Produção de Álcool Combustivel

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Fundação Educacional Montes Claros – FEMC

Faculdade de Ciência e Tecnologia de Montes Claros - FACIT

Departamento de Engenharia Química

Bioengenharia

Produção de Álcool Combustível

Trabalho apresentado à professora Renata


Colen, como parte das exigências de avaliação
da disciplina Bioengenharia, 8º período em
2012.

Anamaria Castro

Núbia Ribeiro

Roberta Ranielle

Snard Mendonça

Montes Claros – MG

Novembro/2012
1. Introdução

O etanol (C2H5OH), também chamado de álcool etílico, é uma substância obtida da


fermentação de açúcares, comumente utilizado em bebidas alcoólicas como cerveja, vinho e
aguardente, bem como na perfumaria. No Brasil, tal substância é também muito utilizada
como combustível de motores de explosão e possui um mercado em ascensão para o etanol
obtido de maneira renovável. O Proálcool foi um programa governamental, criada pelo
Decreto-lei 76.593 de 14 de novembro de 1975, que tentava minimizar os altos preços do
petróleo, evitando a importação do mesmo. E incentivava a produção do etanol para substituir
o uso da gasolina. Tinha também como meta apoiar o desenvolvimento tecnológico da
indústria sucroalcooleira. A figura 1 ilustra como o programa foi decisivo no desenvolvimento
da mesma.

Figura 1. Expansão da moagem de cana a partir do Proálcool.

O etanol, além de ser uma fonte de energia renovável, possui diferenças em relação
aos combustíveis fosseis que afirmam que o primeiro é uma energia mais limpa. A principal
delas é o alto teor de oxigênio, constituindo 35% de sua massa. E as características do etanol,
como um todo, possibilitam menor emissão de gases e o desempenho dos motores (ciclo
Otto), logo contribui para a redução de emissões de gases poluidores (BNDES, 2008).

O Brasil encontra-se em uma posição privilegiada no que se refere à produção de


etanol, por apresentar vantagens na tecnologia de produção, possibilidade de liderança na
agricultura de energia e mercado de biocombustíveis sem ampliar a área desmatada ou reduzir
a área destinada à produção de alimentos. Além disso, a matriz energética brasileira já é um
exemplo de sustentabilidade, pois enquanto a média mundial de uso é apenas 14% de fontes
renováveis, o Brasil utiliza 46,8% dessas fontes (Ministério de Minas e Energia). Logo,
tecnologias capazes de melhorar o desempenho da produção no setor agroenergético ganham
importância fundamental no país. Esse aumento de produção, do ponto de vista de
processamento industrial, pode se dar de duas formas: por aperfeiçoamentos das tecnologias
para produção de etanol de primeira geração, a partir da sacarose da cana; ou pelo
desenvolvimento científico e tecnológico de produção do etanol lignocelulósico (chamado de
segunda geração), produzido a partir da celulose e hemicelulose. O Brasil também apresenta
condições naturais extremamente favoráveis para a produção de biocombustíveis, potencial
que certamente será útil para firmar seu lugar como líder do etanol no mercado internacional.
O gráfico 1 demonstra como o ganho de escala, a prática empresarial e as inovações
tecnológicas tornaram o álcool competitivo com a gasolina.

Gráfico 1. Produção e custo do etanol no Brasil.

Fonte: www.eq.ufrj.br/biose/nukleo/aulas/Microbiol/eqb353_aula_12.pdf
2. Processo de Produção do Álcool

O etanol pode ser obtido a partir de vegetais ricos em açúcar, como a cana-de-açúcar,
a beterraba e as frutas do amido, extrato da mandioca, do arroz e do milho, e da celulose
extraída da matéria, principalmente dos eucaliptos. A maior parte do álcool produzido é
obtida através da cana-de-açúcar. A mandioca também é utilizada em menor escala. Após a
preparação da fermentação de primeira e/ou secunda geração se destila o produzido a fim de
se purificar o álcool.

2.1. Etanol de Primeira Geração: a fermentação da sacarose

Os diferentes extratos açucarados requerem uma preparação adequada, de acordo com


suas características para poder entrar no processo fermentativo. O tamanho e o número de
cubas de preparação (bioreatores) se relacionam com a potencialidade da destilaria. (Llames,
1956) A figura abaixo ilustra as cubas de preparação de leveduras:

Figura 2. Cubas de preparação de leveduras por etapas.

O processo atual de produção de etanol a partir da cana é realizado pela extração e


fermentação do caldo, que possui aproximadamente 15% de sacarose e 15% de fibras
(Macedo, 2008).
O método mais extensamente utilizado na indústria é o de fermentação. Em meados do
século XVII, Van Helmont descobriu que da fermentação se desprendia um gás, e para que se
o processo de fato acontecesse era preciso a escolha de um fermento. A origem da palavra,
fermentação provem da semelhança do borbulhamento com os líquidos em ebulição.
Entretanto, não se tinha o conhecimento do real motivo do fenômeno até quando Gay-Lussac
estudou o processo. O conceito que passou a ser aceito foi que a fermentação era a clivagem
do açúcar em álcool e anidrido carbônico. (Llames, 1956)
É possível controlar os processos de fermentação numa forma
cientifica exata pelo entendimento da atividade dos micro-organismos
e pelo reconhecimento de que diversas leveduras, por exemplo, atuam
diferentemente e de que as condições do meio afetam de maneira
básica a ação de uma mesma cepa. (Shreve & Brink jr., 1997)

Antes do processo de fermentação, que ocorre por meio de cepas selecionadas de


leveduras Saccharomyces cereviseae, o caldo é esterilizado e purificado. Por meio de uma
destilação, o álcool é produzido pela separação da água. Uma parte destes processos é
impulsionada pela energia obtida com a queima do bagaço da cana que alimenta as caldeiras e
gera eletricidade. Mesmo utilizando o bagaço para a geração de energia, a usina possui um
excesso de cerca de 10% da biomassa que pode ser queimada e vendida na forma de energia
elétrica (Macedo e Nogueira, 2005).
Dada à densidade do melaço, é necessário principalmente nos meses frios, dotar esses
depósitos de calefação. (Llames, 1956)
Com técnicas mais eficientes de conservação da energia produzida pela queima do
bagaço esse excesso pode chegar a 45%. Além disso, cerca de 40-50% da palha da cana que
hoje é mantida no campo pode ser recuperada e incorporada à biomassa (Macedo e Nogueira,
2005). Esse excesso de biomassa juntamente com os 15% de fibras poderá ser utilizada para
produção de etanol celulósico, como detalhado a seguir.
Na preparação, mediante a dosagem conveniente do ácido, se ajusta o pH no valor
adequado e também se efetua a dissolução dos sais nutritivos para o bom desenvolvimento da
levedura, caso seja requerido. Culturas como a cana, a beterraba e o sorgo, não requerem tal
suplemento, nem de fatores de crescimento, pois já são suficientes os que já estão
incorporadas ao mosto (Llames, 1956). (Shreve & Brink jr., 1997) completa dizendo que
“Alguns fatores críticos da fermentação são o pH, a temperatura, a aeração-agitação, a
fermentação única (cultura pura) e a uniformidade de rendimentos.”
Durante todo o processo fermentativo se injeta ar filtrado através da massa líquida,
pois favorece grandemente a proliferação da levedura. A aeração favorece também a
formação de espuma, são usados óleos estéreis para combater essa formação. Normalmente
essa aeração é disposta no fundo do tanque em anel circular perfurada. (Llames, 1956) A
figura abaixo ilustra o sistema:

Figura 3.Distribuição do ar mas cubas de fermentação.

“Pela regulamentação governamental, o ciclo de fermentação deve durar 4 dias, apesar


de ser usual fazê-lo em 36 a 50 h. Uma vez que só é fermentado pelas leveduras a partir de
monossacarídeos, é necessário decompor a sacarose C12H22O11 em d-glicose e d-sacarose” ,
como relata (Shreve & Brink jr., 1997)

Figura 4. Fluxograma da fabricação do álcool industrial.


PRODUÇÃO DE ETANOL A PARTIR DE MATÉRIA PRIMA AMILÁCEA

O processo se inicia geralmente com a separação, a limpeza e a moagem do grão da


matéria-prima. A moagem pode ser úmida, quando a matéria-prima é umedecido e fracionado
antes da conversão do amido a açúcar, ou seca, quando é feito durante o processo de
conversão, via úmida e via seca respectivamente. Nos dois casos, o amido é convertido em
açucares por meio de um processo enzimático. Os açucares liberados são, então, fermentados
por leveduras e o vinho resultante, tal como o que ocorre com a cana-de-açúcar, é destilado
para a purificação do bioetanol e dos co-produtos gerados no processo.

Um emprego para a amilácea é a fabricação do álcool, devido ao seu alto valor de


carboidrato podendo substituir a cana-de-açúcar. A mandioca então, além de ser cultivo de
subsistência é usada também para a indústria do álcool. Espera-se um elevado teor em açúcar
a partir da mandioca, devido a existência de grande quantidade de amido, cujo o produto final
da hidrólise se constitui em glicose. (GONÇALVES et al., 2009).

A mandioca tem um melhor desempenho quando considerada a produtividade por


tonelada da mandioca em relação à cana-de-açúcar. Comparando-as, enquanto uma tonelada
de cana-de-açúcar, com 140 kg de açúcar total recuperável produz 85 litros de álcool, uma
tonelada de mandioca com 25% de amido, pode produzir 170 litros de álcool. Na primeira
fase do Pro álcool, a mandioca foi considerada uma matéria-prima promissora na produção do
bioetanol, mas não teve sucesso devido seu alto preço. Segundo (YANG e al., 1977), foi feito
uma pesquisa e concluiu que o processo de obtenção de etanol a partir da mandioca por
fermentação em culturas descontínua pode ser uma opção economicamente viável que
depende apenas da análise econômica.

O emprego de amido, como complemento e/ou alternativa à sacarose da cana-de-


açúcar, pode levar o desenvolvimento agroindustrial à várias regiões brasileiras que têm
tradição no cultivo de amiláceos, principalmente a mandioca. Essa matéria-prima não é
fermentável, por isso necessita de hidrólise prévia de suas cadeias. Essa hidrólise pode ser
ácida ou enzimática, a ácida apresenta muitas desvantagens, como elevado custo de energia,
baixo rendimento e a enzimática consegue eliminar grande parte das desvantagens.
2.2 Bioetanol de Segunda Geração

Estima-se que a demanda total de etanol, de 27,6 bilhões de litros em 2010, alcançará
73,3 bilhões em 2020 (crescimento de 10,3% a.a.) (Ministério de Minas e Energia, 2011), a
indústria brasileira de bioetanol produz muitos resíduos. Uma alternativa para aproveitar os
restos agrícolas e obter energia renovável, sem o aumento da área cultivada da cana-de-
açúcar, concretizando a sustentabilidade da matriz energética brasileira seria produzir
bioetanol, chamado de etanol de segunda geração, a partir do processamento da biomassa
lignocelulósica, que pode ser oriundo do bagaço da cana-de-açúcar, por exemplo.

O bagaço da cana é constituído principalmente por hemicelulose, lignina e celulose e,


é proveniente da moagem do vegetal e dos resíduos do caldo. Esses materiais
lignoceluloliíticos são os componentes mais abundantes do complexo orgânico na forma de
biomassa.

Figura 5. Esquema do processo Scholler.

Para a obtenção do etanol de segunda geração precisa-se de enzimas capazes de


degradar a matriz lignocelulósica. A obtenção de biocatalizadores se dá a partir de micro-
organismos, principalmente, fungos. Para induzir essa produção, cultiva-se o micro-
organismo isolado, utilizando os resíduos agrícolas. A utilização desses resíduos para esses
fins tem se mostrado promissor devido ao grande teor de carboidratos presentes nos mesmos
(DU TOIT et al,1984 citado por Fasanella, 2008).
Para se ter um coquetel de enzimas que garantirá um bom rendimento do processo, é
necessário que se tenha endoglucanases, exoglucanases e hemicelulases. Essas enzimas agem
em conjunto, com diferentes funções, degradando moléculas da celulose e hemiceluloses e
transformando-as em produto que será utilizado na fermentação alcoólica.

As celulases clivam a cadeia da celulose e liberam celobiose, um dissacarídeo


composto por duas moléculas de glicose, e a beta-glucosidase, enzima responsável pela
degradação da celobiose libera a glicose, o açúcar que será submetido a fermentação alcoólica
e produção do bioetanol. A figura 5 esquematiza o processo para a obtenção do etanol de
segunda geração.

Figura 6: Esquema do processo de produção de etanol por meio da hidrólise da biomassa

Fonte: Adaptado de Silva (2010).

O bagaço de cana é recalcitrante, devido à forte ligação existente entre a celulose,


hemicelulose e lignina. Para utilizá-lo na produção do bietanol, é necessário submeter o
material a várias etapas de processamento: pré-tratamento, hidrólise, fermentação e destilação.
Os processos de pré-tratamento de materiais lignocelulósico podem ser térmicos, químicos,
físicos, biológicos ou uma combinação de todos esses, para melhor hidrólise dos carboidratos
(SILVA, 2010).

Na etapa da fermentação, há a degradação da glicose em etanol e CO2, pela ação de


micro-organismos. As enzimas, produzidas na fase anterior, degradam componentes da matriz
lignocelulolítica (bagaço de cana), liberam a glicose no meio e possibilitam que esse açúcar
seja consumido pelos organismos e transformados em gás carbônico e etanol. Nessa etapa a
quantidade de nutrientes disponíveis, como nitrogênio, fósforo, enxofre, potássio, magnésio,
cálcio, zinco, manganês, cobre, ferro, cobalto, iodo e outros elementos interferem no
crescimento celular e na produção do etanol. Além dos parâmetros: pH,temperatura,
quantidade de oxigênio disponível.
2.3 Destilação

O licor nos fermentadores, depois de a fermentação estar completa, é o vinho. O álcool


é separado por destilação. Numa fermentação comumente se obtém caldo que contem de 6,5 a
11 % (v/v) de álcool. Esse é bombeado para as seções superiores da coluna. À medida que o
vinho desce a coluna, vai perdendo seus componentes mais voláteis. Já o produto de fundo da
torre é conhecido por vinhoto, ou vinhaça. Esse possui proteínas, açurares residuais, e
ocasionalmente produtos polivitaminicos. Já o produto de topo da coluna, corrente com
álcool, água e aldeídos, passa por um trocador de calor, passa por um condensador parcial, ou
deflegmador (flegma significa vapores condensado) que permite que se faça uma razão de
refluxo. Dela se obtém um vinho concentrado com concentração próxima a 50%. (Shreve &
Brink jr., 1997)

Daí passa-se em uma segunda coluna, denominada de coluna dos aldeídos, a qual
separa os separa como impurezas voláteis. Finalmente ele passa por uma coluna de
retificação, em que o etanol é concentrado e purificado por meio da injeção de vapor, esse
passa por um deflegmador, fazendo com que o vapor condense e permita o refluxo nos pratos
superiores. Aqui se consegue uma pureza de 95 a 95,6 % do etanol. A retificação não pode
um álcool mais concentrado que 95,6%, pois, conforme se vê no gráfico 2, a água forma uma
mistura azeotrópica nessa composição, que tem ebulição ligeiramente menor que a do álcool
absoluto, ou anidro. Os princípios comentados constituem a base da concentração dos
constituintes mais voláteis de qualquer mistura líquida mediante a destilação fracionada.
(Shreve & Brink jr., 1997)

Gráfico 2. Temperatura x Porcentagem ponderal de álcool.


Nas colunas de destilação em que o vinho contém materiais em suspensão pode
ocorrer obstrução, por isso a coluna é construída com pratos independentes, sendo que eles
constituem os elementos da coluna, isso facilita sua limpeza e montagem. Por outro lado, cada
elemento é composto de vários pratos, número que varia de 4 a 6, já que entre eles não há o
perigo de incrustação.

Para dar saída a este liquido o prato inferior de refervedores, que asseguram uma
quantidade mínima de líquido, por onde se realiza a revaporização. Da mesma forma no topo
há um refluxo condensado para mantê-la funcionando.

Na prática, as colunas podem ser divididas como colunas de baixo ou alto grau, essas
produzem respectivamente, valores de 40-65° G.L. e de 90-95° GL.

Figura 7. Coluna de alto grau. Figura 8. Coluna de baixo grau.


HIDRATAÇÃO DIRETA DO ETILENO

Outro método de obtenção é via Hidratação do etileno. A reação dessa via é muito
simples diferente do processo que é complexo. A reação é a seguinte:

CH2=CH2+H2O→C2H5OH

É uma reação exotérmica (H2980=-45kJ/mol), uma característica aliada ao fato do


aumento do número de mols indicaria que as condições ótimas de operação correspondem a
baixas temperaturas e altas pressões (em termos de equilíbrio termodinâmico). No entanto, as
boas velocidades de reação se obtêm próximo à 300°C de temperatura e 70 bar de pressão que
são relativamente baixos em termos de residência, portanto , a temperatura tem de ser elevada
limitando a taxa de conversão a valores muito baixos, sendo assim, surge a necessidade de
reciclar grandes quantidades de etileno.

E como a reciclagem é intensa, a pureza de alimentação de etileno se torna crítica,


caso contrário acumula-se gases inertes. Há uma preocupação quanto a inexistência, na
alimentação, de acetileno que hidrataria em acetaldeído, sem deixar que a pressão suba muito
evitando assim a polimerização do etileno. Esta reação é acelerada com auxílio de catálise. A
operação é conduzida com um rácio de água para etileno tendo como matérias-primas iniciais
o petróleo, carvão ou gás natural. Os gases liberados no reator condensam parcialmente e
sofrem um processo de scrubbing neutralizando o catalisador, depois há um segundo
arrefecimento no qual condensa uma fração de água/álcool, logo após há um outro scrubbing
com água e uma purga, onde os gases restantes são comprimidos e reciclados.

Figura 9. Esquema da Hidratação direta do etileno.


A mistura água/etanol é colocada em uma primeira coluna de destilação para remover
componentes leves e numa segunda onde destila água e o azeótropo de etanol. Todo
acetaldeído formado é convertido a álcool por hidrogenização catalítica com níquel. A
seletividade do etanol em relação ao etileno é de 98,5%.

HIDRATAÇÃO INDIRETA DO ETILENO

A hidratação indireta quase não se usa mais em indústrias. Acontece da seguinte


forma: esterificação e hidrólise. A hidrólise dos ésteres sulfúricos origina além do etanol que é
produto, o éter dielítico que é subproduto, sendo uma grande desvantagem.

Esterificação

CH2=CH2 + H2SO4  C2H5O-SO3H

ou

2CH2=CH2 + H2SO4  (C2H5O)2SO2

Hidrólise dos ésteres sulfúricos

C2H5O-SO3H  C2H5OH + H2SO4

ou

(C2H5O)2SO2  (C2H5)2O + H2SO4

Durante esse processo, o etileno diluído é colocado em contato com o ácido sulfúrico
98% em contracorrente numa coluna de absorção à uma temperatura de 80°C e pressão de 1,3
à 1,5 bar. O etano é a principal impureza do etileno. É feito um controle de temperatura
através de um sistema exterior de arrefecimento onde é controlado o volume através de
medições, isso para a exotermicidade da reaçaõ. Os gases que não são absorvidos saem como
gases para combustão no topo. Os ésteres sulfúricos e o éter dielítico absorvidos são
hidrolisados e a concentração do ácido baixa para 50% devido a quantidade de água que entra.
Os produtos da hidrólise entram depois numa coluna de stripping direcionando o ácido
sulfúrico para um ciclo de recuperação, os componentes voláteis saem no topo da coluna e o
processo de scrubbing é feito com água ou soda cáustica diluída. O etanol é separado do éter
dielítico por fracionamento. Outra desvantagem nesse processo é o uso de ácido sulfúrico que
causa corrosão além da recuperação do ácido agregando maiores encargos financeiros.

Conclusão

Nos próximos anos, o Brasil que possui condições favoráveis que possibilitam a
transformação de seus recursos naturais em recursos energéticos, terá grandes oportunidades
econômicas. O etanol também representará um desafio pela grande demanda de energia,
exigindo segurança e maior sustentabilidade energética (Tolmasquim; Guerreiro; Gorini,
2007).
A crescente escassez e crescente elevação no preço dos combustíveis fósseis, teremos
cada vez mais investimentos na produção de etanol e também um grande incentivo em
pesquisa para tecnologia limpa e renovável. Diante dessa situação nacional e internacional,
justamente causada pelas altas e baixas do petróleo, grandes pesquisas aprofundaram-se, dessa
forma, lançaram uma tecnologia cada vez mais viáveis.
Bibliografia

BNDES, C. F. (2008). Acesso em 25 de Nov. de 2012, disponível em


http://www.bioetanoldecana.org/pt/download/resumo_executivo.pdf.

Llames, H. P. (1956). Fabricacion del Alcohol (1ª ed.). Barcelona: Imprenta Hispano
Americana.

Shreve, R. N., & Brink jr., J. A. (1997). Industria de processos Químicos (4ª Edição ed.). Rio
de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan.

DU TOIT, P.J; OLIVIER, S.P; VAN BILJON, P. L. Sugar cane bagasse as a possible
source of fermentable carbohydrates. 1. Characterization of bagasse with regard to
monosaccharide. hemicellulose and amino acid composition. Biotechnology and
Bioengineering, New York, v. 26, p. 1071-1078, 1984 citado por Fasanella, C.C. Ação das
enzimas ligninolíticas produzidas por Aspergillus níger e Pernicillum sp. 2008

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