CEP Angola
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Investigao Reabilitao Repovoamento Repovoamento Formao Reabilitao
A biodiversidade aqutica em Angola tratada pela Lei dos Recursos Biolgicos Aquticos
(LRBA) elaborada pelo Ministrio das Pescas em 2004 e constitui um dos instrument
os jurdicos mais modernos e inovador da regio ao integrar princpios da LBA, bem co
m o da conveno sobre a Diversidade Biolgica, da Conveno sobre o Direito do Mar e do Cd
ig o de Conduta da FAO, para alm do protocolo da SADC sobre as Pescas. A LRBA int
egra o princpio da precauo, o princpio do poluidor-pagador e o princpio da participao
e todos os interessados. A lei prev a constituio de diversas reas de prote co e a inst
ituio de regimes especiais necessrios preservao de recursos biolgicos aq , em casos d
ameaa biodiversidade. A LBA prev a publicao peridica de planos de gesto das pescas.
lm disse a LRBA probe qualquer aco que possa contribuir para a degradao d
o meio aqutico e define medidas de regenerao das espcies em extino ou ameaadas de exti
de que se destacam as seguintes: reduo da poluio do meio marinho aqutico; preveno da i
troduo de espcies ou organismos que tenham impactos negativos nos recursos ou nos e
cossistemas; eliminao ou diminuio da captura excessiva de recursos; reduo das captura
s acessrias e dos rejeitados. A lei estabelece as bases para o reforo da monitoriz
ao, controlo e fiscalizao das pes cas, com o objectivo de fazer cumprir as medidas d
e gesto implementadas anualment e que visam a explorao sustentvel dos recursos pesqu
eiros. 2.7.3. Pesca: Presses, Tendncias e Oportunidade (Pg.28) O sector das pescas
contribui 2.5 a 3% do PIB. O sector est subdividido em pesca de subsistncia e pesc
a comercial e esta em pesca artesanal, semi-industrial e ind ustrial. Em 2001, 2
0% da captura (50 mil toneladas) provinha da pesca artesanal e 80% (190 000 T) d
a pesca semi-industrial e industrial. As estatsticas oficias a pontam que a contr
ibuio da pesca artesanal duplicou nos passados 3 anos e ultrapas sa actualmente os
50% do total da captura. O Plano Nacional de Amostragem da pesca comercial (INI
P) complementado pelos dad os dos cruzeiros de investigao dos recursos pesqueiros
contribui para o reconhecim ento da biologia e dinmica e para a gesto responsvel e
sustentvel dos recursos pesqu eiros. H que salientar o sistema de amostragem da pe
sca artesanal, administrada pelo Ins tituto de Desenvolvimento de Pesca Artesana
l e Apicultura (IPA), tem melhorado c onsideravelmente nos ltimos anos. O aumento
das capturas estimadas para a pesca a rtesanal deve, por isso, ser interpretado
com precauo, pois pode corresponder tant o a um aumento acentuado do esforo de pes
ca no final da situao de guerra, como melh oria do sistema de recolha de informaes i
mplementado no IPA. Segundo informao do INIP, a costa angolana rica em recursos ma
rinhos, destacando-s e as espcies pelgicas, demersais e crustceos devido sua importn
cia econmica. As espci s pelgicas constituem cerca de 80% do total do pescado desem
barcado FAO 82000) e as mais abundantes so, o carapau do Cunene (Trachurus trecae
), o carapau do Cabo (Trachurus capensis), e lombuda (Sardinella aurita), a palh
eta (Sardinela madere nsis) e a sardinha do reino (Sardinops sagax). Ainda fazem
parte deste grupo o p eixe-galo (Selene dorsalis), o chicarro (Decapterus rhonc
us), e o maleo (Chlorosc ombrus chryssurus). Dentro destas as mais abundantes so o
s carapaus e sardinelas. A biomassa estimada para estes dois grupos de espcie, ca
rapau e sardinelas em 200 5 foi de 431 000 toneladas, sendo 247 000 toneladas pa
ra o carapau do Cunene e 1 84 000 toneladas para as sardinelas. As espcies de pei
xes demersais so distribudas ao longo de toda a costa de Angola, d e Cabinda foz d
o rio Cunene, podendo ser capturadas entre os 20 e 900 metros de profundidade. A
s de maior valor comercial so capturadas principalmente entre os 1 00 e 300 m de
profundidade. Mais de 30 espcies, se estacam neste grupo, do qual p odem ser agru
pados, Esparideos (peixes vermelhos), nomeadamente o cachucho (Dent ex macrophth
almus), o tico-tico (Pagellus bellottii) e o dento (Dentex angolensis ); Sciandeos
(corvinas), que agrupam essencialmente o calafate (Umbrina canariens is), a cor
vina de boca amarela (Atractoscion aequidens) e a corvina preta (Argyr osomus ho
lolepidotus); Garoupas (Epinephelus aenus e E. guaza); Pescadas (Merluc cius pol
li e M. capensis); Roncadores, como a ferreira (Litognathus mormyrus). A biomass
a estimada para os principais recursos demersais em 2004 foi volta de 9 6 000 to
neladas. A pescaria de crustceos teve o seu inicio em Angola na dcada de 60 e cons
titui uma das mais importantes pescarias, devido ao seu alto valor econmico e ele
vada proc ura no mercado nacional e internacional. As principais espcies capturad
as nesta p escaria so: o camaro (Parapenaeus longirostris), o alistado (Aristeus v
aridens) e o caranguejo (Chaceon maritae) consideradas espcies mais importantes e
mais abund antes. A biomassa estimada para os principais recursos de camaro em 2
004 foi volta de 32 00 toneladas, sendo 1500 de camaro e 700 de alistado. A costa
tambm rica em espcies de cefalpodes e actualmente no existe uma pesca dirigi da par
a este recurso. Este recurso capturado como espcies acessria na pescaria dos demer
sais e pela pesca artesanal, principalmente os chocos. Existem algumas unidades
de processamento de pescado em terra sobretudo da pesca
semi-industrial e industrial (obrigao imposta por lei), as quais por falta de med
idas de controlo ambiental, produzem resduos de pescado que so deitados ao mar ou
deixados em qualquer parte em terra. Estes empreendimentos servem sobretudo dist
ribuio nacional, mas a capacidade de exportao fraca. ______________________________
_________ De acordo com a LRBA Pesca de subsistncia, significa a actividade de pesca
em que o pescador pesca regularmente para o consumo prprio e de sua famlia, e ape
nas espora dicamente comercializa a produo excedentria. Pesca artesanal, a actividade
de pesca q ue efectuada com embarcaes at catorze metros de comprimentos total, inc
lusive, e pr opulsionada a remos, vela ou por motores fora de bordo ou interiore
s, utilizando raramente gelo para conservao e fazendo uso de artes de pesca como l
inhas de mo e redes de cerco e emalhar. Pesca semi-industrial, aquela que realizada
com embarcaes at vinte metros, inclusive, de comprimento total, propulsionadas por
motor interi or e utilizando, em regra, gelo para conservao do pescado, usando ar
tes de palangr e ou linha de mo, emalhe de fundo e tambm arrasto mecnico, cerco e o
utras; e Pesca i ndustrial, aquela que realizada com embarcaes com mais de vinte met
ros de comprimen to total, propulsionadas a motor, utilizando em regra congelao ou
outros mtodos de processamento a bordo e usando meios mecnicos de pesca; envolve
em geral, grandes investimentos e mtodos tecnologicamente avanados de pesca visand
o a captura de es pcies de alto valor comercial ou de grandes quantidades de pesc
ado de valor infer ior, destinadas ao consumo ou processamento no mercado nacion
al ou internacional . A exportao faz-se sobretudo a partir das embarcaes estrangeira
s com licena de pesca e m Angola. Um dos maiores problemas associados pesca indus
trial e semi-industrial a ocorrnci a da pesca ilegal, no relatada e no regulada, a
destruio causada por arrastes que pes cam em guas reservadas pesca artesanal, o desr
espeito por perodos de veda o que pr ovoca uma reduo de stocks principalmente de es
pcies pelgicas e de alguns crustceos (M INUA 2004). Apesar do esforo de reestruturao p
ode considerar-se que os resultados d a fiscalizao, nomeadamente quanto aplicao de m
ultas no so ainda suficientemente efica . Segundo o IPA, existem na pesca artesana
l 21 mil pescadores continentais e 25 mi l pescadores martimos e o numero de pess
oas que vivem das pescas e actividades co nexas de 700 mil pessoas, os mtodos de
pesca artesanal utilizados variam entre a rede envolvente, rede emalhar de deriv
a, por vezes rede arrasto, armadilha e pes ca linha. As embarcaes variam entre pir
ogas, pequenos barcos a remo, canoas e emba rcaes costeiras motorizadas at 10 metro
s de comprimentos (catrongas). As principais presses impostas pela pesca artesana
l, que ocorrem por falta de inf ormao e de fiscalizao, so a utilizao por parte dos pes
adores de artefactos de pesca e locais estratgicos manuteno da biodiversidade, tais
como: i) Cobertura com redes d e emalhar de acesos s zonas de mangal e de extens
as reas nas desembocaduras dos ri os, impedindo a entrada de peixe para desova; i
i) Deposio de redes de forma parale la e junto linha da costa, impossibilitando a
ascenso de tartarugas praia para de sova; iii) Utilizao de mtodos long libe fishing,
que tem provocado a captura de num erosas espcies de aves marinhas; iv) Utilizao d
e redes com dimenses muito pequenas e ; v) em casos pontuais, a utilizao de granada
s e agentes qumicos. Para alm da falta de meios e de organizao, um dos principais pr
oblemas dos pescador es continentais e a abundncia de crocodilos em rios perenes.
No foram ainda encont radas solues para a reduo e posterior controlo da populao de cr
codilos. Com a reestruturao do Ministrio das Pescas, a pesca continental passou par
a a sua a dministrao. Baseado nos poucos dados existentes sobre a pesca continenta
l, o IPA e st a proceder distribuio a crdito de 1000 embarcaes e redes para a pesca c
ntinental m todas as provncias, sobretudo para rios navegveis. No interior, o IPA
est a recru tar quadros que transitam do MINADER e que estavam sub-utilizados. Ta
mbm em 2003, o GOA declarou a aquicultura como uma prioridade para o desenvolvi m
ento, alvio da pobreza, segurana alimentar e exportao. Foram efectuados levantament
os dos potenciais da maricultura (excepto nas zonas de produo petrolfera) e de aqui
cultura que mostram que existe um grande potencial para a cultura de camaro, mex
i lho e tilpia. Existem j algumas exploraes de aquicultura, desconhecendo-se a actual
g esto ambiental que realizam, por falta de auditoria. O IPA prev a constituio de c
ent
Objectivo: Correcta gesto dos recursos biolgicos aquticos de guas continentais (Acs)
5. Apoiar o INIP no reforo do departamento do ambiente, laboratrio do ambient e e
sade do ecossistema aqutico, para capacitar os tcnicos em estudos de AIA e audi to
rias (com MINUA) Objectivo: Favorecer o uso sustentvel do ambiente marinho e prev
er desastres que tm ocorrido noutros pases. 6. Capacitar pessoal do IPA para gesto
e promoo das actividades dos Centros Re gionais de Aquicultura e as suas estaes, bem
como para os servios de extensionismo. Objectivo: Favorecer uma aquicultura resp
onsvel, melhorar a segurana alimentar da populao rural (MINADER, IPA)