Abordagem Construcionista - Thais-Cristina-Alves-Costa PDF
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computadores na educao
Thais Cristina Alves Costa1
Resumo:
A sociedade moderna convive cotidianamente com a evoluo das
Tecnologias da Informao e Comunicao. Esse panorama provocou a
adoo do computador como elemento importante e, s vezes,
indispensvel para a maioria das reas de conhecimento. Partindo deste
princpio, o presente trabalho buscou investigar as contribuies principais
da insero do computador na educao. Para isso, enfocamos o processo
de ensino-aprendizagem atravs da perspectiva construcionista de Seymour
Papert em contrapartida ao sistema instrucionista inicial. O resultado do
estudo proporcionou uma melhor compreenso da dinmica educacional
que envolve: aluno - professor e aprendizagem com computadores.
Palavras-chave: Computadores, Educao, Construcionismo, Ensinoaprendizagem.
Abstract:
Modern society is daily connected with the developments of Information
and Communication Technologies. This reality has led to the use adoption
of the computer as an important and, sometimes, indispensable tool for
most areas of knowledge. The present work deals with the insertion of the
computer in education and specifically focuses on the process of teaching
and learning under the constructionist perspective of Seymour Papert. To
that end, the undertaken research aimed to provide a better
understanding of the dynamics surrounding the educational the involved:
student and teachers, learnig and computers.
Keywords: Computers, Education, Constructionism, Education and learnig.
Introduo
A insero dos computadores na educao iniciou-se em 1924, quando Sidney
Pressey arquitetou uma mquina para a correo de testes de mltipla escolha.
Posteriormente, em 1950, Frederic Skinner props uma mquina de ensinar,
baseada na instruo programada (Souza e Fino, 2008). As mquinas de ensinar
foram propostas por Skinner como uma alternativa aos impasses que surgiram em
decorrncia das demandas de atendimento individual aos aprendizes.
Thais Cristina Alves Costa bacharel e licenciada em Filosofia pela Universidade Federal de So Joo del-Rei. Ps
graduanda pela Universidade Federal de Ouro Preto e aluna de graduao em Computao, na modalidade a distncia, pela
Universidade Federal de Juiz de Fora.
Papert Sul Africano e tem formao em matemtica. Dedicou-se a pesquisas na rea de matemtica na Cambridge
University no perodo de 1954 a 1958. Posteriormente, transferiu-se para a Universidade de Genebra onde trabalhou de 1958 a
1963. No incio da dcada de 60 filiou-se ao Massachusetts Institute of Technology (MIT).
um dos fundadores do MIT Media Lab e integrante do projeto Um computador por criana, ao qual o governo brasileiro
aderiu em 2005.
recuperao
(pesquisa),
relacionamento
compartilhamento.
Os
para
compreenso
do
desenvolvimento
humano,
Para
Piaget
(1972),
sujeito
ao
agir,
desenvolve
continuada
viabilizador
do
convvio/contato
social
e,
consequente,
do
desenvolvimento do sujeito.
Oliveria afirma que, para Vygotsky a mediao, em termos genricos,
processo de interveno de um elemento intermedirio numa relao; a relao
deixa ento de ser direta e passa a ser mediada por esse elemento (Oliveira,
op.cit., p. 26). Dessa forma, para compreender o indivduo, necessrio
compreender as relaes sociais que se estabelecem no ambiente em que ele vive.
Isto significa compreender as relaes entre atividade prtica e trabalho, no
sentido de que a atividade prtica transformadora e institucionalizada, envolve
dialtica ente o trabalho manual e os processos comunicativos. Atividade prtica
no se restringe ao sobre os objetos, mas, sobretudo, ao posicionamento do
homem em relao ao mundo historicamente organizado. (ALMEIDA, 1999, p.35).
Assim, as atividades prticas so oportunidades para a interao entre os
sujeitos e seus meios sociais. Portanto, alm de ativo o sujeito passa a ser
interativo no que tange seu desenvolvimento, que consolidado por intermdio das
relaes com os outros, e so viabilizadas pela linguagem. E sem a linguagem, a
interaes estabelecidas entre aluno-aluno, aluno-professor, aluno-computador no
se processariam, o que inviabilizaria a construo do conhecimento.
Ao enfocar-se o meio social no qual um sujeito est inserido, admite-se que
ele possa oferecer subsdios para o desenvolvimento intelectual e tambm
representar uma fonte de problemas contextuais que demandam solues. Valente
(1993) aponta, neste fato, uma ligao como o pensamento do educador brasileiro
Paulo Freire: o aluno pode aprender com a comunidade bem como auxiliar a
comunidade a identificar problemas, resolv-los e apresentar a soluo (Valente,
1993, p. 45).
Paulo Freire representou o antagonismo da viso tradicional da educao
baseada unicamente na transmisso de conhecimentos e memorizao de
contedos. Em sua crtica a essa prtica, defendeu uma proposta na qual a viso de
ensinar
no
seria
resumida
transferir
conhecimento,
mas
criar
as
Concluso
Como foi possvel observar ao longo do trabalho, atravs das tecnologias e
a insero dos computadores na educao, que tornou-se imprescindvel o estudo
terico das novas relaes de ensino-aprendizagem. neste contexto que emerge o
construcionismo, antagnico ao tradicional instrucionismo.
Utilizando como fonte terica de estudo o construcionismo de Papert, faz-se
notrio perceber que ele surge como fruto de um desejo pessoal em promover um
Referncias Bibliogrficas
ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini. A Informtica Educativa na Usina Cincia.
So Paulo: Paz e terra, 1999.
DEWEY, John. Como pensamos: como se relaciona o pensamento reflexivo com o
processo educativo: uma reexposio. So Paulo: Editora Nacional, 1979.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessrios prtica educativa.
So Paulo: Paz e Terra, 1996.
OLIVEIRA, M. K. de. Vygostsky: aprendizado e desenvolvimento: um processo scio
histrico. So Paulo: Scipione, 1997.
PAPERT, Seymour. Logo: Computadores e Educao. Brasiliense, So Paulo, 1985.
(Original de 1980).
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