Resumo Quantica
Resumo Quantica
Resumo Quantica
) Fsica Quntica P2
Linhas espectrais
Em 1665, Isaac Newton observou que quando a luz solar passava por um prisma
ela formava um espectro com as cores do arco-ris.
Em 1802, Willian Hyde Wollastone observou a formao de linhas escuras no
espectro quando a luz passa por uma fresta formada por colimadores.
Linhas de Fraunhoffer
At 1826, Joseph Von Fraunhofer j havia observado 574 linhas escuras no
espectro solar. Essas linhas passaram a ser chamadas de linhas de Fraunhoffer.
As linhas observadas por Fraunhofer sempre estavam posicionadas no mesmo
local, sendo umas mais finas e outras mais grossas.
Kirchhoff e Bunsen
Em 1856, Robert Wilhelm inventou o bico de Bunsen. A chama do bico de
Bunsen era incolor.
A cor da chama sofria alteraes quando elementos diferentes eram queimados
nela, ou seja, cada elemento produzia uma cor de chama. A razo para a variao das
cores est no fato de que cada elemento queima em uma temperatura, e, como j se
sabe, cada temperatura corresponde a uma cor diferente no espectro visvel.
Neste ano, Gustav Robert Kirchhoff, sugeriu analisar a colorao das chamas
atravs de um prisma colocado entre duas lunetas. Este aparato permitiria ajustar o foco
e analisar somente a cor caracterstica do elemento que est sendo queimado.
A partir o seu experimento, Kirchhoff determinou a cor para alguns elementos:
Oxignio: vermelho;
Sdio: amarelo;
Hidrognio: verde;
Ferro: azul;
Clcio: violeta.
Outro experimento pode ser executado trocando a fonte de emisso de luz: trocase a lmpada incandescente por um tubo com H2. Para que o gs passe a emitir radiao
eletromagntica, necessrio aplicar corrente no tubo do gs (ou ento pode-se
submeter o elemento a elevadas temperaturas).
A radiao eletromagntica produzida difratada no prisma. Em seguida,
observam-se linhas no anteparo com cores diferentes da cor verde observada em
experimentos sem o prisma. O conjunto de linhas espectrais produzidas pelo hidrognio
ser caracterstico deste elemento, servindo assim como uma impresso digital do
elemento.
A cor verde observada nos experimentos anteriores produzida pela soma das
cores das linhas espectrais.
Outra experincia
Realizou-se outra experincia para observao de espectros, tambm utilizando
gs hidrognio. Neste experimento utilizou-se lmpadas como fonte de radiao
eletromagntica e colocou-se gs hidrognio frio entre a fenda e o prisma.
Os resultados produzidos pela difrao eram linhas escuras exatamente nas
mesmas posies das linhas coloridas observadas no experimento anterior.
Obs: a tela aparece na cor roxa por problemas na imagem, na verdade deveria
aparecer o espectro do arco ris.
A partir destes resultados possvel explicar as 574 linhas obtidas por
Frounhofer: quando Frounhofer realizou seu experimento entre o Sol (responsvel por
produzir a radiao eletromagntica em estudo) e o prisma de seu laboratrio, existiam
diversos gases no meio, cada um deles era responsvel por produzir algumas das linhas
escuras observadas.
Leis de Kirchhoff
A partir dos experimentos realizados com a radiao solar, com o gs aquecido e
com o gs resfriado, Kirchhoff props 3 leis:
Um corpo opaco quente, slido, lquido ou gasoso, emite um espectro contnuo.
Um gs transparente a baixa presso e a temperatura suficientemente alta produz
um espectro de linhas de emisso. O nmero e a posio das linhas dependem dos
elementos qumicos presentes no gs. Portanto, o uso de um gs quente produz um
espectro de emisso.
Se um espectro contnuo passar por um gs temperatura mais baixa, o gs frio
provoca o aparecimento de linhas escuras na tela. A quantidade e a posio destas linhas
dependem dos elementos qumicos presentes no gs. Portanto, o uso de um gs frio
produz um espectro de absoro.
Balmer
Em 1885, Balmer numerou as linhas espectrais em 1, 2, 3 e etc., ou seja, cada
linha correspondia um valor de n.
Construindo um grfico da frequncia pelo inverso do nmero da linha
espectral ao quadrado (1/n2) obtm-se uma reta, como representado no grfico abaixo:
A frmula obtida por Balmer capaz de descrever as posies das linhas escuras
produzidas por gs hidrognio no espectro visvel e ultravileta prximo.
Observa-se que o menor valor de n 3, isto , a primeira linha do espectro do
hidrognio corresponde a n = 3, a segunda linha do espectro corresponde a n = 4, e
assim, por diante.
Analisando o espectro do hidrognio, observa-se que as linhas escuras se tornam
mais prximas quanto menores forem os comprimentos de onda e mais altas forem as
frequncias, a partir deste grfico possvel efetuar a mesma anlise, uma vez que os
pontos 6 e 7 esto muito mais prximos que os pontos 3 e 4.
Matematicamente
Dividindo a expresso de Balmer pela velocidade da luz:
= 3.647
O valor de 3.647 corresponde ao limite da srie, ou seja, este o menor
comprimento de onda que pode ser observado.
Lyman e Paschen
Em 1906 e 1908, Lyman e Paschen determinam sries equivalentes s
observadas por Balmer para outras regies do espectro (ultravioleta e infravermelho),
utilizando-se de melhorias tecnolgicas obtidas neste intervalo de tempo.
Mosley
Em 1913, Mosley descobriu a relao entre o nmero atmico e o inverso do
comprimento de onda, a partir de experimentos utilizando Raios-X.
Ao inverter o grfico de Balmer, Mosley obteve um grfico de n em funo da
raiz quadrada da frequncia.
Modelos atmicos
O primeiro modelo atmico foi proposto por Leucipo de Mileto, em 440 a.C., o
qual considerava o tomo como uma estrutura indivisvel e homognea sem nenhuma
estrutura interna. Os tomos se diferenciavam em tamanho, forma e peso.
Modelo de Rutherford
Em 1911, Ernest Rutherford realizou experimentos que visavam analisar o
modelo proposto por Thomson.
O experimento consistia em incidir radiao (ncleo de tomos de He,
portanto, carregadas positivamente) emitida por elementos radioativos, em folhas de
ouro (a escolha do ouro se deveu ao fato de ser dctil, o que possibilitou a produo de
folhas finas).
Segundo o modelo de Thomson a radiao atravessaria o tomo:
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Hipteses de Rutherford
Modelo proposto
O modelo consistia de um ncleo denso carregado por partculas positivas, em
torno do qual, partculas negativas com massa muito menor realizavam movimentos na
forma de rbitas:
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A partir deste experimento, foi determinado o raio atmico como igual a 3x10 m. Baseando-se nos valores atuais, observa-se que este valor difere um pouco do valor
correto. A diferena foi provocada pelo fato de que as partculas alfas no se chocam
com os ncleos (a interao coulombica provoca repulso antes do choque), assim, a
interao ocorre a uma distncia maior do que o tamanho do dimetro do ncleo.
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Emisso x absoro
A partir do modelo atmico de Rutherford- Bohr foi possvel explicar as leis de
Kirchhoff:
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Gs frio: Ao incidir luz sobre um tomo, ou seja, ftons sobre eltrons, ocorre a
absoro de energia dos ftons por parte dos eltrons produzindo as linhas
escuras no espectro. Sabe-se que o eltron excitado poder voltar ao seu estado
estacionrio original, contudo, a linha preta ser formada da mesma maneira,
isso ocorre porque o fton emitido com o regresso do eltron emitido em todas
as direes, e dificilmente ser emitido na mesma direo colimada e analisada
no prisma.
Matematicamente
A energia do eltron dada como a soma da energia cintica com a energia
potencial, sendo esta igual a energia potencial eletrosttica.
Portanto a energia total (soma da energia cintica com a energia potencial) ser
de:
De acordo com a fsica clssica, medida que o eltron perde energia por
radiao, o raio da rbita se torna cada vez menor e a frequncia da radiao emitida
cada vez maior, o processo termina somente quando o eltron atinge o ncleo. O tempo
para esta coliso de cerca de alguns microsegundos. Assim, primeira vista, o modelo
de Bohr prev que o tomo irradia um espectro contnuo (j que a frequncia de
radiao varia continuamente enquanto o eltron se aproxima do ncleo).
Bohr resolveu esse problema ao propor dois postulados:
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h: constante de Planck;
Ei: Energia do estado inicial;
Ef: Energia do estado final.
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Sendo n = 1, 2, 3...
L = mvr = nh/2
mvr = nh/2
r = nh/2mv
r = n /mv
Simplificando:
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Eo = 13,6 eV.
Assim, o valor de 13,6 eV representa o valor absoluto de E n para n = 1. O estado
no qual E = E1 = -Eo chamado de estado fundamental.
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Mosley
Quando um eltron prximo ao ncleo retirado, o eltron mais distante do
ncleo pode ocupar o seu lugar, a transio deste eltron responsvel pela produo de
raios-X. Podem ocorrer casos em que os eltrons que ocupe o lugar vago provenham de
nveis estacionrios mais internos, contudo, tais transies no sero medidas no
experimento de Moseley, pois ele empregou um detector de radiao de raios-X e estas
transies no seriam capazes de produzir raios-X.
Experimento de Frank-Hertz
O experimento consistia em construir um tubo de raios catdicos para a
produo de eltrons acelerados. Um pequeno filamento aquece o ctodo. Eltrons so
ejetados do ctodo aquecido e acelerados na direo de uma grade, que mantida a um
potencial Vo em relao ao ctodo.
Alguns eltrons passam pela grade e chegam placa P que est a um potencial
ligeiramente menor. A movimentao de eltrons era responsvel pela formao de
corrente.
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Somerfield
Para corrigir falhas do principio de incerteza, deve-se adotar que as rbitas dos
estados estacionrios no so circulares e sim elpticas. A velocidade nos extremos
muito maior do que a velocidade do eltron quando est mais prximo do ncleo.
As diferentes linhas espectrais observadas tinham relao com as diferentes
excentricidades das orbitas elpticas.
A constante de estrutura fina vale 1/137, sendo proporcional a separao das
raias.
Estrutura fina: quando so observadas em espectroscopia de alta resoluo, as
linhas do hidrognio (e para a maioria dos outros elementos) se desdobram em vrias
linhas muito prximas, que constituem a chamada estrutura fina.
Experimentos motivadores
Espalhamento de raios-X
Laue: o espalhamento de eltrons por cristais ocorre devido a interferncia.
Os raios X so usados para identificas minerais: incide-se raios X sobre uma
amostra, os raios X so espalhados, cada material tem uma assinatura caracterstica.
Lei de Bragg
Incide raios x sobre cristais. Em virtude de diferentes caminhos pticos os raios
X espalhados podem formar interferncias destrutivas ou construtivas. O ngulo de
incidncia deve ser igual ao ngulo de reflexo da onda espalhada.
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Espalhamento de eltrons
Em 1926, G. P. Thomson, filho de J. J. Thomson, incidiu um feixe de eltrons
sobre SnO2 e observou um espalhamento semelhante ao observado ao espalhamento de
raios X, ou seja, os eltrons estavam se difratando.
A hiptese de que os eltrons estavam se difratando no poderia ser justificada
considerando os eltrons como partculas, uma vez que a difrao uma caracterstica
ondulatria. Caso os eltrons apresentassem comportamento corpuscular (o que era
esperado), estes deveriam se chocar com SnO2, sofrendo deslocamentos, assim como
ocorrera no modelo de Ruhterford.
Davisson e Germer observaram a difrao de eltrons por tomos de nquel,
resultados tambm compatveis com os resultados da difrao de raios X.
Assim, foram obtidas evidncias de que os eltrons se comportavam tambm
como ondas.
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Ou
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A partir da funo delta de Dirac possvel somar funes cosseno e obter uma
funo com o aspecto da ltima curva apresentada.
y = yo cos (kx wt)
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Esta anlise vlida para todos os tipos de onda, ou seja, um grupo ou pacote de
ondas representa a corcova.
O produto de xk limitado, porm, no se sabe o valor exato, por conveno
utiliza-se o resultado igual a 1. Assim, ao aumentar x diminui k, se aumenta k
diminui x. O mesmo observado para a relao entre wt.
Heinsenberg
Em seu trabalho, de 1927, uniu xk e wt, em seu trabalho sobre o princpio
de incerteza. O valor de k provm do momento:
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onde, k = 2/
k provoca p.
Ao incidir uma fonte de luz em um anteparo, tem-se uma figura de interferncia,
parte da luz bate no obstculo e difratada. O mesmo ocorre quando se incide feixes de
eltrons (como nas TVs de tubo), ou seja, quando um eltron passa por um experimento
de fenda dupla observa-se o mesmo que ocorre com a luz. Assim, tem-se fortes
evidncias que os eltrons se comportam como a luz. Para que os resultados da fenda
dupla alcance os resultados desejados, necessrio que os orifcios do anteparo tenham
as dimenses do comprimento da onda.
Ao realizar um experimento de fendas duplas com armas de fogo, os projeteis
atingiro o anteparo posicionado atrs das fendas sempre na mesma posio. Pois no
possvel construir orifcios com as dimenses necessrias para se observar o fenmeno
de difrao.
Neste ponto, tem-se uma situao inversa a da luz, ou seja, neste momento
histrico observou-se que a luz comporta-se como onda, e observou-se que o eltron
tambm apresenta caractersticas ondulatrias, como a difrao, que representam
comportamentos coletivos.
A dualidade onda partcula muito ampla, pois tudo apresenta este
comportamento, tanto as ondas eletromagnticas e a matria apresentam este
comportamento. As duas condies so necessrias e complementares para explicar
tudo.
Experimento de Young
Consistiu em incidir luz com intensidade baixa.
Resumidamente: A partir de um experimento de fenda dupla, com o passar do
tempo, mais pontos (contadores) chegam tela, depois de muito tempo possvel
observar a formao de figuras de interferncia formadas por muitos contadores.
A interao da luz com os detectores um fenmeno quntico. Quando
iluminamos os detectores por um tempo muito curto, usando uma fonte luminosa de
baixa intensidade no possvel observar uma verso mais fraca da figura de
interferncia (pois no houve tempo suficiente para isso); em vez disso observa-se
somente alguns pontos resultantes da deteco individual dos ftons. Nos locais onde as
ondas passam pelas duas fendas e ocorre interferncia destrutiva no se observa nenhum
ponto e nos locais onde as ondas interferem construtivamente so observados os pontos.
Quando a exposio suficientemente longa para que muitos ftons atinjam os
detectores, a natureza quntica da luz (comportamento de partcula) no mais
observada. A figura de interferncia formada independentemente do tempo de
exposio, mas sim em funo do nmero de ftons que atingem a superfcie.
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esse medidor haver um intervalo na emisso da luz, de modo a saber que o eltron
passou por aquela fenda. Contudo, ao ligar o detector, observa-se que a figura de
interferncia destruda.
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da partcula para todos os valores do tempo, para isso, basta saber qual a posio e o
momento inicial, assim, possvel determinar as condies futuras.
No processo de observar o observador interage com o sistema. A magnitude na
interferncia do observador inversamente proporcional ao tamanho do sistema
observado, por exemplo, ao determinar a posio da lua, a perturbao ao sistema
muito pequena, podendo ser ignorada. Os fsicos clssicos afirmavam que seria possvel
determinar a posio e o momento de sistemas microscpicos de maneira precisa
atravs de observaes, contudo Heisenberg e Bohr questionaram esta hiptese.
A teoria quntica afirma que a preciso mxima com que se consegue observar a
posio e o momento no mesmo instante da matria ou da radiao deve equivaler a
preciso permitida pelo princpio da incerteza de Heisenberg.
O princpio da incerteza ou da indeterminao dividido em duas partes:
A primeira parte refere-se a determinao simultnea de posio e momento, isto
, no possvel determinar ao mesmo tempo o valor exato do momento px e tambm o
valor exata da coordenada correspondente x.
A limitao da medio destas duas variveis limitada pelo processo de
medida em si, (ou seja, a incerteza no tem relao com deficincias experimentais,
assim, melhorias nos instrumentos que possam nos dar melhores determinaes
simultneas de px e x no seriam suficientes para dirimir a incerteza) de tal forma que:
pxx
A expresso acima indica que o momento p x conhecido com uma incerteza de
px e a posio x conhecida com uma incerteza x.
O smbolo de representa que este o limite inferior terico para a incerteza.
O princpio afirma que, mesmo que existam instrumentos ideais nunca
poderemos obter resultados melhores do que: p xx h/2, este resultado no depende
do experimento, e sim da natureza da partcula.
Deve-se observar tambm que o princpio est baseado no produto dos dois
aspectos analisados, assim, ao aprimorar os mtodos para aperfeioar as medies dos
momentos estaremos diminuindo a preciso das medies das posies, assim, se
conhecemos o momento com preciso, nada saberemos de x, assim, a restrio no em
relao preciso com que px ou x podem ser medidos, mas em relao ao produto
numa medida simultnea de ambos.
Desta forma, no possvel determinar a posio x e o momento p iniciais,
assim, no pode-se determinar precisamente o comportamento futuro do sistema (com
efetuado na fsica clssica).
A segunda parte do princpio da incerteza est relacionada com a medida da
energia E e do tempo t necessrio medida. Por exemplo, o intervalo t durante o qual
um fton com incerteza E emitido de um tomo.
Et h/2
De maneira anloga primeira parte o E e t referem-se s incertezas das
medies da energia e do tempo, respectivamente. Para que a energia seja medida com
preciso de 100% necessrio um intervalo de tempo infinito.
As incertezas em experincias cotidianas no so observadas, pois o valor de h
muito pequeno.
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Equao de Schrdinger
A equao de onda que governa o movimento de eltrons e outras partculas com
massa de repouso diferente de zero, que anloga a equao de onda clssica foi
proposta por Schrdinger no final de 1925.
A teoria de Schrdinger possibilita a anlise do comportamento ondulatrio de
sistemas mais complexos do que aqueles possveis a partir dos postulados de de Broglie.
Assim como a funo de onda clssica, a funo de onda de Schrdinger
relaciona as derivadas da funo de onda em relao ao tempo e em relao ao espao.
A equao de onda de Schrdinger pode ser aplicada em situaes no
relativsticas, uma equao de onda relativstica foi obtida somente em 1928, por Dirac.
Comecemos a anlise da equao de onda de Schrndiger a partir de uma
equao de onda de um fton:
Uma onda desse tipo pode ser representada de vrias formas diferentes,
exatamente como uma onda clssica:
E (x,t) = Eo cos (kx wt);
E (x,t) = Eo sen (kx wt);
E (x,t) = Aei(kx wt).
Adotemos E (x,t) = Eo cos (kx wt). Ao derivar esta equao duas vezes em
funo de t e de x, tem-se:
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E = pc
Expresso que relaciona a energia e o momento de um fton.
A energia total de uma partcula (no relativstica) de massa m dada por:
Onde,
Isto , a energia total ser igual a somatria da energia cintica com a energia
potencial.
Combinando as relaes de de Broglie com a expresso acima, possvel chegar
a seguinte expresso:
Equao de Schrdinger:
t)]
Ao derivar a expresso acima em funo do tempo e em funo da posio,
obtm-se os seguintes resultados:
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)
Cortando de todos os termos e multiplicando i por (i) = -1, tem-se:
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O fato de que uma funo complexa apenas refora a ideia de que intil
tentar responder a perguntas como:
O que est oscilando em uma onda de matria?
Em que tipo de meio as ondas de matria se propagam?
A funo de onda no passa de um artifcio matemtico; o que tem significado
real o produto * = | |2, que representa uma probabilidade P(x,t) ou como tambm
frequentemente chamada, de amplitude de densidade de probabilidade, ou amplitude
de densidade de probabilidade ou ainda amplitude de probabilidade.
A soma das probabilidades de localizar um eltron em todas as posies
possveis deve ser igual a um:
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Esta condio implica que a funo (x,t) deve tender a zero com rapidez
suficiente para que a integral permanea finita quando x .
2-) A funo (x,t) deve existir e ser contnua. Fisicamente, isto significa que a
probabilidade de encontrar uma partcula no pode variar descontinuamente de um
ponto para um ponto vizinho. Isso significa que (x,t) em funo de x no deve
apresentar variaes bruscas.
3-) A derivada primeira de (x,t) deve ser contnua, pois a equao de
Schrdinger envolve a derivada segunda.
4-) (x) e d/dx devem ser finitas e unvocas. Como nenhuma partcula pode ter
energia potencial infinita, (x) deve ser nula nas regies onde V(x) infinita, pois
grandezas mensurveis jamais so infinitas ou plurvocas.
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Fora do poo:
(x) 0
Segundo as condies de contorno, deve-se ter em mente que a funo de onda
deve ser contnua, portanto o valor da funo deve ser zero quando x = 0 e quando x =
L.
Na fsica clssica o problema da corda vibrante semelhante, pois a corda fixa
nas duas extremidades. Assim como no caso das cordas vibrantes, no interior do poo
existe um nmero inteiro de meios de comprimentos de onda.
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n = 1, 2, 3...
A menor energia possvel ocorre quando n = 1, neste caso, tem-se:
Onde
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Sendo,
Ento
, tem-se:
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Onde, n = 1, 2, 3...
Caso queira incluir a varivel t na soluo esta ficar da seguinte forma:
Usando a identidade:
e 2/L.
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Onde,
para x positivo.
O aspecto mais importante da equao
que a segunda derivada ((x)), que est associada a curvatura da funo de onda, tem o
mesmo sinal que , ou seja, se positiva tambm ser, e a funo de onda se
afastar do eixo x. Se negativa, tambm ser e da mesma forma se afastar do
eixo x. Esse comportamento diferente do observado no interior do poo.
Graas ao comportamento observado do lado de fora do poo, para a maioria dos
valores da energia a funo de onda tende para o infinito quando x ; em outras
palavras, a funo (x) no bem comportada, assim apesar destas funes no
poderem ser normalizadas elas ainda atendem a equao de Schrdinger.
As funes de onda de problemas de poos finitos resultam na possibilidade
finita de que a partcula seja observada do lado de fora do poo. Nessas regies a
energia total menor do que a energia potencial e, portanto, tem-se a impresso que a
energia cintica seria negativa. A que se deve a existncia da funo de onda do lado de
fora da barreira de potencial? Pode-se recorrer ao principio de indeterminao ou de
incerteza para explicar o que acontece:
Considere a regio x>L: a funo de onda proporcional a e -x, a densidade de
probabilidade 2 = e-2x muito pequena a uma distncia da barreira da ordem de x
-1. Supondo que (x) 0 para valores de x maiores que L + -1, podemos dizer que
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Operador momento
Postulado de Bohr
De acordo com o eletromagnetismo clssico, quando uma carga com movimento
oscilatrio acelerada ela emitir radiao com a mesma frequncia que seu movimento
oscilatrio produz. Contudo, no se observa esta emisso nos tomos, da a introduo
do postulado de Bohr que afirma que os eltrons orbitam os ncleos em estados
estacionrios.
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Misturas de estados
Imaginemos que o eltron esteja entre o estado a e o b, isto , na equao de
onda a e b so diferentes de zero.
Nesta situao a e b tem dependncia temporal, assim, da equao de onda de
Schrndiger com dependncia do tempo insere uma exponencial na equao:
Ao somar
com
A funo de onda constituda pela mistura de dois estados de energia leva a uma
distribuio de carga que oscila com frequncia de Bohr (nmt):
h = hnm = En - Em
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Potencial degrau
O fenmeno da refrao ser observado nos casos em que o eltron apresentar
energia cintica maior do que a energia potencial da barreira.
Se a energia cintica menor que a potencial, por exemplo, se uma bola no tem
energia cintica suficiente para superar uma rampa, a bola retornar sua posio
original, no conseguindo ultrapassar esta barreira.
O resultado da mecnica quntica semelhante ao resultado clssico quando E <
Vo, porm muito diferente quando E > Vo:
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Antes da barreira:
Depois da barreira:
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Antes da barreira:
Depois da barreira:
O eltron ser refratado e refletido, isto , parte dos eltrons retornar (o que no
explicado pela fsica clssica, que considera o eltron somente como partcula).
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Quando uma onda de eltrons passa sobre um poo quadrado, parte deles pode
ser refletida e retornar da direo que veio.
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Barreira potencial
Supondo uma situao em que existem 3 meios: o primeiro (I) anterior a barreira
potencial , o segundo (II) no qual est a barreira potencial e por fim o terceiro meio
(III), onde no existe mais a barreira potencial.
Quando E < Vo a amplitude da funo de onda no cai bruscamente para zero na
fronteira entre duas regies, contudo, apresenta um decaimento exponencial a medida
que penetra na regio II.
A partir da fronteira das regies II e III, a funo de onda volta a apresentar um
comportamento senoidal, conforme figura abaixo:
Isso significa que existe uma probabilidade finita de que a partcula representada
pela funo de onda seja encontrada do outro lado da barreira, embora classicamente
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no tenha energia suficiente para ultrapass-la. Esse fenmeno conhecido como efeito
tnel ou tunelamento.
Para que ocorra o efeito de tunelamento necessrio que:
A energia da partcula seja inferior a energia da barreira, caso contrrio sua
funo de onda poder no atingir a barreira, ou seja, a funo de onda pode passar
sobre a barreira potencial sem sofrer nenhuma alterao que caracterize o efeito de
tunelamento;
A fase da onda deve ser tal que, ao entrar na barreira a onda deve decair, caso
no esteja em fase, pode ser que quando a funo de onda atingir a barreira de potencial
esta apresente o valor zero o que impedir a formao do efeito tnel;
Apesar de ter de decair ao entrar na barreira de potencial, o decaimento no pode
ser to significativo, para que ao terminar a barreira potencial a funo de onda
apresente valores de potencial superiores a o, caso o valor seja zero, no ser possvel
observar a funo de onda aps a barreira potencial. Pode-se subentender que a largura
da barreira potencial tambm no pode ser muito grande, pois se for muito grande
dificilmente a funo de onda sair da barreira potencial com valor diferente de zero;
Se a constante de decaimento for grande no h penetrao.
O decaimento de partculas exibem o efeito tnel, razo pela qual o
decaimento ocorre de maneira gradual.
A soluo para equaes com trs derivadas parciais ser igual quela obtida
para uma dimenso, isto ,
Como j calculado,
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Estados degenerados
A energia total depender dos nmeros qunticos (n) envolvidos. Sabendo-seque
os valores de n podem se combinar de diferentes formas, possvel que o valor da
energia seja igual considerando estados qunticos diferentes, por exemplo:
n1 = 1; n2 = 0; n3 = 0. E = 1;
n1 = 0; n2 = 1; n3 = 0. E = 1;
n1 = 0; n2 = 0; n3 = 1. E = 1.
Nota-se que os nmeros qunticos envolvidos so diferentes, mas a energia da
equao de onda a mesma, portanto, tem-se estados degenerados.
No estado fundamental os nmeros qunticos apresentam os menores valores
possveis, de modo a apresentar a menor energia.
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Portanto, se a funo de onda for simtrica duas partculas podem ter o mesmo
conjunto de nmeros qunticos, para os casos em que as funes de onda forem anti
simtricas, no possvel que estas partculas possam ter os mesmos conjunto de
valores de nmeros qunticos.
Os eltrons so exemplos de partculas que apresentem funes assimtricas,
portanto, no podem ocupar estados degenerados. A partir da anlise das funes de
onda anti simtricas, foi proposto o princpio de excluso de Pauli, o qual afirma que
duas partculas com funes de onda anti simtrica no podem ter o mesmo conjunto de
nmeros qunticos de valores para seus nmeros qunticos.
No laser possvel observar partculas com a mesma energia, ou seja, neste caso
so observados estados degenerados, isto implica que as funes de onda destas
partculas so simtricas.
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Laser
O laser produzido por ftons.
O mais simples formado por dois nveis de energia (um no estado fundamental
e outro estado excitado) com um nvel intermedirio metaestvel:
O tomo de hidrognio
A equao de Schrndiger em trs dimenses, com potencial V(r).
56
Spin
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