Direito Administrativo III

Direito Administrativo III
Resoluo Hiptese Prtica

Antes de mais nada, cabe abordar de forma introdutria , o temas dos mbitos de aplicao do CCP,
enquadrando os regimes jurdicos aplicveis.
Quanto ao mbito objectivo (em razo do objecto), o art.1 distingue 3 tipos de contrato:
O art.1/2, refere-se aos contratos pblicos que sero assim designados em funo da
natureza subjectiva das entidades que os celebrem.
O art.1/3 tem como objecto os atos administrativos substitutivos de contrato, figura que tem
na sua gnese uma ratio legis especfica
O art.1/5, diz respeito figura do contrato administrativo.
s figuras contratuais do n 2 e 3 do art.1, aplica-se sempre a Parte II do Cdigo, enquanto que ao
contrato administrativo aplicado a Parte III.
Quanto ao mbito subjectivo ( em razo da natureza das entidades), este mbito consagra-se atravs
do art.2 e determina quem so entidades adjudicantes.
De minha opinio, nesta hiptese levanta-se um problema de aplicao do mbito subjectivo visto
estarmos perante uma sociedade comercial integralmente financiada pelo Estado (capital pblico).
Abrindo-se a questo sobre ser esta entidade um ODP ( Organismo de Direito Pblico), relevam os
requisitos do art.2/2.
Esta figura, criada pela jurisprudncia comunitria ( Acordo Mannesmann) para ser considerada
como tal ter que obedecer a 2 requisitos (cumulativos):
-O primeiro (2/2 a) i)), obriga a que estas entidades no tenham carcter comercial nem industrial,
e que tenham sido criadas para satisfazer necessidades de interesse geral.
Quanto primeira parte, a doutrina e a jurisprudncia tm vindo a fazer uma interpretao restritiva.
Assim sendo, apenas as entidades estritamente comerciais e submetidas a tais politcas sero
entendidas como tais, e para isso tm que completar 3 requisitos:
Ter lucro.
Suportar os prejuzos da sua atividade
Atuar em regimes concorrenciais.
Quanto a este primeiro, entendendo que o fornecimento de refeies no propriamente uma

atividade submetida lgica da concorrncia ( poderia por estas palavras entender-se que se trataria
de um servio de catering, este sim submetido a uma tal lgica concorrencial, mas entendo que tal
servio destinado a um aglomerado enorme de escolas bsicas de todos o pas seria insustentvel
para o Estado).
Verifica-se que esta entidade no suporta os prejuzos da sua atividade, pelo facto de o capital social
ser inteiramente pblico.
Alm disso, este tipo de servio entende-se ser de interesse geral e portanto, cumpre os requisitos da
alnea i).
Quanto alnea ii) j vimos que o facto de o Estado ser accionista nico importa o cumprimento dos
requisitos desta alnea.
Logo, qualificada esta entidade como um ODP, ser logicamente uma entidade adjudicante, em
funo do art.2/2.
Tendo em conta que esta sociedade comercial ser, em prncipio, uma entidade adjudicante, e
verificando-se que o Ministrio da Educao, fazendo parte da estrutura orgnica do Estado (2/1
a)), o contrato ser celebrado entre entidades adjudicantes, rementendo-se assim para a figura da
contratao excluda.
Nesta seco, releva o art.5/2, juntamente com os requisitos das alneas a) e b).
A alinea a) entende-se cumprida, sendo consequncia do facto de o Estado ser accionista
nico.
A alinea b) levanta mais dvidas mas atravs de uma lgica decorrente do facto de o
contrato a celebrar abranger prestaes de fornecimente a entidades que se integram no
Ministrio da Educao, que por sua vez integra o Estado Portugus, accionista desta
sociedade, entendo que esta desenvolva esta sua atividade em benefcio de outras vrias
entidades pertencentes estrutura orgnica do Estado.
Importa referir que o critrio aqui em questo quantitativo e ter de ser de 80% do volume
de negcios.
Posto isto, verifica-se que ser uma relao in-house providing pelo facto de o Estado ser accionista
nico desta sociedade, sendo assim uma relao abrangida pelo art. 5, referente contratao
excluda e portanto, no se aplicar a Parte II do Cdigo.
Aluno Diogo N. J. F. Faria

Num 23747
Subturma 1
3 Ano TAN

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Quanto a este primeiro, entendendo que o fornecimento de refeies no propriamente uma

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