Avalliação Biimestral de Lingua Portuguesa
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E.
PADRE JOAO BALKER - P035B3 ENSINO FUNDAMENTAL E MEDIO Lei n 3882/65 - Resoluo
6064/87 - Decreto 26.695/87
Praa Presidente Vargas, 130 Fone: (034) 3663-1271 - CEP 38170-000 Perdizes - MG e-mail:
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NO RESTAURANTE
- Quero lasanha.
Aquele anteprojeto de mulher quatro anos no mximo, desabrochando na ultra minissaia
entrou decidida no restaurante. No precisava de menu, no precisava de mesa, no precisava de
nada. Sabia perfeitamente o que queria. Queria lasanha.
O pai, que mal acabara de estacionar o carro em uma vaga de milagre, apareceu para dirigir
a operao-jantar, que , ou era, da competncia dos senhores pais.
- Meu bem, venha c.
- Quero lasanha.
- Escute aqui, querida. Primeiro escolhe-se a mesa.
- No, j escolhi. Lasanha.
Que parada lia-se na cara do pai. Relutante, a garotinha condescendeu em sentar-se
primeiro, e depois encomendar o prato:
- Vou querer lasanha.
- Filhinha, por que no pedimos camaro? Voc gosta tanto de camaro.
- Gosto, mas quero lasanha.
- Eu sei, eu sei que voc adora camaro. A gente pede uma fritada bem bacana de camaro.
T?
- Quero lasanha, papai. No quero camaro.
- Vamos fazer uma coisa. Depois do camaro a gente pede uma lasanha. Que tal?
- Voc come camaro e eu como lasanha.
O garom aproximou-se, e ela foi logo instruindo:
- Quero uma lasanha.
O pai corrigiu:
- Traga uma fritada de camaro pra dois. Caprichada.
A coisinha amuou. Ento no podia querer? Queriam querer em nome dela? Por que
proibido comer lasanha? Essas interrogaes tambm se liam no seu rosto, pois os lbios mantinham
reserva. Quando o garom voltou com os pratos e o servio, ela atacou:
- Moo, tem lasanha?
- Perfeitamente, senhorita.
O pai no contra-ataque:
- O senhor providenciou a fritada?
- J, sim, doutor.
- De camares bem grandes?
- Daqueles legais, doutor.
- Bem, ento me v um chope e pra ela... O que voc quer meu anjo?
- Lasanha.
- Traz um suco de laranja pra ela.
Com o chopinho e o suco de laranja, veio a famosa fritada de camaro, que, para surpresa do
restaurante inteiro, interessado no desenrolar dos acontecimentos, no foi recusada pela senhorita.
Ao contrrio, papou-a, e bem. A silenciosa manducao atestava, ainda uma vez no mundo, a vitria
do mais forte.
- Estava uma coisa, hein? comentou o pai, com um sorriso bem alimentado. Sbado que
vem a gente repete, combinado?
- Agora a lasanha, no papai?
- Eu estou satisfeito. Uns camares geniais! Mas voc vai comer mesmo?
- Eu e voc, t?
- Mas meu amor, eu...
- Tem de me acompanhar, ouviu? Pede a lasanha.
O pai baixou a cabea, chamou o garom e pediu. A, um casal, na mesa vizinha, bateu
palmas. O resto da sala acompanhou. O pai no sabia onde se meter. A garotinha, impassvel. Se na
conjuntura, o poder jovem cambaleia, vem a, com fora total, o poder ultrajovem.
Criana dagora fogo. Carlos Drummond de Andrade. Editora Record
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4- Analisando os fatos da crnica, em que momento pode se dizer que o pai convenceu
a filha?
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5- A crnica que voc acabou de ler foi retirada de um livro chamado Criana dagora
fogo. Que relao podemos estabelecer entre o ttulo do livro e o fato que voc acabou
de ler?
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6- Qual foi a atitude dos clientes no restaurante, no final da histria? Em sua opinio,
por que agiram assim?
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7-
b) Convencer.
c) Divertir.
d) Descrever.
9- O smbolo utilizado na propaganda faz parte das placas de sinalizao vertical que
informam o que proibido e o que obrigatrio no uso de uma via de trnsito. No texto
acima, o emprego desse smbolo tem como principal objetivo:
a) reforar a ideia da proibio de queimadas.
b) evitar queimadas de galhadas, capim e lixo
domstico.
c) proibir caieiras.
d) denunciar as queimadas.
10- Ao criar a propaganda com algumas letras pegando fogo, o publicitrio pretendeu
causar:
a) A impresso de que o fogo destrua a palavra, sugerindo as queimadas das florestas.
b) A impresso de que o fogo destrua a palavra e todos os lugares.
c) A impresso de que o fogo destrua o ato de realizar queimadas.
d) A impresso de que o fogo destrua a palavra, atingindo todas as letras, porque queimadas
destroem tudo.
11 - Na frase Queimadas: apague essa ideia, os dois-pontos so usados:
a) para introduzir uma fala.
b) para explicar ou desenvolver uma ideia
anterior.
Questes substitutivas
4. A jornalista Mari Maellaro de opinio que mais fcil cuidar de cachorro do que de
filho porque os ces:
(A) aumentam de nmero de uma hora para o.
(C) economizam com roupas e com escola
(B) convivem bastante bem com as pessoas.
(D) so muito fceis de registrar no RGA.
b) pagar um carro
c) alugar um carro
d) consertar um
Boa sorte!