Orientações Curriculares - Arte
Orientações Curriculares - Arte
Orientações Curriculares - Arte
Expectativa de aprendizagem
Reconhecer alguns elementos da
linguagem visual;
Manifestar-se criativamente e de
um modo prprio ao expressarse e construir seus trabalhos;
Condies
didticas
e
indicadores para a elaborao
de atividades
Oferecer aos alunos uma grande
diversidade de reprodues de
obras de arte e de produes
artsticas
nas
diferentes
modalidades das Artes Visuais,
inicialmente,
para
simples
contato. Aos poucos, instigar
algumas discusses sobre seus
elementos, composio, leitura
interpretativa; levantar hipteses
sobre seus possveis autores,
pocas, pases de origem...
Criar um ambiente que possibilite
a experimentao de cores,
formas,
texturas,
volumes,
suportes, tintas, pincis, papis,
para que o aluno sinta-se
instigado,
motivado
a
se
expressar por meio do desenho,
pintura, escultura, modelagem,
fotografia, filmagens, produes
informatizadas...
Valorizar, nas produes dos
alunos,
a
autoria
sem
esteretipos;
Mostrar aos alunos como cada
autor/artista tem marca pessoal.
Problematizar a seleo de
determinado recurso expressivo
e suas possveis significaes;
iniciar
reflexes
sobre
a
intencionalidade da escolha;
(relao idia/smbolo).
Observar se o aluno
Percebe uma gama diferenciada
de cores, linhas, planos, formas,
luzes,
sombras,
texturas,
volumes, nos prprios trabalhos,
nos dos colegas e nas imagens
da arte.
Desenvolve um percurso de
criao cultivado (influenciado
pelas aprendizagens da arte)
com marca pessoal.
Cria novas cores a partir das j
existentes que recebe; investiga
formas,
utiliza
diferentes
suportes e formatos.
Investiga,
experimenta,
diferentes materiais, suportes e
instrumentos lpis, tintas,
esptulas,
papis,
tecidos,
computador, argila, massa de
modelar, etc. - ao desenhar,
pintar, esculpir, modelar, filmar,
fotografar. Produz formas no
espao bi e tridimensional; etc
Utiliza, intencionalmente, em
suas produes alguns dos
elementos da linguagem visual
para expressar-se e comunicarse;
Percebe que tambm pode
construir sentidos articulando,
intencionalmente,
alguns
elementos da linguagem visual;
Interpreta
suas
prprias
produes, as de seus colegas e
atribui sentidos a algumas obras
de arte; Compreende, ainda que
parcialmente, que linhas, formas,
cores podem significar idias,
sentimentos;
que
produes
tm um ou mais
obras
de
Identifica,
entre
diferentes
produes artsticas, aquelas
que so fotografia, pintura,
colagem, escultura, desenho,
histria em quadrinhos...
Possibilitar
ao
aluno
experimentar a criao de
diversas tonalidades da mesma
cor, acrescentando a esta,
diferentes quantidades de tinta
branca.
Oferecer apreciao do aluno
diferentes obras de arte, para
estudo do uso intencional.
Reconhecer
e
diferenciar
texturas, ttil e visualmente no
entorno e em obras de arte.
Utilizar,
texturas em
expressivos
intencionalmente,
seus trabalhos
Problematizar a utilizao de
texturas, de forma significativa,
nas produes dos alunos.
Estimular a criao de diferentes
texturas em argila, massa de
modelar. Propor situaes nas
quais os alunos devero utilizar
texturas em seus trabalhos
expressivos, tanto bi como
tridimensionais.
Incentivar
a
pesquisa
e
experimentao de materiais no
convencionais:
sucatas,
materiais
descartveis,
reciclveis, lmpadas, guardachuvas, tecidos, fios, arames,
objetos diversos... (com o devido
cuidado!)
Instigar
a
pesquisa,
experimentao e produo, nas
artes
visuais,
utilizando
diferentes tecnologias: celulares,
computador,
mquinas
fotogrficas, filmadoras...
Possibilitar aos alunos o contato
com
artistas
e
obras
contemporneas que utilizam
materiais no convencionais e
recursos da tecnologia.
Perceber, gradativamente, que
diferentes povos, culturas, etnias
em tempos e contextos diversos,
apresentam, em suas produes,
semelhanas e diferenas;
Artes
Visuais
so
formas
singulares de manifestao.
Identificar
e
intencionalmente
figurativas e abstratas;
produzir
imagens
Apropriar-se, paulatinamente, da
ideia de simetria.
Utilizar
simetria
composies
em
suas
de
diferentes
momentos da Histria das Artes,
para leitura e anlise do que
seria figurativo e abstrato;
Oferecer aos alunos uma grande
quantidade de reprodues de
obras
de
arte,
desenhos,
pinturas, gravuras, fotografias,
filmes, esculturas, imagens da
internet
de
diferentes
momentos da Histria das Artes,
para observao do uso da
simetria em diferentes eixos e
composies.
Reconhece, gradativamente, a
presena da simetria
em
imagens de diferentes perodos
da histria da Arte, assim como
nas suas produes e nas de
seus colegas.
ARTES VISUAIS
M Terezinha T Guerra
A histria das Artes Visuais confunde-se com a histria da humanidade; faz parte do ser e do sentirse humano: no h povo, cultura, poca ou pas que no as tenha produzido ou entrado em contato com
elas!
Signos visuais tm presena cada vez mais macia na contemporaneidade. Imagens da fico e da
realidade, do virtual e do concreto invadem o nosso cotidiano!
Entre os referenciais de crianas, jovens e adultos contemporneos esto a televiso, a propaganda,
a multimdia, os videogames, a internet. Todos eles pautados pela presena macia de imagens, que
interferem na maneira de cada um ver a si e ao outro, vida. Cada vez mais sabemos e falamos sobre
coisas, pessoas e lugares que conhecemos apenas por meio de imagens! A criao e a circulao destas
produes constroem significados coletivos que podem tambm se transformar em instrumentos de
dominao e poder. (Cf. GUERRA, 2005).
E a escola? Qual seu papel frente a esse mar de visualidades? Qual o papel do professor de Artes
Visuais?
Autora e coautora de diversos livros e publicaes sobre o Ensino de Arte, entre eles: A lngua do mundo: Poetizar, fruir e conhecer
Arte Edit.FTD; formadora do Cenpec e Pinacoteca do Estado de So Paulo, entre outras instituies.
artista, autor, instalao. Pode ser criado na sala de aula um painel para registrar as novas palavras escritas
em letra de forma, tipo basto, associando-as a imagens.
Deixe bem claro que nas aulas de Artes Visuais, o foco das situaes de aprendizagem, a leitura e a
produo dos trabalhos acontecer por meio das cores, linhas, formas, pontos, objetos, espaos, luzes,
imagens existentes, aes, planos, volumes, etc, ou seja, a construo de sentidos se dar por meio da
leitura e da produo de trabalhos artsticos.
Algumas das proposies sugeridas podero ser desmembradas em um maior (ou menor) nmero de
aulas, adaptadas, reorganizadas, aprofundadas em funo do seu contexto de ensino e de aprendizagem
sempre observando os alunos, como professor comprometido que com o papel da arte na educao
escolar. Como diz Paulo Freire: Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na
busca, no aprendo nem ensino
O que importa garantir aos seus alunos uma aprendizagem em Arte que se consolide como
conhecimento ao longo da vida escolar e social. Propostas de trabalho em que voc ser o mediador entre
a Arte e o aprendiz e, como prope o currculo da SEESP, com o foco na aprendizagem.
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Bom trabalho!
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
BARBOSA, Ana Mae. (org) Arte/educao contempornea. Consonncias internacionais. 3. ed. So
Paulo: Cortez, 2008.
GUERRA, M. Terezinha Telles. Leituras de mundo... ou a Traio das Imagens in Currculo em
Debate Reorientao Curricular do 6 ao 9 ano Secretaria de Estado da Educao de Gois. Goinia:
SEE, 2005
________ Estudar pra Valer! ARTE Leitura e Produo de Textos. So Paulo: CENPEC, 2011.
IAVELBERG, Rosa. O Ensino de Arte. Presente em Revista, So Paulo, p. 2 - 4,03 mar. 2006.
MINISTRIO DA EDUCAO, BRASIL. Parmetros Curriculares Nacionais Arte - Ensino
fundamental. Braslia: SEF/MEC, 1998.
CONTEDOS:
Ponto
Linhas
Cores
Formas (bi e tridimensionais)
Arte Figurativa e Arte Abstrata (Conhecimentos iniciais)
Leitura e produo em Artes Visuais
Histria da Arte (primeiros contatos)
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
Reconhecer alguns elementos da linguagem visual;
Utilizar elementos da linguagem visual para expressar-se e comunicar-se;
Manifestar-se criativamente e de um modo prprio ao expressar-se e construir seus trabalhos;
Experimentar, em suas criaes, diferentes materiais, instrumentos, espaos pictricos, campos
plsticos, suportes, tcnicas; assim como explorar, em suas produes, formas bi e tridimensionais;
Notar, paulatinamente, que cores e formas, nas produes artsticas, correspondem a intenes de
seus autores, significam;
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Observar, interpretar e refletir sobre as formas que produz, assim como realizar leituras autorais das
produes dos colegas e de alguns artistas;
Entrar em contato com algumas (re) produes de obras de arte de diferentes autores, pocas,
pases, culturas;
Perceber que produes artsticas tm um ou mais autores.
PROPOSIO 1
RODA DE CONVERSA INICIAL
Professor, este seu primeiro encontro com os alunos para tratar das Artes Visuais, assim vamos
iniciar esta proposio, pedindo aos alunos que deem as mos e formem um crculo, propiciando dessa
forma um momento de integrao. Nessa formao ser possvel que se olhem e por meio do olhar todos
sero acolhidos. A seguir, pea que soltem as mos, sentem-se no cho. Converse com as crianas de
forma bem descontrada, perguntando-lhes:
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Diga-lhes que desde a pr-histria um tempo distante os seres humanos j faziam desenhos e
pinturas nas paredes das cavernas, esculturas, instrumentos de sopro, armas e, at os dias de hoje, as
pessoas comunicam o que pensam, imaginam, sentem e percebem por meio de desenhos, pinturas,
gravuras, colagem, esculturas (que eles costumam nomear de esttuas).
Pergunte-lhes:
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O que as pessoas fazem quando querem deixar um recado para algum? (Falam? Escrevem?
Poderiam desenhar?)
Diga-lhes que as pessoas no se comunicam apenas por palavras, mas tambm por meio de gestos,
sons, desenhos, embora muitas destas manifestaes no sejam arte. Por exemplo:
Como o sinal feito com a mo de positivo?
Como entendem que acabou a aula ou o recreio?
Como sabem qual o banheiro das meninas e o dos meninos?
O que dizem os sinais do trnsito, as cores do semforo?
possvel, ento, compartilhar a mesma leitura de desenhos, atribuindo significados a cores, formas?
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Combinem um tempo para isso e, terminada a tarefa, cada grupo dever falar aos outros voc deve
ajud-los a localizar a pgina sobre a imagem selecionada e explicar o porqu da escolha. Oriente-os a
respeitar o tempo de cada grupo de modo que todos possam mostrar e justificar, um de cada vez, os
critrios e motivos da seleo da imagem.
Insista em que relacionem a escolha da imagem leitura dela feita, pedindo que observem cores,
formas, luzes, sombras, tamanhos, distncia, proximidade, etc. Por exemplo, se um grupo diz o que
determinada imagem significa para eles, pergunte-lhes se por causa das cores utilizadas, do tamanho de
determinada figura, da forma do desenho, etc...
Pergunte sempre aos alunos se concordam com as escolhas e por que. Comente que a leitura de
cada imagem muda de pessoa para pessoa, portanto, nem sempre o que escolhido por uns coincide com
a escolha de todos!
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PROPOSIO 2
Professor, antes de iniciar a proposio, apresente para seus alunos uma obra escolhida por voc.
Sentados em crculo explique que, assim como eles, voc tambm quer que conheam uma obra que voc
aprecia muito. Como professor de Arte certamente voc possui reprodues que fazem parte do seu
material de trabalho. Alm disso, a SEE, em diversos projetos, enviou diversas reprodues de diferentes
artistas para as escolas.
Inicialmente convide-os para silenciosamente a imagem por alguns minutos tentando perceber seus
detalhes sem nenhuma preocupao com questes.
Em seguida, conte para eles porque gosta muito desse quadro. Incentive-os a expor suas impresses
e opinies sobre sua escolha e mais uma vez comente que nem sempre o que escolhido por uns agrada
aos outros. Conte para seus alunos quem pintou o quadro que voc gosta, onde essa pessoa viveu e em
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que poca. Se for possvel faa alguma relao com algum acontecimento da mesma poca, porm sem
entrar em detalhes, apenas como curiosidade.
Aps essa breve conversa, distribua a cada aluno uma folha de papel, de preferncia diferente da
folha sulfite padro e lpis grafite preto. Diga-lhes que agora os autores das imagens sero eles. Pea-lhes
que faam um desenho com seu tema (assunto) preferido, pois, j viram no livro de arte obras de diferentes
autores, mas ainda no conhecem o trabalho de seus colegas e nem mostraram os seus a eles. Explique
que esse desenho no ser colorido, pois as cores sero aplicadas em outro momento. Lembre-os que
artistas assinam as suas obras e que tambm eles devero colocar seu nome em suas produes. Este
trabalho individual.
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Circule pela sala estimulando os alunos, esclarecendo possveis dvidas. Terminados os trabalhos,
exponha-os, de preferncia em uma das paredes da sala e solicite aos alunos que se levantem para
contemplar os resultados. Estimule um incio de leitura com perguntas como:
O que mais aparece nos desenhos? (Paisagens, pessoas, animais, rvores, automveis, flores,
monstros, super-heris, formas e cores,...)
Todo mundo desenha igual ou os desenhos so muito diferentes?
Como as imagens foram feitas? Pea que contem como as fizeram?
Parecem com algo ou algum lugar conhecido? O qu? Qual?
H mais trabalhos com coloridos diferentes das cores preto e branco? Qual a cor que mais
aparece? Onde?
E a maior forma, onde est? E a menor?
Como reconhece o seu trabalho no meio de tantos outros? Como?
E como reconhecem os dos colegas? Por qu?
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Incentive todos a falar, a manifestar as suas opinies No se esquea de explicar que cada um tem
seu modo de desenhar, pintar, escrever, cantar, danar, etc. e por isso, reconhecem as suas produes no
meio de tantas outras.
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Professor, este trabalho objetiva uma sondagem inicial do repertrio artstico, esttico e simblico de
sua turma. Para criar condies que ampliem o conceito de arte, importante que voc conhea o
repertrio do aluno e respeite suas referncias. Faa os seus registros organize um portflio. - anotando
as caractersticas dos trabalhos, o uso do espao pictrico, a composio, propores, detalhes,
movimento, a presena (ou no) de esteretipos, a familiaridade (ou no) com os materiais; o
reconhecimento (ou no) de formas, pequeno, grande, longe, perto... Tudo isto, - especialmente as
dificuldades das crianas - dever ser contemplado por voc com delicadeza sem expor o aluno, individual
ou coletivamente, durante o desenrolar das proposies. Alm de lhe dar pistas para novas propostas de
atividades, esta avaliao, seus registros e anotaes lhe indicaro os pontos que dever reiterar, retomar,
possveis intervenes e encaminhamentos dos trabalhos.
Recolha todos os desenhos dos alunos e guarde-os para a prxima aula.
PROPOSIO 3
O objetivo desta proposta a identificao de diferentes tipos de linhas nos desenhos: retas, curvas,
finas, grossas, zigzag, etc. Devolva aos alunos os desenhos que fizeram anteriormente e pea-lhes para
observ-los atentamente, passar o dedo nas linhas e perceber
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PROPOSIO 4
Pea aos alunos que em pequenos grupos abram o livro Arte para Crianas na pgina 76 e
observem a reproduo da tela de Paul Klee, Castelo e Sol. Pergunte-lhes:
O que vm?
Quais so as cores e como so as linhas usadas pelo artista?
Alm das linhas e das cores figuras tambm fazem parte do quadro. Pea que mostrem onde se
localizam na obra. Sabem os nomes dessas figuras?
Estas figuras so todas do mesmo tamanho?
So iguais ou parecidas? Pea que mostrem as iguais, as parecidas e as diferentes
As figuras e linhas formam desenhos? Quais?
Essas figuras, linhas e cores podem formar outros desenhos? Quais?
Para esta atividade importante que voc prepare exemplos destas formas geomtricas em cartolina
ou papel encorpado, preferencialmente em diferentes cores, para que as crianas possam identific-las.
Nomear cada uma destas formas ser decorrncia desta leitura comparativa e da sua fala sobre o nome
destas diferentes formas e suas caractersticas. Como continuidade ou como forma de avaliar a
compreenso do percurso realizado at agora, sugerimos que voc proponha aos alunos, em grupos, que
recortem figuras geomtricas de revistas e jornais e, aps combinarem o suporte, realizem um grande
painel de colagem. Se a ideia for desenvolvida, no se esquea da exposio e leitura das produes por
todos os alunos.
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Fale um pouco sobre o artista que alm de artista pintor estudava msica e era um violinista muito
talentoso. Voc encontrar informaes no prprio livro, se puder pesquise mais.
Organize uma roda e mostre as pginas 86 e 87 do livro Arte para Crianas. Pea aos pequenos
grupos de alunos que observem as obras apresentadas nestas pginas e reparem especialmente no tipo de
linha usado pelos artistas: de Malevitch Construo Suprematista; de Mondrian Composio com
vermelho, azul e amarelo, de Omar Rayo, O brinquedo de Mateo e de Alfredo Volpi Fachada em azul,
branco e rosa. Convide-os para, inicialmente, olhar silenciosamente tentando perceber cada detalhe das
linhas, das figuras, das cores. Lembre-os que a proposta no buscar significados. Pea-lhes que
comentem sobre como as linhas aparecem nessas imagens. Como esto distribudas em cada um dos
quadros? E as figuras, so conhecidas? Quais se repetem? Pea para que mostrem no livro.
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PROPOSIO 5
Esta proposta incentiva a investigao de diferentes tipos de linha criadas pelo movimento de
deslocamento do corpo no espao
Desenhe uma enorme linha sinuosa no cho com um barbante bem comprido que voc
providenciou.
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Para explicar aos alunos o percurso desta linha fale sobre como se arrasta uma serpente no cho,
indicando o movimento com as mos no ar. Deixe-os serpentear com as mos e ao mesmo tempo andar
pelo caminho da serpente, caminhando sobre o barbante no cho percorrendo-o de uma ponta a outra.
Organize-os em pequenos grupos, enfileirados para participar da atividade, enquanto uns percorrem a linha
sinuosa indo e voltando os demais observam.
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Finda a caminhada, pergunte se algum j viu uma amarelinha em caracol no cho. Oriente que
faam o movimento da espiral do desenho da amarelinha no ar, movimento que comea em um ponto e vai
se abrindo (de dentro para fora) ou em outro e vai fechando (de fora para dentro). Deixe que brinquem com
estes dois tipos de movimento, acompanhe esses dois tipos de gesto realizando os movimentos no ar e
coordenando os alunos com sua fala: agora abrir o gesto para fazer o caracol; agora fechar; observem os
colegas e tentem fazer juntos!
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Retome as linhas sinuosas feitas com as mos conforme o movimento da serpente e combine-as com
o movimento em espiral, agora com todos fazendo os dois tipos de movimentos no ar, primeiro o serpentear
e depois os dois tipos de espiral. Para que os alunos possam se apropriar dos nomes das diferentes formas
de linhas trabalhadas, voc vai explicitar durante a movimentao quando ela feita em espiral e quando
ela sinuosa.
A seguir, afaste todas as carteiras de maneira que a sala fique com bastante espao livre. Pea aos
alunos que, divididos em dois grupos, em fila do tipo trenzinho, se posicionem em uma das paredes da sala
e caminhem em linha reta at a parede oposta, parem um pouco e depois, obedecendo a um comando seu,
voltem em linha sinuosa. Enquanto um grupo faz a tarefa, pea aos alunos do outro que permaneam
sentados e vice-versa.
Continuando, solicite que cada um caminhe de fora para dentro em uma grande espiral que voc vai
desenhar no cho e depois que volte, de fora para dentro. Procure desenhar duas espirais para que
atividade possa transcorrer em menos tempo sem cansar as crianas com espera em demasia.
Incentive sempre a leitura do grupo observador sobre os movimentos que esto sendo executados.
Terminado o exerccio, sentados em roda, entregue um pedao de barbante de aproximadamente 30 cm.
para cada criana. Proponha que faam uma linha do tipo que quiserem com ele no cho em frente ao seu
corpo. Durante essa Roda de Desenho organize a de Conversa, pergunte-lhes se fizeram uma linha espiral,
sinuosa ou reta. Como continuidade, se houver tempo e se os alunos estiverem envolvidos, pea para que,
com o mesmo barbante faam um desenho e explique que desta vez o desenho ser figurativo, isto , a
representao de uma coisa que conhecem. Conte para eles que um grande artista chamado Picasso, criou
uma grande srie de desenhos com uma nica linha. Ou seja, o artista espanhol, sem tirar o lpis do papel
do incio ao final do desenho, criava seus trabalhos. Antes de propor essa atividade, pesquise os desenhos
de Picasso e, juntamente com os alunos, crie o seu tambm.
PROPOSIO 6
Dando continuidade ao trabalho da aula anterior, prepare, com antecedncia, pelo menos oito
crculos de papel Paran, se possvel, com o maior dimetro que a dimenso do papel possibilitar. Prendaos, com fita crepe, na parede, respeitando a altura das crianas, de modo que alcancem todo o crculo.
Passe cola branca espessa com rolinho de espuma em cada um deles, as crianas podem colaborar nesta
tarefa.
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Antes, porm, explique a proposta, caso contrrio, a cola ficar seca antes da concluso dos
trabalhos.
Organize os alunos em grupos e solicite a eles que desenhem e pintem nos painis redondos,
utilizando apenas linhas de barbante que voc vai cortar em diversos tamanhos e disponibilizar.
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Como sempre, caminhe entre os grupos, apoiando-os na execuo sem fazer por eles, esclarecendo
dvidas, oferecendo ajuda, fazendo suas anotaes!
Terminados os desenhos, pea aos alunos que assinem suas obras e que observem todos os
painis. Faa perguntas:
Como fizeram seus trabalhos?
H linhas retas? Onde?
Aparecem linhas sinuosas? Onde?
E espirais? Onde?
Eles podem introduzir cores sobre os barbantes com caneta hidrocor e voc pode seguir com a
leitura.
Quais as cores que aparecem? Onde esto? Vai at l e mostre com sua mo?
Algum trabalho parece com alguma coisa que vocs j viram? Esse trabalho figurativo.
Qual s tem linhas de diferentes tipos?
Alguns trabalhos ficaram parecidos? Quais? Por qu?
Faa as suas anotaes! Sempre que possvel, fotografe os trabalhos dos alunos; assim voc
preserva um registro do percurso de sua turma que pode mostrar a eles em outras conversas, retomando e
valorizando suas criaes. Sorteie quem vai ficar com os painis.
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Com o intuito de ampliar o repertrio dos alunos a respeito de linhas, procure vdeos, imagens e/ou
livros que apresentem, de forma expressiva, movimentos e composies com diferentes linhas e
proporcione momentos de apreciao/leitura dos recursos utilizados.
Sugestes: Vdeo: A linha (La Lnea de Osvaldo Cavandoli) TV Cultura; Youtube; livros: Para olhar
e olhar de novo de Eliana Pougy (acervo Programa Ler e Escrever); Linha animada Malu e Pedro.
Ilustraes de Andra Vilela, Editora Cortez (Lendo e Aprendendo, 2006. MULT CI - Opo 2 SEE)
PROPOSIO 7
Professor, a proposta de trabalho, agora, estudar o ponto!
Oferea lpis grafite e papel sulfite e pergunte s crianas qual o menor desenho, a menor marca
que conseguem fazer no papel. Deixe-os falar, experimentar e mostrar vontade. provvel que alguns j
conheam a palavra e digam que o ponto, mas se no disserem voc diz que o ponto. Pergunte-lhes
ento, quem sabe fazer um e converse sobre coisas que parecem um ponto:
Uma estrela bem longe, l no cu?
A cabea de um alfinete?
Um pinguinho de caf em uma toalha branca?
O que mais?
Seria possvel fazer um desenho utilizando apenas pontos? Como?
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Em seguida, pea aos alunos que em subgrupos abram o livro Arte para Crianas na pgina 21 e
observem a pintura Serpente sonhando, do artista Keith Kaapa Tjangala. Pergunte-lhes como acham que
essa pintura foi feita, com o auxlio das seguintes questes:
Qual seria a cor do suporte?
Aparecem quais tipos de linhas? (retas, curvas, sinuosas, espirais)
H pontos?
Quem est vendo a serpente? De onde?
Ser que essa pintura foi feita com lpis de cor, canetas hidrogrficas, tinta e pincel?
Falem sobre esta imagem, o que ela diz para vocs?
Vocs fariam um desenho apenas com pontos?
Por que ser que o artista deu esse nome sua obra? Serpentes sonham? O que?
Deixe disposio dos alunos folhas de papel carto em diferentes cores e pea para que cada um
escolha uma, na cor que preferir. Diga-lhes que devero criar um desenho, inspirados no do artista
estudado e fazendo-o utilizando apenas pontos. Diga-lhes tambm que, embora o suporte seja retangular,
eles podero alter-lo, recortando ou rasgando, de modo a deix-lo no formato que preferirem: um
quadrado, um tringulo, um crculo, uma forma irregular, uma folha com um buraco recortado no meio para
pintar em volta...
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Embora o trabalho seja individual, voc pode organizar os alunos em grupos para facilitar a utilizao
das tintas e as trocas verbais sobre os trabalhos entre as crianas durante o fazer.
Distribua copinhos descartveis de caf com tinta guache azul, vermelho, amarelo, preto e branco
(um conjunto para cada grupo ou aluno), cotonetes e/ou qualquer outro material que possibilite o desenho
com pontos: lpis (usar o lado inverso ao da ponta), o cabo do pincel... Tambm podero utilizar a ponta
dos dedos, entretanto, apenas aps o professor verificar se h indicao de que a tinta no txica na
embalagem!
De maneira informal oriente os alunos na utilizao de cores diferentes das oferecidas; para isso,
deixe disposio dos grupos alguns copinhos extras para que possam fazer as possveis misturas.
Incentive a pesquisa de cores!
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Os alunos devero molhar o cotonete (ou outro instrumento) na tinta guache e carimbar no papel
carto, formando desenhos que no precisam ser figurativos. O objetivo desta proposio a
experimentao com pontos. Circule entre os alunos, sempre observando como realizam a tarefa, seus
avanos, dificuldades, dvidas.
Exponha todos os trabalhos. Voc pode coloc-los sobre as carteiras arrumadas como se fosse uma
grande mesa, j que estaro midos e ser difcil prend-los parede, e pedir aos alunos que os observem
e comentem as imagens numa roda de conversa, pergunte:
Reconhecem algo? O que?
Onde s tem forma e cor?
Todos utilizaram apenas pontos para realizar os trabalhos?
Foi difcil? Por qu?
Em quais trabalhos o espao do papel est todo ocupado?
Quais as formas de suporte que mais apareceram?
Houve criao de novas cores a partir das oferecidas? Elas tm nomes?
Devolva os trabalhos aos seus autores e no se esquea de fazer as suas anotaes; elas sero um
grande apoio para que voc possa verificar e ajudar aqueles que tm mais dificuldades, para selecionar o
que precisa ser retomado e planejar encaminhamentos. Se possvel, antes da devoluo fotografe os
trabalhos junto aos seus autores.
PROPOSIO 8
Aproveite a experincia dos alunos com as misturas e criao de cores realizada na proposio
anterior e diga-lhes que a proposta agora observar as cores.
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Antes da aula, prepare papis celofane de muitas cores, cortados de forma retangular, de maneira
que possam cobrir os olhos das crianas como se fossem culos.
Diga-lhes que a aula hoje ser fora da sala: no ptio, no jardim, se possvel na rua, em volta do prdio
da escola. Antes de sarem reforce que necessrio que fiquem sempre juntos a voc. Explique que a
proposta observar com muita ateno as cores do cu, das rvores, flores, animais, automveis, paredes,
telhados...
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Profa. Sandra Aparecida Cavassani Penedo
Faa o mesmo exerccio com as cores do cu, das flores, etc. Observe sempre os alunos que tm
mais dificuldade em identificar cores e ajude-os!
A seguir, distribua os retngulos de papel celofane, um conjunto de vrias cores para cada aluno.
Pea a eles que coloquem sobre os olhos, primeiro uma cor de cada vez, e depois experimentem colocar
duas ou mais cores sobrepostas Pergunte-lhes se com esses culos h alterao nas cores que veem.
Incentive-os nessa investigao, pedindo que olhem para o cu, as casas, os colegas, as flores, a escola,
etc.
Voltando para a sala, organize a roda de conversa para que as crianas relatem suas experincias.
importante que voc estimule todas a falar! Pergunte-lhes sobre as cores que mais viram. Solicite que
falem, tambm, o que mudou e por que quando utilizaram o papel celofane sobre os olhos.
Diga-lhes que em arte as cores e as formas so feitas e escolhidas com liberdade pelo artista, tudo
pode acontecer: um cavalo pode ser roxo, os relgios derretidos, as casas voadoras, basta o artista pensar
e fazer a arte assim.
PROPOSIO 9
Retome a conversa da aula anterior e, com os alunos em grupos, distribua novamente o livro Arte
para Crianas e outros do acervo da escola - para que procurem duas obras de arte que representem
coisas imaginrias ou imagens com formas e cores sem nada reconhecvel (abstratas). Pea que localizem
essas imagens apenas em desenhos, pinturas ou esculturas. D-lhes algum tempo para a pesquisa.
Oriente-os a olhar com bastante ateno especialmente as reprodues menores.
A seguir, solicite que cada grupo mostre e conte aos outros o que viu nas imagens que encontraram.
Ajude-os na localizao das pginas e diga a eles os nomes dos autores e das obras. Conte aos alunos que
muitos artistas preferem criar imagens imaginrias ou usando apenas formas e cores sem apresentarem
nada reconhecvel (abstratas)
Prepare, antes da aula, reprodues digitalizadas de obras expressionistas, surrealistas, cubistas,
dadastas (no empregue ainda esses nomes ao conversar com as crianas!) entre outras; contemple
tambm algumas produes contemporneas, dentro da proposta imagens imaginrias ou abstratas -, e
projete-as para apreciao dos alunos. Lembre-se, o foco o uso das cores, mas aproveite tambm para
um incio de conversa sobre a utilizao de diferentes materiais.
Na roda de conversa, propicie que falem sobre essas imagens. Utilizando palavras acessveis,
estimule as crianas a debaterem sobre a liberdade na criao e a liberdade de expresso. Pergunte:
Um artista pode inventar e expor o que quiser?
Pode criar com qualquer material?
Devem existir regras para isso?Por qu?
PROPOSIO 10
Professor, esta aula destina-se experimentao com tintas e cores. Relembre o aos alunos o
passeio pela escola, o uso do papel celofane, a observao das cores e as obras que voc projetou.
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Prepare todo o material antes: tinta guache nas cores azul, vermelho, amarelo, preto e branco; copos
descartveis de caf (para as tintas) e de gua; pincis redondos de diferentes tamanhos, folhas de papel
canson (ou similar encorpado) e papel toalha para limpeza. Embora o trabalho seja individual, voc poder
organizar os alunos em grupos, para facilitar a distribuio do material.
O desafio ser criar o maior nmero possvel de cores! Auxilie aqueles que ainda tm dificuldades
com o guache, pincis e uso da gua como diluente. Oriente-os na mistura das tintas, especialmente na
utilizao do branco, provavelmente pouco lembrado por eles, na criao de diferentes tonalidades. Ainda
no necessrio falar em nuances, matizes, tonalidades, monocromia, cores primrias, secundrias,
contraste...
Pea que cada um faa, na folha que recebeu, manchas ou bolinhas com as cores que inventou,
organizando-as como se fosse um catlogo de cores. Incentive a investigao! Quanto mais cores
diferentes melhor!
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Exponha todos os trabalhos e pea que comentem: as cores que mais aparecem, as mais diferentes,
os nomes que elas tm, como conseguiram inventar determinada cor... Pergunte, apontando algumas
delas ou objetos na sala de aula, quais tintas misturariam para faz-las e por que. Instigue a imaginao, a
percepo, o raciocnio das crianas!
Na roda de conversa, pergunte-lhes o que aprenderam nas ltimas aulas, quais suas descobertas e
dificuldades. Incentive todos a manifestar opinio.
Faa os seus registros e fotografe os trabalhos dos alunos quando possvel. Anote suas observaes,
intervenes e encaminhamentos.
PROPOSIO 11
Para desenvolver esta proposio, voc vai precisar do mesmo material utilizado na anterior, com
exceo do papel canson que ser substitudo por um painel de papel carto.
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Organize pelo menos seis grupos de alunos. Deixe disposio deles diversas folhas de papel carto
em diferentes cores e fita crepe. Pea para que cada grupo escolha duas folhas da mesma cor ou no e
cole-as pelo avesso com a fita crepe, formando um painel com o tamanho de duas folhas. Diga-lhes que
podero, se quiserem, alterar a forma desse suporte, recortando-o.
Prenda, com fita crepe, os painis na parede, de forma que seja fcil para as crianas desenharem e
pintarem sobre ele. Diga-lhes que todo o cuidado necessrio, pois, a tinta, se estiver muito lquida, poder
escorrer, manchar ou estragar o trabalho. Se voc preferir no correr riscos, oriente-os a pintar com os
painis no cho ou sobre as carteiras, colocando-os na parede apenas depois de prontos.
O desafio ser criar um desenho de algo que no existe ou algo que existe, mas pintado com cores
inusitadas lembre-os do exerccio de observao com papel celofane!
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PROPOSIO 12
Para esta atividade, leve para a sala de aula um objeto tridimensional dentro de uma caixa de
papelo fechada, mas com duas aberturas laterais para que um aluno por vez possa introduzir suas mos e
manipul-lo sem v-lo. Escolha um objeto que tenha variedade de texturas e que possibilite uma
experincia ttil enriquecedora, evitando formas simplificadas como esferas ou cubos. D preferncia a um
objeto que no oferea riscos s crianas, pois elas iro toc-lo.
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Oriente os alunos para que apenas toquem o objeto at reconhec-lo, mas que no digam nada aos
outros; a descoberta dever ser mantida em segredo!
Depois que todos tiverem sentido o objeto sem falar nada, pergunte a toda a classe o que
perceberam:
pesado? Leve?
quente? Frio?
uma pea nica? Tem partes que se movem?
spero ou liso? Tem partes speras?
De que material voc acha que foi feito? (Pelcia, borracha, loua, plstico, metal? Diversos
materiais misturados?)
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Que objeto seria? (Uma boneca? Um carrinho, um vaso, um animal, uma colher, algo
desconhecido?)
Pea-lhes que faam, rapidamente, um desenho, um rascunho de como imaginam que seja este
objeto. A seguir, retire o objeto da caixa e mostre-o aos alunos.
Na roda de conversa diga s crianas que artistas desenham, pintam, fotografam, mas tambm
fazem esculturas, modelagens, objetos artsticos.
Converse com o grupo sobre tridimensionalidade, dizendo que, diferente de um desenho, de uma
fotografia, que so bidimensionais, um objeto tridimensional como a modelagem, a escultura pode ser visto
ou sentido - de todos os lados. No se preocupe com esses conceitos ainda.
PROPOSIO 13
Retome a proposio anterior e, mais uma vez, com os alunos organizados em grupos, entregue a
cada grupo um livro Arte para Crianas e mais outros que existam na biblioteca da escola e pea-lhes que
procurem quatro imagens que representem esculturas, modelagens ou objetos tridimensionais.
Combinem um tempo para a pesquisa; circule entre os grupos, oferea ajuda.
Terminada a investigao, solicite que cada grupo mostre aos outros as imagens encontradas. Mais
uma vez, ajude-os na localizao das pginas. Comentem as imagens, diga o nome de seus autores.
Lembre-os que so obras de arte que podem ser vistas de todos os lados, embora as imagens delas
disponveis nos livros, por serem fotografias, mostrem apenas um dos lados. Conversem sobre isso!
A seguir, projete imagens digitalizadas mostrando esculturas de diferentes pocas, pases, culturas,
autores. Voc precisa preparar este material com antecedncia.
Na roda de conversa, pergunte-lhes:
Na cidade em que moram, ou em outra que conhecem, j viram alguma escultura?
Onde? (Em praas, jardins, igrejas, museus ou cemitrios?)
Por que elas foram colocadas nestes lugares?
So esculturas de pessoas, animais ou de que?
No se preocupe, ainda, em diferenciar escultura, modelagem, objeto...
Lembrete: Solicite aos alunos que tragam para a prxima atividade, massinha de modelar e objetos
pequenos como: tampinhas de garrafa, canudinhos para refrigerantes, gravetos, arames encapados com
plstico colorido, (utilizados para fechar pacotes de po de forma), botes, bolinhas de isopor, caixinhas,
barbante, etc.
PROPOSIO 14
Professor, esta proposta individual.
Com o material solicitado na aula anterior, cada aluno dever criar um objeto tridimensional. Digalhes que devero criar algo que possa ser contemplado de todos os lados, inclusive, visto de cima! Podero
criar bichos, pessoas, bonecos ou at uma forma abstrata.
Leve voc tambm alguns materiais e, se possvel, argila.
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Circule pela sala oferecendo ajuda e material. Observe se, de fato, os alunos trabalham
tridimensionalmente, pois, muito comum que crianas, embora utilizem massinhas, faam desenhos no
plano - com elas.
A seguir, coloque todos os trabalhos sobre uma mesa grande ou carteiras reunidas - e comentem
os resultados. Converse com os alunos e verifiquem se houve o mesmo cuidado na execuo de todas as
faces dos objetos. Oriente a leitura de alguns deles de modo que falem sobre suas escolhas no uso das
cores, das formas e volumes.
Na roda de conversa estimule todos a comentarem suas produes, se h diferena entre o desenho
e estas representaes, se elas podem ser vistas de todos os lados, quais suas maiores dificuldades, o que
aprenderam...
Conversem sobre as diferentes possibilidades de se fazer arte, de expressar ideias, lembrando que
artistas no utilizam apenas lpis e papel! Pergunte ao grupo se j viram outras formas de manifestaes
artsticas.
No se esquea das suas anotaes!
Lembrete: Diga aos alunos que, na prxima aula faro um trabalho gigante, em grupos! Solicite que
tragam caixas grandes (podem pedir em lojas, supermercados), massinha de modelar, tampinhas de
garrafa, canudinhos para refrigerantes, gravetos, arames encapados com plstico colorido, botes, bolinhas
de isopor, caixinhas, embalagens diversas, barbante, sucata, fitas, clipes, etc.
Voc dever preparar com antecedncia, material para pintura: tinta guache, pincis, copos
descartveis, papel toalha. No se esquea de providenciar, tambm, cola, grampeador, fitas crepe e
adesiva, elsticos, diferentes tipos de papis coloridos: espelho, carto, celofane, laminado, etc.
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PROPOSIO 15
Mostre aos alunos reprodues de obras de Joan Mir ou de outros artistas que voc pesquisar e que
apresentem caractersticas semelhantes a das obras que sugerimos:
Personagens, 1976 Paris
Personagem, 1967 Frana
A carcia de um pssaro - Fundao Mir Barcelona
Mulher e pssaro 1983 - Barcelona
Conversem sobre elas, sobre tridimensionalidade, os materiais utilizados, a forma, as cores e fale um
pouco sobre o artista. (voc encontrar informaes no livro Arte para Crianas). No se esquea de
reforar com os alunos que o que eles esto vendo uma foto de um objeto artstico tridimensional e no o
objeto.
Em seguida, organize os alunos em grupos, cada um com o material que trouxeram e mais aqueles
que voc deixar disponvel. Diga-lhes que o desafio ser criar, de forma tridimensional, um ser de outro
planeta!
Incentive o grupo a ousar, experimentar os diferentes materiais, a amassar, modelar, esculpir, cortar,
rasgar, colar, amarrar, torcer, esticar, furar, enrolar, grudar...
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Grupo 1
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Grupo 2
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Grupo 3
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importante que voc circule entre os grupos, sempre instigando, problematizando, oferecendo
ajuda e cuidando que manipulem os diferentes materias com segurana!
Assim que todos terminarem, coloquem as produes em locais bem separados da sala e realizem
uma visita a cada uma delas. Pea que falem sobre o processo criativo, os problemas enfrentados, as
solues encontradas e o que significam para os participantes do grupo, sempre adequando estas
colocaes de modo que os alunos possam compreend-las. Incentive todos a falar!
Faa uma pequena leitura de cada produo, perguntando:
De que planeta veio a criatura?
Que lngua fala? Quais sons emite?
Se do bem?
Como se alimenta?
Onde vive?
Tem poderes especiais? Quais?
O que veio fazer na Terra? Como chegou at aqui?
Qual recado deixaria para os habitantes do nosso planeta? ...
Na leitura incentive os alunos a falarem sobre as cores, linhas, formas, volumes, estruturas e
materiais presentes no trabalho.
Fotografe as obras! Guarde-as com voc.
Lembrete: Solicite aos alunos que tragam, na prxima aula, os trabalhos realizados nas proposies
anteriores que ficaram com eles, para organizarem, juntos, uma exposio.
Fale com os gestores sobre o uso dos corredores e outros locais da escola para expor as produes
dos alunos.
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PROPOSIO 16
Junto aos seus alunos, selecionem o que dever ser exposto, tendo o cuidado que TODOS tenham
pelo menos um trabalho na mostra. No se esquea de elaborar com eles as etiquetas com os crditos!
Ocupem corredores, quadras, escadas, jardins com os desenhos, painis, os seres de outro planeta e
tambm as suas fotos. Procurem locais inusitados, especialmente para colocar os aliengenas! Conversem
sobre isso!
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Enquanto estiverem montando os trabalhos e depois disso - vale a pena instigar a leitura e
comentrios dos alunos de outros anos, dos professores, gestores, funcionrios.
Seria bom se os alunos pudessem ter um momento reservado para falarem de sua experincia com
seu pblico... Pense nisso!
AVALIAO
Realize uma roda de conversa final retomando todas as proposies, desde o incio, como forma de
sistematizao dos conhecimentos. Um recurso interessante apresentar turma alguns registros
fotogrficos de cada proposio. Possibilite aos alunos momentos de auto-avaliao, instigando-os a
comentar seu percurso at aqui.
Tenha em mos os seus registros, reveja as produes de sua turma (individuais e grupais) e reflita
sobre a apropriao de noes/conceitos, avanos e dificuldades. Retome as expectativas de
aprendizagem e verifique os diferentes graus de aproximao de cada aluno em relao a elas. Articule o
desempenho dos alunos frente aos momentos de produo/criao, apreciao/leitura e pesquisa na
Histria da Arte.
De maneira adequada a esta faixa etria, observe se o aluno:
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Percebe uma gama diferenciada de cores, linhas, planos, formas, luzes, sombras, texturas,
volumes, nos prprios trabalhos, nos dos colegas e nas imagens da arte.
Experimenta o uso de diferentes cores, linhas, formas, luzes, texturas, planos, suportes,
materiais, instrumentos, etc em suas produes.
Desenvolve um percurso de criao cultivado (influenciado pelas aprendizagens da arte) com
marca pessoal;
Cria novas cores a partir das j existentes que recebe; investiga formas, utiliza diferentes
suportes e formatos.
Investiga, experimenta diferentes materiais, suportes e instrumentos lpis, tintas, esptulas,
papis, tecidos, computador, argila, massa de modelar, etc. - ao desenhar, pintar, esculpir, modelar, filmar,
fotografar... Produz formas no espao bi e tridimensional; etc
Utiliza, intencionalmente, em suas produes alguns dos elementos da linguagem visual para
expressar-se e comunicar-se;
Percebe que tambm pode construir sentidos articulando, intencionalmente, alguns elementos
da linguagem visual;
Interpreta suas prprias produes, as de seus colegas e atribui sentidos a algumas obras de
arte; Compreende, ainda que parcialmente, que linhas, formas, cores podem significar idias, sentimentos;
Compreende que produes artsticas tm autoria e que a arte sempre existiu, em diferentes
pocas e culturas;
Conhece algumas obras de alguns artistas.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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arte na escola. Anamelia Bueno Buoro. 6. ed. So Paulo: Cortez, 2003.
GUERRA, Maria Terezinha T. Ensinar e Aprender: Corrigindo o fluxo do ciclo II. SEE, SP: 2001.
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FERRAZ, Maria Heloisa Correa de Toledo. Metodologia de ensino de Arte. Maria Heloisa C de T
Ferraz, Maria F. de Rezende e Fusari. So Paulo: Cortez 1993.
IAVELBERG, Rosa. Para gostar de aprender Arte: sala de aula e formao de professores. Rosa
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Pedaggicas; organizao de Roseli Ventrella e Maria Alice Lima Garcia. So Paulo: FDE, 2006.
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