintes parmetros: tipo construtivo, nmero de espiras, tamanho e formas dos condutores,
da isolao dos condutores, tubos de refrigerao, dos cilindros de isolamento e de barreiras de
isolamento. As bobinas concntricas so enroladas tipicamente sobre os cilindros com os espaadores
em sua superfcie para formar dutos entre os condutores e o cilindro. O fluxo do lquido atravs dos
enrolamentos pode ser baseado apenas na conveco natural ou ser parcialmente direcionado atravs
do uso de guias de leo estrategicamente localizadas no enrolamento.
86
87
88
(a)
(b)
(c)
(d)
Figura 4.36 Materiais isolante utilizados na fabricao de transfomraodres: Presspan (a), Permawood
(b), Papel termoestabilizado (c) e Pastilhas de cermica (d).
89
90
5. AES DE MANUTENO
91
92
IA (R1min / R30s)
IP (R10min/R1min)
Condio da Isolao
<1
<1
Ruim
1 1,4
1-2
Duvidoso
1,4 1,6
2-4
Aceitvel
> 1,6
>4
Boa
93
Um valor ruim no fator de potncia do isolamento pode ocorrer devido ao envelhecimento natural da
isolao, que pode ser por efeito trmico ou por contaminaes tais como umidade e partculas. Estes
fatores tambm influenciam na capacitncia do isolamento do transformador.
Qualquer variao na capacitncia do sistema de isolamento resulta em mudanas significativas do
ngulo de fase. Na manuteno peridica pode ser utilizado esse teste como uma ferramenta de
avaliao do estado do isolamento do equipamento. Caso haja aumento do fator de potncia ao longo
do tempo em relao a um nvel normal, h indicio de provvel contaminao do leo isolante ou
defeito em evoluo que deve ser investigado.
94
95
96
Descargas Internas
As descargas internas ocorrem nos espaos, geralmente vazios preenchidos com gs, presentes nos
materiais slidos e lquidos usados em sistemas de isolamento. As descargas em isolamentos slidos
podem ocorrer em cavidades capilares de gs em vazios ou trincas. Tambm podem se estabelecer
em defeitos da estrutura molecular. Nos isolantes lquidos, as descargas parciais podem ocorrer em
bolhas de gs devido a fenmenos trmicos e eltricos e em vapores de gua criados em regies de
alta intensidade de campo eltrico.
Um tipo particular de descargas internas so as descargas que ocorrem em arborescncias eltricas. A
arborescncia (treeing) eltrica um fenmeno de pr-ruptura que ocorre no interior da isolao de
equipamentos eltricos, tais como cabos de potncia isolados, tendo sua origem devido ocorrncia
contnua de descargas parciais internas em vazios ou a partir de uma falha no eletrodo. A figura 5.5
mostra fotografias de descargas parciais tpicas.
(a) Streamer no ar; (b) Descarga guia no leo; (c) Arborescncia (treeing) eltrica.
Figura 5.5 Fotografias de descargas parciais tpicas
97
PD
A figura 5.7 apresenta uma viso ilustrativa de um sinal de descargas parciais dentro da unidade do
sistema, desde a converso Analgica/Digital do sinal at a extrao dos parmetros do pulso em um
sistema de 3 canais.
98
Cada um desses diagramas separa diferentes origens de tipos de pulsos em agrupamentos. Alm
disso, cada agrupamento selecionvel para exibir de volta na configurao PRPD, apresentando uma
nica origem de descargas parciais para observar.
Referncia Bibliogrfica:
Paulino, M. E. C., Estado da Arte da Medio com Mltiplos Canais Sincronizados para
Avaliao de Descargas Parciais in Proc. 2010 IEEE Power Engineering Society Transmission
and Distribution Conf., So Paulo, SP, Brazil, 2010.
Medio de descargas parciais utilizando-se o mtodo acstico
A medida da descarga parcial atravs do mtodo acstico associa o fato de que um sinal acstico
emitido pela atividade de Descarga Parcial (DP) em consequncia das flutuaes de presso causadas
pelas descargas eltricas. Por causa da curta durao dos impulsos de DP, as ondas de compresso
resultantes tm frequncias que variam at a faixa de ultra-sons. O espectro da frequncia encontrase na escala entre diversos Hz e centenas de kHz.
Este mtodo tem uma sensibilidade limitada s falhas de DP nos enrolamentos internos, e sensvel ao
rudo que no gerado pela DP interna. Para melhorar a sensibilidade, este mtodo pode ser
combinado com o mtodo de Medio de Descargas Parciais utilizando-se Sistemas Digitais de
Medio ou com o mtodo de Medio de Descargas Parciais utilizando-se Ultra Alta Frequncia. Os
sinais eltricos podem ser usados para provocar o registro de sinais acsticos. A utilizao de filtros
reduz a influncia de rudos indesejveis.
Nos transformadores, as ondas mecnicas geradas pela DP se propagam atravs do leo, atingindo as
paredes do tanque internamente. Do lado externo do tanque so instalados sensores piezoeltricos
para a deteco dos sinais acsticos gerados. Usando tcnicas de trigonometria, a fonte da emisso
acstica pode ser localizada.
Os sensores possuem diversas caractersticas que necessitam de uma correta especificao, sendo
elas:
Nmero de sensores por transformador: o nmero de sensores necessrios para a deteco de
falhas internas em transformadores varia de acordo com o tamanho do transformador,
quantidade de canais disponveis e tipo de falha a se detectar. Para a localizao mais
aproximada de falhas necessrio um nmero maior de sensores, de forma que o maior
volume possvel do transformador possa ser monitorado;
Pr-Amplificao: este item de suma importncia, pois apenas os sinais acsticos amplificados
so enviados ao hardware de aquisio, eliminando-se os rudos;
Frequncia de operao: fortemente dependente do tipo de falha que se deseja monitorar,
visto que as falhas mecnicas esto associadas s frequncias que variam entre 20 kHz e 50
kHz, ao passo que as falhas eltricas variam entre 70 kHz e 200 kHz;
Frequncia de ressonncia: este parmetro especifica a frequncia onde o ganho de sinal
99
mximo. Para um mximo desempenho necessrio que o sensor possua uma frequncia de
ressonncia em sintonia com o fenmeno que se deseja monitorar. Os sensores mais comuns
possuem frequncia de ressonncia de 150 kHz
Referncia Bibliogrfica:
Gonzales, Carlos Guilherme, Silva, Ivan Nunes da, Sistema especialista inteligente para
diagnstico de defeitos eltricos internos em transformadores de transmisso utilizando sinais
de emisso acstica e anlise de gases - XXI SNPTEE Seminrio Nacional de Produo e
Transmisso de Energia Eltrica, Florianpolis, SC, Brasil, 2011.
Medio de descargas parciais utilizando-se ultra alta frequncia (UHF)
Este mtodo de medio baseia-se no fato de que as Descargas Parciais no leo so processos
eltricos muito rpidos e irradiam ondas eletromagnticas com frequncias de altssimo alcance (3003000 MHz). Ondas eletromagnticas so detectveis com sensibilidade de sondas UHF (figura 5.8).
As sondas podem ser inseridas no transformador atravs de suas vlvulas de enchimento ou janelas
de inspeo.
A dissociao dos sinais de Descargas Parciais utilizando-se o mtodo UHF, a partir do interior do
tanque de um transformador de potncia requer que os sensores sejam sensveis aos sinais de UHF.
Os sinais de UHF tm muito menos sensibilidade do que os sinais acsticos, portanto pode ser
vantajoso combinar os dois mtodos. Calculando a mdia dos sinais acsticos e sincronizando aos
impulsos de chegada de UHF, a influncia do rudo acstico pode ser reduzida.
A provvel localizao de DP conseguida utilizando-se os tempos de curso do sinal acstico
combinado com a forma de onda e do tempo de chegada do sinal de UHF.
Combinando o mtodo UHF com sensor acstico, instrumentao e processamento de dados
adequados, so apresentadas uma srie de vantagens, tais como:
Distino mais fcil entre os sinais internos e externos de DP (efeito do tanque do
transformador atuando como "gaiola de Faraday / blindagem" para a deteco de UHF);
Controle do diagnstico com um maior entendimento do processo atravs da comparao com
resultados obtidos em medies baseadas na norma IEC 60270;
Localizao geomtrica da DP (ou por uma combinao de UHF e mtodo acstico ou a
aplicao exclusiva de um dos mtodos, dependendo dos transformadores sob teste);
A dissociao dos sinais de UHF como medio alternativa de DP, pois no leo so processos
eltricos muito rpidos e irradiam ondas eletromagnticas com frequncias de altssimo alcance
(300-3000 MHz).
100
Em comparao com o mtodo da IEC 60270 apresenta a vantagem de utilizar a faixa de frequncia
UHF para a dissociao entre os sinais de DP, e possibilitar a aplicao do mtodo em
transformadores com buchas sem tap capacitivo.
Referncia Bibliogrfica:
Sensitivity of UHF PD Measurements in Power Transformers - S. Coenen, S. Tenbohlen ,
Universtit Stuttgart, Pfaffenwaldring 47, 70569 Stuttgart, Germany and S.M. Markalous, T.
Strehl LDIC Diagnostic GmbH Zschoner Ring 9, 01723 Kesselsdorf, Germany.
101
comparao entre fases possvel em transformadores trifsicos, desde que somente uma das trs
fases do transformador esteja danificada. Devido a diferenas na indutncia de magnetizao entre as
fases, podero existir diferenas entre diagramas de RF nas baixas frequncias. Em mdias e altas
frequncias, os resultados geralmente so bastante coerentes.
A figura 5.9 ilustra uma medio real de RF para as trs fases em um transformador trifsico de 41
MVA, 138-13.8 kV conexo Y/D.
Como pode ser observado, existem pequenas diferenas nas mdias e altas frequncias e diferenas
significativas nas baixas frequncias, portanto, estas diferenas devem ser consideradas na anlise da
resposta em frequncia entre fases. Para alguns transformadores, anlises realizadas entre fases
podem no fornecer resultados muito satisfatrios, devido ou a diferenas na configurao das
ligaes no ensaio ou devido aos espaos externos ao enrolamento (RYDER, 2003).
Existem duas abordagens para injetar o sinal de excitao necessrio para realizar a Anlise da
Resposta em Frequncia, o Mtodo da Resposta ao Impulso (IRM) e o Mtodo da Resposta de
Varredura em Frequncias (SFRA) (RYDER, 2001; TENBOHLEN; RYDER, 2003).
Informaes complementares so encontradas na brochura tcnica CIGR 342 Mechanical Condition
Assessment of Transformer Windings Using Frequency Response Analysis (FRA), Working Group
A2.26
102
103
O diagrama equivalente da funo de transferncia pode ser visto na figura 5.12, em que Rac(f) a
parcela resistiva dependente da frequncia.
104
R=
Pw
= Rdc + Rac
2
I max
Rac
Rdc
Frequncia [Hz]
105
106
107
RIP
OIP
RBP
Frequncia
Novo
Usado
novo
usado
novo
usado
15 Hz
< 0,6%
< 0,7 %
< 0,5 %
< 0,7 %
< 0,7 %
< 1,5 %
50/60 Hz
< 0,5 %
< 0,5 %
< 0,4 %
< 0,5 %
< 0,6%
< 1,0 %
400 Hz
< 0,6%
< 0,7 %
< 0,5 %
< 0,7 %
< 0,7 %
< 1,5 %
Referncia Bibliogrfica:
Paulino, M.E.C Avaliao do Isolamento em Transformadores de Potncia com Testes Eltricos
Avanados.
108
carga positiva. Esta molcula com uma carga positiva de um lado, e negativa de outro considerada
um dipolo.
Para um dipolo que exposto a um campo eltrico constante, as cargas negativas sero atradas pelo
eletrodo positivo e vice-versa, assim sobre condies eltricas e geomtricas, o dipolo apresenta
tendncia a orientar-se na direo do campo eltrico.
O processo de orientao requer algum tempo, que influenciado por 2 fatores relacionados com o
nvel de energia da prpria molcula e a quantidade de energia que pode ser transportada em um
dado tempo.
Finalmente o dipolo depois de completada a orientao no campo, tem armazenada a energia
necessria que precisa para esse processo. Quando retirado o campo eltrico, a molcula retorna
sua posio, porem com menor nvel de energia armazenada.
O efeito de polarizao segue uma funo exponencial e apresenta saturao aps todos os dipolos
terem completado a orientao no campo eltrico.
O processo de polarizao papel-leo no composto por um nico dipolo, mas por um grande
nmero, e com diferentes comportamentos de polarizao.
O Mtodo da Tenso de Retorno fornece um espectro obtido por ciclos, consistindo de 3 passos e por
um perodo de relaxao:
A aplicao de uma tenso DC por um tempo de carga (tC);
Curto circuito em um tempo de descarga (tD), na razo da metade do tempo de carga. Esta
etapa remove a polarizao da isolao para que se possa obter a energia armazenada nos
dipolos;
Posteriormente os terminais so abertos e medida a tenso, obtendo-se ento um valor de
tenso de retorno (UR) para um dado tempo de carga (tC).
109
Ui
Ti = Ri Ci
Cg
Rg
UC
Ui
TC
Td
Ui
Ui
Ur
Ti = Ri Ci
Cg
Rg
Ui
TC
Ur
Td
Tr max
U max
tc( Norm.20o )
Figura 5.21 Espectro de Polarizao Tpico
110
Podemos ento relacionar o teor de umidade da isolao, com a constante de tempo tC, sendo que
quanto menor o teor de umidade da isolao, menor o tempo de aplicao de carga, para que se
atinja o valor mximo de tenso de retorno URmax.
A influncia da temperatura da isolao um parmetro importante para o ensaio, assim o valor da
temperatura deve ser confivel.
Aps o ensaio, os dados so inseridos no software de interpretao que normalizar a curva para
20C.
A obteno do teor de umidade contida na isolao slida a partir dos valores de URmax e da
temperatura da isolao requer a obteno de um fator de correlao, obtido empiricamente.
111
112
Figura 5.23 Exemplo de Sistema de ensaios de tenso induzida utilizando eletrnica de potencia,
e sistema de medio de DP com acoplamento no tap capacitivo da bucha.
Execuo do ensaio
No caso de transformadores novos a norma ABNT NBR 5356-3, recomenda que uma tenso alternada
deve ser aplicada aos terminais de um enrolamento de menor tenso do transformador, sendo que a
forma de onda deve ser a mais senoidal possvel e sua frequncia conforme descrito anteriormente.
Deve ser medido o valor de crista da tenso induzida e este valor dividido por 2, devendo ser igual a
tenso de ensaio. Normalmente a medio da tenso realizada atravs de voltmetro de pico.
A menos que de outra forma especificada, a durao do ensaio com a tenso especificada deve ser de
60 s para qualquer frequncia at duas vezes a frequncia nominal, inclusive.
Se a frequncia de ensaio for maior do que duas vezes a frequncia nominal, a durao do ensaio
deve ser:
t (s) = 120 x
frequncia nominal
frequncia de ensaio
(mas no inferior a 15 s)
Os transformadores novos devem suportar o ensaio de tenso induzida, sem que se produzam
descargas disruptivas e sem que haja evidncia de falha.
Deve ser feita sempre a medio de descargas parciais durante toda a durao do ensaio, pois uma
ferramenta valiosa, uma vez que seu aparecimento pode indicar uma deficincia no isolamento antes
que ocorra a ruptura, e caso no seja detectado, indica que o transformador est garantido para uma
operao livre de descargas parciais em condies normais de operao.
113
Para os transformadores usados, os valores de tenso devero ser reduzidos, bem como o tempo de
energizao dever ser avaliado em funo da anomalia detectada.
Recomenda-se este ensaio para as seguintes condies:
Transformadores novos, em que aps o transporte houve a indicao de solavancos superiores
aos recomendados, ou alterao no ensaio de resposta de frequncia;
Transformadores usados que passaram por algum reparo de alta complexidade em campo;
Transformadores usados aps serem submetidos a esforos severos em operao, ou seja,
curto circuito em que haja indicativo de possvel avaria interna, no detectvel atravs de
ensaios operacionais de rotina;
Transformadores que por atuao de suas protees, mesmo aps os ensaios de rotina
convencionais, ainda so suspeitos e devero ser avaliados para complementao e liberao
para operao ou interveno interna.
Antes de realizar este ensaio o transformador deve ser submetido aos ensaios operacionais
rotineiros, tendo sido aprovado em todos.
Transformadores novos ou em garantia (ABNT NBR 5356-3)
Ligar o transformador a uma tenso de no mximo 50% da sua tenso nominal.
Elevar a tenso para o valor de 110% da nominal durante 5 minutos, executando as medies de
descarga parciais. Os valores de descarga detectados devem ser menores que 100 pC.
Se o transformador no apresentar indcios de descarga, elevar a tenso para 150% da sua nominal
durante 5 minutos, e executar as medies de descargas parciais. Os valores detectados tem que ser
menores que 500 pC.
Caso o transformador no apresente indcios de descarga, deve-se elevar a tenso para 170% da
nominal durante 7200 ciclos, desde que represente mais de 15 segundos. Em seguida retornar a
150% da tenso nominal, e nessa tenso manter por 60 minutos, caso a tenso nominal do
transformador seja maior que 300 KV, caso seja menor, aplicar somente por 30 minutos.
Executar as medies de descargas parciais somente a 150% da tenso nominal.
Caso no apresente indcios de descarga, deve se reduzir a tenso para 110% da nominal do
transformador e manter por 5 minutos, executar as medies de descargas parciais. No detectando
nenhuma anormalidade reduzir para 50% da tenso nominal encerrando assim o ensaio.
115
116
A anlise destes gases permite identificar a ocorrncia de defeitos ou falhas evolutivas associadas aos
materiais dieltricos utilizados na construo dos transformadores.
117
ressalva-se que alguns fabricantes usam leo sintticos, cuja analisa cromatogrfica no vlida.
Segundo a NBR 7070:2006 que indica o mtodo para amostragem de leo isolante de um
equipamento eltrico. Para anlise cromatogrfica recomendado a seringa de vidro de 20 a 50 ml
com torneira de 03 vias. A conexo entre a seringa e o registro de amostragem deve ser feita
utilizando um tubo impermevel resistente ao leo, e ser o mais curto possvel. A seringa limpa e seca
deve ser acondicionada em uma embalagem protetora para transporte, juntamente com etiqueta de
identificao detalhada da amostra e dados sobre o equipamento de origem.
recomendado que o tempo entre a coleta da amostra e a sua anlise no seja superior a duas
semanas, devido a baixa solubilidade do hidrognio. Perodos mais dilatados podero ocasionar erros
nos resultados das anlises, pois apesar da seringa apresentar uma boa vedao com perdas menores
que 2,5% de Hidrognio (H2) por semana, por este o gs ser menos solvel, rapidamente se
difundir.
Em situao de coleta de leo aps atuao de proteo intrnseca do transformador, recomenda-se
que seja realizada no mnimo 3h aps a atuao da proteo, dependendo do tipo de circulao do
leo isolante adotado no transformador.
118
10 % entre laboratrios diferentes. Esporadicamente deve ser realizada uma verificao entre
laboratrios das empresas que prestam este tipo de servio, onde so trocadas amostras de leo
entre estes laboratrios a fim de verificar a reprodutibilidade dos resultados obtidos para a mesma
amostra por laboratrios diferentes.
No Brasil, esta inter-comparao entre laboratrios executada pelo Grupo de Trabalho GT D1.01
Lquidos Isolante, do Comit de Estudos de Materiais e Tecnologias, do Cigr Brasil.
Os gases combustveis analisados so os seguintes: monxido de carbono (CO), hidrognio (H2),
metano (CH4), etileno (C2H4), etano (C2H6) e acetileno (C2H2), e os gases no combustveis: oxignio
(O2), nitrognio (N2), dixido de carbono (CO2 ).
119
um
programa
de
amostragem
aplicado
especificamente
ao
equipamento
em
acompanhamento.
120
temperatura, Falha trmica da temperatura media, Falha trmica da alta temperatura, Descargas da
baixa energia, Descargas de alta energia, Descarga parcial, Centelhamento.
Como exemplo, mencionamos a aplicao da NBR 7274:2011.
Esta norma descreve como a concentrao de gases livres ou dissolvidos pode ser interpretada para
diagnosticar as condies de equipamentos eltricos em servio e sugerir aes futuras.
Na pgina 11 da norma 72744:2011, apresentada uma tabela identificada como Tabela de
interpretao de anlise de gases dissolvidos, copiada na tabela 5.2 , onde possvel estabelecer
uma falha caracterstica a partir dos resultados do leo obtido no ensaio de DGA.
TABELA 5.3: Tabela de interpretao de anlise de gases dissolvidos, NBR7274:2011, pgina 11
Caso
Falha caracterstica
C2H2/C2H4
CH4/H2
C2H4/C2H6
NS
< 0,1
< 0,2
0 0,6
0,1 1
<1
>1
0,1 0,5
>1
06 2,5
0,1 1
>2
DP
Descargas parciais
C1
Centelhamento
D1
D2
T1
< 0,01
>1
<1
T2
< 0,1
>1
14
T3
< 0,2*
>1
>4
NOTA 1 As relaes acima so significativas e convm que sejam calculadas se pelo menos um dos gases est presente em
concentrao e taxa de evoluo acima dos valores tpicos de um mesmo projeto ou se apresentem acima das concentraes
de nvel mdio.
NOTA 2 O padro de decomposio de gases similar s descargas parciais tem sido reportada como um resultado de
decomposio de um fino filme d eleo entre lminas sobreaquecidas do ncleo na temperatura de 140C e acima.
NOTA 3 Alm da caracterizao da falha convm que seja considerada a concentrao total de gases combustveis, bem
como as taxas de evoluo de cada gs. Os valores e critrios destas concentraes, recomendados para uma melhor
avaliao da situao do equipamento so os seguintes:
0 400 ppm
Referncias Bibliogrficas:
Milton Binda e Jos Carlos de C. Brando, Anlise Cromatogrfica de Gases Dissolvidos no leo
Isolante para Monitorar a Operao de Equipamentos, Furnas Centrais Eltricas S.A., artigo
publicado no 19o Encontro Tcnico do GTMS (Grupo de Trabalho de Manuteno de
Subestaes), Campinas, SP, Agosto de 1988;
NBR 7274, Interpretao da Anlise dos Gases de Transformadores em Servio, ABNT
(Associao Brasileira de Normas Tcnicas);
121
123
deve ser feito pela anlise rotineira no laboratrio e pela inspeo visual para sinais de gua livre.
O monitoramento desse parmetro feito atravs do ensaio de rigidez dieltrica e pode ser analisado
tambm atravs de inspeo visual e do ensaio do contedo de partculas.
Uma falha eltrica ou a formao de arco no leo produzem gases e produtos tais como carbono e
partculas metlicas. Nesse caso a degradao do leo tambm leva a uma oxidao acelerada e
aumento da acidez. Este tipo de degradao ocorre no comutador sob carga (OLTC).
Ensaios do leo
Os ensaios para o leo em servio podem ser divididos em trs grupos:
Grupo 1: Ensaios mnimos para monitorar a condio do leo, visando assegurar que o
equipamento esteja apropriado para operao.
Grupo 2: Ensaios adicionais para obter informaes especficas sobre a condio do leo,
auxiliando na avaliao complementar para operao.
Grupo 3: Ensaios para determinar a conformidade do leo, assegurando o cumprimento de
requisitos especificados das normas e especificaes tcnicas.
Os resultados das anlises para o Grupo 1 no devem exceder os limites recomendados. Os
resultados do Grupo 2 indicam tendncias que devem ser acompanhadas.
Observao: Os valores recomendados para os ensaios de Acidez, Teor de gua, Rigidez Dieltrica,
Fator de Potncia/Dissipao, Tenso Interfacial, Ponto de Fulgor e Quantidade de Partculas constam
da norma ABNT NBR 10576 leo mineral isolante de equipamentos eltricos Diretrizes para
superviso e manuteno, que deve ser consultada para detalhes adicionais.
Os valores limites para os ensaios de Estabilidade a Oxidao, Ponto de Fluidez, Densidade e
Viscosidade esto especificados para leo mineral isolante novo, no Regulamento Tcnico ANP N
4/2008, da Resoluo ANP N 36, bem como suas revises, da Agncia Nacional do Petrleo.
124
O nvel da acidez um indicador para determinar quando o leo deve ser substitudo ou regenerado.
Quando a acidez alcanar 0,1 mg de KOH/g de leo h riscos de incio de processo de gerao de
Descargas Parciais na isolao, por isso o ensaio de tenso interfacial um melhor indicador, pois
fornece um alerta mais antecipado. O valor de referncia para leo novo <0,03 mgKOH/g leo.
Cor (ABNT NBR 14483)
A mudana da cor pode ser uma indicao direta da contaminao do leo isolante e normalmente
atribuvel oxidao ou a contaminao por carbono, pois tende a escurecer o leo.
O mecanismo que rege a oxidao dos hidrocarbonetos a peroxidao que gera como produtos
hidro-perxidos. Estes, de acordo com sua espcie iro formar alcois, aldedos e cetonas, os quais
so chamados de produtos intermedirios, pois na presena de oxignio iro dar origem aos cidos
carboxlicos. Estes produtos so molculas polares que agridem o papel.
O OLTC pode ser uma das causas do escurecimento do leo do equipamento, pois naturalmente
contaminado devido aos arcos, e caso haja vazamento pode misturar-se ao do tanque principal.
Teor de gua (ABNT NBR 10710)
O leo serve como um meio de homogeneizao de gua dentro de um transformador. A massa total
de gua est entre o papel e o leo, sendo que a maior quantidade est no papel.
A gua presente no leo mineral do transformador tem como origem o meio externo e a degradao
do seu papel.
H duas formas de umidade presentes no leo isolante:
gua livre, que est separada do leo, emulsionada e possivelmente turva;
gua dissolvida, que no pode ser vista.
Pequenas alteraes de temperatura alteram significativamente o teor de gua dissolvida do leo,
mas pouco altera a quantidade de gua impregnada no papel.
Para avaliar a tendncias da elevao da umidade, deve-se medir a temperatura do leo no ponto da
coleta, que ser corrigida a 20C, que a temperatura de referncia para determinao do teor de
gua equivalente, consultar a norma ABNT NBR 10576 leo mineral de equipamentos eltricos
Diretrizes para superviso e manuteno.
O transformador deve estar em operao e em equilbrio de temperatura no momento da amostragem
do leo.
TABELA 5.4 - Valor recomendado para transformadores (corrigido para 20 C):
Tenso
Teor de gua
< 72,5 kV
<25 ppm
<15 ppm
> 242 kV
<10 ppm
125
Tenso
Valores limites
< 72,5 kV
>40 kV
>50 kV
> 242 kV
>60 kV
TABELA 5.6 - Valor recomendado para comutadores (mtodo ABNT NBR IEC 60156)
> 25 kV
> 40 kV
126
Ensaio
Tenso
< 72,5 kV
> 242 kV
Fator de Dissipao a 25 C
<0,5 %
<0,5 %
Fator de Dissipao a 90 C
<15 %
<15 %
<12 %
Fator de Potncia a 25 C
<0,5 %
<0,5 %
<20 %
<20 %
<15 %
Tenso
TIF a 25 C
< 72,5 kV
>22 mN/m
>22 mN/m
> 242 kV
>25 mN/m
Essa propriedade definida como a resistncia formao de compostos cidos, borra e compostos
diversos que exercem influncia no Fator de Dissipao/Potncia, sob dadas condies, e depende
principalmente do processo de refinao do leo e de sua aplicao. Os leos minerais refinados
contm, em graus variados, os compostos naturais que atuam como inibidores da oxidao,
conhecidos como inibidores naturais. Os leos que contm somente inibidores naturais so
designados como leos no inibidos.
Os inibidores de oxidao sintticos podem ser adicionados para aumentar a estabilidade oxidao.
Nos leos isolantes, so usados os inibidores fenlicos. Os compostos de uso geral so o 2,6ditercirio-butilparacresol (DBPC) e 2,6-ditercirio-butil fenol (DBP).
A eficcia do inibidor varia com a composio qumica do leo de base. Os leos inibidos tm uma
tendncia de oxidao que contrasta extremamente com os leos no inibidos. No incio da vida til, o
inibidor sinttico consumido com pouca formao de produtos de oxidao, refere-se a esse
processo como o perodo de induo, depois que o inibidor consumido, a taxa de oxidao
determinada principalmente pela estabilidade a oxidao do leo de base.
Devido ao processo de envelhecimento do leo, h uma diminuio do teor do inibidor, sendo
aconselhvel seu monitoramento. Recomenda-se sempre corrigir seu valor quando da regenerao do
leo. O mtodo recomendado para monitorar o consumo do inibidor a medio da sua
concentrao, de acordo com a norma ABNT NBR 12134.
TABELA 5.9 - Valores especificados para leo mineral isolante novo no Inibido
Caracterstica
Estabilidade a
oxidao
Limites
Mtodos
0,40 mg KOH/g
Borra
0,10 % massa
20 %
TABELA 5.10 - Valores especificados para leo mineral isolante novo Inibido
Caracterstica
Estabilidade a
oxidao 164 horas
Bomba rotativa
(RBOT)
Limites
Mtodos
0,40 mg KOH/g
Borra
0,20 % massa
ASTM D2440
220 minutos
128
ou lquidos;
Partculas slidas liberadas no leo pelo transformador, como o carbono, o metal e xidos
metlicos;
Fibras e outros corpos estranhos, de origens diversas.
A borra o produto polimerizado formado pela degradao do material de isolamento slido e lquido.
A borra solvel no leo at um determinado limite, dependendo das caractersticas e da
temperatura de solubilidade do leo.
O sedimento ou borra pode mudar as propriedades eltricas do leo e seu depsito pode impedir a
transferncia trmica, agravando a degradao dos materiais de isolamento.
A tendncia do leo para a formao de sedimento e borra deve ser analisada de acordo com o Anexo
A da norma ABNT NBR 10576.
Valores recomendados para leo mineral isolante de transformadores: Nenhum sedimento ou borra
precipitvel deve ser detectado. Resultados inferiores a 0,02% em massa devem ser desprezados.
Contagem de partculas (ABNT NBR 14275)
A presena de partculas no leo isolante pode ter diversas fontes possveis. O transformador pode
conter partculas da fabricao e o leo pode conter partculas do armazenamento e da manipulao,
se no tiver sido filtrado corretamente.
O desgaste e o envelhecimento do leo e de materiais slidos podem produzir partculas ao longo da
vida til do transformador. O superaquecimento localizado na faixa de 500C tambm pode formar
partculas de carbono. O CDC produz partculas de carbono que podem migrar de seu compartimento
e contaminar o transformador. O desgaste dos rolamentos da bomba de leo podem tambm ser uma
fonte de partculas metlicas.
O efeito de partculas suspensas no dieltrico depende da natureza das partculas (por exemplo,
metais, fibras e borra) e do teor de gua. muito importante seguir criteriosamente os procedimentos
de amostragem do leo, pois as amostras podem ser contaminadas durante a coleta.
TABELA 5.11 - Valores mximos recomendados para contagem de partculas de leo mineral
isolante em servio, de transformadores
Partculas / 100 ml
5 m
15 m
Classificao da
contaminao
250
32
Sem contaminao
1.000
130
Baixa
32.000
4.000
Normal
130.000
16.000
Marginal
129
NOTAS:
Estes valores recomendados esto conforme a norma ABNT NBR 10576 leo mineral isolante
de equipamentos eltricos Diretrizes para superviso e manuteno. Consultar esta norma
para maiores informaes.
recomendada a realizao do ensaio de contagem de partculas quando o resultado da rigidez
dieltrica apresentar valores incompatveis com o resultado do ensaio de teor de gua.
Ponto de Fulgor (ABNT NBR 11341)
Ponto de fulgor a menor temperatura em que ocorre a inflamao dos vapores da amostra, pela
passagem de uma chama piloto. No deve ser confundido com um halo azulado, que s vezes
circunda a chama piloto.
Descargas eltricas no leo ou exposio prolongada a temperaturas muito altas podem produzir
quantidades suficientes de hidrocarbonetos de baixa massa molecular, causando a diminuio do
Ponto de Fulgor do leo.
Ponto de Fluidez (ABNT NBR 11349)
O Ponto de Fluidez a medida da capacidade do leo de fluir em baixa temperatura. No h
comprovao que esta propriedade seja afetada pela deteriorao normal do leo. As mudanas no
Ponto de Fluidez podem ser interpretadas como o resultado da complementao com tipos diferentes
de leo.
TABELA 5.12 - Valores especificados para leo mineral isolante novo
leo Naftnico
leo Parafnico
-39C
-12 C
Obs.: Outros limites de ponto de fluidez podero ser aceitos mediante acordo entre comprador e
fornecedor.
Densidade (ABNT NBR 7148)
A densidade pode ser til para identificao do tipo de leo. Em climas frios, a densidade do leo
pode ser importante para determinar sua conformidade para o uso. Por exemplo, os cristais de gelo
formados a partir da gua livre podem flutuar no leo de alta densidade, e conduzir a abertura de
arco eltrico.
A densidade no importante para comparar a qualidade de diferentes leos.
No h evidncia que a densidade seja afetada pela deteriorao normal do leo. A densidade
especfica d uma indicao do tipo do leo ou mostra se houve uma contaminao com outro lquido.
130
TABELA 5.13 - Valores especificados para leo mineral isolante novo (Massa especfica a 20C)
leo Naftnico
leo Parafnico
860,0 kg/m
Temperatura do ensaio
Limites
20 C
40 C
100 C
131
TABELA 5.15 - Valores limites para teores de PCB em leo isolante conforme norma ABNT NBR 8371
Teor de PCB
Ao Recomendada
Inferior a 50 mg/kg
132
A interpretao dos resultados, para verificar a deteriorao do leo, deve ser feita por pessoal
experiente, baseada nos seguintes elementos de Gesto de Risco e Anlise do Ciclo de Vida til:
Valores caractersticos para o tipo e a famlia do leo e do equipamento, baseado em mtodos
estatsticos;
Avaliao das tendncias e a taxa de variao dos valores para uma determinada propriedade
do leo;
No caso de leo contaminado com PCB, o impacto ambiental um fator crtico a ser considerado,
assim como a legislao vigente. Se houver suspeita de que o leo tenha sido contaminado com PCB,
devem ser realizadas anlises especficas e a interpretao dos resultados deve ser utilizada na
avaliao dos riscos e elaborao da estratgia de preveno e mitigao dos danos potenciais ao
meio ambiente, equipe e a populao.
Classificao do leo em servio
complexo estabelecer-se regras rigorosas e rpidas para a avaliao do leo em servio ou limites
recomendados de ensaios para todas as aplicaes possveis do leo isolante em servio. A
classificao e qualquer ao corretiva deve apenas ser adotada aps a devida considerao dos
resultados de todos os ensaios.
A tendncia de tais resultados ao longo de um intervalo de tempo considerada informao essencial
para se chegar a uma deciso final.
A condio do leo pode ser classificada como satisfatria, razovel ou insatisfatria, baseada na
avaliao de suas propriedades fsico qumicas.
A seguinte classificao sugerida:
Satisfatria: leo em condies satisfatrias, manter a periodicidade inalterada.
Razovel: Deteriorao do leo detectvel, recomendada uma amostragem mais frequente.
Insatisfatria: Deteriorao anormal, aconselhvel uma ao imediata.
A tabela 5.16 mostra a relao entre alguns exemplos de problemas do transformador e sua
influncia correspondente sobre os parmetros para o leo
Tabela extrada do Guide for Transformer Maintenance 445 A2.34 CIGR, item 5.3.5 oil tests results
management.
133
Parmetros
do leo
Problemas no Transformador
Superaquecimento
Descarga Parcial
Ncleo
Conexo
Enrolamento
Refrigerao
leo
1,2
1,2
1,2
1,2
1,2
1,2
Acidez/TIF
Cor
Teor de gua
Ruptura
Vazamento
de leo
Entrada de
gua
2
B
B-M
5,6
5,6
5,6,12
3,12
4,6,12
11
1,2
1,2
1,2
1,10
1,100
1,10
1,10
1,4,10
1,4,10
10
Rigidez
Fator de
Dissipao
leo/
Papel
5,6
B
Papel
Teor de Gs
LEGENDA
INFLUNCIA DO
PROBLEMA NO
PARAMETRO DO
LEO
PROBLEMA NO TRANSFORMADOR
A - Alta
1 Degradao do leo
5 Envelhecimento do papel
M - Mdia
2 Envelhecimento do leo
6 Produo de gua
10 Produo de gs
B - Baixa
3 Carbonizao do leo
7 Ar dissolvido
11 Bolhas
4 Degenerao do papel
8 - gua
12 Partculas
Exemplo de utilizao:
Problema no transformador: Falha no sistema de preservao do leo ou vedaes.
Influncia correspondente sobre os parmetros para o leo com a entrada de gua:
Alta:
Eleva a acidez e reduz a TIF, acelerando o envelhecimento do leo (2);
Eleva o teor de umidade, devido a penetrao de gua (8);
Reduz a rigidez dieltrica, devido a penetrao de gua (8);
Eleva o Fator de Dissipao, devido a agua, sedimento e emulses (9).
134
Mdia: Nenhuma.
Baixa:
Alterao da cor;
Elevao do teor de gs, devido ao ar dissolvido (7).
135
Vibro Acstico
Reator
Resistor
Torque do motor
Todos
Monitoramento
Preditivo por analise
de leo
Vcuo
Resistncia dinmica
Todos
Reator
Resistor
PROBLEMAS
Conexo/Engrenagens
Cronometragem/Sequncia
Controle/Rels
Motor
Freio
Lubrificao
Alinhamento contatos
Arco
Superaquecimento/Carbonizao
Transio
L- Baixa
M Moderada
G Boa E - Excelente
136
Tipo de
Comutador
Resistivo
Posio CDC
Neutro
Linha, Fase Simples ou
Delta
Carga
Intervalo de Inspees
Numero de Operaes *
Tempo ** (anos)
Baixa
40k 100K
57
Alta
30k 60k
57
Baixa
30k 80k
37
Alta
10k 50k
37
Reator
Enrolamento de Alta
50k 100k
3-5
Reator
Enrolamento de Baixa
35k 60k
35
150k 300k
5 anos ou mais
Vcuo
* Estes critrios so normalmente estabelecidos na vida estimada de um contato de arcos na carga cheia
(aproximadamente 20%), a exceo o interruptor de vcuo que baseado na vida mecnica dos foles.
** Os critrios bsicos do tempo so estabelecidos tipicamente em uma aplicao de rede.
137
Ud [kV]
H2O [ppm]
ASTM D1533-88
>60
<12
leo novo
>50
<15
leo em servio
>30
<30
Para comutadores conectados em delta, alguns fabricantes de CDC estabelecem valores superiores a
40 kV (VDE 0370) para aplicaes com leo mineral em servio, sendo recomendado consulta direta
ao fabricante do CDC
138
139
Figura 5.26 Problema de Lubrificao da Movimentao do CDC Detectado pela Medida da Corrente do Motor.
Assinatura Vibro-Acstica
A assinatura vibro-acstica obtida por uma sonda de vibrao ou mais precisamente por um
acelermetro de faixa de frequncia, aplicado parede do transformador para coletar as ondas
acsticas emitidas pelo mecanismo, similar a um estetoscpio. O mtodo no deve ser confundido com
as medidas (ultra-snicas) acsticas para a deteco de descargas parciais que usam sensores
ressonantes. A assinatura Vibro-Acstica complementada geralmente pela medida da corrente do
motor, para controlar o perodo de registro (para comear e terminar a operao) e para identificar as
etapas diferentes na operao de comutador de derivao em carga.
Cada operao de comutao de tap produz ondas caractersticas da presso e da vibrao que so
transmitidas atravs do leo e da estrutura do tanque. Diversos estudos demonstraram que, qualquer
degradao na condio do comutador de tap envolver uma mudana detectvel da assinatura
acstica. Inversamente, observou-se que esta mesma assinatura varia ligeiramente no caso de um
instrumento estvel. A figura 5.27 mostra a influncia no desgaste do contato em uma assinatura da
vibrao da chave de carga
Figura 5.27 Evidncia do Desgaste do Contato na Marca de Vibro-Acstica de uma Chave Desviadora
140
A dificuldade principal com esta metodologia estabelecer para cada tipo de comutador de derivao
em carga, os respectivos critrios para uma condio de funcionamento normal ou anormal de
funcionamento. Todavia, o mtodo provou eficcia na deteco de um largo espectro das anomalias.
O procedimento completo de teste no invasivo e pode ser executado quando o transformador
estiver em servio.
Referncias Bibliogrficas:
M Foata. et al. Experincia de campo com a implementao de um novo diagnstico vibroacstico online para os comutadores de tap em carga; Conferncia dos Usurios Doble, 2005.
F Simas et al. Monitorao de vibrao dos comutadores de tap em carga usando um
algoritmo genrico, Conferncia da tecnologia da instrumentao e da medio, 2005. IMTC
2005. Procedimentos do IEEE, volume 3, 16-19 maio 2005 Pginas: 2288 2293
P Kang, e D. Birtwhistle, Monitorao da condio do transformador de potncia comutador de
tap em carga II. Deteco do Envelhecimento a partir da assinatura da vibrao, IEE Proc.
Gen. Trans. e Distrib. 148.307-311 (2001)
K Williams, Monitorao da condio de COMUTADOR DE DERIVAO EM CARGAs usando a
anlise da vibrao, TechCon sia 2006.
Termografia
A termografia representa um papel importante na preveno de falhas de componentes de um
transformador. A aplicao da termografia ao comutador de derivao em carga ainda no apresenta
nenhum estudo relevante, visto que, o aumento de temperatura consequncia normal da operao
do equipamento.
141
142
143
144
145
146
A seguir so listadas possveis causas para atuao, devida ou no, do rel de gs:
Existncia de falha interna no transformador.
Baixo nvel de leo, sem indicao no visor de nvel de leo do conservador ou mesmo ao
corretiva da manuteno antes da atuao do rel de gs;
Atuao severa de descargas parciais no transformador;
Sobreaquecimento severo resultando na decomposio do leo / papel e consecutiva formao
de gases;
Existncia de bolhas de ar internamente ao transformador, aps atividade de manuteno com
manuseio do leo isolante ou mesmo atravs de ingresso de ar atmosfrico atravs das bombas
de circulao de leo;
Vibrao excessiva ou choque mecnico no rel;
Baixo isolamento ou falha na isolao nos condutores ou terminais de alarme e desligamento
do rel.
Vlvula de Alvio de Presso
O funcionamento adequado da vlvula de alvio de presso est ligado a dois aspectos especficos: a
presso definida para atuao da vlvula e os componentes responsveis pela sinalizao de
anormalidade (ou mesmo desligamento do transformador). Para tanto, importante que no haja
alterao na presso definida pelo fabricante, sem consulta prvia ao mesmo, bem como o sistema de
molas existente nunca devem ser desmontados sem que sejam tomadas todas as precaues de
segurana apropriadas. A seguir, so listados os pontos que merecem ateno durante a manuteno
da vlvula de alvio de presso:
Verificao de vazamentos de leo atravs da vedao existente entre a vlvula e o tanque
principal;
Existncia de corroso nas partes metlicas, incluindo molas;
Verificar ressecamento das vedaes;
Funcionamento dos contatos de alarme e desligamento, quando existir;
Verificao da isolao da fiao existente de desligamento e superviso, realizando se possvel
teste de isolamento;
Aplicar se necessrio selante de silicone (no actico) nas caixas terminais para evitar entrada
de umidade e animais.
Indicador de Nvel de leo Isolante
Quando da ocorrncia de uma indicao equivocada de nvel de leo, os problemas mais comuns
identificados pelas empresas concessionrias so: defeito no flutuador localizado internamente ao
conservador (ou transformador), falha nos contatos, baixa isolao da enfiao e falha na indicao
do ponteiro, atravs do sistema de im magntico existente. A seguir, so listados os pontos que
147
148
149
A umidade no leo, especialmente quando associada com partculas, reduz significativamente a sua
rigidez dieltrica e aumenta o risco de descarga eletroesttica, e descarga parcial entre as fibras do
papel tracking.
150
151
Conhecendo a porcentagem (%) de gua e a massa no papel do transformador, pode-se avaliar a sua
quantidade de gua. Como referencia, estima-se que o peso de papel no transformador seja em torno
de 12% em massa da sua parte ativa.
TABELA 5.21 Limites das diversas normas de % de agua no papel
% URSI
SCM/CFQ - 093
SCM/GTMS 019
<242 kV
242 kV
<242 kV
242 kV
1,5 mx.
1,0 mx.
0,5
0,5
(TR novo)
(TR novo)
1,0 mx.
1,0 mx.
(TR novo)
(TR novo)
2,0 mx.
1,5 mx.
Figura 5.31 - Solubilidade de agua no leo ver fonte, linha tracejada e aplicar exemplo.
A figura 5.31 relaciona a temperatura do leo com o teor de gua de saturao em leo novo (linha
cheia) e leo oxidado com acidez de 0,30 mg KOH/g (linha pontilhada). O teor de gua de saturao,
a uma dada temperatura, a concentrao mxima em que a gua permanece solubilizada no leo,
ou seja, acima desta concentrao, qualquer quantia de gua adicionada, ficar na forma de gua
livre, como uma gotcula em suspenso (o leo comear a ficar turvo).
152
O ponto de saturao da gua no leo aumenta com o aumento da temperatura. Por exemplo, para
um leo novo:
teor de gua de saturao a 30 C = 80 mg/kg;
teor de gua de saturao a 40 C = 120 mg/kg.
O ponto de saturao da gua no leo tambm aumenta medida que o leo torna-se mais oxidado,
como mostrado no grfico:
teor de gua de saturao a 40 C para leo novo = 120 mg/kg;
teor de gua de saturao a 40 C para leo oxidado com acidez de 0,3 mg KOH/g = 200
mg/kg.
Referncia Bibliogrfica:
ABNT NBR 10576: 2012 leo mineral isolante de equipamentos eltricos Diretrizes para
superviso e manuteno (pginas 6 e 7).
Figura 5.33 Relaciona o teor de agua no leo e a porcentagem de umidade no papel, em funo da
temperatura da amostra.
Exemplo: Para um transformador com 10.000 litros de leo, estimando 1.000 kg de isolao slida,
com a amostra de leo sendo tirada a uma temperatura de 40C e apresentando 40 ppm de umidade,
estima-se que o teor de umidade seja em torno de 4 %, ou seja, 0,4 litros contidos no leo e 40 litros
na isolao slida.
153
Aplicar um processo de secagem a um transformador em campo, seja devido ao alto teor de umidade
do sistema de isolao papel/leo detectados nos ensaios fsico qumicos, ou aps um reparo que
exigiu a retirada do leo e exposio da parte ativa, ou mesmo em um transformador novo recebido
com umidade acima dos limites exigidos, uma deciso tcnica importante que deve ser analisada
com critrio para que seja escolhida o melhor mtodo que garanta o melhor custo beneficio de tal
forma a garantir confiabilidade operativa e prolongar sua vida util.
Como visto anteriormente, a maior parte da gua contida em um transformador encontra-se na
isolao slida, a qual pode reter, dependendo da temperatura, at 99%, enquanto o restante est
dissolvida no leo. Isto significa que em um transformador de potncia a quantidade de gua na
isolao slida pode alcanar centenas de litros, enquanto que no leo seu volume seria de apenas
alguns litros.
Um fator importante que deve ser considerado para investir em manter o transformador sempre seco,
consiste no fato de que ele pode ser mais carregado que um com maior teor de umidade, e ainda que
a expectativa de vida de seu sistema da isolao slida maior.
A contaminao por umidade em um transformador pode ser proveniente de diversas fontes:
Remanescente do processo de fabricao e sem o devido controle antes do enchimento;
Falha no monitoramento durante o transporte ou na montagem, onde se permitiu a penetrao
de umidade e no se fez uma avaliao adequada antes do enchimento;
Entrada de ar mido em transformadores no selados devido a manuteno inadequada no
dessecante;
Ingresso da umidade atravs de falha das vedaes;
Envelhecimento da celulose, pela quebra da cadeia carbnica;
Absoro da umidade durante manuteno (inspeo da parte ativa, substituio de bucha,
troca de radiadores e componentes em contato com o leo isolante);
Enchimento do transformador com leo sem controle do teor de umidade e rigidez dieltrica.
Durante intervenes longas, onde h necessidade da retirada da parte ativa da sua caixa,
importante que o trabalho seja realizado em ambiente controlado, com baixa umidade e partculas em
suspenso, bem como mant-la coberta, deixando exposta somente a regio que esteja sendo
trabalhada, como exemplo de melhor pratica pode-se citar:
Utilizando barraca com atmosfera controlada e insuflamento contnuo de ar seco;
Voltando ao final do expediente de trabalho a parte ativa em sua caixa, retornando a tampa,
aplicando vcuo, e pressurizando com ar seco;
Retornar a parte ativa a sua caixa, cobrindo-a com uma lona e mantendo insuflamento de ar
seco;
Se no for possvel retornar a parte ativa em sua caixa, envolve-la com uma lona (envelopar) e
manter insuflamento de ar seco.
154
155
O custo beneficio desse processo atrativo caso se tenha alguns transformadores a serem secos, pois
h o custo inicial da compra do equipamento porem o custo operacional muito baixo. Caso no haja
muitos transformadores com necessidade de secagem energizada, podem ser aplicados outros
mtodos com custo menor do equipamento, porem com custo operacional maior, portanto h de se
fazer o comparativo para cada realidade.
156
de gua, que tm cerca de 2,8 angstroms de dimetro. este mtodo seletivo das peneiras
moleculares o responsvel pelo termo peneira em sua denominao.
So compostos de uma rede tridimensional de tetraedros (
de oxignio, originando assim uma estrutura microporosa compensada eletronicamente por outros
ctions como por exemplo,
tamanho molecular na estrutura das zelitas permite a captura de molculas de agua em seu interior.
A agua nos canais facilmente desprendida com o aquecimento. Esse processo de captura seletiva
depende da estrutura particular da zelita, ou seja do tamanho do poro, e do tamanho das molculas,
podendo assim ser usada como peneira molecular.
A sua estrutura cristalina complexa origina diversas variaes de estruturas porosas tendo cada uma
diferentes capacidades de armazenamento de agua em seus poros.
A zelita usada normalmente em leo mineral isolante tem granulometria de 2,5 a 5 mm e com
dimetro de poro de 4 , e com possibilidade de recuperao.
A maquina de secagem desse processo construda por colunas que acondicionam o material
adsorvente, uma bomba mecnica para circular o leo do transformador pelas colunas com o material
adsorvente, eletrovlvulas, filtros coalescentes e sensores de temperatura, de presso e de vcuo. A
forma de ligar se iguala as demais maquinas que se propem a realizar a secagem com o
transformador em operao, equipada de todas as protees necessrias para operao com
segurana.
Para recuperao da peneira molecular utiliza-se um forno de 350C, com controle de elevao de
temperatura, depois ela passa por lavagem com vapor dagua a 100C, atravs de uma caldeira a
vapor em uma coluna de inox, em seguida seca em um forno a 350C por 24 horas.
Possui excelente capacidade de extrao de agua do leo mineral isolante e no altera as
caractersticas fsico qumicas e os gases combustveis do transformador, bem como pode ser
instalado filtro para reteno de partculas.
157
158
159
Presso Relativa
Temperatura de Vapor
mBar
10
6,7
15
12,7
20
17,2
25
20,8
30
23,8
40
28,6
50
32,5
60
35,8
80
41,2
100
45,4
112
49,1
Nos processos de secagem da parte ativa de transformadores, alguns requisitos so importantes para
garantir a eficiencia do sistema, tais como:
Para transformadores acima de 10m, a vazo do conjunto de alto vcuo no deve ser inferior
a 1.000 m/h;
Deve-se medir a presso de vcuo atravs de instrumento eletrnico de preciso aos nveis
requeridos para conseguir a evaporao da agua, ser instalado em ponto superior do tanque e
distante ao ponto de conexo do vcuo. Considerando a tabela 5.22, se a temperatura
ambiente for em torno de 24 C, deve atingir um vcuo menor que 30 mBar;
O comprimento da tubulao entre o conjunto de vcuo e o transformador deve ser a menor
possvel, com dimetro adequado, na faixa de 50 a 100 mm sem sofrer reduo e sem pontos
mais baixos (sifo), onde possa acumular leo;
Deve ser verificado a estanqueidade do transformador, com presso positiva antes de se iniciar
o processo;
160
extrao da umidade, bem como funcionar como isolante trmico, portanto ter menor perda pela
dissipao do calor.
Deve-se verificar se o transformador e seus acessrios suportam vcuo pleno, bem como interligar o
comutador de derivao em carga (CDC)
Neste mtodo, o transformador cheio de leo, at que a parte ativa esteja totalmente coberta, o
volume necessrio normalmente atinge 70 a 80 % do total do transformador. Depois se inicia o
processo de circulao do leo, extraindo do registro inferior circulando por uma mquina de
tratamento de leo e retornando ao transformador atravs da vlvula superior.
Para que se tenha maior rendimento do processo, as vlvulas dos radiadores devem ser fechadas,
para reduzir a troca trmica. O transformador tambm deve ter sua presso equalizada com a
atmosfera, pelo respiro de slica-gel.
Depois de atingido a estabilizao trmica, entre a entrada e sada da maquina de tratamento de leo,
ou seja, a diferena de entrada e sada deve-se manter constante, deve-se manter a circulao por
mais de 24 horas.
A temperatura da maquina de tratamento a ser utilizada nesse processo, para que no haja
fracionamento ou oxidao do leo, deve ser de 60C (+/- 5C) caso se aplique vcuo na cmara, ou
de at 80C (+/- 5C), caso no seja aplicado vcuo da cmara, uma vez que esse leo deve ser
utilizado para enchimento definitivo do transformador.
Depois de atingida a estabilidade trmica e passadas 24 horas, o leo deve ser retirado por bomba de
alta vazo e aplicado vcuo, imediatamente a seguir para que no haja perda trmica.
Preferencialmente o tanque de expanso e radiadores no devem fazer parte do volume sob vcuo. O
tempo de aplicao de vcuo recomendado de 24 a 72 horas, dependendo do teor de umidade
inicial e do volume do transformador.
Depois o transformador deve ser pressurizado com gs inerte seco, a presso de 0,2 kg/cm, e 24
horas aps deve ser realizado ensaio de URSI, caso ainda no seja atingido o valor desejado, deve-se
reavaliar a viabilidade de se repetir esse mtodo ou aplicar nova metodologia, considerando o ganho
de secagem adquirido.
161
Nesse processo so montados bicos aspersores direcionados nas bobinas do transformador, utilizando
as escotilhas superiores para fazer a montagem da tubulao.
A temperatura do leo no deve ultrapassar a 60C (+/- 5C) sob risco de seu fracionamento ou
oxidao, visto que esse leo poder ser reutilizado no enchimento final. Todavia caso no haja
interesse de reutilizao, bem como para melhorar a eficincia do processo, pode-se circular o leo a
80C (+/- 5C). Recomenda-se utilizar uma bomba auxiliar para retirada do leo, visto que o
transformador permanece sob vcuo durante o processo, o que dificulta a extrao do leo pelo
registro inferior.
O tanque de expanso e radiadores devem ser isolados para reduzir o volume sob vcuo, bem como
as perdas trmicas, em que recomenda-se revestir o transformador com mantas trmicas e lona a
prova de gua. De maneira mais simples para controlar a temperatura do transformador, mede-se a
temperatura de entrada e sada do leo, de tal forma a atingir um equilbrio, que depois de atingido,
deve permanecer por 5 a 8 dias, dependendo do volume do transformador e do teor de umidade
inicial.
Depois de concludo o ciclo, o leo do transformador deve ser drenado, e submetido a processo de
vcuo por no mnimo 24 horas, monitorando-se a presso. Depois deve ser pressurizado com gs
inerte seco, a presso de 0,2 kg/cm, e 24 horas aps deve ser realizado ensaio de URSI, caso ainda
no seja atingido o valor desejado, deve-se reavaliar a viabilidade de se repetir esse mtodo ou
aplicar nova metrologia, considerando o ganho de secagem adquirido.
162
microprocessado e possui curvas experimentais que indicam, em funo do peso do papel utilizado na
construo, qual o tempo de se parar o processo. Ao final medido em laboratrio a umidade do
papel pelo mtodo do karl fisher, atravs de um corpo de prova de sacrificio.
A imagem abaixo mostra o tempo de secagem para diferentes aplicaes. Como se v, a circulao de
leo de secagem um relativamente longo, comparado com o vapour phase
163
164
de leo quente (hot oil spray), atravs de bicos aspersores sobre as bobinas e ncleo. O spray de leo
quente deve possibilitar temperaturas no isolamento externo proximo aos 90C.
O processo tpico LFH tem a seguinte seguencia:
Aquecimento inicial no ncleo e bobinas com a circulao de leo quente e aplicao de
corrente de baixa frequencia (LFH) ao enrolamento de alta tenso;
Retirada do leo e aplicao de vcuo para remover a umidade, em conjunto com a aplicao
spray de leo quente e corrente de baixa frequencia (LFH);
Quebrar do vcuo e repetir o processo, elevando progressivamente a temperatura para 110C;
Aplicao de vcuo;
Depois o transformador deve ser pressurizado com gs inerte seco, a presso de 0,2 kg/cm,
aps deve ser realizado ensaio de URSI, caso ainda no seja atingido o valor desejado, deve-se
reavaliar a viabilidade de se repetir esse mtodo ou aplicar nova metrologia, considerando o
ganho de secagem adquirido.
Sendo aprovado, devem ser removidos os bicos aspersores;
Aplicar vcuo e encher o transformador com leo.
Pode haver necessidade de aplicao de diversos ciclos para conseguir uma boa secagem.
165
Sintomas
Fsica
Aes corretivas
Tratamento Termovcuo
Qumica
ou troca de leo
NOTA.- Em alguns casos, se a contaminao qumica for extremamente elevada, pode ser mais
econmica a substituio do leo. A anlise de viabilidade da regenerao deve ser realizada.
Tratamento Termovcuo
O tratamento termovcuo a opo de recondicionamento mais utilizada e um processo que
elimina ou reduz a contaminao fsica por meio de filtrao, desumidificao, aquecimento, vcuo e
desgaseificao. Observa-se que o tratamento termovcuo reduz a concentrao de furanos no leo
isolante.
Durante o processo de desgaseificao o leo isolante aquecido antes de ser pulverizado na cmara
de vcuo e a temperatura mxima de 60C (+/- 5C) deve ser observada a fim de evitar a perda
parcial de inibidores de oxidao.
A figura 5.36 mostra o circuito bsico de tratamento do leo isolante em uma mquina de
termovcuo.
MULTIPLICADOR
DE VCUO
CONEXO DE
VCUO AUXILIAR
BOMBA DE
VCUO
BOMBA DE
ADMISSO
DE LEO
LEO
VISOR DE
NVEL DO
LEO
BOMBA DE
DESCARGA
DE LEO
FLUXMETRO
166
A presso hidrosttica entre o leo e a gua pode ser vencida por meio da agitao, deslocando a
gua at a superfcie do leo. A tenso superficial entre estes dois lquidos pode ser rompida,
reduzindo-se a presso absoluta, at que se atinja a presso de vapor da gua, para que a mesma
seja liberada do leo na forma de vapor.
O procedimento normalmente seguido o de reduzir a relao de volumes em um dado instante,
mediante a formao de lminas ou gotculas de leo, com o objetivo de proporcionar uma superfcie
de contato maior com o vcuo da cmara. A formao dessas gotculas se efetiva, mediante a injeo
do leo sob presso, atravs de bicos de pulverizao ou filtro de fibra de vidro, ou ainda outros
meios mecnicos, que tm a propriedade de dividir o leo em pequenas fraes. Os bicos de
pulverizao, ou filtro, so montados no interior da cmara de vcuo, na qual se processa a
desidratao e a desgaseificao do leo.
Os sistemas termovcuos removem eficientemente a gua e os gases dissolvidos no leo, bem como
pequenas quantidades de gua livre. Se o leo apresenta material slido ou borra, aconselhvel
pass-lo previamente por um filtro antes de process-lo a vcuo.
A concluso do tratamento por termovcuo determinado pelos resultados obtidos nos ensaios fsicoqumicos e cromatograficos.
Regenerao
A regenerao de leo de transformadores se faz necessria em funo de suas caractersticas fsicoqumicas terem ultrapassado os limites recomendados para sua utilizao nos equipamentos, isso
ocorre devido ao processo de envelhecimento aps um perodo de uso. O contato com a umidade,
oxignio e o cobre dos enrolamentos, alm da presena de calor, causam a oxidao do leo. Esta
reao qumica origina hidroperxidos e perxidos que se depositam nas superfcies, por sua vez, do
origem a outros produtos, tais como cidos, borra e gua.
Todos esses contaminantes precipitam-se em forma de sedimento o que interfere na capacidade de
troca de calor e reduz sua rigidez dieltrica e como consequncia reduz a vida til do equipamento.
Embora a principal aplicao do sistema seja para regenerao do leo e consequente remoo de
borras, compostos cidos, resduos de oxidao e outros compostos solveis, tambm usada como
substituta dos processos convencionais de tratamento (desgaseificao, desumidificao e filtragem)
do leo isolante.
O mtodo utilizado no processo de regenerao a percolao, atravs do qual o leo forado a
fluir por entre vrias colunas de material adsorvente, que retm as impurezas, reduz o ndice de
neutralizao e fator de potncia, eleva a tenso interfacial, restaura a estabilidade a oxidao,
corrige a cor e age como um filtro, removendo material particulado e tambm reduzindo o contedo
de gua no leo.
As caractersticas fsico-qumicas originais que identificam o tipo de leo mineral isolante no so
alteradas durante o processo de regenerao, ou seja, densidade, viscosidade, ndice de refrao,
ponto de anilina, composio carbnica e stray gassing.
167
O processo de regenerao normalmente utiliza 2 grupos de colunas de terra Fuller, de tal forma que
enquanto um grupo de colunas faz a regenerao, o outro grupo passa por processo de reativao,
onde os resduos que foram retidos no processo so queimados, devolvendo a terra fuller as mesmas
propriedades, podendo ser reciclado por centenas de vezes, e quando chega ao final de sua vida til,
ou seja, quando apresenta baixa eficincia, pode ser descartado em aterro comum, sendo portanto
amigvel com o meio ambiente.
O processo de reativao das colunas feito por colares de aquecimento instalados em sua parte
superior, onde feita a ignio da queima e aquecendo a terra Fuller, iniciando o processo de
queima, esse processo de reativao pode durar at 16 horas e atingir temperaturas de at 500C.
A regeneradora dotada de um sistema de purificao de ar com a finalidade de garantir a emisso
de ar limpo para a atmosfera, sendo que o filtro composto por um cilindro com carvo ativado
peletizado.
Possui tambm um sistema de aditivo DBPC, composto de um tanque com agitador. A aditivao visa
restabelecer as caractersticas do leo isolante durante o processo de regenerao.
168
169
170
171
O processo sugerido , a partir da retirada dos compostos corrosivos do leo mineral isolante, os
compostos corrosivos da parte ativa tendem a migrar para o leo e assim retirados no processo de
purificao do leo e assim, por consequncia, reduzir a quantidade destes compostos na parte
ativa.
O processo de lavagem da parte ativa combinado com a posterior substituio da carga de leo
recomendvel, para que seja minimizada a quantidade de leo contaminado presente no papel
isolante.
Alm disso, tambm recomendvel testar de antemo uma mistura do leo a ser substitudo e o
novo. Se uma mistura com uma relao de 1:10 apresentar um bom desempenho nos testes de
laboratrio, se supe que a troca do leo ser adequada.
Para os transformadores com uma relao elevada de massa de isolao celulsica para o total de
massa do leo, ser necessrio um cuidado maior, em funo do volume de leo residual impregnado
no papel isolante ser significativo.
Referncia Bibliogrfica:
M Dahlund, P Lorin, P Werle, Efeitos da recuperao online no ndice de enxfre corrosivo do
leo do transformador, Colquio Conjunto da CIGR, Cape Town, 2009;
MARTINS, Maria Augusta G. Falhas catastrficas em transformadores provocadas pelo
sulfeto causas e solues - Cincia & Tecnologia dos Materiais, Vol. 20, n. 3/4, 2008
Portugal;
NBR 10505:2012 leo Mineral Isolante Determinao de Enxofre Corrosivo;
ASTM D130 Standard Test Method for corrosiveness to cooper from petroleum products by
cooper strip test.
172
173
Quando o fluxo do leo isolante, feito por bombas, dentro do equipamento muito elevado, h o
aumento considervel da eletrizao esttica pois, como a velocidade do leo maior, o processo de
troca de cargas eltricas intensificado. Tal aumento de fluxo pode ocorrer durante manutenes
como por exemplo, em processos de recuperao do leo mineral ou enchimento do equipamento. H
relatos de que em alguns equipamentos, para reduzir a eletrizao esttica devido ao fluxo de leo
em seu interior, a entrada em operao de estgios de bombas para circulao forada de leo foi
inibida.
Em casos mais crticos, a limitao do fluxo de leo pode inclusive levar reduo da potncia til a
ser fornecida ao sistema pelo equipamento.
Sempre que ficar evidenciado a ocorrncia de descargas eltricas devido ao carregamento
eletrosttico do leo, recomenda-se um perodo mnimo de 12 horas de descanso do equipamento
antes da sua energizao.
174
175
Caso haja necessidade de acesso ao interior do equipamento, todo o leo deve ser drenado, a
atmosfera deve ser controlada e o trabalhador dever possuir treinamento apropriado para
ambientes confinados, atendendo as normas vigentes que regulamentam a segurana do
trabalho, em especial, a NR 33 (Norma Regulamentadora para Trabalhos em Espao
Confinado);
O trabalho deve ser planejado de modo que o tempo de exposio durante o qual o tanque
est aberto deva ser o menor possvel, devendo nesse tempo sempre ser insuflado ar seco. O
tanque deve ser selado e pressurizado, sempre que possvel, durante intervalos no trabalho;
Antes que seja aplicado vcuo no tanque do equipamento e ao conservador, deve-se verificar
se os mesmos possuem capacidade de resistir ao vcuo pleno. Caso haja perda de presso
deve-se localizar e sanar os vazamentos que podem interferir na eficincia do vcuo e portanto
no processo de secagem.
Drenando o leo do transformador
Se o leo for retirado, mesmo parcialmente, a fim de evitar contaminao do leo e parte ativa
do equipamento recomenda-se pressurizar com ar sinttico super seco ou ar medicinal. O ar
injetado no transformador durante a drenagem do leo deve estar seco (ponto de orvalho < 40,5C ). O Nitrognio no recomendado devido a questes de segurana do trabalho;
Devem ser tomadas precaues para evitar o derramamento de leo no ambiente. Uma boa
prtica usar dique provisrio (barreiras de reteno do leo), bandejas sob as vlvulas e
acoplamentos de mangueira e possuir kits de reteno de derramamento de leo.
Acesso ao transformador
Antes de abrir qualquer tampa de acesso, proceda limpeza externa, remoo da tinta,
ferrugem e da gaxeta. Estes procedimentos visam evitar que qualquer tipo de contaminante
externo entre no tanque do equipamento;
Se o acesso de uma pessoa for necessrio, um fluxo contnuo do ar seco deve insuflado para
impedir, que o ar ambiente contamine a parte ativa do equipamento;
As gaxetas que forem manuseadas sempre devem ser substitudas por novas;
Todas as roupas e panos de limpeza devem estar sem fiapos e a vestimenta impermevel,
incluindo macaco, bota de borracha e touca. Nenhum tipo de adereos pessoais so
permitidos, tais como, correntes, anis, pulseiras, etc...;
No utilizar solventes, tintas, colas e outros produtos qumicos incompatveis com o
transformador. Havendo dvida sobre a compatibilidade destes produtos, contatar o fabricante
do transformador;
Para evitar a queda ou esquecimento de ferramentas dentro do tanque do equipamento, deve
se amarrar as ferramentas e controlar o acesso das mesmas ao tanque do equipamento.
176
Enchimento do transformador
Se o transformador for aberto, antes de iniciar o enchimento de leo deve ser realizado vcuo,
desde que o seu tanque suporte, com a finalidade de realizar a secagem e retirada de
eventuais bolhas, no caso de complementao de leo. Deve ser realizado ensaio de URSI para
avaliar a eficincia desse processo;
Os vazamentos devem ser encontrados e eliminados de modo que o nvel de vcuo possa ser
mantido. A taxa de vazamento deve ser medida no incio do processo com a bomba de vcuo
desligada;
Todo o leo isolante a ser introduzido no transformador, pode ser novo ou regenerado,
passando por filtragem, desgaseificao e secagem, para se obter uma melhor qualidade. Antes
do enchimento, o leo deve ser certificado por um laboratrio qumico;
Para evitar a eletrificao esttica, as velocidades de fluxo do leo superiores quelas
produzidas pela taxa de fluxo normal da bomba de refrigerao de leo devem ser evitadas e
bombas de leo no devem causar o carregamento esttico. Os enrolamentos do transformador
devem ser conectados terra durante as operaes de manipulao do leo;
Depois do enchimento do leo, para se certificar de que todo o ar ou gases foram eliminados,
devem-se purgar as possveis bolhas de ar atravs dos bujes de purga e nas buchas. Alm
disso, deve-se circular cerca de 3 vezes o volume de leo do equipamento pela mquina termo
vcuo para homogeneizao e retirada de partculas, devendo ao final do processo retirar
amostra e enviar ao laboratrio qumico para aprovao final;
Antes de energizar o transformador deve-se deixar o leo isolante repousar por pelo menos 48
horas. Purgar novamente as bolhas que durante este tempo de repouso do leo possam ter se
deslocado e no foram capturadas na purga anterior.
177
Este guia de manuteno dedicar especial ateno proteo intrnseca, visto ser esta proteo
desempenhada por acessrios montados no tanque do transformador e cujo desempenho est ligado
s atividades de manuteno.
O submdulo citado traz que a proteo intrnseca deve ter as seguintes funes e caractersticas:
Funo para deteco de faltas internas que ocasionem formao de gs (63) ou aumento da
presso interna do transformador e comutador (20);
Funo de sobretemperatura do leo (26) com dois nveis de atuao (advertncia e urgncia);
Funo de sobretemperatura do enrolamento (49) com dois nveis de atuao (advertncia e
urgncia).
Os nveis de advertncia e de urgncia das funes de sobretemperatura devem ser utilizados para
indicao e alarme; e os nveis de urgncia podem ser utilizados para comandar a abertura gradativa
de disjuntores que alimentam cargas por meio de temporizadores ou mesmo o prprio transformador.
A Engenharia de Manuteno, no momento de definir a aplicao das protees intrnsecas e os
procedimentos de manuteno a serem adotados, deve considerar:
A aplicao do transformador;
O desempenho das protees intrnsecas montadas nestes equipamentos;
A poltica de proteo adotada pela empresa gestora do ativo transformador;
Procedimentos de Rede ONS;
O custo de um desligamento indevido, causado por indicao falsa;
As instrues de operao e manuteno do fornecedor do equipamento;
Referncia Bibliogrfica:
Procedimento de Rede, Mdulo 2 Requisitos mnimos para as instalaes de transmisso e
gerenciamento de indicadores de desempenho, Submdulo 2.6, reviso 2.0, publicado em
11/11/2011;
178
6. REPARO DE TRANSFORMADORES
Pode-se afirmar com muita preciso que a idade mdia atual do parque instalado de equipamentos se
aproxima dos 30 anos, e que aproximadamente 65% dos equipamentos encontram-se com mais de
25 anos de uso e, alm disso, as condies do nosso sistema esto mais severas do que 10 anos
atrs. Todos estes fatores indicam que a necessidade de se manter o parque instalado em condies
confiveis hoje a questo principal, portanto a opo de se reparar em vez da compra de um
equipamento novo pode ser uma opo atraente e vantajosa principalmente se feita com
planejamento adequado.
A questo de se reparar na fbrica ou no campo tem aspectos comerciais, de qualidade e de logstica
envolvidos.
Para execuo de trabalhos de reparos em equipamentos, os envolvidos devem possuir treinamento
especfico para execuo das atividades e estarem capacitados e legalmente habilitados.
Grau de
complexidade
Servios
Reparos sem necessidade de retirar a tampa principal do tanque. possvel realizar todo trabalho
externamente, ou atravs de janelas de inspeo ou internamente com entrada de pessoal de
manuteno no equipamento. Exemplo: Correo de contatos inadequados, falha envolvendo cabos para
massa, substituio de buchas, substituio de CDC, trincas em soldas no tanque, etc.
Reparos com necessidade de retirar a tampa principal do tanque do transformador, sem retirar a parte
ativa. Exemplo: Reparo de vazamentos na tampa principal, etc.
Reparos com necessidade de retirar a tampa principal do tanque do transformador, com necessidade de
retirar a parte ativa do tanque. Exemplo: Reparo em alguns tipos de comutadores, correo de
aterramentos na parte inferior do ncleo, cabos e conexes de difcil acesso, etc.
Reparos envolvendo bobinas com necessidade de desmontagem do jugo superior do ncleo e retirada /
substituio de uma ou mais bobinas. Exemplo: Falha envolvendo bobinas.
Reparos onde seja necessrio posicionar o ncleo na horizontal para reparos / reaperto /
reembaralhamento de chapas de ao silcio ou troca dos canais de refrigerao do ncleo. Exemplo:
Falha envolvendo bobinas e ncleo.
179
180
importante salientar que, se o equipamento estava pressurizado com Nitrognio, necessrio ventilar
o interior do equipamento com gs seco ou atravs de insuflador ou mquina de ar seco por
determinado tempo para evitar a asfixia do profissional dentro do equipamento.
Antes do enchimento, recomendvel que se faa a secagem da parte ativa e se mea a URSI
(umidade relativa superficial do isolamento), quando o equipamento estiver pressurizado, como forma
de controle de qualidade da secagem.
A medio da URSI apresenta melhor repetibilidade com a utilizao de instrumento de medio
eletrnico com certificado de calibrao dentro dos limites da medio. No anexo 1 apresentado um
baco para obteno dos valores de URSI em funo do ponto de orvalho medido e a temperatura do
gs de medio.
Especificamente para reparos de grau de complexidade 2, os riscos e cuidados so semelhantes. O
iamento ou retirada da tampa do equipamento implicam em maiores cuidados com umidade e
contaminantes externos, como poeira. Deve ser avaliada a necessidade de montagem de uma tenda
para minimizar estes riscos. Isto ir depender do tempo de exposio da parte ativa do equipamento.
O tempo de exposio da parte ativa determinar o tipo de processo de secagem.
Como exemplo de reparos que se enquadram no grau de complexidade 2, podem-se citar:
Substituio de vedao da tampa principal;
Substituio de alguns tipos de chave de derivao sem tenso;
Correo de alguns tipos de aterramento do ncleo;
Manuteno ou substituio da chave seletora.
181
Basicamente
182
mximo
de
URSI
0,5%
de
URSI
1,0%
Para
equipamentos
com
substituio
total
de
enrolamentos;
Valor
mximo
Para
equipamentos
que
no
tero
substituio
183
6.3.1.3 Infraestrutura
Para reparos em campo segue uma lista com os principais recursos necessrios:
Mquina de tratamento termovcuo de leo adequada aplicao;
Tanques reservatrios com capacidade suficiente para armazenamento do leo isolante;
Bomba de vcuo;
Mquina de ar seco;
Indicadores de temperatura e umidade relativa do ar;
Medidores e dispositivos solicitados pelas NR 33 (Trabalho em espaos confinados) e NR 35
(Trabalhos em altura);
Ferramentas manuais e materiais secos e adequados para uso interno ao equipamento;
Guindaste / ponte rolante / dispositivo para levantamento da tampa e parte ativa capacidade
conforme projeto especfico;
Dispositivos para montagem da parte ativa;
Mesa para montagem de ncleo;
Galpo provisrio climatizado com rea e p direito adequados;
Container de apoio tcnico-administrativo;
Maquinrio especfico para caldeiraria;
rea especfica para armazenamento de materiais;
rea especfica para descarte de materiais;
Fonte com capacidade adequada para o maquinrio;
Equipamentos para ensaios diversos ou laboratrio mvel.
184
Sendo a interveno executada pela primeira vez, conveniente elaborar um projeto e para isso h
necessidade de planejamento, definio do escopo de servio, avaliao de reforo de pessoal,
insumos e a necessidade de contratao de fabricante.
A gesto do conhecimento em grandes reparos de grande valia para a empresa pois envolve todo o
processo de contratao, fornecimento, execuo do reparo, remontagem e testes, tudo isso far com
que a empresa tenha ganhos expressivos na transferncia de conhecimentos. O resultado desse
projeto, que pode ser chamado de piloto, deve transformar-se em um processo a ser aplicado em
reparos similares.
H outros ganhos com a gesto do conhecimento, tais como: durante o projeto piloto so levantadas
as falhas e as solues adotadas para corrigir; Definio de alertas para evitar surpresas
desagradveis; Elaborao de check-list a ser feito durante as etapas de execuo e testes.
Todo o processo tambm pode ser filmado, fotografado e documentado, mostrando todos os detalhes
importantes, de tal forma que os registros, filmes e fotos possam ser editados com a participao dos
especialistas na atividade desenvolvida, e esse acervo ser utilizado quando da necessidade de se
executar reparos semelhantes. Para registro das atividades (captura do conhecimento) deve ser
avaliada a necessidade de aquisio de meios fsicos especficos ou contratao de empresa
especializada.
6.3.1.6 Garantia
Um reparo realizado no campo requer tratamentos tcnico, comercial e de seguro, diferenciados em
relao a um reparo similar realizado em ambiente de fbrica.
Ensaios finais de aceitao do equipamento aps reparo:
A operao adequada de um transformador, aps reparo de complexidade com graus 3 a 5, de acordo
ao item 6.1 deste guia de manuteno, depende da qualidade e confiabilidade do projeto do reparo,
dos processos fabris associados, mo de obra especializada, transporte, montagem no campo e
comissionamento.
A aprovao tcnica de um reparo feita atravs da realizao de ensaios em laboratrio. Dentre
eles, os de carter dieltrico se revestem de importncia especial, pois, atravs deles possvel
garantir que o projeto do reparo foi correto, os processos fabris foram adequadamente executados e
que o material isolante empregado est isento de defeitos de montagens ou contaminaes.
No campo, do ponto de vista dieltrico podem ser realizados ensaios como os de tenso aplicada e
induzida. Os ensaios de impulso aps reparos de campo apresentam elevada complexidade tcnica de
realizao devido a necessidades especiais de ambiente e equipamentos de ensaio.
Garantia comercial:
Considerando-se que em um reparo em campo no sero realizados ensaios de impulso atmosfrico e
de manobra, deve ser observada a possibilidade de uma garantia superior a que seria praticada em
um reparo similar realizado em ambiente de fbrica.
185
Seguro:
Na negociao de prmios e franquias de seguros, devem ser considerados que, em caso de sinistros
graves (principalmente que envolvam enrolamentos), os reparos devem ser realizados em ambiente
de fbrica.
No caso de um reparo em campo, h uma reduo substancial de custos, principalmente de
transporte, que devem ser considerados numa possvel iseno de franquias. Esse tema deve ser
explorado pelo concessionrio, quando da renovao de seu seguro.
186
187
6.3.3.2 Transporte
Dados a serem informados para transporte:
Dimenses do equipamento para transporte (Largura, Altura e Comprimento);
Dimenses do conjunto transportador (Largura, Altura e Comprimento);
Maior peso para transporte;
Peso bruto total do conjunto combinado;
Endereo do emitente;
Endereo do destinatrio;
CNPJ e I.E. do emitente;
CNPJ e I.E. do destinatrio;
Valor para efeito do seguro;
Volume e peso do leo;
Volume e peso dos acessrios;
Informar se vai ser transportado com ou sem leo;
Itinerrio de viagem;
Placas do conjunto transportador (cavalo mecnico e carreta);
188
189
Com a finalidade de permitir a dilatao do leo devido s variaes de temperatura, parte do leo
dever ser retirado.
A quantidade de leo contida no tanque dever ser suficiente para cobrir a parte ativa devendo o
nvel do leo ficar em torno de 150 mm abaixo da tampa.
O espao vazio acima do leo dever ser preenchido com ar seco, com presso positiva de 0,2
kgf/cm2.
Transporte sem leo
A fim de reduzir o peso, os transformadores de grande porte so transportados sem leo, e para
evitar a penetrao de umidade colocada uma presso de ar seco no seu interior.
Nesse caso, o ideal que possua sistema de compensao automtica de presso para compensar
perdas durante a viagem.
O dispositivo de controle de presso automtico constitudo de um regulador de alta presso, com
manmetro do lado do cilindro de gs, com graduao de 0 a 300 kgf/cm2, e um outro manmetro de
baixa presso com escala de 0 a 1 kgf/cm, que indica a presso no transformador.
Caso no disponha de sistema automtico, necessrio que se faa verificaes peridicas, a fim de
manter a presso interna, sendo necessria a reposio manual de presso, para obter a presso
desejada.
A presso ideal que deve ser mantido o tanque, de 0,2 kgf/cm podendo ser admitida uma variao
entre 0,1 a 0,3 kgf/cm.
Devero ser previstos cilindros de gs de reserva para acompanhar o transporte.
A presso correta do transformador dever ser medida por um manmetro de melhor preciso, de
escala de 0 a 0,5 kgf/cm, instalado em um registro da parte superior do tanque.
Retirada do leo
No caso do transformador ser transportado sem leo, este dever ser retirado utilizando uma bomba
de leo, colocando-o em tambores limpos, carretas ou tanques para transporte, que devem ser
certificados antes do uso, a fim de evitar contaminao por PCB ou outro produto qumico.
medida da retirada do leo dever ser injetado gs seco para preencher os espaos vazios deixados
pelo leo. O gs seco pode ser nitrognio ou ar sinttico com teor de gua inferior ou igual a 5 ppm
por volume presso atmosfrica, sendo que para o nitrognio o seu grau de pureza deve ser
superior a 99,995%.
190
Buchas
As buchas de 13,8 kV de porcelana, preferivelmente no devem ser retiradas, a no ser nos casos em
que a altura do equipamento sobre a carreta ultrapasse o limite da altura permitida para a estrada
que ir circular, caso permaneam devem ser protegidas.
Para a retirada das buchas condensivas, soltar os parafusos do flange e retira-la com auxlio de
guincho, tomando o cuidado para se evitar choques mecnicos.
As buchas condensivas devem ter protees contra absoro de umidade na parte inferior, bem como
serem colocadas em caixas resistentes, ou embalagens apropriadas para transporte seguro.
Quando da retirada da bucha, tomar o cuidado em amarrar a sua cordoalha (lead) a fim de evitar que
caia sobre a parte ativa, amarrando-a na parte interna do flange.
Aps a retirada das buchas, as escotilhas devem ser flangeadas e vedadas para possibilitar
estanqueidade do transformador.
Conservador, Tubulaes, Moto-ventiladores, Canecos e Instrumentos
Para se retirar o conservador necessrio retirar antes o rel Buchholz, bem como soltar e identificar
a sua fiao, a do indicador de nvel de leo, como outras que possam haver. O rele deve ser
protegido com um saco plstico contra a entrada umidade e corretamente acondicionadas.
Estando solta a tubulao e o suporte de sustentao, prender a eslinga (estropo), e com o guindaste
remover o conservador.
Todas as aberturas das tubulaes do conservador devero ser protegidas contra absoro de
umidade, utilizando flanges cegos e vedao, ou mesmo plstico adequado.
Os instrumentos, tais como: indicadores de nvel de leo, termmetro de leo e de enrolamento,
devero ter seus vidros protegidos por material resistente a presso mecnica e impacto, e
preferencialmente retirados e corretamente acondicionados.
Os eletrodutos devero ter suas extremidades protegidas com plstico fixado por meio de fita adesiva.
Os moto-ventiladores devero ser retirados marcando suas posies e posteriormente embalados,
bem como ter sua fiao identificada.
Existem casos em que necessria a desmontagem dos canecos das buchas, a fim de no ultrapassar
as dimenses mximas permitidas para transporte.
Os acessrios devero ser transportados em separado, convenientemente acondicionados em
embalagens apropriadas, protegidas contra choques mecnicos e contra absoro de umidade.
191
Radiadores
Antes da retirada dos radiadores devem ser fechadas as vlvulas que o interligam ao tanque.
Soltar primeiramente o tubo inferior do radiador deixando o leo escoar dentro de um tambor cortado
ao meio, e atravs de uma bomba drenar o leo para os tambores ou carreta.
A retirada dos radiadores deve ser feita com o auxlio de um guincho e devem-se evitar choques
mecnicos entre eles. Para o empilhamento devem ser colocadas madeiras entre eles.
Dever ser colocado um flange cego no tubo ou vlvula do tanque, antes de se retirar o prximo
radiador.
Caso no haja flanges cegos para os radiadores, os mesmos podero ser unidos flange com flange,
com vedao entre eles para evitar a entrada de umidade.
Rodas
As rodas do transformador devero ser despachadas junto carreta que levar o tanque. Os
parafusos das rodas devem ser acondicionados em saco plstico e enviados juntamente com as rodas.
Amarrao na carreta
O transformador dever ser fixado na carreta, por meio de esticadores, manilhas, cabos de ao e
grampos.
Na parte superior, o tanque dever possuir uma armao de madeira denominada "limpa fio", para
evitar enrosco no trajeto com obstculos tais como galhos de arvores cabos eltricos e telefnicos.
Verificaes antes de se iniciar o transporte:
Verificar a correta instalao e posicionamento do registrador de impacto;
Verificar a presso no transformador, bem como a presso do cilindro de gs;
Verificaes durante o transporte:
Verificar, pelo menos 2 vezes ao dia, a presso do transformador, cujo o valor deve manter-se
entre 0,1 a 0,3 kgf/cm2;
Aparecimento de vazamentos de leo, quando o transformador for transportado com leo;
Quando o manmetro de 0 a 300 kgf/cm2 indicar uma presso igual ou inferior a 10 kgf/cm2,
trocar o cilindro;
Comunicar qualquer anormalidade ocorrida durante o transporte.
Cuidados: No dirigir o veculo em altas velocidades, com arranques rpidos, freadas bruscas,
solavancos ou mesmo parar em locais inclinados, curvas ou locais perigosos.
192
6.3.3.3 Infraestrutura
A infraestrutura de uma oficina fornecedora de servios de reparo deve ser adequada tecnicamente
para reparos em equipamentos de grande porte, pois deve possuir todos os recursos necessrios para
o trabalho.
Uma oficina de reparo deve ter uma infraestrutura mnima de uma oficina prpria de manuteno,
conforme item 7.3.1.3.
Adicionalmente, deve ser exigido da contratada todos os procedimentos escritos das diversas etapas
dos servios a serem executados durante o reparo. desejvel que a contratada possua um sistema
da qualidade implementado ou desenvolva um plano da qualidade especfico para os servios a serem
realizados.
As atividades de inspeo durante as atividades de reparo devem constar da especificao de reparo
utilizada na contratao do reparo (Plano de inspeo e testes PIT).
A empresa contratada deve possuir um laboratrio de alta tenso com capacidade suficiente para
executar todos os ensaios especificados pela contratante. Os ensaios eltricos previstos na
especificao de reparo devem ser suficientes para comprovar a eficincia dos trabalhos realizados.
O controle da qualidade durante a fabricao e os respectivos ensaios, a cargo da contratada, devem
ser efetuados de acordo com as normas da ABNT ou com normas internacionais.
O inspetor designado pela contratante para acompanhamento e verificao do reparo deve ter pleno
conhecimento dos equipamentos a serem reparados, bem como os instrumentos e equipamentos a
serem utilizados durante todo o processo. Alm disso, dever estudar previamente as instrues,
desenhos, verificar as calibraes dos instrumentos, os certificados de procedncia das matrias
primas e dos componentes e os relatrios internos de controle. Deve acompanhar os ensaios, conferir
e analisar resultados emitindo parecer. Em caso de no aprovao deve exigir correo de no
conformidades e a repetio de qualquer ensaio.
Entre os ensaios possveis de execuo no laboratrio da contratada sugere-se:
Resistncia eltrica dos enrolamentos;
Relao de tenses;
Resistncia de isolamento;
Fator de potncia e capacitncia de buchas e transformador;
Deslocamento angular e sequncia de fases;
Perdas a vazio e corrente de excitao a 90%, 100% e 110% da tenso nominal;
Perdas em carga e impedncia com corrente reduzida;
Tenso induzida de curta durao;
Tenso induzida de longa durao com medio e localizao acstica de descargas parciais;
Funcional dos acessrios;
Resposta em frequncia;
Resistncia de isolamento de ncleo e armadura/tirantes;
Ensaios fsico-qumicos e gascromatografia do leo isolante;
Ensaios de impulso atmosfrico e de manobra;
Ensaio de elevao de temperatura.
194
Nota: devem ser observadas as normas vigentes e procedimentos internos das empresas
contratantes.
195
196
197
Processamento
de
Dados
armazenamento
histrico
198
(a)
(b)
As estatsticas apresentadas apontam de forma geral os subsistemas dos transformadores que devem
ser diagnosticados pelos sistemas de monitoramento. Em funo disso, a tabela 7.1 detalha algumas
das possveis funes de diagnstico para os diversos subsistemas.
Caber a cada empresa a anlise dos subsistemas a monitorar considerando a estratgia prpria de
gesto de ativos.
Nota: Informaes complementares so encontradas na Brochura 343 Cigr - WG A2.27 Recommendations for Condition Monitoring And Condition Assessment Facilities For Transformers.
199
Subsistemas
Funes de monitoramento
Buchas
Parte ativa
Gs no leo
Previso de temperaturas
Previsibilidade Dinmica de Carregamento
Simulaes de carregamento
Superviso trmica
Desgaste do contato
Assinatura do mecanismo
Umidade no leo
Previso de Manuteno do comutador
Tanque e leo
Umidade no leo
Sistema de resfriamento
Subsistema
Buchas
Grandezas Monitoradas
Capacitncia ou Desvio Relativo de Capacitncia
Tangente Delta
Temperatura do leo
Parte Ativa
Tanque e leo
Posio de tap
Torque do acionamento
Teor de gua no leo (ppm)
Saturao relativa de gua no leo %
Saturao relativa temp. ambiente e de referncia
Sistema de Resfriamento
Outros
200
Nota: Informaes complementares so encontradas na Brochura 343 Cigr - WG A2.27 Recommendations for Condition Monitoring And Condition Assessment Facilities For Transformers.
Como exemplo e, devido relevncia frente aos demais sistemas de monitoramento on-line contnuo,
este comenta os seguintes:
201
O princpio bsico deste mtodo baseia-se no fato de que em um sistema trifsico balanceado,
utilizando buchas condensivas idnticas e em iguais condies de conservao, o vetor da somatria
de suas correntes de fuga ser zero. Apesar desta correta afirmao, estas consideraes no
correspondem fielmente a realidade, j que dificilmente um sistema perfeitamente balanceado e as
202
(b)
(a)
Figura 7.4: (a) Sistema equilibrado com corrente de fuga assumida como condio normal,
(b) Sistema com alterao na corrente de fuga inicial
Seu princpio baseia-se na comparao da somatria das tenses referentes s trs fases, com uma
tenso de referncia do sistema em que o transformador est conectado atravs de um redutor de
tenso, como por exemplo um transformador de potencial capacitivo. Os componentes C0a, C0b, C0c
e Cg so capacitncias de acoplamento inseridas no circuito para possibilitar a medio da somatria
das tenses, assim como a impedncia de medio, Zg. Os valores destes so definidos de modo que
o mdulo da tenso medida resultante da somatria da contribuio das trs fases (Usum) e o
mdulo da tenso de referncia (Uref) sejam idnticos, ou com uma diferena padronizada
considerada como aceitvel.
203
A figura 7.6 mostra um grfico resultante de um ensaio realizado, utilizando este tipo de
monitoramento, sendo simulado um curto-circuito na capacitncia C2 da bucha da fase (C2a).
Figura 7.6: Grficos resultantes do ensaio realizado em um conjunto trifsico de buchas, utilizando o sistema de
monitoramento baseado na somatria das tenses,
simulando um curto-circuito na capacitncia C2 da fase "a"(C2a).
observado que quando da ocorrncia da falta na capacitncia C2a o mdulo da tenso Usum
(somatria das trs tenses) alterado significativamente, mostrando claramente a influncia do
curto-circuito no grfico. Nota-se tambm que em ambas as situaes, normal ou em falta,
considerada normal uma defasagem existente entre a tenso de somatria (Usum) e de referncia
(Uref), porm quando da ocorrncia do curto-circuito, a defasagem entre o novo valor de Usum e o
valor de referncia (Uref) alterado, indicando defeito na bucha.
Medio do desvio da capacitncia
A distribuio de tenses atravs de um divisor capacitivo o princpio utilizado neste tipo de
monitoramento, que de forma indireta mede o desvio da capacitncia C1 de um conjunto trifsico de
buchas condensivas. A figura 7.7, mostra de forma simplificada a distribuio de tenses de uma
bucha, de acordo com suas capacitncias C1 e C2.
Figura 7.7: Circuito simplificado de uma bucha condensiva e sua distribuio de tenses baseado no
divisor capacitivo formado por suas capacitncias.
204
Estando a Equao anterior em funo das capacitncias C1, C2 e Cd, bem como da tenso U1, notase que uma alterao no valor de qualquer uma destas variveis, tambm varia o valor de U2.
7.5 Arquiteturas
Atravs da escolha e especificao da arquitetura mais adequada, possvel viabilizar a aplicao de
sistemas de monitorao on-line continuo em transformadores de todos os portes.
Para a medio das grandezas monitoradas no transformador, duas arquiteturas bsicas so
utilizadas:
205
Centralizada Utiliza um elemento centralizador (IED Intelligent Electronic Device, CLP, IHM,
etc.) geralmente localizado prximo ao transformador ou na sala de controle da subestao,
para receber as medies dos diversos sensores, ou IEDs, digitaliz-las e retransmiti-las para o
servidor de monitoramento on-line;
Descentralizada Utiliza sensores eletrnicos inteligentes (IED), geralmente localizados no
corpo do transformador, com capacidade de processamento das informaes e transmisso
direta para um servidor de monitoramento on-line.
Nota: Em ambas arquiteturas, os dados aquisitados podem ser transmitidos ao sistema SCADA.
As necessidades especficas de manuteno e a capacidade de integrao com outros sistemas, de
cada uma dessas arquiteturas, devem ser levadas em considerao quando do planejamento da
manuteno dos transformadores.
7.7 Consideraes
Existe a possibilidade de instalao de monitoramentos completos, com uma infinidade de medies
realizadas e vrias funcionalidades de clculos e simulaes, bem como um monitoramento
customizado, apenas com algumas variveis de interesse. Ao planejar a instalao de sistemas de
monitoramento, as empresas devem avaliar criteriosamente a real necessidade de utilizao dos
dados de monitoramento que estaro disponveis.
desejvel que o sistema seja expansvel e permita a integrao de novos sensores e funes de
monitoramento. Se o protocolo de comunicao for aberto, ser possvel integrar os diversos sensores
em uma rede de monitoramento, ou em uma central de monitoramento da empresa.
Cabe a cada empresa decidir qual ser a abrangncia e melhor arquitetura para o seu sistema de
monitoramento, que dever ser adequado sua estratgia de gesto de ativos.
206
207
208
8. ANEXOS
8.1 baco para Obteno dos Valores de URSI.
209
210
EMPRESA
SUBESTAO:
FASE : ( ) A
FABRICANTE / N DE SRIE:
EQUIPAMENTO:
( )B ( )C
( ) MONOFSICO (
VISUAL
Acima
Normal
Abaixo
Acima
Normal
Abaixo
vedao
transformador
Nvel do leo do
Estado da
comutador
Aterramento
Bom
Ruim
Estado das
No existe
Ruim
Bom
Ruim
Bom
Ruim
Aberta ( s )
Fechada ( s )
Existe
No existe
buchas
Bom
Ruim
Vlvulas dos
No existe
radiadores
do neutro
Estado das
Boa
slica-gel
do tanque
Aterramento
ANO DE FABRICAO:
POTNCIA:
) TRIFSICO
INSPEO
Nvel do leo do
N
REVISO
DATA:
Bom
Regular
Ruim
Corroso
rguas e fiao
FUNCIONAMENTO
Identificao
Funo
Sim
No
Imagem trmica
Identificao
Funo
Indicador de nvel do
alarme
Sim
leo do transformador
49 H
Indicador de nvel do
alarme
leo do comutador
Rel buchholz
alarme
Imagem trmica
do transformador
desligamento
49 X
desligamento
Vlvula de presso
desligamento
Comutador
comando man.
Imagem trmica
de
comando elt.
49 Y
Taps
comando autom.
Termmetro de
alarme
Ventilao forada
**********
Cto. de aquecimento
**********
Cto. de iluminao
**********
topo de leo
RESISTNCIA
Temperatura ambiente
Identificao disp. auxiliar
26
Topo de leo
DO
ISOLAMENTO
Umidade relativa do ar
Megaohms ( M )
N do instrumento
Megaohms ( M )
Ventilador
49 H
V2
Ventilador
49 X
V3
Ventilador
49 Y
V4
Ventilador
63
V5
Ventilador
63
V6
Ventilador
71
V7
Ventilador
71
V8
Ventilador
Vlvula de alvio
V9
Ventilador
M1
Moto bomba
V10
Ventilador
M2
Moto bomba
V11
Ventilador
M3
Moto bomba
V12
Ventilador
M4
Moto bomba
*O ensaio poder ser realizado includo fiao + acessrio; No caso de anormalidade, separ-los e registrar no campo 'observaes'.
OBSERVAES
Executantes
Hh
211
No
REVISO:
DATA:
SUBESTAO:
FABRICANTE / N DE SRIE:
EQUIPAMENTO: TRANSFORMADOR
FASE : ( ) A
( )B ( )C
( ) MONOFSICO (
MODELO DO COMUTADOR:
ANO DE FABRICAO:
POTNCIA:
) TRIFSICO
FABRICANTE DO COMUTADOR:
00
ANO DE FABRICAO:
OPERAES
TENSO FIXA:
ENCONTRADO:
DEIXADO:
INSTRUMENTOS UTILIZADOS:
FABRICANTE
N SRIE
TIPO
N PATRIMNIO
Resistncia em
Condio
Enrol. MT
Enrol. BT
TP
TP
TP
TE
TE
TE
Resist. p/ indicao
remota de
temperatura (Obs. 3)
O
AT
MT
BT
Term. leo
Fech Aber
C
C
1 Est-ventil.
C
C
2 Est-ventil.
C
C
Alarme
C
C
Trip
Term. Enr. AT
C
C
1 Est-ventil.
C
C
2 Est-ventil.
C
C
Alarme
C
C
Trip
Term. Enr. MT
C
C
1 Est-ventil.
C
C
2 Est-ventil.
C
C
Alarme
C
C
Trip
Term. Enr. BT
C
C
1 Est-ventil.
C
C
2 Est-ventil.
C
C
Alarme
C
C
Trip
Resfriamento
Aquecimento
TP
Enrol. AT
EXECUTANTES:
DATA:
HOMENS x HORAS
/
FUNO
1:
2:
3:
4:
212
QUANT.
INCIO
FIM
REVISO:
DATA:
EMPRESA
FASE : ( ) A
FABRICANTE / N DE SRIE:
EQUIPAMENTO: TRANSFORMADOR
( )B ( )C
MODELO DO COMUTADOR:
( ) MONOFSICO (
ANO DE FABRICAO:
POTNCIA:
) TRIFSICO
FABRICANTE DO COMUTADOR:
00
ANO DE FABRICAO:
OPERAES
TENSO FIXA:
ENCONTRADO:
DEIXADO:
INSTRUMENTOS UTILIZADOS:
FABRICANTE
N SRIE
TIPO
N PATRIMNIO
AFERIO DE TRANSDUTORES
FUNO
TENSO
DE ALIM.
(Vcc)
ENTRADAS
V
mVcc
SADA
NOMINAL
(mAcc)
SADA
LIDA
(mAcc)
ERRO
%
OBSERVAES:
EXECUTANTES:
DATA:
HOMENS x HORAS
/
FUNO
1:
2:
3:
4:
213
QUANT.
INCIO
FIM
SUBESTAO:
FASE : ( ) A
MODELO DO COMUTADOR:
REVISO:
DATA:
CONTATOS AUXILIARES
DISJUNTORES DE SADA DE
QUADROS DE SERVIOS AUXILIARES
FABRICANTE / N DE SRIE:
EQUIPAMENTO: TRANSFORMADOR
( )B ( )C
( ) MONOFSICO (
ANO DE FABRICAO:
POTNCIA:
) TRIFSICO
FABRICANTE DO COMUTADOR:
00
ANO DE FABRICAO:
OPERAES
TENSO FIXA:
ENCONTRADO:
DEIXADO:
INSTRUMENTOS UTILIZADOS:
FABRICANTE
N SRIE
Disjuntor
Identificao
TIPO
Contatos Auxiliares
Posio Contato
Rgua/borne
N PATRIMNIO
Disjuntor
Posio
Identificao
Contatos Auxiliares
Posio
Contato
Rgua/borne
Posio
OBSERVAES:
EXECUTANTES:
DATA:
HOMENS x HORAS
/
FUNO
1:
2:
3:
4:
214
QUANT.
INCIO
FIM
N
REVISO:
DATA:
SUBESTAO:
EQUIPAMENTO:
FABRICANTE / N DE SRIE:
00
N OPERACIONAL:
TRANSFORMADOR
INSTRUMENTOS UTILIZADOS:
FABRICANTE
FASE
E
N
S
A
I
O
N SRIE
LEIT.
N PATRIMNIO
TENSO DE ENSAIO:
VOLT / AMPERES
AMPERES
mVA
TIPO
mA
MULT.
2,5 kV
FATOR
POTNCIA
WATTS
A
PROD.
mW
LEIT.
W
MULT.
PROD.
CAPACITNCIA
%
MEDIDO
10 kV
F
A 20 C
MEDIDA
pF
TEMP.
AMB.
UMID.
RELAT.
PLACA
1
2
3
4
5
6
CONEXES DE ENSAIO/CLCULOS
E
N
S
A
I
O
CONEXES
FASE
NMERO
DE SRIE
CABO
H.V.
CHAVE
SELETORA
POSIO
CABO
L.V.
CLCULOS
FATOR POTNCIA
CAPACITNCIA
2,5 kV = mW x 100
mVA
RESISTNCIA
2,5kV = 6250
mW
10 kV = W x 10 = W x
1000
10 kV = mA x 265
mA
10kV = 100
W
3
4
5
6
OBSERVAES:
EXECUTANTES:
DATA:
HOMENS x HORAS
/
FUNO
1:
2:
3:
215
QUANT.
INCIO
FIM
FABRICANTE / N DE SRIE:
EQUIPAMENTO:
( )B ( )C
( ) MONOFSICO (
Ligao do transformador
Yyd
Yd
Yy
Leitura
Autotransformador
Valores calculados
Imp. medida
Ensaio
ANO DE FABRICAO:
Dy
Valores medidos
Tap
00
POTNCIA:
) TRIFSICO
Tipo
de
REVISO:
DATA:
SUBESTAO:
FASE : ( ) A
Transf.
Imp. base
Zb = Vb ohms
Z%
Zo(%) = 100 x Zm
Pb
Observaes
Zb
Dois Enrolamentos
1
1
3
mdia :
1
2
3
mdia :
1
Z1No
2
3
mdia :
1
Z1Ns
2
3
mdia :
1
Z2No
Enrolamentos ou Autotransformador
3
mdia :
1
Z2Ns
2
3
mdia :
1
Z1No
2
3
mdia :
Trs
1
Z1Ns
2
3
mdia :
1
Z2No
2
3
mdia :
1
Z2Ns
2
3
Aterramento
mdia :
1
2
3
mdia :
OBSERVAES
EXECUTANTES:
1:
HOMENS x HORAS
FUNO
DATA:
2:
3:
4:
216
QUANT.
INCIO
FIM
N O rde m
Relatrio de Manuteno
EMPRESA
N F ic ha
de Comutadores
DADOS GERAIS
R e gio na l
S/ E
P o s i o
D ata
N C o m ut . P r x. M C C G D a t a P r x. M C C G
F a bric a nt e
N de S rie
T ipo
R e l. T e ns o ( KV )
F a bric a nt e
N de S rie
T ipo
P o s i e s
N C o m ut . lt . M C C G N de S rie
T ipo
T a nque
P o t. (M VA )
Trafo
Comutador
Acionamento
PONTOS DE VERIFICAO
A c io na m e nt o E l t ric o
OK
A c io na m e nt o M e c nic o
Motor
Engate p/ Acion.Manual
Eixos acionadores
Eixos acionadores
Chaves
Indicador de Posio Remota
Indicador de Operaes
Acumulador de Energia
Placa Borne
Correia
Resistncia de Aquecimento
Outros
Corrente
Freio
C ha v e C o m ut a do ra - P a rt e I
OK
C ha v e C o m ut a do ra - P a rt e II
Acumulador de Energia
Contatos de Transio
Eixo Isolante
Cilindro
Placas Isolantes
Cordoalhas
Engrenagens
Molas
Parafusos
Contatos Principais
Outros
D iv e rs o s
Eixos acionadores
Tanque de expanso
Tub ulao
Contatos Fixos
Contatos Moveis
Registros
Vedaes
Terminais de Saida
Estanqueidade do cilindro
Respiro
S e le t o r e P r S e le t o r
M e di e s
Resist. Transio
Sob represso / Fluxo
OK
V a lo re s
Kgf/cm
Silicagel
Outros
OBSERVAES
RESPONSVEIS
E xe c ut a do po r
E ng S upe rv is o r
217
OK
OK
OK
N O rde m
Relatrio de Inspeo/Aferio em
EMPRESA
D ata
S/ E
F a bric a nt e
P o s i o
N de S rie
F ase
D a t a de F a bric a o
C digo
R e la o ( KV )
P o t nc ia ( M V A )
PONTOS DE VERIFICAO
Submenu
Parmetro
ALM
ALO
DSO
RDO
ALE
DSE
RDE
CNF
TRF
RF
FSA
FE1
IE1
FE2
IE2
RTD
DMT
COM
BDR
END
PRT( op )
SUP
IDI
NPW
GEO
TE
HS+
HS*
2*M
CNT
CNS
RF1
RF2
HIS
CV1( op )
CV2 ( op )
HIC ( op )
EVH ( op )
EVM ( op )
TEV ( op )
Descrio
Ok
Un
C
C
min
C
C
min
n
Valor ajuste
C
C
C
C
cod
C
n
kbps
n
cod
cod
cod
n
C
seg
C
n
n
KA
A
C
C
C
%
%
%
hora
min
min
OBSERVAES
2*M - Expoente enrol.
RESPONSVEIS
E xe c ut a do po r
E ng S upe rv is o r
218
1,6
leo natural/forado
leo dirigido
EMPRESA
SUBESTAO:
FASE : ( ) A
MOTO
VENTILADOR
N
REVISO:
DATA:
REATOR E TRANSFORMADOR
EQUIPAMENTO: TRANSFORMADOR
( )B ( )C
( ) MONOFSICO (
FABRICANTE / N DE SRIE:
00
ANO DE FABRICAO:
POTNCIA:
) TRIFSICO
ISOLAMENTO
500 Vcc/1 min.
R(A) x S(B)
S(B) x T(C)
T(C) x R(A)
R(A)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
MEGGER:
OBSERVAES:
UR %:
TA (C):
EXECUTANTE:
DATA:
SUPERVISOR:
DATA:
219
S(B)
T(C)
REVISO:
DATA:
SUBESTAO:
FASE : ( ) A
EQUIPAMENTO: TRANSFORMADOR
( )B ( )C
( ) MONOFSICO (
MODELO DO COMUTADOR:
FABRICANTE / N DE SRIE:
ANO DE FABRICAO:
POTNCIA:
) TRIFSICO
FABRICANTE DO COMUTADOR:
00
ANO DE FABRICAO:
OPERAES
TENSO FIXA:
ENCONTRADO:
DEIXADO:
INSTRUMENTOS UTILIZADOS:
FABRICANTE
N SRIE
TIPO
N PATRIMNIO
NORMA:
Tempo em Min.
Ponto de
Amostragem
+1
+1
+1
Temperatura C
Mdia
kV
Ensaio
+1
leo
Amb.
Umid.
Relat. %
TEMP.
AMB.
UMID.
RELAT.
1
2
3
Mdia Final
1
2
3
Mdia Final
E
N
S
A
I
O
1
VOLT / AMPERES
AMPERES
mVA
LEIT.
mA
MULT.
FATOR
POTNCIA
WATTS
A
PROD.
mW
LEIT.
W
MULT.
PROD.
CAPACITNCIA
F
%
MEDIDO
A 20 C
pF
MEDIDA
PLACA
2
3
CLCULOS
OBSERVAES:
FATOR POTNCIA
CAPACITNCIA
2,5 kV = mW x 100
mVA
10 kV = W x 10 = W x 1000
mA
EXECUTANTES:
DATA:
FUNO
2:
3:
4:
10 kV = mA x 265
2,5kV = 6250
mW
10kV = 100
W
HOMENS x HORAS
1:
RESISTNCIA
220
QUANT.
INCIO
FIM
EMPRESA
SUBESTAO:
FABRICANTE / N DE SRIE:
EQUIPAMENTO: TRANSFORMADOR
FASE : ( ) A
( )B ( )C
MODELO DO COMUTADOR:
( ) MONOFSICO (
REVISO:
DATA:
ANO DE FABRICAO:
POTNCIA:
) TRIFSICO
FABRICANTE DO COMUTADOR:
00
ANO DE FABRICAO:
OPERAES
TENSO FIXA:
ENCONTRADO:
DEIXADO:
INSTRUMENTOS UTILIZADOS:
FABRICANTE
N SRIE
TIPO
N PATRIMNIO
RELAO DE TRANSFORMAO
TAP
Tenso
(V)
PRIMRIO / SECUNDRIO
CONEXES
P1-P2
C1-C2
RELAO
NOMINAL
PRIMRIO / TERCERIO
RELAO
MEDIDA
ERRO
%
CONEXES
P1-P3
C1-C3
RELAO
NOMINAL
RELAO
MEDIDA
ERRO
%
POLARIDADE
VERIFICAO DA POLARIDADE:
CONFORME
NO CONFORME
OBSERVAES:
EXECUTANTES:
DATA:
HOMENS x HORAS
/
FUNO
1:
2:
3:
4:
221
QUANT.
INCIO
FIM
EMPRESA
SE:
Marca:
Lig.:
Enrolamento:
Comissionamento
Man.Corretiva Programada
Tenso Aplicada:
VCC
H0H1
POS
Volts
Amper
Man.Corretiva Emergencial
H0H2
OHMS
75 C
Volts
Amper
00
Data:
NManut.:
Man.Preventiva
REVISO:
DATA:
Potncia:
NSerie:
Tenses:
Ensaio realizado por:
CDC
H0H3
OHMS
75 C
Volts
Amper
OHMS
75 C
1
2
3
4
5
6
7
8
9A
9B
9C
10
11
12
13
14
15
16
17
Tenso aplicada:
Enrolamento:
POS
CST
X0
X1
Corrig.
OHMS
75 C
Y1
Y2
Corrig.
OHMS
75 C
VCC
X0
X2
Corrig.
OHMS
75 C
0 C
X0
X3
Corrig.
OHMS
75 C
1
2
3
4
5
Enrolamento:
Tenso aplicada:
POS
V
VCC
Temp.Top Oil:
Y2
Y3
Corrig.
OHMS
75 C
Instrumentos
Marca
0 C
Y1
Y3
Corrig.
OHMS
75 C
Tipo
Nmero
Executado por:
RE:
Data:
Executado por:
RE:
Visto:
Data:
Departamento:
Seo:
RE:
Visto:
222
REVISO:
DATA:
SUBESTAO:
FABRICANTE / N DE SRIE:
EQUIPAMENTO: TRANSFORMADOR
FASE : ( ) A
( )B ( )C
MODELO DO COMUTADOR:
( ) MONOFSICO (
ANO DE FABRICAO:
POTNCIA:
) TRIFSICO
FABRICANTE DO COMUTADOR:
00
ANO DE FABRICAO:
ENCONTRADO:
OPERAES
TENSO FIXA:
DEIXADO:
INSTRUMENTOS UTILIZADOS:
FABRICANTE
N SRIE
TIPO
N PATRIMNIO
Disjuntor
A x A
B x B
RESIST. CONTATO ()
Disjuntor Fechado
V x V
Temperatura Ambiente:
Disjuntor Fechado
A x A
B x B
Umidade Relativa:
V x V
OBSERVAES:
EXECUTANTES:
DATA:
HOMENS x HORAS
/
FUNO
1:
2:
3:
4:
223
QUANT.
INCIO
FIM
REVISO:
DATA:
SUBESTAO:
FASE : ( ) A
FABRICANTE / N DE SRIE:
EQUIPAMENTO: TRANSFORMADOR
( )B ( )C
MODELO DO COMUTADOR:
( ) MONOFSICO (
ANO DE FABRICAO:
POTNCIA:
) TRIFSICO
FABRICANTE DO COMUTADOR:
00
ANO DE FABRICAO:
OPERAES
TENSO FIXA:
ENCONTRADO:
DEIXADO:
INSTRUMENTOS UTILIZADOS:
FABRICANTE
N SRIE
TIPO
N PATRIMNIO
RESISTNCIA DE ISOLAMENTO
ENROLAMENTO
R. ISOLAM. M
RESISTNCIA HMICA
ENROLAMENTO
Fase A x Fase B
Fase A
Fase B x Fase V
Fase B
Fase V x Fase A
Fase V
Fase A x Massa
Enrolamento Motor
VALOR LIDO
Fase B x Massa
RESIST.
HMICA
MULTIP.
CONDIES
Fase V x Massa
Temp. Ambiente
Enrolamento x Massa
Umid. Relativa
Armadura x Massa
Temp. Enrolamento
Tenso de Ensaio
KV
ENSAIO DE FUNCIONAMENTO
VAZIO
EM CARGA
Tenso de Alimentao
V Tenso de Alimentao
Seqncia de Fases
Corrente Regime
Corrente de Partida
A Rotao
Corrente de Regime
A Vibrao
Rotao
A
RPM
SIM
NO
SIM
NO
OBSERVAES:
EXECUTANTES:
DATA:
HOMENS x HORAS
/
FUNO
1:
2:
3:
4:
224
QUANT.
INCIO
FIM
EMPRESA
SE:
Marca:
Lig.:
Enrolamento:
Comissionamento
Man.Corretiva Programada
Tenso Aplicada:
VCC
H0H1
POS
Volts
Amper
Man.Corretiva Emergencial
H0H2
OHMS
75 C
Volts
Amper
00
Data:
NManut.:
Man.Preventiva
REVISO:
DATA:
Potncia:
NSerie:
Tenses:
Ensaio realizado por:
CDC
H0H3
OHMS
75 C
Volts
Amper
OHMS
75 C
1
2
3
4
5
6
7
8
9A
9B
9C
10
11
12
13
14
15
16
17
Tenso aplicada:
Enrolamento:
POS
CST
X0
X1
Corrig.
OHMS
75 C
Y1
Y2
Corrig.
OHMS
75 C
VCC
X0
X2
Corrig.
OHMS
75 C
0 C
X0
X3
Corrig.
OHMS
75 C
1
2
3
4
5
Enrolamento:
Tenso aplicada:
POS
V
VCC
Temp.Top Oil:
Y2
Y3
Corrig.
OHMS
75 C
Instrumentos
Marca
0 C
Y1
Y3
Corrig.
OHMS
75 C
Tipo
Nmero
Executado por:
RE:
Data:
Executado por:
RE:
Visto:
Data:
Departamento:
Seo:
RE:
Visto:
225
SUBESTAO:
FASE : ( ) A
REVISO:
DATA:
EQUIPAMENTO: TRANSFORMADOR
( )B ( )C
( ) MONOFSICO (
MODELO DO COMUTADOR:
ANO DE FABRICAO:
POTNCIA:
) TRIFSICO
FABRICANTE DO COMUTADOR:
00
ANO DE FABRICAO:
ENCONTRADO:
OPERAES
TENSO FIXA:
DEIXADO:
INSTRUMENTOS UTILIZADOS:
FABRICANTE
N SRIE
TIPO
N PATRIMNIO
RESISTNCIA HMICA
F
A
S
E
EQUIPAMENTO
ENSAIADO
VALORES EM
CONEXES
MTODO DE QUEDA DE
TENSO
VALOR
V
A
CALCUL.
M
MTODO
DA
PONTE
CONDIES
TEMPERATURA C
A 75C
AMB.
LEO
ENROL.
OBSERVAES:
CORREO A 75C
Rc = R1
309,5
T + 234,5
Rc Resistncia a 75C
R1 Resistncia medida
T Temperatura do ensaio (C)
EXECUTANTES:
DATA:
HOMENS x HORAS
/
FUNO
1:
2:
3:
4:
226
QUANT.
INCIO
FIM
REVISO:
DATA:
EMPRESA
CARACTERSTICA DE SATURAO DO TC
SUBESTAO:
FASE : ( ) A
EQUIPAMENTO: TRANSFORMADOR
( )B ( )C
( ) MONOFSICO (
MODELO DO COMUTADOR:
FABRICANTE / N DE SRIE:
ANO DE FABRICAO:
POTNCIA:
) TRIFSICO
FABRICANTE DO COMUTADOR:
00
ANO DE FABRICAO:
ENCONTRADO:
OPERAES
TENSO FIXA:
DEIXADO:
INSTRUMENTOS UTILIZADOS:
FABRICANTE
N SRIE
TIPO
N PATRIMNIO
Classe:
Classe:
Classe:
Tenso-normal:
Tenso-normal:
Tenso-normal:
Tenso
Corrente
mA
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
Variao
02-01
03-02
04-03
05-04
06-05
07-06
08-07
09-08
10-09
11-10
12-11
13-12
14-13
15-14
16-15
17-16
18-17
19-18
20-19
Tenso
Corrente
mA
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
Variao
02-01
03-02
04-03
05-04
06-05
07-06
08-07
09-08
10-09
11-10
12-11
13-12
14-13
15-14
16-15
17-16
18-17
19-18
20-19
Leitura
Terminais:
Leitura
Terminais:
Leitura
Terminais:
Tenso
Corrente
mA
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
Variao
02-01
03-02
04-03
05-04
06-05
07-06
08-07
09-08
10-09
11-10
12-11
13-12
14-13
15-14
16-15
17-16
18-17
19-18
20-19
OBSERVAES:
1. Tenso mxima de Ensaio:
200V n mnimo de leituras 20
< 200V n mnimo de leituras 10
EXECUTANTES:
DATA:
HOMENS x HORAS
/
FUNO
1:
2:
3:
4:
227
QUANT.
INCIO
FIM
SUBESTAO:
( )B ( )C
MODELO DO COMUTADOR:
REVISO:
DATA:
RELAO DE TRANSFORMAO,
RESISTNCIA HMICA E DE ISOLAMENTO
TCS DE BUCHA
FABRICANTE / N DE SRIE:
EQUIPAMENTO: TRANSFORMADOR
FASE : ( ) A
( ) MONOFSICO (
ANO DE FABRICAO:
POTNCIA:
) TRIFSICO
FABRICANTE DO COMUTADOR:
00
ANO DE FABRICAO:
OPERAES
TENSO FIXA:
ENCONTRADO:
DEIXADO:
INSTRUMENTOS UTILIZADOS:
FABRICANTE
Bucha
Identificao
do TC
N SRIE
TIPO
Relao
Terminais
Placa
Medida
Erro
%
N PATRIMNIO
Polaridade
Resistncia Resistncia
hmica Isolamento
M
Temp C
OBSERVAES:
EXECUTANTES:
DATA:
HOMENS x HORAS
/
FUNO
1:
2:
3:
4:
228
QUANT.
INCIO
FIM
N O rde m
Relatrio de Manuteno de
EMPRESA
D ata
Termmetros Mecnicos
DADOS GERAIS
D e pa rt a m e nt o
S/ E
P o s i o
F a bric a nt e
F ase
N de S rie
C digo
D a t a de F a bric a o
R e la o ( KV )
P o t nc ia ( M V A )
PONTOS DE VERIFICAO
T e rm m e t ro
de le o
T e m pe ra t ura C
E nc o nt ra da
A jus t a da
T e m pe ra t ura C
T e rm m e t ro
E nro la m e nt o
E nc o nt ra da
A jus t a da
T e rm m e t ro
E nro la m e nt o 2
1 Grau
1 Grupo Vent.
1 Grau
2 Grau
2 Grupo Vent.
2 Grau
T e rm m e t ro de le o
OK
T e m pe ra t ura C
E nc o nt ra da
T e rm m e t ro de E nro la m e nt o
Caixa do Termmetro
Caixa do Termmetro
Termosensor de temperatura
Termosensor de temperatura
A jus t a da
OK
Corrente
(IA)
Relao Tc de Bucha
Corrente TC de Bucha (I1)
Relao Tc Auxiliar
Corrente TC Auxiliar (I2)
Corrente padro AKM (I3)
t ajustado c
10
T
I3
12
14
16
18
20
22
24
26
28
30
0,71/0,72 0,78/0,79 0,85/0,86 0,91/0,92 0,97/0,99 1,03/1,04 1,08/1,10 1,14/1,15 1,19/1,21 1,24/1,26 1,29/1,31
OBSERVAES
RESPONSVEIS
E xe c ut a do po r
E ng S upe rv is o r
229
EMPRESA
REVISO:
DATA:
SE:
Marca:
NSerie:
Potncia:
Lig.:
Tenses:
NManut.:
Data:
VOLTS AT
VOLTS BT
Man.Corretiva Prog.
Comissionamento
00
Man.Corretiva Emerg.
RELAO MEDIDA
RELAO
ERRO %
TERICA H1/H0-X1/X0 H2/H0-X2/X0 H3/H0/X3/X0
ERRO %
ERRO %
1
2
3
4
5
6
7
8
9A
9B
9C
10
11
12
13
14
15
16
17
Diagrama Vetorial:
Observaes:
Instrumentos
Executado por:
Executado por:
Departamento:
Marca
RE:
RE:
Seo:
230
Tipo
Data:
Visto:
RE:
Nmero
N O rde m
D ata
S/ E
T ipo
F a bric a nt e
R e la o de T e ns o ( KV )
E quipa m e nt o
N S rie
P o s i o
C digo
F a bric a nt e do C o m ut a do r
N o vo
T ipo do C o m ut a do r
V o lum e de le o
F ase
A no de F a bric a o
T e m pe ra t ura A m bie nt e
Um ida de R e la t iv a do A r
N S rie do C o m ut a do r
A c io na m e nt o do C o m ut a do r
EXECUO DO ENSAIO
Ins t rum e nt o Ut iliza do
H o r rio do E ns a io
T e m pe ra t ura da Is o la o ( C )
Le it ura 1
Le it ura 2
T e m pe ra t ura da Is o la o ( C ) - M dia
P re s s o do G s ( Kgf / c m )
P o nt o de O rv a lho ( C )
Le it ura 3
Le it ura 1
P o nt o de O rv a lho ( C ) - M dia
Le it ura 2
Le it ura 3
R e s ult a do UR S I ( %)
LIMITES DO ENSAIO
Recomenda-se que o valor de URSI seja menor ou igual a 0,5% para transformadores novos e 1,5% para
transformadores usados.
RESULTADO FINAL
O bs e rv a e s
RESPONSVEIS
E xe c ut a do po r
E ng S upe rv is o r
231
232
CAUSA
FALHA FUNCIONAL
COMPONENTE
SUBSISTEMA
SISTEMA
233
1
Falha sistema de monitoramento
1.1
Coleta de Sinais
1.2
Transmisso
1.3
Armazenamento
1.4
Tratamento
1.2.B
Hardware de
Aquisio
1.2.A
Sensores
1.5
Apresentao da Informao
1.2.C
Rede de comunicao
1.2.A.A
Transmite dados
de forma
intermitente
1.2.B.A
Transmite dados
de forma
intermitente
1.2.B.B
No transmite dados
aqisitados
1.2.B.C
Transmite dados
sem segurana
(criptografia)
1.2.A.A.1
Mau contato
1.2.B.A.1
Problema de
projeto
1.2.B.B.1
Problema
interno do
dispositivo
1.2.B.C.1
M
especificao
1.2.C.A
Transmite dados
de forma
intermitente
1.2.C.A.1
Mau contato em
conexo
1.2.C.A.2
Problema de
projeto
234
1.2.C.B
No utiliza protocolo
aberto na transmisso de
dados
1.2.C.B.1
Incompatibilida
de de protocolo
1.2.C.B.2
M espec. do
hardware de
aquisio
1.2.C.C
Apresenta banda
inadequada de
transmisso
1.2.C.D
No distribui os
dados aquisitados
1.2.C.E
Transmite dados
sem segurana
(criptografia)
1.2.C.C.1
Rede de dados
subdimensionada
1.2.C.D.1
Rede fora do ar
1.2.C.E.1
Protocolo
inadequado
SISTEMA
SUBSISTEMA
1
Falha sistema de monitoramento
CAUSA
FALHA FUNCIONAL
COMPONENTE
1.1
Coleta de Sinais
1.2
Transmisso
1.3
Armazenamento
1.4
Tratamento
1.3.B
Banco de dados
histrico
1.3.A
Servidores
1.3.A.A
Apresenta perda de
armazenamento ao longo
do tempo
1.3.A.A.1
M qualidade de
fabricao
1.3.A.A.2
Operao com
temperatura
anormal
1.3.A.A.3
Operao em
ambiente
inadequado
1.3.A.B
No armazena a
informao
1.3.A.B.1
M
administrao
do servidor
1.5
Apresentao da Informao
1.3.A.B.2
Perda de
Conexo de
rede
1.3.B.A
Armazena dados
erroneamente
1.3.A.B.3Proble
ma de Hardware
1.3.B.A.1
Dados
corrompidos na
aquisio/
transm.
1.3.B.C
Apresenta perda de
armazenamento ao
longo do tempo
1.3.B.B
No armazena a
informao
1.3.B.A.2
Firmware
incompatvel
235
1.3.B.B.1
Incompatibilidad
e de tipo de
dados
1.3.B.B.2
Excesso de
dados
1.3.B.B.3
Servidor
subdimensionad
o
1.3.B.C.1
Falta de backup
peridico
1.3.B.C.2
No suporta o
vol. de dados a
ser armaz.
1.3.B.D
No armazena a
informao
1.3.B.D.1
Excesso de dados
1.3.B.D.2
Dados
incompativeis
1.3.B.D.3
Servidor
subdimensionado
CAUSA
FALHA FUNCIONAL
COMPONENTE
SUBSISTEMA
SISTEMA
236
1
Falha sistema de monitoramento
1.1
Coleta de Sinais
1.2
Transmisso
1.3
Armazenamento
1.4
Tratamento
1.6
Uso da Informao
1.5
Apresentao da Informao
1.6.A
Usurio
CAUSA
FALHA FUNCIONAL
COMPONENTE
SUBSISTEMA
SISTEMA
1.6.A.A
No acessa a informao
1.6.A.A.1
Falta de Interesse
1.6.A.A.2
Falta Treinamento
1.6.A.C
No utiliza a informao
para intervir no momento
apropriado
1.6.A.B
No utiliza a informao
1.6.A.A.3
Repetida
indisponibilidade
1.6.A.B.1
Informao
Irrelevante
do sistema
237
1.6.A.B.2
Falta Treinamento
1.6.A.C.1
Falta de
Autorizao para
desligamento do
equipamento
1.6.A.C.2
Falta Treinamento
1.6.A.C.3
Falta de confiana
1.6.A.C.4
Restrio
no resultado
Operativa
238
1.1
Chave de carga
1.2
Seletor
1.3
Proteo
1.4
Sistema de secagem,
selagem estanqueidade
1.5
Sistema de filtragem
1.6
Mecanismo de Acionamento
1.1.A
leo
1.1.B
Contatos
principais/Shunt
1.1.C
Contatos
auxiliares
1.1.D
Resistor de
transio
1.1.E
GAP/Varistores
1.1.F
Lminas/Cordoalhas de
equalizao de potencial
1.1.G
Cordoalhas dos
contatos mveis
1.1.A.A
No garantir o
isolamento da
chave de carga
dentro dos
padres fsicoqumicos
especificado
1.1.B.A
Dificultar
passagem da
corrente de
operao do
Sistema
1.1.C.A
Dificultar
passagem da
corrente de
operao do
Sistema
1.1.D.A
No limitar o valor
da corrente nos
contatos auxiliares
quando da
mudana dos
TAPs
1.1.E.A
No proteger a
chave
comutadora
devido
sobretenses
1.1.F.A
No equalizar o
potencial entre as
partes da chave de
carga
1.1.G.A
No interligar os
contatosprincipais
e auxiliares ao
terminal de sada
1.1.A.A.1
1.1.A.A.2
Perda de
Degradao
estanqueidade natural do leo
1.1.B.A.1
Desgaste dos
contatos
1.1.C.A.1
Desgaste dos
contatos
1.1.D.A.1
Rompimento
do resistor de
transio
1.1.F.A.1
Romp. da
lmina/
cordoalha dev.
a vibrao
1.1.G.A.1
Rompimento
da cordoalha
CAUSA
FALHA FUNCIONAL
COMPONENTE
SUBSISTEMA
SISTEMA
1.1.E.A.1
Desajuste da
distncia do
GAP
239
1.1.E.A.2
Perda da
suportab. em
sobretenses
1.7
Transmisso
1.3
Proteo
1.4
Sistema de secagem, selagem
estanqueidade
1.1
Chave de carga
1.2
Seletor
1.5
Sistema de filtragem
1.6
Mecanismo de Acionamento
1.1.H
Molas dos contatos
1.1.I
Eixo de transmisso isolante
1.1.J
Placa isolante
1.1.K
Molas do gatilho
1.1.L
Molas do
Acumulador
1.1.M
Lminas de
amortecimento
1.1.H.A
No permitir o perfeito
fechamento dos contatos
principais e auxiliares
1.1.I.A
No transmitir o
movimento do sist. de
transmisso p/ as chaves
de carga e seletora
1.1.J.A
No garantir a isolao
entre resistores, contatos
principais e contatos
auxiliares
1.1.K.A
No aciona o acumulador
de energia
1.1.L.A
No garantir a total
abertura ou fechamento
dos contatos principais e
auxiliares no tempo
adequado
1.1.M.A
No absorver o impacto
do acumulador de
energia
CAUSA
FALHA FUNCIONAL
COMPONENTE
SUBSISTEMA
SISTEMA
1.1.H.A.1
Fadiga das molas
1.1.H.A.2
Quebra das molas
1.1.I.A.1
Quebra
1.1.J.A.1
Baixa isolao
1.1.J.A.2
Quebra das
placas isolantes
240
1.1.k.A.1
Quebra da mola
do gatilho
1.1.L.A.1
Fadiga da mola
1.1.L.A.2
Quebra da mola
do acumulador
1.1.M.A.1
Quebra das
lminas de
amortecimento
1.7
Transmisso
SISTEMA
1.1
Chave de carga
1.2.A
Seletor
1.2.B
Eixo/
Engrenagem de
transmisso
1.2.A.A
No selecionar e
conectar o TAP
1.2.B.A
No
selecionar e
conectar o
TAP
1.2.A.A.1
1.2.B.A.1
Desajuste entre
contatos mveis e
fixos
Quebra de
engrenagens/eixo
de transmisso
1.2
Seletor
1.2.C
Haste/Cilindro
da seletora
1.4
Sistema de secagem,
selagem estanqueidade
1.3
Proteo
1.3.A
Micro-switch de
fim de curso
1.2.D
Contatos
Mveis
1.2.C.A
No garantir o
isolamento dos
contatos fixos
1.2.D.A
No garantir o
perfeito
fechamento ou
presso dos
contatos mveis
1.2.C.A.1
Baixa isolao
das hastes
1.2.D.A.1
Baixa presso
dos contatos
1.5
Sistema de filtragem
1.6
Mecanismo de Acionamento
1.3.C
Rel de
sobrepesso
1.3.B
Rel de fluxo
1.3.A.A
No desligar a
alimentao do motor de
acionamento quando o
comutador estiver na
posio inicial ou final
1.3.B.A
No desligar o
transformador
quando h
sobrefluxo
1.3.B.B
Atuao indevida
1.3.C.A
No desligar o
transformador
quando h
sobrepresso
1.7
Transmisso
1.3.D
Vlvula de alvio
tipo faca
1.3.C.B
Atuao indevida
1.3.D.A
No aliviar a
presso interna do
comutador
1.3.D.B
Atuao
indevida
CAUSA
FALHA FUNCIONAL
COMPONENTE
SUBSISTEMA
1.3.A.A.1
1.3.A.A.2
Penetrao de
umidade com
oxidao dos
contatos
Sobreaquecimento
com fuso dos
contatos
1.3.B.A.1
Travamento da
bandeirola que
aciona a microswitch
1.3.B.A.2
Trinca ou
quebra da
ampola de
contato
241
1.3.B.B.1
Trinca ou
quebra da
ampola de
contato
1.3.B.B.2
Penet. de umid.
ou oxid. no int. da
cx. de lig. do rel
de fluxo
1.3.C.A.1
Travamento do
mecanismo de
acionamento
1.3.C.B.1
Descalibrao
da presso
1.3.C.B.2
Penet. de umid.
ou oxid. no int. da
cx. de lig. do rel
de sobrepres.
1.3.D.A.1
No
rompimento de
membrana
1.3.D.B.1
Penet. de umid. e
consequente
fecham. dos cont.
por oxi.
1.1
Chave de carga
1.2
Seletor
1.4.B
Vlvulas
1.4.A.A
No retira a
umidade do ar
durante a
respirao do
tanque de
expanso
1.4.B.A
No abrir ou no
fechar
1.4.B.B
Vazamento de
leo
1.4.A.A.1
Saturao da
slica gel
1.4.B.A.1
Travamento
da vlvula
1.4.B.B.1
Perda de
Estanqueidade
1.5
Sistema de filtragem
1.6
Mecanismo de Acionamento
1.7
Transmisso
1.4.C
Indicador de
nvel
1.4.D
Sistema de preservao
com bolsa
1.4.E
Cilindro
1.4.F
Tubulaes
1.4.G
Vedaes
1.4.H
Tanque de
expanso
1.4.C.A
No indicar
corretamente o
nvel de leo do
sistema
1.4.D.A
No isolar o ar do
leo mineral
isolante
1.4.E.A
No assegurar
selagem do leo
isolante no
interior a chave
comutadora
1.4.F.A
No conduzir o fluxo
de leo
1.4.G.A
No assegurar
estanqueidade
1.4.H.A
No assegurar
estanqueidade
1.4.F.A.1
Tubulao
avariada
1.4.G.A.1
Juntas de
vedao
CAUSA
FALHA FUNCIONAL
1.4.A
Desumidificador
1.4
Sistema de secagem,
selagem estanqueidade
1.3
Proteo
COMPONENTE
SUBSISTEMA
SISTEMA
1.4.C.A.1
Penetrao de
umidade na
micro-switch
1.4.C.A.2
Travamento
do ponteiro ou
haste
1.4.E.A.1
Perda de
1.4.D.A.1
estanqueidade
Perda de
por falha de
estanqueidade
vedao
242
1.4.E.A.2
Perda de
estanqueidade
por trinca no
cilindro
1.4.H.A.1
Solda trincada
ou avariada
1.4.H.A.2
Vedao
avariada
1.1
Chave de carga
1.2
Seletor
1.4
Sistema de secagem, selagem e
estanqueidade
1.3
Proteo
1.5
Sistema de filtragem
1.6
Mecanismo de Acionamento
1.7
Transmisso
1.5.A
Elemento filtrante
1.5.B
Manmetro
1.5.C
Acionamento
1.5.A.A
No reter umidade ou
partculas residuais da
comutao
1.5.B.A
No indicar
corretamente a
presso do sistema
1.5.C.A
No acionar a bomba
aps a comutao
1.5.A.A.1
Saturao do
elemento filtrante
1.5.B.A.1
Vazamento da
glicerina interna
1.5.D
Vlvulas
1.5.E
Tubulaes
1.5.F
Vedaes
1.5.D.A
No abrir ou no
fechar
1.5.D.B
Vazamento de leo
1.5.E.A
No conduzir o fluxo
de leo
1.5.F.A
No assegurar a
estanqueidade
1.5.D.A.1
Travamento da
vlvula
1.5.D.B.1
Perda de
estanqueidade
1.5.E.A.1
Tubulao
avariada
1.5.F.A.1
Juntas de
vedao
avariadas
CAUSA
FALHA FUNCIONAL
COMPONENTE
SUBSISTEMA
SISTEMA
1.5.C.A.1
Queima do motor
1.5.C.A.2
Atuao do rel
trmico
1.5.C.A.3
Contatora
danificada
1.5.C.A.4
Desarme do
disjuntor
243
1.1
Chave de carga
1.2
Seletor
1.3
Proteo
1.4
Sistema de secagem, selagem e
estanqueidade
1.5
Sistema de filtragem
1.6
Mecanismo de Acionamento
1.7
Transmisso
COMPONENTE
SUBSISTEMA
SISTEMA
1.6.A.A
No acionar o
mecanismos de
transmisso
CAUSA
FALHA FUNCIONAL
1.6.A
Motor redutor
1.6.A.A.1
Falha no motor ou
circuito de fora
1.6.A.A.2
Quebra ou
rompimento dos
componentes
mecnicos
1.6.B
Comando e
Proteo
1.6.B.A
No controlar e no
proteger o ciclo de
comutao
1.6.B.B
No indicar
remotamente o TAP
ou no efetuar a
lgica de
paralelismo
1.6.B.A.1
Falha nos
componentes dos
circuitos de
comando e de
controle
1.6.B.B.1
Falha na coroa
potenciomtrica
ou coroa de
paralelismo
1.6.C
Armrio
1.7.A
Caixa de
engrenagens
1.7.B
Hastes
1.6.C.A
No abrigar e proteger
contra intempries
1.7.A.A
No transmitir o
movimento entre as
hastes
1.7.B.A
No transmitir o
movimento
1.6.C.A.1
Queima da
resistncia de
aquecimento
244
1.6.C.A.1
Perda de vedao
1.7.A.A.1
Quebra de
engrenagens
1.7.A.A.2
Avaria no
acoplamento
1.7.A.A.3
Avaria do
rolamento
1.7.B.A.1
Quebra de haste
Identificao
Ttulo
Descrio
CIGR#445 2011
CIGR#170 2000
Static
Electrification
Transformers
Life Management Techniques for Power Identificao de falhas (causas, relatrios), Metodologias
Transformers
para gesto da vida til (baseado em condio, baseado na
funo), tcnicas de diagnstico e monitoramento,
recomendaes de avaliao da condio, Operao de
Transformadores (processo)
CIGR #248
Economics of Transformer
Recent
developments
Interpretation
(JTFD1.01/
CIGR #298 2006
in
(WG A2.23)
CIGR #323 2007
(D1.01.10)
CIGR #342 2008
(WG A2.26)
CIGR #343 2008
(WG A2.27)
CIGR #349 2008
(WG A2.30)
CIGR #378 2009
(WG A2.32)
CIGR #409 2010
(D1.01.15)
CIGR #413 2010
(TF D1.01.12)
CIGR #414
2010
Ageing of Cellulose in
Insulated Transformers
Mechanical conditioning
transformer windings
Mineral
Recommendations
for
condition Reviso de sensores, dados e recomendaes para
monitoring and condition facilities for monitoramento da condio; Sumrio de recomendaes
transformers
para monitoramento da condies e testes de fbrica.
Moisture
Equilibrium
and
Moisture Entendimento da Mitigao da umidade durante
Migration within Transformer Insulation sobrecargas, processo de secagem e reparo em campo.
Systems
Copper
Sulphide
Insulation
in
em
Regeneration
Dielectric
Response
Transformer Windings
Diagnostic
(D1.01.14)
CIGR TF D1-01-15
DGA in LTCs
Em desenvolvimento.
CIGR WG D2.28 # Comunication Architeture for IP-based Uma compilao das expectativas e solicitaes dos
507 2012
Substatio Applications
usurios do sistema operacional sobre os servios
existentes no novo ambiente de rede de subestaes.
Orientaes sobre como escolher uma arquitetura de rede
otimizada.
IEC60422- 2005
Mineral
insulating
oil
in
245
equipment
maintenance guide
Supervision
IEEE
Guide
for
Acceptance
and
Maintenance of Insulating Oil in
Equipment
Guide
for
the
Evaluation
and
Reconditioning of Liquid Immersed Power
Transformer
Guide for the Application for Monitoring
Liquid Immersed Transformers and
Components
IEEE Guide for Diagnostic Field Testing of
Electric Power Apparatus Part 1:
Transformer, Regulators, and Reactors
246