Teoria Cinética Dos Gases

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Teoria Cintica dos Gases

Interpretao Cintica da Presso, Temperatura


Velocidade quadrtica mdia (vrms)
Energia Cintica Translacional
Calores especficos molares dos gases ideais

Doutoranda em Fsica - UFABC


Estgio de Docncia - Aula 02
18/03/2011

Teoria Cintica dos Gases Ideais


I. O que um gs ideal?
O modelo mais simples que se possa imaginar
para um gs :

um grande nmero de molculas, consideradas


como pequenssimas bolas duras (poderamos
pensar nas bolas de sinuca/bolas de gude) que
se encontram em movimento permanente e
desordenado, chocando-se entre si e com as
paredes do recipiente que as contm.

Hipteses do Modelo
Microscpio de um Gs Ideal
Modelo estrutural de um gs mantido num recipiente
O nmero de molculas no gs muito grande e a separao
mdia entre as molculas grande quando comparada com suas
dimenses;

As molculas obedecem s leis do movimento de Newton, mas


como um todo movem-se aleatoriamente;
As molculas interagem somente por meio de foras de curto alcance
durante colises elsticas;
As molculas colidem elasticamente com as paredes do recipiente;

O gs puro, o que significa que todas as suas partculas so


idnticas.

Clculo Cintico da Presso

n moles de um gs ideal

paredes a T constante

As molculas desse gs esto continuamente colidindo


com as paredes do recipiente.

Vamos analisar especificamente


a coliso de uma molcula, que
se dirige para colidir com a parede
do recipiente paralela ao plano yz
e que passa pela origem.

Quando colidir com a parede,


somente a componente x da
velocidade da molcula ir variar.

Clculo Cintico da Presso

A componente px do momento da molcula mvx antes da


coliso, a variao no momento da molcula na direo x :

px

Variao do momento linear

Momento transferido para a parede pela molcula durante a


coliso:

px

mv x

( mv x )

(1)

2mv x

O intervalo de tempo entre duas


colises com a mesma parede:

2L
vx

(2)
L

Clculo Cintico da Presso

p
t

Da 2. Lei de Newton:

A taxa mdia de transmisso do momento


para a parede :

(3)

F t

px

2mv x

px
t

2mv x
2L
vx

mv x2
L

px
t

mv x2
L

Fora que uma molcula exerce


na face considerada

Para se encontrar a fora total exercida por todas as molculas,


devemos considerar as contribuies de todas as N molculas:
(4)
A presso que essas molculas exercero depender da fora mdia.
A fora mdia total F exercida sobre a parede pelo gs :

m v x2

Fx

m v x21

m v x22

2
m v xN

Fx

Logo, a presso P sobre a parede fica como:

F
A

Fx

L2

m
L3

N = nmero de molculas na caixa

2
x1

m v x21

m v x2 2

2
m v xN

L2

2
x2

2
xN

(5)

Clculo Cintico da Presso


Como as molculas no so distinguveis, os valores mdios das
componentes x de cada uma das molculas so iguais, ou seja:
(6)
Considerando que neste cubo no
existe direo privilegiada, os valores
mdios das diversas componentes
sero iguais, ou seja:

(7)

Como temos N molculas no gs:


(8)

Clculo Cintico da Presso

Assim,

N = n NA

Nm 2
v
3V

V = L3

nN A m 2
v
3V

(9)

Mas, mNA a massa molar M.


Portanto, usando a equao dos gases ideais:

nM
3V

v2

rms: root mean square

vrms

nM 2
vrms
3V

(10)

Clculo Cintico da Presso

Assim,

N = n NA

Nm 2
v
3V

V = L3

nN A m 2
v
3V

(9)

Mas, mNA a massa molar M.


Portanto, usando a equao dos gases ideais:

nM
3V

v2

nM 2
vrms
3V

(10)

rms: root mean square

vrms

2
rms

3 pV
nM

vrms

3RT
M

(11)

Clculo Cintico da Presso

Mas, da eq. (9), podemos escrever:

Nm 2
v
3V

Ecin

2N
ECIN
3V

(12)

1
2
mv
2

A presso proporcional ao nmero de molculas por unidade


de volume e energia cintica translacional mdia das
molculas.

Ecin

1 2
mvrms
2

Energia Cintica Translacional

(13)

Energia Cintica Translacional


Gs IDEAL: U = U(T)

Ecin

1 2
mvrms
2

(13)

Substituindo a eq. (11) em (13), temos que:

Ecin

3
kT
2

(14)

Ou seja, quando medimos a T de um gs, tambm medimos a


ECIN translacional mdia das molculas.

Clculo Cintico da Temperatura


Isolando a temperatura na eq. (14), encontramos:

T
OU

2
Ecin
3k
2 mv
3k
2

2
(15)

Interpretao microscpica da T: medida da energia cintica


mdia de translao das molculas de um gs ideal. Por isso
chamada energia de agitao trmica.

Teorema da Equipartio da Energia


A energia de um sistema em equilbrio trmico est
igualmente dividida entre todos os graus de liberdade
Graus de liberdade refere-se ao nmero de maneiras
independentes pelas quais uma molcula pode ter energia.
No caso do gs ideal cada molcula tm 3 graus de
liberdade uma vez que se movimentam na direo dos eixos
x,y e z
A energia cintica translacional total de N molculas de gs
simplesmente N vezes a energia translacional mdia por molcula =
Energia interna de um gs ideal monoatmico

ECIN(tr. tot.)

N ECIN
(16)

3
NkT
2

ECIN(tr. tot.)

3
nRT
2
(17)

Calores especficos molares de um


gs ideal

A partir da eq.(17) podemos deduzir expresses para Cv e Cp:

Calor especfico molar a volume constante (Cv)

Considere um gs ideal confinado em um cilindro. Ao


adicionarmos uma quantia de E sob a forma de calor,
aumentamos a T do reservatrio trmico.

Calores especficos molares de um


gs ideal

A partir da eq.(17) podemos deduzir expresses para Cv e Cp:

Calor especfico molar a volume constante (Cv)

Considere um gs ideal confinado em um cilindro. Ao


adicionarmos uma quantia de E sob a forma de calor,
aumentamos a T do reservatrio trmico.

Calores especficos molares


de um gs ideal

Relao do calor Q com a variao de temperatura T:


(18)

Da 1a Lei da Termodinmica:

Q W

(19)

nCv T W

nCv T

(20)

Da eq.(17) podemos escrever:

Portanto,

3
U
nR T
2
3
Cv
R (gs ideal monoat.)
2

(21)

(22)

Calores especficos molares


de um gs ideal

Relao do calor Q com a variao de temperatura T:


(18)

Da 1a Lei da Termodinmica:

nCv T W

Q W

(19)

nCv T

(20)

Da eq.(17) podemos escrever:

Portanto,

3
U
nR T
2
3
Cv
R (gs ideal monoat.)
2

(21)

(22)

Calores especficos molares


de um gs ideal

Podemos, ainda, generalizar a eq.(17) para QUALQUER gs


ideal, de forma que:

3
nRT
2

nCvT

a qual se aplica para gases ideais monoatmicos, diatmicos


e poliatmicos, desde que o valor usado de Cv seja o
adequado!!!

Quando o gs sofre uma variao de T, a energia interna


fica como:

nCv T

(gs ideal para


qualquer processo)

(23)

Calores especficos molares


de um gs ideal

Podemos, ainda, generalizar a eq.(17) para QUALQUER gs


ideal, de forma que:

3
nRT
2

nCvT

a qual se aplica para gases ideais monoatmicos, diatmicos


e poliatmicos, desde que o valor usado de Cv seja o
adequado!!!

Quando o gs sofre uma variao de T, a energia interna


fica como:

nCv T

(gs ideal para


qualquer processo)

(23)

Calores especficos molares


de um gs ideal

Calor especfico molar a presso constante (Cp)

Considere um gs ideal confinado em um cilindro. A


presso do gs constante, ele possui uma temperatura T
aumentada por uma quantia T.

Relao do calor Q com a variao de temperatura T:

nC p T

(24)

Calores especficos molares


de um gs ideal

Relao de Cv e Cp :

Da 1a Lei da Termodinmica:

Temos:

Q W
Q

nCv T

(19)

nC p T

(23)

(24)
Vf

Da eq. do TRABALHO a P constante:

V
Vi

Da Lei dos gases ideais:

Logo:

p V

pV

nR T

nRT

p V

Calores especficos molares


de um gs ideal

Portanto a eq.(19) fica:

nCv T
Cv

Cp

nC p T nR T
ou

Cp

Cv

(25)

Tal previso concorda bem com o experimento para gases


em geral, desde que suas densidades sejam baixas o
suficiente!!

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