O documento analisa o poema "Satã" de Cruz e Souza, pertencente à obra "Broquéis". Discute as características do Simbolismo Brasileiro presentes no poema, como a ênfase na subjetividade, nos valores ocultos e no mistério por trás das aparências. Também apresenta brevemente o contexto do surgimento do movimento Simbolista no Brasil e suas principais características estilísticas.
O documento analisa o poema "Satã" de Cruz e Souza, pertencente à obra "Broquéis". Discute as características do Simbolismo Brasileiro presentes no poema, como a ênfase na subjetividade, nos valores ocultos e no mistério por trás das aparências. Também apresenta brevemente o contexto do surgimento do movimento Simbolista no Brasil e suas principais características estilísticas.
O documento analisa o poema "Satã" de Cruz e Souza, pertencente à obra "Broquéis". Discute as características do Simbolismo Brasileiro presentes no poema, como a ênfase na subjetividade, nos valores ocultos e no mistério por trás das aparências. Também apresenta brevemente o contexto do surgimento do movimento Simbolista no Brasil e suas principais características estilísticas.
O documento analisa o poema "Satã" de Cruz e Souza, pertencente à obra "Broquéis". Discute as características do Simbolismo Brasileiro presentes no poema, como a ênfase na subjetividade, nos valores ocultos e no mistério por trás das aparências. Também apresenta brevemente o contexto do surgimento do movimento Simbolista no Brasil e suas principais características estilísticas.
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SAT EM BROQUIS DE CRUZ E SOUZA
DOMBROSKI, Leila da Silva Pimenta
1
MAIA, Cludio Silveira 2
RESUMO O presente artigo tem por objetivo analisar um poema da obra Broquis de Cruz e Souza: Sat. Sua esttica procura sugerir uma interpretao conforme o smbolo apresentado no poema. A imagem lrica dessa obra expe caractersticas que fazem parte do Simbolismo Brasileiro com todos seus adornos e crticas relacionadas ao contexto vivido naquela poca. Perante esses esclarecimentos, so feitas breves consideraes a respeito do Simbolismo em nosso pas, sobre o autor que nos remeteu ao poema analisado e comparaes relativas ao contexto sociocultural do sculo XIX. PALAVRAS-CHAVE: Simbolismo Brasileiro, Sat, Cruz e Souza, Sociocultura.
1. INTRODUO
O Simbolismo foi um movimento que se dispersou atravs das artes plsticas, teatro e literatura. E teve seu surgimento na Frana no sculo XIX em contraposio ao Naturalismo e Realismo. Na poca, o Parnasianismo estava em evidncia, arte pela arte, a valorizao da forma, foi ento, que o Simbolismo apareceu discretamente em meio a literatura, mas em primeira instancia com outro nome Decadentismo. Essa escola ganhou esse nome por ocasio do momento que passava a sociedade. A frustrao era refletida em torno da grande massa, ou seja, a burguesia. Era uma disputa entre o capitalismo versos a classe mdia, na qual, a intranquilidade tomava conta da populao. Houve uma grande depresso, levando ao fechamento de fbricas e, inclusive a falncia de bancos. Com tantos danos materiais e frustraes, foram revistos os valores, tanto morais, amorosos como tambm religiosos, dando assim, lugar a novos sonhos.
1 Licenciada em Letras, habilitao Lngua Portuguesa/Inglesa e respectivas Literaturas pelo Instituto Superior de Educao do Vale do Juruena AJES, Juna/MT. email: [email protected]. 2 Orientador Professor Doutor do Instituto Superior de Educao do Vale do Juruena AJES, Juna-MT. Mas com a decadncia econmica que vivia o mundo naquela poca, abriu-se terreno para a realizao da primeira guerra mundial. A partir de ento, houve um novo pensar ao qual se deu espao a Literatura Simbolista, que na realidade, era uma manifestao literria; j que havia conflitos entre outras duas manifestaes: a do Realismo e a do Pr-Modernismo. Uma definio dita por Afrnio Coutinho sobre o que viria a ser o Simbolismo que nada mais nada menos, do que uma reao contra o Realismo, o Naturalismo e o Positivismo, e contra o Parnasianismo na poesia (COUTINHO, 2002, p.321). Entretanto foi um motim contra tudo que se apanhara em todos os setores sociais: arte, moral, filosofia que prezava o esprito positivista naqueles tempos.
2. SIMBOLISMO NO BRASIL
Antes de introduzirmos o Simbolismo no Brasil necessrio que tenhamos em mente uma imagem pronta do que representava esse ideal diante da literatura. Conquanto, trazemos em loco Afrnio Coutinho para nos remeter a esse novo conhecimento que ser um colaborador no desenvolvimento desse processo de aprendizagem. Sendo assim, Coutinho nos relata que:
O Simbolismo era mais do que uma escola literria. Era uma nova tomada de posio em fase da realidade total do universo. Ao Brasil, aonde chegava atravs da Frana e de Portugal, suas fontes imediatas, o que trazia era precisamente uma afirmao da subjetividade da arte e da acentuao dos valores ocultos, do mistrio contido por detrs das aparncias sensveis, que a esttica realista colocara como medida de valor esttico. Ao verismo das superfcies sucedia um verismo das profundidades. As aparncias eram apenas smbolos de realidades mais profundas. As palavras valiam mais pelo que evocavam do que pelo que significavam. (COUTINHO, 2002, p. 616-617).
No Brasil, o Simbolismo teve seu surgimento em meio de revoltas sociais provindas da crise econmica que se alastrava pelo mundo e interferia na vida de toda sociedade do sculo XIX. Charles Baudelaire o precursor do Simbolismo, foi ele quem deu incio a essa nova manifestao literria na Europa, especificamente na Frana, mas aqui no Brasil ela foi apresentada pelo poeta Cruz e Sousa, atravs da publicao das obras: Missal (prosa) e Broquis (poesia). Com a publicao dessas duas grandes obras Cruz e Sousa tornou-se uma grande exploso na arte literria do Brasil trazendo a repudia aos jovens parnasianos, como cita Coutinho:
Alguns jovens, sedentos do frisson nouveau baudaleriano, negavam-se ao regalado conformismo a que pareciam ter chegado os parnasianos. Tambm no era o equilbrio do senso de julgamento que buscavam. O alvoroo neles causado pela estria fulminante de Cruz e Sousa, com Missal, no lhes dera tempo sequer para se refazerem do choque, e j novo impacto os atingia: no mesmo ano, o Poeta Negro lhes d Broquis. (COUTINHO, 1969, p. 85-86).
2.1. CARACTERSTICAS DO SIMBOLISMO
O Simbolismo como qualquer manifestao literria tem caractersticas expressivas na sua arte de representar. Sua estilstica desempenha plena harmonia nos versos, nos quais so notveis as aliteraes e assonncias que expe o ritmo e a musicalidade do poema simbolista. Desta forma, segue a esttica do movimento simbolista contrapondo ao movimento realista atravs das palavras de Amora:
A reabilitao da fantasia, at certo ponto banida da arte pelo Realismo, legitimou-se com a convico de que a alada imaginao correspondia a uma necessidade brotada de razes profundas, de evadir-nos da realidade presente e circundante, para um mundo idealizado, um mundo em que verdades morais, espirituais e sentimentais desenhavam-se mais impressivas, mais sugestivas. (AMORA, 1973, p. 165).
O poema simbolista sofre com uma intertextualidade no qual se une diversos contextos e representa a juno de dois tempos dentro de uma sociedade. Com essa juno fato perceber os conflitos e comportamentos de tal poca. A emotividade vista pelo subconsciente e exposta pelo eu-lrico interior, dando ao leitor uma impresso de fugacidade. As palavras simbolistas so escritas em forma de figuras de linguagens, principalmente pelo uso de metforas, transcrevendo assim os momentos difceis que vivia a populao sculo XIX. O pessimismo e o neologismo uma caracterstica marcante do Simbolismo, alm da obsesso pela cor branca, que representada atravs do alvo, do brilho, da claridade, da luminosidade, do lrio, do marfim e tambm a pureza do ser humano, demonstrando o belo contraste dos poemas simbolistas. A censura a religio e a espiritualidade traziam questes de desequilbrio cujos escritores relatavam em suas obras o momento de frustraes e decadncia do seu povo, nos quais deixavam seus valores morais e religiosos incertos, no acreditava em nada, a dvida repelia em seus pensamentos. A viso simbolista tinha como base o idealismo e o misticismo, com relevncia no subjetivismo. Contudo, Amora destaca como eram feitos esses escritos simbolistas:
Para esse mundo, pensaram os simbolistas, fugiria o esprito do Homem, todas as vezes em que no o dominava uma atitude intelectual e fria perante a realidade; nesse mundo, mais do que no mundo real, realizaramos a nossa personalidade, no que esta possui de mais natural e de mais ntimo. Reabilitava a fantasia, como caminho legtimo da criao artstica, todas as suas manifestaes, tradicionais e novas, fartamente exploraram: o fabulrio; a mitologia; o simbolismo religioso oriental, bblico e cristo; o simbolismo do ritual litrgico e morturio; o idealismo amoroso de carter platnico, petrarquista e camoniano; as mitografias exticas; o simbolismo das cincias ocultas; o supra- realismo extravagante do sonho, do devaneio, do delrio e dos estados mentais patolgicos. (AMORA, 1973, p. 165-166).
Concomitante ao relato acima, trazemos em linhas gerais caractersticas representativas do Simbolismo aos quais nos esclarecem com maior vigor sua tese, sendo que, de tal modo verificaremos com presteza as peculiaridade expostas na poesia simbolista.
a) Elemento intelectual: contedo relacionado com o espiritual, o mstico e o subconsciente; b) Concepo mstica da vida; c) Interesse maior pelo particular e individual do que pelo geral ou universal; d) Tom totalmente potico; e) Procura escapar da realidade e da sociedade contempornea; f) Conhecimento intuitivo e no lgico; g) nfase na imaginao e fantasia; h) A Natureza desprezada em troca do mstico e do sobrenatural; i) Arte pela arte; j) Pouco interesse pelo enredo e ao, na narrativa; k) As personagens so seres humanos em momentos incomuns; por isso, o interesse recai no esprito ntimo das pessoas; l) Procura selecionar os elementos que contribuem para a fantasia ou os que apresentam a essncia em vez da realidade; m) Uma linguagem ornada, colorida, extica, potica, em que as palavras so escolhidas pela sonoridade, ritmo, colorido, fazendo- se arranjos artificiais de partes ou detalhes para criar impresses sensveis, sugerindo antes que descrevendo e explicando. (Hibbard apud Coutinho, 2002, p. 322-323).
Tendo em vista tais elementos que representam a esttica simbolista, vemos como a Literatura inovou no sculo XIX transformando a poesia e dando a ela novos conceitos, que enriqueceram os ideais individualistas com preceitos subjetivistas da ordem anterior a esse movimento. Nesse sentido, Coutinho (2002, p. 323) diz que o Simbolismo compe uma reao contra a ordem mecnica e cientfica em nome do individuo, seu valor intrnseco e sua realidade subjetiva. Por clareza, temos nesse processo literrio uma nova revolta do sujeito, onde o movimento simbolista busca em seus escritos retirar-se ao menos por instantes da abjeo que representava o mundo naquele momento.
2.2. O AUTOR: CRUZ E SOUSA
O poeta Cruz e Sousa foi quem introduziu o Simbolismo no Brasil; buscou ideias do poeta francs Charles Baudelaire que foi o precursor do movimento Simbolista. Segundo Coutinho (1969) sua biografia a seguinte:
Joo da Cruz e Sousa (Destrro, Santa Catarina, 1861 - Stio, Minas Gerais, 1898). Filho de escravos alforriados, foi educado pelo Marechal Guilherme Xavier de Sousa e sua esposa, antigos senhores do seu pai. Aluno do sbio alemo Fritz Mller. Professor e jornalista, foi recusado como promotor pblico de Laguna devido sua cor. Percorreu pelo Brasil como secretrio-pronto de uma companhia dramtica. Fixou-se no Rio de Janeiro em 1890, ingressando no jornalismo. Casou-se, em 1893, com Gavita Rosa Gonalves, tambm de cor. Foi arquivista da Estrada de Ferro Central do Brasil. (COUTINHO, 1969, p. 85-86).
O catarinense Cruz e Sousa um poeta de renome para literatura brasileira. E para o movimento Simbolista no Brasil definido como protagonista desse novo processo literrio. Homem negro sem mescla alguma de raa, tornando-se assim ainda mais significativo na sua perfeita evoluo como cidado e na sua predestinao a integralidade intelectual e sensitiva das grandes correntes dos pensamentos universal (COUTINHO, 2002, p. 616). O autor Cruz e Sousa foi desenvolvendo habilidades desde sua mocidade at a maturidade, onde ento sofreu grande evoluo em seu pensamento que desencadeou em novas influncias estticas. Aps leituras de alguns filsofos antinaturalista, a respeito da pessoa de Cruz e Sousa, foi ento que e o poeta negro garantiu seu lugar na literatura traando novos caminhos tanto na poesia quanto na prosa, as quais repassaram um novo olhar subjetivo do mundo, tornando-o assim, o fundador do Simbolismo no Brasil.
3. ANLISE LITERRIA DO POEMA SIMBOLISTA DE CRUZ E SOUSA
Sat Capro e revel, com os fabulosos cornos Na fronte real de rei dos reis vetustos, Com bizarros e lbricos contornos, Ei-lo Sat dentre os Sats augustos. Por verdes e por bquicos adornos Vai c'roado de pmpanos venustos O deus pago dos Vinhos acres, mornos, Deus triunfador dos triunfadores justos. Arcanglico e audaz, nos sis radiantes, A prpura das glrias flamejantes, Alarga as asas de relevos bravos... O Sonho agita-lhe a imortal cabea... E solta aos sis e estranha e ondeada e espessa Canta-lhe a juba dos cabelos flavos! (Cruz e Sousa)
Considerando o poema Sat, que faz parte da obra Broquis do poeta simbolista Cruz e Sousa, ser identificada algumas caractersticas presente na lrica conforme a esttica utilizada no Simbolismo Brasileiro. Conforme a forma simbolista, na primeira estrofe, apresenta a figura mstica de satans com detalhes de sua provvel aparncia e referncia de suas atitudes; Capro e revel, com os fabulosos cornos. Insinua sua revolta com o mundo e descreve a beleza de seus chifres. E Na fronte real de rei dos reis vestustos, retrata o maligno na frente do rei maior e dos reis da antiguidade, que transmite ao catolicismo, onde o Deus que pai, filho e esprito santo, no poema visto em segundo plano, assim como os antigos profetas, caracteriza deste modo, uma crtica ao poder divino perante o seu reino. Com bizarros e lbricos contornos, diz-se respeito a sua extravagncia e sua imparcialidade aos desejos carnais, outra grande caracterstica simbolista. Ei-lo Sat dentre os Sats augustos. Apresenta a imagem do diabo entre todos os outros anjos do mal como o mais majestoso. No entanto, na segunda estrofe se transcreve a caracterstica do neologismo, o qual muito utilizado na literatura simbolista pra dar uma esttica diferenciada como o caso da palavra bquicos, Por verdes e por bquicos adornos, que fala da impresso que se tem ao ver a imagem do demo com seus enfeites exuberantes, que referencia a mitologia grega onde se relaciona ao deus Baco. No segundo verso, segue a mesma linha de pensamento, Vai croado de pmpanos venustos, no qual, sat continua sua apario como se fosse a pessoa de Jesus Cristo, utilizando uma coroa de folhas belssimas, mas que no caso de Jesus era coroa de espinhos. Nos dois ltimos versos dessa segunda estrofe, O deus pago dos Vinhos acres, mornos, / Deus triunfador dos triunfadores justos, retrata o anjo que caiu do cu por ser egosta e ambicioso, o qual tem o poder de enganar, manipular, deste modo oferece algo bom, mas retribui seu seguidor com vinho azedo, de m qualidade. Contudo, o diabo continua sendo o maior deus, enaltecido por todos com seu poder de destruio. Na terceira estrofe, as quais fazem parte o terceto, segue os versos Arcanglico e audaz, nos sis radiantes, / A prpura das glrias flamejantes, que corresponde ao anjo mal, cheio de esperteza e audcia, que idolatrado por sua malignidade. O brilho de glrias e louvores fervorosos resplandece nas chamas do inferno. E no ltimo verso desse terceto, Alarga as asas de relevos bravos..., relata a amplido das asas satnicas que cobrem a superfcie terrestre com sua tempestuosa bravura de poder, demonstrando a ingenuidade do povo cristo. O ltimo terceto, do soneto Sat, O sonho agita-lhe a imortal cabea... cujo, o maior desejo de satans est todo elaborado e nos mnimos detalhes na sua cabea, a busca pelo poder absoluto; E solta aos sis e estranha e ondeada e espessa em que sugere o pensamento do anjo do mal, solto e sozinho, com inovados mistrios em meio s atribulaes que sobem e descem e aumentam de tamanho conforme seus anseios de destruio. Encerra-se com a anlise do ltimo verso da obra Broquis de Cruz e Sousa, Canta-lhe a juba dos cabelos flavos, em que destaca certa musicalidade, assim como em todo o poema analisado. Todavia o Sat referenciado atravs de cantos com a imagem do ser angelical divino, com seu cabelo abundante e dourados, segue ento, a figura do ser espiritual. Em anlise contextual, Sat, smbolo escolhido para representao efetiva do poema, busca em sua sugestiva idealizao, caractersticas fies da literatura simbolista. No entanto, o que mais edifica esses versos so o misticismo, a nebulosidade e o oculto. Onde a intuio trs a essncia de todas as sensaes prezadas fortemente pelo autor, claro que depende da fantasia criada pelo subjetivo constante. Ao fim desse ensejo, vale ressaltar a grande influncia pela poesia satnica discernida atravs do Simbolismo de Charles Baudelaire, cujo poeta brasileiro Cruz e Souza teve grande admirao e respeito.
4. CONSIDERAES FINAIS
Nomear um objeto suprimir trs quartos do prazer do poema, que consiste em ir adivinhando pouco a pouco: sugerir, eis o sonho; a perfeita utilizao desse mistrio que constitui o smbolo: evocar pouco a pouco um objeto para mostrar um estado de alma, ou inversamente, escolher um objeto e extrair dele um estado de alma, atravs de uma srie de adivinhas. (Stphane Mallarm, poeta simbolista francs)
O mistrio da simbologia enaltece a obra literria, porque os pensamentos vo sendo criados e sistematizados a cada momento de leitura. Toda arte literria tem em sua fundamentao terica uma essncia majestosa. No entanto, o Simbolismo foi uma arte que se definiu pela grandiosa impulsividade de comportamentos, causados por ideais de liberdade e individualismo, em que suas manifestaes literrias desprende-se de qualquer lgica, movendo-se apenas por intuies sugestivas do ainda no visto. O smbolo nessa fase da literatura visto pelo poeta como uma ligao entre a realidade fsica e a sensorial. O que de suma importncia para histria da arte, pois o simbolista no se prender a descrio da realidade, ao contrrio, ele valorizar os sentimentos, as sensaes, o que lhe permitir sugerir interpretaes e tambm idealiz-las. O poeta Cruz e Sousa foi grande mediador dessa arte no Brasil, ele utilizou da linha ideolgica do francs Baudelaire para introduzir seus ideais. E soube como poucos utilizar dos recursos caractersticos dessa passagem literria, tanto na prosa como na poesia. Na obra Broquis, o autor nos possibilitou da interpretao lrica de um poema escolhido para anlise: Sat. O qual se estendeu em retratar o simbolismo em sua magnitude. O autor negro que evidenciava a cor branca e a musicalidade em seus versos, teve seus instantes representados pelo sonho e a fantasia que ganharam formas a cada momento de escrita e compreenso, onde o individualismo se apoderou por inteiro em meditaes da realidade sugestiva e sensitiva. Portanto, o que podemos expressar em garantia de conhecimento literrio, que preza a Literatura Simbolista, que toda essncia artstica independente da poca tem um ideal individual e social que tenta erradicar algumas necessidades filosficas, que todos os seres humanos precisam para poder sair da realidade entediante para uma fantasia que abusa da criatividade e sentidos. Por fim, o simbolismo a arte das sugestes e sensaes com toda riqueza da imaginao to esplendorosa do lirismo potico por meio dos smbolos e sua interpretao ao contexto histrico da poca.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
AMORA, Antonio Soares. Histria da Literatura Brasileira. 8. ed. refundida e ampliada. So Paulo: Saraiva, 1974.
COUTINHO, Afrnio. A LITERATURA NO BRASIL. 2. ed. Vol. IV. Rio de Janeiro: Sul Americana, 1969.
_____ A LITERATURA NO BRASIL. 6. ed. So Paulo: Global, 2002.