Metodologia e Investigação Antropológica

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ISP1064

METODOLOGIA E INVESTIGAO ANTROPOLGICA


4a feiras, 19h10-22h45
Docente: Laure Garrab

Ementa:
O objetivo dessa disciplina construir e realizar uma investigao de campo problematizada, de forma a adquirir os princpios tericos e metodolgicos
fundamentais da metodologia antropolgica. Individualmente ou em binmio, os alunos se do um tema de trabalho, constroem um dispositivo de
pesquisa associando entrevistas, observaes e pesquisa documentar, elaboram e experimentam uma problemtica, e do conta desse processo todo sob
forma de um dossi a entregar, a partir do qual o trabalho do semestre ser avaliado.
O objetivo das sesses acompanhar este processo (observao, participao, reflexividade e produo de um texto) partir das observaes do tema
elencado pelos alunos. Quem j est trabalhando em um campo particular pode obviamente explor-lo nessa disciplina.


PROGRAMA E AVALIAO EM CONTNUO

SESSO DATA
1

TEMTICA DA SESSO

19.08.2015 Apresentao da disciplina e das atividades.



Panorama da investigao de campo em CS: histria e epistemologia

26.08.2015 AFASTAMENTO, aula presencial recuperada


02.09.2015 Entrar a campo.
A noo de campo.
4 modos de entrada a campo.

O acesso ao campo. Implicar-se com reflexividade.
A auto-anlise e o inter-conhecimento, in Beaud & Weber, 2003. Lauto-analyse; linterconnaissance, , in
Guide de lenqute de terrain. Paris La dcouverte.

O caderno de campo.

09.09.2015 Construir o objeto: contextualizar, objetivar, documentar, comparar.
OLIVIER DE SARDAN, Jean-Pierre, 1995. La politique du terrain. Sur la production des donnes en

PREPARO
PRVIO
DOS
ALUNOS
Pensar sobre as investigaes
possveis.


1) definio das temticas e
grupos de pesquisa.

2) comear a explorao do
campo
com
arquivos,
documentos, web.

Entrega da Ficha A.

16.09.2015

23.09.2015

30.09.2015

07.10.2015

14.10.2015

21.10.2015

anthropologie , Enqute, 1, pp. 71-112.


OLIVIER DE SARDAN, Jean-Pierre, 1996. La violence faite aux donnes. Autour de quelques figures de la
surinterprtation en anthropologie , Enqute, n3, pp. 31-59.

Construir o objeto: contextualizar, objetivar, documentar, comparar Continuao.
OLIVIER DE SARDAN, Jean-Pierre, 1998. mique , LHomme, n147, pp. 151-166.
OLIVIER DE SARDAN, Jean-Pierre, 1994. Pacte ethnographique et film documentaire , Xoana, 2, pp. 51-64.

Construir dados: caixa de ferramentas
OLIVIER DE SARDAN, Jean-Pierre, La rigueur du qualitatif. Bruxelles: Academia-Bruylant, 2008.


A campo: observar, pensar, exercitar e trabalhar a observao.
LAPLANTINE, Franois, A etnografia como atividade perceptiva: o olhar, pp. 13-28; In A descrio etnogrfica,
So Paulo: Terceira Margem, 2004,
SEEGER, Anthony, Etnografia da Msica, in MYERS, Helen. Ethnomusicoly. An introduction. Londres, The
MacMillan Press, 1992. Traduao Giovanni Cirino.

A campo: observar, pensar, exercitar e trabalhar a observao continuao
Observao participante e Participao observante.
Wacquant, Loc, Corpo e Alma. Notas Etnogrficas de um Aprendiz de Boxe, Relume Dumara : 2002

A campo: interrogar.
A entrevista.

Reflexo sobre a situao de entrevista.
Howard Becker, No pergunte por que? Pergunte como?, in Segredos e truques da pesquisa, Rio de Janeiro:
Jorge Zahar, 2007
OLIVIER DE SARDAN, Jean-Pierre, 2000. Le je mthodologique : implication et explication dans lenqute de
terrain , Revue Franaise de sociologie, 41 (3), pp. 417-455.

A campo: interrogar continuao

Reflexividade.
in GHASSARIAN, Christian (dir.), Sur les chemins de lethnographie rflexive , De lethnographie
lanthropologie rflexive. Nouveaux terrains, nouvelles pratiques, nouveaux enjeux. Paris, Armand Colin, 2004.

Entrega da Ficha B.

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HERZFELD, Michael, Antropologia: prtica terica na cultura e na sociedade, So Paulo: Vozes, 2014, pp. 66-77

Autoetnografia
RAMOS, Alcida Rita, Do engajamento ao desprendimento, in Campos 8(1):11-32, 2007.

Plausibilidade e a validade da pesquisa.
MACEDO et al., Um rigor outro sobre a qualidade na pesquisa qualitativa, Salvador : Edufba, 2009, pp. 13-74
OLIVIER DE SARDAN, Jean-Pierre, La rigueur du qualitatif: lanthropologie comme Science empirique, in Espaces
Temps, 84-86, 2004. L'opration pistmologique. Rflchir les sciences sociales. pp. 38-50.

28.10.2015 Explorar os dados, anlise paralela a investigao.
Entrega da Ficha C.
FAVRET-SAADA, Jeanne, Ser afetado, in Cadernos de campo, n.13, 2005, pp. 155-161.
GOLDMAN, Marcio, Jeanne Favret-Saada, os afetos, a etnografia, Cadernos de Campo, n.13, 2005, pp. 149-153.

Da experincia a escritura.
GOLDMAN, Marcio, Alteridade e experincia: antropologia e teoria etnogrfica, in etnogrfica, Vol. X (1), 2006,
pp. 161-173.

04.11.2015 Escrever um relatrio de investigao.


Estatuto do texto. A descrio discreditada. Intertextualidade.
LAPLANTINE, Franois, A etnografia como atividade lingustica: a escrita, pp. 29-42; Teoria da descrio
etnogrfica, pp. 93-112; Descrio e explicao, pp. 113-124, In A descrio etnogrfica, So Paulo: Terceira
Margem, 2004,

A traduo
GEERTZ, Clifford, (1987) 2002. Trouv en traduction: sur lhistoire sociale de limagination morale, in Savoir
local, savoir global. Les lieux du savoir. Paris, PUF, pp. 49-70.
Laplantine.

11.11.2015 Questes de etnografia
Entrega da Ficha D.
MALINOWSKI, B, introduo, in Argonautas do Pacfico Ocidental: Um relato do empreendimento e da
aventura dos nativos nos arquiplagos da Nova Guin Melansia. So Paulo: tica, 1978.
STOCKING, George W., Jr. 1983. "The ethnographer's magic", in Observers observed, pp. 70-120. Madison: The
University of Wisconsin Press.

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18.11.2015 Questes de etnografia


PEIRANO, Mariza, A favor da etnografia , in A favor da etnografia, Rio de Janeiro : Relume-Dumar, 1995, pp.
31-58
MARCUS, George E., Etnografa en/del sistema mundo. El surgimiento de la etnografa multilocal in
Alteridades, 2001 11 (22): Pgs. 111-127 (Ethnography in/of the World System. The emergence of multi-sited
ethnography (1995), en Annual Review of Anthropology, nm. 24, pp. 95 117).

25.11.2015 Questes de etnografia
FONSECA, Claudia, Quando cada caso NO um caso. Pesquisa etnogrfica e educao , Revista Brasileira de
Educao, Jan/Fev/Mar/Abr 1999 N 1, pp. 58-78
S, Guilherme Jos da Silva e, "Meus macacos so vocs": Um antroplogo seguindo primatlogos em
campo , Revista ANTHROPOLGICAS, ano 9, volume 16(2): 41-66 (2005)

02.12.2015 AFASTAMENTO, aula presencial recuperada

09.12.2015 Apresentao oral e discusso dos resultados.

Entrega do dossi final



CONTEDO DAS FICHAS A SEREM ENTREGAS
FICHA A: APRESENTAO DA INVESTIGAO (09.09.2015)
- nome dos estudantes, binmios, grupos
- texto redigido apresentando o tema de pesquisa elencado
- texto apresentando uma primeira sntese da fase exploratria documentar
- lista dos campos previstos para a continuao da investigao

FICHA B: BIBLIOGRAFIA DE ARTIGOS E OBRAS PERTINENTES PARA A INVESTIGAO DE CAMPO (30.09.2015)
- histria do tema/objeto
- trabalhos cientficos sobre campos idnticos, similares ou prximos
- referncias tericas uteis para construir uma problemtica
Para cada referencia, indicar em algumas palavras em que pode ser pertinente para a pesquisa.

FICHA C: RELATRIO DETALHADO DA REDAO DO DOSSI FINAL (21.10.2015)
Este plano de estudo, sem ser redigido, ser o quanto preciso que possvel sobre a ideias a serem desenvolvidas no dossi final.
A partir do plano de trabalho do dossi distribudo em aula.


FICHA D: RELATRIO DA INVESTIGAO INDIVIDUAL (11.11.2015)
Narrativa redigida, por cada aluno, das condies de definio do campo de investigao, das modalidades concretas de produo dos dados e de sua
explorao.

DOSSI FINAL: RELATRIO DA INVESTIGAO COLETIVA (02.12.2015)
Documento de 15 paginas, redigido individualmente ou em binmio, incluindo um plano de estudo livremente elaborado pelo grupo: o campo, a temtica
do estudo, a construo do objeto, a problemtica, o desenvolvimento da investigao, e a relao de investigao, a anlise das entrevistas e observaes,
as referencias bibliogrficas usadas e os primeiros resultados da investigao.

PROCESSO AVALIATIVO:
Escrita: 70% da nota final
- respeito do prazo de entrega das 4 Fichas e do dossi final
- respeito do tpico pedido no contedo das fichas
- clareza da redao; coerncia e pertinncia do discurso desenvolvido em relao a interao entre o objeto de pesquisa de campo elencado e o domnio
dos princpios prticos e tericos desenvolvidos na aula.

Oral: 30% da nota final
- participao oral
- apresentao oral em seminrios dos textos sobre a histria e a epistemologia da investigao de campo em CS
- apresentao oral em grupos dos resultados da pesquisa de campo

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