Relatório Materiais de Construção 2
Relatório Materiais de Construção 2
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INTRODUO
A histria mostra que o concreto um elemento que apresenta uma grande
capacidade e versatilidade, possibilitando a construo de obras grandiosas.
Um grande aliado ao concreto o cimento, seu principal componente e que
produz a reao qumica que forma a pasta aderente, possibilitando a
eficincia do concreto. O cimento foi utilizado no Egito antigo como uma
espcie de gesso calcinado. Na Roma e Grcia antigas, aplicaram-se nos
monumentos uma massa feita a partir da hidratao de cinzas vulcnicas.
Atravs do ingls John Smeaton, o cimento desenvolveu-se a partir de
pesquisas para encontrar um aglomerante para construo do farol de
Eddystone em 1756.
O concreto um material imprescindvel na construo civil da atualidade.
composto da juno de 4 elementos: cimento, agregado mido, agregado
grado e gua, todos seguindo uma proporo de tal forma que alcance os
objetivos desejados. No preparo do concreto, a mistura de gua dever originar
uma pasta resistente e aderente para que os outros materiais possam se fixar.
Logo, a quantidade de gua deve estar baseada nos clculos feitos
previamente. Se a quantidade de gua for muito pequena, a reao no
ocorrer completamente, por outro lado, se ela for muito elevada, a resistncia
sofrer uma reduo devido aos poros que sero formados quando o excesso
de gua evaporar.
Por exemplo, um concreto com mais gua mais fluido, e dessa forma, em
troca da resistncia excedente, faz com que o concreto tenha mais
trabalhabilidade, ou seja, se torne mais fcil de manusear. Portanto, se deve ter
em mente o objetivo que se queira alcanar, para trabalhar de uma forma com
mais eficcia, rapidez e maior economia possvel.
de suma importncia visar a qualidade do concreto produzido. A
qualidade do concreto pode ser garantida de algumas formas, por exemplo: a
escolha do cimento, que deve atender a fatores como o ambiente ao qual ser
submetida e o tipo de cura a ser realizada. Outra forma de assegurar a
qualidade do concreto a fabricao dele em laboratrios especializados na
realizao dos experimentos para conhecimento das propriedades fsicas e
qumicas dos agregados, pois estes podem reagir de forma errada com o
cimento e diminuir sua vida til. Por fim, uma boa distribuio granulomtrica
importante para que todos os vazios possam ser preenchidos, j que a
porosidade influencia na permeabilidade e na resistncia das estruturas de
concreto.
O objetivo deste trabalho propor uma dosagem usando cimento tipo CP III32, analisar os resultados e o desenvolvimento do concreto em 7, 14, 21 e 28
dias. A partir dos resultados obtidos, analisar se o experimento alcanou a
proposta inicial, caso contrrio justificar as causas e propor solues para
reduo do erro.
Procedimento:
Resultados:
DA
MASSA
ESPECIFICA
DO
AGREGADO
Procedimento:
agua na balana e
de tal forma que no
da altura exata da
conjuto formado. Se
COMPOSIO
GRANULOMTRICA
DO
Procedimento:
Resultados:
Peneiramento fino
Peneiras Peso retido Peso acumulado
(n)
(g)
(g)
3,46
16
3,46
% retida
acumulada
8,39
30
24,79
28,25
20,06
40
16,73
44,98
27,94
50
37,61
82,59
45,65
80
37,19
119,78
63,16
100
11,94
131,72
68,78
200
57,5
189,22
TOTAL
189,22
189,22
95,86
Peneiramento Grosso
Peso acumulado
(g)
2,86
% retida
acumulada
Peso retido
(g)
2,86
10,69
13,55
50,03
10
13,53
27,08
100
TOTAL
27.08
27.08
Peneiras
(n)
2.4 DETERMINAO DA
AGREGADO GRADO:
2.4.1
COMPOSIO
10,56
GRANULOMTRICA
DO
Materiais Utilizados:
Procedimento:
Resultados:
Peneiramento Grosso
Peneiras
(n)
Milimetros
(mm)
3/4
18,75
65,44
65,44
3,11
3,11
1/2
12.5
1292,26
1357,7
61,54
64,65
3/8
9,375
628,5
1986,2
29,93
94,58
4,75
99,30
2085,5
4,73
99,31
2,36
9,6
2095,1
0,46
99,77
2095,1
2095,1
TOTAL
Procedimento:
3. DOSAGEM DO CONCRETO
Dosagem de concreto pode ser definido como um conjunto de
procedimentos para a determinao da composio do concreto, chamado de
trao, expressa atravs das propores relativas de massa ou volume dos
materiais presentes. A dosagem tem como objetivo encontrar a mistura mais
econmica para a produo de um concreto com caractersticas adequadas
para trabalhar.
31,60 MPa
3.1.2
Dimenso
mxima
Caracterstica
do
agregado Grado (mm)
9,5
19
25
31,5
37,5
220
195
190
185
180
225
200
195
190
185
230
205
200
195
190
Fci = fck + 1,65xSd
3.1.3
3.1.4
Sabendo a relao agua/cimento (a/c) e o consumo de gua, encontrase o consumo de cimento em Quilogramas (kg):
A/C = 0,48=> C=200/0,48=> C = 416,67 Kg
3.1.5
3.1.6
(I)
Calculando uma mdia ponderada das massas especficas dos
agregados em funo de suas propores, encontra-se a massa de agregados
que a soma das massas de areia e cimento.
Mdia ponderada das massas especficas dos agregados:
M.E mp = M.E Areia x % areia + M.E Brita x % brita
M.E mp = 2,63x40,65 + 2,85x59,35
M.E mp = 2,76 g/cm3
3.1.7
3.1.8
cada tipo de trao se ter 4 corpos de provas. Estes sero rompidos em 7, 14,
21 e 28 dias.
Portanto, tomando-se nota da altura (h=20cm) e dimetro (d=10 cm) de um
corpo de prova cilndrico, calcula-se o volume da seguinte maneira:
Ab =
4. PRODUO DO CONCRETO
3.4 MISTURA
Os componentes da mistura foram pesados, tendo em vista a proporo
dos elementos como determinado pelo clculo dos traos. A seguir, a mistura
foi feita em betoneira inclinada, com auxilio da esptula, adicionando gua
gradativamente, 500 ml por vez, no total 1,6 L, na medida em que uma
homogenizao era visada entre o cimento, a areia e a brita.
3.5 TESTE DE ABATIMENTO
Posteriormente, com o auxlio de um tronco de cone metlico foi
realizado o slump test ou teste de abatimento. Onde o concreto posto
gradativamente no cone, at a borda, para que o mesmo seja removido aps
alguns segundos, cautelosamente e no sentido vertical. Feito isso, pe-se o
tronco de cone ao lado do concreto recm deformado e, com o auxilio do
soquete, utilizando-o como nvel horizontal acima do tronco de cone, mede-se
qual foi o abatimento.
No nosso, o abatimento foi o seguinte: para o trao normal, foi dentro do
esperado de 80 mm; para o trao rico, foi superior, atingindo cerca de 200 mm,
podendo ter sido por conta de uma quantidade de gua elevada; e o pobre teve
um abatimento bem pequeno, de cerca de 20mm, o que pode ser explicado por
quantidade bem baixa da gua se comparado a dos agregados.
3.6 MOLDAGEM DOS CORPOS DE PROVA
Os dispositivos de fechamento das formas so apertados e usou-se cera
vegetal na fenda vertical externa para garantir a estanqueidade da frma. Em
seguida, com o intuito de facilitar o desmolde dos corpos de prova, as formas
foram untadas com leo vegetal.
3.7 ADENSAMENTO
Imediatamente aps o adequamento das frmas, foram moldados 12
(doze) corpos de prova. O lanamento do concreto na frma foi feita com o
auxlio da esptula em 3 (trs) camadas de alturas aproximadamente iguais
recebendo cada camada 25 (vinte e cinco) golpes uniformes com soquete
normal de forma que os golpes sejam distribudos uniformemente sobre a
superfcie da camada.
Posteriormente ao adensamento das 3 (trs) camadas foi feito o
razoamento do topo dos corpos de prova com auxlio da colher de pedreiro.
Aps a moldagem, os corpos de prova foram levados para o interior do
laboratrio, onde aproximadamente 24hs depois foram desmoldados e
identificados em sries de 3(trs) para cada idade estabelecida (7, 14, 21 e 28
dias), sendo um de cada trao por dia.
3.8 CURA
Aps a desfrma, os corpos de prova foram submersos em gua, onde ficaram
at o dia em que iriam ser rompidos. Assim, a principal funo do cura evitar
a perda de gua do concreto. Tendo em vista que, quanto maior o tempo de
cura mida, maior a resistncia, pois a hidratao das partculas do cimento
continua ocorrendo. A avaliao da resistncia com o tempo de cura de
extrema importncia.
y = ax + b
a = 0,995748025
b = 90,48117443
x = carga lida (kgf)
y = carga corrigida (kgf)
A resistncia compresso deve ser obtida, dividindo a carga da ruptura
pela rea da seo transversal do corpo de prova, devendo o resultado ser
expresso com aproximao de 0,1Mpa.
5. RESULTADOS E DISCUSSES
Inicialmente fez-se as leituras dos 3 traos para as idades estabelecidas. A
unidade fornecida pelo equipamento em tonelada-fora (tnf). Segue abaixo
cada leitura:
Trao Pobre
Trao Normal
Trao Rico
7 dias (tnf)
7,72
15,19
18,33
14 dias (tnf)
11,81
15,47
18,80
21 dias (tnf)
13,57
19,45
20,26
28 dias (tnf)
17,14
21,34
24,13
Trao Pobre
Trao Normal
Trao Rico
7 dias (kgf)
7777,66
15215,89
18342,54
14 dias (kgf)
11850,27
15494,70
18810,54
21 dias (kgf)
13602,78
19457,78
20264,34
28 dias (kgf)
17157,60
21339,74
24117,88
Trao Pobre
Trao Normal
Trao Rico
7 dias (MPA)
0,08
0,15
0,18
14 dias (MPA)
0,12
0,15
0,18
21 dias (MPA)
0,13
0,19
0,20
28 dias (MPA)
0,17
0,21
0,24
Trao Pobre
Trao Normal
Trao Rico
7 dias (MPA)
9,72
19,02
22,92
14 dias (MPA)
14,81
19,36
23,51
21 dias (MPA)
17,00
24,32
25,32
28 dias (MPA)
21,44
26,67
30,14
6. CONCLUSO
De um modo geral, todo o processo executado na realizao deste trabalho foi feito de
forma satisfatria, mostrando o conjunto de etapas que devem ser seguidas para o
preparo de um concreto que atenda s necessidades designadas e mantenha um custo o
mais econmico possvel.
Quanto resistncia compresso, observou-se que nenhum dos traos ensaiados
alcanaram o fck de dosagem de 31,60 MPa aos 28(vinte e oito) dias. Apesar do trao
rico ter chegado bem prximo, no atingiu o valor esperado, ainda que tenha sido o
maior valor da resistncia compresso, uma vez que por ser rico em cimento j era de
se esperar um valor assim, mais elevado.
Dessa forma, conclui-se que o fato de no ter sido atingido a resistncia esperada pode
ser atribudo a certos fatores, como por exemplo: um adensamento mal realizado, que
acaba deixando vazios no corpo de prova e afeta a resistncia compresso; um
capeamento desnivelado ou at mesmo a ocorrncia de uma flexo-compresso do corpo
de prova durante o rompimento.
7. IMAGENS E BIBLIOGRAFIA