Apostila Tratamento Térmico - MFQ

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9 Tratamentos Trmicos Tpicos

a) Resfriamento contnuo

3
2
1

1- Tmpera visa obteno da martensita

~15 min./in

A3
gua, leo
.
t
2 Normalizao visa obteno da perlita
(fina e grossa)

~1h/in

A3
ar
.
t
3 Recozimento pleno visa obter perlita homognea

~1h/in.
A3

b) Resfriamento interrompido (tratamento isotrmicos)


1 Austmpera: visa obter bainita
TA3

A3
banho de sal, Pb

Ms

Ms
.

gua,ar

logt
t
2 - Martmpera
T

Ncleo

banho
gua
.
logt

10 Outros tratamentos
a) Revenimento (da martensita)
Reduzir fragilidade da martensita sem perder significativamente a dureza
M + Calor
(todo C)

M +
(0,25%)

Se continuar aquecimento

= Fe2xC
M = mart. Re.

> 600C
< Acl

M + + Fc3C
Esfera
esferoidita
Ex: Ao 52100 difcil de usinar mesmo na forma normalizada
Sol: Deve-se temperar e referir esferoidita

b) Recozinamento cclico esferoidizar


A<l

.
b) Alvio de tenses T < A < 1
Comparao de propriedades (Ao 1095)

Temperatura agu + rev.


Martemperado + rev.
Austemperado

Dureza HRC
53
53
52

Resist. Impacto Kgfm


1.7
3.9
62.5

ENDURECIMENTO SUPERFICIAL

Ao temperado: alta dureza


alta resist. ao desgaste
alta resist. mecnica
* baixa dutilidade
Muitas vezes desejvel: boa dutilidade
alta resist. em desgaste
.: Tratamento superficial
2 grupos:
1) Tmpera superficial ( sem alterar composio)
2) Tratamento termoqumicos (com alterao composio)

1) Tmpera superficial:
-

tmpera por chama (oxi-acetilnica)


tmpera por induo (induo eletromagntica)
laser
feixe de eltrons

Ex

Bobina
Corrente induzida

Produz:

endurecimento localizado
Endurecimento superficial

Revenimento:
- Aquecimento feito por chama ou induo
- Forno
2) Tratamentos termoqumicos:
Cementao: introduo de carbono na superfcie
Temperaturas usuais: 850 a 950C
Pode-se usar temperaturas > 1000C :
- Crescimentode gros alternado com elementos de liga (Al, Tc, NA)

3
2
1
.
8

16

24

Reaes fundamentais:

32

horas

2CO + 3Fe

Fe3C + CO2

CH4 + 3Fe

Fe3C + 2H2

ou

.: Reaes so reversveis, isto , excessiva de CO2 ou H2 removem C da superfcie


relao mais adequada para a qual se equilibram as tendncias carbonetantes e
descarbonetantes
CO ou CH4
CO2
H2
0
0.8%C
95

90

10

85

15

80

20

0.6%C
0.4%C
0.2%C

Ex.: a 900C, uma mistura


CO = 90% e CO2 = 10%
carbonetaro at ~ 0.4% C
Ex.: A mesma mistura cementer
a 800C um ao de baixo C at
~ 0.8%C

0.1%C
75

25

70

30
35 %CO2

%CO

750

800 850

900

1100

Uma mistura CH4, para um ao


H2
determinado, direita da curva
carbonetante para aquele ao e esqueda
e descarbonetante.

1000
.
900
0.95%C
800

0.20%C
1
100

1
50

0.60%C
1
37

Cementao slida:

1
25

1
20

Relao de CH4
H2

Reaes: C + O2 CO2
CO2 + C 2CO
2CO + 3Fe Fe3 + CO2
Fonte de C usual: carvo
Atividades: BaCO3 BaO + CO2
CO2 + C 2CO
Cementao gasosa
Agentes carbonetantes: CO, CH4, C2H6, C3H8
CO + H2

(C) + H2O

2CO

(C) + CO2

CH4

(C) + 2H2

C2H6

(C) + xCH7 + yH2

C3H8

(C) + xC2H6 + yCH8 + 2H2

Vantagens sobre a Cementao slida


- permite espessura e %C mais uniforme
- permite tmperas direta
- previne oxidao das peas (gases so
- processo mais rpido
Cementao lquida
Meio carbonetante: sal a base de cianeto [NaCN, Ba(CN)6]
2NaCN

Na2CN2 + C

Banho para baixas temperatura

ou

NaCN + CO2

NaNCO + CO

(840 900)C

3Fe + C Fe3C
3Fe + 2CO Fe3C + CO2
Ba(CN)2
BaCN2 + C
Ba(CN)2 + 3Fe3 BaCN2 + Fe3C

espessura: 0.08

Banho para altas temperaturas (900-960)C


espessura: (0,5 3,0) mm

Vantagens:
- rapidez de operao (grandes prof. em tempo curto)
- proteo contra oxidao e descarbonetaes
- facilidade no manuseio de peas
- permite operao contnua pela colocao e retirada de peas
1- Tmpera direta: - pode ser feita da mesma temperatura de cementao
- ou de temperatura mais baixa
Em casos de aos de alta liga ou em casos de granulao grosseira
(devido ao longo tempo na temperatura de cementao) deve-se resfriar a
pea ao ar e proceder um reaquecimento para tmpera
2- Revenimento: Normal
Nitretao
Endurecimento superficial promovido pelo nitrognio pela formao
de nitratos:
- alta dureza
- alta resistncia ao desgaste
- melhora a resistncia fadiga
- melhora a resistncia
- melhora a resistncia ao calor at a temperatura de nitretao
Temperatura: abaixo de A1
No requer tmpera posterior
Nitretao gasosa
- meio: amnia anidra
- em temperatura de nitretao (500-570)C decomposio 2NH3 2N +
3H2
- tempo: 48 a 72 horas

- espessura: 0,8 mm
mm
0.8

525C

0.6
0.4
0.2
20

40

60

80

horas

Nitretao lquida
Meio: mistura de sais
Sais de sdio (60-70)%
96.5% NaCN
2.5% Na2CO3
0.5% NaCNO

Sais de potssio (40-30)%


9.6% KCN
0.6% K2CO3
0.75% KCNO
0.5% KCl

Aumento da resistncia fadiga esta relacionada com tenso residual de


compresso introduzida durante a nitretao, alm da maior resistncia da
camada.
Tenso
Alternada
Kg/mm2
Limite de
fadiga

60 -

N. lquida
N. gasosa

50 40 30 2

- introduz C + N
- temperatura acima de Al (700-850C)
- meio usual: NaCN 30%
Na2CO3 40%
NaCl 30%
2NaCN + O2 2NaNCO
4NaNCO Na2CO3 + CO + 2N
2CO CO2 + C
NaCN + CO2 NaNCO + CO

- tempo: 30 a 60 min.
Cianetao gasosa (carbonitretao)
Carbonitretao a baixas temperaturas: (540- )C
(35-175) min
(0.02-0.04)mm
Carbonitretao a mdia temperatura: ( -560)C
(1 1/3-9) h
(0.2-0.6)mm
Carbonitretao a altas temperaturas: (900-952)C
(1-9)h
Cianetao slida:
Meio: (60-80)% carvo vegetal
(40- )% ferrociamento de potssio
Tempertura: (540-560)C
Tempo: (90-180) min
Prof. (0,01-0,05)mm

TRATAMENTOS TERMO-MECNICOS
Trat. Trmico

Deformao plstica

Def. plstica pode ser feita antes, durante ou aps a transformao da


austenita.
AUSFORMING: deformao aplicada antes da trans. martensita
C
def. plstica
(400-520)C
Ms
Mf
Ausforming
.

Tempo
AUSFOMING MODIFICADO
C
850
laminao (30%)
730
(350-400)

tempo
OBJETIVOS DO AUSFORMING: melhorar propriedades mecnicas sem
perda da dutilidade.

FATORES QUE INFLUENCIAM NAS PROPRIEDADES MECNICAS


FINAIS:
- Taxa de deformao
- Temperatura de deformao
t
e

Dutilidade

def. (75-94)%
50%

def. 94%
75%
50%
30%

30%

Temperatura

Tempertura de def.

INFORMING: def. plstica aplicada durante a trans. perlita ou bainita


Objetivo: melhorar tenacidade
C
Def. plstica

.
Tempo
e
C
910
A3
a

760
+

723C
A1

d
.
0.03

0.1

0.8

%C

Tmpera intercrtica na subida TS


Ponto d

Ponto c
Aquecimento

F + P

F + A

Na Tmpera: F + A F + M

Microestrutura TS

F
F + M

Tmpera intercritica na descida TD


Ponto e

Ponto c
A
Resfriamento

A + F

Na Tmpera: A + F M + F
Microestrutura TD
F + M

Caracterstica dos aos bifsicos

ARBL

80
1020 bifsico

35
1020 recozido
.

baixo carbono alta soldabilidade


limite de escoamento baixo
alta dutilidade
alta formabilidade
alta resistncia (no estado encruado)

.: Ao bifsico permite alto grau de deformao alto grau de encruamento alta


resistncia.
Aplicaes potenciais: indstria automobilstica, tubos, arames,...

SULFORIZAO
- Saturao da camada superficial com enxfre.
- Aplicado aos aos rpidos
- No afeta dureza mas confere um efeito auto-lubrificante resist. ao
desgaste

Sulforizao lquida:
C
1a3h
(560-750)
Temperatura de sulf. < temp.
revenimento anterior
.
Tempo
Banho: NaCl 17%
CaCl 38%
BaCl 25%

FeS 13.2%
Na2SO4 3.4%
Ferrocianeto de potssio 3.49%

Sulforizao slida:
C
3a9h
(560-750)
mistura: FeS (30-40)%
Grafita (50-60)%
Ferrociamento potssio 10%
.
Tempo

Aps o tratamento as pea devem ser lavadas em gua quente e


aquecidas em banho de leo a (110-120)C
TRATAMENTO PELO PROCESSO TENIFER
(Nitretao em banho de sal a baixas temperaturas)
-

Temperatura: (530-600)C
Tempo: (10-180)min.
Fonte de N: sais a base de cianetos e cianatos
Realizado em cadinho revestido com Ti para evitar contaminao do
banho

- Banho mantido em aerao constante para oxidao do cianeto de potssio


em cianato
Tubo de Ti
Cadinho revestido com Ti
Pea introduzida no
banho
aps normalizao, tmpera, etc.
Usinada e acabada

Propriedades aps o tratamento:


- Dureza: para aos rpidos e de alta liga dureza atinge 68 RC
- Resistncia ao desgaste
Desgaste
Mg 10

SAE 1015 sem tratamento

SAE 1015 cementado


(930C, 3h,resfriado em leo)
SAE 1015 teniferizado
(580C, 90 min, gua)
1

Tempo de durao

Resistncia fadiga:

5
20
Teniferitado
10

Temperado
.
105

106

107

Indstria automobilstica foi a pioneira no processo (trat. de virabrequim)


Aplicaes: - virabrequins
- eixos comando de vlvulas
- discos de frico
- moldes de ao para duroplsticos
- fieiras de extruso de metais leves
- rscas sem fim
- cilndros de extruso, etc.

REVENIMENTO PELO JATO DE VAPOR


Finalidade: melhorar resistncia corroso dos aos rpidos.
C
Solubilizao
1250

vapor insulfado
continual

550
ar

20 30 min
Estufa fechada

ar

(250.550)
vapor insuflado
durante 30 min

60C
leo

40C

.
Tempo
O tratamento provocado formao de Fe3O4 de cor azul escuro.

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