Manual de Esgotamento Sanitario
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Manual de Esgotamento Sanitario
Esgotamento Sanitário
3.9. Soluções Coletivas para Tratamento e Destinação Final dos Esgotos
165
- esgoto doméstico deve ter prioridade, por representar um problema de saúde
pública. O diâmetro dos coletores é mais reduzidos;
- nem todo esgoto industrial pode ser encaminhado diretamente ao esgoto
sanitário. Dependendo de sua natureza e das exigências regulamentares, terá que
passar por tratamento prévio ou ser encaminhado à rede própria.
• Sistema Misto
A rede é projetada para receber o esgoto sanitário e mais uma parcela das águas
pluviais. A coleta dessa parcela varia de um país para outro. Em alguns países colhe-se apenas
as águas dos telhados; em outros, um dispositivo colocado nas bocas de lobo recolhe as águas
das chuvas mínimas e limita a contribuição das chuvas de grande intensidade.
3.9.3. Sistema Público Convencional
3.9.3.1. Partes Constitutivas do Sistema
• Ramal Predial: são os ramais que transportam os esgotos das casas até a rede
pública de coleta;
• Coletor de Esgoto: recebem os esgotos das casas e outras edificações,
transportando-os aos coletores tronco;
• Coletor Tronco: tubulação da rede coletora que recebe apenas contribuição de
esgoto de outros coletores;
• Interceptor: os interceptores correm nos fundos de vale margeando cursos
d’água ou canais. São responsáveis pelo transporte dos esgotos gerados na sub-
bacia, evitando que os mesmos sejam lançados nos corpos d’água. Geralmente
possuem diâmetro maiores que o coletor tronco em função de maior vazão;
• Emissário: são similares aos interceptores, diferenciando apenas por não receber
contribuição ao longo do percurso;
• Poços de Visita (PV): são câmaras cuja finalidade é permitir a inspeção e
limpeza da rede. Os locais mais indicados para sua instalação são:
- inicio da rede;
- nas mudanças de: (direção, declividade, diâmetro ou material), nas junções e
em trechos longos. Nos trechos longos a distância entre PV`s deve ser
limitada pelo alcance dos equipamentos de desobstrução.
Figura 94 – Poço de Visita
TAMPA DE FERRO
DEGRAUS
DE FERRO 60
VARIÁVEL
Medidas em cm
40 φ 40
166
• Elevatória: quando as profundidades das tubulações tornam-se demasiadamente
elevadas, quer devido à baixa declividade do terreno, quer devido à necessidade
de se transpor uma elevação, torna-se necessário bombear os esgotos para um
nível mais elevado. A partir desse ponto, os esgotos podem voltar a fluir por
gravidade.
- grade;
- desarenador;
- sedimentação primária;
- estabilização aeróbica;
- filtro biológico ou de percolação
- lodos ativados;
- sedimentação secundária;
- digestor de lodo;
- secagem de lodo;
- desinfecção do efluente.
ETE
TRONCO
TRONCO
TRONCO
REDE
REDE
REDE
RECALQUE
ESTAÇAO
ELEVATÓRIA
DE ESGOTO
EMISSÁRIO
PV
RIO (CORPO RECEPTOR)
CÓRREGO
RAMAIS PREDIAIS
• Ramal Condominial: rede coletora que reúne os efluentes das casas que
compõem um condomínio e pode ser:
RAMAL-CONDOMÍNIO
168
• Rede Básica: rede coletora que reúne os efluentes da última caixa de inspeção de
cada condomínio, passando pelo passeio ou pela rua;
• Unidade de Tratamento: a cada micro-sistema corresponde uma estação para
tratamento dos esgotos, que pode ser o tanque séptico com filtro anaeróbio.
• Croqui
De posse do pré-lançamento dos ramais nos croquis, são realizadas reuniões com os
moradores de cada conjunto, onde são apresentadas as possíveis opções para o atendimento
do mesmo, sendo, dos moradores a decisão final sobre o tipo de ramal a ser implantado.
• Topografia
Nos casos em que não estão previstos CI’s para ligação do ramal o mesmo será
ligado a última CI do outro ramal, evitando uma entrada a mais na CI da rede pública, já que
esta terá número limitado de entradas.
CONJ. M CONJ. N
- Diâmetros Mínimo
170
Quadro 11 - Diâmetro Mínimo
• Recobrimentos Mínimo
• Profundidade Mínima
A profundidade mínima da tubulação deve ser tal que permita receber os efluentes
por gravidade e proteger a tubulação contra tráfego de veículos e outros impactos. No caso do
ramal condominial, a profundidade mínima será aquela que esteja abaixo da cota de ligação
predial do morador, garantindo que este seja atendido.
• Elementos de Inspeção
CONCRETO ARMADO
ARGAMASSA FRACA
55
CONCRETO SIMPLES 10 5
10
ALVENARIA DE TIJOLO
A A
variável
40
10
10
10 40 ou 60 10 10 40 ou 60 10
172
Capítulo 3
Esgotamento Sanitário
3.9.5.1.1. Histórico
Os registros de caráter históricos apontam como inventor do Tanque séptico “Jean
Louis Mouras” que, em 1860, construiu, na França, um tanque de alvenaria, onde passava os
esgotos, restos de comida e águas pluviais, antes de ir para o sumidouro. Este tanque, fora
aberto 12 anos mais tarde e não apresentava acumulada a quantidade de sólidos que foi
previamente estimada em função da redução apresentada no efluente líquido do tanque.
3.9.5.1.2. Definição
Os Tanque Sépticos são câmaras fechadas com a finalidade de deter os despejos
domésticos, por um período de tempo estabelecido, de modo a permitir a decantação dos
sólidos e retenção do material graxo contido nos esgotos transformando-os bioquímicamente,
em substâncias e compostos mais simples e estáveis. Supondo-se uma vazão do esgoto de 150
l/dia o Tanque Séptico poderá ser empregado para tratamento a nível primário de até, um
máximo de 500 habitantes . Economicamente o tanque séptico é recomendado para até 100
habitantes. Esse sistema requer que as residências disponham de suprimento de água.
3.9.5.1.3. Funcionamento
Figura 99 - Funcionamento Geral de um Tanque Séptico
Nível de água
Entrada
Saída
esgoto
bruto efluente
Partículas pesadas
sedimentam
Partículas leves
flutuam
Desprendimento de
gases (borbulhamento)
Liquido em
Lodo digerido Lodo em digestão sedimentação
173
• Redução de Volume: da digestão, resultam gases, líquidos e acentuada redução
de volume dos sólidos retidos e digeridos, que adquirem características estáveis
capazes de permitir que o efluente líquido do tanque séptico possa ser lançado em
melhores condições de segurança do que as do esgoto bruto.
3.9.5.1.4. Afluentes do Tanque Séptico
O tanque séptico é projetado para receber todos os despejos domésticos (de cozinhas,
lavanderias domiciliares, lavatórios, vasos sanitários, bidês, banheiros, chuveiros, mictórios,
ralos de piso de compartimento interior, etc.). É recomendado a instalação de caixa de
gordura na canalização que conduz despejos das cozinhas para o tanque séptico.
São vetados os lançamentos de qualquer despejo que possam causar condições
adversas ao bom funcionamento dos tanques sépticos ou que apresentam um elevado índice
de contaminação.
• Caixa de Gordura
TAMPA DE CONCRETO
LARGURA DE
Medidas em cm
60
30 A 40 cm
40 A 60
174
Tabela 13 - Contribuição Diária de Esgoto (C) e de Lodo Fresco ( Lf ) Por Tipo de Prédio e
de Ocupante
Contribuição Contribuição
Prédio Unidade de Esgoto de Lodo Fresco
(C) ( Lf )
1 . Ocupantes Permanentes
• Residência:
- Padrão alto; pessoa/litros 160 1
- Padrão médio; pessoa/litros 130 1
- Padrão baixo; pessoa/litros 100 1
2. Ocupantes Temporários
Tabela 14 - Período de Detenção (T) dos Despejos, por Faixa de Contribuição Diária
175
Tabela 15 - Taxa de Acumulação Total de Lodo (K), em Dias, por Intervalo entre Limpezas e
Temperatura do Mês mais Frio
1 94 65 57
2 134 105 97
3 174 145 137
4 214 185 177
5 254 225 217
Fonte: ABNT-NBR – 7229/93
15
20
PLANTA
NÍVEL DO TERRENO
ALÇA DE FERRO
LAJE DE 15
COBERTURA
60
25
φ 100mm
NÍVEL D’ÁGUA φ 100mm
5
40
h
20 λλ 20
10
CORTE Medidas em cm
176
Capítulo 3
Esgotamento Sanitário
3.9.5.1.6. Disposição do Efluente Líquido dos Tanques Sépticos
A parte sólida retida nas fossas sépticas (lodo) deverá ser renovada periodicamente,
de acordo com o período de armazenamento estabelecido no cálculo destas unidades. A falta
de limpeza no período fixado acarretará diminuição acentuada da sua eficiência.
3.9.5.1.8. Eficiência
• Sólidos em Suspensão
- para a limpeza do tanque séptico, escolher dias e horas em que o mesmo não
recebe despejos;
- abrir a tampa de inspeção e deixar ventilar bem. Não acender fósforo ou cigarro,
pois o gás acumulado no interior do tanque séptico é explosivo;
- levar para o local, onde o tanque séptico esta instalado, um carrinho sobre o qual
está montada uma bomba diafragma, para fluídos, de diâmetro de 75 a 100mm na
sucção, manual ou elétrica;
178
- mangote será introduzido diretamente na caixa de inspeção ou tubo de limpeza
quando existir;
- lodo retirado progressivamente do tanque séptico será encaminhado para um leito
de secagem ou para um carro-tanque especial que dará o destino sanitariamente
adequado;
- se o lodo do tanque séptico ficar endurecido, adicionar água e agitar com agitador
apropriado;
- no fim dessa operação, fazer a higienização do local e equipamentos utilizados.
3.9.5.2.1. Histórico
3.9.5.2.2. Definição
3.9.5.2.3. Processo
3.9.5.2.4. Dimensionamento
• Volume útil ( V )
V = 1,60 . N.C.T
onde:
V
S =
1,80
onde:
- o tanque tem que ter forma cilíndrica ou quadrada com fundo falso;
- leito filtrante (brita no 4) deve ter altura (a) igual a 1,20m, que é constante
para qualquer volume obtido no dimensionamento;
- a profundidade útil (h) do filtro anaeróbio é de 1,80m para para qualquer
volume de dimensionamento;
- diâmetro (d) mínimo é de 0,95m ou a largura (L) mínima de 0,85m;
- diâmetro (d) máximo e a largura (L) não devem exceder três vezes a
profundidade útil (h);
- volume útil mínimo é de 1250 litros;
- a carga hidrostática mínima é no filtro de 1 kPa ( 0,10m ); portanto, o nível
da saída do efluente do filtro deve estar 0,10m abaixo do nível de saída do
tanque séptico;
- fundo falso deve ter aberturas de 0,03m, espaçadas em 0,15m entre si.
NA NA NA
≥≥ 0,10
0,30
1,80
Tanque
Séptico Fluxo Fluxo
1,20
Fundo Falso
CORTE AA CORTE BB
B
≥ 0,10
A Tanque A
≥
séptico
d
≥≥ 0,10 ≥≥ 0,10
CI CI
rec
TS FA
0,15
rpo
0,15
Co
FA
180
Capítulo 3
Esgotamento Sanitário
3.9.5.2.5. Eficiência
Para a limpeza do filtro recomenda-se retirar o lodo esvaziando o filtro pela base e
escoando a água pelo topo (calha).
A retirada do lodo da base é feita por sucção e a lavagem do filtro é feita por injeção
de água, através do tê instalado no tubo que leva o efluente do tanque séptico para o filtro,
(Figura 102).
3.9.5.3.1. Sumidouro
3.9.5.3.1.1. Histórico
O lançamento dos esgotos domésticos no subsolo é uma prática tão natural e lógica,
tendo pesquisas arqueológicas registrado que há cerca de 6000 anos os habitantes de Sumere
(região Sul do antigo império Caldeu) descarregavam seus esgotos em covas, cujas
profundidades variavam de 12 a 15 metros. Em um dos últimos livros da Bíblia,
Deuteronômio , Moisés ordenava que os despejos humanos fossem enterrados fora da área do
acampamento.
3.9.5.3.1.2. Definição
3.9.5.3.1.3. Dimensionamento
Como segurança, a área do fundo não deverá ser considerada, pois o fundo logo
se colmata.
181
• A área de infiltração necessária em m2 para o sumidouro é calculada pela fórmula:
V
A =
Ci
onde:
A = π. D . h A
h=
πD
onde:
182
Figura 103 - Sumidouro Cilíndrico
Alnenaria de tijolo
0,20
furado ou tijolo comum
assente com junta livre
ou anéis pré-moldados
em concreto com furos
h
Brita n° 3
ou n° 4
≥ 0,50
Sumidouro Sem Enchimento Sumidouro Com Enchimento
Tampão de fechamento
d
hermético
Planta Planta
Sumidouro
Edificação D
Tanque Caixa de
Séptico Distribuição Sumidouro
CAIXA DE DISTRIBUIÇÃO
0,20
≥ 0,15
∝
0,10
Dimensões em metros
≥ 0,30
∝
A A
,60
Planta
≥0
Corte AA
3.9.5.3.2.1. Definição
3.9.5.3.2.2. Dimensionamento
184
Capítulo 3
Esgotamento Sanitário
Futuro
coletor público
Poço
Tanque séptico
Esgoto
Tanque
Séptico
Via pública
Futuro coletor público
Calçada
Calçada
Valas de infiltração
Edificação
Poço
≥ 20 m
185
Figura 105 - Vala de Infiltração
≤ 30
≥1
Caixa de
distribuição
Tanque
Séptico
Caixas de inspeção PLANTA
CORTE
Tampa de fechamento
hermético
. .. .... .. ..
0,20 a 0,50
..... .. . . ..
.. .. .. Papel alcatroado . .. .... .. .. . .. .... .. ..
. .. .... .. .. .. ... .. .. .... ...... ...... ..... .. .. . .... .. ... .. . ..... ... .. .. . .
....
. .. ... .. ..
. . . . .. ou outro material
. .. . . .. . . . .....
.. . ..... . .. .... . ...... ..... ... .....
.. ....
.. . ... . ... . . .. .. .
.... .. . . . . . . suporte .... .. . . . . . ..... .. .... . . ... . .. . . . . . .
.... .. . . . . . . .... .. . . . . . .
0,10
0,10
0,30 a 0,60
Brita n° 3
Caixa de Distribuição
≥ 0,20
≥ 0,60
0,01 A A
Detalhe do dreno
PLANTA
≥ 0,15
como área de infiltração
b) Os detalhes construtivos se referem a
0,10
≥ 0,30
Corte AA
Dimensões em metros
3.9.5.3.3.1. Definição
3.9.5.3.3.2. Dimensionamento
186
- a canalização receptora é envolvida por uma camada de brita no 1, vindo em
seguida a aplicação da camada de areia grossa de espessura não inferior a 0,50m,
que se constitui no leito filtrante;
- uma tubulação de distribuição do efluente do tanque séptico, com DN 100mm do
tipo de drenagem, deve ser assentada sobre a camada de areia;
- uma camada de cascalho, pedra britada ou escória de coque, é colocada sobre a
tubulação de distribuição, recoberta em toda a extensão da vala com papel
alcatroado ou similar;
- uma camada de terra deve completar o enchimento da vala;
- nos terminais das valas de filtração devem ser instaladas caixas de inspeção;
- efluente do tanque séptico é conduzido a vala de filtração de tubulação , com no
mínimo DN 100mm, assente com juntas tomadas, dotadas de caixas de inspeção
nas deflexões;
- a declividade das tubulações deve ser de 1:300 a 1:500.
- efluente do Tanque séptico é distribuído equivalentemente pelas valas de
filtração, através de caixa de distribuição;
- as valas de filtração devem ter a extensão mínima de 6m por pessoa, ou
equivalente, não sendo admissível menos de duas valas para o atendimento de um
tanque séptico;
- quando o solo for arenoso e o nível do lençol estiver muito próximo da
superfície, as valas de filtração podem ser construídas conforme a Figura 107,
sendo que a distância horizontal entre a tubulação de distribuição e a tubulação
de drenagem deve variar entre 1,00m e 1,50m e a diferença de cota entre as
mesmas deve ser de no mínimo 0,20m.
Caixa de
distribuição
NA
CORTE
Tampa de fechamento
hermético
0,20 0,50 0,30 ≥ 0,30
Inspeção
Brita > 1
...... .. ......... . ..........
............
:::::::::::::
............ Areia grossa ..
...... . ....
.... ..
.... ...... . ......
...... ... .....
.... .. ....
......
............
:::::::::::: Brita n° 1
0,50
Furos
CORTE TRANSVERSAL CORTE LONGITUDINAL
Caixa de Distribuição
≥ 0,20
≥ 0,60
2/3 d
Terminal parcialmente A A
fechado
PLANTA
187
Figura 107 - Vala de Filtração em Terreno Arenoso
≤ 30
Tubulação Coletora
Caixa de
distribuição Tubulação Distribuidora
Valas coletoras
≥ 0,20
0,15 ≥ 0,20 0,15
≥0,70
0,50
Solo arenoso
Papel alcatroado ou
outro material suporte
Solo arenoso
Notas: a) A extensão mínima da vala de distribuição deve ser de 1m para cada 25 litros/dia de contribuição.
b) Cada vala de distribuiçào deve ser disposta entre duas valas de drenagem.
c) Os detalhes construtivos se referem a tubos cerâmicos e de concreto. Para outros materiais os
detalhes devem ser especificamente adequados.
Dimensões em metros
• Processo de Tratamento
Freqüentemente, deverá ser feita limpeza na caixa de areia, com a remoção dos
sólidos grosseiros da grade, bem como a retirada da areia depositada. Ao final de cada ano de
operação deverá ser feito descarga de fundo dos elementos anteriormente citados para o poço
de lodo. Este lodo após a descarga deverá ser retirado mecanicamente ou não dependendo das
condições topográficas e encaminhado a um leito de secagem.
• Método Construtivo
P L A N T A
. A .
.F A
. . B .
. . E . D .C. B. .
. .B.
I
G H
..
.
A
.
.
.C. .C.
P/ DESTINO
FINAL
POÇO DE
LODO
. A .
BY PASS
. .
J .M O
K
. . . ..
.L N . E .. H
.
I
.
. . D
. . F
E . .
G
.
CAIXA DE AREIA B G
D
F
.
. . . .
POÇO DE C
TANQUE DE SEDIMENTAÇÃO
LODO
.
FILTRO BIOLÓGICO
P E R F I L
189
Tabela 18 - Dimensões de um Tanque de Sedimentação em Relação ao Número de
Habitantes
• tanques de armazenamento;
• camada drenante;
• cobertura.
Quando os leitos de secagem são cobertos geralmente nos países com grande
precipitação de neve adota-se telhas transparentes, idênticas às utilizadas em estufas de
plantas.
190
Capítulo 3
Esgotamento Sanitário
3.9.5.5.1. Funcionamento dos Leitos de Secagem
MANILHAS DE CERÂMICA
OU TUBO PVC (junta abertas)
. 5.00
.. 5.00
. ..
DN 100 DN 100
LE
D D IT
N N O 10
15 15 DE ,3
SE PV
0 0 0
C
A
G
E P/ O CORPO
RECEPTOR
B B
0,
30 .. ..
PAINEL DE TIJOLOS MACIÇOS
RECOZIDOS, ESPAÇADOS DE
2,5 cm, PREENCHIDOS COM
AREIÃO MEDIDAS EM METROS
PV
191
Figura 111 - Corte do Leito de Secagem
COMPORTA DE MADEIRA - 15 cm x 15 cm
..
.30
.07
.. ..
.07 .67
• Funcionamento
- menor tempo de retenção, que poderá ser reduzido até duas horas, tornando-o
mais econômico;
- melhor digestão, pois com a ausência de correntes ascendentes e descendentes, o
processo de digestão não é perturbado, obtendo-se maior eficiência;
- melhor efluente, uma vez que devido à eficiência dos processos, de decantação e
digestão, o líquido efluente é praticamente livre de partículas sólidas e tem a
qualidade bacteriológica bastante melhorada;
- atendimento a populações maiores, pois se aplicam economicamente para atender
até cerca de 5.000 pessoas.
192
Figura 112 - Tanque Imhoff
• Dimensionamento
V = V1 + V2 + V3
Sendo:
V1 = N x C x T
V2 = R1 x N x Lf x Ta
193
V3 - Volume correspondente ao lodo em digestão
V3 = R2 x N x Lf x Td
Onde:
N = número de contribuintes;
C = contribuição de despejos em litro/pessoa/dia (Tabela 13);
T = período de retenção em dias (2 horas = 1/12 dia);
Ta = período de armazenamento de lodo em dias. Prevendo-se a limpeza anual do tanque.
Ta = 360 – Td = 300 dias
Td = período de digestão de lodo em dias. Aproximadamente 60 dias;
Lf = contribuição de lodos frescos p/ pessoa/dia (Tabela 13);
R1 = 0,25 – coeficiente de redução do lodo digerido;
R2 = 0,50 – coeficiente de redução do lodo em digestão.
- Dimensões Internas:
a) Tanques prismáticos
b) Tanques Cilíndricos
194
Figura 113 - Tanque Imhoff Circular
V1 = VS - V2
(b + 0,72)
V2 = (h2 – 0,45)
2
VS – V2
h1 =
bD
195
• No caso de tratamento primário:
Vd = 0,05 P
VP = 0,07 P
D
h3 =
4
πD3
V=
48
V4 = Vd – V3
4V4
h4 =
πD2
Altura total:
H = 0,95 + h1 + h2 + h3 + h4
196
3.9.5.6.2. Lagoas de Estabilização
• Generalidades
- lagoas anaeróbias;
- lagoas facultativas;
- lagoas de maturação;
- lagoas aeróbias ( de alta taxa).
a) Lagoas Anaeróbias
b) Lagoas Facultativas
c) Lagoas de Maturação
Têm como principal aplicação a cultura colheita de algas. São projetadas para o
tratamento de águas residuárias decantadas. Constituem um poderoso método para produção
de proteínas, sendo de 100 a 1000 vezes mais produtivas que a agricultura convencional. É
aconselhável o seu uso, para tratamento de esgoto, quando houver a viabilidade do
reaproveitamento da produção das algas. A sua operação exige pessoal capaz e o seu uso é
restrito. A profundidade média é de 0,3 a 0,5m.
197
3.9.5.6.3. Lagoas Aeradas Mecanicamente.
• Generalidades
As mais usadas, são as duas primeiras em função de ter menor custo e menor
sofisticação em sua operação.
• Caixa de Areia
Têm como seu principal emprego a proteção dos conjuntos elevatórios evitando
abrasões, sedimentos incrustáveis nas canalizações e em partes componentes das ETEs, como,
decantadores, digestores, filtros, tanques de aeração e etc.
198
orgânico complexo e através dessa atividade se multiplicam servindo de alimento aos
protozoários, os quais, por sua vez, são consumidos pelos metazoários que também podem se
alimentar diretamente de bactérias, fungos e mesmo de fragmentos maiores dos flocos de
lodos ativados.
• Fluxograma de Tratamento
199
UASB. Vertedores triangulares serão instalados na saída do desarenador, objetivando o
controle de nível d’água e a distribuição vazões para alimentação do reator UASB.
200
A característica principal do processo é a sua capacidade de realizar, no mesmo
reator, a remoção de compostos orgânicos solúveis e de partículas em suspensão presentes no
esgoto. A fase sólida, além de servir de meio suporte para as colônias bacterianas
depuradoras, constitui-se num eficaz meio filtrante.
A função dos BFs será a de garantir o polimento do efluente anaeróbio dos UASB.
Este processo de tratamento é capaz de produzir um efluente de excelente qualidade, sem a
necessidade de uma etapa complementar de clarificação. A DBO5 e uma fração do nitrogênio
amoniacal remanescentes dos UASB serão oxidadas através da grande atividade do biofilme
aeróbio. Devido à grande concentração de biomassa ativa, os reatores serão extremamente
compactos. Os BFs também serão construídos em aço carbono.
201