UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS

BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM CINCIA E TECNOLOGIA

Lei de Ohm e anlise de resistores
Nomes: Brenno Pastena, Digenes Almeida, Felipe Braz, Guilherme Branquinho
__________________________________________________________________________
RESUMO
O seguinte relatrio referente a trs experimentos distintos, sendo o primeiro verificar
a veracidade da tolerncia informada pelos fabricantes de resistores, os quais foram em sua
maioria rejeitados no teste de hiptese. O segundo experimento visou calcular a resistncia
atravs do coeficiente angular da curva caracterstica ajustada, obtendo valores prximos do
compatvel, para o resistor de 10 foi de 11,66 e de 1k obteve-se 1001. O ltimo
experimento compara a resistncia equivalente terica com a experimental em um sistema de
resistores, o qual utilizando as definies da lei de Ohm provou-se compatvel em todos os
ramos.
________________________________________________________________________
1. INTRODUO
Um resistor um dispositivo de
circuito eltrico que apresenta resistncia
passagem de corrente eltrica de acordo
com as propriedades de cada material,
utilizado ora para limitar a corrente eltrica
em circuitos eletrnicos, ora para
transformar energia eltrica em energia
trmica, fenmeno esse conhecido como
efeito joule [1]. Quando um resistor
percorrido por uma corrente eltrica,
ocorrem choques entre os eltrons, como
consequncia desses choques ocorre um
aumento na temperatura do resistor,
podendo chegar ao ponto de queim-lo.
[2]
Georg Simon Ohm em seus
experimentos provou que a variao da
corrente eltrica em um resistor,
proporcional variao da diferena de
potencial () [2]. Matematicamente a lei
de Ohm pode ser escrita da seguinte forma:
=

(1)

Dependendo da natureza do
material do qual o resistor feito, esta
relao acima pode-se manter constante ou
variar. No caso, quando a resistncia
constante dizemos que o resistor linear.

Isto significa que, pela equao (1), existe

uma relao linear entre a tenso e a
corrente no resistor, podendo assim se
determinar a resistncia experimentalmente,
atravs de diferentes medidas de correntes,
obtidas em virtude de diferentes tenses
aplicadas, relacionando a resistncia ao
coeficiente angular da reta obtida no grfico
, calculando-se o coeficiente
angular da reta. [3]
Nos circuitos eletrnicos em geral,
os resistores podem ser associados em
paralelo e em srie, ou em alguns casos, em
associaes mistas. Nos resistores ligados
em srie os resistores so ligados um em
seguida do outro, de modo a serem
percorridos pela mesma corrente eltrica,
nos resistores ligados em paralelo so
ligados um do lado do outro, de forma que
todos os resistores ficam submetidos
mesma diferena de potencial [4].
Na comercializao de resistores,
os valores das resistncias so indicados
atravs de um cdigo de cores que
significam os valores numricos e a
incerteza do resistor. O fato de se utilizar
cores e no os nmeros diretamente, est
em que pelo pequeno tamanho dos
resistores fica difcil a legibilidade de letras
e nmeros.

 = Diferena de potencial em

2.MODELO TERICO
Volts.

= Corrente eltrica em Ampre.

2.1 Primeiro experimento:

Para compreender o que foi
realizado no primeiro experimento
necessrio entender os mecanismos de um
resistor e para isso precisa-se estudar carga
eltrica, corrente, voltagem e resistncia.
A carga eltrica pode ser definida
como uma propriedade fsica da matria
que pode vir a se apresentar positivamente e
negativamente em prtons e eltrons,
respectivamente. Para que um corpo esteja
neutro ele deve apresentar o mesmo nmero
de cargas positivas e negativas, caso
contrrio ele encontra-se carregado
eletricamente. [1]
A corrente eltrica gerada pelo
fluxo de cargas ordenadas que se
movimentam atravs de um condutor.
Matematicamente a corrente eltrica pode
ser calculada como a razo da quantidade
de carga (Q) em um intervalo de tempo (t)
sobre um condutor. A equao 2 demonstra
essa relao:
=

(2)

Em um circuito quando se deseja

implantar uma resistncia usado um
resistor, um mecanismo capaz de impedir
parcialmente a passagem da corrente
eltrica. Esses resistores so classificados
conforme a resistncia que oferecem. [4]
Quando se pretende determinar um
valor confivel de resistncia para um
resistor necessrio se fazer repetidas
medies, e atravs dos dados obtidos,
calcular a mdia entre esses valores. Para o
clculo da mdia usado a equao 4:
=

A voltagem o trabalho que as

unidades de cargas realizam para se
movimentarem de um potencial ao outro. A
diferena de potencial fundamental para
que se crie uma corrente eltrica. Quando se
aplica essa diferena a um material em suas
extremidades cria se uma corrente que tem
sua intensidade proporcional a uma
caracterstica do material, chamada
resistncia. A lei de Ohm apresenta uma
relao entre essas grandezas, que est
expressa na equao 3:
=

(3)

(4)

Onde:
= Mdia dos dados obtidos.
= Valor obtido para cada medida.
= nmero de medies
Tambm para maior confiabilidade
do valor, necessrio encontrar o desvio
padro dos dados. Para isso usada a
equao 5:

Onde:
= Corrente eltrica em Ampre.
= Quantidade de carga eltrica
em Coulomb.
= intervalo de tempo em
segundos.

=1

e =

ni=1 (x i x )2
n1

(5)

Onde:
Todas as variveis so as mesmas
para a equao anterior, exceto o e que o
desvio padro a ser calculado.
Para o primeiro experimento foi
feita uma combinao entre o desvio padro
e o erro instrumental a fim de se determinar
a incerteza total. Para tal combinao faz se
til a equao 6
exp =

2e + 2I

(6)

Onde:
exp = erro total do experimento.
e = erro estatstico (desvio
padro).
I = erro instrumental.
Aps calcular a mdia das
resistncias e sua incerteza fez-se uma

Onde:
= Resistncia dada em Ohm.

comparao dos resultados obtidos com as

acordo com a cor impressa no resistor. Para
efetuar essa comparao necessrio
uma suposio a respeito dos parmetros de
distribuio de probabilidade de uma
populao e testa-la comparando com
resultados amostrais. Deve se estabelecer
um nvel de significncia e uma distribuio
a ser usada, neste caso por no se conhecer
o desvio padro da populao a distribuio
usada foi a de Student, que se d pela
equao 7:
t=

x
s
n

(7)

Onde:
x = a mdia das resistncias.
2.2 Segundo Experimento:
No experimento foram realizadas
medies de diferena de potencial e
corrente eltrica e a partir dos dados obtidos
calculou-se a resistncia pelo coeficiente
angular da reta da curva caracterstica
ajustada pela linha de tendncia linear do
Excel.
Para isso foi necessrio calcular o
erro da diferena de potencial e da corrente
eltrica para as medies feitas. Este erro
foi calculado com base nas informaes
fornecidas pelo fabricante e que se
encontram no apndice 1.
No caso desse experimento a
corrente contnua e ento os erros foram
calculados se baseando nisso. Sendo que
para o calculo do erro da corrente utilizou
as seguintes equaes:
1% 1

(8)

1,5% 1

(9)

informaes passadas pelo fabricante de

utilizar uma ferramenta estatstica chamada
Teste de Hiptese, que se baseia em criar
= o valor fornecido pelo
fabricante.
s = desvio padro da amostra.
n = nmero de medies.
Aps calcular o valor de t, se aceita
a suposio criada como verdadeira e
considerando o valor de significncia
estabelecido, se compara e verifica sua
aceitao ou rejeio de acordo com a
regio em que se encontra. Para tal
experimento a regio de aceitao
compreende aquela com valores dentro dos
limites informados pelo fabricante.
interferncia nos dados foi escolhido o
circuito em paralelo para maior resistncia e
circuito em serie para resistncia menor.
2.3 Terceiro Experimento:
Para o terceiro experimento
necessrio entender sobre circuitos e tipos
de associaes.
2.3.1 Associao em srie:
Associao em srie quando uma
diferena de potencial aplicada a
resistncias ligadas em srie e a corrente
a mesma em todas as resistncias, dessa
forma as diferenas de potencial das
resistncias igual a diferena de potencial
aplicada no circuito. Nessa associao
existe apenas um caminho para a corrente
eltrica, portanto todos os componentes
recebero a mesma corrente [1].
= =0
Onde:
= o valor da resistncia
equivalente do circuito,

Para o clculo do erro da diferena

de potencial utilizou-se a equao:
1% 1

= o nmero de resistncias e
= o valor de cada resistncia.

(10)

Para montar o circuito do qual se

obteve os dados experimentais foi
necessrio optar entre um modelo em
paralelo e outro em srie para diferentes
resistores. A escolha foi feita baseada no
fato de que o multmetro oferece uma alta
resistncia, ento para que no houvesse

(11)

O erro da resistncia equivalente

em uma associao em srie dado pela
equao 12 [1].
=

1 2 + 2 2 + 3 2 +. . + 2
(12)

2.3.2 Associao em Paralelo:

A associao em paralelo quando

os componentes do circuito esto ligados de
forma que todos recebam a mesma
diferena de potencial . Nessa associao
existem diferentes caminhos para a corrente
eltrica, portanto cada componente receber
uma intensidade diferente de corrente [1].
1

= =0

2
1

21 + +

(14)
Onde:

a derivada da expresso da

resistncia equivalente em funo do

resistor.

(13)

Onde:

2.3.3 Sistemas de Resistores:

= o valor da resistncia
equivalente do circuito,

O objetivo deste trabalho calcular a

resistncia equivalente terica e compara-la
com a experimental entre os seguintes
ramos: AB, AC, AD, BC, BD, CD.

= o nmero de resistncias e
o valor de cada resistncia.
O erro da resistncia equivalente da
associao em paralelo pode ser obtido pela
equao 14. [1]

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3 - METODOLOGIA
O relatrio em questo retrata
experimentos que ocorreram em trs etapas,
sendo realizados em trs dias diferentes. No
primeiro dia de experimento foram
realizadas medies de resistores, com
intuito de averiguar se as resistncias
informadas pelo fabricante eram efetivas.
Tomaram-se cinco resistores de
cada tipo presente no laboratrio, os quais
estavam separados em 17 recipientes que
continham os mesmos com valores
nominais iguais. Os resistores foram
analisados perante as cores das faixas neles
impressos, para que os cinco resistores
escolhidos de cada recipiente fossem iguais
perante as cores, conforme a tabela ao lado:

Tabela 1: Faixa de cores de cada resistor

coletado.
1

verde, marrom preto, amarelo, marrom

amarelo, roxo, azul, ouro

marrom, preto, preto, amarelo, marrom

marrom, preto, preto, verde, marrom

verde, marrom, preto, laranja, marrom

marrom, preto, preto, laranja, marrom

verde, marrom, preto, vermelho, marrom

marrom, preto, preto, vermelho, marrom

verde, marrom, preto, marrom, marrom

10

marrom, preto, preto, marrom, marrom

11

verde, marrom, marrom, preto, marrom,vermelho

12

marrom, preto, preto, preto, marrom

13

verde, marrom, marrom ouro, marrom

14

marrom, preto, preto, ouro, marrom

15

verde, preto, ouro, ouro

16

marrom, preto, preto, prata, marrom

17

marrom, preto, prata, ouro

Para a anlise dos resistores foi-se

necessrio a consulta da tabela de cores,
que est representada na figura 2, e
posteriormente
analisar
os
valores

esperados da resistncia de cada resistor

escolhido.
Utilizando-se o multmetro Hantek
DSO 1200 Handhed Scope Meter, que foi
utilizado na medio em ohms, e tomou-se
trs medidas de cada resistor. Com as
medidas devidamente anotadas, fez-se
necessrio a anlise de dados, descrita
posteriormente neste relatrio.

aparato foram conectados com fios bananajacar. As medidas foram realizadas de 0V

a 2V, variando de 0,2V em 0,2V.
No segundo aparato experimental, o
resistor de 1k foi montado em srie, para
isso a fonte foi ligada como voltmetro e o
multmetro como ampermetro, e do mesmo
modo que o aparato anterior, foram
realizadas medidas de 0V a 30V, variando
de 0,5V em 0,5V.
No ltimo experimento foram
selecionados oito resistores de diferentes
valores e medidos as resistncias destes
pelo
mesmo
multmetro
utilizado
anteriormente, o qual foi utilizado na
funo de voltmetro. Logo aps, com a
placa de protoboard foi montado um
circuito com os resistores, conforme foi
proposto pelo professor (Fig.2) e aferida
atravs do multmetro as resistncias
equivalentes entre os ramos AB, AC, AD,
BC, BD e CD.

Figura 1: Cdigo de cores.

O segundo experimento utilizou o
mesmo
multmetro
do
primeiro
experimento, um protoboard, uma fonte de
tenso, fios banana-jacar e dois resistores
de 10 e 1k.
Com o auxlio do protoboard, foi
montado
um
aparato
experimental
utilizando o resistor de 10 em paralelo
com a fonte atuando como ampermetro e
com o multmetro atuando como
voltmetro, todos os componentes do

Figura 2: Malha com 8 resistores.

Com o auxlio de um multmetro na
funo de voltmetro, e com os fios bananajacar foram testadas as resistncias de
todos os resistores, para posteriormente
serem calculadas e averiguadas.

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4. - ANALISE DE DADOS
4.1 Primeiro experimento
foram

No primeiro experimento realizado

medidas as resistncias dos

diferentes resistores repetidas vezes. Os

dados obtidos esto expostos na tabela a
seguir:

Tabela 2 : Dados obtidos para resistncias medidas no primeiro experimento.

100m
marrom, preto, prata, dourado
60
70
80
70
80
60
70
70
80
70
70
60
90
80
80
51M
amarelo, roxo, azul, dourado
48,26
45,8
50,55 46,79
45,7
48,2
45,7
48,71 48,99
44,67
48,21 46,06 48,44
45,7
44,02
5M
verde, marrom, preto, amarelo, marrom
5,001
5,041
4,986

4,74
4,872
4,866

4,961 4,946
4,545
4,726 4,768
4,53
4,877 4,792
4,53
1M
marrom, preto, preto, amarelo, marrom
0,99
0,94
0,963 0,992
0,965
0,998 0,937 0,965 0,985
0,973
0,997 0,977 0,972 0,986
0,964
10M
marrom, preto, preto, verde, marrom
9,14
8,47
8,15
9,1
9,77
9,77
8,69
7,8
9,18
9,99
9,52
8,22
8,15
9,13
9,6
510K
verde, marrom, preto, laranja, marrom
509,5 510,5 508,5 511,7
511,0
509,9 510,9 507,9 512,2
510,4
509,7 510,3 507,5 511,4
510,8
100K
marrom, preto, preto, laranja, marrom
99,8
99,9
99,7
99,8
99,7
99,9
100,0
99,7
99,7
99,8
99,7
100,1
99,8
99,8
99,9
51K
verde, marrom, preto, vermelho, marrom
50,38 50,82 50,96 50,79
51,37
51,4,
51,37 51,17 50,87
50,93
50,75 51,01 51,18 50,92
50,99
10K
marrom, preto, preto, vermelho, marrom
10,01
10,02 9,97
10,2
10,01
9,93
10,02 9,93
10,05 10,02
9,96
10,02 10,01 9,98
9,98

5K
verde, marrom, preto, marrom, marrom
5,079
5,077
5,054
5,06
5,058
5,064
5,068
5,037
5,071
5,055
5,068
5,08
5,044
5,058
5,054
1K
marrom, preto, preto, marrom, marrom
1,001
1,003
1,002
0,996
1,001
1,001
1,001
1,002
0,996
1,001
1,001
1,001
1,001
0,997
1,001
511
verde, marrom, marrom, preto, marrom,
vermelho
511,8
512,1
510,7
511,7
510,7
512,0
512,0
510,4
511,4
511,1
512,1
512,5
510,6
510,9
511,0
100
marrom, preto, preto, preto, marrom
99,7
99,7
100,4
98,6
99,9
99,7
99,9
100,5
99,0
99,9
99,9
99,9
100,3
99,0
99,9
51
verde, marrom, marrom, dourado, marrom
51,7
51,2
51,2
51,4
51,1
51,5
51,2
51,1
51,3
51,3
51,4
51,2
51,3
51,2
51,1
10
marrom, preto, preto, dourado, marrom
10,4
10,5
10,4
10,5
10,5
10,5
10,6
10,6
10,5
10,5
10,5
10,4
10,5
10,5
10,5
5
verde, preto, dourado, dourado
5,5
5,6
5,6
5,5
5,5
5,6
5,6
5,4
5,6
5,6
5,5
5,7
5,4
5,6
5,4
1
marrom, preto, preto, prata, marrom
2,1
1,8
1,8
1,8
1,8
2,0
1,8
1,8
1,8
1,7
1,9
1,6
1,8
1,7
1,7

Em posse desses dados foi possvel

trat-los de acordo com o objetivo do
experimento. Primeiro se calculou a mdia
das medies para cada resistor utilizando a
equao 4 e os resultados esto expostos na
tabela 3 :
Tabela 3: Mdia calculada das
resistncias para os diferentes resistores:
Resistores
100m
51M
5M
1M
10M
510K
100k
51K
10k

Mdia
72,6667m
47,05333M
4,812067M
0,9736M
8,978667M
510,1467k
99,82k
47,56733k
10,00733k

Resistores
5k
1k
511
100
51
10
5
1

Mdia
5,0618k
1,000333k
511,4
99,75333
51,28
10,49333
5,54
1,806667

Aps calcular a mdia foi

calculado o erro estatstico das medidas
atravs do desvio padro descrito pela
equao 5. E est exposto na tabela 4:
Tabela 4: Desvio padro calculado
para amostras:
Resistores
100m
51M
5M
1M
10M
510K
100k
51K
10k

Desvio
padro
8,837151
1,846934
0,172086
0,01865
0,693787
1,351648
0,120712
0,258896
0,063636

Resistores
5k
1k
511
100
51
10
5
1

Desvio
Padro
0,012411
0,00216
0,669755
0,526263
0,165616
0,059362
0,091026
0,12228

O erro instrumental foi calculado

com base em informaes fornecidas pelo
manual do fabricante. Para cada faixa de
medio se associa uma incerteza. O
apndice 1 contm uma foto relacionando a
incerteza para cada faixa de medio. A
tabela 5 mostra o erro associado a cada
medida:

Tabela 5: Incerteza experimental

das medidas dos resistores.
Resistores
100m
51M
5M
1M
10M
510K
100k
51K
10k

Incerteza
1,03m
0,48M
0,06M
0,01M
0,10M
5,11k
1,01k
0,49k
0,20k

Resistores
5k
1k
511
100
51
10
5
1

Incerteza
0,06k
0,02k
5,14
1,03
0,54
0,13
0,08
0,04

Sendo conhecida a incerteza

experimental e o erro estatstico possvel
calcular o erro associado resistncia
medida. O valor obtido para este erro est
apresentado na tabela 6:
Tabela 6: Erro total para as medidas
experimentais.
Resistores

Erro total

Resistores

100m
51M
5M
1M
10M
510K
100k
51K
10k

8,90m
1,9M
0,2M
0,02M
0,70M
5,29k
1,02k
0,55k
0,21k

5k
1k
511
100
51
10
5
1

Erro total

0,05k
0,06k
5,18
1,16
0,56
0,14
0,1
0,1

Agora possvel que se faa um

teste de hiptese para se comparar os
resultados obtidos nas medies e os
fornecidos pelo fabricante. Antes a tabela 7
compara os valores obtidos e os fornecidos
pelos fabricantes.

Tabela 7: Comparao entre valores

calculados e fornecidos.
Fornecido
pelo
Fabricante

Valor e
incerteza
experimental

Fornecido
pelo
Fabricante

(1005,00)
m
(51+2,6)M

(50,05)M

(10,01)M

(100,1)M

(5105,10)
K
(1001)k

(72,78,90)m

(471,9)M

(50,05)k

Valor e
incerteza
experimenta
l
(50,05)k

(10,01)k

(10,06)k

(50,2)M

(51110,22
)
(1001)
(510,51

(5115,18)

(99,31,16)

(510,56)

Fornecido
pelo
Fabricante
100m

(100,10)

(100,14)

51M

(50,25)

(50,1)

5M

(10,01)

(20,1)

1M

(510,51)
K
(100,1)k

(10,02)M
(9,00,70)M

(5105,29)k
(99,81,02)k

(480,55)k
(100,21)k

Tabela 8: Rejeio ou aprovao para teste

de hiptese.

10M
510K

Realizando o teste de hipteses com

a distribuio t de Student demonstrado na
equao 7. Pela tabela t Student obtemos o
t critico e comparando com o t
calculado obtm-se a rejeio ou aceitao
de cada um, que no caso a verificao da
tolerncia fornecida pelo fabricante.

100k
51K
10k
5k
1k
511
100
51
10
5
1

rea de
aceitao
t Student
-2,624
2,624
-2,624
2,624
-2,624
2,624
-2,624
2,624
-2,624
2,624
-2,624
2,624
-2,624
2,624
-2,624
2,624
-2,624
2,624
-2,624
2,624
-2,624
2,624
-2,624
2,624
-2,624
2,624
-2,624
2,624
-2,624
2,624
-2,624
2,624
-2,624
2,624

Valor t
Student
calculado
-11,9791

Aprovao

-8,27608

Rejeitado

-4,22965

Rejeitado

-5,48235

Rejeitado

-5,70147

Rejeitado

0,420256

Aceito

-5,7752

Rejeitado

-51,3514

Rejeitado

0,446319

Aceito

19,28561

Rejeitado

0,597614

Aceito

2,313076

Aceito

-1,81532

Aceito

6,5479

Rejeitado

32,18695

Rejeitado

22,976

Rejeitado

25,54963

Rejeitado

Rejeitado

Assim pode-se dizer que a maioria

dos resistores testados no corresponde aos
nveis de tolerncia fornecidos pelo
fabricante.

4.2 Segundo Experimento

No segundo experimento foram tomadas as
medidas de corrente e tenso, de dois
resistores, de 10 e 1k respectivamente,
os quais esto representados nas tabelas
abaixo, com os respectivos erros.

Tabela 9: Medidas de corrente e tenso do

resistor de 10.
Tenso (V)
(0,016 0,001)
(0,219 0,003)
(0,422 0,005)
(0,618 0,007)
(0,816 0,009)
(1,01 0,01)
(1,20 0,01)
(1,40 0,02)
(1,61 0,02)
(1,81 0,02)
(2,01 0,02)

Corrente (A)
(0,00 0,01)
(0,01 0,01)
(0,03 0,01)
(0,05 0,01)
(0,06 0,01)
(0,08 0,01)
(0,10 0,01)
(0,11 0,01)
(0,13 0,01)
(0,15 0,01)
(0,17 0,01)

Tabela 10: Medidas de corrente e tenso do resistor de 1k.

Tenso (V)
(0,05 0,01)
(1,0 0,1)
(1,5 0,1)
(2,0 0,1)
(2,5 0,1)
(3,0 0,1)
(3,5 0,1)
(4,0 0,1)
(4,5 0,1)
(5,0 0,1)
(5,5 0,1)
(6,0 0,1)
(6,5 0,1)
(7,0 0,1)
(7,5 0,1)
(8,0 0,1)
(8,5 0,1)
(9,0 0,1)
(9,5 0,1)
(10,0 0,1)
(10,5 0,1)
(11,0 0,1)
(11,5 0,1)
(12,0 0,1)
(12,5 0,1)
(13,0 0,1)
(13,5 0,2)
(14,0 0,2)
(14,5 0,2 )
(15,0 0,2 )

Corrente (A)
(0,00062 0,00002)
(0,00107 0,00002)
(0,00159 0,00003)
(0,0021 0,00004)
(0,00255 0,00004)
(0,00307 0,00005)
(0,0036 0,00006)
(0,00411 0,00007)
(0,00463 0,00007)
(0,00514 0,00008)
(0,00561 0,00009)
(0,0061 0,0001)
(0,0066 0,0001)
(0,0071 0,0001)
(0,0075 0,0001)
(0,0081 0,0001)
(0,0086 0,0001)
(0,0091 0,0001)
(0,0096 0,0002)
(0,0100 0,0002)
(0,0106 0,0002)
(0,0110 0,0002)
(0,0115 0,0002)
(0,0120 0,0002)
(0,0125 0,0002)
(0,0130 0,0002)
(0,0135 0,0002)
(0,0141 0,0002)
(0,0145 0,0002)
(0,0151 0,0002)

Tenso (V)
(15,5 0,2)
(16,0 0,2)
(16,5 0,2)
(17,0 0,2)
(17,5 0,2)
(18,0 0,2)
(18,5 0,2)
(19,0 0,2)
(19,5 0,2)
(20,0 0,2 )
(20,5 0,2)
(21,0 0,2)
(21,5 0,2)
(22,0 0,2)
(22,5 0,2)
(23,0 0,2)
(23,5 0,3)
(24,0 0,3)
(24,5 0,3)
(25,0 0,3 )
(25,5 0,3)
(26,0 0,3)
(26,5 0,3)
(27,0 0,3)
(27,5 0,3)
(28,0 0,3)
(28,5 0,3)
(29,0 0,3)
(29,5 0,3)
(30,0 0,3)

Corrente (A)
(0,0156 0,0002)
(0,0160 0,0003)
(0,0166 0,0003)
(0,0170 0,0003)
(0,0176 0,0003)
(0,0181 0,0003)
(0,0186 0,0003)
(0,0190 0,0003)
(0,0196 0,0003)
(0,0200 0,0003)
(0,0206 0,0003)
(0,0210 0,0003)
(0,0216 0,0003)
(0,0221 0,0003)
(0,0226 0,0003)
(0,0230 0,0004)
(0,0235 0,0004)
(0,0241 0,0004)
(0,0246 0,0004)
(0,0251 0,0004)
(0,0256 0,0004)
(0,0260 0,0004)
(0,0266 0,0004)
(0,0271 0,0004)
(0,0276 0,0004)
(0,0281 0,0004)
(0,0286 0,0004)
(0,0291 0,0004)
(0,0296 0,0005)
(0,0300 0,0005)

Com os dados em mos,

construram-se dois grficos de corrente (A)
versus tenso (V), e consequentemente o
valor do coeficiente angular da reta, sendo o

valor da resistncia calculada. Esse

procedimento foi executado para os dois
resistores.

2,1
1,9
1,7
1,5

Tenso (V)

1,3
1,1
0,9
0,7

y = 11,66x + 0,070
R = 0,996

0,5
0,3
0,1
-0,1
-0,02

0,01

0,04

0,07

0,1

0,13

0,16

0,19

Corrente (A)

Figura 3: Grfico de Tenso x Corrente para resistor de 10. Curva caracterstica.

30
27,5
25
22,5
Tenso (V)

20
17,5
15
12,5
10
7,5
5

y = 1001,x - 0,128
R = 0,999

2,5
0
0

0,003 0,006 0,009 0,012 0,015 0,018 0,021 0,024 0,027 0,03 0,033
Corrente (A)

Figura 4: Grfico de Tenso x Corrente para resistor de 1k. Curva caracterstica.

4.3 Terceiro experimento

As resistncias experimentais dos
oito resistores esto expostas na Tabela 1:

De acordo com a configurao

exposta na figura 2, foi possvel obter a
resistncia equivalente terica para
compar-las com as experimentais.

Tabela 11 Resistores e seus respectivos

valores.

Tabela 12 Tabela comparativa entre as

resistncias equivalentes experimentais e
tericas em cada ramo.

Resistores
R1
R2
R3
R4
R5
R6
R7
R8

Resistncia Experimental
()
(10,2 0,4)
(100 1)
(510,3 5)
(99700 1097)
(1000000 20000)
(48300000 583000)
(5,2 0,4)
(51 0,8)

Ramos
AB
AC
AD
BC
BD
CD

Resistncia
Equivalente
Experimental
()
(507 5)
(607 6)
(512 5)
(100 1)
(5,6 0,4)
(105 1)

Resistncia
Equivalente
Terica ()
(507 5)
(610 6)
(515 5)
(99 1)
(4,9 0,3)
(105 1)

_____________________________________________________________________________
5. - CONCLUSO
De acordo com o primeiro
experimento realizado e os clculos
efetuados pode-se concluir que a maioria
dos resistores no se encontra na zona de
aceitao para a hiptese criada, isso
significa que em um intervalo de confiana
de 2% apenas cinco dos dezessete resistores
testados correspondem a especificao
nominal.
No segundo experimento realizado
os valores das resistncias encontrados
atravs do grfico, so compatveis com a
especificao nominal. Para o sistema com
resistor de 1k a resistncia encontrada foi
de 1001 e para o resistor de 10 foi
entrada a resistncia de 11,66.

Atravs da comparao entre os

resultados expostos na Tabela 2 com suas
respectivas
incertezas
devidamente
propagadas foi possvel a comprovao da
Lei de Ohm, isto devido aos clculos
tericos esperados estarem de acordo com
os obtidos experimentalmente. Com isso
fica provado que em uma associao em
serie a corrente que chega nos resistores a
mesma para cada resistor, e que na
associao em paralelo a diferena de
potencial que constante para cada um.

_____________________________________________________________________________
6 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
[1] HALLIDAY, D; RESNICK, R.
Fundamentos de Fsica. 8. ed. v.3. Rio de
Janeiro: Ltc, 2008.
[2] NUSSENZEIG, H. Moyss. Curso de
Fsica Bsica. 4 Ed. So Paulo : Edgard
Blucher, 2009.
[3] - VUOLO, J. Henrique. Fundamentos da
Teoria de Erros. 2 ed. So Paulo: Editora
Blucher, 1996.

[4] YOUNG, Hugh D. Sears e Zemansky

fsica III: eletromagnetismo. 12. ed. So
Paulo: Addison Wesley, c2008. 425p., il.
ISBN 9788588639348
[5] - KATO, Srgio. Teste de
Hipotese. Disponvel em:
http://www.pucrs.br/famat/sergio/Estatistic
a_Basica_T126/Teste_de_hipotese.pdf>.
Acesso em: 19 nov. 2013.

[6] Resistor. Disponvel em:

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Resistor>.
Acesso em: 20 nov. 2013.

<http://www.joinville.udesc.br/portal/profes
sores/edio/materiais/FEX2_roteiros.pdf>.
Acesso em: 20 nov. 2013.

[7] ELIENE. Resistores. Disponvel em:

<http://www.mundoeducacao.com/fisica/re
sistores.htm>. Acesso em: 20 nov. 2013.

[9] KTOR, Glauber

Luciano. Resistores. Disponvel em:
<http://www.infoescola.com/fisica/resistore
s/>. Acesso em: 20 nov. 2013.

[8] Curvas caractersticas de

resistores: resistor linear. Disponvel em:
7 APENDICE