Apostila - Karatê
Apostila - Karatê
Apostila - Karatê
Sumrio
Captulo 1 Histrico do Karate ................................................. 01
1.1. Introduo .................................................................. 01
1.2. As Origens.................................................................. 02
1.3. O Okinawa Te ............................................................ 03
1.4. O Karate Moderno...................................................... 05
1.5. Principais Estilos ....................................................... 06
Captulo 2 O Dojo e a Conduta do Karateca............................. 07
2.1. Introduo .................................................................. 07
2.2. O Dojo........................................................................ 08
2.2.1. A Limpeza do Dojo ...................................... 08
2.2.2. Os Principais Elementos............................... 09
2.2.3. O Cumprimento ............................................ 09
2.3. Conduta Durante as Aulas.......................................... 10
2.4. Os Personagens do Dojo ............................................ 11
2.4.1. Sensei............................................................ 11
2.4.2. Senpai ........................................................... 11
2.4.3. Kohai ............................................................ 11
2.5. O Dogi........................................................................ 11
2.6. O Obi.......................................................................... 12
2.7. Bases Filosficas........................................................ 12
2.7.1. O Dojo Kun .................................................. 12
ii
iii
5.2.5. Tonfa............................................................. 23
5.2.6. Sai................................................................. 24
5.3. Armas Naturais .......................................................... 24
5.3.1. Shuto............................................................. 25
5.3.2. Seiryuto......................................................... 25
5.3.3. Haishu........................................................... 26
5.3.4. Nukite ........................................................... 26
5.3.5. Seiken ........................................................... 26
5.3.6. Uraken .......................................................... 27
5.3.7. Tetsui ............................................................ 27
5.3.8. Koshi ............................................................ 27
5.3.9. Kakato........................................................... 28
5.3.10. Haisoku....................................................... 28
5.3.11. Sokuto......................................................... 28
Captulo 6 Tcnicas do Karate.................................................. 29
6.1. Introduo .................................................................. 29
6.2. Bases .......................................................................... 30
6.3. Uke Waza................................................................... 31
6.4. Atemi Waza................................................................ 32
6.5. Geri Waza .................................................................. 33
iv
HISTRICO DO KARATE
1.1. INTRODUO
A maioria das pessoas imagina que as lutas marciais tm por objetivo principal a defesa pessoal, fisicamente falando. verdade que normalmente o indivduo praticante uma pessoa bastante forte, de personalidade, e com energia e tcnicas de defesa
pessoal, fisicamente falando, bastante aprimoradas e cientificamente estudadas e testadas,
em inmeros combates antigos e em competies modernas. Porm estas qualidades so
apenas uma das conseqncias dos treinamentos marciais, elas so atribuies vindas por
acrscimo dentro de uma meta muito mais profunda, importante e superior.
As lutas marciais, na verdade, tm como seu verdadeiro objetivo, ser um caminho alternativo para as nossas buscas de solues aos problemas que a vida nos apresenta, tentando ser uma soluo para nossas dificuldades. Assim, este caminho o DO
aberto inicialmente pelos hindus e chineses e posteriormente pelos japoneses tem vrias
correntes:
AIKIDO;
JUDO;
KARATE DO;
KENDO;
IKEBANA;
KYUDO;
CERIMNIA DO CH;
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HISTRICO DO KARATE
1.2. AS ORIGENS
As artes marciais atuais tm suas razes mais remotas por volta do de 5000
anos a.C., quando na ndia surgiu uma luta cujo nome em snscrito era Vajramushti,
cuja traduo literal significa punho real ou punho direto. Era uma arte guerreira da casta
Kshatriya (portanto, praticada por nobres apenas) foi uma arte marcial que se desenvolveu simultaneamente com prticas de meditao e estudo dos antigos clssicos hindus
(por ex: os Veda, Gita, os Purana). Esta arte marcial foi incorporada ao budismo, pois seu
criador era um prncipe e, portanto, um conhecedor da mesma (Sidarta Guatama o Buda
histrico).
Quase mil anos aps a morte de Buda, Bodhidarma, que era filho do rei Sughanda, tornou-se o 28o patriarca do budismo e viajou China a convite do imperador
Ling Wu Ti, mas como tinham opinies divergentes de como alcanar a iluminao, Bodhidarma (ensinava que a unio do corpo com a alma algo indivisvel para chegar
verdade e a paz) foi ao reinado de Wei, provncia de Honan, e hospedou-se no templo
Shaolin. A lenda conta que quando Bodhidarma chegou ao templo encontrou os monges
numa condio de sade to precria, devido s longas horas que eles passavam imveis
durante a meditao, que ele imediatamente se preocupou em melhorar-lhes a sade.
Valorizando o vajramushti como auxiliar do homem em sua pesquisa interior,
os monges budistas se desenvolveram enormemente nesta arte marcial e o templo Shaolin
ficou mais famoso, como centro de artes marciais, do que de budismo, efetivamente. Os
ensinamentos de Bodhidarma so reconhecidos pelos historiadores como a base de um
estilo de arte marcial chamado de Shaolin Kung Fu.
Os templos Shaolin foram destrudos e saqueados por ordem do governo chins e apenas cinco monges escaparam, enquanto todos os demais foram massacrados pelo
exrcito manch. Os cinco sobreviventes tornaram-se conhecidos como Os Cinco Ancestrais e vagaram por toda China, cada um ensinando sua prpria forma e viso de
Kung Fu. Considera-se que este fato deu origem aos cinco estilos bsicos de Kung Fu:
Tigre; Drago; Leopardo; Serpente e Grou.
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1.3. O OKINAWA TE
A histria conta que o rei Hasshi, para evitar as revoltas, proibiu o uso de armas aos habitantes de Ryu Kyu1. Tal proibio no impediu que o povo da pequena ilha
de Okinawa improvisasse armas de artefatos agrcolas:
NUNCHAKU;
TONFA;
J O;
BO .
Mais tarde Shimazu conquistou a ilha e proibiu mais uma vez o uso de as armas novamente.
Dado que Ryu Kyu pertencia China, sob a dinastia Ming, havia uma crescente imigrao da corte imperial e sem se aperceberem, eles introduziram as tcnicas de
lutas chineses na ilha. Com a nova proibio, os treinos se tornaram secretos e os alunos
passaram a ser escolhido com muito cuidado, treinando-se firmemente fazendo com que
as mos e os ps se tornassem armas eficazes contra espadas, facas e armaduras. O nome
genrico dado s formas de luta na ilha foi TE, que significa mo.
Havia trs principais ncleos de Te em Okinawa, estes eram nas cidades de
Shuri, Naha e Tomari. Conseqentemente os trs estilos bsicos tornaram-se conhecidos
como: Shurite; Nahate e Tomarite. E todos eram conhecidos como Okinawa Te.
O Shurite veio a ser ensinado por Sakugawa, que ensinou a Matsumura Sokon que por sua vez transmitiu esses ensinamentos a Itosu Anko. O Shurite foi o precursor dos estilos japoneses que eventualmente vieram a se chamar:
SHOTOKAN;
SHITO RYU;
ISSHIN RYU.
O Nahate tornou-se popular devido aos esforos de Higaonna Kanryo, tendo
este aprendido a arte com Arakaki Seisho e o seu aluno mais ilustre foi Miyagi Chojun,
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que tambm estudou na China e mais tarde desenvolveu um estilo conhecido atualmente
como Goju Ryu.
O Tomarite foi desenvolvido juntamente por Matsumora Kosaku e Oyadomari Kosaku, sendo que os dois professores mais famosos desta poca Motobu Chokki e
Kyan Chotoku foram discpulos dos dois anteriores respectivamente. At ento o Tomarite era largamente ensinado e influenciou tanto Shurite como Nahate.
Azato Yasutsume orientou os primeiros passos de Funakoshi Gichin e posteriormente o companheiro e amigo Itosu foi quem ficou responsvel pelo aprendizado do
jovem Funakoshi. Com Azato a filosofia de treinamento era chamada Hito Kata San
Nen (um kata em trs anos).
No comeo do sculo XX (aproximadamente 1900) o Karate foi reconhecido
como um mtodo eficiente de condicionamento fsico e educao sendo ento ensinado
nas escolas pblicas da pequena ilha e o responsvel por esta introduo foi o Mestre Itosu. O ensino do Karate tornou-se oficial a partir de 1902 quando da visita do inspetor da
prefeitura de Kagoshima escola onde Funakoshi ensinava e este organizou uma demonstrao para o ilustre visitante.
No final do ano 1921 o Prncipe Hirohito convidou Funakoshi para fazer uma
demonstrao de Karate em Tquio, a exibio de Kata (Kanku Dai, o preferido de Funakoshi) foi um sucesso total. Aps esta demonstrao, Funakoshi foi assediado para permanecer em Tquio e ensinar sua arte que tanto maravilhou os japoneses.
CEFET-RN
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HISTRICO DO KARATE
Este livro teve grande repercusso e quatro anos depois foi reeditado com o ttulo de
Renten Goshin Karate Jitsu.
Em 1936, Funakoshi muda os caracteres kanji utilizados para escrever a palavra Karate. O caracter KARA, que significava China trocado por um outro que tinha o
mesmo som; o caracter utilizado foi um do Zen Budismo que significava vazio, passando
o Karate a ser conhecido no mais como Mos Chinesas, mas como Mos Vazias.
Funakoshi defendia o fato de que Mos Vazias era mais apropriado, pois representava
no s o fato de o Karate ser um mtodo de defesa sem armas, mas tambm representava
o prprio esprito do Karate, que esvaziar o corpo de todos os desejos e vaidades terrenas, como escrito por ele mesmo:
Como sobre a face polida de um espelho, se reflete
tudo que est diante dele e como um vale calmo
transmite os sons mais doces, assim o estudante de
karate, deve ter seu esprito livre de egosmo e das
coisas materiais, num esforo por reagir a tudo que
pode parecer adverso a ele.
Ainda sob a luz das mudanas, Funakoshi troca o nome dos Kata, com significado chins, para nomes mais adequados ao momento histrico que passa o Japo
(guerra sino-japons). O Karate at este momento era praticado apenas atravs dos Kata e
por volta de 1933 foram introduzidas s tcnicas bsicas de treinamento com a ajuda de
um colega, surgindo assim:
GOHON KUMITE;
IPPON KUMITE;
JYU KUMITE.
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HISTRICO DO KARATE
YOKO GERI;
MAWASHI GERI;
FUMIKOMI;
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O DOJO E A CONDUTA
2.1. INTRODUO
Os rituais em todos os Dojo propem aos praticantes uma srie de atitudes e
gestos que facilitam as relaes entre eles deixando claro o desejo comum de obedecer a
uma ordem vlida para toda a comunidade e para cada um. A inteno do praticante
sempre a de estimular o progresso na arte de todas as pessoas sem perder o desenvolvimento individual.
A prtica de karate est repleta de exerccios marciais, combativos, porm
com um total esprito de conciliao, buscando a vitria pela harmonia, pela paz, procurando esquecer as atitudes egostas e pensando sempre no grupo e como sendo parte dele.
O karateca treina com seu companheiro com todo respeito e considerao, pois o considera como parte de si mesmo e sem o qual no h treinamento.
Da ser fundamental tratar o companheiro com cortesia e agradecimento por
ele d a possibilidade de voc treinar e de aprender com ele. Ao professor, se deve o respeito e o agradecimento pela transmisso dos conhecimentos e pela dedicao e esforo
em ensinar segredos que foram por muitos sculos restritos a uma minoria privilegiada.
Respeitar e se fazer respeitar uma das regras mais importantes durante os treinamentos.
Conciliar e nunca confrontar o princpio bsico. Esquecer-se da palavra eu e substitu-la pela palavra ns a essncia do ensinamento. Outro ponto fundamental que no
se treina karate, mas sim, para a vida.
Portanto, fica claro ao praticante e ao grupo que o fundamental no vencer,
no derrubar, no ser o mais forte, mas descobrir o potencial individual, o centro das
aes e se, ele no for o centro, colocar-se em uma de suas rbitas, de acordo com suas
reais condies.
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O DOJO E A CONDUTA
2.2. O DOJO
O lugar onde se pratica Artes Marciais denominado Dojo, esta palavra foi
emprestada do Zen Budismo, significando Lugar de Iluminao (onde os monges praticavam a meditao, a concentrao, a respirao, os exerccios fsicos e outros mais). A
palavra dojo significa literalmente:
DO Caminho, estrada ou trilha (sentido espiritual);
JO1 Lugar (espao fsico).
Algumas pessoas referem-se academia de karate como um dojo, porm as
duas coisas so diferentes. A palavra dojo somente se refere ao espao fsico onde ocorre
o treino de karate (leia-se arte marcial japonesa), enquanto academia se refere ao local
onde se pratica karate. Portanto, o dojo o lugar onde se pratica o caminho.
Alguns podem perguntar sobre qual o caminho que se pratica em um dojo, a
resposta vem, mais uma vez, do Budismo (mais precisamente do Zen); O homem deve
despertar em meio s questes de todos os dias, vivendo intensamente no presente e concedendo ateno integral s coisas do cotidiano, para, desta maneira, retornar naturalidade de sua natureza, conforme ditado Zen:
Antes de estudar Zen, as montanhas so montanhas e os
rios so rios. Enquanto estuda Zen, as montanhas deixam
de ser montanhas, os rios deixam de ser rios. Uma vez alcanada a iluminao, as montanhas voltam a ser montanhas e os rios voltam a ser rios.
Isto quer dizer que um pintor alcana a felicidade pintando, um mdico realizando cirurgias e um karateca praticando karate.
2.2.1. A LIMPEZA DO DOJO
O dojo limpo atravs do uso de panos midos empurrados sobre o piso pelos estudantes, fazendo com que a sujeira seja removida e no esfregada. Isto importante, pois limpar o cho um exemplo de humildade (no um castigo) que faz bem para o
desenvolvimento do indivduo.
JO Mesmo tendo a mesma pronncia de basto (jo), seu ideograma japons diferente.
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O DOJO E A CONDUTA
A limpeza deve ser executada antes do treinamento e ser precedida por uma
boa varrida do piso. Os estudantes limpam o cho, enquanto o professor e alguns alunos
geralmente no participam da limpeza.
2.2.2. OS PRINCIPAIS ELEMENTOS
O dojo tem em cada um de seus cantos um significado diferente:
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O DOJO E A CONDUTA
curvar o corpo apenas em 30o e segur-la por meio segundo e retornar a posio
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O DOJO E A CONDUTA
dever do estudante mostrar uma tica apropriada no dojo e ter respeito pelo
seu professor, isto feito, geralmente:
No argumentando com o professor durante a aula;
Quando ele corrige sua tcnica;
Quando assinala algum defeito no seu desempenho.
2.5. O DOGI
Para se treinar karate, bem como a maioria das artes marciais, necessrio
usar um uniforme especial denominado Dogi (criado por Jigoro Kano para os utilizarem
durante os treinamentos de Judo). O dogi chamado erroneamente de quimono3,
GI
quer dizer vestimenta, portanto, dogi significa a vestimenta para a prtica do caminho.
Ele deve est sempre limpo e, preferencialmente, sem nenhum detalhe especial que o diferencie dos demais, exceto pelo distintivo da academia. O dogi usado para praticar karate o karate-gi.
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O DOJO E A CONDUTA
2.6. O OBI
O Obi um cinturo ou faixa que serve para manter o dogi fechado, embora o
seu significado seja bem maior que um mero cinto. Como o karate gi, o obi tem um significado simblico. Esse aspecto simblico so as cores. Tradicionalmente, quando algum
comea a praticar karate, recebe a faixa branca. Aps anos de treinamento, a faixa tende a
escurecer assumindo uma colorao marrom. Se continuar praticando, ela vai se tornando
preta. A faixa preta significa que a pessoa esteve treinando karate por muitos anos.
Quando o karateca realmente se dedica ao karate, sua faixa, aps a preta, comea a ficar branca novamente, depois de muitos anos. Assim se completa o ciclo (conforme ditado Zen, citado anteriormente). A seguir o significado das cores do Obi:
BRANCO a cor da inocncia. Indica quem tem a mente e o esprito vazios,
algum que leigo nos aspectos espirituais do karate. Tambm indica
que esse praticante ainda no conhece bem as tcnicas do karate;
MARROM a cor da terra, a cor da solidificao. A faixa marrom indica
que o praticante j se tornou competente, que sua mente frtil e que
seu esprito est firme.
PRETO a fuso de todas as cores. Ela indica quem passou por todos os desafios e dificuldades necessrias para superar os obstculos encontrados nos primeiros anos de karate. Preto a cor da noite. Ela mostra
que o primeiro dia que comeou com a faixa branca, acabou e que
agora realmente comea a jornada de um karateca em busca do seu aprendizado interior.
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O DOJO E A CONDUTA
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A RESPIRAO
Captulo 3 A Respirao
Aprender descobrir aquilo que voc
j sabe. Fazer demonstrar que voc o
sabe.
RICHARD BACH
3.1. INTRODUO
Diz a literatura esotrica que, o universo tem um ritmo prprio, forjado em
ciclos de opostos, yin yang, sol lua, homem mulher, dia noite, inverno vero,
tique taque (do corao), inspirao expirao. Os ensinamentos tambm se referem a
um tempo mais lento, para alcanar equilbrio interior.
Na prtica no oculta, no esotrica, podemos confirmar que um atleta bem
preparado fisicamente tem sua pulsao cardaca bem abaixo da populao normal. Enquanto se aceita que uma pessoa que no pratique exerccios regularmente tenha 80 batimentos cardacos por minuto (em repouso), um atleta em repouso, s vezes, no precisa
ter mais do que 60 para sentir-se bem, satisfazendo-se at com menos. O mesmo aparece
em relao s necessidades de respirao. O nmero de incurses (inspirao expirao) que um atleta necessita, bem menor do que o de um executivo, por exemplo.
Quanto melhor preparado estiver, menos precisar aumentar seu ritmo respiratrio, alm
do que, dispor de uma reserva para quando uma ao ou adversrio exigir.
O controle respiratrio no importante apenas para a prtica de esportes. Ele
pode fazer parte de todo um conjunto de atitudes que denotem uma maior harmonia pessoal. Percebam que, quando estamos irados, totalmente descontrolados, temos uma acelerao, tanto da ventilao quanto do ritmo cardaco, respiramos mais rpido e temos taquicardia; quando tendemos a nos acalmar, estes ritmos tambm tendero a se normalizar; quando recebemos um susto, o mesmo acontece e tendemos acelerao. Assim, a
perda brusca ou continuada de nosso equilbrio mental e emocional, nos leva a alterar
nossos ritmos, tendendo para uma repetio cclica rpida.
Numerosas prticas orientais tm suas bases estabelecidas sobre o ato de bem
respirar. Como exemplo, poderamos citar o Yoga (talvez a mais conhecida entre ns), o
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A RESPIRAO
Tai Chi Chuan e o Shikun. Em vrias artes marciais como, o Karate e o Aikido, a respirao sob controle requisito bsico, mesmo para um faixa branca. Observando-se o kata
executado por um perito, se percebe a harmonia entre os movimentos do corpo e a sua
respirao.
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A RESPIRAO
Quando voc enche o peito de ar, encolhendo a barriga, est usando apenas a
musculatura do trax. Esse o tipo de respirao de quem est fazendo um exerccio fsico intenso ou est sob presso. Nesse ltimo caso, ocorre uma superficializao dos movimentos, entrando menos ar, mas com um grande nmero de inspiraes e expiraes. O
resultado acmulo de ar viciado, pobre em oxignio, alm de tenso muscular. J a respirao diafragmtica ocorre em situaes de calma e, muito importante, capaz de diminuir a reao de alarme. O diafragma o msculo que separa o abdmen do trax e
pode ser controlado com um mnimo de ateno.
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A RESPIRAO
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ENERGIA
Captulo 4 Energia
O que se educa no uma alma nem
um corpo... um homem.
MONTAIGNE
4.1. INTRODUO
No oriente fala-se de um tipo de energia que est presente em tudo nossa
volta, ela influencia desde o mais simples ser ou coisa at os planetas. Tal fora, que
relacionada essncia do universo, envolve todas as entidades que nele existem e d vida, pois ela no fica estagnada em um lugar especfico, mas se movimenta e como um rio
sempre renovado. Ela possui muitos nomes:
CHI China;
KI Japo;
PRANA ndia.
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ENERGIA
tende esclarecer essa especial "nsia de viver", esse "impulso vital" que em circunstncias
inslitas ou extremas aparece sem raciocnio cientfico vlido.
O treinamento marcial tem por base o desenvolvimento interior atravs do exterior (fsico) e aps este acontecer, o processo inverso tem incio, isto , o exterior se
desenvolve e expressa o interior. A expresso verbal da energia interior conhecida como Kiai.
4.2.1. KIAI
O kiai ou grito de fora
KI:
fora e
AI:
partir do baixo ventre (saika tanden aproximadamente cinco centmetros abaixo do umbigo). Todos tm um grito de fora, principalmente os grandes felinos. Geralmente, esses
animais paralisam suas presas com o seu kiai antes de atac-las. O kiai pode ser aplicado
em trs momentos:
No incio de uma atividade;
Durante a realizao desta tarefa;
Final de um trabalho.
Os gritos de guerra servem para aumentar, acelerar e expor a fora de ao do
homem. Portanto, podem ser aplicados contra incndios, vendavais e as fortes ondas martimas para criar coragem e energia para enfrent-los.
Na luta individual, para colocar o adversrio em movimento, o grito antecipa
seus golpes e, em seguida, pode se aplicar chutes e socos. No necessrio utilizar o grito simultaneamente com seus golpes. No decorrer da luta, ele servir para incentivar e
colocar numa situao vantajosa, sendo forte e profundo.
Tomar precauo ao gritar, pois se o grito for usado fora de ritmo ou de tempo ou em ocasies imprprias poder surgir como contra-efeito, tornando-se prejudicial.
No Japo h a prtica do Kiai Do caminho do grito da fora onde o praticante chega a ter medo do prprio grito.
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ENERGIA
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AS ARMAS NO KARATE
5.1. INTRODUO
Como dito anteriormente, a proibio do porte de armas na ilha de Okinawa
possibilitou aos ilhus o desenvolvimento de sistemas de defesa sem armas (karate) e simultaneamente a utilizao de ferramentas de trabalho usuais como armas de ocasio
(kobudo).
Alguns estilos de karate ainda hoje utilizam tais armas em seus treinamentos
e outros no usam. O estilo Shotokan (atribudo a Funakoshi Sensei) no faz uso de armas como parte de seu treinamento.
Apesar do estilo praticado no Cefet Karate Clube (Henshin Dojo) ser o Shotokan, de entendimento comum que as armas podem servir de auxiliar no desenvolvimento de habilidades especficas de forma no convencional (noo de espao e distncia
efetiva do companheiro) e em menor tempo de treinamento e favorecendo a lapidao do
esprito marcial de seus praticantes mesmo em um meio influenciado fortemente pela
competio.
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AS ARMAS NO KARATE
5.2.1. BO
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AS ARMAS NO KARATE
5.2.3. NUNCHAKU
Era uma ferramenta usada para bater gros de arroz. No sistema Matayoshi os
tipos mais comuns de nunchaku so o octogonal (hakkakukei) e o arredondado (marugata). Suas hastes de madeira de igual tamanho so conectadas por um pedao de corda ou
corrente.
5.2.4. KAMA
Era usado para cortar o arroz. O kama pode ser empregado para rasgar, cortar
lateralmente, espetar, perfurar e desviar ataques de outras armas.
5.2.5. TONFA
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AS ARMAS NO KARATE
5.2.6. SAI
uma tonfa com trs pontas de metal. utilizada com duas ou trs pontas para interceder um ataque do oponente e usando lminas menores, que causam cortes e um
ataque perfurante. Apesar de sua exata origem ser obscura, tem semelhana com um instrumento utilizado na China, e acredita-se que tenha se derivado de um instrumento agrcola usado para cavar buracos na terra para plantao de sementes. Um terceiro sai era
levado nas costas em um cinto (obi) para reposio do que era atirado.
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AS ARMAS NO KARATE
Uma variao do shuto o seiryuto e a diferena bsica entre eles est na posio da mo, isto , flexionando o pulso de modo que a borda externa da mo e a sua
extenso formem uma curva, como na figura acima.
Usado para atacar o rosto ou a clavcula e, em alguns casos, para dar apoio ao
corpo quando de uma queda.
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AS ARMAS NO KARATE
No nukite a ponta dos trs primeiros dedos forma uma superfcie bastante
plana com uma leve curvatura do dedo mdio. As pontas dos dedos so usadas para golpear o plexo, o ponto central entre os olhos, a axila e outras partes sensveis.
Quando o nukite formado com a ponto dos dedos indicador e mdio estamos fazendo o chamado nihon nukite (mo em lana a dois dedos). Quando usamos apenas o dedo indicador para golpear e os outros ficam dobrados dando-lhe apoio, temo o
ippon nukite (mo em lana a um dedo).
5.3.5. SEIKEN (FRENTE DO PUNHO)
O seiken parte do punho situado entre o n do dedo mdio e o n do indicador. No momento do impacto toda a energia do corpo deve passar por uma linha direta
atravs do brao, alcanando o punho e passando para o alvo. A energia necessria para
tal movimento nasce no saika tanden e dela emana para todo o corpo.
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AS ARMAS NO KARATE
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AS ARMAS NO KARATE
O calcanhar (kakato) usado para dar golpes tanto para trs como para frente
de forma circular. uma arma extremamente eficiente contra um oponente que tente lhe
agarrar por trs ou pelo lado.
5.3.10. HAISOKU (PEITO DO P)
Para executar golpes usando haisoku deve-se esticar o p para baixo com os
dedos apontando para o cho. Usa-se esta arma nos golpes diretos chicoteando a perna na
direo da virilha ou na direo do rosto de forma circular ou ainda no peito e costas do
oponente.
5.3.11. SOKUTO (FACA DO P)
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TCNICAS DO KARATE
6.1. INTRODUO
O karate tem uma quantidade muito grande de tcnicas e no o objetivo deste trabalho apresentar todas, apresentaremos as mais usuais desde suas bases at as tcnicas de chute.
A apresentao constar do nome tcnico, de um desenho de sua forma e de
uma breve descrio.
O ponto fundamental do aprendizado do karate a postura. Nenhuma tcnica
de ataque ou de defesa ser eficiente se no tiver uma boa base.
A postura no karate formada pela parte do corpo que vai dos quadris para
baixo, e que deve fornecer uma base slida parte superior. As costas devem estar eretas
e perpendiculares ao solo, garantindo o equilbrio e a estabilidade. As tcnicas assim sero aplicadas com potncia, velocidade, preciso e eficincia.
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TCNICAS DO KARATE
6.2. BASES
NOME
FORMA
DESCRIO
Manter os ps paralelos e em contato. Os joelhos ficam eretos, mas relaxados.
HEISOKU DACHI
MUSUBI DACHI
HEIKO DACHI
ZENKUTSO DACHI
(BASE AVANADA)
KIBA DACHI
(BASE DO CAVALEIRO)
KOKUTSO DACHI
(BASE RECUADA)
CEFET-RN
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TCNICAS DO KARATE
DEFESA
Levar o punho para prximo da orelha oposta e baixe-a esticando o Brao e com o dorso dirigido para frente.
Desvie o ataque do oponente lateralmente, batendo com a rea inferior
do pulso.
O movimento termina com o punho
acima do joelho da perna da frente.
GEDAN BARAI
(DEFESA ALTA)
CEFET-RN
DESCRIO
PROF. HENRIQUE
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TCNICAS DO KARATE
ATEMI
OI ZUKI
(SOCO AVANANDO)
O movimento semelhante ao oi
zuki, diferindo apenas no fato de que
o brao usado do contrrio ao da
perna que avana.
Outra diferena est no uso da rotao dos quadris.
GYAKU ZUKI
(SOCO CONTRRIO)
TETSUI
(SOCO MARTELADA)
SHUTO UCHI
CEFET-RN
DESCRIO
PROF. HENRIQUE
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TCNICAS DO KARATE
GERI
MAE GERI
(CHUTE FRONTAL)
MAWASHI GERI
(CHUTE CIRCULAR)
YOKO GERI
(CHUTE LATERAL)
USHIRO GERI
CEFET-RN
DESCRIO
PROF. HENRIQUE
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TREINAMENTO
Captulo 7 Treinamento
No temas o progresso lento, receais
apenas ficar parado.
PROVRBIO CHINS
7.1. INTRODUO
A agressividade a matria-prima do ser humano, e do homem, mas no a
violncia. Temos a violncia quando no conseguimos aprofundar a agressividade, quando superficializamos a agressividade, ento temos situaes de violncia. Porm a agressividade importante em tudo que fazemos, em qualquer ao profissional ou humana
importante agressividade, ou seja, se no tivermos um mnimo de agressividade ou
controle adequado no conseguiramos sobreviver na sociedade.
A agressividade deve ser trabalhada no sentido de proporcionar um caminhar
do ser humano no principal objetivo da arte marcial que proporcionar o desenvolvimento e aperfeioamento do esprito humano.
7.2. KIHON
Os fundamentos tcnicos do karate so passados aos alunos atravs dos treinamentos de kihon, porm, no incio, tais princpios eram repassados por intermdio dos
kata.
no kihon que o praticante ir desenvolver todo o seu potencial para a arte
marcial, bem como preparar o seu corpo para as agruras que viro com o passar dos anos
de treino.
tambm no kihon que o praticante desenvolve o esprito de karateca, pois
este o momento onde os princpios do dojo kun so postos prova real e o corpo ir
padecer caso o esprito seja fraco ou o desejo de ser karateca no seja verdadeiro. O caminho do karate vislumbrado pela primeira vez durante os exerccios de kihon e o sentimento de dever cumprimento se manifesta com maior intensidade, mesmo quando o
corpo est exausto e quase sem foras para andar.
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TREINAMENTO
7.3. KATA
O kata ou forma no karate um conjunto de golpes realizados numa seqncia previamente definida e que durante anos foi nica maneira de se praticar karate.
Cada kata tem uma especificidade e se destina a desenvolver determinadas habilidades.
7.3.1. ESTILO SHOTOKAN
HEIAN SHODAN;
HEIAN NIDAN;
HEIAN SANDAN;
HEIAN YONDAN;
HEIAN GODAN.
TEKKI SHODAN;
TEKKI NIDAN;
TEKKI SANDAN;
BASSAI DAI.
BASSAI SHO;
KANKU DAI;
KANKU SHO;
JION;
JITTE;
JIIN;
HANGETSU;
GANKAKU;
ENPI;
GOJUSHIHO SHO;
GOJUSHIHO DAI;
NIJUSHIHO;
UNSU;
SOCHIN;
CHINTE;
MEIKYO;
WANKAN.
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TREINAMENTO
7.4. KUMITE
No karate existem diferentes formas de se fazer combate kumite significa
combate de mos e todas tm sua importncia no desenvolvimento do karateca.
7.4.1. GOHON KUMITE
Combate a cinco passos tem por objetivo fortalecer o vigor dos praticantes
atravs de seqncias de ataca e defesa. O gohon kumite deve ser praticado a exausto,
procurando realizar cada movimento com a maior preciso e fidelidade possvel.
7.4.2. SANBON KUMITE
Combate a trs passos, tendo por objetivo aumentar a agilidade de quem ataca e de quem defende. Deve ser executado com a mxima intensidade e velocidade de
movimentos, pois s assim o controle necessrio ao domnio das tcnicas utilizadas poder ser alcanado. O corpo dever trabalhar como uma unidade que se desloca pela rea
de combate.
7.4.3. IPPON KUMITE
Combate a um passo, tendo por objetivo criar no praticante a idia de vencer
com um nico golpe para isso necessrio o desenvolvimento de habilidades acessrias,
como observao, para anlise das situaes. A noo de espao e tempo (maai em japons) torna-se fator preponderante, bem como o conhecimento real do prprio corpo e de
seus limites fsicos e mentais.
7.4.4. JYU IPPON KUMITE
Combate semilivre a um nico golpe, tendo por objetivo favorecer o desenvolvimento de vivncias corporais nas situaes de luta real e assim preparar o corpo e a
mente para as mesmas.
7.4.5. JYU KUMITE
Combate livre, onde o praticante deve dispor de um bom repertrio de golpes, bem com ter tticas e estratgias que possam enfrentar um ou mais oponentes em
combate real. Esta forma de combate a que mais se assemelha ao kata, pois para esta
situao que nos preparamos arduamente.
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TREINAMENTO
SIGNIFICADO
TERMOS
SIGNIFICADO
TERMOS
SIGNIFICADO
AGE
AGO
ASHI
ATEMI
ATE
BARAI
CHU
CHOKU
DACHI
FUMIKOMI
GE
GERI
GO
Levantar, erguer.
Queixo
P, perna.
Golpe sobre corpo
Golpe
Varrer, expulsar.
Mdio
Direto
Base, posio.
Esmagar o p
Baixo
Golpe de p
Fora
Contrrio, oposto.
Dorso da mo
Tornozelo
Sabre da mo
paralelo
Corpo
Vertical
Mo
Saltar
Martelo
Golpe de mo
HIDARI
JO
JUJI
KOKATO
KAMAE
KATA
KATA
KEAGE
KEITO
KEKOMI
KERI
KI
KIHON
KIRI
KOKORO
KOTE
KUBI
KUMITE
Esquerda
Alto
Cruz
Calcanhar
Guarda
Ombro
Forma
Ascendente
Exerccio
Penetrante
Golpe de p
Energia
Treino de base
Cortante
Esprito
Punho
Pescoo
Combate
Interior
Antebrao
Oposto
Oposto da mo
Atrs
Antebrao
KUTSU
MAE
MAWASHI
MIGI
MIKAZUKI
MOROTE
NAGE
NUKITE
OBI
OSAE
OTOSHI
REI
SABAKI
SEN
SHIAI
SHUTO
SOKUTO
SOTO
Postura
frente, diante.
Circular
Direita
Crescente
A duas mos
Projetar
Pique de mo
Faixa
Manter, prender.
Cair
Saudao
Esquivar
Iniciativa
Combate com juiz
Faca da mo
Faca do p
Exterior
Tcnica
Montanha
Preparado, pronto.
Lateral
Para frente
Golpe de mo
GYAKU
HAISHU
HAISOKU
HAITO
HEIKO
TAI
TATE
TE
TOBI
TSUI
TSUKI
UCHI
UDE
URA
URAKEN
USHIRO
WAN
WAZA
YAMA
YOI
YOKO
ZEN
ZUKI
Nmeros
TERMO
ICHI
NI
SAN
SHI
GO
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SIGNIFICADO
Um
Dois
Trs
Quatro
Cinco
TERMO
SIGNIFICADO
ROKO
SHICHI
HACHI
KU
JU
Seis
Sete
Oito
Nove
Dez
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EXAMES E GRADUAES
8.1. INTRODUO
A evoluo tcnica do karateca percebida pelo kyu ou nvel e cada um representado por uma cor de obi. O sistema de faixas (obi) adotado por Funakoshi foi uma
das muitas modificaes feitas aps encontro com Jigoro Kano (criador do jud), como
tambm adotou uma indumentria prpria prtica o dogi.
A mudana de kyu realizada em um ritual chamado exame de faixa e durante o qual o praticante demonstra sua percia tcnica a uma banca de avaliadores, os
quais devero analisar no apenas o conhecimento tcnico do praticante, mas tambm sua
conduta como karateca alm de sua capacidade intelectual. O grau de dificuldade dos exames proporcional ao kyu.
Atualmente, para evitar injustias, foi estabelecida uma nota mnima (formada pela mdia das notas dos avaliadores) que o praticante deve alcanar para fazer jus
nova faixa e com ela advm novas responsabilidades, pois a partir deste momento os erros anteriores, considerados no graves, no podero ser mais cometidos, alm de uma
mudana de comportamento no sentido de servir como modelo para as futuras geraes
de karateca, incorporando os ideais do mestre Funakoshi.
8.2. GRADUAES
No karate existem sete faixas cada uma associada a uma cor representativa do
kyu. A faixa representa o amadurecimento e conhecimento individual de cada praticante,
e a funo do professor de gui-lo nesta estrada, indicando os aspectos bsicos de cada
etapa. As faixas no karate, em ordem, so:
Branca 7 kyu;
Amarela 6 kyu;
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EXAMES E GRADUAES
Vermelha 5 kyu;
Laranja 4 kyu;
Verde 3 kyu;
Roxa 2 kyu;
Marrom 1 kyu.
H uma oitava faixa que indica o grau (dan) de conhecimento do praticante e
esta a preta, a qual cresce com o passar dos anos indo do primeiro ao dcimo (psmorte).
8.3. EXAMES
A seguir apresentamos as habilidades e competncias mnimas que cada karateca deve desenvolver para almejar a faixa seguinte. Lembramos ainda que tal contedo
no uniformizado e que depende de cada academia ter ou no o seu prprio programa.
8.3.1. BRANCA PARA AMARELA
Kihon (em zenkutso dachi).
Gedan barai;
Chudan soto uke;
Jodan age uke;
Chudan shuto uke;
Jodan oi zuki;
Chudan gyaku zuki;
Chudan tate tetsui uchi;
Gedan mae geri kekomi;
Chudan mae geri keage.
Kata (at 10 anos com contagem).
Heian Shodan.
Kumite.
Sanbon kumite (com contagem).
1. Jodan oi zuki jodan age uke e chudan gyaku zuki;
2. Chudan oi zuki chudan soto uke e chudan gyaku zuki;
3. Gedan mae geri gedan barai e chudan gyaku zuki.
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1.
2.
3.
4.
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1.
Atemi waza;
2.
Geri waza.
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COMPETIES
Captulo 9 Competies
Por mais que na batalha se vena um
ou mais inimigos, a vitria sobre si
mesmo a maior de todas as vitrias.
BUDA
9.1. INTRODUO
A vitria sempre muito difcil, por mais que se fale o contrrio, cada vez
mais. O que fundamental que o participante de uma competio saiba que aquilo
uma mera representao e nesse ponto de vista a competio s um jogo. A competio
deve servir ao homem, portanto, no posso me destruir e nem deixar que ela destrua o ser
humano.
A competio deve ser vista de uma forma humanista e que possibilite a formao integral do homem, dando-lhe a capacidade de interagir consciente e criticamente
com seus pares, com sua comunidade e, se possvel, com a sociedade a que pertence,
transformando-a em um mundo melhor.
Portanto, a competio o momento ideal para a autocrtica e para tal no
podemos encobrir nossas falhas pelo resultado dos embates nela travados, mas, por outro
lado, devemos ver friamente o que foi feito de bom e de ruim e compar-los com os reais
objetivos que foram traados para o evento.
KOTO,
que um
quadrado com 8 metros de lado (medido de extremo a extremo) e no seu interior encontramos um quadrado inscrito com 6 metros de lado. A rea entre o quadrado interno e a
extremidade do externo tem uma cor diferente da do quadrado interno e denominada de
rea de controle. Nas competies de karate h dois atletas que se posicionam direita e
a esquerda do rbitro, que pode ser um dos juzes, o competidor do lado direito denominado de AKAI (vermelho) e o da esquerda de AOI (azul), os quais usaro faixas com as
referidas cores.
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COMPETIES
9.3. KATA
A competio de kata poder ser individual ou por equipe. aplicado o sistema de eliminao simples podendo ser com ou sem repescagem. Durante a competio,
os atletas podero realizar tanto katas obrigatrios (SHITEI) quanto livres (TOKUI).
Nas duas primeiras rodadas, os competidores s podem escolher katas obrigatrios e nas demais a escolha livre. A critrio da organizao, os competidores podero
repetir o kata executado na rodada anterior.
O kata deve ser realizado de forma competente e deve demonstrar uma boa
compreenso dos princpios fundamentais que contm, ou seja, o competidor (es) deve
(m) passar comisso julgadora a essncia primordial do kata executado.
9.3.1. INDIVIDUAL
A competio individual de kata consiste em uma execuo individual em categorias separadas homens e mulheres.
9.3.2. EQUIPE
Uma equipe de kata composta por trs pessoas. A equipe exclusivamente
masculina ou feminina.
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COMPETIES
9.4. KUMITE
A competio de kumite pode ser dividida em individual e por equipes e o
sistema de eliminao simples adotado.
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COMPETIES
9.4.1. INDIVIDUAL
A competio individual de kumite pode ser dividida em categorias de acordo
com o peso dos atletas e uma categoria independente do peso denominado open. As categorias so compostas de combates.
9.4.2. EQUIPE
Nas competies de kumite por equipes no h limitao de peso para os
membros de uma mesma equipe e esta dever ser constituda por um nmero mpar de
atletas. As equipes masculinas so compostas por sete atletas, sendo dois reservas, e as
femininas por quatro, sendo uma reserva. Os reservas podem ser mudados de uma rodada
para outra, bem como a ordem dos atletas.
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BIBLIOGRAFIA
Bibliografia
Anderson, B. Alongue-se, Sumus Editora Ltda, So Paulo SP, 1997.
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