Telecurso 2000 - Processos de Fabricacao 2
Telecurso 2000 - Processos de Fabricacao 2
Telecurso 2000 - Processos de Fabricacao 2
L AL
AUU
46
Fresando com
aparelho divisor
46
a aula passada voc viu como fresar ranhuras retas do tipo T, trapezoidal e de chaveta. Nesta aula voc vai aprender como
fresar utilizando o aparelho divisor universal.
Clculo Tcnico
Tcnico), o aparelho divisor um
Como voc deve estar lembrado (Clculo
acessrio utilizado na mquina fresadora para fazer divises no movimento de
giro da pea. As divises so muito teis, quando se quer fresar com preciso
superfcies, que devem guardar uma distncia angular igual distncia angular
de uma outra superfcie, tomada como referncia.
Assim, o aparelho divisor permite fresar quadrados, hexgonos, rodas
dentadas ou outros perfis, que dificilmente poderiam ser obtidos de outra
maneira.
Estude bem e faa os exerccios. No hesite em pedir ajuda ao seu orientador
de aprendizagem ou a recorrer a aulas e mdulos passados, caso necessrio.
Nossa aula
A U L A
46
E=
D
N
24
4
E = 6
Ento, voc deve deslocar 6 furos no disco de 24, para usinar as superfcies
do quadrado. Como o dimetro da pea tem 36 mm, ser que possvel fresar o
quadrado de 25 25 de lado como pedido? Qual a soluo? Calcular o dimetro
mnimo que a pea deve ter.
= 252 + 252
= 625 + 625
= 1250
= 1250
= 35,35
Com este clculo, voc encontrou que o dimetro mnimo da pea de,
aproximadamente, 35,35 mm. Portanto, possvel fazer o quadrado, visto que
a pea tem 36 mm de dimetro. Com isso, voc pode passar fresagem.
Fixe a pea. Para isso, fixe primeiramente uma das extremidades na placa do
cabeote divisor. Em seguida, a outra extremidade em um contraponta, caso
o comprimento da pea (L) seja maior que 1,5 vez o dimetro da pea (D).
Se se tratar de uma pea de comprimento (L) menor que 1,5 vez o dimetro (D), no preciso utilizar o contraponta. Nesse caso, utilize somente
a placa universal. Veja figuras abaixo:
Dica tecnolgica
A extremidade da pea onde ser colocado o contraponta deve ser
furada no torno com uma broca de centro.
D-d
2
a = profundidade de corte
D = dimetro do material
d = medida do quadrado
Resolvendo, vem:
a=
36 - 25
2
a=
11
2
a = 5,5
Voc tem ento que, para fresar um quadrado de 25 mm em um eixo de
36 mm de dimetro, a profundidade de corte necessria igual a 5,5. Veja
figura acima.
A U L A
46
A U L A
46
Exerccio 1
x ) que um material deve ter, para que se possa
Qual o mnimo dimetro (x
fresar um quadrado de lados igual a 20 mm?
Exerccio 2
Com que ferramenta deve ser feito o furo de centro para fixar o contraponta
pea?
Exerccio 3
Quantos furos devem ser deslocados para fazer cada uma das faces de um
sextavado em uma pea, utilizando-se um disco de 18 furos no aparelho
divisor?
Exerccio 4
Que discos devemos utilizar para fresar
oito lados equiangulares em uma pea?
(Utilize a tabela de discos ao lado.)
DISCOS
FUROS
Pare! Estude!
Responda!
1
15
16
17
18
19
20
2
21
23
27
29
31
33
3
37
39
41
43
47
49
A
L AL
AUU
47
Furando com
a fresadora
47
esta aula voc vai aprender sobre a operao de furar na fresadora. Trata-se de uma operao utilizada para fazer furos
de pouca preciso ou como uma operao prvia a outras operaes como
a de mandrilar ou alargar.
Estude bem e no hesite em rever aulas passadas para relembrar assuntos
j aprendidos, como puxar coordenadas, escolher uma broca ou clculo de
rpm, entre outros.
Nossa aula
ranhura circunferencial
contorno
A U L A
47
pontos de centragem
cilindro-padro
ca
360
em que:
Vm
c
a
360
=
=
=
=
Substituindo vem:
Vm =
40 30
360
Vm =
1200
360
Simplificando vem:
Vm = 3
120
6
\ 3
360
18
O resultado mostra que para fazer furos distantes 30 uns dos outros, voc
vai precisar dar trs voltas completas no manpulo e avanar 6 furos em um disco
de 18 furos.
Recordar aprender
As brocas helicoidais so classificadas em H , N e W . Assim, escolha
o tipo de broca e os ngulos de afiao em funo do material a usinar.
A U L A
47
Pare! AEstude!
U L A
Responda!
47
Exerccio 1
Que acessrio da fresadora utilizado para fresar ranhuras de trajetria
circunferencial?
Exerccio 2
Qual deve ser o dimetro do furo de guia, se o dimetro final de furo for
maior que 12 mm?
Exerccio 3
Voc precisa fazer furos distantes em 45 um do outro em uma pea fixada
a uma mesa divisora. Sabendo que a coroa desta mesa tem 120 dentes,
determine:
a) o nmero de voltas que deve ser dado no manpulo;
b) o nmero de furos do disco a ser montado na mesa.
A
L AL
AUU
Fresando engrenagens
cilndricas com
dentes retos
48
48
Nossa aula
A U L A
48
Recordar aprender
Mdulo de uma engrenagem o quociente resultante da diviso do
dimetro primitivo pelo nmero de dentes. O mdulo sempre expresso em milmetros. Com o mdulo, voc pode calcular quase todas as
dimenses de uma engrenagem. O mdulo normalizado e expresso
com nmeros inteiros ou decimais muito simples. Veja abaixo a figura
de um mdulo.
dp
\ dp = m Z
z
Calculando vem:
para a engrenagem 1
dp1 = m Z1
dp1 = 3 25
dp1 = 75 mm
para a engrenagem 2
dp2 = m Z2
dp2 = 3 80
dp2 = 240 mm
para a engrenagem 1
de1 = 75 + 2 3 \ de1 = 75 + 6 \ de1 = 81 mm
para a engrenagem 2
de2 = 240 + 2 3 \ de2 = 240 + 6 \ de2 = 246 mm
Assim, o dimetro externo da engrenagem 1 igual a 81 mm e o da engrenagem 2 igual a 246 mm. Essas devem ser tambm as medidas do dimetro
externo dos blanques.
Aps isso, preciso calcular o comprimento dos dentes (b) das engrenagens.
Dica tecnolgica
Segundo a ABNT, a medida do comprimento dos dentes oscila
de 6 a 10 m. usual trabalhar com a mdia: 8 m.
Recordar aprender
O ngulo de presso (a) pode ter 15 ou 20, conforme o perfil da fresa
que for utilizada. O mais utilizado o de 20.
A U L A
48
A U L A
48
ASA (USA)
2,166 m
2,157 m
2,25 m
Vamos supor que para executar sua tarefa, voc vai usar a norma
DIN/ABNT e a = 20. Qual deve ser ento o valor de h?
Voc tem que:
h = 2,166 m
Substituindo vem:
h = 2,166 3
h = 6,498 mm
Assim, a altura do dente de 6,498 mm. Isso significa que a fresa deve
penetrar no blanque nesta profundidade. Veja a figura abaixo.
Escolha da fresa
As fresas para usinar engrenagens
so as fresas mdulo. Elas so fornecidas
em um jogo de oito para cada mdulo
at o mdulo 10. A partir deste mdulo,
as fresas mdulo so fornecidas em
um jogo de 15, porque os perfis dos
dentes tm maior dimenso.
Dica tecnolgica
Acima do mdulo 4, recomenda-se que a engrenagem seja
desbastada com uma fresa apropriada. E em seguida, para o
acabamento, pode-se retomar a
fresa de trabalho original.
A U L A
48
(Z)
12 e 13
14 a 16
17 a 20
21 a 25
26 a 34
35 a 54
55 a 134
135 para cima e cremalheira
N DA FRESA MDULO
N DE DENTES DA ENGRENAGEM
1
2
3
4
5
6
7
8
(Z)
11/2
21/2
31/2
41/2
51/2
61/2
71/2
12
13
14
15
e
16
17
e
18
19
e
20
21
e
22
23
e
25
26
e
29
30
e
34
35
e
41
42
e
54
55
e
79
80
135
e
para
134 cima
Com esses dados, voc j pode escolher a fresa para executar sua tarefa.
Assim, para a engrenagem 1, em que Z1 = 25, a fresa deve ser a nmero 4. J para
a engrenagem 2, em que Z2 = 80, a fresa deve ser a nmero 7.
engrenagem 1
Z = 25
dp = 75 mm
de = 81 mm
b = 24 mm
a = 20
h = 6,498 mm
engrenagem 2
Z = 80
dp = 240 mm
de = 246 mm
b = 24 mm
a = 20
h = 6,498 mm
Fresando a engrenagem 1
Monte e prepare o cabeote divisor. Para isso voc precisa calcular o nmero
de furos que o disco deve ter. Este clculo, como dissemos no incio da aula, deve
ser o da diviso indireta. Vamos ver como fazer?
A U L A
48
RD
Z
em que:
RD = relao do divisor
Z = nmero de divises a efetuar
Dica tecnolgica
A relao do divisor de 40/1, 60/1, 80/1 e 120/1, sendo a mais utilizada
a de 40/1.
Vamos supor que o cabeote da mquina com a qual voc est trabalhando
tenha uma relao de diviso de 40/1. Agora s efetuar o clculo.
Ento para uma engrenagem de 25 dentes e uma relao de divisor de
40/1, tem-se que:
RD
Z
Substituindo vem:
n=
discos
40
25
n = 40 ou
15
1
furos
volta
25
Com o resultado obtido, tem-se que preciso dar uma volta e mais 15 furos
em um disco de 25 furos. Como no existe um disco de 25 furos, necessrio
montar uma frao equivalente a 15/25. Veja abaixo:
15
25
5 = 3
5
5
A frao obtida leva a outra frao equivalente. Isto vai permitir escolher um
disco com nmero de furos normalizados. Veja:
3
5
3 = 9
3
15
O resultado encontrado foi 9/15. Isto significa que voc deve utilizar
um disco com 15 furos e nele deslocar 9 furos.
Dica tecnolgica
Voc pode tambm utilizar um disco de 20 furos e deslocar 12.
Resumindo, para cada dente fresado, voc deve girar uma volta completa
e mais 9 furos no manpulo do aparelho divisor.
Vamos usinagem:
Fixe a pea em um mandril e este no aparelho
divisor.
Fixe o disco no aparelho divisor e regule o
setor para 9 furos. Veja a figura ao lado.
Fixe a fresa. Esta deve ser para mdulo 3,
n 4, uma vez que a engrenagem deve ter
25 dentes.
Observao: Sabemos que a fresa a utilizar
deve ser a mdulo 3, n 4, pela tabela normalizada de fresas.
Faa a primeira ranhura. Para isso, posicione
a fresa no centro do eixo e tangencie a pea.
Retire a fresa de cima da pea e suba a mesa at a profundidade de corte
desejada.
Inicie o corte manualmente e em seguida complete o passe com o movimento
automtico.
Observao: D quantos passes forem necessrios para obter a altura do
dente que h = 6,498 mm.
Gire a pea para fresar a ranhura seguinte. Para isso, desloque novamente
o manpulo do aparelho divisor em uma volta mais 9 furos. Faa a ranhura.
Aps isso, estar pronto o primeiro dente.
Mea o dente usinado. Veja a figura.
A U L A
48
A U L A
48
Fresando a engrenagem 2
Para fresar a engrenagem 2, voc deve seguir os mesmos passos que para
fresar a engrenagem 1. Mas com algumas diferenas. Como agora a engrenagem
a usinar deve ter 80 dentes, vai ser necessrio escolher um outro disco para
o aparelho divisor assim como uma outra fresa.
Escolher a fresa simples. Basta consultar a tabela. Sabendo que m = 3
e Z = 80, a fresa deve ser a mdulo 3, n 4.
Quanto ao disco necessrio fazer o clculo de diviso indireta.Vamos faz-lo?
Vamos tomar a frmula:
n = RD
Z
Substituindo vem:
n=
40
80
Simplificando vem:
1
2
Com o resultado obtido, isto , 1/2, sabe-se que preciso dar meia-volta
em qualquer disco de nmero par de divises.
n=
Pare! Estude!
Responda!
Exerccio 1
Que fresa deve ser utilizada para fresar uma engrenagem com 120 dentes
e mdulo 4? (Utilize a tabela.)
Exerccio 2
Sabendo que a engrenagem a fresar tem 120 dentes e a relao do aparelho
divisor de 40/1, responda:
a) Quantos furos deve ter o disco divisor?
b) Quantas voltas e quantos furos devem ser avanados?
A
L AL
AUU
Fresando engrenagens
cilndricas com
dentes helicoidais
49
49
a aula passada voc viu como fresar engrenagens cilndricas de dentes retos, utilizando o aparelho divisor universal e
diviso indireta. Nesta aula voc vai aprender a fresar engrenagens cilndricas
com dentes helicoidais, utilizando uma grade de engrenagens.
Para fresar engrenagens de dentes helicoidais, voc vai utilizar outros
conceitos como passo normal (pn), passo frontal (pf), passo da hlice (ph), passo
constante da fresadora e nmero de dentes imaginrios (Zi).
Estude bem! E no esquea de recorrer a aulas passadas, caso necessrio.
dp p
tgb
Nossa aula
A U L A
49
engrenagens motrizes
engrenagens conduzidas
Z
3
cos b
40
1
coleo de engrenagens: 25, 30, 40, 50, 55, 60, 70, 80, 90, 100 e 127.
Como fazer? Primeiramente, voc deve calcular o mdulo frontal
da engrenagem.
mf =
m
cosb
3
0,92718
mf = 3,236
Ento, o mdulo frontal da engrenagem igual a 3,236 mm. Em seguida,
voc calcula o dimetro primitivo.
dp
\ dp = mf Z
Z
Calculando vem:
dp1 = mf Z1
dp1 = 3,236 50
dp1 = 161,8 mm
Assim, tem-se que o dimetro primitivo da engrenagem igual a 161,8 mm.
Feito isso, voc pode calcular o dimetro externo (de) da engrenagem.
A U L A
49
A U L A
49
Zi =
Zi =
Z
3
cos b
50
0,797
Zi = 62
Conhecendo o valor de Zi, voc pode escolher a fresa mdulo, de acordo com
a tabela.
Recordar aprender
N DA FRESA MDULO
1
2
3
4
5
6
7
8
N DE DENTES DA ENGRENAGEM
(Z)
12 e 13
14 a 16
17 a 20
21 a 25
26 a 34
35 a 54
55 a 134
135 para cima e cremalheira
Dica tecnolgica
Caso a engrenagem fosse de dentes retos, a fresa seria a de n 6. Para uma
engrenagem de dentes helicoidais, o
nmero da fresa deve ser maior, porque
o dimetro primitivo frontal deste tipo
de engrenagem maior que o seu dimetro primitivo normal.
ph =
dp p
tgb
161,8 3,1416
0,404
ph = 1258,3
O resultado que o passo da hlice igual a 1258,3 mm. Tendo os valores
de pc e de ph, voc pode determinar as engrenagens da grade.
200
1260
40 25
motrizes
10 1 10 10 10 100 4 25
=
=
=
=
=
=
63
79
7 90 630 7 90
70 90 conduzidas
Com a frao
40 25
,
70 90
A U L A
49
A U L A
Assim:
49
n=
RD 40
4
44
16
=
=
=
=
Z
50
5
54
20
16
.
20
Isso significa que para cada dente a usinar, voc deve regular o setor do disco
do divisor em 16 furos em um disco de 20 furos.
O resultado
Exerccio 1
Para uma engrenagem helicoidal de 60 dentes, mdulo 4 e b = 45, determine:
mf
dp
de
h
b
Zi
n da fresa
ph
Exerccio 2
Supondo uma relao de transmisso do divisor
60
, e passo do fuso da
1
40
1
A U L A
49
Pare! Estude!
Responda!
A UA UL L AA
50
50
Fresando engrenagens
cnicas com
dentes retos
N
Nossa aula
A U L A
50
dp1
Z
tgd1 =
= 1
dp2
Z2
em que:
tgd1 = tangente do ngulo primitivo da engrenagem 1
dp1 = dimetro primitivo da engrenagem 1
dp2 = dimetro primitivo da engrenagem 2
Resolvendo para a engrenagem 1, vem:
tgd1 =
90
192
tgd1 = 0,46875
Este o valor da tangente para a engrenagem 11. Com esse valor,
voc consulta uma tabela normalizada de tangentes. O resultado deve ser:
d1 = 25653.
Para a engrenagem 22, a frmula para calcular o ngulo primitivo :
tgd2 =
dp2
Z
= 2
dp1
Z1
Guarde a informao. Voc vai precisar dela no final da aula para resolver
os exerccios.
Agora, preciso calcular a geratriz. Veja a figura abaixo.
A U L A
Clculo da geratriz
50
send =
em que:
send = seno do ngulo primitivo
dp1 = dimetro primitivo da engrenagem 1
G = geratriz
Resolvendo vem:
G=
dp1
2 sen d
G=
90
2 0,4244
G = 106,03204 mm
Aps isso, voc deve determinar o ngulo do fundo do dente (s), cujo valor
voc vai precisar para dar a inclinao desejada do cabeote do aparelho divisor
em relao mesa da fresadora. Veja figura.
1,166 M
G
em que:
tgy = tangente do ngulo
do p do dente
M = mdulo normal
G = geratriz
Resolvendo a frmula vem:
tgy =
3,498
106,03204
tgy = 0,03299
Com o valor desta tangente, e consultando a mesma tabela normalizada
de tangentes, voc vai encontrar que: y = 1 53 22 .
Com este valor de y, voc pode determinar o ngulo do fundo de dente (s).
Para isso, basta aplicar a frmula:
s=d-y
em que:
s = ngulo do fundo do dente
d = ngulo primitivo
y = ngulo do p do dente
Resolvendo vem:
s= 25653 - 15322
s = 231331
Feito isso, determine o ngulo externo da engrenagem (y). Para isso voc
necessita calcular o ngulo da cabea do dente.
tgg =
M
G
em que:
tgg = tangente do ngulo
da cabea do dente
M = mdulo
G = geratriz
A U L A
50
A U L A
Resolvendo vem:
50
tg g =
3
106,02358
tgg = 0,0282955
g = 13714
Agora, voc j pode calcular o ngulo externo da engrenagem.
C
M
em que:
cosd = co-seno do ngulo primitivo
C = cateto adjacente ao ngulo d
M = mdulo
Resolvendo vem:
C
M
C = M cosd
C = 3 0,9054597
C = 2,7163793
cosd =
2
M
3
em que:
m = mdulo mnimo
M = mdulo normal
Resolvendo vem:
m =
2
M
3
m=2
Dica tecnolgica
O comprimento do dente deve corresponder no mximo a um tero
da geratriz.
Resta agora escolher a fresa. Esta escolha deve ser feita por meio do clculo
do nmero de dentes equivalente.
Zequiv =
Z
cosd
A U L A
50
em que:
A U L A
50
Zequiv =
30
0,9054589
Zequiv = 33
Observao: Se as engrenagens fossem de dentes retos, os nmeros da fresa
seriam 5 para Z1 e 7 para Z2. Como as engrenagens so cnicas com dentes retos,
e devido ao uso do mdulo mnimo, o nmero da fresa passa a ser 8 para Z2.
Para Z1, entretanto, a alterao d-se apenas no mdulo.
Feitos todos os clculos, voc j pode comear a fresar.
RD
Z
Resolvendo vem:
40
30
Simplificando vem:
N=
1+
10
6
1
= 1+
=1+
18
3
30
Com este resultado, voc sabe que deve usar um disco de 18 furos e ajustar
o setor do aparelho divisor em 6 furos.
1
Observao: O valor 3 furos equivale a
do passo da engrenagem. Observe
8
como este valor foi obtido.
Para dar o passo da engrenagem, voc deveria girar uma volta mais 6 furos
em um disco de 18 furos. Ou seja: 6 + 18 = 24 furos. Portanto, o passo da
engrenagem equivale a 24 furos.
Mas, para corrigir o dente voc precisa girar o disco em
1/8
deste valor.
24
=3
8
Logo, voc vai girar o disco de 18 em 3 furos.
Isto :
A U L A
50
Pare! AEstude!
U L A
Responda!
50
Exerccio 1
Dado um par de engrenagens cnicas com dentes retos montado em eixos
dispostos a 90, onde Z1 = 35, Z2= 80 e M = 2, determine:
dp1
dp2
d1
d2
Exerccio 2
Calcule o comprimento dos dentes das engrenagens 1 e 2 acima em 1/3
da geratriz.
Exerccio 3
Em que valor de s deve ser inclinado o cabeote do aparelho divisor, para
que seja possvel usinar os dentes das engrenagens 1 e 2, sendo que: Z1 = 35,
Z2 = 80 e M =2?
s1
s2
Exerccio 4
Sendo M = 2, determine o mdulo mnimo (m) necessrio para a escolha
da fresa mdulo a fim de usinar o mesmo par de engrenagens dado acima.
Exerccio 5
Calcule o Zequiv. para as mesmas engrenagens:
Zequiv 1
Zequiv 2
Exerccio 6
Com os valores de Zequiv1 e Zequiv2 encontrados, determine o n das fresas
para fresar o mesmo par de engrenagens.
A
L AL
AUU
51
Fresando pelo
processo Rennia
51
t ento voc viu como fresar segundo processos convencionais. Agora voc vai ver alguns processos especiais de fresagem
e as mquinas e fresas que executam esses processos.
Nesta aula, voc vai aprender sobre o processo Rennia. A caracterstica
principal do processo Rennia o movimento sincronizado de giro entre a pea
e a ferramenta, a fresa caracol. A vantagem do movimento sincronizado que ele
possibilita maior produo de peas bem como exatido em suas medidas.
Como sempre, estude bem e faa os exerccios propostos. E, se precisar,
recorra a aulas anteriores para rever conceitos j aprendidos.
O processo Rennia
Voc certamente j viu um par de engrenagens cilndricas em funcionamento. Ou uma rosca sem-fim e uma coroa. Vamos supor que voc substitua a coroa
por um blanque de ao e a rosca sem-fim por uma ferramenta. Neste caso, a
ferramenta teria geometria semelhante a rosca sem-fim. Porm, a hlice da rosca
seria interrompida e apresentaria arestas de corte. Veja a figura.
Nossa aula
A U L A
51
A mquina empregada nesse processo tambm chamada Rennia. Tratase de uma mquina utilizada para a produo, em larga escala, de engrenagens
cilndricas com dentes retos ou helicoidais e coroas para parafusos sem-fim.
Basicamente, a mquina Rennia formada por um cabeote porta-fresa
e uma mesa porta-pea. Veja figura abaixo.
Selecione a fresa. Esta deve ser uma fresa caracol, mdulo 2, com ngulo
de presso igual a 20.
Fixe a fresa.
Incline o eixo porta-fresas em um ngulo igual ao de inclinao da hlice da
fresa (o qual est registrado no corpo da fresa).
Fixe a pea mesa. Utilize um mandril apropriado ou uma placa universal.
Observao
Observao: Se se tratar de uma pea de grandes propores, fixe-a diretamente mesa.
Monte a grade divisora. Para isto consulte a tabela do fabricante que se
encontra no catlogo da mquina. Veja abaixo esquema de montagem da
grade divisora e detalhe da tabela.
Z
51
a
24
b
72
c
60
d
85
Z = nmero de dentes
b e c = engrenagens intermedirias
a = engrenagem motriz
d = engrenagem conduzida
A U L A
51
A U L A
51
12 G
a
a
=
Z
b
b
em que:
12 = constante
a = engrenagem motriz
G = nmero de entradas da fresa caracol
b e c = engrenagens intermedirias
Z = nmero de dentes da engrenagem
d = engrenagem conduzida
Observao: As engrenagens b e c devem ser montadas em um mesmo eixo.
Pare! Estude!
Responda!
Exerccio 1
Qual o valor do ngulo em que devemos inclinar o eixo do cabeote portafresa, a fim de fresar engrenagens com dentes retos?
Exerccio 2
Cite as vantagens do processo de fresagem Rennia em relao ao processo
convencional?
Exerccio 3
Que dados se encontram registrados na fresa caracol?
Exerccio 4
Componha uma grade divisora para fresar uma engrenagem com dentes
retos em que Z = 124. Consulte o detalhe de tabela abaixo.
Z
120
121
122
123
124
125
126
128
129
130
a
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
b
28
88
61
82
62
90
84
80
86
78
c
40
40
30
40
30
36
30
30
40
36
d
120
110
120
120
120
100
090
096
120
120
A
L AL
AUU
52
Fresando pelo
processo Fellows
52
O processo Fellows
Veja abaixo a figura de uma fresa Fellows usinando uma pea. Como voc
pode perceber, trata-se de uma fresa muito parecida com uma engrenagem
cilndrica com dentes retos. A diferena que a fresa Fellows apresenta em seus
dentes uma cunha de corte que faz a usinagem do material.
O aspecto construtivo da fresa mais os movimentos que ela executa constituem uma das vantagens do processo Fellows de fresagem. So eles que
permitem fresar engrenagens com dentes escalonados em um mesmo eixo
e em grande escala de produo. Veja, a seguir, alguns tipos de engrenagens
produzidas pelo processo Fellows.
Nossa aula
A U L A
52
engrenagens diversas
detalhe do came
grade de
engrenagens
A mesa executa tambm um movimento horizontal. O movimento horizontal da mesa faz com que durante o processo de usinagem ela seja aproximada da
fresa no momento de descida desta e afastada dela no momento de subida.
Em outras palavras, no h contato entre pea e ferramenta no momento de
subida desta. No havendo este contato, no h o risco de a aresta da cunha
de corte se quebrar e, com isso, provocar danos superfcie da pea.
Assim, o contato entre pea e ferramenta no ocorre porque mesa e fresa
trabalham sincronizadas. A sincronia de movimentos entre mesa e ferramenta
o que caracteriza processos especiais de fresagem como o processo Fellows e
lhe confere vantagens no encontradas nos processos convencionais de fresagem.
Agora que voc entendeu como funciona o processo Fellows de fresagem,
podemos ver como usinar por este processo.
Escolha a fresa.
A U L A
52
A UMDULO
L A
52
1.25
1.5
1.75
2.25
2.5
2.75
3.25
3.5
3.75
Cortador 3
Nmero
de dentes
76
61
51
43
38
34
30
28
25
23
22
20
19
Cortador 4
Nmero
de dentes
100 80
66
58
50
44
40
36
33
31
29
27
25
Dica tecnolgica
O clculo da grade de engrenagens feito por meio da frmula:
Z
A
C
=
Zn
B
D
em que:
Z =
Zn =
A =
B, C =
D =
A
44
45
46
B
Zn
Zn
Zn
C
60
60
60
D
60
60
60
Dica tecnolgica
Voc aprendeu que a altura do dente dada pela frmula:
h = 2,166 M. Mas na fresagem pelo sistema Fellows, necessrio
aumentar essa altura de 2,22 a 2,25 M. O valor 2,25 o mais usado.
Substituindo vem:
h = 2,25 2,5
h = 5,625
Com este resultado, tem-se que a altura do dente igual a 5,625.
curso de
subida e
descida da
ferramenta
19
21
23
26
28
12,5
16
20
25
31,5
40
50
63
268
242
222
196
335
303
275
245
227
413
374
341
302
280
530
478
436
386
358
670
605
655
490
455
690
612
570
A U L A
52
A UA UL L AA
53
53
A U L A
53
Nossa aula
Fresadoras CNC
Voc j conhece o processo de fresamento convencional que utiliza
fresadoras convencionais. Voc deve ento estar se perguntando: afinal,
o que tem uma fresadora CNC que uma fresadora convencional no tem?
Se voc olhar para uma fresadora CNC,
vai notar componentes que j lhe so familiares como o cabeote e a mesa, por exemplo. Mas, com certeza, vai sentir falta de
muitos outros presentes na velha fresadora
convencional.
Para comear, no h manpulos.
Tambm no h aquelas alavancas e tabelas
que permitem a determinao das rotaes
e avanos. Em compensao, voc vai se ver,
face a face, com um painel cheio de botes,
teclas e luzes coloridas e uma tela, como as
de um televisor, com um amontoado de informaes que, em um primeiro momento,
vo lhe deixar atordoado.
fresadora CNC
A U L A
53
Os centros de usinagem
A evoluo natural das fresadoras acabou por dar origem aos chamados
centros de usinagem.
Os centros de usinagem so, na verdade, fresadoras s quais se juntaram
outros sistemas mecnicos e eletrnicos, para obter uma mquina mais verstil.
A U L A
53
centro de usinagem
Para efetuar a troca da ferramenta que est no cabeote por uma das que se
encontram no magazine, necessrio um mecanismo conhecido como ATC,
abreviao do termo, em ingls, Automatic Tool Changer, ou seja, trocador
automtico de ferramentas.
Os magazines e os ATCs possibilitam a troca automtica de uma ferramenta
por outra e aumentam a independncia da mquina em relao presena do
operador humano. Uma mesma mquina pode fazer operaes de fresamento,
furao, mandrilamento, alargamento, rosqueamento etc., eliminando-se o tempo gasto na preparao de vrias mquinas e o transporte do produto entre elas.
Assim, o produto fica pronto mais rapidamente e a um custo menor. Estes
fatores podem ser decisivos para a sobrevivncia da empresa, principalmente se
for levada em conta a concorrncia internacional qual se encontram cada dia
mais sujeitas.
Os centros de usinagem, ao contrrio das fresadoras CNC, so mais utilizados na produo de lotes mdios e grandes de peas. Nesse caso, a tecnologia
CNC, voltada para a flexibilidade, isto , a produo de lotes mdios de peas
variadas, foge do tipo de aplicao para a qual foi criada.
A U L A
53
fresadora de 5 eixos
A U L A
53
PONTO
COORDENADA
COORDENADA
10.
50.
50.
55.
70.
70.
60.
00
00
00
00
10.
15.
15.
40.
50.
50.
10.
A
B
C
D
E
F
G
H
I
G95
avano F em
mm/min
avano F em
mm/rot
A U L A
53
Compensao da ferramenta
Antes de iniciar a usinagem do perfil, necessrio ativar a compensao da
ferramenta. Isto feito programando-se a funo de compensao em um bloco
e, no bloco seguinte, posicionando-se a ferramenta, de modo que a periferia
da fresa tangencie o primeiro elemento do perfil.
Dica tecnolgica
A compensao da ferramenta necessria porque quando o comando
numrico executa uma funo de movimentao, como G0 ou G1, por
exemplo, o centro da ferramenta posicionado na coordenada do
ponto desejado. Mas, no nosso caso, a periferia da fresa, e no seu
centro, que deve seguir o perfil formado pelos pontos dados na tabela
da pgina anterior.
No nosso caso, escolhemos percorrer o perfil no sentido anti-horrio. Assim, a fresa permanece direita do perfil. Ento, a funo de
compensao ser G42.
O ponto de aproximao escolhido ser o da
coordenada -10,0. Ento, os blocos do programa
ficam G42, G0 X-10 Y0.
A U L A
53
Pare! AEstude!
U L A
Responda!
53
Exerccio 1
Escreva os blocos de movimentao at completar o perfil, isto , at chegar
novamente ao ponto A. Em seguida, confira os blocos escritos com os blocos
abaixo:
De D para E: G1 X70. Y15. F250;
De E para F: G1 X70. Y40. F250;
De F para G: G3 X60. Y50. R10. F250;
De G para H: G1 X0. Y50. F250;
De H para I: G1 X0. Y10. F250;
De I para A: G1 X10. Y0. F250;
Pare! Estude!
Responda!
Exerccio 2
Crie, para cada uma das peas da figura abaixo, um programa de usinagem
para dar um passe de acabamento ao longo do perfil externo.
A
L AL
AUU
54
Retificao: conceitos
e equipamentos
54
t a aula anterior, voc estudou vrias operaes de usinagem executadas em fresadora, furadeira, torno, entre outras.
A partir desta aula, vamos estudar os processos de usinagem por abraso.
Um destes processos a retificao numa mquina-ferramenta chamada
retificadora. Esta uma mquina utilizada para dar acabamento fino e exatido
s dimenses das peas.
Geralmente, este tipo de usinagem posterior ao torneamento e ao fresamento, para um melhor acabamento de superfcie. O sobremetal deixado para
o processo de retificao de 0,2 a 0,5 mm, porque a retificadora uma mquina
de custo elevado e seu emprego encarece o produto.
Mas, se o objetivo produzir com dimenso exata e menos rugosidade
da superfcie, recomenda-se, aps a fresagem, o torneamento e a furao,
dar a cabamento s peas com emprego da retificadora.
Nesta aula, voc ter noes gerais de retificadora e de rebolo, que
a ferramenta principal do processo de retificao.
Retificao
A retificao um processo de usinagem por abraso que retifica a superfcie
de uma pea. Retificar significa corrigir irregularidades de superfcies de peas.
Assim, a retificao tem por objetivo:
a) reduzir rugosidades ou salincias e rebaixos de superfcies usinadas
com mquinas-ferramenta, como furadeira, torno, plaina, fresadora;
b) dar superfcie da pea a exatido de medidas que permita obter peas
semelhantes que possam ser substitudas umas pelas outras;
c) retificar peas que tenham sido deformadas ligeiramente durante
um processo de tratamento trmico;
d) remover camadas finas de material endurecido por tmpera, cementao
ou nitretao.
Nossa aula
A U L A
54
Retificadoras
A retificadora uma mquina empregada na usinagem de peas para dar
s suas superfcies uma exatido maior e um melhor acabamento do que
os conseguidos em mquinas convencionais.
Os materiais ou peas geralmente precisam ser submetidos a tratamento
trmico de tmpera para serem retificados.
Classificao
H basicamente trs tipos de retificadora: a plana, a cilndrica universal e a
cilndrica sem centros (center less). Quanto ao movimento, em geral as retificadoras
podem ser manuais, semi-automticas e automticas. No caso da center less, ela
automtica, pois se trata de uma mquina utilizada para a produo em srie.
Retificadora plana
Esse tipo de mquina retifica todos os tipos de superfcies planas: paralelas,
perpendiculares ou inclinadas.
Na retificadora plana, a pea presa a uma placa magntica, fixada mesa
da retificadora. Durante a usinagem, a mesa desloca-se em um movimento retilneo da direita para a esquerda e vice-versa, fazendo com
que a pea ultrapasse o contato com o rebolo em aproximadamente 10 mm.
H tambm o deslocamento transversal da mesa. O movimento transversal
junto com o movimento longitudinal permitem uma varredura da superfcie
a ser usinada.
O valor do deslocamento transversal depende da largura do rebolo.
A retificadora plana pode ser tangencial de eixo horizontal e de topo de eixo
vertical.
A pea fixa, por exemplo, a uma placa universal como a utilizada no torno,
que dotada de um movimento de rotao. O rebolo em movimento de rotao
entra em contato com a pea e remove o material.
Retificadora sem centros ( center less)
Esse tipo de retificadora muito usado na produo em srie. A pea
conduzida pelo rebolo e pelo disco de arraste.
O disco de arraste gira devagar e serve para imprimir movimento pea e
para produzir o avano longitudinal. Por essa razo, o disco de arraste possui
uma inclinao de 3 a 5 graus, que responsvel pelo avano da pea.
A U L A
54
Rebolo
A U L A
54
rebolo
rebolo
(ngulo
de ataque
negativo)
Existem vrios tipos e formas de rebolo, adequados ao trabalho de retificao que se deseja fazer e, principalmente, natureza do material a ser retificado.
Veja a tabela a seguir.
A U L A
54
TIPO DE GRANULAO
TIPO DE AGLOMERANTE
Desbaste
Semi-acabamento
Retificao fina
Grossa
Mdia
Fina
Vitrificado
Vitrificado
Resinide, borracha, goma-laca, vitrificado
rebolo duro
rebolo mole
Quanto estrutura
A U L A
54
desbaste
acabamento
estrutura aberta
estrutura fechada
Rugosidade
Rugosidades so irregularidades micromtricas que se formam na superfcie da pea, durante o processo de usinagem.
Na retificao, elas podem ser causadas por folgas nos eixos, irregularidades no movimento da mesa, desbalanceamento do rebolo e granulao
do abrasivo, entre outras causas. Observe no quadro abaixo a relao entre
rugosidade (Ra), granulao do abrasivo e a profundidade de corte do rebolo.
Resumo
Pare!
A U L Estude!
A
Responda!
54
A UA UL L AA
55
55
Preparao de mquina
A
retificao um dos processos de usinagem por abraso. Basicamente, a retificao visa corrigir as irregularidades
de superfcies de peas ou materiais submetidos a operaes antecedentes.
Mas, seja qual for o objetivo da retificao, preciso preparar a retificadora
antes de iniciar a operao. o que vamos estudar nesta aula.
Nossa aula
Tipos de abrasivos
Atualmente, so utilizados para confeco de rebolos gros abrasivos
obtidos artificialmente, j que os de origem natural deixaram de ser aplicados
pelo seu alto custo. Os principais so:
xido de alumnio (Al2O3) - Obtido a partir do mineral denominado
bauxita por um processo de reduo, apresenta-se em duas qualidades
segundo o critrio de pureza conseguida na sua elaborao:
A U L A
55
Exemplo:
A U L A
55
- Tamanho de gro 80
Significa que foi obtido atravs de uma peneira cujo lado tem 1/80 de
polegada (aproximadamente 0,32 mm). A tabela a seguir mostra os tipos
de grana empregado no mercado:
Muito grosso
Grosso
Mdio
Fino
Muito fino
6
8
10
12
14
16
20
24
30
36
46
54
60
(70)
80
100
120
150
180
220
240
280
320
400
500
600
700
800
1000
1200
1600
Aglomerante ou liga
Como j citamos, o elemento aglomerante do abrasivo permite que
a ferramenta mantenha a sua forma e resistncia, dando-lhe condies de fazer
o trabalho desejado e desprender o gro quando ele perder suas caractersticas
de corte. A proporo e qualidade da liga bem como o abrasivo determinam
dureza e grau de porosidade, exigidos pelo tipo de retificao.
As ligas mais empregadas so:
A U L A
55
Grau de dureza
O grau de dureza de um rebolo a medida do poder de reteno dos gros
abrasivos pelo aglomerante. Um rebolo muito duro retm seus gros at depois
de estes terem perdido a capacidade de corte. Um rebolo muito mole perde seus
gros antes de estes terem executado inteiramente o trabalho. No caso de
usinagem de materiais que tendem a empastar o rebolo, deve-se usar um rebolo
mole, que solte os gros com mais facilidade.
Estrutura
Estrutura o grau de compactao dos gros abrasivos no rebolo e referese tambm porosidade do rebolo.
Exerccio 1
Complete as lacunas com as caractersticas do rebolo representado pela
figura.
Pare! Estude!
Responda!
A U L A
55
Balanceamento do rebolo
Depois de escolher o rebolo, preciso balance-lo e dress-lo. Assim, ele fica
bem equilibrado, evita vibraes na retificadora e permite a obteno de
superfcies de acabamento fino.
Vamos ver, de modo geral, como se balanceia um rebolo.
Primeiro, preciso verificar se o rebolo est trincado. Para isso, preciso
suspender o rebolo pelo furo e submet-lo a pequenos e suaves golpes, dados
com um macete ou cabo de chave de fenda.
Se o rebolo no estiver trincado, ele produzir um leve som metlico.
Se tiver trincas, o som ser apagado. Neste caso, o rebolo deve ser substitudo
por outro em bom estado.
dispositivo de
balanceamento
A U L A
55
A U L A
55
Dica tecnolgica
No ligue o refrigerante antes de ligar o rebolo para evitar que ele se
encharque e prejudique o balanceamento.
AGLOMERANTE
VELOCIDADE DE CORTE
Vitrificado
Resina
Borracha
Metlico
at 33 m/s
at 45 m/s
at 35 m/s
at 30 a 35 m/s
Preveno de acidentes
A U L A
continua
55
continuao
A U L A
55
Pare! Estude!
Responda!
Exerccio 3
A escolha do rebolo deve basear-se em especificaes estabelecidas pelos:
a) ( ) vendedores;
b) ( ) clientes;
c) ( ) supervisores;
d) ( ) fabricantes.
Exerccio 4
Os rebolos podem se apresentar nas seguintes formas:
a) ( ) retos, prato, anel, copo;
b) ( ) inclinados, anel, crculo, copo;
c) ( ) copo, verticais, crculo, aro;
d) ( ) prato, aro, retos, inclinados.
Exerccio 5
O rebolo se constitui de:
a) ( ) pedra e cristal;
b) ( ) abrasivo e aglomerante;
c) ( ) ps e cola;
d) ( ) pedregulhos e goma.
Exerccio 6
O material que une os gros abrasivos denomina-se:
a) ( ) cola;
b) ( ) cera;
c) ( ) aglomerante;
d) ( ) goma.
Exerccio 7
A preparao do rebolo consta de:
a) ( ) balanceamento, retificao ou dressagem;
b) ( ) tratamento trmico e torneamento;
c) ( ) fresagem e trefilao;
d) ( ) fixao e verificao dos gros.
Exerccio 8
Durante a retificao ou dressagem do rebolo, necessrio reduzir o
aquecimento do diamante e do rebolo com abundante:
a) ( ) gua;
b) ( ) leo;
c) ( ) fluido de corte;
d) ( ) fluido de aquecimento.
Exerccio 9
A velocidade de corte do rebolo deve ser adequada ao tipo de:
a) ( ) corte;
b) ( ) aglomerante;
c) ( ) abrasivo;
d) ( ) retificadora.
Exerccio 10
Para rebolo em alta velocidade, deve-se usar aglomerado:
a) ( ) artificial;
b) ( ) misto;
c) ( ) natural;
d) ( ) orgnico.
A U L A
55
Retificao plana
retificadora vertical
165
166
Trata-se
de
Alm dessas, uma das fixaes mais comuns a feita por meio
de placas magnticas. Trata-se de uma fixao utilizada para
retificar peas de materiais ferrosos, que tm a propriedade de
serem atrados por ms.
As placas magnticas podem ter forma prismtica (retangular) e
cilndrica.
placa cilndrica
Procedimentos
Vamos supor que voc queira retificar um bloco de ao. Como
proceder?
Lembre-se de que, em primeiro lugar, voc deve preparar a
mquina conforme foi explicado na aula anterior. Esse preparo
consiste de: limpeza da mquina, balanceamento, fixao e
dressagem do rebolo, previamente selecionado, na mquina.
Durante a dressagem ou retificao do rebolo, voc deve ter o
seguinte cuidado: o fluido de corte deve cobrir sempre a rea de
contato do diamante com o rebolo.
Aps a retificao do rebolo, necessrio limpar a superfcie da
placa magntica com panos no felpudos, de modo a no deixar
resduos do p abrasivo. Em seguida, coloque o bloco, suavemente, sobre a placa magntica. A superfcie do bloco a ser
retificada deve ficar para cima.
Fixe a pea na placa magntica e aproxime o rebolo da superfcie
a ser usinada, movimentando o cabeote manualmente, mas sem
tocar a pea, conforme figura
168
A seguir, desloque a mesa manualmente at o rebolo sobrepassar a pea no seu comprimento total, numa distncia aproximada
de 10 mm de cada lado. Aps isso, aperte firmemente os limitadores e ponha o rebolo em funcionamento, mantendo-se de lado
para no se acidentar.
Dica tecnolgica
Na prtica, usa-se 1/3 da largura do rebolo para a retificao de
desbaste e 1/10 da largura do rebolo para retificao de acabamento.
Retifique a pea. Quando a superfcie do bloco estiver com o
acabamento desejado, desligue a mquina e retire o bloco para
conferir as medidas. Mas tenha o cuidado de retirar o bloco s
depois que o rebolo estiver totalmente parado.
169
Exerccios
Marque com X a nica resposta correta.
1. Na retificadora plana tangencial de eixo horizontal, utiliza-se
rebolo:
a) ( ) cnico;
b) ( ) triangular;
c) ( ) cilndrico (tipo reto plano);
d) ( ) retangular;
e) ( ) tipo copo ou anel.
2. Na retificadora vertical, utiliza-se rebolo:
a) ( ) cilndrico (tipo reto plano);
b) ( ) cnico;
c) ( ) circular;
d) ( ) tipo copo (anel) ou de segmentos;
e) ( ) triangular.
170
171
Gabarito
1. c
2. d
3. a
4. b
5. a
172
A UA UL L AA
57
57
Retificao cilndrica
A
Nossa aula
superfcie
a retificar
superfcie
a retificar
superfcie cilndrica
com rebaixos sem sada
A U L A
57
superfcie cilndrica com
rebaixos com sada
superfcie cnica
Nas figuras anteriores, voc deve ter observado que algumas peas
apresentam canal para sada de rebolo. Esse canal pode ter vrias formas, mas
a norma DIN estabelece dois tipos bsicos: E e F . Veja na tabela abaixo
as dimenses desses canais.
A U L A
57
A seguir, fixe a pea entre pontas. Lubrifique com graxa os contatos do contraponta e
da ponta com a pea para evitar grimpagem.
Depois, preciso regular o curso do deslocamento longitudinal da mesa. A regulagem
feita por meio dos limitadores de curso da
mesa e tem a finalidade de evitar que o rebolo
bata no arrastador e no contraponta.
preciso ter cuidado para
que o rebolo no ultrapasse mais
de 1/3 de sua largura nas extremidades do rebolo.
Esse procedimento pode ser
seguido sem que o rebolo esteja
em movimento.
Aps esse passo, faa uma pequena penetrao do rebolo e ligue o avano
transversal da mesa, dando tantos passes quanto forem necessrios para limpar
a superfcie da pea.
Dica tecnolgica
Para observar melhor o movimento de contato do rebolo com a pea,
passe uma camada fina de tinta de traagem na pea.
Depois de limpar a superfcie da pea (eixo), voc vai medir suas duas
extremidades para corrigir o paralelismo da pea.
medindo as extremidades
corrigindo o paralelismo
A U L A
57
Pare! AEstude!
U L A
Responda!
57
A
L AL
AUU
58
58
Afiao de ferramentas
A
O que afiao
Afiao a operao de dar forma e perfilar arestas de ferramentas novas
(ltima fase do processo de fabricao) e de restaurar o corte ou o perfil
de ferramentas desgastadas pelo uso.
A afiao das ferramentas feita somente nas superfcies que determinam
os ngulos de incidncia, de cunha e sada. Os smbolos indicadores de cada
um desses ngulos so os seguintes:
a - ngulo de incidncia;
b - ngulo de cunha;
g - ngulo de sada.
Nossa aula
A U L A
58
Especificao do rebolo
(quanto ao material da ferramenta a afiar)
Para o ao-carbono e o ao rpido, podemos utilizar o rebolo de xido de
alumnio, para fazer a afiao.
Para o metal duro, devemos utilizar o rebolo de carboneto de silcio.
aconselhvel o uso de rebolos de diamante para fazer a afiao, a qual pode
ser manual ou por meio de mquinas afiadoras.
A afiao
A afiao das ferramentas monocortantes (torno, plaina) pode ser feita
manualmente ou em mquinas. Quando manual, o resultado depende da
habilidade do operador.
As afiadoras dispem de suportes orientveis de ngulos, de modo a
posicionar a face da aresta a retificar segundo uma inclinao justa em relao
superfcie do rebolo. Deve-se movimentar a ferramenta sobre a superfcie
do rebolo para no desgastar o rebolo de forma irregular e reduzir, tambm,
a possibilidade de aquecimento da aresta de corte da ferramenta.
As ferramentas policortantes so afiadas em mquinas especiais, sendo
impossvel afi-las manualmente. Nessas mquinas possvel afiar todo tipo
de fresas: cilndricas, angulares, com dentes postios etc.
Brocas helicoidais so afiadas por uma mquina especial. A afiao necessria para que a broca mantenha um bom poder de corte do material e para que
suas arestas ou fios cortantes fiquem simtricos em relao ao eixo da broca.
afiadora de brocas
afiadora de ferramentas
afiadora universal
A U L A
58
Operao de afiar
A U L A
58
Vamos supor que voc queira apenas reavivar arestas cortantes de uma
ferramenta. Nesse caso, voc poder fazer apenas uma afiao manual utilizando esmeril ou uma pedra abrasiva.
Vamos supor que voc precise afiar fresas por meio de rebolo.
Para essa operao, preciso levar em conta que cada dente da fresa
limitado por duas superfcies ativas: uma de sada e uma de incidncia. O dente
da fresa deve se manter numa mesma posio em relao ao rebolo.
Durante a afiao, a mesa acionada pelo operador com movimentos
rpidos de vaivm. A fresa deve ser mantida constantemente apoiada na guia
da mquina afiadora.
as fresas com haste so em geral mantidas entre pontas, o que permite obter
uma concentricidade perfeita. O eixo da fresa deve estar em posio paralela
mesa.
as fresas de topo so mantidas, em geral, num cabeote porta-fresa inclinado, com um ngulo de incidncia de 6, aproximadamente, o qual varia de
acordo com o tipo de fresa: H, N e W. Um jogo de adaptadores cnicos
permite a fixao das diversas hastes cnicas.
as fresas com haste cilndrica podem ser afiadas entre pontas ou fixadas
no cabeote porta-fresa por meio de pinas cnicas.
Regulagem da mquina
Vamos supor que voc vai afiar a parte externa da fresa usando um rebolo
reto plano.
regulagem do rebolo
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inclinada
Pare! Estude!
Responda!
Exerccio 1
Para restaurar o contorno e o perfil de corte de ferramentas desgastadas,
essas ferramentas devem ser:
a) ( ) limadas;
b) ( ) serradas;
c) ( ) afiadas;
d) ( ) fresadas.
Exerccio 2
Para reavivar cantos de arestas, basta afi-los manualmente utilizando:
a) ( ) esmeril ou pedra abrasiva;
b) ( ) lixa ou pedra pome;
c) ( ) rebolo ou lixa;
d) ( ) esmeril ou lima.
Exerccio 3
Ferramentas monocortantes (de corte nico) devem ser afiadas do seguinte
modo:
a) ( ) manualmente ou com afiadora;
b) ( ) com pedra abrasiva;
c) ( ) com politriz;
d) ( ) com lixa grossa.
Exerccio 4
Para afiar uma ferramenta com rebolo, preciso escolher o rebolo adequado
ao:
a) ( ) formato da ferramenta;
b) ( ) tipo de material da ferramenta;
c) ( ) tipo de afiadora;
d) ( ) tamanho da ferramenta.
Exerccio 5
Fresas, brocas, escareadores e serras so classificados como ferramentas:
a) ( ) monocortantes;
b) ( ) policortantes;
c) ( ) quadricortantes;
d) ( ) tricortantes.
Exerccio 6
Na afiao, com uma fresa na afiadora, a mesa deve avanar:
a) ( ) 0,05 mm;
b) ( ) 0,04 mm;
c) ( ) 0,02 mm;
d) ( ) 0,03 mm.
Exerccio 7
Aps a afiao da fresa, convm remover rebarbas do gume por meio de:
a) ( ) pinas;
b) ( ) alicate;
c) ( ) pedra abrasiva;
d) ( ) repasse do rebolo.
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Brunimento, lapidao,
polimento
A
Nossa aula
Brunimento
O brunimento um processo mecnico de usinagem por abraso, empregado no acabamento de peas. Durante o processo, os gros ativos do brunidor
entram em contato com a superfcie da pea. Esta gira lentamente e o brunidor
desloca-se ao longo da geratriz da superfcie de revoluo com movimentos
alternativos de pouca amplitude e freqncia relativamente grande.
Na maioria dos casos, o brunimento feito com
uma ferramenta especial de retificao, constituda de
segmentos de material abrasivo, montados em grupo.
A figura, a seguir, ilustra essa ferramenta, denominada
brunidor
brunidor.
Ao girar, o brunidor faz um movimento vertical
oscilante de subir e descer. A diferena entre retificao e
brunimento consiste na velocidade de rotao. No
brunimento ela j bem menor e o trabalho feito com
presso maior, de 3 a 8 kgf/cm3, ou seja, de 30 a 80N/cm2.
brunidor
brunimento
Lapidao
Lapidar retificar superfcies de peas com elevado grau de acabamento.
Antes da lapidao, coloca-se um lquido, gua ou leo, sobre uma placa
metlica. Em seguida, espalha-se p abrasivo sobre o lquido.
A seguir, passa-se a superfcie da pea a lapidar sobre a placa preparada,
imprimindo-lhe movimentos circulares, conforme ilustra a figura.
lapidao
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Quanto mais duro for o material da pea a ser lapidada, maior deve ser
a dureza do gro abrasivo.
Polimento
Polir um processo mecnico de acabamento de uma pea que visa tornar
sua superfcie lisa e de aparncia espelhada. O polimento, portanto, propicia boa
qualidade de acabamento de um produto final.
Numa superfcie cortada com ferramenta podemos perceber as marcas de
usinagem sob a forma de estrias. Essas estrias, que so formadas pela ferramenta
de corte, convencional ou por rebolo, recebem o nome de rugosidades que
podem ser medidas e consideradas em termos de qualidade de acabamento.
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Durante o contato da ferramenta com a pea, a superfcie desta desgastada e vai sendo polida pela ferramenta, de acordo com a granulao abrasiva.
Uma superfcie de exatido dimensional sempre polida
polida, o que se obtm
por retificao, rodagem e superacabamento. Por exemplo, o bloco-padro.
Outra aplicao do polimento na confeco de moldes plsticos.
Tambm pode ser polida qualquer superfcie que no necessite de exatido
dimensional. Por exemplo: punho de manivela, volante de comando, que
posteriormente so cromados.
Polimento manual
O polimento manual realizado com lixas, p ou basto abrasivos que
possuem granulao finssima. Este processo muito empregado na confeco
de moldes plsticos. Os moldes plsticos tm cavidades que moldam a pea que
se deseja produzir. Para essa pea apresentar uma superfcie lisa, a cavidade de
injeo deve ser polida tanto para atender a este primeiro caso como para facilitar
o fluxo de plstico ou material a ser injetado no molde.
Por ser um processo manual, esse polimento requer uma dedicao
muito grande do polidor, alm de um senso crtico de qualidade, pois depende
dele boa parte da qualidade do produto final.
Agora, veja o que voc aprendeu. Faa os exerccios a seguir e confira suas
respostas com as do gabarito.
Pare! Estude!
Responda!
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Exerccio 2
O que diferencia brunimento de retificao :
a) ( ) formas de corte;
b) ( ) movimento da mesa;
c) ( ) grau de rugosidade;
d) ( ) nvel de espessura;
e) ( ) velocidade de rotao.
Exerccio 3
Para dar acabamento em cilindros de motores, recomendvel:
a) ( ) brunimento;
b) ( ) lapidao;
c) ( ) retificao;
d) ( ) polimento;
e) ( ) lixamento.
Exerccio 4
Uma superfcie de com exatido dimensional sempre:
a) ( ) brunida;
b) ( ) lapidada;
c) ( ) lixada;
d) ( ) rodada;
e) ( ) polida.
Exerccio 5
Para dar acabamento em blocos-padro, a operao adequada denomina-se:
a) ( ) lapidao;
b) ( ) brunimento;
c) ( ) torneamento;
d) ( ) retificao;
e) ( ) fresagem.
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Superacabamento
e rodagem
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Nossa aula
Superacabamento
O superacabamento uma operao feita em
peas, cuja superfcie apresenta defeitos, decorrentes do processo de retificao que precede
a operao. Alguns defeitos tm a forma de riscos
e estrias e so causados pelos gros abrasivos.
Outros defeitos, como a formao de facetas,
so devidos aos efeitos de vibraes.
dispositivo para superacabamento
dispositivo para
superacabamento
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facetas
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dispositivo para
superacabamento
cilndrico
superfcies planas;
superfcies cilndricas internas.
As caractersticas da pea so :
geomtricas, que dizem respeito s dimenses
e tolerncias de forma;
fsicas, relativas principalmente rugosidade
da superfcie;
qumicas, que se referem constituio da superfcie do metal.
medio do estado
da superfcie
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Rodagem
A operao de rodagem permite melhorar a exatido dimensional, o acabamento superficial e as tolerncias de forma e posio de superfcies retificadas.
Ela muito usada em vedaes de vlvulas e suas sedes, acabamento dos
contatos de micrmetros, acabamento do fio do esquadro de luz e rguas de luz.
Com a operao de rodagem so executados trabalhos em superfcies
cilndricas internas, externas e superfcies planas externas, tanto pelo processo
manual quanto por meio de mquinas especiais.
No processo de rodagem, os abrasivos se apresentam na forma de p.
Com a ajuda de gua, querosene ou leo, este p transformado em pasta
abrasiva que ser utilizada na rodagem.
Estes abrasivos devem trabalhar com presso de rodagem de aproximadamente 8 kgf/cm2 (800kPa) e VC de 20 a 30 m/min. A escolha da granulao dos
abrasivos varia de 60 a 800, de acordo com o acabamento que se quer obter.
Granulaes de 60 a 300 so utilizadas para a rodagem de superfcies acabadas,
enquanto granulaes de 400 em diante para superfcies perfeitas (espelhadas ou
lapidadas). Granulaes mais finas, acima de 800, podem tambm ser usadas,
desde que o local de trabalho e o mtodo utilizado sejam adequados.
Na rodagem possvel a retirada de 0,1 a 0,2 mm de sobremetal, sendo o mais
comum pequenas retiradas de 0,01 a 0,04 mm.
Agora que voc j aprendeu bastante sobre o processo de rodagem, vamos
ver como fazer a rodagem manual de uma superfcie plana e depois a rodagem
com mquina tambm de uma superfcie plana.
rugosmetro;
algodo para limpeza;
benzina.
Quanto operao propriamente dita, ela obedece aos passos seguintes.
Inicie a rodagem. Para isto, movimente a pea descrevendo a forma do nmero oito.
Dica tecnolgica
Utilize toda a superfcie do desempeno para no provocar desgaste
em pontos concentrados.
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Inicie a rodagem.
Troque o disco de lapidao. Utilize disco para o abrasivo de 1-2 mm.
Controle a superfcie obtida, observando a planeza, o paralelismo e a perpendicularidade das faces. Caso necessrio, repita a operao de rodagem
at obter o resultado desejado.
Repita os passos do incio desta operao at que as duas faces de contato do
micrmetro estejam planas, paralelas, perpendiculares e com um grau
aceitvel de rugosidade .
Exerccio 1
Peas retificadas com riscos e estrias devem ser submetidas operao de:
a) ( ) rodagem;
b) ( ) polimento;
c) ( ) superacabamento;
d) ( ) lapidao;
e) ( ) brunimento.
Exerccio 2
Uma superfcie superacabada fica com a aparncia de:
a) ( ) cristal;
b) ( ) metal;
c) ( ) platina;
d) ( ) vidro transparente;
e) ( ) espelho fosco.
Exerccio 3
O que diferencia superacabamento de retificao o:
a) ( ) movimento de corte do abrasivo;
b) ( ) deslizamento do rebolo;
c) ( ) movimento de rotao do rebolo;
d) ( ) grau de rugosidade;
e) ( ) nvel de porosidade.
Exerccio 4
Na operao de superacabamento a superfcie da pea fica em
contato com o:
a) ( ) rebolo;
b) ( ) disco abrasivo;
c) ( ) pedra abrasiva;
d) ( ) diamante;
e) ( ) eixo do porta-peas.
Exerccio 5
Para o acabamento de ajustagens deslizantes ou giratrias de peas de
exatido dimensional, a operao adequada :
a) ( ) brunimento;
b) ( ) lapidao;
c) ( ) superacabameanto;
d) ( ) retificao;
e) ( ) polimento.
Pare!
A U L Estude!
A
Responda!
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Exerccio 6
Para acabamento de cilindro de motor, recomendvel a mquina
de superacabamento, denominada:
a) ( ) retificadora;
b) ( ) politriz;
c) ( ) plana;
d) ( ) sem centros (center less);
e) ( ) cilndrica interna.
Exerccio 7
A rodagem pode ser feita:
a) ( ) eletronicamente e com disco;
b) ( ) manualmente e semi-automtica;
c) ( ) eltrica e eletronicamente;
d) ( ) semi e automaticamente;
e) ( ) manualmente e por mquina.
Exerccio 8
8 . O movimento que a pea deve fazer na rodagem manual em forma de:
a) ( ) rvore;
b) ( ) quatro;
c) ( ) crculos;
d) ( ) quadrados;
e) ( ) oito.
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Nossa aula
Psi: forma abreviada
de pound square inch,
que quer dizer libra por
polegada quadrada.
Primeiras aplicaes
Em 1970, o corte por jato de gua sob presso foi desenvolvido para cortar
materiais metlicos e no-metlicos. A gua tinha de ser levada a uma presso
variando de 30.000 a 50.000 psi
psi.
corte de chapa
com jato de gua
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Granada:
mineral
homogneo, sem
adio de produtos
qumicos em sua
formulao,
composto por
diversos xidos.
Tratamento da gua: A gua precisa ser filtrada, para ficar livre de impurezas que poderiam ocasionar entupimento dos bicos de corte. Essas impurezas podem afetar o desempenho e a manuteno do sistema de alta presso.
bar: unidade
de presso que
equivale a 14,5 psi
ou 1,02 kgf/cm2
Corte do material: O jato com alta presso expelido pelo bocal em direo
ao material. O corte ocorre quando a fora do jato supera a resistncia
compresso do material. Dependendo das caractersticas do material
a ser cortado, o corte pode resultar de eroso, cisalhamento ou
tenso localizada. Um sistema de
movimentao permite manipular o jato em torno da pea. Esses
movimentos so realizados por
motores eltricos controlados
por computador. Outra possibilidade de corte a movimentao
manual da pea sobre uma mesa
estacionria onde passa um jato
sistema de
dosagem
vertical de gua.
de abrasivo
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operador utilizando
equipamento de corte
manual
mesa X-Y
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Carbeto de
boro: substncia
negra, cristalina,
muito dura, com
ponto fuso a
2.450C.
Segurana do operador
Se voc j tomou uma ducha com esguicho, bem capaz de avaliar o impacto
da gua sobre o corpo humano. Imagine, ento, o que aconteceria aos ossos
e rgos se fossem atingidos por um jato de gua ou um jato de gua com
abrasivo, capaz de cortar chapas de metal de mais de 200 mm de espessura!
O rudo, que proporcional ao dimetro do jato, tambm pode afetar
o trabalhador, se no se usar um protetor auricular adequado.
Por isso, nos equipamentos em que se faz manualmente o corte, indispensvel que o operador trabalhe protegido, usando luvas, culos e protetores
auriculares.
Os equipamentos de corte por jato de gua e abrasivo j incorporam dispositivos de segurana construdos pelos prprios fabricantes. Por exemplo, se ocorrer
a ruptura de alguma tubulao, uma proteo externa ao tubo evita a descarga
da gua a alta presso e um sistema de segurana desliga o equipamento.
Como voc pode observar, a gua tem muito mais utilidades, alm de matar
a sede. E, para matar sua sede de saber, faa os exerccios a seguir. Eles o ajudaro
a sistematizar os assuntos apresentados nesta aula.
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Pare! AEstude!
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Responda!
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Laser luz
O nome Laser uma sigla formada pelas letras iniciais das palavras L ight
a mplification by s timulated e mission of r adiation , que em portugus quer
dizer: amplificao da luz por emisso estimulada da radiao.
O uso do laser pode ser entendido mais facilmente se voc imaginar o que
acontece quando focalizamos raios de sol atravs de uma lente, para produzir
uma fonte concentrada de energia, na forma de calor, sobre uma folha de papel.
Nossa aula
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Excitao:
processo em que se
transfere energia
para um sistema.
Veculo ativo:
material utilizado
para converter
energia eltrica em
energia de
radiao.
Embora desse mtodo resultem apenas uns poucos buracos queimados no papel, ele nos mostra que
a luz realmente uma fonte de energia com potencial
e condies de ser processada e explorada do ponto
de vista industrial.
Laser um sistema que produz um feixe de luz
concentrado, obtido por excitao dos eltrons de
determinados tomos, utilizando um veculo ativo
que pode ser um slido (o rubi) ou um lquido
(o dixido de carbono sob presso). Este feixe
de luz produz intensa energia na forma de calor.
A incidncia de um feixe de laser sobre um ponto da pea capaz de fundir
e vaporizar at o material em volta desse ponto. Desse modo, possvel furar
e cortar praticamente qualquer material, independentemente de sua resistncia
mecnica.
Atualmente, o tipo mais comum de laser usado na indstria utiliza o dixido
de carbono (CO2) como veculo ativo. Outros gases, como o nitrognio (N2)
e o hlio (H), so misturados ao dixido de carbono para aumentar a potncia
do laser.
O grande inconveniente do laser que se trata de um processo trmico
e, portanto, afeta a estrutura do material na regio de corte.
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Em razo desse acrscimo de energia, os eltrons dos tomos que formam o CO 2 se excitam
e mudam de nvel orbital, passando a girar em
nveis mais externos.
Aps algum tempo, os eltrons voltam ao seu
nvel energtico original. Nessa volta, eles tm
de eliminar a energia extra adquirida.
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mudana de nvel
energtico do eltron
(ganha energia)
mudana de nvel
energtico do eltron
(perda de energia)
Na emisso espontnea, ocorre uma liberao de energia na forma de luz. Esta luz emitida
estimula a emisso contnua, de modo que a luz
seja amplificada.
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Pare!
A U L Estude!
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Responda!
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Oxicorte
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Nossa aula
Eroso
trmica: separao
de partculas de
material por meio
do calor gerado
pela ignio de
gases, arco
voltaico, raios laser
etc.
Um pouco de teoria
O oxicorte um dos processos de corte que se fundamenta na eroso
eroso trmica
do material por meio da ao do calor (eroso
trmica).
Neste processo, a eroso trmica que vai promovendo o corte, surge de uma
reao do oxignio com o metal a alta temperatura.
Para a realizao do corte, o metal deve ser aquecido at uma temperatura
chamada "temperatura de ignio". Em seguida, o metal exposto a um jato de
oxignio puro que causa sua oxidao. Esta reao do oxignio com o metal
produz uma quantidade de calor suficiente para fundir o xido formado, que
arrastado pelo oxignio, promovendo assim a separao do material.
No oxicorte, a energia gerada por uma mistura de oxignio e gs combustvel. Existem muitos gases carburantes que podem ser utilizados no processo,
tais como hidrognio, butano, propano e acetileno. Entretanto, a grande maioria
deles apresenta baixa capacidade trmica, mesmo na mistura com oxignio.
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Todo metal capaz de reao qumica com o oxignio e com ponto de fuso
do xido inferior ao ponto de fuso do metal pode ser cortado pelo processo
oxiacetilnico.
PONTO DE FUSO DE METAIS E PONTO DE FUSO DO XIDO MAIS COMUM DESSES METAIS
Alumnio
Cobre
Cromo
Ferro
Mangans
Nquel
PONTO DE FUSO
METAIS
MAIS COMUM
0660C
1083C
1890C
1535C
1247C
1453C
(Al)
(Cu)
(Cr)
(Fe)
(Mn)
(Ni)
2050C
1150C
2275C
1370C
1785C
1985C
Elementos qumicos
Proporo
Cortvel
Mangans (Mn)
13% de Mn e 1,3% de C
18% de Mn e 1,3% de C
Silcio (Si)
2,5% de Si e 0,2% de C
3,8% de Si e 0,4% de C
mais de 12% de Si
X
X
X
Cromo (Cr)
1,5% de Cr
Nquel (Ni)
7% de Ni
35% de Ni e 0,3% de C
X
X
Cobre (Cu)
0,5% de Cu
Molibdnio (Mo)
Tungstnio (W)
No cortvel
X
8% de W e 1,4% de Cr
1% de C e 5,5% de Mo
Observaes
Facilmente cortvel.
Quantidades elevadas de
mangans no permitem o corte.
O corte limpo.
O corte dificultado.
Quantidades elevadas de silcio
no permitem o corte.
Facilmente cortvel.
cortvel somente se contiver at
0,3% de C. Caso contrrio as bordas
tornaram-se muito duras.
Cortvel como o ao comum.
O molibdnio limita a
cortabilidade. Se no houver
molibdnio, a liga cortvel.
5% de Cr e 0,2% de Si at
8% de C e at 10% de W
Fsforo (P)
2% de P
Enxofre (S)
3,5% de S
Equipamento
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vlvula
corta-chamas
vlvula
corta-chamas
mangueira
Essas vlvulas so equipamentos de segurana baratos, principalmente se comparados com resultado de possveis acidentes nos quais teramos, provavelmente, mangueiras queimadas e manmetros destrudos, ou at, em
casos mais graves, exploses que resultariam em cilindros
inutilizados, alm de risco de vida.
acetileno
oxignio
regulador
mangueira
vermelha
bico de corte
preta ou verde
regulador
vlvula contrafluxo
Maarico de corte
Existem diversos tipos de maaricos
de corte. Eles dispem de vlvulas de oxignio e de acetileno para ajuste da chama,
e de um volante para ajuste do oxignio
de corte.
Como na solda, os maaricos podem
ser de dois tipos: injetores e misturadores.
Os injetores utilizam o oxignio a mdia
presso e o gs combustvel a baixa presso. Os misturadores utilizam o oxignio
e o gs combustvel mesma presso.
No corte usam-se os injetores.
apagar a chama: para isso, voc deve fechar primeiro o volante de acetileno
e depois o de oxignio.
Segurana do operador
carrinho
cintel
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Oxicorte semi-automtico
No oxicorte semi-automtico so utilizadas mquinas de corte portteis, que se movimentam sobre
trilhos, para produzir cortes retos. Esse um equipamento relativamente simples, com motorizao
eltrica, de velocidade varivel.
Oxicorte automatizado
Existem diversos tipos de mesas de corte. Elas so usadas no processo
automtico, podendo integrar at trs ou mais maaricos de corte; eles trabalham
com clulas fotoeltricas ou com microprocessadores. Nesse equipamento,
todo movimento feito pela mquina.
O operador prepara o material a ser cortado, acende a chama, limpa e guarda
as peas cortadas.
O sistema por clulas fotoeltricas trabalha semelhante a uma mquina
copiadora. A nica diferena que, em vez do pino-guia, que acompanha
a circunferncia de uma pea padro, o sensor do sistema de clulas fotoeltricas acompanha tanto a circunferncia de uma pea padro como as linhas
de um desenho, guiando o maarico.
Equipamentos de ltima gerao se beneficiam de circuitos eletrnicos
e microprocessadores e executam o servio, normalmente, por meio de programas prontos ou editados na prpria empresa.
Esses equipamentos de comando numrico, embora tenham alto custo
inicial, compensam pela economia operacional. A preparao de programas de
corte, via computador, permite timo aproveitamento da matria-prima, reduzindo a um mnimo o desperdcio.
Esses processos automatizados, em geral, so encontrados em empresas que
produzem peas utilizando oxicorte em grande escala. Portanto, para obter mais
informaes sobre esses processos, consulte catlogos de empresas especializadas.
Por ora, revise o que voc aprendeu e resolva os exerccios a seguir.
Exerccio 1
Cite quatro gases geralmente usados no processo de oxicorte.
Exerccio 2
Por que o acetileno o gs mais usado no processo de oxicorte?
Exerccio 3
O que o operador de maarico nunca deve fazer em caso de retrocesso
de chama?
Exerccio 4
Qual a cor utilizada para mangueiras de acetileno?
Exerccio 5
Quais as diferenas fundamentais, quanto ao movimento de corte, entre
os processos de oxicorte manual, semi-automtico e automtico?
Pare!
A U L Estude!
A
Responda!
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64
Corte plasma
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Nossa aula
Plasma
Sabemos que a matria pode se apresentar nos estados slido, lquido
e gasoso. Entretanto, h um estado chamado plasma, conhecido tambm
como o quarto estado da matria.
Para uma viso geral de como se produz o plasma, pode-se tomar como
exemplo a gua.
Considerando os trs estados fsicos da matria, slido, lquido e gasoso,
tem-se o gelo, a gua e o vapor. A diferena bsica entre esses trs estados
o quanto de energia existe em cada um deles. Se adicionarmos energia sob
forma de calor ao gelo, ele se transforma em gua. E se adicionarmos mais
energia a essa gua, ela se transformar em vapor, separando-se em dois gases:
hidrognio e oxignio.
Se continuar a adio de energia ao vapor, algumas de suas propriedades
so alteradas, como a temperatura e caractersticas eltricas. Esse processo
chamado ionizao
ionizao, e quando isso acontece os gases tornam-se plasma.
o tipo de gs de corte;
a quantidade de vazo;
o dimetro do bocal (bico de corte);
a tenso do arco eltrico.
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Segurana no processo
Durante a realizao do corte plasma produz-se uma elevada concentrao
de calor, que prpria do processo. Alm disso, as altas correntes utilizadas
geram intenso nvel de rudo e as operaes produzem fumaa e gases txicos.
Por isso, preciso que haja nessas reas de trabalho boa ventilao e sejam
utilizados protetores de ouvido. Roupas apropriadas e uso de culos escuros
so tambm necessrios, por causa da radiao ultravioleta.
Na tentativa de diminuir esses problemas de segurana, foi desenvolvida
uma camada protetora com gua ao redor da tocha de plasma conhecida como
mufla dgua
dgua. Seu uso faz com que:
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Pare! Estude!
Responda!
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Metalurgia do p
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Etapas do processo
O processo de produo da metalurgia do p envolve trs etapas fundamentais: a obteno dos ps, a compactao e a sinterizao propriamente dita.
Obteno do p
O tamanho, a forma e a distribuio dos gros so caractersticas importantes na produo de peas sinterizadas e variam conforme o mtodo de obteno
do p. Os mtodos de obteno podem ser mecnico, qumico, fsico e fsicoqumico. Dependendo das caractersticas desejadas do gro, mais de um mtodo
pode ser empregado sucessivamente.
Um dos mtodos fsicos mais usados a atomizao
atomizao.
O metal fundido vazado por um orifcio, formando
um filete lquido que bombardeado por jatos de ar,
de gs ou de gua.
Esses jatos saem de bocais escolhidos de acordo com
o formato de gro desejado e produzem a pulverizao
do filete de metal fundido e seu imediato resfriamento.
Reduzido:
Submetido a reao
qumica em que
o tomo recebe
eltrons de outros
tomos, pela ao
de um agente
redutor que pode
ser slido ou
gasoso.
Eletrlise: reao
no espontnea
que produz a
decomposio de
uma substncia,
em soluo aquosa
ou fundida, por
meio de corrente
eltrica.
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moinho de bolas
Compactao
Nesta etapa, uma quantidade predeterminada de p colocada na cavidade
de uma matriz montada em uma prensa de compresso, que pode ser mecnica
ou hidrulica. A compactao ocorre por deslocamentos simultneos dos punes superior e inferior, temperatura ambiente. Veja abaixo a seqncia dessa
operao.
puno superior
zona neutra
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matriz
puno inferior
Aps a compactao, a pea chamada de compactado verde. A consistncia do compactado verde faz lembrar a de uma paoca de amendoim, que deve
ser manuseada com cuidado para no se quebrar. A densidade e a resistncia so
duas caractersticas importantes nesta etapa, pois influenciam as propriedades
mecnicas da pea final.
A U L A
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Sinterizao
Esta a etapa de consolidao final da pea. A massa de partculas, na forma
de compactado verde ou confinada em moldes, aquecida a temperaturas altas,
mas abaixo do ponto de fuso do metal base
base, sob condies controladas
de temperatura, velocidade de aquecimento e resfriamento, tempo de permanncia e atmosfera.
A sinterizao feita, normalmente, em fornos contnuos, caracterizados
por trs zonas de operao: preaquecimento, manuteno da temperatura
e resfriamento. A figura a seguir mostra uma vista esquemtica de um forno
desse tipo.
Metal base:
o metal principal
do processo e
determina as
caractersticas
bsicas do produto
final.
A U L A
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Operaes complementares
Depois da sinterizao, a pea ainda pode passar por processos de
recompresso, tratamentos trmicos e usinagem
usinagem, ou ser imediatamente utilizada.
recompresso
A recompresso necessria para garantir tolerncias apertadas, rugosidade
prevista etc. Deve ser feita quando, durante a sinterizao, a deformao da pea
ultrapassa os limites estabelecidos.
Ateno!
Pastilhas de metal duro no devem ser recomprimidas. Havendo deformao, devem ser lapidadas ou retificadas.
Principais aplicaes
Filtros sinterizados
Uma das primeiras aplicaes da tecnologia da metalurgia do p se deu na
fabricao de filtros sinterizados
sinterizados. Esses elementos filtrantes so formados por
camadas superpostas de partculas arredondadas ou esfricas de ps metlicos,
com diferentes tamanhos de gros. A superposio das camadas de gros forma
um conjunto de malhas que se interceptam, dando porosidade ao material.
Os filtros sinterizados so bastante usados nas atividades industriais que
ocorrem em altas temperaturas e requerem elevadas resistncias mecnica
e qumica. So aplicados na filtragem de gases, lquidos, leos combustveis e
minerais. So tambm utilizados como abafadores de rudo e vlvula cortachamas .
Carboneto metlico
O carboneto metlico, tambm chamado de metal duro, o mais conhecido
produto da metalurgia do p. Tem importncia fundamental no campo das
ferramentas de corte, peas de desgaste e brocas para perfurao de rochas.
Nessas ferramentas, o metal duro adaptado nas partes cortantes, na forma
de pastilha.
A U L A
65
A U L A
65
Pare! Estude!
Responda!
Exerccio 1
As etapas bsicas do processo de produo pela metalurgia do p so:
a) ....................................
b) ...................................
c) ....................................
Exerccio 2
Para que serve o mtodo de atomizao?
Exerccio 3
Descreva o funcionamento do mtodo de moagem.
Exerccio 4
O que o compactado verde?
Exerccio 5
Por que, em alguns casos, a pea tem de ser recomprimida aps a sinterizao?
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66
Mandrilamento
N
Nossa aula
O que mandrilamento
Mandrilamento um processo mecnico de usinagem de superfcies de
revoluo, com o auxlio de uma ou mais ferramentas de corte. Nessa operao,
a ferramenta de corte fixada a uma barra de mandrilar em um certo ngulo,
determinado pela operao a ser realizada. A figura a seguir mostra um exemplo
mandril.
de barra de mandrilar, tambm chamada de mandril
mandril
Tipos de mandrilamento
Dependendo do trabalho, o mandrilamento, tambm conhecido como
broqueamento, pode ser cilndrico, cnico, radial ou esfrico.
mandrilagem ou broqueamento
Pelo mandrilamento pode-se conseguir superfcies cilndricas ou cnicas, internas, em espaos normalmente difceis de serem atingidos, com eixos perfeitamente paralelos entre si. As figuras a seguir mostram exemplos desses tipos
de mandrilamento.
O mandrilamento cilndrico o processo em
que a superfcie usinada cilndrica e o seu eixo
de rotao coincide com o eixo em torno do qual
a ferramenta gira.
mandrilamento cilndrico
A U L A
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mandrilamento cnico
mandrilamento esfrico
Mandriladoras
As mandriladoras so mquinas especiais que permitem a adaptao de
diferentes tipos de ferramentas. Com o acoplamento de acessrios apropriados,
a mandriladora, alm do mandrilamento, pode ser utilizada para furar, fresar,
rosquear etc., tornando-se, nesses casos, uma mquina universal. Dependendo
da posio do eixo-rvore, as mandriladoras podem ser horizontais ou verticais,
como mostram as figuras.
mesa giratria
A U L A
Em mquinas como essas usinamse grandes carcaas de caixas de engrenagens e estruturas de mquinas.
Uma pea com forma prismtica pode
ser usinada em todas as suas quatro
faces verticais porque a mandriladora
tem uma mesa giratria que possibilita a usinagem em todos os lados.
66
A mandriladora pode realizar um grande nmero de movimentos. possvel posicionar a ferramenta para usinar um furo ajustando-se o cabeote em
determinada altura, e a mesa em posio transversal. Todos os deslocamentos
so indicados em escalas graduadas. Nas mandriladoras mais modernas,
as escalas possuem equipamentos de leitura ptica ou contadores numricos
digitais, que permitem maior exatido no trabalho.
A vantagem do uso dessa mquina a economia de tempo. A mandriladora
universal tem a capacidade de processar todas as operaes necessrias de
usinagem, do comeo ao fim, do desbaste ao acabamento, sem que haja necessidade de remover a pea da mquina.
Se, por exemplo, temos a necessidade de usinar a carcaa de uma caixa de
engrenagens, ela colocada na mandriladora apoiada na mesa giratria. A mesa
gira e, assim, permite o giro da carcaa em torno do seu eixo vertical. Desse modo,
so executadas todas as operaes necessrias, como corte, rosqueamento, cada
uma a seu tempo.
A seguir, voc tem uma demonstrao de seqncia de operaes realizadas
por uma mandriladora universal numa caixa de engrenagem. Analise a figura
passo a passo, acompanhando as indicaes abaixo.
Na posio II, marcada na face posterior da
pea, so realizadas as operaes numeradas
com 1, 2 e 3, nessa ordem. A operao 1 consiste
num mandrilamento radial. As operaes 2 e 3
correspondem a mandrilamentos cilndricos simultneos. Observe que a extremidade da barra
de mandrilar est apoiada sobre um mancal,
para evitar deslocamentos da ferramenta durante a operao.
Na posio II
II, marcada na face lateral direita, so feitas as operaes 4 e 5, que compreendem um furo mandrilado com flange e os furos
roscados do flange, respectivamente.
Na posio III
III, marcada na face frontal,
feito primeiro o furo identificado como operao 6. Repare no dispositivo especial acoplado
ferramenta, para fazer a bolacha desse furo.
O furo mais acima, nessa mesma face, requer trs
operaes: 7, 8 e 9. O furo identificado com
o nmero 3 j havia sido feito na primeira posio, lembra-se?
IV
II
III
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Finalmente, na posio IV
IV, so feitas as operaes 10 e 11, ou seja,
o mandrilamento e o fresamento da face.
Ferramentas da mandriladora
As ferramentas de mandrilar so selecionadas em funo das dimenses
(comprimento e dimetro) e caractersticas das operaes a serem realizadas.
Elas tm pequenas dimenses porque, geralmente, trabalham no interior de
furos previamente executados por brocas. So feitas de ao rpido ou carboneto
metlico e montadas em uma barra de mandrilar
mandrilar.
A barra de mandrilar deve ser rgida, cilndrica, sem defeito de retilineidade.
Deve ser bem posicionada no eixo-rvore, para possibilitar a montagem
de buchas que formam mancais, como mostra a prxima figura, evitando
com isso possveis desvios e vibraes durante o uso.
escareadores e rebaixadores
rebaixadores, usados no trabalho de alojamento e rebaixo de furos previamente executados por brocas comuns;
Sistema modular
As paradas de mquina para troca
de ferramentas representam tempo ocioso
que reflete nos custos de produo. Atualmente, um novo conceito em ferramentas
de mandrilamento utilizado na indstria, em que um sistema modular de
ferramental permite reduzir o tempo
gasto nas trocas de ferramentas, mantendo
a exatido no trabalho.
O sistema modular possibilita dispor de
um conjunto de ferramentas com partes modulares intercambiveis. Veja na figura ao
lado uma srie dessas ferramentas.
O nico componente especfico de mquina em todo esse arranjo o adaptador de
fuso. Para operar com esse sistema, renemse blocos elementares de dispositivos, como
extenses, redues, diferentes cabeotes de
mandrilar e acessrios. Quando um sistema modular bem desenvolvido, ele possibilita soluo mais rpida para praticamente todos os problemas de mandrilamento.
A U L A
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A U L A
66
Pare! Estude!
Responda!
Vamos ver agora o que voc aprendeu. Faa os exerccios e depois confira
suas respostas com as do gabarito.
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67
Brochamento
N
Nossa aula
O que brochamento
Brochamento ou brochagem consiste em remover material da superfcie
de uma pea, de forma progressiva, pela ao ordenada dos fios de corte,
dispostos em srie, de ferramentas multicortantes. Essas ferramentas, que se
deslocam segundo uma trajetria retilnea, chamam-se brochas e a mquina
que realiza a operao a brochadeira ou brochadora.
Brocha
Em geral, a brocha feita de ao, provida de dentes, formando uma srie
de elementos cortantes, para trabalhar diversos tipos de materiais. Pode ser
usada para aplainar ou gerar superfcies internas ou externas, de perfis regular
ou irregular.
As brochas so temperadas e revenidas porque os dentes de sua superfcie
cortante so submetidos a grande esforo. Observe na figura a seguir, as partes
em que essa ferramenta se divide.
A U L A
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Tipos de brochamento
A brochadeira uma mquina com movimento retilneo. Ela pode ser
vertical ou horizontal, com comando mecnico ou hidrulico. Na brochadeira
podem ser realizados dois tipos de brochamento: o externo e o interno
interno.
Brochamento externo uma operao feita
sobre a superfcie externa de uma pea, dando
acabamento ou semi-acabamento a seus perfis.
Brochamento interno uma operao que
permite modificar um furo vazado e transformar
o perfil de uma pea. O objetivo dessa operao
pode ser o de abrir cavidades para chavetas em
furos cilndricos ou o de transformar perfis de
furos cilndricos em perfis acanelados, estriados,
quadrados, hexagonais etc. Essa operao feita
num furo aberto anteriormente por um outro
processo qualquer.
brochamento externo
brochamento interno
Velocidade de corte
A U L A
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VELOCIDADE DE CORTE
2
Ao de 500 a 700N/mm
Ao de 700 a 800N/mm2
Ao de 800 a 900N/mm2
Ferro malevel
Ferro fundido
Lato, bronze
Alumnio
Zinco(fundido sob presso) magnsio
5 - 8m/min
3 - 6m/min
1 - 3m/min
5 - 9m/min
6 - 9m/min
8 - 12m/min
10 - 14m/min
20 - 30m/min
FATORES DE MULTIPLICAO DOS VALORES DA VELOCIDADE DE CORTE (M / MIN)
DUREZA BRINELL DO MATERIAL DA PEA
MATERIAL DA BROCHA
Para brochas de
outros materiais,
essas velocidades
devem ser multiplicadas pelos fatores
da Tabela 2, em
funo da dureza do
material da pea que
ser brochada.
at 160
160 - 220
220 - 360
Ao ao carbono
0,50
0,50
0,50
Ao rpido
1,00
1,00
1,00
1,10
1,15
1,20
1,15
1,25
1,30
1,25
1,40
1,50
1,60
1,80
2,00
Carburetos sinterizados
(Firthite, Carboloy, Kennametal, etc.) *
2,00 - 2,50
2,50 - 3,00
3,50 - 4,00
* Utilizar os fatores maiores quando usinar ao, e os menores para os demais materiais. Esses
valores so considerados conservadores, podendo, na prtica, ser ultrapassados, porm,
prefervel iniciar com velocidades moderadas.
Cavaco
Durante a usinagem, o cavaco de uma superfcie arrancado em linha reta
e progressivamente pela sucesso ordenada das arestas de corte. Como essas
arestas de corte se dispem em torno do corpo cnico da ferramenta, elas cortam
quantidades distintas e definidas de material.
A U L A
67
absorver o calor gerado durante o corte pelo atrito da plataforma dos dentes
da brocha sobre a superfcie da pea;
Materiais brochados
Aos sem ligas ou com poucas ligas
Aos inoxidveis ou com alta percentagem de ligas leo mineral com base de enxofre e tetracloreto de carbono
Ferros fundidos
Lates - Bronzes
Ligas leves
Tipos de brochadeira
Existem brochadeiras que comprimem o objeto a ser trabalhado, outras que
tracionam e outras ainda que tracionam e comprimem. As brochadeiras que
comprimem so quase sempre verticais, e as que usam trao so horizontais.
Brochadeira horizontal Apresenta
a vantagem de possibilitar o trabalho com
ferramentas de grande comprimento.
bastante utilizada na indstria mecnica.
Vamos ver agora o que voc aprendeu. Faa os exerccios e confira suas
respostas com as do gabarito.
A U L A
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Pare! Estude!
Responda!
A UA UL L AA
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68
Usinagem por
eletroeroso
S
uponha que um amigo seu, que vai patrocinar uma importante competio esportiva, esteja encarregado de providenciar
um grande nmero de medalhas.
O problema que seu amigo no sabe qual o melhor
processo para confeccionar essas medalhas e est pedindo a sua ajuda.
Na sua opinio, qual dos processos de usinagem que
voc conhece o mais adequado para essa finalidade?
Uma coisa certa: seria muito trabalhoso e caro
entalhar essas medalhas uma a uma. Na verdade,
a produo ficaria mais vivel com a utilizao
de um molde, obtido a partir de um processo denominado eletroeroso
eletroeroso.
A eletroeroso baseia-se na destruio de partculas metlicas
por meio de descargas eltricas.
Data de meados do sculo XVIII a descrio de um processo para obteno
de p metlico mediante descargas eltricas.
Mas este processo s passou a ser utilizado industrialmente h cerca
de sessenta anos, para a recuperao de peas com ferramentas quebradas
em seu interior (machos, brocas, alargadores).
Durante a Segunda Guerra Mundial, a necessidade de acelerar a produo
industrial e a escassez de mo-de-obra impulsionaram a pesquisa de novas
tecnologias, visando tornar possvel o aumento da produo, com um mnimo de desperdcio. Esse esforo marcou o incio, entre outras realizaes, da era
da eletroeroso.
Estudando os assuntos desta aula, voc conhecer as aplicaes da
eletroeroso na indstria, os princpios deste processo e ficar sabendo como
so confeccionados os eletrodos usados nas mquinas de eletroeroso.
A exploso da eletroeroso
Este um dos processos no tradicionais de usinagem que vm ganhando
espao ultimamente. Vrias razes explicam esse crescimento.
Pense, por exemplo, nos novos materiais que tm surgido, como os carbonetos
metlicos, as superligas e as cermicas. Trata-se, geralmente, de materiais muito
duros. Voc j imaginou a dificuldade que seria usin-los pelos processos
tradicionais?
Imagine tambm a dificuldade que representaria a usinagem pelos mtodos
tradicionais de uma pea com formas to complexas como a mostrada abaixo.
Nossa
A U L aula
A
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A U L A
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O processo de eroso ocorre simultaneamente na pea e no eletrodo. Com ajustes convenientes da mquina, possvel controlar a eroso, de modo que se obtenha at 99,5% de eroso
na pea e 0,5% no eletrodo.
A distncia mnima entre a pea e a ferramenta, na qual produzida a centelha, chamada GAP (do ingls gap = folga) e depende da
intensidade da corrente aplicada. O GAP o
comprimento da centelha.
O tamanho do GAP pode determinar a rugosidade
da superfcie da pea. Com um GAP alto, o tempo de usinagem
menor, mas a rugosidade maior. J um GAP mais baixo
implica maior tempo de usinagem e menor rugosidade
de superfcie.
As partculas fundidas, desintegradas na forma de minsculas esferas, so removidas da regio por um sistema de
limpeza e, no seu lugar, fica uma pequena cratera. O dieltrico,
alm de atuar como isolante, participa desta limpeza e ainda
refrigera a superfcie usinada.
O fornecimento de corrente interrompido pelo afastamento do eletrodo. O ciclo recomea com a reaproximao do
eletrodo at a distncia GAP, provocando uma nova descarga.
A durao da descarga eltrica e o intervalo entre uma descarga e outra so
medidos em microssegundos e controlados por comandos eletrnicos.
Descargas sucessivas, ao longo de toda a superfcie do eletrodo, fazem
a usinagem da pea. A freqncia das descargas pode alcanar at 200 mil
ciclos por segundo. Na pea fica reproduzida uma matriz, que uma cpia fiel
do eletrodo, porm invertida.
Pare! Pesquise! Responda!
Por que, no processo de eletroeroso, a fonte de energia deve fornecer
corrente contnua e no corrente alternada?
Se voc analisar como flui a corrente eltrica por uma pilha, que um gerador
de corrente contnua, voc encontrar a explicao para a pergunta anterior.
A pilha tem dois plos: o de carvo (+) e o de zinco (-). O eltrons se movem do
plo negativo para o positivo e a intensidade da corrente constante.
Na corrente alternada, a intensidade da corrente varivel, gerando inverses de
polaridade (o mesmo plo ora positivo, ora negativo). No processo de eletroeroso,
isso poderia levar a um desgaste maior da ferramenta do que da pea.
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A U L A
68
Para certas finalidades, como a usinagem de cavidades passantes e perfuraes transversais, prefervel usar o processo de eletroeroso a fio
fio.
Os princpios bsicos da eletroeroso a fio so semelhantes aos da eletroeroso
por penetrao.
A diferena que, neste processo, um fio de lato ionizado
ionizado, isto , eletricamente carregado, atravessa a pea submersa em gua desionizada, em movimentos constantes, provocando descargas eltricas entre o fio e a pea, as quais
cortam o material. Para permitir a passagem do fio, feito previamente um
pequeno orifcio no material a ser usinado.
A U L A
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Pare! AEstude!
U L A
Responda!
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Um caso de
eletroeroso
N
Conhecendo a mquina
As mquinas modernas de eletroeroso por
penetrao apresentam a seguinte configurao bsica:
O painel de comando e gerador de potncia
o crebro da mquina. Nele so determinados
todos os parmetros de usinagem.
O cabeote o local onde fixado o eletrodo ou,
eventualmente, a pea. Ele fica preso coluna
da mquina e tem movimentao vertical.
O tanque de usinagem o recipiente onde a
pea e o eletrodo permanecem submersos durante
o processo de eletroeroso.
Nossa aula
A U L A
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A mesa de usinagem o local onde a pea apoiada. Permite fazer dois tipos
de avano: longitudinal e transversal.
O reservatrio de dieltrico e sistema de filtragem o recipiente onde fica
armazenado o fluido isolante e onde feita a limpeza dos resduos gerados
no processo.
A base o conjunto que abriga motores e todos os sistemas de transmisso.
Voc ficar sabendo mais detalhes sobre o funcionamento desses conjuntos
medida que formos avanando na usinagem do nosso bloco prismtico.
A escolha do eletrodo
Para a usinagem do furo quadrado no bloco prismtico, o eletrodo pode
ser de cobre eletroltico, um material apropriado para a eletroeroso do ao.
mn
As medidas nominais (mn
mn) do eletrodo so as mesmas da cavidade a ser
produzida. Mas um eletrodo com as mesmas dimenses da cavidade produziria
um desbaste maior que o desejado. Por isso, necessrio calcular as medidas
finais (mf
mf
mf) do eletrodo levando em considerao:
GAP
o comprimento da centelha (GAP
GAP);
a rugosidade (rr ) desejada na superfcie da pea em mm;
cs
o coeficiente de segurana (cs
cs).
Se voc aplicou a frmula anterior e fez os clculos corretos, deve ter chegado
concluso de que a medida final do nosso eletrodo de desbaste ser 10,604 mm
mm.
A medida da espessura do eletrodo no ir interferir na usinagem, uma vez que
a profundidade do rebaixo ser regulada pela descida do cabeote.
A frmula para clculo da medida final do eletrodo de acabamento :
mf = mn - (2 GAP + 2r)
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A U L A
69
O processo de limpeza por jatos laterais adequado, uma vez que nosso
objetivo usinar uma cavidade no passante e no seria desejvel fazer furo na
pea. Alm disso, nosso eletrodo no apresenta furos, pelos quais o dieltrico
poderia ser aspirado ou injetado.
Ajuste de polaridade
A U L A
+
+
Ao
Grafite
ao
metal duro
cobre
Cobre
pea
Cobre
Tungstnio
POLARIDADE DO ELETRODO
eletrodo
Preparao da mquina
Antes de ligar a mquina, necessrio fazer alguns ajustes nos parmetros
de usinagem, fixar corretamente o eletrodo no porta-eletrodo e a pea na mesa
de coordenadas, e abastecer o tanque de usinagem de dieltrico.
Observe um detalhe do gerador conjugado com
comando, apresentado ao lado. Boa parte
painel de comando
dos comandos para operao da mquina so transmitidos por meio dos botes deste painel.
A funo do seletor de amperagem regular
a intensidade da corrente eltrica desejada, para cada
tipo de trabalho, de acordo com: rea de eroso, material do eletrodo e material da pea. Quanto maior
a amperagem, maior o volume de material erodido.
A tabela a seguir traz os coeficientes para clculo de amperagem, de acordo
com o material do eletrodo e o material a ser usinado.
ELETRODO
Cobre eletroltico
Ao
0,07 A/mm2
Grafite
Ao
0,01 A/mm2
Cobre e tungstnio
Ao
0,14 A/mm2
Cobre
Cobre
0,07 A/mm2
Cobre e tungstnio
0,05 A/mm2
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1
2
3
4
5
6
7
8
9
1
2
2
2
3
3
3
3
3
GAP (mm)
17
20
25
30
35
40
45
50
55
Capacidade de
Desgaste do
eroso (mm3 /min) eletrodo (%)
1
2
2
3
5
6
5
5
4
40
30
20
15
10
7
5
4
4
5
5
5
5
5
5
5
5
5
7
8
10
13
18
20
22
28
30
0,048
0,056
0,070
0,086
0,106
0,120
0,134
0,156
0,170
Ligando a mquina
Antes de ligar a mquina, algumas precaues devem ser tomadas:
A U L A
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A U L A
69
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Pea usinada. Resultado satisfatrio. Uma boa hora para resolver alguns
exerccios sobre os assuntos estudados.
Exerccio 1
Sabendo que, num processo de usinagem por eletroeroso:
- o comprimento da centelha 45 mm;
- a rugosidade pretendida 22 mm;
calcule a medida final que deve ter um eletrodo de acabamento cilndrico,
com 10 mm de dimetro, aplicando a frmula: mf = mn - (2 GAP + 2r)
Exerccio 2
Marque V para a afirmao verdadeira e F para a falsa.
a) ( ) Uma certa porcentagem de contaminao do dieltrico contribui
para o bom rendimento da mquina, no processo de eletroeroso.
b) ( ) Na limpeza por injeo, o furo para circulao do dieltrico tanto
pode ser feito na pea como no eletrodo.
c) ( ) A limpeza combinada conjuga os processos de aspirao e agitao
do dieltrico.
d) ( ) A limpeza por jato lateral pode ser escolhida quando no for possvel
fazer furos na pea ou no eletrodo.
Exerccio 3
Marque com X a resposta certa. No processo de eletroeroso, a polaridade da
pea:
a) ( ) sempre positiva;
b) ( ) sempre negativa;
c) ( ) pode ser positiva ou negativa, dependendo do material do eletrodo;
d) ( ) pode ser positiva ou negativa, dependendo do material do dieltrico.
Exerccio 4
Calcule a amperagem adequada para usinar, por eletroeroso, um furo
cilndrico no passante, de 15 mm de dimetro, num bloco de ao, usando
um eletrodo de grafite.
Exerccio 5
Qual o GAP que deve ser ajustado no seletor de amperagem, num processo
de eletroeroso que usar uma corrente de 8 ampres e que requer uma
rugosidade de 20 mm?
Pare! Estude!
Responda!
A UA UL L AA
70
70
Pantgrafo
N
Nossa aula
Cpias perfeitas
Pantgrafo um equipamento usado para reproduzir uma figura em seu
tamanho natural ou em escala diferente do original. O significado da palavra
vinculado a essa propriedade de reproduo da mesma figura em tamanhos
diferentes.
O pantgrafo mais simples usado em desenho quando se quer copiar uma
ilustrao. Vamos ver como ele funciona, pois assim entenderemos como funciona um pantgrafo mecnico.
O pantgrafo para copiar desenhos composto de quatro hastes de madeira
ou metal, unidas entre si de modo que formem um paralelogramo ajustvel,
como mostra a figura a seguir. Os pontos A, B e C so sempre alinhados. O ponto
A preso mesa de trabalho e os pontos B e C possuem uma ponta de lpis
em cada um.
Pantgrafo mecnico
O mesmo princpio de funcionamento do pantgrafo utilizado em desenho
usado na mquina chamada pantgrafo mecnico. uma mquina da famlia
das fresadoras, utilizada para reproduzir gravaes para estampos de moedas,
medalhas, placas com textos etc. tambm chamada de fresadora pantogrfica,
fresadora pantgrafo ou fresa gravadora
gravadora.
O pantgrafo funciona baseado em
dois conjuntos. Um contm o modelo a
ser copiado e se localiza sobre a mesa
porta-matriz . Na operao de cpia,
o modelo tocado por um dispositivo
que identifica as medidas de profundidade da gravao chamado apalpador
apalpador.
O outro conjunto contm o material
que vai ser gravado por meio de basto
abrasivo ou por meio de fresa gravadora.
Esses dois dispositivos de gravao
situam-se acima da mesa de trabalho
trabalho.
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Tipos de gravao
A U L A
baixo-relevo
alto-relevo
as tridimensionais
tridimensionais, como a reproduo de uma medalha em trs dimenses: comprimento, largura e altura.
Tipos de pantgrafo
Costuma-se chamar a mquina preparada para gravao em placas de
pantgrafo bidimensional, e a mquina preparada para reproduzir um trabalho
com muitos rebaixos e elevaes de pantgrafo tridimensional
tridimensional.
Um trabalho muito executado em pantgrafos bidimensionais com que
temos contato em nosso dia-a-dia a impresso de marcas em objetos de metal
ou plstico e placas de aviso colocadas por toda parte.
No caso de gravao de letras,
so feitos clculos exatos para o processo ser realizado com xito. Levam-se em conta o tamanho da letra
a ser gravada, a espessura do trao, a
caracterstica da letra (se ser escavada ou em relevo), o material em que
vai ser gravada, o deslocamento do
apalpador, a inclinao da fresa,
a mesa a ser usada para prender
o material, a relao entre a mesa
de trabalho com a mesa do modelo.
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Pare! Estude!
Responda!
Exerccio 4
Quando as letras copiadas num pantgrafo forem usadas para gravao
em plstico, elas devem ser:
a) ( ) plastificadas;
b) ( ) copiadas;
c) ( ) decalcadas;
d) ( ) espelhadas.
Exerccio 5
Quando se gravam palavras por meio do pantgrafo:
a) ( ) as letras so copiadas, uma a uma;
b) ( ) as palavras so copiadas de uma s vez;
c) ( ) as palavras so separadas em slabas;
d) ( ) as slabas so separadas para cpia.
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Corte e dobra
Introduo
Nossa aula
A dobra um processo de
fabricao em que uma ferramenta
composta por um conjunto de duas
ou mais peas exerce uma fora
sobre uma superfcie, alterando-a.
A figura ao lado apresenta um conjunto de dobra. A chapa, plana,
alterada, obtendo-se a mesma
forma encontrada tanto no puno
quanto na matriz. As operaes
de dobra so utilizadas para dar
forma a peas e a perfis.
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Conjunto superior
Espiga uma pea geralmente cilndrica de ao 1020 a 1030 que, introduzida
e presa no alojamento do cabeote da prensa, sustenta o conjunto superior.
Placa superior uma placa de ao 1020 a 1030 que tem por finalidade fixar
a espiga e unir, por meio de parafusos, a placa de choque e a placa porta-puno.
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puno simples
A faca de avano faz um corte lateral na tira com a mesma medida do passo.
Isso possibilita o deslocamento da tira em passos constantes para obteno
de peas padronizadas.
Conjunto inferior
Placa-guia uma placa de ao 1020 a 1030 que tem a funo de guiar
os punes e pilotos centradores nas cavidades cortantes da matriz. A espessura
da guia varia conforme o tamanho do estampo, o curso e a funo dos punes.
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Procedimento de dobrar
Com um estampo simples de dobrar podemos conseguir vrios perfis,
mudando somente a posio da pea para obter a forma desejada.
Devido recuperao elstica, uma pea que foi dobrada tende a voltar sua
forma inicial. Por isso, preciso, ao dobrar, calcular um ngulo menor do que o
desejado para que depois da recuperao elstica a forma fique com as dimenses
previstas.
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Pare! Estude!
Responda!
Vamos ver agora o que voc aprendeu. Resolva as questes e confira suas
respostas com as do gabarito.
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Repuxo
N
Estampos de repuxo
Repuxo um processo de fabricao, pelo qual uma chapa metlica adquire
forma volumtrica, oca, previamente definida. As ferramentas que executam
esse trabalho tm as mesmas caractersticas dos estampos de corte e dobra. So
formadas basicamente por um puno e uma matriz. Na figura a seguir, vemos
uma ferramenta de repuxo simples, utilizada para a fabricao de um recipiente.
Nossa aula
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O prensa-chapas tem a funo de manter a chapa sob presso para fazer com
que ela deslize apenas para o interior da cavidade da matriz, sem formar rugas.
Para evitar a formao de trincas ou fissuras, vrios fatores devem ser observados:
o clculo do raio da matriz, a lubrificao do material da pea, a folga entre
o puno e a matriz, a regulagem da presso exercida pelo prensa-chapas etc.
Ao terminar a operao de repuxo, a pea j moldada fica presa matriz do
estampo de repuxar devido propriedade de recuperao elstica do material.
Para que a pea se desloque da cavidade da matriz, existe um dispositivo
chamado extrator
extrator, que tem a funo de liberar a pea.
Folga
A U L A
Quando se planeja fabricar uma pea pelo processo de repuxo, tem-se que
levar em conta a folga que deve ser deixada entre o puno e a matriz de repuxo.
Calcula-se a folga, representada pela letra grega minscula delta (d) em funo
do tipo e da espessura do material a ser repuxado.
A folga corresponde ao valor da espessura do material mais um coeficiente
determinado empiricamente para grupos de materiais, como mostram as frmulas
a seguir.
FRMULA
GRUPOS DE MATERIAIS (CHAPAS)
ao
d = e + 0,07
metais no ferrosos
d = e + 0,04
alumnio
d = e + 0,02
metais resistentes ao calor
d = e + 0,20
Por exemplo, para calcular a folga entre a matriz e o puno de um estampo
que vai repuxar uma chapa de alumnio com 2 mm de espessura, basta substituir
.
o valor da espessura na frmula d = e + 0,02
Deste modo: d = 2 + 0,02
d = 2 + 0,09 d = 2,09 mm
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deformao no perfil
variao na altura
Entrada e sada de ar
Para facilitar a sada de ar, durante o repuxo, utilizado um puno provido
de orifcios. Eles permitem a livre passagem do ar que se acha debaixo do puno
quando ele desce sobre a matriz para moldar a pea e permitem a entrada
de ar quando o puno retrocede.
D
d
2,15 - 0,001
2 - 0,0011
d
e
d
e
Procedimento de repuxar
Se a pea for como a da figura mostrada abaixo, o ponto de partida para
a conformao obter um blank com as dimenses apropriadas.
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D=
D
d
d
e
Neste caso ser necessria uma ferramenta para cortar o dimetro do blank
e mais 5 ferramentas, uma para cada estgio, at chegar ao produto final.
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Lubrificao
Na operao de repuxar, utilizam-se diferentes lubrificantes, cada um
correspondendo a um material de trabalho. A funo da lubrificao diminuir
a resistncia ao deslizamento, reduzir esforos desnecessrios, evitar peas
defeituosas e desgaste prematuro do estampo.
Para o emprego dos lubrificantes devem-se usar apenas produtos de qualidade
comprovada. Alm disso, recomendvel seguir as indicaes do fabricante.
Os produtos de lubrificao podem ser usados puros ou diludos. De modo
geral, empregam-se os produtos diludos. Observe, a seguir, o quadro que
relaciona os materiais e seus lubrificantes correspondentes.
MATERIAL
LUBRIFICANTE
Aos
Sebo
Ao inoxidvel
gua grafitada
Prensas
A operao de repuxar pode ser
realizada em tipos diferentes de prensa.
Dependendo da fora necessria, das
dimenses da pea e da produo
desejada, a seleo da prensa correta
um fator de grande produtividade.
Existem vrios tipos de prensa, com
diferentes estruturas e funcionamento.
Exemplos: prensa de frico, prensa
excntrica, prensa de alavanca e prensa
hidrulica. Dessas, a hidrulica a
mais indicada para a operao de repuxo. Ela permite grandes presses
em grandes profundidades de repuxo.
A prensa hidrulica (figura ao lado)
apresenta a vantagem de facilitar
a regulagem da presso do leo,
evitando com isso a formao de rugas.
Como j foi explicado, isso permite
utilizar somente a fora necessria
do prensa-chapas, de modo controlado.
Agora, vamos ver o que voc aprendeu. Faa os exerccios e confira suas
respostas com as do gabarito.
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Pare! Estude!
Responda!
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Adesivos I
D
Conceito de adesivo
Adesivo uma substncia capaz de conservar materiais unidos pela ligao
das superfcies. Os adesivos podem ser descritos segundo os seguintes parmetros:
forma fsica: adesivo lquido, adesivo de fita;
tipo qumico: adesivo de silicato, adesivo de resina;
finalidades: adesivo para papel, adesivo para metais, adesivo para plsticos
e adesivo para borrachas;
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Conceito de adeso
Adeso a fora de unio entre o adesivo e o substrato.
Conceito de coeso
Coeso so foras provenientes das interaes
qumicas entre as partculas (tomos, ons , molculas) que compem o adesivo, mantendo-as unidas.
A figura ao lado mostra, claramente, em nvel
estrutural, o fenmeno da adeso e da coeso.
Mecanismos de cura
Muitos adesivos so polmeros reativos. Eles mudam do estado lquido para
o slido por meio de vrias reaes de polimerizao
polimerizao, e essa mudana de estado
fsico recebe o nome de cura
cura.
Adesivos anaerbicos
So materiais monocomponentes que se solidificam temperatura ambiente
quando privados do contato com o oxignio. O componente de cura permanece inativo no lquido, enquanto estiver em contato com o oxignio do ar.
Por exemplo, se o adesivo privado do oxignio atmosfrico na unio de peas,
a cura ocorre rapidamente, especialmente se as peas forem de natureza metlica
como ao, lato, bronze, cobre, ferro etc.
Os adesivos curados por reao anaerbica apresentam as seguintes caractersticas:
Polimerizao:
Processo em que
duas ou mais
molculas de uma
mesma substncia,
ou dois ou mais
grupamentos
atmicos idnticos,
se reunem para
formar uma estrutura
de peso molecular
mltiplo das
unidades iniciais e,
em geral, elevado.
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so
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Primers
Primers so revestimentos aplicados a uma superfcie, antes da aplicao
de um adesivo, para melhorar o desempenho de uma adeso.
Uma vantagem importante do primer, comparado aos outros mtodos de
pr-tratamento de ionizao, reside em seu manuseio simples. Ele vaporizado
ou pincelado sobre os substratos com uma camada to fina quanto possvel.
Aps um breve perodo de secagem (10 a 60 s), o adesivo aplicado normalmente
e as peas unidas.
Travamento anaerbico
O travamento anaerbico indicado para travar parafusos, porcas e prisioneiros. Os produtos comerciais utilizados para o travamento esto disponveis
para aplicaes que requeiram baixo, mdio ou alto torque de desmontagem,
substituindo, com vantagens, o uso de arruelas comuns, arruelas especiais,
porcas autotravantes, cupilhas, insertos plsticos, parafusos trilobulares, grampos etc.
Vedao anaerbica
Os vedantes anaerbicos so indicados para aplicaes em vedaes de
gases e lquidos. Esses vedantes no reduzem seu volume aps a cura e tambm
no dilatam ou ressecam antes ou durante a montagem, como ocorre com
os elementos convencionais de vedao (fitas, juntas pr-formadas, vernizes
e elastmetros).
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Fixao anaerbica
Os produtos anaerbicos para fixao de peas cilndricas so indicados
para montagens de engrenagens, rolamentos e buchas em eixos e sedes.
O produto, confinado entre as peas, preenche todos os microespaos existentes
entre os componentes. O contato entre as peas e o polmero 100%.
Eliminando o jogo em montagens chavetadas ou estriadas, esses produtos
garantem a integridade das montagens, evitando a ovalizao, folgas e corroso.
Pelo que foi comentado, pode-se perceber que os adesivos so um importante e eficiente recurso para a montagem de componentes mecnicos, eltricos
e eletromecnicos por causa de sua ampla gama de aplicaes. Suas caractersticas especficas, aliadas facilidade de aplicao, favorecem as adeses
e vedaes de centenas de componentes construdos em plsticos, metais,
madeira, fibras, vidro, borracha etc.
Pare! Estude!
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Exerccio 1
O que so adesivos?
Exerccio 2
O que substrato?
Exerccio 3
O que coeso?
Exerccio 4
O que so adesivos anaerbicos?
Exerccio 5
O que so primers?
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Adesivos II
S
Travamento
O parafuso hidrulico, inventado por Arquimedes (287-212 a.C.), conduziu
ao desenvolvimento de travas rosqueadas, hoje comuns a toda tecnologia
de conexo. O travamento de superfcies rosqueadas consiste unicamente no
aumento do atrito entre as roscas macho e fmea.
A trava qumica auxilia a montagem com uma lubrificao adequada
e, depois da polimerizao, o produto preenche os requisitos normais de
desmontagem, ou seja, a preservao do atrito desejado para a no desmontagem com esforos inferiores aos desejados. Com isto, eliminam-se torques
adicionais de montagem.
Nossa aula
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Tipos de travamento
Os principais tipos de travamento so os mecnicos:
grampo travante;
porca com arruela dentada pr-montada;
inserto de nilon;
porca bimetlica ou com inserto de nilon;
enchimento de nilon no parafuso;
rosca autodeformante;
arruela dentada pr-montada;
arruela dentada.
Vedao de flange
Os materiais de vedaes evitam o vazamento de lquidos e gases formando
barreiras impermeveis entre dois flanges encaixveis.
As vedaes de fluidos so divididas em sistemas dinmicos e estticos,
dependendo se as partes se movem uma em relao outra.
Os flanges so classificados como sistemas estticos, embora se movam
por causa da vibrao, temperatura e/ou alteraes de presso, choques,
impactos etc.
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as
Fixao
Os adesivos anaerbicos para fixao de peas cilndricas so indicados para
montagens de engrenagens, rolamentos e buchas em eixos e sedes e substituem
ou complementam mtodos mecnicos de montagem como interferncias
(prensagem e/ou dilatao/contrao trmica), chavetas, estriagem e montagens cnicas.
O adesivo, confinado entre as peas metlicas, preenche todos os microespaos
existentes entre os componentes. Funcionando como microchavetas ancoradas
s rugosidades microscpicas presentes na superfcie das peas, o adesivo
garante 100% de contato entre as peas e o polmero.
O uso dos produtos anaerbicos para fixao aumenta a resistncia ao cisalhamento em at duas vezes obtida por interferncia mecnica.
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Montagens eletrnicas
A indstria eletrnica uma das que mais crescem atualmente.
A evoluo das placas de circuito impresso nos ltimos quarenta anos abriu
novas perspectivas com relao s tecnologias de adeso, vedao, revestimento
e proteo.
As placas nos anos 50 e 60 possuam circuito em apenas um lado. No incio
dos anos 60 houve a evoluo das placas com orifcios perfurados que permitiam
a interconexo das placas multicamadas chamada tecnologia do furo
atravessante (through-hole). Com o aumento das densidades e complexidades do
circuito, surgiu a necessidade de placas multicamadas com diversos circuitos
sobrepostos. Hoje, as placas multicamadas dominam a indstria.
A tendncia principal no projeto de placas e na tecnologia de fabricao
a miniaturizao. Nos anos 80, a miniaturizao de placas e componentes
foi direcionada para a SMT (tecnologia de montagem de superfcie). Com a SMT,
os contatos do componente so diretamente soldados s plataformas (pads)
de soldagem na superfcie da placa, eliminando furos e conexes atravs dela.
Colaborando com as indstrias eletrnicas, as indstrias que fabricam
adesivos tambm direcionam-se para as montagens de placas de circuitos
impressos. As colaboraes visam os seguintes itens:
adeso de componentes montados em superfcie;
fixao de fios;
revestimento de placas de circuito impresso montadas;
proteo e encapsulamento de componentes.
Requisitos do adesivo
O adesivo posicionado entre as plataformas de soldagem fixa o componente
placa. Pode ser aplicado placa utilizando-se diversos mtodos: impresso
com tela, transferncia de adesivo ou por seringa de dosagem.
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Resumo
Pelo que foi visto na aula anterior e nesta aula, os adesivos foram criados
para facilitar os processos de fabricao. Eles contribuem para baratear os custos
dos produtos, aumentar a vida til dos componentes de mquinas e equipamentos, facilitar a manuteno, enfim, trazer benefcios e conforto para fabricantes
e usurios.
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Exerccio 2
Uma montagem rosqueada afrouxa quando ocorre uma alterao
permanente:
a) ( ) na cabea do parafuso;
b) ( ) na ponta do parafuso;
c) ( ) no comprimento do parafuso;
d) ( ) no dimetro do parafuso;
e) ( ) na lateral do parafuso.
Exerccio 3
O auto-afrouxamento ocorre quando a montagem rosqueada apresenta
movimentos entre as superfcies em contato. Esses movimentos so do tipo:
a) ( ) circular contnuo;
b) ( ) circular de translao;
c) ( ) retilneo alternativo;
d) ( ) deslizante;
e) ( ) circular de rotao e translao.
Exerccio 4
Os produtos anaerbicos usados para fixao de montagens cilndricas,
comparados aos dispositivos mecnicos (chavetas, montagens estriadas),
apresentam maior resistncia:
a) ( ) ao cisalhamento;
b) ( ) compresso;
c) ( ) toro;
d) ( ) ao alongamento;
e) ( ) ao impacto.
Exerccio 5
Os flanges so classificados como sistemas:
a) ( ) inertes;
b) ( ) estticos;
c) ( ) dinmicos;
d) ( ) ultra-snicos;
e) ( ) cinemticos.
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Dobramento
e curvamento
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Dobramento
O dobramento pode ser feito manualmente ou mquina. Quando
a operao feita manualmente, usam-se ferramentas e gabaritos. Na operao feita mquina, usam-se as chamadas prensas dobradeiras ou
dobradeiras
dobradeiras. A escolha de utilizao de um ou outro tipo de operao depende das necessidades de produo.
Nossa aula
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Para operar essas mquinas, o trabalhador precisa ter conhecimentos de clculo de dobra, de preparao do material
e de ajuste da dobradeira. Dependendo do
trabalho a ser executado, as dobras so
feitas com o auxlio de dispositivos especiais, existentes ou adaptados viradeira.
Essa operao amplamente empregada
na confeco de perfilados, abas, corpos
de transformadores etc.
Dobramento mquina
O dobramento mquina costuma ser executado numa prensa dobradeira.
uma mquina que executa operaes de dobramento em chapas de diversas
dimenses e espessuras, com medidas predeterminadas. , geralmente,
uma mquina de grandes dimenses, formada por uma barra de presso qual
acoplado o estampo com movimento vertical, e uma matriz localizada
na mesa inferior da mquina. Grande nmero de prensas dobradeiras apresenta
a mesa inferior fixa e a barra de presso mvel. Entretanto, podem-se encontrar
modelos que tm a barra fixa e a mesa inferior mvel. Muitas dobradeiras
chegam a atingir mais de 6 m de comprimento.
A prensa dobradeira pode se movimentar por energia mecnica ou hidrulica. Alguns modelos mais recentes tm comandos orientados por computador,
que permitem fazer uma srie de dobras diferentes na mesma pea, reduzindo
o manuseio e o tempo de fabricao. A figura a seguir mostra diferentes tipos
de dobra, feitos a partir da seleo de punes e matrizes correspondentes.
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Dobramento a quente
O dobramento a quente sempre feito manualmente, quando a espessura
do material a ser dobrado grande, acima de 5 mm. Quando se dobra maquina,
o processo sempre a frio, independentemente da espessura do material.
Quando se dobra o material com aplicao do calor, acontece o mesmo
fenmeno que ocorre quando se dobra a frio. As estruturas das fibras do lado
externo da dobra so esticadas e as fibras do lado interno da dobra, comprimidas.
As fontes de calor usadas para o aquecimento da pea so: a forja, o forno eltrico
a gs ou a leo e o maarico.
A temperatura de aquecimento varia, dependendo do material com que
se vai trabalhar. No caso de ao, cobre e lato, existe uma tabela de cores para
comparao com o material a ser trabalhado. Cada cor corresponde a uma
temperatura. Conforme a temperatura, a cor do metal muda, e assim possvel
saber quando a chapa est pronta para a operao. Desse modo pode-se ter mais
controle sobre o trabalho que se faz.
Para um bom resultado, preciso observar tudo aquilo que o trabalho
envolve, como: o metal de que a chapa feita, a espessura da chapa, a quantidade
de calor necessria, a presso que vai ser dada na dobra, os dispositivos
adequados etc.
Curvamento
A operao de curvamento feita manualmente
manualmente, por meio de dispositivos
e ferramentas, ou mquina
mquina, com auxlio da calandra
calandra, que uma mquina
de curvar chapas, perfis e tubos.
Curvamento manual
O esforo de flexo para a operao de curvamento feito mo, com
o auxlio de martelo, grifa e gabaritos, sempre de acordo com o raio de curvatura
desejado. Esta operao permite fazer cilindros de pequenas dimenses, suportes, flanges para tubulaes etc. Na figura seguinte vemos o curvamento de uma
barra com auxlio da grifa fixa
fixa, presa morsa, onde so aplicados esforos
gradativos para se conseguir a curvatura planejada, com ajuda da grifa mvel.
Curvamento a quente
O trabalho de curvar barras torna-se mais fcil quando o material recebe
aquecimento. Peas como anis, flanges, elos etc. so executados com xito
a quente quando observados cuidadosamente os componentes do processo
como: calor aplicado no local correto por meio de maarico ou forja adequados
espessura da pea, presso exercida durante o curvamento e dispositivos
adequados a cada tipo de trabalho.
Curvamento mquina
A mquina usada para curvar chapas chama-se calandra
calandra. Na calandra
so curvados chapas, perfis e tubos. As peas podem ser curvadas de acordo
com o raio desejado. Nesse tipo de mquina que se fabricam corpos ou costados
de tanques, caldeiras, trocadores de calor, colunas de destilao etc.
Elementos da calandra
A calandra constituda por um conjunto de rolos ou cilindros
cilindros, com
movimento giratrio e presso regulvel. O material a ser curvado colocado
entre rolos que giram e pressionam at que o curvamento esteja de acordo
com as dimenses desejadas.
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Nas calandras podem ser curvadas chapas de acordo com o raio desejado.
Quando se quer produzir um cone, cujos raios de curvatura so diferentes,
recorre-se a um tipo especial de calandra. Ela possui rolos inferiores que
se deslocam inclinados entre si, no sentido vertical.
Tipos de calandra
Existem calandras para chapas e calandras para tubos e perfis
perfis.
Calandras para chapas
Tm geralmente 3 ou 4 rolos. As de 3 rolos so as mais usadas na indstria
e nelas os rolos esto dispostos em formao de pirmide , como mostra
a ilustrao seguinte. As calandras para chapas com 4 rolos apresentam a
vantagem de facilitar o trabalho de pr-curvamento. Nas calandras de 3 rolos,
o pr-curvamento feito manualmente.
Calandra manual
Calandra mecnica
Calandra mecnica
com sistema hidrulico
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Vamos ver agora se voc aprendeu. Faa os exerccios a seguir e confira suas
respostas com as do gabarito.
Exerccio 1
Nas operaes de curvamento e dobramento ocorrem:
a) ( ) deformao elstica e deformao plstica;
b) ( ) deformao elstica e deformao por ruptura;
c) ( ) deformao plstica e deformao permanente;
d) ( ) deformao elstica e recuperao plstica.
Exerccio 2
As mquinas acionadas manualmente para dobrar so:
a) ( ) prensas dobradeiras;
b) ( ) morsas viradeiras;
c) ( ) viradeiras;
d) ( ) dobradeiras.
Exerccio 3
As mquinas para curvar chamam-se:
a) ( ) curvadeiras;
b) ( ) morsas;
c) ( ) calandras;
d) ( ) tornos.
Exerccio 4
A calandra formada por:
a) ( ) conjunto de rolos ou cilindros;
b) ( ) partes mveis dispostas em formao de pirmide;
c) ( ) carcaa e grifa;
d) ( ) rolos cnicos e rolos paralelos.
Exerccio 5
Existem tipos especiais de calandra para:
a) ( ) ao temperado e cobre;
b) ( ) chapas e tubos;
c) ( ) materiais com recuperao elstica;
d) ( ) deformaes a quente e a frio.
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Desempenamento
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a rea mecnica e metalrgica, desempenar a operao de endireitar chapas, tubos, arames, barras e perfis metlicos,
de acordo com as necessidades relativas ao projeto de construo.
O modo de desempenar depende do material e do produto. Se, por exemplo,
voc precisa trabalhar com uma barra plana e s dispe de uma barra empenada,
basta desempen-la com uma prensa, se no for espessa, ou manualmente,
com uma ferramenta de impacto.
Nesta aula, voc ter noes bsicas dos tipos e processos de desempenamento
e em que situaes ele feito.
Aspectos gerais
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Somente se desempenam peas cujos materiais metlicos forem plasticamente deformveis sob a ao de foras. o caso dos aos-carbono, aos
especiais, alumnio, cobre, zinco, chumbo e a grande maioria das ligas desses
metais. Por outro lado, ferros fundidos cinzentos geralmente no so
desempenveis, pois quebram-se facilmente quando submetidos a esforos
de endireitamento.
Tipos de desempenamento
O desempenamento depende da espessura e da natureza do material, pode
ser feito a frio ou a quente, em ambos os casos, por processo manual ou mecnico.
No processo manual so usadas as seguintes ferramentas: martelos, macetes,
marretas, grifas etc. Tambm so utilizados dispositivos de fixao (morsas,
grampos etc.) e dispositivos de apoio (cepo, encontrador etc.).
No processo mecnico so usadas mquinas como prensas, calandras,
marteletes pneumticos etc., cujos dispositivos exercem a fora necessria
ao desempenamento dos materiais.
Dependendo do modo como efetuado, o desempenamento classificado
em quatro grupos:
desempenamento por flexo;
desempenamento por toro;
desempenamento por estiramento;
desempenamento por calor (por chama).
O desempenamento efetuado por flexo corresponde ao procedimento
inverso do dobramento. As foras externas flexoras, atuando no material empenado, fazem com que ele adquira a forma desejada. Por flexo possvel
desempenar chapas, barras, perfis e tubos.
Como desempenar
Vejamos, primeiro, como desempenar, manualmente, uma tira abaulada.
Inicialmente, voc deve verificar o grau de empenamento da chapa, usando
uma rgua de controle. A verificao deve ser feita contra a luz.
Posicione, depois, a tira no cepo, previamente limpo.
A martelagem deve ser efetuada do centro da tira para as extremidades,
no sentido do comprimento com golpes de mesma intensidade, eqidistantes
entre si e alternadamente: direita e esquerda.
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Martelagem paralela
feita em linhas paralelas, partindo-se da periferia para o centro da salincia.
A intensidade das pancadas deve ser maior na periferia da salincia
e diminuir medida que se aproxima do centro.
Martelagem concntrica
efetuada batendo-se o martelo do centro para a periferia da salincia
abaulada. As pancadas descrevem trajetrias circulares crescentes.
LIVRE
TENSIONADA
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Viga "L"
Viga "T"
Viga "I"
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Mtodos avanados
de usinagem: feixe
de eltrons e ultra-som
O
homem primitivo s contava com as prprias mos para cortar os materiais. Depois, descobriu que podia fazer ferramentas de ossos, gravetos ou pedras. Com essas ferramentas rsticas, produzia suas
roupas, utenslios de cozinha, abrigos e armas.
Com a descoberta dos metais, o bronze e o ferro passaram a ser usados na
confeco de ferramentas manuais e, por um perodo que durou aproximadamente um milho de anos, os instrumentos feitos com esses materiais possibilitaram
ao homem exercer um gradativo domnio sobre os fenmenos da natureza.
At o sculo XVII, as ferramentas continuaram a ser operadas mo, ou por
dispositivos mecnicos rudimentares. Tais mtodos tornaram possvel a construo de navios, edificaes, moblias e utenslios diversos para uso cotidiano.
A compreenso de que a gua, o vapor e, mais tarde, a eletricidade podiam
ser usados como fontes de energia, possibilitou a produo de mquinasferramenta operadas por essas foras, levando ao desenvolvimento da indstria
das mquinas-ferramenta nos sculos XVIII e XIX.
No sculo XX, como voc j sabe, o desenvolvimento tecnolgico provocou
uma revoluo nos meios e modos de produo estabelecidos, possibilitando
o acesso a novas fontes de energia que, por sua vez, tornaram viveis novas
aplicaes industriais.
Nesta virada de sculo, os desafios impostos pelas novas necessidades de
produo continuam a ser vencidos a passos largos. Processos tecnolgicos
alternativos vm sendo desenvolvidos, na busca permanente de maior qualidade, maior produtividade e menor custo. Alguns desses processos voc j viu
em aulas anteriores deste mdulo, como o corte a laser , o corte plasma e o corte
por jato de gua.
Esta aula e a prxima sero dedicadas ao estudo de outros quatro mtodos
avanados de usinagem, de uso ainda pouco difundido entre ns. Nesta aula
sero abordadas a usinagem por feixe de eltrons e a usinagem por ultra-som.
Na aula seguinte, sero apresentados os mtodos de usinagem qumica
e usinagem eletroqumica.
Ao terminar o estudo dessas aulas, voc ter uma viso geral dos princpios
de funcionamento desses novos mtodos e dos procedimentos operacionais
dos equipamentos desenvolvidos para utilizar sua potencialidade.
ponto de fuso;
condutibilidade trmica;
resistividade eltrica;
peso atmico.
A U L A
77
Nossa aula
A U L A
77
Este processo foi inicialmente utilizado por volta dos anos 50, na rea de
soldagem, quando as primeiras construes nucleares passaram a exigir a
soldagem isenta de oxidao, de materiais reativos como o titnio e o zircnio.
O desenvolvimento das cmaras de vcuo trouxe a soluo para o problema
anterior e ainda permitiu um maior aproveitamento do potencial de energia dos
eltrons acelerados. Isso porque, numa cmara de vcuo possvel concentrar a
energia que seria dispersada pelo atrito dos eltrons com as molculas de ar, de
modo que se produza uma grande convergncia do feixe, com reduo das zonas
termicamente afetadas. O vcuo, alm de evitar a disperso do feixe, possibilita
obteno de elevadas densidades de energia e maior capacidade de penetrao
no material a ser usinado.
A convergncia do feixe pode ser ajustada por meio de lentes magnticas.
Dependendo do modo como o feixe aplicado sobre a pea, pode ser usado para
outras finalidades, alm da soldagem, como o tratamento trmico, o corte de
materiais e a microusinagem.
A figura a seguir mostra como a localizao do ponto de foco possibilita
a obteno de diferentes aplicaes do feixe.
Torr:
unidade de medida
de presso.
Equivale a 1/760 da
atmosfera normal.
O nome uma
homenagem ao
italiano Torricelli,
que desenvolveu os
estudos pioneiros
nessa rea.
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Wehnelt:
palavra alem que
quer dizer vlvula.
Ctodo revestido
de xido de metais
alcalinos (clcio,
estrncio e brio),
usado para
melhorar a emisso
de eltrons a
temperaturas
moderadas.
Deflexo:
mudana de
direo do
movimento de um
raio para um lado
(esquerdo ou
direito).
A U L A
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A U L A
77
A ferramenta no precisa ser muito dura, podendo ser feita de material fcil
de usinar, uma vez que no entra em contato com a pea.
Uma variao desse processo de usinagem obtida com o uso de uma
ferramenta rotativa, que aumenta a capacidade de remoo do material erodido.
Quando conjugado com uma mesa do tipo CNC, o equipamento com ferramenta
rotativa possibilita a obteno de figuras complexas, por contorneamento.
O processo de usinagem por ultra-som aproveita a energia de vibrao
mecnica, comunicada aos gros de abrasivo, que vibram na mesma direo
mecnica
do sonotrodo
sonotrodo.
O sonotrodo constitudo por uma barra metlica, na qual se ativam as
vibraes ultra-sonoras, no sentido do seu eixo. Na ponta do sonotrodo fixada
a ferramenta, com a forma inversa da que se deseja dar pea a ser usinada.
As vibraes mecnicas s se propagam atravs de um meio material, nunca
no vazio. Essas vibraes transmitem-se por excitao das molculas, que
oscilam ao redor de sua posio de repouso.
Um ponto em oscilao, partindo de uma posio extrema e voltando a esta
posio, completa um ciclo e tem uma amplitude (A) determinada. O nmero
de ciclos efetuados por unidade de tempo, ou freqncia das oscilaes, uma
caracterstica essencial das vibraes. A amplitude dada pelo mximo afastamento do ponto em relao a sua posio de equilbrio.
Ondas
longitudinais: as
partculas vibram
na mesma direo
da propagao da
onda, ou seja,
oscilam em torno
de sua posio de
repouso, em uma
direo paralela
direo de
propagao.
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Cada corpo tem uma freqncia prpria de vibrao. A produo dos ultrasons utiliza essa capacidade de vibrao que os corpos apresentam.
Efeito Joule
(Mag): diminuio
das dimenses de
um slido quando
submetido a um
campo magntico.
O efeito muito
pequeno e tem
algumas aplicaes
prticas
importantes como
no sonar, em
fongrafos etc.
Ressonncia:
a igualdade entre
a freqncia de
uma fonte e a
freqncia prpria
de vibrao de um
corpo. Nesse caso,
a fonte cede,
progressivamente,
energia ao corpo,
que passa a oscilar
numa amplitude
cada vez maior.
O efeito assim obtido muito pequeno, mas pode ser aumentado desde
que se consiga produzir a vibrao em ressonncia com as vibraes
prprias da barra.
Caractersticas do equipamento
Uma mquina de ultra-som para usinagem constituda, basicamente, pelos
seguintes componentes:
O conjunto montado sobre uma guia de preciso, que se desloca verticalmente, sem jogo nem atrito, e equilibrado por um sistema de contrapeso.
O equipamento inclui um dispositivo de regulagem de presso sobre a pea
a ser usinada, montado na parte exterior da mquina.
Nas mquinas mais antigas, um relgio comparador de leitura direta
permitia controlar permanentemente a profundidade de penetrao da ferramenta. Atualmente, esse controle feito por sistemas eletrnicos.
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A U L A
77
Pare! Estude!
Responda!
Exerccio 3
Na usinagem por feixe de eltrons, o ponto focal o ponto:
a) ( ) onde o feixe de eltrons atinge o material a ser usinado;
b) ( ) de maior densidade de energia;
c) ( ) de maior disperso de energia;
d) ( ) onde se encontra o maior nmero de eltrons.
Exerccio 4
Na usinagem por ultra-som, o corte do material se d pela ao:
a) ( ) da ferramenta fixada no sonotrodo;
b) ( ) do transdutor eletroacstico;
c) ( ) do amplificador de ressonncia;
d) ( ) do material abrasivo.
Exerccio 5
Na usinagem por ultra-som, a ressonncia
a) ( ) produz um rudo desagradvel;
b) ( ) aumenta a freqncia das oscilaes do gerador;
c) ( ) aumenta a amplitude da freqncia de vibrao do gerador de ultrasom;
d) ( ) diminui a freqncia das oscilaes do gerador.
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A UA UL L AA
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78
Usinagem qumica e
usinagem eletroqumica
N
Nossa aula
Entretanto, por mais espetaculares que sejam esses trabalhos artsticos, eles
no correspondem s exigncias atuais de um trabalho de usinagem industrial.
A usinagem requer a obteno de formas, arestas, dimenses e estados
de superfcie bem definidos. A Qumica permite cercar estes parmetros,
com exatido suficiente para garantir o xito das aplicaes industriais.
H mais ou menos quinze anos a indstria aeronutica vem se beneficiando
dos procedimentos de usinagem qumica para diminuir o peso das aeronaves,
eliminando quimicamente os materiais desnecessrios de determinadas peas,
a fim de melhorar a relao resistncia/peso, sem prejuzo da sua resistncia
mecnica.
Os conhecimentos adquiridos com a aplicao desta tcnica na indstria
aeronutica tornaram possvel aplicar a usinagem qumica a outros metais, alm
do alumnio, como o ferro, os aos, os aos inoxidveis , o titnio, o tntalo etc.
A usinagem qumica recebeu um impulso adicional da exigente indstria
eletrnica, para produzir um nmero crescente de peas precisas, delicadas,
de pequenas dimenses, sem nenhum tipo de deformao do metal. Esta tcnica
bastante difundida, tambm, para produo de circuitos eletrnicos impressos em chapas.
H cerca de cinco anos, as indstrias eltricas e a de mecnica de preciso
tambm aderiram a este mtodo, para confeccionar um nmero crescente
de materiais miniaturizados, que devem ser produzidos em srie.
Novas necessidades continuam surgindo, abrindo outros campos de aplicao para a usinagem qumica. Empresas especializadas nessa rea so capazes de
atender s exigncias de qualquer cliente, com base em um desenho tcnico ou
croquis com as dimenses e tolerncias definidas, com custos e prazos bastante
competitivos, pois este mtodo dispensa o elevado investimento na confeco
de ferramental e permite o trabalho em diversos tipos de materiais, inclusive
temperados, mesmo em produes em pequenas escalas.
A figura a seguir mostra alguns exemplos de peas produzidas por usinagem
qumica.
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Princpio de funcionamento
A U L A
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Etapas do processo
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A U L A
78
Por outro lado, a usinagem qumica proporciona peas sem rebarbas, sem
deformao e estruturalmente ntegras, pois esse mtodo de usinagem no se
baseia no impacto ou no arranque de material fora.
Alm disso, o tempo de produo de uma pea frgil, de formas complexas,
com tolerncias apertadas, muito menor por usinagem qumica que por meio
mecnico. Mesmo quando necessrio corrigir o desenho, ou o negativo
fotogrfico, ainda assim o tempo gasto menor que o necessrio para refazer
uma ferramenta mecnica convencional.
Agora que voc j tem uma idia geral sobre o funcionamento da usinagem
qumica, uma boa iniciativa comparar este mtodo usinagem eletroqumica,
que ser apresentada a seguir.
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78
A U L A
Fe + 2 H2O Fe (OH)2 + H2
A U L A
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Valncia:
capacidade de um
tomo de formar
ligaes qumicas.
A valncia de um
tomo indica
quantas ligaes
ele pode formar
com outro tomo.
A U L A
78
Importncia do eletrlito
O papel fundamental do eletrlito permitir a passagem da corrente eltrica,
para tornar possvel a dissoluo andica durante toda a usinagem. A natureza
do eletrlito deve ser tal que no permita a formao de produtos insolveis,
que poderiam neutralizar o nodo.
As reaes que ocorrem no ctodo tambm no podem ser menosprezadas: necessrio evitar qualquer depsito metlico que venha a alterar a forma
do eletrodo-ferramenta e diminuir a exatido de sua reproduo.
O eletrlito deve possuir alta condutibilidade, deve conservar suas caractersticas e deve poder ser regenerado facilmente.
Um fator que merece ateno que na usinagem eletroltica pode ocorrer
a formao de produtos txicos, dependendo do eletrlito utilizado.
Para finalizar, vale a pena enumerar algumas vantagens e limitaes
da usinagem eletroqumica.
Vantagens:
qualquer material condutor pode ser usinado por este mtodo;
a velocidade de retirada do material permite a obteno de estados
de superfcie rigorosos, sem danos estrutura do metal;
formas complexas podem ser reproduzidas por este mtodo;
no h desgaste da ferramenta;
possvel controlar a quantidade de material removido.
Inconvenientes:
problemas devidos corroso;
dificuldades prprias do processo de eletrlise;
existncia de elevadas presses hidrulicas;
dificuldades para ajustagem da ferramenta.
A U L A
78
a)
b)
c)
d)
(
(
(
(
);
);
);
).
Pare! Estude!
Responda
A U L A
78
Exerccio 4
Na usinagem eletroqumica, o fluxo de eltrons:
a) ( ) vai do ctodo para o nodo;
b) ( ) sai do eletrlito;
c) ( ) vai do nodo para o ctodo;
d) ( ) caminha tanto do nodo para o ctodo como do ctodo para o nodo.
Exerccio 5
Na usinagem eletroqumica, o GAP entre os eletrodos inversamente
proporcional:
a) ( ) velocidade de corte;
b) ( ) quantidade de material removido;
c) ( ) intensidade de corrente aplicada;
d) ( ) voltagem aplicada.
A
L AL
AUU
79
Comparao dos
mtodos de usinagem
79
Nossa aula
A U L A
79
MODO DE REMOO DO
DO PROCESSO
MATERIAL
NOME
DO PROCESSO
Mecnica
por eroso
Qumica
por reaes
qumicas
- usinagem qumica
Eletroqumica
por reaes
eletrolticas
- usinagem eletroqumica
Eletrotrmica
por fuso /
vaporizao
- usinagem a laser
- usinagem por plasma
- usinagem por feixe de eltrons
- usinagem por eletroeroso
P ROCESSO
A PLICAES
Eletroeroso
Eletroqumica
Plasma
Ultra-som
Ultra-som rotativo
Feixe de eltrons
Jato de gua
Jato de gua com abrasivo
Laser
Microusinagem
Qumica
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A U L A
79
Resolvendo um problema
Uma microempresa especializada em usinagem eletroqumica distribuu
um folheto de divulgao com o seguinte apelo de vendas:
Envie um desenho tcnico ou um croqui com as dimenses e ns realizaremos todos os demais servios em nossa prpria indstria.
Um cliente interessou-se pela oferta e encaminhou o croqui abaixo.
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torneamento, fresamento,
retificao, aplainamento etc.
Laser
Oxicorte
Arco plasma
Eletroeroso
Qumica
Eletroqumica
Ultra-som
A U L A
Variveis
Processos convencionais
de usinagem
79
Processos
Feixe de
eltrons
natureza energtica
mecnica
mecnica
eletrotrmica
trmica
eletrotrmica
eletrotrmica
qumica
eletroqumica
mecnica
eletromecnica
agente de corte
cunha de corte
gua sob
presso
radiao
luminosa
alta
temperatura
gases e alta
temperatura
descarga
eltrica
agente
corrosivo
eletrlito
martelamento
eltrons
remoo do material
cisalhamento
eroso
fuso e
vaporizao
fuso
fuso e
vaporizao
fuso e
vaporizao
corroso
qumica
deslocamento
de ons
eroso
fuso e
vaporizao
alteraes na estrutura
cristalina
no ocorre
no ocorre
localizada
no ocorre
no ocorre
no ocorre
no ocorre
no ocorre
no ocorre
localizada
velocidade de usinagem
alta
alta
mdia
alta
baixa
baixa
baixa
baixa
alta
alto
alto
baixo
mdio
mdio
baixo
mdio
alto
alto
grau de acabamento
bom
bom
regular
mdio
bom
bom
bom
bom
mdio
materiais metlicos no
ferrosos
aplicvel
aplicvel
aplicao
limitada
no indicado
aplicvel
aplicvel
aplicvel
aplicvel
aplicvel
aplicvel
aplicvel
aplicvel
aplicvel
no indicado
no indicado
no aplicvel
no indicado
no aplicvel
aplicvel
no indicado
formas complexas
aplicvel
recomendado
no indicado
aplicvel
recomendado
recomendado
recomendado
aplicvel
aplicvel
peas delicadas
dependendo do processo,
apresentam muitas limitaes
aplicvel
aplicvel
no aplicvel
aplicvel
recomendado
recomendado
recomendado
aplicvel
aplicvel
microusinagem
no indicado
indicado
indicado
no aplicvel
no
recomendado
aplicvel
indicado
indicado
indicado
indicado
indicado
indicado, com
restries
no indicado
aplicvel
recomendado
aplicvel
aplicvel
indicado
aplicvel
Notas:
no indicado = possvel realizar a usinagem, mas apresenta muitas contraindicaes
no aplicvel = a usinagem no possvel
aplicvel
= permite a realizao da usinagem
recomendado = o mais indicado para realizar a usinagem
Exerccio 1
As mquinas-ferramenta clssicas apresentam muita dificuldade para usinar:
a) ( ) formas helicoidais;
b) ( ) formas angulares internas;
c) ( ) superfcies cnicas de revoluo;
d) ( ) perfis complexos.
Exerccio 2
Escreva V (verdadeiro) ou F (falso).
a) ( ) Com o advento dos novos mtodos de usinagem, a tendncia
o desaparecimento dos mtodos tradicionais.
b) ( ) Os novos mtodos de usinagem so sempre mais vantajosos que
os mtodos tradicionais.
c) ( ) Em cada situao, a escolha do mtodo de produo depende de um
conjunto de fatores, entre os quais viabilidade tcnica e custos.
d) ( ) Todos os mtodos avanados de usinagem encontram-se, ainda, em
fase experimental.
Exerccio 3
Na usinagem a laser, a natureza energtica do processo :
a) ( ) eletrotrmica;
b) ( ) qumica;
c) ( ) eletroqumica;
d) ( ) mecnica.
Exerccio 4
Associe corretamente a coluna da esquerda com a coluna da direita.
Modo de remoo do material
Processo
a) eroso
1. ( ) usinagem por ultra-som
b) reaes eletrolticas
2. ( ) usinagem por feixe de eltrons
c) fuso / vaporizao
3. ( ) usinagem por jato de gua
d) reaes qumicas
4. ( ) usinagem por plasma
Exerccio 5
Cite um exemplo de mtodo avanado de usinagem aplicvel a cada uma
das situaes a seguir:
a) microusinagem: ................................................................................................
b) usinagem de materiais condutores: ..............................................................
c) usinagem de materiais maus condutores: ...................................................
d) usinagem de peas delicadas: ........................................................................
Pare!
A U L Estude!
A
Responda!
79
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80
80
Processos de
fabricao: tendncias
e perspectivas
Q
uando um piloto de Frmula 1 sobe ao pdio, o mrito pela vitria deve ser creditado no apenas a ele, mas tambm a toda
uma equipe, que trabalhou em conjunto para que seu desempenho pudesse
ser cercado de xito.
Voc j viu, por exemplo, o que acontece em cada parada no box: um grupo
de profissionais altamente qualificados acerca-se do veculo e cada um faz a sua
parte, com eficincia, para que o piloto possa ganhar alguns milsimos de
segundo de vantagem em relao aos concorrentes. A troca de pneus, o abastecimento de combustvel, a verificao das partes vitais do veculo, tudo isso
feito com o mximo cuidado, rapidez e coordenao de movimentos. Tudo
funciona dentro de uma concepo sistmica, em que as aes esto interligadas,
influenciam-se mutuamente e contribuem para um resultado que s ser obtido
muitas voltas depois.
Nas empresas ocorre uma situao semelhante: para que a organizao
atinja seus objetivos, necessrio que seus colaboradores (funcionrios de todos
os nveis e prestadores de servios em geral) trabalhem harmoniosamente,
conscientes de que uma parcela do sucesso da empresa depende do grau e da
qualidade do seu envolvimento no processo produtivo. Ou seja, pode-se considerar que toda empresa funciona como um sistema, voltado para a produo
de bens ou servios.
Os sistemas, por definio, so dinmicos. s vezes fica difcil, para quem
est dentro do sistema, ter uma viso global das mudanas que esto ocorrendo.
O objetivo desta aula ajud-lo a olhar o sistema produtivo de fora,
analisando as tendncias e perspectivas de utilizao dos processos de fabricao convencionais e avanados nesta virada de sculo.
Nossa aula
A U L A
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A U L A
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O profissional do futuro
Para enfrentar essa nova realidade, o profissional dever ser polivalente
polivalente,
isto , capacitado a desempenhar mltiplas funes. J h exemplos dessa
tendncia nos dias atuais: nas empresas onde vigora a filosofia de qualidade
assegurada, qualquer operador tem autoridade para interromper a produo, se detectar falhas, devendo pesquisar e executar as formas de correo.
No sistema TPM (manuteno produtiva total), no qual a meta quebra
zero, cada trabalhador responsvel pela conservao do equipamento
que utiliza, o que inclui a realizao de tarefas rotineiras de manuteno
e limpeza. Isso valoriza o profissional, mantendo-o motivado a buscar atualizao contnua.
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Exerccio 1
Analise o pargrafo a seguir, extrado de uma palestra proferida pelo
professor Jos Pastore, em 1995.
Pare! Estude!
Responda!
A UA UL L AA
21
21
Gabaritos
das aulas 61 a 80
Aula 61 - Corte com jato de gua
1.
2.
3.
4.
5.
d
b; c
a
d
b, c, d
d
b
a, b
a
c
Aula 63 - Oxicorte
1.
2.
3.
4.
5.
c
a
d
c
d
Aula 65 - Metalurgia do p
A U L A
1.
a) obteno do p;
b) compactao do p;
c) sinterizao propriamente dita.
21
2.
3.
4.
5.
Aula 66 - Mandrilamento
1.
2.
3.
4.
5.
c
d
b
b
a
Aula 67 - Brochamento
1.
2.
3.
4.
5.
d
c
a
b
d
d
a
c
a
b
3.
4.
5.
9,866 mm
a) V
b) V
c) F
d) V
c
@7A
40 mm
A U L A
21
Aula 70 - Pantgrafo
1.
2.
3.
4.
5.
b
c
c
d
a
c
d
a
c
a
Aula 72 - Repuxo
1.
2.
3.
4.
5.
b
a
b
b
b
Aula 73 - Adesivos I
1.
2.
3.
4.
5.
Aula 74 - Adesivos II
1.
2.
3.
4.
5.
c
c
d
a
b
a
c
3.
4.
5.
A U L A
c
a
b
Aula 76 - Desempenamento
1.
2.
3.
4.
a
d
b
a
b
a
b
d
c
2.
3.
4.
5.
a)
b)
c)
d)
b
c
c
a
V
F
V
V
3.
4.
5.
d
a)
b)
c)
d)
a
a
c
a
c
a)
b)
c)
d)
F
F
V
F
21
A U L A
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Bibliografia
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21
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