Teoria de Granula Apostila 2

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GRANULAO

Para: Copebras Ltda


De: John Sinden

NDICE

INTRODUO........................................................................................................1
1.1

POR QU GRANULAR?................................................................................. 1

1.2

O QUE GRANULAO?..............................................................................2

1.3

PROCESSOS DE AGLOMERAO / GRANULAO...................................................5

1.3.1

Mtodo de Agitao / Aglomerao por Crescimento................................5

1.3.2

Mtodo de Atomizaco / Aglomerao por Asperso.................................5

1.3.3

Aglomerao Esfrica / Aglomerao Seletiva...........................................6

1.3.4

Aglomerao por Presso - Compactao.................................................6

1.3.5

Sinterizao - Mtodo Trmico...................................................................7

HISTRIA DA GRANULAO DO FERTILIZANTE.............................................10

PROCESSOS DE GRANULAO DE FERTILIZANTES....................................14


3.1

CONGELAMENTO - PEROLAO..........................................................................14

3.2

CONGELAMENTO - ESFARELAMENTO..................................................................16

3.3

COMPRESSO - EXTRUSO...............................................................................16

3.4

COMPRESSO - COMPACTAO.........................................................................16

3.5

AGITAO.........................................................................................................19

SISTEMAS DE GRANULAO............................................................................21

MECANISMOS DE GRANULAO.....................................................................22

5.1

AGLOMERAO.................................................................................................22

5.2

DEPOSITO EM CAMADAS....................................................................................23

TEORIAS DE GRANULAO..............................................................................25
6.1

TVA (NFEDC) TOTAL FASE LQUIDA..............................................................26

TSP......................................................................................................................... 27
6.1.1

Super triplo granulado...............................................................................28


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6.1.2
6.2

04-14-08....................................................................................................30

INCRO S/A (ICI) - CURVA DE GRANULAO - VOLUME DA FASE LQUIDA / VOLUME

DA FASE SLIDA..........................................................................................................32

6.3
7

NORSK HYDRO (FISONS) CURVA DE GRANULAO..........................................38

FORMULAO.....................................................................................................46
7.1

SISTEMAS CONTROLADOS PELA EFICINCIA DE GRANULAO............................46

7.1.1

Baseado no Superfosfato..........................................................................46

7.1.2

Baseado em Fosfatos de Amnia.............................................................47

7.2

SISTEMAS CONTROLADOS PELA TAXA DE RECICLO............................................47

7.2.1

Baseados em Superfosfatos.....................................................................47

7.2.2

Baseado no Fosfato de Amnia................................................................48

TEMPERATURA DE RECICLO............................................................................49

CONTROLE PELA TEMPERATURA....................................................................52

10

BIBLIOGRAFIA..................................................................................................54

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II

GRANULAO

1 INTRODUO
Hoje vou tentar responder as seguintes perguntas:

Por qu granular?

que granulao?

Como se controlar a granulao?

1.1 POR QU GRANULAR?


Esta questo fcil de ser respondida. Imagine que voc um agricultor o
qual recebeu, para aplicar uniformemente tanto em quantidade de peso quanto em
nutrientes, 03 (trs) matrias-primas:

Sulfato de amnia do Metacril (composto de cristais midos fino de agulhas);

TSP - Rop recm produzido pela Fosfertil (com alta acidez livre, sem
beneficiamento para as pedras);

Cloreto de potssio, granulado da Alemanha (grosso quebradio).


Suas adubadeira so de dosagem atravs de rosca.
Pergunta-se: Como voc conseguiria cumprir sua tarefa?
Resposta: Somente aps a granulao, secagem e classificao do produto.
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Nos fertilizantes a granulao utilizada pelas seguintes razoes:

Melhoria do aspecto fsico do fertilizante com respeito a estocagem, eliminando


ou reduzindo os problemas de empedramento e compactao;

Melhoria nas propriedades fsicas dos materiais (fluidez e reduo/eliminao de


pegajosidade) facilitando a dosagem e aplicao de fertilizante no campo;

Reduo ou eliminao dos nveis de poeiras fugitivas nas unidades de produo


e ensaque, assim como no campo durante a aplicao.
Agora vamos comear a palestra sobre Granulao.

1.2 O QUE GRANULAO?


Granulao o nome dado a um tipo de operao que includa na rea das
operaes unitrias chamada size enlargement (aumento de tamanho).
Existem vrios nomes para os processos envolvidos nesta rea e realmente
faltam definies que sejam aceitas universalmente. Por exemplo, no "5. Simpsio
Internacional Sobre Aglomerao", houve uma discusso ativa sobre a utilizao da
palavra Aglomerao, onde um percentual significativo dos participantes foi a favor
da substituio desta palavra por outra Agregao.
Aqui no Brasil o termo granulao freqentemente utilizado para generalizar
todos os tipos de operaes no campo de Aumento de tamanho. Neste sentido ela
usada para descrever qualquer mtodo de formao de um produto com maior
granulometria das matrias-primas iniciais. Incluindo os processos de "Finos"
dispersos em um fludo, gs ou liquido agregado para form-lo. O conjunto de
partculas formadas so chamadas de Grnulo ou Aglomerado, dependendo do
processo e do produto este grnulo/aglomerado, apresenta tamanho entre 0,02 mm
at 50 mm. Na maioria dos casos o formato da partcula formada esfrico, mas em

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muitos processos o produto apresenta um formato cilndrico, como um comprimido


ou em qualquer outra forma geomtrica regular.
Esta operao unitria utilizada em muitas industrias, tais como:

produo de fertilizantes;

minrio de ferro;

combustvel nuclear;

cermica;

defensivos agrcolas;

farmacuticos.
Existem vrios motivos para a produo e utilizao dos aglomerados ou

grnulos, veja abaixo:

Contaminao

das instalaes com poeiras incomodas so reduzidas nas

fabricas e oficinas;

mais fcil manter a higiene;

mais fcil controlar a qualidade do ar e em alguns casos possvel reduzir os


equipamentos de controle ambiental;

Reduo do risco de exploso causado pela mistura de poeira com o ar;

Com o aumento do controle sobre a poluio do ar e da gua necessrio a


instalao de equipamentos para coleta e eliminao da poeira e da lama/lodo
gerados. Consequentemente criamos uma necessidade de processar e consumir
estes rejeitos. Com o processo de aglomerao, talvez com adio de um
ligante, estas poeiras e a lama poderiam ser consumidas sem poluio.
Alm disso, existem muitos problemas com o manuseio de partculas finas. A

fluidez e por conseqncia a dosagem ruim. O aumento do tamanho elimina estas


desvantagens e ao mesmo tempo preserva as caractersticas desejadas. No caso
especifico de fertilizantes a aglomerao/granulao de produtos simples ou

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complexos, serve para a eliminao dos problemas de segregao e melhoria da


fluidez e do manuseio.
O processo de aumento de tamanho em fertilizantes valoriza os produtos
devido as melhorias das caractersticas fsicas. Um outro exemplo tpico deste tipo
de melhoria a produo de detergentes. Alguns materiais como fertilizantes,
pigmentos, defensivos e alimentos instantneos so vendidos na forma de
aglomerados/grnulos que se decompe de imediato quando adicionado o liquido
(ref. 1 e 2).
Muitas

outras

matrias-primas

somente

so

adequadas

para

processamento ou utilizao final na forma de partculas grossas. Esta partcula tem


resistncia e porosidade desejadas, como por exemplo: catalisadores.
O beneficiamento dos minrios resulta em uma grande gerao de finos.
Exemplos disto so os concentrados de processos de flutuao, da poeira produzida
durante a fundio dos minrios, tortas dos filtros e as partculas dos sistemas de
depsitos.
Minrios

ou misturas de minrios precisam ser aglomeradas antes da

fundio, obtendo-se assim, condies necessrias para um timo fluxo de gases.


Na indstria da cermica, a aglomerao e fundamental na preparao de artigos
prensados compostos de titnita de brio e mangans; ferritas de (-zinco +nquel)
(ref. 3). Estes materiais que tm inicialmente a forma de p fino, precisam ser
aglomerados/granulados para a obteno de boa replicao nos artigos prensados.
Alm disto, o aumento de tamanho pode causar ao retardada, que
importante para algumas aplicaes farmacuticas e agrcolas. Isto permite uma
dosagem ampla ou melhora o aspecto do produto.

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As propriedades desejadas do produto final determinam qual dos vrios


processos deve ser utilizado. Os processos de aumento de tamanho so
classificados pelo principal mecanismo onde as partculas so reunidas, (ver item
3.1 e ref. 4 e 5 ). A seleo dos processos que especificamente devem ser utilizados,
somente possvel quando o usurio define claramente as propriedades desejadas
no produto.

1.3 Processos de Aglomerao / Granulao


1.3.1 Mtodo de Agitao / Aglomerao por Crescimento
Partculas finas so misturadas em conjunto com o fludo movimentada ou
em ar quando as concentraes so mais altas. Isto , normalmente. realizado na
presena de um lquido e ligante. O aumento de tamanho das partculas ocorre pela
coalescncia baseada nas foras de Van Der Waals.
Normalmente os grnulos formados so esfricos e com dimetros entre 0,5
e 20 mm.
Equipamentos tpicos so:

tambores rotativas inclinadas;

cones; panela/pratos rotativos;

misturadores de atletas.
A mxima capacidade de produo, e no de cargo total, de 200 a 300 tph

para minrios de ferro e de 150 a 180 tph para fertilizantes.

1.3.2 Mtodo de Atomizaco / Aglomerao por Asperso


Este um dos mtodos mais comuns nas industrias qumicas de fertilizantes
e alimentos. Suspenses bombeveis so atomizadas e o lquido das gotas
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evaporado por uma corrente de ar quente, numa etapa preliminar de secagem. As


primeiras foras de coeso so as foras capilares, seguida pelas pontes cristalinas
nas reas de contatos. Os aglomerados so de 20 a 50 decmetros, no caso de
alimentos e de 0,5 a 3,0 mm no caso de fertilizantes.
No caso de alimentos, unidades de 50 tph de produo so possveis.
Enquanto o limite de fertilizantes de 170 a 200 tph.

1.3.3 Aglomerao Esfrica / Aglomerao Seletiva


Esto o mais novo processo de aglomerao onde um produto imiscvel
adicionado a uma suspenso de finos. Isto provoca a formao de uma segunda
fase, composta das partculas do produto imiscvel, as principais foras de coeso
so as foras capilares. O resultado a formao dos flocos ou aglomerados
esfricos com dimetros at 5 mm.
Aglomerao seletiva poderia ser feita com misturas de slidos e vm sendo
pesquisadas para novas finalidades, como por exemplo a aglomerao dos finos de
carvo em suspenso com gua utilizando leo combustvel como ligante.
At hoje a mxima capacidade industrial de 25 a 30 tph.

1.3.4 Aglomerao por Presso - Compactao


Partculas com baixos teores de umidade so processadas para formar
comprimidos, briquetes e lenis em equipamentos compactadores de rolos,
prensas de estampa e prensas de tabletes. As principais foras que agem nestes
processos so de Van der Waals. Os aglomerados tm formato uniforme e variam
em relao ao tamanho em alguns milmetros (no caso de farmacuticos), e at
decmetros (no caso de combustveis). No caso de utilizao de rolos lisos o lenol
formado quebrado em moinhos (que chamado de "granulador"), para atingir a
granulometria desejada. A capacidade destas unidades variam, no caso de minrios
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e combustveis de 300 a 500 tph enquanto na rea de fertilizantes de 10 a 100


tph j na rea farmacutica pode ser de alguns quilogramas por hora.

1.3.5 Sinterizao - Mtodo Trmico


So partculas finas umidificadas para formar uma pasta e depois so
processadas numa grelha horizontal, onde o material aquecido formando
aglomerados sinterizados. Este processo muito comum nas indstrias de
minerao e metalurgia. No produto final, o snter normalmente tem formatos
irregulares e mais grosso do que os outros aglomerados.
O mecanismo de aglomerao a formao de ligaes (pontes) slidas nas
reas de contato. A capacidade deste tipo de unidade at 2.000 tph.
Outros fatores que influenciam na seleo do processo so:

1.3.5.1Condies dos materiais


A matria-prima inicial pode ser:

slida, pastosa ou seca;

ou um fludo, soluo ou suspenso desde que seja bombevel.


O produto precisa apresentar condies de secagem, mesmo sendo sensvel

ao

calor, porque em muitos casos necessrio

aps o processo

de

aglomerao/granulao mandar o material para uma etapa de secagem.


Freqentemente o custo desta secagem o fator que determina a viabilidade
do processo (ref. 6).

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1.3.5.2 A faixa granulomtrica do produto desejado e o formato dos


gros.
Muitos processos so limitados pela faixa de granulometria que eles podem
produzir. Por exemplo, granulao por asperso sempre resulta em granulometrias
mais finas. Briquetagem e sinterizao produzem partcula (grnulos) mais grossos.
No caso da granulao por compactao os lenis precisam ser quebrados, o custo
desta granulao por moagem e subseqente reciclagem dos finos precisa ser
considerada.
A forma geomtrica das partculas em alguns casos crtica para o processo.
Como por exemplo, citamos o leito dos catalisadores slidos e no caso de
armazenagem dos materiais em silos e moegas.

1.3.5.3Necessidades

de

resistncia

porosidades

dos

aglomerados.
Muitos produtos precisam na utilizao final das reas superficiais especficas
altas com uma facilidade de disperso muito grande. Exemplos so os pigmentos,
alguns defensivos agrcolas, alimentos instantneos e alguns farmacuticos. Outros
produtos devem dispersar-se aps um tempo de espera. Os catalisadores e pelotas
de minrios de ferro precisam ser resistentes contra altas tenses. Sem quebra. Por
isto, os tipos de aglomerantes (ligantes) e consequentemente das foras de adeso
tm efeitos significativos e importantes sobre a resistncia e porosidade dos
grnulos.

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1.3.5.4Necessidades da capacidade dos Equipamentos


Alguns processos de "aumento do tamanho" no so adaptveis para
produes de altas tonelagens. Como por exemplo, a produo de comprimidos na
indstria farmacutica.

1.3.5.5Outros fatores.
Entre os outros fatores podemos citar:

comportamento durante secagem (incluindo possveis formaes de rachaduras


ou fundio);

compressibilidade;

comportamento com alta e/ou baixa temperaturas.


No caso de pelotas de minrios de ferro estas propriedades so importantes

na fundio, dilatao e contrao (ref. 7).


Uma vez que o processo apropriado selecionado, ensaios de laboratrio
devem ser realizados para determinar a quantidade de lquido necessrio para a
produo / aglomerao (fase lquida adequada).
Os outros parmetros que influem na eficincia da aglomerao so
determinados nesta etapa. No caso de fertilizantes temos o pH, temperatura e
aglomerantes (ligantes). No caso dos minrios temos os tensoativos.
Aps os ensaios de bancada e laboratrio as vezes necessrio construir
uma unidade piloto antes passar para a escala industrial. Normalmente os ensaios
de bancada so feitos em bateladas e uma das vantagens da unidade piloto a
operao continua com reciclo que permite uma melhor avaliao econmica e
tcnica (ref. 8 e 9).

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2 HISTRIA DA GRANULAO DO FERTILIZANTE


Acabamos de escrever porque granular e rapidamente citamos alguns dos
fatores que atuam

nos vrios tipos de processos de granulao (Aumento de

Tamanho Size Enlargement).


Agora abordaremos sobre a granulao de fertilizantes comeando com um
pouco de sua historia.
O primeiro processo de granulao foi desenvolvido na Alemanha em 1922
pelo BASF e foi para produzir "Nitrophoska". O sistema foi baseado no ataque da
rocha fosftica com cido ntrico seguido pela neutralizao com amnia. A lama
formada foi concentrada e consequentemente granulada.
A prxima etapa ocorreu em 1930, no Canad em Trail, Bristish Columbia,
onde foi montado o primeiro complexo de fertilizantes fosfato. Este complexo inclui a
primeira fbrica de "cido fosfrico forte (processo dihidratado de Dorr Oliver) e trs
unidades de granulao - duas de 120 tpd de G/TSP e uma de 150 tpd de MAP (ref.
10).
Aps isto a maior parte do progresso de fertilizantes ocorreu na Europa com
alguns desenvolvimentos nos EUA.
Destaca-se neste perodo a Fertiliser Society de Londres onde foi
apresentada uma srie de trabalhos que foram muito importantes para o
desenvolvimento da indstria e o conhecimento cientifico tecnolgico. Veja tabela
a seguir.

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Nmero do

Ano

Descrio

Processo
2

1947

Granulation of Phosphatic Fertiliser-Theory and Pratice, by

1949

S. Nodergren.
Slurry Dispersion

1957
1959

Superphosphatic Fertilisers, by J. T. Proctor


Developments in granulation Techniques, by A. T. Brooks
Mechanism of granule formation, by D. M. Newtt and A. L.

1960

Papadapoulos.
New Development in Granulation Techniques, by P. J.

61

1961

Vanden Berg and G. Mallie.


Rotary Coolers and Driers - Same Related Aspects of

74

1962

Design, by S. J. Porter and N. G. Mason


The Screening and Segregation of fertilizer Materials, by C.

7
47
55
59

Methods

for

the

Granulation

of

J. Stairmand
A lista extensa com mais nfase nas dcadas para frente com a utilizao
dos computadores tanto na rea de modelamento quanto na rea de controle de
processo e produo.

Nmero do
Processo
109
119

Ano

Descrio

1969

The Prilling of Compound Fertiliser, by F. E. Steenwinkel

1970

and J. W. Hoogendonk.
The Central of Fertilizer Granulation Plants, by J. A. Bland,
J. Hawksley and W. K. Perkins.

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11 / 55

Nmero do
Processo
127

Ano

Descrio

1972

Low Recycle NPK Granulation - Design and Practical

141

1974

Aspects, by G. B. Whyte.
Solids Handling and Metering in an NPK Prilling Plant, by

146
162

1975
1977

W. J. Kelly.
Off Line Data Logging for NPK Plants, by I. K.Watson.
Developments in Ammonium Phosphate Technology; by I.

1979
1983

A. Brownlie, E. Davidson and T. R. Dick.


The Pan Granulation Process, by O. Skauli and O. H. Lie.
Computer Simulation of Fertilizer Granulation Plants, by S.

186
215

M. P. Mutsers, H. J. M. Slangen, H. J. J. Rutten and I. K.


1983

Watson.
Recent experiences in the granulation of Ammonium

1985

Phosphates, by K. J. Barnett, D. Mivel and S. F. Smith.


Fluid Bed Granulation of Ammonium Nitrate and Calcium

238

1985

Ammonium Nitrate, by J. P. Bruynseels.


Granulation by Extrusion and Compaction methods by A.

271

1988

Stephensan and R. Zisselmar.


On Line Data Logging for NPK Plants, by I. K. Watson.

216
235

Alm destes temos vrios artigos e livros clssicos, tais como:

Granulation, by P. J. Sherrington and R. Oliver (ref. 4);

Particle Size Enlargement, by C. E. Capes (ref. 5);

Trans. Inst. Chem. Eng. 1958, D. M. Newlt and J. M. Conway - Jones (ref.11).
Agora passaremos a descrever os processos de granulao e aglomerao

utilizados pelas indstrias de fertilizantes.


Quais os tipos de granulao so utilizadas?
Existem vrios tipos aplicados pela indstria de fertilizantes. Segue um rpido
resumo dos processos mais importantes e mais utilizados.
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3 PROCESSOS DE GRANULAO DE FERTILIZANTES


3.1 Congelamento - Perolao
Este processo um exemplo de aglomerao por asperso. No caso de
fertilizantes aplicado para sais e misturas de sais que tenham solubilidades
elevadas e crescentes, sensivelmente com o aumento da temperatura, formando
"melts" basicamente anidros.
Este processo aplicado para os seguintes produtos:

Uria;

Nitrato de Amnia;

Nitrato de Potssio;

Nitrato de Clcio;

Nitrofosfato;

Misturas de Nitrato de Amnia e Fosfatos de Amnia;

Misturas de Sulfato de Amnia e Fosfato de Amnia.


As misturas dos produtos listados acima com outros sais como fosfato de

amnia, cloreto de potssio, sulfato de potssio e no caso do nitroclcio calcrio.


Os materiais menos solveis, tipicamente os cloretos e sulfatos de potssio
so freqentemente adicionados na forma de partculas finas e aquecidas no ultimo
instante antes da asperso.
O prprio processo de perolao dependente da formao de uma lama
fundida o "melt" que aspersada na cabea de uma torre alta. Esta pulverizao
poderia ser realizada dentro de um balde feito em tela, giratria, ou por uma chapa
perfurada vibratria, ou atravs de bicos ativados por ultra-som. Todos os sistemas
produzem pequenas gotas de lama que congelam-se durante a queda na torre. A
torre em contra corrente ar que ajuda neste processo de solidificao.
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A altura da torre controla a granulomtrica do produto. Veja os exemplos


abaixo.

Produto Uria
Altura da torre
Media de gro
60 m
1,6 a 1,8 mm
100 m
2,2 a 2,4 mm
140 m
2,8 a 3,2 mm
Aqui no Brasil encontramos este processo na Ultrafertil - Nitrato de amnia e
Uria. E na Nitrofertil - Uria.
Na Europa existem vrios processos de perolao de N, NP, NK e NPK alm
de vrios produtos especiais como Nitrato de Clcio - 5Ca(NO 3)2.6H2O.NH4.NO3.
As bases destes produtos so Nitratos de amnia, fosfatos de amnia e os
nitrofosfatos amoniados.
As vantagens deste processo so:

Facilidade de operao;

Ausncia de granulador, secador e fornalha;

Reduo do nmero de equipamentos mecnicos;

A baixa taxa de reciclo.


As desvantagens deste processo so.

Aspectos fsicos do produto (baixa dureza de gros);

Custo de investimento.;

A prpria torre;

Limitao dos tipos de produto, com a exceo de Nitrato de potssio, os


produtos normalmente tm uma relao elevada de nitrognio comparado com
fsforo e potssio.

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Equipamento para controle ambiental que so necessrios para serem instaladas


as torres para vazes elevadas dos gases.

3.2 Congelamento - Esfarelamento


Existem dois tipos de processo baseados no esfarelamentos o mais antiga
que era aplicada ao Nitrato de amnia. Onde a lama fundida de nitrato era
derramada sobre uma correia transportadora de inox (resfriada internamente com
gua), solidificada e posteriormente o material quebrado e peneirado.
O processo novo tambm utiliza uma correia de inox mas a chapa
ondulada, onde o material fundido derramado formando pastilhas. Este processo
tem o nome comercial de Rotoform e produzido pela empresa Sandvik.

3.3 Compresso - Extruso


As aplicaes em fertilizantes so muito limitadas. Basicamente a produo
de pauzinhos de materiais orgnicos para a utilizao das donas de casa em vasos.

3.4 Compresso - Compactao


Este o nico dos processos baseado na compresso que tem aplicaes no
setor de fertilizantes. Os dois rolos podem ser lisos ou ondulados.
Este processo tambm apresenta limitaes com respeito a matrias-primas
que tm de ser secas e slidas.
Inicialmente em termos de fertilizantes o processo foi aplicado para a
produo de sais simples: sulfatos e cloreto de potssio, sulfato duplo de potssio e

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magnsio e sulfato de amnia. Nos ltimos anos outras aplicaes crescentes como
granulao de varias misturas de NP, NK e NPK surgiram.
Mais uma aplicao da dcada de 80 foi o desenvolvimento dos Supergros
e/ou Tijolos, briquetes de uria. Que so utilizados quando necessria uma
liberao de nitrognio controlada e prolongada para obter a mxima eficincia
agronmica.
O processo de compactao consiste na:

Preparao da matria-prima (moagem).

Dosagem da matria-prima para a obteno da especificao analtica desejada.

Mistura intima das matrias-primas e o reciclo, normalmente em rosca ou pug


mill.

Compresso, com alimentao da mistura forada entre os dois rolos. Estes


rolos podem ser lisos ou ondulados. Os rolos giram em sentido contrrio,
existindo um ajuste no sentido horizontal para o escapamento entre os rolos. Isto
utilizado para ajustar a presso entre os rolos, sendo que a presso varivel
e dependente do produto. A faixa de presso utilizada de 2 a 20 toneladas por
centmetro linear. Dependendo da natureza dos rolos lisos ou ondulados, o
produto pode sair na forma de um lenol, tijolo ou bolinhas/briquetes.

No caso de rolos lisos segue uma etapa de granulao em moinhos de lenol.

Peneiramento com os finos e grossos retornando na forma de reciclo.

Em alguns casos existe uma etapa de acondicionamento e recobrimento.


As vantagens deste processo so:

Menos custo de investimento pela ausncia de secador, resfriador, fornalha e a


maioria dos equipamentos utilizados no controle ambiental (com a exceo dos
filtros de mangas associados com os processos de britagem e peneiramento).

Custo operacional menor devido a ausncia de secagem.

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As desvantagens so:

Limitao nos tipos de matrias-primas, no se pode utilizar matrias lquidas


como cido sulfrico, ntrico e fosfrico, nem amnia. Existem limitaes na
quantidade e qualidade dos superfosfatos.

As foras envolvidas neste processo so:

Van der Waals;

Pontes cristalinas como as resultadas das reaes qumicas e as deformaes


em funo da presso.
Para promover compactao, precisamos eliminar o ar entre as partculas at

alcanar o mnimo de 95% da densidade terico. Durante o processo de


compactao na primeira fase envolve-se o realinhamento das partculas. Aps isto,
a deformao plstica, seguida pela britagem de uma partcula acima da outra e
finalmente a fuso. Durante estes processos temos um aumento de temperatura
entre 5 e 15.

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3.5 Agitao
Aglomerao por crescimento.
Dentro deste sistema existem vrios mtodos diferentes que normalmente
so classificados pelo tipo de equipamento utilizado para causar a aglomerao.
Resumindo todos os casos na formao, cristalizao ou colheita de um
material ou vrias matrias servem para constituintes de gro ou grnulos.
O objetivo converter vrias matrias-primas slidas e liquidas (no caso da
amnia, esta pode ser gs), utilizadas na adubao, em grnulos de dimetro
uniforme e com aspectos fsicos adequados para secagem, classificao, manuseio
e transporte.
As matrias-primas slidas e liquidas so alimentadas juntamente com as
slidas recirculadas no equipamento de granulao. Estes equipamentos podem ser:

Pug Mill
Pin Mill

Blunger
Tambor rotativo
Prato rotativo
Cmara

Reatores horizontais com um ou dois eixos com paletas


de pinos.
Um caso especial do Pug Mill contem um eixo e paletas.
Caso das unidades de Cubato e Catalo
Caso da Gespa.
ou cmaras de leito fluidizao.

Existem muitas variaes no processo bsico de granulaes, dependendo


do tipo das matrias-primas utilizadas e dos produtos finais.
Uma outra maneira de classificar os processos utilizados em fertilizantes so:

Granulao com gua e/ou vapor;

Granulao qumica;

Granulao por fuso.


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Ainda existe mais uma outra classificao:

Processo controlado por eficincia da granulao;

Processo controlado pela necessidade de reciclo.


Na Copebras na unidade SSP-Gro de granulao com gua e vapor (sem

calor de reao significativo), controlado pela eficincia de granulao.


No caso da unidade de MAP existem duvidas. O processo pode ser uma
simples granulao qumica, mas est muito prximo de ser uma granulao por
fuso. O sistema controlado pela necessidade de reciclo. Isto em partes deve-se a
operao com reciclo quente (unidade no tem resfriador nem para o produto e
muito menos para o reciclo).
A prxima etapa descrever os mecanismos que envolvem os processo de
granulao em tambores rotativos.

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4 SISTEMAS DE GRANULAO
Existem basicamente dois tipos de granulao: o primeiro tipo o da unidade
de MAP Catalo, onde a maioria ou todas as matrias-primas so lquidas (ou gs
no caso da amnia). Este sistema tambm conhecido como Slurry Granulation. O
segundo tipo aquele onde a maioria ou todas as matrias-primas so slidas, caso
da unidade de SSP-Gro, onde necessrio adicionar a fase lquida - gua/vapor
para obter a granulao. Este tipo de granulao conhecida como Agglomerative
Granulation. Neste segundo sistema como necessrio fornecer fontes de
umidades e/ou calor para provocar a granulao a eficincia do processo avaliada
em funo da porcentagem do material dentro da especificao da granulometria
que gerada durante a passagem pelo tambor rotativo (ou equipamento de
granulao). Por isto, o sistema / processo chamado de "Controlado pela
eficincia da granulao".
No caso da Slurry Granulation onde a maioria ou toda as matrias-primas so
fludos. Existe a necessidade de uma taxa de reciclo mnima para a absorver a fase
lquida das matrias-primas. Por isto, o processo chamado de "Controlado pela
fase lquida".
Uma variante deste sistema o fator dominante (o fluxo de calor), no
necessariamente a quantidade de fase lquida. Este o caso normal na produo de
DAP e provavelmente o caso da unidade de MAP-Gros.

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5 MECANISMOS DE GRANULAO
Os dois sistemas tm mecanismos de crescimento diferentes, mas a variante
onde o fluxo de calor dominante mais hbrido.
No sistema que controlado pela "Eficincia de Granulao" o mecanismo
o de aglomerao das partculas.
No sistema controlado pela necessidade de reciclo o mecanismo a
colocao dos materiais em camadas, onde ciclos consecutivos de umidificao e
secagem, geram grnulos que quando cortados parecem uma cebola.
Na variante controlada pelo fluxo de calor a formao de camadas
incompleta, com a prpria solidificao (cristalizao) dos materiais durante o
resfriamento sendo mais significativa.

5.1 Aglomerao
No processo de aglomerao, as partculas individuais das matrias-primas
so construdas no grnulo onde cada partcula ligada com as vizinhas .
Na transformao de uma mistura de p seco para uma de grnulo de NPK,
diferentes mecanismo de ligaes acontecem durante os vrios estgios. Na
ausncia da fase lquida, a aglomerao vai depender somente das foras de
atrao que existe entre slidos como:

Foras moleculares Van der Waals;

Foras eletrostticas.
Estas foras slido-slido so fracas e a contribuio delas no incio quando

aproxima-se as vrias partculas.

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A adio de lquido no sistema muda o mecanismo de ligao e aumenta


resistncia dos grnulos.
Com pouca fase lquida o primeiro efeito ser o de fazer uma camada
superficial que reduz as distncias aumentando os efeitos de foras de Van de
Waals. Com adio de mais lquido estes espaos comeam a encher provocando
trs novas foras:

Pendular;

Funicular;

Capilar.
Ver os diagramas na figura-2.
No estado pendular duas foras fortalecem as ligaes:

Foras tencil devido as tenses de superfcie na interface lquido/ar da ponte


lquida;

Foras hidrostticas de suco nas pontes lquida. Com o preenchimento dos


espaos livres o estado capilar atingido e o granulo mantido pela suco
capilar nas interfaces (lquido/ar) da superfcie do grnulo.
Precisamos lembrar de um fator muito importante quando consideramos que

as ligaes dos fertilizantes ocorrem na presena dos sais solveis: a fase lquida
gera as pontes dos cristais que so responsveis pela resistncia (dureza) final dos
gros.

5.2 Deposito em camadas.


Nesse processo a cada passo do grnulo pelo granulador, mais a camada da
fase lquida cristalizada, solidificada acima do ncleo recirculante.

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Neste processo as ligaes de uma partcula com outra no tem importncia.


Mas, para incorporar outras matrias-primas slidas neste processo a granulometria
muito importante (ref. 12). As partculas slidas neste sistema tm de estar na
faixa de 1,5 a 3,5 mm ou abaixo de 250 microns (0,25 mm). Na faixa maior eles
servem para formao do novo ncleo para a fase lquida cristalizar acima. Na faixa
menor eles so suficientemente pequeno para incorporar nova camada da fase
lquida, cristalizando acima de um ncleo existente. Um dos parmetros utilizados na
seleo do cloreto de potssio utilizado na produo de 12-32-18 na unidade de
DAP da Ultrafertil era a granulometria - fino com a maioria das partculas inferiores a
250 microns. O segundo parmetro foi a velocidade da solubilizao. Esta
velocidade era alta e com isto h um aumento na concentrao dos sais na fase
lquida, acelerando o processo de cristalizao.

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6 TEORIAS DE GRANULAO
O processo de granulao muito complexo e envolve muitos fatores tais
como:

Umidade das matrias-primas dentro do trabalho;

Solubilidade das matrias-primas e produtos resultantes das vrias reaes


qumicas entre esses materiais;

Temperatura dentro do tambor;

Taxa de reciclo;

Faixa de pH ou acidez livre dos materiais;

Vazo de ar dentro do tambor;

Temperatura do reciclo;

Velocidade da rotao do tambor;

Carga do tambor m3h/m2.


Durante vrios anos empresas publicaram teorias que tentavam explicar as

interaes destes parmetros. As mais conhecidas so:

da Fisons (hoje Hydro Agri, ref. 16 e 17), voltada muito mais para os processos
de aglomerao;

da Incro S/A (antiga Cros S/A) / ICI, (ref. 13 e 14), que trata principalmente do
processo de deposio em camadas;

da TVA (hoje National Fertilizer and Environmmental Development Center


NFEDC) e UKF (ref. 15).
Outras empresas j desenvolveram modelos para simular e avaliar a

viabilidade e eficincia do processo de aglomerao sem publicar uma teoria. O


mais notvel deles so os trabalhos da Techmical Gruop 11 de UDHE. (Ver ref. 18,
19 e 20).

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6.1 TVA (NFEDC) Total Fase Lquida


Este como todos os mtodos baseado em dados prticos e empricos.
Este mtodo utiliza os seguintes conceitos para definir a composio e dar
uma boa granulao com bom rendimento:

300 a 400 kg/tonelada de fase lquida;

40 a 45 x 103 kcal/tonelada (sem reator tubular);

75 a 85 x 103 kcal/tonelada (com reator tubular).


Alm disso, o balano geral do calor em funo da taxa de reciclo, gerado

pela formula:
H = H0 (1 + XR)
onde:

H0 = 35.000 kcal/tonelada
R = Taxa de reciclo
X = (Tg - Tr) (Tg - Tf)
Tg = temperatura na sada do granulador
Tr = Temperatura de reciclo
Tf = Temperatura das matrias-primas
A fase lquida calculada da seguinte maneira: soma das % individuais das

matrias-primas e dos agentes que ajudam no processo de granulao a gua e o


vapor, X coeficiente da fase lquida para cada material. O coeficiente um fator
emprico. (Ver tabela abaixo).

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FATORES EMPRICOS DE FASE LQUIDA


MATRIAS-PRIMAS
COEFICIENTE
NH3 (lquido ou gs)
0,50
gua amnia
1,00
cidos sulfrico e fosfrico
1,00
gua e ou vapor
2,00
Sulfato de amnia
0,10
Super simples p
0,10
Super triplo p
0,20
MAP p
0,20
Cloreto de potssio (granulado)
0,30
DAP (granulado )
0,25
Nitrato de amnia (slido )
0,50
Uria (slida )
0,50
Cloreto de potssio p
Zero

Os calores de reao so calculados pelos dados da tabela abaixo.

CALORES DE REAO - kcal/kg NH3


MATRIAS-PRIMAS
NH3 GS
NH3 LQUIDA
NHO3 (55 a 65 % )
1650
1375
H3PO4 (54% P2 O5)
1510
1240
MAP DAP
1100
840
H2SO4 (93 a 98 %)
1780
1500
TSP
1190
910
SSP
1100
840
Nesta teoria temos deficincias em termos de:

, realmente, um sistema para avaliar-se que composio vivel para granular,


mas no dar nenhuma indicao sobre o rendimento/eficincia da granulao.

Com excesso da mudana de solubilidade do sistema H 3PO4 NH3 a teoria no


considera os efeitos de pH.

Com a terceira equao existe condies para avaliar as taxas de reciclo, mas
precisa-se saber das condies de temperatura do sistema.

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Finalmente, tambm temos mais aplicaes no caso dos produtos (formulaes)


que so controladas pelo sistema de Eficincia da Granulao.
Seguem exemplos de aplicaes desta teoria:

Uma formulao de alta fase lquida e com baixa caloria - tpico 400 kg/t de fase
lquida e 40.000 kcal/t.

Uma formulao com baixa fase lquida e com alta caloria - tpico 300 kg/t da
fase lquida e 45.000 kcal/t.

6.1.1 Super triplo granulado


Este um sistema tpico de alta fase lquida e baixa caloria.
Observa-se que o fator de fase lquida apresentada pelo TVA (NFEDC) para
superfosfatos triplo refere-se a um produto feito com rocha fosftica da Florida. Este
produto tipicamente tem umidade livre na faixa de 4 a 6% e acidez livre na faixa de
2 a 3%. No Brasil, especificamente, no caso da Copebras Ltda. o superfosfato triplo
feito com a rocha de Catalo que no segue estes padres. Por isto, o fator
emprico da fase lquida teve que ser alterado.
Analisando os componentes do TSP p feito com a rocha da Florida:
(0,05 x 2,0)
%H2O x coeficiente

(0,03 x 1,0)
%Acidez x coeficiente

(0,92 x a)

= 0,20

Com isto, o coeficiente do monofosfato de clcio, o principal componente na


TSP igual a 0,075.
Calculamos o novo coeficiente para o TSP-ROP da Copebras baseado na
seguinte analise:

Acidez Livre: 7,5% (H3PO4) = 5,4% P2O5.

Umidade: 6,0%
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que gera um fator de fase lquida de:


(0,06 x 2,0)
%H2O

(0,075 x 1,0)
%Acidez

(0,865 x 0,075)
%Mono-cal

= 0,26

Para produzir 1.000 kg de TSP-Gro a alimentao de 1.030 kg de TSPROP (curado). Portanto, a fase lquida da matria-prima :
1.030 x 0,26 = 267,7 kg/t
faltam (400 267,7) = 132,3 kg/t
Dividindo pelo fator de 2,00 (gua e ou vapor ) = 66,2 kg/t.
Para atingir a taxa de calor utilizamos vapor a 10 kgf/cm 2 (saturado) at
195C. Nestas condies o vapor tem:
615 + 0,44 x (195 - 100) kcal/kg
ou 656,8 kcal/kg
40.000 656,8 = 60,9 kg/t de vapor
O balano da fase lquida seria 5,3 kg/t da gua.
Nas condies normais os consumos de vapor e gua, pela unidade TSPGro, so de 200 a 210 kg/t de vapor e de 40 a 45 kg/t de gua .
Estas grandes diferenas entre os valores calculados e os valores atuais em
parte devido a uma absoro incompleta do vapor na massa slida dentro do
granulador. normal utilizar vapor numa presso mxima de 3 a 4 kgf/cm 2 no
processo de granulao, mesmo assim a eficincia da incorporao no passa de
50 %. No caso da Copebras a utilizao do vapor com presso mais alta deve
reduzir esta eficincia ainda mais. As diferenas de consumo de gua
provavelmente esto ligados a taxa de reciclo.

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Observe: Sem saber as provveis temperaturas no se tem como calcular a taxa de


reciclo.

6.1.2 04-14-08
Este um sistema tpico da baixa fase lquida e alta caloria.

FORMULAO (COMPOSIES)
MATRIAS-PRIMAS

kg/t

Coeficiente de

kg H2O/t

Super simples p

80

Fase Lquida
0,18

Acido sulfrico 98%

94

1,00

94,0

Amnia liquida

49

0,50

24,5

Cloreto de potssio fino

132

0,0

0,0

Total

Observao:

1081

145,0

263,5

O coeficiente foi corrigido em funo das diferenas entre o SSPRop feito com a rocha da Florida e o SSP-Rop feito com as rochas
gneas do Brasil.

Falta fase lquida, pois (300 - 263,5) = 36,5 kg/t. Que equivalente a
(36,5 2) = 18,3 kg/t de gua e/ou vapor.
Verificando o balano de calor, temos:
2NH3 + H2SO4 = (NH4)2SO4 + X kcal
94 kg/t de H2SO4 reagem com NH3
94 x (0,98) x (34 98) kg de NH3 = 31,96 kg de NH3 32 kg de NH3
Por isto, (49 - 32) kg/t de amnia reage com o superfosfato simples = 17 kg/t.
Portanto a taxa de caloria de:

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32 kg/t x 1.500 kcal = 48.000 kcal /t


17 kg/t x 840 kcal = 14.280 kcal/t
Total
= 62.280 kcal/t
O valor muito alto e por isso o uso de vapor para completar a fase lquida
no indicado.
Observe que, quando esta composio usada freqentemente a fornalha
est desligada e a operao auto trmica em respeito a secagem.
provvel que o sistema opere com as seguintes temperaturas:

Sada do granulador Tg = 105 C.

Temperatura do reciclo Tr = 85 C.

Temperatura das matrias-primas Tf = 40C.


Pela equao H = Ho (1 + XR),

onde: X = (105 - 85) (105 - 40) = 0,31.


Portanto, 62.280 = 35.000 x (1 + 0,31 x R).
Logo R = 2,52, ou seja R = 2,51:1,0

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6.2 Incro S/A (ICI) - Curva de granulao - Volume da fase


lquida / Volume da fase slida
Nesta teoria explica-se a granulao utilizando os seguintes mecanismos:

Primeiro - as misturas da matria-prima;

Segundo - as reaes entre elas;

Terceiro - a aglomerao dos grnulos menores para produzir os maiores.


Como foi dito antes temos basicamente dois sistemas: um de aglomerao e

outro de deposio em camadas (layering), mas ambos so dependente na


presena da fase lquida. Esta fase lquida, na maioria dos casos em granulao de
fertilizantes, basicamente uma soluo dos vrios sais de fertilizantes em gua. A
relao entre volume da fase lquida e volume da fase slida necessria para
obter-se granulao com os gros variando em funo do dimetro mdio do reciclo
e o dimetro mdio do produto final desejado. Quanto menor dimetro mdio de
reciclo, o maior volume da fase lquida necessria para atingir a granulometria
desejada.
As duas empresas que trabalham com esta teoria, utilizando expresses
matemticas para descrever esta relao.

Incro S/A
VL VS = K1 x [1 - (3 x x K2)]
onde:

VL = Volume da fase lquida,


VS = Volume da fase slida,
= Dimetro50 entrada Dimetro50 sada,
K1 e K2 so

constantes empricas e variveis que dependem das

matrias-primas e da formulao (composio).

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ICI
Somente usa diferentes smbolos Y = K x [1 - (3 x x t)],
onde:

Y = Volume na fase lquida Volume na fase slida,


= Dimetro50 entrada Dimetro50 sada,
K e t so constantes empricas.

Veja no grfico, a seguir, um relacionamento tpica para formulao 17-17-17


baseada no nitrato de amnia, cloreto de potssio e fosfato de amnia.

Na pratica existe uma distribuio de granulometria dos gro na sada do


granulador. S uma parte deles (eficincia da granulao), so da granulometria
desejada (no caso de 2,00 a 4,00 mm). possvel gerar uma curva de eficincia de
granulao na sada do granulador em funo da relao da fase lquida (Y).

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Esta relao da fase lquida (Y) dependente da porcentagem de gua e da


solubilidade dos sais (matrias) dentro do granulador.

Y = w x {[(1 + s) x s] [(1 - w x s) x i]}

onde: w = relao peso da gua / massa de slidos seco,


s = peso (massa) de slidos solubilizados / peso (massa) de gua,
s e i = densidades das fases slidas e fase lquida .

Segue um exemplo de curva da eficincia da granulao (fig. - 4).

As solubilidades so muito influenciadas pela composio qumica da


formulao e sempre aumenta com o crescimento das temperaturas. Isto ajuda a
explicar os problemas como no caso da MAP-Gro. A alta temperatura no granulador
sem a capacidade de evaporao da gua deixa o sistema muito sensvel a
pequenas variaes de gua. Estas pequenas variaes na gua geram grandes
variao na fase lquida em funo da alta solubilidade nas temperaturas elevadas.

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Resumindo os fatores que influenciam no volume da fase lquida so:


(a) Quantidade (porcentagem) da gua .
(b) Solubilidade dos sais, tanto de matrias-primas quanto dos produtos das
reaes.
(c) Temperatura da mistura.
(d) pH da mistura que est ligado com as solubilidades.
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No caso de formulaes baseada nas matrias-primas fosfatado e/ou com


altos teores de potssio os fatores (a), (c) e (d) so mais importantes. preciso
lembrar dos efeitos nas variaes do pH (razo molar) no sistema.
NH3 + H3PO4 = MAP ou DAP
Nos casos das formulaes nitrogenadas, baseadas em nitrato de amnia ou
uria os fatores (a), (b) e (c) so mais significativos. O fator (b), solubilidade, o
mais importante.
Quanto maior solubilidade dos sais em uma determinada formulao, menor
quantidade de gua necessria para atingir a relao de fase lquida desejada.
Observao: Para cada formulao existe um relacionamento entre umidades
(fase lquida) e temperatura. Isto a base da terceira teoria da
granulao.
A porcentagem de umidade dentro do granulador dependente das entradas de
gua no granulador, da taxa de reciclo e da taxa de evaporao. Esta taxa de
evaporao dependente da vazo dos gases no tambor e da temperatura.
Voltamos a considerar os dois diferentes tipos de sistema de granulao
Controlada pela Eficincia de Granulao e Controlada pela Necessidade de
Reciclo.
Nas formulaes controladas pela necessidade de reciclo possvel calcular
a taxa de reciclo necessria utilizando a seguinte equao:
(R x wr) + wf = (R + 1) x w
onde: R = peso de reciclo seco por peso unitrio das matrias-primas (uma das
definies de taxa de reciclo).
wr e wf so as porcentagens de umidade no reciclo e nas matrias-primas.
Quando isto combinado com a equao da fase lquida (Y), geramos a
seguinte expresso:
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R = [(1 + s)wf x (s i) + (Ys x wf -Y)] [Y - Ysw - (1 + s)wr x (s i)]


Portanto, nos casos mais simples a razo do reciclo uma funo linear da
porcentagem de umidade das matrias-primas. Veja figura - 5.

muito importante lembrar que a reduo da gua das matrias-primas


lquidas quase sempre aumenta a temperatura e, com isto, a temperatura da
granulao tambm tem uma tendncia a subir. Veja no exemplo acima. Nesta
situao a temperatura da granulao poderia ser reduzida utilizando um reciclo

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mais frio, ou aumentando a vazo dos gases passantes pelo granulador.


Exatamente o que a Fosfertil esta fazendo hoje no caso da unidade 230 MAP-Gro.
Onde, a maior vazo de ar no granulador evapora mais gua reduzindo a
temperatura do produto e consequentemente reduzindo a temperatura do reciclo.
Hoje na unidade de MAP-Gro a principal limitao o balano de calor e no
um sistema controlado pela necessidade de reciclo.

6.3 Norsk Hydro (Fisons) Curva de granulao


Esta teoria foi proposta pelo A. T. Brooks e S. M. Janikowski, onde foi
estabelecido um relacionamento entre temperatura, fase lquida e o reciclo.
Este relacionamento expressado na forma de uma curva, ou para ser mais
exato numa famlia de curvas. Veja os seguintes exemplos (figuras - 6 e 7).

Observao: A curva no uma linha s, mas uma faixa que fica mais estreita nas
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regies de temperatura mais alta. No exemplo da figura - 6 a curva


para um produto com uma % pequena dos sais altamente solveis.
Por isto, as curvas so bem deitadas.
No prximo exemplo, figura - 7, de um produto com porcentagem alta dos sais
altamente solveis, tpico de alta nitrogenada usando nitrato de amnia ou uria. A
inclinao da curva muito mais alta.

Semelhante a teoria anterior (ICI INCRO S/A) existe uma relao entre a
fase lquida e reciclo (veja figuras 8 e 9).

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Observa

Este exemplo de um sistema de sais fundidos, mas aplica-se com

o:

valores diferentes para qualquer sistema.

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Somando todos estes fatores produzimos a Curva de Granulao e a Curva


de Equilbrio para massa e calor (figura - 10).

Esta teoria apresenta as seguintes deficincias :

No indica a eficincia do sistema e no considera o tempo necessrio para as


reaes atingirem o equilbrio.

No considera os efeitos do pH que mudam algumas das solubilidades dos sais.

Precisa fazer curvas para cada composio.

Aplica-se mais para sistemas controlados pela eficincia da granulao.


Porm, esta teoria pode ser usada para demonstrar os efeitos de algumas

variveis de granulao (ver figura - 11).

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Observaes:
Isto para um sistema controlado pela eficincia de granulao. Parece
complicado, mas:

A ao da gua sempre no sentido de curva e por isto a melhor opo para


ajustes finos e finais.

vapor tem efeitos tangenciais a curva.

As aes da reao entre NH 3 e H2SO4, (amnia e cido sulfrico), somente


envolvem gerao de calor e no de umidade e, por isto, os efeitos no caso de
fase lquida so em funo da variao das solubilidades dos sais com
temperatura.

As aes da reao entre NH3 e H3PO4, (amnia e acido fosfrico), alm de calor
tambm envolvem uma parcela de umidade. Por isto, os efeitos sobre a
quantidade de fase lquida so maiores do que o caso anterior.

Os efeitos de variao na taxa de reciclo tambm so tangenciais.

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importante lembrar que este sistema controlado pela eficincia da


granulao. Finos Geram Finos e, por isto, aumentos na taxa de recibo quase
sempre provocam problemas com o equilbrio do sistema.
Segue um exemplo de curva de granulao do TSP-ROP ( veja figura -12).

Este um sistema simples com poucos (trs) recursos de controle.


No prximo exemplo, a curva de granulao de MAP-Gro (ver figura - 13).
Utilizamos uma razo molar NH3:H3PO4 de 0,75:1,0 dentro do reator tubular.

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Uma das deficincias desta curva a no existente da maneira para


descrever os efeitos da vazo de ar dentro a granulador.
Resumo
Todas as trs teorias utilizam os mesmos parmetros.

Formulao / composio qumica, quais sais esto presente;

Temperatura;

Taxa de recibo.
Alm destas teorias tem os trabalhos de UDHE que so muito mais que uma

aplicao dos balanos de massa e calor, utilizando um computador para otimizar o


desempenho das unidades existente e dimensionar novas unidades a partir de uma
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teoria de granulao. Uhde

usa alm dos balanos de massa e de calor os

trabalhos de:

Sherrington P.J., The Chem. Eng., 1968, 220 - 201 (ref. 4);

Janikowski S. M., The Chem. Eng., 1971, 246 e 51 (ref 17);

Van der Leek, J. H., ISMA 1976 Technical Conference (ref 15).
Eles utilizaram o que eles chamam o terceiro balano que a distribuio

granulomtrica de entrada e sada do granulador. Isto usado para gerar "fator de


granulao.
Observao: Este fator no constante sobre todas as faixas granulomtrica e,
por isto, a definio feita sobre o tamanho mediano das partculas.
50 = (d50 granulate d50 feet) = (dg df)
onde:

50 o fator da granulao;

d50 granulate (dg) a granulometria mdia na sada;

d50 feed (df) a granulometria mdia da alimentao.

As eficincias das peneiras e moinhos tm efeitos significativos sobre o valor


de df. O fator da granulao 50 uma funo da % da fase lquida.
Observao: Para mias detalhes leia as refs 18, 19 e 20.

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7 FORMULAO
Mesmo nos dois casos da Copebras, onde no temos muitas opes de
composio, ainda tem-se efeitos na fase lquida em funo do nvel acidez livre no
caso SSP e em funo da razo molar no caso do MAP-Gro.
Em termos gerais muito importante, no caso dos produtos que so
controlados pela eficincia da granulao, definir quais matrias-primas devem ser
utilizadas e em que faixa de temperatura e pH (razo molar) o granulador vai operar.
Por exemplo, no caso dos fosfatos existem vrios tipos de sistema.

7.1 Sistemas Controlados Pela Eficincia de Granulao


7.1.1 Baseado no Superfosfato
S Superfosfatos, simples ou triplo, normalmente so granulados com pH
baixo na faixa de 2,5 a 3,0. Quando produzido produtos PK tipo 00-20-20 ou
00-14-28 importante elevar este pH para o nvel de 3,5 0,2, utilizando a adio
de amnia, cal hidratado ou calcrio. Isto, evita a liberao de grande quantidade do
gs cloreto de hidrognio durante a secagem. Tambm necessrio evitar excesso
de materiais alcalinos que iro inibir a granulao. Nesta faixa estreita de pH 3,3 a
3,7 existe uma boa eficincia de granulao sem liberao excessiva de HCl durante
a secagem.
Nos produtos NPK onde a principal fonte de nitrognio amnia existem duas
faixas de pH bom para a granulao a primeira pH de 3,8 a 4,2 e a segunda de
pH 5,5 a 5,8.

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7.1.2 Baseado em Fosfatos de Amnia


Composies baseadas no MAP so normalmente granuladas com faixa de
pH entre 5,5 e 5,8, utilizando amnia para levar a razo molar de 1,0:1,0 para
1,35:1,0 aumentando a solubilidade da mistura e, por isto, aumentando a fase
lquida.
Observaes:

No caso da unidade de MAP, utilizamos a razo molar 1,0:1,0


para reduzir a solubilidade do fosfato de amnia e por
conseqncia diminuir a fase liquida.

Formulao com quantidades significativas e mais ou menos


iguais de Superfosfatos e MAP so difceis para granular devido
as diferentes necessidades em termos de pH / razo molar, de
cada matria-prima.

7.2 Sistemas Controlados Pela Taxa de Reciclo


7.2.1 Baseados em Superfosfatos
No caso da produo de TSP

pelo processo direto (Slurry route), os

principais parmetros so:

Umidade livre;

Acidez livre;

% de monoclcio dihidrognio ortofosfato (Ca(H 2PO4)2.xH2O).


Quando utilizamos uma rocha fosftica de "boa qualidade", por exemplo

Jordnia ou Israel, onde a soma dos teores de Fe 2O3 + Al2O3 + MgO menor que
2,5%, ento possvel obter boa granulao com acidez livre na faixa de 2,0 a
3,5%. Com rochas mais impuras este nvel de acidez precisa subir at 8 a 10% em
casos extremos.

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7.2.2 Baseado no Fosfato de Amnia


No caso do DAP e de produtos formulados com DAP a borra (slurry) usada
amoniado no granulador com razo molar de 1,70 a 1,90. O valor final vai depender
do teor e das impurezas no cido fosfrico. Quanto maior o teor de impurezas menor
valor de razo molar. Quando tentamos elevar a razo molar de um cido fosfrico
com alto teor de impureza mais altas so as perdas de amnia, chegando a 30% .
No caso do MAP e dos produtos formulados por ele normal corrigir a razo
molar para a faixa de 0,98 a 1,02:1,0, para reduzir a solubilidade do sistema e por
conseqncia a fase lquida.
No caso de produtos com alto teor de nitrognio existem varias regras, tais
como:

No caso de produtos N e NK as solubilidades no variam com pH (razo molar),


mas somente com temperaturas. Por isto, os controles principais so a taxa e a
temperatura do reciclo e a umidade das matrias-primas.

No caso de produtos feitos com uria e fosfatos existe um limite mnimo de pH de


4,6. Abaixo disso o aumento da fase lquida fica fora de controle durante a
secagem. Nos produtos NP obtemos os melhores resultados com a faixa de pH
de 5,8 a 6,2. Enquanto que os NPKs precisam de uma faixa de 5,0 a 5,4.
Por motivos de segurana, a preveno da decomposio, formulaes com

nitrato de amnia no devem ter mais de 1,0% de acidez livre (com H 3PO4). Todas
as formulaes NK, NP e NPK feitas com nitrato de amnia devem ter a adio de 3
a 4 kg de uria por tonelada adicionada para funcionar como um anti-oxidante.

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8 TEMPERATURA DE RECICLO
Para conseguir atingir o controle da granulao necessrio manter a
quantidade de fase lquida em uma faixa estreita (ver a teoria da ICI e INCRO S/A,
Y = de 0,12 a 0,15). A obteno desta faixa pode ser feita pela adio da gua ou
pelo controle da temperatura (ver ref.15).
Voltando a falar sobre os exemplos dentro da Copebras, no caso do SSP,
aps o aumento da vazo de ar no secador e consequentemente o aumento na
temperatura do reciclo a quantidade total de adio da fase lquida foi reduzida.
No caso do MAP, aps a abertura do selo do granulador, que reduz a
temperatura do reciclo, necessrio o aumento da adio de gua no granulador.
Esta adio de gua ajuda a granulao alm de ser evaporada reduzindo a carga
trmica do sistema.
Estes dois exemplos mostram o relacionamento entre as operaes do
granulador e secador. O desempenho de um est relacionado com o do outro. Isto
mais evidente quando a formulao contm materiais como uria, que a taxa de
solubilidade aumenta rapidamente com pequenos incrementos de temperatura. Em
tais casos a fase lquida aumenta em vez de reduzir durante a secagem e ocorre um
crescimento rpido dos grnulos at obstruir o secador, devido ao fato de que as
condies encontram-se acima da curva de granulao (ver figura - 14).

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Caso 1 Curva de secagem 1


No tem risco de continuao de granulao dentro do secador durante a
secagem e, com isto, no tem risco de entupimento no secador.
Caso 2 Curva de secagem 2
Como as duas curvas se aproximam, corre-se o risco da granulao durante a
secagem e, com isto, uma gerao de grossos e possvel entupimento do secador.
Caso 3 Curva de secagem 3
As duas curva cruzam-se, com a curva de secagem acima da curva de
granulao. Isso causa granulao durante a secagem com formao de grossos e
possivelmente liquidificao do contedo do tambor. O risco de entupimento muito
grande.

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Observao: Sempre que possvel completar o processo de crescimento,


(aumento do tamanho - granulao), antes do material entrar no
secador. muito fcil controlar a granulao dentro do granulador,
onde as matrias so visveis e com baixo tempo de residncia. J
dentro do secador, onde o acesso difcil, tem-se menos recursos e
o tempo de
residncia muito maior.

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9 CONTROLE PELA TEMPERATURA


Como foi observado antes, freqentemente a limitao do sistema de
granulao, no caso de MAP / DAP e alguns produtos amoniados, o excesso de
calor no granulador. Este excesso de calor provoca as seguintes condies:

Excesso da fase lquida;

Perdas elevadas de amnia.


Este o caso da unidade de MAP, excesso de fase lquida normalmente gera

grossos. Esses grossos so difceis de secar e necessitam de alta temperatura no


secador ou provocam problemas com os moinhos de grossos. A primeira condio
o problema da unidade de DAP da Ultrafertil e a segunda condio o problema da
unidade 230 MAP-Gro da Fosfertil.
No primeiro caso, da unidade DAP, estas altas temperaturas no secador
causam mais perdas de amnia e um reciclo mais quente que aumenta a taxa de
reciclo. Esta foi a situao da unidade no comeo do ano de 1992.
Normalmente sistema controlados pela eficincia da granulao ficam mais
eficientes quando tem um reciclo quente (ver as recentes experincias com a
unidade TSP-Gro) .
O contrario valido para sistemas controlados pela necessidade de reciclo. O
melhor reciclo 100% frio. Quase sempre, nestes sistemas controlados pela
necessidade de reciclo, a frao do produto bom na sada do secador muito maior
do que a vazo das matrias-primas, sendo necessrio retornar o produto bom para
o reciclo para manter a unidade em equilbrio. Estes produtos, em algumas
unidades,

passam pelos moinhos para aumentar a rea superficial e por

conseqncia a capacidade de absorver mais fase lquida. Uma das outras opes
trocar uma parte das matrias-primas lquidas por slidas. Isto aconteceu no teste
na unidade de DAP da Ultrafertil quando foi produzido 12-32-18 e, tambm, na
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Copebras, onde na unidade de TSP-Gro eles entram com TSP-ROP. Com isto, a
capacidade desta unidade passa de 15 tph para 45 tph.
Finalmente algumas observaes sobre a operao. necessrio, como
rotina, verificar-se os seguintes parmetros:

As temperaturas dos vrios slidos e gases. Com nfase sada do granulador,


secador, reciclo e produto final.

Verificar o pH (razo molar ) e ou acidez livre na sada do granulador. E em


casos onde as matrias-primas so alimentadas indiretamente, via lavadoras
verificar as razes molares, densidades e temperaturas nestes equipamentos.

A granulometria dos fluxos slidos deve ser avaliada visualmente com


freqncia. Estas avaliaes visuais devem ser confirmadas e complementadas
pelas anlises de laboratrio.

lugar da granulao (Site Enlargement) das matrias-primas dentro do


granulador. Todas as reaes qumicas devem ser controladas de modo que elas
sejam completadas durante o processamento antes que o produto deixe a
unidade. Se isto no ocorrer as reaes que prosseguem na pilha e no armazm
normalmente causaram danos aos aspectos fsicos do produto - tipicamente
empedramento e esfarelamento e outros.

Sem Mais,

John Sinden

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