Obtencao de Recursos

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Srie de Cadernos Tcnicos

OBTENO DE FONTES DE RECURSOS


PARA OS MUNICPIOS
Eng. Civ. Hlio Xavier da Silva

SRIE DE cadernos tcnicos Da agenda parlamentar OBTENO DE FONTES DE RECURSOS PARA OS MUNIC PIOS

eXPEDIENTe
Publicaes temticas da Agenda Parlamentar do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura
e Agronomia do Paran CREA-PR
Acessibilidade
Agenda 21
Arborizao Urbana
Cercas Eletrificadas
Conservao de solos e gua
Construo Coisa Sria
Ideias e Solues para os Municpios
Iluminao Pblica
Inspeo e Manuteno Predial
Instalaes Provisrias
Licenciamentos Ambientais
Licenciamentos Ambientais 2
Licitaes e Obras Pblicas

Lodos e Biosslidos
Nossos Municpios mais Seguros
Obteno de Recursos
Planos Diretores
Preveno de Catstrofes
Produtos Orgnicos
Programas e Servios do CREA-PR
Resduos Slidos
Responsabilidade Tcnica
Saneamento Ambiental
Trnsito
Uso e Reso de gua

Publicao:

Jornalista Responsvel: Anna Preussler; Projeto grfico e diagramao: Mamute Design; Reviso ortogrfica: Lia Terbeck; Organizao: Patrcia Blmel; Edio: Assessoria de Comunicao do CREA-PR.
Agenda Parlamentar CREA-PR Assessoria de Apoio s Entidades de Classe: Gestor Claudemir Marcos
Prattes, Eng. Mario Guelbert Filho, Eng. Jefferson Oliveira da Cruz, Eng. Vander Della Coletta Moreno,
Eng. Helio Xavier da Silva Filho, Eng. Israel Ferreira de Mello, Eng. Gilmar Pernoncini Ritter, Eng. Edgar
Matsuo Tsuzuki.
Tiragem: 1.000 exemplares
* O contedo deste caderno tcnico de inteira responsabilidade do autor.
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apresentao
Resultado das discusses da Agenda Parlamentar, programa de contribuio tcnica s gestes
municipais realizado pelo CREA-PR Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura, Agronomia em
parceria com entidades de classe nos municpios, a presente publicao tm o objetivo de orientar e
auxiliar os gestores na implementao das propostas apresentadas como prioritrias para a melhoria
da qualidade de vida dos paranaenses. Foram mais de 250 propostas compiladas em trs grandes reas: Cidade, Cidadania e Sustentabilidade.
Os temas foram detalhados por especialistas e so apresentados de forma a subsidiar projetos
e propostas de polticas pblicas para os municpios. Os contedos so apresentados em formato de
cartilha, totalizando 25 publicaes, com os seguintes temas: Acessibilidade; Agenda 21; Arborizao
Urbana; Cercas Eletrificadas; Conservao de solos e gua; Construo Coisa Sria; Iluminao Pblica; Inspeo e Manuteno Predial; Instalaes Provisrias; Licenciamentos Ambientais; Licenciamentos Ambientais 2; Licitaes e Obras Pblicas; Lodos e Biosslidos; Nossos Municpios mais Seguros;
Obteno de Recursos; Planos Diretores; Preveno de Catstrofes; Produtos Orgnicos; Programas e
Servios do CREA-PR; Propostas da Agenda Parlamentar; Resduos Slidos; Responsabilidade Tcnica;
Saneamento Ambiental; Trnsito; Uso e Reso de gua.
Na presente publicao o tema abordado a obteno de recursos. O objetivo auxiliar os gestores na obteno de recursos e no planejamento de aes.
Alm dos contedos apresentados nas publicaes o CREA-PR, as Entidades de Classe das reas
da Engenharia, Arquitetura e Agronomia e os profissionais ligados a estas reas esto disposio dos
gestores no auxlio e assessoramento tcnico que se fizerem necessrios para a busca da aplicao
deste trabalho tcnico na prtica, a exemplo do que j vem acontecendo com muitas das propostas
apresentadas e que j saram do papel. Da mesma forma, o programa Agenda Parlamentar no se encerra com estas publicaes, mas ganha nova fora e expanso do trabalho com a apresentao tcnica
e fundamentada dos assuntos.
Eng. Agr. lvaro Cabrini Jr
Presidente do CREA-PR
Gesto 2009/2011

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sumrio
1. OBJETIVO ...........................................................................................................................................11
2. CONCEITUAO TCNICA ..................................................................................................................12
3. FUNDAMENTAO LEGAL .................................................................................................................13
4. ESTRATGIA DE IMPLEMENTAO DO PLANO DE CONTINGNCIA .................................................. 16
5. CASOS DE SUCESSO .......................................................................................................................... 27
6. CONCLUSO . .................................................................................................................................... 31
7. REFERNCIAS..................................................................................................................................... 32
8. AUTOR................................................................................................................................................33

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INTRODUO
Um novo direcionamento na conduo de suas atividades tem sido exigido aos gestores municipais devido a globalizao da economia e o rpido desenvolvimento tecnolgico. Torna-se, nos dias
atuais, cada vez mais imprescindvel que esses gestores considerem suas operaes em uma economia
de mercado globalizado, na qual, a viso de curto alcance e demasiadamente regionalizada no atendem s exigncias econmicas, polticas e sociais dos municpios.
No Brasil, as organizaes de natureza pblica necessitam buscar novas formas de gesto, principalmente neste novo sculo, quando o pas se adaptou as novas tecnologias.
Dentre as diversas tcnicas da administrao municipal moderna que tem sido incorporada
prtica administrativa esto o Plano Diretor Municipal, o Plano Municipal de Habitao, a Reengenharia, o Planejamento Estratgico, o Downsizing, a Qualidade Total, entre outras. Hoje, dificilmente um
rgo pblico consegue concretizar seus objetivos adequadamente sem que faa uso de algumas dessas tcnicas, ou at mesmo de todas. No so apenas os grandes municpios que tem se preocupado
em implementar estas ferramentas administrativas, os demais dos mais variados tamanhos tambm
no tm escapado das imposies administrativas que o atual cenrio scioeconmico vem exigindo.
No entanto, a aplicao de determinadas tcnicas pode no ser o suficiente, caso a iniciativa,
equipe qualificada, inovao e a melhoria constante no estejam contempladas nas metas municipais.
a partir da busca pela garantia da qualidade e eficcia que diversas tcnicas tem sido propagadas nos
meios organizacionais. Na realidade, a busca pela eficcia e qualidade tem deixado de ser uma opo
e passado a ser, de fato, uma necessidade para a administrao pblica fornecer servios de qualidade
e atender as necessidades dos cidados.
Os rgos pblicos devem estar preparados para maiores exigncias por parte da populao,
que, cada vez mais, exige do rgo pblico o mesmo nvel de qualidade nos servios que os prestados
por organizaes privadas. Neste sentido, a busca por recursos e a qualidade influi de forma decisiva
como ferramenta mestra para a prestao de um servio pblico de excelncia. por isso que os rgos pblicos esto sendo obrigados a se adaptarem s mudanas exigidas pela globalizao econmica e requisitos sociais.
No presente trabalho procura-se criar um instrumento que auxilie os gestores municipais e suas
equipes na obteno de fontes de recursos (federal, estadual, municipal e outros) e no planejamento
de aes que visem qualidade total, tendo-se como referncia a aplicao de dois projetos de grande
alcance.
Como sabemos, a implementao de projetos de qualidade exige metas e, principalmente, metodologia. Com o intuito de fornecer uma metodologia que seja adequada s necessidades dos gesSRIE DE cadernos tcnicos Da agenda parlamentar OBTENO DE FONTES DE RECURSOS PARA OS MUNIC PIOS

tores municipais e suas equipes, procurou-se, neste trabalho, apresentar alguns conceitos bsicos e
diretrizes desenvolvidas que possam ter replicabilidade em outros municpios, respeitando as suas
peculiaridades.

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1. OBJETIVO
Busca-se neste trabalho reunir alguns dos principais passos que auxilie os gestores municipais e
suas equipes na obteno de fontes de recursos (federal, estadual, municipal e outros).
Para tanto, escolhemos dois casos de sucesso no rgo pblico onde os quesitos para a contemplao das aes foram conhecer com profundidade as diretrizes impostas pelos diversos programas
existentes e adequao a realidade do municpio possibilitando ao ministrio detectar a necessidade
local, o que garantiu a sua seleo por critrios meramente tcnicos.

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2. CONCEITUAO TCNICA
Ciclo oramentrio
O ciclo oramentrio tem incio com a elaborao do Projeto de Lei do Plano Plurianual (PPA),
pelo Poder Executivo. Isso ocorre no primeiro ano de governo do presidente, governador ou prefeito
recm-empossado ou reeleito. Na Unio, o chefe do Executivo deve encaminhar o projeto de lei do PPA
ao Legislativo at o dia 31 de agosto.
Os membros do Legislativo discutem, apresentam emendas e votam o projeto de lei do PPA at o encerramento da sesso legislativa. Na Unio, esse prazo termina em 15 de dezembro. Se at essa data o PPA
no for votado, o recesso suspenso e os parlamentares continuam em atividade at concluir a votao.
Com base no PPA, o Executivo formula o Projeto de Lei de Diretrizes Oramentrias, definindo
prioridades e metas de governo. Os governantes recm-empossados baseiam-se no PPA elaborado
no governo anterior. Na Unio, o projeto de LDO deve ser enviado ao Legislativo at o dia 15 de abril.
Os membros do Legislativo tm at o encerramento da primeira parte da sesso legislativa (30
de junho, no caso da Unio) para examinar, modificar e votar o projeto de LDO. Do contrrio, o recesso
pode ser suspenso at que a LDO seja aprovada.
O Poder Executivo formula o Projeto de Lei Oramentria Anual LOA de acordo com o PPA e a
LDO. A elaborao da proposta oramentria comea no incio do ano e concluda depois da aprovao
da LDO. Na Unio, o presidente tem at 31 de agosto para encaminhar o projeto ao Congresso Nacional.
O Poder Legislativo deve examinar, modificar e votar o projeto de LOA at o encerramento da sesso legislativa, que ocorre em 15 de dezembro. Caso contrrio, o recesso suspenso at que a votao seja concluda.
Os rgos e as entidades da administrao pblica executam seus oramentos e fica sujeito fiscalizao e ao controle interno do respectivo poder, assim como ao controle externo (Poder Legislativo,
Tribunal de Contas e sociedade).
At 30 dias aps a publicao da LOA, o Executivo estabelece o cronograma mensal de desembolso e a programao financeira, de acordo com as determinaes da Lei de Responsabilidade Fiscal.

O Plano Plurianual
um instrumento de planejamento estratgico de mdio prazo, previsto na Constituio Federal
de 1988, por meio do qual o Poder Executivo federal, estadual e municipal estabelece diretrizes,
objetivos e metas para quatro anos. O PPA rege a Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO) e a Lei Oramentria Anual (LOA). no PPA que o governo deixa claro se vai ou no cumprir as promessas feitas na
campanha eleitoral, isto , demonstra suas linhas de aes e prioridades.
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3. FUNDAMENTAO LEGAL
Fundos de Participao dos Estados, Distrito Federal e Municpios
Constituio da Repblica Federativa do Brasil, de 05 de outubro de 1988 arts. 159 a 162 e art.
34 das Disposies Transitrias; Emenda Constitucional 14/96; Emenda Constitucional 17/97.
Lei 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Cdigo Tributrio Nacional), arts. 91, 92 e 93
Decreto-lei 1.881, de 27 de agosto de 1981;
Lei Complementar 59, de 22 de dezembro de 1988;
Lei Complementar 62, de 28 de dezembro de 1989;
Lei Complementar 91, de 22 de dezembro de 1997;
Lei Complementar 106, de 23 de maro de 2001;
Deciso Normativa TCU 63, de 15 de dezembro de 2004.

Fundo de Manuteno e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizao do Magistrio FUNDEF


Emenda Constitucional 14, de 12 de setembro de 1996;
Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996;
Lei 9.424, de 24 de dezembro de 1996;
Decreto 5.299, de 07 de dezembro de 2004.

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Contribuio de Interveno no Domnio Econmico relativa s Atividades de


Importao ou Comercializao de Petrleo e seus Derivados, Gs Natural e
seus Derivados e lcool Combustvel CIDE
Emenda Constitucional 42, de 19 de dezembro de 2003;
Emenda Constitucional 44, de 30 de junho de 2004;
Lei 10.336, de 19 de dezembro de 2001;
Lei 10.866, de 04 de maio de 2004.

Portaria Interministerial 127, de 29 de maio de 2008


Estabelece normas para execuo do disposto no Decreto 6.170, de 25 de julho de 2007, que dispe sobre as normas relativas s transferncias de recursos da Unio mediante convnios e contratos
de repasse, e d outras providncias.

O oramento pblico
Obedecem a um conjunto de normas chamadas princpios oramentrios.
Esses princpios constam na Lei 4.320, de 1964, que estabelece as regras gerais para a elaborao e o controle do oramento da Unio, dos Estados e dos Municpios.
Segundo a Lei 4.320/64, que instituiu Normas Gerais de Direito Financeiro para Elaborao e
Controle dos Oramentos e Balanos da Unio, dos Estados, dos Municpios e do Distrito Federal, o
oramento conter a discriminao da receita e despesa de forma a evidenciar a poltica econmicofinanceira e o programa de trabalho do governo:
Art. 2. A Lei de Oramento conter a discriminao da receita e despesa de forma a evidenciar
a poltica econmico-financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos aos princpios de
unidade, universalidade e anualidade. (...)
Art. 3. A Lei de Oramento compreender todas as receitas, inclusive as de operaes de crdito autorizadas em lei. (...)
Art. 4. A Lei de Oramento compreender todas as despesas prprias dos rgos do governo e
da administrao centralizada, ou que, por intermdio deles se devam realizar, observado o disposto
no art. 2.
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Instruo Normativa 01, de 15 de janeiro de 1997, da Secretaria do Tesouro


Nacional (IN 01/97 STN)
Disciplina a celebrao de convnios de natureza financeira que tenham por objeto a execuo
de projetos ou realizao de eventos e d outras providncias.

Decreto 6.170/2007
Instituiu o Sistema de Gesto de Convnios e Contratos de Repasse (SICONV) e o Portal de Convnios do Governo Federal <www.convenios.gov.br>.

Portaria Interministerial 484, de 28 de setembro de 2009


Define condies necessrias para implementao do Programa Minha Casa Minha Vida, para
populao com at 50.000 habitantes.

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4. ESTRATGIA DE IMPLEMENTAO PARA OS


MUNICPIOS
A falta de planejamento a mdio e longo prazo tem deixado de lado uma importante e eficaz
ferramenta de trabalho o Plano Diretor Municipal que norteia as aes de maneira a atender a necessidade da comunidade, bem como, elucida de forma clara os setores que necessitam de aes de
investimentos e recursos.

O oramento pblico
Compreende a previso de todas as receitas que sero arrecadadas dentro de determinado exerccio financeiro e a fixao de todos os gastos (despesas) que os governos esto autorizados a executar.
A elaborao do oramento pblico obrigatria e tem periodicidade anual.

Receita pblica
Para a administrao pblica, a receita pode ser definida como o montante dos ingressos financeiros aos cofres pblicos em decorrncia da instituio e cobrana de tributos, taxas, contribuies
(receita derivada) e tambm das decorrentes da explorao do seu patrimnio (receita originria).
O oramento pblico deve evidenciar a origem dos recursos se so provenientes da atividade
normal do ente pblico ou se ele est se endividando ou vendendo bens para conseguir recursos e
tambm a forma de aplicao desses recursos, apontando o montante aplicado na manuteno dos
servios pblicos e o destinado formao do patrimnio pblico. Dessa forma, as receitas e despesas
so classificadas em duas categorias econmicas: corrente e capital.
4.2.1 Receitas correntes so aquelas que normalmente alteram de forma positiva o patrimnio
pblico. So recursos oriundos de impostos, taxas, contribuies e outras fontes de recursos.
4.2.2 Receitas de capital so aquelas provenientes de fatos permutativos, ou seja, so receitas
no efetivas que no afetam o resultado financeiro do ente pblico. So classificados nesta categoria os
ingressos provenientes da alienao de bens mveis e imveis, os emprstimos recebidos e as amortizaes de emprstimos concedidos. Estes fatos so classificados como receitas, em cumprimento Lei
Oramentria Anual. So classificadas, tambm, como receitas de capital as transferncias recebidas
de outro ente pblico para aplicao em despesas de capital.

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Transferncias de recursos aos municpios


Os municpios contam, alm das receitas resultantes da arrecadao dos tributos de sua competncia (como ISS ; IPTU ; ITBI ; TAXAS DE TRIBUTOS MUNICIPAIS ) e das originrias de seu patrimnio
(lucros de suas empresas ou aluguis de imveis de sua propriedade e outros), com as transferncias
de recursos estaduais ( ICM ; IPVA ; TRANSPORTE ESCOLAR ; IASP/FIA ; IGD ) e federais ( FPM ; CIDE ;
SALRIO EDUCAO ; ROYALTES ; ALIMENTAO ESCOLAR ; SALRIO EDUCAO).
As transferncias de recursos federais aos municpios podem ser classificadas nas seguintes modalidades:
a) constitucionais ou obrigatrias;
b) legais;
c) direta ao cidado;
d) voluntrias.

Transferncias constitucionais ou transferncias obrigatrias


Previstas na Constituio, as transferncias obrigatrias tambm denominadas transferncias
constitucionais (consistem em repasses de uma parcela da receita tributria arrecadada por uma esfera de governo para outra esfera de governo).
Exemplos:
Uma parte dos impostos federais, como o IPI e o IR, recolhidos pela Unio, transferida para os
estados (21,5%) e para os municpios (22,5%). Essas transferncias constituem o Fundo de Participao dos Estados (FPE) e o Fundo de Participao dos Municpios (FPM).
Uma parcela do ICMS, imposto arrecadado pelo Estado, repassada para os Municpios (25%).

Transferncias legais
Consiste em repasses de recursos do Governo Federal para Estados, Distrito Federal e Municpios. Essas transferncias so disciplinadas em leis especficas. Essas leis determinam a forma de
habilitao, a transferncia, aplicao dos recursos e como dever ocorrer a respectiva prestao de
contas.
Aplicao dos recursos repassados no vinculados a um fim especfico.
Ex: royalties do petrleo.
Aplicao dos recursos repassados vinculados a um fim especfico.
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Os recursos so repassados para acorrer a uma despesa especfica.


Transferncia Automtica

Programa Nacional de Alimentao Escolar PNAE

Programa Dinheiro Direto na Escola PDDE

Programa de Apoio aos Sistemas de Ensino para Atendimento de Jovens e
Adultos

Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar PNATE

Programa Brasil Alfabetizado

Transferncia Fundo a Fundo


A transferncia fundo a fundo um instrumento de descentralizao de recursos disciplinado em lei especfica que se caracteriza pelo repasse diretamente de fundos da
esfera federal para fundos das esferas municipais, estadual e do Distrito Federal, dispensando a celebrao de convnios.

Fundo Nacional de Sade FNS

Fundo Nacional da Assistncia Social FNA

Transferncia direta ao cidado


Compreendem programas que concedem benefcio monetrio mensal, sob a forma de transferncia de renda diretamente populao-alvo do programa.
Exemplos:
Programa Bolsa Famlia (que unificou os Programas Bolsa Escola, Bolsa Alimentao, Programa Nacional de Acesso Alimentao [PNAA] e Programa Auxlio-(Gs);
Programa de Erradicao do Trabalho Infantil (PETI).

Transferncias voluntrias
As transferncias voluntrias so os repasses de recursos correntes ou de capital a outro ente da
Federao, a ttulo de cooperao, auxlio ou assistncia financeira, que no decorra de determinao
constitucional, legal ou os destinados ao Sistema nico de Sade.
A operacionalizao dessas transferncias , em regra, viabilizada por meio de convnios ou
contrato de repasses.

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Os recursos estaduais normalmente so repassados ao Municpio atravs de Programas de Governos especficos, definidos no Oramento Estadual tais como: Vila Rural, Biblioteca Cidad, Clnica
da Mulher, Construo/reforma de Escolas Estaduais, Outras aes so realizadas atravs de financiamento por Agncia de Fomento, tais como Sedu/PR Cidade, avaliando a capacidade de endividamento
do Municpio.

Instrumentos utilizados nas Transferncias de Recursos Federais


Os instrumentos utilizados nas transferncias de recursos federais aos municpios so: transferncias automticas, transferncias fundo a fundo, transferncias por meio de convnio e transferncias por meio de contrato de repasse. Os que vai determinar a forma como as transferncias ocorrero
so os atos normativos que regem cada tipo de transferncia.
As principais caractersticas de cada forma de transferncia so:
Transferncias Automticas: so aquelas realizadas sem a utilizao de convnio, ajuste, acordo
ou contrato. So realizadas mediante o depsito em conta-corrente especfica, para a descentralizao
de recursos em determinados programas na rea de educao (disciplinadas pela Medida Provisria
2.178-36, de 24/08/2001). Atualmente abrange os seguintes programas: Programa Nacional de Alimentao Escolar (PNAE); Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) e Programa de Apoio a Estados
e Municpios para a Educao Fundamental de Jovens e Adultos (EJA).
Transferncias Fundo a Fundo: As transferncias fundo a fundo caracterizam- -se pelo repasse,
por meio da descentralizao, de recursos diretamente de fundos da esfera federal para fundos da
esfera estadual, municipal e do Distrito Federal, dispensando a celebrao de convnios. As transferncias fundo a fundo so utilizadas nas reas de assistncia social e de sade.
Convnio: disciplina a transferncia de recursos pblicos e tem como partcipe rgo da administrao pblica federal direta, autrquica ou fundo nacional, empresa pblica ou sociedade de economia mista que esteja gerindo recursos dos oramentos da Unio, visando execuo de programas
de trabalho, projeto, atividade ou evento de interesse recproco com durao certa, em regime de
mtua cooperao, ou seja, com contrapartida do municpio, sendo ele corresponsvel pela aplicao
e pela fiscalizao dos recursos.
Contrato de Repasse: instrumento utilizado para repasse de recursos da Unio para Estados,
Distrito Federal e Municpios, por intermdio de instituies ou agncias financeiras oficiais federais,
destinados execuo de programas governamentais.

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Origem dos recursos


As dotaes oramentrias destinadas aos convnios e aos contratos de repasse so alocadas no
Oramento Geral da Unio (OGU) de duas maneiras:
Contemplao nominal do Estado, do Municpio ou da ONG, por meio da proposta do executivo
ao ser publicada a Lei do Oramento, j haver previso dos recursos para a consecuo Planejamento
do Poder Executivo, observadas as disponibilidades financeiras.

Nveis de Interveno Emendas Parlamentares Lei Oramentria Anual.


Emendas Individuais
Emendas Coletivas
Bancada Estadual
Bancada Regional
Comisso Permanente do Senado e da Cmara dos Deputados
Emendas de Relator Setorial do Congresso

Etapas para obter recursos a partir de emendas.


Proposio de Emenda ao OGU Encaminhar proposta ao Congresso (individual ao Parlamentar e coletiva ao Coordenador da Bancada e/ou Relator de Comisso) nos meses de
setembro a novembro, pois o prazo para os parlamentares apresentarem as emendas ao
projeto oramentrio se encerra no ms de novembro.

Aprovao das Emendas no OGU LOA autografada.


Seleo/autorizao das Emendas pelos Gestores Ministrios, Empresas,
Agncias e Fundos Nacionais.
Organizao, pelo proponente, do Projeto completo aps aceitao.

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Encaminhamento das propostas selecionadas pelos Gestores CEF ou BB para


incio do processo operacional.

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No contemplao explcita, mas o programa oramentrio destina recursos para regio onde
se localiza o pretendente e prev a aplicao por meio de rgo ou entidade estadual, municipal ou
no governamental (identifica-se essa previso pelas seguintes modalidades de destinao: 30 governo estadual, 40 administrao municipal, e 50 entidades privadas sem fins lucrativos).
Atualmente, o governo federal criou o Programa de Acelerao do Crescimento (PAC), que tem como
um dos pilares, a desonerao de tributos para incentivar mais investimentos no Brasil, medidas fiscais de longo prazo, como o caso do controle das despesas com a folha de pagamento e a modernizao do processo
de licitao, fundamentais para garantir o equilbrio dos gastos pblicos, sendo que as suas prioridades so
investimentos em infraestrutura, saneamento, habitao, transporte, energia e recursos hdricos, entre outros.
Os recursos do Oramento Geral da Unio tm como prioridade atender as reas mais pobres
das regies metropolitanas e grandes cidades e tambm as cidades com menos de 50 mil habitantes e
com maior ndice de mortalidade infantil. Os recursos de financiamento ao setor pblico so do FGTS
e do FAT e se destinam as aes de abastecimento de gua e esgotamento sanitrio, com coleta e
tratamento; ao manejo de guas pluviais urbanas, resduos slidos e saneamento integrado, que o
atendimento de mais de uma modalidade de saneamento. Esses recursos so acessados por chamada
pblica feita a partir de Instruo Normativa do Ministrio das Cidades, onde esto todas as regras e
ritos claramente normatizados. Para a Prefeitura acessar esse recurso, precisa ter capacidade de pagamento, que analisada pelo agente financeiro. Ter tambm de passar pela anlise da Secretaria do
Tesouro Nacional (STN), que verificar se o Municpio atende Lei de Responsabilidade Fiscal e se est
com margem para endividamento pblico. A seleo divulgada no stio do Ministrio das Cidades e
as cartas consultas so preenchidas de forma eletrnica e simplificada
E o Programa Minha Casa Minha Vida que consiste em moradia para as famlias, renda para os trabalhadores e desenvolvimento para o Brasil. um programa do Ministrio das Cidades tendo como gestor a
Caixa Econmica Federal que atua na habitao urbana e rural, assim como em infraestrutura urbana.
Constituem-se em diretrizes do Programa:
a) fomento oferta de unidades habitacionais por meio da construo de novas moradias;
b) integrao a outras intervenes ou programas das demais esferas de governo;
c) integrao a outras aes que possibilitem a sustentabilidade dos projetos e promovam a
incluso social dos beneficirios;
d) reserva de trs por cento das unidades habitacionais para atendimento aos idosos;
e) atendimento aos portadores de deficincias fsicas, previamente identificados, pela adoo de
projetos ou solues tcnicas que eliminem barreiras arquitetnicas ou urbansticas, e pela execuo de
unidades habitacionais acessveis ou adaptveis, voltadas ao atendimento desse segmento da populao;
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f) nos projetos que envolvam o atendimento a famlias indgenas, quilombolas e outras comunidades tradicionais, so indispensveis anlise e entendimento da especificidade social e institucional
da rea de interveno, de modo a assegurar integral afinidade entre as propostas de projetos e a
realidade e demanda destas comunidades;
g) adoo de padres mnimos de habitabilidade e salubridade, devendo estar assegurados o
acesso por via pblica, acesso a equipamentos e servios pblicos, solues de abastecimento de gua
e esgotamento sanitrio e ligao de energia eltrica;
h) observncia legislao urbanstica; e
i) atendimento prioritrio mulher responsvel pelo domiclio.
O acesso a esses recursos pelo interessado d-se de duas formas:
Proposta ou projeto formulado pelo prprio interessado, diretamente ao ministrio ou
entidade que disponha de recursos aplicveis ao objeto pretendido. Aps anlise da necessidade e da viabilidade do objeto proposto, das informaes cadastrais do proponente e da
sua regularidade, o ministrio ou a entidade poder aprovar o convnio e liberar os recursos.
O ministrio ou a entidade federal detectam as necessidades locais ou desejam implementar
programas federais na regio. Os municpios so, ento, contatados para que efetivem sua
participao no programa.

O SICONV e o Portal de Convnios do Governo Federal


Por fora do Decreto 6.170/2007, foi institudo Sistema de Gesto de Convnios e Contratos de
Repasse (SICONV) e o Portal de Convnios do Governo Federal (www.convenios.gov.br).
O Siconv o sistema informatizado do Governo Federal no qual sero registrados todos os atos
relativos ao processo de operacionalizao das transferncias de recursos por meio de convnios, contratos de repasse e termos de cooperao, desde a sua proposio e anlise, passando pela celebrao,
liberao de recursos e acompanhamento da execuo, at a prestao de contas. As informaes
registradas no Siconv sero abertas consulta pblica na Internet, no Portal de Convnios do Governo
Federal (www.convenios.gov.br).
Com essas ferramentas, a Unio espera atingir maior agilidade e menores custos com os procedimentos necessrios s transferncias voluntrias de recursos federais. E mais, espera garantir maior transparncia aos atos de gesto, pois o Portal possibilitar o acompanhamento pela sociedade de todo o processo,
desde a apresentao da proposta pelo interessado at a anlise, celebrao e liberao de recursos pelo
concedente, bem como a prestao de contas on-line da execuo fsica e financeira, pelo convenente.
Desde 1 de julho de 2008, o Portal de Convnios do Governo Federal foi disponibilizado e, a
partir de 1 de setembro de 2008, teve incio a obrigatoriedade de utilizao do referido portal para
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a celebrao, a liberao de recursos, o acompanhamento da execuo e a prestao de contas dos


convnios firmados com recursos repassados voluntariamente pela Unio.
A obrigatoriedade vale para todos os usurios do novo sistema: rgos federais com programas
passveis de convnios e contratos de repasse, bem como rgos estaduais e municipais e ONGs que
firmarem esses convnios e contratos com a Unio.

Identificando Necessidades e Definindo Prioridades


O processo de solicitao de verbas federais para aplicao nos municpios ocorre com a identificao das reais necessidades elencadas pela comunidade e selecionadas no Plano Diretor Municipal.
As reas mais solicitadas via de regra que demandam recursos so educao, sade, saneamento, construo e recuperao de estradas, abastecimento de gua, energia urbana e rural, e habitao.
A partir da seleo das reas carentes, diagnosticadas no Plano Diretor o gestor precisa selecionar as necessidades detectadas. O projeto a ser implementado deve contemplar a ao mais urgente e
eficaz dentro de determinada rea carente.
A escolha do segmento a ser atingido e do projeto a ser executado devem levar em conta, dentre
outros aspectos, o impacto na comunidade, a relao custo benefcio, o valor do projeto e a disponibilidade de recursos prprios para arcar com a contrapartida.

Programas de Governo
Identificadas as carncias e as prioridades locais, compete ao gestor buscar junto ao rgo ou a
entidade apropriados, os recursos necessrios para implementar o projeto.
Considerando a limitao dos recursos disponveis no Oramento da Unio as proposies de
convnios, em reas consideradas tambm prioritrias pelo governo federal, tm, naturalmente, mais
chances de aprovao.
imprescindvel que o gestor e sua equipe tcnica conheam os diversos programas federais
existentes, em especial as exigncias, finalidades e condies de participao.
No Portal de Convnios so disponibilizados pelo Governo Federal todos os programas de transferncias voluntrias de todos os rgos federais com programas passveis de convnios e contratos de repasse.
Alm do Portal de Convnios, que pode ser consultado no endereo <www.convenios.gov.br>,
esto listados a seguir alguns endereos eletrnicos da Internet que do acesso direto a diversos programas, entidades e fundos do governo federal, relacionados por ministrio.
Ao acessar a pgina da Internet, o interessado obter informaes sobre o objetivo desses e de
outros programas, as exigncias, as condies de participao, a legislao aplicvel, os formulrios
para inscrio e outros dados.
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MINISTRIO

PROGRAMA

ENDEREO ELETRNICO

Programa Nacional de Capacitao de Conselheiros


Municipais de Educao Pr-Conselho
Programa Nacional de Alimentao Escolar
Ministrio da Educao

Programa Dinheiro Direto na Escola

www.fnde.gov.br

Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar


FUNDEB
FUNDESCOLA
Assistncia Farmacutica Farmcia Popular
Ateno Bsica em Sade Programa Sade da Famlia
Ministrio da Sade

Ministrio da Cultura

www.saude.gov.br

Assistncia Hospitalar e Ambulatorial Especializada


Fundo Nacional de Sade FNS

www.fns.saude.gov.br

Fundao Nacional de Sade FUNASA

www.funasa.gov.br

Monumental Preservao do Patrimnio Histrico


Urbano

www.cultura.gov.br

Instalao de Espaos Culturais (Programa Mais Cultura)


Ministrio do Esporte

Programa Segundo Tempo


Programa Esporte e Lazer da Cidade

Programa Bolsa Famlia


Ministrio do DesenvolviPrograma de Erradicao do Trabalho Infantil PETI
mento Social e
Combate Fome
Projeto Agente Jovem de Desenvolvimento Social e
Humano

www.esporte.gov.br

www. mds.gov.br

O agente financeiro de vrios programas dos ministrios a Caixa Econmica Federal (CAIXA)
que tem como competncia celebrar contratos de repasse e fiscalizar a execuo dos projetos.
A CAIXA disponibiliza em seu endereo eletrnico <www.caixa.gov.br>, opo Governo Federal
os programas que contam atualmente com a sua participao.
O interessado em celebrar convnio ou contrato de repasse dever apresentar proposta de trabalho no Siconv, em conformidade com o programa e com as diretrizes disponveis no sistema. Uma
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vez aceita, a proposta passa a denominar-se Plano de Trabalho, que o documento por meio do qual o
gestor define como o objeto do convnio ou contrato de repasse ser realizado.

Recomendaes
O proponente deve caracterizar precisamente a obra, a instalao ou o servio objeto do convnio, inclusive quanto sua viabilidade tcnica, custo, fases ou etapas e prazos de execuo, atravs do
projeto bsico que deve ser elaborado por profissional devidamente habilitado (engenheiro ou arquiteto) com base em estudos tcnicos preliminares e assegurando o adequado tratamento do impacto
ambiental do empreendimento.
Quando o objeto do convnio, do contrato de repasse ou do termo de cooperao envolver
aquisio de bens ou prestao de servios, o projeto bsico recebe o nome de Termo de Referncia, o
que no altera a necessidade de o documento contemplar a descrio do bem ou servio, o oramento
detalhado, a definio dos mtodos e o prazo de execuo do objeto.
O plano de trabalho deve ser elaborado com as informaes tcnicas do projeto bsico. Para
calcular o custo do objeto proposto, o interessado dever realizar prvias.
Tambm poder se valer de informaes contidas em bancos de dados informatizados, pesquisas na internet, publicaes especializadas e outras fontes.
Para obter, por exemplo, informaes sobre custos da construo civil, o interessado poder
consultar o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e ndices da Construo Civil (SINAPI), desenvolvido e mantido pela CAIXA e disponvel em sua pgina na Internet, no endereo <https://webp.caixa.
gov.br/casa/sinapi/index.asp?menu=0>, e/ou Tabela de Preos fornecida pela Secretaria de Estado de
Obras Pblicas no <http://www.seop.pr.gov.br>. Ogestor deve atentar para a fidedignidade e exatido
das informaes contidas no plano de trabalho. Incorrees no projeto ou falsidade de informaes
implicaro na no celebrao do convnio. Exigncias como previso de contrapartida, correta contextualizao da situao de necessidade, preenchimento adequado dos formulrios especficos, apresentao de plano de trabalho consistente e completo devem ser observadas com bastante ateno.
Algumas medidas importantes para propor a celebrao de convnio:
Elaborar plano de trabalho (planejamento) de forma detalhada, precisa e completa, descrevendo suficientemente, de forma quantitativa e qualitativa, o objeto proposto, suas metas,
etapas e/ou fases.
Estruturar oramento realista do objeto programado.
Provisionar recursos de contrapartida.
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Realizar previso factvel das fases do projeto e do prazo necessrio para sua concluso.
Os limites de contrapartida e as hipteses de reduo so fixados nas Leis de Diretrizes
Oramentrias (LDO).
Para municpios com populao at 50.000 habitantes 3% a 5%.
Para municpios acima de 50.000 habitantes e reas prioritrias definidas no mbito da Poltica
Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), nas reas da Superintendncia do Desenvolvimento
do Nordeste (SUDENE) e da Superintendncia do Desenvolvimento da Amaznia (SUDAM) e na Regio
Centro-Oeste 5% a 10%.
Para os demais municpios 10% a 40%.

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5. CASOS DE SUCESSO
Empreendimento: VILA DOS PESCADORES.
Programa = Urbanizao, Integrao de Assentamentos Precrios.
Ao = Construo de 25 (vinte e cinco) habitaes para Pescadores.
Ministrio das Cidades Caixa Econmica Federal.
Parceiros Colnia Z-10 de Marilena.
Municpio Marilena.
Estado do Paran.
Recursos = R$ 378.300,00 Ministrio das Cidades.
R$ 70.000,00 Prefeitura Municipal de Marilena (contrapartida), representado por 25 (vinte e
cinco) terrenos para a construo das casas.

Justificativa da Proposio
Com o propsito de realocar 25 (vinte e cinco) famlias de pescadores, moradores h mais de
trinta anos das Ilhas e margens dos Rios Paran e Paranapanema, que vivem em casas de madeira,
palafitas, adobo, pau a pique e lona; com total falta de infraestrutura bsica em condies subumanas,
que nos perodos de chuvas torrenciais, isolam as famlias do contato com a cidade, colocando em risco
a vida dos mesmos, bem como, interferindo na aprendizagem das crianas, que fazem uso de barco
para se locomoverem das ilhas at as margens do Distrito de Ipanema, obrigando-as a perderem aulas,
buscou-se alternativas resultando na parceria entre o Ministrio da Cidade, que tem como objetivo
diminuir as desigualdades sociais, Prefeitura Municipal de Marilena e Associao de Pescadores de Marilena (Colnia Z10) resultando na construo de 25 (vinte e cinco) unidades habitacionais para atender as famlias de pescadores. Foram realizadas diversas visitas pela equipe tcnica constituda, com
o objetivo de selecionar famlias que atendessem aos critrios do programa e que assumissem o compromisso que to logo as casas estivessem prontas, em condies de habite-se, fariam a demolio das
antigas residncias, evitando com isso novas ocupaes que colocariam em risco outras famlias. Aps
a seleo das famlias concomitantemente com a construo das casas realizaram-se vrias reunies
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com os beneficirios, atendendo os critrios do trabalho social da Caixa Econmica Federal, que teve
como objetivo primeiro a quebra de paradigma na mudana do modo vivend, com conscientizao dos
ganhos com a nova moradia, principalmente na diminuio de riscos e melhora do rendimento escolar
das crianas, bem como, os ganhos com a sade por terem acesso gua tratada, energia eltrica e
destino de resduos slidos. Com o decorrer do tempo e a convivncia nas reunies foi se alcanando
uma maior interao entre as famlias beneficiadas, melhorando o relacionamento interpessoal. Visando respeitar suas necessidades foram construdas 15 (quinze) unidades habitacionais em terreno da
Prefeitura Municipal de Marilena, no Distrito de Ipanema, prximo aos Rios Paran e Paranapanema,
fora da faixa de domnio da Marinha do Brasil e 10 (dez) unidades na rea urbana do municpio, sendo
ambos os terrenos providos de infraestrutura bsica.
O uso correto e racional dos recursos garantiu uma excelente qualidade da obra, com solidez,
segurana e aconchego. Tendo como diferencial a qualidade da edificao e o cuidado com os detalhes,
que possibilita futuras ampliaes de forma ordenada (previstas em projeto).
Com a adeso voluntria do Municpio de Marilena ao Fundo Nacional de Habitao de Interesse Social e a criao do Fundo de Habitao do Municpio de Marilena, criado a partir dessa prtica
estabelece-se sustentabilidade para novos programas de moradia popular, pois com a capitalizao dos
recursos mensais pagos pelos beneficirios atuais, oportunizar-se- a realizao de novos empreendimentos com os mesmos fins.

Caractersticas do Empreendimento
Trata-se de habitao em alvenaria, com a rea de 42,00 metros quadrados, com 02 quartos,
banheiro, cozinha, sala e rea de servio com tanque, cobertura de madeira com telha de barro, azulejo at 1,50 metros no banheiro e parede da pia da cozinha, pintura de parede em ltex pva interna e
externa, forro de madeira com pintura de esmalte sinttico, piso cermico pei 4.
Foram construdas 15 (quinze) casas no Distrito de Ipanema, a 1.500 metros do Rio Paran e 10
(dez) casas na cidade de Marilena, terrenos estes de propriedade da Prefeitura Municipal de Marilena.

Lies Aprendidas
A resistncia das pessoas rompida a partir do momento que se estabelece uma relao de credibilidade, fruto de um trabalho srio, honesto e o uso correto do dinheiro pblico. Este aprendizado se
deu com o passar do tempo e o estreitamento do relacionamento nas reunies mensais, nos encontros
casuais e permanncia do foco (moradia digna com qualidade de vida) da administrao municipal. O
uso de rtulos para classes ou pessoas, inviabiliza melhoria para os mesmos. Isso ficou evidenciado no
incio do trabalho quando, aps a comunicao da aprovao do projeto, inmeras pessoas desacreditavam na possibilidade dos pescadores, moradores h anos daquela regio, aceitarem a mudar de
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casa. O que para alegria nossa aconteceu o oposto, pois ao chegar o trmino da obra eles se mostraram
ansiosos para mudar para a nova casa, entendendo ser o incio de uma nova vida com maiores possibilidades. O trabalho desenvolvido com seriedade e amor foi de fundamental importncia na incluso
das famlias beneficiadas, que ficou evidenciado na maneira como elas foram aceitando a mudana de
casa, o convvio em comunidade e a aceitao da demolio das antigas residncias (no incio o que
gerou maior resistncia).
Com a quebra do paradigma de que pescadores moradores das ilhas e ribeirinhos jamais deixariam suas casas, os municpios vizinhos, que sofrem com os mesmos problemas, visitaram e esto
solicitando junto ao Ministrio da Cidade ao idntica, com os mesmos objetivos.

Reconhecimento do Trabalho
A convite da Caixa Econmica Federal REDUR-MR Apoio ao Desenvolvimento Urbano, foi
inscrita esta prtica, para concorrer a premiao Nacional MELHORES PRTICAS em gesto, que tem
como objetivo premiar ideias que, a princpio, parecem pequenas, mas quando implantadas causam
uma profunda transformao na vida da comunidade. Foi feita a inscrio da prtica (Construo de
casas para Pescadores em Marilena Paran), passamos primeira fase regional, ficamos classificados
entre as 10 (dez) melhores prticas em gesto no Estado do Paran e entre as 60 (sessenta) melhores
prticas em gesto no Brasil.

Empreendimento: GRAA DIVINA


Programa: Operaes Coletivas com Recursos do FGTS.
Ao: reforma e ampliao de casas na zona rural.
Entidade Organizadora: Prefeitura Municipal de Marilena.
Beneficirios Atendidos: 112 (cento e doze) Pequenos Proprietrios Rurais.
Recursos Disponibilizados: R$ 772.000,00 para compra de Material de Construo.
Contrapartida: Mo de Obra por conta do beneficirio.

Proposta
Este programa visa atender o pequeno proprietrio rural, que mora na propriedade e que
necessita de melhorias em sua casa. Foram disponibilizados R$ 6.000,00 (seis mil reais) a ttulo
de subsdio (a fundo perdido) sendo que a mo de obra para executar a reforma/ampliao de
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responsabilidade do beneficirio.
Marilena, Paran, cidade do extremo noroeste do Paran, com a economia advinda da agricultura e pecuria, com 350 (trezentos e cinquenta) pequenas propriedades (rea menor que 4 mdulos
fiscais), sendo que sua grande maioria constituda por pequenos agricultores familiares morando e
vivendo da renda da pequena propriedade, que nunca tiveram recursos financeiros para melhorar a
sua moradia, atendendo assim aos critrios do programa.

Desenvolvimento dos trabalhos


Ficou a cargo da equipe tcnica e social da Prefeitura Municipal de Marilena, todo o trabalho de
organizao e acompanhamento na execuo do programa.
Iniciamos com uma classificao dos critrios norteados pelo programa, no que diz respeito
renda, tamanho da propriedade, situao jurdica da propriedade, documentos pessoais e comprovao do estado civil dos beneficirios.
Em seguida foram realizadas visitas em cada propriedade, para levantamento dos servios necessrios, relatrio fotogrfico das casas, elaborao de planta baixa, coleta de documentos pessoais.
Depois de enviado para Caixa Econmica Federal, verificadas as pendncias, foi agendada a reunio na Cmara Municipal de Marilena, para assinatura dos contratos.
To logo a CEF expediu a autorizao das obras, marcamos reunio com todos os beneficirios
para orient-los sobre o desenrolar das obras e a compra de material de construo.
As obras foram executadas no prazo mdio de 03 (trs) meses, sendo que todos os meses aconteceram reunies juntamente com a assistente social do municpio, assim como visitas nas casas para solicitar
medio para liberao de recursos do material de construo, junto a Caixa Econmica Federal.

Resultados alcanados
Alm de melhorar a qualidade de vida dos pequenos proprietrios rurais, com a reforma de
suas casas, houve um incremento de recursos na venda de material de construo exclusivamente no
municpio, tributos, e grande oferta nos servios de mo de obra (pedreiro, carpinteiro, encanador, eletricista, pintor, perfurador de fossa etc.), melhorando assim a economia do municpio como um todo.

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6. CONCLUSO
Percebemos a necessidade de que as organizaes pblicas faam o uso das mais diversas tcnicas da administrao moderna, implementando ferramentas administrativas como o Plano Diretor
Municipal e os Planos Municipal de Habitao, Saneamento, Regularizao Fundiria, Recursos Hdricos, etc. Conhecer a fundo a realidade econmica e social do municpio atravs do uso de indicadores
(dados estatsticos) sobre sua localidade: populao, renda mdia das famlias, ndice de desemprego,
acesso a saneamento bsico, condio das estradas, ameaas ao meio ambiente e produo agrcola,
entre outros, foi de fundamental importncia para a elaborao do plano de trabalho dos casos de
sucesso. O conhecimento tcnico aliado ao conhecimento da realidade local nos possibilitou o atendimento aos critrios do programa, com a consequente seleo por parte do Ministrio das Cidades.
de suma importncia que a equipe tcnica do municpio esteja atenta as oportunidades, quer
seja atravs de indicaes de parlamentares, ou mesmo o cadastramento dos programas disponveis
no Siconv (Sistema de Gesto de Convnios e Contratos de Repasse) e Ministrios (Turismo, Cultura,
Cidades, Esportes etc.).
Conclumos que a obteno de nveis de desempenho ainda no alcanados, assim como a sustentao dos rgos pblicos em uma realidade cada vez mais exigente, ocorre por meio da ao de
busca de recursos, complementada por aes de melhoria, possveis de serem implementadas e que
para tanto se faz necessrio conhecer os programas, os recursos disponveis e as possibilidades de articulao com outras esferas de governo em conjunto com uma equipe eficaz e comprometida, onde
ouvir a comunidade fundamental para o resultado, assim como abertura por parte dos gestores pblicos. Que a maior restrio ao crescimento a escassez de pessoas com perfil cultural adequado s
funes, possvel de ser superado quando h disposio e humildade para fazer dos prprios erros e da
experincia de outros um verdadeiro aprendizado, independente da sua natureza.
Temos a certeza de que as grandes mudanas que todos desejam podem ser alcanadas a
partir de pequenas alteraes. Pequenas alteraes como a contratao de profissionais comprometidos e especializados nas suas mais diversas reas e profissionalismo na gesto pblica com
a consequente capacitao de seu corpo tcnico especializado so destaques para a ocorrncia
dessa grande mudana.

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7. REFERNCIAS
DEMING, W. Edwards. Qualidade: a revoluo da administrao. Traduo de Clave Comunicaes e Recursos Humanos. Rio de Janeiro: Marques Saraiva, 1990.
O oramento pblico a seu alcance. Instituto de Estudos Socioeconmicos. Braslia: INESC, 2006.
Gesto de Recursos Federais Manual para Agentes Municipais. Controladoria Geral da Unio
Secretaria Federal de Controle Interno.
Convnios e outros repasses.2.ed. Tribunal de Contas da Unio Braslia: Secretaria-Geral de
Controle Externo, 2008. 74 p.
O que Voc Precisa Saber sobre Transferncias Constitucionais; Ministrio da Fazenda Secretaria do Tesouro Nacional, fev. 2005.
Manual de Captao de Recursos da Unio. Estado do Rio Grande do Sul: Secretaria do Planejamento e Gesto, fev. 2009.
Portaria Interministerial 127, de 29 de maio de 2008. Ministrio do Planejamento, Oramento
e Gesto.
Painel Urbano CAIXA. Caixa Econmica Federal.
Cartilha Minha Casa Minha Vida. Caixa Econmica Federal Governo Federal.

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8. AUTOR
Hlio Xavier da Silva
CREA-PR-10.065/D
CREA-MT-2.436/V
[email protected]

FORMAO PROFISSIONAL:
2007 CONSULTORIA
IEA Instituto de Estudos Avanados
1977 - 1981 ENGENHARIA CIVIL
UEM Universidade Estadual de Maring

OUTROS CURSOS:
2009 CURSO Plano Local de Habitao de Interesse Social
Ministrio das Cidades Braslia/DF
2008 CURSO Gesto Ambiental em Urbanizao de Assentamentos Precrios
Ministrio das Cidades Braslia/DF
2003 CURSO AMANA-KEY/ACS Programa de Atualizao e Capacitao Sistemtica em
Gesto para Mdia Empresa Faxinal do Cu /PR
2002 CURSO Formao de F e Poltica
Conferncia Nacional dos Bispos do Brasil/Centro de Pesquisa e Apoio aos Trabalhadores Curitiba/ PR

EXPERINCIA:
2005 CONSULTOR TCNICO
Diversos Municpios Paran
Localizo, planejo, desenvolvo e executo programas com recursos estaduais e federais a serem
utilizados em Municpios do Paran (exemplos de Programas: Minha Casa Minha Vida, Operaes Coletivas c/Recursos FGTS etc.). Municpios: Amapor, Marialva, Nova Londrina, Planaltina do Paran,
Santa Cruz de Monte Castelo, dentre outros.
2005 RESPONSVEL TCNICO ENGENHEIRO CIVIL
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Prefeitura de Marilena/PR
Planejo, executo e mantenho obras do municpio.
2003 RESPONSVEL TCNICO ENGENHEIRO CIVIL
Capelim e Cia. LTDA. Construtora CONSTRUPAR Loanda/PR
Executo obras pblicas e privadas.
2002 2003 SUPERVISOR DE OBRAS
FUNDEPAR/SEED Instituto de Desenvolvimento Educacional do Paran/Secretaria de Estado de
Educao Curitiba/PR
Supervisionei construes de unidades escolares novas, reformas e ampliaes. Analisei solicitaes de recursos para obras e servios em unidades escolares do Estado do Paran.
1999 2001 FISCAL DE OBRAS
SEOP/DECOM Secretaria de Estado de Obras Pblicas/Departamento de Construo, Obras e
Manuteno Paranava/PR
Fiscalizei obras pblicas estaduais (escolares, de sade, segurana, cultura etc.).
1997 1998 SUPERVISOR DE OBRAS VIRIAS
Geotcnica S.A. Curitiba/PR
Supervisionei obras virias objeto do Convnio entre o Municpio de Curitiba e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) do Programa Pr-Bairros.
1993 1996 RESPONSVEL TCNICO ENGENHEIRO CIVIL
SCORA Sistemas Construtivos Ltda. Curitiba/PR.
Executei obras pblicas e privadas.
1984 1992 ENGENHEIRO CIVIL AUTNOMO
Cuiab/MT
Planejei e executei servios de loteamento e subdiviso de reas rurais para o Instituto Nacional
de Colonizao e Reforma Agrria (INCRA) e Instituto de Terras do Mato Grosso (INTERMAT). Projetei
e executei obras civis particulares.
1982 1984 ENGENHEIRO CIVIL AUTNOMO
Maring/PR
Executei vrias obras particulares na regio de Maring.

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