Razão Carga/massa Do Elétron

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARABA
CENTRO DE CINCIAS EXATAS E DA NATUREZA

DEPARTAMENTO DE FSICA
DISCIPLINA: LABORATRIO DE FSICA MODERNA
PROF.: DR. PAULO CESAR DE OLIVEIRA
JOSVY ELLON LIMA DA SILVA
RELATRIO 1: RAZO CARGA/MASSA DO ELTRON
Joo Pessoa/PB
2015
1 RESUMO
Este trabalho apresenta um relatrio experimental da disciplina de laboratrio

de fsica moderna do curso de fsica da Universidade Federal da Paraba, onde tem
por finalidade determina a razo carga/massa do eltron observando a deflexo de
um feixe de raios catdicos acelerado por uma diferena de potencial quando
submetido ao de um campo magntico.
2 INTRODUO
Utilizando uma ampola de Crookes, isto , tubos de vidro fechados com um

eletrodo positivo e outro negativo, contendo gases a presses extremamente baixas;
o cientista ingls Joseph John Thomson (1856-1940) fez uma descoberta
imprescindvel para a evoluo do modelo atmico.
Ele submeteu estes gases a voltagens elevadssimas, desse modo foi possvel
observar o aparecimento de emisses, que foram denominadas raios catdicos. Em
seguida, foi colocado um campo eltrico externo e, por fim, verificou-se que o feixe de
raios catdicos era desviado, sempre indo na direo e sentido da placa carregada
positivamente. Portanto, estas emisses possuam cargas negativas.
Figura 1 Viso esquemtica do aparelho de Thomson. Raios repelidos pelo catodo so atrados pelo anodo e
alguns passam pelo colimador, formando um feixe. Esse feixe defletido por placas ligadas a uma bateria, de
modo a formar um forte campo eltrico entre elas; depois, move-se em uma regio livre de foras, at bater na
parede do tudo, produzindo um ponto de luz.
Outro ponto importante que no importava o gs utilizado, sempre ocorria o

mesmo; assim Thomson chegou concluso lgica de que estas cargas negativas
estavam presentes em toda e qualquer matria, eram parte integrante destas. Desse
modo, provou-se que, ao contrrio do que Dalton havia afirmado, o tomo no era
indivisvel,
pois
possua
denominada eltron.
uma
partcula
subatmica
negativa,
que
ficou
Sequencialmente, em 1886, outro cientista, de nome Eugen Goldstein,

descobriu os raios catdico ou canais, que eram raios carregados positivamente,
formados pelo que sobrou dos tomos do gs que teve seus eltrons arrancados pela
descarga eltrica. Sabia-se que estes raios possuam carga positiva porque eram
desviados na direo oposta da dos raios catdicos, ou seja, eram atrados pela placa
negativa.
Descobriu-se ento que o tomo tambm possua uma parte positiva, o que
inclusive era necessrio para manter sua neutralidade eltrica. Desse modo, J. J.
Thomson props um novo modelo para o tomo, apelidado de pudim de
passas ou pudim de ameixas. Seria uma esfera de carga positiva, no macia,
incrustada de eltrons (negativos), de modo que sua carga eltrica total nula.
A carga especifica do eltron pode ser determinada experimentalmente de uma
maneira
relativamente
fcil.
Um
eltron
movendo-se
com
velocidade
perpendicularmente a um campo magntico uniforme B fica sujeito a uma fora

magntica
)
= (
(01)
que perpendicular ao campo magntico B e velocidade v. Esta atua como fora

centrpeta mantendo o eltron em uma rbita de raio r, isto
2
= = (02)
No experimento os eltrons so acelerados por um potencial V, de modo que a
sua energia cintica dada por
1
= 2
2
(03)
De (02) e (03) obtemos a carga especfica do eltron:
2
=
()2
(04)
assim conhecendo-se a intensidade do campo magntico B, o potencial V, e o raio da

rbita do eltron determinamos a razo e/m.
Para a bobina de Helmholtz com 2 bobinas o campo magntico dado por
3
42
= 0
5
(05)
Onde:
0 constante de permeabilidade magntica = 1,257 106 /
n o nmero de voltas da bobina = 154.
R o raio da bobina = 20 cm.
3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
A montagem experimental foi feita como mostrado na figura 2.
Figura 2 Viso geral do equipamento
3.1 Arranjo experimental
O aparato experimental consiste de um tubo de raios catdicos que produz um

feixe de eltrons quando acelerado por uma diferena de potencial V, esse feixe
estava sujeito a um campo magntico produzido por bobinas de Helmholtz o que faz
com que esse feixe assuma uma trajetria circular.
Fixamos um potencial V e ajustaremos o valor da corrente I para que os raios r
das trajetrias dos feixes sejam de 2 cm, 3 cm, 4 cm e 5 cm. Ento teremos para um
determinado potencial V, um valor de corrente I para o qual o raio da trajetria ser
um valor esperado. O prprio equipamento j conta com marcaes para essas
distncias e no ser necessrio fazer medies manuais.
Figura 3 Circunferncia do feixe de eltrons

colimados sofrendo a ao de um campo magntico
3.2 Material
Os materiais consistem de:

(a) Par de bobinas de Helmholtz.
(b) Fonte de alimentao regulvel 0...600 V.
(c) Fonte de alimentao universal.
(d) Dois multmetros digitais.
(e) Tubo de raios catdicos.
(f) Cabos de ligao.
4 RESULTADOS
A tabela abaixo amostra todos os resultados obtidos no experimento. Nesse

experimento, trs grandezas so medidas diretamente: o raio r da rbita, a corrente I
na bobina e a tenso V no tubo. Assim, obtemos a razo e/m da seguinte maneira:
fixando uma tenso V no par de bobinas e variando a corrente I, podemos ajustar o
raio da rbita pra que coincida com o raio definido na escala do prprio equipamento.
Aps obtidos todos os resultados (V, I e r) utilizamos as equaes (05) e (04)
para encontramos a razo e/mo .
Figura 4 Feixe de eltrons colimados

colidindo com hastes de marcao do
raio orbital.
r = 0,02m
Raio da trajetria
r = 0,03m
r= 0,04m
r= 0,05m
Tenso (V)
I (A)
1011
I (A)
1011
I (A)
1011
I (A)
1011
120
2,70
1,72
1,63
2,09
1,2
2,17
0,93
2,31
140
2,89
1,75
1,85
1,90
1,36
1,97
1,06
2,08
160
3,11
1,72
2,01
1,84
1,47
1,93
1,16
1,98
180
3,32
1,70
2,16
1,79
1,59
1,86
1,25
1,92
200
3,52
1,68
2,29
1,77
1,69
1,83
1,33
1,89
220
3,7
1,68
2,41
1,76
1,77
1,83
1,41
1,85
240
3,85
1,69
2,52
1,75
1,86
1,81
1,48
1,83
260
3,97
1,72
2,62
1,76
1,94
1,80
1,53
1,85
280
2,74
1,73
2,01
1,81
1,6
1,82
300
2,83
1,74
2,09
1,79
1,66
1,82
5 CONCLUSES
Portando, conclumos que pelos resultados obtidos chegamos em uma mdia

das razes e/mo de um valor de aproximadamente 1,84 1011 /, onde isso
significar que chegando a 104,6% do valor da carga/massa da literatura que de
1,759 1011 /, ou seja temos um erro de aproximadamente de 4,6%. E se
pegamos a mediana dos valores das razes e/mo obtidos chegamos em valor de
1,81 1011 / chegando a 102,9% do valor de literatura, portando um erro de
aproximadamente de 2,9%.
6 REFERNCIAS
<http://www.brasilescola.com/quimica/o-experimento-thomson-com-descargaseletricas.htm>. Acesso em: 18 de abril de 2015
< http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1806-11172011000100023&script=sci_arttext
>. Acesado em 17 de abril de 2015.
PHYWE series of publications Lab. Experiments Physics PHYWE SYSTEME

GMBH 37070 Gttingen, Germany

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Utilizando uma ampola de Crookes, isto , tubos de vidro fechados com um

Outro ponto importante que no importava o gs utilizado, sempre ocorria o

Sequencialmente, em 1886, outro cientista, de nome Eugen Goldstein,

perpendicularmente a um campo magntico uniforme B fica sujeito a uma fora

que perpendicular ao campo magntico B e velocidade v. Esta atua como fora

De (02) e (03) obtemos a carga especfica do eltron:

assim conhecendo-se a intensidade do campo magntico B, o potencial V, e o raio da

A montagem experimental foi feita como mostrado na figura 2.

Figura 2 Viso geral do equipamento

3.1 Arranjo experimental

O aparato experimental consiste de um tubo de raios catdicos que produz um

Figura 3 Circunferncia do feixe de eltrons

Os materiais consistem de:

A tabela abaixo amostra todos os resultados obtidos no experimento. Nesse

Figura 4 Feixe de eltrons colimados

Portando, conclumos que pelos resultados obtidos chegamos em uma mdia

<http://www.brasilescola.com/quimica/o-experimento-thomson-com-descargaseletricas.htm>. Acesso em: 18 de abril de 2015

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