Apostila Completa de Hidráulica
Apostila Completa de Hidráulica
Apostila Completa de Hidráulica
APOSTILA DE HIDRÁULICA
2008
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CEFET/Ba Tecnologia Hidráulica
INTRODUÇÃO
Estacionária
Prensa hidráulica
Mobil
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CEFET/Ba Tecnologia Hidráulica
PRINCÍPIOS FÍSICOS DA HIDRÁULICA
Definição de Pressão
Pressão é a força exercida por unidade de superfície. Em hidráulica, a pressão é
expressa em kgf/cm2, atm ou bar.
A pressão também poderá ser expressa em psi (Pound per square inch) que significa libra
força por polegada quadrada, abrevia-se lbf/pol2.
F
p
A
Pressão hidrostática
É a pressão exercida por uma coluna de líquido, e é dada pela seguinte expressão:
p g h
Exemplos:
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Funcionamento
Conforme a pressão aumenta no sistema, o tubo de Bourdon tende a endireitar-se devido
às diferenças nas áreas entre os diâmetros interno e externo do tubo.
Esta ação de endireitamento provoca o movimento do ponteiro, proporcional ao
movimento do tubo, que registra o valor da pressão no mostrador.
Os manômetros de Bourdon são instrumentos de boa precisão com valores variando
entre 0,1 e 3% da escala total. São usados geralmente para trabalhos de laboratórios ou
em sistemas onde a determinação da pressão é de muita importância.
Lei de Pascal
A pressão exercida em um ponto qualquer de um líquido estático é a mesma em todas as
direções e exerce forças iguais em áreas iguais.
Vamos supor um recipiente cheio de um líquido, o qual é praticamente incompressível.
Quando aplicamos uma força de 10 kgf em uma área de 1cm2, obtemos como resultado
uma pressão interna de 10 kgf/cm2 agindo em toda a parede do recipiente com a mesma
intensidade.
Este princípio, descoberto e enunciado por Pascal, levou à construção da primeira prensa
hidráulica no princípio da Revolução Industrial. Quem desenvolveu a descoberta de
Pascal foi o mecânico Joseph Bramah.
F1 = 100kgf f
Sabemos que:
𝐹
𝑝=
𝐴
Portanto:
𝐹1 100𝑘𝑔𝑓
𝑝1 = = = 10𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚2
𝐴1 10𝑐𝑚2
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Temos:
𝐹2 = 𝑝1 ∙ 𝐴2
𝐹2 = 10𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚2 ∙ 100𝑐𝑚2
𝐹2 = 1000𝑘𝑔𝑓
Conservação de Energia
Relembrando um princípio enunciado por Lavoisier, onde ele menciona:
"Na natureza nada se cria e nada se perde tudo se transforma."
Realmente não podemos criar uma nova energia e nem tão pouco destruí-la e sim
transformá-la em novas formas de energia.
Quando desejamos realizar uma multiplicação de forças significa que teremos o pistão
maior, movido pelo fluido deslocado pelo pistão menor, sendo que a distância de cada
pistão seja inversamente proporcional às suas áreas.
O que se ganha em relação à força tem que ser sacrificado em distância ou velocidade.
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Transmissão de Força
Os quatro métodos de transmissão de energia: mecânica, elétrica, hidráulica e
pneumática, são capazes de transmitir forças estáticas (energia potencial) tanto quanto a
energia cinética. Quando uma força estática é transmitida em um líquido, essa
transmissão ocorre de modo especial. Para ilustrar, vamos comparar como a transmissão
ocorre através de um sólido e através de um líquido em um recipiente fechado.
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Força Transmitida através de um Líquido
Se empurrarmos o tampão de um recipiente cheio de líquido, o líquido do recipiente
transmitirá pressão sempre da mesma maneira, independentemente de como ela é
gerada e da forma do mesmo.
Fluido Hidráulico
O fluido hidráulico é o elemento vital de um sistema hidráulico industrial. Ele é um meio de
transmissão de energia, um lubrificante, um vedador e um veículo de transferência de
calor. O fluido hidráulico à base de petróleo é o mais comum.
Inibidores de Oxidação - A oxidação do óleo ocorre por causa de uma reação entre o
óleo e o oxigênio do ar. A oxidação resulta em baixa capacidade de lubrificação na
formação de ácido e na
geração de partículas de
carbono e aumento da
viscosidade do fluido.
A oxidação do óleo é
aumentada por três
fatores:
1. Alta temperatura do
óleo.
2. Catalisadores
metálicos, tais como
cobre, ferro ou chumbo.
3. O aumento no
fornecimento de oxigênio.
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Aditivos Antiespumantes
Os aditivos antiespumantes não permitem que bolhas de ar sejam recolhidas pelo óleo, o
que resulta numa falha do sistema de lubrificação. Estes inibidores operam combinando
as pequenas bolhas de ar em bolhas grandes que se desprendem da superfície do fluido
e estouram.
Fluido de Água-Glicol
O fluido de água-glicol resistente ao fogo é uma solução de glicol (anticongelante) e água.
A mistura é geralmente de 60% de glicol e 40% de água.
Sintético
Os fluidos sintéticos, resistentes ao fogo, consistem geralmente de ésteres de fosfato,
hidrocarbonos clorados, ou uma mistura dos dois com frações de petróleo.
Este é o tipo mais caro de fluido resistente ao fogo.
Os componentes que operam com fluidos sintéticos resistentes ao fogo necessitam de
guarnições de material especial.
Viscosidade
A viscosidade é a medida de resistência ao fluxo das moléculas de um líquido quando
elas deslizam umas sobre as outras. É uma medida inversa à de fluidez.
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Aquecendo-se o melado, faz-se com que ele escoe perfeitamente pelo funil. O
aquecimento das moléculas do melado faz com que elas deslizem umas às outras com
maior facilidade. Conforme se aumenta a temperatura de um líquido, a sua viscosidade
diminui.
Tipos de fluxos
Velocidade x Vazão
Nos sistemas dinâmicos, o fluido que passa pela tubulação se desloca a certa velocidade.
Esta é a velocidade do fluido, que de modo geral é medida em centímetros por segundo
(cm/seg.).
O volume do fluido passando pela tubulação em um determinado período de tempo é a
vazão (Q = V.A), em litros por segundo (l/s).
A relação entre velocidade e vazão pode ser vista na ilustração.
Q( vazão) v( volume)
V( velocidade) Q( vazão)
A( área) t(tempo)
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Potência x Eficiência em sistemas hidráulicos
Cavitação
A cavitação é provocada quando, por algum motivo, gera-se uma zona de depressão, ou
pressão negativa. Quando isso ocorre, o fluido tende a vaporizar formando bolhas de ar.
Ao passar da zona de depressão, o fluido volta a ficar submetido à pressão de trabalho e,
as bolhas de ar implodem provocando ondas de choque, que provocam desgaste,
corrosão e até mesmo destroem pedaços dos rotores, carcaças e tubulações.
Causas da cavitação
Queda de rendimento
Marcha irregular
Vibração provocada pelo desbalanceamento
Ruído provocado pela implosão das bolhas
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Funcionamento
Quando o fluido retorna ao reservatório, a placa defletora impede que este fluido vá
diretamente à linha de sucção. Isto cria uma zona de
repouso onde as impurezas maiores sedimentam, o
ar sobe à superfície do fluido e dá condições para que
o calor, no fluido, seja dissipado para as paredes do
reservatório. Todas as linhas de retorno devem estar
localizadas abaixo do nível do fluido e no lado do
defletor oposto à linha de sucção.
Filtros hidráulicos
1. Transmitir energia.
2. Lubrificar peças internas que estão em movimento.
3. Transferir calor.
4. Vedar folgas entre peças em movimento.
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Escala micrométrica
Um mícron é igual a um milionésimo de um metro, ou trinta e nove milionésimos de uma
polegada. Um único mícron é invisível a olho nu e é tão pequeno que é extremamente
difícil imaginá-lo. Para trazer o seu
tamanho mais próximo da realidade,
alguns objetos de uso diário serão
medidos com o uso da escala
micrométrica. Um simples grão de
sal refinado mede 100 mícron. O
diâmetro médio de um fio de cabelo
humano mede 70 micra. 25 micra
correspondem a aproximadamente
um milésimo de polegada.
Limite de visibilidade
O menor limite de visibilidade para o olho é de 40 micra. Em outras palavras, uma pessoa
normal pode enxergar uma partícula que mede 40 micra, no
mínimo. Isto significa que, embora uma amostra de fluido
hidráulico pareça estar limpa, ela não está necessariamente
limpa. Muito da contaminação prejudicial em um sistema
hidráulico está abaixo de 40 mícron.
Elementos filtrantes
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Elementos de Filtro de Profundidade
Num filtro do tipo de superfície, um fluxo de fluido tem uma trajetória direta de fluxo
através de uma camada de material. A sujeira é retida na superfície do elemento que está
voltada para o fluxo. Telas de arame ou metal perfurado são tipos comuns de materiais
usados como elemento de filtro de superfície.
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Tipo de Filtragem pela Posição no Sistema
O filtro é a proteção para o componente hidráulico. Seria ideal que cada componente do
sistema fosse equipado com o seu próprio filtro, mas isso não é economicamente prático
na maioria dos casos. Para se obterem melhores resultados, a prática usual é colocar
filtros em pontos estratégicos do sistema.
Filtros de Sucção
Existem 2 tipos de filtro de sucção:
Vantagens:
Desvantagens:
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Filtro de Sucção Externo
Pelo fato de possuírem carcaça estes filtros são instalados diretamente na linha de
sucção fora do reservatório. Existem modelos que são instalados no topo ou na lateral
dos reservatórios. Estes filtros possuem malha de filtragem de 3 a 238 mícrons.
Vantagens:
Desvantagens:
Filtro de Pressão
Um filtro de pressão é posicionado no circuito, entre a bomba e um componente do
sistema. A malha de filtragem dos filtros de pressão é de 3 a 40 mícrons. Um filtro de
pressão pode também ser posicionado entre os componentes do sistema.
Vantagens:
Desvantagens:
Vantagens:
Desvantagens:
Hidrodinâmica Hidrostática
Localização da Bomba
Muitas vezes, num sistema hidráulico industrial, a bomba está localizada sobre a tampa
do reservatório que contém o fluido hidráulico do sistema. A linha ou duto de sucção
conecta a bomba com o líquido no reservatório. O líquido, fluindo do reservatório para a
bomba, pode ser considerado um sistema hidráulico separado. Mas, neste sistema, a
pressão menor que a atmosférica é provocada pela resistência do fluxo. A energia para
deslocar o líquido é aplicada pela atmosfera. A atmosfera e o fluido no reservatório
operam juntos, como no caso de um acumulador.
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Bombas de engrenagens
A bomba de engrenagem consiste basicamente de uma carcaça com orifícios de entrada
e de saída, e de um mecanismo de bombeamento
composto de duas engrenagens. Uma das engrenagens, a
engrenagem motora, é ligada a um eixo que é conectado a
um elemento acionador principal. A outra engrenagem é a
engrenagem movida.
Dados de Rendimento
O primeiro e o segundo estágios combinados não podem exceder a: 9,23 kgf.m (regime
contínuo) 11 Kgf.m (regime intermitente)
O segundo estágio não pode exceder a 3 kgf.m.
Exemplo:
H39 a 172 bar = 2,19 kgf.m x 172 / 69 bar = 5,49 kgf.m
D17 a 172 bar = 0,94 kgf.m x 172 / 69 bar = 2,34 kgf.m
Torque total: 7,8 kgf.m
Fluidos recomendados:
O fluido deve ter viscosidade de operação na faixa de 80 a 100 SSU. Máxima viscosidade
para início de fundionamento 4000 SSU.
Filtragem:
Para uma maior vida útil da bomba e dos componentes do sistema, o fluido não deverá
conter mais que 125 partículas maiores de 10 microns por milímetro de fluido (classe SAE
4).
Fluidos compatíveis:
Nota: todos os dados são para uso com fluidos à base de petróleo. Para uso com fluidos
água-glicol e emulsão água-óleo, considerar metade das pressões indicadas, rotação
máxima reduzida de 1000 rpm e especificar mancais do tipo "DU". Consulte o fabricante
para outros fluidos especiais.
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Condições na entrada: - Vácuo máximo 25,4 mm de Hg a 1800 rpm 12,7 m m de Hg à
rotação máxima - Máxima pressão positiva: 1,4 bar
Partida: Quando a linha de sucção estiver vazia na partida, o circuito deverá estar aberto
para tanque.
Instalações especiais:
Consulte o fabricante para qualquer uma das seguintes aplicações: Pressão e/ou rotação
acima das indicadas, acionamento indireto, fluidos além dos especificados, temperatura
acima de 85°C.
Bombas de Palheta
As bombas de palheta produzem uma ação de bombeamento fazendo com que as
palhetas acompanhem o contorno de um anel ou carcaça. O mecanismo de
bombeamento de uma bomba de palheta consiste de: rotor, palhetas, anel e uma placa de
orifício com aberturas de entrada e saída.
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Recuando-se o parafuso de
regulagem há uma redução da
excentricidade do anel em relação ao
rotor e, conseqüentemente, redução
do volume de óleo bombeado. Com o
parafuso todo recuado o anel está
centrado e o deslocamento da bomba
é nulo.
Bombas de pistão
Características da PFVH
Conjunto Rotativo com 10 Palhetas
Conjunto Rotativo Projetado para Facilitar Manutenção no
Campo e Transformações/ Conversões
Alta Velocidade de Operação para Atender às Aplicações
em Equipamentos Mobil.
Várias Opções de Bombas para Atender os Requisitos dos
mais Complexos Circuitos.
Projeto Simples e Eficiente Grande Tolerância à
contaminação do Sistema .
Baixo Nível de Ruído, Operação Silenciosa. Balanceada Hidraulicamente para
Reduzir os Esforços nos Mancais e Aumentar a Vida Útil da Bomba
Especificações da PFVH
Vazão*: Bomba Simples - 45 a 227 l/mim a 1200 RPM Bomba Dupla - 64 a 372 l/mim a
1200 RPM
Rotações: até 2700 RPM
Pressões de Operação*: até 210 bar Contínua
Montagens: PFVH 25 - Flange SAE B - 2 Furos
PFVH 35 - Flange SAE C - 2 Furos
PFVH 45 - Flange SAE C - 2 Furos
Material do Corpo: Ferro Fundido
Temperatura de Operação: -40°C a 85°C
Classe de Limpeza do Óleo: ISO 18/15 ou Melhor
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Características da PFVI
Conjunto Rotativo com 12 Palhetas para Operação
Silenciosa, Baixo Nível de Ruído
Conjunto Rotativo Projetado para Facilitar
Manutenção no Campo e Transformações/Conversões
Várias Opções de Bombas para Atender os Mais
Complexos Circuitos
Projeto Simples e Eficiente
Grande Tolerância à Contaminação do Sistema
Balanceada Hidraulicamente para Reduzir os
Esforços nos Mancais e Aumentar a Vida Útil da Bomba
Especificações da PFVI
Fluido Recomendado
Recomenda-se o uso de óleo hidráulico de primeira linha com viscosidade entre 30 e 50
cST (150 – 250 SSU) a 38°C. A viscosidade normal de operação é entre 17 e 180 cST (80
- 1000 SSU). A viscosidade máxima na partida é 1000 cST (4000 SSU). Fluidos minerais
com aditivos antidesgaste e inibidores de oxidação e ferrugem são os preferidos. Fluidos
sintéticos, água-glicol e emulsões de águaóleo podem ser utilizados com restrições.
Filtragem
O sistema hidráulico deve estar protegido contra contaminação a fim de aumentar a vida
útil da bomba e dos seus componentes. O fluido deve ser filtrado durante o enchimento e
continuamente durante a operação, para manter o nível de contaminação em ISO 18/15
ou melhor. Recomenda-se o uso de filtro de sucção de 149 microns absoluto (100 "mesh")
com "bypass" e filtro de retorno de 10 microns absoluto. A substituição dos elementos
deve ocorrer após as primeiras 487 horas de operação em uma instalação nova, e
posteriormente a cada 500 horas de operação, ou de acordo com as instruções do
fabricante do filtro.
Montagem e Alinhamento
As bombas podem ser montadas em qualquer posição. A posição preferencial é com o
eixo na horizontal. Os flanges SAE B ou C com 2 furos são padrões para ambos os tipos
de eixo, chavetado ou estriado. Em acoplamentos diretos os eixos da bomba e do motor
devem estar alinhados dentro de 0,1 mm LTI. Evite aplicações que induzam esforços
radiais e laterais no eixo.
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Partida
Antes de dar partida à bomba, os seguintes itens devem ser verificados: O sentido de
rotação do motor deve estar de acordo com o sentido de rotação indicado no código
existente na plaqueta de identificação da bomba. Eixos estriados devem ser lubrificados
com graxa anticorrosiva ou lubrificante similar. A carcaça da bomba deve ser enchida com
óleo. Nunca deve ser dada partida à bomba seca ou fazê-la funcionar sem óleo. Observe
as recomendações quanto à filtragem do fluido. As conexões de entrada e saída de óleo
devem estar apertadas e instaladas adequadamente. Todos os parafusos e flanges de
fixação devem estar apertados e alinhados. Durante a partida, a válvula de alívio do
sistema deve ter a pressão reduzida, preferencialmente na regulagem mínima. Na partida,
inicie a bomba pelo procedimento de ligar-desligar-ligar, até que se inicie a sucção e fluxo
normal. Sangrar o ar do sistema até que um fluxo constante de óleo seja observado.
Operação
Eleve lentamente a pressão da válvula de alívio até atingir o valor de ajuste para
operação normal. Verifique e elimine qualquer vazamento em tubulações, conexões e
componentes. A sua bomba de palhetas Parker terá uma vida longa e operação confiável
e eficiente.
Nota: Para maiores informações de vazão e rotação, consulte as informações técnicas de
cada modelo.
As bombas de pistão geram uma ação de bombeamento, fazendo com que os pistões se
alterem dentro de um tambor cilíndrico. O mecanismo de bombeamento de uma bomba
de pistão consiste basicamente de um tambor de cilindro, pistões com sapatas, placa de
deslizamento, sapata, mola de sapata e placa de orifício.
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Quando um tambor de cilindro gira, a sapata do pistão segue a superfície da placa de
deslizamento (a placa de deslizamento não
gira). Uma vez que a placa de deslizamento
está a um dado ângulo o pistão alterna dentro
do cilindro. Em uma das metades do ciclo de
rotação, o pistão sai do bloco do cilindro e gera
um volume crescente. Na outra metade do ciclo
de rotação, este pistão entra no bloco e gera um
volume decrescente.
Neste tipo de bomba, o conjunto gira em um pivô estacionário por dentro de um anel ou
rotor. Conforme vai girando, a força centrífuga faz com que os pistões sigam o controle do
anel, que é excêntrico em relação ao bloco de cilindros. Quando os pistões começam o
movimento alternado dentro de seus furos, os pórticos localizados no pivô permitem que
os pistões puxem o fluido do pórtico de entrada quando estes se movem para fora, e
descarregam o fluido no pórtico de saída quando os pistões são forçados pelo contorno
do anel, em direção ao pivô. O deslocamento de fluido depende do tamanho e do número
de pistões no conjunto, bem como do curso dos mesmos. Existem modelos em que o
deslocamento de fluido pode variar, modificando-se o anel para aumentar ou diminuir o
curso dos pistões. Existem, ainda, controles externos para esse fim.
Faixas de Pressão
Orifício de Saída: 248 bar - 3600 psi – Contínuo 345 bar - 5000 psi - Pico
Orifício de Entrada: 0,69 bar - 10 psi máximo (não exceder)
Condições de Entrada: Não exceder 5 in Hg de vácuo máximo a 1800 RPM com fluido à
base de petróleo. Para velocidade especial recomenda-se ver condições específicas de
entrada.
Dreno de Carcaça: 0,35 bar - 5 psi de diferencial máximo sobre o orifício de entrada 1,03
bar - 15 psi máximo
Faixa de Velocidade: 600 - 2600 RPM
Faixa de Temperatura: -40°F a 160°F - 4,5°C a 71 °C
Material do Corpo: Ferro Fundido
Filtragem: Iso 16/13 recomendado Iso 18/15 máximo
Montagem: SAE "B" 2 - Parafusos
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Generalidades
As válvulas, em geral, servem para controlar a pressão, a direção ou o volume de um
fluido nos circuitos hidráulicos. As válvulas que estudaremos nesta unidade são do tipo
controladoras de pressão, que são usadas na maioria dos sistemas hidráulicos industriais.
Essas válvulas são utilizadas para:
Limitar a pressão máxima de um sistema;
Regular a pressão reduzida em certas partes dos circuitos;
Outras atividades que envolvem mudanças na pressão de operação.
São classificadas de acordo com o tipo de conexão, pelo tamanho e pela faixa de
operação. A base de operação dessas válvulas é um balanço entre pressão e força da
mola. A válvula pode assumir várias posições, entre os limites de totalmente fechada a
totalmente aberta.
Válvula fechada
Válvula aberta
As válvulas controladoras de pressão são usualmente assim chamadas por suas funções
primárias abaixo relacionadas.
Válvula de Segurança
Válvula de Seqüência
Válvula de Descarga
Válvula Redutora de Pressão
Válvula de Frenagem
Válvula de Contrabalanço
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A pressão máxima do sistema pode ser controlada com o uso de uma válvula de pressão
normalmente fechada. Com a via primária da válvula conectada à pressão do sistema e a
via secundária conectada ao tanque, o
carretel no corpo da válvula é acionado por
um nível predeterminado de pressão, e neste
ponto as vias primárias e secundárias são
conectadas e o fluxo é desviado para o
tanque. Esse tipo de controle de pressão
normalmente fechado é conhecido como
válvula limitadora de pressão.
Ajustamento de Pressão
Numa válvula de controle de pressão, a
pressão da mola é usualmente variada pela
regulagem de um parafuso que comprime ou
descomprime a mola.
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Válvula de Seqüência
Uma válvula de controle de pressão normalmente fechada, que faz com que uma
operação ocorra antes da outra, é conhecida como válvula de seqüência.
Válvula de Contrabalanço
Uma válvula de controle de pressão normalmente fechada pode ser usada para equilibrar
ou contrabalancear um peso, tal como o da prensa a que nos referimos. Esta válvula é
chamada de válvula de contrabalanço.
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Válvula redutora de pressão
Uma válvula redutora de pressão é uma válvula de controle de pressão normalmente
aberta. Uma válvula redutora de pressão opera sentindo a pressão do fluido depois de
sua via através da válvula. A pressão nestas condições é igual à pressão ajustada da
válvula, e o carretel fica parcialmente fechado, restringindo o fluxo. Esta restrição
transforma todo o excesso de energia de pressão, adiante da válvula, em calor. Se cair a
pressão depois da válvula, o carretel se abrirá e permitirá que a pressão aumente
novamente.
Tipo de acionamento
Número de Posições
As válvulas são representadas graficamente por quadrados. O número de quadrados
unidos representa o número de posições ou manobras distintas que uma válvula pode
assumir.
Devemos saber que uma válvula de controle direcional possui no mínimo dois quadrados,
ou seja, realiza no mínimo duas manobras.
Número de Vias
O número de vias de uma válvula de controle direcional corresponde ao número de
conexões úteis que uma válvula pode possuir.
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Posição Normal
Posição normal de uma válvula de controle direcional é a posição em que se encontram
os elementos internos quando a mesma não foi acionada. Esta posição geralmente é
mantida por força de uma mola.
Tipo de Acionamento
O tipo de acionamento de uma válvula de controle direcional define a sua aplicação no
circuito, estes acionamentos podem ocorrer por força muscular, mecânica, pneumática,
hidráulica ou elétrica.
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Válvula Direcional de 4/2 Vias
A função de uma válvula direcional de 4 vias é causar o movimento de reversão de um
cilindro ou de um motor hidráulico. Para desempenhar esta função, o carretel dirige o
fluxo de passagem da bomba para uma passagem do atuador quando ele está em uma
posição extrema. Ao mesmo tempo, o carretel é posicionado para que a outra passagem
do atuador seja descarregada para o tanque.
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Acionamento de válvulas direcionais
Nós vimos que o carretel de uma válvula direcional pode estar posicionado em uma ou
outra posição extrema. O carretel é movido para
essas posições por energia mecânica, elétrica,
hidráulica, pneumática ou muscular. As válvulas
direcionais cujos carretéis são movidos por força
muscular são conhecidas como válvulas operadas
manualmente ou válvulas acionadas manualmente.
Os tipos de acionadores manuais incluem alavancas,
botões de pressão e pedais.
Os atuadores manuais são usados em válvulas direcionais cuja operação deve ser
sequenciada e controlada ao arbítrio do operador. Um tipo muito comum de atuador
mecânico é o rolete. O rolete é atuado por um came que está ligado a um acionador. O
atuador mecânico é usado quando a mudança de uma válvula direcional deve ocorrer ao
tempo que o atuador atinge uma posição específica.
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Os carretéis das válvulas direcionais podem também ser acionados por pressão de fluido,
tanto a ar como hidráulica. Nestas válvulas, a pressão do piloto é aplicada nas duas
sapatas laterais do carretel, ou aplicada em uma sapata ou pistão de comando.
Um dos meios mais comuns de operação de uma válvula direcional é por solenóide. Um
solenóide é um dispositivo elétrico que consiste basicamente de um induzido, uma
carcaça “C” e uma bobina. A bobina é enrolada dentro da carcaça “C”. O carretel fica livre
para se movimentar dentro da bobina.
Limitações do Solenóide
As válvulas direcionais
operadas por solenóide têm
algumas limitações. Quando
um sistema hidráulico é
usado num ambiente úmido
ou explosivo, não se deve
usar solenóides comuns.
Quando a vida de uma
válvula direcional deve ser
extremamente longa,
geralmente a válvula de
solenóide controlada
eletricamente é inadequada.
Provavelmente, a maior
desvantagem dos solenóides
é que a força que eles podem desenvolver para deslocar o carretel de uma válvula
direcional é limitada. De fato, a força requerida para deslocar o carretel de uma válvula
direcional é substancial, nos tamanhos maiores.
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Retorno por Mola
Uma válvula direcional de 2 posições geralmente usa um tipo de atuador para acionar o
carretel da válvula direcional para uma posição extrema. O carretel é geralmente
retornado para a sua posição original por meio de uma mola. As válvulas de 2 posições
desta natureza são conhecidas como válvulas com retorno por mola.
Tipos de Centro
Com referências às várias possibilidades de vias de fluxo através de uma válvula
direcional, as vias de fluxo seriam consideradas únicas enquanto o carretel estivesse em
cada posição. No entanto, há posições intermediárias do carretel. As válvulas de controle
direcional de 4 vias, usadas na indústria móbil, têm frequentemente diversas posições
intermediárias entre os extremos. As válvulas hidráulicas industriais de 4 vias são
geralmente válvulas de 3 posições, consistindo de 2 posições extremas e uma posição
central. As duas posições extremas da válvula direcional de quatro vias estão diretamente
relacionadas ao movimento do atuador. Elas controlam o movimento do atuador em uma
direção, tanto quanto na outra. A posição central de uma válvula direcional é projetada
para satisfazer uma necessidade ou condição do sistema. Por este motivo, a posição
central de uma válvula direcional é geralmente designada de condição de centro. Há uma
variedade de condições centrais disponíveis nas válvulas direcionais de quatro vias.
Algumas destas condições mais conhecidas são: centro aberto, centro fechado, centro
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tandem e centro aberto negativo. Estas condições de centro podem ser conseguidas
dentro do próprio corpo da válvula, com a simples utilização de um êmbolo adequado.
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Válvulas de Centro Fechado no Circuito
Uma condição de centro fechado pára o movimento de um atuador, bem como permite
que cada atuador individual, no sistema, opere independentemente de um suprimento de
força. Os carretéis das válvulas direcionais de centro fechado têm algumas desvantagens.
Uma delas é que o fluxo da bomba não pode ser descarregado para o tanque, através de
válvula direcional, durante o
tempo em que o atuador está
inativo. Outra desvantagem é
que o carretel, nesta válvula,
vaza como em qualquer
válvula do tipo carretel. Além
disso, se o carretel ficar
sujeito à pressão do sistema
por mais de uns poucos
minutos, a pressão se
equalizará nas linhas A e B
dos atuadores, a
aproximadamente metade da
pressão do sistema. O
caminho de vazamento
através da superfície de
bloqueio do carretel da
válvula direcional são orifícios
que medem o fluxo. Quando
na posição de centro, a
pressão do sistema atua na via “P” da válvula. Esta posição causa o fluxo do fluído
através da superfície de bloqueio para a passagem do atuador. Então, o vazamento
passa através do restante da superfície de bloqueio para a passagem do tanque. A
pressão, na via do atuador, a essa altura será aproximadamente a metade da pressão do
sistema.
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Porque a metade? Porque o fluxo de vazamento da via “P” para a via do atuador é
exatamente o mesmo da via do atuador para o tanque. Visto que a taxa de vazamento de
fluxo, através dessas passagens, é a mesma, elas devem ter diferenciais de pressão
similares. No circuito do exemplo, se a válvula direcional está sujeita à regulagem da
válvula limitadora de pressão 70 kgf/cm2, quando está na posição central, uma pressão
de aproximadamente 35 kgf/cm2 será observada nas linhas do atuador depois de alguns
minutos. Isto gerará um desequilíbrio de forças no cilindro, o que faz com que a haste do
cilindro avance lentamente.
Uma condição de centro em tandem pára o movimento do atuador, mas permite que o
fluxo da bomba retorne ao tanque sem passar pela válvula limitadora de pressão. Uma
válvula direcional com um carretel de centro em tandem tem a vantagem óbvia de
descarregar a bomba enquanto em posição central. Mas, na realidade, o carretel
apresenta algumas desvantagens que podem não ser aparentes. Já foi dito que várias
condições de centro podem ser conseguidas com uma válvula direcional de 4 vias,
simplesmente inserindo o carretel apropriado no corpo da válvula. Quando um carretel de
centro em tandem é usado no corpo da válvula direcional, a taxa de fluxo nominal diminui.
Além disso, as condições de centro e de descarga do carretel não são tão boas como
poderiam parecer quando se olha para um símbolo de centro em tandem.
As vias P e T de uma válvula hidráulica industrial de 4 vias não estão localizadas
próximas uma da outra. A via “P” no centro e a via “T” nos extremos estão ligadas,
quando na posição central, por meio de uma passagem por dentro do carretel. Isto não é
uma condição ideal, porque resulta num diferencial de pressão, que reduz a vazão
nominal da válvula P T. Não é incomum encontrar, num circuito, várias válvulas de centro
em tandem conectadas em série. A justificativa desta situação é que cada atuador pode
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trabalhar um tanto independentemente de outro e, ao mesmo tempo, a bomba pode ser
descarregada quando as válvulas de centro em tandem são acionadas para o centro.
Outra característica de uma válvula direcional de centro em tandem é que a taxa de fluxo
nominal da válvula é diminuída. Para que haja um curso de fluxo razoavelmente
dimensionado, de P para T na posição central, o eixo do carretel entre as sapatas é muito
mais largo do que em qualquer outro tipo de carretel. Isso resulta num curso de fluxo
restrito quando o carretel é deslocado para qualquer extremo.
Nota: Os carretéis da válvula direcional de centro em tandem operam um tanto
diferentemente de outros carretéis. Por causa de sua construção, quando um carretel de
centro em tandem é acionado para o lado direito da válvula, o fluxo passa de P para A.
Mas, em qualquer outro carretel, o fluxo passa de P para B. Em consequência, se um
carretel de centro em tandem substitui qualquer outro tipo de carretel, controlado por essa
válvula direcional, ele operará no sentido inverso.
Válvulas de Retenção
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O fluido passa pela válvula somente em uma direção. Quando a pressão do sistema na
entrada da válvula é muito alta, o suficiente para vencer a mola que segura o assento,
este é deslocado para trás. O fluxo passa através da vávula. Isso é conhecido como fluxo
direcional livre da válvula de retenção. Se o fluido for impelido a entrar pela via de saída o
assento é empurrado contra a sua sede. O fluxo estanca.
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A válvula de retenção operada por piloto permite um fluxo livre da via de entrada para a
via de saída igual a uma válvula de retenção comum. O fluido impelido a passar através
da válvula, através da via de saída para a via de entrada, pressiona o assento contra a
sua sede. O fluxo através da válvula é bloqueado. Quando uma pressão suficientemente
alta age sobre o pistão do piloto, a haste avança e desloca o assento da sua sede. O fluxo
pode passar através da válvula, da via de saída para a via de entrada, desde que a
pressão no piloto seja suficiente para manter o pistão da haste acionado.
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Esta válvula caracteriza em sua construção, na montagem em conjunto, por duas válvulas
de retenção operadas por piloto em uma única carcaça, sendo que o pistão de comando
trabalha entre duas retenções simples.
No sentido de A1 para B1 e de A2 para B2 o fluxo é livre. De A1 para A2 e de B1 para B2,
o fluxo está bloqueado.
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Válvula controladora de fluxo ou de vazão
A função da válvula controladora de vazão é a de reduzir o fluxo da
bomba em uma linha do circuito. Ela desempenha a sua função por ser
uma restrição maior que a normal no
sistema. Para vencer a restrição, uma
bomba de deslocamento positivo aplica uma
pressão maior ao líquido, o que provoca um
desvio de parte deste fluxo para outro
caminho. Este caminho é geralmente para
uma válvula limitadora de pressão, mas pode
também ser para outra parte do sistema. As válvulas
controladoras de vazão são aplicadas em sistemas hidráulicos
quando se deseja obter um controle de velocidade em determinados atuadores, o que é
possível através da diminuição do fluxo que passa por um orifício.
Orifício Fixo
Um orifício fixo é uma abertura reduzida de um tamanho não ajustável. Exemplos comuns
de orifícios fixos, em hidráulica, são os plugues de um tubo ou válvula de retenção com
um furo usinado através do seu centro, ou uma válvula comercial controladora de fluxo
preestabelecida pela fábrica.
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Orifício Variável
Muitas vezes um orifício variável é melhor do que um orifício fixo, por causa do seu grau
de flexibilidade. Válvula de gaveta, válvulas globos e válvulas controladoras de vazão
variável são exemplos de orifícios variáveis.
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Com a válvula limitadora de pressão ajustada a 35 kgf/cm2, a bomba tenta mandar seus
20 litros/min de fluxo através do orifício. Devido ao tamanho da abertura do orifício,
somente 8 litros/min passam através do orifício antes que a pressão atinja a regulagem de
35 kgf/cm2 na válvula limitadora de pressão (isso, é claro, acontece instantaneamente). 8
litros/min passam através do orifício e saem para o atuador. 12 litros/min avançam sobre
a válvula limitadora de pressão e a haste do pistão se move a uma taxa de 400 cm/min.
Métodos de Controle
Basicamente temos três maneiras de se aplicarem válvulas controladoras de vazão,
sendo as duas primeiras com retenção integrada, e na terceira não se faz necessário o
uso da retenção.
1º Método - Meter-In
Meter-in significa controle na entrada. Nesta operação a válvula deverá ser instalada no
atuador, de maneira que a retenção impeça a passagem do fluido, obrigando o mesmo a
passar através do orifício controlado para a entrada da câmara do atuador. Este método é
bem preciso e utilizado em aplicações onde a carga sempre resiste ao movimento do
atuador, em casos onde se deve empurrar uma carga com velocidade controlada ou
levantar uma carga com o cilindro instalado na vertical.
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2º Método - Meter-Out
Meter-out significa controle na saída. Nesta operação a válvula deverá ser instalada no
atuador de maneira que a retenção impeça a saída do fluido
da câmara do atuador obrigando o mesmo a passar através
do orifício controlado. Este método é muito utilizado em
sistemas onde a carga tende a fugir do atuador ou deslocar-
se na mesma direção, como ocorre nos processos de
furação (usinagem).
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Válvula Controladora de Vazão com Pressão Compensada
Qualquer modificação na pressão antes ou depois de um orifício de
medição afeta o fluxo através do orifício, resultando numa mudança de
velocidade do atuador. Estas modificações de pressão devem ser
neutralizadas, ou compensadas, antes que um orifício possa medir o
fluido com precisão.
As válvulas controladoras de fluxo são válvulas não compensadas. Elas são bons
instrumentos de medição, desde que o diferencial de pressão através da válvula
permaneça constante. Se houver necessidade de uma medição mais precisa, usa-se uma
válvula de fluxo compensada, isto é, um controle de fluxo que permite a variação de
pressão antes ou depois do orifício. As válvulas controladoras de vazão com pressão
compensada são classificadas como do tipo restritora ou by pass.
Tipo Restritora
Uma válvula controladora de vazão com pressão compensada tipo restritora consiste de
um corpo de válvula com vias de entrada e de saída, uma válvula controladora de vazão
variável, um êmbolo de compensação e uma mola que comprime o êmbolo.
Funcionamento
Para determinar como uma válvula tipo restritora
funciona, devemos examinar a sua operação passo
a passo. Com o êmbolo de compensação totalmente
voltado para o lado esquerdo, qualquer fluxo de
fluido pressurizado que entre na via de entrada
chegará à válvula controladora de vazão variável.
Com o êmbolo um pouco deslocado para o lado
direito, o fluxo de fluido pressurizado é bloqueado
através da válvula.
Para manter o curso de fluxo através da válvula aberta, uma mola comprime o êmbolo do
compensador em direção ao lado esquerdo. A pressão antes da válvula controladora de
vazão variável é transmitida ao lado esquerdo do êmbolo por meio de uma passagem
piloto interna. Quando a pressão do fluido, neste ponto, tentar se tornar maior do que a
pressão da mola, o êmbolo se moverá em direção do lado direito.
ATUADORES HIDRÁULICOS
Cilindros
Cilindros hidráulicos transformam trabalho hidráulico em energia mecânica linear, a qual é
aplicada a um objeto resistivo para realizar trabalho. Os cilindros foram citados
brevemente há pouco. Um cilindro consiste de uma camisa de cilindro, de um pistão
móvel e de uma haste ligada ao pistão. Os cabeçotes são presos ao cilindro por meio de
roscas, prendedores, tirantes ou solda (a maioria dos cilindros industriais usa tirantes).
Conforme a haste se move para dentro ou para fora, ela é guiada por embuchamentos
removíveis chamados de guarnições. O lado para o qual a haste opera é chamado de
lado dianteiro ou "cabeça do cilindro". O lado oposto sem haste é o lado traseiro. Os
orifícios de entrada e saída estão localizados nos lados dianteiro e traseiro.
Características
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A Haste do Pistão
Aço de alta resistência, retificada, cromada e polida
para assegurar uma superfície lisa, resistente a
entalhes para uma vedação efetiva e longa vida.
O Tubo do Cilindro
São fabricados com aço de alta qualidade, brunido
com precisão e alto grau de acabamento, assegurando
vida longa às vedações.
Encaixe do Tubo
Uma saliência usinada com precisão em ambas
as extremidades do tubo, concêntrica com o
diâmetro interno do tubo, permite que os
cilindros sejam alinhados rápido e precisamente
para uma máxima vida em operação.
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Guarnições
Para uma operação apropriada, uma vedação positiva deve existir em toda a extensão do
pistão do cilindro, tanto quanto na haste. Os
pistões do cilindro são vedados com as
guarnições elásticas ou anéis de vedação de
ferro fundido. Os anéis de pistão são duráveis
mas permitem vazamento na ordem 15 a 45 cm3
por minuto em condições de operação normal.
Guarnições tipo "U" elásticas não vazam em
condições normais, mas são menos duráveis. As
guarnições elásticas da haste são fornecidas em
muitas variedades. Alguns cilindros são
equipados com guarnições com formato em "V"
ou em "U", fabricadas de couro, poliuretano,
borracha nitrílica ou viton, e uma guarnição
raspadora que previne a entrada de materiais
estranhos no cilindro.
Um tipo comum de guarnição elástica consiste de
uma guarnição primária com a lateral dentada em formato de serra na parte interna. As
serrilhas contatam a haste e continuamente raspam o fluido, limpando-a. Uma guarnição
secundária retém todo o fluido da guarnição primária e ainda previne contra a entrada de
sujeiras quando a haste recua.
TIPOS DE CILINDROS
Cilindro de simples ação e retorno por mola - um cilindro no qual uma mola recua o
conjunto do pistão.
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Cilindro de simples ação e retorno pela força da carga - um cilindro no qual uma força
externa recua o conjunto do pistão.
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Choque Hidráulico
Quando a energia de trabalho hidráulica que está movendo um cilindro encontra um
obstáculo (como o final de curso de um pistão), a inércia do líquido do sistema é
transformada em choque ou batida, denominada de choque hidráulico. Se uma
quantidade substancial de energia é estancada, o choque pode causar dano ao cilindro.
Amortecimentos
Para proteger os cilindros contra choques excessivos, os mesmos podem ser protegidos
por amortecimentos. O amortecimento diminui o movimento do cilindro antes que chegue
ao fim do curso. Os amortecimentos podem ser instalados em ambos os lados de um
cilindro.
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Um amortecimento consiste de uma válvula de agulha de controle de fluxo e de um
plugue ligado ao pistão. O plugue de amortecimento pode estar no lado da haste (nesta
posição ele é chamado de colar), ou pode estar no lado traseiro (onde é chamado de
batente de amortecimento).
Funcionamento
Conforme o pistão do cilindro se aproxima do seu fim de curso, o batente bloqueia a saída
normal do líquido e obriga o fluido a passar pela válvula controle de vazão. Nesta altura,
algum fluxo escapa pela válvula de alívio de acordo com a sua regulagem. O fluido
restante adiante do pistão é expelido através da válvula controle de vazão e retarda o
movimento do pistão. A abertura da válvula controle de vazão determina a taxa de
desaceleração. Na direção inversa, o fluxo passa pela linha de bypass da válvula de
controle de vazão onde está a válvula de retenção ligada ao cilindro. Como regra geral, os
amortecimentos são colocados em cilindros cuja velocidade da haste exceda a 600
cm/min.
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SIMBOLOGIA
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