Tecnologia Da Fabricação Do Álcool e Açúcar

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA

TRINGULO MINEIRO
CAMPUS ITUIUTABA MG
PROF.: GISLAINE FERNANDES

TECNOLOGIA DA FABRICAO DO LCOOL E


ACAR

ALEXANDRE FARIA SILVA

QUMICA 3 PERODO

NOTURNO IFTM

ITUIUTABA MG
JUNHO JULHO DE 2011

CANA-DE-ACAR

Caldo e

Biomassa

Carboidrato lcool
(sacarose)

Acar

S acar: 120 Kg.

Acar e lcool: (50%/50%)

{67 Kg acar e 42 L de lcool}.

S ETANOL: 85 a 91 Litros.
Bagao

Energia (Bioeletricidade)

lcool 1000 Kg de bagao 109 L de lcool1.


1 Tonelada de cana gera aproximadamente 280 Kg de bagao.
Vinhaa: 1 L de lcool Gera 13 litros de Vinhaa.
Plstico2 Biodegradvel: PHB (Polihidroxbutiratos) 4 Kg de Acar e produz plstico.
Meio Ambiente: Cana utilizada para produzir 1000 L de lcool sequestra 2,6 Toneladas de CO 2
na atmosfera (FOTOSSNTESE).
Palha: Energia e lcool.

AQUECIMENTO GLOBAL
Para cada 3,8 litros de gasolina que um automvel queima, so liberados 10 Kg de CO 2 na
atmosfera.

EQUAO DA FOTOSSNTESE
CO2 + H2O + LUZ SOLAR C6H12O6 (Glicose ou frutose) + O2

A levedura sempre vai produzir LCOOL e as bactrias iro produzir CIDO.

Como Acar vira plstico?


R: Atravs de um microrganismo.

TERMINOLOGIA UTILIZADA NA PRODUO DE LCOOL E ACAR


Brix: % de slidos solveis (inclusive a sacarose).
Pol (Polarizao): % de sacarose contida em uma soluo aucarada. a medida por polarimetria e se
d atravs da propriedade que a sacarose tem de desviar a luz polarizada para a direita.
Fibra: Matria seca solvel em gua.
Grau Gay-Lussac ( GL): a % em volume de lcool presente em sua mistura hidroalcolica.
Pureza: Pol/ Brix.
Razes de Perfilho: responsvel pela sustentao da planta.
Razes de Tolete: responsvel pela absoro de gua e nutrientes.

CORTE DA CANA
Corte Manual
Vantagens
Melhor aproveitamento;
Mais gerao de emprego;

Desvantagens
Tempo maior para corte;
Prejuzo ambiental / liberao de CO23;
Condies de insalubridade ao trabalhador;
Maior gasto com a colheita;
Maior contaminao;
Poluio do ar / Sade;
Morte de animais;
Eliminao de matria orgnica da camada superficial do solo;
Dificuldade de respirao.

Porque os biocombustveis contribuem para o Aquecimento global?


R: Por que eles absorvem CO2.

Corte Mecanizado
Vantagens
Maior rendimento operacional na colheita;
Menos gastos com a colheita;
Cana com menor teor de impurezas;
Menor poluio;
Maior conservao do solo.

Desvantagens
Reduo na gerao de empregos;
Menor aproveitamento da cana.

ETAPAS DE PRODUO

Plantio manual e mecanizado;

Colheita manual e mecanizada;

Transporte;

Recebimento;

OBJETIVOS DESTAS ETAPAS

Pagamento da matria-prima recebida;

Clculo do rendimento industrial;

Clculo do rendimento agrcola;

Clculo do carregamento e transporte;

Amostragens;

LAVAGEM DA CANA

Tem como objetivo a remoo das impurezas.


Lavagem a seco: realizada por ventiladores que sopram as impurezas.
Lavagem mida: utiliza gua para retirar as impurezas.

Consome grandes quantidades de gua dentro da usina;

Necessidade de aproximadamente 700 L / Tonelada de cana;

Perda de sacarose cana inteira: 1,4 a 1,8%.


cana picada: 2 a 3%.

Maior dificuldade desta etapa manter a camada de cana fina e contnua.

possvel remover at 95% da terra.

ETAPAS DA MOAGEM

Picador;

Desfibrador;

Eletrom;

Moenda ou Difusor;

Terno de Moenda: conjunto de 3 rolos de moenda.

Terno secundrio: primeiro conjunto de moenda.

Caldo primrio: caldo proveniente do primeiro terno de Moagem.

Embebio4: caldo adicionado a esteira entre uma moenda e outra, com o objetivo de aumentar a

eficincia de extrao.

Amostragem: efetuar o teor do grau brix, pagar a cana e calcular o rendimento da produo.

PRODUO DE LCOOL E ACAR

Fermentao:
Ocorre nas dornas de fermentao (tanques).
Temperatura tima de fermentao: 33 C.

Controle de temperatura: serpentinas que circulam gua fria para refrigerar o mosto para que as

Embebio Composta: utiliza os caldos para o processo de embebio.

leveduras no morram.

Mosto: Caldo + Levedura

USINA PRODUZ

lcool Anidro: concentrao maior de 99,5% de , utilizado para misturar na gasolina, pois mais

concentrado, com teor de gua de 0,5%.

lcool Hidratado: utilizado para abastecer os carros a lcool, com concentrao de no mnimo

92,5% de lcool e teor de 7,5% de gua.

PRODUO DE LCOOL

SACAROSE

Mais simples e mais barato.

Hidrlise (quebra) enzimtica.

AMIDO

Polissacardeo

Amilose: 20 a 30% de glicose


Amilopectina: 60% de glicose

Hidrlise do Amido e da Celulose pode ser:

Rota cida: cido sulfrico (H2SO4) e cido clordrico (HC).

Rota Enzimtica: diversas enzimas.


I.

Enzimas catalizadoras: aceleram a reao mas no participam da reao diminui a

energia de ativao da reao, que a energia necessria para a reao ocorrer.

FERMENTAO

Alcolica Levedura

Actica Bactria

Lctica Bactria

Trata-se na verdade, de um processo de transformao de uma substncia em outra, produzida a partir

de microrganismos, tais como bactrias e fungos, chamados nestes casos de Fermentos.


A fermentao um conjunto de reaes qumicas controladas enzimaticamente, em que uma
molcula orgnica (geralmente a glicose) degradada em compostos mais simples, liberando energia.

LEMBRE-SE:
A levedura ingere a glicose ou a frutose, gerando assim energia em forma de ATP (Adenosina Tri
Fosfato) e como consequncia deste metabolismo produzido LCOOL e CO2.
Portanto o lcool e o CO2 so subprodutos da reao de fermentao das leveduras, onde o produto
principal a gerao de ENERGIA.

DIFERENA ENTRE BACTRIAS E LEVEDURAS

Bactrias: so microrganismos procariotas (clulas mais primitivas).

Fungos: so microrganismos eucariotas unicelulares.

* Bolores: so multicelulares.
As bactrias podem ser classificadas de acordo coma constituio da parede celular. Podem ser
divididas em:

Gram Positiva: aps a colorao de Gram a parede celular fica ou permanece roxa.

Gram Negativa: aps a colorao a parede celular fica avermelhada (clara).

Colorao Gram: primeiramente se efetua um esfregao para espalhar as bactrias,

posteriormente faz-se a fixao utilizando calor (Bico de Bunsen). Borrifa-se com soluo de Lugol sobre a
placa. Em seguida, borrifa-se uma soluo de lcool / cetona, que ir dissolver a camada lipdica da membrana
externa das Grans Negativas, removendo o Lugol.
Portanto as grans positivas ficam roxas e as grans negativas ficam avermelhadas, pois sua camada
lipdica foi dissolvida.

FERMENTAO ACTICA

Primeiramente:

Fermentao Alcolica (levedura)

Deve conter de 5 a 12 GL.

C6H12O6 + Saccharomyces cerevisiae 2C2H5OH + CO2


Posteriormente:

Fermentao Bacteriana (actica)

Etanol + O2 + Acetobacter CH3COOH + H2O

Durante esta reao necessrio fornecer grande quantidade de Oxignio (O 2), portanto, este

processo dever ser aerado e agitado.

So bactrias Gram (-), que se desenvolvem entre 15 a 45 C. O gnero mais frequente a

ACETOBACTER.

FERMENTAO LTICA
Lactose Glicose + Galactose
As bactrias hidrolisam a lactose em monossacardeos e as metabolizam excretando cido lctico.
O cido lctico se encontra no leite, quando este foi colonizado por bactrias que aproveitam seu
acar, a LACTOSE.
O cido lctico aumenta a acidez do leite e faz coagular, ou seja, pH < 7( desta que forma o
IOGURTE).

C6H12O6 2C3H6O3 + 2ATP

FERMENTAO BUTRICA

Produz o cido Butrico.

Ocorre depois da fermentao lctica.

Causam odores ptridos e desagradveis. Na manteiga causa gosto de ruim (rancificao).

So produzidos por bactrias anaerbicas e sua temperatura tima de 37 C.

FERMENTAO DEXTRNICA
O principal agente a bactria Leuconostoc mesenteroides. So bactrias Gram (+). elas consomem e
metabolizam a sacarose, excretando uma massa gelatinosa transparente (um polmero), conhecida como
canjica. A temperatura tima de desenvolvimento 36 C.

nC12H22O11 (C6H10O6)n + n(C6H12O6)

Centrfuga: separa a levedura do vinho.

Cuba: faz a descontaminao das bactrias.

Destilao: separa acar, gua e nutrientes (vinhaa).

A transformao do acar em etanol envolve 12 reaes (a partir da sacarose) em sequncia


ordenada, no citoplasma da clula da levedura, sendo cada reao catalisada por uma enzima especfica.
Sacarose

* Absoro

utilizada pelas

* Excreo (lcool)

leveduras

* Manuteno da clula
* Crescimento
* Multiplicao

FASE DE CRESCIMENTO DO MICRORGANISMO

Fase Lag (adaptao): as clulas se adaptam ao novo meio. As clulas sintetizam as enzimas

necessrias ao metabolismo dos componentes presentes no meio. No h reproduo celular.

Fase de crescimento: caracterizada por uma grande velocidade de crescimento.

Fase estacionria: a taxa de crescimento iguala-se a taxa de morte de clulas.

Fase de morte: taxa de morte maior que a taxa de crescimento.

RENDIMENTO NA FERMENTAO ALCOLICA

C6H12O6 2C2H5OH + 2CO2 + levedura + subprodutos


Rendimento estequiomtrico ou terico (RT):
RT = 2. Massa Molar do Etanol
Massa Molar da Glicose ou Frutose

= 2.46 = 0,511g de etanol / g de acar


180

A este rendimento 0,511 g de etanol / g de acar atribudo o valor de 100%.


Nas fermentaes alcolicas industriais no Brasil, o rendimento mdio nos ltimos anos da
ordem de 91%, o que corresponde a 0,465 g de etanol produzido por grama de acar consumida.
Esta diferena utilizada para formao de massa celular (crescimento) e subprodutos. Se
houver contaminao por outro microrganismo real ser menor ainda.

CARACTERSTICAS DESEJVEIS DE UM MEIO DE CULTIVO

Ser o mais barato possvel.

Atender as necessidades nutricionais do microrganismo.

No provocar problemas na recuperao do produto.

MICRORGANISMO PARA PROCESSOS INDUSTRIAIS


I.

Apresentar elevada eficincia na converso do substrato em produto.

a)

Processo Batelada: cada dorna recebe um microrganismo recm preparado e a dorna s

descarregada aps o trmino de toda a fermentao.

Volume constante.

Baixo rendimento e produtividade.

Flexvel.

Menor risco de contaminao, onde o controle fcil.

b)

Processo contnuo5: utiliza-se dornas de grandes dimenses, sendo que este processo

contnuo, operando da seguinte forma:

O processo contnuo produza mais do que a batelada.

I.

O mosto misturado levedura na primeira dorna.

II.

Passar para as demais em um processo contnuo, at a ltima dorna, onde a concentrao de

acares estar menor possvel, podendo assim considerar o processo de fermentao finalizado, o mosto
fermentado enviado para a centrfuga e posteriormente para a destilao.
III.

O mosto fermentado enviado centrfuga e posteriormente para a destilao.

FATORES QUE ALTERAM A FERMENTAO

pH ( na dorna entre 4,5 e 5,5), quando contaminado, abaixa-se para pH 2,0.

Temperatura: entre 33 C e mxima de 35 C.

PRODUO DE ACAR

Flegma: mistura de lcool, gua e outros componentes.

DESTILAO6
DESTILAGEM CABEA

Destilado de Cabea: recolhido nos primeiros minutos de destilao, correspondente a 0,7% a

1% do volume total do vinho introduzido no destilador. Essa frao que contm o teor alcolico mais elevado,
geralmente acima de 65 GL.

Destilado de Corao: a cachaa propriamente dita, que geralmente corresponde a um volume

de 80% do volume inicial.

Destilado de Caldo: a frao inicial da destilao, tem em mdia entre 15 e 20% de lcool.

Destilao: processo de separao no qual as substncias contidas em uma mistura so separadas pela diferena de ebulio de
cada substncia.

ETAPAS DE PRODUO DO ACAR


Caldo Tratamento Fsico Tratamento Qumico Decantao Evaporao Cristalizao
Centrifugao Produto Final
Tratamento Fsico: nesse tratamento h o processo de decantao.
Tratamento Qumico: nesse tratamento h filtrao, uma fosfatao com adio de H 3PO4, caliao,
sulfitao, com adio de SO2, adio de leite de cal e a carbonatao, com adio de CO 2.
Centrifugao: nesse processo h uma secagem, para obteno do produto final (ACAR).

SISTEMA DE CLARIFICAO DO CALDO


Fatores que afetam7:
a) Qualidade da matria-prima.

Qualidade da Cana;

Variedade da Cana;

Condies climticas;

Pragas / doenas;

Tempo de queima, corte e processamento;

Deteriorao

- Fisiolgicas Corte
- Tecnologia Processamento
- Microbiolgicas Poluio de microrganismos

b) Composio do Caldo.
O caldo que chega para ser clarificado constitudo de:

Sacarose: pode sofrer descomposio em meio cido e bsico, juntamente com o efeito da
temperatura, enzimas e microrganismos.
Em meio cido (pH < 7) e com temperatura acima de 75 C, a sacarose se hidrolisa

Como as impurezas afetam o processo produtivo?

Deteriorao na avaliao da matria-prima;

Desgaste dos equipamentos;

Aumento nos custos de produo.

(quebra), formando acar invertido


Em meio bsico (pH > 7), a degradao da sacarose leva a formao de furfural,
acetona, gliceraldedos, cido actico, cido frmico, CO 2 e outros.
Portanto, para evitar estas perdas, durante o processamento do caldo, preciso monitorar e
manter o pH o mais tempo possvel da neutralidade (pH = 7)
Aquecimento da sacarose a temperatura maior que 140 C, desencadeia um grupo de reaes
qumicas que do origem a produtos fortes.

Termlise: causa desidratao das molculas de acar, com a introduo de dupla (=)

ligao e formaes de anis anidros (absorvem luz e produzem cor). Os anis insaturados condensamse, formando polmeros de colorao escura, denominados caramelos.

Glicose e Frutose: so degradas com maior facilidade sobre condies alcalinas (meio

bsico, ou seja, pH > 7) e altas temperaturas ( > 85 C) formando compostos altamente coloridos e
cidos orgnicos.

cidos Orgnicos: a cana j possui alguns e outros compostos que podem ser

produzidos. Quanto maior a concentrao desses cidos maior a quantidade de cal para ajuste de pH do
caldo. Os cidos orgnicos so: cido ctrico, cido actico, cido oxlico, cido mesacnico, cido
fumrico, cido acontico (maior concentrao).

Compostos Nitrogenados: so as protenas, os aminocidos (cido asprtico e

glutmico). Os aminocidos produzidos durante o processamento e aqueles originados da prpria cana,


no so removidos durante a clarificao e combinam-se com acares redutores para formar
compostos coloridos (reao de Maillard). A reao de Maillard uma das mais importantes reaes de
formao de cor no processamento de alimentos.

Ceras e Lipdeos: estes compostos esto presentes em maior quantidade na casca e na

regio dos colmos. As ceras so incorporadas ao caldo durante o processo de extrao, em maior ou
menor quantidade dependendo da temperatura da gua. As ceras e gorduras, por serem produtos de
baixa densidade, tendem a acumular na parte superior do decantador.

Polissacardeos: so compostos de alta massa molecular e tem efeito direto na qualidade

do acar. Eles aumentam a viscosidade das solues de acar, reduzem a taxa de filtrao, retardam
o crescimento do cristal e causam a distoro do cristal de acar. Os principais polissacardeos
presentes no caldo so: as dextranas e o amido.

Compostos inorgnicos: os constituintes inorgnicos do caldo ocorre na forma de ons,

sais, integrantes de complexos moleculares orgnicos ou como compostos insolveis.

TRATAMENTO DO CALDO

Caleao: Adio do leite de cal [ Ca(OH)2]


Preparao do leite de cal:

CaO + H2O Ca(OH)2 + calor

Sulfitao: Adio de SO2

Produo de SO2:

S + O2 SO2 + 70,2 Kcal

S + O2 Camada de Combusto.

SO2 Caldo filtrado, sulfitado e tone de sulfitao.

Caldo caleado Tanque de agitao Caldo sulfocaleado

REAES ENVOLVIDAS NESTE TRATAMENTO


2SO2 + 2H2O 2H2SO3 2H+ + 2HSO3Com a adio do leite de cal, colocam-se na soluo ons de Ca 2+ e OH- e com um pH baixo
forma-se o bissulfito de clcio.

Ca(OH)2 Ca2+ + 2OH- na presena de 2SO2 + 2H2O forma-se 2H2SO3 + Ca2+


Ca(HSO3)2
Portanto:

Ca(HSO3)2 + Ca(OH)2 2CaSO3 + 2H2O


O sulfito de clcio insolvel e forma um precipitado que retira substncias corantes.

Caleao: Em geral utiliza-se de 500 a 800 g de cal por tonelada de cana, de modo a obter

o pH entre 7,0 e 7,5 e em seguida o caldo aquecido de 90 a 105 C. A presena de cal hidratada e o

aumento da temperatura levam a formao de um precipitado flocoso de composio complexa, no qual


se encontra partculas de fosfato de clcio, sais de cidos orgnicos, protenas desnaturadas, gorduras
ceras e gomas. Este precipitado adsorve e anasta grande parte do material suspendo no caldo, sendo
posteriormente separado por decantao.
Embora diversos no acares sejam precipitados com a calagem, este processo deficiente
quanto a umao dos polissacardeos e compostos coloridos. Para melhorar a eficincia desse
tratamento, podem ser adicionados copolmeros de acrilamida e acrilato de sdio que agrupam os
cogulos em flocos maiores favorecendo a decantao.

RESTRIO SULFITAO
Apesar da sulfitao ser o mtodo mais utilizado no tratamento do caldo, este processo
apresente alguns aspectos que tem restringido seu uso. Entre estes, as normas de segurana alimentar,
tecnolgico e ambiental. Observa-se uma reduo do uso de compostos base de enxofre. Na
produo de SO2, obtido pela queima do enxofre elementar, na prpria indstria pode lanar grandes
quantidades de SO2 ao meio ambiente, provocando problemas ambientais como chuvas cidas,
desconforto no ambiente de trabalho das fbricas e corroso em metais nas instalaes industriais.
Fosfatao: Adio de (H3PO4) em quantidades que variam entre 50 e 200 ppm expresso
em pentxido de fsforo (P2O5), dependendo do contedo de fosfato presente no caldo.

Ca(OH)2 Ca2+ + 2OH- + H3PO4 HPO42- + Ca2+ CaHPO4 (precipita)

Carbonatao: Adio de gs carbnico (CO2) ao caldo de cana formando um precipitado

cristalino que o Carbonato de clcio.

Ca(OH)2 Ca2+ + 2OHO gs carbnico ao ser borbulhado no meio alcalinizado absorvido havendo formao do on
bicarbonato.

CO2 + OH- HCO3-

Em meio alcalino, o on bicarbonato se decompe em on carbonato neutralizando o meio.

HCO3- + OH- CO32- + H2O


Na sequncia da reao, o precipitado carbonato de clcio formado.

Ca2+ + CO32- CaCO3 (precipita)


Ca(OH)2 Ca2+ + 2OH- + H3PO4 HPO42- + Ca2+ CaHPO4 (precipita)
Decantao Evaporao Cozimento Cristalizao

Evaporao: O caldo clarificado processado nos evaporadores onde parte da gua do

caldo separada por evaporao. O caldo concentrado nesta etapa de 15 Brix at 55 70 Brix e
obtm-se um produto denominado XAROPE. Na evaporao a quantidade de gua a ser evaporada
cerca de 750 Kg de gua por 1000 Kg de caldo e no cozimento, 100 Kg de gua para 1000 Kg de caldo.

mi . Ci = mF . CF 1000 . 15 = mF . 60 mF = 250 Kg
Portanto, a massa final com 60 Brix de 250 KG.
1000 Kgi 250 KGF = 750 Kg de gua evaporada

Cozimento:

mi . Ci = mF . CF 250 . 60 = mF . 95 mF = 157,9 Kg
Portanto, tem-se 157,9 Kg de massa cozida com 95 Brix.
Ento: 250 KG 157,9 Kg = 92,1 de kg de gua evaporada

EXEMPLO
Qual a quantidade de gua a ser evaporada na etapa de cozimento e evaporao de 2500 Kg
de um caldo com 13,2 Brix. O caldo deve ir para a etapa de cozimento com 63 Brix e no final com 93
Brix.

mi . Ci = mF . CF 2500 . 13,2 = mF . 63 mF = 523,8 massa do evaporador com 63 Brix


2500 523,8 = 1976,2 Kg de H2O evaporada
mi . Ci = mF . CF 523,8 . 63 = mF . 93 mF = 354,8 Kg de massa cozida com 93 Brix

523,8 354,8 = 169 Kg

de H2O evaporada na etapa de cozimento

1976,2 + 169 = 2145,2 Kg de H2O.

Massa de H2O evaporada para elevar o Brix do caldo para 13,2 Brix para 93 Brix foi de
2145,2 Kg de H2O.

EVAPORADORES
So equipamentos que utilizam vapor para aquecer o caldo e evapora a gua presente neste
caldo.
A temperatura de ebulio de uma dada soluo de sacarose a ser concentrada a uma dada
presso aumenta com a concentrao da soluo ou Brix do caldo.
Na presso atmosfrica, a elevao deste ponto de ebulio a medida que o caldo
concentrado pode ser calculado da seguinte maneira:
e=

2B

, sendo e = elevao do grau de temperatura em C.

(100 B)

B = Brix da soluo ( caldo).

EXEMPLO
A que temperatura um caldo com 60 Brix entrar em ebulio?
e=

2.60
100 60

= 120 = 3
40

e=3C
e = 100 + 3 = 103 C

Existem 2 tipos de evaporadores: O de simples efeito (no muito utilizado). E o de mltiplo efeito.
Nos de simples efeito, h apenas 1 estgio de evaporao onde o caldo entra neste estgio e sai somente
quando o caldo est no Brix desejado. Neste sistema no h aproveitamento do vapor liberado pelo prprio
caldo.
J nos evaporadores de mltiplos efeitos vrios estgios de evaporao so utilizados o vapor
proveniente do primeiro estgio e utilizado para aquecer o caldo dos estgios seguintes e desta forma o

processo se torna mas eficiente e econmica, pois a produo de vapor nas empresas tem um alto custo.

EVAPORADORES DE MLTIPLOS EFEITOS


Neste sistema de evaporao do caldo para concentrao, o caldo aquecido utilizando o vapor
evaporado do estgio (ou efeito) anterior. Isto possvel atravs da diminuio da presso entre um efeito e
outro, o que torna possvel a evaporao do caldo a uma temperatura menor que do estgio anterior.
Vantagem: economia de Vapor.

COZEDORES
So equipamentos semelhantes ao dos evaporadores que trabalham de forma contnua ou
descontnua. A evaporao da gua desta etapa d origem a uma mistura de cristais envolvidos em mel
(soluo aucarada) que recebe o nome d massa cozida. Dependendo da convenincia, pode-se trabalhar com
2 ou 3 massas cozidas.
A mediada que o xarope se concentra, ele se torna mas viscoso at se alcanar a saturao desejada.
O momento ideal para adicionar as sementes seria em aproximadamente 80 Brix, com esse Brix, adicionase as ementes de acar para induzir a cristalizao. Essas sementes so cristais de acar bem pequenos
(4,5 mcrons), que so produzidos em moinhos de bolas, com lcool isoproplico ou etanol (utiliza-se lcool
para moer acar, pois o acar no solvel no lcool).

AGRADECIMENTOS:

Agradeo a professora e Meste Gislaine Fernandes por ministrar com perfeio e


dedicao as suas aulas e a todas as pessoas que ajudaram-me a chegar a at aqui.

Atenciosamente,

Alexandre Faria Silva

Qumica 3 Perodo

IFTM Campus Ituiutaba

ITUIUTABA MG
JUNHO JULHO DE 2011

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