Relatório Materiais de Construção 2

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1.

INTRODUO
A histria mostra que o concreto um elemento que apresenta uma grande
capacidade e versatilidade, possibilitando a construo de obras grandiosas.
Um grande aliado ao concreto o cimento, seu principal componente e que
produz a reao qumica que forma a pasta aderente, possibilitando a
eficincia do concreto. O cimento foi utilizado no Egito antigo como uma
espcie de gesso calcinado. Na Roma e Grcia antigas, aplicaram-se nos
monumentos uma massa feita a partir da hidratao de cinzas vulcnicas.
Atravs do ingls John Smeaton, o cimento desenvolveu-se a partir de
pesquisas para encontrar um aglomerante para construo do farol de
Eddystone em 1756.
O concreto um material imprescindvel na construo civil da atualidade.
composto da juno de 4 elementos: cimento, agregado mido, agregado
grado e gua, todos seguindo uma proporo de tal forma que alcance os
objetivos desejados. No preparo do concreto, a mistura de gua dever originar
uma pasta resistente e aderente para que os outros materiais possam se fixar.
Logo, a quantidade de gua deve estar baseada nos clculos feitos
previamente. Se a quantidade de gua for muito pequena, a reao no
ocorrer completamente, por outro lado, se ela for muito elevada, a resistncia
sofrer uma reduo devido aos poros que sero formados quando o excesso
de gua evaporar.
Por exemplo, um concreto com mais gua mais fluido, e dessa forma, em
troca da resistncia excedente, faz com que o concreto tenha mais
trabalhabilidade, ou seja, se torne mais fcil de manusear. Portanto, se deve ter
em mente o objetivo que se queira alcanar, para trabalhar de uma forma com
mais eficcia, rapidez e maior economia possvel.
de suma importncia visar a qualidade do concreto produzido. A
qualidade do concreto pode ser garantida de algumas formas, por exemplo: a
escolha do cimento, que deve atender a fatores como o ambiente ao qual ser
submetida e o tipo de cura a ser realizada. Outra forma de assegurar a
qualidade do concreto a fabricao dele em laboratrios especializados na
realizao dos experimentos para conhecimento das propriedades fsicas e
qumicas dos agregados, pois estes podem reagir de forma errada com o
cimento e diminuir sua vida til. Por fim, uma boa distribuio granulomtrica
importante para que todos os vazios possam ser preenchidos, j que a
porosidade influencia na permeabilidade e na resistncia das estruturas de
concreto.
O objetivo deste trabalho propor uma dosagem usando cimento tipo CP III32, analisar os resultados e o desenvolvimento do concreto em 7, 14, 21 e 28
dias. A partir dos resultados obtidos, analisar se o experimento alcanou a
proposta inicial, caso contrrio justificar as causas e propor solues para
reduo do erro.

2. ENSAIOS PARA DETERMINAO DOS INDICES FISICOS:


Para produo do concreto necessrio previamente que sejam feitos
experimentos para o conhecimento das propriedades fsicas e qumicas dos
agregados, para que se tenha um produto final de alta qualidade e eficiente.
Dessa forma, realizamos os seguintes ensaios:
Determinao da massa especifica do agregado mido;
Determinao da massa especifica do agregado grado;
Determinao da composio granulomtrica do agregado mido;
Determinao da composio granulomtrica do agregado
grado;
Determinao da massa especifica do cimento;
Determinao da umidade do agregado mido;
Seus resultados foram analisados e posteriormente utilizados nas etapas
seguintes.
2.1 DETERMINAO DA MASSA ESPECIFICA DO AGREGADO MIDO
2.1.1 Materiais utilizados:
- Frasco de Chapman
- Funil de plstico
- Balana
- Estufa
2.1.2

Procedimento:

1. Pesamos, com a balana, e separamos, 600 gramas do agregado


mido, no caso, a areia;
2. Colocamos o material separado para secar na estufa;
3. Pesamos ento 500 gramas do material seco e separamos;
4. Colocamos gua destilada no frasco de Chapman at atingir a marca de
200 ml (ou 200 cm);
Colocamos as 500g separadas do material seco em estufa no frasco de
Chapman atravs do funil de plstico, lentamente, para evitar bolhas de ar;
6. Agitamos o frasco de Chapman, para retirar as bolhas de ar
inevitavelmente formadas;
7. Esperamos o tempo para o agregado mido decantar e ento anotamos
a leitura do frasco: 390 cm;
2.1.3

Resultados:

A massa especfica real do agregado mido ser dada pela frmula:


500
L 200
onde: = massa especfica real do agregado mido.
L = leitura do frasco aps a colocao do agregado mido

Portanto, = 500/ (390 200) = 2,63 g/cm


2.2 DETERMINAO
GRADO:

DA

MASSA

ESPECIFICA

DO

AGREGADO

2.2.1 Materiais Utilizados:


- Balana de preciso 0,01g;
- Quantidade pr-determinada(em g) de brita seca ao ar livre;
- Recipiente com gua;
- Cesta de arame;
2.2.2 Fundamentao Terica.
A determinao da massa especfica da brita consiste em descobrir o volume
do agregado, partindo de uma massa pr calculada com a balana de preciso.
Sendo assim, a maneira mais eficaz utilizar a gua em um recipiente, pois
descobrindo o volume deslocado de gua aps a submerso da brita, encontrase a massa especfica da mesma.
Visto que 1 ml de agua corresponde a 1 g de gua, ao pesarmos qualquer
volume de gua, o valor mostrado na balana corresponde ao mesmo tempo
ao seu volume e sua massa. Com a fundamentao terica firmada, realizamos
os seguintes passos:
2.2.3

Procedimento:

O primeiro passo colocar o recipiente com


posicionar acesta de arame submersa ao lquido
encoste a base do recipiente, tomando nota
submerso da cesta e do peso registrado do
possvel, tare a balana.

agua na balana e
de tal forma que no
da altura exata da
conjuto formado. Se

No segundo passo deve-se retirar a cesta de arame e encher com o


agregado, de tal maneira que ao submergir novamente a cesta ao
mesmo nvel anterior, nenhuma parcela do agregado fique acima do
nvel da gua, e ento recoloca-se a cesta na gua.
O volume deslocado da gua obtido a partir da diferena das leituras da
balana com a brita e sem a brita. A partir deste valor, divide-se a massa da
brita em g pelo volume em cm. O valor encontrado na balana expressado
em ml, portanto necessria a converso de unidades.
M.brita = 927,4 g

Vol.desl = 325,5 ml(cm)


= 2,85 g/cm
2.3 DETERMINAO DA
AGREGADO MIDO:

COMPOSIO

GRANULOMTRICA

DO

2.3.1 Materiais Utilizados:


- Baterias de peneira ( da malha 3/8 a malha n 200 e fundo);
- Balana;
- Agitador mecnico;
- Escova de ao;
2.3.2

Procedimento:

A granulometria um processo realizado por peneiramento, com


diferentes tamanhos de espaamento, com o objetivo de identificar o tamanho
dos gros.
A amostra foi peneirada atravs da bateria de peneiras, permitindo a
separao dos diferentes tamanhos dos gros do agregado. Em cada peneira o
material retido foi, ento, separado e pesado, anotando-se o valor na planilha
de composio granulomtrica. Os gros de agregado mido que ficaram
presos nas malhas das peneiras foram retirados atravs da passagem da
escova de ao, de modo que nenhuma partcula fosse perdida.
Ao final do processo, com todos os valores dos pesos retidos em cada
peneira, procede-se o clculo da planilha de composio granulomtrica,
definindo-se os percentuais de material retido e retido acumulado.
O percentual retido acumulado em relao a cada peneira da srie
utilizada, forneceu os dados para a definio da curva granulomtrica do
agregado mido em estudo. Tambm foram definidos o mdulo de finura e o
dimetro mximo do agregado.
2.3.3

Resultados:

Peneiramento fino
Peneiras Peso retido Peso acumulado
(n)
(g)
(g)
3,46
16
3,46

% retida
acumulada
8,39

30

24,79

28,25

20,06

40

16,73

44,98

27,94

50

37,61

82,59

45,65

80

37,19

119,78

63,16

100

11,94

131,72

68,78

200

57,5

189,22

TOTAL

189,22

189,22

95,86

Peneiramento Grosso
Peso acumulado
(g)
2,86

% retida
acumulada

Peso retido
(g)
2,86

10,69

13,55

50,03

10

13,53

27,08

100

TOTAL

27.08

27.08

Peneiras
(n)

2.4 DETERMINAO DA
AGREGADO GRADO:
2.4.1

COMPOSIO

10,56

GRANULOMTRICA

DO

Materiais Utilizados:

- Baterias de peneira ( da malha 3 a malha n 10 e fundo);


- Balana;
- Escova de ao;
2.4.2

Procedimento:

Mesmo procedimento do peneiramento para determinao da composio


granulomtrica do agregado mido.
2.4.3

Resultados:

Peneiramento Grosso

Peneiras
(n)

Milimetros
(mm)

Peso retido Peso acumulado % retida


(g)
(g)
% acumulada

3/4

18,75

65,44

65,44

3,11

3,11

1/2

12.5

1292,26

1357,7

61,54

64,65

3/8

9,375

628,5

1986,2

29,93

94,58

4,75

99,30

2085,5

4,73

99,31

2,36

9,6

2095,1

0,46

99,77

2095,1

2095,1

TOTAL

2.5 DETERMINAO DA MASSA ESPECIFICA DO CIMENTO:


2.5.1 Materiais Utilizados:
2.5.2
-Frasco Le Chatelier;
-Querosene;
-60g de cimento;
-Funil de plstico;
2.5.3

Procedimento:

Quando usado para a determinao do peso especfico do cimento e de outros


materiais finos, o procedimento e clculo desse mtodo muito simples:
enche-se o frasco com o auxlio de um funil de cano longo com querosene
(para no ocorrer reaes qumicas com o material) at a marca de zero cm3.
Seca-se o interior do frasco acima do nvel do lquido. Coloca-se o frasco em
um banho de gua e deixando-o por 30 minutos para que entre em equilbrio
trmico com a gua, que no deve variar mais que 0,5C durante o ensaio.
Registra-se ento a primeira leitura. Toma-se uma massa do material que
provoque deslocamento do lquido entre as marcas de 18cm e 23cm. Colocase o material no frasco com o auxlio de um funil de haste curta, tomando
cuidado para que no ocorra aderncia do material em sua parede. Em
seguida o frasco tampado; inicia-se um movimento de giro em posio
inclinada at que no apaream bolhas de ar na superfcie. Foram feitas duas
leituras: V1 = 21,1cm3 e V2 = 21,3cm3. Calculando a mdia chegamos a um
volume de 21,2cm3.
Por fim, calcula-se a massa especfica do cimento:
Mcimento = 60g
Vcimento = 21,2cm3
Y = M/V = 2,83g/cm3

3. DOSAGEM DO CONCRETO
Dosagem de concreto pode ser definido como um conjunto de
procedimentos para a determinao da composio do concreto, chamado de
trao, expressa atravs das propores relativas de massa ou volume dos
materiais presentes. A dosagem tem como objetivo encontrar a mistura mais
econmica para a produo de um concreto com caractersticas adequadas
para trabalhar.

O mtodo utilizado neste trabalho conhecido como mtodo


EPUSP/IPT, apresentado no Manual de Dosagem e Controle de Concreto
(HELENE; TERZIAN, 1992).
O objetivo do mtodo chegar a uma proporo de areia e brita em
relao ao cimento (trao seco), alm da relao gua cimento (a/c). Para tanto
so utilizadas a resistncia caractersticas do concreto aos 28 dias (fck), a
dimenso mxima dos agregados e a consistncia. O mtodo se baseia no fato
de que a melhor proporo entre os agregados disponveis aquela que
consome a menor quantidade de gua para se obter um certo abatimento.
Fixada a trabalhabilidade (abatimento) requerida, exploram-se alguns
teores de argamassa e relaes gua/cimento.
3.1 TRAO ELABORADO - Dados para o clculo do trao:
Resistncia Caracterstica a Compresso = 25 Mpa;
Slump Requerido (abatimento) = 80 20 mm;
Dimetro do agregado grado = 19 mm;
Condio de controle: Rgido (Sd=4,0);
Cimento utilizado: CP III-32.
3.1.1

1 Passo: Clculo do fci:

31,60 MPa

3.1.2

2 passo: Consumo aproximado de gua em Litros (L)

De acordo com a tabela seguinte, para o abatimento requerido de 80


20 mm e para um dimetro do agregado grado de 19 mm, encontra-se o
consumo de gua igual a 200L.
Abatimento
(mm)
40 60
60 a 80
80 a 100

Dimenso
mxima
Caracterstica
do
agregado Grado (mm)
9,5
19
25
31,5
37,5
220
195
190
185
180
225
200
195
190
185
230
205
200
195
190
Fci = fck + 1,65xSd

3.1.3

3 Passo: Relao gua/Cimento

Pela Curva de Abrams, temos para um fci de 31,60 MPa uma


relao( a/c = 0,48) como mostrado a seguir na tabela.

3.1.4

4 Passo: Consumo de cimento

Sabendo a relao agua/cimento (a/c) e o consumo de gua, encontrase o consumo de cimento em Quilogramas (kg):
A/C = 0,48=> C=200/0,48=> C = 416,67 Kg
3.1.5

5 Passo: Proporo de agregado

De acordo com a Tabela do baco experimental, determina-se o S que


se d em funo do consumo de cimento (kg) e do dimetro mximo. Logo:
S= 1,46
Areia: 100/(1+1,46)
Areia : 40,65%
Brita: 100% - Areia
Brita: 59,35%

3.1.6

6 Passo: Clculo da massa de agregados

Por meio da seguinte equao obtm-se a massa de agregados:

Que tambm pode ser escrita como:

(I)
Calculando uma mdia ponderada das massas especficas dos
agregados em funo de suas propores, encontra-se a massa de agregados
que a soma das massas de areia e cimento.
Mdia ponderada das massas especficas dos agregados:
M.E mp = M.E Areia x % areia + M.E Brita x % brita
M.E mp = 2,63x40,65 + 2,85x59,35
M.E mp = 2,76 g/cm3

Assim a equao (I) fica:


(416,67/2,83) + (Mag/2,76) + (200/1) = 1000

Encontrando a massa de agregados (Mag) igual a 1801,63 Kg.

3.1.7

7 Passo: Consumo de areia e brita:

Conhecido as propores entre areia e brita e, calculado a massa de


agregados, encontra-se a massa de cada um em quilogramas:
Areia= 1801,63x40,65% = 732,36 Kg
Brita= 1801,63x59,35% = 1069,267 Kg

3.1.8

8 Passo: Clculo do Trao

Para o clculo do Trao, apenas divide-se todas as massas pela massa


de cimento. Assim, ter o consumo de agregados e gua a partir de 1m de
cimento.

Cimento: 416,67416,67 = 1,00


Areia: 732,36416,67= 1,75
Brita: 1069,267416,67= 2,566
gua: 200416,67= 0,48
Assim o trao : 1 : 1,75: 2,566 : 0,48
3.1.9

9 Passo: Correo da umidade

Quando se realizou os ensaios com a areia, foi calculada uma umidade


mdia. A umidade mdia encontrada foi: (h=1,04%). A partir disso, necessrio
ento calcular a correo do consumo de areia por conta desta umidade,
encontrando o peso de gua contida na areia mida.
P.W Areia = 732,36x1,04% = 7,3236 L de gua na areia
necessrio, dessa forma, corrigir a quantidade de gua no trao.
Ento:
Nova quantidade de gua= 200 L - 7,3236 L = 192,67 L
E a/c = 192,67416,67= 0,46
Assim, o trao com a gua corrigida fica: 1: 1,75 : 2,566 : 0,46
3.1.10 10 Passo: Correo do consumo de brita
Esta correo se d quanto a proporo entre agregado grado e mido.
O trao obtido tem uma relao brita/areia igual a 1,46, o qual considerado
alto, segundo Pimenta (2012), dificultando a trabalhabilidade do concreto que
fica visualmente spero. Portanto, Pimenta (2012), recomenda fixar a relao
brita/areia em 1,20. Logo:
b/a=1,20 e fixando a areia -> b=1,75x1,2= 2,1
Encontrando a nova proporo para brita igual a 2,1. Com isso chega-se
ao trao final:
1 : 1,75 : 2,1: 0,46
3.1.11 11 Passo: Determinao dos Traos auxiliares

Inicialmente tem que ser calculado o teor de argamassa (a relao da


massa dos materiais secos).
Teor de argamassa () = (1+a)(1+a+b) -> =2,754,85= 0,56

3.2 Trao Rico:


Para o trao rico faz-se a relao da massa dos materiais secos menos
1. Logo:
(m-1)=(1,75+2,1-1) = 2,85
Com isso encontra-se a nova proporo de areia e brita:
1+a=0,56x(1,75+2,1) -> a=1,156 kg
a+b=3,85-1 -> b=1,69 kg
Assim o valor de a calculado : (a=1,156). Para a brita subtrai-se de
massa de materiais secos: ; Logo b calculado : (b=1,69). Assim obtm-se o
trao rico:
1 : 1,156 : 1,69 : 0,46
3 Trao Pobre:
Para o trao pobre faz-se a relao da massa dos materiais secos mais
1. Logo:
(m+1)=(1,75+2,1+1) = 4,85
Com isso encontra-se a nova proporo de areia e brita:
1+a=0,56x5,85 -> a= 2,276 kg
a+b= 3,85+1 -> b= 2,57 kg
Assim o valor de a calculado : (a=2,276). Para a brita subtrai-se de
massa de materiais secos: ; Logo b calculado : (b=2,57). Assim obtm-se o
trao pobre:
1 : 2,276: 2,57 : 0,46
3.3 CLCULO DO TRAO PARA MOLDAGEM:
Para que se faa uma quantidade suficiente de concreto a fim de
satisfazer o volume do Slump e dos corpos de prova, necessrio calcular
uma proporo dos materiais em funo do volume dos corpos de prova.
Sendo assim, calcula-se o volume dos corpos de prova considerando que pra

cada tipo de trao se ter 4 corpos de provas. Estes sero rompidos em 7, 14,
21 e 28 dias.
Portanto, tomando-se nota da altura (h=20cm) e dimetro (d=10 cm) de um
corpo de prova cilndrico, calcula-se o volume da seguinte maneira:
Ab =

Assim, faz-se uma simples relao para achar o consumo de cimento


em funo deste volume. Considera-se tambm um erro de 25% a 30% devido
os desperdcios e perdas de materiais ocorridos durante o preparo:

3.3.1 Trao normal (intermedirio)


Encontrado o consumo de cimento em funo do volume necessrio
para encher os corpos de provas, encontra-se a seguinte proporo:
Cimento= 3,40kg
Areia=5,95 kg
Brita=7,14 kg
gua= 1,564 L
3.3.2 Trao Rico
Para o trao rico e pobre, o consumo de cimento calculado acrescido
30% considerando um desperdcios durante a mistura e preparo do concreto.
Assim:
Logo, a proporo foi a seguinte:
Cimento= 3,40 kg
Areia= 3,93 kg
Brita= 5,74 kg
gua= 1,564 L
3.3.3 Trao Pobre
Considerando o trao pobre calculado, encontrou-se a seguinte
proporo:
Cimento= 3,40 kg
Areia= 7,74 kg
Brita= 8,74 kg
gua= 1,564 L

4. PRODUO DO CONCRETO

3.4 MISTURA
Os componentes da mistura foram pesados, tendo em vista a proporo
dos elementos como determinado pelo clculo dos traos. A seguir, a mistura
foi feita em betoneira inclinada, com auxilio da esptula, adicionando gua
gradativamente, 500 ml por vez, no total 1,6 L, na medida em que uma
homogenizao era visada entre o cimento, a areia e a brita.
3.5 TESTE DE ABATIMENTO
Posteriormente, com o auxlio de um tronco de cone metlico foi
realizado o slump test ou teste de abatimento. Onde o concreto posto
gradativamente no cone, at a borda, para que o mesmo seja removido aps
alguns segundos, cautelosamente e no sentido vertical. Feito isso, pe-se o
tronco de cone ao lado do concreto recm deformado e, com o auxilio do
soquete, utilizando-o como nvel horizontal acima do tronco de cone, mede-se
qual foi o abatimento.
No nosso, o abatimento foi o seguinte: para o trao normal, foi dentro do
esperado de 80 mm; para o trao rico, foi superior, atingindo cerca de 200 mm,
podendo ter sido por conta de uma quantidade de gua elevada; e o pobre teve
um abatimento bem pequeno, de cerca de 20mm, o que pode ser explicado por
quantidade bem baixa da gua se comparado a dos agregados.
3.6 MOLDAGEM DOS CORPOS DE PROVA
Os dispositivos de fechamento das formas so apertados e usou-se cera
vegetal na fenda vertical externa para garantir a estanqueidade da frma. Em
seguida, com o intuito de facilitar o desmolde dos corpos de prova, as formas
foram untadas com leo vegetal.
3.7 ADENSAMENTO
Imediatamente aps o adequamento das frmas, foram moldados 12
(doze) corpos de prova. O lanamento do concreto na frma foi feita com o
auxlio da esptula em 3 (trs) camadas de alturas aproximadamente iguais
recebendo cada camada 25 (vinte e cinco) golpes uniformes com soquete
normal de forma que os golpes sejam distribudos uniformemente sobre a
superfcie da camada.
Posteriormente ao adensamento das 3 (trs) camadas foi feito o
razoamento do topo dos corpos de prova com auxlio da colher de pedreiro.
Aps a moldagem, os corpos de prova foram levados para o interior do
laboratrio, onde aproximadamente 24hs depois foram desmoldados e
identificados em sries de 3(trs) para cada idade estabelecida (7, 14, 21 e 28
dias), sendo um de cada trao por dia.

3.8 CURA
Aps a desfrma, os corpos de prova foram submersos em gua, onde ficaram
at o dia em que iriam ser rompidos. Assim, a principal funo do cura evitar
a perda de gua do concreto. Tendo em vista que, quanto maior o tempo de
cura mida, maior a resistncia, pois a hidratao das partculas do cimento
continua ocorrendo. A avaliao da resistncia com o tempo de cura de
extrema importncia.

4.5 CAPEAMENTO DOS CORPOS DE PROVA


As duas bases dos corpos de prova foram capeadas com gesso e
argamassa, sendo ambos colocados em um molde de superfcie lisa e plana
para, assim, o corpo de prova ser colocado de tal forma que o eixo do corpo de
prova fique perpendicular ao plano da superfcie do molde de capeamento.
Logo que o enxofre resfria, o corpo de prova, j capeado, retirado e a
operao repetida para os demais corpos de prova. Este processo de
capeamento foi feito sempre um dia antes de cada rompimento nas idades
estabelecidas.
4.6 ENSAIO DE RESISTNCIA A COMPRESSO
A realizao deste ensaio deve ser feita de acordo com a ABNT NBR
5738 e ABNT NBR 7680. O ensaio de compresso feito em um corpo de
prova cilndrico que deve ser posicionado de forma que quando estiver no
centro coincida com o da mquina de ensaio, para que a resultante das foras
passe pelo centro.
O atrito no contato das placas de ao da mquina de ensaio com o
corpo de prova pode causar impedimento livre deformao transversal,
devido grande rigidez dessas placas de ao. Caso seja neutralizado esse
impedimento, com interposio de escovas de ao, por exemplo, obtm-se
valores menores para resistncia de compresso (LEONHARDT, 1977).
At a idade de ensaio, os corpos de prova devem ser mantidos em
processo de cura mida ou saturada, nas condies preconizadas, conforme o
caso, pelo Mtodo de Ensaio ME 37, da PCR e pelas NBR 7680 e NBR
9479 da ABNT.
Os corpos-de-prova devem ser ensaiados nas mesmas condies de
sazonamento em que encontravam na cmara mida. Assim sendo,
recomenda-se que o ensaio seja realizado, tanto quanto possvel,
imediatamente aps a remoo do corpo-de-prova do seu local de cura.
Aps a leitura feita na mquina utilizada para o ensaio deve-se fazer a
correo de carga, no caso do equipamento utilizado neste trabalho, a correo
feita atravs da seguinte frmula:

y = ax + b
a = 0,995748025
b = 90,48117443
x = carga lida (kgf)
y = carga corrigida (kgf)
A resistncia compresso deve ser obtida, dividindo a carga da ruptura
pela rea da seo transversal do corpo de prova, devendo o resultado ser
expresso com aproximao de 0,1Mpa.

5. RESULTADOS E DISCUSSES
Inicialmente fez-se as leituras dos 3 traos para as idades estabelecidas. A
unidade fornecida pelo equipamento em tonelada-fora (tnf). Segue abaixo
cada leitura:

Trao Pobre
Trao Normal
Trao Rico

7 dias (tnf)
7,72
15,19
18,33

14 dias (tnf)
11,81
15,47
18,80

21 dias (tnf)
13,57
19,45
20,26

28 dias (tnf)
17,14
21,34
24,13

Na sequncia deve-se converter o valor obtido na primeira leitura para


kilograma-fora (kgf) e fazer a correo de carga de acordo com a frmula:
y = ax + b
a = 0,995748025
b = 90,48117443
x = carga lida (kgf)
y = carga corrigida (kgf)
Os resultados obtidos foram estes:

Trao Pobre
Trao Normal
Trao Rico

7 dias (kgf)
7777,66
15215,89
18342,54

14 dias (kgf)
11850,27
15494,70
18810,54

21 dias (kgf)
13602,78
19457,78
20264,34

28 dias (kgf)
17157,60
21339,74
24117,88

No terceiro passo deve-se converter o valor da carga corrigida para Mpa.


Sabendo que 1kgf/m2 equivale a 9,81x10-6 Mpa, chegamos nos seguintes
resultados:

Trao Pobre
Trao Normal
Trao Rico

7 dias (MPA)
0,08
0,15
0,18

14 dias (MPA)
0,12
0,15
0,18

21 dias (MPA)
0,13
0,19
0,20

28 dias (MPA)
0,17
0,21
0,24

Por fim, deve-se dividir o a resistncia obtida anteriormente pela rea em


metros quadrados do corpo de prova:
A = D2/4 = .(10x10-2)2/4 = 0,00785m2

Fazendo os clculos, temos:

Trao Pobre
Trao Normal
Trao Rico

7 dias (MPA)
9,72
19,02
22,92

14 dias (MPA)
14,81
19,36
23,51

21 dias (MPA)
17,00
24,32
25,32

28 dias (MPA)
21,44
26,67
30,14

6. CONCLUSO
De um modo geral, todo o processo executado na realizao deste trabalho foi feito de
forma satisfatria, mostrando o conjunto de etapas que devem ser seguidas para o
preparo de um concreto que atenda s necessidades designadas e mantenha um custo o
mais econmico possvel.
Quanto resistncia compresso, observou-se que nenhum dos traos ensaiados
alcanaram o fck de dosagem de 31,60 MPa aos 28(vinte e oito) dias. Apesar do trao
rico ter chegado bem prximo, no atingiu o valor esperado, ainda que tenha sido o
maior valor da resistncia compresso, uma vez que por ser rico em cimento j era de
se esperar um valor assim, mais elevado.
Dessa forma, conclui-se que o fato de no ter sido atingido a resistncia esperada pode
ser atribudo a certos fatores, como por exemplo: um adensamento mal realizado, que
acaba deixando vazios no corpo de prova e afeta a resistncia compresso; um
capeamento desnivelado ou at mesmo a ocorrncia de uma flexo-compresso do corpo
de prova durante o rompimento.
7. IMAGENS E BIBLIOGRAFIA

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