Aula 2 - SISTEMAS TÉRMICOS

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OPERAÇÕES UNITÁRIAS – TÓPICOS ESPECIAIS

Nº Aula 2

Tema I: Operações de intercâmbio de calor sem mudança de fase

SUMÁRIO:
2.3 Procedimentos de cálculo térmico de um trocador de duplo tubo pelo método MLDT.
Expressões fundamentais.

OBJETIVOS:
Que os estudantes conheçam:
-O procedimento a aplicar no cálculo térmico de trocadores tubulares de duplo tubo pelo
método MLDT.

BIBLIOGRAFÍA:

-Texto básico:
Donald Q. Kern, “Procesos de transferencia de calor”. (Edit CECSA, 31 reimpressão),
D.F México, 1999.

DESENVOLVIMENTO
2.3 Procedimento de cálculo de um trocador de duplo tubo pelo método MLDT.
➢ Cálculo térmico do trocador
Em geral, os cálculos consistem simplesmente em determinar as magnitudes dos
coeficientes de transferência de calor nas superfícies exterior e interior do tubo interno,
para obter o valor do coeficiente global limpo, Uc. Logo, tomando em conta os valores
obtidos pela experiência das possíveis deposições e incrustações, que podem causar os
fluidos, determina-se o valor do coeficiente global sujo, UD, com o qual se obtém a área
necessária de transferência de calor, A, pela equação
Q = UD A MLDT ... (5.1)
-Um primeiro passo é determinar qual fluido deve circular pelo espaço anular entre
os dois tubos e qual pelo tubo interior. Isso se consegue determinado as áreas de
fluxo para ambas as correntes e estabelecendo o arranjo que de lugar a velocidades de
massa e quedas de pressão o mais parecidas possíveis.
Em geral, os fluxos maiores devem escoar pelas áreas de fluxo maiores. Para os arranjos
dos padrões de trocadores de duplo tubo, as áreas e os diâmetros equivalentes se dão na
tabela 5.1.

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Tabela 5.1 Áreas de fluxo e diâmetros equivalentes em trocadores de duplo tubo.
Trocadores Área de fluxo, Diâmetros equivalente os s
IPS, plg.
plg.2 (pé2) para a seção anular, plg. (pé)
Seç. anular Tubo Deq., Transf. calor De´, Queda pressão
2 x 11/4 1,19; (0,00826) 1,50; (0,0104) 0,915; (0,0763) 0,40; (0,0333)
21/2 x 11/4 2,63; (0,0183) 1,50; (0,0104) 2,02; (0,1683) 0,81; (0,0675)
3x2 2,93; (0, 0204) 3,35; (0,0233) 1,57; (0,131) 0,69; (0,0575)
4x3 3,14; (0, 0218) 7,38; (0,0513) 1,14; (0, 095) 0,53; (0,0442)

-Um segundo passo consiste em estabelecer as condições requeridas pelo processo.


Em geral, as variáveis correspondentes ao fluido quente se representam por letras
maiúsculas e para o fluido frio por letras minúsculas.
Os dados dos tubos devem se conhecer, ou podem se supor.
Uma seqüência conveniente para o cálculo é a seguinte:
1.) Comprovar o balanço de calor mediante a equação (5.2), utilizando os valores das
capacidades caloríficas (Cp e cp) determinados às temperaturas médias de ambos
os fluidos,
Q = WCp.(T1 − T2 ) = w.cp (t1 − t2) ... (5.2)
onde W e w são os fluxos mássicos dos fluidos quente e frio, respectivamente. Os
subscritos 1 e 2 indicam as posições de entrada e saída nos tubos, respectivamente,
para cada fluido.
Em geral, as perdas de temperatura por radiação nos trocadores são desprezíveis
comparadas com o fluxo de calor transferido no trocador.
2.) Calcula-se MLDT, segundo o arranjo dos fluxos.
Te − Ts ( )
MLTD =  T  (4.9)
e 
lnT
 s
( )
Fluxos paralelos: Te = Tqe − Tfe = T1 − t 1 ( ) ( )
e Ts = Tqs − Tfs = T2 − t 2( )
( ) ( )
Fluxos contracorrentes: Te = Tqe − Tfs = T1 − t 2 e Ts = Tqs − Tfe = T2 − t1 ( ) ( )

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Generalizando o cálculo do MLTD, pode ser assim:
(T1- t1 ) − (T2 − t2)
MLTD EP = ln T1- t1 
(T máx. - T mín. )  T2 − t2 
MLTD = (4.9 m)
MLTD EC = (T1- t2 ) − (T2 − t1)
 T máx. 
ln T mín.   T1- t2 
ln 
 T2 − t1
3.) Propriedades físicas.
Em geral, as propriedades físicas podem ser determinadas às temperaturas médias
aritméticas de cada fluido.

4.) Coeficientes de transferência de calor

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L/D = 24
36 ->
48 ->
72 ->
120->
180->
240->
360->
600->

Fig. (5.1) Curva de jH vs Re para tubos


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Viscosidade Dinâmica
Para converter de Para multiplique por:
Poise (P) = Pa.s mPa.s 1000
Poise (P) = Pa.s kg/m.s 1
Poise (P) = Pa.s N.s/m² 1
Poise (P) = Pa.s g/cm.s 10
Poise (P) = Pa.s cP 1000
Poise (P) = Pa.s P 10
Poise (P) = Pa.s lb/ft.s 0,6720
Poise (P) = Pa.s lb/ft.h 2419,082
Poise (P) = Pa.s kg/ft.h 1097,285
Cp.
4.1.1 Número de Prandtl, Pr = (5.6)
k
4.2.6 Obter jH = (h0Deq tc/k)( Pr )-1/3( =1), ou pela Fig. 5.1. (5.14)
4.2.7 Obter h0 (coeficiente de transferência de calor para a área externa do tubo interior) a
partir da eq. de jH (Fig. 5.1), BTU/h.pé2.0F (kJ/h.m2.0C).
4.2 Coeficientes de transferência de calor globais (limpo e sujo)
hio.ho
4.2.1 Limpo: Uc = , BTU/h.pé2.0F (kJ/h.m2.0C) (5.15)
hio + ho
4.2.2 Sujo: 1 BTU/h.pé2.0F (kJ/h.m2.0C) (5.16)
Ud =
1
+ Rd
Uc
sendo Rd o fator de incrustação, que é tratado como resistência térmica e adiciona-se às
resistências dos tubos limpos para darem a resistência operacional que deve ser
esperada. O depósito pode ser uma simples sujeira (depositada por fatores mecânicos);
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ou pode ser uma camada de verdadeiro caráter cristalino em virtude da solubilidade
invertida de algum constituinte presente no fluido; ou pode ser um depósito formado pelas
reações químicas no seio do fluido, ou entre o fluido e o tubo (ver Fig. 5.2a e b).
Os valores de Rd se dão na tabela para alguns tipos de incrustações típicas, os quais são
recomendados pela Tubular Exchange Manufacturer´s, para distintas águas.
Tabela 5.2 Fatores típicos de incrustação, Rd (h.pé2. 0F/BTU);
Tipos de água Velocidade da água
3 pés/s (0,91 m/s) ou menos. 3 pés/s (0,91 m/s) ou mais.
Água do mar (até 125 0F) 0,005 0,005
Água de poço 0,001 0,001
Água de rio 0,003 0,002
Salmoura 0,002 0,001
Óleo combustível 0,005 0,005

Depósitos de carbonato de cálcio, devido ao Corrosão por gases


emprego de água com dureza carbonática. contendo enxofre.
(a) (b)

(c)
Fig. 5.2 Incrustações nas superfícies interiores dos tubos em trocadores.
5.) Calcular A, a partir da eq. Q = UD A MLDT (5.1), que deve ser transformada ao
comprimento dos grampos.

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Se o comprimento total do tubo interno não corresponde a um número inteiro de
grampos, a diferencia pode ser diminuída mudando o fator de incrustação.
Unidades: BTU/ h.pé2. 0F = 5, 678 W/m2. 0C

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