Apostila UNIP Eletro Pneumática
Apostila UNIP Eletro Pneumática
Apostila UNIP Eletro Pneumática
Podem-se definir a eletro Pneumtica como uma fuso entre grandezas, essenciais Automao
industrial, a eltrica e a pneumtica.
Os componentes de entrada de sinais eltricos so aqueles que emitem informaes ao circuito por
meio de uma ao muscular, mecnica, eltrica, eletrnica ou combinao entre elas. Entre os
elementos de entrada de sinais podemos citar as botoeiras, as chaves fim de curso, os sensores de
proximidade e os pressostatos, entre outros, todos destinados a emitir sinais para energizao ou
desenergizao do circuito ou parte dele.
Botoeiras
Tipos de sensores
Para especificar um sensor deve-se conhecer o material do objeto detectar. Os tipos de sensores
mais comuns so:
Magnticos So sensores que operam com campo magntico, detectam apenas magnetos.
Indutivos So sensores que operam com campo eletro-magntico, portanto detectam apenas
materiais ferromagnticos.
Capacitivos So sensores que operam com o principio de capacitncia, detectam todos
os tipos de materiais.
pticos So sensores que operam com emisso de luz, estes detectam todos os tipos
de materiais.
Ultra-snicosSo sensores que operam com emisso e reflexo de um feixe de ondas
acsticas. A sada comuta quando este feixe refletido ou interrompido pelo material a ser
detectado.
Pneumticos So sensores que se baseiam no desequilbrio da presso em uma
determinada conexo do sensor. A sada comuta quando um jato de ar atravs do mesmo
alterado pela presena de um objeto.
Sensores de proximidade
Os sensores de proximidade, assim como as chaves fim de curso, so elementos
emissores de sinais eltricos os quais so posicionados no decorrer do percurso de
cabeotes mveis de mquinas e equipamentos industriais, bem como das haste de
cilindros hidrulicos e ou pneumticos. O acionamento dos sensores, entretanto, no
dependem de contato fsico com as partes mveis dos equipamentos, basta apenas
que estas partes aproximem-se dos sensores a uma distncia que varia de acordo com
o tipo de sensor utilizado.
Existem no mercado diversos tipos de sensores de proximidade os quais devem ser
selecionados de acordo com o tipo de aplicao e do material a ser detectado. Os mais
empregados na automao de mquinas e equipamentos industriais so os sensores
capacitivos, indutivos, pticos, magnticos e ultra-snicos, alm dos sensores de
presso, volume e temperatura, muito utilizados na indstria de processos.
Sensor capacitivo
Sensor indutivo
Ligado
Os sensores de proximidade magnticos, como o prprio nome sugere, detectam
apenas a presena de materiais metlicos e magnticos, como no caso dos ims
permanentes. So utilizados com maior freqncia em mquinas e equipamentos
pneumticos e so montados diretamente sobre as camisas dos cilindros dotados de
mbolos magnticos. Toda vez que o mbolo magntico de um cilindro se movimenta,
ao passar pela regio da camisa onde externamente est posicionado um sensor
magntico, este sensibilizado e emite um sinal ao circuito eltrico de comando.
Rels temporizadores
Os rels temporizadores, tambm conhecidos como rels de tempo, geralmente possuem um
contato comutador acionado por uma bobina eletromagntica com retardo
na ligao ou no desligamento.
Este rel temporizador possui um contato comutador e uma bobina com retardo na
ligao, cujo tempo ajustado por meio de um potencimetro. Quando a bobina
energizada, ao contrrio dos rels auxiliares que invertem imediatamente seus
contatos, o potencimetro retarda o acionamento do contato comutador, de acordo com
o tempo nele regulado. Se o ajuste de tempo no potencimetro for, por exemplo, de 5
segundos, o temporizador aguardar esse perodo de tempo, a partir do momento em
que a bobina for energizada, e somente ento os contatos so invertidos, abrindo 11 e
12 e fechando 11 e 14. Quando a bobina desligada, o contato comutador retorna
imediatamente posio inicial. Trata-se, portanto, de um rel temporizador com
retardo na ligao.
Este outro tipo de rel temporizador apresenta retardo no desligamento. Quando sua
bobina energizada, seu contato comutador imediatamente invertido. A partir do
momento em que a bobina desligada, o perodo de tempo ajustado no potencimetro
respeitado e somente ento o contato comutador retorna posio inicial.
Indicador luminoso
Indicadores sonoros
Os indicadores sonoros so campainhas, sirenes, cigarras ou buzinas, empregados na
sinalizao acstica de eventos ocorridos ou prestes a ocorrer. Ao contrrio dos
indicadores luminosos, os sonoros so utilizados, principalmente, em locais de pouca
visibilidade onde um sinalizador luminoso seria pouco eficaz.
Sinalizador sonoro
Solenides
Os solenides so bobinas eletromagnticas que, quando energizadas, geram um
campo magntico capaz de atrair elementos com caractersticas ferrosas,
comportando-se como um im permanente.
Solenide acionado
Intuitivo,
Minimizao de contatos ou seqncia mnima,
Maximizao de contatos ou cadeia estacionria.
Mtodo intuitivo
Na tcnica de elaborao de circuitos pelo mtodo intuitivo utiliza-se o mecanismo do
pensamento e do raciocnio humano na busca da soluo de uma situao-problema
apresentada. Dessa forma, pode-se obter diferentes solues para um mesmo
problema em questo, caracterstica principal do mtodo intuitivo.
Circuito 01
Circuito 02
Um cilindro pneumtico de ao dupla deve poder ser acionado de dois locais
diferentes e distantes entre si como, por exemplo, no comando de um elevador de
cargas que pode ser acionado tanto do solo como da plataforma.
Circuito 03
Um cilindro pneumtico de ao dupla deve avanar somente quando dois botes de
comando forem acionados simultaneamente (comando bi-manual). Soltando-se
qualquer um dos dois botes de comando, o cilindro deve voltar imediatamente a sua
posio inicial.
Circuito 04
Um cilindro de ao dupla deve ser acionado por dois botes. Acionando-se o primeiro
boto o cilindro deve avanar e permanecer avanado mesmo que o boto seja desacionado.
O retorno deve ser comandado por meio de um pulso no segundo boto.
Existem, na verdade, quatro possibilidades de comando do cilindro, por meio de trs vlvulas
direcionais diferentes. Pode-se utilizar uma vlvula direcional de 5/2 vias acionada por dois
solenides, ou uma vlvula direcional de 5/2 vias acionada por duplo servocomando (vlvula de impulso),
ou ainda uma vlvula direcional de 5/2 vias acionada por solenide com reposicionamento por
mola.
As quatro alternativas diferentes de construo do circuito eletropneumtico sero apresentadas a
seguir:
Soluo eletropneumtica utilizando uma vlvula direcional de 5/2 vias acionada
por dois solenides, sem mola de reposio:
Empregando-se uma vlvula direcional de 5/2 vias com acionamento por dois
solenides, sem mola de reposio, basta efetuar um pulso nos botes para
comandar os movimentos de avano e retorno do cilindro, no sendo necessrio
manter os botes acionados para dar continuidade ao movimento.
Neste tipo de vlvula, quem empurra o carretel para um lado ou para outro o prprio ar
comprimido. Portanto, se por algum motivo os solenides forem energizados simultaneamente, no
h a ao de um contra o outro e, sendo assim, o circuito eltrico torna-se simplificado, sem a
necessidade da montagem alternada dos contatos fechados dos botes, em srie com os contatos
abertos, conforme apresentado na soluo 1.
O circuito eltrico utilizado nesta soluo 3 chamado de comando de autoreteno com comportamento de desligar dominante porque, se os dois botes de
comando S1 e S2 forem acionados ao mesmo tempo, o rel K1 permanece
desligado pelo contato do boto de comando S2. Podemos dizer que, neste caso, o
boto S2 tem prioridade sobre S1 pois, se ambos forem acionados
simultaneamente, prevalece como dominante a condio de desligar do contato
fechado do boto de comando S2.
Uma vez identificada que a seqncia indireta e, feita a opo pela construo do
circuito eltrico de comando pelo mtodo passo a passo, o primeira etapa dividir a
seqncia em setores que determinaro o nmero de rels auxiliares a serem
utilizados. O nmero de rels corresponde sempre ao nmero de setores ou passos de
movimento, mais um.
No mtodo passo a passo, para dividir uma seqncia em setores ou passos deve-se
escrever a seqncia de forma abreviada e, em seguida, cort-la com traos verticais
em cada letra, da esquerda para a direita, no importando os sinais de ( + ) ou ( - ).
Finalmente, o nmero de subdivises provocadas pelos traos verticais igual ao
nmero de passos que a cadeia estacionria deve comandar. Eis alguns exemplos:
Nestas seqncias, os traos determinam seis subdivises que definem seis passos de
comando.
A segunda etapa, na construo do circuito de comando pelo mtodo passo a passo,
consiste em desenhar o circuito eltrico de comando propriamente dito, tendo por
referncia as seguintes orientaes:
1- Cada elemento de sinal, seja ele um boto, chave fim de curso ou sensor de
proximidade, dever energizar sempre um rel auxiliar, temporizador ou contador e
nunca diretamente um solenide;
2- Cada elemento de sinal, seja ele um boto, chave fim de curso ou sensor de
proximidade, dever energizar sempre um rel auxiliar, temporizador ou contador e
nunca diretamente um solenide;
3- Cada rel auxiliar da cadeia estacionria deve realizar trs funes distintas: efetuar
sua auto-reteno, habilitar o prximo rel a ser energizado e realizar a ligao e
ou o desligamento dos solenides, de acordo com a seqncia de movimentos;
4- Habilitar o prximo rel significa que o rel seguinte somente poder ser energizado
se o anterior j estiver ligado;
5- A medida em que os movimentos da seqncia vo sendo realizados, os rels so
ligados e mantidos um a um;
6- O final do ltimo movimento da seqncia dever ativar um ltimo rel o qual no
ter auto-reteno e dever desligar o primeiro rel da cadeia estacionria;
7- Como a regra fazer com que o rel anterior habilite o seguinte, quando o ltimo
rel da cadeia desliga o primeiro, este desliga o segundo, que desliga o terceiro e,
assim, sucessivamente, at que todos sejam desligados;
8- O nmero de rels auxiliares a serem utilizados na cadeia estacionria igual ao
nmero de movimentos da seqncia + 1;
S2
Y1
S4
4
Y2
S1
Y3
5
3
1
S3
Y1
S4
4
Y2
S1
Y3
5
3
1
S3
Referncias
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PARKER HANNIFIN IND.COM.LTDA. Tecnologia Eletropneumtica Industrial.
Outubro de 2002.