Livro de Utilidades 20110310

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECNICA

TPICOS
EM
UTILIDADES

Jos Flvio Marques Fonseca


Belo Horizonte 2011

PREFCIO

Este livro o resultado da perseverana a um ideal, em um trabalho tcnico da mais alta


qualidade, que une a experincia profissional do Prof. Jos Flvio Marques Fonseca com
a necessidade acadmica de um trabalho metdico e completo, em uma rea da
Engenharia Mecnica carente de bibliografia.
Este colega do departamento de Engenharia Mecnica tem uma admirvel trajetria de
contribuio e dedicao Escola de Engenharia e ao curso de Engenharia Mecnica.
Com esta obra deixa, em definitivo, uma contribuio consistente para toda uma gerao
de novos engenheiros.
Durante o perodo em que fui chefe do Departamento, fui testemunha do empenho e
disposio do Prof. Jos Flvio Marques Fonseca em colaborar em todas as demandas e
necessidades da UFMG. Foi sua iniciativa, digna de homens que sabem que o
conhecimento no deve ficar restrito, colocar no papel todo o seu brilhante conhecimento,
fruto de sua longa experincia como competente profissional do mercado.
Sinto-me honrado em ter acompanhado o enorme trabalho de elaborao deste livro e,
agora, com a enorme responsabilidade de registrar neste prefcio o quanto significa para
uma Instituio como a nossa querida e quase centenria Escola de Engenharia, a honra
de ter em seus quadros, um professor autor de uma obra prima que preza pela clareza do
texto, a cobertura do tema e o cuidado na escolha das figuras e fotografias ilustrativas,
resultando em uma obra digna da nossa UFMG.
Melhor ainda para os alunos, futuros engenheiros e os profissionais da rea, que agora
podero contar com um livro atual e definitivo em ar comprimido, bombeamento de
fluidos, caldeiras, resfriamento de gua, tubulaes industriais, ventilao industrial e
sistemas de vcuo, todas reas tpicas de atuao de um engenheiro mecnico que
podero, em ltima instncia, dar uma efetiva contribuio profissional e tcnica para o
desenvolvimento do Brasil, colocando nosso pas em destaque entre as naes que
almejam um crescimento sustentvel e duradouro. Esta de fato, a grande contribuio
do Prof. Jos Flvio Marques Fonseca.
Parabenizo este professor, que encarna todas as qualidades que um grande mestre
possui: honradez, dignidade, humildade, exemplo de conduta ilibada e possuidor de
conhecimento tcnico altamente especializado. Este livro demonstra claramente tudo o
que aqui foi dito.
Parabns e obrigadopor sua dedicao e competncia.

Prof. Danilo Amaral


Professor e chefe do Departamento de Engenharia Mecnica da Escola de Engenharia
da UFMG, no perodo de 2006 a 2010.
2

AGRADECIMENTOS

Agradeo a todos aqueles que contriburam para a consolidao dessa empreitada de


cinco anos, resultando no fechamento dessa edio.

Snia

pela digitao.

Leda

pela elaborao dos desenhos e grficos.

Maria Alice, minha mulher

pelos trabalhos de reviso.

Ao professor Dr.Antnio Carlos de Andrade

pelas crticas.

Ao professor Dr. Geraldo Augusto Campolina Frana

pelo incentivo inicial.

Ao professor Dr. Danilo Amaral

pela confiana.

Ao professor Dr. Rudolph Huebner

pelo aconselhamento.

AMF Engenheiros Associados que gentilmente patrocinou os custos dessa edio.

INTRODUO

Foi um fato marcante o estgio na GHH em Oberhausen - Sterkrade - Alemanha em


1978, quando tive oportunidade de participar dos trabalhos de elaborao dos projetos de
implantao do Plo Siderrgico da Aominas, em Ouro Branco MG, como membro da
equipe da Usiminas Mecnica S. A. USIMEC.
Informes tcnicos, critrios de projeto, clculos dimensionais, simulaes de performance
foram referenciais disponibilizados qules integrantes dessa equipe de projeto.
Desafios profissionais apareceram, entre eles o interfaceamento das diversas reas
envolvidas no segmento de Utilidades impondo uma procura em vrios referenciais para
se obter os informes requeridos.
Isto me motivou elaborar este livro como um primeiro passo para t-los em um s
compndio permitindo aos alunos do Departamento de Engenharia Mecnica da UFMG e
aos colegas profissionais que lidam na rea uma dinmica melhor na obteno desses
referenciais.
Se esta meta for alcanada, terei conseguido o meu objetivo.

O Autor
Jos Flvio Marques Fonseca
Engenheiro Mecnico
Professor da UFMG
Professor Aposentado da PUC Minas
Diretor Tcnico da AMF Engenheiros Asssociados

CAPTULO I

AR COMPRIMIDO

Painel Pneumtico

1.1

CONSIDERAES

O ar comprimido obtido pela compresso do ar atmosfrico consumindo energia eltrica na sua


gerao. uma mistura de gases e vapor de gua pesando 1,2927 kg/m3 na temperatura de 0C e
presso 1,033 kgf / cm2. Conforme o fim a que se destinar, o ar comprimido dever ser adequado
aos requisitos do usurio por meio de filtros e secadores de umidade.
Os seguintes conceitos so importantes.
Ar comprimido: o ar nas condies supridas ao usurio.
Calor especfico presso constante Cp: definido pela relao Cp = dh / dT, onde: h = entalpia e
T = temperatura absoluta do gs, tido como gs ideal. O valor adotado termicamente do calor
especfico do ar seco presso constante de 0,1321 kcal / kg, temperatura ambiente.
Calor especifico a volume constante Cv: definido pela relao Cv = du / dT sendo u a energia
interna do gs. Para o ar seco, o valor adotado termicamente de 0,0939 kcal / kg.
Compresso isotrmica: aquela que ocorre sem elevao da temperatura (Pv= K).
Compresso adiabtica: aquela que ocorre sem transferncia de calor, isto , a compresso se
d em um sistema com isolamento ideal. a razo entre os calores especficos presso e a
volume constantes; n = Cp Cv = 0,1321 0,0939 = 1,406. Tem-se como constante a relao
Pv1,406 = K.
Capacidade do compressor: a vazo de ar comprimido recalcada pelo compressor. expressa
em metros cbicos por minuto presso e temperatura do ar de admisso, ar livre.
Descarga livre efetiva: aquela referida condio normal do ar atmosfrico, ou seja, peso
3
2
especifico 1,214 kg / m , presso 1,033 kgf / cm , temperatura 20C, umidade relativa 30%.
Eficincia volumtrica: a relao existente entre a capacidade e o volume teoricamente
deslocado pelo compressor.
Presso manomtrica: a presso na qual o sistema de ar comprimido ir operar.
caracterizada pelo ndice g, aps o dimensional, por exemplo 7,0 kgf / cm2 g.
Presso absoluta correspondente a um valor da presso manomtrica: a presso manomtrica
acrescida da presso atmosfrica local.
Presso absoluta do ar atmosfrico Pb: a soma da presso parcial de vapor Pv com a presso
parcial do ar seco Pa ,
Pb = Pv + Pa.
(equao 1)
Temperatura absoluta do ar atmosfrico: a temperatura lida em um termmetro convencional,
adicionada de 273 quando referida a graus Celsius, resultando graus Kelvin e de 460, quando
referida a graus Farenheit, resultando graus Rankine.
Temperatura de bulbo seco do ar TBS: aquela registrada no termmetro de bulbo seco.
Temperatura de bulbo mido do ar TBU: aquela registrada no termmetro de bulbo mido.
Umidade absoluta do ar W: a relao entre a presso parcial de vapor (Pv) e a presso parcial
de ar seco (Pa), definida pela expresso W = 0,622 x (Pv / Pa),
(equao 2).
Esta equao representa a razo entre a massa de vapor e a massa de ar seco.
Umidade relativa do ar UR: a relao entre a presso parcial de vapor Pv e a presso de saturao
do vapor Pg mesma temperatura.
definida pela expresso UR = Pv / Pg
(equao 3)
Pv e Pg expressos nas mesmas unidades de presso.

1.2

COMPRESSORES

Classificao de Compressores
A presso de ar comprimido gerada por moto compressores alternativos ou rotativos.
Nos compressores alternativos de mbolo ou de membrana de simples ou duplo estgio, o ar
admitido em uma cmara de compresso. A compresso se faz por meio da reduo do volume
til dessa cmara, processada pelo deslocamento da pea mvel, no caso o mbolo ou a
membrana.

Compressor alternativo sobre reservatrio de ar


Nos compressores rotativos de palheta, de engrenagem ou de parafuso, o ar admitido em uma
cmara, onde o rotor girante em alta rotao lhe imprime acelerao tangencial e energia
cintica, a qual por meio de um difusor convertida em energia de presso.

Compressor rotativo a ar com reservatrio integrado

Compresso Adiabtica do Ar
Os compressores realizam a compresso do ar de forma rpida tal que possa ser considerada
aproximadamente adiabtica. O sistema de refrigerao do compressor faz com que a curva de
compresso fique um pouco abaixo da curva de compresso adiabtica, mas por outro lado, o
aumento da presso necessria para forar o ar atravs das vlvulas, faz com que o trabalho
realizado na compresso e na descarga do ar seja muito prximo daquele calculado, quando se
assume ser a compresso adiabtica.
O diagrama abaixo corresponde compresso adiabtica em um compressor de um estgio.
A rea (ABV2V1A) sob a curva PV1,4 = K corresponde ao trabalho de compresso. A rea BCOV2B
corresponde ao trabalho de descarga do ar e ao produto P2V2.

A rea DAV1OD corresponde ao trabalho realizado pela presso atmosfrica do ar de admisso


sobre o pisto e ao produto P1 x V1. Adicionando os trabalhos de compresso e de descarga,
diminuindo o trabalho da presso atmosfrica e dividindo o resultado por V1 (volume inicial),
obtm-se a presso mdia no cilindro (Pm). Resolvendo e fazendo P2 / P1 = r, teremos:
1,4 1

P 0,285

P2 1,4
1,4
0,285

1 = 3,5 P1 r
Pm =
P1
1 = 3,5 P1 2
1 ,

1,4 - 1
P1
P1

que a equao da presso mdia do ar em um compressor de um estgio. A potncia de


compresso expressa por: Pm = 3,5 x P1 x [r0,285 - 1] x Q, em kgf x m/s
(equao 4 a)
onde:
P1 =
Q=

presso inicial absoluta


vazo em m3 / s

Vejamos o que acontece quando a compresso for em mltiplos estgios. Considerando que
entre cada um ocorra um resfriamento, teremos:
- temperaturas finais mais baixas;
- potncia necessria para comprimir menores;
- parte da umidade contida no ar eliminada;
- eficincia volumtrica aumentada pela diminuio das perdas de expanso do ar residual.
5

A condio tima para se obter o consumo mnimo de energia de compresso consiste em dividir
o Trabalho de Compresso igualmente entre os vrios estgios e procurar obter um
resfriamento at a temperatura inicial do estgio anterior.
O diagrama usado para indicar uma compresso adiabtica em dois estgios combinado a um
resfriamento intermedirio perfeito inter cooling tem a forma indicada na figura abaixo:

Aplicando a mesma conceituao para compressores alternativos de mltiplos estgios, teremos:


Compressores de dois estgios

1,41

2 1,4
Pm =
P1 r 2 1,4 1 x Q ou
1,4 - 1

7 P1 r 0,143 1 x Q em kgf x m/s (equao 4 b)

Compressores de trs estgios

1,41
3 1,4
Pm =
P1 r 3 1,4 1 x Q ou 10,5 P1 r 0,0952 1 x Q em kgf x m/s (equao 4 c)
1,4 - 1

Compressores de quatro estgios

1,41
4 1,4
Pm =
P r 4 1,4 1 x Q ou 14 P1 r 0,0714 1 x Q em kgf x m/s (equao 4 d)
1,4 - 1 1

1.2.1 Condies de Regime


Os conjuntos motos compressores devem operar em condies cclicas de carga e alvio,
ajustadas em funo dos valores de presso mnima e mxima, requeridas pelo usurio. Para
este objetivo necessrio instalar um reservatri de ar entre a descarga do compressor e o
usurio. O conjunto moto compressor estar em carga, quando suprindo ar comprimido ao
reservatrio, elevando a presso ao valor mximo. Caso contrrio estar em alvio.
Supondo no haver demanda de ar pelo usurio,o perodo de carga de um moto compressor com
capacidade de 2000 Nm3/h, conectado a um reservatrio com volume geomtrico de 10m3,
2
2
operando na faixa de presso absoluta de 6,0 kgf/cm a 8,0 kgf/cm , ser estimado a seguir:
- volume mximo de ar no reservatrio a 8,0 kgf/cm2 : 80 m3;
- volume mnimo de ar no reservatrio a 6,0 kgf/cm2 : 60 m3;
- variao volumtrica: 20 m3;
- capacidade do compressor a 8,0 kgf/cm2 : 2000 x 1,03 / 8= 257m3/h;
- tempo de carga: 20 / (257/ 60)= 4,6 minutos.

1.3

POTNCIA DE COMPRESSORES

Compressores Alternativos
Considerando:
vazo do ar comprimido:
presso baromtrica local:
presso do ar comprimido:
razo de compresso P2/P1:

0,00833 m3 / s
1,00 kgf / cm2
7,00 kgf / cm2 manomtrica ou 8,0 kgf/cm2 absoluta
8,0

Calcular a potncia N para um compressor de um estgio e de dois estgios.


Soluo:
Potncia requerida para compressor de um estgio
N: 3,5 x 104 x 1 x [80,285 1] x 0,00833=

235,79 kgf.m / s

N: 235,79 x 1,3404 x 10-2=

3,1 Hp

N: 3,1 x 0,746 =

2,3 kW

Potncia requerida para compressor de dois estgios.


N: 7 x 104 x 1 x [80,143 1] x 0,00833=

201,93 kgf.m / s

-2

N: 201,93 x 1,3404 x 10 =

2,70 Hp

N: 2,70 x 0,746=

2,01 kW

Notas:
1 - As potncias calculadas devero ser corrigidas em funo do rendimento do compressor na
faixa de 75 a 85% para compressores alternativos.
2 - O ndice 104 est aplicado para transformar a presso expressa em kgf/cm2 para kgf/m2.
Compressores Rotativos
A potncia dos compressores rotativos poder ser estimada considerando-se que, para se
comprimir 1,0 m3/min de ar atmosfrico at a presso de 7,0 bar sero necessrios 7,46 kw.

Custo Operacional
Na hiptese do compressor recalcar 15 m3/min a 7,0 bar operarando 24 horas durante 30 dias e
supondo o custo do kWh equivalente a R$ 0,12, ter-se-:
Custo mensal: 15 x 24 x 30 x 7,46 x R$ 0,12=

R$ 9 668,16

Custo anual: 12 x R$ 9.668,16=

R$ 116 017,92

1.4

RESFRIAMENTO DE COMPRESSORES

Considerando:
vazo de ar comprimido:
temperatura do ar comprimido quente (t q a r ):
temperatura do ar livre frio (t f a r ):
temperatura de entrada da gua no after cooler (t f g u a ):
temperatura de sada da gua do after cooler (t q g u a ):
vazo estimada de gua de resfriamento:
T da gua de resfriamento:

1,065 m3 / min
70C
35C
25C
30C
2,50x10 3 m3/ min
5C

Verificar a vazo da gua de resfriamento.


Soluo:
O balano trmico a ser calculado considerar as propriedades termodinmicas do ar comprimido
e da gua na temperatura mdia.
o

Clculo da temperatura mdia do ar: (70 + 35) / 2=


o
Peso especfico do ar a 52,5 C ar =
Calor especfico a 52,5oC Cp ar
=

52,5 C
3
1,0877 kg / m
1,040 kj / kg x oC

Clculo da temperatura mdia da gua: (30 + 25) / 2=


Peso especifico da gua a 27,5oC gua =

27,5 oC
997,3 kg / m3

Calor especfico da gua a 27,5oC Cp gua=

4,179 kj / kg x oC

Clculo das vazes em massa de ar e de gua


.

m ar: 1,065 x 1,0877 =

1,158 kg/min

m gua: 2,50 x 10-3 x 997,3 =

2,49 kg/min

Balano trmico
.

m ar x cp ar x Tar = m gua x cp gua x Tgua


1,158 x 1,040 x ( 70 35 ) = 2,49 x 4,179 x ( tq gua 25) tq gua =

29,0 oC

Concluso
Como o valor calculado da temperatura da gua quente na sada do after cooler (tq gua) determina
o
um valor de T de 4,0 C prximo ao estimado, podemos manter a vazo.

1.5

UMIDADE DO AR - CONDENSADO

Para se obter a masa de vapor de gua condensada no processo de compresso, calcula-se a massa
de vapor no ar nas condies de admisso e a massa de vapor no ar nas condies de descarga. A
diferena entre a massa de vapor no ar de admisso e a massa de vapor no ar nas condies da
descarga, ser a massa de vapor de gua condensada.

Procedimento para o clculo do condensado


Considerando as condies na aspirao e na descarga de um compressor:
na aspirao

na descarga

vazo aspirada:
umidade relativa:
temperatura do ar:
presso baromtrica
temperatura do ar
presso manomtrica de descarga do ar

70 Nm3/ h
60%
34C
0,960 kgf / cm2
50C
8,5 kgf / cm2 g

Calcular a vazo de condensado e a vazo de ar comprimido corrigida.


2

Pela tabela de vapor saturado Pg a 34C = 0,05423 kgf / cm . Logo na aspirao teremos,
Pv: 0,6 x 0,05423=
0,0324 kgf / cm2
Pa: 0,960 - 0,0324=
0,9276 kgf / cm2
W: 0,622 x (0,0324 / 0,9276)=
0,0217 kggua / kgar seco
A massa de ar seco aspirada pelo compressor ser determinada aplicando a expresso:
ar Pa x V / Ra xT m
ar Pa x Po x Vo / Ra x To x P em kg/h,
m
onde:

Pa
Po
Vo
Ra
T
To
P

ar
m

(equao 5)

presso parcial do ar seco


presso baromtrica normal
vazo normal aspirada
constante do ar
temperatura local do ar em K
temperatura normal em K
presso baromtrica local. Aplicando a expresso, teremos:

0,9276 1,033 70 10
29,27 273 0,960

4
87,42kgar/h. O ndice 104 corrige a presso para kgf/m2.

Clculo da massa de gua aspirada pelo compressor

gua 0,0217 87,42 = 1,89 kggua / h


m

Aps a compresso, o ar est saturado a 50C e 8,5 kgf / cm2. Nessas condies, teremos:
Pg = Pv =
Pt: 8,5 + 0,960 kgf / cm2=
Pa: 9,46 - 0,12578 =
W: 0,622 x ( 0,1258 / 9,3342 ) =
Sero condensados: 0,0217 - 0,0084=

0,12578 kgf / cm2


9,46 kgf / cm2.
9,3342 kgf / cm2.
0,0084 kggua / kgar seco
0,0133 kggua / kgar seco

Clculo da massa de gua condensada


87,42 x 0,0133 = 1,162 kggua / h ou 1,89 ( 0,0084 x 87,42 ) =

1,155 kggua / h

Clculo da vazo de ar corrigida


Massa de ar suprida 87,42 - (1,89 - 1,16) =
Taxa de reduo
87,42 100
86,69 X = 99,16 a taxa de reduo ser 100 - 99,16=
requerida ser: 87,42 x 1,0084 =

86,69 Kgar / h.
0,84%, logo a massa de ar
88,15 kg / h

Clculo da vazo corrigida de ar aspirado


( 88,15 x 29,27 x 273 x 0,960 ) (0,9276 x 104 x 1,033) = 75,59 Nm3 / h
9

1.5.1

Dispositivos de Drenagem de Condensado.

Purgador de Bia

Descrio Funcional
A gua entra no purgador pela passagem A. A tela B protege o mecanismo
do dreno automtico contra partculas em suspenso. A gua, acumulada no
reservatrio, aciona a bia C que comanda a abertura do dreno, permitindo
que a presso do ar comprimido expulse a gua do reservatrio. Eliminada a
gua, a bia desce e a vlvula se fecha.

Separadores de Umidade

al

Item Qtde. Descrio


Material
1
1
Corpo
Ao carbono
2
1
Defletor
Ao carbono
3
2
Flanges Ao carbono
4
2
Tubos
Ao carbono
5
1
Bujo
Ao carbono
Torrisfrico
6
2
Ao carbono
s

Especificao
ASTM-A 106 gr. B sch.80
ASTM-A 285 gr. C
ASTM-A 181 gr. I
ASTM-A 53 sch. 80
ASTM-A 105
ASTM-A 285 gr. C

De
scri
o
Fu
nci
on

O ar em alta velocidade contendo partculas de condensado em suspenso, entra no separador


pela conexo, e imediatamente a velocidade bastante diminuda, sendo obrigado a fazer uma
mudana de direo. Devido baixa inrcia, o ar muda facilmente de direo, porm as partculas
de condensado chocam-se contra o defletor, percolando no mesmo.
Essas gotculas formaro gotas maiores que, por gravidade, escorrero pela placa defletora,
caindo para a conexo de drenagem. O ar isento de umidade segue para a conexo de sada.
Diagrama de montagem do separador

Legenda:
1234-

separador de umidade
vlvula de esfera
filtro Y
purgador

10

1.6
1.6.1

SECADORES DE AR
Secadores de Ar Tipo Frigorfico

O secador frigorfico composto


basicamente por dois trocadores
de calor, o primeiro ar/ar o
segundo ar/refrigerante. A
secagem do ar processa-se
quando o ar mido e quente
vindo do compressor admitido
no secador, passando pelo
trocador ar/ar onde resfriado
pelo ar frio e seco que sai do
secador. A seguir o fluxo de ar
comprimido parcialmente
resfriado admitido no trocador
ar/ fluido frigorfico, onde
o
resfriado ao ponto de saturao +2 C. Ocorre ento a condensao e conseqente eliminao
do fluxo condensado por meio de purgadores. Nesta condio, isento de umidade, o ar frio e seco
readmitido no trocador de calor ar/ar, onde aquecido pelo ar quente e mido que entra no
secador, e ento direcionado ao consumo.

Fluxograma do processo de secagem frigorfica


Esse processo contempla 15 componentes dispostos conforme figura 2.

01 - compressor frigorfico
02 - separador de leo
03 condensador
04 - tanque de lquido
05 - vlvula.solenide
06 - vlvula de expanso termosttica
07 - trocador ar / refrigerante
08 - trocador ar / ar
09 - purgador
10 - descarga de condensado
11 - manmetro de alta presso
12 - pressostato diferencial
13 - manmetro de baixa presso
14 - termmetro
15 - termostato

Figura 2 Fluxograma Frigorfico

11

Seleo e especificao de secadores frigorficos

A seleo se faz encontrando um valor de vazo expresso em normais metros cbicos por hora
com o qual ser especificado o modelo do fabricante escolhido.
Exemplificaremos para o caso da Dominick Hunter, considerando as condies:
4700 Nm3/h
8,0 kgf/cm2g
35C

Ar comprimido mido

Vazo de ar mido
Presso do ar mido
Temperatura do ar mido

Ar livre

Umidade relativa
1.1.1 Freon-12
Temperatura de bulbo mido
Temperatura de bulbo seco

60%
22C
28C

Como as condies do projeto no so as condies do padro, ou seja,


- presso do ar 7,0 kgf/cm2, temperatura do ar mido 38C e temperatura ambiente +35C,
faz-se necessrio corrigi-las aplicando a expresso: C = fP x fTf x fTa x V, onde:
C
V
P
fP
Tf
fTf
Ta
fTa

capacidade tabelada, em m /h ou pcm


3

vazo do ar comprimido a ser tratado, em m /h ou cfm


presso do ar comprimido ao entrar no secador bar g

10

fator de correo de presso

1,15

1,08

1,04

1,00

0,97

0,93

temperatura do ar comprimido ao entrar no secador C

30

35

38

40

45

50

fator de correo de temperatura

0,90

0,96

1,00

1,08

1,28

1,52

temperatura do ambiente onde ser instalado o secador C

25

28

30

35

38

40

fator de correo da temperatura do ambiente

0,88

0,92

0,94

1,00

1,04

1,06

Para as condies citadas e aplicando os fatores de correo, ser especificado o modelo 1150,
da Dominick Hunter com 12 HP e P = 0,71 bar, conforme tabela abaixo:
Modelo
3

005

009

012

021

035

045

060

080

115

140

190

260

380

470

570

750

1150

Capacidade

m /h

20

30

40

75

125

160

215

290

410

500

680

950

1370

1700

2000

2740

4150

bar

0,11

0.11

0.11

0.11

0.21

0.20

0.21

0.21

0.21

0.21

0.21

0.21

0.21

0.21

0.21

0.21

0.21

Potncia

HP

0.17

0.50

0.50

0.75

0.75

0.75

1.00

1.00

1.50

2.50

2.50

2.50

5.00

6.00

6.00

10.00

12.00

Isto porque C = 0,97 x 0,96 x 0,92 x 4700 = 4026 Nm3 / h, sugerindo a vazo de 4150 Nm3/h.
Clculo da vazo mssica de condensado gerado nesse secador frigorfico
A massa de gua condensada nesse secador, admitindo o fluxo de ar comprimido nas condies
citadas no exemplo da pgina 9, ser calulada como a seguir:
Considerando o ar saturado a +2C e 8,5 kgf / cm2, teremos:
Pg = Pv=
Pt: 8,5 + 0,960 kgf / cm2=
Pa: 9,46 - 0,007193=
W: 0,622 x ( 0,007193 / 9,4528 )=
sero condensados: 0,0084 - 0,0004732=

0,007193 kgf / cm2


9,46 kgf/cm2
9,4528 kgf / cm2.
0,0004732 kggua / kgar seco
0,007926 kggua / kgar seco

Massa de gua condensada: 86,39 x 0,007926=

0,680 kggua / hora

12

1.6.2

Secadores de Ar por Adsoro

Normalmente constitudo por duas colunas de secagem uma em stand-by, filtros para reteno
de partculas e leo e um aquecedor de ar, como indicado no fluxograma, figura 3 abaixo:

Legenda:
FE
filtro de entrada
CS
coluna de secagem
FS
filtro de sada
AQ
aquecedor eltrico
P
purgador automtico
TI
indicador de temperatura
PI
indicador de presso
TSH
controlador de temperatura

Figura 3 Secadores por Adsoro

Descrio funcional:
Secagem e purificao do ar

O fluxo de ar mido e eventualmente contaminado admitido no filtro de entrada FE ocorrendo a


reteno de partculas e de leo. O condensado formado eliminado pelo purgador. O fluxo de ar
nesta condio admitido na coluna de adsoro onde se processa a secagem; e ento liberado
ao usurio.
Reativao da coluna saturada
A reativao da coluna saturada processada por um volume de 5% de ar seco aquecido, a ela
dirigido no sentido oposto ao de operao, arrastando a umidade adsorvida para a atmosfera. A
seguir o aquecedor desligado e o ar frio continua escoando atravs da coluna, resfriando-a.
A vlvula de descarga ento bloqueada e a coluna se pressuriza pela continuidade do fluxo de
reativao. Este procedimento evita as oscilaes de presso nesta coluna quando de seu
retorno ao processo.
Nota: o ponto de orvalho nesses secadores de - 40oC a -70oC.

13

Arranjos construtivos
1 - Sem aquecedor
Utiliza apenas o calor gerado na adsoro, processo exotrmico, para aquecer e regenerar o
material adsorvedor do leito saturado. Esse processo promove consumo elevado do prprio ar
comprimido, cerca de 15%.
2 - Com bomba de vcuo
similar ao sem aquecedor, mas possui uma bomba de vcuo que reduz a contra-presso
exercida pela atmosfera, neutralizando as foras de atrao / adeso do material adsorvedor.
Assim, possvel reduzir at 2% do consumo de ar comprimido para a regenerao, porm
demanda um adicional de energia eltrica para gerao do vcuo.
3 - Com aquecimento interno
Possui resistncia interna eltrica ou a vapor que aquece o leito saturado at a temperatura de
regenerao, quando um pequeno fluxo de ar encarrega-se da purga. Se a resistncia for usada
apenas para aquecer o ar de regenerao, haver a necessidade de maior consumo de ar, cerca
de 8%.
4 - Com aquecimento externo
O fluxo de ar de regenerao aquecido por resistncia externa aos leitos. Nesse caso ocorrem
perdas significativas de calor para o meio-ambiente, e consumo de at 8% de ar de regenerao.
5 - Com soprador
similar ao tipo com aquecimento externo, mas possui um soprador que capta o ar ambiente,
aquecendo-o e direcionando-o para o leito a ser regenerado.
Dessa forma o consumo de ar comprimido para fins de regenerao eliminado.
Ciclos operacionais dos secadores de ar por adsoro por coluna
Ciclo completo de funcionamento:
Operao contnua at a saturao:
Reativao (aquecimento):
Resfriamento:
Pressurizao:

1.7

16,00 horas
8,00 horas.
6,50 horas.
1,00 hora.
0,5 hora.

RESERVATRIOS DE AR

So previstos para promover a regularizao da intermitncia do fluxo descarregado pelo


compressor, ou para operar como acumuladores pneumticos, garantindo o suprimento do fluxo
de ar comprimido, quando da parada do conjunto moto compressor, por corte no previsto da
energia eltrica. Com a reduo da velocidade do fluxo de ar comprimido, quando da entrada no
interior do reservatrio, a condio de condensao da umidade contida no gs em escoamento
acentuada. Assim os reservatrio devero ser equipados com purgadores automticos montados
no tampo inferior.
A instalao e o projeto desses reservatrios devem estar em conformidade com as posturas
normativas da norma regulamentadora NR 13, do Ministrio do Trabalho.

14

Dimensional dos reservatrios de ar comprimido pr fabricados

15

Dimensionamento volumtrico de reservatrios de ar comprimido


Pode ser feito por dois critrios, em funo da vazo (Q) aspirada pelo compressor.
Primeiro: sugerido para reservatrios destinados regularizao da intermitncia do fluxo
descarregado pelo compressor:
V = 5 Q , em m3 (equao 6 a)
3
onde: Q - vazo aspirada em m /min.

V 3 Q , em m3

Segundo mais usual,


onde Q a vazo aspirada em m3/h.

(equao 6 b)

Se o reservatrio visar garantir o suprimento de ar sem o fluxo de abastecimento funcionando


como um acumulador, o dimensionamento volumtrico ser feito em funo da autonomia
desejada por ciclos de operao, como indicado.
Dimensionamento volumtrico de acumuladores de ar comprimido
Calcular o volume de um acumulador para atender s seguintes condies:
temperatura:
consumo por ciclo:
presso mxima operacional:
presso mnima operacional:
nmero de ciclos requerido:

20 C
5,41 Nm3 / ciclo
9,0 kgf / cm2g
7,0 kgf / cm2g
2

Sequencia de clculo
arbitrar o volume geomtrico do acumulador;
calcular o volume normal correspondente presso mxima;
deduzir o volume do primeiro ciclo;
calcular a presso residual e compar-la com a condio requerida.
7,5 m3

- Volume do reservatrio arbitrado:


- Volume normal :

1,03 V
(273 + 20)

(9 + 1,03) 7,5
(273 + 20)

V=

- Volume residual aps o 1 ciclo: 73,03 - 5,41 =


- Presso residual aps o 1 ciclo:

73,03 Nm3
67,62 Nm3.

P 7,5
1,03 67,62
2
2
= 1
P1 = 9,28 kgf/cm a 8,25 kgf/cm g
(273 + 20) (273 + 20)

Este valor maior que o mnimo operacional com o que se conclui ser o volume arbitrado
suficiente para um ciclo.
Repete-se a mesma seqncia para verificar o atendimento ao 2o ciclo.
62,21 Nm3.

-Volume residual aps 2 ciclo: 67,62 - 5,41 =


- Presso residual aps 2 ciclo:

1,03 62,21 P2 7,5


2
=
P2 = 8,54 kgf/cm a
(273 + 20) (273 + 20)

7,51 kgf/cm2g

Esta presso sendo maior que a mnima operacional, demonstra que o volume arbitrado atender
aos dois ciclos.
Notas: 1 - Para o dimensionamento estrutural do reservatrio, ver pgina 195.
2 - Para o dimensionamento da vlvula de segurana, ver pgina 161.

16

1.8

TRATAMENTO DE AR COMPRIMIDO

A qualidade do ar comprimido definida pela norma ISO 8573 nas classes: 1.1.1, 1.2.1, 1.4.1,
1.7.1, 2.1.1, 2.2.1. A qualidade de cada classe e os componentes necessrios esto indicados no
esquema abaixo.
1) Classe ISO 8573 1.7.1, Reteno 0,01 m
Ponto de Orvalho 30 a 45oC Residual de leo 0,01
mg/m3

2) Classe ISO 8573 1.4.1, Reteno 0,01 m


Ponto de Orvalho 3 oC Residual de leo 0,01
mg/m3

3) Classe ISO 8573 1.4.1, Reteno 0,01 m


Ponto de Orvalho 3 oC Residual de leo 0,03
mg/m3

4) Classe ISO 8573 2.2.1, Reteno 1,0 m


Ponto de Orvalho -40oC Residual de leo 0,001
mg/m3
4) Classe ISO 8573 2.1.1, Reteno 1,0 m
Ponto de Orvalho -70oC Residual de leo 0,001
mg/m3

5) Classe ISO 8573 1.2.1, Reteno 0,01 m


Ponto de Orvalho -40oC Residual de leo 0,001
mg/m3
5) Classe ISO 8573 1.1.1, Reteno 0,01 m
Ponto de Orvalho -70oC Residual de leo 0,001
mg/m3

Indicaes para uso das classes

1 - Recomendado para uso geral, proteo localizada de vlvulas, cilindros, sopragem, pintura,
ferramentas pneumticas, automao e jateamento.
2 - Recomendado para utilizao nos setores automobilsticos, mecnicos, metalrgicos,
plsticos, txteis, papisl e celulose.
3 - Recomendado para garantir a eliminao de odores e menor teor residual de leo. sugerido
nas indstrias alimentcias, qumicas e farmacuticas.
4 - Recomendado quando o ar comprimido entrar em contato com produtos higroscpicos:
cimento, leite em p, resinas, liofilizados e pastilhas efervescentes, devido ao risco de absoro
do vapor de gua ou quando o ar comprimido for submetido a baixas temperaturas devido ao
risco de congelamento do vapor de gua.
5 - Recomendado quando houver necessidade de baixssimo ponto de orvalho com reteno
mxima de particulados, como na fabricao de fibras ticas, circuitos integrados, compact discs,
semicondutores e na instrumentao.

17

1.9

FILTROS DE AR

Os filtros convencionais trabalham com telas de nylon ou bronze sinterizado, semelhantes a uma
peneira, sendo sucetveis aos seguintes problemas:
- rpida obstruo;
- granulometria de 5, 10, 25, 50 e 100 mcrons;
- impossibilidade de reteno de partculas menores que a malha;
- ineficiente para eliminao de condensado e aerossis de gua e leo.
Os filtros coalescentes apresentam um proceso de filtragem utilizando elementos de microfibra de
boro silicato de densidade graduada, dispostas aleatoriamente formando um labirinto, permitindo
porm, a permanncia de vazios, que tem a funo de garantir baixa resistncia ao fluxo e
impedir a rpida obstruo do elemento. A palavra coalescente aplicada para filtragem de ar se
refere a um processo em regime permanente de aerossis de lquidos de dimenses
submicrmicas e, que so aglomeradas em gotas maiores, atravs de coliso e aderncia com a
microfibra de boro silicato. Alm destes filtros permitirem a reteno de partculas muito menores,
da ordem de 0,01 mcron, pelo mesmo mtodo conseguem reter condensado e aerossis de gua
e leo.
Componentes do filtro coalescente
Invlucro
Em ao inoxidvel com mostrador para verificao de saturao.
Temperatura limite de 70oC e presso classe 16.
Conexes flangeadas ou roscadas, segundo a norma ANSI.
Elemento filtrante
- dois revestimentos em ao inoxidvel prova de choque mantm o prfiltro e o meio filtrante em posio;
- a cobertura de espuma elimina a possibilidade de passagem de lquidos
para o ar filtrado;
- os tampos das extremidades encontram-se firmemente fixos ao
revestimento interno, por meio de resina epxi;
- cada tampo incorpora dois anis O ring.
Identificao dos componentes:
1.
camada externa do filtro;
2.
revestimento em ao inoxidvel;
3.
primeira camada: pr-filtro;
4.
segunda camada: meio filtrante em rede de microfibras sem
aglutinantes.

Perda de carga em filtros coalescentes


Reteno at 1,0 m
Reteno at 0,01 m
Reteno at 0,001 m

p erda de 0.14 bar.


p erda de 0.20 bar.
p erda de 0.30 bar.

18

Capacidade de filtragem

Filtros para remoo de partculas de leo, gua e odores

Nm3 / h

SCFM

0009

90

54

3/8

275

70

180

150

1,5

Elemento
Filtrante
Qte
Tipo
.
03/10
1

0012

120

72

335

80

235

200

1,6

04/20

0027

270

162

415

105

295

255

2,2

05/25

0048

480

288

580

150

405

345

07/30

0072

720

432

580

150

405

345

10/30

0108

1080

648

1016

200

901

450

28

15/30

0144

1440

864

1016

200

901

580

33

20/30

0192

1920

1152

1316

200

1191

850

40

30/30

0288

2880

1728

1351

260

1206

850

54

30/50

Carcaa
tamanho

Capacidade a 7
Kgf /cm2

Conexes
rosca BSP

Dimenses em mm

Peso
Kg

Notas:
- filtros tamanhos 0009 0072 carcaa em alumnio contendo purgador automtico tipo bia e
manmetro diferencial;
- filtros tamanhos 0108 0288 carcaa em ao carbono contendo purgador automtico tipo
termodinmico e manmetro diferencial;
- disponveis para presses at 16 bar e temperatura at 70C.

Filtros esterilizantes

Carcaa
tamanho

Capacidade a 7
kgf /cm2

3/8

216

110

55

80

1,8

Elemento
Filtrante
Qte
Tipo
.
03/10
1

244

180

55

110

2,2

04/20

162

297

125

74

135

3,0

05/25

288

370

160

81

185

4,9

07/30

720

432

452

160

81

260

5,8

10/30

1080

648

579

170

81

390

6,7

15/30

1440

864

752

200

110

515

18

20/30

1920

1152

1005

200

110

770

20

30/30

2880

1728

1034

240

125

770

21

30/50

Nm3 / h

SCFM

0009

90

54

0012

120

72

0027

270

0048

480

0072
0108
0144
0192
0288

Conexes
rosca BSP

Peso
kg

Dimenses em mm

Notas:
- carcaa: totalmente em ao inox;
- disponvel para presses at 16 bar.

19

1.10

PROJETO

Generalidades
O projeto de um sistema de ar comprimido engloba duas reas: a de produo e a de distribuio
do ar. Em ambas, h de se definir os equipamentos componentes, a partir do que, ser possvel
especificar os materiais aplicveis, de forma que o usurio do ar comprimido possa ser
plenamente atendido, de acordo com suas necessidades
Na produo de ar comprimido consideram-se os equipamentos:
- moto-compressores, reservatrios, filtros de admisso, secadores de ar e purgadores.
Na distribuio do ar comprimido considera-se:
- tubos, conexes, filtros, vlvulas, mangueiras, lubrificadores / reguladores, cilindros,
instrumentos, purgadores e painis pneumticos.
Traado de redes de distribuio
Para um bom projeto de sistema de distribuio, o traado das redes dever obedecer o
planejamento mostrado a seguir:
- marcar em planta os pontos de utilizao, indicando o consumo, presso, temperatura, natureza
do ar requerido e simultaneidade de operao;
- escolher o local da casa de compressores que, na medida do possvel, dever ficar no centro
geomtrico dos consumos. Contudo, na maioria dos casos esta centralizao no vivel por
interferncias diversas;
- implantar a rede de distribuio.
- marcar em planta as posies das vlvulas de shut-off de linha, manmetros, lubrificadores e
acessrios em geral;
- prever declividade na linha de forma a permitir o escoamento do condensado; no caso de redes
niveladas, prever dispositivos de drenagem que iro coletar o fluxo condensado.
- implantar purgadores nos pontos baixos, e instalar dispositivos de drenagem nos trechos de
transio de elevaes e nos trechos horizontais, a cada 40 metros;
- implantar a instrumentao de indicao e de controle de acordo com as necessidades
processuais;
- projetar a tomada de ar para o consumo pela parte superior da rede de alimentao;
- verificar a necessidade ou no de se instalar junto ao ponto de consumo, filtros lubrificadores e
reguladores de presso;
- verificar a necessidade de amortecedores de vibraes e conexes rotativas;
- identificar as redes e cada componente em conformidade com o programa;
- identificar os suportes e indicar os espaamentos entre os suportes;
- concentrar os bocais dos reservatrios de ar em setores angulares para viabilizar a instalao
de escada e bocas de visita.
Simbologia
Na elaborao do projeto h de se considerar uma simbologia que represente os componentes
envolvidos na gerao, distribuio, armazenagem e distribuio do ar comprimido, bem como
equipamentos, vlvulas direcionais, vlvulas de bloqueio, vlvulas de regulagem, cilindros e
reservatrios.
Essa simbologia para uso em fluxogramas est indicada a seguir.

20

21

Fluxograma de engenharia
Centrais de Gerao

Com secador frigorfico

Com secador de adsoro


22

Fluxograma de engenharia
Sistema usurio

23

Arranjo sugerido para Casa de Mquinas

24

Isomtrico geral referente ao fluxograma de engenharia do sistema usurio, pgina 23.

25

Spools de fabricao

26

Componentes das Redes de Distribuio

Vlvula Gaveta indicada para condies operacionais ON-OFF. No tem restrio diametral.
Permite uma passagem do fluxo totalmente livre.
Vlvula Esfera indicada em alternativa vlvula gaveta, porm limitada a 4.
Vlvula Globo indicada para controle de vazo do fluido.
Vlvula de Reteno indicada para reter o refluxo do ar comprimido.
Vlvula de Segurana um dispositivo de alvio de presso caracterizado pela abertura total e
imediata.
Vlvula de Alvio idntica de segurana, porm a abertura proporcional presso.
Vlvula Direcional de Duas Vias: indicada para acionamento de cilindros pneumticos. Possui duas
posies, permitindo ou no a passagem de ar.
Vlvula Direcional de Trs Vias: indicada para acionamento de cilindros pneumticos. Possui uma
entrada de ar, uma sada e um escape para a atmosfera.
Estas vlvulas direcionais para serem acionadas requerem um atuador mecnico, eltrico ou
pneumtico.
Purgadores: previstos para drenagem do condensado formado. O condensado admitido no
corpo do purgador pela conexo de entrada e acumula no fundo forando a bia no sentido
ascendente com o que ocorre a abertura de descarga. Uma vez descarregado o condensado, o
purgador tende a ficar pressurizado bloqueando o fluxo do condensado. Para eliminar tal bloqueio
previsto uma conexo de equilbrio que deve ser ligada rede, ver pgina 10.
Lubrificadores: previstos para ajustar a vazo de leo lubrificante conforme requerido pelo
equipamento a ser lubrificado, possibilitando ainda suspender momentaneamente o fluxo
lubrificante para recarga de leo, sem interrupo do fluxo de ar.
Cilindros: podem ser de simples ao quando a fora desenvolvida for apenas em uma direo.
Quando esta for desenvolvida tanto no avano como no retorno do cilindro este dito de dupla
ao. Podem ser de eixo simples ou passante com ou sem regulagem de curso e com ou sem
tubo de parada, ver pgina 29.
Filtros: previstos para processar a separao das impurezas pela ao de fora centrfuga,
partculas maiores e pela passagem do ar em um elemento filtrante. Podem ainda ser usados
para remoo de leo, vapores ou odores de hidrocarbonetos do ar comprimido, ver pgina 18.
Mangueiras: podem ser de dois tipos: borracha sinttica com reforo de tranado txtil e
cobertura de borracha sinttica ou borracha sinttica com tranado interno de fio txtil, reforo
com tranado de ao e cobertura txtil impregnado com borracha sinttica. Em ambos os casos
os terminais das mangueiras podero ser fixos ou giratrios, reusveis ou no.
Tubos e conexes: conforme especificao apresentada a seguir.

27

Especificao de materiais dos componentes das redes de ar comprimido


FLUIDO: Ar Comprimido

NORMA BSICA: ANSI B31.3

TEMPERATURA (C): 65

CLASSE: 150

PRESSO (MPA): 1.05

CORROSO: 1.27mm

AQUECIMENTO: NO

ISOLAMENTO:NO

DIMETRO NOMINAL - mm
ITEM

CARACTERSTICA
15 a 50

65 a 250

DIMENSIONAL
ESPESSURA
ACABAMENTO

EXTREMIDADES

ESPESSURA
CONEXES

PRETO OU GALV.
NBR 5590 GR A ou B
PLANA

BISELADA
COM COSTURA

NBR 6943

ABNT PB 157

CLASSE 10

IGUAL A DO TUBO

ACABAMENTO
MATERIAL
EXTREMIDADES

PRETO
NBR 6590

ASTM A 234 WPB

ROSCA NBR 6414

DIMENSIONAL

CL 150
SOBREPOSTO COM RESSALTO

MATERIAL

ASTM A 105 GR B
NBR 6314

ASTM A 216 GR WCB

INTERNOS
GERAL

V
E
S
V
B
L

CONTR.

L
V
U
L
A

V
G
L

V
R
E

FLANGE ANSI B 16.5

CLASSE

PN 16

CL 150

CASTELO

CPPU

PARAFUSADO AO CORPO

HASTE
DIMENSIONAL
TIPO DE CORPO
DIMENSIONAL

HARI

HARE

NBR 8465

ABNT EB 141 / I

TRIPARTIDO

BIPARTIDO

NBR 10284

ABNT EB 141 / II

VEDAO

PTFE

DIMENSIONAL

VEDAO
CASTELO

CPPU

PARAFUSADO AO CORPO

HASTE

HARI

HARE

NBR 8466

ABNT EB 141 / V

DIMENSIONAL
TIPO

PORTINHOLA

DIMENSIONAL
TAMPA
TIPO

PARAFUSOS
E
PORCAS

AO INOX
ROSCA NBR
6414

EXTREMIDADES

B
L
O
Q
U
E
I
O

BISELADA

TIPO/FACE

CORPO

V
G
A

NBR 5590 (1)

ANSI B 16.5 (2)

CLASSE
FLANGE

> 1200

CLASSE N

FABRICAO
DIMENSIONAL

650 a 1200

NBR 5587
CLASSE R

MATERIAL

TUBO

300 a 600

MQUINA ANSI B 18.2.1/2 SEXTAVADA SRIE PESADA

MATERIAL

ASTM A 307 GR B

ROSCA

ANSI B 1.1

ACABAMENTO
TIPO

GALVANIZADO
PR CORTADA PARA FLANGE COM RESSALTO

JUNTA
MATERIAL

PAPELO HIDRULICO NBR 5893

ESPESSURA: 1,6 mm

NOTAS 1 - CONEXES GOMADAS FABRICADAS DE TUBO OU CHAPA SOLDADOS, VER PGINA 14.8.
2 FLANGES DN<65 SO USADOS S EM CASOS ONDE A ROSCA NO INDICADA; NESTE CASO USAR FLANGES DE
ENCAIXE.

28

1.11 PARMETROS DIMENSIONAIS


Velocidades de escoamento nas tubulaes:
admisso
5 a 6 m/s
distribuio principal
6 a 8 m/s
distribuio secundria
8 a 10 m/s
mangueiras
15 a 30 m/s
Perda de carga entre o ponto de referncia e o ponto mais afastado: 0,30 kgf/cm2.
Vazamento mximo de
10% da vazo mxima simultnea.
Declividade das linhas
0,5% a 1,0%.
Referente ao consumo de ferramentas pneumticas
Valores em m3 / min referidos a 7,0 kgf / cm2 e 20C, segundo Atlas Copco
Tipo

Consumo Mnimo

Consumo Mximo

0,65
0,30
0,37
0,50
0,50
0,30
0,90
0,34
0,25
0,50
1,55

1,95
0,60
0,74
0,50
0,50
0,40
1,10
1,30
0,34
1,55
1,55

soprador
secador
rebarbador
bico de limpeza
esmerilhadeira
furadeira
rosqueadeira
rebitador
chave de impacto
pistola de pintura
jato de areia

Referente ao consumo de cilindros pneumticos


Dimetro
Cilindro
1
2
2
3
4
5
6
8
10
12

haste
5/8
5/8
5/8'
1
1 3/8
1
1 3/8
1
1 3/8
1 3/8
1
1 3/8
1
1
2
2
2

Consumo de ar em dm3 por ciclo Avano e Retorno por milmetro de curso sob vrias presses em kgf/cm
1.5
4.0
7.0
10.0
12.0
15.0
18.0
21.0
0,005
0,010
0,016
0,022
0,026
0,032
0,038
0,044
0,009
0,019
0,030
0,041
0,049
0,060
0,071
0,082
0,015
0,031
0,049
0,067
0,080
0,098
0,116
0,135
0,025
0,050
0,081
0,111
0,132
0,162
0,192
0,223
0,024
0,048
0,077
0,105
0,125
0,154
0,193
0,212
0,039
0,078
0,125
0,172
0,203
0,250
0,297
0.344
0,039
0,078
0,125
0,172
0,203
0,250
0,297
0.332
0,062
0,124
0,198
0,272
0,322
0,396
0,470
0.544
0,061
0,121
0,194
0,267
0,315
0,388
0,461
0,533
0,089
0.177
0,284
0,390
0,461
0.568
0,674
0.781
0,087
0,174
0,279
0,384
0,453
0,558
0,562
0,767
0,159
0,318
0,510
0,701
0,829
1,020
1,211
1,402
0,158
0,316
0,506
0,696
0,822
1,012
1,201
1,391
0,249
0,498
0,797
1,096
1,295
1,594
0,248
0,496
0,794
1,092
1,290
1,588
0,359
0,719
1,150
1,581
1,869
2,300
0,359
0,719
1,150
1,581
1,869
2,300

Referente fora exercida pelos cilindros pneumticos


Dimetro
Cilindro
1
2
2
3
4
5
6
8
10
12

kgf/cm
Psi

Fora
em kgf

1.4
20
16
255
28
454
44
709
75
1021
113
179
255
454
709
1021

2.8
40
32
56
88
150
226
358
510
1908
1418
2042

4.2
60
48
84
132
225
339
537
765
1362
2127
3063

5.6
80
64
112
176
300
452
716
1020
1816
2836
4084

7.0
100
80
140
220
375
565
895
1275
2270
3545
5105

8.4
120
96
166
264
450
678
1074
1530
2724
4254
6126

9.8
140
112
196
308
525
791
1253
1785
3178
4963
7147

29

11.2
160
128
224
352
600
904
1432
2040
3632
5672
8168

12.6
180
144
252
396
675
1017
1611
2295
4086
6381
9189

14.0
15.4
16.8
200
220
240
160
176
192
280
308
336
440
484
528
750
825
900
1130 1243 1356
1790 1969 2148
2550 2805 3060
4540 4994 5448
7090 7799 8508
10210 11231 12252

18.2
260
208
364
572
975
1469
2327
3315
5902

19.6
280
224
392
616
1050
1582
2506
3570
6356

21.0
300
240
420
660
1125
1695
2685
3825
6810

1.12

CIRCUITOS PNEUMTICOS

Painis pneumticos / vlvulas direcionais

Fluxograma Pneumtico

Clculo da vazo de ar requerida para o acionamento de cilindros


Exemplo numrico
Determinar a vazo de ar comprimido em m3/h, para suprir o consumo de ar comprimido de um cilindro
de 2 com haste de 5/8, necessria para promover um deslocamento de 10cm (5+5) em 30s.
Considerar a presso na entrada do cilindro equivalente a 4,0bar.
Soluo:

consumo unitrio 0,031 dm /mm

- conforme tabela pgina anterior


- consumo total

0,031 x 100=
3,1 3600

=
30 1000

- vazo

30

3,1 litros
0,372 m3/h a 4,0 bar

Folha de dados para dilindros pneumticos

CONDIA DE
OPERAO

CARATERISTICAS CONSTRUTIVAS

ACESSORIOS

CONEXES

6
7

DESCRIO
Cilindro pneumtico:
8
Fabricante de Referncia : Parker
Cdigo de referncia: 3520M0510-137-0450
Local: Silo de Bolas SI-144A-9507
Servio: Acionamento da comporta
Modelo: Informar
Item: Informar
TAG: CP-144A-9507
Quantidade: 1 pea
Perodo de trabalho
Ciclo de trabalho:
Servio (pesado; mdio; leve):
Ambiente (poeirento; mido; corrosivo):
Fluido
Temperatura ambiente:
Temperatura de trabalho:
Altitude:
Fora desenvolvida (avano/retorno):
Presso de servio:
Presso de projeto:
Curso:
Tipo de cilindro:
Dimetro do cilindro:
Extremidade da haste:
Dimetro da haste:
Curso mximo :
Tipo de fixao:
Conexes :
Materiais: camisa
cabeote
haste
mancal da haste
mbolo
guarnies
Proteo para a haste (sanfona):
Material da sanfona :
Cdigo da sanfona:
fabricante:
Ao:
Posio de Falha eltrica:
Posio de Falta de Ar:
Vlvula direcionadora com Solenide simples:
Tipo :
Alimentao eltrica:
Conexo eltrica :
Invlucro ( IEC / 44 ) :
Conexo pneumtica :
Presso do ar de suprimento:
Filtro regulador e lubrificador de linha
Sensores magntico para indicao do posicionamento:
Placa de identificao:
Material da placa:
Caracteres:
Espiges serrilhados roscado :
quantidade
Niples duplos roscado:
Quantidade:
Mangueira de borracha com uma trama de rayon:
Quantidade:
Braadeira em Ao inox:
Quantidade: :
Vlvulas reguladoras de vazo - ref. 3250: corpo
Quantidade :
Silenciadores : tipo / material
Dimetro:
Quantidade:
ARTICULAO

DESCRIO

ITEM
1

Nota: outros fornecedores SMC, FESTO.

31

Garfo ponteira fmea


1 pea
Rosca 16unf:
3/4"
Material:
ao
Cdigo de referncia:
3520-0020
Fabricante:
Parker
Pino com anis elstico p/ garfo:
1 pea
Material:
ao
Cdigo de referncia:
3520.3346
Fabricante:
Parker
24 h/dia ; 365 dias/ano
a cada 10 minutos
Pesado
Poeirento / mido
ar comprimido filtrado e lubrificado
10 a 40 C
-10 a 80 C
840 m
445 / 427 kgf
3,60 kgf/cm
10 kgf/cm
450 mm
Dupla ao
5
Rosca externa 3/4 16-UNF-2 A
1
450 mm
Munho central
1/2 NPT
Alumnio / Lato
Alumnio / Ferro fundido
Ao inox.
Bronze
Alumnio / Ferro
Buna-N
Sim
Neoprene
1923-211X
Paker
Ar para abrir e fechar
Fechado
manter fechado
Sim
5 vias
120V CA - 10%, 60Hz
3/4 NPT.
IP65
1/2 NPT.
5,0 kgf/ cm
Sim
Sim
Sim
Ao Inox
Em baixo relevo
1/2" NPT
1/2" NPT
10 kgf/cm
rosca sem fim
lato - C vedao em buna-N.
simples /alumnio
compatvel com a vlvula direcional

1.13

DIMENSIONAMENTO DE REDES

Considerando a possibilidade da rede de distribuio operar com fluxos em condies de presso


e/ou temperatura distintos, h de se promover a correspondncia destes parmetros s
condies normais para que seja vivel a soma destes fluxos.
1.13.1 Seqncia de Clculo
- determinar a vazo em Nm3 / min;
- corrigir a vazo normal para as condies de projeto;
- determinar a velocidade de escoamento, limitada a 20m/s;
- calcular o dimetro em polegadas;
- verificar a velocidade em m/s;
- calcular a perda em Kgf/cm2.
Correo de vazo normal s condies do projeto P x Q / T= Pn x Qn / Tn,
onde:
P
Pn
T
Tn
Q
Qn

presso absoluta de projeto em kgf / cm


2
presso absoluta normal
em kgf / cm
temperatura de projeto
em K
temperatura normal
em K
3
vazo de projeto
em m /min
3
vazo normal
em Nm /min

Clculo do dimetro d= [(4 x Q) / ( x v x 3600)]


onde:
Q
V
d

0,5

x (100 / 2,54),

vazo de projeto
velocidade
dimetro nominal

Velocidade real de escoamento v= (4 x Q) / (3600 x x di2),


onde:
V
Q
di

velocidade
vazo de projeto
dimetro interno

Clculo do coeficiente a= 0,000507 + (0,00001294 / di),


onde:
di
a

Correo do peso especfico do gs,

(equao 7)
2

dimetro interno
coeficiente

(equao 8)
3

em m / h
em m / s
em polegada

(equao 9)
em m/s
3
em m /h
em m

(equao 10)
em m
em m

ar = N x P xTN / Z x PN x T

onde - ar peso especfico do ar na temperatura e presso do escoamento


- N peso especfico do ar nas condies normais
- P presso de escoamento no trecho
- PN presso normal
- T temperatura de escoamento
- Tn temperatura normal
- Z fator de compressibilidade

(equao 11)
em kgf/ m3
em kgf / Nm3 .
em kgf / cm2
em kgf / cm2.
em K
em K

Clculo da perda de carga P = (3,25 x a x Q2 x Lx ar ) / (di5 x 36002), (equao 12)


3
onde: Q
vazo de projeto
em m /h
L
comprimento virtual do trecho
em m, conforme tabela 1.13.2
ar
peso especfico do ar na presso de escoamento em kg/m3
di
dimetro interno
em m
2
em kgf/m
P perda de carga

32

1.13.2 Comprimentos Equivalentes das Conexes

Nota: o comprimento virtual obtido somando-se ao comprimento real do trecho o comprimento


equivalente correspondente s conexes, vlvulas e acessrios.

33

1.13.3 Clculo de Dimetros e Perda de Carga

Considerando:
vazo de ar :
210 Nm3 / h
presso no incio do trecho:
7,0 kgf /cm2
velocidade de escoamento:
8,0 m / s
temperatura de escoamento:20C 68F 293 K
comprimento:
100 m, vide nota 1
presso baromtrica
1,03 kgf/cm2 760 mmHg
temperatura normal
15oC 298 K
peso especfico do ar
1,243 kg/Nm3

Nota

1: considerado o virtual correspondente soma do real com os equivalentes das


conexes.
2: condies normais: PN = 1,03 kgf / cm2, TN = 15oC

Correo da vazo

Q:

Clculo do dimetro nominal:

d:

210 1,03 293


(1,03 + 7,0) 298

4 27,3
8 3600

100
2,54

27,3 m3/ h

1,3"

Como o valor nominal 1,3 no comercial, adotar 1 1/2 e recalcular a velocidade em funo do
novo dimetro interno, neste caso 0,0381 m, considerando a parede do tubo Sch 80.
Clculo da velocidade real de escoamento V :

4 27,3
3600 0,03812

6,69 m / s

Correo do peso especfico do ar para a presso e temperatura do escoamento

ar = 1,293 x ( 7+1,03) x(273+15) / 1 x 1,03 x (273 + 20) =

9,39 kg / m3

Clculo do coeficiente a.
a : 0,000507 +

0,00001294
0,0381

0,0008464 m

Clculo da perda de carga no trecho


2
3,25 0,0008464 27,3 100 9,39
2
p :
= 1867 kgf / m ou
5
2
0,0381 3600

0,1867kgf / cm2

Clculo da presso no final do trecho: 7,00 0,1867 =

6,81 kgf / cm2.

34

CAPTULO II

BOMBEAMENTO DE FLUIDOS

Central de Bombeamento

2.1

CONCEITUAO INTRODUTRIA

Os sistemas de bombeamento industrial requerem:


- rea destinada casa de mquinas para abrigar os conjuntos moto bombas, alm dos
quadros de comando, controle eltrico e monoviga de manuteno.
- tanque de acumulao do fluido a ser bombeado, projetado de modo que a lmina do fluido fique
estvel.
- controles de nvel para quatro condies operacionais: muito alto, alto, baixo e muito baixo.
Bombas Escorvadas e Bombas no Escorvadas
O sistema de bombeamento projetado com duas redes: a de suco que interliga o tanque de
acumulao do fluido com a conexo de entrada na bomba, e a de recalque que conecta a
descarga da bomba ao usurio do fluido bombeado.
Existem dois nveis referenciais: o primeiro da lmina do fluido, o segundo do eixo da bomba.
Considerando o nvel igual a zero, a bomba estar escorvada (afogada) sempre que o o nvel do
fluido estiver acima do eixo da bomba; ser no escorvada em caso contrrio.
Referenciais para projeto
Nos casos em que a bomba for instalada na condio de no escorvada, a tubulao de suco
dever ser projetada com caimento no sentido da bomba para o tanque, a fim de evitar a
formao de bolhas. Dever tambm dispor de uma tubulao derivada da rede de recalque e
equipada com vlvula de bloqueio manual, para escorva da bomba quando necessrio.
Se for necessrio para as condies operacionais do bombeamento mais de um conjunto moto
bomba, cada um deles dever ser projetado com redes de suco independente.
Cada rede de suco, por sua vez, dever conter no ponto de tomada do fluido, um conjunto de
vlvulas de p com crivo, e na conexo de entrada da bomba, uma reduo excntrica e um
amortecedor de vibrao.
Consideraes tcnicas
Referentes s tubulaes de suco:
- evitar pontos altos para no favorecer o acmulo de bolhas;
- ter a menor perda de carga possvel (usar dimetro maior que o do bocal de suco);
- utilizar filtros e quando houver suco dupla, os ramais devem ser exatamente simtricos;
- observar para que o peso da tubulao no atue sobre a bomba;
- instalar vacumetros.
Referentes s tubulaes de recalque:
- Instalar juntas de expanso.
- instalar manmetros antes das vlvulas de bloqueio;
- observar para que o peso da tubulao no atue sobre a bomba.
Referentes aos sistemas de bombeamento de fluidos aquecidos:
- projetar dispositivos de aquecimento para o conjunto moto bomba em standy-by quando a
operao ocorrer em temperatura maior que 100oC.

37

2.2

CASA DE BOMBAS

Arranjo sugerido para casa de bombas no escorvadas

38

Arranjo sugerido para casa de bombas escorvadas

39

2.3

FLUXOGRAMA - SISTEMA USURIO

40

2.4

TIPOS DE BOMBA

As bombas podem ser classificadas em:


Bombas Volumtricas
Tambm chamadas de deslocamento positivo: quando o deslocamento do fluido ocorrer na
mesma velocidade, direo e sentido do elemento propulsor.
Turbo Bombas
Tambm chamadas de hidrodinmicas: quando o deslocamento do fluido decorrente da ao
centrifuga imposta pelo giro deste elemento propulsor.
Como exemplos construtivos destas bombas, podemos citar:
- bombas volumtricas:

- de diafragma
- de engrenagem
- de parafuso ou fuso
- de rolo
- peristltica

alternativa
rotativa
rotativa
rotativa
rotativa

- turbo bombas:

- centrfuga
- axial

rotativa
rotativa

Se desejarmos um quadro comparativo que sugira a aplicabilidade de um ou outro tipo, podermos


considerar o que se segue:

Tipo
Parmetro

Altura de
suco
em metros
Fluidos
bombeados
Presso
de recalque
Vazo de
recalque
Se a presso
demandada
aumentar, a vazo
Se a presso
demandada
aumentar,
a potncia

Turbo Bombas

Bombas Volumtricas

Centrifuga

Axial

Rotativa

Alternativa

4,50

4,50

6,50

6,50

limpos ou
abrasivos

limpos ou
abrasivos

viscosos
e no abrasivos

limpos
e puros

baixa a alta

baixa a alta

mdia

muito alta

alta

muito alta

mdia

pequena

decrescer

decrescer

no se altera

no se altera

decrescer

decrescer

crescer

crescer

41

Bombas Volumtricas

Bomba de engrenagem figura 2

Aplicao: transferncia de fluidos com


at
22.000
centipoases
leos
lubrificantes, combustveis e vegetais,
adesivos. Aditivos, poliis, solventes,
melao e glicose.

Bomba de rolo figura 3

Aplicao: transferncia de fermentos,


leveduras, cremes, xampus, detergentes,
xaropes, mel, massa de carne, iogurtes,
requeijo.

Bomba de fuso figura 4

Bomba peristltica figura 5

Aplicao: lubrificao de motores de turbinas a


gs e vapor, de redutores de velocidade, de
grandes bombas centrfugas.
Carga e descarga de leos lubrificantes, leos
combustveis, petrleo, produtos qumicos em
refinarias;
Alimentao
de
queimadores,
selagem,
circuitos hidrulicos.

Aplicao: transferncias de lodos, polpas


ou borras: dosagem de aditivos viscosos,
com slidos ou com tendncia a liberar
gases.

Vlvulas requeridas na montagem de bombas volumtricas:


- vlvula de alvio na tubulao de recalque;
- vlvulas de bloqueio nas tubules de suco e de recalque.

42

Turbo Bombas
Bomba centrfuga figura 6

Bombas centrifugas On Line figura 7

Horizontal

Bomba axial figura 8

Vlvulas requeridas na montagem de turbo bombas:


- vlvula de bloqueio nas tubulaes de suco e de recalque;
- vlvula de reteno nas tubulaes de suco.

43

Vertical

2.5

CONSIDERAES SOBRE BOMBAS DE POLPA


As bombas de lama / polpa,
conforme
figura
ao
lado
devero ser especificadas com
revestimento em borracha para
o manuseio de fluidos com alta
concentrao de slidos finos
em suspenso ou mistura
abrasivo-corrosiva.
No caso de manuseio de fluidos
com alta concentrao de
slidos abrasivos, a bomba
dever ser fabricada com liga
de metal duro com dureza
especificada,
conforme
a
caracterstica dos fluidos.

Conjunto motor redutor e bomba de polpa acoplados figura 9


Dados para especificao
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.

vazo /altura manomtrica;


caracterizao da polpa;
concentrao do slido em suspenso em volume ou em peso;
temperatura mxima do bombeamento;
peso especfico da polpa/lama;
peso especfico do fluido diluidor, caso no seja gua;
dimenso mxima do particulado slido;
distribuio das partculas de acordo com escala Mesh;
dureza de partcula;
ph da polpa;
viscosidade da polpa;
altura esttica de suco e de elevao;
NPSH disponvel.

Recomendaes para utilizao de bombas revestidas


Operando com fluidos com slidos finos em suspenso e ph na faixa 4,5 5,5.
Rotao mxima 1900 rpm, se o revestimento for com borracha.
Rotao mxima 2250 rpm, se o revestimento for com neoprene.
Operando com fluidos abrasivos e ph na faixa 4,5 5,5.
Rotao mxima 1900 rpm abrasivo com mesh 60.
Rotao mxima 1650 rpm abrasivo com mesh 20.
Rotao mxima 1480 rpm abrasivo com mesh 8.
Recomendaes para utilizao de bombas em metal duro
Operando com fluidos com slidos finos em suspenso e ph na faixa 4,5 5,5.
Rotao mxima 2250 rpm.
Operando com fluidos abrasivos e ph na faixa 4,5 5,5
Rotao mxima 2250 rpm fluido pouco abrasivo com concentrao em peso < 10%.
Rotao mxima 1900 rpm fluido abrasivo com concentrao em peso >10% 40%.
Rotao mxima 1480 rpm fluido muito abrasivo com concentrao em peso > 40%.
44

2.6

FOLHA DE DADOS

Para turbo bombas centrfugas e axiais


1

Identificao (TAG) :

Fabricante :

Tipo/Modelo :

Aplicao : Circuito

Servio :

Local :

Peso motor (kgf):

Bomba (kgf):

Desenho n.:

Normas aplicveis :

Lquido :

13

Acionador

Quantidade :

PH

Diferencial:
Vazo TB (m3/h) Normal:

Max. rotor de projeto:

Forma construtiva.:

Rotao (rpm) :

NPSH req.(mca)

Rendimento (%) nominal

Corrigido :

B.H.P. Hidrulico :

Proj.:

Rotao vista do lado do acoplamento:

Local da instalao

Servio :

15

Partculas susp (ppm):

Rotor:

Centerline

Eixo:

Horizontal

Bipartida :

Radialmente

Sim

Flanges :
Rotor :

Dupla
Dimetro (mm):

Rosca

Flange

Rosca

Aberto

Vortex

Montagem do rotor :

Dim. (mm):

NPT

16

BSP

Contnuo

Radial

max.

Intermitente

Protetor :

Bucha do eixo

Anis de desgaste:
Junta da carcaa:

Profundidade do poo/tanque (m) :


Submergncia mnima requer. (m) :
Colunas :

Flangeadas

Roscadas

Fechada lubrificao leo

Axial
leo

Aberta

Fechada lubrificao gua


graxa

Dimetro (mm) coluna :

Polias (correias)
Modelo:
Sim

Caixa da gaxeta D.I.(mm):

No

D.E.(mm):

Comp.(mm):

Tipo:

Eixo da coluna :

Cabeote tipo :

Empuxo (kg) : Para cima :

Para baixo :

Mancal de escora na bomba

Sim

Fabricante:

Placa de fundao :

Sim

No

No

Tipo :
Ajuste (m) :
Coluna/eixo :
Materiais

Tamanho / n de anis:
Tipo / cdigo:
Fabricante:
Modelo:

Fonte externa

gua (m3/h)

Performance

entrada

sada

Motor Eltrico:
.

45

No

Sim

NPSH requerido

Tampa traseira
Caixa dos mancais

Sim

Sim

Testemunhado

No

Desmontagem (aps teste)

Carcaa

Notas:

Ralo :

Bomba
Hidrosttico

Lubrificao conforme API - 610 - Plano N


Refrigerao / Aquecimento

Bomba : Coluna :

Tanque :
Cabeote :

17
Liquido prprio

Mancal :

Cdigo API:

Sede tipo:
Lubrificao :

proj.:

Carcaa/Tampa:

Entre rolamento

Marca:

Selo mecnico

Externa

min.:

Base bomba/motor:

Fechado

Ponta do eixo

Direto

Gaxeta

Anti-Horrio.

Mancais: inferior e intermedirio. :

Dim. (mm):

Flange

RF Roscas :

Acoplamento

Inline

Axialmente

No

FF

Interna

Axiais

Simples

Vertical

Materiais

Montagem:

Dreno :

Horrio.

Vazo mnima (m3/h):

Corroso/eroso por :

Voluta :

Prova de exploso

Curva proposta

BHP: mximo com rotor de projeto:

Lubrificao. dos mancais :

Vedao do eixo / engaxetamento

Carcaa.:

Fator de Servio :

Peso especif.ico (kg/m ) :

Tipo de rolamento :

12

Volts/ciclos/fases:

Viscosidade TB (cp) :

Conexo recalque :

11

Rotao (rpm):

Dim. do rotor (mm):

NPSH disponvel (mca):

Conexo suco :

Construo

Projeto:

Altura. Manomtrica . (mca):

Tipo/modelo :

Potncia.(HP):

Bombas

10

Descarga:

Testes

Condio de Operao

Vapor TB :

Performance

Temperatura de bombeamento - TB (C)

Suco:

Fabricante:.

Proteo IP :
14

Presso (kgf/cm2)

Motor eltrico

Testemunhado
Sim

No

No
Testemunhado

Para bombas volumtricas peristlticas

AFOGADA

NO AFOGADA

1) Comprimento da linha de suco: ______ m. comprimento da linha de descarga:_______m


2) Dimetro da linha de suco:_________mm. dimetro da linha de descarga___________mm
3) Acessrios nas linhas de suco e descarga :
3.1) Curva 90

suco (_)

descarga (_) curva 45

3.2) Tee

suco (_)

descarga (_)

3.3) Filtros

suco (_)

descarga (_)

3.4) Vlvulas

suco (_)

tipos: _________________________________________

3.5) Vlvulas

descarga (_) tipos:_________________________________________

4) Fluido: _____________densidade:_____________Kg/m3
4.1) Caractersticas do fluido:

abrasivo

corrosivo

suco (_)

descarga (_)

viscosidade:__________Cp
pastoso / gelatinoso

4.2) Temperatura do fluido:___C


4.2) Temperatura ambiente: __C
f
6) Operao:
7) Utilizao:

slidos ___ %. tamanho mximo dos slidos:_____mm

varivel mxima = _______l/h mnima = _____________l/h


contnua

intermitente

para transferncia

para dosagem

8) Acionamento:

motoredutor

monofsico

9) Acionamento:

com inversor ( faixa de variao 1 : 4 )

sem inversor de freqncia

10) Tenso:
11) Freqncia :

50 Hz

12) Motor

proteo IP

46

trifsico

2.7

PROCEDIMENTOS PARA PARTIDA E PARADA DE CONJUNTOS MOTO BOMBAS

Partida
- Verificar se a bomba est escorvada.
- Fechar o registro de recalque (no caso da bomba ser do tipo centrfuga) at que a rotao
nominal seja alcanada. Ao abri-lo, faa-o lenta e gradualmente.
- Verificar a intensidade do gotejamento do fluido pelo preme-gaxeta, quando aplicvel.
- Proceder a leitura do manmetro, do vacumetro, do ampermetro, e do voltmetro, verificando
os parmetros de conformidade, nos termos da norma API 10.

Parada
- Fechar lenta e gradualmente o registro de recalque, no caso de bomba centrfuga.
2.8

PROBLEMAS OPERACIONAIS

Na operao de um sistema de bombeamento, problemas com a no obteno dos valores


previstos de presso e vazo, perda do fluxo recalcado e at mesmo queima do motor eltrico
podem ocorrer. Considere o quadro seguinte com citaes de causas que podem provocar estes
defeitos.

causas

defeito: perda presso de recalque


entrada de ar na suco ou no corpo da bomba;
entupimento do rotor ou da vlvula de p;
travamento das vlvulas de p na rede de suco, de bloqueio ou de reteno na
rede de recalque;
rotao inferior nominal;
sentido da rotao do motor invertida;
altura de suco e/ou altura manomtrica no conforme com a nominal.
defeito: alterao na vazo recalcada

causas

causas

causas

nota:

entrada de ar na suco ou no corpo da bomba;


entupimento parcial do rotor ou da vlvula de p;
rotao inferior nominal;
alterao da altura manomtrica em relao nominal.
defeito: presso do recalque no atingida
rotor desgastado / ou com dimetro inferior ao nominal;
rotao inferior nominal.
defeito: motor superaquece ou queima
rel trmico de proteo mal regulado ou com defeito;
sob tenso provocado por falta de fase;
altura manomtrica inferior nominal;
defeito mecnico principalmente empeno do eixo.
caso as condies de vazo / presso no sejam constantes aconselha-se a
utilizao de motores com fator de servio.

47

2.9

CURVAS CARACTERSTICAS ROTAO CONSTANTE

Estas curvas representam as condies operacionais das bombas em pares de eixos cartesianos.
A mais importante a curva H x Q (presso x vazo) obtida a partir do lanamento no eixo das
ordenadas os valores das vazes e no eixo das abscissas os valores das presses. As demais
curvas so as de potncia x vazo e as de rendimento x vazo.
Curva H x Q das bombas volumtricas e turbo bombas
volumtricas

turbo bombas

Como a vazo
teoricamente
independe
da
presso, a curva
se resume numa
reta paralela ao
eixo das presses:

Neste
caso
a
funo matemtica
geradora da curva
a Equao de
Euler, que resulta
na forma seguinte:

Curva do Sistema de Bombeamento


No entanto para se ter condies de
interpretao da condio operacional da turbo
bomba segundo o plano H x Q,
indispensvel lanar no mesmo plano
H x Q a Curva do Sistema de bombeamento,
que uma funo parablica definida pela
equao de Bernoulli.
A curva do sistema, ser traada aplicando-se
a expresso H = Kr x Q2, onde
Kr: constante da rede;
H: perda de carga na rede;
Q: vazo circulada.
3

-3

Supondo Q1 = 150m /h e H1 = 60 mca, teremos K = 60 150 = 2,66 x 10 .


Para 100 m3/h, teremos: H = 2,66 x 10-3 x 1002 = 26,6m
Para 200 m3/h, teremos: H = 2,66 x 10-3 x 2002 = 106,4m,
logo a curva do sistema, contemplando os trs pares, ser a indicada acima.
Lanando as duas curvas em um mesmo par de eixos H x Q ter-se- na interseo das duas o
Ponto de Trabalho da bomba, conforme indicado abaixo.

48

Curvas caractersticas de uma bomba centrifuga - 3500 rpm

Notas:
Dados vlidos para massa especfica de 1 kg/ dm3 e viscosidade cinemtica at 20 mm2/s.
Tolerncia de performance conforme ISO 9906.
Os parmetros vazo, presso e potncia so caractersticas para uma determinada
rotao do motor (n). Caso esta rotao passe a um outro valor (n1), estes parmetros iro
variar segundo as equaes de Rateaux, ou seja,
correo da vazo

Q / Q 1 = n / n1

correo da altura manomtrica

H/ H1 = n / n1

correo da potncia

N / N1 = n / n1

49

2.10

CURVAS DE TORQUE PARA TURBO BOMBAS

O torque MR de uma turbo bomba determinado em funo da potncia e da rotao, pela


expresso:
MR = (5250 x HP rpm) x 0,141, em Kgf x m

(equao 13)

Para se obter a curva de torque a partir do instante 0 at a rotao nominal, h de se considerar


a Constante do Conjunto Moto Bomba (Ki), que relaciona a variao da rotao da bomba com a
variao do torque. Esta constante obtida pela expresso:
Ki = (450 x g x HR x Q) (I x MR x rpm2),
onde:
g
HR
Q
I
MR
rpm

(equao 14)

acelerao da gravidade em m/s2


altura total de recalque em mca
vazo em m3 / h
2
momento de inrcia das partes girantes em kgf / m
torque em kgf / m
nmero de rotaes por minuto

Obtida esta constante na condio do torque mximo, os valores


de torques intermedirios sero definidos em funo da rotao,
fazendo:
2
MR = (450 x g x HR x Q) (I x Ki x rpm ).
Desta forma, no par de eixos Torque x Rotao ser traada
a curva como indicado ao lado.

2.11

POTNCIA REQUERIDA PARA TURBO BOMBAS - BHP

calculada aplicando a expresso N = ( x Q x Hman) ( x 74,6), em HP


onde:

(equao 15)

potncia em Hp
peso especfico do fludo, em Kg / m3
3
Q
vazo em m /s
rendimento

Hman altura manomtrica em mca

2.12

CORRENTE NOMINAL DO MOTOR (In)

calculada pela expresso In = (N x 746)(V x

3 x cos x ), em A

(equao 16)

Exemplo: considerando uma bomba acionada por um motor eltrico de induo trifsico de 20 Hp,
220V, 60Hz, cos = 0,80, cdigo F, calcular a corrente nominal In, assumindo o rendimento do
motor de 96%.
Substituindo vem :
In = (20 x 746) (220 x 3 x 0,80 x 0,96) = 50,9 A

50

2.13
CORRENTE DE PARTIDA DO MOTOR (Ip)
obtida pela expresso:
Ip = [(kVA/cv) x N x 1000] (V x 3 ), em A (equao 17)
Para este clculo dever ser considerada a letra-cdigo do
motor, conforme tabela ao lado, o respectivo valor numrico
do kVA /cv.
Substituindo, vem:
Ip = (5 x 20 x 1000) ( 220 x 3 ) = 262,4 A
Nota: nesse exemplo o valor 5 do kVA /Cv foi escolhido na
faixa de 5 a 5,99 correspondente letra-cdigo F.

2.14

SELEAO DE BOMBAS

Bombas peristlticas
1 - Vazo necessria, em l / s
2 - Presso de descarga, em bar.
3 - Potncia do motor, em KW
o
4 -Temperatura do produto, em C
5 - Limites para operao contnua
6 - Rotao mxima recomendada

Bombas centrfugas
1 Escolher a rotao 3500 ou 1750 rpm
2 Selecionar a vazo
3 Selecionar a Hman
4 Determinar a interseo das coordenadas
5 Ler o modelo

51

LETRA-CDIGO
A
B
C
D
E
F
G
H
J
K
L
M
N
P
R

KVA
/cv
(com
rotor
bloqueado
0,00 a 3,14
3,15 a 3,54
3,55 a 3,99
4,00 a 4,49
4,50 a 4,99
5,00 a 5,99
5,60 a 6,29
,30 a 7,09
7,10 a 7,99
8,00 a 8,99
9,00 a 9,99
10,00 a 11,19
11,20 a 12,49
12,50 a 13,99
14,00 e maiores

2.15

ASSOCIAO DE BOMBAS

Em paralelo
Em instalaes de bombeamento
promove-se a associao em
paralelo de duas ou mais bombas,
para se obter um incremento de
vazo,
correspondente

somatria
das
vazes
das
bombas associadas. Para se
traar a curva correspondente
associao de duas ou mais
bombas em paralelo, basta
marcar o valor do somatrio das
vazes das bombas para cada
altura. As duas bombas funcionando em paralelo, reproduziro o ponto P2, interseo da curva
caracterstica das bombas com a curva caracterstica do sistema, fornecendo a altura
manomtrica total H2 e vazo Q2. A bomba isolada trabalhar com a altura manomtrica H1 e
vazo Q1. Como Q1> Q2 e H1<H2, conclui-se que na seleo de bombas para operao em
paralelo, deve-se tomar cuidado quando do funcionamento de uma s bomba, pois neste caso a
potncia consumida e o NPSH requerido sero maiores.
Em srie
Esta associao indicada para atender alturas manomtricas
elevadas. Para se obter a curva caracterstica resultante de duas
bombas em srie, basta somar as alturas manomtricas,
correspondentes aos mesmos valores de vazo, em cada bomba.
Quando da associao em srie torna-se necessrio verificar se o
flange de suco da segunda bomba capaz de suportar a presso
de descarga da primeira, e, se a carcaa da segunda suporta a
presso total da descarga.

Manobra de vlvulas requerida para associao de bombas


Recalque

Em paralelo:
Vlvulas

Posio

3, 4, 9, 10
1,2, 5,6,7,8,11,12,13
14

fechada
aberta
regulada para o P

Em srie - bomba B2 com bomba B1:


2, 3, 10, 11
fechada
1,4,5,6,7,8,9,12,13,14
aberta
Em srie - bomba B1 com bomba B2:
1 ,4, 9,12
fechada
2, 3,5,6,7,8,10,11,13,14
aberta

52

2.16

GRANDEZAS CARACTERSTICAS

Ao se projetar o sistema de
bombeamento h de se
considerar
grandezas
de
caractersticas
geomtricas
identificadas pela letra h e
as dinmicas pela letra H.
Conforme mostrado na figura
10 ao lado.
Figura 10 Grandezas Caractersticas
Grandezas estticas
Altura Geomtrica de Aspirao, ha a diferena entre o nvel do eixo da bomba e o nvel da
superfcie livre fluido no tanque de acumulao. Este valor deve ser comparado com o da Altura
Esttica Mxima de Aspirao, AMS, suportado pelo conjunto moto bomba.
Altura Geomtrica de Recalque, hr a diferena entre o nvel onde o fluido liberado pela rede
de recalque, e o nvel do eixo da bomba. Aqui tambm convm sugerir que esta rede de recalque
em sua extremidade de transbordo, fique sempre protegida pelo fluido recalcado. Com isto fica
assegurada a no entrada de ar nesta tubulao.
Altura Geomtrica de Elevao, he a diferena de cotas entre o nvel do fluido no tanque de
acumulao e o nvel em que o fluido descarregado, he = ha + hr.
Grandezas dinmicas
Altura Total de Aspirao, Ha a diferena da presso atmosfrica local e a presso na suco
2
da bomba
Ha = ha + (v 2g) + Ja.
Altura Total de Recalque, Hr a diferena entre a presso na sada da bomba e a atmosfrica
Hr = hr + Jr.
Altura Manomtrica, Hman a soma das alturas totais de aspirao e recalque.
Hman = Ha + Hr = he + Ja + Jr +(v2 2g).
Nestas equaes:
ha
Ja
V22g
V
g
hr
Jr
he

altura esttica de aspirao


perda de carga no trecho de aspirao
energia cintica cedida ao fluido
velocidade do fluido
acelerao da gravidade
altura esttica de recalque
perda de carga no trecho de recalque
altura esttica de elevao
53

em m
em mca
em mca
em m/s
em m2/s
em m
em mca
em m

2.17

CAVITAO

A cavitao um fenmeno hidrulico que ocorre quando a presso absoluta do fluido no rotor da
bomba atinge um valor que coincide com a presso de vapor do lquido na temperatura, iniciando
o processo de vaporizao do mesmo. importante conhecer a diferena entre o valor da
presso de estagnao e da presso de vapor do lquido na temperatura em que o mesmo estiver
sendo bombeado. Esse parmetro que representa a disponibilidade energtica com a qual o fluido
chega ao rotor, chama-se Net Positive Suction Head, NPSH.
A energia hidrulica caracterstica do arranjo construtivo da suco designada por NPSH
disponvel. Aquela com a qual o fluido admitido no rotor da bomba designada por NPSH
requerido. Para no ocorrer cavitao o NPSH disponvel deve ser maior que o NPSH requerido
Clculo do NPSHd, NPSHr, AMS
Exemplo numrico, considerando:
vazo
altura manomtrica
temperatura do fluido
presso de vapor a 60 C
peso especifico do fluido
rotao da bomba
perda de carga na suco
velocidade de escoamento
presso atmosfrica local
altura esttica de aspirao
acelerao da gravidade
montagem da bomba
tipo da bomba
fator de cavitao

Converses

0,04 m3 / s
20 mca
60 C
0,2031 kgf / cm2
3
983 kgf / m
1150 rpm
1,30 mca (assumido)
1,50 m / s (recomendado)
2
0,980 kgf / cm
0,70 mcf (referente ao nvel mximo)
2
9,81 m/s
no escorvada
centrfuga
0,0011 para bombas centrfugas
0,0013 para bombas helicoidais
0,0014 para bombas axiais

Q
Hman
T
hv

v
Pb
ha
g

0,2031 kgf / cm x 10.000 / 983 kgf / m = 2,06 mca


2
3
0,980 kgf / cm x 10.000 / 983 kgf / m = 9,97 mca

Clculo do NPSH disponvel, em funo do arranjo construtivo local


2

NPSHd: Pb [ha + P + hv + (v / 2g)]


(equao 18)
Aplicando, vem: NPSHd = 9,97 [0,7 + 1,30 + 2,06 + (1,52 / 2 x 9,81)] = 6,48 mca
Clculo do NPSH requerido, em funo da bomba selecionada
NPSHr = x ( n x

H3 ) 4/3 x H

Aplicando, vem: NPSHr = 0,0011 x (1150 x

(equao 19)

0,04

203 )4/3 x 20 = 1,55 mca

Clculo da altura mxima da suco, AMS


AMS = Pb [P + hv + (v2 2g) + NPSHr]
Aplicando, vem: AMS = 9,97-[1,30 + 2,06+(1,52/2x9,81)+1,55]=4,95 mca

(equao 20)

Nota: conforme as condies do fluxo de make-up, o nvel da superfcie livre do fluido pode variar
em relao linha de centro da bomba.
Nesse contexto definem-se os nveis: muito alto, alto, baixo e muito baixo.

54

2.18

COMPONENTES DA REDE

Todo sistema de bombeamento, conforme visto na figura 11 abaixo, contempla uma rede de
suco e outra de recalque do fluido, com os seguintes componentes principais:
TUBOS
CONEXES curvas
tes
redues
niples
flanges
luvas
VLVULAS
ACESSRIOS

Figura 11 Sistema de Bombeamento


As especificaes dos materiais dos tubos, das conexes e das vlvulas esto indicadas a seguir.

55

Especificao de materiais dos componentes das redes de gua


FLUIDO: GUA

NORMA BSICA: ANSI B31.3

TEMPERATURA(C): 65

CLASSE: 150

AQUECIMENTO: NO

PRESSO (MPA): 1.05

CORROSO:1.27mm

ISOLAMENTO: NO
DIMETRO NOMINAL - mm

ITEM

CARACTERSTICA
15 a 50

65 a 250

DIMENSIONAL
ESPESSURA
ACABAMENTO

EXTREMIDADES

ESPESSURA
CONEXES

ACABAMENTO
MATERIAL
EXTREMIDADES

CLASSE R

CLASSE N

(1)

NBR 5590 GR A ou B

ASTM A 134
BISELADA
COM COSTURA

NBR 6943

ABNT PB 157

CLASSE 10

AWWA C 208
IGUAL A DO TUBO

GALVANIZADO

PRETO
ASTM A 234
WPB

NBR 6590

NBR 5590 (2)

ROSCA NBR 6414

MATERIAL

ASTM A 134 (2)

BISELADA

ANSI B 16.5 (3)

AWWA C 207

CL 150

CLASSE D

CLASSE

CORPO

9.5 mm
PRETO

ROSCA NBR 6414

DIMENSIONAL
FLANGE

> 1200
AWWA C 201

PRETO OU GALV.

FABRICAO
DIMENSIONAL

650 a 1200

NBR 5587

MATERIAL

TUBO

300 a 600

ASTM A 105 GR II

ASTM A 283 GR C

NBR 6314

ASTM A 216 GR WCB

INTERNOS

AO INOX

GERAL
EXTREMIDADES

V
E
S
V
B
O

CONTROLE

B
L
O
Q
U
E
I
O

V
G
L

RETEN
O

L
V
U
L
A

V
G
A

V
R
E

ROSCA NBR 6414

FLANGE ANSI B 16.5

FLANGE AWWA C 207

CLASSE

PN 16

CL 150

CLASSE D

CASTELO

CPPU

PARAFUSADO AO CORPO

HASTE

HARI

HARE

NBR 8465

ABNT EB 141 / I

TRIPARTIDO

BIPARTIDO

NBR 10284

ABNT EB 141 / II

DIMENSIONAL
TIPO DE CORPO
DIMENSIONAL
VEDAO

AWWA C 504 CORPO CURTO

VEDAO

BUNA N

CASTELO

CPPU

PARAFUSADO AO CORPO

HASTE
DIMENSIONAL
TIPO
DIMENSIONAL
TAMPA

HARI

HARE

NBR 8466

ABNT EB 141 / V
PORTINHOLA

PARAFUSADA
MQUINA ANSI B 18.2.1/2 SEXTAVADA SRIE PESADA

MATERIAL

ASTM A 307 GR B

ROSCA

TIPO

DUPLA PORTINHOLA (4)

ABNT EB 141 / IV

ANSI B 1.1

ACABAMENTO

JUNTA

TIPO
PARAFUSOS
E
PORCAS

PTFE

DIMENSIONAL

GALVANIZADO
PR CORTADA PARA FLANGE COM RESSALTO

MATERIAL

PAPELO HIDRULICO NBR 5893

ESPESSURA

1,6 mm

NOTAS: 1) CALCULADA CONFORME ANSI B 31.3. - 2) CONEXES GOMADAS FABRICADAS DE TUBO OU CHAPA SOLDADOS. 3) FLANGES DN<65 SO USADOS S EM CASOS ONDE A ROSCA NO INDICADA; NESTE CASO USAR FLANGE C/ ENCAIXE.
4) TIPO WAFER (SEM FLANGES). 5) HARI HASTE ASCENDENTE ROSCA INTERNA, HARE HASTE ASCENDENTE ROSCA
EXTERNA.

56

2.19

DIMENSIONAMENTO - PERDA DE CARGA

Seqencial sugerida para o clculo:


- arbitrar velocidade na faixa de 0,5 a 3,00 m / s
- calcular o dimetro nominal
- escolher o dimetro nominal comercial
- especificar o nmero de Schedule
- verificar a espessura da parede
- recalcular a velocidade de escoamento, em funo do dimetro interno escolhido
- definir viscosidade cinemtica do lquido na temperatura
- calcular Reynolds
- definir rugosidade relativa
- calcular fator de frico
- definir comprimento equivalente
- calcular perda de carga
Dimetro aplicar a expresso d [(4 x Q) / ( x v x 3600)]0,5 x (100 / 2,54), (equao 8)
onde:
3
Q
vazo de projeto
em m /h
v
velocidade
em m/s
d
dimetro nominal
em polegada
2
Velocidade real de escoamento aplicar a expresso v= (4 x Q) / (3600 x x di ), (equao 9)
onde:
v
velcidade
em m/s
Q
vazo de projeto
em m3/h
di
dimetro interno
em m
Espessura da parede aplicar a expresso t = (P x de) / 2 x [( Sh x E) + (P x Y)]+C, (equao 21)
onde:
de
dimetro externo
em cm
Sh
tenso admissvel do material
em kgf/cm2
P
presso interna de projeto
em kgf/cm2
C
sobre espessura de corroso
em cm
E
eficincia de solda
ver nota
Y
coeficiente de reduo
ver nota
Nota:

- a equao 21 no deve ser aplicada quando: P / Sh > 0,385 e t > de / 6.


- para os valores de E e Y ver pgina 179.

Nmero de Reynolds aplicar a expresso Re = v x d i / ,


onde: = viscosidade cinemtica em m2/s.

(equao 22)

Fator de frico (f) 1 / f =-2 log[(Eq / di x 3,7) +(2,51 / Re x f )]


onde: Eq: rugosidade equivalente
em mm
Perda de carga aplicar a expresso P (f x L x v2 x ) / (di x 2 x g),
onde:
f:
fator de frico
L:
comprimento virtual
em m
di:
dimetro interno
em m
v:
velocidade
em m / s
2
g:
acelerao gravidade
em m / s
peso especfico
em kg / m3
:

(equao 23)
(equao 24)

O comprimento virtual L equivale soma do comprimento real com o equivalente das conexes
indicado na tabela pgina 59. Se o dimetro ultrapassar 14, a perda de carga nas conexes ser
obtida pelo fator K, indicado na pgina 59,
aplicando-se a expresso: K x v2 x 2g
(equao 88), ver pgina 269.
57

CONSIDERAES SOBRE AS PERDAS DE CARGA


Rugosidade relativa E: o valor obtido dividindo-se a rugosidade equivalente Eq abaixo
indicada, pelo dimetro interno di do tubo. Supondo um tubo de ferro fundido de 10 (254 mm)
de dimetro interno comeando a oxidar, Eq = 1,00mm, a rugosidade relativa ser 1/254 = 0,004.
rugosidade equivalente Eq (mm)
0,3 a 0,9
0,01 a 0,06
0,15 a 0,30
0,9 a 2,4
0,06
0,007
0,15
0,12 a 0,20
1,0 a 3,0
0,006

material
ao, revestimento asfalto quente
ao, revestimento esmalte centrifugado
ao enferrujado ligeiramente
ao muito enferrujado
ao comercial
cobre
ferro galvanizado novo
ferro fundido revestido com asfalto
ferro fundido com crostas
tubo plstico

Fator de frico f: obtido pelo diagrama de Moody abaixo, procedendo como indicado.
- selecionar o nmero de Reynolds e o grau de rugosidade;
- seguir a curva de rugosidade relativa at encontrar a reta que passa pelo nmero de Reynolds
selecionado;
- ler a partir deste ponto, seguindo a horizontal o valor de f.

58

Comprimentos equivalentes em metros de tubulao / coeficientes K

Dimetro

Curva 90

Curva 90

Curva 90

Raio longo

Raio mdio

Raio curto

Flangeado

Flangeado

Flangeado

Curva

Curva 90

Curva

Te

Te sada

Te sada

90

R/D=1

45

passagem

de lado

bilateral

Soldada

direta

Soldado

Soldado

1,0
1,4
1,7
2,3
2,8
3,5
4,3
5,2
6,7
8,4
10,0
13,0
16,0
19,0
22,0

1,0
1,4
1,7
2,3
2,8
3,5
4,3
5,2
6,7
8,4
10,0
13,0
16,0
19,0
22,0

Curva 45
Flangeado

R/D=1

Soldada

Soldada
mm

Soldado

Pol

13
19
25
32
38
50
63
75
100
125
150
200
250
300
350

1/2
3/4
1
1 1/4
1 1/2
2
2 1/2
3
4
5
6
8
10
12
14

Dimetro

mm

0,3
0,4
0,5
0,7
0,9
1,1
1,3
1,6
2,1
2,7
3,4
4,3
5,5
6,1
7,3

0,4
0,6
0,7
0,9
1,1
1,4
1,7
2,1
2,8
3,7
4,3
5,5
6,7
7,9
9,5

0,5
0,7
0,8
1,1
1,3
1,7
2,0
2,5
3,4
4,2
4,9
6,4
7,9
9,5
10,5

Entrada

Entrada de

Sada da

normal

borda

canalizao

0,2
0,2
0,3
0,4
0,5
0,7
0,9
1,1
1,6
2,0
2,5
3,5
4,5
5,5
6,2

0,4
0,5
0,7
0,9
1,0
1,5
1,9
2,2
3,2
4,0
5,0
6,0
7,5
9,0
11,0

0,4
0,5
0,7
0,9
1,0
1,5
1,9
2,2
3,2
4,0
5,0
6,0
7,5
9,0
11,0

0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,8
0,9
1,2
1,5
1,9
2,3
3,0
3,8
4,6
5,3

0,2
0,3
0,3
0,4
0,5
0,6
0,8
1,0
1,3
1,6
1,9
2,4
3,0
3,6
4,4

Vlvula
gaveta
aberto

0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,9
1,0
1,3
1,6
2,1
2,5
3,3
4,1
4,6
5,4

0,2
0,2
0,2
0,3
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,9
1,1
1,5
1,8
2,2
2,5

0,3
0,4
0,5
0,7
0,9
1,1
1,3
1,6
2,1
2,7
3,4
4,3
5,5
6,1
7,3

Vlvula

Vlvula angular

Vlvula de

globo aberta

aberto

p e crivo

4,9
6,7
8,2
11,3
13,4
17,4
21,0
26,0
34,0
43,0
51,0
67,0
85,0
102,0
120,0

2,6
3,6
4,6
5,6
6,7
8,5
10,0
13,0
17,0
21,0
26,0
34,0
43,0
51,0
60,0

3,6
5,6
7,3
10,0
11,6
14,0
14,0
20,0
23,0
30,0
39,0
52,0
65,0
78,0
90,0

Vlvula de Reteno
leve

Pesado

1,1
1,6
2,1
2,7
3,2
4,2
5,2
6,3
8,4
10,4
12,5
16,0
20,0
24,0
28,0

1,6
2,4
3,2
4,0
4,5
6,4
8,1
9,7
12,9
16,1
19,3
25,0
32,0
38,0
45,0

pol

13
19
25
32
38
50
63
75
100
125
150
200
250
300
350

1/2
3/4
1
1 1/4
1 1/2
2
2 1/2
3
4
5
6
8
10
12
14

0,1
0,1
0,2
0,2
0,3
0,4
0,4
0,5
0,7
0,9
1,1
1,4
1,7
2,1
2,4

Componentes

Valores de K

Componentes

curva de raio longo de 90


curva de raio curto de 90
curva de 45o
cotovelo de 45o
curva de 22o 30
crivo de suco
alargamento (bocal)
vlvula de reteno
vlvula de p

0,25 a 0,40
0,90 a 1,5
0,20
0,40
0,10
0,75
0,30, ver nota
2,50
1,75

reduo gradual
vlvula gaveta aberta
vlvula globo aberta
vlvula angular aberta
juno 45o
te, passagem
te, sada lateral
te, sada bilateral

Nota: a velocidade deve ser refernte menor seo.


59

Valores de K
0,15
0,20
10.00
5,00
0,40
0,60
1,30
1,80

2.20

CLCULOS DIMENSIONAIS

Exemplo numrico
Considerando,

Calcular:
1320 m3 / h
2,0 m / s
1125 kgf / cm2
20 kgf / cm2, com FS=1,5
1,50
20oC
1,007 x 10-6 m2 / s
1000 kg / m3
50 m
01 vlvula gaveta / 02 Tees
92%
0,2 mm
1750 rpm
2,00mm

vazo
velocidade
tenso admissvel
presso requerida
fator de segurana
temperatura do fluido
viscosidade cinemtica
peso especifico do fluido
comprimento linear
singularidades
rendimento da bomba
rugosidade equivalente
rotao
sobre espessura decorroso
Soluo:
Dimetro nominal :

dimetro
velocidade real
espessura da parede
nmero de Reynolds
fator de frico
perdas de carga
altura manomtrica
potncia requerida
torque

4x1320
100

19 . adotado 18 (d i= 43,81, de = 45,70cm)


2 3600 2,54

Velocidade real de escoamento: 4 1320/( 0,43812 3600)

= 2,43 m / s

Espessura de parede: 20 x 1,5 x 45,70 / 2 x (1125 x 1 + 20 x 1,5 x 0,4) =0,8 cm 8,00mm


Nmero de Reynolds: 2,43 x 0,438 / 1,007 x 10

-6

=1,057 x 10

Rugosidade Relativa:

Eq di = 0,30 438,1

=0,00068

Fator de frico:

por Colebrook

=0,02

Perda de carga no tubo: 0,02 x ( 50,000,438) x [2,432(2 x9,81)]x103

=687 kgf/m2 0,687mca

Perda de carga na vlvula: [0,2 x 2,432 / (2 x 9,81)]x103

=60 kgf/m2 0,06 mca

Perda de carga no tee [ 0,6 x 2,432 / (2 x 9,81 )] x 2 x 103

=361 kgf/m2 0,36 mca

Hman: 200 + 0,687 + 0,06 + 0,36

=201,107 mca

Potncia: 1000 x 1320 x 201,107 (0,92 x 3600 x 74,6 )

=1073 Hp

Torque: (5250 x 1073 1750) x 0,47 x 0,30

=453,87 Kgf x m

2.21 INSPEES DE RECEBIMENTO DE MOTO-BOMBAS CENTRFUGAS


A aceitao das bombas passa pela conformidade dos parmetros conforme Norma API 10.
Os valores das tolerncias indicados so aplicveis aos parmetros do Ponto de Trabalho da
bomba, sem cavitao. Demais caractersticas conforme Folha de Dados indicados nas pginas
45/46.
- presso de descarga
- presso de suco
- vazo
- rotao
- potncia requerida
- altura manomtrica no ponto de trabalho:
- altura manomtrica fora do ponto de trabalho se < 150 mca
- altura manomtrica fora do ponto de trabalho se > 150 mca
2.22

GOLPE DE ARIETE
60

+ 2%
+ 3%
+ 2%
+ 3%
+ 1%
+ 10%
+ 5%
+ 3%

Golpe de Ariete em tubulaes de recalque a variao de presso ocorrida na tubulao


quando as condies do escoamento so alteradas em virtude de uma atuao rpida na vlvula
de bloqueio ou por interrupo da corrente eltrica de alimentao do motor da bomba.
Na hiptese de falha eltrica, esta variao de presso ocorre em duas etapas;
1a etapa: nos primeiros instantes aps a interrupo da energia eltrica, a nica energia que
permite manter o rotor girando por algum tempo a energia cintica dos elementos girantes do
conjunto moto-bomba. Esta energia pequena quando comparada necessria para manter o
fluxo bombeado sob a altura manomtrica prevista para o recalque, de modo que a rotao do
rotor decresce rapidamente. Esta reduo diminui a vazo do fluxo bombeado que continua
escoando com velocidade decrescente at que as foras de inrcia das partes girantes sejam
equilibradas com as do fluido na tubulao. Neste momento ocorrer uma reduo de presso no
interior da tubulao, maior junto bomba e propagando-se ao longo da rede no sentido da sada
do fluxo. a fase do chamado golpe de ariete negativo. Cada componente da tubulao ir se
contrair sucessivamente por uma diminuio elstica do dimetro, enquanto a onda de depresso
se propagar at o reservatrio com uma velocidade C em m/s, denominada celeridade da onda.
Se a distncia entre a bomba e o reservatrio L em metros, o tempo que a onda levar para
chegar ao reservatrio, ser L / C. Neste momento a tubulao em toda extenso, estar
submetida a uma depresso, e o fluxo, imobilizado, velocidade nula.
a

2 etapa: devido elasticidade, a tubulao readquire o dimetro primitivo em elementos


sucessivos a partir do reservatrio. A gua retornar bomba ao longo da tubulao e, ao fim de
um novo tempo L / C, isto no tempo total 2 x L / C a contar do incio do fenmeno, a onda de
presso chegar bomba. A massa do fluido encontrando a vlvula de reteno fechada,
provocar uma compresso do lquido dando origem a uma onda de sobrepresso, que o golpe
de ariete positivo.
Se a vlvula de reteno fechar no momento preciso, a sobrepresso junto vlvula poder
atingir valores de at 90% da altura esttica de elevao.
Caso contrrio no deter a coluna lquida em retorno e at a vlvula se fechar, ter passado pela
bomba um fluxo cuja velocidade poder atingir valores elevados. Quando ocorrer o fechamento
da vlvula a sobrepresso poder alcanar valores bem superiores ao acima mencionado.
Os efeitos do golpe de ariete so oscilatrios, at que toda a energia do golpe seja absorvida
pelas foras elsticas do tubo e componentes.
Parmetros Principais de Anlise
Celeridade
a velocidade de propagao da onda de sobrepresso ou subpresso.
0,5
definida pela equao de Allievi: C= 9900 / [48,3+(Kr x de / t) ],
onde:
Kr coeficiente de rigidez do tubo
C celeridade
de dimetro externo do tubo
t espessura da tubulao

para o ao Kr =0,5
em m/s
em mm
em mm

61

(equao 25)

Perodo da Linha - tempo crtico da tubulao


o tempo gasto pela onda, para fazer o percurso de ida e volta, de uma extremidade a outra da
rede, com a celeridade C, sendo definido pela equao:
T= 2 x L / C,
onde:
T
perodo de linha
L
comprimento da rede
C
celeridade ou velocidade da onda

(equao 26)
em s
em m
em m/s

Constante da Linha
o numero de Perodos de Linha que ocorre desde o instante do desligamento da energia, at
o instante que a vazo se anular, sendo definido pela equao:
a= C x v / (2 x g x Hman),
onde:
a
constante de linha
C
celeridade ou velocidade da onda
v
velocidade de escoamento
Hman
altura manomtrica
g
acelerao da gravidade

(equao 27)

em m/s
em m/s
em mca
em m/s2

Tempo de parada do conjunto moto-bomba


o intervalo de tempo gasto pelo conjunto moto-bomba para atingir a rotao zero, a partir do
momento de desligamento da energia, sendo definido pela equao :
Tp = I x rpm2 / 67500 x N,
onde:
Tp
tempo de parada da bomba
I
momento de inrcia das partes girantes
N
potncia no instante To
rpm
nmero de rotaes
2.23

(equao 28)
em s
em kg x m2
em hp
em min.

CLCULO DO GOLPE DE ARIETE

Este estudo contempla a avaliao numrica dos valores da sobrepresso e subpresso, aos
quais a rede ser submetida quando do desligamento do conjunto moto bomba.
Para estes clculos o fluido lquido ser considerado homogneo e elstico, as parede do tubo
homogneas elsticas e isotrpicas, a velocidade e a presso de escoamento uniformemente
distribudas ao longo de qualquer seco transversal da tubulao.
O valor da sobrepresso h admitido equivalente ao da subpresso ser suposto constante ao
longo do trecho de comprimento L= C x T / 2 a partir da bomba, decrescendo a zero junto
descarga no reservatrio. Para o clculo de h necessrio conhecer a relao entre o tempo de
fechamento da vlvula de reteno t e o perodo da linha T.
A sobrepresso ser calculada como a seguir.
No caso de t < T, pela expresso: h= C x v / g.
No caso de t > T, pela expresso: h= 2 x L x v / g x t
Para ambos os casos a subpresso ser calculada pela expresso:
hmin = h-he
onde he a altura esttica de elevao
Exemplo numrico
62

(equao 29a)
(equao 29b)
(equao 30)

Considerando:
material do tubo
comprimento da linha de recalque
dimetro externo do tubo
espessura do tubo
seo de escoamento
presso mxima na rede
momento de inrcia da bomba
momento de inrcia do motor da bomba
momento de inrcia do conjunto moto bomba
altura manomtrica da bomba
potncia do motor
velocidade de escoamento
altura esttica de elevao
nmero de rotaes
acelerao da gravidade
presso baromtrica local
calcular:

ao ASTM A 36
L = 950 m
d = 590 mm
e = 4,76 mm
S = 0,2742 m2
Pmax=120mca
I = 2,84 kg x m2
I = 6,66 kg x m2
I = 9,50 kg x m2
Hman = 100 mca
N = 250 Hp
v=2m/s
he = 80 m
rpm = 1750
2
g = 9,81 m/s
Pb = 10 mca,

celeridade, perodo de linha, tempo de parada do conjunto moto bomba, sobrepresso e


subpresso.
Soluo:

0,5 590
=
4,76

celeridade da onda

C: 9900 / 48,3

perodo de linha

T: 2 x 950 / 942,8=

942,80 m/s
2,0 s

tempo de parada do conjunto moto-bomba Tp: ( 9,5 x 17502 ) 67500 x 250= 1,72 s
No caso de: t = 1,00 s 1 < 1,72 h = C x v / g.
Logo a sobrepresso ser: 942,8 x 2,0 / 9,81=
sendo he=80m, a subpresso ser: (h he): 192,21 80=

192,21 m
112,21 m

No caso de: t = 3,0s 3,00 > 1,72 h = 2 x L x v / g x t.


Logo a sobrepresso ser: 2 x 950 x 2 / 9,81 x 3=
sendo he = 80m, a subpresso ser: (h he): 129,12 80=
2.24

129,12 m
49,12 m

RECURSOS PARA REDUZIR OS EFEITOS DO GOLPE DE ARIETE

A subpresso que ocorre na fase inicial do golpe de ariete pode provocar o esmagamento do
tubo, se este no possuir espessura suficiente.
Uma regra prtica indica que o esmagamento no se produzir em tubo de ao se a espessura,
expressa em mm, for igual ou superior a 8 vezes o dimetro do tubo expresso em metros.
Assim, para um tubo de 1,20m de dimetro, a espessura mnima dever ser de 9,6 mm 3/8
sem considerar a margem para atender aos efeitos da corroso.
No possvel suprimir totalmente os efeitos do golpe de ariete; para reduzi-los a limites
aceitveis, sugere-se:

63

- usar velocidade de escoamento reduzida e consequentemente aumentar o dimetro;


- adaptar volantes de grande inrcia que reduzem o efeito da subpresso;
- empregar vlvulas de alvio anti-golpe de ariete que devero limitar a sobrepresso;
- empregar vlvulas de reteno especiais com by-pass. Essas vlvulas podem ser fechadas
manual ou automaticamente, depois que a vlvula de reteno houver fechado e o by-pass
desempenhado sua funo;
- empregar vlvulas de reteno com mola; por exemplo, ESCO, modelo PM. A mola calculada
para cada caso especfico e produz o fechamento da vlvula no instante da velocidade nula,
eliminando os efeitos da reverso do escoamento. So usadas em dimetros de 75mm a
600mm.
- utilizar reservatrios de ar comprimido denominados tanques de alimentao unidirecionais
TAU para proteo contra a sobre e a subpresso, instalando-os conforme figura 12 abaixo:

Figura 12 Montagem do Tanque de Alimentao Unidirecional


2.25

DIMENSIONAMENTO DO TAU

O volume geomtrico do TAU determinado a partir da expresso desenvolvida por M. Vibert,


V0 = (v2 / 2 x g x H0) x [L x S / (H0 /Hmin) - 1 - log (Ho / Hmin)] em m3
(equao 31)
onde:
H0: altura manomtrica da bomba + presso atmosfrica local em mca
L: comprimento da rede em m
S: rea da seo de escoamento do tubo em m2
Hmin: subpresso em mca
Aplicando para os valores citados no item 2.24, teremos:
V0: (22 / 2 x 9,81 x 100) x [950 x 0,2742 / (100 / 49) - 1 - log (100 / 49)]= 0,714 m3
Como V0 x H0= Vmax x Hmin, teremos Vmax=0,714 x 100 / 49 = 1,45m3. Adotando como volume
geomtrico para o TAU o valor 3 x 0,714 = 2,142m3, observa-se que quando o volume de ar
atingir o mximo de 1,45m3, ainda haver um residual de gua de 2,142 1,45 = 692 litros,
definindo a conformidade do dimensionamento.
Nota: como foi analisada a compresso do ar, ao valor de Hman 70 mca foi acrescido o valor de
10mca correspondente presso atmosfrica local.

64

2.26

BOMBEAMENTO EM TERRENOS ACIDENTADOS

Considerando a figura 13 abaixo, v-se que se trata de um sistema de bombeamento com um


ponto alto M seguido de um declive e de um aclive at o ponto de descarga do fluxo no
reservatrio.

Figura 13 Bombeamento em Terrenos Acidentads


Neste caso segundo Andr Dupont (Hydraulique Urbaine volume 1) podem ocorrer presses
negativas ocasionando ruptura da coluna bombeada, se h (he h) > 8 metros.
Este fenmeno poder tambm ser analisado com base na Constante de Linha. Se esta
constante for menor que a unidade, o risco de quebra da coluna pequeno. Caso contrrio, se for
maior que a unidade, o risco de quebra elevado.
Verificao da Quebra de Coluna
Exemplo numrico, considerando os parmetros:
velocidade de escoamento - v
altura esttica de elevao - he
celeridade - c
altura de elevao analisada - h
altura manomtrica - Hman
acelerao da gravidade - g

2,0 m/s
450 m
942,8 m/s
260 m
500 m
9,81 m/s2

Nota: considerar o valor h, conforme figura apresentada.


Verificar a possibilidade da ruptura da coluna de bombeamento.
Aplicando Andr Dupont:

h (he h), sendo h = C x v / g

260 [450 (942,8 x 2 / 9,81)]=


Aplicando a Constante de Linha

2,21 < 8 ok, risco pequeno.


a

C V
2 g Hman

a = (942,8 x 2,0) (2 x 9,81 x 500)=

0,192 < 1 ok , risco pequeno.


65

CAPTULO III

Queimador de Caldeira Flamo-Tubular

CALDEIRAS
DISTRIBUIO DE VAPOR

Ventilador de Caldeira Flamo-Tubular

3.1

INTRODUO

A instalao, a segurana e a manuteno de caldeiras regulamentada no Brasil pela NR 13 do


Ministrio do Trabalho. De acordo com esta Norma Regulamentadora os seguintes procedimentos
devero ser considerados:
Relativo s disposies gerais
Toda caldeira deve possuir no estabelecimento onde estiver instalada, a seguinte documentao,
devidamente atualizada.
- Pronturio da Caldeira, contendo as seguintes informaes: cdigo de projeto e ano de edio;
especificao dos materiais; procedimentos utilizados na fabricao, montagem, inspeo final
e determinao da PMTA, presso mxima de trabalho admissvel, conjunto de desenhos e
demais dados necessrios para o monitoramento da vida til da caldeira; caractersticas
funcionais; dados dos dispositivos de segurana; ano de fabricao; categoria da caldeira.
- Registro de Segurana, em conformidade com o subitem 13.1.7.
- Projeto de Instalao, em conformidade com o item 13.2.
- Projetos de Alterao ou Reparo, em conformidade com os subitens 13.4.2 e 13.4.3.
- Relatrios de Inspeo, em conformidade com os subitens 13.5.11, 13.5.12 e 13.5.13.
Relativo instalao de caldeiras
A autoria do Projeto de Instalao de caldeiras a vapor, no que concerne ao atendimento desta
NR, de responsabilidade de Profissional Habilitado, conforme citado no subitem 13.1.2, e deve
obedecer os aspectos de segurana, sade e meio ambiente previstos nas Normas
Regulamentadoras, convenes e disposies legais aplicveis.
Quando a caldeira for instalada em ambiente aberto, a rea de Caldeiras dever atender aos
seguintes requisitos:
- estar afastada no mnimo trs metros de outras instalaes do estabelecimento, do limite de
propriedade de terceiros e do limite das vias pblicas e de depsitos de combustveis,
excetuando-se reservatrios para partida com at 2.000 litros de capacidade;
- dispor de pelo menos duas sadas amplas, permanentemente desobstrudas e dispostas em
direes opostas;
- ter sistema de captao e lanamento dos gases e material particulado, provenientes da
combusto, para fora da rea de operao, atendendo s normas ambientais vigentes;
- ter sistema de iluminao de emergncia no caso de funcionamento no perodo noturno.
Quando a caldeira for instalada em ambiente confinado, a Casa de Caldeiras dever atender
aos seguintes requisitos:
- constituir prdio separado, construdo de material resistente ao fogo, podendo ter apenas uma
parede adjacente a outras instalaes do estabelecimento, porm com as outras paredes
afastadas de, no mnimo trs metros de outras instalaes, do limite de propriedade de
terceiros, do limite com as vias pblicas e de depsitos de combustveis, excetuando-se
reservatrios para partida com at 2.000 litros de capacidade;
- dispor de pelo menos, duas sadas amplas, permanentemente desobstrudas e dispostas em
direes opostas;
- dispor de ventilao permanente com entradas de ar que no possam ser bloqueadas.
Relativo segurana
Toda caldeira deve possuir Manual de Operao atualizado, em lngua portuguesa em local de
fcil acesso aos operadores contendo no mnimo: procedimentos de partidas e paradas,
procedimentos e parmetros operacionais de rotina, procedimentos para situaes de emergncia
e procedimentos gerais de segurana, sade e de preservao do meio ambiente.

3.1.1

Casas de Caldeira
69

Devem ser projetadas conforme sugerido.

70

3.2

REQUISITOS OPERACIONAIS

Toda caldeira deve possuir Manual de Operao atualizado, contendo os procedimentos para
situao de emergncia e parmetros operacionais de rotina para partidas e paradas da caldeira.
3.3

SEGURANA NA OPERAO DE CALDEIRAS

Os instrumentos de controle das caldeiras devem ser mantidos calibrados e em boas condies
operacionais, constituindo condio de risco grave e iminente, o emprego de artifcios que
neutralizem os sistemas de controle e segurana da caldeira.
3.4

INSPEO DE SEGURANA

Para fins de caracterizao dos procedimentos de inspeo, as caldeiras so classificadas em


trs categorias:
categoria A - aquelas cuja presso de operao for maior ou igual a 19,98 kgf / cm2;
categoria B - aquelas que no se enquadrarem nas categorias A e C;
categoria C - aquelas cuja presso de operao for menor ou igual a 5,99 kgf / cm2 e volume
interno igual ou menor a 100 litros.
As caldeiras devem ser submetidas a inspees de segurana inicial e peridica.
A Inspeo de Segurana Inicial deve ser feita em caldeiras novas, antes da entrada em
funcionamento, no local de operao, compreendendo exame interno e externo, teste hidrosttico e de
acumulao.
A Inspeo de Segurana Peridica, compreendendo exame interno e externo, deve ser executada
nos prazos mximos de:
- doze meses para caldeiras de categoria A, B, C;
- vinte e quatro meses para caldeiras de categoria A, desde que aos doze meses sejam
testadas as presses de abertura das vlvulas de segurana.
As vlvulas de segurana instaladas nas caldeiras de categoria B e C devem ser
inspecionadas periodicamente pelo menos uma vez por ms, mediante o acionamento manual da
alavanca.
As vlvulas de segurana instaladas nas caldeiras de categoria A devem ser inspecionadas
numa freqncia compatvel com exigncia operacional da mesma, porm respeitando os prazos
acima mencionados, desmontando e procedendo ao teste em bancada.
Adicionalmente a estes testes, as vlvulas de segurana devem ser submetidas a testes de
acumulao, nas seguintes situaes:
na inspeo inicial da caldeira;
quando forem modificadas ou submetidas reforma;
quando houverem modificaes nos parmetros operacionais da caldeira ou na PMTA;
quando houverem modificaes nas tubulaes de admisso ou de descarga da caldeira.

71

3.5

GERADORES DE VAPOR - CALDEIRAS

O gerador de vapor mostrado na figura 3 abaixo um vaso fechado com tubos em seu interior,
onde os gases quentes da combusto escoam dentro destes tubos, cedendo calor gua em seu
entorno externo. So as caldeiras flamo-tubulares. Essas caldeiras sero fornecidas com uma
placa de identificao e documentao, conforme a seguir.
Placa de Identificao
Dever conter os informes referentes a:
fabricante;
nmero de ordem dado pelo fabricante da caldeira;
ano de fabricao;
presso mxima de trabalho admissvel;
presso de teste hidrosttico;
capacidade de produo de vapor;
area da superfcie de aquecimento;
cdigo de projeto e ano de edio.

Documentao
Dever conter os informes referentes a:
registro de segurana;
relatrios de inspeo;
projetos de instalao e projetos de alteraes ou reparos;
manual da caldeira, incluindo:
- procedimentos utilizados na fabricao;
- montagem, inspeo final e determinao da PMTA;
- caractersticas funcionais;
- dados dos dispositivos de segurana
- ano de fabricao;
- categoria da caldeira;
- cdigo de projeto e ano de edio;
- especificao dos materiais.

Figura 3 Gerador de Vapor


Caractersticas Construtivas das
72

Caldeiras

Costado:

dimetro externo
material

Espelhos do costado:

dimetro
material

a ser informado
ASTM A 516/70
a ser informado
ASTM A 516/70

Fornalha:

tipo
dimetro externo
material

Lisa
a ser informado
ASTM A 516/70

Anel da cmara de reverso:

dimetro interno
material

a ser informado
ASTM A 516/70

Espelhos da cmara de reverso:

dimetro
material

a ser informado
ASTM A 516/70

Tubos de gases:

tipo
dimetro
quantidade
material

Espiralados
a ser informado
ser informado
ASTM A 178 A

Estes componentes construtivos esto mostrados na figura 4 abaixo.

Costado

Tubos de Gs

Anel de
reverso

Fornalha

Figura 4 Componentes Construtivos

Conexes principais

Dimetro

Qtd.

Tipo

- sada de vapor
- entrada de gua
- vlvula de segurana
- descarga de fundo
- coluna de nvel

3
1
1 1/2
2
1 1/2

01
01
02
02
02

flange ANSI 150#


flange ANSI 150#
flange ANSI 150#
flange ANSI 150#
flange ANSI 150#

73

3.5.1

Componentes Construtivos

Sistema Automtico de Partida, Piloto Diesel


- bomba de leo
- manmetro
- filtro angular
- vlvula esfera para bloqueio manual
- combustor piloto tipo presso mecnica
- bico atomizador
- transformador de tenso para ignio
Sistema Automtico de Combusto, por Queima de leo Combustvel
- atomizador para leo
- ventilador
- caixa de dosagem / distribuio de ar
- damper de ar

Componentes do Queimador, conforme figura 5


Item

Discriminao

Item

Discriminao

corpo

volante regulador

corpo intermedirio

placa de reteno

atomizador

tubo de leo

bico para leo

encosto

luva guia

10

parafuso borboleta

1.2

BICO
ATOMIZAD
OR

Figura 5 - Queimador

74

1.3

QUEI
MAD
OR

Sistema Automtico de Bombeamento e Aquecimento de leo Combustvel


- bomba de engrenagens para leo combustvel
- termmetro para indicao da temperatura do leo para o combustor
- filtro vertical para linha de leo do combustor
- manmetro para indicao da presso do leo
- vlvula para bloqueio manual do leo para o combustor
- vlvula para bloqueio automtico do leo para o combustor
- aquecedor de leo
- controlador eletrnico de temperatura do leo
- vlvula para dreno
- purgador de alvio de presso
- resistncia eltrica

Fluxograma Bsico do Sistema de leo Combustvel

Sistema Automtico de Modulao de Chama


- pressostato para modulao de chama
- sistema de alavancas para ajuste da relao ar / combustvel, ver pgina 84
- servo motor para comando do damper de ar com faixa de modulao 1.3
- vlvula divergente trs vias para modulao da vazo de leo

Sistema Automtico para Alimentao de gua


- bomba de alimentao de gua
- filtro de gua
- vlvula para bloqueio manual
- vlvula de reteno

Fluxograma Bsico do Sistema de gua

75

Sistema de Atomizao
Esse sistema responsvel pelo fornecimento de ar comprimido ou vapor para atomizao do
leo no combustor. Na partida a frio, utilizado ar comprimido da rede local, at a formao do
vapor na presso necessria atomizao, permanecendo a atomizao a vapor durante a
operao normal.
Componentes
- pulmo para remoo de condensado, com purgador
- vlvula reguladora de presso auto-operada para vapor
- vlvula solenide para bloqueio automtico do vapor/ar comprimido
- manmetro
- vlvulas para bloqueio manual necessrias
Sistema Automtico de Segurana e Controle
Componentes
- foto-clula para superviso de chama
- pressostato para segurana de presso mxima do vapor na caldeira
- manmetro para indicao da presso na caldeira
- eletrodo de segurana suplementar de nvel d'gua no corpo da caldeira
- visor de nvel de gua, instalado na coluna de nvel
- vlvula de alvio montada na cmara de gases
- vlvulas de segurana instaladas no corpo para alvio de presso.
Sistema Eltrico de Comando
Componentes
- fusveis e disjuntores para o motor da bomba de olo diesel
- fusveis e disjuntores para o motor da bomba de leo pesado
- fusveis e disjuntores para as resistncias do aquecedor de leo
- fusveis e disjuntores para o motor da bomba de gua
- fusveis e disjuntores para o motor do ventilador
- controle de nvel d'gua eletrnico
- programador de combusto eletrnico
- alarme sonoro
Acessrios
Componentes
- vlvula para tomada de vapor
- vlvulas de bloqueio manual da descarga de fundo,
- visor de chama montado na traseira para a visualizao da qualidade da chama
- boca de visita no costado
- fanges de inspeo no costado
- flange de inspeo no espelho dianteiro
- filtros verticais para suco das bombas d'gua
- filtros verticais para suco das bombas de leo
- coluna de nvel para alojar os eletrodos de nvel
- termmetro para sada dos gases de combusto
- escada / plataforma superior de acesso s vlvulas de segurana e vapor.

76

3.5.2

Instalao da Caldeira

A caldeira deve ser colocada nivelada sobre base a 25 cm do piso, a fim de permitir o fcil acesso
aos tampes de limpeza.
O espaamento entre a caldeira e a parede mais prxima deve obedecer s prescries da NR 13
de modo a permitir a limpeza dos tubos na parte traseira.
A bomba de gua deve sempre estar escorvada.
Quando a alimentao de gua para caldeira for por meio do tanque de condensado, este dever
estar localizado 4 metros acima da caldeira no mnimo. O tubo alimentador de gua dever ter um
dimetro 1,5 vezes aquele dimensionado para alimentao com gua fria.
O fluxo de suprimento de gua ao tanque de condensado deve ser dimensionado para o valor
equivalente a 150% do consumo horrio da caldeira.
O volume geomtrico desse tanque de condensado deve corresponder vazo horria de vapor
produzida.
3.5.3

Instalao do Tanque de leo Pesado de Uso Dirio

O tanque de leo pesado dirio deve ser instalado o mais prximo da bomba de leo.
A bomba de leo deve pressurizar esse tanque; nunca succionar o leo.
3.5.4

Instalao do Sistema de DescargaS

As ligaes de dreno da coluna de nvel devem ser independentes das demais; porm podero
ser interligadas com a da descarga da vlvula de fundo da caldeira.
Estes drenos devero ser lanados para fora da casa de caldeira.
As ligaes de descarga das torneiras de prova da coluna de nvel podem ser interligadas.
Os purgadores devem ter as descargas visveis lanadas no dreno atravs de funis.
O dreno do aquecedor de leo deve ser descarregado em um recipiente separado para no
entupir a rede de esgoto.

3.5.5

Ligao da Linha Descarga de Vapor da Caldeira ao Distribuidor

Dever ser feita com tubo de dimetro igual ou maior que o de sada de vapor da caldeira, com
inclinao no sentido da caldeira.

3.5.6

Suprimento de Energia Eltrica

Deve-se proceder a ligao do fio terra no chassi da caldeira, a fim de proteg-la contra as
descargas eltricas.

77

3.5.7

Consideraes Tcnicas

Chamins, ver pgina 87


As chamins so previstas para eliminar os gases de combusto do recinto da Casa de Caldeira.
A altura das chamins devero ultrapassar a de prdios circunvizinhos.
A temperatura de operao dos gases nas chamins dever oscilar entre 200 a 300oC. Caso esse
valor mximo seja ultrapassado, torna-se necessria uma ao imediata de limpeza dos
refratrios da caldeira. Para controle deste valor deve ser instalado na chamin um termmetro
com escala na faixa de 0 a 500oC.
A ligao dos tubos de descarga de gs das caldeiras com as chamins ser feita por meio de
conexes flangeadas e se necessrio, com juntas de expanso.
Vlvulas de Segurana
A descarga dessas vlvulas deve ser lanada para fora do ambiente da casa de caldeira,
obedecendo as recomendaes da NR 13.
O tubo utilizado para esse fim deve ter o dimetro igual ou maior que o da conexo de descarga
dessas vlvulas.

3.6

CAPACIDADE DE GERAO DE VAPOR.

Capacidade
com gua de
alimentao
a 20 oC kg/h
2000

Eficincia
%
nota 1

Consumo
leo 1A
kg/h

86,6

152

Consumo
de gs
natural
Nm3kg/h
158

2500

89,9

189

197

162

179

5847

2660

2629

340

9,5

16

3200

90,2

241

252

207

228

6044

2860

2834

340

10,5

18,4

4000

90,4

300

314

258

285

6412

2920

3099

500

12,5

11

5000

89,9

378

395

325

378

6962

2970

3052

500

14,5

26

6500

89,9

491

512

421

466

7130

3260

3380

500

16,5

30,2

8000

89,7

606

632

520

575

7389

3340

3430

600

21

38,1

10000

89,9

755

789

648

716

7594

3510

3645

600

26

46,9

12000

90,1

905

944

776

857

8052

3850

3865

600

31

56,7

15000

90,5

1.126

1.175

967

1.066

8780

1390

4010

750

33,6

66,2

17000

90,9

1.270

1.326

1.090

1.202

9350

4370

4290

750

42

82,2

20000

90,5

1.500

1.567

1.288

1.421

8090

5580

4610

1.160

50

97

24000

90,5

1.801

1.880

1.546

1.706

8400

5780

4820

1.160

53

106

30000

90,7

2.246

2.345

1.928

2.127

8900

6020

5140

1.500

66

128

34000

91,1

2.534

2.646

2.175

2.397

9400

6260

5380

1.500

77

154

Consumo
de GLP
kg/h

Consumo
de diesel
kg/h

130

Dimenses (mm)

Peso (ton)

144

Comp.
mm
5655

Larg.
mm
2540

Alt
mm
2523

Dimetro
chamin
340

Vazia
9

Opera
o
14,4

Nota 1 - Eficincia conforme DIN 1942, usando leo combustvel 1 A com PCI = 9.750 kcal/ kg.

78

3.7

COMBUSTVEIS

3.7.1

Conceituao

Combustveis so todas substncias capazes de reagir com o Oxignio do ar, liberando calor.
De seus componentes, o Carbono e o Hidrognio fornecem a maior parcela de calor.O Enxofre
contribui com uma pequena parcela. Tem-se para cada kg de massa,
- de carbono:
- de hidrognio
- de enxofre

3.7.2

C+ 02
H2 + 02
S + 02

CO2
H2O
S02

8 100 kcal / kg
33 900 kcal / kg
2 210 kcal / kg

Classificao

Slido
- carvo

C 47,50%

H 6,00%

O2 44,00%

N21,50%

cinzas 1,50%

Lquido
- leo diesel
- leo tipo A
- leo tipo B

C 81,60%
C 86,85%
C 85,89%

H 12,70%
H 12,69%
H 11,66%

S 1,07%
S 0,41%
S 2,40%

Gasoso
- gs natural
- gs liquefeito de petrleo

Metano 80%
Metano 40%

Etano 7%
Etano 30%

N2 13%
N2 9%

3.7.3

Poder Calorfico

Poder Calorfico a quantidade de calor liberada pela unidade de massa (ou de volume) de um
combustvel submetido combusto completa, expresso em kcal / kg.
No caso dessa quantidade de calor incluir a transformao da gua presente no combustvel em
vapor, o poder calorfico ser identificado como superior - PCS.
Caso contrrio, se no incluir ser desgnado como inferior - PCI.
No caso dos leos combustveis ter-se-o os valores:
leo diesel
leo tipo A
leo tipo B

3.7.4

PCS = 10833 kcal / kg


PCS = 10750 kcal / kg
PCS = 10160 kcal / kg

PCI = 10 161 kcal / kg


PCI = 10 450 kcal / kg
PCI = 9 800 kcal / kg

gua

A gua apresenta-se nos combustveis de trs formas:


- acidental:
- higroscpica:
- de constituio:

funo de chuvas; pode ser evitada;


incorporada ao combustvel, s eliminada durante a queima.
combinada com os sais minerais; no pode ser eliminada.

79

3.7.5

Combusto

O inicio de uma combusto sempre ocorre mediante a introduo de uma mecha piloto. No caso
de combustveis gasosos, desde que se proporcione uma mistura adequada entre o gs e o ar,
uma simples fasca capaz de ignitar a combusto que se manter pelo prprio calor gerado na
queima, mediante as reaes:
CO + 1/2 O2

CO2

H2 + 1/2 O2

H2O

CH4 + 2 O2

CO2 + H2O

No caso dos combustveis lquidos h duas teorias para a combusto.


Teoria da hidroxilisao - Durante a queima de um combustvel lquido pulverizado, os
hidrocarbonetos, sob a ao do oxignio e de calor, se desdobram em fraes menores,
formando compostos hidroxilados do tipo formaldeido. Porm, estas reaes intermedirias
continuam sofrendo alteraes pela continua ao do calor e do oxignio, desdobrando-se em
fraes mais simples do tipo CO e H2, at a queima total formando CO2 e H2O.
Esquematicamente a teoria pode ser representada como:

combustvel lquido
vapores do combustvel
forte calor
O2

compostos hidroxilados
aldedos
CO2 + H2O

Teoria do Craking - Quando o combustvel pulverizado submetido a aquecimento brusco, com


uma mistura de ar deixam de existir condies para a formao dos compostos hidroxilados. Os
hidroxilados se cindem diretamente nos seus elementos constituintes, carbono e hidrognio, para
reagirem com o O2. O esquema se simplifica.

combustvel
O2

CO2

vapores do combustvel

C + O2

forte calor

H2 + 1/2 O2

80

H2O

3.7.5.1

Ar para Combusto:

Os clculos da combusto baseiam-se nas reaes dos elementos combustveis: carbono,


hidrognio e enxofre com o oxignio.
Na definio do volume de ar necessrio combusto, dever ser considerado o peso molecular
e o volume molar dos elementos envolvidos:
Elemento
carbono
hidrgnio
enxofre
oxignio

Peso Molecular
12,01 kg/kmol
02,16 kg/kmol
32,06 kg/kmol
32,00 kg/kmol

Volume Molar
22,43 Nm3 / kmol
22,39 Nm3 / kmol

A combusto ser considerada completa quando toda a massa de carbono, hidrognio e enfofre
reagirem com o ar, formando CO2, H2O e SO2.
A combusto ser considrada incompleta quando ocorrer a presena de CO.
O carbono dos combustveis queima completamente sem ionizao segundo a reao:
C+O2
12,01 + 32,00
00,00 + 28,39

CO2
44,01 kg
3
22,26 Nm

em peso:

1 kg de C
1 kg de C

exige
produz

32 / 12,01= 2,664 kg de O2
44 / 12,01= 3,664 kg de CO2

em volume

1 kg de C
1 kg de C

exige
produz

22,39 / 12,01= 1,864 Nm de O2


22,26 / 12,01= 1,853 Nm3 de CO2

O hidrognio dos combustveis queima segundo a reao:


H2+1/2 O2
2,016 + 16,00
22,43 + 11,195

H2O
18,016 kg
22,4 Nm3

em peso:

1 kg de H2

exige
produz

16 / 2,016= 7,94 kg de O2
18,016 / 2,016= 8,94 kg de H2O

em volume:

1 kg de H2

exige
produz

11,195 / 2,016= 5,56 Nm de O2


22,4 / 2,016= 11,11 Nm3 de H2O

O enxofre dos combustveis queima segundo a reao:


S+O2
32,06+32
0,00+21,89

SO2
64,06 kg
21,89 Nm3

em peso:

1 kg de S

em volume:

1 kg de S

exige
produz

32 / 32,06= 0,998 kg de O2
64,06 / 32,06= 1,996 kg de SO2
3

exige
22,39 / 32,06= 0,697 Nm de O2
produz
21,89 / 32,06= 0,683 Nm3 de SO2
Considerando ser resultante das reaes que, para queimar:
81

1 kg de carbono precisa de:


1 kg de hidrognio precisa de:
1 kg de enxofre precisa de:

1,864 Nm3 de oxignio


5,56 Nm3 de oxignio
0,697 Nm3 de oxignio, teremos:
3

volume terico de oxignio = 1,864 C + 5,56 (H O / 8) + 0,697 S em Nm /kg (equao 32)


Como o ar atmosfrico possui em volume 20,9% de oxignio, teremos:
volume terico de ar = (100 / 20,9) x volume terico de oxignio ou:
volume terico de ar = 8,909 C + 26,576 H 3,332 O + 3,331 S em Nm3/kg

(equao 33)

Tecnicamente impossvel assegurar uma combusto completa apenas com o suprimento terico
de ar, sendo requerido um percentual adicional de ar.

3.7.5.2
Consumo de Ar
O consumo de ar necessrio combusto corresponder ao volume terico de ar corrigido por
um fator de excesso de ar (Fe). O valor desse fator para o leo combustvel deve estar na faixa
abaixo relacionada e em conformidade com o tipo do queimador.
1,05 1,15
1,20 1,25
1,30 1,40

para queimadores com pulverizao a vapor


para queimadores com pulverizao mecnica
para queimadores com baixa presso de ar
3.7.5.3

Volume Terico de Gases

De acordo com as mesmas reaes, o volume terico de gases para cada quilo de combustvel
ser dado pela expresso:
3

1,864 C + 0,697 S + 0,8 N + 0,79 Var + (9 x H + w) 1,24 em Nm /kg

(equao 34)

Nessa expresso, alm dos gases da prpria combusto, aparecem ainda:


- o nitrognio do combustvel com volume especifico (0,8 Nm 3 / kg ),
- o nitrognio do ar na proporo de 0,79 do volume de ar
- o vapor de gua com volume especifico 1,24 Nm 3 / kg.
Nota: admitindo que o combustvel tenha um teor de umidade w, e sabendo que 1 kg de
hidrognio gera 9 kg de gua, podemos obter a umidade total no volume de gs terico por
meio da expresso (9 x H + w) x 1,24.

3.7.5.4

Volume de Gs Gerado

Ser definido aplicando o coeficiente de excesso de ar, conforme expresso:


volume terico de gs + (FE 1) x volume terico de ar em Nm3/kg

82

(equao 34 a)

3.7.5.5

Procedimentos Prticos para Determinao das Vazes de Ar e de Gs

Pelo uso do diagrama para combustveis lquidos

Pelo uso das frmulas prticas de Rosin e Fehling


Para combustveis lquidos
volume terico ar:
volume terico gs:

(0,85 PCI / 1000 ) + 2 em Nm3 / kg


1,11 PCI / 1000 em Nm3 / kg

(equao 33)
(equao 34b)

Para combustveis gasosos com PCI > 3000 Kcal / Nm3.


volume terico ar:
volume terico gs:

(1,09 PCI / 1000) 0,25 em Nm3 / Nm3


( 1,14 PCI / 1000) + 0,25 em Nm3 / Nm3

(equao 33b)
(equao 34c)

Para combustveis gasosos com PCI < 3000 Kcal / Nm equao 34


volume terico ar:
volume terico gs:

0,875 PCI / 1000 em Nm / Nm


3
3
0,725 PCI / 1000 em Nm / Nm
83

(equao 33c)
(equao 34d)

3.7.5.6

Consumo de Combustvel, Vazo de Ar, Vazo de Gs

Exemplo numrico, considerando:


- queimador
- produo de vapor
- presso de descarga
- presso de descarga absoluta
- rendimento
- presso atmosfrica
- calor especifico do ar
- peso especifico do ar
- temperatura inicial da gua
- poder calorfico inferior do combustvel
- composio do leo combustvel
- relao massa de ar / massa de combustvel

pulverizao mecnica com Fe=1,20


1600 kg / h
10,6 atm
11,5 ata
66%
0,90 atm
0,13 kcal / kg x oC
1,20 kg / Nm3
o
20 C
10200 kcal / kg
85% C / 15% H / 0% S
15

Calcular: consumo de combustvel, vazo de ar requerida, vazo de gs gerado.


Pela tabela de vapor, teremos :

entalpia do vapor a 11,5 ata:


entalpia da gua a 20 C:

664,5 kcal / kg (Iv)


20,0 kcal / kg (Ia)

Soluo:
O consumo de combustvel ser calculado fazendo o calor requerido para produzir 1600 kg / h de
vapor (Qr) igual ao calor produzido (Qp) pela queima de uma massa de combustvel (mc).
Qr= mv x (Iv Ia) 1600 x (664,5-20) 0,66 =

15,62 x 105 Kcal / h,

Qp= mc x PCI + mar x cpar x Tar ou mc (PCI + mar x cpar x tar). Fazendo Qr = Qp, vem:
c
5
mc=15,62 x 10 (10.200 +15 x 0,13 x 20) =
152,5 kg / h
As vazes de ar e gs podero agora ser obtidas por trs critrios:
Utilizando o diagrama
Volume terico de ar:
Vazo de ar requerida:
Volume terico de gs:
Gs gerado:

11 x 152,5 =
1 677,5 x 1,2 =
14,2 x 152,5 =
2 165,5 + (1,2 1) x 1677,5 =

1 677,5 Nm /h
3
2 013,0 Nm /h
3
2 165,5 Nm /h
3
2 500,9 Nm /h

[(0,85 x 10.200 1000)+2] x 152,5=


1627,17 x 1,2 =
(1,11 x 10.200 1000) x 152,5 =
1726,6 + (1,2 1) x 1627,17 =

1 627,17 Nm3/h
1952,61 Nm3/h
1 726,6 Nm3/h
2 050,03 Nm3/h

Aplicando Rosin / Fehling


Volume terico de ar:
Vazo de ar requerida:
Volume terico de gs :
Gs gerado:

Aplicando as equaes 32 e 33, vem:


Volume terico de ar:
8,909 x 0,85 + 26,576 x 0,15 + 0 - 0) x 152,5 =
1750,7 Nm3/h
Vazo de ar requerida:
1750,7 x 1,20=
2 100,0 Nm3 / h
Nota: o volume terico de gs no poder ser avaliado por este critrio, visto no ter sido
informado a concentrao de nitrognio e de gua na composio do combustvel.

84

3.8 EMISSES GASOSAS - CONTROLE AMBIENTAL


3.8.1

Conceituao

O lanamento direto desta emisso gasosa na atmosfera regulamentada por lei; no sendo
possvel faz-lo, se no for assegurado o grau de opacidade padro dois, na escala Ringelman.
tolerada a emisso gasosa no padro trs da escala Ringelman por um perodo mximo de seis
minutos, em qualquer intervalo de uma hora e que assumido como correspondente s
operaes de partida ou de limpeza das caldeiras.
3.8.2

Escala Ringelman

A escala Ringelman constituda de seis padres com variaes uniformes de tonalidade entre o
branco e o preto. Os padres so apresentados por meio de quadros retangulares, com redes de
linhas de espessura e espaamentos definidos, sobre um fundo branco.
Os padres da Escala de Ringelman so numerados de zero a cinco assim definidos:

- Inteiramente branco

Reticulado com linhas pretas de 1 mm de espessura, deixando


intervalos, quadrados brancos de 9 mm de lado.

- Reticulado com linhas pretas de 2,3 mm de espessura,


deixando intervalos, quadrados brancos com 7,7 mm de lado.

- Reticulado com linhas pretas de 3,7 mm de espessura,


deixando intervalos, quadrados brancos com 6,3 mm de lado.

3.8.3

Reticulado com linhas pretas do 5,5 mm de espessura,


deixando intervalos, quadrados brancos com 4,5 mm de lado.

Inteiramente preto.

Opacmetros

O controle da emisso gasosa na atmosfera deve ser monitorado por meio de opacmetros
instalados junto ao topo da chamin, ver pgina 278.

85

3.8.4

Lavadores de Gs

Descrio, ver tambm pgina 256.


Os gases ao entrarem no lavador, mostrado na figura 6 passam primeiramente na regio de bicos
pulverizadores de soluo neutralizante, onde as partculas poluentes impactam contra partculas
de gua com dimetros da ordem de 20/50 micra.
A seguir, a mistura de gs lavado e poluentes molhados passa por uma seo de inverso de
fluxo a alta velocidade. As partculas molhadas se precipitam na lmina da soluo
neutralizante, na parte inferior do lavador.
A fim de eliminar as gotas de gua remanescentes no fluxo de gs, bem como partculas
poluentes ainda existentes, o gs passa por uma chicana, que deve ser retirada e limpa
periodicamente.
Dados referenciais
tamanho das partculas serem retidas:
perda de carga no circuito de gs:
velocidade do gs no lavador:
vazo de neutralizante circulada:

1 a 5 micra
38 a 90 mmca
0,30 a 0,50 m/s
3
3
1,85 m / min por 28,3 m / min de gs a 20 C

Arranjo construtivo

Figura 6 Lavador de Gs
Legenda:
1 - tubo de admisso
2 - mesa de apoio
3 - moto bomba
4 - reservatrio de reagente
86

3.9 TIRAGEM
Uma vez processada a limpeza dos gases de combusto ser necessrio lan-los atmosfera.
Isto se faz por meio de chamins. No caso de se usar o prprio ventilador da caldeira para
movimentar o fluxo de gs, a chamin ser designada com tiragem forada. Caso contrrio,
quando o movimento dos gases for conseqente da diferena de temperatura entre o gas e o ar
atmosfrico local, ser designada com tiragem natural.
3.9.1

Tiragem Natural

Consideremos a figura 7 abaixo,

Figura 7 Chamin
onde:
H altura da chamin, acima da zona de combusto
P presso atmosfrica
S seo interna da chamin
t
temperatura do ar exterior
t1 temperatura dos gases da combusto
peso especfico do ar, na temperatura t e presso P
0 peso especfico do ar, nas condies normais
1 peso especfico dos gases na temperatura e presso da descarga

em m;
em mm Hg;
em m2;
em oC;
em C;
em kg / m3;
em kg / Nm3;
em kg / m3.

Pode-se admitir que o peso especfico dos gases de combusto e do ar atmosfrico, nas mesmas
condies de presso e temperatura sejam iguais.
Com efeito, se o CO2 mais denso que o ar, h compensao pela presena de hidrocarbonetos
e vapor de gua menos densos que o ar.
A fora motriz f que produzir o movimento ascensional da coluna de gases definida
pela expresso:
f = H x S x ( - 1 ), em Kgf
(equao 35)
Designando por Z o fator de compressibilidade dos gases da combusto, a tiragem causada
ser definida pela expresso:

ho H 1

onde, t e t1 so expressos em graus Kelvin.


87

Z t 1 t
, em mmca
1 Z t

(equao 36)

Do exposto, conclui-se que a tiragem :


- proporcional altura da chamin;
- tanto maior quanto menor for a temperatura do ar exterior e quanto maior for a temperatura dos
gases da combusto;
- inversamente proporcional altitude, visto que 1 decresce com a diminuio da presso
atmosfrica.
A tabela abaixo indica valores de tiragem expresa em mmca, para alturas de chamins de 25, 50,
75 e 100 m e temperaturas dos gases de combusto nos valores de 100, 200, 400, 600oC ou
maiores.
Nota: para os valores citados de tiragem, foi considerado para o ar externo na tempertura de
o
3
15 C, o peso especfico de 1,293 kg/Nm .

altura da chamin em metros

temperatura dos
gases

25

50

75

100

100 oC
200 oC
400 oC
o
600 C
infinito

7
12
17,5
20,5
30,7

14
24
35
41
61,5

21
36
52,5
61,5
92,5

28
48
70
82
123

Conhecendo-se a tiragem ho, pode-se determinar a velocidade e a vazo dos gases da


combusto aplicando-se as expresses:
velocidade de escoamento

v 2 g

vazo escoada

Q0 S

3.9.2

ho

2 g

ho

em m/s

(equao 37)

, em m3/s

(equao 38)

Causas que Afetam a Tiragem Natural

- Umidade do ar: influi indiretamente, pela diminuio do peso especfico do ar. A tiragem ser
tanto menor quanto maior for essa umidade.
- Umidade no combustvel: causa o abaixamento da temperatura de regime na base da chamin e
diminui a densidade dos gases da combusto por conterem vapor de gua; geralmente se
compensam.
- Direo e velocidade dos ventos: quando o vento na chamin soprar de baixo para cima,
aumenta a tiragem, quando de cima para baixo diminue, podendo anul-la no caso de grande
velocidade.
- Torres de resfriamento; a presena de torres de resfriamento nas vizinhanas das chamins
afeta a tiragem natural de modo similar umidade do ar.

88

3.10 GUA DE ALIMENTAO DAS CALDEIRAS


A gua de alimentao das caldeiras deve ser tratada de modo que fique eliminada a possibilidade da
formao de incrustaes decorrentes da presena de impurezas normalmente existentes, slidos
dissolvidos, slidos em suspenso, leos e gases, que afetaro a troca de calor entre os gases quentes
da combusto e a gua.
3.10.1 Anlise da gua
obrigatria a anlise da qualidade da gua a ser destinada produo de vapor, para
determinao dos parmetros: dureza, alcalinidade, cloretos e ph.
A dureza da gua expressa em DHG Graus de Dureza Alemo, em funo da concentrao
de sais de clcio e magnsio.
Um DHG, conforme DIN 8103 e 8104 considera a concentrao de 10 mg de CaO e 7,14 mg de
MgO por litro de gua. A dureza total ser a soma das durezas de CaO e MgO.
Segundo o DHG, tem-se a seguinte classificao das guas:
Dureza total
dHG de 0o a 4o
de 4o a 8o
o
o
de 8 a 12
o
o
de 12 a 18
o
o
de 18 a 30
o
maior que 30

Qualidade
muito branda
branda
pouco dura
semi dura
dura
muito dura

Exemplo numrico
Se um litro de gua contiver 90mg de CaO e 43mg de MgO a dureza total ser 15o dHG, pois:
90 10 = 9o dHG
43 7,14 = 6o dHG
15o dHG

dureza de clcio
dureza de magnsio
dureza total
Alcalinidade

Exprime a presena de ons dos sais de carbonato, bicarbonato, hidrxidos, fosfatos, silicatos; sendo os
carbonatos, os bicarbonatos e os hidrxidos os mais relevantes. A alcalinidade detectada pelos
indicadores de dimetil orange (AM) e de fenolftalena (AF).
Cloretos
Estes sais permitem estabelecer a percentagem de descarga da gua da caldeira, aconselhandose no exceder a faixa de 10 a 12 vezes a concentrao dos cloretos da gua da caldeira em
relao aos da gua de alimentao,
tem-se:

Concentrao de Cloretos na gua de alimenta o


100 % de descarga
Concentrao de Cloretos na gua da caldeira

Ph
Indica a acidez ou a alcalinidade da gua. Se o Ph for maior que sete a gua estar cida;
Se menor que sete a gua estar bsica ou alcalina.

89

3.10.2 Qualidade da gua para Caldeiras


recomendado o seguinte padro
- condio geral
- condutividade a 25 oC
- pH at 25 oC
- oxignio
- Ferro total
- Cobre total
- Si 02
- consumo de KMn 04
- leo

limpa, incolor
< 50 s / cm
>9
< 0.02 mg / kg
< 0.02 mg / kg
< 0.003 mg / kg
< 0.03 mg / kg
< 5.0 mg / kg
< 0.5 mg / kg

3.10.3 Tratamento da gua


A qualidade da gua de alimentao das caldeiras assegurada por tratamentos em leitos-misto
Objetivo: controlar a dureza da gua.
Processo: consiste na troca de ons mediante a aplicao de resinas sintticas.
Tempo de saturao: varivel conforme a qualidade da gua de suprimento.
Tempo de regenerao: oito horas
Condies operacionais: contempla as etapas de regenerao, enchimento, mistura e enxague,
processadas conforme o diagrama abaixo.

etapas

90

operao

retrolavagem

regenerao catinica

regenerao aninica

enxague

drenagem

mistura

refil

enxague

3.11

DISTRIBUIO DE VAPOR

O sistema de distribuio de vapor importante elo de interligao da caldeira com os usurios.


O vapor saturado oferece facilidades de gerao e de utilizao.
A correlao entre presso e temperatura fundamental para a distribuio do vapor, bem como
para o clculo das perdas de calor.
Cabe ao projeto assegurar que o vapor produzido na caldeira supra os usurios presso e
temperatura requeridas.
Tem-se como principais aplicaes de vapor, como fluido de aquecimento ou como fluido motriz
na gerao de energia, atravs de turbinas
O projetista deve estabelecer o interfaceamento dos diversos sub-sistemas, como tancagem de
combustveis e de gua, motobombas de gua e leo, sistemas de tratamento de gua e de
lavagem dos gases de combusto, por meio de um fluxograma de processo, conforme discutido
no item abaixo.
Pontos de consumo de vapor e de condensado
Devero estar dentro das possibilidades, o mais prximo possvel da casa de caldeiras, obtendose rotas mais curtas para as tubulaes de vapor e condensado.
Tanque de acumulao de combustvel
Considerar o volume dos trocadores de calor para aquecimento do leo no tanque quando da
determinao do volume geomtrico. Aconselha-se uma capacidade mnima de estocagem
correspondente a 15 dias de consumo.
Tanque de condensado
Projetar este tanque isolado termicamente.Observar as prescries da norma regulamentadora
NR 13.Considerar sua elevao de modo a garantir que a bomba de gua da caldeira fique
escorvada
Bomba de alimentao de gua da caldeira
Especificar o NPSH dessa bomba em funo da temperatura da gua de suprimento.
Recomenda-se a temperatura de 80C.
Redes de drenagem
Prever duas redes, uma fechada para trabalhar sob presso , outra aberta sujeita apenas
presso atmosfrica.
Estas redes devero ser independentes para evitar problemas de retorno e devero desaguar em
tanque coletor externo s casas de caldeira.
Chamins de descarga
Devero ser projetadas conforme legislao em vigor,com tiragem compatvel com a presso do
ventilador de ar de combusto
Local de instalao das caldeiras
Dever atender aos requisitos da NR 13.
A rea de instalao destas caldeiras dever estar circundada por uma canaleta de drenagem no
piso desaguando no mesmo tanque coletor acima citado.

91

Fluxograma do sistema de gerao e distribuio de vapor

92

3.11.1 Redes de Distribuio de Vapor


Dimensionamento da Rede
Par o clculo do dimetro pelo critrio de perda de carga, aplicar a expresso

d:

5,1

0,029 Q1,95 ve 0,95


, em cm
P

(equao 39)

onde:
em kgf / cm2 por 100 m
em kg / h
em m3 / kg
em cm

P: perda de carga
Q: vazo mssica
ve: volume especfico
d: dimetro nominal
Exemplo numrico considerando:
vazo
comprimento da rede
conexes
presso manomtrica no inicio do trecho
presso manomtrica no fim do trecho
diferencial de presso no trecho

470 kg / h
150 m
7 C 90 + 1 te de derivao
2
7,0 kgf / cm
2
6,5 kgf / cm
2
0,5 kgf/cm

Calcular o dimetro
Soluo: arbitrar o dimetro e estimar um acrscimo de 15 a 20% no comprimento da rede para
cobrir os comprimentos equivalentes das conexes.

- comprimento virtual: 150 + ( 150 x 0,15 )=

172,5 m

- : ( 7,0 6,5 ) x (100 / 172,50)=

0,29 kg / cm2

- pela tabela de vapor: volume especfico a 7 kgf / cm2=

0,2448 m3 / kg

Clculo do dimetro

5,1

0,029 4701,95 0,2448 0,95


=
0,29

5,25 cm

O valor do dimetro calculado deve ser tal que a velocidade de escoamento no ultrapasse o
limite de 15 m / s.
Verificao da velocidade
Adotando o dimetro comercial de 2, di = 5,25 cm, a velocidade ser:
2

V: (4 x 0,2448 x 470) / ( x 3 600 x 0,0525 )=

14,76 m/sok

Verificao do comprimento virtual


Conforme tabela pgina 33 o compromento equivalente para as conexes na bitola de 2 ser de
7 X 2,6 + 1 x3,7 = 21,9.
Em consequencia o comprimento virtual da rede, de 150+ 21,9=171,9 m, caracterizando a
conformidade dos clculos.

93

3.12

CONDENSADO FORMADO NO AQUECIMENTO DA TUBULAO.

calculado a partir da expresso: Q = Cp ao x m x L ( tf ti )


onde:
Q
calor trocado
Cp ao calor especfico do ao do tubo
.
massa (peso) do tubo a ser aquecido
m
tf
temperatura final do tubo
ti
temperatura inicial do tubo
L
comprimento da rede

(equao 40)
em kcal
em kcal / kg x oC
em kg
em oC
em oC
em m

Exemplo numrico, considerando os dados abaixo, calcular o condensado formado.


peso da tubulao:
16,1 kg /m
comprimento da rede
20 m
2
presso absoluta de vapor na rede
11,0 kgf/cm
presso na ree de condensado
0,35 Kgf/cm2
temperatura final (assumida equivalente a do vapor)
183,2oC
temperatura inicial
25oC
calor especfico do ao (valor mdio)
0,063kcal / kg x oC
tempo de aquecimento da rede
uma hora
Soluo
Calor trocado
Q: 0,063 x 20 x 16,1 x (183,2 25 ) = 3209 kcal
.
Como Q = m / c e sendo c da da gua a 0,35 kgf/cm2= 556 kcal / kg, vem:
.
Massa de condensado m = 3209 kcal / 556 kcal / kg = 57,7 kg. Como o tempo de aquecimento
de uma hora, teremos 57,7 kg / h.
3.12.1 Clculo do Dimetro das Redes de Condensado
.

Aplicar a expresso: d = {4 x m x ve x (ii - if) / x v x cl x 3600}0,5em m


onde:
.
vazo mssica de condensado
kg / h
m:
ve:
volume especfico do vapor
m3 / kg
ii:
entalpia do condensado na presso inicial
kcal / kg
if:
entalpia do condensado na presso final
kcal / kg
v:
velocidade de escoamento
m/s
cl
calor latente do vapor na presso do retorno (final)
kcal / kg

(equao 41)

Exemplo numrico, considerando os dados calcular: o dimetro da rede de condensado.


vazo de condensado
presso inicial
presso final
velocidade
Soluo: pela tabela de vapor

57,7 kg / h
2
11 kgf / cm
0,35 kgf / cm2
10 m / s
ii(na presso absoluta de 11,0 kgf / cm2)= 663,9 kcal / kg
if(na presso absoluta de 0,35 kgf / cm2)= 628,2 kcal / kg
2
3
ve( a 0,35 kgf / cm ) = 4,614 m / kg
2
c ( a 0,35 kgf / cm ) = 556 kcal / kg

Clculo do dimetro
d:

4 57,7 4,614 ( 663,9 628,2 ) / 10 556 3600 = 0,02 m 1.


94

3.12.2 Bombas de Condensado


Descrio Funcional, conforme figura 7
1 O condensado escoa por gravidade para o interior da bomba
atravs da vlvula de reteno A enchendo seu volume interno. A
bia B movimenta-se para cima atravs do brao C da vlvula de
exausto. O condensado no pode passar pela vlvula de reteno
da sada D, pois a contrapresso a mantm fechada. A vlvula de
exausto E permanece aberta e a vlvula de admisso F fechada
pela fora de C. A bia B continua subindo at pressionar a sede
G, levantando o eixo, abrindo a vlvula de admisso F e fechando
a vlvula de exausto E.
2 O vapor sob presso, entrando pela vlvula de admisso F, faz
a vlvula de exausto E fechar rapidamente e F abrir totalmente.
A presso transferida pelo lquido vlvula de reteno A (de
entrada), fechando-a. A presso na bomba aumenta at que seja
suficiente para vencer a contrapresso da linha.

3 O condensado sob presso, no interior da bomba abre a vlvula


de reteno de sada D, e a descarga de condensado
processada.

4 A bia B acompanha o nvel descendente de condensado at o


ponto em que ocorre o fechamento da vlvula de admisso F e
abertura da de exausto E, despressurizando o corpo da bomba.
Sem presso a vlvula de reteno da sada se fecha, e a de
admisso abrir pelo escoamento do lquido por gravidade, reiniciando o ciclo.
Figura 7 Bomba de Condensado
Diagrama de Montagem, conforme figura 8

Figura 8 Montagem Bomba de Condensado


Notas
1: coluna de alimentao h a distncia entre a geratriz inferior do coletor e a do tampo superior
da bomba.
2: coluna de recalque H a distncia entre as linhas de centro dos tubos de sada do
condensado da bomba e de entrada da rede de retorno.
95

Clculo da Sobrepresso e Consumo de Vapor da Bombas de Condensado


Exemplo numrico, considerando:
- carga de condensado
- presso de vapor de alimenao
- coluna de recalque (H)
- presso na linha de retorno de condensado
- coluna de alimentao
Calcular: sobre presso e consumo de vapor.

1640 kg / h
5,20 bar manomtrica
9,20 m
1,70 bar manomtrica
0,60 m

Soluo:
Clculo da sobre presso: 9,20 x 0,0981 + 1,7 = 2,6 bar
Clculo do consumo de vapor:
Assumindo a relao de 3,0 kg de vapor consumidos para 1000 kg de condensado bombeado,
vem: 3 x 1640 / 1000 = 4,92 Kg /h.
3.13

ESTAES REDUTORAS DE PRESSO

So previstas para adequar a presso de vapor produzida pelo gerador presso requerida pelo
usurio, contemplando doze componentes arranjados conforme figura 9 abaixo:
- separador de umidade

Item 1

- vlvulas esfricas

Item 2

- purgador termodinmico

Item 3

- visor do fluxo

Item 4

- flanges, no itemizados no desenho

Item 5

- filtro Y

Item 6

-vlvula de bloqueio

Item 7

- vlvula controladora de presso, ver Item 3.13.1

Item 8

- vlvula de by-pass manual

Item 9

- manmetro para a linha de alta presso, com tubo expansor

Item 10

- manmetro para a linha de baixa presso, com tubo expansor

Item 11

- vlvula de segurana na linha de baixa presso, ver Item 3.13.2

Item 12

Figura 9 Estao Redutora de Presso

96

3.13.1 Dimensionamento das Vlvulas de Controle de Presso


Para se dimensionar vlvulas de controle dever ser calculado o coeficiente de vazo de vlvula
3
(CV), definido como a vazo em m /s que cria uma perda de carga de um bar fluindo pela vlvula
totalmente aberta.
Adotando-se osprocedimentos da Masoneilan Handbook for Control Valve Sizing Page 7,
teremos:
2

Se P for menor que 0,5 x Cf x P1, o fluxo ser sub crtico e o CV ser calculado pelas
expresses:
no caso de vapor saturado CV = 72,4 x W /
no caso de vapor super aquecido CV =

1 2

(equao 42)

72,4 1 0,00126 Tsh W


1 2

(equao 43)

Se P for igual ou maior que 0,5 x Cf x P1, o fluxo ser crtico e o CV ser calculado pelas
expresses:
vapor saturado CV = 83,7 x W / Cf x P1
vapor superaquecido CV =

(equao 44)

83,7 1 0,00126 Tsh W


C f 1

Nessas equaes:
CV: coeficiente de vazo de vlvula
P1: presso absoluta montante de vlvula
P2: presso absoluta jusante de vlvula
Tsh: temperatura do vapor superaquecido
W: fluxo de vapor
C f : fator de fluxo crtico
TIPO DE VLVULA

TAMANHO
OBTURADOR

(equao 45)

em bar
em bar
o
em C
em 1000 kg / h
conforme tabela abaixo
Cf

KC

Cfr
d / D > 1,5

XT

abrir

0,85
0,90

0,58
0,65

0,81
0,86

0,61
0,68

abrir

0,85
0,90

0,52
0,65

0,80
0,90

0,54
0,68

0,68
0,85

0,35
0,60

0,65
0,80

0,39
0,61

abrir

0,70
0,88

0,39
0,62

0,70
0,87

0,41
0,65

Sede dupla em
V

0,90
0,98

0,70
0,80

0,86
0,94

0,68
0,81

Sede dupla em
V

0,80
0,95

0,31
0,73

0,80
0,94

0,54
0,76

0,80
0,75

0,51
0,46

0,77
0,72

0,54
0,47

0,80
0,90

0,52
0,65

0,80
0,89

0,54
0,68

A
Srie
2000
B

FLUXO PARA

fechar

fechar

A
Vlvula
Camflex
B

Srie
1000

A
Globo
B

fechar

fechar

abrir

Fechar
abrir

Fechar
abrir

97

3.13.2 Dimensionamento de Vlvulas de Segurana / Alvio


Vlvulas de segurana so dispositivos automticos de alvio de presso caracterizados pela
abertura total e imediata; as de de alvio se caracterizam pela abertura proporcional ao aumento
de presso, acima da presso de ajuste.
No dimensionamento dessas vlvulas os conceitos abaixo devero ser considrados:
- presso de trabalho a presso na tubulao sob as condies de operao;
- presso de ajuste a presso na qual a vlvula inicia a abertura;
- presso de projeto a mxima presso suportada pela tubulao;
- sobre-presso o acrscimo de presso acima da presso de ajuste at a completa abertura da
vlvula expressa normalmente em percentagem;
- acumulao o incremento da presso de trabalho suportado pela tubulao durante a
descarga da vlvula;
- contra-presso a presso junto descarga da vlvula devido s perdas de carga na tubulao
de descarga da vlvula.
Dimensionar uma vlvula de segurana ou de alvio significa calcular um orifcio que corresponda
a uma bitola de admisso e outra de sada da vlvula, conforme normatizao da API-RP 526,
indicada na tabela abaixo, segundo W. Burger:

1x2

BITOLA

ORIFCI

1 1/2

1 1/2

1 1/2

2 1/2

2 1/2

2x3

3x4

4x6

6x8

6x10

8x10

0,110

0,196

0,307

0,503

0,785

1,287

1,838

0,71

1,76

1,98

3,24

5,06

8,30

11,0

2,853

3,60

4,34

6,38

11,05

16,0

26,0

18,41

23,23

28,00

41,16

71,29

103,23

167,74

O
REA
em pol2
REA
em cm2

No caso de vapor saturado, sobre presso de 10% e estando a vlvula instalada em redes, o
orifcio calculado pela expresso: A= W / 50 x P1
(equao 46)
onde:
2
A: rea do orifcio em pol ;
W: vazo em lb / hora;
P1: presso de alvio (presso de ajuste+sobre-presso + 14,7), em psi.
Nota: quando a sobre presso for 3%, substituir o valor 50 por 45.
Exemplo numrico, considerando:
- vazo de vapor
- presso de entrada
- presso de sada
- presso de alvio
- fator Cf da vlvula redutora

184 kg / h
10,9 kgf / cm2
4,0 kgf / cm2
5,0 kgf / cm2
0,85

405 lb / h
154,78 psi
56,80 psi
71,00 psi

Calcular o orifcio da vlvula de alvio e o CV da vlvula redutora de presso, instaladas em rede.


Orifcio da vlvula de alvio: 405 50 x 71 = 0,11 pol2 orifcio,D, vlvula 1 x 2
CV da vlvula redutora
Caracterizao do fluxo:
Sendo 10,9 - 4,0= 6,9 kgf / cm2 e 0,5 x C F2 x Pentrada = 0,5 x 0,852 x 10,9 = 3,93 kgf / cm2,
teremos: 6,9 > 3,93 fluxo crtico.
Logo, CV = 83,7 x (184 1000 ) / ( 0,85 x 10,9 ) = 1,66
98

3.14

ISOLAMENTOS TRMICOS

A montagem dos isolantes deve ser executada, conforme figura 10 abaixo.

Isolamento interno

Figura 10

Isolamento Externo

Para seleo dos materiais isolantes, considerar os valores referenciais da tabela:

Material

Limite de
temp. oC

Resistncia
gua ou
Umidade

Fogo

Danos
Mecnicos

Condutividade Trmica Mdia BTU (h oF p2/


pol
a
o
o
a 40 C a 100 C a 200oC
a 400oC
300oC

Obs

Isolamentos trmicos rgidos - Materiais em forma de calha ou segmentos pr-moldados


Hidrossilicato de Ca

at 1000

Boa

Boa

At 320

Fraca

Boa

at 900

Boa

Excelente

at 1000

Fraca

L de vidro

-180 a
540

Espuma de plstico
(poliestireno expan.)
Cortia

Composio de Mg
85%
L mineral
(L de rocha)
Slica diatomcea
(Terra diatomcea)

Fraco
trao
Fraco
trao

0,38

0,40

0,47

0,57

1e2

0,40

0,43

0,51

0,59

3e4

Fraca

0,32

0,37

0,50

0,64

0,77

5,6 e 7

Regular

Fraca

0,58

0,60

0,68

0,78

0,86

7e8

Excelente

Excelente

Fraca

0,25

0,28

0,30

-50 a 80

Excelente

No resiste

Regular

0,40

-50 a 80

Boa

No resiste

Regular

0,25

9
10 e 11

0,26

11,12 e 13

Isolantes trmicos flexveis materiais em forma de mantas (tecidos)


Amianto

at 400

Boa

Excelente

Regular

L de vidro

0,47

0,50

0,57

0,65

14

Idem acima

L mineral

Materiais aplicados por spray


Poliuretanos

-240 a
100

Boa

No resiste

Regular

0,14

Observaes quanto aos materiais


1. mais usado para tubulao quente
2. especificado nas normas PNB-141 e PEB-221 da ABNT, e C-345 da ASTM
3. de emprego tradicional antes do aparecimento do hidrossilicato de clcio
4. especificado na norma C-320 da ASTM
5. custo elevado, podendo ser mais econmico devido menor condutividade trmica
6. flexvel e capaz de absorver grandes dilataes dos tubos
7. no recomendado quando existem cargas externas na tubulao
8. de custo elevado e de alta condutividade trmica. Indicado para T> 650C
9. macio, flexvel e leve
10. muito usado para tubulaes de baixas temperaturas
11. para uso em baixas temperaturas
12. moldado ou granulado aglutinado
13. de boa resistncia a choques e vibraes
14. empregado como segunda camada para recobrimento.
99

11

3.14.1 Espessura do Isolamento


A espessura do isolamento a ser adotada ser aquela que corresponder o valor de Q ao valor de
de Q t .
Q ser calculado pela expresso: m x cp x t
(equao 47)
onde:
m: vazo mssica do fluido em kg / h
cp: calor especfico do fluido na temperatura considerada em kcal / kg x oC
t: diferena de temperatura em oC entre o fluido entrando na tubulao e em escoamento
Qt ser calculado pela expresso :

2 K c L ( Ts Ta )
r
kc
2,3log e
ri re h 0,9hr

(equao 48)

onde:
Qt = quantidade de calor trocada na unidade de tempo em BTU / hora
L = comprimento do tubo
em ps
Ts = temperatura do tubo
em oF
Ta = temperatura ambiente
em oF
re = raio externo do isolamento
em ps
ri = raio interno do isolamento
em ps
h = coeficiente de conveco
em BTU / pe2 x hora x oF
hr = coeficiente de radiao
em BTU / pe2 x hora x oF
Kc = coeficiente de condutividade trmica na temperatura em BTU / p x hora x oF
o

Coeficiente Kc em BTU / p x hora x F


o

Temperatura da tubulao

40 C

100 C

200 C

300 C

L de vidro

0,47

0,50

0,57

0,69

L de rocha

0,32

0,37

0,50

0,64

Na maioria dos casos, utilizam-se espessuras j consagradas pelo uso, conforme tabela:
Espessura do isolamento trmico da tubulao (mm) Hidrossilicato de Clcio
Dimetro
Nominal
(pol)

75

100

125

150

175

200

250

300

350

400

450

500

550

600

3/4

25

25

38

38

51

51

63

63

63

63

63

63

63

63

25

25

38

38

51

51

63

63

63

63

63

63

63

63

25

25

38

38

51

51

63

63

63

63

63

63

76

76

25

25

38

38

51

51

63

63

63

63

63

76

76

89

25

25

38

38

51

51

63

63

63

63

76

76

89

89

25

25

38

38

51

51

63

63

76

76

89

102

102

114

25

25

38

38

51

51

63

76

76

89

102

114

114

126

10

25

38

38

51

51

63

63

76

89

102

102

114

126

126

12

25

38

38

51

63

63

76

76

89

102

114

126

126

126

14

25

38

38

51

63

63

76

89

89

102

114

126

126

126

16

25

38

51

51

63

63

76

89

102

102

114

126

126

126

20

25

38

51

51

63

63

76

89

102

114

126

126

126

126

24

25

38

51

51

63

63

76

89

102

114

126

126

126

126

Temperatura de operao da tubulao em grau Celsius

Consideraes sobre a Espessura do Isolamento Trmico


100

A eficincia do isolamento trmico varia com os fatores locais:


- localizao da tubulao
- temperatura ambiente
- umidade do ar
- velocidade do vento.

A espessura ideal para o isolamento resultante da


comparao econmica entre o custo do isolamento e o
custo da energia perdida.

Custos ( R$ / ANO x m de comprimento)

Custo do isolamento trmico

1 custo das perdas de calor


2 custo amortizado anual do isolamento
3 custo total

Espessura do isolamento (pol)

Exemplo Numrico
Verificar se a espessura do isolamento de 2 de l de vidro, previsto para uma rede de vapor de 4
com extenso de 33m (100 ps) ou no adequada.
Considerar
temperatura de superfcie Ts
temperatura ambiente Ta
carga trmica dissipada pelo vapor Q

180C (356F)
20C (68F)
55000 kcal/h

Soluo:
Qt :

2 0,50 100 356 68


= 223520 BTU / h ( 55880 kcal / h ), desprezando-se as parcelas
6"
2,3 log
4"

de calor trocado por conveco e radiao.


Como o valor de Q aproximadamente igual ao de Qt, podemos considerar a espessura do
isolamento como adequada.

101

CAPTULO IV

RESFRIAMENTO DE GUA

Torre de Resf riamento com Tiragem Induzida

4.1

INTRODUO

As torres de resfriamento de gua so equipamentos que utilizam transferncia de massa e de


energia para resfriar a gua. Como as transferncias de massa e calor processam-se atravs de
superfcies, desejvel que nas torres ocorram a mxima formao de superfcies de gua,
expostas ao fluxo de ar.
Isto possvel pela asperso de gua criando gotculas e de um enchimento gerando um filme
de gua em consequencia dos respingos. O ar necessrio para este processo pode ser suprido
por correntes de conveco ou por meio de conjuntos moto ventiladores.
Os componentes construtivos principais dessas torres esto mostrados na figura 2 abaixo.

Figura 2 Componentes Construtivos

1 - escada

9 - entrada de gua quente

2 - base do motor

10 - entrada de ar

3 - motor do ventilador

11 - enchimento

4 - eixo de acionamento

12 - canal secundrio

5 - ventilador axial

13 - eliminador de gotas

6 - redutor

14 - bico aspersor

7 - corrimo

15 - canal principal

8 - cilindro de descarga

16 - bacia de gua fria

O estudo das torres se far com base na terminologia indicada a seguir.


105

4.2 TERMOS TCNICOS


O estudo das torres se faz com base na terminologia citad a seguir:
gua de Circulao - Circulating Water Flow:quantidade de gua quente entrando na torre.
gua Adicionada - Make up: gua adicionada gua de circulao a fim de repor a gua perdida
no sistema devido evaporao, arraste e vazamentos.
Altura Manomtrica Total - Total Pumping Head: altura manomtrica da bomba, necessria para elevar a
gua at o nvel do sistema de distribuio.
Altura Manomtrica da Torre - Tower Pumping Head: aquela parcela da Altura Manomtrica
Total referente distncia entre a borda de gua fria da torre e o centro de flange de conexo do
sistema de distribuio de gua quente. Expressa em metros de coluna de gua.
Aproximao ao Bulbo mido - Approach: diferena de temperatura entre a gua fria e a
temperatura de bulbo mido.
Arraste - Drift: perda de gua da torre em forma de gotculas misturadas no ar de sada.
Ar de Entrada - Entering Air: ar entrando na torre.
Ar de Exausto - Exhaust Air: mistura de ar e vapor de gua deixando a torre.
Bacia de Coleta de gua Fria - Cold Water Basin: dispositivo debaixo da torre com finalidade de
coletar a gua fria da torre e direcionar esta gua para a linha ou caixa de suco.
Bacia de Distribuio - Distribution Basin: bacia rasa e elevada, situada acima do enchimento a
fim de distribuir gua dentro da torre.
Bacia de Redistribuio - Redistribution Basin: bacia elevada usada para redistribuir gua dentro
da torre.
Bico Borrifador - Spray Nozzle: dispositivo empregado para conformar a gua em minsculas
partculas e efetuar uma distribuio uniforme da gua atravs da rea molhada da torre em
sistemas de distribuio pressurizada.
Borda da Bacia - Basin Curb : parte superior da parede lateral da bacia de coleta de gua fria, geralmente
a referncia para indicao das cotas da torre.
Caixa de Suco - Sump: parte mais baixa da bacia de coleta de gua fria, usualmente o ponto de
conexo de suco.
Carga Trmica - Heat Load: calor removido da gua circulante na torre.
Clula - Cell: menor subdiviso de uma torre a qual poder funcionar como unidade independente
com respeito aos fluxos de ar e gua; as clulas esto ligadas umas s outras ou por paredes de
fechamento ou por paredes divisrias. Cada clula poder possuir um ou mais ventiladores e
cilindros e um ou mais sistemas de distribuio.
Cilindro de Descarga - Discharge Stack: extenso direcionada para cima, fechada por paredes
laterais acima do nvel dos eliminadores a fim de direcionar o ar de sada dos ventiladores em
direo vertical; em torres de induo.
Cilindro do Ventilador - Fan Stack: estrutura envolvendo a descarga do ventilador em torres de
tiragem induzida com o formato de cilindro ou cilindro modificado.
106

Conexo de Entrada - Inlet Connection : flange ao qual se ligar o tubo de alimentao de gua quente.
Largura das Clulas: dimenso perpendicular ao eixo longitudinal da torre e normalmente em
ngulo reto com o lado das venezianas.
Comprimento das clulas: dimenso paralela ao eixo longitudinal da torre no plano em que as
venezianas se situam.
Altura das clulas: distncia medida da borda da bacia ao topo da plataforma do ventilador porm
no incluindo o cilindro do ventilador. As medidas nominais so medidas entre as linhas de centro
das colunas.
Eliminador de gotas: dispositivo destinado a promover as gotculas de gua contida no fluxo de ar.
Redutor de Velocidade - Speed Reducer: equipamento que permite variar a velocidade do eixo de
acoplamento para a velocidade definida para o ventilador.
Resfriamento-Range: diferena entre as temperaturas de gua quente e gua fria.
Sangria - Blow-Down: descarga de gua do sistema, a fim de controlar o nvel de sais ou
impurezas na gua de circulao.
Temperatura de gua Fria - Cold Water Temperature: temperatura de gua em circulao saindo
da torre.
Temperatura de gua Quente Hot Water Temperature: temperatura da gua em circulao
entrando no sistema de distribuio
Temperatura do Bulbo mido - Wet Bulb Temperature: temperatura indicada pelo psicrmetro.
Tambm conhecida como a temperatura de bulbo mido termodinmico ou temperatura de
saturao adiabtica.
Temperatura de Bulbo mido Ambiente - Ambient Wet Bulb Temperature: temperatura de bulbo
mido barlavento (do lado onde sopram os ventos) em relao torre e livre de interferncia da
mesma.
Temperatura de Bulbo mido de Entrada - Entering Wet Bulb Temperature: mdia das
temperaturas de bulbo mido do ar de entrada; incluindo a parcela relativa ao efeito da
recirculao.
Torre de Resfriamento de gua de Tiragem Mecnica - Mechanical Draft Water-Cooling Tower: torre na
qual a movimentao do ar processada por ventiladores. Podem ser de dois tipos:
- com tiragem forada, quando os ventiladores do tipo centrfugos forem montados na zona de
entrada do ar;
- com tiragem induzida, quando os ventiladores do tipo axiais forem montados na zona de
descarga do ar.
Venezianas Louvers: componentes instalados horizontalmente na torre a fim de dar passagem
ao ar de entrada; usualmente instalados inclinados a fim de direcionar o ar que entra na torre.

107

4.3

COMPONENTES DAS TORRES

4.3.1 Ventiladores

Aplicados em torres com tiragem mecnica induzida


Neste caso os ventiladores so do tipo axiais fabricados com ps de alumnio extrudado, e cubo
de ao ligado diretamente ao eixo vertical do redutor.
O cilindro de descarga do ventilador de altura elevada, a fim de garantir menor potncia. Este
aumento de altura reduz consideravelmente a possibilidade de recirculao de ar quente.
Um dos cuidados que se deva ter com este tipo ventilador referente s vibraes, que ocorrero
no caso de:

- balanceamento defeituoso das ps e dos cubos;


- fixao defeituosa das ps e dos cubos;
- diferenas dos ngulos de inclinao das ps;
- desnvel das ps;
- elemento externo que interfira na passagem do fluxo de ar;
- sujeiras nos rasgos de reteno das ps nos cubos;
- perdas de porcas de fixao das ps nos cubos;
- defeitos na fixao do redutor e do chassi;
- sentidos de rotao invertido;
- inclinaes das ps invertidas;
- ventos de grande velocidade causando turbulncia no interior do cilindro;
- velocidade de ponta perifrica das ps acima de 6,0 m/s.

Aplicado em torres com tiragem mecnica forada

Neste caso os ventiladores so do tipo centrifugo, com simples ou dupla aspirao, equipados
com flanges circulares nas conexes de entrada, permitindo ligao com os filtros de ar.
O acoplamento do ventilador com o motor eltrico deve ser feito por meio de conjuntos polia /
correia ou redutores engrenados.

108

4.3.2 Enchimento
Objetivo: possibilitar as trocas de massa e calor entre a gua e o ar, conforme figura 3.

Sugerido para o resfriamento de


gua com slidos em suspenso

Ideal para circuitos com gua


na temperatura limitada a 60C.

Figura 3

4.3.3 Eliminador de Gotas


Objetivo: promover a reteno de gotculas de gua mistradas com o ar, conforme figura 4.
composto por um conjunto de rguas configuradas horizontal ou verticalmente instaladas
prximo sada de exausto das torres.

Arranjo horizontal

Figura 4

Arranjo vertical

4.3.4 Distribuidor de gua:


Objetivo: promover a asperso do fluxo de gua quente sobre o enchimento, conforme figura 5.

Figura 5 Distribuidor de gua

109

4.4

TIPOS DE TORRE

TORRE DE RESFRIAMENTO DE BORRIFAMENTO COM TIRAGEM NATURAL

Nestas
torres
atravs
de
bicos
borrifadores produz-se uma grande
quantidade de minsculas gotculas. O
movimento do ar para o necessrio
resfriamento da gua depende das
condies atmosfricas e do efeito de
aspirao dos bicos borrifadores.

TORRE DE RESFRIAMENTO HIPERBLICA COM TIRAGEM NATURAL


Nestas, a movimentao do ar depende do efeito de chamin o qual por meio de diferenas de
densidades movimentam o ar.

So torres de tiragem natural com formato


hiperblico, usualmente constitudas de
concreto e para grandes capacidades.

Consultar bibliografia especfica:


1) Air-Cooled Heat Exchangers and Cooling Towers: Thermal-Flow Performance Evaluation
and Design. Vol. 1 by Detlev G. Kroger (Hardcover April 1, 2004).
2) Air-Cooled Heat Exchangers and Cooling Towers: Thermal-Flow Performance Evaluation
and Design. Vol. 2 by Detlev G. Kroger (Hardcover July 30, 2004).

110

TORRE DE RESFRIAMENTO COM TIRAGEM MECNICA


Nestas torres a movimentao do ar efetuada por intermdio de um ventilador.

CLASSIFICAO QUANTO LOCALIZAO DO VENTILADOR

Forada - Na qual o ventilador situa-se junto entrada do ar.

Induzida - Na qual o ventilador situa-se junto sada do ar.

CLASSIFICAO QUANTO DIREO RELATIVA ENTRE O AR E A GUA

Corrente Cruzada - Na qual a gua em queda


vertical resfriada pelo ar em trajetria
horizontal.

Contra Corrente - Na qual a gua em queda vertical


resfriada pelo ar em trajetria vertical ascendente,
podendo ser de fluxo duplo ou fluxo simples.

111

4.5

IMPLANTAO DE TORRES

A implantao de torres de resfriamento para uso em sistemas de recirculao de gua com


gradientes trmicos requer o conhecimento do lay-out da planta industrial e da previso de futuras
expanses. Analisando a direo dos ventos predominantes do local em funo destes informes,
pode-se prever a ocorrncia ou no de impactos nas torres designados por interferncias, figura 6
e por recirculaes, figura 7.
OCORRNCIA DE INTERFERNCIAS

Figura 6 Interferncia entre Torres


A interferncia ocorre quando o fluxo de ar quente e mido lanado na atmosfera pelo exaustor
de uma torre, for dirigido segundo a direo dos ventos predominantes as tomadas de ar de uma
torre vizinha. Ser evitada se o afastamento entre elas assegurar uma distancia d maior ou igual
a semi soma dos comprimentos de cada uma.
OCORRNCIA DE RECIRCULAES
A recirculao ocorre quando a prpria torre
readmite o ar quente e mido descarregado por
seu exaustor, alterando o valor da temperatura de
bulbo mido do ar ambiente. Esta alterao influi
no Resfriamento e em conseqncia na
performance da torre.
O efeito descrito desta recirculao corrigido
aplicando temperatura de bulbo mido do ar
ambiente um valor adicional, calculado pela
expresso abaixo:
Tbu corrigido = Tbu + (F1 x F2). (equao 49)
Os valores do fator de correo F1, funo da
aproximao e do resfriamento, e do fator F2
funo da recirculao, esto indicados nas
tabelas que se seguem na pgina 113.
Exemplo numrico
Figura 7 - Recirculao na Torre
Considerando Taf= 45oC (95 F), Taq= 58,8oC (138 F), Tbu= 35oC (95 F), vazo = 5000m3 /h,
teremos:
aproximao 113F-95F= 18 F, resfriamento 138 F-113 F= 25 F F1 = 1,44.
Vazo de gua 5000m3 /h F2 = 1,5.
Assim o fator de coreo do Tbu ser 1,44 x 1,5 = 2,16 F.
Logo Tbu corrigido vale 95+2,16 = 97,16 F ou 36,13 C.
112

Fator F1 - Correo do Bulbo mido devido aproximao (A), e ao resfriamento (R) em oF.
R
A
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25

10

15

20

25

30

35

40

45

50

0.29
0.31
0.33
0.35
0.37
0.39
0.41
0.43
0.45
0.46
0.47
0.49
0.51
0.52
0.53
0.54
0.55
0.56
0.57
0.58
0.58

0.47
0.49
0.51
0.53
0.55
0.57
0.59
0.61
0.63
0.65
0.67
0.69
0.70
0.72
0.74
0.75
0.77
0.79
0.80
0.81
0.82

0.64
0.68
0.71
0.74
0.76
0.78
0.81
0.84
0.86
0.88
0.90
0.93
0.95
0.97
0.99
1.00
1.02
1.04
1.05
1.06
1.07

0.80
0.85
0.89
0.93
0.97
1.00
1.04
1.07
1.10
1.13
1.15
1.18
1.20
1.22
1.24
1.26
1.28
1.30
1.31
1.32
1.33

0.97
1.03
1.08
1.12
1.16
1.20
1.24
1.27
1.30
1.33
1.36
1.39
1.42
1.44
1.46
1.48
1.50
1.52
1.54
1.56
1.57

1.14
1.20
1.25
1.30
1.35
1.40
1.45
1.49
1.52
1.55
1.57
1.61
1.64
1.66
1.68
1.70
1.73
1.76
1.78
1.80
1.82

1.30
1.37
1.44
1.50
1.56
1.62
1.66
1.70
1.74
1.77
1.80
1.83
1.86
1.89
1.92
1.95
1.98
2.00
2.02
2.04
2.06

1.47
1.56
1.63
1.70
1.77
1.83
1.88
1.92
1.96
1.99
2.02
2.06
2.10
2.13
2.16
2.19
2.22
2.25
2.27
2.29
2.31

1.63
1.73
1.83
1.91
1.97
2.04
2.09
2.13
2.17
2.21
2.25
2.29
2.33
2.37
2.40
2.43
2.46
2.49
2.52
2.54
2.56

1.80
1.91
2.01
2.10
2.18
2.25
2.31
2.36
2.40
2.44
2.47
2.52
2.57
2.61
2.64
2.67
2.70
2.73
2.76
2.79
2.81

Fator F2 - Correo do Bulbo mido devido recirculao.

113

4.6

BACIA DE GUA FRIA

A bacia de gua fria das torres tem como objetivo garantir a drenagem e a imediata reposio de
um fluxo de ar, a fim de que o teor de slidos em suspenso na gua fria circulada fique mantido
em concentrao pr-determinada.
Isto porque quando o fluxo de gua quente for lanado em gotculas sobre o enchimento, uma
parte se vaporiza e outra ser recolhida na bacia de gua fria da torre, tornando crescente a
concentrao de slidos neste volume, exceto se, parte deste volume for ciclicamente drenado e
reposto pela gua de make-up.
Este procedimento dever ser adotado toda vez que o ciclo de concentrao, relao entre o
teor de slidos (cloretos) existente na gua fria contida na bacia da torre e na gua de make-up
for igual a 5.
Em funo do exposto conclue-se que o fundo da bacia de gua fria dever ser projetado com
inclinao, dirigindo o contedo de slidos sedimentados a um poo de decantao, de onde ser
drenado destinao final, conforme figura 8.

Figura 8 - Corte AA

Planta
A qualidade fsico qumica da gua neste circuito dever ser
pH
Slica
Cloretos
Sulfatos
Salinidade
4.7

7a8
40 mg / l
50 mg / l (mximo)
150 mg / l
400 mg / l

ARRANJO CONSTRUTIVO

O arranjo construtivo desses sistemas deve ser estudado com base no fluxograma que se segue
contemplando os tpicos referentes:
- s condies operacionais dos trocadores de calor em emergncia quando da parada no programada
das bombas de circulao de gua;
- simultaneidade de operao dos trocadores de calor;
- elevao das torres em relao aos trocadores de calor;
- possibilidade de mistura dos fluxos de retorno de gua quente.

114

FLUXOGRAMA BSICO

115

4.8

PARMETROS DIMENSIONAIS

TEMPERATURA MDIA DA GUA QUENTE


Calculada pela expresso: t m

v 1 t q1 v 2 t q2 v n t qn
v1 v 2 v n

onde:
v1 a vn vazo de gua
tq1a tqn temperatura da gua quente

(equao 50)

em m / h
em C

CARGA TRMICA NA TORRE


Calculada pela expresso: Q = m x cp x T ,

(equao 51)

onde:
Q
carga trmica
m
vazo mssica de gua
cp
calor especfico de gua
diferencial de temperatura
T

em kcal / h
em kg / h
em kcal/C x kg
em C

VAZO DE AR DO VENTILADOR.

Calculada pela expresso: ga r = m x cpgua x (tq-tf) / (hs-he)


onde:
Ga r
vazo mssica do ar
m
vazo mssica de gua
cpgua calor especfico de gua
tq
temperatura da gua quente
tf
temperatura da gua fria
Hs
entalpia do ar saturado na sada da torre
He
entalpia do ar na entrada da torre

(equao 52)
em kg / h
em kg / h
em kcal / kg x C
em C
em C
em kcal / kg
em kcal / kg

VAZO DE GUA VAPORIZADA


Calculada pela expresso: Vv vaporizada = Q / (h x gua )
onde:
Q
carga trmica
h
calor latente de vaporizao de gua
gua peso especfico de gua
Vv
vazo de gua vaporizada

(equao 53)

em kcal / h
em kcal / kg
em kg / m
em m /h

A seguir sero mostrados os critrios para o dimensionamento termo hidrulico.

116

4.9

DIMENSIONAMENTO TERMO-HIDRULICO

Exemplo numrico, com base no fluxograma do Item 7 e no quadro abaixo:


EQUIPAMENTO

TC-1

TC-1

TC-2

TC-2

PARMETRO

ENTRADA

SADA

ENTRADA

SADA

45

45

150

150

2,2

2,0

10,0

10,0

35

40

35

55

vazo m /h
presso kgf/cm

temperatura C
nvel

+ 08.000

+ 32.000

volume hidrulico

circuito fechado do TC-2 - 12,04 m3

operao dos trocadores

simultnea

Calcular:
- temperatura mdia
- carga trmica
- vazo vaporizada
- vazo de arraste
- vazo de blow down
- vazo de make-up
Soluo
Temperatura mdia: (45 x 40 +150 x 55) (45 +150)=

51,53 C

Carga trmica:

3181,44 x 103 kcal / h,

(45 + 150) x 987 x 1 x (51,53-35)=

sendo:
peso especifico da gua na temperatura 51,53C:
calor especifico da gua na temperatura 51,53C:
calor latente de vaporizao da gua na temperatura 51,53oC

987 kg/m3
1,0 kcal / oC x Kg
568,4 kcal / kg, teremos:

- vazo vaporizada V1: (3181,44 x 103 / 568,4 x 987)=

5,67 m3 / h

- vazo de arraste, 25% da vaporizada V2 : 5,67 x 0,25=

1,41m3/h

- vazo de blow-down V3:

1,26 m3/h

A vazo de 1,26 m3/h foi obtida pelo diagrama da Drew, tabela 3, pgina 118, considerando:
ciclo de concentrao (CC)
temperatura de gua quente
temperatura de gua fria
T
vazo

5,
51,53C (124,7 F),
35C (95F),
29,7F
195m3/h (858,5 gpm),

fazendo: 858,5 x 0,0065 = 5,58 gpm ou 1,26m3/h.


Logo a vazo de make-up V4 : 5,67 + 1,41 + 1,26=
8,34 m3/h
Pode-se tambm estimar a vazo de make-up pelo diagrama da Drew, aplicando a relao:
858,5 x 0,0375 = 32,19 gpm ou
7,30 m3/h
117

TABELA 3 VAZO DE BLOW- DOWN


Fonte original: Drew Principles of Industrial Water Tratment - pg. 255 - Edio 1977.

Exemplo:
Sendo

determinar

- vazo de gua na torre


195 m3/h ou 858,5gpm
- temperatura gua quente
51,53 C ou 124,7F
- temperatura gua fria
35,00C ou 95 F
- ciclo de concentrao
5
- a vazo de make up e a de blow down.

Procedimento
Alinhar o diferencial de temperatura 29,7 F com CC 5.
Ler o valor de B= 0,65 e o valor de M= 3,75 e calcular:
blow down
858,5 x 0,0065=
5,58 gpm ou 1,26 m3/h
3
make-up
858 x 0,0375= 31,76 gpm ou 7,2 m /h.
Lembrar que: OC X 1,8 + 32 = OF
118

4.10

DIMENSIONAMENTO DO VENTILADOR

Vazo de Ar pelo Balano Entlpico Exemplo Numrico


Considerando os referenciais:
- vazo de gua fria
- temperatura de gua fria
- temperatura de gua quente
- calor especifico da gua
- temperatura de bulbo mido do ar ( na entrada da torre)
- temperatura de bulbo mido (ar saturado na sada da torre)
- peso especfico da gua a 51,53C

195 m / h
35C
51,53C
o
1,00 kcal / kg x C
32C (89,6F)
51,53C (124,7F)
3
987 kg / m

Calcular a vazo de ar e a potncia do ventilador.


Soluo:
Clculo das entalpias do ar conforme pgina 129 e tabelas 4 / 5 pginas 130 a 132.
Aplicando

H= cp x t + W x hg, vem:

na entrada
na sada

He: 0,24 x 89,6 + 0,03078 x 1100,3=


Hs: 0,24 x 124,7 + 0,09200 x 1115,6=

55,36 Btu / lb (30,75 kcal / kg)


132,55 Btu / lb (73,63 kcal / kg)

Clculo da vazo de ar conforme o Item 8.3, pgina 1.1.6.


Gar: 195 x 1,00 x 987 x (51,53 35) / (73,63 30,75) =

74194 kg / h.

Potncia do Ventilador
A potncia do ventilador definida pela expresso: N = Gar x P x 74,6
onde:

N: potncia,
Gar vazo msica de ar,
P: presso diferencial,
A presso P funo da
se forada ou induzida.

em Hp
em kg/s
em mca
tiragem da torre,

No caso de torres com tiragem forada a


presso do ventilador ser determinada,
calculando-se as perdas de carga na suco
(S) e na descarga ( I ) do ventilador, no bocal
(D) de sada da torre e considerando uma
presso positiva no interior da torre no valor
de 30 mmca.

119

(equao 54)

No caso de torres com tiragem induzida, a


presso do ventilador ser determinada
calculado-se as perdas de carga nas
entradas de ar (E), no bocal (D) de sada da
torre, e considerando uma presso negativa
no interior da torre no valor de 30 mmca.

Para ambos os casos a perda de carga nos eliminadores de


gotas ser obtida atravs do diagrama ao lado, que
considera a velocidade do fluxo de ar, na faixa de 2,0 a 5,0
m/s, e o espaamento entre perfis de 25 ou 35 mm.
Os demais clculos para determinao das perdas devero
seguir os referenciais citados no Item 9.4, pgina 263.
Clculo da potncia - Exemplo numrico
Assumindo P = 100 mca, = 85% ar = 1,1 kg / m3, e Q = 74194 m3/h, vem:
Potncia: (74194 3600) x 100 x 1,1 / 0,85 x 75 =

4.11

35,5Hp ou 26,6 kw

CLCULO DA ELEVAO DO TANQUE COLETOR DE GUA QUENTE

Exemplo numrico, calcular a altura h entre o tanque coletor e a torre, de modo a assegurar no
3
ponto 2 a vazo de 195 m / h a 5 mca, conforme fluxograma (Item 7).
Soluo:
Aplicando Bernoulli
( P1 / g )

v 12
v2
Z1 (P2 / g) 2 Z 2 J ,
2g
2g

tem-se:
v1=
0
h=
Z1 - Z2
Q=
195 m3 / h = 0,05417 m3 / s
J=
0 (suposto no ter perda de carga)
P1=
atmosfrica ( zero manomtrica)
P2 / g = 5,0 mca (manomtrica)
P
patm
v2
h 2
g
g
2g

h P2 / g v 2 / 2g ,

Para a velocidade de 2,0 m / s, vem: h= 5 +

22
5,2 m
2 9,81
120

4.12

TANQUE DE EXPANSO PARA CIRCUITOS FECHADOS

Nas instalaes em que o arrefecimento da gua se processar em circuito fechado, h de se


prever um tanque de equalizao, a fim de permitir as variaes do volume lquido contido no
circuito fechado, bem como possibilitar sua pressurizao. O volume do tanque de expanso farse- equivalente a trs vezes a variao volumtrica ocorrida.
Um tero deste volume ser ocupado pelo gs inerte.
Como a presso mnima no sistema ocorrer quando o gs ocupar um volume correspondente a
dois teros do volume do tanque, podemos concluir que o volume de gs inerte necessrio para
garantir a presso mxima ser obtido pela relao:
Volume de gs = volume do tanque x presso mxima / 3

Clculo do Volume do Tanque de Expanso


Exemplo Numrico
Com base nos dados abaixo, referentes ao trocador de calor TC-3 do fluxograma do Item 7,
- temperatura mnima da gua=
- temperatura mxima da gua=
- volume hidrulico=

30c
100c
12000 litros

Determinar o volume do tanque de expanso e o volume do gs inerte.


Soluo:
Da tabela de vapor tiramos:
- volume especfico da gua na temperatura mnima de 0C
0,0010001 m3 / kg
- volume especfico da gua na temperatura mxima de 100C 0,0010435 m3 / kg
- volume especfico da gua na temperatura ambiente de 30C0,0010444 m3 / kg
Clculo da massa de gua
12,00 m3 = m x 0,001044 m3 / kg m=

11 489,85 kg

Clculo da variao volumtrica


volume mnimo
volume mximo
variao volumtrica

11489,85 x 0,0010001=
11489,85 x 0,0010453=
12,01 - 11,49=

11,49 m3
12,01 m3
0, 52 m3

Clculo do volume do tanque de expanso


Volume

1,56 m3

0,52 x 3=

Clculo do volume de gs inerte


Volume de gs

3,64 m3 a 7,0 kgf/cm2

1,56 x 7 / 3 =

121

4.13

SELEO DE TORRES

A escolha de torres de arrefecimento poder ser feita por meio do Diagrama de Seleo do
fabricante. Nesse diagrama existem trs famlias de curvas:
- primeira com as temperaturas de gua fria,
- segunda com as diferenas de temperatura entre gua quente e fria e
- terceira com os modelos codificados de acordo com o fabricante.
Para a seleo do modelo da torre, proceder como indicado:
- primeiro: marcar a temperatura de bulbo mido local.
- segundo: a partir da temperatura de bulbo mido traar reta paralela ao eixo das abscissas at a
interseo com a curva de temperatura de gua fria ( ponto 1 ).
- terceiro: a partir do ponto 1 paralelamente ao eixo das ordenadas, traar uma reta at a
interseo com a curva ( ponto 2 ) com o diferencial de temperatura.
- quarto: marcar a vazo de gua a ser resfriada; por este ponto traar uma reta paralela ao eixo
das ordenadas.
- quinto: traar uma reta a partir do ponto 2 paralelamente ao eixo das abscissas. A interseo no
ponto 3, determinar o modelo da torre .

Nota: o uso desse diagrama no possibilita avaliar os impactos na performance da torre quando
desvios ocorrerem nos parmetros indutores, como tambm no determina o fluxo de ar
envolvido.

122

FOLHA DE DADOS PARA TORRES DE ARREFECIMENTO


1

Identificao:

Quantidade:

Fabricante:

Aplicao:

Modelo:

Fabricante

Carcaa:

Dados de Projeto

Rotao
3

Potncia

m /h

Tenso

Temperatura da gua quente

Fases:

Temperatura da gua fria

Freqncia:

Temperatura de bulbo mido

Proteo IP:

kcal/h

Fator servio:

Vazo de gua circulante

m /h

Vazo de Make Up

Carga trmica
Perdas por respingo
Perdas por evaporao
Presso no
quente
Ambiente

Motor eltrico do ventilador

flange

de

gua

Classe isolamento:

Sobre-elevao de temperatura:

mca
Salino

no salino

Materiais

Dados da torre:

Ps ventilador:

Presso do ventilador:

Cubo do ventilador:

Vazo do ventilador:

Eliminador de respingos:

Tipo:

Forada

induzida

Venezianas:

Modelo:

C. corrente

C.cruzada

Enchimento:

Entrada de ar:
Venezianas

Sim

No

10

Pintura (costado) cor:

Corrimo de proteo

Sim

No

11

Acessrios

Dimetro do bico ejetor:

Chumbadores

Dimetro flange de entrada:

Manmetro

Dimetro flange sada:

Termmetro

Tipo dos flanges :


Classe de presso dos flanges:
m3

Volume da bacia de gua fria


Carga fundao:

Dimenses da torre

12

Nota 1

Performance

Altura

mm

Largura

mm

Compriment
o
Dimenso da pea maior: nota 1

Ensaios

Balanceamento
Motor

mm

Rotina

mm

Transporte
Peso total:: nota 1
7

Kg

13

Notas

Acionamento motor-ventilador
Redutor (de engrenagens)
Tipo

Redutor (de polias)


Correia polia

Fabricante redutor
Fator servio redutor
Dimetro polia
Quantidade de correias

123

1) pelo fabricante

Esttico
Dinmico

4.14

PROCEDIMENTOS PARA OPERAO DE TORRES

PR - OPERAO
LIMPEZA INICIAL
Proceder completa limpeza da torre e da bacia de gua fria.
Inspeo
Verificar:
- se os redutores esto cheios de leo de lubrificao at a marca de nvel do visor;
- se os parafusos de fixao do suporte, do motor, do redutor e do ventilador esto devidamente
apertados;
- o aperto dos parafusos das ps dos ventiladores nos cubos, utilizando torqumetro com
indicador de torque;
- a ligao dos cubos com o eixo do redutor;
- a possvel existncia de gua de condensao no leo do redutor e drenar se necessrio, pela
marca feita no visor.
Inspecionar
- o tubo de alimentao de gua quente;
- as ligaes de fora e de controle dos motores, o isolamento e a lubrificao dos mesmos,
segundo as instrues do fabricante.
Movimentar
- o ventilador, observando o sentido de rotao indicado a fim de possibilitar uma prvia
lubrificao das engrenagens superiores do redutor.
CIRCULAR
- a gua atravs da torre continuamente por um dia no mnimo, clula por clula, eliminando-se o
volume de gua fria circulado. Esta circulao de gua permitir a limpeza final das bacias de
gua fria e dos enchimentos, removendo pequenos detritos restantes. Em seguida e aps a
paralisao da torre, drenar o sistema e repor o volume de gua na bacia.
OPERAO
Abrir totalmente as vlvulas de entrada de gua.
Partir as bombas de circulaoe os ventiladores observando as condies de controle.

124

4.15

TESTES EM TORRES

Os testes nas torres de resfriamento servem para estabelecer as condies de conformidade


entre os dados de projeto e a performance efetiva da torre.
Na maioria ds vezes os valores das temperaturas de gua quente, de gua fria, de bulbo mido e
de vazo de gua na ocasio do teste, no correspondem com os fixados em projeto, o teste
efetuado em condies especficas.
Resulta portanto que o teste de aceitao seja desenvolvido com base na norma ATP105 do
Cooling Tower Institute.
O prazo limite para a execuo do teste no poder ser superior a doze meses aps a montagem
da torre.
4.15.1 Condies da torre
Na ocasio do teste, a torre dever encontrar-se nas condies abaixo citadas:
- o sistema de distribuio dever estar limpo e isento de materiais estranhos que possam
obstruir ou impedir a vazo normal da gua;
- os ventiladores devero estar ajustados na rotao adequada e consumo especificado;
- os eliminadores de gotas devero estar limpos e isentos de algas e outros depsitos que
possam impedir a vazo normal do ar;
- os enchimentos devero estar isentos de materiais como leo, material betuminoso,
incrustaes e algas;
- o nvel da gua na bacia de gua fria dever estar na altura mxima e ser mantido constante
durante o teste.

4.15.2 Condies operacionais para o teste


O teste dever ser conduzido observando as seguintes condies de conformidade::
- a temperatura de bulbo mido dever situar-se numa faixa entre 3F acima e 7F abaixo da
temperatura de bulbo mido de projeto;
- a carga trmica dever situar-se numa faixa de 20% acima e abaixo da especificada. Caso uma
ou mais clulas estejam desligadas, esta limitao aplica-se somente s clulas em operao;
- a faixa de resfriamento dever situar-se 20% acima ou abaixo da especificada;
- a vazo de gua fria em circulao dever situar-se numa faixa de 10% acima e/ou abaixo da
especificada. No caso de torres multicelulares permitido desligar uma ou mais clulas, caso no
se consiga obter a vazo desejada. A vazo total no poder ser inferior a 75% da vazo total
especificado para a torre.
- a gua em circulao no poder conter mais de 5000 ppm de slidos totais dissolvidos
determinados por evaporao, e no mais de 10 ppm de leo, material betuminoso, ou
substncias graxas, salvo haja um acordo especificado entre o fabricante e o comprador;
- a velocidade mdia dos ventos no dever ultrapassar 16 km / h, leituras instantneas de um
minuto no devero exceder 24 km / h.

125

4.15.3 Constncia das condies de teste


Durante o teste a variao das condies estabilizadas dever ser mantida nos limites:
- vazo de gua em circulao:
- carga trmica total:
- faixa de resfriamento:

no dever variar mais de 5%;


no dever variar mais de 5%;
no dever variar mais de 5%.

As leituras instantneas da temperatura de bulbo mido podero flutuar, porm as variaes das
mdias no podero exceder 2oF por hora. As temperaturas devero ser arredondadas ao 0,1oF
mais prximo.
As leituras devero ser processadas em intervalos regulares conforme tabela abaixo.
PARMETRO A SER MEDIDO
temperatura de bulbo mido
temperatura de gua fria
temperatura de gua quente
vazo de gua em circulao
altura manomtrica da torre
potncia do motor
velocidade do vento
teperatura da gua de reposio
vazo da gua de reposio
temperatura da gua de sangria
vazo da gua de sangria

UNIDADE
o
F
o
F
o
F
gpm
ps
hp
mph
o
F
gpm
o
F
gpm

NMERO DE LEITURAS
6
6
6
3
3
1
registro grfico
2
2
2
2

4.15.4 Durao do teste


Aps atingir as condies estveis, a durao do teste efetuado com o nmero de leituras citado
ser de uma hora.
4.15.5 Medies
DAS VAZES DE GUA
- As medies das vazes de gua de circulao na entrada da torre, de make-up, e de blowdown devero ser efetuadas por meio de placas de orifcio, medidores venturi.
DAS TEMPERATURAS DA GUA
- As medies devero ser efetuadas por meio de termmetros de mercrio, com graduao de 2oF. O
local dessas medies necessariamente seguir as determinaes abaixo:
- temperatura de gua quente: na tubulao vertical de entrada da torre. Em torres multicelulares
na tubulao de distribuio, porm antes das sadas para a primeira clula..
- temperatura de gua fria: na descarga da bomba de recirculao, levando em conta o acrscimo
de temperatura devido ao atrito na mesma.
- temperatura da gua de make-up: na entrada da bacia de gua fria da torre.
- temperatura da gua de blow down: na descarga da torre.
126

DA TEMPERATURA DE BULBO MIDO


- A medio dever ser efetuada com psicrmetros de aspirao mecnica.
- A leitura em um determinado instante ser a mdia de trs leituras consecutivas efetuadas com
intervalos de 10 segundos. A mdia aritmtica de seis medidas cada uma com trs leituras ser o
valor da temperatura de entrada na torre a ser considerado nos testes.
- A graduao dos termmetros no dever ultrapassar 0,25 oF.
- O elemento sensvel dever ser protegido contra interferncia de radiao solar.
- Os termmetros devero estar localizados a 1,60 m acima da borda da bacia de gua fria e a
1,30 m da entrada de ar na torre.
- A velocidade do ar no psicmetro dever ser de 4,85 a 5,35 m / s. O algodo que envolve o
elemento sensvel, dever estar limpo e suprido de gua destilada com temperatura do bulbo
mido a ser medida.
- Os termmetros devero ser colocados em trs pontos de medio em cada entrada de ar da
torre.

DA VELOCIDADE DOS VENTOS

- A medio dever ser efetuada com um anemmetro.


- O local da medio a barlavento, lado de onde vm os ventos, da torre dever ser aberto e
desobstrudo,
- O anemmetro dever ser posicionado na elevao de 1,6 metros acima da borda da bacia de
gua fria.

DA POTNCIA CONSUMIDA PELO VENTILADOR

- ser determinada por meio da medio da voltagem, da amperagem e do fator de potncia.

QUALIDADE DA GUA

- A qualidade da gua dever ser obtida por uma amostra coletada durante o teste. Caso haja
dvidas quanto contaminao da gua, a amostra dever ser enviada para exames
laboratoriais.
- O ciclo de concentrao considerado no projeto no poder ser alterado durante os testes.

127

4.16

CURVAS

4.16.1 Curva de Projeto


uma curva ascendente para a direita representando em um grfico de coordenadas KaV/L e
L/G o servio trmico do sistema usurio da torre, nas condies de projeto, determinando os
valores de KaV/L em funo de L/G.
Sabe-se que uma mesma troca trmica na torre, efetuada com maior fluxo de ar requer menor
capacidade da torre. Isto em outras palavras significa que para um valor L/G menor,
corresponder um KaV/L menor e a um L/G maior, um KaV/L maior.
Do exposto, conclu -se que a curva de projeto ser ascendente para a direita como citado. Esta
curva ser determinada pela expresso:

KaV

tq

tf

dt
Hh

(equao 55)

Nessa equao, conhecida como equao de Merkel, tem-se:


tq: temperatura da gua quente.
tf: temperatura da gua fria.
H: entalpia da mistura ar vapor de gua, na temperatura.
h: entalpia da mistura ar vapor de gua, na temperatura de equilbrio do bulbo mido.
a: rea do filme de ar envolvendo a gotcula de gua.
G: vazo mssica de ar seco.
K: coeficiente de condutncia global de transferncia de massa entre o ar saturado na
temperatura do fluxo de gua, a gua e o ar.
L: vazo mssica de gua.
V: volume ativo de resfriamento por unidade de rea.

Resolvendo esta integral t q


f

dt
KaV t q t f

, teremos:
4
L
Hh

1
1
1
1

h 1 h 2 h 3 h 4

onde:
h1: valor de (H1 h1) na temperatura tf + 0,1 (tq tf)
h2: valor de (H2 h2) na temperatura tf + 0,4 (tq tf)
h3: valor de (H3 h3) na temperatura tq - 0,4 (tq tf)
h4: valor de (H4 h4) na temperatura tq - 0,1 (tq tf)

A curva ser traada lanando-se em um par de eixos cartesianos, os valores de L/G e os


correspondentes KaV/L calculados como indicado no exemplo numrico que se segue.

128

4.16.1.1

Traado da Curva de Projeto

Para traar esta curva calculam-se os valores das entalpias:


- o valor da entalpia H na temperatura de bulbo mido;
- os valores das entalpias h nas temperaturas intermedirias equivalentes a 10%, 40%, 60% e
90% da relao (tq tf ), para trs valores de L / G menor, igual e maior que a relao L/G de
projeto. Nesse exemplo esse valores sero considerados 0,80, 1,00 e 1,20.
O valor da entalpia H determinado pela expresso: H= cp x t + W x hg
onde:

(equao 56)

em BTU / lb x oF
em oF
em (lb / lb), ver tabela 4
em BTU / lb, ver tabela 5

cp: calor especfico do ar


t: temperatura de bulbo mido do ar
w: umidade absoluta do ar na temperatura
hg: entalpia do vapor saturado na temperatura
o

Resolvendo para t= 76 F, vem: H = 0,24 x 76 + 0,0196 x 1094,7= 39,57 BTU / lb


Os valores de h nas temperaturas intermediarias para L/G = 0,80 esto calculados abaixo.
o

Temperatura F

temperatura bulbo mido = 76,0


temperatura gua fria
= 86,0

H-h

39,57

tf + 0,1(tq - tf )

= 89,0

54,56

tf + 0,4(tq - tf)

= 98,0

68,23

tq - 0,4(tq - tf )

= 104,0

79,32

tq - 0,1(tq - tf )

= 113,0

99,71

Hbu + 0,1 L/G ( tq tf )


39,57 + 0,1 x 0,8 (116 86) = 41,97
Hbu + 0,4 L/G ( tq tf )
39,57 + 0,4 x 0,8 (116 86) = 49,17
Hbu + 0,6 L / G ( tq tf )
39,57 + 0,6 x 0,8 (116 86) = 53,97
Hbu + 0,9 L/G ( tq tf )
39,57 + 0,9 x 0,8 (116 86) = 61,17

12,59
19,06
25,35
38,54

temperatura gua quente = 116,0

Assim o valor de KaV / L ser:


(116,0 86,0) / 4}x (1 / 12,59 + 1/19,06 + 1/25,35 + 1/38,54) =
1,480
Analogamente para:
L/G = 1,00; KaV / L=
1,647
L/G =1,20 KaV / L=
1,868
Colocando estes pares de pontos no grfico conforme figura 9, obteremos a curva de projeto.

Figura 9 Curva de Projeto


129

TABELA 4
Propriedades termodinmicas do ar saturado na presso atmosfrica de 101.325 kPa

t C
-40
-35
-30
-25
-20
-18
-16
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
-0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29

Presso de
vapor kPa
0.01283
0.02233
0.03798
0.06324
0.10318
0.12482
0.15056
0.18107
0.21716
0.25971
0.30975
0.36848
0.43716
0.51735
0.61072
0.6566
0.7055
0.7575
0.8130
0.8719
0.9347
1.0013
1.0722
1.1474
1.2272
1.3119
1.4017
1.4969
1.5977
1.7044
1.8173
1.9367
2.0630
2.1964
2.3373
2.4861
2.6431
2.8086
2.9832
3.1671
3.3609
3.5649
3.7797
4.0055

Umidade absoluta
kg / kg
0.000079
0.000138
0.000234
0.000390
0.000637
0.000771
0.000930
0.001119
0.001342
0.001606
0.001916
0.002280
0.002707
0.003206
0.003788
0.00407
0.00438
0.00471
0.00505
0.00542
0.00582
0.00624
0.00668
0.00716
0.00766
0.00820
0.00876
0.00937
0.01001
0.01069
0.01141
0.01218
0.01299
0.01384
0.1475
0.01572
0.01674
0.01781
0.01896
0.02016
0.02144
0.02279
0.02422
0.02572

130

Volume especfico
3

m / kg
0.6597
0.6740
0.6884
0.7028
0.7173
0.7231
0.7290
0.7349
0.7409
0.7469
0.7529
0.7591
0.7653
0.7716
0.7781
0.7813
0.7845
0.7878
0.7911
0.7944
0.7978
0.8012
0.8046
0.8081
0.8116
0.8152
0.8188
0.8225
0.8262
0.8300
0.8338
0.8377
0.8417
0.8457
0.8498
0.8540
0.8583
0.8626
0.8671
0.8716
0.8763
0.8811
0.8860
0.8910

Entalpia
kJ / kg
-40,041
-34,868
-29,600
-24,187
-18,546
-16,203
-13,795
-11,314
-8,745
-6,073
-3,285
-0,369
2,724
5,991
9,470
11.200
12.978
14.807
16.692
18.634
20.639
22.708
24.848
27.059
29.348
31.716
34.172
36.719
39.362
42.105
44.955
47.918
50.998
54.205
57.544
61.021
64.646
68.425
72.366
76.481
80.777
85.263
89.952
94.851

(Tabela 4 continuao )
Volume

Presso de

Umidade absoluta

vapor kPa

kg / kg

30

4.2431

0.02732

0.8961

99.977

31

4.4928

0.02900

0.9014

105.337

32

4.7552

0.03078

0.9068

110.946

33

5.0308

0.03266

0.9124

116.819

34

5.3201

0.03464

0.9182

122.968

35

5.6237

0.03674

0.9241

129.411

36

5.9423

0.03895

0.9302

136.161

37

6.2764

0.04129

0.9365

143.239

38

6.6265

0.04376

0.9430

150.660

39

6.9935

0,04636

0.9497

158.445

40

7.3778

0.04911

0.9567

166.615

41

7.7803

0.05202

0.9639

175.192

42

8.2016

0.05509

0.9713

184.200

43

8.6424

0.05833

0.9790

193.662

44

9.1036

0.06176

0.9891

203.610

45

9.5856

0.06537

0.9954

214.067

46

10.0896

0.06920

1.0040

225.068

47

10.6161

0.07324

1.0130

236.643

48

11.1659

0.07751

1.0224

248.828

49

11.7402

0.08202

1.0322

261.667

50

12.3397

0.08680

1.0424

275.198

52

13.6176

0.09720

1.0641

304.512

54

15.0072

0.10887

1.0879

337.182

56

16.5163

012198

1.1141

373.679

58

18.1531

0.13674

1.1429

414.572

60

19.9263

0.15341

1.1749

460.536

62

21.8447

0.17228

1.2105

512.391

64

23.9184

0.19375

1.2504

571.144

66

26.1565

0.21825

1.2953

638.003

68

28.5701

0.24638

1.3462

714.531

70

31.1693

0.27884

1.4043

802.643

75

38.5562

0.38587

1.5925

1092.010

80

47.3670

0.55201

1.8792

1539.414

85

57.8096

0.83634

2.3633

2302.878

90

70.1140

1.41604

3.3412

3856.547

t C

Fonte original: Stoecker pginas 418 e 419.

131

especfico
3

m / kg

Entalpia
kJ / kg

TABELA 5

Temperatura oF

Propriedades da gua saturada / lquido - vapor (Fonte -Shapiro pgina 617)


Volume Especfico

Entalpia

Entropia

BTU / lb

BTU / lb

BTU / lb oR

ft / lb

Presso
2

Energia Interna

Lbf/in

Lquido

vf

saturado

Vapor

Lquido

Vapor

Lquido

saturado saturado saturado saturado

vf

vg

ut

ug

hf

Evap.
htg

Vapor

Lquido

Vapor

saturado

saturado

saturado

hg

sf

sg

32

0,0886

0,01602

3305

-0,01

1021,2

-0,01

1075,4

1075,4

-0,00003

2,1870

35

0,0999

0,01602

2948

2,99

1022,2

3,00

1073,7

1076,7

0,00607

2,1764

40

0,1217

0,01602

2445

8,02

1023,9

8,02

1070,9

1078,9

0,01617

2,1592

45

0,1475

0,01602

2037

13,04

1025,5

13,04

1068,1

1081,1

0,02618

2,1423

50

0,1780

0,01602

1704

18,06

1027,2

18,06

1065,2

1083,3

0,03607

2,1259

52

0,1917

0,01603

1589

20,06

1027,8

20,07

1064,1

1084,2

0,04000

2,1195

54

0,2064

0,01603

1482

22,07

1028,5

22,07

1063,0

1085,1

0,04391

2,1131

56

0,2219

0,01603

1383

24,08

1029,1

24,08

1061,9

1085,9

0,04781

2,1068

58

0,2386

0,01603

1292

26,08

1029,8

26,08

1060,7

1086,8

0,05159

2,1005

60

0,2563

0,01604

1207

28,08

1030,4

28,08

1059,6

1087,7

0,05555

2,0943

62

0,2751

0,01604

1129

30,09

1031,1

30,09

1058,5

1088,6

0,05940

2,0882

64

0,2952

0,01604

1056

32,09

1031,8

32,09

1057,3

1089,4

0,06323

2,0821

66

0,3165

0,01604

988,4

34,09

1032,4

34,09

1056,2

1090,3

0,06704

2,0761

68

0,3391

0,01605

925,8

36,09

1033,1

36,09

1055,1

1091,2

0,07084

2,0701

70

0,3632

0,01605

867,7

38,09

1033,7

38,09

1054,0

1092,0

0,07463

2,0642

72

0,3887

0,01606

813,7

40,09

1034,4

40,09

1052,8

1092,9

0,07839

2,0584

74

0,4158

0,01606

763,5

42,09

1035,0

42,09

1051,7

1093,8

0,08215

2,0526

76

0,4446

0,01606

716,8

44,09

1035,7

44,09

1050,6

1094,7

0,08589

2,0469

78

0,4750

0,01607

673,3

46,09

1036,3

46,09

1049,4

1095,5

0,08961

2,0412

80

0,5073

0,01607

632,8

48,08

1037,0

48,09

1048,3

1096,4

0,09332

2,0356

82

0,5414

0,01608

595,0

50,08

1037,6

50,08

1047,2

1097,3

0,09701

2,0300

84

0,5776

0,01608

559,8

52,08

1038,3

52,08

1046,0

1098,1

0,1007

2,0245

86

0,6158

0,01609

527,0

54,08

1038,9

54,08

1044,9

1099,0

0,1044

2,0190

88

0,6562

0,01609

496,3

56,07

1039,6

56,07

1043,8

1099,9

0,1080

2,0136

90

0,6988

0,01610

467,7

58,07

1040,2

58,07

1042,7

1100,7

0,1117

2,0083

92

0,7439

0,01611

440,9

60,06

1040,9

60,06

1041,5

1101,6

0,1153

2,0030

94

0,7914

0,01611

415,9

62,06

1041,5

62,02

1040,4

1102,4

0,1189

1,9977

96

0,8416

0,01612

392,4

64,05

1041,2

64,06

1039,2

1103,3

0,1225

1,9925

98

0,8945

0,01612

370,5

66,05

1042,8

66,05

1038,1

1104,2

0,1261

1,9874

100

0,9503

0,01613

350,0

68,04

1043,5

68,05

1037,0

1105,0

0,1296

1,9822

110

1,276

0,01617

265,1

78,02

1046,7

78,02

1031,3

1109,3

0,1473

1,9574

120

1,695

0,01621

203,0

87,99

1049,9

88,00

1025,5

1113,5

0,1647

1,9336

130

2,225

0,01625

157,2

97,97

1053,0

97,98

1019,8

1117,8

0,1817

1,9109

140

2,892

0,01629

122,9

107,95

1056,2

107,96

1014,0

1121,9

0,1985

1,8892

150

3,722

0,01634

97,0

117,95

1059,3

117,96

1008,1

1126,1

0,2150

1,8684

160

4,745

0,01640

77,2

127,94

1062,3

127,96

1002,2

1130,1

0,2313

1,8484

170

5,996

0,01645

62,0

137,95

1065,4

137,97

996,2

1134,2

0,2473

1,8293

180

7,515

0,01651

50,2

147,97

1068,3

147,99

990,2

1138,2

0,2631

1,8109

190

9,343

0,01657

41,0

158,00

1071,3

158,03

984,1

1142,1

0,2787

1,7932

200

11,529

0,01663

33,6

168,04

1074,2

168,07

977,9

1145,9

0,2940

1,7762

132

4.16.2 Curva Caracterstica


uma curva descendente direita traada em um grfico de coordenadas KaV/L e L/G,
representando a capacidade da torre, conforme figura 10.

KaV / L

L/G

Figura 10 - Curva Caracterstica de uma Torre


4.16.3 Curvas de Performance.
So curvas traadas em um grfico de coordenadas temperatura de bulbo mido e temperatura de
gua fria, representando a performance da torre. Neste grfico usual representar-se feixes de
curvas para faixas de aproximao nos limites de 90% a 110% da vazo de projeto, conforme figura
11.

Figura 11 - Curvas de Performance de uma Torre

133

4.17

AVALIAO DO RESULTADO DO TESTE EM TORRES

A condio de aceitao ou no do resultado dos testes, feita por meio da curva de


performance ou da curva caracterstica.

4.17.1 Avaliao por meio da Curva de Performance

Neste caso a condio de aceitao passa por um processo de interpolao, a fim de permitir a
comparao entre a capacidade efetiva da torre e a capacidade prevista nas curvas de
performance. A soluo das equaes 57 e 58 citadas abaixo e a construo de dois grficos iro
determinar a capacidade da torre.
Vazo de teste ajustada = vazo teste x (potncia de projeto / potncia teste)1/3 (equao 57)

Esta equao determina a vazo de gua que a torre poderia resfriar com as temperaturas
medidas quando da realizao do teste se, o ventilador fosse ajustado para a potncia
especificada em projeto.
Esta equao 57 baseada em duas hipteses:
Primeira
- a capacidade de vazo de gua da torre diretamente proporcional vazo de ar;
Segunda
- a vazo de ar proporcional raiz cbica da potncia consumida pelo ventilador.
Ambas hipteses no so totalmente vlidas, porm como as condies operacionais de teste
limitam faixas de desvios pequenas em relao aos dados de projeto, pode-se assumi-las como
precisas.

Capacidade efetiva da torre

vazo de teste ajustada


100
vazo preditada

(equao 58)

Esta equao determinar um valor percentual em funo do qual a performance da torre ser
avaliada. Se maior do que 100% a performance das torres estar conforme.
Na hiptese desse percentual ser menor que 100%, tal fato caracterizar situaes que
necessariamente devero ter sido previstas no contexto documental do Pedido de Compra dessa
torre. Isto significa que este valor inferior a 100% dever estar pr-fixado e os parmetros termo
fluidos dinmicos que o determinaram, destacados como condicionantes de no conformidade
sazonal.

134

Exerccio demonstrativo
Relacionar os valores de projeto e os de teste em um quadro conforme abaixo:
PARMETRO
vazo da gua
temperatura de gua quente
temperatura de gua fria
resfriamento
temperatura de bulbo mido
aproximao
potncia

PROJETO
14000
116,0
86,0
30,0
76,0
10,0
230

em gpm
em oF
em oF
em oF
o
em F
em oF
em Hp

TESTE
13100
114,2
82,7
31,5
71,4
11,3
218

Considerar as Curvas de Performance fornecidas pelo fabricante da torre

Executar os procedimentos indicados na seqncia de 1 a 6, a seguir.


1 - calcular a vazo de teste ajustada 13100 230/218

1
3

13.336 gpm

2 - gerar tabela com valores de temperatura de gua fria referente ao Tbu de teste 71,4 F;

Resfriamento F
20
25
30
35
40

12600 gpm
79,90
80,96
81,90
82,74
83,50

14000 gpm
80,87
82,05
83,10
83,93
84,70

135

15400 gpm
81,82
83,12
84,20
85,10
85,92

3 - lanar os valores no par de eixos Resfriamento / Temperatura de gua fria e traar as curvas;

4 - gerar tabela com valores de temperatura de gua fria para o resfriamento do teste(31,5 C.);
o

Vazo gpm
12600
14000
15400

Temperatura da gua fria F


82,16
83,35
84,48

5 - lanar os valores no par de eixos Vazo de gua / Temperatura de gua fria e obter a vazo
pr-ditada;

6 - calcular a capacidade da torre 13336 / 13220 x 100 = 100,9%


Laudo do teste: torre conforme.

136

4.17.2

Avaliao por meio de Curva Caracterstica

A avaliao das torres pela curva caracterstica efetuada por meio de uma curva efetiva,
paralela curva caracterstica, passando por um ponto definido pelas coordenadas de teste L/G
e Kav/L. A interseo desta curva efetiva com a curva de projeto determinar o ponto de
trabalho da torre.
Considerar as exprees :
1/3

L/G teste = L/G projeto x (vazo teste / vazo projeto) x (potncia projeto / potncia teste)
(equao 59)

Capacidade da torre = (L/G pr-ditada L/G projeto) x 100

(equao 60)

O exemplo numrico para este caso ser feito aplicando os mesmo valores de projeto e de teste
considerados anteriormente para a Curva de Performance, relacinados abaixo.

PARMETRO
vazo da gua

em gpm

temperatura de gua quente

em F

temperatura de gua fria


resfriamento

PROJETO

TESTE

14000

13100

116,0

114,2

86,0

82,7

30,0

31,5

em F

76,0

71,4

em F
em F

temperatura de bulbo mido

aproximao

em F

10,0

11,3

potncia

em hp

230

218

Executar os procedimentos indicados na sequencia de 1 a 6, a seguir


1 - traar a curva de projeto conforme no Item 4.16.1.1;

1/ 3

2 - calcular o L/G do teste 0,992 x 13100 230


14000 218

0,945 ;

3 - elaborar o quadro de entalpias para L/G 0,945 conforme seqncia indicada no Item 4.16.1.1;
o

Temperatura F
de bulbo mido
71,40
de gua fria
82,70
tf + 0,1 (Tq -Tf)
85,85
tf + 0,4 (Tq -Tf)
95,30
tq 0,4 (Tq -Tf)
101,60
tq 0,1 (Tq -Tf)
111,05
de gua quente
114,20
114,20

H
35,32

H-h

50,53
63,79
74,67
94,72

35,32 + 0,1 x 0,945 (114,2 82,7) = 38,296


35,32 + 0,4 x 0,945 (114,2 82,7) = 47,227
35,32 + 0,6 x 0,945 (114,2 82,7) = 53,180
35,32 + 0,9 x 0,945 (114,2 82,7) = 62,110

12,234
16,563
21,490
32,610

137

4 - calcular o Kav / L de teste;


Kav / L de teste: 114,2 82,7 1 1 1 1 =
4

12,234 16,563 21,490 32,610

5 - obter o L/G pr-ditado;


Lanar as coordenadas de teste L/G 0,945 e Kav / L 1,727.
Por este ponto traar a curva efetiva paralela curva caracterstica.
Na interseo desta curva efetiva com a curva de projeto ter-se- o L/G pr-ditado.

6 - calcular a capacidade da torre

1,013
100 102,1%.
0,992

Laudo do teste: torre conforme.

138

1,727

CAPTULO V

TUBULAES INDUSTRIAIS PROJETO

Conjunto de Vlvulas Remoto Operadas

5.1

CONCEITUAO INTRODUTRIA

As tubulaes devem ser projetadas como um conjunto formado por tubos, conexes e
acessrios para aplicao em sistemas de distribuio de:
- vapor para fora ou para aquecimento;
- gua ou fluidos industriais;
- leos combustveis ou lubrificantes;
- ar comprimido;
- gases.

5.2

FATORES DE SELEO PARA MATERIAIS DE TUBOS

1 - Caracterstica do fluido conduzido - a qualidade qumica do fluido e a concentrao das


impurezas.
2 - Condies operacionais - temperatura, presso de trabalho e presso mxima.
3 - Tenso admissvel do material - o material deve ter resistncia mecnica compatvel com a
grandeza dos esforos referentes presso do fluido, peso, ao do vento, reao de dilataes
trmicas, sobrecarga.
4 - Esforos mecnicos - o material deve ser adequado aos esforos de trao, compresso,
flexo, choques, vibrao, esforos cclicos, estticos ou dinmicos.

MATERIAIS PARA TUBOS


Metlicos (ferrosos)
- ao carbono
- ao liga
- ao inoxidvel
- ferro fundido
- ferro forjado
- ferro ligado
- ferro nodular
Metlicos (no ferrosos)
- lato
- cobre nquel
- nquel e ligas
- metal Monel
No Metlicos (materiais plsticos)
- cloreto de polivinil (PVC)
- polietileno
- acrlico
- acetato de celulose
- epxi

141

5.3

CONSIDERAES SOBRE OS TUBOS

5.3.1 Normas de Materiais para Tubos de Ao Carbono


- para tubos de ao carbono
ASTM A 53
- para tubos de ao carbono preto
ASTM-A106
- para tubos de ao carbono galvanizados
ASTM A-120
- para tubos de ao noxidvel
ASTM-A 312
No caso de tubos de ao carbono deve-se especificar o teor de carbono conforme os graus: baixo
teor grau A, teor mdio grau B, alto teor grau C.
5.3.2 Normas de Materiais para Tubos de Metais no-Ferrosos / Cobre e suas Ligas
So fabricados segundo as especificaes das normas:
- para tubos de cobre
ASTM B.68, B.75, B.88;
- para tubos de lato
ASTM B 111;
- para tubos de cobre-nquel
ASTM B 466.
Possuem resistncia corroso da atmosfera, de gua salgada, de lcalis, de cidos diludos e
de compostos orgnicos.
COMPARAO DE TUBOS NO FERROSOS COM TUBOS DE AO CARBONO
- melhor resistncia corroso
- preo mais elevado
- menor resistncia mecnica
- menor resistncia a altas temperaturas
- melhor comportamento em baixas temperaturas
5.3.3 Parmetros para Especificao de Tubos
- quantidade em metros ou em kg
- P. Number (mesma soldadibilidade), ver tabela pgina 144
- tipo de extremidade: ponta lisa, chanfrada ou roscada
- tubo com ou sem costura, galvanizado ou preto
- norma do material
- tipo de acabamento (preto ou galvanizado) ou do revestimento
- dimetro nominal
- nmero de Schedule, salvo solicitaes estruturais pode-se adotar os referencias:
- para dimetros nominais at 1 inclusive
- para diametros nominais entre 2 e12 inclusive
- para diametros nominais iguias ou maiores que 12

Schedule 80
Schedule 40
9,52 mm

5.3.4 Normas Dimensionais para tubos de Ao


- para tubos de ao carbono e aos liga
- para tubos de ao inoxidvel

ANSI B.36.10
ANSI B.36.19.

Estas dimenses esto mostradas na tabela a seguir. At a bitola de 12 o dimetro nominal no


corresponde a nenhuma dimenso fsica do tubo; a partir de 14 o dimetro nominal coincide com
o dimetro externo do tubo.

142

DIMENSES NORMATIZADAS PARA TUBOS DE AO

Dimetro
nominal
(pol)
Dimetro
externo
(mm)
1/4
13,7
3/8
17,1
1/2
21
3/4
27
1
33
1
42
1 1/2
48
2
60
2 1/2
73
3
89

Designao
de espessura

Espessura
de parede

(v. Nota 2)

(v. Nota 3)

Std
XS,
Std
XS,
Std
XS,
XXS
Std
XS,
XXS
Std
XS,
XXS
Std
XS,
XXS
Std
XS,
XXS
Std
XS,
XXS
Std
XS,

10S
40, 40S
80, 80S
10S
40, 40S
80, 80S
40, 40S
80, 80S
160
40, 40S
80, 80S
160
40, 40S
80, 80S
160
40, 40S
80, 80S
160
40, 40S
80, 80S
160
40, 40S
80, 80S
160
40, 40S
80, 80S
160

XXS
Std
XS,

10S
40, 40S
80, 80S
160

XXS
4
114

Std
XS,

10S
40, 40S
80, 80S
160

XXS
6
168

Std
XS,

10S
40, 40S
80, 80S
120
160

XXS
Std
8
219

XS,

10S
40, 40S
60
80, 80S
120

XXS

10
273

Std
XS,

12
324

Std
XS

Std,
14
356

160
5S
10S
40, 40S
60, 80S
80
120
160
5S
10S
20
30
40
40s
80S
60
80
120
10
30
40

XS
60
80
100

1,65
2,23
3,02
1,65
2,31
3,20
2,77
3,73
4,75
7,47
2,87
3,91
5,54
7,82
2,87
4,55
6,35
9,09
3,56
4,85
6,35
9,70
3,68
5,08
7,14
10,16
3,91
5,54
8,71
11,07
5,16
7,01
9,52
14,0
3,05
5,48
7,62
11,1
15,2
3,05
6,02
8,56
13,5
17,1
3,40
7,11
10,97
14,3
18,2
21,9
3,76
8,18
10,3
12,7
18,2
22,2
23,0
3,40
4,19
9,27
12,7
15,1
21,4
28,6
4,19
4,57
6,35
9,52
10,3
12,7
14,3
17,4
25,4
6,35
9,52
11,1
12,7
15,1
19,0
23,8

Dimetro
interno
(mm)

10,4
9,2
7,7
13,8
12,5
10,7
15,8
13,8
11,8
6,4
20,9
18,8
15,6
11,0
26,6
24,3
20,7
15,2
35,0
32,5
29,4
22,7
40,8
38,1
33,9
27,9
52,5
49,2
42,9
38,2
62,7
59,0
54,0
44,9
82,8
77,9
73,6
66,7
58,4
108,2
102,3
97,2
87,3
80,1
161,4
154,0
146,3
139,7
131,8
124,4
211,5
202,7
198,4
193,7
182,6
174,6
173,1
266,2
264,7
254,5
247,6
242,9
230,2
215,9
315,5
314,7
311,1
304,8
303,2
298,4
295,3
288,9
273,0
342,9
336,5
333,4
330,2
325,5
317,5
308,0

rea
de
seco
livre
(cm2)

rea
de
seco
de
metal
(cm2)

0,85
0,67
0,46
1,50
1,23
0,91
1,96
1,51
1,10
0,32
3,44
2,79
1,91
0,95
5,57
4,64
3,37
1,82
9,65
8,28
6,82
4,07
13,1
11,4
9,07
6,13
21,7
19,0
14,4
11,4
30,9
27,3
22,9
15,9
53,9
47,7
42,6
34,9
26,8
91,9
82,1
74,2
59,9
50,3
204,5
186,4
168,2
153,4
136,4
121,5
351,6
322,6
309,1
294,8
261,9
239,4
235,5
556,8
550,3
509,1
481,9
463,2
416,1
365,8
782,0
778,1
760,7
729,6
722,0
699,4
685,2
655,5
585,8
923,3
889,7
872,9
856,2
832,3
791,7
745,2

0,62
0,81
1,01
0,81
1,08
1,40
1,61
2,06
2,47
3,52
2,15
2,80
3,68
4,63
3,19
4,12
5,39
6,94
4,32
5,68
7,14
9,90
5,15
6,89
9,22
12,2
6,93
9,53
14,1
17,1
11,0
14,5
19,0
26,0
8,22
14,4
19,5
27,2
35,3
10,6
20,4
28,4
42,7
52,3
17,6
36,0
54,2
69,0
86,0
100,9
25,4
54,2
67,6
82,3
115,1
137,4
141,7
29,2
35,4
76,8
103,9
122,1
169,3
219,4
42,1
45,9
63,5
94,1
101,5
124,1
138,8
168,0
238,1
69,7
103,5
120,1
136,8
161,2
201,3
248,4

143

Superfc
ie
externa
(m2/m)

0,043

0,054

0,071

0,083

0,105

0,132

0,151

0,196

0,235

0,282

0,361

0,535

0,692

0,858

1,018

1,118

Peso aprox.
(kg / m)
Tubo
vazio

Contedo
de gua

(v Nota 5)

(v. Nota 6)

0,49
0,62
0,79
0,63
0,84
1,10
0,42
1,62
1,94
2,55
1,68
2,19
2,88
3,63
2,50
3,23
4,23
5,44
3,38
4,46
5,60
7,76
4,04
5,40
7,23
9,53
5,44
7,47
11,08
13,44
8,62
11,40
14,89
20,39
6,44
11,28
15,25
21,31
27,65
8,35
16,06
22,29
33,49
40,98
13,82
28,23
42,51
54,15
67,41
79,10
19,93
42,48
53,03
64,56
90,22
107,8
111,1
22,54
27,83
60,23
81,45
95,72
132,7
172,1
29,11
36,00
49,70
73,74
79,65
97,34
108,8
131,7
186,7
54,62
81,20
94,29
107,3
126,3
157,9
194,5

0,085
0,067
0,046
0,150
0,123
0,090
0,20
0,15
0,11
0,03
0,34
0,28
0,19
0,10
0,56
0,46
0,34
0,18
0,96
0,83
0,68
0,41
1,31
1,14
0,91
0,61
2,17
1,90
1,44
1,14
3,09
2,73
2,29
1,59
5,39
4,77
4,26
3,49
2,68
9,19
8,21
7,42
5,99
5,03
20,45
18,64
16,82
15,34
13,64
12,15
35,16
32,26
30,91
29,48
26,19
23,94
23,55
55,68
55,03
50,91
48,19
46,32
41,61
36,58
78,20
77,81
76,07
72,96
72,20
69,94
68,52
65,55
58,58
92,33
88,97
87,29
85,62
83,23
79,17
74,52

Seo transversal
Momento
de
inrcia
(cm4)

Momento
resistente
(cm3)

Raio
de
gira
o

0,116
0,138
0,157
0,236
0,304
0,359
0,71
0,84
0,92
1,01
1,54
1,86
2,19
2,41
2,64
4,40
5,21
5,85
8,11
10,06
11,82
14,19
12,90
16,27
20,10
23,64
27,72
36,13
48,41
54,61
63,68
80,12
97,94
119,5
75,84
125,70
162,33
209,36
249,32
164,83
300,93
399,99
552,34
636,42
599,37
1.171,3
1.685,7
2.064,5
2.455,8
2.759,6
1.473,4
3.017,7
3.696,1
4.399,5
5.852,2
6.742,9
6.905,3
2.651,4
3.200,8
6.692,9
8.824,1
10.193
13.486
16.607
5.377,7
5.848,0
7.987,5
11.675
12.487
15.067
16.691
19.771
26.722
10.630
15.525
17.856
20.145
23.392
28.595
34.339

0,169
0,202
0,229
0,285
0,354
0,419
0,67
0,78
0,86
0,95
1,16
1,40
1,65
1,81
2,18
2,63
3,12
3,50
3,85
4,77
5,61
6,74
5,34
6,75
8,33
9,80
9,20
11,98
16,05
18,10
17,44
21,95
26,83
32,75
17,06
28,26
36,48
47,14
56,22
28,88
52,61
69,99
96,70
111,29
71,30
139,32
200,45
245,52
291,91
328,29
134,56
275,52
337,31
401,88
534,31
616,26
631,02
194,22
234,38
490,06
645,77
747,38
988,32
1.217,8
332,23
361,07
493,34
717,88
771,97
929,31
1.029,3
1.221,1
1.650,5
598,24
873,59
1.003,1
1.132,5
1.316,1
1.609,5
1.930,7

0,430
0,413
0,393
0,551
0,531
0,506
0,66
0,64
0,61
0,56
0,85
0,82
0,77
0,72
1,07
1,03
0,98
0,92
1,37
1,33
1,29
1,20
1,58
1,54
1,48
1,39
2,00
1,95
1,85
1,79
2,41
2,35
2,27
2,14
3,04
2,96
2,89
2,78
2,66
3,93
3,84
3,75
3,60
3,49
5,83
5,70
5,58
5,47
5,34
5,23
7,62
7,46
7,39
7,31
7,13
7,00
6,98
9,53
9,50
9,32
9,22
9,14
8,94
8,71
11,30
11,28
11,23
11,13
11,10
11,00
10,95
10,85
10,59
12,34
12,24
12,19
12,14
12,04
11,91
11,76

(continuao)
Dimetro
nominal
(pol)
Dimetro
externo
(mm)
16
406

18
457

20
508

24
610

30
762

Designao
de espessura

Espessura de
parede

(v. Nota 2)

(v. Nota 3)

Std,
XS,

Std,
XS

10
30
40
60
80
100
10
20
40
60
80
100

Std,
XS,

Std,
XS

10
20
30
40
60
80
100
10
20
40
60
80
100
10
20
30

Dimetro
interno
(mm)

rea
de
seco
livre
(cm2)

rea
de
seco
de
metal
(cm2)

1.217,5
1.178,1
1.140,1
1.093,0
1.038,1
984,6
1.551,7
1.507,8
1.464,6
1.443,3
1.379.4
1.317,5
1.247,2

79,8
118,8
157,1
203,9
258,7
312,9
89,9
133,9
177,4
198,7
261,9
323,9
394,8

6,35
9,52
12,7
16,6
21,4
26,2

393,7
387,3
381,0
373,1
363,6
354,0

6,35
9,52
12,7
14,3
19,0
23,8
29,4

444,5
438,1
431,8
428,6
419,1
409,6
398,5

6,35
9,52
12,7
15,1
20,6
26,2
32,5

495,3
488,8
482,6
477,9
466,7
455,6
442,9

1.926,6
1.877,5
1.829,1
1.793,6
1.711,1
1.630,4
1.540,7

100,1
149,2
197,4
233,5
315,5
396,1
485,8

6,35
9,52
12,7
17,4
24,6
30,9
38,9

596,9
590,5
584,2
574,7
560,4
547,7
531,8

2.800,2
2.742,1
2.677.6
2.593,7
2.464,6
2.355,0
2.219,5

7,92
12,7
15,9

746,1
736,6
730,2

4.374,4
4.264,8
4.187,3

Peso aprox.
(kg / m)
Superfcie
externa
(m2/m)

Tubo
vazio
(v Nota 5)

Contedo de
gua
(v. Nota 6)

Seo transversal
Momento
de inrcia
(cm4)

Momento
resistente
(cm3)

Raio de
girao

1,277

62,57
93,12
123,2
159,9
203,0
245,3

121,7
117,8
114,0
109,3
103,8
98,46

15.983
23.392
30.468
38.834
48.158
56.815

786,72
1.152,2
1.499,7
1.911,1
2.370,0
2.796,1

14,15
14,05
13,92
13,79
13,64
13,46

1,436

70,52
105,0
139,0
155,9
205,6
254,1
309,4

155,2
150,8
146,5
144,3
137,9
131,7
124,7

22.851
33.589
43.829
48.782
63.059
76.337
90.738

999,79
1.468,5
1.917,6
2.133,9
2.758.4
3.340,3
3.969,7

15,95
15,82
15,72
15,67
15,49
15,34
15,16

1,597

78,46
116,9
154,9
182,9
247,6
310,8
381,1

192,7
187,7
182,9
179,4
171,1
163,0
154,1

31.509
46.368
60.645
70.926
93.943
115.379
138.188

1.240,7
1.825,8
2.388,0
2.792.9
3.699,2
4.543,3
5.441,5

17,73
17,63
17,53
17,42
17,25
17,07
16,84

120,3
179,5
238,1
324,5
451,6
562,6
697,5

1,914

94,35
140,8
186,7
254,7
354,3
440,9
546,7

280,0
274,2
267,8
259,4
246,5
235,5
221,9

54.776
80.873
106.139
142.351
193.547
236.002
285.118

1.796,3
2.482,8
2.653,5
4.674,4
6.359,3
7.752,5
9.358,7

21,34
21,21
21,11
20,96
20,70
20,50
20,22

187,7
298,7
371,6

2,393

147,2
234,4
291,8

437,4
426,5
418,7

133.609
209.779
258.895

3.507,5
5.507,0
6.801,8

26,67
26,49
26,39

Notas:
1 - A norma ANSI B.36.19 s abrange tubos at o dimetro nominal de 12.
2 - As designaes Std, XS e XXS correspondem s espessuras denominadas normal, extra forte, e duplo extra forte da norma ANSI
B.36.10. As designaes 10, 20, 30, 40, 60, 80, 100, 120 e 160 so os nmeros de srie (Schedule Number) dessa mesma norma. As
designaes 5S, 10S, 20S, 40S e 80S so da norma ANSI B.36.19.
3 - As espessuras em mm indicadas na tabela so os valores nominais; as espessuras mnimas correspondentes dependero das tolerncias de
fabricao, que variam com o processo de fabricao do tubo. Para tubos sem costura a tolerncia usual + 12,5% do valor nominal.
4 - Nesta tabela esto omitidos alguns dimetros e espessuras no usuais na prtica. Para a tabela completa, contendo todos os dimetros e
espessuras, consulte as normas ANSI B.36.10 e B.36.19.
5 - Os pesos indicados nesta tabela correspondem aos tubos de ao carbono ou de aos de baixa liga. Os tubos de aos inoxidveis ferticos pesam
cerca de 5% menos, e os de inoxidveis austenticos cerca de 2% mais.
6 - Esses mesmos nmeros representam tambm a vazo em I/seg. para a velocidade de 1 m/seg.

P. Number Grupos do Item QW 420 ASME Seo IX Div. 1


P- No 1
P- No 3

P- No 4

P- No 5
Aos e suas ligas

Alumnio e suas ligas


Cobre e suas ligas
Nquel e suas ligas
Titnio (no ligado)
Zircnio (no ligado)

P- No 6
P- No 7
P- No 8
P- No 9 A
P- No 9 B
P- No 10 A at 10I
P- No 11 A
P- No 11 B
P- Nos 21,22,23 e 25
P- Nos 31,32,33,34,35
P- Nos 41,42,43,44,45,46
P- Nos 51 e 52
P- No 61

Aos Carbono: C < 0,35%


Aos de baixa liga: Cr < 0,5%
Total de elementos por liga < 2,0%
Este grupo inclui os aos C-M0; Mn-Mo e Cr-Mo.
Aos de baixa liga: 0,5% < Cr < 2,0%
Total de elementos por liga < 2,75%
Este grupo inclui os aos Cr-M0 e aos de outras ligas
Aos de baixa liga: 2,25% < Cr < 10,0%
Este grupo inclui os seguintes aos:
Baixo Cr (2-3%), Mdio Cr (4-6%), Alto Cr (7-9%)
Aos de alta liga (martensticos): 12-15% Cr
Aos de alta liga (ferrticos): 12-17% Cr
Aos de alta liga (austenticos): aos inox. da serie 300
Aos ao nquel: 2-3% Ni
Aos ao nquel: 3-4 N%i
Outras ligas
Aos ao nquel: 4-9%
Outras ligas

144

5.4

CONEXES PARA TUBULAES

Para seleo das conexes considerar os referenciais citados.

Conexes utilizadas para

Conexes indicadas

1 - LIGAO ENTRE TUBOS

Luvas: quando a rosca do tubo for externa.


Niple: quando a rosca do tubo for interna.
Unies: quando houver possibilidade de giro.
Flange: quando no houver possibilidade de giro.

2 - MUDANAS DE DIREO

Curvas de raio longo


Curvas de raio curto
Curvas de reduo
Joelhos de reduo
Joelhos

3 - DERIVAES

Ts normais 90o
Ts de 45o
Ts de reduo
Peas em Y
Cruzetas
Cruzetas de reduo
Selas
Colares
Derivaes soldadas

4 - FECHAMENTO DE REDES

Tampes
Bujes
Flange cego

5 - DERIVAES ESPECIAIS

Bocas de lobo: ver Item 5.4.4

6 - MUDANAS DE DIAMETROS

Redues concntricas.
Redues excntricas.
Buchas de reduo (para tubos de dimetros
pequenos com extremidades roscadas).

Observaes:
1 quanto s conexes para mudana de dimetro, considerar as indicaes apresentadas no
item 5.4.5 pgina 152.
2 quanto s conexes roscadas, considerar as roscas padro NPT, norma ANSI B 2.1 indicada
na pgina 207.

145

5.4.1 Ligaes entre Tubos


LIGAES ROSCADAS

Com luva

Com unio

Com Niple

LIGAES SOLDADAS

Ligaes com solda de topo


para dimetros de 2 ou maiores.

Ligaes com solda de encaixe


para dimetros de at 1 1/2.

LIGAES FLANGEADAS

146

5.4.2 Identificao das Conexes


CONEXES PARA SOLDA DE TOPO

CONEXES PARA SOLDA DE ENCAIXE

CONEXES ROSCADAS

147

5.4.3 Conexes Pr-Fabricadas - Curvas de Gomo


Clculo da espessura da chapa para uso em curvas de gomo
A espessura t ser calculada pelas expresses abaixo, de modo que a presso interna mxima Pm a qual
a curva estar submetida seja igual ou menor que a tenso admissvel Sh do material da tubulao.
Sendo = ngulo da curva / 2 x n, onde: n= nmero de soldas, teremos:
< 22,5 com uma solda,
(equao 61)
o

> 22,5 com uma solda,


(equao 61 a)
o

> 22,5o e mais de uma solda,

Pm

Pm

S h E x t c
t c

R2
t c 0,643 xt g R 2 t c

Pm

S h E x t c
t c

R2
t c 1,250 xt g R 2 t c

S h E x t c
R1 R 2

(equao 61 b)
R2
R 1 0,5xR 2

onde:
Pm: presso interna mxima em kgf / cm2.
Sh: tenso admissvel do material em kgf / cm2, conforme tabela abaixo.
E = 1,0 para tubos sem costura e tubos com costura totalmente radiografada.
E = 0,9 para tubos com costura parcialmente radiografada
E = 0,8 para tubos com costura sem radiografia
Em qualquer caso deve-se ter R1 < (A / tg ) x (R2-c).
O coeficiente emprico A tem os seguintes valores:
(t c) polegadas

< 0,5

1,0

0,5 < (t-c) < 0,88

2 x (t-c)

> 0,88

2x{(t-c)/3}+1,17

R2: raio interno da curva em mm;


t, c: espessura mnima e sobre-espessura para corroso em mm;
R1, R2,

: dimenses indicadas ao lado.

Figura 2 Curva em Gomos

Ao Carbono (sem costura ou com costura)

Tipo de
material

Especificao de Material e Grau


(de acordo com ASTM ou API)

A - 53 Gr A
A - 106 Gr A
API - 5L Gr A
A - 135 Gr A
A - 53 Gr A
A - 106 Gr B
API - 5L Gr B
A - 135 Gr B
A 333 Gr 6
API 5L x 42
API 5L x 42
API 5L x 42
A 134 (285 C)
A 134 (283 B)
A 120
A 671 CA 55
A 672 A 55,C 55
A 671 CB 60,CC 60
A 672 B 60, C 60
A 671 CB 70, CC 70
A 672 B 70, C 70

Temperatura do metal oC

Tenso Admissvel do ao ( Sh) em kgf / cm2


1.125
1.125
1.125
1.125
1.406
1.406
1.406
1.406
1.406
1.406
1.476
1.547
1.174
963
844
1.286
1.286
1.406
1.406
1.638
1.638
38

1.125
1.125
1.125
1.125
1.406
1.406
1.406
1.406
1.406
1.406
1.476
1.547
1.153
914
801
1.286
1.286
1.371
1.371
1.624
1.624
93

1.125
1.125
1.125
1.125
1.406
1.406
1.406
1.406
1.406
1.406
1.476
1.547

1.125
1.125
1.125
1.125
1.406
1.406
1.406
1.406
1.406

1.125
1.125
1.125
1.125
1.329
1.329
1.329
1.329
1.329

1.125
1.083 1.026
872
1.244
1.244
1.329
1.329
1.582
1.582
149

1.209
1.209
1.286
1.286
1.525
1.525
204

1.139
1.139
1.216
1.216
1.441
1.441
260

148

1.040
1.040
1.040
1.040
1.216
1.216
1.216
1.216
1.216

1.019
1.019
1.019
1.019
1.195
1.195
1.195
1.195
1.195

1.012
1.012
1.012
1.012
1.160
1.160
1.160
1.160
1.160

935

921

914

1.040
1.040
1.111
1.111
1.314
1.314
316

1.019
1.019
1.090
1.090
1.294
1.294
343

1.012
1.012
1.083
1.08
1.286
1.286
371

752
752
752
752
914
914
914
914
914

654
654
654
654
759
759
759
759
759

555
555
555
555
611
611
611
611
611

457
457
457
457
457
457
457
457
457

316
316
316
316
316
316
316
316
316

176
176
176
176
176
176
176
176
176

112
112
112
112
112
112
112
112
112

70
70
70
70
70
70
70
70
70

316
316
316
316
316
316
510

176
176
176
176
176
176
538

112
112
112
112
112
112
566

70
70
70
70
70
70
593

787 675 569 457


850
850
914
914
1.0
40
1.0
399
40

717
717
759
759
844
844
427

590
590
611
611
654
654
454

457
457
457
457
457
457
482

5.4.4

Conexes Pr-Fabricadas - Bocas de Lobo

So fabricadas nas opes: tubo contra tubo, com anel de reforo e com ou sem nervuras

TIPOS DE BOCA DE LOBO

Boca de lobo sobreposta


Embora tenha menor resistncia mecnica, so
empregadas na maioria dos casos porque so mais
baratas, mais fceis de executar e do menores
tenses residuais de soldagem.

Boca de lobo penetrante


Tem maior resistncia, porm resultando em maiores
tenses residuais de soldagem.
So utilizadas em tubulaes de parede espessa,
para presses altas.
Clculo do anel de reforo

A espessura ser calculada aplicando a expresso t1 = P x D / 2 x Sh


onde:
t1 = espessura da parede do anel de reforo
em cm
D = Raio do anel de reforo
em cm
P = presso interna
em kgf/cm2
Sh = tenso admissvel do material na temperatura
em kgf/cm2

(equao 62)

Para o reforo consulte o normograma e a tabela indicados nas pginas 150 e 151.
Para soldagem do anel de reforo considerar as restries indicadas na pgina 225.
149

NORMOGRAMA REFERENCIAL PARA O REFORO DA BOCA DE LOBO

150

TABELAS COM OS COEFICIENTES R E C DO NORMOGRAMA

COEFICIENTE R

MATERIAIS
ASTM A-312 Gr TP 304L

ASTM A-312 Gr TP 316L

ASTM A-53 GrA, A-106 GrA, API-5L GrA

ASTM A-335 Gr P1

ASTM A-312 Gr TP 304

ASTM A-335 Gr P5, Gr P-9

ASTM A-335 Gr P11, Gr P12, Gr P 22

ASTM A-312 Gr TP 310, 316, 321, 347

ASTM A-53 Gr B, A-106 Gr B, API-5L GrB

VALORES DO COEFICIENTE C
AO CARBONO
TEMP.
(C)

AOS-LIGA FERRTICOS

AOS AUSTENTICOS

ASTM A-335

ASTM A-312

ASTMA-53 GrA
A-106 GrA
API-5L GrA

ASTM
A-53 GrB
A-106 GrB
API-5L GrB

50

1,000

1,000

1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000

100

0,959

0,959

0,965 0,958 0,959 0,975 0,975 0,975 0,998 0,988 0,899 0,967 0,995 0,991

150

0,913

0,916

0,931 0,917 0,920 0,946 0,943 0,946 0,986 0,905 0,818 0,840 0,954 0,926

200

0,874

0,875

0,899 0,877 0,879 0,922 0,917 0,922 0,972 0,848 0,751 0,718 0,935 0,782

250

0,834

0,834

0,865 0,835 0,840 0,896 0,888 0,895 0,949 0,816 0,694 0,639 0,920 0,716

300

0,793

0,794

0,829 0,794 0,799 0,889 0,861 0,869 0,925 0,799 0,647 0,592 0,913 0,665

350

0,752

0,750

0,795 0,754 0,759 0,844 0,836 0,846 0,897 0,791 0,607 0,559 0,909 0,623

400

0,675

0,654

0,761 0,713 0,718 0,821 0,807 0,821 0,866 0,784 0,567 0,533 0,901 0,582

P1

P5

P9

P11

P12

P22

TP
310

TP
TP
321
304
& 347

TP
304L

TP
316

450

0,725 0,671 0,677 0,778 0,766 0,778 0,802 0,764 0,532

0,882

500

0,599 0,588 0,605 0,630 0,630 0,630 0,692 0,743 0,503

0,822

550

0,343 0,343 0,387 0,364 0,343 0,371 0,495 0,711 0,473

0,705

600

0,163 0,163 0,195 0,134 0,210 0,240 0,609 0,387

0530

151

TP
316L

5.4.5

Tabela para Seleo das Derivaes


TUBULAO RAMAL (mm)

DN

15

20

25

32

40

50

65

80 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 800 900 1000 1050

1050

1000

900

800

700

650

600

550

500

450

400

350

300

250

200

150

100

80

65

50

8/9 8/9 8/9 8/9 8/9

40

8/9 8/9 8/9 8/9

32

8/9 8/9 8/9

25

8/9 8/9

20

8/9

15

TUBULAO PRINCIPAL (mm)

LEGENDAS REFERENCIAIS USADAS PARA INDICAO DAS CONEXES


T biselado (forjado)
T roscado ou de encaixe
Meia luva roscada ou de encaixe
T de reduo biselado forjado
T biselado soldado
Boca de lobo
T de reduo biselado soldado
T de reduo ou t + reduo rosada
T de reduo ou t + reduo de encaixe

1
2
3
4
5
6
7
8
9

152

5.4.6 Flanges
TIPOS DE FLANGES

TIPOS DE FACEAMENTO DE FLANGES

Plana

Com ressalto

Junta de anel

Macho e fmea

DIMENSES DOS FLANGES SEGUNDO NORMA ANSI B.16.5

Para materiais, dimenses, quantidade de porcas e parafusos, ver pginas 212 e 213.
153

REFERENCIAIS NORMATIVOS DO ACABAMENTO DA FACE DE JUNO DOS FLANGES


A face do ressalto dos flanges pode ser especificada com seis acabamentos, conforme figura 3:

Figura 3 Acabamento do Ressalto da Face dos Flanges

1) RANHURA STANDARD - Espiral contnua com passo de 0,8 mm e raio de 1,6mm na ponta da
ferramenta para os flanges at 12 de dimetro nominal. Acima de 12 com passo de 1,2 mm e
raio de 3,2 mm.
2) RANHURA ESPIRAL - Espiral contnua em V de 90 com passo de 0,8 mm e profundidade de
0,4 mm.
3) RANHURA ESPIRAL - Conforme MSS-SP 6.
4) LISO - Acabamento liso na superfcie da juno.
5) RANHURA CONCNTRICA - Ranhura concntrica em V de 90 com a profundidade de
0,4 mm e distncia de 0,8 mm.
6) RANHURA CONCNTRICA - conforme MSS-SP 6.

154

PARMETROS PARA ESPECIFICAO DE FLANGES


- material do flange;
- tipo de flange;
- dimetro nominal do tubo;
- Schedule do tubo;
- tipo de face;
- acabamento da face de juno;
- classe de presso;
- norma do flange.

Notas:
1 - A norma ANSI B.16.5 define sete classes de presso para os flanges designadas pelos
valores 150 PSI, 300 PSI, 400 PSI, 600 PSI, 900 PSI, 1500 PSI e 2500 PSI.
Para cada uma dessas classes de presso, tem-se uma curva de interdependncia entre a
presso admissvel e a temperatura de cada material, conforme Normograma indicado na pgina
150.
2 - A norma dimensional para os flanges de dimetros < 24 de uso mais comum no Brasil a
ANSI B.16.5.
3 A norma AWWA a especificada para flanges com dimetros maiores que 24.
4 - A espessura da parede do tubo deve ser especificada quando o flange utilizado for do tipo de
pescoo ou de encaixe.
5 A rosca de flanges roscados deve ser especificada conforme um dos padres BSP ou NPT.
6 - O dimetro nominal do tubo e a classe de presso selecionada definem as dimenses dos
flanges.
7 O material dos flanges soldados deve ter soldabilidade adequada ao P Number do tubo.
8 Cordoalhas de cobre devem ser previstas para garantir a continuidade do potencial eltrico
em junes flangeadas, quando a junta de vedao dessas junes no for metlica.

NORMAS DE MATERIAL PARA OS FLANGES


Estas normas so aplicveis flanges forjados.
- temperatura quente moderada

ASTM A-105-73T;

- temperatura ambiente

ASTM-A-181-59T Grau I ou Grau II;

- temperatura elevada

ASTM-A-182-59T Grau F (vrios);

- temperatura baixa

ASTM-A-350-59T Grau LF1 ou LF3.

155

Presso
/cm2

admissvel

Kg

NORMOGRAMA DE PRESSES ADMISSVEIS NOS FLANGES VERSUS TEMPERATURA

Temperatura C
APERTO DOS PARAFUSOS NAS JUNES FLANGEADAS

Aperto inicial - Visa adaptar as juntas s faces do flange, amoldando-se s imperfeies.


Valores do Aperto Inicial:
- conexes flangeadas com juntas de borracha:
- conexes flangeadas com juntas de papelo hidrulico:
- conexes flangeadas com juntas metlicas:

na faixa de 25 a 40 bar
na faixa de 80 a 120 bar
na faixa de 200 a 400 bar

Aperto Residual - Visa combater o efeito da presso interna Pi na tubulao tendendo a separar
os flanges.
Valor do aperto residual:
na faixa de 1,5 a 2 x Pi.
Aperto Final Visa compensar os efeitos de dilatao devido aos gradientes trmicos.
Valor do aperto final:
ajustado na montagem.

156

5.4.7

Juntas para Flanges

JUNTAS NO METLICAS
Borracha Natural usada para gua, ar e
condensado at 60 C.
Borracha Sinttica usada para leos at
80 oC.
Materiais Plsticos usados para fluidos
corrosivos em baixas presses e
temperatura ambiente.
Papelo Hidrulico - juntas de amianto
comprimido, grafitado e com aglutinante
Existem vrios tipos normatizados para
trabalhar em temperaturas at 500oC, e
resistentes
a
cidos,
lcalis
e
hidrocarbonetos.

5.4.8

Figura 8 / Vlvulas culo

So empregadas quando se deseja um bloqueio absoluto na tubulao.


FIGURA 8

As vlvulas culo tem emprego equivalente aos da figura 8, porm so aplicadas para dimetro
de rede maiores que 750 mm.

157

5.4.9

Juntas de Expanso

Tipo Axial
1-Flange de chapa
2-Tubo terminal

ASTM A 36
ASTM A 36

Tipo Universal
3-Fole
AISI 316 L
4-Luva interna AISI 316 L

5-Isolamento fibra cermica

Casos em que se justifica o emprego de juntas de expanso:


- no caso do espao ser insuficiente para um traado da tubulao com flexibilidade;
- em tubulaes retilneas de dimetro grande (acima de 20) ou de material caro;
- em tubulaes sujeitas a vibraes de grande amplitude, ou ligadas a equipamentos que no possam
sofrer esforos transmitidos pela tubulao.
Movimento das juntas de expanso

FORA DE REAO DOS FOLES DAS JUNTAS EM FUNO DA PRESSO INTERNA


Esta fora pode ser estimada aplicando a expresso F = (d + h) x x P,
onde:
2

F fora de reao expresa em


Afole rea efetiva do foleexpressa em
d dimetro interno do fole expressa em
h altura do fole expressa em
P presso interna expressa em

(equao 63)

kgf
cm2
cm
cm
kgf/cm2

Exemplo: considerando uma junta de expanso axial de 20, com fole de 2066 cm 2 de
rea, sujeita a presso interna de 1,5 kgf/cm2, pede-se calcular a fora de reao F.
Soluo F 1,5 x 2066 = 3099 kgf
Esta fora poder ser anulada caso se substitua a junta axial por uma junta do tipo axial
auto compensada.

158

5.5 VLVULAS
CONCEITUAO
As vlvulas usadas para bloqueio, reteno, alivio ou controle de fluidos, so fabricadas com um corpo
abrigando um dispositivo de atuao no fluido circulante, e um castelo contendo o mecanismo de atuao
deste dispositivo. Esse castelo pode ser roscado diretamente ao corpo ou preso a ele por porcas de
unio ou ainda aparafusado. As extemidades do corpo podem ser flangeadas, roscadas oupar asolda de
encaixe ou de topo.
A atuao das vlvulas se faz por comando manual atrvs do uso de volantes ou alavancas, por uso de
fora motriz externa por meio de cilindros pneumticos ou motores eltricos, ou ainda utilizando a fora
hidrulica do prprio fluido, como o caso das vlvulas de reteno.
CARACTERIZAO DAS VLVULAS
De bloqueio: a carcterizao feita em funo do dispositivo de atuao no fluido:
- vlvula Gaveta
disco que se movimenta segundo o plano do castelo
- vlvula Macho
tronco de cone vazado com eixo de giro segundo a linha de centro do castelo
- vlvula Esferavariante da macho onde o tronco de cone foi substitudo por esfera vazada
- vlvula Globo
cone que se movimenta segundo o plano do castelo
o
- vlvula Angular
variante da globo considerando castelo girado a 45
- vlvula Agulha
variante da globo limitada ao dimetro de 2
- vlvula Borboleta
disco com eixo de giro segundo a linha de centro do castelo
De reteno: estas vlvulas permitem a passagem do fluxo em um s sentido.
Podem ser do tipo: portinhola, bipartida ou de pisto indicado para fluidos pulsantes e redes sujeitas
vibrao.
De alvio: estas vlvulas so angulares e usadas em sistemas de fluidos gasosos para alvio de presso.
So acionadas pela presso montante, que ao alcanar um valor ajustado, ultrapassa o valor da fora
calibrado por meio de uma mola de ajuste, descarregando o fluxo de gs, proporcionalmente aoaumento
da presso. A bitola de conexo de entrada do fluido sempre menor que a de sada e so fabricadas na
faixa de1 x 2 a 8 x 10. O orifcio de passagem do gs a ser descarregado padronizado segundo a
norma API RP 526, conforme indicado na pgina 98.
De segurana: idnticas s vvulas de alvio, porm usadas em sistemas de fluidos lquidos e de vapor.
As vlvulas de alvio ou de segurana podem ser instaladas em tubulaes ou em vasos de presso.
De controle: vide pgina 164.
REFERENCIAIS NORMATIVOS DE MATERIAIS USADOS NA FABRICAO DE VLVULAS
Para o corpo das vlvulas
Ao carbono fundido ASTM A 216
Ao carbono forjado ASTM A 105, ASTM A 181
Ao inoxidvel AISI 304, AISI 316, AISI 410
Ao laminado SAE 1020
Ferro fundido ASTM A 126
Ferro malevel ASTM A 197
Bronze ASTM B 61
Para o dispositivo de atuao.
Ao inoxidvel AISI 304, AISI 316, AISI 410
Bronze ASTM B 62

159

REFERENCIAIS NORMATIVOS PARA OS DIMENSIONAIS DAS VLVULAS


Estes referenciais normatizam as dimenses construtivas das vlvulas, fixam as condies de trabalho e
fixam tambm as condies dos testes de aceitao, conforme detalhado nas pginas 216 a 220.
Norma ANSI B 16.10 aplicvel s vlvulas flangeadas do tipo gaveta, globo e reteno em ao carbono,
ao forjado e ferro fundido nas classes de presso de 150 PSI a 2500 PSI, com dimetro at 24.
Norma API 6D aplicvel s vlvulas do tipo gaveta, esfera, macho e reteno em ao para oleodutos
nas classes de presso de 150 PSI a 2500 PSI.
Norma API 526 aplicvel s vlvulas de segurana, em ao, flangeadas nas classes de presso de 150
PSI a 2500 PSI.
Norma API 594 aplicvel s vlvulas de reteno do tipo wafer em ferro fundido nas classes de presso
de 125 PSI a 250 PSI e em ao fundido nas classes de 150 PSI a 2500 PSI.
Norma API 599 aplicvel s vlvulas do tipo macho, em ao, flangeadas ou para soldas de topo nas
classes de presso de 150 PSI a 2500 PSI.
Norma API 600 aplicvel s vlvulas do tipo gaveta, em ao, flangeadas ou para soldas de topo nas
classes de presso de 150 PSI a 2500 PSI.
Norma API 602 aplicvel s vlvulas do tipo gaveta, em ao de pequenos dimetros.
Norma API 604 aplicvel s vlvulas do tipo gaveta e macho, em ferro nodular, nas classes de presso
de 150 PSI a 300 PSI.
Norma API 609 aplicvel s vlvulas do tipo borboleta, em ferro fundido, na classe de presso de 125
PSI e em ao fundido na classe 150 PSI.
Norma API 598 aplicvel s inspees e testes de conformidade das vlvulas.
Norma ISA RP 4.1 referente padronizao dimensional das vlvulas de controle.

CLASSES DE PRESSO DAS VLVULAS


As mais usuais no Brasil so 150 PSI, 300 PSI, 400 PSI, 900 PSI, 1500 PSI e 2500 PSI.

RECOMENDAES PARA COMPRA DE VLVULAS


Os seguintes dados devero ser informados:
- quantidade / dimetro;
- tipo da vlvula;
- arranjo construtivo do castelo, roscado ou no;
- tipo de haste ascendente, com rosa interna ou com rosca externa, ver pgina 56;
- extremidade flangeada, roscada ou soldada;
- tipo de vedao, da haste e do castelo;
- norma dimensional e norma de material;
- norma de inspeo e teste;
- classe de presso;
- dimetro.

160

5.5.1 Recomendaes para seleo de vlvulas

No

Sim

Elevada

Todos os valores

Mdios e
grandes

No

Geral
mente

Mdia

Todos os valores

Pequenos
e mdios

Pode
ser

Sim

Baixa

Moderada

Borboleta

Lquido
ou gases

Pode
ser

Sim

Baixa

Moderada

Todos os
valores

sim

Sim

Em
geral
no

Diafragma

Lquido
ou gases

Sim

Sim

Baixa

Moderada

Pequenos
e mdios

No

No

No

Espao
ocupado

Todos os valores

Custo

No

Pequenos

Dimetro

Permite
comando
remoto?

Pode
ser

Muito
elevada

Temperatura

Mdio

Mdio

Baixo

Mdio

dificil
mente

Mdio

Mdio

Muito
elevada

dificil
mente

Alto

Pequeno

Muito
baixa

Sim

Baixo

Pequeno

Mdia

Sim

Alto

pequeno

Permite
comando
remoto?

Pode ser

Perda de carga
causada

No

Pode ser prova


de fogo?

Pode ser

No

Presso

Pode ser prova


de fogo?

Agulha

No

No

Faixa de

Perda de carga
causada

Globo em
y

no

Destina-se a
operao
freqente?

Gaveta
fecho rpido

No

Tem
fechamento de
estanque?

Lquidos
em geral
Lquidos
em geral
Lquidos
espesso
s ou
sujos e
pastas
Gases
em geral

Gaveta

Fluidos com
sedimentao
ou com slidos

Tipo de
Vlvula

Fluidos muito
corrosivos ou
muito txico

Fluidos a que se
destina

VLVULA DE BLOQUEIO

dificil
mente
dificil
mente

5.5.2

No

Pode ser

Pode ser
Pode ser

No
Sim

Baixa

Moderada

Todos os valores
Todos os valores
Baixa

Moderada

Sim

No

No

No

Sim

No

Pequeno
e mdio
Pequeno
e mdio
Pequeno
e mdio
Pequeno
Todos os
valores

Sim

No

No

Sim

Muito
elevada
Elevada
Mdia
Muito
elevada

Em
geral
no

Muito
baixa

dificil
mente
dificil
mente
dificil
mente
dificil
mente
Sim

Espao
ocupado

Pode ser

Todos os valores

Dimetro

Custo

Borboleta

No

Temperatura

Depende dos
materiais

Esfera

no

Presso

Destina-se a
operao
freqente?

Lquidos e gases

Globo
angular
Globo em
y

No

Faixa de

Tem
fechamento de
estanque?

Globo

Fluidos com
sedimentao
ou com slidos

Tipo de
Vlvula

Fluidos muito
corrosivos ou
muito txico

Fluidos a que se
destina

VLVULAS DE REGULAGEM MANUAL

Mdio

Mdio

Baixo

Mdio

Mdio

Mdio

Alto

Pequeno

Baixo

Pequeno

Clculo da perda de carga em vlvulas de regulagem manual

Aplicar a expresso do Technische Strmungslehre, pgina 120:

v 2 , (equao 64)

onde:

Vlvula
Borboleta

Esfera

Gaveta

perda em N/m2
velocidade em m/s
peso especfico em kg/m3, na condio do escoamento
fator de perda, conforme tabela abaixo

Figura

10

20

30

Fator de Perda
40
50
60

0,52

1,54

3,91

10,8

32,6

10

20

30

40

50

0,31

1,84

6,15

20,7

95,3

h/d

0,125

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

97,8

35

10

4,6

2,06

0,98

0,44

0,17

0,06

161

70

118

251

5.5.3

Dimensionamento de vlvulas de alvio instaladas em redes (conforme W. Burger )

PARA VAPOR SATURADO E SOBRE-PRESSO DE 10%


Aplicar a equao 46, conforme pgina 98.
PARA LQUIDOS E SOBRE-PRESSO DE 10%
Aplicar a expresso A = V x G / P d x 16,32,
onde:
rea requerida
A
em pol2;
de vazo
em gpm;
V
presso ajuste
P:
em psi g;
contra-presso
d:
em psi g.
gravidade especfica G:
em lb / pol3

(equao 65)

Nota: lembrar que 1,0 litro = 0,26 galo.


PARA GASES, SOBRE-PRESSO DE 10% E CONTRA-PRESSO < 55%
Aplicar a expresso A = Vg G T / 1,175 x C x P,
(equao 66)
onde:
rea requerida
A
em pol2
vazo
Vg
em Scfm
gravidade especfica; G
em lb / pol3
temperatura absoluta T
em oR (oF + 460)
constante do gs
C
conforme Tabela 1, pgina 163
presso de alvio,
P
presso de ajuste + sobre-presso + 14,7, em psia
5.5.3.1

Dimensionamento de vlvulas de alvio instaladas em tanques

Para este caso adotar o procedimento indicado no Item C.3 da norma API-RP520 que define a
rea do orifcio A pela expresso A = F1 A S / P1 ,
(equao 67)
onde:
rea do orifcio A:
rea exposta da superfcie do vaso AS:
presso do alvio P1: presso de ajuste + sobre-presso + 14,7,
Nota: valor mnimo recomendado pela API-RP 520 par o fator F1 =
Exemplo numrico considerando:
Vaso:
Dimetro externo do vaso = eixo maior do tampo:
Comprimento do vaso:
Presso de ajuste:

em pol2
em pe2
em psia
0,01.

cilndrico com duas calotas torrisfrcas


1,811 m = 5,942 pe
6,700 m = 21,981 pe
44,0 bar ou 638 psi

Calcular o orifcio
rea exposta das calotas: 2,61 x DE2 = 2,61 x 5,9422 =
rea exposta do cilindro: x DE x L = x 5,942 x 21,981=
rea exposta total: 92,138 + 410,126 =
Orifcio: 0,01 502,264 638 63,8 14,7 =0,187 pol2
162

92,138 pe2
410,426 pe2
502,264 pe2.
orifcio E, vlvula 1x 2.

TABELA 1 CONSTANTE C PARA VAPORES E GASES


Referncia:
dimensionamento e seleo de vlvulas de segurana e alvio W.BURGER, pgina. 11.
GS ou VAPOR
Acetaldeido
cido Actico
Acetileno
Ar
Amnia
Argnio
Benzeno
Butadieno
N-Butano
Isso-Butano
Dixido de Carbono
Dissulfeto de Carbono
Monxido de Carbono
Cloro
Etano
Etileno
lcool Etlico
Cloreto Etlico
Freon II
Freon 12
Freon 114
Hlio
N-Heptano
N-Hexano
Hidrognio
Cloreto de Hidrognio
Sulfeto de Hidrognio
Metano
lcool Metlico
Butano Metlico
Cloreto Metlico
Gs Natural
Nitrognio
N-Octano
Oxignio
N-Pentano
Fenol
Propano
Propileno
Dixido Sulfuroso
Stireno
Tolueno

C
323
324
334
347
339
369
321
321
317
320
337
330
347
343
326
332
322
328
323
323
317
368
313
314
348
348
340
339
329
316
329
335
347
313
347
315
338
322
324
337
315
317

K
1,14
1,15
1,26
1,40
1,31
1,67
1,12
1,12
1,09
1,11
1,29
1,21
1,40
1,36
1,19
1,24
1,13
1,19
1,14
1,14
1,09
1,66
1,05
1,06
1,41
1,41
1,32
1,31
1,20
1,08
1,20
1,27
1,40
1,05
1,40
1,07
1,30
1,13
1,15
1,29
1,07
1,09

163

M
44,05
60,05
26,04
28,97
17,03
39,94
78,11
54,09
58,12
58,12
44,01
76,13
28,00
70,91
30,07
28,05
46,07
64,50
137,37
120,92
170,93
4,00
100,00
86,17
2,02
36,47
34,08
16,04
32,04
72,15
50,48
19,00*
28,02
114,22
32,00
72,15
94,00
44,09
42,08
64,06
104,14
92,13

5.5.4

Vlvulas de Controle

Funcionamento
O controle de presso pela vlvula baseia-se no
equilbrio entre duas foras atuantes em sentidos
opostos no eixo que sustenta o obturador.
Uma delas exercida por uma mola calibrada
localmente e que tende a abrir a vlvula.
A segunda gerada por um fluxo de ar comprimido
ou nitrognio ou do prprio fluido cuja a presso se
deseja controlar, atuando sobre um diafragma
flexvel solidrio ao eixo e que tende a fechar a
vlvula.
Conforme regulagem da mola ajusta-se
resultante ideal para o controle desejado.

importante conhecer as curvas de abertura das


vlvulas para se definir o controle desejado; essas
curvas em nmero de quatro, conforme norma ISA
75.11 esto indicadas no normograma abaixo.:

curva 1 vlvula de gaveta comum


curva 2 igual percentagem
curva 3 abertura rpida
curva 4 linear
A curva 2 no indicada quando ocorrer no processo
variaes abruptas de: vazo e/ou presso, com
freqncia.
As curvas 3 e 4 so indicadas para situaes
processuais no atendidas pela curva 2.

Notas:

1 O projeto de instalo da vlvula dever ser feito, conforme figura 9 na pgina 96.
2 - O nvel de rudo da vlvula dever ser verificado segundo as normas:
Norma ISA 75.17;
Norma IEC-60534-8-4.
3 - A classe de vedao da vlvula dever ser definida conforme norma ANSI / FCI 70-2.

164

DIMENSIONAMENTO VLVULAS DE CONTROLE CONFORME NORMA ISA 75.01


Para o dimensionamento das vlvulas de controle dever ser calculado o coeficiente de vazo
CV, definido como a vazo em m3/s que cria uma perda de carga de 1 bar atravessando a vlvula
totalmente aberta.
Para vlvulas operando com fluidos lquidos, o CV calculado em funo do na vlvula.

G f P

Se P for menor que Cf2 x PS

CV = 1,16 x q x

Se P for maior ou igual que Cf2 x PS

CV = (1,16 x q Cf) x


s = 1 - 0,96 0,28 v x Pv
c

(equao 68)

Gf

(equao 68a)

(equao 69)

onde:
Cf fator de fluxo crtico

conforme tabela 2, pgina 166

perda de presso (1-2)

em bar

1presso montante da vlvula

em bar absoluto

2presso jusante da vlvula

em bar absoluto

cpresso crtica

em bar absoluto, conforme tabela 3, pgina 166

v presso de vapor do lquido na temperatura em bar absoluto, conforme tabela 5, pg. 132
Gfgravidade especfica do lquido na temperatura do escoamento
q vazo do liquido

em m3/h

CV para vlvulas operando com fluidos gasosos


se

0,5 Cf 1

CV=

Q
G T

295
1 2

(equao 68b)

se

0,5 Cf 1

CV=

Q G T
257 Cf 1

(equao 68c)

onde:
Cf

fator de fluxo crtico, conforme tabela 2, pgina 166

gravidade especfica do gs

presso jusante da vlvula

em bar absoluto

presso montante da vlvula

em bar absoluto

perda de presso (1-2)

em bar

vazo do gs

em Nm3/h

temperatura do fluxo

em K (273 + oC)

165

TABELA 2
Tipo de
Vlvula

FATOR DE FLUXO CRTICO NA ABERTURA TOTAL


Tamanho do
Obturador

Fluxo

Cf

KC

Cfr
d / D > 1,5

XT

Para abrir
Para fechar

0,85
0,90

0,58
0,65

0,81
0,86

0,61
0,68

Para abrir
Para fechar

0,80
0,90

0,52
0,65

0,80
0,90

0,54
0,68

Para abrir
Para fechar

0,68
0,85

0,35
0,60

0,65
0,80

0,39
0,61

Para abrir
Para fechar

0,70
0,88

0,39
0,62

0,70
0,87

0,41
0,65

Sede dupla em V

0,90
0,98

0,70
0,80

0,86
0,94

0,68
0,81

Sede dupla em V

0,80
0,95

0,31
0,73

0,80
0,94

0,54
0,76

Para Fechar
Para abrir

0,80
0,75

0,51
0,46

0,77
0,72

0,54
0,47

Para Fechar
Para abrir

0,80
0,90

0,52
0,65

0,80
0,89

0,54
0,68

Srie
2000
B

Vlvula
Camflex
B

Srie
1000

Globo
B

REFERNCIA: Masoneilan Handbook for Control Valve Sizing Pgina 7.

TABELA 3

CONSTANTES TERMODINMICAS CRTICAS E DENSIDADE

Elemento ou Composto
Acetileno C2H2
Ar, O2 +N2
Amnia, NH3
Argnio, A
Benzeno, C6H6
Butano, C4H10
Dixido de Carbono, CO2
Monxido de Carbono, CO
Tetracloreto de carbono
Cloro, CI2
Etano, C2H6
Etileno, CH2 - CH2
Eter Etil, C2H5- O-C2H5
Flor, F2
Helio, He
Heptano, C7H16
Hidrognio, H2
Isob, CH3) 2 CH-CH3
Metano, CH4
Nitrognio, N2
Oxignio, O2
Propano, C3H8
gua, H2O

Presso Crtica Pc

psi a

bar a

911
547
1638
705
701
529
1072
514
661
1118
717
742
522
367
33.2
394
188
544
673
492
739
617
3206

62,9
37,8
113,0
48,6
48,4
36,5
74,0
35,5
45,6
77,0
49,5
51,2
36
25,3
2,29
27,2
13,0
37,5
46,4
34,0
50,4
42,6
221,0

166

Temperatura Crtica - Tc
o

97
-222
270
-188
552
307
88
-218
541
291
90
50
383
-*247
-450
513
-400
273
-117
-233
-182
207
705

36
-141
132
-122
289
153
31
-139
283
144
32
10
195
-155
-268
267
-240
134
-83
-147
-119
97
374

Densidade
3
o
Ib/ft 60 F
0.069
0,0764
0,045
0,105
54,6
0,154
0,117
0,074
99,5
0,190
0,080
0,074
44,9
0,097
0,011
42,6
0,005
0,154
0,042
0,074
0,084
0,117
62,34

EXEMPLO NUMRICO - CLCULO DO CV DE VLVULAS CONTROLADORAS DE PRESSO


Considerando:
fluido
oxignio
vazo
96.000 Nm3 / h
presso de entrada
18,35 bar absoluto
presso de sada
16,07 bar absoluto
( P1 - P2)
2,28 bar
temperatura
40 oC = 313 oK
gravidade especfica
1,105
obturador
tipo A - srie 1000
Calcular o CV da vlvula
Verificao do fluxo: 0,5x C2f x P1= 0,5x0,92x18,35=7,43. Como =2,28<7,43, o fluxo subcrtico.
Clculo do CV:

96.000

295

313 1,105
683,
2,28 18,35 16,07

Verificao do CVi, instalado:


Esta verificao feita aplicando-se a expresso CVi CV Fp

(equao 70)

onde:
CVi

Fp = [( K1 + K2) x (Cd2 / 890) + 1]-0,5


Cd = CV d2
d:
2 2
K1=0,5 x [1- (d /Di) ]
2 2
K2=1,0 x [1- (d /Di) ]
Di

coeficiente de vazo de vlvula instalada


fator de correo devido s redues
Cd: capacidade unitria da vlvula
dimetro da vlvula em polegadas
coeficiente de resistncia devido a reduo de entrada
coeficiente de resistncia devido a reduo de sada
dimetro interno do tubo em polegada

Exemplo numrico
Uma vlvula de controle de dimetro 10 com CV 581 instalada em rede de 16 e outra de
dimetro 4 com CV 195 instalada em rede de 8, podem substituir uma vlvula de 12 om CV
683, instalada em rede de16?
1a. verificao:
Quanto ao CV =

581 + 195= 776>683 OK.

2a. verificao:
Quanto instalao da vlvula de 10
Cd: 581 102=
K1: 0,5 x [1- (10 /16)2]2=
K2: 1,0 x [1- (10 /16)2]2=
Fp: [( 0,186 + 0,371) x (5,812 / 890) + 1]-0,5=
CVi : CV x Fp = 581 x 0,989 =

5,81
0,186
0,371
0,989
574,9

Quanto instalao da vlvula de 4


Cd: 195 42 =
K1: 0,5 x [1- (4 /8)2]2=
2 2
K2: 1,0 x [1- (4 /8) ] =
Fp: [( 0,281 + 0,563) x (12,192 / 890) + 1]-0,5

12,19
0,281
0,563
0,936

CVi : CV x Fp = 195 x 0,936 =

182,5

Concluso: como 574,9 + 182,5=757>683

OK.
167

5.5.5 Vlvulas Especiais - Tipo Selo dgua


Aplicveis em tubulaes de gases de dimetros iguais ou maiores que 500 mm, figura 4.

Figura 4 Selo dgua


Tabela Dimensional do Selo dgua para presses at 1500 mm de coluna dgua.
Dimetro
Nominal do
Tubo
Principal
500
600
700
800
900
1.000
1.200
1.400
1.500
1.600
1.800
2.000
2.200
2.400
2.600
2.800
3.000
3.200
3.400
3.600
3.800
4.000

Dimetro
Externo
(mm)

Espessura
e
(mm)

R
(mm)

L
(mm)

A
(mm)

B
(mm)

E
(mm)

d1
(pol)

d2
(pol)

508,0
609,6
711,2
812,8
914,4
1.016,0
1.220,0
1.420,0
1.524,0
1.620,0
1.828,8
2.032,0
2.235,2
2.438,4
2.620,0
2.820,0
3.020,0
3.220,0
3.420,0
3.620,0
3.820,0
4.020,0

6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
8
8
8
8
8
8
8
8

750
900
700
800
900
1.000
1.200
1.400
1.500
1.600
1.800
2.000
2.200
2.400
2.600
2.800
3.000
3.200
3.400
3.600
3.800
4.000

2.300
2.400
2.500
2.600
2.700
2.800
3.000
3.200
3.300
3.400
3.600
3.800
4.000
4.200
4.400
4.600
4.800
5.000
5.200
5.400
5.600
5.800

2.194
2.425
2.252
2.425
2.598
2.771
3.118
3.464
3.637
3.811
4.157
4.503
4.850
5.196
5.543
5.889
6.235
6.582
6.928
7.275
7.621
7.967

1.147
1.209
1.065
1.094
1.122
1.150
1.207
1.265
1.292
1.3.22
1.378
1.434
1.491
1.548
1.611
1.669
1.726
1.784
1.842
1.900
1.958
2.015

400
500
550
600
650
750
850
950
1.000
1.050
1.150
1.350
1.450
1.550
1.650
1.750
1.900
2.000
2.100
2.200
2.300
2.400

2
3
3
3
3
4
4
4
4
4
4
6
6
6
6
6
8
8
8
8
8
8

3
4
4
4
4
6
6
6
6
6
6
8
8
8
8
8
10
10
10
10
10
10

Nota: estas dimenses so bsicas e apenas referenciais para o projeto do selo.


168

VLVULA ESPECIAIS PARA POLPAS ABRASIVAS


- vlvula tipo diafragma: nesta vlvula o bloqueio do fluido processado atravs de um diafragma
flexvel que apertado contra a sede por meio de mecanismo externo resultando na compresso
do fluido e conseqente paralizao do fluxo.
- vlvula tipo mangote: uma variante da vlvula diafragma tendo como mecanismo de atuao
um fluxo de ar comprimido gerando uma compresso circunferencial de fora para dentro do
mangote e consequentemente paralizando o fluxo.
VLVULA ESPECIAIS PARA ADMISSO E EXPULSO DE AR
So chamadas ventosas, de simples ou de duplo efeito. As de simples efeito so previstas para
liberao de fluxos de ar e as de duplo efeito para liberao e admisso de ar.
So providas de duas esferas de tamanhos distintos; a maior posicionada em uma cmara
provida de grande abertura e comprimida contra ela; a menor em uma segunda cmara provida
de um orifcio. Esta esfera est levemente encostada neste orifcio. Na hiptese de esvaziamento
da rede cria-se uma depresso e ambas as esferas so deslocadas de sua posio de repouso
permitindo a entrada de ar. Caso contrrio durante o enchimento cria-se uma sobrepresso
provocando o retorno dessas esferas s suas posies originais, permitindo nesse deslocamento
a sada de ar at que o fluxo de gua atinja o corpo da vlvula quando ento, cessa o movimento.

5.5.6

Atuadores / Posicionadores de Vlvulas Remoto Operadas

Como j citado os atuadores das vlvulas remoto operadas podem ser cilindros pneumticos ou
motores eltricos, ambos atuando nas vlvulas por meio de posicionadores engrenados ou no,
previstos para processar movimentos rotativos de at 90 ou retilneos correspondentes ao curso
total entre as posies de abertura total e fechamento pleno. Isto resulta nas posies
operacionais de vlvula aberta, vlvula fechada ou regulao contnua.

DADOS PARA ESPECIFICAO DOS POSICIONADORES


Conforme o tipo do atuador os seguintes dados so necessrios, quando aplicveis:
- tipo da vlvula;
- torque mximo;
- tempo de fechamento / abertura;
- curso total entre as posies aberta e fechada;
- velocidade de operao;
- nmero de operaes por hora / por dia;
- indicador de posio;
- tenso de comando;
- classe de proteo do motor;
- resistncia de aquecimento contra condensao;
- presso de ar comprimido;
- dimetro das conexes de ar comprimido;
- conjunto lub-re-fil.

169

5.6 PURGADORES
PURGADORES MECNICOS
So do tipo de bia e de panela invertida e operam por diferena de densidade.
PURGADOR DE BIA
Descrio funcional
O volume do liquido acumulado fora um movimento ascendente da bia; atingido o nvel de
descarga; a sada liberada, e o volume do liquido condensado lanado ao exterior.

Aplicao: para descargas de vapor nas sadas de trocadores de calor.


PURGADOR DE PANELA INVERTIDA
Descrio funcional:
O vapor dirigido panela invertida, expulsando o volume de gua nela contida, fazendo-a
flutuar e fechando a vlvula de sada. A continuidade do fluxo de vapor provoca por sua
condensao o enchimento da panela, abrindo a vlvula e liberando o fluxo decondensado.

Aplicao: drenagem de tubulaes de vapor para quaisquer valores de presso e temperatura.


Ressalvas quanto ao uso destes purgadores:
- para entrar em operao o purgador precisa estar cheio de gua, escorvado;
- a eliminao do ar moderada e s ocorre se a sada de condensado no for contnua.

170

PURGADORES TERMOSTTICOS
So do tipo de expanso metlica e de fole e operam por diferena de temperatura.
PURGADOR DE EXPANSO METLICA
Descrio funcional
Funcionam pela diferena de temperatura que existe na mesma presso, entre o vapor e o
condensado.

Aplicao: eliminao de ar e outros gases incondensveis nas linhas de vapor de grande


dimetros.
PURGADOR TERMOSTTICO DE FOLE
Aplicao: utilizado em baixas presses at 3,5 MPa, e
principalmente quando existe grande volume de ar a
eliminar.
Ressalvas
- no servem para operar com vapor superaquecido;
- a descarga do condensado intermitente e demorada;
- a perda de vapor grande.

171

PURGADORES TERMODINMICOS
Descrio funcional
O fluxo de vapor chegando ao purgador, no primeiro momento levanta o disco e liberado para o
exterior. A seguir este fluxo provoca na parte inferior do disco baixa presso, segundo Bernouilli
causando o fechamento. Esta condio permanecer at que o vapor se condense por
resfriamento, quando ento o fluxo de condensado ser liberado.

Purgador fechadondo
Chegada de vapor

Purgador aberto
Descarga de condensado

Aplicao: drenagens de linhas de vapor e linhas de aquecimento desde que a quantidade de


condensado no seja muito grande.
Ressalva
- no deve ser usado quando a contrapresso do condensado ultrapassar 50% da presso do
vapor.
5.6.1

Fatores de Seleo e de Dimensionamento dos Purgadores de Vapor

- presso e temperatura do vapor na entrada do purgador;


- tipo de descarga do condensado aberta ou fechada, presso e temperatura do condensado,
quando o sistema for fechado;
- quantidade de condensado a ser eliminado;
- perda admitida de vapor vivo;
- possibilidade de golpes de ariete na tubulao.
Notas:
- para determinao da presso do vapor na entrada do purgador deve-se considerar as perdas
de cargas existentes a montante do purgador. O mesmo cuidado deve-se ter na determinao
da presso do condensado nos sistemas fechados.
- se as condies de presso do vapor ou do condensado forem variveis, o purgador dever ser
selecionado para a mnima presso de vapor e para a mxima presso do condensado.
- para determinao da vazo de condensado, ver pgina 94.
172

5.6.2 Comparativo entre os Tipos de Purgadores

Tipo

Presso
mxima do
vapor
2
kgf/cm

Capacidade
mxima
kg/h

Permite
descarga
continua

Eliminao
do ar

Resistncia a
golpes de
arete

Perda de
vapor

Necessidade
de
manuteno

Bia

35

50.000

Sim

Pode ser

No

Pouca

Regular

Panela invertida

180

15.000

No

Sim

Sim

Pouca

Bastante

Expanso metlica

50

4.000

Pode ser

Sim

Sim

Bastante

Regular

Termodinmico

100

3.000

No

Sim

Sim

Regular

Quase
nenhuma

Nota: para qualquer purgador a capacidade de eliminao de condensado sempre funo


da presso diferencial atravs do purgador e da temperatura do condensado.
5.6.3 Aplicaes de Purgadores

Tipos
recomendados

Coeficiente de segurana

BC

CB

BC

CB

CB

Presses > 0,1 Mpa

Altas vazes
4.000 kg / h

Vazo constante

A B

Vazo varivel

AB

Mdias e baixas
vazes < 4000 kg / h

Vazo constante

AB

Vazo varivel

CA

Servio

Condies de trabalho

Vapor saturado
Drenagem de
tubulao de vapor
com retorno de
condensado
Vapor
superaquecido

Drenagem de
tubulao de vapor
com descarga
aberta
Aquecimento de
tubulaes

Serpentinas de
tanques

Vapor
superaquecido ou
saturado

Alta presso
> 2Mpa
Mdia presso = 2
Mpa
Baixa presso
< 0,2 Mpa
Alta presso
> 2Mpa
Mdia presso
= 2 Mpa
Baixa presso
< 0,2 Mpa
Presses 0,1 MPa

Legendas referenciais par aseleo dos purgadores


- purgador de bia
- purgador de panela invertida
- purgador termosttico
- purgador termodinmico

A
B
C
D

173

5.7

SUPORTES DE TUBULAO

CLASSIFICAO DOS SUPORTES QUANTO LIMITAO DOS MOVIMENTOS


Suportes Guia - dispositivos que permitem movimento em apenas uma direo.

Suportes de ancoragem - dispositivos que impedem movimentos em quaisquer direes.

174

CLASSIFICAO QUANTO SUSTENTAO DAS CARGAS


Suportes de mola com carga fixa dispositivos que permitem movimento vertical atravs da ao
de alavancas. A capacidade do suporte constante.

APLICAES:
- grandes deslocamentos 150 mm;
- quando a carga suportada for muito grande;
- quando a colocao de um suporte de carga
varivel resultar em variao de carga
superior a 12%, conforme indicado na
anlise funcional.
Suportes de mola com carga varivel dispositivos em que a fora de compresso da mola
aumenta medida que aumenta o deslocamento, o que acarreta alteraoes no caregamento de
suportes vizinhos. Esta alterao deve ser limitada conforme discutido na anlise funcional que se
segue.

Figura 5 - Suporte de Mola com Carga Varivel


175

ANLISE FUNCIONAL DE UM SUPORTE DE MOLA


Os suportes de mola so especificados pela relao entre a
carga suportada e a deformao causada na mola, chamada de
Constante de Mola.
Suponhamos uma mola enrolada no dimetro de 103mm,
fabricada com um arame de ao de 1/2, com comprimento livre
de 407mm e quando totalmente comprimida (comprimento slido)
186mm.
Considerando que para esta compresso foi necessria a
aplicao de uma fora de 466 kg, a constante de mola ser
466 (40,7 18,6) = 21,1 kgf/cm.
Suponhamos uma tubulao pesando 185kg apoiada nesta mola.
A compresso a que a mola ficar submetia ser
185 21,1 = 8,8 cm e o comprimento da mola passar a ser
40,7 8,8 = 31,9 cm.
Em funo deste encurtamento esta mola antes de ser instalada,
dever ser pr-comprimida por meio de calos at o comprimento
31,9 cm. Estes calos s podero ser removidos quando o suporte
de mola estiver instalado.
Admitindo-se que esta tubulao pesando 185 kg, quando for
aquecida se desloque verticalmente 1,5cm.
Esta ocorrncia ir aliviar a carga atuante na mola em
1,5 x 21,1 = 31,6 kg.
Esta carga ser ento transmitida aos suportes vizinhos, e o
esforo na mola passar a ser
185 31,6 = 153,4 kg.

A carga de 31,6 kg, transmitida aos apoios vizinhos, define um


percentual de 17% maior que os 12% permitido. Torna-se
necessrio aumentar a pr-compresso a frio a fim de que o limite
de 12% no seja ultrapassado. Assumindo uma compresso de 9,4
cm o esforo conseqente ser :
9,4 x 21,1 = 198,34 kg.
Obviamente na condio a frio a mola estar suspendendo a
tubulao. Porm a quente o esforo na mola ser:
198 31,6 = 166,74 kg
A diferena 185 166,74 = 18,26 kg continuar sendo transmitida
aos suportes vizinhos, porm o percentual ser apenas de 10%.

176

5.8

DIMENSIONAMENTO DE TUBULAES

CLCULO DE DIMETROS
REDES CONDUTORAS DE FLUIDOS LQUIDOS
Aplicar a equao 8, pgina 57. onde:
REDES CONDUTORAS DE FLUIDOS GASOSOS
Neste caso, aplica-se a mesma expresso para fluidos lquidos, equao 8 porm a vazo dever ser
previamente corrigida para as condies de presso e temperatura do escoamento, aplicando a
expresso:
P x V /T = Pn x Vn / Tn,

(equao 71)

onde:
P: presso de escoamento absoluta
Pn: presso normal
V: vazo escoada
Vn: vazo normal
T: temperatura de escoamento
Tn: temperatura normal

em kgf / cm2
em kgf / cm2
em m3 / s
3
em Nm / s
em K
em K

VELOCIDADES DE ESCOAMENTO RECOMENDADAS


No clculo dos dimetros a velocidade, funo do fluido escoado deve seguir os referenciais:
Fluido em escoamento

Velocidade recomendada

gua em instalaes industriais


gua em alimentao de caldeiras
gua salgada
ar comprimido
acido sulfrico
1,0 a 1,2 m / s
acetileno
cloro lquido
cloro gasoso
tetra-cloreto de carbono
hidrocarbonetos lquidos em suco de bombas
hidrocarbonetos lquidos em recalque de bombas
hidrocarbonetos gasosos
oxignio gasoso
soda custica com concentrao de 0 a 30%
soda custica com concentrao de 30 a 50%
soda custica com concentrao de 50 a 75%
vapor saturado at 2 kg / cm2 saturado
vapor na faixa de presso de10 a 20 kg / cm2
vapor com presso superior a 20 kg / cm2

177

2,0 a 3,0 m / s
4,0 a 8,0 m / s
1,5 m / s mximo
15 a 20 m / s
20 a 25 m / s
1,5 a 2,0 m / s
15 a 20 m / s
2,0 m / s
1,0 a 2,0 m / s
1,5 a 2,5 m / s
25 a 30 m / s
15 a 20 m /s
2,0 m / s
1,5 m / s
1,2 m / s
20 a 40 m / s
40 a 80 m / s
60 a 100 m / s

EXEMPLO NUMRICO PARA O CLCULO DE DIMETROS DE TUBULAES DE LQUIDOS


Considerando:
fluido
vazo:
velocidade:

gua potvel
500 l / min (0,0083 m3 / s)
2,0 m / s

Calcular o dimetro
dn =

4 0,0083 100

2,86" dimetro comercial adotado 2 com di = 59,2 mm


2,0
2,54

Correo da velocidade:

4 0,0083
0,05922

v 3,03 m / s

Como o valor calculado 3,03 m/s ultrapassa os 3,00 m/s sugerido como teto superior. o dimetro
comercial adotado dever ser reconsiderado para 3 com di= 77,9 mm.
EXEMPLO NUMRICO PAR AO CLCULO DE DIMETROS DE TUBULAES DE GASES
Considerando:
fluido
presso do escoamento
temperatura de escoamento
vazo
temperatura normal
presso baromtrica local
presso normal
velocidade

Oxignio
7,00 kgf / cm2
30 C
3
10000 Nm / h
20 C
1,00 kgf / cm2
1,03 kgf / cm2
15,0 m / s

Calcular o dimetro
Correo da vazo

1,03 10000 7,00 1,00 V

1326,4 m3 / h
273 20
273 30

Clculo do dimetro:
dn :

4 1326,4
100

6,96" dimetro comercial adotado 6 com di = 154,2 mm


15 3600 2,54

Correo da velocidade:

4 1326,4
v 19,78 m/s
0,15422 3600

Como o valor 19,78 m/s inferior aos 20 m/s sugerido como teto superior, o dimetro comercial adotado
de 6 fica aceito.

178

CLCULO DA ESPESSURA DA PAREDE DOS TUBOS


A espessura ser calculada conforme norma referencial ANSI / ASME B 31, aplicando a equao
21 citada na pgina 57.
Nesta equao os valores do coeficiente de eficincia de solda E devero ser escolhidos conforme
abaixo:
E=1,00 - para tubos sem costura e com costura por solda de topo, totalmente radiografada.
E=0,90 - para tubos com costura por solda de topo, radiografia parcial.
E=0,85 - idem, sem radiografa, solda pelos dois lados.
E=0,80 - idem, idem, solda por um s lado.
Da mesma forma nesta equao os valores do coeficiente de reduo Y, de acordo com o material e
temperatura, devero ser escolhidos conforme abaixo.
Y=0,40 - para tubos de ao carbono e aos ferrticos, em temperaturas at 485 C.
Y=0,00 - para tubos de ferro fundido.
Os valores da sobre-espessura de corroso C devero ser
- 1,2 mm: valor mnimo para a sobre espessura de corroso
- 2,0 mm: valor recomendado para tubos em servios de mdia corroso
Convm relembrar que a equao 21 no poder ser aplicada quando a expessura calculada ultrapassar
o valor do dimetro externo do tubo dividido por 6 ou quando a presso interna do projeto dividida pela
tenso admissvel da temperatura for maior que 0,385.
EXEMPLO NUMRICO PARA O CLCULO DE ESPESSURAS DE PAREDE DE TUBOS
Considerando:
dimetro nominal do tubo
dimetro externo do tubo
material
tenso admissvel
presso interna de projeto
coeficiente E
coeficiente Y
sobre-espessura C

8
21,9 cm
ASTM A 106 Gr. A
1125 kgf / cm2
56 kgf / cm2
1,0
0,4
0,12 cm

Calcular a espessura da parede


t: 56 21,9/21125 1 56 0,4 0,12 0,654 cm. Considerando a tolerncia de fabricao de
12,5% a espessura t mnima ser:0,654 x 1,125 cm = 0,735 cm.
Verificaes
- como D/6 = 21,9 / 6=3,65 cm, tem-se:0,735 < 3,65
- como P/Sh (21/1125= 0,005, tem-se 0,005< 0,385
- a espessura calculada pode ser assumida. Est CONFORME.

179

CLCULO DA PERDA DE CARGA


SEQNCIA DE CLCULO SUGERIDA PARA REDES CONDUTORAS DE FLUIDOS LQUIDOS
- determinar o limite inicial e o limite final do trecho
- definir o comprimento do trecho
- definir a velocidade de escoamento
- definir o dimetro interno
- definir a viscosidade cinemtica do fluido na temperatura.
- calcular o nmero de Reynolds.
- calcular a rugosidade relativa.
- calcular o fator de frico.
- definir o comprimento equivalente.
- calcular a perda de carga no trecho.
Clculo do Nmero de Reynolds aplicar a equao 22, Re = v di / .
Clculo da rugosidade relativa aplicar a expresso

E = E q / di ,
onde:

(equao 72)

Eq: rugosidade equivalente em mm, ver pgina 58


di : dimetro interno em mm
E: rugosidade relativa
Clculo do Fator de Frico aplicar a equao 23, 1/ f 2 log

E / d 3,7 2,51/ R

Clculo da Perda de Carga no trecho aplicar a equao 24 f

L V2

,
di 2g

Resalvas
O clculo que define a perda de carga considera que:
- o escoamento se processe em regime permanente;
- o fluido seja homogneo;
- a seo transversal da tubulao seja constante e perfeitamente circular.
- as perdas de cargas nas conexes e nos acessrios sejam fornecidas em comprimentos equivalentes
de tubo reto no mesmo dimetro
- no caso do dimetro da tubulao ser maior que 14, a perda de carga nas conexes e nos
acessrios ser definida em funo da constante do acessrio.

Notas:
- paraos valores da rugosidade relativa E, ver pgina 58.
- par aos valores da constante K, ver pgina 59.
- para os valores dos comprimentos equivalentes, ver pgina 59.

180

SEQNCIA DE CLCULO SUGERIDA PARA REDES CONDUTORAS DE FLUIDOS


GASOSOS
- determinar o limite inicial e o limite final do trecho;
- definir o comprimento do trecho;
- definir o desnvel geomtrico;
- definir a velocidade de escoamento;
- definir o dimetro interno;
- obter o fator de compressibilidade do gs;
- calcular o peso especfico do gs nas condies do projeto;
- definir o peso especfico do ar atmosfrico nas condies locais;
- calcular o nmero de Reynolds;
- definir a rugosidade relativa;
- calcular o fator de frico;
- definir os comprimentos equivalentes;
- calcular a presso residual;
- calcular a perda de carga.
Corrigir o peso especfico do gs, aplicando a equao 11 gas
Clculo da presso residual do gs.
2
2
P Pr
L v2
Aplicar a expresso: i
f
gas H gas ar ,
Pi
d i 2g
onde:
ar : peso especfico do ar na condio local
gas : peso especfico do gs na condio do escoamento
H: desnvel geomtrico
Pi: presso absoluta inicial
Pr: presso absoluta residual
L: comprimento da tubulao
di: dimetro interno do tubo
v: velocidade de escoamento
f: fator de frico
Clculo da perda de carga
2
Aplicar a expresso = Pi Pr em kgf / cm

N P TN
Z PN T

(equao 73 )
em kgf/ m3
em kgf/ m3
em m
em kgf / m2
em kgf / m2
em m
em m
em m/s

(equao 74)

Observaes:
1 Lembrar que no caso de escoamento de fluidos gasosos as propriedades termodinmicas do
gs variam em funo da presso e da temperatura.
Isto cria um problema para o clculo da perda de carga. Para respeitar essa propriedade dos
gases e ao mesmo tempo viabilizar o clculo, assume-se como constante estas proprieddades
na faixa de variao de presso de at 0,30 kgf/cm2.
Assim toda vez que a perda de carga calculada ultrapassar esse limite, refaa o clculo dividindo
2
o trecho em mdulos de equivalentes a 0,30 kgf/cm .
2 Sobre a viscosidade, lembrar que:
= viscosidade dinmica ou absoluta expressa em kg/m x s
= viscosidade cinemtica expressa em m2 / s

181

EXEMPLO NUMRICO PARA O CLCULO DA PERDA DE CARGA EM REDES DE LQUIDO


Considerando:

- comprimento da tubulao

50m

- comprimento da tubulao

50m
1,007 x 10 6 m2 / s

- viscosidade dinmica
- rugosidade equivalente

0,36mm
14

- dimetro nominal
- dimetro interno

0,3334m

- schedule

40

- conexes

2 tee de passagem

- vlvula

01 vlvula gaveta aberta

- velocidade de escoamento

2,43 m / s

- peso especfico do fluido

1000 kgf / m3

Calcular a perda de carga

-6

Clculo do Reynolds: 2,43 x 0,3334 / 1,007 x 10 =

8,05 x 10

Clculo da rugosidade relativa: 0,36 / 333,4 =

0,0010

0,0010
2,51

8,05 105 f
3,7

Clculo do fator de frico: 1/ f 2 LOG

= 0,02

Clculo do comprimento equivalente, conforme tabela pgina 59.


- para a conexo tee de passagem, dimetro 14, o comprimento equivalente de 7,3m.
- para a vlvula gaveta, aberta, dimetro 14 , o comprimento equivalente de 2,4m.
Logo, o comprimento equivalente total ser: 7,3 2 2,4 17 m.
Clculo da perda de carga
P: 0,02

50 17 2,43 2

1000 1209,6 kgf /m2 ou 1,2096 mca


0,3334 2 9,81

Nota: o fator de frico poder tambm ser obtido atravs do baco de Moody, indicado na
pgina 58 procedendo conforme indicado.

182

EXEMPLO NUMRICO PARA O CLCULO DA PERDA DE CARGA EM REDES DE GS


Considerando:
- fluido
- vazo
- presso de projeto
- temperatura de escoamento
- viscosidade dinmica do oxignio
- fator de compressibilidade
- peso especifico do oxignio
- comprimento do trecho entre a e b
- dimetro interno da rede
- desnvel geomtrico entre a e b
- acelerao da gravidade
- material da tubulao
- presso baromtrica local
-rugosidade equivalente
- peso especfico do ar
- temperatura de bulbo seco do ar
- velocidade de escoamento
- singularidade no trecho

oxignio
100.000 Nm3 / h
18,0 kgf / cm2 manomtrico
40 C
2,16 x 10 6 m2 / s
1,05
1,429 kg / Nm3
400m
381mm
40m
9,81 m / s2
ASTM A 106 Gr B
1,036 kgf /cm2
0,40 mm
1,243 kg / m3
20 C
15,1 m / s
trecho retilneo

Calcular a perda de carga

Correo do peso especfico

1,429 18 1,036 273 20


=
1,05 1,036 273 40

23,40kgf / m3

Clculo do Reynolds: 15,1 0,381 23,40 106 /2,16 =

6,23 x 10

Clculo da rugosidade relativa: 0,40 / 381 =

0,0010

0,0010

2,51
=

7
6,23 10 x f
3,7

Clculo do fator de frico:1 / f 2log

0,0198

Clculo da presso residual:

1903602 r 2
400
15,12
0,0198

23,40 40 23,40 1,243 Pr 189795,23 kgf / m2


190360
0,381 2 9,81
Presso residual

189795,23 kgf / m2 =

18, 97 kgf / cm2

Presso residual manomtrica

18,97-1,036 =

17,934 kgf / cm2g

Clculo da perda de carga

18,00 - 17,934 =

0,066 kgf / cm2

183

5.9

CARGAS ATUANTES SOBRE AS TUBULAES

No ponto de vista estrutural cada trecho das tubulaes dever ser analisado como vigas
submetidas a vrios carregamentos, a saber:
CARGAS PREDOMINANTES
Aquelas que decorem de:
- presses internas ou externas s quais a tubulao est submetida;
- peso do tubo, do fluido, dos acessrios e dos materiais isolantes, quando aplicvel;
- dilataes trmicas devido s variaes de temperatura.

CARGAS DIVERSAS
Aquelas que tem origem em:
- sobrecargas evetuais;
- movimentos nos pontos extremos do trecho analisado;
- atrito nos suportes;
- reaes hidrulicas decorrentes da movimentao dos fluidos nas conexes;
- reaes de juntas de expanso;
- tenses decorrentes da montagem;
- desnivelamento entre suportes;
- desnivelamento entre flanges de vasos ou equipamentos e os flanges nas tubulaes.

PROCEDIMENTOS SUGERIDOS PARA ATENUAO DAS CARGAS


- adotar vos adequados entre os suportes, conforme definido no item 5.10;
- posicionar as cargas concentradas prximas dos suportes;
- limitar as sobrecargas;
- colocar os tubos enterrados na profundidade apropriada;
- garantir a flexibilidade das tubulaes, conforme pgina 191;
- colocar guias;
- diminuir o atrito nos suportes;
- executar a montagem, observando as tolerncias indicadas na pgina 222.

Observaes:
Nas tubulaes projetadas com dimetros at 30 prevalecem as cargas decorrentes das
presses internas e das dilataes.
No caso de dimetros superiores geralmente conduzindo fluidos gasosos em baixa presso,
prevalecem as cargas decorrentes dos pesos prprios e das dilataes.

184

5.10

VO ENTRE SUPORTES

O vo entre dois suportes estar adequado quando a tenso mxima de flexo no ponto de maior
momento fletor, for inferior tenso admissvel do material da tubulao, conforme indicado na
tabela da pgina 148, e a flecha mxima no meio desse vo for inferior :
5 mm:
10mm:

se o dimetro do tubo for menor ou igual a 3


se o dimetro do tubo for maior ou igual a 4

CLCULO DO VO ENTRE DOIS SUPORTES


Aplicar as expresses
- no caso de cargas concentradas e distribudas

Sv

10 L
q L 2Q W (equao 75)
ZR

10 q L
,
Sv
ZR
2

- quando s existir cargas distribudas

(equao 75a)

onde:
Sv = tenso mxima de flexo

em kgf/cm2

L = vo entre os suportes
q = soma das cargas distribudas
Q = soma das cargas concentradas
W = sobrecarga aplicada no meio do vo
ZR = momento resistente da seo transversal do tubo

em m
em kg/m
em kg
em kg
em cm3

usual considerar Sv igual ou meor que a relao LR /10, onde LR o valor limite de resistncia
o

do material. Para os tubos de ao carbono operando no limite de ata 30 C, o valor mximo da


tenso de flexo de 350 kgf/cm2.
CLCULO DA FLECHA MXIMA NO MEIO DO VO ENTRE SUPORTES
Aplicar as expresses
3

- no caso de cargas concentradas e distribudas Fm 24000 L (Q W) q L (equao 76)

EI
3
4

6000 q L
- quando s existirem cargas distribudas Fm
,
E I

(equao 76a)

onde:
Fm: flecha mxima

em cm

E: mdulo de elasticidade do material na temperatura considerada

em kgf / cm2

I: momento de inrcia da seo transversal do tubo

em cm4

Lembrar:
- momento de inrcia
- momento resistente:

I = x (re4 ri4) / 4
ZR= I / re.

185

(equao 77)
(equao 78)

EXEMPLO NUMRICO DE CLCULO DO VO ENTRE OS SUPORTES


Considerando a figura 6 e os dados seguintes:

Figura 6 Suportes Principais e Intermedirios de Tubulaes


peso do tubo de 10 cheio de gua
momento resistente do tubo de 10
momento de inrcia do tubo de 10
peso do tubo de 2cheio de gua
peso da derivao,vlvulas/acessrios
sobrecarga adicional considerada
presso de projeto
vo entre os suportes (adotado)
espessura da parede (Schedule 40)
dimetro externo do tubo de 10
temperatura de projeto
tenso admissvel
modulo de elasticidade do material
material do tubo ao carbono

q = 111 kgf/m
zr = 490,6 cm3
i = 6692,9 cm4
q = 9,4 kgf/m
q = 53 kg
w =100 kg
2
p = 48 kgf / cm
l = 10,5 m
t = 9,3 mm
de = 273 mm
t = 200 oC
sh = 868 kgf/cm2
e = 1,86 x 106 kgf/cm2
API-5L Gr. A,

calcular o vo entre os suportes principais A e B e a flecha do vo entre eles.


Considerando o peso do tubo de 2 como carga distribuda: q = 111 + 9,4 = 120,4 kg / m,
a tenso Sv, no tubo de 10 ser:

10 10,5
120,4 10,5 253 100 = 323 kgf / cm2.
490

Como Sv < 350 kgf/cm2 o valor de 10,5m para o vo est adequado, apesar do carregamento
adicional gerado pelo tubo de 2.
Para a tenso combinada deveremos ter Sv + Sl < Sh, onde: SI
Logo: SI

P de
kgf / cm2.
4t

48 27,3
352 kgf / cm2 S v SI 323 352 675 kgf / cm2.
4 0,93

Primeira verificao: como Sv + Sl (675)< Sh,(868), o vo adotado est CONFORME.


3

Clculo da flecha

24.000 10,5
53 100 120,4 10,5
F

0,186cm .
m 1,86 10 6 6692,9
3
4

Segunda verificao: como 1,86 < 10mm, a flecha est satisfatria e o vo adotado, aceito.

186

5.11

REAES HIDRULICAS

A fora F exercida pelo fluido sobre uma curva a resultante da soma vetorial das foras
decorrentes da presso e da velocidade do fluido em escoamento. calculada pela expresso
F = P1 S1 + P2 S2 + v1 + v 2 ,
onde
P1 / P2, presses na entrada e na sada da curva
em kgf /cm2
S1 / S2 rea na entrada e na sada da curva
em cm2
v1 / v2, velocidade na entrada e na sada da curva
em m/s
em kg x s /m
, unidade tcnica de massa
Considerando os dados abaixo e a figura 7, calcular a reao hidrulica.

dimetro da curva 90o:


raio da curva:
vazo:
densidade do leo:
p na curva:
fluido:
montagem da curva:
presso na entrada:

(equao 79)

20
1,20m
0,203 m3/s
0,85
0,60 mca
leo
vertical
2,1 kgf /cm2

Figuta 7 Curva 90 Dimetro 20


CLCULO DAS FORAS DEVIDO A PRESSES
rea da seo de escoamento S1 S 2

xd
4

3,14 50,8 2

2026 cm

Clculo da fora na seo1 P1 x S1 = 2,1 X 2026=

4255 kgf

Cculo da fora na seo 2


Chamando de P a perda de carga de 1 a 2, pela equao da conservao da energia, temos:
2

v
P v12
h2
2 h1 1
P ,

2g
2g
P2

Como a seo constante v1 = v2 e o plano de referncia passa por 1 (h1=0), teremos:

h2

P2

P1

J1 ou
2

P2

P1

P h 2 .

Sendo P 0,60 com, h2 = 1,20 m e P1 = 2,1 kgf / cm2 ou

2,110
4

10

1
24,7 mca, teremos:
0,85

22,90 0,85 10
1,94 kgf / cm2.
104
3

P2 = 24,7 0,60 1,20 = 22,90 mca ou

Logo a fora na seo 2 ser: P2 x S2 = 1,94 x 2026 =


187

3930 kgf.

CLCULO DA FORA DECORRENTE DA VELOCIDADE


Como a seo da curva constante, o valor da velocidade de escoamento ser:

v1 v 2

Q
0,203

2
d
3,14 0,508 2
4
4

1,01 m / s

A fora decorrente da velocidade vale: v1 v 2 850

0,203
1,01
9,81

17,6 kgf

CLCULO DA FORA RESULTANTE


Considerando a composio vetorial

F1

F2
cujo ponto de origem corresponde com o centro do raio da curva indicado na figura 7, a resultante
das foras:
F1 = P1 x S1+ x v1 que ocorre na seo 1 na entrada da curva
F2 = P2 x S2+ x v2 que ocorre na seo 2 na sada da curva
ser:
F1,

4.255 + 17,6 =

4272,6 kgf

F2,

3.930 +17,6 =

3947,6 kgf

Resultante F:

4272,6 2 3947,6 2 =

5817 kgf

NGULO DE INCIDNCIA DA RESULTANTE


Fazendo , o ngulo de incidncia, teremos:
tg

4272,6
1,08 47o16`
3947,6

Concluso: a resultante hidrulica atuando sobre a curva de 90 tem o valor de 5817 kg com o
ngulo de incidncia anti horrio de 47 16.

188

5.12

DILATAO TRMICA

Admitamos um trecho retilneo de uma tubulao ancorada em seus dois extremos,


consequentemente sem possibilidade de dilatao
Se esse trecho for submetido a um aumento de temperatura, ocorrer um empuxo sobre estes
pontos. Esse empuxo determinado pela lei de Hooke, conforme expresso.
(P / A) / ( / L) = E,

(equao 80)

onde :
P = empuxo sobre os pontos de fixao;

A = rea de material da seo transversal do tubo;


= dilatao linear do tubo;
L = comprimento do tubo;
E = mdulo de elasticidades do material.
A relao P / A ser a tenso interna S a qual o material estar submetido em consequncia da dilatao
contida. A relao / L chama-se dilatao unitria e.
Assim teremos:
S=Exe
P=AxS

(equao 81)
(equao 82)

EXEMPLO NUMRICO PARA DETERMINAO DE EMPUXO


Considerando os dados abaixo, pede-se calcular a tenso interna e o empuxo:
material do tubo
dimetro nominal do tubo
schedule do tubo
diferencial de temperatura t
mdulo de elasticidade do ao E
dilatao unitria do tubo e
rea da seco de metal do tubo A

ao carbono ASTM A 106 Gr A


10
40
100 oC
2 x 106 kg /cm2
0,001083 cm / cm
76,8 cm2

CLCULO DA TENSO INTERNA


S: 2 x 106 x 0,001083=

2166 kg / cm2

CLCULO DO EMPUXO
P: 76,8 x 2166 =

166348 kg

Observar que a tenso interna e o empuxo so independentes do comprimento do tubo.


PROCEDIMENTOS PARA CONTROLE DE DILATAES TRMICAS
- projetar a rota da tubulao evitando-se linhas retas;
- usar liras de expanso na tubulao, conforme pgina 190;
- instalar juntas de expanso, conforme pgina 158;
- pr-tensionar eventuais suportes de mola.

189

LIRAS DE EXPANSO NORMOGRAMA DIMENSIONAL

Nota: esses referenciais so aplicveis para aos com limite de resistncia at 35 kgf/mm2.

190

5.13

FLEXIBILIDADE DAS TUBULAES

A flexibilidade das tubulaes definida em funo da capacidade de absorso das dilataes trmicas,
as quais estaro submetiidas, por meio de deformaes dos trechos que a compem.
As tubulaes sero ditas flexveis, quando as tenses resultantes das dilataes trmicas forem
inferiores tenso admissvel do material especificado para atubulao.
Considerando o isomtrico da figura 8 e os dados abaxo, calcular as tenses nos trechos L1, L2, L3 e L4.,
tubo:
material ao-carbono
norma:
temperatura de projeto t:
dilatao unitria e:
dimetro externo D:
mdulo de elasticidade, temperatura ambiente Ec:
tenso admissvel a 700F Sh:

10srie 40;
ASTM A-106 Gr. A;
ANSI B.31.3;
700 oF;
0,056 pol/p;
10,75;
29 x 106 psi;
22915 psi.

Figura 8 - Isomtrico
Proceder conforme a seqncia indicada
Elaborar quadro das dilataes
Lado

Direo

Sentido

Comprimento
L (em ps)

Dilatao
=exL

L1
L2
L3
L4

X
Y
Z
X

+
+
+

15
10
20
18

3375
1000
8000
5832

0,84
0,56
1,12
1,008

Calcular as somatrias

L3x : L31 L34 3375 5832 9207


L3y : L32 1000
L3z : L33 8000
L3x L3y 9207 1000 10207

Calcular os pares

L3x L 3z 9207 8000 17207


L3y L3z 1000 8000 9000

x (0,84 + 1,008)
y
z

Calcular as dilataes totais

Calcular as constantes

Kx

Ky

Kz

= 1,848
= 0,56
= 1,12

Ec D x
29 106 10,75 1,848 = 1335,0

48L3y L3z
48 9000
Ec D y

48L3x L3z

29 106 10,75 0,56 = 211,0


48 17207

Ec D z
29 10 6 10,75 1,12

48 10207
48 L3x L3y

191

= 712,6.

Calcular as tenses mximas nos trechos L1, L2, L3 e L4.


Trecho L1:

S1y = Ky L1= 211 x 15=


S1z = KzL1= 712 x 15=

3165 psi
10680 psi

Trecho L2:

S2x = KxL2= 1333 x 10 =


S2z = KzL2= 712 x 10=

13330 psi
7210 psi

Trecho L3:

S3x = KxL3= 1333 x 20=


S3y = KyL3= 211 x 20=

26660 psi
4220 psi

Trecho L4:

S4y = KyL4= 211x 18=


S4z = KzL4= 712 x 18=

3798 psi
12816 psi

Comparando os valores das tenses com o valor da tenso admissvel 22955 psi, v-se que a
tenso S3x no trecho L3 superior a 22955, significando que este trecho est submetido a um
esforo acima do admissvel.
Este fato impe seja reprojetada a rota da tubulao e recalculada as tenses.
No novo arranjo indicado na figura 9, o comprimento total entre os extremos foi ampliado de 19,20
m para 22,20 m. Verificar o impacto nas tenses.

Figura 9 Isomtrico
Quadro das dilataes com a nova configurao
Lado

Direo

Sentido

Comprimento
L (em ps)

Dilatao
=exL

L1
L2
L3
L4
L5

x
z
y
z
x

+
+
+
+

15
5
10
25
18

3375
125
1000
15625
5832

0,84
0,28
0,56
1,40
1,008

Clculo dos somatrios:


L3x 3375 5832 9207

L3y 1000
192

L3z 125 15625 15750

Clculo dos pares

L3x L3y 9207 1000 10207


L3x L3z 9207 15750 24957

L3y L3z 1000 15750 16750


Clculo das dilataes
x 1,848"

y 0,56"

z 1,40 0,28 1,12"

Clculo das constantes


Kx

29 10 6 10,75 1,84
716 ;
48 10750

Ky

29 10 6 10,75 0,56
145 ;
48 24967

Kz

29 10 6 10,75 1,12
712,6
48 10207

Clculo das tenses mximas em cada trecho, ver Nota 1.


trecho L1

S1z = KzL1 = 712 15

= 10680 psi

trecho L2

S2x = KxL2 = 716 5

= 3580 psi

trecho L3

S3x = KxL3 = 716 10

= 7160 psi

trecho L4

S4x = KxL4 = 716 25 = 17900 psi, tenso mxima

trecho L5

S5z = KxL5 = 712 18= 12816 psi

Nesta nova configurao todas as tenses mximas so menores que a tenso admissvel, de
onde se conclui que esta configurao est com flexibilidade adequada.
Notas:
1 - Na prtica, no h necessidade de se calcular todas as tenses mximas; bastar calcular,
para cada lado, a maior tenso, que ser a correspondente ao maior dos dois valores de K
relativos ao lado em questo, por exemplo para o lado L1 bastaria calcular S1z, porque se sabe
antecipadamente que Kz > Ky.
2 - Observar que, apesar de ter sido alterada a configurao, as dilataes totais permaneceram
as mesmas. fcil de comprovar que os valores das dilataes totais permanecem sempre os
mesmos desde que no sejam alterados os pontos extremos de ancoragem, porque as dilataes
dos diversos lados se compensam.
3 - Para evitar engano nos sinais + ou - indicados no quadro das dilataes e necessrios para os
clculos de x , y e z convenciona-se um sentido geral para percurso dos trechos indicado
pelas setas na figura 9. Sero positivas as dilataes dos lados cujos sentidos de percurso
coincidirem com a orientao dos eixos coordenados e vice-versa. Na figura 9, so positivas as
dilataes 1, 2, 3, e 5, negativa a dilatao 4,.
Como s interessam os valores absolutos das dilataes totais, pouco importa se o resultado da
soma algbrica for positivo ou negativo.

193

5.14

CLCULO DAS REAES NOS APOIOS DE ANCORAGEM

Os momentos das reao so calculados, em


funo das tenses mximas desenvolvidas no
primeiro e no ltimo trecho. Vamos considerar o
mesmo arranjo estudado anteriormente e
mostrado na figura 10 ao lado.
No ponto A temos trs foras RAX , RAY e RAZ
e dois momentos M1Z e M1Y.
O primeiro momento age no plano XY e o
segundo momento age no plano XZ.
Os sentidos das foras e dos momentos so
determinados considerando-se a posio
deformada do sistema e os esforos que esto
sendo feitos sobre os pontos de fixao.
Figura 10 Isomtrico - Apoios A e F
No clculo da constante C, considerou-se:
- momento de inrcia I:
161 pol 4
- mdulo de elasticidade a 100F Eh:
21,5 x 106 psi
- mdulo de elasticidade na temperatura ambiente Ec Ec = 29 x 106 psi, resultando:
C

I
6D

Eh

Ec

6
21,5 10
1,85
6x10,75 29 10 6
161

Clculo dos Momentos no Trecho L1


M1Y = C x S1z = 1,85 x 10680 = 19758 pol.x lb
M1Z = C x S1y = 1,85 x 2175 =4023 pol.x lb

Clculo das Reaes Correspondentes


2M
1z 2 x 4023 = 536 lb
RAY
L
15
1
2M
2 19758 =
1y
RAZ =

L
15
1

2634 lb

A reao RAX, na direo do prprio trecho L1, ser calculada pela tenso mxima S2x, do trecho
adjacente L2. Essa tenso corresponde ao momento M 2 y , no plano zx, teremos ento:
2M

M2y = C x S2x = 1,85 x 3580 = 6623 pol.x lb

RAX =

2y

2 6623

L2

= 2649 lb

Calculando analogamente os momentos e as foras no ponto F, teremos:


M5Y = C x S5z = 1,85 x 12816 = 23709 pol.x lb
RFY =

2 M 5z
L5

2 4828

=536 lb

M5Z = C x S5Y = 1,85 x 2610 =4828 pol.x lb


RFZ

2 M 5y

L5

18

2 23709

=2634 lb

18

Da mesma forma a reao RFX na direo de L5, ser calculada em funo da tenso mxima S4Z
do trecho L4, teremos:
M4Y = C x S4X = 1,85 x 17.900 = 33115 pol.x lb

RFX=

2 M 4y
L4

2 33.115

= 2649 lb

25

Observar que as igualdades RAX=RFX , RAY=RFY , RAZ=RFZ so necessrias para garantir a


estabilidade do sistema. Notar tambm que os valores das reaes e dos momentos nos
extremos podem impor alteraes na configurao do traado da rede, como opo nica para
eventual reduo de seus valores.

194

5.15

TANCAGEM

REFERENCIAIS NORMATIVOS
Os vasos de presso devero ser projetados em conformidade com as prescies da norma
ASME e da norma regulamentadora NR 13 quanto aos procedimentos de segurana requeridos
na instalao, operao, manuteno e inspeo. Esta norma deve ser aplicada quando:
- o produto P x V for maior que 8, considerando P presso mxima de operao expressa
3
em KPa e V volume geomtrico interno expresso em m .
- o fluido contido for Classe A, mesmo que P x V seja igual ou menor que 8.
- o dimetro interno for inferior a 150mm e este contiver fluidos classe B, C e D.
CLASSIFICAO DOS VASOS DE PRESSO SEGUNDO NR 13
So cinco grupos determinados em funo do produto P x V, onde
3
P deve ser empresso em MPa e V deve ser expresso em m .
Grupo 1 - quando
Grupo 2 - quando
Grupo 3 - quando
Grupo 4 - quando
Grupo 5 - quando

PV 100
100 > PV 30
30 > PV 2,5
2,5 > PV 1
1 > PV

Classificao dos fluidos nos vasos, segundo NR 13


Classe A
Fluidos inflamveis ou combustiveis com T 200C
Fluidos txicos com limite de tolerncia 20 ppm
Hidrognio e Acetileno
Classe B
Fluidos combustiveis com T < 200 C
Fluidos txicos com limite de tolerncia > 20 ppm
Classe C
Vapor de gua e ar comprimido
Classe D
gua ou outros fluidos no enquadrados nas classes A, B ou com T > 50C
VASO DE PRESSO - ANALISE ESTRUTURAL
Considerando a figura 11, pgina 196 as normas AISC, API std 650, ASME, e os dados:
3
- volume geomtrico do reservatrio 20 m
2
- presso interna
6,2 kgf / cm
- carga lateral
10 kgf a 2, 47m da base
- solda:
com eletrodo E70XX segundo ASME
- eficiencia da solda
1,00
Calcular:
- dimenses construtivas;
- volumes das partes componentes;
- espessura das chapas tampos e costado;
- metragem das chapas;
- base de apoio ;
- peso do conjunto.
195

Soluo:
Dimenso construtiva do Costado:
- dimetro interno D:
- altura H1:

Detalhe 2 pgina 199

2500 mm
3450 mm

Dimenso construtiva do tampo (Torrisfrico):


- dimetro interno maior D
- dimetro interno menor d
- raio maior R
- raio menor r
- cota H (980 2 ) + 35=

2500 mm
980 mm
2500 mm
250 mm
525 mm
Detalhe 1 pgina 197

Nota: o valor h = 35 mm foi obtido pela tabela

Figura 11 Vaso de Presso Vertical


espessura (e )

e < 4,76 mm

15

4,76 < e < 7,93 mm

25

7,93 < e < 12,7 mm

35

e > 12,7 mm

50

CLCULO DOS VOLUMES DAS PARTES COMPONENTES


- cilindro: ( x D / 4 ) x H1 = ( x 2,5 / 4 ) x 3,45=
- tampo: 4 / 3 x x (Dmaior / 2 )2 x H = 4/3 x x 1,252 x 0,525=
2

16,93 m
3,20 m3

Nota 1: no clculo dos volumes considerou-se Dmaior / 2 = a e H = b (vide pagina 198)


Nota 2: no clculo da espessura usou-se chapas A-516 Gr. 70 com 9,53 e 12,5 mm de espessura,
6
tenso admissvel (Sh) de 1230 kgf/cm2, mdulo de elasticidade 2,1 x 10 kgf/cm2.
CLCULO DAS ESPESSURAS DAS CHAPAS
- costado:

(ec)= { P x Rint / ( Sh 0,6 P ) } + C, em unidades mtricas


(ec)= 6,2 x 1250 / (1230 0,6 x 6,2) + 2,5= 8,8 mm, adotado: 9,53 mm

- tampo:

(e t ) = { P x Rmaior x M / ( 2 x Sh x E ) (0,2 x P) } + C, em unidades mtricas


(e t ) =6,2x250 x 1,54 / ( 2 x 1250 x 1 0,2 x 6,2) +0,25 = 1,20 cm.Adotado 12,5mm

Observaes:
1 - Considerou-se o fator de forma M= 1,54 calculado segundo a ASME, aplicando a expresso
M= 0,25 (3+(R/r)0.5}. Para calculo dos raios R e r,ver projeto do tampo na pagina 199
3 Lembrar que no caso de tanques no pressurisados, a presso interna obtida multiplicandose o peso especifico do fluido pela altura do fluido no tanque.
CLCULO DA METRAGEM DAS CHAPAS
- do costado: 3450 x ( x 2500 )
-do tampo: Deq =
- do tampo:

3450 x 7853mm, # 9,53mm, com 74,48 kg / m2

d2i 4 di (h 0,57r ) = 25002 4 2500(35 0,57 250) = 2832 mm

2832 x 2832mm, # 12,5mm, com 98,00 kg / m2.


196

CLCULO DO PESO TOTAL DO TANQUE


peso do cilindro / tampos: 3,450 x 7,853 x 74,48 + 2 x 2,8322 x 98,00=
peso dos acessrios + base, assumido como 10% do peso do tanque
peso total do tanque

3624,5 kg
362 kg, ver Nota 1
3986,5 kg

CLCULO DO APOIO DO TANQUE


peso total do tanque w
espessura da chapa adotada
raio externo da saia Re
raio mdio da saia Rm
raio interno da saia Ri
mdulo de elasticidade E

4000 kg
9,53mm
1350 mm
987,50 mm
625 mm
2,1x106x kgf/cm2

Clculo do momento atuante: 10 x 247

2470 kgf x cm

Clculo da resistncia compresso e trao

w
M

2
2 Rm e
Rm
e

4000
2470
2
2
= 6,84 kgf / cm << 1230 kgf/cm ok

2
2 98,75 0,953 98,75 x0,953

Clculo da flambagem

0,0625 E e
0,0625 2,1 106 0,953
= 926,5kgf / cm2 < 1230 kgf/cm2 ok

Re
135

DIMENSES DA BASE
saia da base
altura:
870 mm
dimetro:
1250 mm
x 1,250 x 0,870 = 3,416 m
permetro:
chapa:
870 x 3416mm, # 9,53mm, com 74,48 kg / m2
peso:
0,87 x 3,416 x 74,48 = 221,24 kg
Nota 1: como 221,24 kg menor que 362 kg OK
anel da base
dimetro externo:
2700 mm
dimetro interno:
1250 mm
chapa:
2700 x 2700mm # 9,53mm, com 74,48 kgf / m2
peso:
( x 2,702 4 ) ( x 1,252 4 ) x 74,48 = 335 kg
VERIFICAO QUANTO AO ARRANCAMENTO
Mo = 0 F1 x 1,975 = 10 x 2,470 F1 = 12,5 kgf
F2 = 4000 / 2 = 2000 kgf
Como F2 >> F1 no haver arrancamento.
197

Detalhe 1

EXEMPLO NUMRICO PARA O CLCULO DO NVEL DE FLUIDO EM VASOS HORIZONTAIS


Considerando a figura 12 e os dados abaixo,:
dimenses do tanque dimetro 2.500mm x altura 3563mm
volume do cilindro
10 m3
volume de cada tampo
2,5 m3
volume do tanque
15 m3
calcular a cota entre a lmina de gua e a geratriz superior do
tanque, quando este estiver na posio horizontal com 12 m3.
Figura 12 Tanque Horizontal
Soluo:
dimenses construtivas
- comprimento do cilindro

V = r 2 L L = 10 x 1,252

2,037 m

- altura b do tampo ovide

V = ( 4 / 3 ) x a2 x b b = 5 x 3 (4 x x 1,252)

0,763m

tem-se a relao:

15m 100
10m3 - X %

X = 66,6 % .

Com o volume de 12m3, o cilindro conter 12 x 0,666 = 7,992 m3


2

Como o comprimento do cilindro de 2,037 m a rea molhada ser 7,992 2,037 =


3,923 m
2
2
Como a rea da seo circular total do cilindro vale 4,908 m ( x 1,25 ), conclumos que a rea
seca ser: 4,908 3,923 = 0,985 m2.

Analisando a geometria

a rea X do setor circular ODB, ser:


2 - r2
- X X = x r2 / 2

a rea do tringulo OCB, ser:


BC x OC / 2 ( r x sen x r cos ) 2 (r2 x sen x cos ) 2

r 2
2
r2
teremos:
2

r 2sen cos r 2
0,985
. Como sen x cos =sen 2 2,
( sen cos ) =
2
2
2
sen2 0,985
sen2

(0,985 2) x ( 2 1,252) = 0,63


2
2
2

Por tentativa, = 60,5o


Clculo da altura da lmina do fluido: OD OC = CD CD 1,25 1,25 cos 60,5 0,64m .
Assim:

198

PROJETO DOS TAMPOS TORRISFRICOS


Considerando a figura 13 e os dados abaixo

eixo maior AB
eixo menor CD

=2500 mm
=1526 mm,
Detalhe 2

calcular os raios do tampo torrisfrico:


FD , raio maior e C1 A , raio menor.
Figura 13 Geometria do Tampo Torrisfrico
SEQNCIA DE CLCULO SUGERIDA PARA DETERMINAO DOS RAIOS:
1 - calcular AD

2 - calcular AB CD 2
3 - determinar o ponto E tal que AE AD ( AB CD) 2
4 - determinar o ponto M tal que AM ME
5 - por M traar perpendicular reta AD
(esta reta vai interceptar o eixo AB em C1, e o eixo CD em F)
6 - FD ser o raio maior
7 - C1 A ser o raio menor.
Soluo:
Calcular AD 1250 2 7632

1464 mm.

Calcular ED = AB CD / 2

487 mm.

Calcular AE = 1464 487

977 mm.

Logo = arc sen 1250 / 1464= 0,854

= 58,6.

Clculo do raio maior FD = MD / cos = [(97 / 2) +487] / 0,521 =

1872mm.

Clculo do raio menor C1 A = AM / cos 1


como 1 = 90o 58,6o = 31,4, vem [(1464 487) / 2] x cos 31,4 =

572mm.

Nota: geratriz AB dever ser acoplado o anel indicado no detalhe 2 com a dimenso h,
mencionada na pgina 196.

199

CAPTULO VI

TUBULAES INDUSTRIAIS - MONTAGEM

Solda de Topo entre Tubos

202

6.1

GERAL

Este procedimento fixa as condies mnimas exigveis para a pr-montagem e montagem de


tubulaes de utilidades. No se aplicam s tubulaes que pertenam a sistemas de
instrumentao e controle, sistemas de despejos sanitrios e sistemas de drenagem industrial.
Aplica-se apenas tubulaes de: aos-carbono, aos carbono-molibdnio, aos cromomolibdnio, aos nquel e aos inoxidveis.
6.2
NORMAS REFERENCIAIS
P-NB-309
Guia para Inspeo por Amostragem no Controle e Certificao de Qualidade;
P-NB-309/01 Planos de Amostragem e Procedimentos na Inspeo por Atributos;
P-NB-309/02 Guia de Utilizao da norma NB-309.1;
ANSI B 31.3 Chemical Plant and Petroleum Refinery Piping;
ANSI B 16.5 Steel Pipe Flanges, Flanged Valves and Fittings;
API STD 598 Valve Inspection and Test;
ASME
Boiler and Pressure Vessel Code Section VIII, Division 1 e Section IX;
MSS SP-55 Quality Standard for Steel Castings for Valves, Flanges and Fittings and
Other Piping Components.
6.3

SERVIOS DE MONTAGEM DE TUBULAES

VALORES DE H-H PARA SERVIO DIURNO EM HORRIO NORMAL


Soldas de topo
Ligaes flangeadas Vlvulas flangeadas Ligaes
Dimetro Tubo corrido / metro
Nominal Srie 40 Srie 80 Srie 40 Srie 80
150#
300#
150#
300# rosqueadas

0,21
0,24
0,4
1
0,24
0,27
0,5
1
0,30
0,38
1,1
1,3
1,5
1,7
0,5
0,7
0,8
2
0,39
0,45
1,3
1,5
1,7
2,0
0,6
0,8
1,2
3
0,61
0,75
2,0
2,2
2,0
2,3
0,8
1,0
4
0,81
0,99
2,5
2,8
2,2
2,6
1,0
1,3
6
1,17
1,56
3,3
4,0
2,5
3,0
1,5
2,0
8
1,56
2,04
4,0
5,0
2,7
3,2
2,0
2,5
10
1,98
2,54
5,0
6,0
3,0
3,5
2,5
3,3
12
2,28
2,70
6,5
7,8
3,2
3,7
3,0
4,0
14
2,40
3,00
7,2
8,5
3,3
4,0
3,6
4,9
16
2,70
3,30
7,8
9,0
3,5
4,2
4,3
6,0
18
3,00
3,55
9,0
10,2
3,7
4,4
5,0
7,2
20
3,25
3,75
10,0
12,0
4,0
4,6
5,8
8,4
24
3,60
4,10
12,0
14,5
4,2
4,8
7,0
9,6
-

6.4
FATORES QUE INTERFEREM NO TEMPO E NO CUSTO DA MONTAGEM
- trabalho nico ou feito em srie.
- trabalho na oficina ou no campo.
- competncia dos profissionais e qualidade da superviso.
- ferramentas e equipamentos adequados em qualidade e em quantidade.
- facilidade de obteno dos materiais e de transporte.
- servio feito de dia ou noite, em horrio normal ou em horas extras.
- servio feito em local abrigado ou sujeito a sol, chuva e vento.
- instalao nova ou em operao.
- local de fcil ou de difcil acesso.

203

6.5

TERMOS TCNICOS

- Diligenciadora: firma contratada pelo cliente para gerenciar compras e inspecionar materiais na
fbrica do fornecedor.
- Fbrica: oficina ou fbrica do fornecedor.
- Fornecedor: fabricante e/ou fornecedor de materiais ou servio de mo de obra.
- Inspetora: firma contratada pelo cliente com intuito de exercer fiscalizao e inspeo na obra.
- Cliente: firma responsvel pela contratao da montagem.
- Montadora: firma responsvel pela fabricao, pr-fabricao e montagem.
- Sistema de Utilidades: tubulaes de gua, gases, ar comprimido, e incndio.
- Almoxarifado do Cliente: local de guarda de materiais sob a responsabilidade do cliente.
- Almoxarifado da Montadora: idem, porm sob a responsabilidade da montadora.
- Certificado de Qualidade de Material: registro dos resultados de ensaios, testes e exames,
exigidos pelas normas e realizados pelo fabricante do material.
- Chapas de Bloqueio: chapa de ao com a mesma especificao do material da tubulao,
soldada na extremidade da tubulao, usada para bloquear o fluido no teste de presso.
- Contaminao: o fato de deixar em contato com as partes internas e faces dos flanges,
poeiras, partculas, pingos de solda, marcas digitais, oleosidades, graxas, partculas de tinta, etc.
- Cachorro: dispositivos soldados ou no tubulao, usados temporariamente para se
conseguir a ajustagem entre as diversas partes a serem soldadas, e fixao desta, durante a
soldagem.
- Grauteamento: enchimento do espao entre as bases do suporte metlico e a de concreto aps
nivelamento da base dos suportes metlicos, com mistura de cimento, areia e aditivos.
- Inspeo no Fabricante: realizada para verificao dimensional e de materiais dos componentes.
- Inspeo de Embalagem: realizada para verificao dos quantitativos, conformidade de
materiais e estado geral.
- Inspeo de Recebimento: realizada segundo amostragem pr-estabelecida, para verificao
das caractersticas principais dos diversos materiais de tubulao.
- Spool: o subconjunto de uma linha, formado pelo menos por uma conexo e um tubo, que
pr-montado em oficina de campo (pipe shop).
- Pipe-Shop: oficina de campo da montadora nas instalaes do cliente.
- Pr-Montagem: montagem de subconjuntos (spools) do sistema de tubulaes no pipe-shop.
- Montagem: executada no local definitivo da tubulao.
- Procedimentos da Executante: documentos emitidos pela montadora dos servios definindo os
parmetros e as condies de execuo de determinado servio de construo, pr-montagem ou
montagem.
- Sobre-Comprimento: comprimento adicional deixado nas peas pr-fabricadas, visando
permitir eventuais ajustes no campo.
- Temperatura de Teste: temperatura do lquido de teste, obtida atravs da mdia de uma srie
de medies efetuadas no reservatrio. Para teste pneumtico, a temperatura do metal da
tubulao durante o teste.
204

6.6

FLUXOGRAMA DE MONTAGEM

205

6.7

INSPEES DE RECEBIMENTO

6.7.1 Tubos
A aceitao dos tubos passa pelas certificaes de material e dimensional.
CERTIFICAO DE MATERIAL
- devem ser informados os teores de carbono, mangans, silcio, molibidnio e cromo;
- deve ser adotado um cdigo de cores para distinguir cada tipo de material, sendo a
faixa-identificadora pintada ao longo do comprimento de cada tubo;
- devem ser verificados os certificados de qualidade do material de todos os tubos, inclusive o
laudo-radiogrfico de tubos com costura, quando exigido, em confronto com a especificao
ASTM ou API, aplicvel.
Deve ser informado o P Number do material, consultartabela pgina 144.
Lembrar que o P Number da norma ANSI B 31 refere soldabilidade do material.

Exemplo:
Grau

Material do tubo ASTM A 106


Carbono

Mangans

Silcio

P Number

% mxima

faixa %

% mnima

0,25

0,27 a 0,93

0,10

0,30

0,29 a 1,06

0,10

0,35

0,29 a 1,06

0,10

CERTIFICAO DIMENSIONAL
As dimenses devem estar conformes normas ANSI B 36.10 / B 36.19 ou API.
As seguintes caractersticas verificadas por amostragem, segundo Norma ABNT 309 devem estar
conforme as especificaes indicadas no projeto:

- dimetro;
- circularidade em ambas as extremidades;
- chanfro;
- extremidades roscadas;
- estado da superfcie;
- empenamento;
- estado do revestimento;
- perpendicularidade do plano de boca.

206

6.7.1.1

Roscas

Verificar o dimensional conforme o padro. No caso da rosca NPT Norma ANSI B 2.1.
CONDIO DE ACEITAO
Eo = D - ( 0,05 D +1,1 ) P
L2 = ( 0,80 D + 6,8 ) P
t = 0,80 P
onde: D - dimetro externo do tubo em polegadas.
P - passo da rosca em polegadas
Conicidade da rosca = 1:16

Exemplo numrico - Rosca 1


E0: 1,315 ( 0,05 x 1,315 + 1,1 ) x 0,08696=
L2: ( 0,8 x 1,315 + 6,8 ) x 0,08696=
t: 0,8 x 0,08696=
Dimetro
Dimetro externo do Nmero de
nominal do tubo ( D )
fios por
tubo (pol.)
(pol.)
polegada

1,21363
0,6828
0,06957

Passo
(P)
(pol.)

Altura do
filete ( t )
(pol.)

Dimetro
mdio da
rosca (E0)
(pol.)

Comprimento
de aperto
manual ( L1 )

Comprimento til
da rosca ( L2 )

(pol.)

fios

(pol.)

fios

1/4
3/8
1/2
3/4
1

0,540
0,675
0,840
1,050
1,315

18
18
14
14
11 1/2

0,05556
0,05556
0,07143
0,07143
0,08696

0,04444
0,04444
0,05714
0,05714
0,06957

0,47739
0,61201
0,75843
0,96768
1,21363

0,228
0,240
0,320
0,339
0,400

4,10
4,32
4,48
4,75
4,60

0,4018
0,4078
0,5337
0,5457
0,6828

7,23
7,34
7,47
7,64
7,85

1 1/4
1 1/2
2
2 1/2
3
4

1,660
1,900
2,375
2,875
3,500
4,500

11 1/2
11 1/2
11 1/2
8
8
8

0,08696
0,08696
0,08696
0,12500
0,12500
0,12500

0,06957
0,06957
0,06957
0,10000
0,10000
0,10000

1,55713
1,79609
2,26902
2,71953
3,34062
4,33438

0,420
0,420
0,436
0,682
0,766
0,844

4,83
4,83
5,01
5,46
6,13
6,75

0,7068
0,7235
0,7565
1,1375
1,2000
1,3000

8,13
8,32
8,70
9,10
9,60
10,40

207

6.7.2 Conexes
A aceitao das conexes passa pela certificao de material e dimensional.
CERTIFICAO DE MATERIAL
- deve ser informado o teor de carbono, mangans, silcio, molibidnIo e cromo;
- deve ser adotado um cdigo de cores para distinguir cada tipo de material, sendo a faixaidentificadora pintada ao longo do comprimento de cada tubo;
- deve ser informado o P Number do material. Lembrar que o P Number da Norma ANSI B 31
refere-se soldabilidade do material;
Verificar os certificados de qualidade do material, inclusive o laudo radiogrfico, quando exigido,
de todas as conexes, em confronto com as especificaes ASTM ou ANSI aplicveis.
CERTIFICAO DIMENSIONAL
As seguintes caractersticas devem estar conforme as especificaes indicadas no projeto
verificadas por amostragem segundo Norma ABNT 309:
- dimetro nas extremidades;
- circularidade;
- distncia centro-face;
- chanfro encaixe para solda, ou rosca (tipo e passo);
- espessura;
- angularidade das curvas 450 e 900;
- estado da superfcie quanto a amassamentos, corroso e trincas;
- estado geral da galvanizao ou revestimento quanto falhas ou falta de aderncia.
Verificar se todas as conexes esto identificadas com seguintes dados: tipo, especificao e
grau do material, dimetro, classe de presso ou espessura.
6.7.3 Flanges
A aceitao dos flanges passa pela certificao de material e dimensional.
CERTIFICAO DE MATERIAIS
- verificar se todos os flanges tm identificao estampada informando: tipo de flange, tipo de
face, especificao do material, grau, dimetro nominal, classe de presso, espessura e placa
(TAG) do instrumento (para flanges de orifcio);
- verificar se todos os flanges esto embalados e acondicionados.
- verificar os certificados de qualidade de material de todos os flanges, em confronto com a norma
ASTM aplicvel;
CERTIFICAO DIMENSIONAL
Verificar:
- o dimetro interno;
- a espessura do pescoo;
- a altura e dimetro externo do ressalto;
- a profundidade, tipo e passo da ranhura;
- a espessura da aba;
- o chanfro ou encaixe para solda, ou o tipo e o passo da rosca;
- o rebaixo para junta de anel.
Esta verificao dever estar de acordo com as tolerncias conforme tabelas 3 e 4. pginas 210 e 211.
Verificar o estado das roscas quanto a amassamentos, corroso, rebarbas e proteo,o estado
dos revestimentos quanto falhas ou falta de aderncia, e a existncia de trincas, dobras,
amassamentos bem como o estado geral da face quanto ao estado do ranhuramento, sem
mossas, e proteo.
208

6.7.3.1

Lotes de Flanges

Os flanges a serem submetidos inspeo devem ser agrupados em lotes com o mesmo
dimetro nominal e a mesma presso. O tamanho do lote (quantidade de flanges) deve ser
definido pelo inspetor.
IDENTIFICAO DO CDIGO DA AMOSTRA
Para se inspecionar um lote de flanges, seguir o roteiro:
- identificar o cdigo da amostra pelo tamanho do lote, ver tabela 1;
- conhecendo-se o cdigo da mostra, determinar os nmeros de Ac e Re, ver tabela 2 em
funo do tamanho da amostra.
ACEITAO E REJEIO
- se o nmero de unidades defeituosas encontradas na amostra for igual ou menor do que o
nmero de aceitao Ac, o lote deve ser aceito;
- se o nmero de unidades defeituosas encontradas na amostra for igual ou maior do que o
nmero de rejeio Re, o lote deve ser rejeitado.
Tabela 1 - Cdigo da Amostra
Tamanho do
lote
2a8
9 a 15
16 a 25
26 a 50
51 a 90
91 a 150
151 a 280
521 a 500
501 a 1200

Cdigo de
Amostras
A
B
C
D
E
F
G
H
J

Exemplo numrico:

Tabela 2 - Tamanho da Amostra


Cdigo de
Amostras
*A
B
C
D
E
F
G
H
J

Tamanho Aceitao
da Amostra
Ac
*2
0
3
0
5
0
8
1
13
1
20
2
32
3
50
5
80
7

Inspecionar lote de 45 flanges

Procedimento
- definir cdigo do lote

conforme Tabela1.

- definir tamanho da amostra

conforme Tabela 2.

- verificar condio de aceitao ou de rejeio

conforme Tabela 2.

Exemplo numrico:

Inspecionar lote de 45 flanges

Lote 45 cdigo D, amostra com 8 flanges


- se o nmero de peas defeituosas for < 1, aceitar o lote;
- se o nmero de peas defeituosas for > 2, rejeitar o lote.

209

Rejeio
Re
1
1
1
2
2
3
4
6
8

TABELA 3 TOLERNCIAS DIMENSIONAIS DE FLANGES

Esses referenciais de tolerncia so aplicveis aos flanges dos tipos: sobrepostos, roscados,
soltos e cegos.

Dimetro externo

Dimetro interno

24 ou menor

+ 1,6 mm

26ou maior

+ 3,2 mm

10ou menor

Ressalto = 1,60 mm

+ 0,8 mm
- 0 mm
+ 1,6 mm
- 0 mm
Tolerncia conforme
calibre para roscas
+ 0,8 mm
- 0 mm
+ 1,6 mm
- 0 mm
+ 0,8 mm

Ressalto = 6,35 mm

+ 0,4 mm

Macho duplo e canal

+ 0,4 mm
+ 0,4 mm

12 ou maior
Flanges Roscados

Dimetro do encaixe na rosca

10 ou menor
12ou mais

Dimetro do ressalto

Macho e fmea
Dimetro externo do pescoo

Furao

14 ou maior

+ 2,4 mm
- 1,6 mm
+ 3.2 mm

Crculo

+ 1,6 mm

Distncia entre furos adjacentes

+ 0,4 mm mximo

Excentricidade do crculo e do ressalto

0,4 mm mximo
+ 3.2 mm
- 0,8 mm
+ 4,8 mm
- 1,6 mm
+ 3,2 mm
- 0 mm
+ 4,8 mm
- 0 mm
+ 0,8 mm
- 0 mm
+ 1,2 mm
- 0 mm

12 ou menor

18 ou menor
Altura total
20ou maior
18 ou menor
Espessura
20 ou maior
< 10
Dimetro dos furos
> 10

210

TABELA 4 TOLERNCIAS DIMENSIONAIS DE FLANGES

Esses referenciais de tolerncias so aplicveis aos flanges do tipo com pescoo.

24 ou menor

+ 1,6 mm

26ou maior

+ 3,2 mm

10ou menor

+ 0,8 mm

12 a 18

+ 1,6 mm

20 ou maior

+ 3,2 mm
- 1,6 mm

Ressalto = 1,60 mm

+ 0,8 mm

Ressalto = 6,35 mm

+ 0,4 mm

Macho duplo e canal

+ 0,4 mm

Macho e fmea

+ 0,4 mm

5 ou menor

+ 2,4 mm
- 0,8 mm

6 ou maior

+ 4,0 mm
- 0,8 mm

Dimetro na base 24 ou menor

+ 1,6 mm

Dimetro na base acima de 24

+ 3,2 mm

Crculo

+ 1,6 mm

Distncia entre furos adjacentes

+ 0,4 mm

Excentricidade do crculo e do
ressalto

0,4 mm mximo

Largura da face plana para solda

Todos os tamanhos

+ 0,8 mm

ngulo do biselamento

Todos os tamanhos

+2

Dimetro externo

Dimetro interno

Dimetro do ressalto

Dimetro do pescoo no local da


solda

Dimetro do pescoo na base

Furao

Altura total

30

10 ou menor

+ 1,6 mm

12ou maior

+ 3,2 mm

18 ou menor

+ 3,2 mm
- 0 mm

20 ou maior

+ 4,8 mm
- 0 mm

< 10

+ 0,8 mm
- 0 mm

> 10

+ 1,2 mm
- 0 mm

Espessura

Dimetro dos furos

211

6.7.4 Parafusos e Porcas


A aceitao dos parafusos e porcas passa pela certificao de material e verificao dimensional.
CERTIFICAO DE MATERIAL
Verificar os certificados de qualidade do material de todos os lotes de parafusos e porcas, em
confronto com as especificaes ASTM.
parafuso:
estojo:
estojo:
estojo:
estojo:

material ASTM A 307


material ASTM A 193 Gr B7
material ASTM A 193 Gr B5
material ASTM A 193 Gr B6
material ASTM A 320 Gr L7

limitado a 250 C e presso < 20 kgf/ cm


o
limitado a 480 C
o
limitado a 590 C
o
para temperatura > 590 C
o
para temperatura < 0 C

CERTIFICAO DIMENSIONAL
Verificar se todos os lotes esto identificados com as seguintes caractersticas: especificao, tipo
de rosca, tipo de porca, tipo de parafuso e dimenses conforme ANSI B 18.2.1.
Verificar o estado geral quanto ao amassamento, trincas, corroso e proteo.
Verificar, por amostragem conforme Norma ABNT 309, em cada lote, se as seguintes
caractersticas esto de acordo com as referncias da Norma ANSI B 18.2.1:
- smbolo ASTM estampado no parafuso e na porca, ver figura abaixo;
- comprimento do estojo
L
- comprimento do parafuso
L
- dimetro do parafuso, estojo e porca
Dn
- altura da porca do parafuso
AeD
- altura entre faces e arestas da porca
BeE
- distncia entre faces e arestas da porca
CeF
- altura da porca
G
- tipo e passo da rosca.

Parafuso Quadrado

Parafuso Sextavado

Porca Sextavada

Estojo

212

TABELA 5 DIMENSES DE PORCAS E PARAFUSOS PARA FLANGES


Dimetro
nominal (pol.)

Dimenses (mm) de acordo com ANSI B 18.2.1


A

1/2
5/8
3/4

8,3
10,7
12,7

19,0
23,8
28,6

25,8
33,7
40,4

8,7
10,7
12,1

22,2
26,9
31,8

25,6
31,2
36,3

12,3
15,5
18,6

7/8
1
1 1/8
1 1/4

15,0
16,6
19,0
21,4

33,3
38,1
42,9
47,6

47,1
53,9
60,6
67,4

14,7
17,1
19,0
21,4

36,5
41,3
46,0
50,8

42,2
47,2
53,2
58,6

21,8
25,0
28,2
30,9

1 3/8
1 1/2
1 5/8
1 3/4

23,0
25,4

52,4
57,1

74,1
80,8

23,0
25,4
29,4

55,6
60,3
65,1
69,8

64,2
69,6
75,1
80,6

34,1
37,3
40,5
43,6

34,1
38,1
42,1

74,6
79,4
88,9
98,4

86,1
91,6
102,6
113,6

46,8
50,0
55,9
62,3

107,9
117,5
127,0
136,5

124,6
135,6
146,6
157,6

68,6
75,0
80,9
87,3

1 7/8
2
2 1/4
2 1/2
2 3/4
3
3 1/4
3 1/2

46,0
50,8

Dimenses (pol.) de acordo com ANSI B 18.2.1


Classe do
flange

150#

300#

Dimetro do
flange (pol)

Quant.

1/2
3/4
1
1 1/4
1 1/2
2
2 1/2
3
4
6
8
10
12
14
16
18
20
24
1/2
3/4
1
1 1/4
1 1/2
2
2 1/3
3
4
6
8
10
12
14
16
18
20
24

4
4
4
4
4
4
4
4
8
8
8
12
12
12
16
16
20
20
4
4
4
4
4
8
8
8
8
12
12
16
16
20
20
24
24
24

Dimetro
Nominal
(pol)
1/2
1/2
1/2
1/2
1/2
5/8
5/8
5/8
5/8
3/4
3/4
7/8
7/8
1
1
1 1/8
1 1/8
1 1/4
1/2
5/8
5/8
5/8
3/4
5/8
3/4

3/4
3/4
7/8
1
1 1/8
1 1/8
1 1/4
1 1/4
1 1/4
1 1/2

213

Parafusos
flange RF
L
2
2 1/4
2 1/4
2 1/2
2 1/2
2 3/4
3
3 1/4
3 1/4
3 1/2
3 3/4
4
4 1/4
4 1/2
4 3/4
5
5 1/2
6
2 1/4
2 1/2
2 3/4
2 3/4
3
3
3 1/2
3 3/4
4
4 1/4
4 3/4
5 1/2
6
6 1/4
6 1/2
6 3/4
7 1/4
8

Estojos
flange RF
L
2 1/2
2 1/2
2 3/4
2 3/4
3
3 1/4
3 1/3
3 3/4
3 3/4
4
4 1/4
4 3/4
4 3/4
5 1/4
5 1/2
6
6 1/4
7
2 3/4
3
3 1/4
3 1/4
3 1/2
3 3/4
4
4 1/4
4 1/2
5
5 1/2
6 1/4
6 3/4
7
7 1/2
7 3/4
8 1/4
9 1/4

Estojos
flange OR
L

3 1/4
3 1/4
3 1/2
3 3/4
4
4 1/4
4 1/4
4 1/2
4 3/4
5 1/4
5 1/4
5 3/4
6
6 1/2
6 3/4
7 1/2
3
3 1/2
3 3/4
3 3/4
4 1/4
4 1/4
4 3/4
5
5 1/4
5 3/4
6 1/4
7
7 1/2
7 1/2
8 1/4
8 1/2
9
10 1/4

6.7.5 Filtros
Verificar se todos os filtros esto identificados por plaqueta de acordo com a codificao do
projeto.

Verificar, por amostragem conforme Norma ABNT 301, se as seguintes caractersticas esto de
acordo com as normas adotadas pelo projeto:

- distncia entre as extremidades;


- dimenses dos suportes;
- extremidades flangeadas, roscadas e soldadas;
- conformidade do mesh do elemento filtrante com as normas de projeto e o seu estado;
- estado geral do filtro.

6.7.6 Raquetes e Figura 8

Verificar se todas as raquetes e figuras 8 esto identificadas por puncionamento com a


especificao do material, grau, classe de presso e dimetro.
Verificar os certificados de qualidade do material de todas as figuras 8, em conformidade com a
Norma ASTM aplicvel.

Verificar o estado geral da superfcie principalmente das ranhuras, quanto existncia de mossa,
corroso e se esto devidamente protegidas.

Verificar, por amostragem conforme Norma ABNT 301, as seguintes caractersticas de acordo
com as especificaes adotadas pelo projeto:

- dimetro interno e externo na regio da junta;


- dimetro externo do tubo;
- profundidade, tipo e passo das ranhuras;
- espessura;
- rebaixo para junta tipo anel;
- posio do furo de rotao;
- dimetro do furo de rotao;
- dimenso do ressalto.

214

6.7.7 Juntas de Vedao


Verificar se as juntas de vedao esto identificadas, com material, tipo, material do enchimento,
dimetros, classe de presso e padro dimensional de fabricao.
Verificar em todas as juntas de vedao tipo anel o estado da superfcie, quanto corroso,
amassamentos, avarias mecnicas e trincas.
Verificar, por amostragem conforme Norma ABNT 309, se as seguintes caractersticas da junta
esto de acordo com as normas adotadas pelo projeto:
- espessuras;
- dimetro interno e externo;
- passo das juntas espiraladas ou corrugadas;
- espaadores das juntas metlicas, dimetro externo e espessura;
- todas as dimenses das juntas de vedao tipo anel e a dureza nas emendas, se houver.

6.7.8 Juntas de Expanso


Verificar se todas as juntas de expanso esto identificadas por plaqueta de acordo com a
codificao do projeto.
Verificar as seguintes caractersticas de acordo com as especificaes adotadas pelo projeto:
- distncia entre extremidades;
- extremidades (flanges, solda de topo);
- tirantes;
- travamento;
- soldas;
- estado geral das peas da junta quanto trincas, amassamentos e corroso, principalmente na
regio do fole, onde no so admitidos quaisquer defeitos;
- alinhamento;
- marcao do sentido de fluxo.
Nota: as juntas de expanso so pr-estiradas, cerca de
50% do curso total, mediante 2 varetas que devem ser
retiradas quando as mesmas forem instaladas. O
comprimento da junta fria a medida certa para cortar
a tubulao temperatura de 20 oC. Se na ocasio do
recebimento for efetuada prova hidrulica, deve-se
colocar duas varetas roscadas conforme indicado na
figura 2 para anular a ao axial. Estas varetas devem
ser mantidas tambm durante a prova da tubulao.
Figura 2 Junta de Expanso com Travas

215

6.7.9

Vlvulas

A aceitao das vlvulas manuais passa pelas inspees tipo A e tipo B .


INSPEO DE RECEBIMENTO TIPO A
Feita com base em desenhos e documentos aprovados pelo cliente para certificar se a vlvula
est de acordo com a Especificao de Compra. Geralmente, so de fabricao em srie,
dispensando a presena na fbrica do inspetor do cliente.
INSPEO DE RECEBIMENTO TIPO B
Feita com base em desenhos e documentos aprovados pelo cliente para certificar se a vlvula
est de acordo com a Especificao de Compra. Esta vlvula poder ser ou no de fabricao em
srie. A presena do inspetor na fbrica para acompanhamento de inspees e testes finais ser
definida pelo cliente. Estas inspees de recebimento se aplicam s vlvulas manuais de ao
fundido e ao ao carbono forjado dos tipos:
- bloqueio
- regulagem de fluxo
- fluxo em um s sentido

- gaveta e macho;
- globo, agulha, borboleta e diafragma;
- reteno e de p.

DOCUMENTAO ENVOLVIDA NA INSPEO TIPO A


Devero estar disponibilizados 7 itens:
1.

desenhos e documentos aprovados;

2.

inspeo de quantidade;

3.

marcas de identificao;

4.

relatrio dimensional;

5.

anlise qumica e ensaios mecnicos;

6.

relatrio de testes;

7.

relatrio de pintura.

DOCUMENTAO ENVOLVIDA NA INSPEO TIPO B


Devero estar disponibilizados 10 itens:
1.

desenhos e documentos aprovados;

2.

inspeo de quantidade;

3.

marcas de identificao;

4.

defeitos de fundio;

5.

acabamento;

6.

relatrio dimensional;

7.

inspeo de reparos;

8.

anlise qumica e ensaios mecnicos;

9.

relatrio de testes;

10.

relatrio de pintura.

216

PROCEDIMENTOS PARA INSPEO DE RECEBIMENTO TIPO A


Documentao
- verificar se os desenhos e documentos enviados pelo fabricante e que serviro de base para a
inspeo, esto aprovados pelo cliente;
- relacionar os testes e inspees aprovados para o equipamento, conforme o Plano detalhado
de Inspees e Testes;
- fazer a anlise dos relatrios e certificados enviados pelo fabricante, conforme descrito neste
procedimento.
Inspeo de quantidade
- verificar se todas as vlvulas constantes na lista de materiais foram fornecidas.
-verificar as marcas de Identificao
- verificar se as marcaes esto de acordo com o especificado.
Relatrio dimensional
- verificar se as dimenses principais das vlvulas constantes no relatrio dimensional esto
conforme os desenhos e documentos aprovados.
Anlise qumica e ensaios mecnicos
- verificar se os certificados de anlise qumica e ensaios mecnicos dos materiais e das vlvulas
esto conforme o especificado.
Relatrio de testes
- verificar se os mesmos foram realizados conforme ensaios citados na inspeo tipo B.
Relatrio de pintura
- verificar o relatrio de pintura, conforme especificado pelo cliente.
PROCEDIMENTOS PARA INSPEO DE RECEBIMENTO TIPO B
Documentao, :
- verificar se os desenhos e documentos enviados pelo fabricante e que serviro de base para a
inspeo esto aprovados pelo cliente;
- verificar e relacionar os testes e inspees aprovados para o equipamento conforme o Plano
Detalhado de Inspees e Testes;
- fazer a inspeo das vlvulas conforme descrito neste procedimento.
Inspeo de quantidade
Verificar, individualmente, se todas as vlvulas constantes na lista de materiais foram fornecidas.
Marcas de Identificao
Verificar se as marcaes na vlvula esto de acordo com o especificado, observando:
- no volante da vlvula: indicao do sentido de abertura;
- no corpo da vlvula: indicao do sentido de fluxo, o dimetro nominal, smbolo do fabricante e
classe de presso.
Defeitos de Fundio
Verificar a existncia de trincas, incluso de areia, rebarbas de fundio ou defeitos semelhantes
nas peas fundidas. No permitido puncionamento, para sanar porosidades do corpo.
Acabamento
Verificar se existem defeitos de usinagem ou mau acabamento das peas de vedao, peas
rosqueadas, buchas e faceamento dos flanges.
Verificar se houve reparo de fabricao e em caso afirmativo checar a profundidade, a extenso e
a qualidade dos materiais empregados
As vlvulas que tenham sofrido reparos por solda, no devem ser pintadas.

217

6.7.9.1 Inspeo Dimensional


TOLERNCIAS PARA AS DIMENSES DE FACE A FACE
vlvulas de DN < 250 mm
+1,6 mm;
vlvulas de DN >300mm + 3,0 mm.
TOLERNCIAS PARA O NGULO DE PARALELISMO
PERPENDICULARISMO DAS FACES

Dimetro nominal das


vlvulas em mm
at 100
de 150 at 250
maior que 250

Paralelismo ( )
90o + 30
90 + 20
90o +15

Paralelismo

E PARA O NGULO DE

Tolerncias
Perpendicularismo ( )
90o + 30
90 + 20
90o +15

Perpendicularismo

TOLERNCIAS DIMENSIONAIS DOS FLANGES, VER PGINAS 210 E 211


6.7.9.2 Inspeo de funcionamento
Verificar
- se a operao do volante suave e se sua ligao com a haste segura. Na operao de
abertura e fechamento verificar o sistema de vedao;
- se a ligao da haste com o disco ou cunha est correta;
- a concentricidade do disco ou do cone de vedao nas vlvulas tipo globo ou angular. Nestas, o
disco deve ser concntrico em relao sede e, quando totalmente fechadas, o disco deve
assentar perfeitamente na sede;
- se nas vlvulas tipo gaveta o centro da cunha coincide com o centro da sede e se a rea de
passagem do fluxo fica totalmente livre, quando a vlvula est totalmente aberta. Neste tipo de
vlvula, nenhuma parte do dimetro de cunha deve ficar contida no dimetro de passagem da
sede, quando esta se encontrar totalmente aberta.
218

6.7.9.3 Inspeo de reparos


Todos os reparos por solda devem ser examinados por lquidos penetrantes, partculas
magnticas ou raios-X.
Defeitos de fundio observados visualmente ou detectados por ensaios no destrutivos ou
vazamentos ocorridos durante o teste hidrosttico, podem ser reparados por solda, desde que
atendidos os requisitos aplicveis para cada tipo de material.
Estes reparos so classificados segundo a norma Norma ABNT P-NB-230, como indicado.

REPAROS SUPERFICIAIS
So aqueles que podem ser eliminados por esmerilhamento, sem necessidade de reparo por
solda, desde que seja mantida a espessura mnima especificada, conforme norma de fabricao
e que o fundo da cavidade tenha um raio trs vezes maior que sua profundidade.

REPAROS MDIOS
So aqueles em que aps a remoo da parte defeituosa resulte numa espessura de parede no
mnimo de 80% da espessura mnima especificada.
Esses defeitos devem ser reparados por solda.

REPAROS GRANDES
So aqueles em que aps a remoo da parte defeituosa resulte numa espessura inferior a 80%
e superior a 20% da espessura mnima especificada.
Esses defeitos devem ser reparados por solda sendo as vlvulas tratadas termicamente para
alvio de tenses.
RESALVAS
- Os reparos de aos austenticos na clsse de presso de 300 a 600 lbs, cujo tamanho ou
localizao possam afetar a resistncia e a corroso, devem ser reaustenizados aps a solda.
- No devem ser aceitos reparos por martelamento.
- No so permitidos reparos com soldas em vlvulas forjadas

6.7.9.4 Certificados de anlise qumica e ensaios mecnicos dos materiais


Verificar os certificados de anlise qumica e ensaios mecnicos dos materiais usados na
fabricao das vlvulas fornecidas pelo Contratante.
Esses certificados devem estar de acordo com os materiais especificados em projeto.

219

6.7.9.5 Teste hidrosttico


Condio: o fluido utilizado para o teste hidrosttico deve ser gua limpa, isenta de leo e
temperatura ambiente.
Teste do corpo e da tampa Castelo: o teste deve ser feito com a vlvula totalmente aberta, com
a presso conforme tabela da norma P-NB-230, abaixo descrita.
2

Classe de presso (lbf / pol )


150
300
600

Presso de teste (kgf / cm )


30,0
77,0
105,0

Aps a presso atingir o valor indicado nesta tabela, manter por tempo suficiente para se
proceder inspeo de toda a superfcie do corpo e da tampa castelo. O tempo mnimo de
permanncia da vlvula sob a presso de teste ser de:
- 5 minutos para vlvulas com dimetros menores ou iguais a 8
- 10 minutos para vlvulas com dimetros maiores ou iguais a 10.
6.7.9.6 Teste de vedao
O teste deve ser feito com a vlvula totalmente fechada e com uma das extremidades livre, para
que se possa fazer a inspeo. O teste deve ser feito com ar ou gs inerte e com a presso de 5
2
kgf/cm conforme norma ABNT P-NB-230. Deve ser observado o lado correto em que se aplicar
a presso. Para vlvulas com duas superfcies de vedao, ambas devem ser ensaiadas
separadamente. As superfcies de assentamento devem estar limpas e isentas de leo. Aps
atingir o valor indicado, manter a presso por um tempo suficiente para se fazer a inspeo de
toda a superfcie de vedao. So tolerados os vazamentos, conforme indicado:

Dimetro nominal do orifcio


polegada
1
1
2
2
3
4
6
8
10

milmetro
2
40
50
65
80
100
150
200
250

Vazamento permissvel
ml /minuto
bolhas/minuto
0,15
1
0,30
2
0,45
3
0,60
4
0,90
5
1,70
11
4,00
27
6,75
45
7,50
50

Nota: esses testes e o tempo de durao podem tambm ser executados em conformidade com
os referencias da norma API, especificao 6D, pgina 27 ano 2002.
6.7.9.7 Teste de faiscamento
Fazer o teste de faiscamento nas vlvulas com revestimento interno de elastmeros ebonite,
vidro, teflon, epxi, borracha a fim de detectar trincas, bolhas, arranhes ou descontinuidade.
Qualquer falha detectada deve ser reparada e aps o reparo, executar novamente o teste.

220

6.8

PR-MONTAGEM

6.8.1

Condies Gerais

A pr-montagem executada a partir dos desenhos dos spools, isomtricos e do manual de


montagem s poder ser iniciada se:

- os equipamentos de montagem estiverem alocados;


- os materiais de consumo estiverem disponibilizados;
- os materiais para montagem estiverem identificados;
- a seqncia de montagem por rea e por sistema de utilidade, estiver estabelecida.
- os processos de soldagem, ajustagem, fixao, limpeza, teste e aceitao das redes estiverem
definidos;
- o pessoal envolvido na soldagem e nos exames no destrutivos tiver qualificao;
- os desenhos em planta e corte, isomtricos, suporte e spools estiverem aprovados.

6.8.2

Condies Especficas

REFERENTE AOS MATERIAIS E AOS COMPONENTES


- as dimenses das conexes devero ser verificadas antes do corte dos tubos de modo que
eventuais ajustes possam ser feitos;

- as dimenses e os pesos das peas (spools) devem ser funo da capacidade dos
equipamentos de transporte e, de elevao de carga;

- a dimenso linear de todos os tubos deve contemplar um sobre-comprimento de 100 mm, os


alinhamentos e os ngulos de furao das diversas partes que compem a pea (spool), devem
atender as tolerncias, indicadas na figura 3 pgina 222;

RESSALVAS
- na armazenagem e manuseio de tubos e peas, cuidar para que no haja entrada de terra nos
tubos, e leso nos revestimentos;

- as vlvulas devem estar fechadas e com os bocais tamponados.

221

FIGURA 3 REFERENCIAIS DE TOLERNCIA

222

6.9 PREPARAO E MARCAO DOS TUBOS


Preparao dos tubos: fazer sem desperdcio, dando ateno dimenso, material e espessura
dos tubos. As sobras devem ser identificadas.
SIMBOLOGIA DOS CHANFROS

Chanfro Tipo V

executado por maarico


aps o corte do tubo

Chanfro Tipo V

executado por usinagem


aps o corte do tubo

Chanfro Tipo U ou V
(com arestas internas)

executado por usinagem


aps o corte do tubo

Marcaes Dimensionais: incluir os acrscimos no caso de corte automtico de 3 a 4 mm, para


acabamento de 5 mm, alm do comprimento final da barra do tubo (ver figura abaixo).
Marcao de material : inserir o referencial ASTM do material do tubo.
EXEMPLO DE MARCAO

( sem escala )
6.10

CORTE, FOLGAS, CHANFROS E DOBRAMENTO DE TUBOS

CORTE DE TUBOS
So efetuados, mecanicamente ou por maarico, passando por um acabamento por esmeril. No
caso de corte por maarico deve ser assegurada a remoo completa das carepas de solda da
face dos chanfros e proximidades at que se perceba a exposio normal da superfcie metlica
do tubo.
223

FOLGAS

Figura 4 - Folgas para Ligaes Sobrepostas

Figura 5 - Folga para Ligaes Penetrantes

Figura 6 - Folga para Flanges de Encaixe

Figura 7 - Folga para Flanges Sobrepostos

FORMATO DOS CHANFROS

Figura 8 - Chanfro V entre Tubos ou Conexes

Figura 9 - Canfro V p/ Espessuras Diferentes

DOBRAMENTO DE TUBOS
: raio mnimo de dobramento igual a 2,5 x dimetro nominal do tubo.
Tolerncias: relativa reduo de espessura: { ( t tO ) / t } x 100
Tolerncias: relativa mudana de seo: { ( D DO ) / D } x 100
Nestas expresses
t espessura nominal do tubo
em mm
to espessura do tubo depois de dobrado
em mm
D dimetro interno do tubo antes de dobrado
em mm
D0 dimetro interno do tubo depois de dobrado
em mm

224

< 8%
< 5%,

6.11

MONTAGEM

6.11.1 Condies Gerais


O estado das superfcies das peas (spools), dos tubos e acessrios vindos da pr-montagem,
devem ser inspecionados quanto a avarias no transporte.
Os alinhamentos indicados na pgina 222 devem estar conforme ANSI B 31.3 figura 327.3.2.
Os desalinhamentos iguais ou inferiores a 1,5mm, a ajustagem deve ser a frio no havendo
necessidade de usinar ou esmerilhar a superfcie interna para proporcionar a concordncia.
A ajustagem at 2,0mm dos desalinhamentos pode ser feita por dois mtodos. O primeiro
consiste em esmerilhar ou usinar a superfcie interna de uma das extremidades ou de ambas,
com uma inclinao de no mnimo 1 para 4, tomando-se cuidado para que a espessura final no
seja inferior a 87,5% da espessura nominal do tubo ou acessrio. Caso este recurso no possa
ser aplicado, aceitvel um segundo mtodo, que consiste no martelamento a quente tanto para
ao-carbono como para ao-liga, sem necessidade de tratamento trmico desde que:
- a diferena D inicial - D final for D inicial X 0.05
- a temperatura de aquecimento para os aos carbono fique entre 620 a 680C.
- a temperatura de aquecimento para aos liga com teor de Cr at 1,25% fique entre 620 e 720C.
- para aos liga com teor de Cr de 1,25 % a 5% fique entre 680 e 720oC com martelamento
executado sobre chapa intermediria.
O desenvolvimento das chapas para as curvas em gomos deve atender Norma ANSI B 31.3,
Item 306.3. As soldas de fabricao das curvas de gomo devem ser examinadas por radiografia
ou ultra-som, em toda sua extenso.
Na fabricao das bocas de lobo, o anel de reforo caso previsto, s deve ser montado aps
concluso e exame da solda executada entre os tubos de ligao, conforme ANSI B 31.3 Figura
327.4.4D.
O comprimento da derivao deve ser no mximo 150mm medidos a partir da geratriz superior do
tubo principal. A penetrao do passe de raiz da solda entre os tubos, dever ser inspecionada
visualmente. Aps a concluso da solda entre os tubos, dever ser realizado novo exame com
lquido penetrante e s ento montado o anel de reforo.
No deve ser usado o aquecimento localizado em materiais especificados segundo ANSI B 31.3
com P-number P3, P4, P5, P6, P10A e P10B. Se isto for absolutamente necessrio aps o
aquecimento, esta rea deve ser submetida a um tratamento trmico.
A espessura do cachorro no deve ultrapassar o maior dos valores; a metade da espessura do
tubo ou 5mm.
Devem ser dispostos inclinados em relao direo longitudinal dos tubos de pelo menos 300.
Devem ser de material similar ao do tubo, mesmo P-number. Caso isto no seja possvel, deve
ser feito um revestimento, na regio de contato com o tubo, com metal depositado e de
composio qumica compatvel com o material do tubo. A espessura do revestimento deve ser
igual ou maior que a altura do cordo usado no ponteamento.
A quantidade de cachorros por junta soldada deve ser:
- duas peas
- quatro peas
- seis peas

se o dimetro do tubo for < 4


se o dimetro do tubo for < 14
se o dimetro do tubo for < 24

225

6.11.2 Flanges
Os flanges disponibilizados para montagem, devem ter suas faces protegidas contra choques
mecnicos e corroso. Aps a remoo desta proteo, devem ser examinadas criteriosamente e
s ento liberados para montagem.
Salvo indicao em contrrio, os flanges devero ser montados no tubo, de maneira que os
planos vertical e horizontal que contm a linha de centro da tubulao dividam igualmente a
distncia entre os furos dos parafusos do flange.
Quando usados flanges sobrepostos, devem ser soldados interna e externamente na tubulao,
de maneira que a extremidade do tubo fique afastada da face do flange de uma distncia igual
parede do tubo mais 3mm. A solda interna deve ser executada de maneira que a face do flange
no exija re-usinagem. No caso de uso de flanges de encaixe, a folga entre o extremo do tubo e a
face do encaixe deve ser de 1,5mm.
Os flanges de orifcio devem ser montados com as tomadas posicionadas na tubulao, conforme
definido em projeto.
A solda interna dos tubos com flanges de orifcio deve ter o reforo interno esmerilhado rente ao
tubo.
Flanges de ao acoplados com flanges de ferro fundido, devem ser montados com cuidado para
evitar que se danifique o flange de ferro fundido.
No permitido o acoplamento de flange de ressalto com flange de face lisa. Caso haja esta
necessidade, o ressalto deve ser removido por usinagem, e usada junta de face.
Os furos dos parafusos devem estar alinhados, independente de qualquer esforo e sem que
tenha sido inserido entre os flanges qualquer material que no seja a junta especificada; os
parafusos devem passar pelos furos livremente, aps a linha estar totalmente soldada.
Os flanges devem ser apertados pelos parafusos de maneira uniforme e dentro dos limites
especificados. O aperto deve ser feito gradativamente e numa seqncia em que sejam
apertados parafusos diametralmente opostos. No permitido o uso de extenses nas chaves
para aperto dos parafusos dos flanges. No aperto, as porcas devem ficar completamente
roscadas no corpo do parafuso ou estojo. Quando se tratar de estojo, as porcas devem ficar a
igual distncia das extremidades. Em nenhuma hiptese permitido o ponteamento com solda
das porcas nos parafusos ou peas.
A tenso de aperto do flange, deve ser processada por igual pelos parafusos diametralmente
opostos, conforme indicado na figura, utilizando-se torqumetro ou medindo-se a extenso da
rosca do parafuso. Os parafusos e as porcas devem ser grafitados quando do aperto.
TENSES RECOMENDADAS PARA OS APERTOS DOS PARAFUSOS DOS FLANGES
- inicial (PI) de 25 a 40 bar
- inicial (PI) de 80 a 120 bar
- inicial (PI) de 200 a 400 bar
- residual (PR)
- final (PF)

se a junta for de borracha


se a junta for de papelo hidrulico
se a junta for metlica
1,5 a 2,0 vezes o valor do aperto inicial
ajustado conforme efeito da dilatao

6.11.3 Juntas de Vedao


As juntas de vedao definitivas das ligaes flangeadas, devem estar de acordo com as
especificaes de material do projeto de tubulao. No caso de juntas cortadas de lenis, a
identificao do material do lenol deve ser transferida para cada junta cortada.
As juntas no metlicas devem estar limpas, sem sulcos, riscos, mossas ou quaisquer
deformaes visveis. Caso o dimetro externo das juntas de vedao no esteja de acordo com a
ANSI B 16.5, Apndice E, Figuras 3, 5 e 7, providenciar um anel de papelo com o dimetro externo
correto dentro dos quais se encaixar a junta de vedao. Montar o conjunto assim formado na ligao
flangeada.

226

6.11.4 Juntas de Expanso


As juntas de expanso devem ser montadas de modo que no sejam submetidas a qualquer
esforo para o qual no foram projetadas.
6.11.5 Ligaes Roscadas
A abertura de roscas em tubos galvanizados ou com outros revestimentos externos, dever ser
acompanhada de recomposio similar desses revestimentos aps a abertura da rosca.
Nos tubos galvanizados aplicar a trincha, em duas demos, tinta de fundo epxi-p de zinco amida
curada de dois componentes, de modo a obter espessura seca de 35 mcrons por demo como mnimo.
A aplicao da 1 demo deve ser feita imediatamente aps a abertura da rosca e execuo da ligao
roscada. O tempo de secagem para a aplicao da 2 demo varia de 18 a 24 horas.
Antes da aplicao do vedante, deve ser verificada a limpeza da rosca, que deve estar livre de
rebarbas, limalhas e outros resduos. No permitido usar qualquer material no especificado
nas juntas roscadas, tais como: barbantes, estopas, zarco, etc.
O aperto das roscas deve ser feito com ferramentas adequadas, no se permitindo o uso de
extenses.
As soldas de selagem das ligaes roscadas s podem ser executadas quando indicadas no
projeto; e no podero terminar na regio da rosca. Neste caso no ser permitida a aplicao de
vedantes. No permitida a solda de selagem em tubos galvanizados.
6.11.6 Suportes Metlicos
Durante a montagem devem ser previstos suportes provisrios, de modo que a linha no sofra
tenses exageradas, nem que esforos elevados no previstos no projeto, sejam transmitidos aos
equipamentos, mesmo que por pouco tempo.
O material dos apoios, na parte soldada com o tubo, deve ter o mesmo P-number do tubo.
Os beros fixados por solda descontnua, devem ser soldados aps a concluso da pintura, nas
partes que sero encobertas pelo suporte. Os espaos entre os cordes de solda devem ser
calafetados para impedir a penetrao de gua.
As ancoragens s devem ser feitas aps a concluso dos trabalhos de montagem, alinhamento,
nivelamento, e imediatamente antes do teste hidrosttico. Somente podem ser executadas nos
locais previstos pelo projeto, devendo ser retiradas as soldas provisrias usadas na montagem
dos suportes deslizantes.
6.11.7 Equipamentos Estticos, bombas, compresspres, ventiladores, tanques, etc.
Antes da montagem desses equipamentos na base de concreto, o nivelamento deve ser aferido e
eventuais ajustes feitos com a utilizao de calos de ao instalados em ambos os lados dos
parafusos chumbadores, deixando espao suficiente para execuo do grauteamento.
Observar:
- o intervalo entre calos no deve exceder a 800mm;
- o centro dos calos deve coincidir com a circunferncia mdia da rea de apoio;
- a altura do calo no deve ultrapassar 5mm da altura da base prevista em projeto;
- o comprimento dos calos deve ser 30 mm maior que a largura da base do equipamento.
A presso suportada pelos calos, avaliada pela expresso A=P/ (N x L x B) no deve exceder a
2
30 kgf/cm . Caso isso ocorra, o nmero de calos deve ser aumentado. Na expresso
referenciada, considerar:
- A: presso suportada, em kgf/cm2.
- P: peso de iamento do equipamento, em kgf.
- N: nmero de calos.
- L: comprimento do calo.
- B: largura do calo, conforme tabela.
Dimetro Nominal do Chumbador
d 1
1 d < 2
d 2

Largura do Calo
50 mm
75 mm
100 mm

227

6.12

INSPEO VISUAL E DIMENSIONAL EM SOLDAS

O controle da preparao das juntas e da qualidade da solda, dever seguir as instrues


estabelecidas nas classes A1, A2 e A3 da Norma DIN 8563 que determinam:
CLASSE A1 PARA REDES DE OXIGNIO
- controle visual e dimensional de chanfros e bordas:
obrigatrio;
- controle visual e dimensional de ajustagem das partes a soldar: obrigatrio;
- controle de pr-aquecimento e temperatura de interpasse em funo
da temperatura ambiente, espessura e natureza do metal base:
obrigatrio;
- qualificao do procedimento de soldagem:
obrigatrio;
- qualificao do soldador:
obrigatrio;
- controle por radiografia (solda de topo com penetrao total)
obrigatrio 100%.
Caber ao montador:
- responsabilizar-se pela elaborao da Caderneta de Controle de Soldas, em duas vias,
indicando para cada solda: o nmero da solda; a identificao dos soldadores; as caractersticas
dos eletrodos; a data de execuo; os resultados dos exames de radiografia;
- estruturar no canteiro um rgo de Controle de Soldagem, o qual ter como escopo: aprovar o
procedimento de solda; aprovar o material de soldagem, os eletrodos, as regulagens de tenso e
de intensidade; submeter os soldadores a testes, dando certificados de aprovao e indicando
sua capacidade; controlar visualmente as soldas; realizar o controle radiogrfico e interpretar os
resultados; realizar ensaios destrutivos e definir a numerao das soldas.
CLASSE A2 PARA REDES DE GASES E ACETILENO
- controle visual e dimensional de chanfros e bordas:
- controle visual e dimensional de ajustagem das partes a soldar:
- controle de pr-aquecimento e temperatura de interpasse
- em funo da temperatura ambiente, espessura e natureza do
- metal base:
- qualificao do procedimento de soldagem:
- qualificao de soldador:
- controle de soldador:
- controle por radiografia ou ultra-som: com amostragem mnima
de 10% no caso de solda de topo ou junta T com penetrao total:
- controle por radiografia ou ultra-som nas soldas de filete:
- controle por lquido penetrante:(amostragem mnima de 10%):

obrigatrio;
obrigatrio;

obrigatrio;
obrigatrio;
obrigatrio;
obrigatrio;
obrigatrio;
no obrigatrio;
obrigatrio.

CLASSE A3:PARA REDES DE GUA, AR COMPRIMIDO E NITROGNIO


- qualificao de procedimento
no obrigatrio;
- qualificao de soldador
no obrigatrio;
- controle por radiografia, ultra-som ou lquido penetrante:
no obrigatrio;
- controle visual e dimensional de chanfros e bordas:
obrigatrio;
- controle visual e dimensional de ajustagem das partes a soldar: obrigatrio;
- emprego de eletrodos normalizados, de fabricantes idneos:
obrigatrio.
Nota: os critrios de execuo e de aceitao de juntas soldadas sero feitos conforme Norma
API 1104 ou ANSI B 31.3, ltima edio.

228

6.12.1 Inspeo de Soldas


INSPEES VISUAL INTERNA
Sero inspecionados:
- as condies do chanfro;
- a preparao das mquinas e eletrodos;
- o alinhamento de tubo com tubo e folga;
- o trmino do passe da raiz;
- o termino da solda;
- a marcao das identificaes do soldador e do inspetor interno.
Observar os seguintes defeitos de solda:
- mordedura;
- porosidade;
- fissura;
- altura do cordo;
- falta de cordo;
- respingo.
Todos os preparativos e trabalhos da soldagem, bem como os parmetros principais devem ser
anotados em ficha apropriada indicada na pgina 232 registrando:
- nmero da mquina de solda
- tipo e referncia do eletrodo
- corrente eltrica / polaridade
- nome e nmero do soldador
- posio da solda
- espessura da parede
- folga da raiz.
INSPEO RADIOGRFICA
Sero inspecionadas somente as soldas de topo. As soldas de encaixe e de filete no sero
inspecionadas.
A inspeo ser executada de acordo com a Norma ANSI B31.3 SPOT EXAMINATION. Os
pontos para radiografia sero definidos por amostragem aleatria e indicados no isomtrico.
Sero examinados 10% das juntas soldadas.
Dever aparecer na imagem radiogrfica:
- data da execuo da radiografia;
- nmero da linha;
- nmero da junta;
- nmero do filme;
- nmero do soldador;
- a capa do filme dever apresentar a identificao da junta, o laudo e a assinatura do inspetor.
Os critrios para a interpretao do filme radiogrfico devero ser acordados considerando a
extenso do ASME SEC. XIII UK-52 SPOT EXAMINATION.
As soldas que apresentarem defeitos sero reparadas e novamente radiografadas.
A aceitao das imperfeies de soldagem, devero estar conforme a norma DIN 8563.
229

INSPEO DIMENSIONAL - TOLERNCIAS CONFORME NORMA DIN 8563

230

6.12.2

Defeitos de Solda

TIPO DE DEFEITO - INCLUSO DE ESCRIA SUPERFICIAL - CRITRIOS PARA INSPEO


Classe A1 - Inaceitvel qualquer incluso cuja maior dimenso for maior que:
- para espessura menor que 10 mm
2,5 mm
- para espessura na faixa de 10 a 19 mm
5,0 mm
- para espessura na faixa de 20 a 60 mm
0,3 x espessura
- para espessura maior que 60 mm.
20 mm
Classe A2- Inaceitvel qualquer incluso cuja maior dimenso for maior que:
- para espessura menor que 10 mm
4,0 mm
- para espessura na faixa de 10 a 19 mm,
6,0 mm
- para espessura na faixa de 20 a 60 mm
0,5 x espessura
- para espessura maior que 60 mm.
30 mm
Classe A3 - Inaceitvel qualquer incluso cuja maior dimenso for maior que:
- para espessura menor que 10 mm
5,0 mm
- para espessura na faixa de 10 a 19 mm
7,0 mm
- para espessura na faixa de 20 a 60 mm
0,7 x espessura
- para espessura maior que 60 mm
50 mm
No caso de mais de uma incluso, a soma de suas dimenses na extenso de soldagem de
12 x a espessura, dever ser menor que a espessura nas Classes A1 e A2 e menor que 1,5 x a
espessura na Classe A3, exceto se a separao entre duas for maior que 6 x a maior delas na
Classe A1, 4 x a maior delas na Classe A2 e 3 x a maior delas na Classe A3.
TIPO DE DEFEITO: POROSIDADE SUPERFICIAL - CRITRIOS PARA INSPEO
Classe A1 - Um poro isolado inaceitvel se seu dimetro for maior que:
- para espessura menor que 5 mm
1,0 mm
- para espessura na faixa de 5 a 9 mm
1,5 mm
- para espessura na faixa de 10 a 20 mm
2,0 mm
- para espessura na faixa de 20 a 40mm
2,5 mm
- para espessura maior que 40 mm
3,0 mm
Classe A2 - Um poro isolado inaceitvel se seu dimetro for maior que:
- para espessura menor que 5 mm
1,5 mm
- para espessura na faixa de 5 a 9 mm
2,0 mm
- para espessura na faixa de 10 a 20 mm
2,5 mm
- para espessura na faixa de 20 a 40mm
3,0 mm
- para espessura maior que 40 mm
4,0 mm
Classe A3 - Um poro isolado inaceitvel se seu dimetro for maior que:
- para espessura menor que 5 mm
2,0 mm
- para espessura na faixa de 5 a 9 mm
2,5 mm
- para espessura na faixa de 10 a 20 mm
3,0 mm
- para espessura na faixa de 20 a 40mm
4,0 mm
- para espessura maior que 40 mm
5,0 mm
inaceitvel qualquer concentrao de poros alinhados ou no se a soma dos dimetros numa
extenso de soldagem de 12 x a espessura for maior que a espessura nas Classes A1 e A2 e
1,5 x a espessura na Classe A3, exceto se a separao entre dois poros for maior que 6 x o maior
deles na Classe A1, 4 x o maior deles na Classe A2 e 3 x o maior deles na Classe A3.
231

6.13

GUIA PARA SOLDAGEM COM ATMOSFERA PROTETORA

Solda TIG

Solda MIG - MAG

Proteo de raiz

6.14

Material

Gs

Aos no ligados e de baixa liga

Argnio S

Aos inoxidveis austenticos

AGAMIX SH 02

Aos de alta liga no austenticos

Argnio S

Alumnio e suas ligas

Argnio S

Cobre e suas ligas

Argnio S

Titnio

Argnio SR

Aos no ligados e de baixa liga

AGAMIX SK 20

Aos de alta liga

AGAMIX SK 02

Alumnio e suas ligas

Argnio S

Cobre e suas ligas

Argnio S

Titnio

Argnio SR

Aos no ligados e de baixa liga


Aos inoxidveis austenticos
Aos de alta liga no austenticos
Alumnio e suas ligas
Cobre e suas ligas
Titnio

Argnio S
Argnio S
Argnio S
Argnio S
Argnio S
Argnio SR

ESPECIFICAO DE PROCEDIMENTO DE SOLDAGEM - EPS

Formulrio baseado parcialmente no Cdigo ASME, Seo IX.


Processo de soldagem: manual, semi-automtico.
Tipo:
Data:
JUNTAS:
Projeto da Junta:
Cobre Junta Sim ou No:
Tipo de material:
METAIS DE BASE:
Tipo
Anlise qumica:
Faixa de espessura:

TRATAMENTO TRMICO APS SOLDAGEM:


Faixa de temperatura:
Tempo de permanncia:

CARACTERSTICAS ELTRICAS:
Corrente CC ou CA:
Polaridade:
Faixa de corrente:
Tenso:
METAIS DE ADIO E FLUXOS
TCNICA:
Classificao AWS:
Dimenso do bocal:
Marca comercial:
Distncia Bico de contato-pea:
Dimenses:
Limpeza inicial escovamento ou esmerilhamento
Limpeza entre passes escovamento ou esmerilhamento:
GS:
Cordo reto ou tranado:
Gs de proteo:
Oscilao:
Composio das misturas:
Mtodo de goivagem:
Vazo:
Nmero de passes por lado
PR-AQUECIMENTO:
Eletrodo simples ou mltiplo:
Temperatura:
Faixa de velocidade de soldagem:
Temperatura entre passes:
Posio:
DETALHES DA JUNTA
Passe
Metal de Adio
Corrente
Faixa de
Velocidade
Processo
(mm/s)
Nmero
Classe
Dimetro
Polaridade Faixa(A) Tenso (V)

232

6.15

LIMPEZA DAS TUBULAES

CONDIES GERAIS
O local para execuo dos servios de limpeza dever ser limpo, ventilado, com boa iluminao,
protegido contra intemprie e entrada de estranhos.
Dever possuir tomadas de energia eltrica, vapor, nitrognio, ar comprimido, gua potvel,
bancadas apropriadas para limpeza dos tubos, tanques com dimenses suficientes para a
completa imerso dos tubos e dos spools, instalaes para higiene do pessoal e lava olhos para
eventual emergncia.
Devero estar disponveis: equipamentos de segurana, ferramental, acessrios, plstico
transparente com espessura mnima de 0,3mm, adesivo transparente e cordo de algodo.

ETAPAS PROCESSUAIS
Faz-se necessria execuo das etapas de 1 a 8 na seqncia apresentada, para se obter
eficincia no processo de limpeza das redes de utilidades.
Etapa 1 - Recebimento: consiste em receber os tubos em barras ou spools, vindos do pipe
shop com todos os detalhes de fabricao j realizados.
Etapa 2 - Inspeo e seleo: verificao da conformidade dos spools com os desenhos de
fabricao, e seleo do processo de limpeza adequado.
Etapa 3 - Limpeza inicial: efetuada por meio de processo qumico ou simplesmente lavagem por
meio de jato de gua. Neste caso a limpeza ser executada do ponto mais alto para o mais baixo,
a fim de que o fluxo de gua carregue todos os corpos estranhos existentes no interior das
tubulaes.
Etapa 4 - Limpeza primria
PARA TUBULAES GALVANIZADAS E ACESSRIOS
Tubulao:

- lavagem com jato de gua limpa);


- jateamento com vapor de processo a temperatura de 150o a 190o C;
- secagem com ar comprimido seco ou nitrognio;
- proteo das extremidades dos tubos e spools;

Acessrios:

- inspeo visual para se constatar, se h ou no necessidade limpeza. Caso haja,


desmont-los totalmente e limpar os componentes com estopa embebida em
tricloroetileno, para remoo de leo ou graxa.

Para tubulaes e acessrios em ao carbono


Tubulaes com dimetros < 2:

limpeza por meio de um processo qumico anlogo ao utilizado


nas redes de oxignio.

Tubulaes com dimetros > 2:

jateamento interno com areia padro SA 1 , sopro com ar


comprimido seco.

Acessrios:

conforme o procedimento para os acessrios galvanizados.

233

PARA TUBULAES E ACESSRIOS PREVISTAS PARA REDES DE OXIGNIO


a) Limpeza mecnica
Os tubos retos, curvas, derivaes, redues e peas, com dimetros de 100 a 400 mm, devero
ser limpos por jateamento abrasivo (com areia), o suficiente para que a superfcie interna e
externa atinja o metal quase branco, padro SA 2 .
Exclu-se aqueles componentes de ao inoxidvel e metais no ferrosos.
Para tubulaes com dimetro < 100 mm, a limpeza dever ser feita manual ou mecanicamente
com escovas metlicas, de ao inoxidvel austentico ou de bronze.
b) Desengraxamento
Imergir as peas por um perodo de 60 minutos em soluo de hidrxido de sdio - NaOH, na
concentrao de 10% a 12% temperatura de 50 a 60oC.
Retirar as peas e lav-las em jato de gua limpa at que todo componente alcalino seja
eliminado, e inspecion-las. A operao dever ser repetida, caso necessrio.
A concentrao indicada no incio da limpeza dever permanecer constante no decorrer dos
trabalhos de limpeza, devendo ser reforada caso se note queda nos banhos sucessivos.
Aps o trmino do desengraxamento deve ser verificada a remoo da soluo alcalina usandose papel de tornassol.
Esta etapa ser aplicada a todos os componentes das tubulaes: tubos, peas, acessrios com
exceo daqueles recebidos limpos e selados no fabricante: vlvulas, filtros, instrumentos, juntas
de expanso dos componentes de ao inoxidvel ou de metais no ferrosos.
c) Decapagem
Imergir as peas, por um perodo de 2 horas, em soluo de cido sulfrico - H2SO4 na
o
concentrao de 10 a 12% em volume temperatura de 50 a 60 C, com at 0,6% de inibidor de
corroso.
Retirar as peas e lav-las em jato de gua limpa at que todo componente cido seja removido.
Para manter a concentrao constante, a densidade dever ser verificada e reforada conforme
necessrio.
d) Neutralizao
Imergir as peas, por um perodo de 30 minutos, em soluo de hidrxido de sdio - NaOH na
concentrao de 6% temperatura ambiente.
Retirar as peas e lav-las em jato de gua limpa (potvel), at que todo componente alcalino
seja removido. Comprovar a remoo da soluo alcalina usando-se papel de tornassol.
Esta etapa ser realizada sempre que for feita a decapagem.
e) Imerso em gua
Imergir as peas, por um perodo de 10 minutos, em gua aquecida a 50o Celsius.
Retirar as peas e lav-las em jato de gua potvel.
f) Sopro do vapor
Soprar os componentes com jato de vapor para que carepas remanescentes nas paredes dos
mesmos se soltem.

234

g) Fosfatizao
Imergir as peas, por um perodo de 30 minutos, em soluo de cido fosfrico - H3PO4 na
concentrao de 5% em volume, temperatura ambiente.
Retirar as peas e deixar que estas se sequem naturalmente.
h) Limpeza com solvente clorado
A limpeza com solvente clorado dever ser realizada em todos os componentes das tubulaes,
mesmos aqueles que tenham sido recebidos limpos e selados do fabricante. A limpeza com
solvente clorado dever ser realizada com 1,1/1 tricloroetano (metil clorofrmio).

Observaes Antes da limpeza dever ser feita a anlise do solvente utilizado para imerso dos componentes,
quanto quantidade de hidrocarbonetos dissolvidos.
Para tal, utilizar instrumento aferido e calibrado e selecionar a amostra representativa do solvente.
Se a quantidade de hidrocarbonetos dissolvidos for maior ou igual a 20 ppm, o solvente ser
considerado inadequado e substitudo totalmente por solvente novo.

235

PROCEDIMENTO PARA LIMPEZA DE TUBOS E CONEXES COM SOLVENTE CLORADO

EM DIMETROS MENORES QUE 100 MM


- imergir os componentes pelo perodo de duas horas;
- aps a imerso lavar os mesmos com jatos de gua limpa. Vedar uma das extremidades do
componente e colocar o tricloroetano (solvente novo) no interior do mesmo, at um volume de 2/3
do volume interno total do componente. Fazer movimentos para cima e para baixo girando o
componente ao mesmo tempo;
- retirar o solvente e proceder inspeo quanto concentrao de hidrocarbonetos;
- proceder a secagem do componente ao ar livre ou jato de nitrognio seco;
- inspecionar com luz negra.

EM DIMETROS NA FAIXA DE 100 MM A 400 MM


- imergir os componentes pelo perodo de duas horas;
- aps a imerso preparar um jato de solvente novo e jact-lo na parte interna do componente;
- proceder ento inspeo do solvente clorado quanto a concentrao de hidrocarbonetos;
- proceder a secagem do componente ao ar livre ou jato de nitrognio seco;
- inspecionar com luz negra.

EM DIMETROS MAIORES QUE 400 MM


- imergir os componentes pelo perodo de 2 horas;
aps a imerso fazer uma limpeza manual com pano embebido com solvente novo;
- proceder a secagem do componente ao ar livre ou jato de nitrognio seco;
- inspecionar com luz negra.

PROCEDIMENTO PARA LIMPEZA DE ACESSRIOS


- colocar os componentes em um recipiente com solvente clorado, incluindo as juntas e gaxetas
sobressalentes que sero utilizadas na remontagem em substituio as originais que devero ser
descartadas;
- agitar a soluo e limpar cada componente com pincel apropriado;
- retirar cada componente e sec-lo com sopro de ar seco ou jato de nitrognio seco,
aps um perodo de duas horas de imerso;
- inspecionar cada componente com luz negra;
- remontar os componentes e realizar um ensaio de vazamento com nitrognio nas vlvulas;
- re-imergir o conjunto em solvente novo pelo perodo de no mnimo duas horas, procedendo
inspeo com luz negra;
- ressecar e selar o acessrio.

236

Etapa 5 - Selagem
A selagem dos tubos, peas e acessrios deve ser efetuada imediatamente aps a limpeza,
porm s depois da autorizao do inspetor credenciado ao cliente responsvel pela limpeza. As
peas grandes tero suas extremidades vedadas por caps plsticos.
As peas pequenas e acessrios sero condicionadas em sacos de polietileno novos e limpos,
isentos de graxas e leo.
Etapa 6 - Sopro com Nitrognio
Aps a montagem dos spools e acessrios e antes da montagem das vlvulas, filtros e
instrumentos, a tubulao deve ser soprada de modo a retirar as partculas de solda e qualquer
impureza depositada no interior da tubulao durante a montagem dos spools.
O sopro deve ser feito com nitrognio puro, a velocidade de 30 m / s, de forma intermitente e
acompanhados por martelamento em toda extenso da tubulao, principalmente nas juntas
soldadas.
Observao:
No caso da fonte de nitrognio ser uma tubulao existente, deve ser instalado um filtro de 80
micrmetros na tubulao de injeo de nitrognio. No caso da fonte ser um caminho tanque ou
garrafas, deve ser instalada na tubulao de injeo uma vlvula controladora de presso. Em
qualquer dos casos, a tubulao de injeo de nitrognio deve estar devidamente limpa, sendo
necessrio, portanto, que esta tenha sido desengraxada, decapada e lavada.
Etapa 7 - Montagem dos tubos
Aps a aprovao da limpeza primria pela fiscalizao, os tubos com as extremidades
tamponadas esto liberados para montagem.
Ateno deva ser dada a proteo das extremidades dos tubos, para que frestas no ocorram
permitindo a penetrao de partculas ou corpos estranhos nos mesmos.
Etapa 8 - Limpeza final
Antes do incio dessa limpeza, que tem por objetivo eliminar quaisquer sujeiras que porventura
tenham penetrado no interior dos tubos na montagem, deve ser assegurado a abertura total das
vlvulas e a ausncia das placas de orifcio, purgadores e filtros, de modo a evitar
estrangulamentos que impeam o escoamento normal das sujeiras. Precaues devem ser
tomadas para que as presses do fluxo de limpeza sejam superiores s presses de servio da
linha.
Observaes:
Para as redes de gua, esta circulao levar o tempo necessrio para ser obtido na sada, gua
completamente limpa, garantida pela verificao de um filtro ou tela de 60 mesh colocada na
sada da linha.
Para as redes de ar comprimido e nitrognio, esta circulao ser feita por meio de sopro de ar
comprimido seco, o tempo necessrio para que no sejam detectadas impurezas no filtro ou na tela de
60 mesh colocada na sada da linha.

237

6.16

TESTES

CONSIDERAES
O teste de presso deve ser executado preferencialmente por sistemas de tubulaes, ao invs
de tubulaes individuais. A quebra de continuidade, atravs da instalao de raquetes para o
teste hidrosttico, deve ser minimizada, juntando-se as tubulaes e equipamentos passveis de
se submeterem mesma presso de teste. Os equipamentos j testados e que no causem
dificuldades ao teste, podem ser re-testados simultaneamente com o sistema de tubulaes
conectados aos mesmos. Os que ainda no foram testados, devem ser perfeitamente isolados do
sistema em teste.
A presso de teste no deve exceder em nenhum ponto a presso de teste permitida para tais
equipamentos.
Antes do teste, devem ser removidos todos os dispositivos que causem restrio ao fluxo, discos
de ruptura, vlvulas de segurana e de alvio. Estes devem ser substitudos por peas provisrias.
Filtros provisrios devem ser instalados na entrada dos vasos, compressores, bombas e outros
equipamentos que possam ser prejudicados por detritos e devem ficar no sistema durante o teste
de presso, limpeza, pr-operao e incio da operao. Fica dispensada a instalao desses
filtros quando j constar do projeto instalao de filtros permanentes.
Todas as vlvulas devem ser sujeitas ao teste de presso, inclusive as de bloqueio situadas nos
limites do sistema, que devem ser raqueteadas no flange a jusante do sistema.
As vlvulas de bloqueio e de controle que tenham presso de teste diferente de um lado e de
outro, devem ser testadas com o sistema de maior presso, limitando-se o sistema com uma
raquete no flange da vlvula.
As vlvulas de reteno devem ser pressurizadas no sentido da abertura. Se isto no for possvel,
travar a parte mvel na posio aberta. Todas as outras vlvulas devem ser mantidas na posio
totalmente aberta.
As juntas de expanso, devem ser isoladas ou substitudas por carretel temporrio. Quando
submetidas ao teste, devem ser protegidas por tirantes e suportes temporrios.
Todos os suportes, pendurais, guias, batentes, devem ser ligados ao sistema de tubulaes antes do
teste de presso. Os suportes de mola devem ser travados durante o teste.
Deve ser instalado no mnimo um manmetro no ponto do sistema de maior elevao. Os
manmetros devem ser adequados presso de teste, de tal forma que, a leitura da presso
esteja entre 1/3 e 2/3 da escala, e que as divises sejam no mximo de 5% da presso de teste,
com mostrador de dimetro mnimo de 75 mm.
Todas as ligaes devem ser deixadas expostas, sem isolamento, revestimento ou pintura, para
exame durante o teste. As tubulaes enterradas adequadamente suportadas, devem ficar com
as ligaes expostas, exceto as ligaes enclausuradas em concreto que j tiverem sido testadas
previamente.
FATORES CONDICIONANTES
Nos pontos altos do sistema de tubulaes e nos equipamentos, as vlvulas de respiro devem
estar completamente abertas, para que o ar seja expulso, quando se encher os mesmos com
lquido de teste.
No permitido o martelamento das tubulaes durante o teste de presso.
O re-aterro de ruas, abertos para passagem de tubulaes, somente poder ser iniciado aps o
teste de presso e revestimento da tubulao.

238

TEMPERATURA DE TESTE
Mnima de 10oC. Se inferior, o fluido de teste deve ser aquecido a 40oC .
FLUIDO DE TESTE
Ar, gs inerte ou gua doce, no agressiva, isenta de hidrocarbonetos.
PRESSO DO TESTE
Hidrosttico com temperatura maior que 340C
Pteste = 1,5 x P x (ST Sh )
Hidrosttico com temperatura menor ou igual a 340C Pteste = 1,5 x P
Pneumtico em qualquer temperatura:
Pteste = 1,5 x P, onde:
P: presso de projeto;
ST: tenso admissvel do material na temperatura do teste;
Sh: tenso admissvel do material na temperatura de projeto.
EXECUO DO TESTE HIDROSTTICO - CONFORME ANSI B.31.3 PARGRAFO 337.4.3
Elevar a presso gradualmente ao valor do teste a taxa mxima de Pt / 16 por minuto.
Manter a presso por tempo necessrio a verificao do sistema, porm no inferior a 15 min. Se
durante a pressurizao o fluido de teste expandir (devido a insolao) a sobre-presso ocorrida
deve ser aliviada por meio de respiros.
Realizar o teste de vedao de todas as vlvulas de bloqueio e de reteno, (aps o teste de
presso) do sistema, fechando completamente a vlvula e drenando o lado do sistema de maior
presso, em relao a vlvula de bloqueio, ou o lado que provoca a abertura da vlvula de
reteno. Inspecionar o corpo a contra-vedao e ligao da vlvula com o tubo.
Ajustar a presso de teste, quando devido coluna hidrosttica, a presso for ultrapassada em
algum componente.
Inspecionar os suportes das tubulaes verificando seu comportamento conforme projeto.
EXECUO DO TESTE PNEUMTICO - CONFORME ANSI B.31.3 PARGRAFO 337.4.4
Pressurizar o sistema a 1,0 Kgf/cm2 e verificar os componentes com soluo formadora de
bolhas. Subir vagarosamente a presso at 50% e verificar os componentes com soluo
formadora de bolhas, repetir o procedimento para 75% e 100% de presso de teste.
CONSTATAO DE VAZAMENTOS
Despressurizar o sistema, abrir o suspiro e drenar as redes.
Nas tubulaes verticais recomendvel reduzir o nvel at 2 metros abaixo do local do reparo.
Secar o local do vazamento e proceder ao reparo. Toda a tubulao reparada deve ser retestada.
6.17 CONDIO DE ACEITAO DO TESTE
A estanqueidade do sistema ser verificada pela expresso:
E = Pf x Tf x 100 / Pi x Ti , onde:
em kgf/cm2
em kgf/cm2
em K
em K

Pf: presso absoluta final

Pi: presso absoluta inicial


Tf: temperatura final do fluido de teste
Ti: temperatura inicial do fluido de teste

Aps o teste, remoo dos bloqueios e reinstalao dos acessrios removidos, a tubulao deve
ser identificada como Testada.
Sero Aceitas como CONFORMES se construdas, verificadas e testadas com resultados
satisfatrios.

239

CAPTULO VII

VENTILAO INDUSTRIAL

Ventiladores do Tipo Booster

7.1

CONCEITUAO INTRODUTRIA

Os sistemas de ventilao envolvem o manuseio do ar atmosfrico vizando adequ-lo condio


de uso imediato. Nesse aspecto so considerados poluentes do ar os aerossis; partculas de
materiais slidos ou lquidos ou de micro organismos nele dispersos, ao lado de componentes
inerentes como a umidade.
Os aerossis resultam da pulverizao, atomizao ou transferncia de poeiras, plens, bactrias
para a condio de suspenso no ar em virtude das correntes atmosfricas.
Os aerossis so classificados em:
- Fumos: partculas slidas com dimetro inferior a 10 microns condensadas aps a volatilizao
e geralmente oxidada, como xido de chumbo e cloreto de amnio.
- Poeiras: partculas slidas com dimetro na faixa de 10 a 100 microns resultantes da
desintegrao mecnica de materiais, como manuseio de carvo, varredura.
- Fumaa: partculas slidas decorrentes da combusto incompleta, como a nicotina dos cigarros.
- Nvoa: gotculas de lquido como spray de tinta, cerrao, neblina, espirro humano.
Os aerossis afetam o organismo humano produzindo alteraes indesejveis no mesmo, que se
suficientemente intensas so chamadas de dano. Esse dano produzido em resposta dose de
uma substncia que a quantidade inalada num dado intervalo de tempo, produzindo duas
reaes opostas.
Primeira - substncias txicas agindo sobre o organismo;
Segunda - organismo agindo sobre as substncias txicas.
Os agentes txicos podem ocorrer no estado slido, lquido ou gasoso; no estado slido ou no
estado lquido, apresentam-se finamente divididos e suspensos no ar como material particulado;
no estado gasoso so constitudos por gases e vapores. Esses vapores representam o estado
gasoso de materiais que so slidos ou lquidos nas condies normais de presso e
temperatura.
Uma das propriedades mais importantes desses agentes a capacidade de mistura plena e total
com o ar atmosfrico, tornando-se parte do mesmo.
7.2

LIMITES DE TOLERNCIA

A fixao dos limites de tolerncia TLV, para os poluentes do ar atmosfrico na faixa desde
influncia nula at nvel de distrbio no organismo humano funo de trs fatores:
Primeiro reao do organismo a ser restringida.
Segundo concentrao suportada pelo organismo
Terceiro consequncia no organismo se a concentrao ultrapassar o limite permitido.
No Brasil esses limites so aqueles referenciados pelo AMERICAN CONFERENCE OF
GOVERNMENTAL INDUSTRIAL HYGIENISTS ACGIH, complementado pelas normas
regulamentadoras do Ministrio do Trabalho NR. So eles:
TLVTWA - fixa a concentrao tolervel ao organismo para uma jornada de trabalho de oito
horas por dia e cinco dias por semana.
TLVSTEL - fixa a concentrao tolervel ao organismo quando o trabalhador seja a ela
submetido por um perodo no excedente a quinze minutos, no intervalo no inferior a sessenta
minutos e no mximo a quatro exposio dirias, e que no restante da jornada de trabalho
prevalea o TLV-TWA.
TLVCEILING - fixa o valor mximo que no dever ser alcanado em qualquer tempo da jornada
de trabalho.

243

O efeito combinado da velocidade do ar com as temperaturas de bulbo seco e de bulbo mido do


ar tambm caracteriza uma condio insalubre (poluda) se resultar um valor que coincida com o
prescrito na norma regulamentadora NR 17, item 17.5.2. (B). Esse valor lido na interseo da
reta que une a temperatura de bulbo seco com a temperatura de bulbo mido, com a linha de
velocidade do fluxo de ar, usando os referenciais do diagrama mostrado na figura 2 abaixo.

Figura 2 - Diagrama de Temperaturas Efetivas


7.3

LEGISLAO AMBIENTAL / TRABALHISTA

O projeto de sistema de ventilao dever contemplar as prescries dos referenciais.


AMBIENTAIS
Legislao Federal Lei Nmero 6938 de 31/08/1981
Sistema Nacional do Meio Ambiente
Sistema de Licenciamento de Atividades Poluidoras
Conselho Nacional do Meio Ambiente
Secretaria Especial do Meio Ambiente
Fundao Estadual de Energia do Meio Ambiente
Comisso Estadual de Controle Ambiental
Licena Provisria
Licena de Instalao
Licena de Operao

SISNAMA
SLAP
CONAMA
SEMA
FEEMA
CECA
LP
LI
LO

TRABALHISTAS
Normas Regulamentadoras NR do Ministrio do Trabalho, onde aplicvel.

244

7.4

CLASSIFICAO DOS VENTILADORES

CONFORME PRESSO
- ventiladores de baixa presso
- ventiladores de mdia presso
- ventiladores de alta presso
- ventiladores de muito alta presso

para operaes at 200 mmca;


para operaes na faixa de 200 at 800 mmca;
para operaes na faixa de 800 at 250 mmca;
para operaes na faixa de 2500 at 10.000 mmca.

CONFORME PS DO ROTOR
- radial reta,
- inclinado para trs;
- inclinado para frente;
- curva de sada radial.
CONFORME NMERO DE ENTRADAS DE AR

.......

Simples Aspirao

Dupla Aspirao

7.5
ARRANJOS CONSTRUTIVOS
So possveis trs arranjos para cada tipo de aspirao.

Arranjo 1 - Simples Aspirao


Transmisso por correia em V ou
por acoplamento direto.
Rotor em balano com dois
mancais na base.

Arranjo 1 - Dupla Aspirao


Transmisso por correia em V
ou por acoplamento direto.
Um mancal em cada lado
apoiado
na
carcaa
do
ventilador.

Arranjo 2 - Simples Aspirao


Transmisso por correia em V ou
por acoplamento direto.
Rotor em balano mancal principal
apoiado na carcaa do ventilador.

Arranjo 3 - Simples Aspirao


Transmisso por correia em V ou
por acoplamento direto.
Um mancal em cada lado apoiado
na carcaa do ventilador.

Arranjo 2 - Dupla Aspirao


Transmisso por acoplamento
direto.
o
Similar ao arranjo n 3 acrescido
da base do motor.

Arranjo 3 - Dupla Aspirao


Transmisso por correia em V.
Um mancal de cada lado
apoiado
na
carcaa
do
ventilador. Ventilador e motor
apoiados em base nica.

245

ARRANJO DA DESCARGA DE VENTILADORES CENTRIFUGOS


A direo da descarga determinada de acordo com os diagramas abaixo. O ngulo da descarga
dos ventiladores refere-se ao eixo horizontal e designado em graus acima ou abaixo dos eixos
standard de referncia, conforme AMCA 2406 66, referenciados no Item 45 da Folha de Dados.

PEAS DE TRANSIO

Projetar as peas de transio para garantir as velocidades requeridas nas conexes de descarga
e de admisso de ar no ventilador, bem como nos respectivos dutos.

246

7.6

VENTILADORES TIPO BOOSTER

So
mquinas
previstas
para
promover a elevao
da presso em redes
de
gs,
instaladas
conforme mostrado no
fluxograma ao lado.
Estes
ventiladores
devem possuir selos
mecnicos de anel de
carbono com injeo
de
nitrognio,
e
mancais anterior e
posterior,
com
resfriamento a leo,
transmissor
de
vibrao,
junta
de
expanso na suco e
descarga, e damper de
controle na suco.
PARTIDA
BOOSTER

DO

Parmetros que habilitam a partida


- presso de nitrognio de selagem;
- temperatura do nitrognio de selagem;
- vazo do nitrognio de selagem;
- presso da gua de refrigerao;
- temperatura da gua de refrigerao;
- vazo da gua de refrigerao;
- presso do leo de resfriamento;
- presso de gs na rede de suco;
- presso do gs na rede de recalque.
Vlvulas envolvidas
- vlvula shut off da linha de recalque;
- vlvula de regulagem da linha de by-pass.
Instrumentao envolvida
- pressostato da linha de nitrognio;
- pressostato da linha de gua;
- termostato da linha de nitrognio
- termostato da linha de gua;
- pressostato da linha de recalque de gs;
- pressostato da linha do by-pass de gs;
- pressostato de leo;
- transmissor de vibrao;
- placa de orifcio na linha de recalque de gs.
247

Seqencial de Partida
- selecionar bomba de leo BO1 ou BO2
- acionar a bomba selecionada
- pressostato de leo indicando presso CONFORME
- abrir gradualmente a vlvula shut off do by-pass
- acionar o booster (rotao nominal atingida em 5 s )
- presso no pressostato do by-pass elevando
- transmissor de vibrao
- abrir gradualmente a vlvula shut off do recalque
- pressostato do recalque habilitado
- pressostato do recalque indicando presso CONFORME
- fechar gradualmente a vlvula shut off do by-pass

tempo t = 0
tempo t1 = t + 15 s
tempo t2 = t1 + 15 s
tempo t3 = t2 + 5 s
tempo t4 = t3 + 60 s
no atuante
tempo t5 = t4 + 15 s
tempo t5
tempo t5
tempo t6 = t5 + 15 s

O fechamento da vlvula de shut off do by-pass caracteriza o final da seqncia de partida e o


inicio da condio do regime operacional.
Regime Operacional
- pressostato do recalque
- fluxo na placa de orifcio na linha de recalque

7.7

indicando presso CONFORME;


indicando vazo CONFORME.

DAMPER DE CONTROLE DE VAZO

Para garantir a estabilidade do sistema em funo das variaes de vazo e das condies de
energia eltrica demandadas na partida e em regime, deve ser instalado um damper de
regulagem na conexo de suco do ventilador, verificando se as palhetas do registro dirigem o
fluxo do ar no mesmo sentido de rotao do rotor.
Se o ventilador for de dupla entrada, os dampers devero ser sincronizados de maneira a estarem
sempre em posies relativas equivalentes. Qualquer diferena de posio entre estes registros
resultar em fluxos de ar desbalanceados, desempenho deficiente do ventilador e carga
desbalanceada nos mancais.
Analisando as figuras 3 e 4 abaixo podemos ver o damper e a influencia de sua instalao na
suco dos ventiladores.

Figura 4 Curvas de Regulagem

Figura 3 - Damper
248

7.8

SELEO DO TIPO DE VENTILADOR

Figura 5 - Velocidades Especficas


Esta seleo feita pela Velocidade Especfica (Ns)
Aplicar a expresso ns = 16,6 x n x

Q / 4 P3 ,

onde:
Q: vazo de ar
P: presso diferencial
ns: rotao especfica
n: rotao do ventilador

em l / s
em mmca
em rpm
em rpm

EXEMPLO NUMRICO
Considerando:Q = 1200 l/s, P = 80 mmca, n = 750 rpm,
determinar a velocidade especfica, o tipo do ventilador e o tipo do rotor.
Soluo
Velocidade especfica ns: 16,6 x 750 x 1200/ 4 803 16123 rpm.
De acordo com a tabela da figura 5, teremos:
- tipo do ventilador: centrifugo;
- tipo do rotor: ps para frente com rotao anti horria.

249

(equao 83)

7.9

DIMENSIONAMENTO DE VENTILADORES

Uma vez especificado o tipo do ventilador necessrio definir os valores dos parmetros,
potncia e velocidade de sada que so calculados aplicando-se as expresses:
Potncia: N= Q x P x ar / x 74,6,
onde:
Q:
P:

(equao 84)
em m3 / s
em mca
em kg / m3

vazo
presso diferencial
peso especfico do ar na temperatura

ar :

Nota: lembrar que P em mmca kgf / m2, e que P / ar em mca


Velocidade de sada
vS = Pdinmica 4,044 ,
onde:
Pdinmica
em mmca.

(equao 85)

EXEMPLO NUMRICO
Considerando um ventilador do tipo Simples Aspirao, com vazo de
3,5 m / s, presso dinmica de 7,5 mmca, presso diferencial de 80 mmca, de 85%,
3

3
calcular a potncia e a velocidade de sada do ar, admitindo ar 1,1 kg/m .

Soluo:
Sendo 80 mmca 80 / 1,1 = 72,72 mca, vem:
potncia N: 3,5 x 72,72 x 1,1 / 0,85 x 74,6 = 4,44 Hp ou
velocidade de sada vS:

7,5 4,044 =

3,30 kw
11,07 m/s

A velocidade de sada necessria para o dimensionamento da pea de transio referenciada


na pgina 246. A seo de um dos lados dessa pea coresponde seo de insuflamento do
ventilador, escoando o fluxo de ar na velocidade de descarga, no exemplo valendo 11,07 m/s.
A seo do lado oposto ser equivalente a do duto, sendo calculada conforme referenciado na
pgina 263, com a mesma velocidae selecionada para o duto.

7.10

ASSOCIAO DE VENTILADORES EM SRIE E EM PARALELO

Quando houver demanda de presses elevadas pelo sistema usurio, faz-se a interligao de um
ventilador insuflando ar na suco do outro, caracterizando montagem em srie.
A presso resultante ser inferior a duas vezes a presso unitria de cada ventilador, se
consideradas as perdas de carga.
Quando houver demanda de vazes elevadas utiliza-se a associao de ventiladores em
paralelo. A vazo resultante ser inferior somatria das vazes unitrias de cada ventilador, se
consideradas as perdas de carga.

250

7.11

FOLHA DE DADOS - VENTILADORES CENTRFUGOS

251

7.12

TESTE DE ESTANQUEIDADE

OBJETIVO
Orientar e documentar o teste pneumtico conforme norma API Standard 673 SE - 2002, Item
4.3.4.3.1 e onde aplicvel, complementado pela norma Petrobrs N-1593, onde aplicvel.
CAMPO DE APLICAO
Ventiladores que exijirem estanqueidade operacional, ou nos casos de solicitao contratual.
DESENVOLVIMENTO DO PROCEDIMENTO
A carcaa deve ser pressurizada, com ou sem fechamento da passagem do selo, com a mxima
presso de trabalho operacional - PMTA e mantida nessa condio pelo menos durante 30
minutos, quando ser submetida ao teste com bolhas de sabo, para verificao de vazamentos.
CONDIO PR-DETERMINANTE
O ventilador dever estar fixado em superfcie plana e horizontal, por meio de parafusos alojados
nos furos existentes em sua base.
CONDIO DE CONFORMIDADE
O teste ser considerado satisfatrio quando nenhum vazamento for observado na carcaa ou
nas unies.
CONDIES OPERACIONAIS PARA EXECUO DO TESTE
As cinco etapas do teste descritas a seguir devero ser processadas com base nos pontos
indicados nas figuras 6 e 7, podendo os ventiladores estarem em qualquer arranjo ou posio
construtiva.

Figura 6

Pontos de Verificao de Vazamentos

252

Figura 7

Etapa 1 - tamponar com chapa metlica os bocais de entrada, de sada e de selo do ventilador,
pontos A, B, e C das figuras 6 e 7.
Etapa 2 - vedar estes bocais com massa de vedao.
Etapa 3 - aplicar a presso mxima de trabalho operacional, utilizando ar comprimido na
temperatura ambiente conectado na tampa que apresentar maior facilidade para ligao dos
tubetes de entrada do ar comprimido e do tubo de sada para o manmetro, figura 8, para
verificao da presso.

Vlvula reguladora de presso

Pressurizador

Tamponamento
Tubete
Analisador de
presso
Figura 8

Etapa 4 - observar visualmente a formao de bolhas, no mnimo por 30 minutos, nos pontos:
I

nas junes das tampas frontais com as laterais frontais;

II

nas soldas de unio das espirais com as laterais traseiras;

III

nos drenos;

IV

nas portas de visita;

nos bi-partidos;

VI

nas soldas de unio da espiral com as laterais frontais.

Etapa 5 Corrigir os pontos detectados com vazamento.


Observaes:
- a verificao da presso aplicada deve ser feita atravs de manmetro calibrado e aferido,
recomendando-se o de coluna de gua, devido baixa presso absoluta dos ventiladores;
- a soluo formadora de bolhas dever seguir a norma ASME Seco V, quando adquirida como
soluo comercial, ou obtida da proporo 1 x 1 x 4,5 em volume de detergente ou sabo lquido,
glicerina e gua.

Nota: nos ventiladores axiais, somente a Porta de Visita e as soldas intermedirias do tubo
externo sero testadas.

253

7.13

FILTRAGEM DE AR

Os filtros de ar so meios porosos construdos com material fibroso na forma de tecido, ou por
compactao, formando placas ou painis, atuando por conseqncia da impactao direta,
inercial das partculas ou ainda pelo movimento browniano.
Aplicaes recomendadas pela NB-10 para uso dos filtros Grosso G, Fino F e Absoluto A.
Classe / Eficincia

Recomendao

GO 30-59%
G1 60-74%
G2 75-84%
G3 > 85%
F1 40-69%
F2 70-89%
F3 > 90%
A1 85-97,9%
A2 98 99,96%
A3 > 99,97%

plen - inseto
poeira grossa
poeira> 5 micra
poeira > 5 micra
poeira 1 - 5 micra
poeira 1 - 5 micra
poeira 1 - 5 micra
poeira <1 micra
poeira < 1 micra
poeira < 1 micra

A conformidade do ndice de reteno desses filtros tem como base os testes:


- gravimtrico, conforme norma AFI.1 da American Filter Institute
- colorimtrico, conforme norma AFI Dust Spot do American Filter Institute
- fotomtrico, conforme norma US MS 282 - Dust Test

filtro G:
filtro F:
filtro A.

TEMPO DE SATURAO DO FILTRO


A freqcia de limpeza determinada em funo da saturao do elemento filtrante.
Considerando por exemplo:
grau de saturao do elemento filtrante
500g
concentrao do poluente
2mg/m3 (0,002g/m3)
vazo de ar no filtro
14m3/min.
rendimento da filtragem
75%
A freqncia de limpeza ser: 500 (0,002g/m3 x 14m3/min x 0,75) = 23809 min. ou 16,5 dias
Caso este prazo seja ultrapassado, haver um aumento do P no filtro e em conseqncia da
potncia do ventilador.
SELEO DA CLASSE DE FILTROS
Para esta seleo considerar os parmetros:
- concentrao e tamanho das partculas do poluente;
- grau de purificao exigida;
- caractersticas do ar ou do gs transportador do poluente;
- viscosidade, combustividade e agressividade qumica do poluente;
- temperatura do poluente.

254

7.14

LAVADORES DE GS

POR ABSORO - TORRES DE LAVAGEM


Quando um gs entra em contato pleno com um liquido no qual ele seja solvel, ocorrer
transferncia de massa do gs para o lquido proporcional solubilidade do gs no lquido e ao
diferencial da concentrao, conforme figura 9.
Nos casos onde o gs reage com uma substncia qumica dissolvida no lquido ocorrer a
chamada absoro qumica aumentando a eficincia da separao.
Aps a dissoluo, submete-se este fluido a um tratamento qumico de acordo com o gs nele
dissolvido a fim de se obter um sal que ser filtrado para remoo e destinao final do lodo.
FORMA CONSTRUTIVA
O processo acima referenciado obtido nas Torres de Lavagem. Nelas o contato gs/liquido
conseguido atravs da passagem em Contra Corrente dos fluidos atravs de um enchimento cujo
material e forma dever garantir a maior rea superficial de contato.

Normograma de Consumo

Figura 9 Corte Esquemtico da Torre

Vazo em CFM

POR ADSORO - TORRES DE ENCHIMENTO


Existem substncias que por afinidade qumica ou por foras de atrao superficial de Van der
Waals so capazes de atrair e manter presas molculas de gases. o que se chama de
adsoro. No ocorre nenhuma reao qumica.
Os materiais adsorvedores so: a alumina ativada, o carvo ativado, a bauxita e a slica gel.
O quadro abaixo referencia a capacidade de adsorso de vrios gases pelo carvo ativado.

255

Poluente
Gs carbnico
Monxido de carbono
Etileno
Formaldedo
Acetaldeido
Amnia
Aminas
Butano
Propano
Acetona
Acrolena
Anestsicos
Fumaa de leo diesel
Odores animais
Gs sulfdrico
Cloro
Solvente
cido actico
lcool

ndice
a
a
a
b
b
b
b
b
b
c
c
c
c
c
c
c
c
d
d

Poluente
Benzeno
Tolueno
cido butlico
cido butrico
Ozona
Tolueno
Odores corporais
Tetracloreto de carbono
Fumaa de cigarro
Cresol
Desinfetantes
Gasolina
Fenol
Odores hospitalares
Terebentina
Perfumes, cosmticos
Cheiro caseiro
Smog
lcool isoproplico

ndice
d
d
d
d
d
d
d
d
d
d
d
d
d
d
d
d
d
d
d

Referncia: Ventilao Industrial; Macintyre pgina 327; 2 edio.


Nesta tabela, os ndices referenciais a, b, c e d, indicam:
- ndice a
- ndice b
- ndice c
- ndice d

desaconselhado
aceitvel
regular
muito bom

FORMA CONSTRUTIVA
Os equipamentos de filtragem com carvo ativado, chamados de torres de enchimento constam
de colunas no interior das quais so colocadas camadas de carvo ativado com 15 a 90 cm de
espessura. O gs carreando o poluente, atravessa as camadas de adsoro numa velocidade de
10m/min para o caso de odores e 20 m/min para solventes e outras substancias.
Antes de ser admitido no filtro de carvo ativado, o fluido deve sofrer um tratamento preliminar
para reteno de partculas suspensas, reduo da umidade relativa abaixo de 50% e
temperatura abaixo de 50 C.
Com o uso, o carvo ativado fica saturado, tornando-se necessrio regener-lo, o que se
consegue submetendo-o passagem de um fluxo de vapor de gua.
Dever haver dois leitos de carvo ativado, de modo que um fique operando enquanto o outro
estiver sendo regenerado.
APLICAES
- torres de lavagem indstrias de vidro.
Para o polimento cido do vidro utilizada uma mistura de cido sulfrico (H2SO4), gua (H2O),
cido fluordrico (HF) e cido flor silcio (H2SiF6), provocando a oxidao da camada superficial
do vidro e formando fluoreto de silcio (SiF4) que se evapora na presena do cido fluordrico a
55 C.
- torres de enchimento indstrias de revestimento.
No revestimento a vcuo de metais duros para ferramentas de corte, utilizado o tetracloreto de
titnio (TiCl4) que liberado na forma gasosa e convertido em cido clordrico em uma cmera
com enchimento adequado.
256

7.15

TIRAGEM NATURAL - LANTERNINS

Considere o galpo representado no croqui abaixo, medindo 185 m de comprimento por 42 m de


largura e 21 m de p direito. Em funo de um processo metalrgico dissipado em seu interior
um fluxo de calor J de 942,12 x 105 Kj / h.

Considerando nula a transmisso de calor pelas fachadas e cobertura do galpo, e admitindo:


- temperatura de bulbo seco do ar externo 25C
298 K
- gradiente trmico entre o ar externo frio e o interno quente
20 K
- distncia vertical H entre a entrada de ar frio e a sada de ar quente pelo lanternim 23 m,
pede-se calcular:
- carga trmica;
- renovao do ar interno por hora;
- velocidade do fluxo de ar aquecido;
- rea Ae de entrada do ar frio;
- rea AS de sada do ar quente;
- dimenses do lanternim do tipo com calha, ver figura 10.
Para determinao destes parmetros, aplique as expresses;
1) Volume do galpo

V=CxLxH

em m3

2) Carga trmica

Q=JV

em kj / m3 x h

3) Nmero de renovaes

r = Q T x cp

por hora

4) Velocidade do ar quente v = g H (t t e ) {1 ( A 2s A 2e ) [ 1 (1 (t t e ))] em m/s


5) rea de sada de ar quente

As = rph x V ( x v x 3600)

em m2.

Nota: considerar o rendimento na faixa de na faixa de 0,65 a 0,75 e o calor especfico do ar na


temperatura igual a 1,30 kj / m3 x h x oC.

257

Soluo:
3

Clculo do volume do galpo V: 42 x 185 x 21 =

163170 m

Clculo da carga trmica Q: 942,12 x 105 163170 =

577,38 kj / m3 x h

Clculo das renovaes de ar: 577,38 (20 x 1,30) =

22,2rph

Clculo da velocidade v:

9,81x 23x(20 298)


=
1 (480 4802 ) x{1 [1 (20 298)]}
2

2,84 m/s

Clculo da rea de sada do ar quente As: 22,2 x 163170 ( 0,75 x 3600 x 2,84) = 472,40 m

Assumindo em 06 unidades o nmero de lanternins, teremos:


78,73 m2

Clculo da rea por lanternin: 472,40 6 =

Fazendo a dimenso C de descarga = 4 m, o comprimento L de cada lanternim ser= 19,68 m


Dimenses adotadas para o lanternim: 20 x 4 m
2

Assumindo As = Ae, teremos Ae = 472,40 m e admitindo uma entrada de ar em cada lateral do


galpo, vem:
Clculo da rea de entrada de ar em cada lateral: 472,40 2 =

236,20 m

Figura 10 - Lanternim com Calha

Figura 11 - Lanternim sem Calha

Relaes Construtivas:

Relaes Construtivas:

cotas A, E e F, calculadas por triangulao

cota A = C x 1,170

cota B = (2 x D) 1,42

cota B = C 2,000

cota C referencial

cota C referencial

cota D = (C x 1,7) 2

cota D = C x 1,200

raio R = C 2

cota E = C 3,870
cota F = C x 1,464, demais cotas por
triangulao.
258

7.16

VENTILAO GERAL DILUIDORA

Como ventilao geral diluidora entendemos aquela que promove uma movimentao do fluxo de
ar interno a um ambiente, visando o conforto trmico de seus ocupantes ou a manuteno das
condies de integridade da propriedade e seus inclusos.
A ventilao geral diluidora, pode ser projetada em trs sistemas operacionais, conforme o
posicionamento do conjunto moto ventilador em relao ao ambiente.

Por
insuflamento:
quando
o
ventilador fora o ar externo a
penetrar no ambiente. A presso
dinmica do ar insuflado impede a
entrada de ar externo neste
ambiente.

Por exausto: quando o ar interno retirado


do ambiente pelo ventilador, com o que o ar
externo forado a entrar neste ambiente.

Misto:
combinao
dos
casos
anteriores, contemplando as opes
da presso de sada ser menor, igual
ou maior que a presso de entrada.

H casos em que o sistema por exausto se impe, por exemplo na operao de sanitrios e
cozinhas. Sendo negativa a presso, haver menor possibilidade dos gases se espalharem
desses recintos para os ambientes vizinhos.

Em outras situaes, se impe o sistema por insuflamento, por exemplo, no caso de recintos que
no podem ser contaminados pelo ar de ambientes adjacentes.A presso positiva faz com que o
fluxo de ar seja sempre no sentido desse recinto para os adjacentes.

Neste contexto importante determinar a vazo destes fluxos de ar que iro promover o conforto
trmico, a diluio ou a reteno de poluentes, conforme mostrado nos exemplos seguintes.

259

EXEMPLO DE CLCULO DE VAZES DE AR EM SISTEMAS GERAL DILUIDORES


o

Para fins de controle trmico, considerando os valores limitantes t < 3 C e TE < 28 graus.
EXEMPLO 1 Calcular o fluxo de ar necessrio para garantir um T= 3C em ambiente onde
ocorre dissipao trmica de 10 548 Kcal/h.
Soluo:
- aplicar a relao vazo = DT / 0,288 x t ou 10.548 / 0,288 x 3 =
onde DT significa dissipao trmica.

2208 m3 / h,

EXEMPLO 2 - Calcular o fluxo de ar em um ambiente com rea de 20 x 10m e p direito de 4m,


para uma taxa de renovao de 15 RPH.
Soluo:
- aplicar a relao: vazo = volume x rph ou10 x 20 x 4 x 15 =

12000 m3 / h

EXEMPLO 3 Calcular a vazo de ar a 25oC necessria para manter um T= 10C em uma Casa
de Mquina com dois grupos diesel geradores de 450 KVa cada. O rendimento do gerador de
92% e o do diesel 35%. Determinar tambm a vazo de ar a ser liberada do ambiente.
Soluo:
- calcular a potncia motriz: 450 x 0,850 / 0,92 =
415,7 Kw
- calcular o calor Q1 irradiado pelo gerador: Q1=415,7 x 860 x 0,08= 28600 Kcal/h
- calcular o calor Q2 irradiado pelo diesel: Q2= 0,03 x (415,7 / 0,35) x 860=
30643Kcal/h
- calcular a carga trmica dissipada: 28600 +30643=
59243Kcal/h
3
- calcular a vazo de ar insuflada: 59243 / (0,288 x 10)=
20571m /h
3
- calcular a vazo de ar de combusto 415,7 x 0,25 x 20 x 1,14=
2369 m /h
3
- calcular a vazo de ar a ser liberada do ambiente: 20571 2369 =
18202 m /h
Notas:
- considerou-se 1KW/h 860 kcal/h;
- considerou-se as perdas por radiao e conveco no gerador de 8% e de 3% no diesel;
- coniderou-se de 0,850 o fator que converge KVa em KW;
3
- considerou-se o peso especfico do ar a 25 C no valor de 1,14 kg/m ;
- considerou-se o consumo de leo no diesel de 0,25 kg/KW;
- considerou-se que cada kg de leo requer 20 kg de ar para queima.
Para fins de diluio de poluentes gasosos, considerando os valores limitantes t < 3oC e
TE < 28 graus.
EXEMPLO 4 - Calcular o fluxo de ar necessrio para assegurar o valor limite de tolerncia de 150
PPM, em um processo que libera 0,0204 Kg / min (0,045 lb / min) de acetona com peso molecular
3
de 58,4 lb e volume molecular de 387 pe / lb.
Soluo:
6
- aplicar a relao: vazo = (Q x 387 x 10 )(Pmol x TLV).
6
Aplicando 0,045 x 387 x 10 / 58,4x150 = 1988cfm ou

56,2 m /min
3

EXEMPLO 5 - Calcular o fluxo de ar necessrio para assegurar o TLV de 0,002g/m em unidade


industrial onde ocorre a manipulao de chumbo com a taxa de sublimao de 0,3 g/h.
Soluo:
- aplicar a relao: vazo = TS / TLV ou 0,3 / 0,0002 =
onde TS significa taxa de sublimao.

260

1500 m / h,

Para fins de pressurizao, considerando o valor limitante TE t 28 graus.


EXEMPLO 6 Calcular o fluxo de ar necessrio para pressurizar o ambiente interno de uma sala
2
de mquinas com sobrepresso de 4,0 kgf / m , considerando a temperatura do ar de 30C, o
3
volume interno do ambiente de 53m e rea de escape do fluxo de ar de 0,06 m2.
3
Nesta temperatura o peso especifico do ar vale 1,1644 kg / m , conforme tabela indicada na
pgina seguinte.
Soluo:
- calcular a velocidade de pressurizao, aplicando a expresso (P x 2 x g / ar )0,5 em m/s
0,5
- velocidade de pressurizao: (4 x 2 x 9,81 / 1,1644) =
8,20 m/s
3
- calcular a vazo de ar requerida: 8,20 x 0,06 x 60 =
29,52 m /min
- calcular o nmero de renovaes: (29,52 x 60) / 53
36 por hora
ANLISE HIDRULICA
O ponto de trabalho de um moto ventilador : vazo 708m3/min, presso diferencial 140 mmca,
rotao 628 rpm, potncia 35,5 hp, rendimento 62,2%. Com a instalao de um filtro com perda
localizada de 20 mmca a presso diferencial foi alterada para 160 mmca acarretando reduo de
vazo para 680m3/min. Determinar os novos valores para a potncia e para a rotao de modo
que a vazo permanea em 708 m3/min.
Soluo:
- aplicando a lei de semelhana hidrulica Q1, / Q2 = n1 / n2, teremos:
nova rotao: 628 x 708 / 680 = 654 rpm
nova potncia: (1,2 x 708 x 160 / 1,2) / 0,622 x 60 x 74,6 = 40,6 Hp.
ANLISE DO TEMPO DE SATURAO
EXEMPLO 7 Determinar em quantos minutos ocorrer a saturao de um ambiente medindo 6
x 4 m com 3 m de p direito, onde so manipulados 0,25 m3/h de amnia, se o limite de
-4
3
tolerncia for de 3 x 10 ppm, a vazo de ar insuflada neste ambiente for de 800 m / h, e no
ocorrer concentrao inicial deste gs (Co = 0).
Soluo:

q QC

o
,onde:
- o tempo de saturao ser calculado pela expresso: t =( V / Q ) x In
q QC

em m3
em m3 /h
em m3 /h
em ppm
em ppm

V: volume da sala
q: vazo de contaminante
Q: vazo de ar
Co: concentrao inicial
C: concentrao aps o tempo t

- aplicando vem: t = 72 / 800 x ln [0,25 / 0,25 (800 x 3 x 10-4)] = 0,29 h ou

17 minutos.

Concluso
O tempo de saturao de 17 minutos, pequeno para a jornada de trabalho de oito horas sugere a
instalao de um Sistema Local Exaustor ao invs do Sistema Geral Diluidor.

261

7.17

DIMENSIONAMENTO DE DUTOS EM SISTEMAS GERAL DILUIDORES

SEQNCIA DE CLCULO SUGERIDA PARA DIMENSIONAMENTO DE DUTOS


- calcular o dimetro aplicando a equao 8, pgina 32;
- adotar a velocidade de escoamento, conforme quadro abaixo:

Designao

Velocidade Mxima em m/s

Velocidade Mnima em m/s

tomada de ar
descarga do ventilador
duto principal
ramal horizontal
ramal vertical

6,0
14,0
9,0
9,0
8,0

2,40
5,0
3,5
3,0
3,0

- processar a equivalncia hidrulica do dimetro calculado para a seo retangular a ser


selecionada, conforme indicado na pgina 264;
- calcular a rugosidade relativa aplicando a equao 72 pgina 180;
- calcular o nmero de Reynolds aplicando a equao 22 pgina 57.
Nota: a viscosidade dinmica
nmero de Reynolds Re

Temperatura C
0
10
20
30
40
50

e o peso especfico do ar atmosfrico determinantes do

v di
esto indicados na tabela abaixo.

( kgf / m3)

(kgf / m x s)

1,2922
1,2467
1,2041
1,1644
1,1272
1,0924

1,7780 x 10
-5
1,7708 x 10
-5
1,8178 x 10
-5
1,8648 x 10
-5
1,9118 x 10
-5
1,9588 x 10

-5

- calcular o fator de frico, aplicando a equao 23, pgina 57;


- calcular a perda de carga aplicando a expresso equao 24, pgina 57.

CONSIDERAES SOBRE A PRESSO DO VENTILADOR


O valor da presso final que corresponder presso diferencial do ventilador, ser aquele
definido pela somatria das perdas de carga existentes no duto de admisso de ar, incluindo as
dos filtros, acrescida das perdas referentes ao ramal crtico, que aquele que apresentar a perda
de carga com maior valor numrico.
A estas perdas devero ainda ser adicionadas as perdas nas grelhas, difusores de insuflamento,
e se existente sobrepresso do ambiente.

262

EXEMPLO
Dimensionar um duto de ar com 25 metros de comprimento, fabricado em chapa de ao
galvanizada ( = 0,00015 m), capaz de escoar 1,1 m3/s de ar a 30 C a 7,0 m/ s, indicado na
figura 12, na dimenso de 720 x 440 mm.

dimetro:

d 4 Q / v 4 1.1 / 7

0,447 m

seco equivalente: 720 x 440mm, obtida conforme mostrado na pgina seguinte.


Nota: no sistema de ventilao geral diluidor mais comum o uso de dutos retangulares,
configurando um arranjo construtivo em planta, como o abaixo indicado.
rugosidade
Reynolds:

/di:

v di

0,00015/0,447 =

0,0003355

7 0,447 1,1644

0,000018648

fator de frico f :

195882
0,0185

L v2
25
72
0,0185

1,1644 3,0 kgf / m 2 (3,0 mmca).


perda de carga: f
di 2g
0,447 2 9,81

Figura 12 Dutos de Distribuio de Ar

263

Como corresponder o dimetro calculado para o duto a uma seo retangular (ou quadrangular)
hidraulicamente equivalente?
Esta equivalncia ser obtida pela equao d = 1,265 8 (ab)5 /(a b) 2 , ou pelo uso do diagrama
abaixo, onde com base no d calculado, fixamos uma das dimenses a, por exemplo e temos a
outra.

264

COMPRIMENTOS EQUIVALENTES E COEFICIENTES DE PERDA DE CARGA N

265

7.18

VENTILAO LOCAL EXAUSTORA - DESPOEIRAMENTO

Estes sistemas se enquadram nos processos de exausto de gases onde o fluxo gasoso provoca
um carregamento de massas de ar frio. Abordaremos os critrios de dimensionamento pelo
mtodo do balanceamento esttico.
DISTRIBUIO DAS PRESSES EM UM SISTEMA EXAUSTOR
A instalao local exaustora deve ser
projetada considerando os componentes
construtivos:
- captor, dispositivo de captao do ar que
contm o contaminante, colocado no local
onde este se origina;
- ventilador, capaz de produzir presso
negativa, em funo da qual o ar
contaminado se desloca do captor at a
entrada do ventilador, e presso positiva
garantido que esse fluxo de ar seja
descarregado pelo ventilador e liberado
na atmosfera passando por dispositivos
de filtragem;
- rede de dutos exaustores, para escoar o
fluxo de ar contaminado do captor ao
ventilador e deste aos equipamentos ou
sistemas de tratamento e a atmosfera;
- coletores de partculas, filtros, lavadores
de gases e vapores, precipitadores
eletrostticos ou outros dispositivos que
retenham as partculas ou dissolvam os
gases, impedindo que sejam lanados
livremente na atmosfera. Alguns tipos so
instalados montante e outros juzante
do ventilador.
Figura 13 Sistema Exaustor
A figura 13 mostra como variam as parcelas de energia em uma instalao local exaustora.
Vemos representado um captor ao qual o ar contendo vapores se dirige para o ponto A, entrada
do captor, em virtude da presso negativa nele existente.

Como conseqncia da presso negativa existente na suco do ventilador, a presso


atmosfrica em A superior presso em E, fornece energia para que o ar com o contaminante
se desloque entre estes pontos A e E, vencendo as perdas de carga ao longo do duto, curvas
e interior do lavador.
O ar admitido no ventilador, recebe energia cintica e potencial de presso graas s quais
liberado o ponto F e escoa no duto de descarga at a sada da chamin (G), onde volta
presso atmosfrica com uma energia residual de sada devido velocidade com a qual escoa no
trecho final do duto F-G.
266

DIRETRIZES BSICAS PARA O PROJETO DOS CAPTORES


Para desenvolvimento desses
projetos, figura 14 devero ser
fixados parmetros do captor,
tipo, resistncia ao fluxo, vazo
exaurida,
velocidades
de
captura e de arraste, e do
sistema;
velocidade
de
transporte. O captor o
componente
principal.
A
performance e a localizao do
captor sero determinantes na
eficincia do despoeiramento.
O projeto do captor exige o
conhecimento das condies
do escoamento do ar, do
processo e do trabalho do
pessoal envolvido.
Figura 14 Coifa Captora
Existem trs tipos de coifas:
De Fechamento
que enclausura a
emisso poluente

Receptora
que capta a emisso
poluente lanada.

De Fenda
que suga a emisso
poluente gerada.

CONSIDERAES SOBRE O DIMENSIONAMENTO HIDRULICO DOS DUTOS


O dimensionamento das tubulaes exaustoras dever garantir o diferencial das presses em
qualquer juno, menor que 5% da maior presso.
O clculo do balanceamento esttico inicia-se no ramal que apresentar maior perda de carga.
Dimensiona-se o captor e o duto at a primeira juno. O outro ramal que chega esta juno,
a seguir calculado determinando-se a presso esttica que ocorrer nesse ponto.
Uma vez que a juno nica, isto , pertence tanto ao primeiro ramal quanto ao segundo, a
presso esttica nesse ponto dever ser a mesma.
Se ocorrer uma diferena entre as presses estticas calculadas em cada ramal, na faixa de 20%
ou mais, recalcular um dos ramais introduzindo as modificaes necessrias para reduo dessa
diferena.
Se a diferena entre essas presses estticas ocorrer na faixa entre 5 e 20%, pode-se atingir o
balaneamento aumentando a vazo do trecho de menor perda.
A vazo corrigida poder ser obtida aplicando a expresso.
vazo corrigida = vazo inicial

Pst (presso esttica maior)


Pst (presso esttica menor)

(equao 86)

Nessas condies o sistema poder ser hidraulicamente otimizado reduzindo o diferencial das
presses estticas nas junes ao valor de 3% da maior presso.
267

Os clculos devem ser ordenados de forma a caracterizar o trecho dimensionado e as condies


de equilbrio. Os captores, as unies, os ramais e os dutos principais devero ser identificados.
Os captores pelas letras A1, A2, as unies do trecho pelas letras U1,U2, os ramais de exausto
pelas letras A1U1, A2U1, os trechos do duto exaustor pelas letras U1U2.

Elaborar o balanceamento calculando as perdas de carga nas coifas e nos dutos, considerando
os valores da perda de carga nas coifas e das velocidades recomendadas, conforme prescrito no
A.C.G.I.H.
Lembrar que no incio da operao a massa de ar est em repouso, sendo necessrio fornecerlhe uma energia para traz-la da condio de repouso condio de escoamento.
Essa energia chamada Presso de Velocidade definida pela expresso:
Vp = v2 x / 2g.
(equao 87).
Admitindo os valores do peso especfico do ar a 20oC = 1,20 Kg, da gravidade = 9,81m/s2 e
lembrando que 1 kgf/m2 corresponde a 1mmca, podemos escrever:
Presso de velocidade Vp = v2 x 1,2 / 2 x 9,81 v2 x 0,0619 ou = v2/16,34.
Como a energia de velocidade cedida massa de ar em repouso ser constante durante o
processo, soma-se um no clculo da presso junto coifa, ver Item 15 pgina 270.
No clculo do fator de frico, considerar o uso de chapas de ao ASTM-A 36 preta, com
rugosidade equivalente de 0,15 a 0,30 mm, espessura 1/8 (3,15mm), peso 25,20 kg/m 2, e os
valores da viscosidade dinmica e o peso especfico do ar atmosfrico determinantes do
nmero de Reynolds (Re = v x di x / ) esto indicados na tabela abaixo.

Temperatura C
0
10
20
30
40
50

( kg / m )

(kg / m x s)
1,7780 x 10-5
1,7708 x 10-5
1,8178 x 10-5
1,8648 x 10-5
1,9118 x 10-5
1,9588 x 10-5

1,2922
1,2467
1,2041
1,1644
1,1272
1,0924

SEQNCIA SUGERIDA PARA O CLCULO DA PERDA DE CARGA


- obter o fator de compressibilidade;
- calcular o peso especfico do gs nas condies do projeto;
- calcular o nmero de Reynolds;
- definir a rugosidade relativa;
- calcular o fator de frico;
- calcular as perdas de carga nos dutos nas coneces e nas coifas;
- calcular a presso de velocidade;
- calcular a presso residual.

268

Considerando essa seqncia sugerida, os clculos necessrios ao balanceamento sero feitos


com base nas equaoes:
- para correo do peso especifico,

equao 11, pgina 32;

- para o clculo do nmero de Reynolds,

equao 22, pgina 57;

- para o clculo da rugosidade relativa,

equao 72, pgina 180;

- para o clculo do fator de frico,

equao 23, pgina 57;

- para o clculo da perda de carga no duto

equao 24, pgina 57;

- para o clculo da perda de carga nas conexes do trecho, aplicar a expresso

K v 2 / 2 g .

(equao 88).

Os valores de K a serem aplicados na equao 88 esto definidos na tabela abaixo.


Nota: o valor do P na equao 88 est em kgf/m2, devendo ser convertido.

PERDA DE CARGA NAS COIFAS


Para o clculo da perda de carga nas coifas, aplicar uma das expresses
- geral: Pcoifa= (1+N) x VP.

(equao 89)

Os valores de N a serem aplicados na equao 89 esto definidos no ACGIH.


Para o clculo da presso de velocidade VP usar a equao 87, pgina 268.

VAZES DE CAPTURA NAS COIFAS


Para Coifas Receptoras e Processos Frios: Q= Px H x v

em m3/s, onde:

P: permetro da superfcie transmissora


H: altura da coifa acima da superfcie emissora
V: velocidade de captura

em metros;
em metros;
na faixa de 0,25 a 0,50 m/s.

Para Coifas Receptoras e Processos Quentes: Q=1,7 x S x (H x t1,25)0,3em m3 /s, onde:


269

S: superfcie quente
em m2;
H: elevao da superfcie quente acima do piso local
em m;
t: diferencial de temperatura entre a superfcie quente e o ar ambiente em oC.

Como esses clculos dimensionais so repetitivos e sujeitos a freqentes correes visando


garantir a equalizao das presses, sugere-se o uso de planilha Excel com 17 colunas
preenchidas conforme indicado a seguir, observando a modelagem matemtica aplicvel.
Coluna 1

Identificao do trecho a ser dimensionado.

Coluna 2

Dimetro interno calculado.

Coluna 3

rea do tubo calculada.

Coluna 4

Vazo no ramal.

Coluna 5

Vazo no duto principal.

Coluna 6

Velocidade de transporte.

Coluna 7

Comprimento linear do trecho

Coluna 8

Tipo e nmero de conexes no trecho conforme lay-out.

Coluna 9

Fator K das conexes.

Coluna 10

Perda de carga nas conexes.

Coluna 11

Perda de carga no duto

Coluna 12

Perda de carga no trecho.

Coluna 13

Presso de velocidade correspondente velocidade no trecho.

Coluna 14

Coeficiente (N) de perda de carga no captor.

Coluna 15

Preencher com o produto (1+N) x VP.

Coluna 16

Preencher com a soma dos valores das colunas 12 e 15.

Coluna 17

Presso bsica referencial no trecho.

Cliente:
Projeto:
Local :

Calculado por:
Verificado por:
Folha:

Altitude:
Temperatura:
Peso Especfico do ar:
11

12

13

14

15

16

17

Presso de
velocidade

Coeficiente
de perda

Perda na
coifa (1+N)
VP

Perda total

Presso
Bsica

Duto
Principal

Vazo m /min

10

Perda de
carga na
rede

TRECHO

Perda de
carga no
duto

Perda de
carga nas
conexes

Fator K das
conexes

COIFA

Tipo e
nmero de
conexes

Compriment
o linear do
Trecho

Ramal

3
rea em cm2

em metros

Trecho

Velocidade
m/min.

DUTO
1

270

EXEMPLO NUMRICO
Balancear estaticamente os ramais A1U1 e A2U1, dimensionar o trecho U1U2, e calcular a presso
na entrada do filtro manga de um sistema de despoeiramento, previsto para operar nas condies
que se seguem:
captor A1:
coeficiente N = 1,37, vazo de captura 7,45 m3 / min.
captor A2:
coeficiente N = 0,49 vazo de captura 9,95 m3 / min.
raio das curvas:
ver nota pgina 272
trecho U1U2:
50,0 m com uma curva de 90 e uma juno 45
trecho A1U1:
6,80 m com uma curva de 90
trecho A2U1:
4,80 m com duas curvas de 90 e uma curva 45
velocidade de transporte
900 m/min
presso baromtrica
1,00 kgf / cm2
temperatura de bulbo seco
25C
3
3
peso especfico
1,2041 kg / m a 20C (1,14 kg / m a 25C)
-5
viscosidade dinmica
1,8178 x 10 kgf / m x s
CLCULO DA REDE A1U1
Passo 1
lanar na coluna 4
lanar na coluna 6
lanar na coluna 7
lanar na coluna 8
lanar na coluna 14
Passo 2

7,45 m /min
900 m / min
6,80 m
1 curva 90
1,37 m

(4 7,45) / 900 =

calcular o dimetro interno


lanar na coluna 2
calcular a rea de escoamento
lanar na coluna 3

0,102 m

0,102 m

10,2 2 / 4 =

81,7 cm

81,7 cm2

Passo 3

determinar os valores de K: curva 90 102 mm = 2,048 (tabela pg. 274)


lanar na coluna 9
2,048
2
calcular curva 90
2,048 x 15 x 1,14 / 2 x 9,81 =
26,77 mmca
lanar na coluna 10
26,77 mmca

Passo 4

corrigir peso especifico


calcular Reynolds
calcular rugosidade relativa
calcular fator de frico
calcular P no duto
lanar na coluna 11
calcular
lanar na coluna 12

1,2041 x 1,00 x 293 / 1 x 1,03 x 298 = 1,14 kg/m3


15 x 0,102 x 1,14 / 1,8178 x 10-5 = 9,59 x 104
0,30 / 102 = 0,0029
(por Colebrook) f = 0,028
6,8
15 2

1,14 =
0,028 x
24,40 mmca
0,102 2 9,81
24,40 mmca
(26,77 + 24,40) =
51,17mmca
51,17 mmca

Passo 5

calcular a presso de velocidade 152x1,14/2x9,81=13,07 (pg. 269 Item 3)


lanar na coluna 13
13,07
calcular (1+N) x VP
(1+ 1,37) x 13,07 =
30,97
lanar na coluna 15
30,97

Passo 6

calcular
lanar na coluna 16

51,17 + 30,97 =
82,15

CONCLUSO
A presso no ponto U1 pelo circuito A1U1 de 82,15mmca.
271

82,15

CLCULO DA REDE A2U1


3

Passo 1

lanar na coluna 4
lanar na coluna 6
lanar na coluna 7
lanar na coluna 8
lanar na coluna 14

Passo 2

calcular o dimetro interno


(4 9,95) / 900 =
lanar na coluna 2
0,118 m
calcular a rea de escoamento
11,8 2 / 4 = 109,35 cm2
2
lanar na coluna 3
109,35 cm

Passo 3

determinar os valores de K: C 90 118 mm = 1,432 e C 45 118 mm = 0,716


calcular curva 90 (1,432 x 152 x 1,14 / 2 x 9,81) x 2 = 37,44 mmca
(0,716 x152 x 1,14 / 2 x 9,81) = 9,36 mmca
curva 45
lanar na coluna 9
1,432 e 0,716
calcular
37,44 + 9,36 =
46,80mmca
lanar na coluna 10
46,80 mmca

Passo 4

corrigir peso especifico


1,2041 x 1,00 x 293 / 1 x 1,03 x 298 = 1,14 kg/m
-5
5
calcular Reynolds
15 x 0,118 x 1,14 / 1,8178 x 10 = 1,11 x 10
calcular Rugosidade Relativa
0,30 / 118 = 0,0025
calcular Fator de Frico
(por Colebrook) f = 0,026
4,8
15 2

1,14 =
calcular P no duto
0,026 x
13,82 mmca
0,118 2 9,81
lanar na coluna 11
13,82 mmca
calcular
46,80 + 13,82 =
60,62mmca
lanar na coluna 12
60,62 mmca

Passo 5

calcular a presso de velocidade


152 x 1,14 / 2 x 9,81 =
lanar na coluna 13
13,07
calcular (1+N) x VP
(1 + 0,49) x 13,07 =
lanar na coluna 15
19,47

13,07

calcular
lanar na coluna 16

80,09

Passo 6

9,95 m /min
900 m / min
4,80 m
2 curvas 90 e 1 curva 45
0,49 m
0,118 m

60,62 + 19,47 =
80,09 mmca

19,47

CONCLUSO
A presso no ponto U1 pelo circuito A2U1 de 80,09mmca. Como a diferena entre as presses
dos ramais de 2,50 % (< 3%), considera-se a juno equilibrada.
Nota: o raio de curvatura das curvas, definidor do fator Kde perda, deve ser selecionado de
modo a assegurar um valor de perda de carga na conexo maior ou menor, compatvel com a
necessidade de ajuste nos valores da presso de equilbrio na juno.
O passo seguinte ser calcular a perda de carga no trecho condutor U1U2, cujo valor ser
adicionado ao valor da presso equalizada definida como BSICA, na juno U1.

272

CLCULO DA REDE U1U2

Passo 1

lanar na coluna 5
lanar na coluna 6
lanar na coluna 7
lanar na coluna 8

7,45 + 9,95 = 17,4 m / min


900 m / min
50 m
1 curva 90 e 1 juno 45

Passo 2

calcular o dimetro interno


4 17,4 / 900 =
lanar na coluna 2
0,156 m
calcular a rea de escoamento
15,6 2 / 4 =
2
lanar na coluna 3
191,12 cm

0,156 m
191,13 cm2

Passo 3

determinar os valores de K curva 90 156 mm = 3,368, juno 45 = 2,218


calcular curva 90
3,368 x 152 x 1,14 / 2 x 9,81 = 44,03 mmca
2
2,218 x 15 x 1,14 / 2 x 9,81 = 28,99 mmca
juno 45
lanar na coluna 9
3,368 / 2,218
calcular
44,03 + 28,99 =
73,02
lanar na coluna 10
73,02 mmca

Passo 4

corrigir Peso Especifico


1,2041 x 1,0 x 293/ 1 x 1,03 x 298 = 1,14kg/m3
calcular Reynolds
15 x 0,156 x 1,14 / 1,8178 x 10-5 = 1,46 x 105
calcular Rugosidade Relativa 0,30 / 156 = 0,0019
calcular Fator de Frico
(por Colebrook) f = 0,025
50
152
calcular no duto
0,025 x
104,73 mmca

1,14 =
0,156 2 9,81
lanar na coluna 11
104,73 mmca
calcular
82,15 + 104,73 + 73,02 =
259,47 mmca
lanar na coluna 12
259,47 mmca
lanar na coluna 16
259,47 mmca

CONCLUSO
A presso no ponto U2 junto entrada do filtro manga de 259,47mmca.
A esse valor de presso deve-se adicionar a perda de carga do filtro manga e do duto de
descarga para a atmosfera.
O valor da presso diferencial a ser assegurada pelo conjunto moto exaustor coresponder a
essa somatria mencionada.

273

7.19

COLETORES INERCIAIS - FILTROS MANGA

Estes coletores agregam baterias de Mangas em seu interior de modo tal que o fluxo de ar
poludo forado a escoar atravs destas mangas no sentido de fora para dentro, ficando o
particulado poluente retido no exterior da manga, figura 15.
A limpeza do particulado agregado na superfcie externa da manga processada pela injeo de
fluxo pulsante de ar comprimido em seu interior. Durante a injeo deste fluxo, a sada do ar limpo
dessas mangas em limpeza bloqueada por uma vlvula denominada Popete.
O residual de p descarregado ao receptculo externo atravs de uma vlvula rotativa.

Figura 15 Filtro Manga

REFERENCIAIS PARA ESPECIFICAO DO TECIDO DAS MANGAS


Material
Dacron
Nomex
Polipropileno

Temperatura
contnua
instantnea
o
o
135 C
149 C
o
204 C
260oC
o
66 C
93oC

trao
MB
MB
MB

Resistncia
abrasivos cidos
lcalis
MB
B
R
MB
P
B
MB
MB
MB

combusto
Sim
No
Sim

RELAES DIMENSIONAIS

rea filtrante til:


rea filtrante total:
nmero de mangas:
rea de pano da manga:
dimenses sugeridas da manga:
capacidade da vlvula rotativa:

vazo (m3/min) taxa de filtragem (m3/m2) x min


rea til x (1,15 a 1,20)
rea filtrante total rea de pano da manga
x dimetro x comprimento da manga
dimetro 150mm, comprimento 4000mm
vazo (m3/min) x concentrao de p retido
(mg/m3)
274

ESPECIFICAO DO FILTRO MANGA


nmero de compartimentos
compartimentos on-line
nmero de mangas / compartimento.
vazo
temperatura dos gases
composio dos gases
material particulado
concentrao de p na entrada
concentrao de p na sada
rea filtrante total
2
3634 m
taxa de filtragem
perda de carga (operao)
presso de projeto
tipo
remoo das mangas

06
05
452
3
272 550 m / h
30 C
ar + material particulado
minrio, snter e finos
3
700 mg / m
3
50 mg / m
2
4240 m rea filtrante til
3

1,25 m / m x min
150 mmca
650 mmca
jato pulsante
pelo topo

ESPECIFICAO DAS MANGAS DO FILTRO


quantidade
material
caractersticas do material
dimetro
comprimento

2.260
feltro agulhado e chamuscado
lavvel e reutilizvel
150mm
4000 mm

DIMENSO DO FILTRO
comprimento
largura
altura

13620 mm
11000 mm
10000 mm

ESPECIICAO DO SISTEMA DE LIMPEZA DO FILTRO


vazo de ar comprimido
presso de ar comprimido
quantidade de vlvulas
ACESSRIOS DO FILTRO

280 SCFM
2
6 a 7 kg / cm
108

- programador eletrnico para controle do jato pulsante;


- vlvulas solenides 220 VCA e diafragmas;
- vlvulas guilhotinas para possibilitar manuteno nas vlvulas rotativas;
- manmetro diferencial e manmetro do barrilete;
- escada inclinada de acesso com corrimo, estrutura de sustentao e cobertura do filtro;
- porta de inspeo na moega;
- talha e monovia;
- vlvula borboleta manual na entrada de gases e vlvula na sada de gases para
- possibilitar o isolamento de uma cmara para manuteno;
- chamin de descarga com medidor de vazo e opacmetro.

275

ESPECIFICAO DOS MATERIAIS CONSTRUTIVOS DO FILTRO MANGA


ao SAE 1010 / 1020 #1/4
ao SAE 1010 / 1020 #1/4
ao SAE 1010 / 1020 #1/4
ao ASTM A 36
ao carbono 1010 / 1020 / A-36
ao SAE 1010 / 1020
ao carbono galvanizado
ao SAE 1010/1020
ao SAE 1020
ao SAE 1045

corpo
moega com inclinao de60
plenum
estrutura
escada
espelho
gaiolas e venturis
sistema de sopragem
carcaa e bocais
eixos

ESPECIFICAO DA VLVULA ROTATIVA DO FILTRO.


12
44,2 kg / h com 30% de enchimento
descarga do filtro de mangas
minrio, sinter e finos
180C
480 mm
01 com dimenses de 326 x 326 mm
01 com dimenses de 326 x 326 mm
22 rpm
4

tamanho
capacidade da vlvula
aplicao
material transportado
temperatura de operao
altura total
bocal de entrada
bocal de sada
rotao
quantidade de vlvulas

ESPECIFICAO DO SISTEMA DE ACIONAMENTO DA VLVULA ROTATIVA


transmisso
redutor
motor

moto redutor
SEW, reduo 1:80
1 CV, IV plos, 4 tenses, 60 Hz, classe F,
IPW-55, TFVE, alto rendimento

ESPECIFICAO DO VENTILADOR CENTRIFUGO / MOTOR ELTRICO DO FILTRO


aplicao
aspirao
vazo nominal
altitude local
temperatura de operao
presso baromtrica
densidade do fludo
presso esttica
rendimento
rotao
motor eltrico

aps filtro
simples
3
272550 m /h
50 metros
26 C
756 mmHG
3
1,095 kg / m
600 mmca
80%
890 rpm
850 HP, 8 plos 60 Hz

276

FLUXOGRAMA DE UM FILTRO MANGA

277

IMPLANTAO DE UM FILTRO MANGA

278

7.20

COLETORES CENTRIFUGOS - CICLONES

DESCRITIVO OPERACIONAL
A separao da partcula em suspenso no fluxo de ar, realizada pela ao de uma fora
centrifuga Fc, necessariamente superior ao peso P da partcula.
Sendo Fc = m x (v2 r) e P = m x g, define-se como coeficiente de separao CS a relao
2
v (g x r), onde r a distancia da partcula ao eixo de rotao.
Existem dois tipos de ciclones:
Tipo A de alta eficincia para partculas menores ou iguais a:
Tipo B de baixa eficincia para partculas maiores que:

60 micra.
60 micra.

O dimensionamento feito a partir das duas expresses seguintes:


Ciclone tipo A
d = Q 300
(equao 90)
Ciclone tipo B
d = Q 800
(equao 91)
3
onde Q expresso em pe /min.
Definido o dimetro d com base na figura ao lado, aplicar as relaes indicadas para as demais
dimenses:
h d x 0,750
L1 d x 0,375
S d x 0,875
dd d x 0,750
L2 d x 1,500
L3 d x 2,500
Clculo da perda de carga aplicar a

P=(12 x L1 x h)
onde:

( K d2d

expresso:

3 L 2 d 3 L 3 d ) em pol de gua

K para entrada simples sem guias =


K para entrada com guias retas =
K para entrada com guias expansoras=

(equao 92)

0,5
1,0
2,0

Exemplo
Dimensionar um ciclone do tipo B para 10000 cfm com entrada de guias retas.
d 10000/ 800 = 3,53 ps = 1,017m
h 1,017 x 0,750 = 0,762 m 2,500 ft
L1 1,017 x 0,375 = 0,381 m 1,250 ft
S 1,017 x 0,875 = 0,889 m 2,916 ft
dd 1,017 x 0,750 = 0,762 m 2,500 ft
L2 1,017 x 1,500 = 1,525 m 5,002 ft
L3 1,017 x 2,500 = 2,542 m 8,338 ft

dimetro:
dimenses

Perda de carga
P:

12 1,250 2,500

1 2,500 3 5,002/3,53 3 8,338/3,53


2

4,0 pol H2O ou 102 mmca.

279

280

CAPTULO VIII

SISTEMAS DE VCUO
BOMBAS DE ANEL LQUIDO

281

282

8.1

VCUO

A presso atmosfrica foi descoberta por Evangelista Torricelli (1608-1647) e na mesma poca
Otto Von Guericke (1602-1686) inventou a Bomba de Vcuo, quando juntou duas calotas
esfricas, das quais havia retirado grande parte do ar do interior do vaso assim formado, e a cada
calota atrelou 30 cavalos que no conseguiram quebrar o vcuo formado.
Hoje a utilizao dos sistemas de vcuo passa da indstria alimentcia, siderrgica e de
minerao.
No que diz respeito s unidades de medio de vcuo, preferimos express-las em mm de Hg de
presso absoluta, indicao essa que apresenta, entre outras, a vantagem de ser independente
da presso baromtrica. Utiliza-se igualmente a expresso Torr em homenagem ao fsico italiano
Torricelli, equivalente presso absoluta de 1 mm Hg.
A presso absoluta mais baixa que possvel conseguir teoricamente com uma bomba de vcuo
de anel lquido igual tenso de vapor do lquido auxiliar utilizado, chamado lquido de selagem.
Para valores mais elevados, ejetores devero ser previstos.
MEDIO DE VCUO
A medio de vcuo dever ser feita com instrumentos calibrados. Geralmente interessa a
presso absoluta e no o vcuo que a diferena entre a presso atmosfrica local e a presso
absoluta. Entretanto, como os vacumetros mais comuns medem justamente vcuo, impe-se
seja conhecida a presso atmosfrica local registrada por meio de barmetro.
Exemplos de vacumetros
TIPO

LEITURA

FAIXA DE MEDIO RECOMENDADA

Tubo em U com hg
(o mais comum e dispensa aferio)

Vcuo

20 a 760 Torr absoluto

Bourdon
(no recomendado para o uso)

Vcuo

150 a 760 Torr absoluto

Membrana
(tomar cuidado com a compatibilidade do
gs com o material da membrana)

Presso
absoluta

1 a 760 Torr absoluto

Pirani
(eltrico)

Presso
absoluta

0,001 a 100 Torr absoluto

-3

Nota: 1 Torr = 1 mmHg = 1,333 mbar = 1,36 x 10 kg/cm

DETEO DE VAZAMENTOS
As principais fontes de vazamentos (entrada de ar) em sistemas de vcuo so as conexes
rosqueadas, a s juntas dos flanges, as hastes das vlvulas, as gaxetas das bombas de anel
liquido e os visores.
Os vazamentos devem ser pesquisados em duas etapas:
Primeira - Verificao do volume de ar admitido no vazamento.
Proceder na seqncia apresentada. de um a seis.

283

1 - Isolar o sistema usurio do vcuo com o sistema gerador de vcuo, conforme indicado abaixo.

2 - Instalar vacumetro do tipo U com mercrio, no equipamento.


3 - Fazer vcuo no equipamento de modo que a presso absoluta esteja pelo menos ao redor de
1/3 da presso atmosfrica local.
Atingida a presso desejada e sem desligar o sistema de vcuo, feche a vlvula, isolando o
equipamento do sistema de vcuo.
4 - Desligar o sistema de vcuo.
5 - Medir o intervalo de tempo que a presso levar para aumentar em 10 mmHg. Registrar esta
leitura pelo menos trs vezes e tirar a mdia aritmtica.
6 Calcular a massa de ar de vazamento mvaz, apliando a expresso
mvaz= 0,96 x V / t
onde:
mvaz = massa de ar de vazamento em kg/h
t = intervalo de tempo em que a presso varia de 10 mmHg em minutos.
V = volume do sistema sob vcuo em m3

(equao 93)

Se o valor calculado for maior que a vazo de no condensveis de projeto, h excesso de fluzo
de ar no vazamento sendo necessrio a localizao das fontes causadoras.
Segunda - Identificao de vazamentos
Vazamentos grandes e localizados tendem a esfriar o local devido expanso do ar da presso
atmosfrica externa para presso de vcuo interna ao do sistema. Uma regio com temperatura
abaixo da vizinhana do entorno no equipamento, caracterizar o local onde se encontra o
vazamento.
Vazamentos pequenos so mais difceis de localizar e requerem recursos especiais. Pode-se
aplicar espuma nos locais suspeitos e ver se as bolhas encolhem.
s vezes em locais sem correntes de ar pode-se aplicar uma chama de vela prximo ao local
suspeito e verificar se ocorre deflexo da mesma.

Cuidados especiais devem ser tomados nos ambientes sujeitos gases explosivos.

Em instalaes de alto vcuo os equipamentos usurios devem ser pressurizado com Hlio e com
o uso de um detector de gs, o vazamento ser identificado ainda que muito pequeno.

284

8.2

BOMBAS DE VCUO DE ANEL LQUIDO

CARACTERIZAO FUNCIONAL
A bomba de vcuo de anel lquido, figura 1 constituda de um corpo cilndrico, no qual esto
montados um ou dois rotores de palhetas radiais em um eixo excntrico em relao ao corpo.
Bombas de mdio vcuo de simples estgio possuem um rotor e bombas de alto vcuo de dois
estgios possuem dois rotores.
O lquido auxiliar geralmente gua movido pelos rotores formando um anel que gira
concentricamente ao corpo. Devido excentricidade existente entre o corpo e os rotores, formamse clulas com volumes progressivamente crescentes e decrescentes, originando depresses e
presses. O ar ou gs assim aspirado e expelido pela bomba.
Torna-se necessrio que durante o funcionamento da bomba, o lquido auxiliar venha a fluir
constantemente na entrada da bomba e descarregado junto com o ar ou gs aspirado.

Figura 1 Bomba de Vcuo de Anel Lquido


CONSIDERAES TCNICAS
REFERENTE MONTAGEM
Antes de proceder instalao, nos conjuntos com acoplamento direto por meio de luva elstica,
deve-se verificar o perfeito alinhamento entre os eixos da bomba e do motor. Diferenas no
alinhamento provocam rpida danificao das partes elsticas do acoplamento alm de possveis
estragos na bomba. Quando a troca da luva elstica se fizer necessria, um extrator dever ser
usado para sua substituio.
O mesmo cuidado necessrio quando os conjuntos forem acoplados por meio de polias e
correias. Os eixos do motor e da bomba devem situar-se em planos absolutamente paralelos.
Deve-se verificar se as correias no esto muito apertadas ou muito soltas, uma vez que, quando
muito soltas, devido ao escorregamento, sofrem rpido desgaste e diminuem a capacidade da
bomba. Quando muito esticadas, sobrecarregam o eixo da bomba e os mancais.

285

REFERENTE TUBULAO
A tubulao no deve exercer esforo algum sobre a bomba nem ser apoiada sobre a mesma.
Entre os flanges das tubulaes e os da bomba, devem ser aplicadas juntas adequadas para
evitar vazamentos. Instalar na tubulao de aspirao, um filtro para reteno de particulados e
uma vlvula de reteno, para evitar que, em caso de uma parada acidental da bomba, o lquido
auxiliar venha a ser aspirado pelo sistema, onde est sendo efetuado o vcuo.
O dimetro nominal dos flanges de suco e recalque da bomba no determina o dimetro das
respectivas tubulaes. As mesmas devero ser dimensionadas visando reduzir ao mnimo as
perdas de carga. Contudo, as tubulaes nunca podero ter dimetros inferiores ao das
respectivas conexes.
Cuidado deve ser tomado para evitar a ocorrncia e contrapresso no interior da bomba,
limitando a coluna de lquido no lado da descarga a 600 mm acima do flange de sada, e o trecho
horizontal a 3 m entre a linha de centro da bomba e a do separador de lquido, figura 2

Figura 2 Bomba de Vcuo com o Tanque de Selagem


REFERENTES VEDAO DO EIXO
de mxima importncia para a garantia da performance da bomba, a boa conservao da
gaxeta, evitando-se entrada de ar. Com essa finalidade, previsto uma injeo de gua para
propiciar a formao de um selo hidrulico garantido a vedao e lubrificando da gaxeta. Deve-se
sempre deixar gotejar levemente durante a operao. Na partida, verificar se a caixa da gaxeta
no aquece acima de 20C da temperatura ambiente. No caso de ser ultrapassado este limite,
afrouxar o preme-gaxeta. Quando a carga da gaxeta tiver sido prensada o equivalente a uma
largura de anel, dever ser renovada afim de se evitar possveis desgastes do eixo, procedendo
como indicado:
a)
b)
c)

tirar completamente a carga desgastada e limpar cuidadosamente o eixo e o alojamento


da gaxeta.
introduzir os anis de gaxeta, previamente cortados tomando cuidado para que as junes
de cada um resultem na defasagem de pelo menos 120.
prensar a carga por meio do preme-gaxeta, apertando as porcas alternadamente evitando
desta forma, um desalinhamento do prprio preme-gaxeta. Prosseguir no aperto at
perceber uma leve resistncia rotao do eixo. Neste momento, afrouxar as porcas para
depois, em seguida, reapert-las levemente.

Ressalva: se a bomba de vcuo operar com gases, dever ser equipada com dispositivos de
vedao do tipo selo mecnico.

286

PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS
PARA A PARTIDA DA BOMBA
Proceder conforme citado.
- encher a bomba com o lquido auxiliar (normalmente gua) at o nvel do eixo. Deve-se evitar
rodar a bomba a seco, mesmo por alguns segundos.
- movimentar o eixo com a mo para certificar-se de que no est preso. Se a bomba estiver
presa, tentar virar o eixo, aplicando uma chave de grifo no cubo da luva elstica ou encher a
bomba com solvente para remover as incrustaes que dificultam o livre movimento dos rotores.
- verificar se o sentido de rotao seja o indicado pela seta: a rotao do eixo visto do lado do
motor, normalmente no sentido horrio.
- abrir a vlvula situada na linha de aspirao.
- ligar o motor e abrir logo em seguida a vlvula do lquido auxiliar. Ajustar a alimentao para
conseguir a melhor performance (ver item 7).
Tratando-se da primeira partida verificar: a rotao, a potncia consumida e os pontos de
aquecimento. A temperatura nos mancais no pode ultrapassar 80C. Nas preme-gaxetas no
podem ultrapassar 20C acima da temperatura ambiente.
PARA A PARADA DA BOMBA
Fechar a vlvula da linha do lquido auxiliar e em seguida, desligar imediatamente o motor eltrico
de acionamento.
FALHAS OPERACIONAIS
Considerar o quadro referencial abaixo:
VERIFICAR
Problemas

Rotao
Baixa

Vazamento
na Linha de
Suco

Falta
de
Capacidade
Rudo
Excessivo
Potncia
Absorvida
Excessiva
Super
Aquecimento
Vibrao
Vazamento
da Gaxeta

Lquido de
Selagem Muito
Quente

Excesso Lquido
de Selagem

Insuficincia
de Lquido de
Selagem

Gaxeta
Desgastada

Acoplamento
Desalinhado

+
+

+
+
+

+
+

A falta ou insuficincia de ar na aspirao produz um rudo forte e vibrao na bomba. Para


eliminar esse rudo e a vibrao dever ser montado uma vlvula para tomada de ar junto a boca
de suco. Esta vlvula dever ser parcialmente aberta.
Quando a bomba operar com vcuo elevado, produzir um rudo hidrulico caracterstico fcil de
ser eliminado, pela abertura de uma vlvula de ar normalmente colocada no corpo da bomba
entre os estgios.

287

8.3

CONSIDERAES OPERACIONAIS

ASPIRAO DE LQUIDO E GS
A bomba de vcuo apta e deslocar qualquer gs e vapor compatvel com o material de
construo e com o lquido de selagem. Dependendo do tipo, a bomba pode aspirar junto com o
ar ou gs, pequenas quantidades de lquido, de 1 a 2% da quantidade do gs aspirado. Contudo,
quando isso ocorre, de se esperar uma reduo na capacidade e um aumento da potncia
consumida. Quando a aspirao do lquido com o gs for contnua, aconselha-se reduzir a
quantidade do lquido de selagem.
Se a quantidade de lquido aspirado for maior que 2%, aconselha-se instalar um separador na
linha de suco e extrair o lquido por meio de moto bomba adicional.
ASPIRAO DE AR (OU GS) COM SLIDOS
Quando partculas slidas (poeira) entram na bomba em suspenso no gs aspirado ou no lquido
auxiliar, devem ser igualmente drenados durante o funcionamento, por meio de conexes
apropriadas existentes no corpo da bomba, reduzindo desta forma, o efeito abrasivo dos slidos.
Na eventualidade de ser elevada a quantidade do material contaminante aspirado aconselha-se
instalar um filtro na linha de aspirao.
ASPIRAO DE GASES QUENTES OU VAPOR SATURADO
Quando o ar (ou gs) aspirado for saturado e encontrar-se a uma temperatura mais elevada do
que a do lquido auxiliar, poder ocorrer uma condensao parcial, resultando em um aumento de
capacidade da bomba. Este aumento de capacidade funo da diferena de temperatura entre
o anel lquido e o gs aspirado. O mesmo ocorre, mas em escala menor, quando so aspirados
gases em alta temperatura. O gs aspirado, assim como o vapor, no devem ultrapassar a
temperatura de 100C.

8.4
LQUIDO DE SELAGEM
O liquido de selagem que ir formar o anel liquido no interior da bomba, normalmente gua, e
quando fornecida bomba a uma temperatura de 15C, permite-lhe alcanar um vcuo mximo
de 30 Torr ao nvel do mar e com presso baromtrica de 760 mmHg.
A gua de selagem deve ser limpa e livre de corpos estranhos em suspenso. Recomenda-se a
aplicao de um filtro tipo Y ou equivalente na tubulao de entrada da gua de selagem na
bomba.
Pode ocorrer, que os gases aspirados sejam corrosivos, ou que estes, reagindo com o lquido de
selagem, tornem-se corrosivos. Em tais situaes, deve ser sempre verificada a compatibilidade
dos materiais de construo, com estes gases ou lquidos de selagem.
Parte do lquido de selagem descarregado no bocal de descarga da bomba, juntamente com o
ar ou gs aspirado, tornado-se necessria uma alimentao contnua do mesmo.
Esta alimentao deve ser feita com o liquido o mais frio possvel, pois, a temperatura do mesmo
afeta a performance da bomba, diminuindo-lhe proporcionalmente a capacidade e o vcuo
alcanado, quanto mais elevada ela for.
A bomba pode aspirar a sua prpria gua de selagem, caso a altura de suco no exceda 1
metro, embora seja boa prtica aliment-la com uma coluna positiva de 3 a 4 metros.

288

Figura 3 Dreno da Bomba de Vcuo


A quantidade de lquido de selagem deve ser controlada por intermdio de uma vlvula de
regulagem tipo globo, montada entre a vlvula de vedao do lquido e a suco da bomba.
Depois de regulada a capacidade do lquido de selagem, a posio da vlvula no dever mais
ser alterada, assegurando-lhe assim, um fornecimento constante e uniforme de lquido bomba.
A bomba no pode operar a seco mesmo que por breves instantes. A colocao de um funil,
figura 3 permitir visualizar a sada do liquido e garantir que a bomba no esteja operando a seco.
FORMAO DO ANEL
O funcionamento da bomba de vcuo de anel lquido, conta com a contnua alimentao de um
lquido, frio e limpo (normalmente gua), que entra na bomba, no lado de aspirao e
descarregado com o gs comprimido.
O volume de anel lquido da bomba regulado para uma tima performance, com uma
quantidade adicional de lquido auxiliar entrando e saindo da bomba, cuja finalidade dissipar o
calor da compresso, absorvido durante o ciclo de operao.
O aumento de temperatura do lquido atravs da bomba limitado a aproximadamente 4 C.
A quantidade necessria de lquido auxiliar para um determinado tipo de bomba funo da
rotao e do vcuo operacional. A gua de alimentao que no dever superar os 15C.
REGULAGEM DO FLUXO DO LQUIDO DE SELAGEM
Na primeira partida necessrio regular a vazo correta do lquido de selagem na alimentao da
bomba.
Na rede de alimentao do lquido auxiliar, devem ser instalados os seguintes componentes; um
filtro Y, uma vlvula solenide normalmente fechada, uma vlvula de regulagem de fluxo, um
mano-vacumetro instalado o mais prximo possvel da suco da bomba e uma vlvula de
bloqueio ajustada de tal forma que, quando a bomba estiver operando o mano-vacumetro no
indique nem vcuo nem presso.
Qualquer excesso de alimentao ser indicado pela presso marcada no mostrador do manovacumetro.
Da mesma forma, se a alimentao do lquido for insuficiente, a bomba de vcuo criar uma
condio de vcuo na linha do lquido auxiliar que ser prontamente observado no manovacumetro.

289

8.5

CONFIGURAES DOS CIRCUITOS DO LQUIDO DE SELAGEM

ALIMENTAO DIRETA DA REDE SEM RECIRCULAO

Figura 4 Bomba de Vcuo com Alimentao Direta de gua


Legenda:
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
9)

Vlvula de bloqueio
Filtro Y
Vlvula de bloqueio do by-pass
Vlvula de bloqueio da solenide
Vlvula solenide - normalmente fechada
Vlvula de bloqueio da solenide
Vlvula globo para regulagem do fluxo
Mano vacumetro
Vlvula de reteno

Notas:
1 - Este sistema se aplica quando a presso da linha de alimentao for constante.
2 - O mano-vacumetro tem por finalidade assegurar a adequada alimentao de lquido auxiliar,
a qual ocorre quando da marcao zero. Deve-se lembrar que quando o ponteiro se encontrar no
quadrante de vcuo indcio de insuficincia de alimentao do lquido selante; quando se
encontrar no quadrante de presso, indcio de excesso.
3 - A vlvula solenide abre a alimentao do lquido auxiliar na partida da bomba e a fecha na
parada, evitando de tal forma que haja desperdcio.
4 - A vlvula de reteno tem por finalidade garantir que nas partidas da bomba o nvel no esteja
acima do plano do eixo.

290

ALIMENTAO DO LQUIDO DE SELAGEM COM RECIRCULAO PARCIAL

Figura 5 Bomba de Vcuo gua de Selagem com Recirculao Parcial


Legenda:
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)

Vlvula de bloqueio
Filtro Y
Vlvula reguladora de fluxo
Vlvula de bloqueio
Termmetro
Mano vacumetro
Indicador de nvel
Vlvula de reteno

Notas:
1 - O liquido auxiliar passa atravs da bomba e descarregado no tanque separador, junto ao
gs aspirado. Parte desse lquido drenado pelo overflow, cujo volume dever ser reposto com a
adio de lquido frio (make up), mantendo-se dessa forma, inalterada a vazo do lquido auxiliar
que atravessa a bomba.
2 - O overflow dever ser localizado de tal forma a impedir que o lquido esteja acima do nvel do
eixo, quando a bomba estiver parada.
3 - O mano-vacumetro tem por finalidade assegurar a adequada alimentao do lquido auxiliar,
a qual ocorre quando da marcao zero. Deve-se lembrar que quando o ponteiro se encontrar no
quadrante de vcuo indcio de insuficincia de alimentao do lquido selante, quando se
encontrar no quadrante de presso, indcio de excesso.

291

ALIMENTAO DO LQUIDO DE SELAGEM COM TANQUE DE RECIRCULAO, EM


CIRCUITO FECHADO

Figura 6 Bomba Vcuo gua de Selagem em Circuito Fechado


Legenda:
1) Vlvula de bloqueio
2) Vlvula reguladora de fluxo
3) Manmetro
4) Termmetro
5) Vlvula de bloqueio
6) Termmetro
7) Mano vacumetro
8) Vlvula de reteno
9) Indicador de nvel
10) Vlvula de bloqueio
Notas
1.- O resfriamento do lquido auxiliar efetuado atravs de um trocador de calor, por meio de um
fluido refrigerante.
2.- Dever ser previsto uma entrada para alimentao do lquido complementar (make up) para
garantir o nvel constante e para reposio do lquido no circuito em caso de drenagem. O
overflow dever ser localizado de tal forma a impedir que o lquido esteja acima do nvel do eixo
quando a bomba estiver parada.
3.- O mano-vacumetro tem por finalidade assegurar a adequada alimentao do lquido auxiliar,
a qual ocorre quando da marcao zero.
Ressalvas
2
- a perda de carga mxima permitida atravs do trocador de calor no mximo de 0,2 kgf/cm .
- para perda de carga maiores, adotar o arranjo com recirculao forada apresentado a seguir.

292

ALIMENTAO DO LQUIDO DE SELAGEM EM CIRCUITO FECHADO COM RECIRCULAO


FORADA POR INTERMDIO DE MOTO BOMBA

Figura 7 Bomba de Vcuo gua de Selagem com Recirculao Forada


Legenda:
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
9)
10)

Vlvula de bloqueio
Vlvula reguladora de fluxo
Manmetro
Termmetro
Vlvula de bloqueio
Termmetro
Mano-vacumetro
Vlvula de reteno
Indicador de nvel
Vlvula de bloqueio

Notas:
1 - Esta soluo adotada quando o trocador de calor aplicado no circuito oferece uma perda de
carga superior a 0,2 kg/cm2.
2 - O mano-vacumetro tem por finalidade assegurar uma adequada alimentao do lquido
auxiliar, a qual ocorre quando da marcao zero. Deve-se lembrar que quando o ponteiro se
encontrar no quadrante do vcuo, indcio de que a alimentao do lquido selante insuficiente,
ao se encontrar no quadrante de presso, o indcio de que h excesso.
3 - O overflow dever ser localizado de tal forma a impedir que o lquido esteja acima do nvel do
eixo, quando a bomba de vcuo estiver parada.
293

ALIMENTAO DO LQUIDO DE SELAGEM POR INTERMDIO DE UM TANQUE DE NVEL


CONSTANTE

Figura 8 Bomba de Vcuo gua de Selagem Suprida por Tanque de Nvel Constante
Legenda:
1)
2)
3)
4)

Vlvula de bloqueio
Filtro Y
Mano-vacumetro
Vlvula de reteno

Notas:
1.

O lquido auxiliar encontra-se presso atmosfrica e aspirado pela prpria bomba.

2.
Essa soluo adotada quando a presso da rede de alimentao varivel o que
provoca irregularidade no funcionamento da bomba. Com a queda da presso, a vazo da gua
tambm diminui provocando uma queda do vcuo. Por outro lado, com um aumento da presso a
bomba recebe mais gua do que o necessrio, tendo como resultado uma reduo da
capacidade e um aumento da potncia consumida, com a possibilidade de sobrecarregar o motor.
3.
A vlvula de reteno tem por finalidade garantir que nas partidas o lquido no esteja
acima do plano do eixo.
4.
A vlvula de bia instalada no tanque tem por finalidade assegurar a alimentao do fludo
auxiliar, mantendo o nvel pr-estabelecido constante.
5.
O nvel do lquido auxiliar no tanque de alimentao no dever exceder do plano do eixo
da bomba.

294

ALIMENTAO COM O SEPARADOR DIRETAMENTE MONTADO NA SADA DA BOMBA, COM


RECIRCULAO PARCIAL DO LQUIDO

Figura 9 Bomba de Vcuo com Separador Acoplado


Legenda:
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)

Vlvula de bloqueio
Filtro Y
Vlvula reguladora de fluxo
Termmetro
Mano-vacumetro
Vlvula de bloqueio
Vlvula de reteno

Notas:
1.
2.

3.

Esta soluo aplica-se quando h pouco espao disponvel para a disposio do conjunto.
O lquido de selagem passa atravs da bomba e recalcado no separador junto com o
gs aspirado. Uma parte desse lquido drenado pelo overflow, cuja quantidade dever
ser reintegrada com a adio de lquido frio (make up), sendo mantida dessa forma,
inalterado o volume do lquido que flui pela bomba.
O mano-vacumetro tem por finalidade assegurar uma adequada alimentao do lquido
auxiliar, a qual ocorre quando da marcao zero. bom aqui lembrar que quando o
ponteiro se encontrar no quadrante do vcuo, haver deficincia de alimentao, quando
estiver no quadrante da presso, haver excesso.

295

8.6

CONSIDERAES DIMENSIONAIS

A exemplificao a seguir mostra os clculos necessrios para o dimensionamento de bombas de


anel lquido em trs situaes operacionais, entendendo como.dimensionamento a determinao
dos valoresda capacidade de suco da bomba e da potncia eltrica necessria.
SITUAO 1 - aspirando gs seco com lquido auxiliar na temperatura = 60F (15,5C),
dimensionar uma bomba de anel lquido para succionar 25 libras de ar a 90F a uma presso de
3 de Hg absoluto, sendo de 60F a temperatura da gua de selagem.
Soluo:
Aplicar a expresso S60 = Wg x 0,365 x (Tg + 460) (Mwg x P1) x 0,0283 x 60 (equao 94)
onde:
S60
vazo de ar succionado pela bomba
em Nm3/h
Wg
vazo mssica do gs
em lb / h
Tg
temperatura do gs
em oF
MWg peso molecular do gs
P1
presso de suco
em pol de Hg
Aplicando vem:

S60 = 25 x 0,365 x (90 +460) (29 X 3,0) x 0,0283 x 60 = 97,9 Nm3/h


3

Capacidade da bomba =

97,5 Nm /h

SITUAO 2 - aspirando gs seco com o lquido auxiliar na temperatura 60f,


dimensionar uma bomba de anel lquido para succionar 25 libras/hora de ar a 90F a uma presso
de 3 de Hg absoluto, sendo de 50F a temperatura de gua de selagem.
Soluo:
Aplicar a expresso S = S60 x (P1 0,52) (P1 Pv)
onde,
S60
S
P1
Pv

vazo da bomba com gua de selagem a 60F


vazo da bomba corrigida
presso de suco
presso de vapor de gua a 50F

(equao 95)
em Nm3/h
em Nm3/h
em pol de Hg
em pol de Hg

Pela tabela de vapor Pv da gua a 50F = 1,03 pol de Hg


Aplicando vem:

S = 97,9 x (3 0,52) (3 1,03) = 123,2 Nm3/h


123,2 Nm3/h

Capacidade corrigida da bomba =

SITUAO 3 - aspirando gs saturado com gua de selagem na temperatura 60F,


dimensionar uma bomba de anel lquido para fazer a suco de 25 libras/hora de ar saturado a
90F, a uma presso de 3 de Hg absoluto, sendo de 80F a temperatura da gua de selagem.
Procedimento sugerido:
- calcular a massa de condensado.
- corresponder a vazo mssica do condensado vazo volumtrica na temperatura.
- somar a esta vazo volumtrica aquela correspondente do gs seco nas mesmas condies
de temperatura.

296

Soluo:
1)

Clculo da massa de condensado

Aplicar a expresso
onde:
Wv
Pv
Mwv
MWg
Wg

(equao 96)

vazo

massica de condensado
presso de vapor do condensado na temperatura de saturao (Tg)
peso molecular do condensado
peso molecular do gs
vazo mssica do gs

Substituindo vem:
2)

W v = Pv x (P1 Pv) x (MWv Mwg) x W g,

em lb/h
em pol/Hg

em lb/h

W v = 1,42 x (3 1,42) x (18 29) x 25 = 14 lb /h de vapor de gua

Clculo de vazo volumtrica

Aplicar a expresso Sv = Ve x W v x 0,0283, onde:


Sv vazo volumtrica do vapor saturado
Ve volume especfico do vapor na presso
W v massa de vapor

em Nm3/h
em pol de Hg
em lb/h

Pela tabela de vapor: Ve de gua na presso de 3 de Hg absoluta =

225,7 pe3

Substituindo vem:

89,4 Nm3/h

Sv = 225,7 x 14 x 0,0283 =

Considerando a capacidade da bomba para a condio 1 ser de 97,9 Nm3/h, teremos:


187,3 Nm3/h

Capacidade final da bomba = 97,9+89,4=


8.7

CAPACIDADE DA BOMBA EM FUNO DO TEMPO DE ASPIRAO

Dimensione uma bomba de anel lquido para produzir o vcuo 3 pol de Hg a partir da presso
3
atmosfrica no prazo de 7 minutos, em uma cmara com o volume de 500 pe .
Soluo:
Aplicar a expresso S = (2,3 x V t) x log (Patm P1) x 60 x 0,0283,
(equao 97)
onde:
S vazo da bomba
em Nm3/h
V volume do sistema
em pe3
t tempo
em minutos
Patm presso atmosfrica inicial
em pol de Hg
P1 presso de suco
em pol de Hg
Aplicando, vem:
8.8

S = (2,3 x 500 7) x log (29,92 3) x 60 x 0,0283 =

278,6 Nm3/h

CAPACIDADE DA BOMBA EM FUNO DE VAZAMENTOS

Corrigir a capacidade da bomba dimensionada conforme o exerccio 8.7 na hiptese de ocorrer


um vazamento de 3,3 pol de Hg em 5 minutos, de modo tal que fiquem inalteradas as condies:
3
500 pe , 3,0 pol de Hg e 7 minutos.
Soluo:
S = 500 x (3,3 3,0) 5,0 x 60 x 0,0283 =

50,94 Nm3/h.

297

8.9

POTNCIA DA BOMBA DE VCUO

A potncia de acionamento funo da potncia isotrmica da bomba, calculada segundo Helmut


Bann Warth; (livro: Liquid Ring Pump, Compressor and Systems, pgina 192), pela expresso Pis
-3
= ( 10 27) x P1 x S x ln (P1 Pd ),
(equao 98)
onde:
Pis potncia isotrmica
em kW
S vazo da bomba na presso de suco

em m3/h

P1 presso de suco

em mmHg absoluto

Pd presso de descarga

em mmHg absoluto

A potncia eltrica de acionamento ser maior, em torno de 50%, para compensao das perdas
hidrulicas na carcaa da bomba, na caixa cilndrica da bomba, entre o fluxo de entrada e de
sada no rotor.
Assim potncia de acionamento ser: N= Pis 0,50

(equao 99)

Exemplo
Calcular a potncia do motor eltrico deacionamento de uma bomba de vcuo com capacidade de
278 Nm3/h presso de suco de 76,2 mmHg, presso de descarga 760 mmHg.
Soluo
Clculo da potncia isotrmica
Pis (10-3 / 27 x 76,2 x 278 x ln (760 / 76,2) = 1,8 KW
Clculo da potncia eltrica
N= (1,8 / 0,5) x 0,75 = 4,8 Hp

298

GLOSSRIO DE FRMULAS
Referente ao Captulo I - Ar Comprimido
Pb = Pv + Pa.

(equao 1)

W = 0,622 x (Pv / Pa),

(equao 2)

UR = Pv / Pg

(equao 3)

Pm = 3,5 x P1 x [r

0,285

- 1] x Q,

(equao 4 a)

Pm = 7 P1 r 0,143 1 x Q

(equao 4 b)

Pm = 10,5 P1 r 0,0952 1 x Q

(equao 4 c)

Pm = 14 P1 r 0,0714 1 x Q

(equao 4 d)

ar Pa x Po x Vo / Ra x To x P kg/h,
m

(equao 5)

V = 5 Q ,

(equao 6 a)

V3 Q,

(equao 6 b)

P x Q / T= Pn x Qn / Tn,

(equao 7)

d= [(4 x Q) / ( x v x 3600)]

0,5

x (100 / 2,54),

(equao 8)

v= (4 x Q) / (3600 x x di2),

(equao 9)

a= 0,000507 + (0,00001294 / di),

(equao 10)

ar = N x P xTN / Z x PN x T

(equao 11)

P = (3,25 x a x Q2 x Lx ar ) / (di5 x 36002)

(equao 12)

Referente ao Captulo II Sistemas de Bombeamento


MR = (5250 x HP rpm) x 0,141,

(equao 13)

Ki = (450 x g x HR x Q) (I x MR x rpm2),

(equao 14)

N = ( x Q x Hman) ( x 74,6),

(equao 15)

3 x cos x ),

(equao 16)

3 ),

(equao 17)

NPSHd: Pb [ha + P + hv + (v / 2g)]

(equao 18)

In = (N x 746)(V x

Ip = [(kVA/cv) x N x 1000] (V x
2

299

NPSHr = x ( n x

H3 ) 4/3 x H

(equao 19)

AMS = Pb [P + hv + (v 2g) + NPSHr]

(equao 20)

t = (P x de) / 2 x [( Sh x E) + (P x Y)]+C,

(equao 21)

Re = v x d i / ,

(equao 22)

1/

f =-2 log[(Eq / di x 3,7) +(2,51 / Re x

f )]

(equao 23)

P (f x L x v2 x ) / (di x 2 x g),

(equao 24)

C= 9900 / [48,3+(Kr x de / t)0,5],

(equao 25)

T= 2 x L / C,

(equao 26)

a= C x v / (2 x g x Hman),

(equao 27)

Tp = I x rpm2 / 67500 x N,

(equao 28)

h= C x v / g.

(equao 29a)

h= 2 x L x v / g x t

(equao 29b)

hmin = h-he

(equao 30)

V0 = (v2 / 2 x g x H0) x [L x S / (H0 /Hmin) - 1 - log (Ho / Hmin)]

(equao 31)

Referente ao Captulo III Caldeiras e Distribuio de Vapor


Vtox = 1,864 C + 5,56 (H O / 8) + 0,697 S

(equao 32)

Vtar = 8,909 C + 26,576 H 3,332 O + 3,331 S

(equao 33)

Vtar = (0,85 PCI / 1000 ) + 2

(equao 33)

Vtar = (1,09 PCI / 1000) 0,25

(equao 33b)

Vtar = 0,875 PCI / 1000

(equao 33c)

Vtg 1,864 C + 0,697 S + 0,8 N + 0,79 Var + (9 x H + w) 1,24

(equao 34)

Vtg + (FE 1) x Vta

(equao 34a)

Vtg = 1,11 PCI / 1000

(equao 34b)

Vtg = 0,725 PCI / 1000

(equao 34d)

Vtg = 0,725 PCI / 1000

(equao 34d)

f = H x S x ( - 1 ),

(equao 35)
300

ho H 1

v 2 g
Q0 S

d:

5,1

ho

Z t 1 t
,
1 Z t

(equao 36)

(equao 37)

2 g

ho

(equao 38)

0,029 Q1,95 ve 0,95


,
P

(equao 39)

Q = Cp ao x m x L ( tf ti )

(equao 40)

d = {4 x m x ve x (ii - if) / x v x cl x 3600}0,5


CV = 72,4 x W /
CV =

1 2

(equao 41)

(equao 42)

72,4 1 0,00126 Tsh W


1 2

(equao 43)

CV = 83,7 x W / Cf x P1
CV =

(equao 44)

83,7 1 0,00126 Tsh W


C f 1

(equao 45)

A= W / 50 x P1

(equao 46)

Q = m x cp x t

(equao 47)

Qt =

2 K c L ( Ts Ta )
r
kc
2,3log e
ri re h 0,9hr

(equao 48)

Referente ao Captulo IV Torres.


Tbuc = Tbu + (F1 x F2).

tm

(equao 49)

v 1 t q1 v 2 t q2 v n t qn

(equao 50)

v1 v 2 v n

Q = m x cp x T ,

(equao 51)

ga r = m x cpgua x (tq-tf) / (hs-he)

(equao 52)

Vv = Q / (h x gua )

(equao 53)

N = Gar x P x 74,6

(equao 54)

301

KaV

tq

tf

dt
Hh

(equao 55)

H= cp x t + W x hg

(equao 56)
1/3

(equao 57)

Capacidade da torre = Qta / Qp) x 100

(equao 58)

L/G teste = L/G projeto x (Qt / Qpr) x (Np / Nt)1/3

(equao 59)

Capacidade da torre = (L/Gp L/Gpr) x 100

(equao 60)

Vta = Vt x (Np / Nt)

Referente ao Captulo V Tubulaes

Pm

S h E x t c
t c

R2
t c 0,643 xt g R 2 t c

(equao 61)

Pm

S h E x t c
t c

R2
t c 1,250 xt g R 2 t c

(equao 61a)

Pm

S h E x t c
R1 R 2

R2
R 1 0,5xR 2

(equao 61b)

t 1 = P x D / 2 x Sh

(equao 62)

F = (d + h) x x P,
2

(equao 63)

v2

(equao 64)


A = V x

G/

P d x 16,32,

(equao 65)

A = Vg G T / 1,175 x C x P,

(equao 66)

A = F1 A S / P1 ,

(equao 67)

CV = 1,16 x q x

G f P

CV = (1,16 x q Cf) x

(equao 68)

Gf

(equao 68a)

CV=

Q
G T

295
1 2

(equao 68b)

CV=

Q G T
257 Cf 1

(equao 68c)

302



s = 1 - 0,96 0,28 v x Pv

(equao 69)

CVi CV Fp

(equao 70)

P x V /T = Pn x Vn / Tn,

(equao 71)

E = E q / di ,

(equao 72)

Pi Pr
L v2
f
gas H gas ar
Pi
d i 2g

(equao 73)

= Pi Pr em kgf / cm2

(equao 74)

Sv

10 L
q L 2Q W
ZR

(equao 75)

10 q L
,
Sv
ZR
2

(equao 75a)

Fm 24000 L (Q W) q L

EI
3
4

(equao 76)

6000 q L
Fm
,
E I

(equao 76a)

I = x (re4 ri4) / 4

(equao 77)

ZR= I / re.

(equao 78)

F = P1 S1 + P2 S2 + v1 + v 2 ,

(equao 79)

(P / A) / ( / L) = E,

(equao 80)

S=Exe

(equao 81)

P=AxS

(equao 82)

Referente ao Captulo VII Ventilao Industrial


ns = 16,6 x n x

Q / 4 P3 ,

(equao 83)

N= Q x P x ar / x 74,6,

(equao 84)

Pdinmica 4,044 ,

(equao 85)

vS =

303

vcorrigida = vinicial

Pst (presso esttica maior)


Pst (presso esttica menor)

(equao 86)

Vp = v2 x / 2g.

(equao 87).

K v 2 / 2 g .

(equao 88)

Pcoifa= (1+N) x Vp.

(equao 89)

d=

Q 300

(equao 90)

d=

Q 800

(equao 91)

P=(12 x L1 x h) ( K d2d 3 L 2 d 3 L 3 d )

(equao 92)

mvaz= 0,96 x V / t

(equao 93)

Referente ao Captulo VIII Sistema de Vcuo


S60 = Wg x 0,365 x (Tg + 460) (Mwg x P1) x 0,0283 x 60 (equao 94)
S = S60 x (P1 0,52) (P1 Pv)

(equao 95)

W v = Pv x (P1 Pv) x (MWv Mwg) x W g,

(equao 96)

S = (2,3 x V t) x log (Patm P1) x 60 x 0,0283,

(equao 97)

-3

Pis = ( 10 27) x P1 x S x ln (P1 Pd ),

(equao 98)

N= Pis 0,50

(equao 99)

304

CONVERSORES DE UNIDADES

PRESSO
2

kgf /cm
2
kgf / cm
2
kgf / cm
kPa (kilopascal)
2
2
N/mm (Newton por mm )
2
N/mm ou MPa (megapascal)

POTNCIA

x
x
x
x
x
x

0,9806
0,09806
14,7
0,01
1
10,2

=
=
=
=
=
=

bar
2
N/mm ou MPa
psi
bar
MPa
2
kgf/cm

N/mm ou MPa
bar
bar
bar
bar
bar
ftWC (p de coluna de gua)
ftWC
mCA (metro de coluna de
gua )
mCA
psi
psi
mmHg (mm de coluna de
mercrio ou torr)
InHg (pol. de coluna de
mercrio )
atm (atmosfera )
atm

x
x
x
x
x
x
x
x
x

145
1,0198
0,1
10,20
33,46
14,5
0,030
0,434
0,098

=
=
=
=
=
=
=
=
=

psi
2
kgf/cm
2
MPa ou N/mm
mCA
ftWC
psi
bar
psi
bar

x
x
x
x

3,28
0,0689
0,00689
1,33

=
=
=
=

ftWC
2
kgf/cm
2
N/mm ou MPa
mbar (milibar)

33,86

x
x

1,013
1,033

atm
atm

x
x

760
29,92

x
x
x
x
x
x

0,264
3,785
4,4
0,227
28,32
3,467

=
=
=
=
=
=

x
x
x
x

0,736
1,341
0,746
1,014

=
=
=
=

kW
hp
kW
cv

TORQUE
kgf m (kilograma-fora x 9,81
metro)
lbf ft (libra-fora p)
x 1,36

Nm (Newton
metro)
Nm

VELOCIDADE
m/s

x 199,8

= ft / min

TEMPERATURA
O

C (grau Celsius)
F (grau Fahrenheit)
K (Kelvin)

x
-

1,8 ]
32 ]
273,2

+ 32
= F
o
x 0,555 = C
o
= C

CALOR
kcal / kg

1,799

= BTU / lb

kJ / kg

4,187

= kcal / kg

VOLUME
3

x
x

1.000
1

=
=

mbar

m (metro cbico)
3
dm
(decmetrocbico)
(litro)

0,26

= gal

=
=

bar
2
kgf/cm

gal (galo americano)


gal

x
x

3,78
128

=
=

mmHg
inHg

lgal (galo imperial)


3
ft (p cbico)
in
ft

X
x
x
x

1,2
28,32
2,54
12

=
= oz.fl
fluida)
= gal
=
= cm
= in

VAZO
/ min (litro por minuto)
gpm (galo por minuto)
3
m /h (metro cbico por hora)
gpm
3
ft / min ou cfm
3
m / kg

Cv (cavalo-vapor)
kW (kilowatt)
hp (cv americano)
hp

gpm
/ min
gpm
3
m /h
/ min
3
ft / lb

(ona

VISCOSIDADE
cSt (centistokes)
x densidade = cP (centipoises)
Poise
x 100
= cP
mPas (milipascal segundo ) x 1
= cP
2
m /s (metro quadrado por x 1.000.000 = cSt
segundo )
SSU
(second
Saybolt x 0,216
= cSt (*)
Universal)
SSF (second Saybolt Furol ) x 2,16
= cSt
Segundo Redwood 1
x 0,237
cSt
(standard )
o
E (grau Engler)
x 7,45
cSt
Segundo copo Ford 4
x 3,76
cSt
(*) vlido para viscosidade maiores que 260 SSU

MASSA
kg (kilograma)
lb
oz (ona)
lb

x
x
x
x

2,2
0,454
28,35
16

lb (libra)
kg
g (grama)
oz

PREFIXOS MTRICOS
M (mega)
da (deca)
d ( deci)
c (centi)
m (mili)
(micro)

=
=
=
=
=
=

1.000.000
10
1/10
1/100
1/1.000
1/1.000.000

BIBLIOGRAFIA
Ar Comprimido
Instalaes Hidrulicas Captulo 10
Archibald Joseph Macintyre, 1982
Editora Guanabara
Bombeamento
Bombas e Instalaes de Bombeamento
Macintyre, Archibal Joseph, 1980
Ed. Guanabara
Geradores de Vapor
Instalaes Hidrulicas Captulo 9
Archibald Joseph Macintyre, 1982
Editora Guanabara
Curso Sobre Distribuio de Vapor
Instituto Brasileiro de Petrleo, 1975
Masoneilan Handbook for Control Valve Sizing Fifth Edicion
W.BURGER Dimensionamento e Seleo para Vlvulas de Segurana e Alvio
Resfriamento de gua
Instalaes Hidrulicas Captulo 6
Archibald Joseph Macintyre, 1982
Editora Guanabara
Tubulaes Industriais
Silva Teles, Pedro Carlos
Livros Tcnicos e Cientficos Editora S.A., 1982
Tabelas e Grficos
Silva Teles Editora Intercincia,1991
Technische Strmungslehre
VOGEL-BUCHVERLAG
WRZBURG, 1984

NDICE ALFABTICO

A
Aceitao de Torres de Arrefecimento,
gua para Caldeiras,

89

Anis de Reforo,

149

Ar de Combusto,

81

135 e 137

B
Bombas de Condensado de Vapor,

95

Bombas Escorvadas / No Escorvadas,

37

Bombas Volumtricas,

41

Bpmbeamento em Terrenos Acidentados,

65

C
Caldeiras,

73

Calor Especfico, 3
Capacidade de Compressores,
Cavitao,

54

Ciclones,

279

Circuito Pneumticos

30

Classificao dos Vasos de Presso,


Classificao dos Ventiladores,
Coeficientes R / C,
Combustveis,

245

151

79

Compresso do Ar,
Compressores,

195

Componentes Construtivos de Redes de Ar comprimido,

27

Componentes Construtivos de Redes de Fluidos Lquidos,

55

Componentes Construtivos de Torres de Arrefecimento,

105

Comprimentos Equivalentes em Sistemas de Ar Comprimido, 33


Comprimentos Equivalentes em Sistemas de Fluidos Lquidos
Comprimentos Equivalentes em Sistemas de Ventilao,
Condensado em Sistemas de Ar Comprimido,
Condensado em Sistemas de Vapor,

94

Condies Operacionais dos Compressores,


Consumo de Combustveis,

265

84

Constante C para Gases e Vapores,

163

Constantes Termodinmicas Criticas,

166

Corrente de Partida de Motores Eltric,o

51

Corrente Nominal de Motores Eltricos,

50

Curvas Caractersticas de Bombas,

48

Curvas de Projeto de Sistemas de Arrefecimento de gua,


Curvas de Torres de Arrefecimento,
Curvas de Torque de Bombas,

50

Curvas de Vlvulas de Controle,

164

133

129

59

Custo Operacional dos Compressores,

D
Damper de Controle de Vazo,

248

Descarga Livre Efetiva de Compressores,


Diagrama de Moody,

50

Dilatao Trmica,

189

Dimensional ANSI de Flanges,

153

Dimensional ANSI de Porcas e Parafusos, 213


Dimensional ANSI de Tubos,

143

Dimensional de Reservatrios,

15

Dimensionamento de Dutos de Ventilao, 262 / 267


Dimensionamento de Redes de gua

57

Dimensionamento de Redes de Ar Comprimido,


Dimensionamento de Redes de Vapor

93

Dimensionamento de Tubulaes,,,

177

Dimensionamento de Vlvulas de Alvio,

32

98/162

Dimensionamento de Vlvulas de Controle, 97/165


Dimensionamento de Ventiladores, 119 / 250
Dimensionamento Estrutural de Reservatrios,

195

Dimensionamento Termo Hidrulico de Torres de Resfriamento,


Dimensionamento Volumtrico de Acumuladores,

Dimensionamento Volumtrico de Reservatrios,

16

Distribuio de Vapor,

91

E
Eficincia Volumtrica dos Compressores, 3
Eliminadoresde Gotas,

109

Enchimento de Torres de Arrefecimento,


Escala Ringelman,

109

85

Espessura da Parede de Tubos,

179

Espessura de Chapa para Curvas em Gomos,

148

Espessura de Isolantes Trmicos, 100


Estaes Redutoras de Presso,

96

F
Fator de Fluxo Crtico,

160

Fator de Forma M,

196

Fator K de Perda de Carga,

59

Filtros de Ar Comprimido, 18 / 255


Filtros Manga,

275

Flexibilidade das Tubulaoes,

191

Fluxograma de Filtros Manga,

277

Fluxograma de Sistemas de Arrefecimento de gua, 115


Fluxograma de Sistemas de Vapor,

92

Folhas de Dados de Bombas Centrfugas,

45

Folhas de Dados de Bombas Peristlticas, 56

308

117

Folhas de Dados de Cilindros Pneumticos, 31


Folhas de Dados deTorres de Arrefecimento,

123

Folhas de Dados de Ventiladores, 251

G
Gases de Combusto,

82

Golpe de Arete, 61
Grandezas Caractersticas em Sistemas de Bombeamento,

53

I
Inspees de Recebimento de Conexes,

208

Inspees de Recebimento de Filtros,

214

Inspees de Recebimento de Flanjes,

208

Inspees de Recebimento de Juntas,

215

Inspees de Recebimento de Parafusos e Porcas, 212


Inspees de Recebimento de Tubos,

206

Inspees de Recebimento de Vlvulas,

216

Inspees de Solda,

229

Inspees Dimencionais, 218


Inspees em Caldeiras, 71
Interferncia entre Torres, 112
Isolantes Trmicos,

99

L
Lanternim,

258

Lavadores de Gs,

86 /255

Limites de Tolerncia,

243

Limpeza de Tubulaes, 233

M
Materiais para Redes de gua,

56

Materiais para Redes de Ar Comprimido,


Materiais para Tubos,

142

Materiais para Vlvulas,

159

28

N
Nvel de Fludos em Tanques Horizontais,
Norma Regulamentadora NR 13,

198

69

Normas Dimensionais para Vlvulas,

160

Normogramas de Presses Admissveis em Flanges ,


Normograma Dimensional para Liras de Expanso, 190

Normogramas para Equivalncia entre Sees,

264

Normogramas para Reforo de Bocas de Lobo,

150

Normogramas para Vazo de Blow Down em Torres, 118

P
309

156

P. Numbers

144

Parmetros Dimensionais de Torres de Arrefecimento,


Parmetros Dimensionais para Ar Comprimido,
Perda de Carga em Coifas,

269

Perda de Carga em Tubulaes,

180

Perda de Carga em Vlvulas,

161

Potncia de Bombas,

51

Potncia de Compressores,
Presso Absoluta,

29

Presso Mdia nos Compressores,

Propriedades da gua Saturada / Vapor,

132

Propriedades Termo Dinmicas do Ar Saturado,

130

Projeto de Tanques Torrisfricos, 199


Purgadores,

10 / 170

Q
Qualidade de gua para Caldeira 90
Qualidade do Ar 17

R
Reaes Hidrulicas,

187

Reaes nos Apoios de Tubulaes,


Recebimento de Bombas,

194

60

Recirculao entre Torres,

112

Regimes Operacionais de Compressores,

Reservatrios de Ar Comprimido, 14
Resfriamento de Compressores,

Rugosidade Relativa de Tubos,

58

S
Secadores Frigorficos,

11

Secadores por Adsoro, 13


Seleo de Ventiladores, 249
Seleo de Torres de Arrefecimento,

122

Simbologia para Redes de Ar Comprmido, 21


Suportes de Mola,

175

T
Tabela para Seleo de Derivao entre Tubos,

152

Tanque de Alimentao Unidirecional (TAU),

64

Tanques de Expanso,

121

Temperatura Absoluta,

Temperatura de Bulbo Seco,

Temperatura de Bulbo mido,

Temperatura Efetiva,

244

Tenso de Aperto nos Parafusos de Flange,


Tenses Admissveis para Tubos de Ac,o

226

148

310

116

Termos Tcnicos Aplicaveis s Torres de Arrefecimento,

106

Termos Tcnicos Aplicveis na Montagem de Tubulaes,

204

Testes de Estanqueidade em Ventiladores, 253


Testes de Faiscamento,

220

Testes de Vedao,

220

Testes em Torres de Arrefecimento,


Testes em Tubulaes,

111

239

Tipos de Torres de Arrefecimento, 111


Tiragem,

87 /257

Traado de Redes de Ar Comprimido,


Turbo Bombas,

20

41

U
Umidade Absoluta,

Umidade do Ar, 8
Umidade Relativa,

V
Valores H/H para Montagem de Tubulaes ,
Vlvulas Tipo Selo Dgua,
Vos entre Suporte,s

203

168

185

Vazo de Captura em Coifa,s

269

Velocidade Especfica de Ventiladores,


Ventiladores do Tipo Booster,

249

247

311

NDICE
CAPTULO I - AR COMPRIMIDO
1.1

CONSIDERAES TCNICAS, 3

1.2

COMPRESSORES, CLASSIFICAO DOS COMPRESSORES, 4

COMPRESSO ADIABTICA, 5

1.3

POTNCIA DE COMPRESSORES, CUSTO OPERACIONAL, 7

1.4

RESFRIAMENTO DE COMPRESSORES, 8

1.5

UMIDADE DO AR, CONDENSADO, 8

DISPOSITIVO DE DRENAGEM DE CONDENSADO, 10

1.6 SECADORES DE AR, 11


SECADORES DE AR POR ADSORO, 13

1.7

RESERVATRIOS DE AR, 14

1.8

TRATAMENTO DE AR COMPRIMIDO, 17

1.9

FILTROS DE AR, 18

1.10 PROJETO, 20
SIMBOLOGIA, 21
FLUXOGRAMA DE ENGENHARIA, 22
CASA DE MQUINAS, 24
ISOMTRICO GERAL, 26
COMPONENTES DAS REDES DE DISTRIBUIO, 27
ESPECIFICAO DE MARETIRAIS DOS COMPONENRES, 28

1.11

PARMETROS DIMENSIONAIS, 29

1.12

CIRCUITOS PNEUMTICOS, 30

FOLHA DE DADOS PARA CILINDROS PNEUMTICOS, 31

1.13

DIMENSIONAMENTO DE REDES, 32

SEQNCIA DE CLCULOS, 32
COMPRIMENTOS EQUIVALENTES DAS CONEXES, 33

1.14

CLCULO DE DIMETROS E PERDA DE CARGA, 34

CAPTULO II BOMBEAMENTO DE FLUIDOS


2.1

CONCEITUAO INTRODUTRIA, 37

2.2

CASA DE BOMBAS, 39

2.3

FLUXOGRAMA, 40

2.4

TIPOS DE BOMBA, 41

2.5

CONDIDERAES SOBRE BOMBA DE POPA, 44

2.6

FOLHAS DE DADOS, 45

2.7

PROCEDIMENTOS PARA PARTIDA E PARADA DE MOTO BOMBAS, 47

2.8

PROBLEMAS OPERACIONAIS, 47

2.9

CURVAS CARACTERSTICAS A ROTAO CONSTANTE, 48

2.10

CURVAS DE TORQUE PAR ATURVO BOMBAS, 50

2.11

POTNCIA REQUERIDA, 50

2.12

CORRENTE NOMINAL DO MOTOR, 50

2.13

CORRENTE DE PARTIDA DO MOTOR, 51

2.14

SELEO DE BOMBAS, 51

2.15

ASSOCIAO DE BOMBAS, 52

2.16

GRANDEZAS CARACTERSTICAS, 53

312

2.17

CAVITAO, 54

2.18

COMPONENTES DA REDE, 55

ESPECIFICAO DOS MATERIAIS DOS COMPONENTES, 56

2.19

PERDA DE CARGA, 57

2.20

CLCULOS DIMENSIONAIS, 60

2.21

INSPEES DE RECEBIMENTO DE MOTO BOMBAS CENTRFUGAS, 60

2.22

GOLPE DE ARIETE, 61

2.23

CLCULO DO GOLPE DE ARIETE, 62

2.24

RECURSOS PARA REDUZIR OS EFEITOS DO GOLPE DE ARIETE, 63

2.25

DIMENSIONAMENTO DO TANQUE DE ALIMENTAO UNIDIRECIONAL, 64

2.26

BOMBEAMENTO EM TERRENOS ACIDENTADOS, 65

CAPTULO III CALDEIRAS


3.1

INTRODUO, 69

CASA DE CALDEIRA, 70

3.2

REQUISITOS OPERACIONAIS, 71

3.3

SEGURANA NA OPERAO DE CALDEIRAS, 71

3.4

INSPEO DE SEGURANA, 71

3.5

GERADORES DE VAPOR, 72

COMPONENTES CONSTRUTIVOS, 74
INSTALAO DA CALDEIRA, 77

3.6

CAPACIDADE DE GERAO DE VAPOR, 78

3.7

COMBUSTVEIS, 79

COMBUSTO, 80
AR PARA COMBUSTO, 81
GS GERADO, 82
EXEMPLO NUMRICO. 84

3.8

EMISSES GASOSAS CONTROLE AMBIENTAL, 85

ESCALA RINGELMAN, 85
OPACMETRO, 85
LAVADORES DE GS, 86

3.9

TIRAGEM, 87

3.10

GUA DE ALIMENTAO DAS CALDEIRAS, 89

3.11

DISTRIBUIO DE VAPOR, 91

FLUXOGRAMA ENGENHARIA, 92
DIMENSIONAMENTO DE REDES, 93

3.12

CONDENSADO, 94

BOMBAS DE CONDENSADO, 95

3.13

ESTAES REDUTORAS DE PRESSO, 96

DIMENSIONAMENTO DE VLVULAS DE CONTROLE DE PRESSO, 97


DIMENSIONAMENTO DE VLVULAS DE SEGURANA, 98

3.14

ISOLAMENTOS TRMICOS, 99

ESPESSURA DO ISOLAMENTO, 100

CAPTULO IV RESFRIAMENTO DE GUA


4.1

INTRODUO, 105

4.2

TERMINOLOGIA, 106

313

4.3

COMPONENTES DAS TORRES, 108

VENTILADORES, 108
ENCHIMENTO, 109
ELIMINADOR DE GOTAS, 109
DISTRIBUIDOR DE GUA, 109

4.4

TIPOS DE TORRE, 110

4.5

IMPLANTAO DE TORRES, 112

OCORRNCIA DE INTERFERNCIAS, 112


OCORRNCIA DE RECIRCULAES, 112.

4.6

BACIA DE GUA FRIA, 114

4.7

ARRANJO CONSTRUTIVO, 114

4.8

PARMETROS DIMENSIONAIS, 116

4.9

DIMENSIONAMENTO TERMO-HIDRULICO, 117

4.10

DIMENSIONAMENTO DO VENTILADOR, 119

4.11

ELEVAO DO TANQUE COLETOR DE GUA QUENTE, 120

4.12

TANQUE DE EXPANSO PARA CIRCUITOS FECHADOS, 121

4.13

SELEO DE TORRES, 122

FOLHA DE DADOS, 123

4.14

PROCEDIMENTOS PARA OPERAO D TORRES, 124

4.15

TESTE EM TORRES, 125

CONDIO DA TORRE, 125


CONDIES OPERACIONAIS PARA O TESTE, 125
CONSTNCIA DAS CONDIES DE TESTE, 126
DURAO DO TESTE, 126
CONDIES GERAIS, 126

4.16

CURVAS, 128

CURVA DE PROJETO, 128


TRAADO DA CURVA DE PROJETO, 129
CURVA CARACTERSTICA, 133
CURVA DE PERFORMANCE, 133

4.17

AVALIAO DO RESULTADO DO TESTE EM TORRES, 134

AVALIAO POR MEIO DA CURVA DE PERFORMANCE, 134


AVALIAO POR MEIO DA CURVA CARACTERSTICA, 137

CAPTULO V - TUBULAES INDUSTRIAIS PROJETO


5.1

CONCEITUAO INTRODUTRIA, 141

5.2

FATORES DE SELEO PARA MATERIAIS DE TUBOS, 141

5.3

CONSIDERAES SOBRE OS TUBOS, 142

NORMAS DE MATERIAIS PARA TUBOS DE AO CARBONO, 142


NORMAS DE MATERIAIS PARA TUBOS DE METAIS NO FERROSOS, 142
PARMETROS PARA ESPECIFICAO DE TUBOS, 142
NORMAS DIMENSIONAIS PARA TUBOS DE AO, 142
DIMENSES NORMATIZADAS PARA TUBOS DE AO, 143
P NUMBER, 144

5.4

CONEXES PARA TUBULAES, 145

LIGAES ENTRE TUBOS, 146


IDENTIFICAO DAS CONEXES, 147

314

CONEXES PR FABRICADAS, 145


SELEO DAS DERIVAES, 152
FLANGES, 153
JUNTAS PARA FLANGES, 157
FIGURA 8 / VLVULAS CULO, 157
JUNTAS DE EXPANSO, 158

5.5

VLVULAS, 159

CARACTERIZAO DAS VLVULAS, 159


REFERENCIAIS NORMATIVOS PARA OS DIMENSIONAIS DAS VLVULAS, 160
CLASSE DE PRESSO DAS VLVULAS, 160
RECOMENDAES PAR ACOMPRA DE VLVULAS, 160
RECOMENDAES PARA SELEO DE VLVULAS, 161
CLCULO DA PERDA DE CARGA EM VLVULAS DE REGULAGEM MANUAL, 161
DIMENSIONAMENTO DE VLVULAS DE ALVIO INSTALADAS EM REDE, 162
DIMENSIONAMENTO DE VLVULAS DE ALVIO INSTALADAS EM TANQUES, 162
VLVULAS DE CONTROLE, 164
DIMENSIONAMENTO DE VLVULAS DE CONTROLE, 165

5.6

VLVULAS ESPECIAIS TIPO SELO DGUA, 168

VLVULAS ESPECIAIS PAR POLPAS ABRASIVAS, 169


VLVULAS ESPECIAIS PARA ADMISSO E EXPULSO DE AR, 169
ATUADORES / POSICIONADORES DE VLVULAS REMOTO OPERADAS, 169
PURGADORES, 170
FATORES DE SELEO E DIMENSIONAMENTO DE PURGADORES DE VAPOR,172
COMPARATIVOS ENTRE OS TIPOS DE PURGADORES, 173
APLICAES DE PURGADORES, 173

5.7

SUPORTES DE TUBULAO, 174

ANLISE FUNCIONAL DE UM SUPORTE DE MOLA, 176

5.8

DIMENSIONAMENTO DE TUBULAES, 177

CLCULO DE DIMETROS, 177


CLCULO DA ESPESSURA DA PAREDE DOS TUBOS, 179
CLCULO DA PERDA DE CARGA, 180

5.9

CARGAS ATUANTES SOBRE AS TUBULAES, 184

5.10

VO ENTRE SUPORTES, 185

5.11

REAES HIRULICAS, 187

5.12

DILATAO TRMICA, 189

5.13

FLEXIBILIDADE DAS TUBULAES, 191

5.14

CLCULO DAS REAES NOS APOIOS DE ANCORAGEM, 194

5.15

TANCAGEM, 195

REFERENCIAIS NORMATIVOS, 195


CLASSIFICAO DOS VASOS DE PRESSO SEGUNDO NR 13, 195
VASO DE PRESSO ANLISE ESTRUTURAL, 195
NVEL DE FLUIDO EM VASOS HORIZONTAIS, 198
PROJETO DOS TAMPOS OVIDES, 199

CAPTULO VI - TUBULAES INDUSTRIAIS MONTAGEM


6.1

GERAL, 203

6.2

NORMAS REFERENCIAIS, 203

6.3

SERVIO DE MONTAGEM, 203

315

6.4

FATORES QUE INTERFEREM NO TEMPO E NO CUSTO DA MONTAGEM, 203

6.5

TERMOS TCNICOS, 204

6.6

FLUXOGRAMA DE MONTAGEM, 205

6.7

INSPEES DE RECEBIMENTO, 206

TUBOS, 206
ROSCAS, 207
CONEXES, 208
FLANGES, 208
PARAFUSOS E PORCAS, 212
FILTROS, 214
RAQUETES E FIGURA 8, 214
JUNTAS DE VEDAO, 215
JUNTAS DE EXPANSO, 215
VLVULAS, 216

6.8

PR MONTAGEM, 221

CONDIES GERAIS, 221


CONDIES ESPECFICAS, 221

6.9

PREPARAO E MARCAO DOS TUBOS, 223

6.10

CORTE, FOLGAS, CHANFROS E DOBRAMENTO DE TUBOS, 223

6.11

MONTAGEM, 225

CONDIES GERAIS, 225


FLANGES, 226
JUNTAS DE VEDAO, 227
JUNTAS DE EXPANSO, 227
LIGAES ROSCADAS, 227
SUPORTES METLICOS, 227

6.12

SOLDAS, 228

INSPEO DE SOLDAS, 229


DEFEITOS DE SOLDA, 231

6.13

GUIA PARA SOLDAGEM COM ATMOSFERA PROTETORA, 232

6.14

ESPECIFICAO DE PROCEDIMENTO DE SOLDAGEM, 232

6.15

LIMPEZA DE TUBULAES, 233

6.16

TESTES, 238

6.17

CONDIES DE ACEITAO DO TESTE, 239

CAPTULO VII - VENTILAO INDUSTRIAL


7.1

CONCEITUAO INTRODUTRIA, 243

7.2

LIMITES DE TOLERNCIA, 243

7.3

LEGISLAO AMBIENTAL / TRABALHISTA, 244

7.4

CLASSIFICAO DOS VENTILADORES, 245

7.5

ARRANJOS CONSTRUTIVOS, 245

7.6

VENTILADORES TIPO BOOSTER, 247

7.7

DAMPER DE CONTROLE DE VAZO, 248

7.8

SELEO DO TIPO DE VENTILADOR, 249

7.9

DIMENSIONAMENTO D EVENTILADORES, 250

7.10

ASSOCIAO DE VENTILADORES EM SRIE E EM PARALELO, 250

7.11

FOLHA DE DADOS, 251

316

7.12

TESTES DE ESTANQUEIDADE, 252

7.13

FILTRAGEM DE AR, 254

TEMPO DE SATURAO DO FILTRO, 254


SELEO DA CLASSE DE FILTROS, 254

7.14

LAVADORES DE GS, 255

7.15

TIRAGEM NATURAL- LANTERNINS, 257

7.16

VENTILAO GERAL DILUIDORA, 259

EXEMPLO DE CLCULO DE VAZES DE AR EM SISTEMAS GERAL DILUIDOES, 260


ANLISE HIDRULICA, 261
ANLISE DO TEMPO DE SATURAO, 261

7.17

DIMENSIONAMENTO DE DUTOS EM SISTEMAS GERAL DILUIDORES, 262

7.18

VENTILAO LOCAL EXAUSTORA DESPOEIRAMENTO, 266

DISTRIBUIO DAS PRESSES EM UM SISTEMA EXAUSTOR, 266


DIRETRIZES BSICAS PARA O PROJETO DOS CAPTIRES, 267
CONSIDERAES SOBRE DIMENSIONAMENTO HIDRUKICO DOS DUTOS, 267

7.19

COLETORES INERCIAIS FILTROS MANGA, 274

REFERENCIAIS PAR A ESPECIFICAO DO TECIDO DAS MANGAS, 274


RELAES DIMENSIONAIS, 274
ESPECIFICAO DO FILTRO MANGA, 275
ESPECIFICAO DAS MANGAS DO FILTRO, 275
DIMENSES DAS MANGAS, 275
ESPECIFICAO DO SISTEMA DE LIMPEZA DO FILTRO, 275
ACESSRIOS DO FILTRO, 275
ESPECIFICAES DOS MATERIAIS CONSTRUTIVOS, 276
ESPECIFICAO DA VLVULA ROTATIVA, 276
ESPECIFICAO DO SISTEMA DE ACIONAMENTO DA VLVULA ROTATIVA, 278
ESPECIFICAO DO VENTILADOR CENTRFUGO / MOTOR ELTRICO, 276
FLUXOGRAMA DE UM FILTRO MANGA, 277
IMPLANTAO DE UM FILTRO MANGA, 278

7.20

COLETORES CENTRFUGOS CICLONES, 279

CAPTULO VIII SISTEMAS DE VCUO


8.1

VCUO, 283

8.2

BOMBAS DE VCUO DE ANEL LQUIDO, 285

CARCTERIZAO FUNCIONAL 285


PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS, 287

8.3

CONSIDERAES OPERACIONAIS, 288

8.4

LQUIDO DE SELAGEM, 288

FORMAO DO ANEL, 289


REGULAGEM DO FLUXO DO LQUIDO DE SELAAGEM, 289

8.5

CONFIGURAES DOS CIRCUITOS DOLQUIDO DE SELAGEM, 290

8.6

CONSIDERAES DIMENSIONAIS, 296

8.

CAPACIDADE DA BOMBA EM FUNO DO TEMP DE ASPIRAO, 297

8.8

CAPACIDADE DA BOMBA EM FUNO DE VAZAMENTOS, 297

8.9

POTNCIA DA BOMBA, 298

GLOSSRIO DE FRMULAS, 299


317

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