Proc - Civil III 2bim
Proc - Civil III 2bim
Proc - Civil III 2bim
Conceito:
So procedimentos em que o juiz limita-se a comunicar a algum uma manifestao de
vontade, com o fim de prevenir responsabilidade ou impedir que o destinatrio possa,
futuramente, alegar ignorncia.
Esses procedimentos podem ser realizados extrajudicialmente, a utilizao do poder
judicirio uma opo.
Na prtica a utilizao do poder judicirio uma opo.
Na prtica a utilizao do nome de uma das medidas pelo da outra no causa problema,
mas elas so diferentes.
Protesto: ato judicial de comprovao ou documentao de inteno do promovente.
ato que supe ter o protestante declarado o seu direito.
Art. 867. Todo aquele que desejar prevenir responsabilidade, prover a conservao e ressalva de seus
direitos ou manifestar qualquer inteno de modo formal, poder fazer por escrito o seu protesto, em
petio dirigida ao juiz, e requerer que do mesmo se intime a quem de direito.
Medidas no admitidas:
No h liminar nem medida inaudita altera paers.
No se admite defesa ou contra=protesto.
No h resposta nos prprios autos, para responder o ru precisa propor uma nova ao
Art. 871. O protesto ou interpelao no admite defesa nem contraprotesto nos autos; mas o requerido
pode contraprotestar em processo distinto.
2.
Sobre o penhor:
O penhor um direito real que j era previsto no ordenamento no cdigo anterior. um
direito real de garantia, sujeito ao principio da tipicidade, isto , a um regramento
especfico (um modelo) previsto na lei.
Incide apenas sobre coisas mveis.
No penhor, a posse direta da coisa mvel passa para o credor, o devedor permanece
apenas com a posse indireta.
A instituio dessa garantia deve ser firmada por contrato, mas h situaes em que
pode ocorrer sem necessidade de conveno entre as partes.
Conceito de Penhor Legal:
um direito real de garantia, institudo por uma lei para assegurar o pagamento de uma
determinada dvida, em benefcio de determinado crdito. Resulta, portanto, da lei e no
da conveno entre as partes.
Hipteses de penhor Legal:
Contrato de hospedagem: recai da garantia sobre a bagagem do hospede;
Contrato de locao de prdio rstico ou urbano: recai a garantia sobre os moveis que
estiverem guarnecendo o imvel locado.
Artistas: podem reter o equipamento a ttulo de cach.
O credor s pode reter os bens at o valor da dvida e deve, inclusive, oferecer recibo.
Se o credor tem apenas um objeto para reter, cujo valor superior dvida, pode retlo j que no h outra opo.
Vislumbra-se uma espcie de auto tutela, pois a reteno uma ao do prprio credor
para garantir o seu direito.
Vale ressaltar que o credor retm os bens em garantia e no pode ficar com ele para o
pagamento da dvida.
Os bens empenhados sero, na execuo da ao de cobrana, penhorados.
Os bens que no so passveis de penhora no podem, tambm, sofrer penhor legal.
Tomado o penhor legal, em ato contnuo, o credor dever requerer a sua homologao.
No h previso de prazo, mas o credor dever tomar as medidas de maneira clere.
Conceito de Homologao:
a ratificao do penhor legal, que visa o reconhecimento de uma situao
preestabelecida de forma atestar-lhe a regularidade.
Natureza Jurdica:
Natureza de jurisdio voluntria e satisfativa, no tem natureza cautelar.
Procedimento:
Inicial:
Deve apresentar contas pormenorizadas das despesas;
Tabela de preos (Art. 1468, CC);
Relao dos objetos retidos;
Requerimento de citao do devedor para pagar em 24 horas ou oferecer defesa.
Admite liminar inaudita altera paers.
Art. 874. Tomado o penhor legal nos casos previstos em lei, requerer o credor, ato contnuo, a
homologao. Na petio inicial, instruda com a conta pormenorizada das despesas, a tabela dos preos
e a relao dos objetos retidos, pedir a citao do devedor para, em 24 (vinte e quatro) horas, pagar
ou alegar defesa.
Pargrafo nico. Estando suficientemente provado o pedido nos termos deste artigo, o juiz poder
homologar de plano o penhor legal.
Defesa:
Nulidade do processo (defesas processuais);
Extino da obrigao;
No se a dvida prevista em lei, ou no estarem os bens sujeitos ao penhor legal.
Se o devedor quedar silente: revelia.
Art. 875. A defesa s pode consistir em:
I - nulidade do processo;
II - extino da obrigao;
III - no estar a dvida compreendida entre as previstas em lei ou no estarem os bens sujeitos a
penhor legal.
Conceito:
Cuida-se de medida para a proteo de direito de quem ainda no nasceu, o nascituro
sucessor da pessoa falecida.
Consiste em uma exame pericial para a prova do estado de gravidez da mulher,
requerente da medida, para poder exercer ou garantir direitos do nascituro.
A ao promovida pela gestante em nome prprio, mas em defesa de direitos alheios.
importante aqui o atestado de bito e a existncia de gravidez.
Natureza Jurdica:
procedimento cautelar especfico, com natureza de jurisdio voluntria.
Finalidade:
Proteo dos direitos do nascituro.
Objeto:
Exame pericial
Constatao da gravidez.
Procedimento:
Comum Cautelar;
Petio inicial deve ser instruda com a certido de bito.
Legitimidade ativa: da me, do MP e da defensoria pblica.
Legitimidade passiva: dos demais herdeiros.
Se a me tambm herdeira, nomeia-se um curador especial para representar o
nascituro.
Causa de pedir:
Morte de algum de quem o nascituro supostamente sucessor
Fato biolgico da gravidez
Pedido:
Investidura na posse dos direitos do nascituro para que a me, ou um curador,
exera todos os direitos que caibam ao que ainda no nasceu para a sua salvaguarda.
Requerimentos:
Citao dos requeridos;
Nomeao de um mdico para realizar o exame.
Intimao do Ministrio Pblico.
O exame dispensado se os herdeiros concordarem com a declarao de gravidez.
Em caso algum a falta do exame prejudicar o nascituro.
Art. 877. A mulher que, para garantia dos direitos do filho nascituro, quiser provar seu estado de
gravidez, requerer ao juiz que, ouvido o rgo do Ministrio Pblico, mande examin-la por um mdico
de sua nomeao.
1 O requerimento ser instrudo com a certido de bito da pessoa, de quem o nascituro sucessor.
2 Ser dispensado o exame se os herdeiros do falecido aceitarem a declarao da requerente.
3 Em caso algum a falta do exame prejudicar os direitos do nascituro.
DO ATENTADO
Conceito:
ao cautelar nominada de procedimento cautelar especfico e tem por objetivo o
retorno do estado ftico da causa, alterado ilegalmente por uma das partes durante o
curso do processo.
Objetivo: Constatar a alterao ftica e recompor a situao alterada indevidamente por
uma das partes.
Cabimento:
Somente em relao a atos no curso do processo.
Violao de penhora (qualquer processo); arresto, seqestro (processos cautelares);
imisso na posse (processo de conhecimento).
Prosseguimento de obra embargada (processo de conhecimento);
Inovao ilegal em qualquer processo.
Tem lugar em qualquer espcie de ao: conhecimento, execuo ou cautelar.
Art. 879. Comete atentado a parte que no curso do processo:
I - viola penhora, arresto, seqestro ou imisso na posse;
II - prossegue em obra embargada;
III - pratica outra qualquer inovao ilegal no estado de fato.
Pressupostos:
Lide pendente;
Alterao do estado ftico;
Ilegalidade da alterao;
Prejuzo parte contrria.
O atentado pode ocorrer a partir da citao vlida at o trnsito em julgado da sentena do
processo principal, por isso s pode ser incidental, nunca ser preparatria.
Procedimento:
Comum Cautelar
Legitimidade ativa: qualquer das partes;
Legitimidade passiva: a parte que causou a alterao;
Competncia: juiz da ao principal (prevento) que a conheceu originalmente (no se
desloca a competncia para o tribunal).
Os autos no so apensados ao processo principal, processa-se em separado.
Petio Inicial:
O pedido pode ser cumulado com perdas e danos.
No admite liminar, tendo em vista a omisso do legislador que no determinou a
aplicao do artigo 804.
Art. 880. A petio inicial ser autuada em separado, observando-se, quanto ao procedimento, o
disposto nos arts. 802 e 803.
Pargrafo nico. A ao de atentado ser processada e julgada pelo juiz que conheceu originariamente
da causa principal, ainda que esta se encontre no tribunal.
Efeitos da Procedncia:
Obrigao de fazer ou no fazer: restabelecimento do estado anterior.
Suspenso do processo principal: mas no dos prazos;
Proibio do ru falar no processo principal;
Condenao em perdas e danos, se houver pedido;
Condenao nas verbas de sucumbncia.
Sentena:
Havendo pedido cautelar e perdas e danos, a sentena pode julgar procedente o
primeiro e no o segundo, ou julgar ambos procedentes.
O recurso apelao, mas quanto s perdas e danos h efeito suspensivo, quanto ao
pedido cautelar esse efeito inexiste.
H tambm a formao de coisa julgada material quanto ao pedido de perdas e danos.
Art. 881. A sentena, que julgar procedente a ao, ordenar o restabelecimento do estado anterior, a
suspenso da causa principal e a proibio de o ru falar nos autos at a purgao do atentado.
Pargrafo nico. A sentena poder condenar o ru a ressarcir parte lesada as perdas e danos que
sofreu em conseqncia do atentado.
DANIELLE TOSTE 5AN 2010
W W W . D A N I T O S T E . C O M
Interveno Judicial:
O juiz d direito exerce poder de fiscalizao dos atos de registro pblico.
Em princpio o procedimento se passa sem a interveno do juiz.
Se houver dvidas ou dificuldades do oficial, o interessado pode reclamar ao juiz, por
petio e, ouvido o oficial, o juiz proferir sentena.
O procedimento ainda tem carter administrativo, o juiz atua como autoridade
administrativa e no jurisdicional.
O oficial tambm pode suscitar a dvida.
Art. 884. Se o oficial opuser dvidas ou dificuldades tomada do protesto ou entrega do respectivo
instrumento, poder a parte reclamar ao juiz. Ouvido o oficial, o juiz proferir sentena, que ser
transcrita no instrumento.
So assim denominadas por complementarem o rol das aes cautelares nominadas, mas
que no se sujeitam a procedimento cautelar especfico.
Natureza Jurdica
So cautelares nominadas, tipificadas pelo legislador (predeterminao do contedo e
do interesse tutelado), que se sujeitam ao procedimento comum das cautelares.
Pressupostos: Fumus boni iuris e Periculum in mora
Obras de conservao da coisa litigiosa:
Objetivo: Prevenir deteriorao fsica ou jurdica de bem, mediante prtica autorizada de
atos de conservao
Momento: Poder ser proposta apenas como incidental.
Legitimados: Ambos os litigantes.
Depositrio: O depositrio tem a obrigao de zelar pela coisa. Se vier a promover a
ao, haver carncia de ao por falta de interesse (no h necessidade de ao
cautelar neste caso).
nica medida (do rol) que tem natureza patrimonial.
Entrega de bens de uso pessoal:
Objetivo: Garantir a entrega de bens pessoais do cnjuge e dos filhos.
Momento: Poder ser proposta como preparatria ou incidental.
Legitimados: O cnjuge e os filhos (representados / assistidos):Cabe fazer prova da
condio dos bens.
O companheiro pode, com base no poder geral de cautela
Natureza da Medida:
Se proposta a medida e o requerido no contestar, ter natureza satisfativa e no se
submete ao prazo de 30 dias.
Se proposta a medida e o requerido contestar, ter natureza cautelar, tornando-se
necessria a propositura de ao principal.
Posse provisria dos filhos:
Objetivo: estabelecer a guarda provisria de filhos na pendncia de ao de separao
litigiosa, divrcio, anulao ou nulidade de casamento e dissoluo de unio estvel.
Momento: Poder ser preparatria ou incidental.
Legitimados: Os pais (o Ministrio Pblico deve intervir - art. 82, inciso I, CPC).
Observaes: Visa atender aos interesses do menor e no dos pais.
Poder haver cumulao do pedido de posse com o de regulamentao de visitas.
Vencido o prazo de 30 dias (art. 806, CPC) sem propositura da ao principal, no se
pode determinar, de pronto, o retorno condio anterior.
Afastamento do menor autorizado a contrair casamento:
Obter o afastamento do menor autorizado (judicialmente) a contrair npcias contra a
vontade dos pais.
Ao principal: A ao principal um procedimento de jurisdio voluntria de
suprimento judicial.
Legitimados: O prprio menor (> 16 anos, devidamente assistido por parente) e o
Ministrio Pblico e a Defensoria Pblica.
Observaes:
Aplica-se, por analogia, tambm em situao de recusa de assentimento pelo tutor.
Caso o casamento no se verifique, a medida de autorizao do afastamento
concedida ao menor perder a eficcia.
O juiz, ao conceder a medida, dever determinar o depsito do menor com parente
ou terceiro idneo.
Depsito de Menores:
Objetivo: Proteger o menor, por meio de seu depsito, entregando-o aos cuidados de
terceira pessoa, com o objetivo de resguard-lo fsica e moralmente daquele em cuja
guarda se encontrava.
Momento: Pode ser preparatria ou incidental (no curso de ao de suspenso,
destituio do poder familiar, desconstituio de tutela, curatela e guarda).
Legitimados: O menor, algum parente, o Ministrio Pblico e a Defensoria Pblica.
Observaes: Aplica-se, por analogia, aos casos de abuso contra rfos e interditos
(tutela ou curatela).
DANIELLE TOSTE 5AN 2010
W W W . D A N I T O S T E . C O M
Procedimento:
Como no h procedimento especfico para essas providncias, h o cabimento de todo
o procedimento comum cautelar (arts. 800 a 811, CPC).
Art. 889. Na aplicao das medidas enumeradas no artigo antecedente observar-se- o procedimento
estabelecido nos arts. 801 a 803.
Pargrafo nico. Em caso de urgncia, o juiz poder autorizar ou ordenar as medidas, sem audincia
do requerido.
DANIELLE TOSTE 5AN 2010
W W W . D A N I T O S T E . C O M