Erro Medico

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ERRO MDICO

Banco do Conhecimento/ Jurisprudncia/ Pesquisa Selecionada/ Direito Administrativo

Tribunal de Justia do Estado do Rio de Janeiro


0455209-95.2011.8.19.0001 - APELACAO / REEXAME NECESSARIO -1 Ementa
DES. BENEDICTO ABICAIR - Julgamento: 08/10/2014 - SEXTA CAMARA CIVEL
APELAO CVEL. AO INDENIZATRIA. ERRO MDICO. RESPONSABILIDADE
OBJETIVA DO ESTABELECIMENTO HOSPITALAR. MUNICPIO. SENTENA DE
PROCEDNCIA. 1. A responsabilidade das pessoas jurdicas de direito pblico
objetiva e encontra expressa previso normativa no art. 37, 6, da Constituio
da Repblica. 2. O laudo pericial, no impugnado pelo ru, concluiu que o
atendimento durante o parto no foi conduzido de forma apropriada, ocasionando
sequelas neurolgicas decorrentes de hipoxia neonatal. 3. Em decorrncia da
conduta dos profissionais de sade que atenderam a segunda autora, o primeiro
autor encontra-se acamado desde o nascimento, dependente de prtese
ventilatria, alimentao por gastrostomia, sem interagir com o meio, dependente
de fisioterapia e cuidados de enfermagem. 4. Dessa forma, restando comprovado o
dano e o nexo causal, e no tendo o ru se desincumbido do dever de demonstrar
qualquer excludente de sua responsabilidade, quais sejam, culpa exclusiva ou
concorrente da vtima, fato de terceiro ou caso de fortuito ou fora maior, surge o
dever de indenizar. 5. Dano moral fixado para ambos os autores em R$350.000,00
(trezentos e cinquenta mil reais), que afigura-se razovel, tendo em vista a
peculiaridade do caso concreto. 6. Dano esttico que pode ser cumulado com dano
moral. Smula n 387 do STJ. Valor do dano esttico devido ao primeiro autor que
tambm merece manuteno. 7. Penso mensal devidamente fixada no equivalente
a um salrio mnimo, a partir de quando o primeiro autor completar quatorze anos
de idade, quando poderia ingressar no mercado de trabalho, na condio de
aprendiz. 8. Honorrios de sucumbncia que devem ser reduzidos para
R$15.000,00 (quinze mil reais), nos termos do art. 20, pargrafo 4, do CPC. 9.
Parcial provimento do recurso apenas para reduzir o valor dos honorrios de
sucumbncia.
INTEIRO TEOR
ntegra do Acrdo - Data de Julgamento: 08/10/2014 (*)
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0003541-05.2004.8.19.0064 - APELACAO / REEXAME NECESSARIO-1 Ementa

DES. LUCIANO RINALDI - Julgamento: 08/10/2014 - SETIMA CAMARA CIVEL


Apelao cvel. Ao indenizatria por danos morais c/c pedido de pensionamento
mensal. Morte decorrente de erro mdico. Responsabilidade civil configurada.
Solidariedade entre os Rus. Laudo pericial que atesta a falta de (i) atendimento
imediato; (ii) melhor avaliao do paciente e (iii) realizao de exames cruciais.
Danos morais fixados de forma ponderada. Nenhuma indenizao tem o condo de
reparar o sofrimento insondvel decorrente da perda de um ente querido, mas cabe
ao Judicirio a difcil misso de quantificar o dano moral por meio de critrios que
envolvem a gravidade do dano, sua extenso e durao, a capacidade econmica
do ofensor, a reprovabilidade da conduta e o desestmulo reincidncia. Nesse
contexto, e de acordo com as provas carreadas aos autos, reputa-se pertinente o
valor fixado na sentena apelada. Pensionamento que merece prosperar, a despeito
da ausncia de provas dos ganhos do falecido, diante da presuno relativa de
dependncia econmica nas famlias de baixa renda, onde todos se ajudam
mutuamente. Termo inicial que deve ser a data da citao, pois os filhos do falecido
j alcanaram a idade de 25 anos estipulada na sentena como termo ad quem,
no podendo ser prejudicados pela demora na tramitao do processo. Majorao
da penso da viva para 01 salrio mnimo a contar da data em que seus filhos
completaram 25 anos. Desprovimento dos recursos dos Rus e parcial provimento
ao apelo dos Autores, para fixar como termo inicial do pensionamento a data da
citao vlida e majorar a penso da viva para 01 salrio mnimo a contar do dia
em que seus filhos completaram 25 anos.
INTEIRO TEOR
ntegra do Acrdo - Data de Julgamento: 08/10/2014 (*)
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0013128-35.2010.8.19.0066 - APELACAO -1 Ementa
DES. TEREZA C. S. BITTENCOURT SAMPAIO - Julgamento: 01/10/2014 - VIGESIMA
SETIMA CAMARA CIVEL CONSUMIDOR
APELAO CVEL. AO DE RESPONSABILIDADE CIVIL. ERRO MDICO. HOSPITAL.
DANO MORAL. ACIDENTE DE TRABALHO. CORTE NA MO ESQUERDA. LIMPEZA E
SUTURA DO FERIMENTO. - PRESENA DE CORPO ESTRANHO NO DETECTADO.
NECESSIDADE
DE
REALIZAO
DE
PROCEDIMENTO
CIRRGICO.
RESPONSABILIDADE SUBJETIVA DO MDICO. CULPA. ATRASO NO TRATAMENTO
ADEQUADO. - RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO HOSPITAL. NEXO DE
CAUSALIDADE CONFIGURADO. - DANO MORAL. SENTENA REFORMADA EM PARTE.
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
INTEIRO TEOR
ntegra do Acrdo - Data de Julgamento: 01/10/2014 (*)
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0001813-76.2007.8.19.0078 - APELACAO -1 Ementa


DES. AGOSTINHO TEIXEIRA DE ALMEIDA FILHO - Julgamento: 29/09/2014 DECIMA TERCEIRA CAMARA CIVEL
CLAUDELIR CARVAHO DA SILVA ajuizou ao indenizatria contra (1) MUNICPIO
DE ARMACO DOS BZIOS/RJ, (2) HOSPITAL MUNICIPAL DR. RODOLPHO PERISSE
e (3) HENRI VANDENBOER. A autora diz que foi submetida cirurgia plstica
reparadora realizada pelo terceiro ru, que havia sido contratado pelo primeiro
demandado, para atender os pacientes da localidade. Narra que aps o
procedimento, executado nas dependncias do segundo ru, no lhe foi prescrito
nenhum medicamento, apesar de sentir fortes dores. No ps-operatrio, foi
constatada a necessidade de outra cirurgia, em razo de o primeiro procedimento
ter apresentado falhas. Salienta que o Municpio no lhe prestou assistncia para a
nova cirurgia e, por isso, buscou mdico da rede privada. Pede reparao material
e moral. Houve prova pericial (fls. 274/294 e 311/314). A sentena julgou
procedente os pedidos para condenar os rus, solidariamente, ao pagamento de R$
10.000,00, por danos morais, e R$ 4.750,00, pelo prejuzo material (fls. 326/329).
Recurso da autora para majorar a indenizao por dano moral e a verba honorria
(fls. 329/337). Apenas o terceiro ru apresentou contrarrazes (fls. 344/347). o
relatrio. O erro mdico e o dano fsico sofrido pela autora so incontroversos. De
acordo com a prova tcnica, houve retirada em excesso de pele das plpebras
inferiores alm de leso dos retinculos suspensores das plpebras inferiores,
ocasionando ectrpio cicatricial. Como consequncia deste quadro poder levar a
ressecamento dos olhos por exposio da crnea e falta de lubrificao, pois a
lgrima no fica acumulada no fundo de saco conjuntival, ocasionando ceratite, que
no tratada pode levar a cegueira. um quadro agudo que deve ser corrigido
rapidamente (fls. 288/289). Como se v, a cirurgia realizada pelo terceiro ru no
foi bem sucedida e deixou graves sequelas, que, se no corrigidas, podem levar
cegueira. Alm disso, o expert apontou leso esttica moderada (fl. 286). Atento a
essas circunstncias e extenso do dano, a indenizao deve ser elevada para R$
15.000,00. No tocante aos honorrios, o percentual de 10% fixado na sentena
est em consonncia com a natureza da causa e sua pouca complexidade. Ante o
exposto, dou parcial provimento ao recurso, monocraticamente, com aplicao do
artigo 557, 1-A do CPC, e arbitro a indenizao em R$ 15.000,00 (quinze mil
reais).
INTEIRO TEOR
Deciso Monocrtica - Data de Julgamento: 29/09/2014 (*)
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0480661-10.2011.8.19.0001 - APELACAO -1 Ementa
DES. TEREZA C. S. BITTENCOURT SAMPAIO - Julgamento: 23/09/2014 - VIGESIMA
SETIMA CAMARA CIVEL CONSUMIDOR
APELAO CVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. CIRURGIA ORTOPDICA. FALHA NA
PRESTAO DE SERVIO. ERRO MDICO. CONFIGURAO. NEXO CAUSAL
COMPROVADO. LAUDO PERICIAL INCONTESTE. DANOS MORAIS E ESTTICOS

CONFIGURADOS. LEGITIMIDADE PASSIVA DO PLANO DE SADE. PRECEDENTES


JURISPRUDENCIAIS DESTA CORTE E DO E. STJ. 1. Ao contrrio do que entende a
recorrente, o plano de sade parte legtima para figurar no polo passivo da ao
de indenizao proposta pela contratante, vtima de erro mdico, praticado por
profissional de sua rede credenciada. Isto porque sendo o contrato fundado na
prestao de servios mdicos e hospitalares prprios e/ou credenciados, no qual a
operadora de plano de sade mantm hospitais e emprega mdicos ou indica um
rol de conveniados, no h como afastar sua responsabilidade solidria pela m
prestao do servio. 2. Igualmente, inexiste a possibilidade de reforma da
sentena para acolher o pleito de denunciao da lide, haja vista a inaplicabilidade
de tal modalidade de interveno de terceiro em demandas como a que ora se
analisa. A tal respeito, impende destacar que no outro o entendimento desta
Egrgia Corte Estadual que, em seu verbete n 92, assim estabeleceu
"Inadmissvel, em qualquer hiptese, a denunciao da lide nas aes que versem
relao de consumo". 3. Estabelecidas tais premissas e considerando que a
responsabilizao aqui tratada prescinde da comprovao de qualquer conduta
culposa, verifica-se que o laudo pericial restou conclusivo acerca da
responsabilidade civil dos rus no desfecho dos fatos. 4. Resulta claro de tal anlise
que, em que pese o procedimento cirrgico ter sido adequado ao caso da autora e
nele ter sido empregado corretamente as tcnicas previstas, houve a quebra de um
fio metlico e o mesmo ficou alojado no corpo da autora. Neste ponto, acentue-se
por relevante que, ainda que tal material no tenha acarretado danos sade da
requerente, tal fato fez com que a autora se submetesse a um novo procedimento
cirrgico, o que, inegavelmente, causou-lhe transtornos que ultrapassam os meros
aborrecimentos cotidianos. Dano moral configurado e majorado. 5. Presente
tambm o dano esttico, espcie de dano extrapatrimonial que no se confunde
com o dano moral, destinado ao ressarcimento do defeito fsico que distingue
negativamente a vtima de seus semelhantes e provoca repulsa a quem v a
cicatriz. Neste ponto, nota-se que o laudo pericial comprova que da leso sofrida
pela autora restou um dano esttico de grau leve, sendo portanto, razovel o valor
fixado na sentena. 6. Negativa de seguimento do recurso do 2 ru e parcial
provimento do recurso da parte autora.
INTEIRO TEOR
Deciso Monocrtica - Data de Julgamento: 23/09/2014 (*)
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0019299-51.2007.8.19.0021 - APELACAO -1 Ementa
DES. ADOLPHO ANDRADE MELLO - Julgamento: 09/09/2014 - NONA CAMARA
CIVEL
DIREITO CIVIL. Responsabilidade Civil. Pedido condenatrio, Fulcro em diagnstico
equvoco, interrupo de gestao, ensejando dano moral a ser compensado.
Sentena de procedncia. Condenao da r a pagar o valor de oito mil reais.
Fundamento. Conduta culposa do mdico responsvel pelo diagnstico equivocado
apresentado autora, e, portanto, responsabilidade solidria do ru ( art. 14, 4
do CDC ). Recursos. Autora, reforma parcial, majorao do quantum. Ru, reforma

total. Sentena que se confirma. Alicerce em laudo contundente. Conduta culposa


do mdico assistente, a destoar da boa prtica mdica, ao indicar o procedimento
de curetagem, mesmo sem absoluta certeza da interrupo da gravidez, o que s
seria possvel aps ultimado exame complementar, ultra-sonografia transvaginal.
Se a apelada tivesse, cegamente, seguido a orientao equvoca que recebeu,
ocorreria uma tragdia. Nexo causal e dano moral que restaram evidenciados.
Falha na prestao do servio. Erro de diagnstico de mdico vinculado ao
apelante, que, ao informar apelada, sobre a interrupo da gravidez, e
consequente " perda " do seu beb, a fez vivenciar grande abalo psicolgico.
Condenao fixada em oito mil reais. Valor que no revela nenhuma exacerbao.
Ao contrrio, bem atende aos princpios da razoabilidade e proporcionalidade.
Ausente razo plausvel seja para reduzir seja para majorar. Desprovimento de
ambos os recursos.
INTEIRO TEOR
ntegra do Acrdo - Data de Julgamento: 09/09/2014 (*)
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0003177-46.2013.8.19.0087 - APELACAO -1 Ementa
DES. AUGUSTO ALVES MOREIRA JUNIOR - Julgamento: 29/08/2014 - VIGESIMA
QUINTA CAMARA CIVEL CONSUMIDOR
APELAO CVEL. DIREITO DO CONSUMIDOR. AO INDENIZATRIA POR DANOS
MORAIS. EXAME DE ULTRASSONOGRAFIA QUE SUGERIU UM SUPOSTO ABORTO.
LAUDO
CONCLUSIVO
NO
SENTIDO
DA
NECESSIDADE
DE
EXAMES
COMPLEMENTARES. ALEGAO DE ERRO DE DIAGNSTICO A DENOTAR FALHA NA
PRESTAO DO SERVIO. AUSNCIA DE PROVA DO QUE FOI ASSEVERADO. DANO
MORAL INOCORRENTE. Autora que narra que em 04/02/2010, sentindo fortes dores
abdominais e sem menstruar desde dezembro de 2009, procurou o Consultrio
Popular onde foi atendida pela Dr Carla Jardim Maia, oportunidade em que a
mdica solicitou a realizao do exame de ultrassonografia a fim de definir o quadro
da mesma paciente. Relata que no mesmo dia dirigiu-se clnica demandada onde
foi atendida pelo mdico, segundo demandado, que realizou referido exame. Alega
que o laudo sugeriu a possibilidade de abortamento retido, tendo o mdico ru na
oportunidade lhe dado a seguinte notcia: "Infelizmente o feto est morto. Voc
perdeu o beb". Considerando o laudo supramencionado, a autora foi encaminhada
para o Hospital Azevedo Lima para realizar o procedimento de curetagem. L
chegando, porm, o exame Beta HCG Qualitativo resultou negativo a concluir que
jamais a autora poderia ter sofrido um aborto retido. Caracterizados o erro mdico
e a m prestao dos servios dos rus, a seu ver, busca o Judicirio para ver
ambos condenados solidariamente ao pagamento de indenizao por danos morais
no montante de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais). Sentena de
improcedncia dos pedidos. APELO AUTORAL que persegue a reforma do decisum
no sentido da procedncia do pedido inserto na exordial. Alegao de erro em
resultado de exame de ultrassonografia no verificada. Ausncia de elementos de
convico para se afirmar que houve falha na prestao do servio. Inteligncia do
artigo 14, 3, inciso I do Cdigo de Defesa do Consumidor. Sentena de

improcedncia que se mantm. RECURSO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO, com


fulcro no artigo 557, caput, do Cdigo de Processo Civil.
INTEIRO TEOR
Deciso Monocrtica - Data de Julgamento: 29/08/2014 (*)
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0030103-70.2009.8.19.0001 - APELACAO -1 Ementa
DES. LUCIO DURANTE - Julgamento: 24/06/2014 - DECIMA NONA CAMARA CIVEL
APELAO CIVEL. DANO MORAL. AUTORA QUE FOI SUBMETIDA CIRURGIA DE
CATARATA NO HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E,
APS ERRO MDICO, PERDEU A VISO E NO DECORRER DE CINCO ANOS COM
DORES NO LOCAL, TEVE O OLHO VASADO. SENTENA DE PROCEDNCIA.
RECURSO DO ESTADO ALEGANDO SUA ILEGITIMIDADE PASSIVA, EM RAZO DA
ADMINISTRAO DO HOSPITAL ESTAR NAS MOS DA UNIO FEDERAL. NO
MRITO,
SUSTENTA
A
AUSNCIA
DE
NEXO
CAUSAL
E
REQUER,
ALTERNATIVAMENTE, A MINORAO DO VALOR DO DANO EXTRAPATRIMONIAL.
REJEIO DAS PRELIMINARES. SEGUIMENTO NEGADO. I - Muito embora instado a
comprovar que a administrao do Hospital dos Servidores da Unio Federal e
em que termos foi firmado o convnio, para que se pudesse avaliar at mesmo a
situao funcional dos servidores, limitou-se o ru a colacionar cpias de
documentao com timbre, sem trazer o ato administrativo normativo (Portaria,
Resoluo, etc.) que atribuiu Unio Federal a administrao do hospital, no se
desincumbindo de trazer o documento citado, sendo a documentao colacionada
insuficiente. Por outro lado, verifica-se que o servio foi prestado por servidor
pblico estadual (documento de fls.68/69 - doc.00083); II - Na forma do artigo 37,
6, da CF/88: "As pessoas jurdicas de Direito Pblico e as de Direito Privado
prestadores de servios pblicos respondero pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsvel nos casos de dolo ou culpa". Como cedio, a Constituio Federal
adotou a teoria do risco administrativo, onde a responsabilidade civil objetiva do
Poder Pblico decorre de ato de servidor pblico, como o caso em deslinde; III
Inexiste cerceamento de defesa o fato do magistrado no ter acolhido o pedido de
produo de prova pericial, pois o julgador o destinatrio final da prova, cabendo
a ele a anlise da pertinncia da realizao da prova pericial. A magistrada de piso,
corretamente, entendeu que a autora j teria se submetido segunda cirurgia para
transplante de crnea, o que prejudicaria a prova tcnica para verificao dos
procedimentos realizados na primeira cirurgia, por essa razo indeferiu
corretamente a produo da prova pericial; IV Nexo causal comprovado pelos
documentos carreados aos autos pela autora (fls.12/38v - docs.00050), no
havendo, portanto, que se falar em sua ausncia; V - O valor arbitrado a ttulo de
dano extrapatrimonial R$46.500,00 (quarenta e seis mil e quinhentos reais), que
se afigura condizente com o dano esttico experimentado pela autora, que alm de
ficar por cinco anos com dores no olho, j cego, teve esse olho vazado, atingindo,
sem dvida, sua vaidade feminina, alm da perda total da viso do outro olho.

Recurso a que se nega seguimento, com fulcro no artigo 557, caput, do CPC.
INTEIRO TEOR
Deciso Monocrtica - Data de Julgamento: 24/06/2014 (*)
INTEIRO TEOR
ntegra do Acrdo - Data de Julgamento: 23/09/2014
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0361966-05.2008.8.19.0001 - APELACAO -1 Ementa
DES. TERESA CASTRO NEVES - Julgamento: 04/06/2014 - SEXTA CAMARA CIVEL
APELAO CVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. ALEGAO DE ERRO MDICO.
CIRURGIA DE LIPOASPIRAO NA REGIO DO PESCOO E PROCEDIMENTO DE
BIOPLASTIA NA FACE. PROCEDIMENTO ESTTICO EM AMBIENTE AMBULATORIAL.
USO
DE
SUBSTNCIA
POLIMETILMETACRILATO
PMMA.
ERRO
NO
PROCEDIMENTO. APLICAO EXCESSIVA DO MATERIAL. EDEMA PERMANENTE E
IRREVERSVEL NA FACE. IMPERICIA DO MDICO. DANO MORAL E ESTETICO,
CARACTERIZADOS. 1- A percia mdica mais adequada, no sentido de se buscar
a verdade e obter subsdios a comprovar os fatos alegados no processo. 2- Prova
oral que se mostraria irrelevante e no teria fora suficiente, para ilidir a prova
tcnica ou desqualific-la. 3Por se tratar de matria eminentemente tcnica, o
laudo pericial ganha importncia destacada, haja vista a impossibilidade de se
aferir, sem auxlio, a adequao da atuao tcnico-cientfica do mdico, afeta o
campo do saber completamente distinto da formao tcnico-jurdica do julgador.
4- O julgador no est vinculado ao laudo pericial, mas no se pode negar a
relevncia da percia em casos tais, podendo ser divisor de guas para efetividade
da tutela jurisdicional. 5Inocorrncia de cerceamento de defesa, a R no ficou
impedida de elucidar pontos controversos, sendo-lhe dada a chance de
acompanhar e intervir na produo de prova tcnica com a indicao de assistente
tcnico e formulao de quesitos. 6- O laudo pericial foi submetido ao crivo do
contraditrio, tendo o juiz concedido s partes oportunidade de se manifestarem
sobre o mesmo e apresentarem sua posio. 7- O juiz o destinatrio da prova,
somente a ele cumpre aferir acerca da necessidade, ou no, de sua realizao para
a formao do seu convencimento, conforme estabelece a regra do art. 130, do
CPC. 8- O principio o da livre apreciao das provas o juiz quem deve se
convencer da verdade dos fatos e decidir de acordo com o seu convencimento. 9A R profissional liberal, sua responsabilidade subjetiva, conforme estabelece o
4 do art. 14 do Cdigo de Defesa do Consumidor. 10- Compete parte Autora
comprovar que o mdico agiu com imprudncia, negligncia, ou impercia, ao
realizar o procedimento, provando a existncia do alegado erro mdico, bem como
as leses morais sofridas em decorrncia desse erro, nos termos do que dispe a
regra do art. 333, inciso I, do CPC. 11- O mdico especializado em cirurgia plstica
realmente possui uma obrigao de resultado, sendo a sua culpa por eventuais
danos presumida. 12- O Perito concluiu que: "Os procedimentos propostos pela R
no obtiveram os resultados esperados e provocaram insatisfao da Autora diante

da aparncia que apresenta na regio facial, edema permanente pela aplicao


excessiva de PMMA e a persistncia da "papada" no pescoo (regio
cervicomandibular)". 13- O Perito afirma que foi a quantidade excessiva do
produto PMMA - polimetilmetacrilato - a causa do edema que atingiu o rosto da
Autora.14- No houve alerta da mdica com relao aos possveis resultados da
bioplastia, prejudicando a escolha da Autora em decidir se desejava ou no se
submeter ao procedimento e correr os riscos a ele inerentes, violando o
direito/dever de informao. 15Configurada falha tcnica da R. 16- Dever de
indenizar, nos termos do artigo 5, inciso X da Constituio da Repblica, artigos
186 e 927 do Cdigo Civil, combinado com o artigo 14, 4 do Cdigo de Defesa
do Consumidor. 17- Danos morais, esttico e material comprovados. Reforma da r.
sentena to somente em relao a reduo dos danos materiais. 18- Parcial
Provimento ao recurso.
INTEIRO TEOR
ntegra do Acrdo - Data de Julgamento: 04/06/2014 (*)
INTEIRO TEOR
ntegra do Acrdo - Data de Julgamento: 01/10/2014
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0006224-32.2010.8.19.0055 - APELACAO -1 Ementa


DES. MARIO GUIMARAES NETO - Julgamento: 26/05/2014 - DECIMA SEGUNDA
CAMARA CIVEL
APELAO CVEL ERRO MDICO RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO ENTE
PBICO ART. 37, 6, DA CONSTITUIO FEDERAL DANO MORAL
CARACTERIZADO. 1. Autor, menor de 12 (doze) anos, que se dirigiu a um posto de
sade municipal para obter atestado mdico, com vistas realizao de atividade
fsica. Autor que foi considerado inapto para praticar esportes, ante o diagnstico
sugestivo de febre reumtica, sendo-lhe prescrito o tratamento de injeo de
Bezetacil a cada 21 (vinte e um) dias, durante 6 (seis) meses. 2. Laudo mdico
pericial conclusivo no sentido do no preenchimento dos critrios mnimos pelo
autor para ser diagnosticado como tendo tido febre reumtica, diante da ausncia
completa de sintomas e sinais atualmente e no passado. 3. Responsabilidade Civil
Objetiva do Estado, por atos de seus agentes, nos termos do art. 37, 6, da
Constituio Federal. 4. Indenizao por dano moral fixada de forma escorreita,
com base nos princpios da razoabilidade e da proporcionalidade, levando em
considerao o fato de que o autor permaneceu por 3 (trs) anos impossibilitado de
realizar atividades fsicas, bem como pelos transtornos sofridos em razo dos
efeitos colaterais decorrentes do desnecessrio tratamento com as injees de
Bezetacil. 5. Negativa de seguimento ao recurso, com base no art. 557, caput, do
CPC.
INTEIRO TEOR
Deciso Monocrtica - Data de Julgamento: 26/05/2014 (*)

INTEIRO TEOR
ntegra do Acrdo - Data de Julgamento: 23/09/2014 (*)
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0181011-04.2007.8.19.0004 - REEXAME NECESSARIO - 1 Ementa
DES. MARIA HENRIQUETA LOBO - Julgamento: 27/04/2012 - SETIMA CAMARA
CIVEL
REEXAME NECESSRIO - AO DE INDENIZAO DANO MORAL - ERRO MDICO HOSPITAL MUNICIPAL RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA - INCIDNCIA DO 6
DO ARTIGO 37 DA CONSTITUIO DA REPBLICA. A responsabilidade objetiva
decorrente de ato da Administrao Pblica exige a demonstrao do nexo causal
entre a conduta do seu agente e o resultado danoso da vtima, o que restou
configurado in casu. Taxista baleado que - ao procurar atendimento em hospital
pblico do municpio ru - recebeu alta na manh seguinte por no ter sido
encontrado sinal de perfurao na cavidade peritoneal. Erro de diagnstico que
culminou com quadro de hemorragia interna e coma profundo, quase levando o
autor a bito. Quantum indenizatrio que atende os princpios da razoabilidade e
proporcionalidade. Presentes o nexo causal entre a conduta dos prepostos do
Municpio e o dano sofrido pelo autor, exsurge o dever de indenizar. Sentena que
se mantm, em reexame necessrio, com base no artigo 557 do Cdigo de
Processo Civil.
Deciso Monocrtica: 27/04/2012
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0006211-08.2004.8.19.0002 - APELACAO / REEXAME NECESSARIO -1 Ementa
DES. MONICA COSTA DI PIERO - Julgamento: 10/04/2012 - OITAVA CAMARA
CIVEL
APELAO CVEL. REEXAME NECESSRIO. ERRO MDICO. HOSPITAL PBLICO.
RESPONSABILIDADE

CIVIL

OBJETIVA

DO

MUNICPIO.

REALIZAO

DE

PROCEDIMENTO CIRRGICO DIVERSO DO INDICADO. DANO MORAL. 1. Persegue


indenizao por dano moral. Responsabilidade da Fundao Municipal de Sade de
Niteri, em razo de defeito na prestao de servio mdico-hospitalar. Autor
vtima de erro mdico consistente na realizao de cirurgia desnecessria e

inadequada de corte do freio do lbio superior, quando deveria ter sido feito a
retirada de gnglio na regio submandibular. Sentena de procedncia. 2.
Responsabilidade civil objetiva do Estado. Art. 37, 6 CF/88. Percia e declaraes
mdicas que demonstram a ocorrncia de nexo causal entre os fatos narrados na
inicial e o dano sofrido. Falha na prestao do servio. Dever de indenizar.
Precedentes desta Corte. 3. Dano moral evidente. Impe-se a manuteno do valor
fixado. 4. Honorrios advocatcios fixados em consonncia com o art.20, 4 do
CPC. 5. Nega-se provimento ao recurso, para manter a sentena, inclusive em sede
de reexame necessrio.
ntegra do Acrdo - Data de Julgamento: 10/04/2012
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0139144-74.2006.8.19.0001 - APELACAO / REEXAME NECESSARIO-1 Ementa
DES. GILDA CARRAPATOSO - Julgamento: 28/02/2012 - OITAVA CAMARA CIVEL
APELAO
REEXAME

CVEL.
NECESSRIO.

RITO

ORDINRIO.

RESPONSABILIDADE

CIVIL

DO

MUNICPIO DO RIO DE JANEIRO. ATENDIMENTO EM HOSPITAL PBLICO DA REDE


MUNICIPAL. EQUIVOCADA INTERPRETAO DE SINTOMAS APRESENTADOS POR
CRIANA DE 7 (SETE) MESES DE IDADE, LIBERADA APS DIAGNSTICO DE
RESFRIADO. FALECIMENTO DA FILHA MENOR DOS AUTORES, 4 (QUATRO) DIAS
APS

ATENDIMENTO

MDICO,

EM

DECORRNCIA

DE

MENINGITE

PNEUMOCCICA. AINDA QUE O LAUDO PERICIAL NO TENHA CONCLUDO PELA


EXISTNCIA

DE

EVIDENCIADO,

CULPA,
QUAL

ERRO

SEJA,

DE

DE

DIAGNSTICO

RESFRIADO.

EST

QUANTUM

CLARAMENTE

INDENIZATRIO

CORRETAMENTE FIXADO, CONSIDERADO O INEFVEL SOFRIMENTO DECORRENTE


DA MORTE DE UMA FILHA, EM TENRA IDADE. NASCIMENTO PREMATURO QUE NO
AFASTA A NEGLIGNCIA DO ATENDIMENTO MDICO NO NOSOCMIO. AGRAVO
RETIDO. DECISO QUE REJEITA A ILEGITIMIDADE PASSIVA E A DENUNCIAO DA
LIDE CORRETAMENTE. APLICAO DO ART. 37, 6 DA CONSTIUIO FEDERAL,
QUE DETERMINA A RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ENTE PBLICO PELOS
DANOS

QUE

SEUS

AGENTES,

NESSA

CONDIO,

CAUSEM

TERCEIROS.

MANUTENO DA SENTENA EM SEDE DE REEXAME NECESSRIO. RECURSO DE


APELAO

AGRAVO

RETIDO

ntegra do Acrdo - Data de Julgamento: 28/02/2012

DESPROVIDOS.

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0119861-02.2005.8.19.0001 - APELACAO - 1 Ementa
DES. ELTON LEME - Julgamento: 15/02/2012 - DECIMA SETIMA CAMARA CIVEL
APELAO CVEL.
AO DE INDENIZAO POR DANO MORAL. ERRO MDICO. HOSPITAL MUNICIPAL.
LESO DE PLEXO BRAQUIAL. DISTCIA DE OMBRO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA
DO MUNICPIO. DANO MORAL CONFIGURADO. DANO MATERIAL INEXISTENTE.
PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO. 1. Nos casos em que a conduta do agente
pblico constitui causa direta e imediata do evento danoso, responde o ente estatal
objetivamente pelos danos causados vtima, nos termos do artigo 37, 6, da
Constituio Federal, exigindo-se apenas a demonstrao do fato, do dano e do
nexo causal. 2. A autora sofreu leso de plexo braquial em decorrncia de distcia
de ombro durante a realizao de manobra em parto normal. 3. A percia apurou
clara e conclusivamente que havia indicao absoluta para a realizao de parto
cesariano, em razo do alto peso da criana e de sua posio (sentada), optando a
mdica

equivocadamente

pelo

parto

normal,

que

causou

danos

fsicos

permanentes menor. 4. Dano moral evidenciado diante da gravidade da leso,


que irreversvel e implicou em reduo de 30% da capacidade laborativa da
menor, a ensejar a majorao pretendida. 5. O pensionamento por ato ilcito, na
forma do art. 950 do Cdigo Civil, tem por fundamento a reduo da capacidade
laborativa apurada pericialmente, sendo devida desde que a autora completar 14
anos, em carter vitalcio, no percentual de 30% sobre o salrio mnimo. 6. Inexiste
na inicial e respectiva emenda pedido de fornecimento de medicamentos ou de
tratamento mdico, razo pela qual no pode ser apreciado. 7. Provimento parcial
do recurso.
ntegra do Acrdo - Data de Julgamento: 15/02/2012
ntegra do Acrdo - Data de Julgamento: 18/04/2012
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0009233-80.2006.8.19.0042 - APELACAO - 1 Ementa
DES. MONICA COSTA DI PIERO - Julgamento: 07/02/2012 - OITAVA CAMARA
CIVEL.
APELAES CVEIS. AO DE INDENIZAO POR DANOS MATERIAIS (LUCROS
CESSANTES), MORAIS E ESTTICOS. DEMANDA QUE VERSA SOBRE DEFEITO NA
PRESTAO DE SERVIO MDICO-HOSPITALAR. DANO MORAL E MATERIAL

CONFIGURADOS. 1. Conhecimento e desprovimento do agravo retido interposto no


curso da demanda. Inocorrncia de cerceamento de defesa, tendo em vista o que
determina a regra inserida no art. 130, da lei processual civil. 2. O cerne da
questo gira em torno da responsabilidade do Municpio de Petrpolis, em razo de
defeito na prestao de servio mdico-hospitalar, porquanto o nosocmio
municipal no procedeu, quando do primeiro atendimento, ao encaminhamento do
paciente segunda etapa do tratamento, qual seja, a realizao de cirurgia para a
implantao de espaador de silicone, que seria seguida de uma terceira etapa,
referente ao procedimento cirrgico de enxertia tendinosa. 3. A responsabilidade
civil do Estado, por atos de seus agentes, encontra amparo legal no artigo 37,
pargrafo 6, da Constituio da Repblica. A responsabilidade do ente pblico ser
objetiva quando se tratar de conduta comissiva ou omissiva especfica, e ser
subjetiva, quando se pautar em omisso genrica. Responsabilidade objetiva
configurada. 4. Prova pericial que converge no sentido de que o primeiro
procedimento de curativo dirio era insuficiente para a cura da ferida, que o
tratamento de enxertia tendinosa no foi realizado e que a implantao de
espaador de silicone foi executada com atraso, o que torna flagrante a ocorrncia
de erro mdico. 5. Elementos probatrios constante dos autos que denotam a falha
no

tratamento

inicial

conseqente

demora

no

atendimento,

fatores

preponderantes para o desencadeamento do evento. 6. Impossibilidade de ser


afastada a responsabilidade do Municpio de Petrpolis a dar ensejo a reparao
material e moral devidas. 7. Dano moral configurado, porquanto a atuao
negligente

do

ru

certamente

repercutiu

de

forma

negativa

na

esfera

personalssima do autor. Manuteno da verba arbitrada, considerando-se a lgica


do razovel e de acordo com a finalidade da condenao. 8. No que concerne ao
pedido de indenizao por danos materiais, consistentes no pagamento de penses
mensais at o ms em que o autor recuperasse a sua capacidade laborativa, obrou
com acerto o julgador monocrtico, estabelecendo a sentena o equivalente a um
salrio mnimo mensal, a ttulo de penso alimentcia, pelo perodo de 11/05/2005
a 11/08/2005, corrigido monetariamente a contar da data em que deveriam ter
sido pagos e acrescido de juros de 0,5% ao ms, a contar da citao, 9. Em relao
ao pedido de penso vitalcia, em razo de incapacidade parcial permanente, o
mesmo no foi objeto de postulao, sendo certo que o percentual apurado pelo
expert do juzo no impede o recorrente de exercer atividade profissional. 10.
Desprovimento de ambos os recursos.
ntegra do Acrdo - Data de Julgamento: 07/02/2012

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0000451-69.2004.8.19.0005 - APELACAO 1 Ementa
DES. CONCEICAO MOUSNIER - Julgamento: 26/10/2011 - VIGESIMA CAMARA
CIVEL.
Ao de responsabilidade civil. Falecimento de nascituro, aps erro mdico.
Gestao normal, sobrevindo problemas decorrentes do parto. Sentena de
procedncia parcial do pedido, condenando a Municipalidade R ao pagamento de
indenizao por danos morais a repartidos em partes iguais aos genitores.
Inconformismo da Municipalidade R. Entendimento desta Relatora quanto a ser
aplicvel o disposto no art. 37, 6 da CR/88, havendo responsabilidade objetiva do
ente estatal, no caso sub judice, o Municpio de Arraial do Cabo. Nesta modalidade
de responsabilidade, cumpre to somente analisar a existncia do fato, do dano e
do nexo causal. A me do menor passou por uma gestao normal, no havendo
indcios de que a mesma ou o feto sofressem de qualquer patologia. No perodo o
qual a Autora permaneceu em trabalho de parto, no h na ficha clnica qualquer
anotao sobre evoluo mdica ou de enfermagem. Ou seja, o pronturio
deficiente nas informaes, demonstrando pouca diligncia em sua confeco.
Consta apenas a informao de que o feto nasceu vivo e teria chorado ao nascer,
no havendo qualquer outro relato a respeito de suas condies de sade.
Posteriormente, fornecido outo pronturio pelo Hospital Daniel Lipp, para o qual o
recm-nascido foi

posteriormente encaminhado, apontando a ocorrncia de

aspirao de mecnio pelo beb e asfixia, da qual decorreu, inclusive, patologia


neurolgica. Portanto, considerando que a aspirao de mecnio s pode correr
antes ou durante o parto, tal fato deveria ter sido observado pelo mdico que
realizou o parto e, consequentemente, relatado no pronturio mdico. Diante da
inexistncia de qualquer anotao na ficha mdica, presume-se que aquela
intercorrncia no foi diagnosticada pelo corpo clnico do nosocmio municipal
cabista e, tampouco, foram adotados os procedimentos necessrios para evitar
consequncias mais graves. Precedentes TJERJ. RECURSO A QUE SE NEGA
PROVIMENTO.
ntegra do Acrdo - Data de Julgamento: 26/10/2011
Deciso Monocrtica: 20/04/2012
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0071213-59.2003.8.19.0001 - APELACAO - 3 Ementa


DES. VERA MARIA SOARES VAN HOMBEECK - Julgamento: 25/10/2011 - PRIMEIRA
CAMARA CIVEL.
AGRAVO INOMINADO/APELAO CVEL. AO INDENIZATRIA. MUNICPIO DO
RIO DE JANEIRO. HOSPITAL MATERNIDADE ALEXANDER FLEMING. ERRO MDICO.
FSTULA RETOVAGINAL CAUSADA NA AUTORA EM PROCEDIMENTO DE PARTO
NATURAL. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. ART. 37, 6, DA CONSTITUIO
FEDERAL. DEVER DE INDENIZAR. OCORRNCIA DE DANO MORAL. QUANTUM
MAJORADO. JUROS DE MORA DEVIDOS A PARTIR DO EVENTO DANOSO, EM
PERCENTUAL PREVISTO NO CDIGO CIVIL. APLICAO DA SMULA 54 DO STJ.
PENSIONAMENTO MENSAL NA BASE DE UM SALRIO MNIMO. MANUTENO DOS
HONORRIOS ADVOCATCIOS FIXADOS. SEGUNDO RECURSO DESPROVIDO E
PRIMEIRO PROVIDO.
Deciso Monocrtica: 09/08/2011
ntegra do Acrdo - Data de Julgamento: 30/08/2011
ntegra do Acrdo - Data de Julgamento: 25/10/2011
ntegra do Acrdo - Data de Julgamento: 17/01/2012
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0393158-53.2008.8.19.0001 - APELACAO - 1 Ementa
DES. LUISA BOTTREL SOUZA - Julgamento: 08/06/2011 - DECIMA SETIMA
CAMARA CIVEL
RESPONSABILIDADE CIVIL DO MUNICPIO. ERRO MDICO. PACIENTE QUE FOI
SUBMETIDA CIRURGIA, NA QUAL FOI ESQUECIDO CORPO ESTRANHO EM SEU
CORPO, IMPONDO-LHE SER SUBMETIDA A MAIS UMA CIRURGIA. PRETENSO
INDENIZATRIA. PRESCRIO. NO SE CONSUMOU A PRESCRIO, CUJO TERMO
SOMENTE SE INICIOU A PARTIR DO MOMENTO EM QUE A AUTORA TOMOU
CONHECIMENTO DO FATO LESIVO E/OU SUAS CONSEQNCIAS. PRINCPIO DA
ACTIO NATA. A RESPONSABILIDADE DO MUNICPIO OBJETIVA. TEORIA DO
RISCO ADMINISTRATIVO. ESQUECIMENTO DA GAZE NO CORPO DA PACIENTE, QUE
NO ENCONTROU QUALQUER JUSTIFICATIVA, SENDO INCONTROVERSO O DANO
MORAL. ARBITRAMENTO EM VALOR EQUNIME, OBSERVADO O PRINCIPIO DA
RAZOABILIDADE.

RECURSOS

DESPROVIDOS.

ntegra do Acrdo - Data de Julgamento: 08/06/2011


ntegra do Acrdo - Data de Julgamento: 20/07/2011
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0052043-09.2000.8.19.0001 - APELACAO / REEXAME NECESSARIO-1 Ementa
DES. MONICA COSTA DI PIERO - Julgamento: 12/04/2011 - OITAVA CAMARA
CIVEL
APELAO CVEL. REEXAME NECESSRIO. ERRO MDICO. HOSPITAL PBLICO.
RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO MUNICPIO. LESES NEUROLGICAS
CAUSADAS EM RAZO DE DEMORA NA REALIZAO DE CIRURGIA CESARIANA. 1.
Demora na realizao do parto na segunda autora que ocasionou leso cerebral
irreversvel no primeiro autor. Hospital pblico municipal. Sentena de procedncia
parcial. Recurso da parte r. 2. Responsabilidade civil objetiva do Estado. Art. 37,
6 CF/88. Percia e declaraes mdicas que demonstram a ocorrncia de nexo
causal entre os fatos narrados na inicial e o dano sofrido. Falha na prestao do
servio. Dever de indenizar. 3. Pensionamento devidamente fixado, destinando-se a
subsistncia de ambos os autores. O menor no possui quaisquer condies para o
exerccio das atividades mais simples, como se alimentar ou se vestir, dependendo
permanentemente

de

sua

responsvel,

que,

por

sua

vez,

encontra-se

impossibilitada de exercer atividade laboral face a necessidade de dedicao


exclusiva ao filho.4. Dano moral patente. Imensurvel a dor de uma me que no
pode acompanhar o desenvolvimento normal de seu filho, tendo que se deparar
diariamente com suas limitaes decorrentes de leses permanentes em razo de
negligncia mdica. Menor que ficou privada de uma "vida normal", tendo inmeras
restries, necessitando medicao e tratamento por toda a sua existncia. Impese a manuteno do valor fixado. 5. Necessidade de reparo, to somente, em
relao aos juros de mora, que devem incidir a partir da citao, taxa de 0,5% ao
ms at 10.01.2003e, a contar da, na forma prevista no art. 406 do Cdigo
Civil/02.6. Honorrios advocatcios fixados em consonncia com o art.20, 4 do
CPC. 7. Parcial provimento ao recurso.
ntegra do Acrdo - Data de Julgamento: 12/04/2011
ntegra do Acrdo - Data de Julgamento: 14/06/2011
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0005861-85.2007.8.19.0011 - APELACAO / REEXAME NECESSARIO -2 Ementa


DES. CLEBER GHELFENSTEIN - Julgamento: 12/01/2011 - DECIMA QUARTA
CAMARA CIVEL
AGRAVO

INOMINADO

EM

APELAO

CVEL.

AGRAVO

CONTRA

DECISO

MONOCRTICA DO RELATOR QUE NEGOU SEGUIMENTO AOS RECURSOS DAS


PARTES. ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO ESTADO.
AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS. ATENDIMENTO MDICO EM REDE
PBLICA MUNICIPAL. ERRO MDICO ENSEJANDO A MORTE DO PACIENTE.
INDENIZAO NO VALOR DE R$ 50.000,00 (CINQUENTA MIL REAIS). RECURSO DE
AMBAS AS PARTES. AUTORA QUE BUSCA MAJORAO DA INDENIZAO. RU QUE
BUSCA A REFORMA TOTAL DO JULGADO OU, ALTERNATIVAMENTE, A REDUO DA
CONDENAO.

CONSTITUIO

DA

REPBLICA

IMPUTOU

PESSOAS

JURDICAS DE DIREITO PBLICO RESPONSABILIDADE OBJETIVA, ATRAVS DA


TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO, PARA OS DANOS QUE SEUS AGENTES,
NESTA QUALIDADE, CAUSAREM A TERCEIROS (ART. 37, 6, CR/88). PARA QUE
DESPONTE O DEVER DE INDENIZAR DO ESTADO, BASTA QUE SE COMPROVE O
FATO, O DANO E O NEXO DE CAUSALIDADE. LAUDO PERICIAL QUE CONFIRMA O
ERRO NO ATENDIMENTO MDICO NO HOSPITAL DO MUNICPIO DE CABO FRIO. A
INDENIZAO DEVE OBSERVAR OS PRINCPIOS DA RAZOABILIDADE E DA
PROPORCIONALIDADE. ENTENDIMENTO DESTE E. TRIBUNAL ACERCA DO TEMA.
SENTENA QUE SE MANTM. RECURSOS MANIFESTAMENTE IMPROCEDENTES.
Deciso Monocrtica: 01/12/2010
ntegra do Acrdo - Data de Julgamento: 12/01/2011
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Diretoria-Geral de Comunicao e de Difuso do Conhecimento (DGCOM)


Departamento de Gesto e Disseminao do Conhecimento (DECCO)

Elaborado pela Equipe do Servio de Pesquisa e Anlise de Jurisprudncia (SEPEJ) da


Diviso de Gesto de Acervos Jurisprudenciais (DIJUR)
Disponibilizado pela Equipe do Servio de Captao e Estruturao do Conhecimento (SEESC) da
Diviso de Organizao de Acervos do Conhecimento (DICAC)
Data da atualizao: 21.10.2014
Para sugestes, elogios e crticas: [email protected]

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