Artigo Sobre A Graça em Santo Agostinho
Artigo Sobre A Graça em Santo Agostinho
Artigo Sobre A Graça em Santo Agostinho
Salvador
2014
Salvador
2014
da lei pois recebe-se de Deus o conhecimento atravs de seu auxlio pelo qual o
indivduo sabe o que fazer e o amor inspira a boa vontade e isso o homem j sabe.
Agostinho diz que conhecer a lei sem o auxlio da graa. A lei como proibio desperta
o desejo do mal, pois a lei longe de cessar o pecado d-le um novo corpo e o multiploca.
O proposito principal de dar conhecimento da prpria impotncia e misria e promove
a busca ao mdico e aos medicamentos. Para Agostinho quere crer e querer amar so
dons puramente gratuitos de Deus. No se deve a iniciativa pessoal do sujeito o mrito
do incio da f e do inicio do amor. A vontade pessoal do crente tem uma
participao mnima na obra salvifica comparada a eficcia da plenitude da ao divina.
Agostinho afirma que a vontade de crer um dom de Deus: se a vontade de crer
procedesse da natureza humana, deveria existir em todo, pois o mesmo Criador de
todos. Porque ele no a concede a todos se quer que todos os homens se salvem?. O
comentrio sentena A letra mata... demonstrao ampla que o arbtrio e a lei, sem
a graa, so insuficientes e ineficazes para justificar o ser humano. Somente a f o
princpio da justificao. Agostinho diz que ningum alcanou a perfeio ou alcanar
nessa vida, com exceo de Jesus Cristo nico Mediador, imune de todo o pecado
experimentou a fragilidade humana semelhana da carne de pecado. Agostinho achava
que era possvel um homem com o auxlio divino viver sem pecado, mas no final desse
tratado conclui que a perfeio no teve e nem ter nenhum ser humano aqui na terra,
com exceo daquele no qual todos recebero a vida (1Cor15,22).
Consideras estar ouvindo um absurdo ao dizer-te que algo seja possvel sem que se
apresente um exemplo de sua existncia. No entanto jugo eu, no duvidas nunca de ter
acontecido que um camelo tenha passado pelo buraco de uma agulha, e, no entanto,
Cristo afirmou que isso era possvel para Deus (Mt 19,24-26). E ls, outrossim, que
doze mil legies de anjos poderiam lutar por Cristo, impedindo que sofresse a Paixo, e
isto no se verificou (Mt 26,53). Est escrito tambm que Deus poderia exterminar
simultaneamente todos os pagos que ocupavam a terra prometida aos filhos de Israel
(Dt 31,3), mas Deus no quis que isto acontecesse seno gradativamente (Jr 2,3). E
poder-se-iam citar outros seiscentos casos que poderiam ou podem ocorrer, mas no
podemos dizer que tenham acontecido. Podemos concluir que no devemos negar a
possibilidade de o homem viver sem pecado pelo fato de no existir ser humano algum
em que isso tenha acontecido, a no ser aquele que no somente homem, mas
tambm Deus por natureza(AGOSTINHO,A graa(I).1999,p.18).
A NATUREZA E A GRAA
tende para o xodo e, de certa forma, um xodo, do no-ser para o ser. Todavia, a
criao no esta separada da economia da salvao e encontra na pessoa de Jesus Cristo,
no seu mistrio pascal, seu pleno cumprimento.
No incio do sculo V veremos surgir a figura de Pelgio, monge procedente da
Inglaterra, que difundiu a sua viso pessoal da vida crist. Pensava ele que a natureza
humana no tinha ficado afetada pelo pecado original pois este afetou somente Ado.
Portanto, o homem conservava intactas as suas foras morais, e podia, s com elas,
tanto fazer o bem, como evitar o mal, converte-se e salvar-se. Para Pelgio, o pecado
no mais que uma simples desordem moral que o homem pode equilibrar com a sua
prpria e livre deciso.
Assim sendo Santo Agostinho ir combater fortemente a sentena Pelagiana
afirmando que a justificao uma dimenso da Graa de importncia fundamental. O
homem no pode por si mesmo sem nenhum auxlio de Deus se salvar, Deus age
continuamente na histria pessoal do homem. Agostinho rebater o pensamento de
Pelgio em relao a graa colocando que o mesmo se contradiz em seu pensamento
onde Pelgio ir dizer:Portanto, na vontade e na ao a glria do homem pela prtica
do bem, e depois acrescenta: ou melhor, do home e de Deus.
O favor de Deus concedido ao homem pecador, nele se demonstra a iniciativa
divina e, portanto, o primado absoluto da Graa, embora no seja dado sem a nossa
cooperao. A justificao obra da justia de Deus; e a justia de Deus salvadora. A
fidelidade do Deus da Aliana no AT demonstrou-se em Jesus Cristo, no qual Deus nos
d a manifestao definitiva de sua justia. Assim, Jesus foi feito pecado para ns, para
que pudssemos tornar-nos justia de Deus nele.
Deus, deixamos de ser seus inimigos e passamos a ser seus amigos . E principalmente
na Epstola aos Romanos que a manifestao da justia de Deus ocupa um lugar central.
A justia de Deus, bem como sua veracidade e fidelidade, s quais se opem a
infidelidade, o engano e a injustia humanas aparece de novo em Rm 3, 4: nossa
injustia reala a justia de Deus. Entretanto, Deus justo enquanto perdoa o pecador e
no o castiga. Rm 3, 21ss revela-nos a justia de Deus em Jesus Cristo, independente da
lei e, portanto, gratuita, provindo da Graa. Nossa nica fonte de salvao, portanto,
consiste em acolher a obra de Cristo. , consequentemente, pela f em Jesus Cristo que
o homem justificado, no em virtude do cumprimento da lei. Para Paulo, Deus no
apenas Deus dos hebreus, mas de todos os homens. Assim sendo, a justificao pela f
significa justificao para todos os homens, ou seja, a salvao e a Graa de Jesus Cristo
so universais.
Dado que o homem justificado pela f em Jesus Cristo, esta f se exprime em
uma mudana de vida, de comportamentos, de pensamentos e atitudes. A transformao
interior do homem uma consequncia da presena de Deus em si mesmo. Como nos
diz Landaria nenhum dom criado capaz de oferecer um ttulo suficiente para a
comunho com Deus. Somente o prprio Deus pode levar-nos a ele, Deus santifica o
homem com sua presena e isso produz seu efeito em nosso ser criatural. Em resumo,
ns tambm recebemos a Graa como qualidade juntamente com o prprio Deus, que
aquele que cria em ns com sua presena. Nosso ser deriva da ao do prprio Deus. A
Graa libertadora: d ao homem a capacidade de fazer o bem porque nos faz sair do
nosso egosmo e de nossa escravido do pecado. Se dissermos que o homem s se
realiza a si mesmo na liberdade, pois a liberdade fruto da Graa e, assim, nos torna
capazes de sua mxima realizao, a resposta ao amor de Deus que se d a ns em Jesus
Cristo. A liberdade no algo que se possui mas que se busca e a Graa d liberdade
um novo sentido e abre-nos aos outros, libertando-nos de nosso prprio egosmo. A
liberdade a capacidade de realizar o bem, e no porque esse bem dom de Deus que
no autenticamente humano. A iniciativa do amor de Deus no elimina a resposta do
homem, antes a suscita. O dom de Deus se faz realidade em ns, transformando nossos
pensamentos e aes em expresses de seu amor e de sua Graa para os outros seres
humanos.
Concluso
Aps o curso e a concluso deste trabalho, podemos concluir que a Graa de
importncia fundamental para a vida dos fiis, pois aprendemos e nos conscientizamos
da ao de Deus em favor do homem em seu Filho Jesus Cristo, por meio do Esprito
Santo. O homem, criado imagem e semelhana de Deus, vai a cada dia a ele se
assemelhando e reponde com seus atos ao amor infinito de Deus.
A Experincia da Graa age no particular de cada um, onde a mesma se expressa no
amplo e vasto horizonte Cientifico tecnico da sociedade, trazendo para o concreto da
vida que est imersa no contexto scio-cultural a pessoa faz sua experincia de encontro
com a Graa de maneira individual, com isso no podemos dizer que Deus d o dom da
Graa a toda e qualquer pessoa sem que ela contribua para Graa acontecer, mais a
pessoa acolhe a Graa como forma de vida sendo parte integrante da sua vida na
sociedade e no mundo que vive .
Para alcanar to precioso dom e fazer experincia dessa Graa que no uma palavra
simplesmente mais sim uma pessoa Deus, preciso se despir e superar conflitos de uma
sociedade moderna que visa a ganncia e o poder fazendo da experincia da Graa e no
deixa-se influnciar por doutrinas contrrias a participao e ao de Cristo na vida do
homem como vimos o embate entre Pelgio e Santo Agostinho sobre a atuao divina e
disposio do humano para com Deus.
BIBLIOGRAFIA