1. O documento faz uma comparação nutricional entre duas espécies de algas Gracilaria (G. cornea e G. domingensis) encontradas no litoral nordestino do Brasil.
2. As análises mostraram que ambas as algas são boas fontes de proteínas e carboidratos, com teores de 17,8% e 61,97% em G. cornea e 16,6% e 52,92% em G. domingensis, respectivamente.
3. G. domingensis se destacou por ter alto teor de sais minerais
1. O documento faz uma comparação nutricional entre duas espécies de algas Gracilaria (G. cornea e G. domingensis) encontradas no litoral nordestino do Brasil.
2. As análises mostraram que ambas as algas são boas fontes de proteínas e carboidratos, com teores de 17,8% e 61,97% em G. cornea e 16,6% e 52,92% em G. domingensis, respectivamente.
3. G. domingensis se destacou por ter alto teor de sais minerais
1. O documento faz uma comparação nutricional entre duas espécies de algas Gracilaria (G. cornea e G. domingensis) encontradas no litoral nordestino do Brasil.
2. As análises mostraram que ambas as algas são boas fontes de proteínas e carboidratos, com teores de 17,8% e 61,97% em G. cornea e 16,6% e 52,92% em G. domingensis, respectivamente.
3. G. domingensis se destacou por ter alto teor de sais minerais
1. O documento faz uma comparação nutricional entre duas espécies de algas Gracilaria (G. cornea e G. domingensis) encontradas no litoral nordestino do Brasil.
2. As análises mostraram que ambas as algas são boas fontes de proteínas e carboidratos, com teores de 17,8% e 61,97% em G. cornea e 16,6% e 52,92% em G. domingensis, respectivamente.
3. G. domingensis se destacou por ter alto teor de sais minerais
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ALGAS COMESTVEIS: COMPARAO NUTRICIONAL ENTRE ESPCIES
DE GRACILARIA (G. CORNEA E G. DOMINGENSIS) DE OCORRNCIAS
NO LITORAL NORDESTINO Clara Mariana Barros CALADO 1 , Vanusia Cavalcanti FRANA PIRES 2 ; Aline Pacheco ALBUQUERQUE 1 ; Kryslaine Machado de Almeida dos SANTOS 1 ; Eliane Rolim FLORENTINO 3 . 1 Departamento de Qumica, Universidade Estadual da Paraba UEPB, Campus I, Campina Grande PB. E-mail: [email protected]. Telefone (83)9663 3527.
2 Departamento de Tecnologia Sucroalcooleira, Universidade Federal da Paraba UFPB, Campus I 3 Departamento de Qumica, Universidade Estadual da Paraba UEPB, Campus I, Campina Grande PB
RESUMO
As algas so comidas visando seu valor nutricional, sabor, cor e textura sendo combinadas com vrios outros tipos de alimentos. As anlises de certas algas comestveis mostraram que muitas contm significantes quantidades de protenas, vitaminas e minerais que so essenciais para a nutrio humana. O filo Rhodophyta possui alguns gneros de importncia econmica, como a Gracilaria. Essas macro-algas apresentam colorao vermelha e so ricas no ficocolide gar. No litoral nordestino a ocorrncia de vrios gneros de Gracilaria, entre elas a G. cornea e G. domingensis. Estas algas esto sendo cultivadas e comercializadas, j desidratadas, para consumo humano. Da a importncia da caracterizao fsico-qumica visando determinar seus nutrientes. As algas (G. cornea e G. domingensis) apresentaram riqueza nos teores de protena (17,80 e 16,60%) e carboidratos (61,97 e 52,92%) e baixos teores em lipdios (0,57 e 1,43%), respectivamente. Em especial a G. domingensis apresentou alto aporte de sais minerais (14,43%). Ambas as algas mostram serem adequadas para um consumo alimentar saudvel.
PALAVRAS-CHAVE: Algas desidratadas, composio fsico-qumica, algas vermelhas.
1 INTRODUO
O Brasil possui cerca de 700 espcies de macro-algas marinhas incluindo as do filo Rhodophyta com alguns gneros de importncia econmica, como a Gracilaria, Gelidium e Hypnea (CABRAL, 2010). Apesar dessa diversidade e extenso litornea as algas so pouco exploradas comercialmente, sendo quase restrita a explorao de alguns gneros de algas vermelhas. Nosso consumo como alimento praticamente inexistente comparado ao consumo dos pases como Japo e China. As macro-algas so
ricas em polissacardeos e minerais, entretanto, poucas tm sido usadas amplamente como plantas comestveis podendo elevar potencialmente seu valor como alimento humano ou aditivo e expandir sua comercializao (OLIVEIRA et al., 2000). Muitas rodofceas so utilizadas comercialmente como alimento humano, na extrao do gar utilizado na fabricao de gomas, laxantes ou, ainda, como meio de cultura para bactrias. Outro aspecto de interesse econmico a extrao da carragenana, um hidrocolide usado na produo de alimentos, principalmente nas indstrias de laticnios (iogurtes, flans, sorvetes, achocolatados) e na fabricao de gelatinas e como espessante (PEREIRA, 2010 a e b; PEDROSO, 2006; NAGAI; YUKIMOTO, 2003). Espcies de Gracilaria so comestveis e cultivadas em vrias partes do mundo. Seu consumo pode ser direto como massa alimentcia, para compor saladas e bolinhos de arroz e, indireto, na extrao do Agar. Gracilaria fresca vendida como uma salada de vegetais no Hava (EUA) por vrias dcadas, chegando a produzir at 6 toneladas de peso fresco por semana. Tambm na Indonsia, Malsia, Filipinas e Vietnam, espcies de Gracilaria so recolhidas para alimentao. Nas ndias Ocidentais ela vendido em mercados como "musgo marinho" e tem fama de propriedades afrodisacas, sendo ainda usada como base para uma bebida no-alcolica (McHUGH, 2003 e 2003). A regio costeira compreendida entre os estado do Cear ao Rio de Janeiro abriga a flora algal mais diversificada do pas. No tocante explorao de espcies com fins comerciais, a atividade de maior porte corresponde coleta de algas vermelhas (Gracilaria e Hypnea) no litoral do nordeste, principalmente na costa entre os estados do Cear e da Paraba (RODRIGUES, 2006; VIDOTTI; ROLLEMBERG, 2004; OLIVEIRA et al., 2010). A espcie Gracilaria cornea rica em gar e utilizao na dieta humana. Apresenta fentipos de cor vermelho. A espcie Gracilaria
domingensis tambm rica em gar, mas sua importncia deve-se a sua maior utilizao na dieta humana. Apresenta fentipos de cor vermelho (selvagem), verde e marrom (RAMLOV, 2007). Diversos fatores contribuem para diferenas entre as composies fsico-qumicas das algas, entre eles, espcie, tempo de colheita, condies climticas e do tipo de cultivo. Este trabalho apresenta a caracterizao fsico-qumica de duas espcies de Gracilaria (G. cornea e G. domingensis) visando a comparao entre seus constituintes do ponto de vista nutricional como alimento.
2 METODOLOGIA
A matria-prima foi coletada em maio de 2012, de cultivo flutuante na praia da Baleia em Itapipoca (CE). A alga foi classificada, selecionada, retirada as sujidades, lavada abundantemente com gua, de 5 a 8 vezes, e colocada para desidratao sob luz solar. A alga in natura desidratada foi pesada, embalada e transportada para o Laboratrio de Alimentos do Ncleo de Pesquisa e Extenso em Alimentos (NUPEA) do Departamento de Qumica da Universidade Estadual da Paraba Campus I Campina Grande (PB). As anlises fsico-qumicas foram realizadas em triplicata, sendo avaliados os parmetros de pH, umidade, protenas (fator 6,25), lipdios, resduos minerais (cinzas), realizadas de acordo com as normas do Instituto Adolfo Lutz (1985). Carboidratos foi calculado por diferena dos demais teores encontrados. A Figura 1 apresenta exemplares das Gracilaria em bancos naturais, ligadas ao seu substrato, que foram estudadas neste trabalho.
FIGURA 1 - Exemplares de Gracilaria cornea e de Gracilaria domingensis em bancos naturais
Legenda: Exemplares de Gracilaria cornea (esquerda) e Gracilaria domingensis (direita).
Estas espcies quando submetidas desidratao sofrem perda de colorao (Figura 2) e so comercializadas para consumo direto como macarro. Entretanto elas adquirem elevado valor de comercializao para extrao do ficocolide gar.
FIGURA 2 Exemplares de Gracilaria cornea e Gracilaria domingensis desidratadas e hidratadas
Legenda: Gracilaria cornea (acima) e Gracilaria domingensis (abaixo), desidratadas (direita) e hidratadas (esquerda)
3 RESULTADOS E DISCUSSO
Nas anlises fsico-qumicas (Tabela 1) o valor de pH evidencia a neutralidade do alimento, fato que favorece a indicao de seu consumo uma vez que combina perfeitamente com qualquer tipo de acompanhamento. O teor de protenas (16,60%) foi superior ao encontrado por Pereira (2009) (11,26%) em G. domingensis de bancos naturais no RN. O valor de lipdios (1,61%) ficou acima do encontrado por Gressler et al. (2009) (1,30%) e Costa, Matias e Souza (2012) (0,97%). O teor de cinzas de 14,43% est prximo ao reportado por Frana Pires et al. (2012a, b ) para a G. domingensis com 12,43%.
TABELA 1: Anlises fsico-qumicas das Gracilaria cornea e Gracilaria domingensis desidratadas
Batista (2008) ao desidratar Gracilaria sp para elaborao de rao para peixes encontrou teores de 13,5% para protena e umidade de 10,3%, evidenciando as riquezas proteica este gnero apresenta. Neste trabalho os valores encontrados foram superiores ao deste autor. A riqueza nos teores de carboidratos atribuda presena do gar.
4 CONCLUSES
Ambas as algas evidenciam serem boas fontes proteica e, em especial a Gracilaria domingensis, apresenta alto teor de sais minerais. Por ser pobres em lipdios o consumo destas pode ser recomendado para pessoas que estejam submetidas a controle de peso corpreo. As algas apresentam excelente aporte nutricional e seu consumo deve ser estimulado como hbito de ingesto de alimentos saudveis.
REFERNCIAS
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