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Copyright 1999 by Lynsay Sands
Originalmente publicado em 1999 pela Kensington Publishing Corp.
TTLO O!"#"$%L& 'ighland Promise (OO) *ditora $o+a Cultural Ltda. !esumo& *sc,cia- S.culo /0 1ois homens- unidos por la2os de sangue e por uma maldi23o 4ue assombra seu cl3- est3o condenados a uma +ida sombria e submetidos a dese5os estranhos e incontrol6+eis. Somente o casamento com mulheres 4ue n3o compartilham a nature7a desses dese5os poder6 libert68los e dar no+a +ida ao cl3. 9ulheres dispostas a en:rentar perigos e intrigas- com a :or2a de seu amor.. Com sua personalidade cati+ante- *+a Ca;ton . a mulher ideal para libertar Connall 9ac%die da maldi23o. Para *+a tamb.m- o casamento . o <nico meio de escapar de uma situa23o dram6tica- e ela sobe ao altar com a4uele homem desconhecido- sem imaginar a pai;3o 4ue ele ir6 lhe despertar e a batalha 4ue ela ter6 de en:rentar para sal+ar o marido e o amor 4ue os une= %utor& Lynsay Sands sempre di7 4ue os li+ros proporcionam sonhos e a+enturas 4ue raramente encontramos na +ida real. *la se considera :eli7 por poder escre+er suas pr,prias hist,rias- nas 4uais tem liberdade para decidir o destino dos personagens e transmitir mensagens positi+as aos leitores- ao mesmo tempo em 4ue o:erece momentos de la7er- alegria e emo23o= 1 No Silncio da Noite Lynsay Sands Captulo I 8 $3o tenha medo... 8 *+a se inclinou para a:agar o pesco2o de 9illie- a .gua 4ue a transporta+a. Os rumores sobre os 9ac%die e os 9ac$ach s3o uma grande e rematada tolice= >ue grande estupide7 acreditar 4ue eles tenham sede de sangue... *+a se endireitou na garupa e ?tou os ca+aleiros 4ue a acompanha+am& dois @ :rente- dois atr6s e um de cada lado. Seis escoceses taciturnos e rudes. 1esde 4ue partiram do castelo Ca;ton- na "nglaterra- nenhum deles dirigira a pala+ra a *+a- e;ceto para dar ordens ou instru2Aes. $3o 4ue hou+esse oportunidades para con+ersas- pois +ia5a+am ha+ia dois dias sem parar- subindo e descendo montanhas e atra+essando trilhas pelas Borestas. $o princCpio *+a suportara bem a +iagem- mas- ao ?nal do primeiro dia- o cansa2o a atingiu& mais de uma +e7 *Dan- um dos ca+aleiros- :oi obrigado a se apro;imar e chamar8lhe a aten23o- para 4ue ela n3o adormecesse e caCsse da sela. *m certa ocasi3o- *Dan os :e7 parar e sacudiu *+a at. 4ue ela acordasse- dei;ando8a terri+elmente embara2adaE mas retomaram o galope assim 4ue *+a despertou. $3o era :6cil adormecer num ca+alo trotando- mas @s +e7es o sono se torna+a t3o :orte 4ue era impossC+el impedir 4ue os olhos se :echassem e o corpo tombasse para :rente. *la sonha+a com o momento do descanso- apesar de saber 4ue s, ocorreria ao atingirem 9ac%die- o destino ?nal. *+a esta+a e;austa- e isso mina+a sua capacidade de se manter otimista e ter urna +is3o positi+a sobre o :uturo 4ue a aguarda+a. Se seu cansa2o n3o :osse t3o grande- tal+e7 tudo lhe parecesse uma grande a+enturaE entretanto- o 4ue mais sentia era solid3o e temor. %?nal- dei;a+a para tr6s o castelo Ca;ton- o mundo 4ue conhecia- e partia rumo a uma +ida em meio a estranhos- numa terra distante- le+ando apenas a roupa do corpo e o conte<do da trou;a amarrada @ sela& um pe4uenino retrato pintado do rosto da m3e- a :a4uinha 4ue pertencera ao pai- um +estido 56 +elho e dois ou trFs artigos mais. "sso era tudo 4ue possuCa no mundo. *+a esta+a acostumada a n3o ter posses- e n3o se importa+a com isso- mas doCa n3o poder contar com a companhia de 9a+is na4uela +iagem. % 5o+em a5udante de co7inha- em Ca;ton- trans:orma+a8se em sua dama de companhia- 4uando necess6rio- e era a <nica amiga 4ue ela tinha. *+a se sentia mais pr,;ima de 9a+is do 4ue de Gonathan- seu pr,prio irm3o. 9a+is era a <nica pessoa de 4uem sentiria :alta. Gonathan- contudo- se recusara a abrir m3o da criada- e de 4ual4uer maneira n3o era de esperar 4ue os ca+aleiros escoceses concordassem em le+ar outra mulher como carga durante a +iagem. *+a sorriu ao pensar em si mesma como um :ardo 4ue os ca+aleiros transporta+am. %?nal- seu irm3o- Gonathan- sempre dei;ara claro 4ue ela n3o passa+a de um peso morto- uma criatura indese56+el- da 4ual ele tinha de tomar conta desde a morte dos pais- 4uando ela completou no+e anos. *+a tenta+a ao m6;imo n3o incomod68lo- e a5uda+a no trabalho a ponto de :a7er ser+i2os 4ue cabiam aos criadosE mas isso n3o basta+a para Gonathan& ele nunca perdia uma oportunidade de humilh68la- declarando 4ue ela n3o +alia a pouca comida 4ue ingeria. Seu es:or2o para a5udar na manuten23o da propriedade e comer o mCnimo possC+el 5amais :ora su?ciente para Gonathan trat68la com considera23o. $a +erdade- a simples presen2a dela o irrita+a. *le tentou conseguir8lhe casamento- mas n3o te+e sucessoE ent3o- tomou a decis3o de intern68la como :reira num con+ento- em +e7 de permitir 4ue ela +i+esse na casa onde nascera e crescera. Por.m- os ca+aleiros che8 garam- e 5unto com eles a o:erta de matrimHnio- um dia antes de *+a ser mandada para o 2 con+ento. *la culti+a+a suas er+as medicinais 4uando 9a+is chegou subitamente- anunciando a no+a surpresa 4ue o destino lhe preparara& 8 *+a- minha senhora- nem imagina o 4ue aconteceu= $este e;ato momento- Gonathan est6... negociando seu casamento= m lorde dese5a casar8se com a senhora- e en+iou seis escoceses para cuidar do assunto= O mais estranho . 4ue pretendem reali7ar a cerimHnia agora mesmo- sem a presen2a desse lorde= % princCpio- *+a pensou 4ue 9a+is se enganara a respeito do teor da con+ersa entre Gonathan e os ca+aleiros- pois seu irm3o h6 tempos espalhara a notCcia de 4ue n3o o:ereceria um dote a 4uem a desposasse. *ntretanto- o 4ue se tomou claro logo depois . 4ue n3o decidiam 4uanto Gonathan pagaria para se li+rar dela- mas sim 4uanto receberia dos escoceses para consentir 4ue a irm3 casasse com o lorde 4ue os en+iara. Iem- n3o decepcionarei meu +aloroso irm3o= 0e5amos o 4ue o destino me reser+a= pensou ela- com o orgulho :erido. *+a ainda procura+a se recuperar do cho4ue da notCcia tra7ida pela criada e <nica amiga- 4uando a mo2a in:ormou com desgosto 4ue o lorde escocFs era do cl3 9ac%die. 8 Oh- senhora- . horrC+el 4ue tenha de casar com um da4ueles monstros= 8 % 5o+em se es:or2ou para n3o chorar. *+a 5amais prestara aten23o a me;ericos e boatos- por.m ou+ira coment6rios de 4ue os 9ac%die eram +ampiros sem alma 4ue se alimenta+am do sangue de seres humanos. *la ainda tentou consolar 9a+is- e;plicando8lhe 4ue tudo n3o passa+a de tolice. 8 >uerida- os ca+aleiros chegaram a Ca;ton em plena lu7 do diaE e de acordo com os rumores- os +ampiros n3o suportam o sol- e morrem 4ueimados 4uando se e;pAem a ele. 8 9as nem todos os 9ac%die s3o +ampiros 8 insistiu 9a+is. 8 m ancestral da :amClia casou8 se com uma mulher mortal- e os ?lhos 4ue geraram passaram a ter sangue misto& metade +ampiro- metade humano. Por isso h6 entre os 9ac%die pessoas capa7es de reali7ar tare:as 4ue os seres sem alma n3o conseguem e;ecutar. Os seis ca+aleiros escoceses suportam a lu7 do sol- e por esse moti+o o senhor do cl3 dos morto8+i+os os en+iou para negociar o casamento em seu nome. *+a n3o se dei;ara con+encer por tal argumento- mas mesmo assim n3o podia negar 4ue 9a+is lhe plantara uma semente de d<+ida no espCrito. 8 *Dan- ela est6 :alando so7inha no+amente. *Dan suspirou ao ou+ir o coment6rio de 1omhall. Os outros ca+aleiros 56 ha+iam notado o estranho comportamento da mo2a- 4ue come2ara a con+ersar so7inha desde a partida de Ca;ton. G6 se di7ia entre eles 4ue a dama 4ue se tornara esposa de seu lorde era louca. 8 $osso senhor n3o +ai gostar de saber 4ue casou com uma mulher louca... 8 Concordo- 1omhall- ele n3o +ai gostar nada= 8 Keddy- 4ue at. ent3o ca+alga+a ao lado es4uerdo de *+a- agora se apro;ima+a dos dois ca+aleiros 4ue +inham atr6s para tomar parte na con+ersa. 8 * +ai nos culpar por isso. 8 $3o= 8 protestou 1onaidh- dei;ando de ca+algar ao lado direito de *+a e integrando8se @ con+ersa. 8 *le n3o +ai nos culpar por ela ser louca. 8 $osso lorde +ai pensar 4ue a enlou4uecemos contando hist,rias a respeito do 4ue a espera. 8 Lorde 9ac%die sabe 4ue 5amais :arCamos isso 8 inter:eriu *Dan. 8 %l.m do mais- a consorte de nosso senhor n3o . louca. 8 $3o acha 4ue :alar so7inha sem parar . sinal de loucura- *DanJ 8 insistiu 1omhall. 8 Seria um sinal de loucura se :osse escocesa. 9as ela . inglesa- e os ingleses s3o di:erentes. Creio 4ue est6 tentando acalmar o ca+alo. 3 8 %calmar o ca+alo o tempo todoJ 8 1omhall e;pressou tamanha surpresa 4ue *Dan 4uase chegou a rir. *ntretanto- *Dan sabia 4ue o assunto era s.rio demais para pro+ocar risos. Seu argumento n3o :ora con+incente nem para ele pr,prioE mas algo tinha de ser dito- pois n3o era bom 4ue os ca+aleiros chegassem a 9ac%die acreditando 4ue a no+a senhora do castelo era louca- e espalhassem tal rumor. $a posi23o de primeiro ca+aleiro do senhor do cl3- era seu de+er proteger os interesses do lorde e da mulher 4ue se tomara sua esposa. "n:eli7mente- *Dan percebera 4ue seria muito di:Ccil :a7F8los mudar de opini3o. $3o ha+ia outra saCda& teria de dirigir8se a *+a- abordar o assunto e arcar com as conse4KFncias. Se ela n3o :osse louca- tudo estaria bemE mas se suas :aculdades mentais dei;assem a dese5ar- ent3o lorde 9ac%die tinha um problema pela :rente. $o momento- era melhor tentar :a7F8la parar de :alar so7inha para n3o alimentar as suspeitas dos ca+aleiros. %pressando o galope- *Dan se adiantou e ?cou ao lado de *+a. *la o ?tou surpresa- e depois sorriu com amabilidade. Seria melhor se n3o sorrisse- pensou *Dan- sabendo 4ue nenhuma mulher em s3 consciFncia teria +ontade de sorrir ap,s passar dois dias numa sela. Tal sorriso seria interpretado como outro sinal de loucura. 1ecidido a desencora568la a ser am6+el- *Dan a ?tou com seriedade- en4uanto da+a tratos @ bola para descobrir uma maneira de abordar o assunto sem a o:ender. 8 % senhora . loucaJ 8 ComoJ 8 *+a arregalou os olhos. 8 Lala so7inha o tempo todo. Por isso pergunto se . louca. *stupe:ata- *+a ?tou o homem- 4ue n3o aparenta+a mais de 4uarenta anos. Custa+a a acreditar 4ue ele ti+esse coragem de lhe :a7er tal pergunta- e de maneira t3o bruta. 8 $3o :ala+a so7inha 8 respondeu ela ?nalmente. 8 $3oJ 8 *sta+a :alando com 9illie. 8 *+a notou 4ue os ca+aleiros 4ue +inham atr6s se apro;ima+am para ou+ir a con+ersa- e os 4ue galopa+am @ :rente diminuCam a marcha para escutar o 4ue di7iam. 8 9illieJ 8 perguntou *Dan sem compreender o 4ue *+a 4ueria di7er- e olhando em +olta como se procurasse outra mulher por perto. 8 9inha .gua 8 e;plicou *+a- paciente. 8 %h= 8 *Dan rela;ou- e um ligeiro sorriso de triun:o desenhou8se em seus l6bios. Os demais ca+aleiros- contudo- n3o pareceram se impressionar com a e;plica23o. 8 * espera+a 4ue o ca+alo respondesseJ 8 indagou um deles- :ran7indo a sobrancelha. 8 Keddy- isso n3o . coisa 4ue se diga 8 repreendeu *Dan. *+a sorriu para o ca+aleiro de cabelos rui+os e rosto cheio de sardas. 8 $3o se5a tolo. Ca+alos n3o :alam 8 ela argumentou. M 9as 4uem disse 4ue n3o s3o capa7es de ou+irJ *Dan sorriu- e os outros menearam a cabe2a em concordNncia. 8 *la tem ra73o 8 comentou o ca+aleiro 4ue galopa+a @ direita. *+a se +irou com um sorriso de agradecimento para o homem 4ue a apoia+a- e tentou se lembrar de seu nome. *Dan parecia tF8lo chamado de 1onaidh- mas ela n3o tinha certe7a. 8 Por 4ue dese5a :alar com seu ca+aloJ 8 insistiu o ca+aleiro @ es4uerda- e 4ue *+a sabia chamar8se 1omhall. 4 8 *sta .gua me pertence h6 muitos anos e s, saiu de Ca;ton uma +e7- 4uando +ia5amos para a corte. *u a conhe2o e sei 4ue est6 agitada por ca+algar por lugares estranhos. Por isso con+erso com ela& para acalm68la e garantir 4ue est6 tudo bem. *ssa e;plica23o pareceu ter con+encido os homens- 4ue 56 se apronta+am para +oltar @ :orma23o habitual de galope. *ra bom 4ue obti+essem a con?rma23o de 4ue ela n3o era loucaE pena 4ue +oltassem a ser os calados e taciturnos escoceses de sempre- pois ela adoraria con+ersar com algum ser +i+o 4ue n3o 9illie. *+a aprecia+a con+ersar. *m Ca;ton sempre ha+ia algu.m com 4uem :alar& 9a+is e os outros criados do castelo- o :erreiro- o padre- o rapa7 4ue toma+a conta do est6bulo- ou mesmo as crian2as. Todos a trata+am bem- e 5amais recusa+am con+ersar 4uando *+a os procura+a ou encontra+a por acaso. *la n3o esta+a acostumada a longos perCodos de silFncio- e a +iagem 56 come2a+a a incomod68la. Sentia8se irritada- sobretudo com 4uem a colocara em tal situa23o e a obrigara a +ia5ar& seu marido- Connal 9ac%die. *+a murmurou o nome do esposo em tom desanimado- e soltou um pro:undo suspiro. *m +e7 de ter ido busc68la pessoalmente- lorde 9ac%die en+iara seus homens para tra7F8la- como se ela :osse uma +aca ou uma o+elha. "sso indica+a 4ue sua +ida no castelo 9ac%die n3o seria muito di:erente da +ida em Ca;ton- onde o irm3o n3o lhe da+a o menor +alor. >uando soube 4ue o senhor 9ac%die ha+ia pago para casar- e 4ue o matrimHnio seria reali7ado antes de partirem e sem a presen2a do noi+o- ela alimentou esperan2as de 4ue Connal 9ac%die a :osse considerar algo mais do 4ue um ob5eto ine;pressi+oE mas as circunstNncias 56 demonstra+am 4ue n3o seria assim. 8 SenhoraJ 8 chamou Keddy. 8 SimJ 8 *+a +irou8se distraCda para o ca+aleiro rui+o e sardento. 8 Por 4ue con+ersa com sua .gua a respeito de nosso lordeJ 8 *u ?7 issoJ 8 perguntou *+a- embara2ada por ter pro:erido pensamentos em +o7 alta. 8 Le7. $3o . mesmo- 1onaidhJ 8 Sim 8 con?rmou o ca+aleiro de ombros largos e compridos cabelos escuros- apro;imando8 se tamb.m de *+a. 8 * n3o parecia nada satis:eita. Por acaso n3o est6 contente em ser a esposa de lorde 9ac%dieJ *+a ainda considerou mentir para n3o o:ender os ca+aleiros- mas mentir n3o :a7ia parte de sua nature7a. 8 *u pre:eriria 4ue lorde 9ac%die +iesse me buscar pessoalmente- em +e7 de mand68los coletar8me como se eu :osse uma +aca comprada para aumentar o rebanho. 8 %h= 8 *Dan trou;e seu ca+alo para mais perto- a ?m de tomar parte na con+ersa. Os outros ca+aleiros tamb.m ha+iam emparelhado ao lado de *+a- mas apenas *Dan :alou. 8% senhora . inglesa- por isso n3o compreende. Lorde Connal 5amais en+iaria seis ca+aleiros para buscar uma +aca. *n+iaria somente um homem- e n3o seria nenhum de n,s. Os demais homens concordaram- meneando a cabe2a de modo solene. 8 *nt3o de+eria me sentir honrada por lorde 9ac%die ha+F8los en+iado para me buscar em +e7 de :a7F8lo ele pr,prio- em pessoaJ 8 *+a in4uiriu com rispide7. 8 Sem d<+ida 8 assegurou *Dan- s.rio e compenetrado. 8 $aturalmente 8 con?rmou Keddy. 8 %?nal- nosso lorde n3o poderia ter +indo- e por isso nos en+iou. Seis ca+aleiros= 0F como . importanteJ %t. mesmo *Dan :oi en+iado. 8 *Dan . o primeiro ca+aleiro de lorde 9ac%die M in:ormou 1omhall- dando a entender 4ue ela de+ia se sentir satis:eita com a escolta encarregada de negociar o casamento e de tra7F8 la. 5 8 Por 4ue lorde 9ac%die n3o podia ter +indo a meu encontroJ 8 *+a ainda n3o se con+encera. 8 O di:Ccil e;plicar... 8 *Dan mostrou8se hesitante. 8 Por causa de sua condi23o 8 disse Keddy- tentando a5udar o companheiro. 8 Condi23oJ 8 perguntou *+a- entre curiosa e preocupada. 8 Sim. 8 O embara2o de *Dan era +isC+el. 8 >ue 4uerem di7er com issoJ O 4ue h6 de errado com lorde 9ac%dieJ 8 $3o h6 nada de errado com nosso lorde 8 garantiu Keddy. 8 9as a senhora ter6 de lhe perguntar- e ele pr,prio e;plicar6. %pesar de insatis:eita com a resposta- *+a resol+eu n3o insistir- pois nenhum dos ca+aleiros daria maiores e;plica2Aes. $a +erdade- eles 56 retorna+am ao silFncio habitual e se +ira+am para :rente- desencora5ando 4ual4uer di6logo. *+a- contudo- detesta+a a id.ia de retomar o silFncio 4ue a incomoda+a e toma+a a +iagem triste e mais cansati+a. *la gostaria de conhecF8los melhor- saber 4uem eram e como +i+iam. %?nal- adentra+a em um paCs 4ue n3o era o seu- e estaria rodeada de estranhos na no+a moradia. *+a costuma+a sonhar 4ue um dia se casaria e seu marido moraria em Ca;ton- para 4ue ela n3o necessitasse abandonar o lugar e as pessoas 4ue conhecia desde a in:Nncia. Tal sonho- contudo- 56 n3o e;istia- pois ela desposara um lorde escocFs e ia se 5untar a ele na *sc,cia. *+a 5amais imaginara 4ue a solid3o era o 4ue o :uturo lhe reser+a+a. 8 *st6 um lindo dia- n3o achamJ *ntretanto- nenhum deles respondeuE somente se entreolharam- espantados. *nt3o *+a percebeu 4ue dissera uma grande tolice- pois o dia esta+a cin7a e n3o tinha nada de bonito. Seu coment6rio :ora est<pido- mas- a?nal- ela s, tenta+a pu;ar assunto. 8 m dia lindoJ 8 disse *Dan por ?m- para constatar se ela sabia o 4ue di7ia. 8 Iem- n3o est6 cho+endo 8 *+a retrucou em tom de:ensi+o- temendo 4ue mais uma +e7 a considerassem louca. 8 O +erdade 8 concedeu 1onaidh- erguendo os olhos para ?tar o c.u nublado. Pelo +isto n3o adianta continuar a :alar sobre o tempo- pensou *+a. 9as sobre o 4ue con+ersariamJ Tratar de polCtica esta+a :ora de cogita23o- pois eles eram escoceses- e ela- inglesaE e se agora des:ruta+am de um perCodo de pa7- os dois po+os ha+iam sido inimigos durante s.culos. "nesperadamente- :oi *Dan 4uem tomou a iniciati+a de seguir com a con+ersa& 8 $3o estamos muito longe de 9ac%die. *+a sentiu um repentino incHmodo ao tomar consciFncia de 4ue em bre+e encontraria seu marido pela primeira +e7. Linalmente conheceria o homem 4ue a desposara a distNncia= 8 9eu marido estar6 nos esperando ao chegarmosJ 8 %penas se chegarmos depois de escurecerE caso contr6rio estar6 ocupado 8 in:ormou *Dan ap,s uma bre+e hesita23o. 8 $osso lorde n3o sabia 4uanto tempo le+arCamos para negociar o casamento. *le nem mesmo sabia se a proposta seria aceita. 8 Compreendo. 8 *+a pensou 4ue seria melhor se chegassem antes de escurecer- pois ao menos teria tempo de se arrumar um pouco antes de en?m encontrar Connal 9ac%die. Captulo II *+a sentiu um aperto no estHmago ao ?tar o castelo no +ale abai;o- espremido entre montanhas e mergulhado em sombras. O obscuro local chega+a a deprimir- e a :e7 lembrar 6 de Ca;ton- onde +i+era at. ent3o& um lugar alegre e cheio de lu7. 1e alguma :orma- o castelo l6 embai;o e as casinhas e +ielas 4ue o circunda+am e;plica+am a personalidade dos homens 4ue a acompanha+am& como podiam ser :alantes e simp6ticos +i+endo num lugar assimJ 8 O sol est6 se pondo. *+a ?tou os ca+aleiros ao seu redor- e a e;press3o 4ue e;ibiam con?rma+a o tom preocupado no coment6rio de 1onaidh. 8 9antenham8se pr,;imos 8 instruiu *Dan- e imediatamente os ca+aleiros :echaram o cerco em tomo de *+a- a ponto de agitar 9illie- sua .gua. 8 *st6 tudo bem 8 sussurrou *+a- inclinando8se para a:agar o pesco2o do animal. % distNncia n3o era grande- mas a descida pela estrada Cngreme pareceu durar uma eternidade. % tens3o e preocupa23o dos homens contagia+am- e agora tamb.m ela se sentia ner+osa e agitada. %ltos e :ortes- e montados em ca+alos maiores 4ue 9illie- os ca+aleiros blo4uea+am a +is3o de *+a- 4ue nada podia +er ao redor. %p,s algum tempo- a estrada se tornou plana- e pouco depois eles cru7a+am um arco de pedra- indicando 4ue adentra+am a propriedade murada. O mo+imento e a agita23o e;plodiram de repente- no momento em 4ue eles ultrapassaram os portAes do castelo. *+a ainda mal conseguia +er o 4ue se passa+a- mas o barulho demonstra+a 4ue as +ielas ao redor do castelo esta+am mo+imentadas como as pe4ueninas ruas de Ca;ton ao meio8dia. 1istraCda pelos ruCdos- *+a tardou um instante at. notar 4ue os ca+aleiros rela;a+am e a tens3o desanu+ia+a. Linalmente eles se distanciaram um pouco- e ela pHde +er por onde caminha+am- embora continuasse presa no cCrculo 4ue :orma+am. *m bre+e eles adentraram uma pra2a onde ha+ia tanta gente perambulando 4ue parecia o inCcio do dia- e n3o da noite- 4uando todos se recolhem para comer e descansar. ma pro:us3o de tochas penduradas nas paredes das casinhas ilumina+a de modo generoso o local- e *+a pensou 4ue a4uilo seria considerado um desperdCcio em Ca;ton. O :eudo 9ac%die parecia ser bem mais abastado do 4ue Ca;ton. 1e+ia ser um :eudo rico- a?nal a4uele lorde a aceitara como esposa sem dote e ainda recompensara seu irm3o pelo matrimHnio. Gonathan 56 ?caria satis:eito em 4ue a le+assem embora- e n3o teria :eito 4uest3o de uma recompensa ?nanceira- mas o lorde certamente n3o sabia disso. Ser6 4ue o :ato de ter pago para me obter8me- :aria +aler mais a seus olhosJ *+a te+e os pensamentos interrompidos 4uando *Dan ordenou 4ue parassem. Os ca+aleiros come2aram a desmontar- :a7endo8a crer 4ue en?m poderia obser+ar os arredores de sua no+a casaE mas 1onaidh imediatamente se apro;imou- ergueu8a da sela e a colocou no ch3o- tornando a impedir sua +is3o. %t. 4uando continuar3o a proceder assim. ela pensou- irritada. 8 *Dan 8 chamou uma +o7 :orte e gra+e. *+a se +irou para a dire23o de onde pro+inha o chamado- mas era impossC+el +er 4uem o pro:erira. O tom de autoridade- contudo- indica+a 4ue se trata+a de lorde 9ac%die dirigindo8 se ao primeiro ca+aleiro. *la tentou dar um 5eito nos cabelos e passou a m3o sobre o +estido para alisar o amassado de tantas horas ca+algando- mas sem d<+ida necessitaria muito mais 4ue isso para se colocar em bom aspecto. 8 9eu lorde 8 saudou *Dan em tom respeitoso. 8 Ti+eram algum problemaJ 8 *+a escuta+a a +o7 gra+e- por.m ainda n3o conseguia en;ergar a pessoa 4ue :ala+a. 8 % +iagem ocorreu sem incidentes- meu lorde. Cumprimos suas instru2Aes para ca+algar tamb.m durante a noite- e o casamento :oi aceito e reali7ado em Ca;ton- tal como era seu 7 dese5o. 8 *;celente 8 disse a +o7. 8 9agaidhJ %h- aC est6 +ocF. Suponho 4ue a rec.m8chegada este5a e;austa. Pode recebF8la e pro+er8lhe o necess6rioJ 8 $3o se preocupe- eu a le+arei para o 4uarto e darei ordens para 4ue receba tudo 4ue precisar 8 assegurou uma +o7 :eminina. 8 Obrigado. >uanto a +ocFs- retrucou a +o7 de barCtono- +enham encontrar8me depois de le+arem os ca+alos para o est6bulo. *+a permaneceu parada- sem nada :a7er nem di7er en4uanto os ca+aleiros toma+am as r.deas dos animais e partiam le+ando tamb.m sua .gua 9illie. Sem a23o- ela se +iu como uma crian2a abandonada no meio da ruaE e ainda +irou o rosto tentando +er se en;erga+a a4uele 4ue de+ia ser seu marido- mas em +3o. Passado um instante- contudo- uma 5o+em mulher de cabelo escuro e muito bonita se apro;imou sorrindo. 8 *+aJ 8 Sim. 8 Sou 9agaidh. *u a condu7irei para seu aposento. 8 % elegante e am6+el mulher tomou *+a pelo bra2o e a condu7iu em dire23o @ enorme porta de madeira do castelo. 8 9eu marido :oi emboraJ 8 perguntou *+a com timide7 ainda maior ao entrarem. 8 Connal tem ocupa2Aes a tratar agora. %l.m disso- ele sabe 4ue +ocF est6 e;austa e pre:eriria tomar um banho 4uente- comer algo e deitar. O lorde +ir6 cumpriment68la amanh3. %pesar da amabilidade da o:erta- n3o se trata+a de uma pergunta- mas sim de in:orm68la de 4ue ela ia se banhar antes de 5antar. *+a n3o tinha id.ia de 4uem era 9agaidh- mas o ?no +estido 4ue ela tra5a+a e seu ar de autoridade demonstra+am 4ue era algu.m importante. 8 0ocF . irm3 de lorde 9ac%dieJ 8 perguntou *+a en4uanto atra+essa+am o sal3o do castelo em dire23o @ grande escadaria 4ue le+a+a aos 4uartos e aposentos pri+ados. 8 Sou a m3e dele. 8 % mulher sorriu ao notar a surpresa e incredulidade estampadas no rosto de *+a. 8 9eu 1eus= Casei8me com um garoto= 0ocF n3o tem idade para ser m3e de um menino de mais de de7 anos. 8 Connal . mais idoso 4ue isso- acredite. *+a ia responder- mas ent3o lhe ocorreu 4ue a mulher decerto era m3e adoti+a de lorde 9ac%die- pois n3o podia ha+er outra e;plica23o. 1e 4ual4uer maneira- a +o7 4ue ou+ira l6 :ora n3o pertencia a um menino- e sim a um homem adulto e acostumado a dar ordens. 8 Chegamos 8 a+isou 9agaidh- abrindo uma das portas do longo corredor 4ue sucedeu @ escadaria. *+a n3o conte+e a admira23o ao entrar no aposento. Trata+a8se de um 4uarto muito maior e mais rico 4ue seu aposento em Ca;ton- e tape2arias recobriam as paredes de pedra. O enorme leito esta+a preparado com peles ?nas e len2,is de linho- e uma grande lareira com o :ogo aceso domina+a uma das paredes. 'a+ia tamb.m uma poltrona de couro- uma mesa com adornos entalhados na madeira- uma cHmoda e grossas cortinas de +eludo na 5anela. 8 >ue 4uarto ador6+el= 8 *+a n3o escondeu 4ue n3o esta+a habituada a tal esplendor- digno de uma princesa. *+a se apro;imou do leito- e desli7a+a o dedo pelo tra+esseiro- 4ue de+ia ser de penas de ganso- 4uando uma sucess3o de criados come2ou a entrar. 1ois rapa7es tra7iam uma tina de madeira 4ue :oi depositada de:ronte @ lareira- e duas criadas logo come2aram a enchF8la com 6gua 4uente. ma terceira mulher tra7ia toalhas- 4ue colocou sobre a mesa. ma 8 5o+em se apro;imou com p.talas de Bores e ,leos arom6ticos e passou a despe568los na 6gua. $um instante o banho esta+a preparado- e todos saCram- com e;ce23o da 5o+em 4ue trou;era as Bores e 4ue se mantinha ao lado da tina- agora cheia de 6gua :umegante e per:umada. 8 #lynis a a5udar6 com o banho 8 disse 9agaidh ao alcan2ar a porta. 8 O 5antar ser6 tra7ido 4uando terminar. 8 Obrigada 8 agradeceu *+a- com reconhecimento t3o grande e genuCno 4ue seria di:Ccil e;pressar em pala+ras. 8 0ocF . bem8+inda- crian2a. 8 9agaidh sorriu- gentil. 8 *ste . seu lar agora. *+a meneou a cabe2a- encantada com a calorosa acolhida da simp6tica mulher- mas sem compreender como podia cham68la de crian2a sendo ainda t3o 5o+em. $este momento #lynis- a criada 4ue a a5udaria- se apro;imou e a ?tou tamb.m com amabilidade e simpatia. #lynis era ainda mais 5o+em 4ue 9agaidh- e apesar dos cabelos rui+os e das sardas no rosto- *+a imediatamente se lembrou de 9a+is. 8 >uer 4ue a a5ude a tirar o +estidoJ 8 o:ereceu a mo2a. %pesar de estranhar a o:erta- *+a concordou com a cabe2a. *la n3o tinha o h6bito de ser a5udada- e mesmo 4ue 9a+is por +e7es se comportasse como ama- ela apenas lhe esco+a+a os cabelos. *+a 5amais ti+era 4uem a a5udasse a +estir ou tirar a roupa- mas esta+a e;austa no momento e a a5uda era bem8+inda. 8 Sim- por :a+or. 8 * *+a o:ereceu as costas para a 5o+em desamarrar os la2os 4ue :echa+am seu +estido. 8 Onde est6 elaJ 8 perguntou Connal ao se apro;imar da longa mesa 4ue domina+a o sal3o do castelo. 8 1ormindo- naturalmente. 8 9agaidh 9ac%die parou de comer e ergueu o olhar para o ?lho. 8 Tomou banho- comeu e adormeceu em seguida- +encida pela e;aust3o. $3o podiam ter parado durante a noite para des2ansarJ 8 *la ?tou *Dan- tamb.m sentado @ mesa. 8 1ei ordens para 4ue n3o parassem 8 e;plicou Connal- 5untando8se a eles en4uanto um criado corria a ser+ir8lhe +inho. 8 * em conse4KFncia disso- a pobre 5o+em tem bolhas nas pernas por tantas horas sentada na sela 8 insistiu 9agaidh em tom repreensi+o. 8 9elhor ter bolhas nas pernas 4ue perder a +ida 8 retrucou Connal. 8 Com os ata4ues 4ue +enho so:rendo- me pareceu melhor n3o correrem riscos parando para descansar. 9agaidh suspirou ao pensar 4ue os rumores sobre os 9ac%die e 9ac$ach de :ato ha+iam aumentado nos <ltimos tempos- e alguns atentados ha+iam sido cometidos. Connal :ora atacado trFs +e7es em poucas semanas- e por sorte escapara com +idaE mas era impossC+el ter certe7a de 4ue os ata4ues esta+am relacionados aos rumores. 8 *la reclamou por n3o pararemJ 8 4uis saber Connal- +irando8se para *Dan. 8 Gamais reclamou por cansa2o ou por n3o pararmos 8 respondeu o cunhado e primeiro ca+aleiro do lorde- com satis:a23o inusitada. 1escon?ado- Connal :ran7iu a sobrancelha. Se *Dan se mostra+a t3o satis:eito por ela n3o ha+er se 4uei;ado- pro+a+elmente ha+ia algo 4ue ela ?7era 4ue n3o :ora t3o bom assim. 8 'ou+e algum problemaJ 8 $3o :oi de :ato um problema 8 come2ou o ca+aleiro com hesita23o. 8 9as criou8se certa tens3o 4uando os homens acharam 4ue ela era louca. 9 8 LoucaJ 8 e;clamou 9agaidh chocada. 8 *la . uma 5o+em ador6+el. 8 $3o pensei 4ue :osse louca 8 assegurou *Dan 8- mas ela con+ersa+a com o ca+alo e os homens... 8 Con+ersa+a com o ca+aloJ 8 interrompeu Connal. 8 Parece 4ue a .gua n3o esta+a acostumada a sair de Ca;ton- e a dama tentou acalm68la :alando com ela. * o :a7ia o tempo todo. 8 *Dan reBetiu 4ue se hou+esse algo de anormal com a mulher- ent3o era melhor 4ue o lorde soubesse o 4uanto antes. Connal considerou a in:orma23o e resol+eu 4ue n3o tinha moti+os para se preocupar- pois tamb.m ele a:aga+a e con+ersa+a com seu ca+alo para tran4Kili768lo 4uando necess6rio. 9ais rela;ado- ele a?nal tomou um gole do +inho e lambeu os l6bios com pra7er ao depositar a ta2a de prata sobre a mesa. %gora ele podia saborear a bebida 4ue tanto aprecia+a- mas uma hora atr6s ainda precisa+a saciar uma sede de outro tipo- 4ue nenhuma bebida poderia apa7iguar. %pesar de lutar contra o instinto 4ue produ7ia tal necessidade- era impossC+el controlar8se- e +e7 por outra a4uela sede necessita+a ser satis:eita antes 4ue ele se sentasse @ mesa para comer e beber. 81e+ia tF8la cumprimentado 8 disse 9agaidh- ?tando o ?lho com ar de desapro+a23o. Connal des+iou o olhar. 8 Pensei 4ue ela pre:erisse descansar antes de me encontrar. 8 1ar8lhe boas8+indas tomaria apenas um instante- e ela poderia ent3o seguir para o 4uarto. Connal deu de ombros e tornou a beber +inho- mas se sentia embara2ado. *le n3o plane5ara e+itar encontrar a esposaE o 4ue acontecera :ora :ruto de uma decis3o repentina. Connal acabara de sair do 4uarto secreto e entra+a no sal3o 4uando soube 4ue os ca+aleiros ha+iam chegado. *le :ora @ porta do castelo com a inten23o de cumpriment68la- mas n3o a pHde +er- escondida como esta+a entre o cCrculo de ca+aleiros altos e :ortes e a pe4uena multid3o 4ue se aglutinara ao redor. $o ?nal- ele dispensara os ca+aleiros e tornara a entrar sem saud68la- sentindo at. certo alC+io por adiar o encontro com a esposa. *mbora n3o apreciasse a id.ia de se casar com uma mulher mortal- Connal prometera ao primo Cathal 4ue o :aria- a ?m de reno+ar o sangue.da :amClia. Cathal casara8se na prima+era passada- mas Connal decidira esperar e se certi?car de 4ue o casamento do primo da+a bons :rutos antes de :a7er o mesmo. Cathal agora +i+ia :eli7 com a esposa Iridget- e 56 ha+iam gerado dois herdeiros gFmeos- 4ue garantiriam a continuidade do cl3 dos 9ac$ach. Connal acredita+a 4ue poderia se considerar um homem :eli7 se ti+esse a metade da sorte de Cathal. 8 $uma +isita @ corte- Connal conhecera *+a Ca;ton- irm3 de Gonathan Ca;ton- not,rio a+arento. *ncontrara8a por acaso no 5ardim do castelo do reiE con+ersaram pouco- e ela lhe parecera simp6tica- sensC+el e modesta. %pesar disso- a id.ia de casamento n3o lhe passara pela cabe2a na ocasi3o. >uando Connal dei;ou a corte para +ia5ar de +olta a 9ac%die- uma id.ia lhe ocorreu& Por 4ue n3o en+iar meus ca+aleiros com uma o:erta de casamento para a 5o+em Ca;tonJ %?nal- ele n3o :a7ia 4uest3o de dote e at. poderia o:erecer uma recompensa ao a+arento Gonathan. Leli7mente- tudo ha+ia corrido bem. Sua proposta :oi aceita- e o casamento :oi reali7ado a distNncia. Connal agora tinha sua senhora 9ac%die. Superada a 4uest3o do matrimHnio- s, :alta+a engra+id68la e gerar her8 deiros de sangue misto para o cl3E e o problema estaria resol+ido. 8 0ocF de+ia organi7ar uma cerimHnia apropriada- agora 4ue ela est6 a4ui 8 sugeriu 9agaidh de repente- despertando o ?lho dos pensamentos 4ue o absor+iam. 8 Por 4uFJ O casamento a distNncia . o?cial- e +ale tanto 4uanto um casamento presencial. 8 9as n3o . a mesma coisa= 8 9agaidh suspirou. 8 0ocF se sente casadoJ Connal calou um instante e reBetiu sobre a pergunta da m3e. *le n3o se sentia di:erente- sua +ida permanecia a mesma- e seus h6bitos n3o seriam alterados. % <nica trans:orma23o . 4ue o castelo 9ac%die ganha+a mais uma residente- sua esposa- mas isso tamb.m n3o 10 trans:orma+a a rotina da +ida no :eudo. 8 $ada mudou- n3o . mesmo- ConnalJ 8 9agaidh adi+inhara os pensamentos do ?lho. "rritado- Connal ?tou a m3e- sabendo 4ue ela ia insistir na 4uest3o. Organi7ar uma cerimHnia de casamento me parece perda de tempo- mas como con+encF8la dissoJ- pensou ele. 8 Ser6 melhor para +ocFs dois 8 disse 9agaidh em tom apa7iguador- intuindo a irrita23o de Connal. 8 Tenho certe7a de 4ue *+a Ca;ton tamb.m n3o se sente casada. %l.m do mais- uma cerimHnia p<blica seria a chance de nossa gente conhecer a senhora do castelo e +er 4ue +ocF se casou. Connal ia protestar- mas as <ltimas pala+ras de sua m3e lhe chamaram a aten23o. 1e :ato- n3o seria ruim 4ue os criados e outros membros do cl3 testemunhassem sua uni3oE e todos saberiam 4ue *+a Ca;ton era sua esposa e 4ue ele a protegeria- pois tamb.m ela corria o risco de so:rer ata4ues no :uturo. 8 Precisaremos de um padre 8 Connal a+isou *Dan- demonstrando 4ue aceita+a a sugest3o da m3e. 8 Cuidarei disso imediatamente. 8 O primeiro ca+aleiro se le+antou. 8 *n+ie algu.m para :a7F8lo 8 instruiu Connal. 8 * +6 descansar depois. % +iagem tamb.m :oi cansati+a para +ocF. 8 Sim- meu lorde 8 disse *Dan- antes de partir. Captulo III *+a acordou de repente- num s<bito abrir de olhos- com a imediata sensa23o de 4ue n3o esta+a em Ca;ton. $o instante seguinte- contudo- lembrou 4ue se encontra+a num aposento muito mais agrad6+el 4ue seu 4uarto na antiga moradia. Sim- a4uele era seu no+o 4uarto agora. %s tape2arias nas paredes e as ricas cortinas :a7iam crer 4ue se trata+a do aposento do senhor do castelo- seu marido. *ra estranho pensar 4ue esti+esse casada- pois ela n3o se sentia di:erente interiormente. Sua +ida- por.m- mudara muito& ela +i+ia em outro castelo- rodeada de gente desconhecida. 9ais 4ue isso& passaria a compartilhar a +ida e o leito. %o lembrar8se desse :ato- um pensamento a sobressaltou- e ela olhou para o outrco lado da enorme cama. Ser6 4ue meu marido dormiu a4ui e eu n3o notei por causa do cansa2oJ O tra+esseiro e as cobertas ao lado pareciam intocados- o 4ue a ali+iou- pois indica+a 4ue ela passara a noite so7inha. %o mesmo tempo- era estranho 4ue lorde 9ac%die n3o ti+esse dormido na4uele 4ue de+ia ser seu leito. %li6s- ele nem me cumprimentou no dia anterior- ela lembrou com pesar. 'esitante- *+a a:astou as cobertas e ergueu o tronco. >ue horas ser3oJ 1e 4ual4uer :orma- era hora de le+antar. %pesar de ser +er3o- o 4uarto n3o esta+a 4uente agora 4ue o :ogo n3o ardia na lareira. % noite :ora :ria- mas a *sc,cia era mesmo um paCs :rio. >uando se le+antou- o contato com o ch3o de pedra gelou seus p.s- e ela correu para o tapete- 4ue :eli7mente chega+a at. a 5anela. *ntretanto- ao descerrar as cortinas e abrir o +idro- uma lu:ada de ar 4uente lhe acalentou a :ace. *ra um dia de sol- e :a7ia mais calor :ora do 4uarto do 4ue dentro dele- de+ido @ constru23o de grossas paredes de pedra. *+a olhou para bai;o e ?tou a pe4uenina pra2a rodeada pelas casinhas e ruelas 4ue :orma+am o :eudo 9ac%die. 'a+ia gente atare:ada com os trabalhos di6rios- e a manh3 seguia a+an2adaE mas o ambiente era mais calmo do 4ue no dia anterior. 11 'ora de me +estir- descer para comer algo e ?nalmente encontrar meu marido- pensou *+a. Contudo- 4ue +estido colocarJ $3o ha+ia muito a escolher- pois ela possuCa somente o +estido a7ul usado na +iagem- e outro cin7a- guardado na pe4uena trou;a de bagagem. Seria necess6rio tra5ar o +estido cin7a- pois o a7ul esta+a su5o e amassado. *ntretanto- *+a n3o +iu sinal da trou;a 4ue trou;era ao subir. Tenta+a lembrar onde a ha+ia colocado 4uando ou+iu baterem @ portaE num impulso- correu e tornou a deitar. 8 Pode entrar= 8 *+a pu;ou as cobertas at. o pesco2o. % porta abriu de+agar e #lynis- a 5o+em criada 4ue a a5udara a banhar8se na noite anterior- espiou dentro do 4uarto. 8 G6 acordou 8 disse a mo2a de cabelos rui+os e rosto sardento- como o ca+aleiro 4ue escoltara *+a na +iagem.. 8 % Sra. 9agaidh me disse para lhe tra7er isto. 8 % 5o+em entrou e lhe mostrou um +estido a7ul8claro. 8 Oh= 8 e;clamou *+a- surpresa 4uando a criada se apro;imou com um lindo +estido de seda adornado com la2os de tom a7ul mais escuro. 8 O lindo= 8 *+a le+antou8se para tocar o tecido sua+e. 8 Tem certe7a de 4ue . para mimJ 8 Sim= 8 #lynis passou o +estido para *+a com enorme e;cita23o- como se a roupa :osse destinada para ela mesma. 8 Ontem le+ei seus dois +estidos para la+68los e prepar68los para seu uso- mas a Sra. 9agaidh disse 4ue n3o eram apropriados para a dama 9ac%die. *nt3o- ela escolheu esta roupa para a senhora usar ho5e. *la disse tamb.m 4ue esse +estido agora . seu. $3o . lindoJ 8 Sem d<+ida= 8 *+a como+eu8se com a generosidade e a amabilidade de 9agaidh. *ra um dos +estidos mais lindos 4ue ela 56 +ira- e o mais lindo 4ue 56 ti+era. 8 % Sra. 9agaidh tamb.m disse 4ue con:eccionaremos uma cole23o de roupas no+as para a senhora- roupas 4ue se5am dignas da esposa de lorde 9ac%die. 8 ma cole23o inteira para mimJ 8 *+a mal conseguia acreditar. %?nal- nunca possuCra mais de dois +estidos simultaneamente- 4ue eram substituCdos 4uando se toma+am puCdos demais. 8 "sso mesmo. %gora- se me permite- pentearei seu cabelo e a a5udarei a se +estir. 8 % 5o+em trou;e uma cadeira para *+a se sentar. 8 % Sra. 9agaidh me escolheu para ser sua criada pessoal. 8 O sorriso de #lynis desapareceu- e ela ?tou *+a com timide7. 8 Se a senhora concordar- naturalmente. Caso contr6rio- ela indicar6 outra pessoa. 8 Licarei :eli7 em tF8la para me a5udar 8 assegurou *+a com rapide7- sentindo8se ali+iada ao +er 4ue a mo2a torna+a a sorrir. #lynis :ora gentil e prestati+a ao a5ud68la a banhar8se na noite anterior- e depois lhe ?7era companhia en4uanto *+a comia a re:ei23o o:erecida. %ntes de sair- a criada rui+a esperou 4ue se deitasse- certi?cando8se de 4ue n3o necessita+a mais nada. %gora- outra +e7 pro+a+a ser uma ama e;celente- pois num instante a a5udou a colocar o +estido no+o e- em seguida- penteou seus cabelos com m3os sua+es e e;perientes. 8 *st6 bem assim- minha damaJ 8 Lindo= 8 *+a adorou o trabalho de #lynis- 4ue amarrara seus cabelos num co4ue e os en:eitara com pe4ueninas Bores de seda- 4ue combina+am com o +estido. 8 *stou :eli7 4ue tenha sido +ocF a escolhida para me a5udar. 8 Obrigada... 8 #lynis- corando le+emente- a:astou8se para recolocar o espelho sobre o grande m,+el de madeira. 8 % senhora de+e estar com :ome. O ca:.8da8manh3 56 :oi ser+ido- mas a Sra. 9agaidh deu instru2Aes para 4ue o des5e5um lhe :osse o:erecido 4uando acordasse. % co7inheira preparou algo especial para lhe dar boas8+indas- e creio 4ue 56 est6 tudo pronto- pois *Dan :oi @ co7inha in:ormar 4ue a senhora ha+ia le+antado. 8 Como . 4ue ele sabiaJ 8 perguntou *+a- surpresa. 12 8 1isse 4ue a +iu na 5anela. 8 Compreendo... 8 *+a mostrou8se embara2ada ao saber 4ue :ora +ista na 5anela- 4uando ainda tra5a+a a roupa de dormir- embora a camisola ti+esse gola alta- 4ue cobria at. o pesco2o. 8 9elhor a senhora descer- sen3o seu des5e5um especial +ai es:riar. *+a concordou com um sorriso- encantada pela gentile7a com 4ue a trata+am em 9ac%die. #lynis adiantou8se para abrir a porta- mas permaneceu do lado de dentro 4uando *+a saiu do aposento. 8 $3o +em comigoJ 8 0ou arrumar seu leito e a5eitar as coisas a4ui 8 e;plicou a criada. 8 9as a senhora pode me mandar chamar a 4ual4uer momento- se necessitar algo. *+a sentiu receio ante a perspecti+a de se dirigir so7inha para o sal3o. %pesar de ha+er acabado de conhecer #lynis- a companhia da mo2a proporciona+a con?an2a e a coloca+a mais @ +ontade na4uele castelo estranho. 8 $3o tenha medo 8 disse a 5o+em- percebendo sua inseguran2a. 8 % senhora . bem8+inda a4ui. *+a respirou :undo e partiu pelo corredor em dire23o @ escadaria 4ue descia para o sal3o. % sensa23o de :rio no estHmago pelo temor de en:rentar os outros moradores do castelo a :e7 lembrar de como se sentira ao +isitar a corte com Gonathan. Certa tarde- o irm3o ha+ia saCdo para con+ersar com outros homens- obrigando8a a +oltar so7inha para seu aposento. *+a tra5a+a um +estido simples e de tecido barato- muito di:erente das roupas usadas pelas outras damas no castelo do reiE ela ainda recorda+a os olhares de despre7o com 4ue a ?ta+am en4uanto atra+essa+a uma in?nidade de corredores e salAes at. ?nalmente chegar @ seguran2a e solid3o de seu 4uarto. %p,s esse incidente- ela se mante+e a:astada dos demais- mesmo por4ue n3o possuCa outra roupa mais bonita. Loi um duro golpe para *+a saber 4ue era al+o de 7ombaria- e 4ue a trata+am como se :osse in:erior. %gora- contudo- ela n3o usa+a um +estido barato e anti4uado- e era a esposa do senhor do castelo- ainda 4ue esti+esse longe de se sentir como tal. >ue ironia- *+a reBetiu- apressando o passo. %o atingir o topo da escadaria- ou+iu +o7es +indas do sal3o. Parou um instante- inspirou e soltou o ar +agarosamente- tentando se acalmar. Seu cora23o- por.m- n3o obedeceu e acelerou 4uando ela come2ou a descer. *nt3o- ela ou+iu uma +o7 masculina. %t. 4ue en?m encontrarei meu marido. 9as enganara8se- pois @ mesa esta+am apenas *Dan e 9agaidhE n3o ha+ia sinal de lorde 9ac%die. % princCpio *+a e;perimentou alC+io por issoE mas imediatamente percebeu 4ue era estranho sentir8se ali+iada por ele n3o estar presente. 8 Iom dia= 8 *+a saudou ao chegar ao sal3o e caminhar em dire23o @ mesa. $o entanto- espantou8se 4uando a mulher se +irou e a ?tou& n3o se trata+a de 9agaidh- mas de uma pessoa mais +elha- com o mesmo cabelo escuro e os tra2os :aciais da m3e de Connal. 8 *sta . %ileen. 8 *Dan le+antou8se para recebF8la- e :e7 um gesto na dire23o da dama desconhecida. 8 Iem8+inda a 9ac%die 8 disse a mulher- tamb.m le+antando e presenteando *+a com um a:6+el sorriso. 8 Obrigada 8 murmurou *+a com timide7 ao +er a4uela senhora 4ue se +estia com tanta elegNncia 4uanto 9agaidh- e 4ue tamb.m a recebia com ami7ade e calor. 8 %ileen . irm3 de lorde 9ac%die 8 e;plicou *Dan. 8 * minha esposa 8 acrescentou com orgulho. *+a ?tou a irm3 de Connal 9ac%die com surpresa- pois ela 8 parecia mais idosa 4ue 13 9agaidh- a m3e deles. 9agaidh tamb.m de+e ser m3e adoti+a de %ileen- pensou *+a. Leitas as contas- tudo indica+a 4ue seu marido tinha apro;imadamente a mesma idade de *Dan e %ileen- o 4ue o toma+a ao menos +inte anos mais +elho 4ue ela. 9as ela reBetiu 4ue n3o poderia ser di:erente& um rapa7 5o+em e lindo certamente n3o ia se dispor a lhe propor casamento sem receber o dote usualE um 5o+em assim n3o teria di?culdade em casar com damas da corte. 8 Conseguiu se recuperar da +iagemJ 8 perguntou *Dan- retirando *+a de suas con5ecturas. *la percebeu 4ue agia de modo rude- pois permanecia em p. e calada- obrigando os outros dois a esper68la. 8 Sim- obrigada- *Dan. 1ormi muito bem. 8 *+a sentou8se. 8 0ocF tamb.m descansouJ 8 O su?ciente. 8 *le :e7 men23o de continuar a :alar- mas neste instante uma das portas do sal3o se abriu- e *Dan +irou a cabe2a para +er 4uem chega+a. 8 $ossa co7inheira preparou algo para +ocF 8 ele anunciou ao notar os criados entrando com bande5as. 8 *st6+amos curiosos para +er o 4ue era- ent3o permanecemos a4ui @ manh3 inteira. 8 Sinto tF8los :eito esperar= 8 *+a ?cou constrangida- mas curiosa em saber 4ue iguarias continham as di+ersas bande5as 4ue agora deposita+am sobre a mesa. 8 Pare de ata7an68la 8 disse %ileen com um sorriso. 8 *Dan est6 brincando. $3o esper6+amos 4ue :osse acordar cedo- pois sabemos 4ue a +iagem :oi longa e cansati+a. *u teria reclamado- mas meu marido contou 4ue +ocF suportou as agruras da +iagem sem reclamar. %s am6+eis pala+ras de %ileen ?7eram *+a sorrirE contudo- ela n3o conseguia dei;ar de prestar aten23o aos pratos ser+idos e ao aroma delicioso 4ue e;ala+am. Seu estHmago reagia como se esti+esse h6 dias sem comer- mas isto n3o era +erdade- pois *Dan lhe o:erecera bolinhos de trigo e mel durante a +iagem. 8>ue delCcia= 8*+a e;clamou 4uando os criados terminaram de arrumar as comidas e partiram. >ue di:eren2a das re:ei2Aes em Ca;ton- ela pensou ao ?tar os di+ersos bolos- os di:erentes tipos de p3es e 4uei5os- gel.ias- carnes :rias- pudim e :rutas :rescas. 8 Pelo +isto- nossa co7inheira preparou o bastante para todos n,s 8 disse *Dan. 8 $aturalmente 8 comentou uma +o7 desconhecida. Curiosa para +er 4uem chega+a- *+a +irou o rosto para tr6s e deparou com uma robusta senhora de a+ental branco- 4ue se apro;ima+a a largos passos. 8 %cha 4ue eu n3o sabia 4ue +ocF estaria esperando a4ui para tornar a comerJ Os homens 9ac%die s3o go+ernados pelo apetite= 8 % mulher ?ngiu desapro+a23o- mas ha+ia alegria em seus olhos. 8 Iom dia- senhora 8 disse ela para *+a. 8 Sou *Pe- a respons6+el pela co7inha do castelo. Preparei este des5e5um para lhe dar boas8+indas- e dese5o de cora23o 4ue +i+a muitos anos :eli7es a4ui conosco. 8 Obrigada= 8 *+a encantou8se com a cortesia da co7inheira. 8 Tudo tem um aspecto delicioso- e estou com 6gua na boca. 8 *m geral sir+o p3o- 4uei5o- manteiga e gel.ia pela manh3- mas preparei algo s, para a senhora 8 in:ormou *Pe com orgulho. 8 Prometa 4ue +ai e;perimentar de tudo- pois estes bolos s3o receitas 4ue eu mesma in+entei. Posso ser+i8laJ *Pe mal esperou pela resposta a?rmati+a de *+a& passou a ser+ir +6rios pratos com salgados e doces. $o ?nal- ha+ia tanta comida @ sua :rente 4ue ela chegou a du+idar 4ue conseguiria comer de tudo& :atias de di:erentes carnes- peda2os de bolos com :rutas cristali7adas- bolinhos de mel- p3es claros e escuros com gel.ias de amoras e morangos sil+estres- pudim e uma grande tigela com :rutas. 8 *spero 4ue aprecie meus 4uitutes e coma bastante. % senhora necessita colocar um pouco 14 mais de carne ao redor destes ossos. 8 Obrigada- . muito generosa. *+a ?tou a comida apetitosa- sem saber por onde come2ar. >ue di:eren2a dos dias em Ca;ton- em 4ue me es:or2a+a para comer pouco e n3o dar gastos ao meu irm3o. 8 O um pra7er ser+ir @ senhora de nosso castelo. %gora- se me permite- +ou +oltar @ co7inha- pois tenho muito trabalho. $3o . @ toa 4ue os ca+aleiros 9ac%die s3o :ortes& eles possuem um apetite de le3o. %ntes de partir- a co7inheira ainda inclinou ligeiramente o tronco num gentil cumprimento e *+a sorriu em retribui23o. % re:ei23o :oi longa- e *Dan e %ileen ?7eram8lhe companhia todo o tempo. $o ?nal- ela se alimentara mais 4ue o su?ciente- e;citada como uma crian2a entre tantas mara+ilhas culin6rias. 1urante a con+ersa- *+a ?cou sabendo 4ue a cunhada %ileen e seu marido *Dan tinham um ?lho e duas ?lhas. % princCpio- ela achou 4ue :ossem crian2as- e ?cou :eli7 com a id.ia de brincar com eles e le+68los a passear. 9as %ileen in:ormou 4ue se trata+a de adultos& seu ?lho completara +inte e sete anos- as ?lhas eram casadas e eles 56 eram a+,s- pois uma delas tinha uma crian2a. %o menos o neto deles ter6 idade para me ou+ir contar hist,rias- pensou *+a- re:a7endo as contas mentalmente para calcular a idade dos no+os parentes. *la 5ulgara 4ue *Dan e %ileen ti+essem por +olta de 4uarenta anos- mas o :ato de terem ?lhos adultos indica+a 4ue 56 ha+iam ultrapassado os cin4Kenta. Se assim :osse- Connal tamb.m teria cerca de cin4Kenta anosE e a di:eren2a de idade entre ela e lorde 9ac%die chegaria a pelo menos trinta anos= 9ais uma +e7- Connal n3o aparecera para saud68la. Ser6 4ue n3o +em a meu encontro por4ue se arrependeu do casamentoJ %ileen e *Dan comentaram 4ue ele esta+a ocupado. *+a se sentia desapontada com a ausFncia do esposoE pior& temia 4ue ele ti+esse se decepcionado com sua aparFncia. Posso n3o ser a mulher mais bonita da *sc,cia- mas pro+arei meu +alor a Connal. * *+a ar4uitetou um plano para surpreender de modo positi+o- o maridoE para reali768lo- precisaria da a5uda de #lynis. %o sair da passagem 4ue le+a+a ao 4uarto secreto onde dormia durante o dia- Connal deparou com *Dan- 4ue o aguarda+a. Seu ca+aleiro 5amais o espera+a ali no corredorE isso sugeria 4ue algum problema ocorrera. Connal acionou o mecanismo 4ue :echa+a a porta de pedra atr6s dele. 8 O 4ue aconteceu- *DanJ Outro atentadoJ 8 $3o. $ada t3o s.rio. 8 *nt3o- por 4ue me espera a4uiJ 8$ecessito lhe in:ormar algo... 9as n3o . importante 8 acrescentou rapidamente- ao notar 4ue Connal :ran7ia a sobrancelha. 8 $3o . mesmo importanteJ 8 Trata8se de sua esposa. 8 O 4ue :oiJ 8 indagou Connal- num tom de surpresa 4ue logo se trans:ormou em preocupa23o. 8 %conteceu algo com elaJ 8 $3o- meu lorde. 8 9as o 4ue hou+e- a?nalJ 8 Connal 56 se mostra+a impaciente. 15 8 $3o se trata do 4ue aconteceu com ela- mas do 4ue ela :e7. 8 Conte de uma +e7 por todas- homem= Captulo IV 8 O 4uFJ %o tomar conhecimento do 4ue *+a ?7era- Connal encheu8se de ira. *Dan sabia o 4u3o duro Connal podia ser 4uando o desagrada+am- e agora sentia pena dela. *le tamb.m se en:ure8 cera com o ato de *+aE mas con:rontar8se com a :<ria de Connal minimi7a+a a importNncia do ocorrido. 8 *+a te+e boa inten23o. O es:or2o para tra7er mais lu7 ao sal3o seria apreciado em 4ual4uer lugar. *la nem imagina o 4ue isso signi?ca a4ui em 9ac%die. 8 %ileen est6 bemJ 8 indagou Connal- sem dar ou+idos ao cunhado. 8 Sim. 8 *Dan nem conseguia pensar no 4ue teria acontecido @ esposa caso ela entrasse no sal3o banhado pela lu7 4ue penetra+a as 5anelas cu5as cortinas- grossas como tapetes- ha+iam sido descerradas. 8 %ntes de descer- %ileen notou o 4ue *+a :a7ia- ent3o +oltou para o 4uarto e mandou me chamar. 8 Compreendo. 8 Connal parecia menos irado- mas permanecia 7angado. 8 Onde est6 minha esposa agoraJ 8 Sentada @ mesa 8 respondeu *Dan- seguindo lorde 9ac%die pelo corredor em dire23o @ escada. 8 Por 4ue n3o lhe pediu para parar de escancarar as cortinasJ 8 Iem- eu tentei- mas ela esta+a certa de 4ue +ocF apreciaria- e insistiu para lhe mostrar o resultado antes de tomar uma decis3o ?nal- e;plicou *Dan embara2ado- pois como primeiro ca+aleiro- ele era respons6+el por tudo 4ue ocorria no castelo durante o dia- na ausFncia de Connal- e ningu.m con:ronta+a sua autoridade. *;ceto *+a- pelo +isto. %o atingirem a escada 4ue descia para o sal3o- *Dan pre:eriu n3o acompanhar Connal- por n3o 4uerer testemunhar a e;plos3o de seu senhor com a esposa. $a +erdade- o ato de noti?c68lo sobre o 4ue *+a ?7era le+ou8o a compreender a boa inten23o da 5o+em e ultrapassar a rai+a 4ue sentira no primeiro momento. %?nal- ela n3o imagina+a 4ue a lu7 do sol :eria Connal- %ileen e outros 9ac%die. *ntristecido com o rumo 4ue as coisas toma+am- ele resol+eu ir para o 4uarto. 8 Connal ?cou muito 7angadoJ 8 perguntou %ileen ao +er o marido entrar. 8 Pensei 4ue esti+esse sentada @ mesa= 8 *Dan surpreendeu8se ao +er 4ue a esposa n3o descera para 5antar. 8 Pre:eri n3o presenciar o desapontamento de *+a ao +er Connal reagir com :<ria- e n3o com a aprecia23o 4ue ela antecipa+a. *la s, tenta+a ser <til e agrad68lo. 8 O +erdade... 8 *Dan suspirou- sentando8se ao lado da esposa. 8 Seria bom se ti+esse me dito isso antes 4ue eu :osse a+isar Connal. 8 *u sabia 4ue ia compreender so7inho. * n3o adiantaria tentar lhe e;plicar- pois esta+a 7angado e- tal como Connal- n3o ou+e ningu.m 4uando est6 assim. 8 *spero 4ue nosso lorde n3o se5a muito duro com ela 8 disse *Dan- mudando de assunto para n3o admitir 4ue %ileen tinha ra73o. %gora- sentia8se culpado por ter tornado a ira de Connal tal+e7 maior ao lhe dar a notCcia 4uando acaba+a de acordar. 8 0ou ao sal3o me certi?car 4ue ele n3o se e;ceda ao repreendF8la. 8 1iga a meu irm3o 4ue *+a pretendia a5udar e :a7er algo 4ue ele apreciasse 8 pediu %ileen. 16 8 Sim 8 replicou *Dan- e a bei5ou na :ace antes de sair. %ma+a a4uela mulher como trinta anos atr6s- 4uando pedira sua m3o em casamento a Connal. *Dan estranhou o silFncio ao descer a escada- pois na4uele hor6rio a longa mesa de re:ei23o de+eria estar repleta de pessoas- terminando de comer ou con+ersando ap,s o 5antar. %o atingir o sal3o- ele notou 4ue %ileen n3o era a <nica 4ue pre:erira n3o 5antar na4uela noite- pois *+a esta+a so7inha @ mesa e- de olhar bai;o- ela era uma pe4uena ?gura triste e solit6ria. 1onaidh- #eordan- 1omhall- !agnall e Keddy- os ca+aleiros 4ue a ha+iam acompanhado na +iagem- encontra+am8se sentados num canto do sal3o- mas n3o con+ersa+am. $este momento- Connal entrou por uma das portas e se dirigiu diretamente para *+a. *Dan resol+eu 5untar8se aos demais ca+aleiros e esperar para interceder a :a+or dela- se necess6rio. Sem apetite- *+a ?ta+a a comida intocada no prato. $ingu.m parecia ter apro+ado sua iniciati+a de abrir as imensas cortinas para permitir 4ue a lu7 do sol entrasse no sal3o- e at. #lynis tentara demo+F8la da id.ia- embora *+a pensasse 4ue a criada a encora5aria. $3o obstante- e mesmo sem apoio- ela decidira ir adiante com o plano. 1esanimada- a+aliou a marca ro;a no bra2o. Se #lynis se mostrasse mais recepti+a- *+a teria pedido a a5uda de outros criados para subir na escada e desamarrar as tiras de corda 4ue suporta+am as grossas cortinas- a ?m de pu;68las para o lado e descobrir as 5anelas. %o en:rentar a resistFncia de #lynis- contudo- ela resol+era :a7F8lo so7inha- temendo 4ue outros criados reagissem da mesma :orma. >uando *Dan apareceu :uriosoE *+a desceu t3o rapidamente da escada- na Nnsia de e;plicar seu ato- 4ue ele :oi obrigado a segur68la com :or2a para impedi8la de cair. %gora- al.m dos dedos machucados por desamarrar tiras 4ue pareciam 5amais terem sido abertas- tamb.m seu bra2o ostenta+a uma marca. $o ?nal- *+a acabou se arrependendo de suas a2Aes& ningu.m reagira de :orma positi+a- e os ca+aleiros se mostraram desgostosos ao aparecerem no sal3o e notarem os <ltimos raios de lu7 entrando pelas 5anelas. *les comeram calados- e os 4ue n3o partiram logo ap,s a re:ei23o ha+iam ido sentar num canto- mas permaneciam t3o 4uietos como 4uando comiam. Ser6 4ue meu marido aparecer6 para 5antar ou n3oJ *le esti+era o dia inteiro ocupado com a:a7eres- como lhe in:ormaram de modo +ago- e agora ela o espera+a sem apetite para comer. $em mesmo %ileen- 4ue se mostrara t3o simp6tica durante o des5e5um- descera para 5antar- arruinando sua <ltima esperan2a de apoio ao plano de abrir as cortinas. 8 *sposa. *+a ergueu os olhos ao ou+ir o chamado- e n3o acreditou no 4ue +iu. *la se preocupara com a idade do marido- supondo 4ue :osse de cin4Kenta anosE mas o homem 4ue a ?ta+a esta+a longe de ter tal idade. %4uele lorde de cabelos escuros e olhos castanhos como %ileen era um rapa7 de trinta anos no m6;imo. 1e complei23o +igorosa- ele n3o tinha a barriga pronunciada comum em homens mais idosos- e os ombros largos acentua+am os m<sculos dos bra2os e os tra2os masculinos do rosto. *ntretanto- outro :ato a surpreendeu ainda mais do 4ue a aparFncia :Csica de lorde 9ac%die. 8 G6 nos conhecemos 8 murmurou *+a- 4uase para si mesma. Connal hesitou. Por um bre+e momento- a 7anga 4ue o domina+a desapareceu- e o brilho de :<ria em seus olhos se sua+i7ou. 8 $,s nos encontramos na corte 8 a?rmou o lorde. 8 0ocF con+ersou comigo no 5ardim- depois do 5antar= 8 *+a se lembrou- deliciada- da amabilidade com 4ue o ca+aleiro desconhecido a tratara 4uando ela se isolara dos outros membros da corte 4ue desdenha+am de sua roupa simples e anti4uada. *u 5amais poderia supor 4ue a4uele rapa7 educado e despretensioso :osse lorde 9ac%die- pensou ela. 8 0ocF :oi muito gentil comigo. 17 Suas pala+ras pareceram causar descon:orto a Connal- mas *+a sabia 4ue ca+aleiros lutadores n3o aprecia+am admitir 4ue possuCam um lado sua+e. *le a?nal sentou8se ao lado dela- e des+iou o olhar- como se tentasse ganhar tempo procurando o 4ue di7er. *+a- contudo- agora se sentia :eli7- pois n3o eram pe4uenas as chances de 4ue Connal se re+elasse gentil como marido. Sem contar 4ue era lindo. 1e repente- sentiu uma onda de calor in+adir8lhe o cora23o- como se :osse a mais bem8a+enturada das mulheres. *nt3o- ela sorriu. 8 Por 4ue me olha assimJ 8 perguntou Connal de repente. 8 %ssim comoJ 8 *+a continua+a a sorrir. 8 Como se esti+esse :eli7. 8 *u estou :eli7. $unca soube o seu nome- pois n3o nos apresentamos- e 5amais imaginei 4ue :osse Connal 9ac%die- o lorde com 4uem me casei. 9as agora 4ue sei 4uem . meu marido... tenho certe7a 4ue tudo dar6 certo. Con:uso- Connal resol+eu nada comentarE mas *+a ainda tinha necessidade de :alar. 8 Ti+e receio 4ue meu esposo :osse +elho ou gordo demais- e 4ue eu n3o o achasse atraente- mas +ocF . um homem lindo e 4ual4uer mulher se orgulharia em tF8lo como marido. %l.m disso- eu temia 4ue lorde 9ac%die :osse ruim ou mal8humorado- mas depois de nossa con+ersa na4uele 5ardim- sei 4ue . gentil e n3o ser6 cruel comigo. Creio 4ue :oi minha ador6+el m3e no c.u 4uem :e7 esta coisa boa acontecer em minha +ida. Tomado de surpresa pela :ran4ue7a de *+a- Connal pigarreou- e depois olhou para as 5anelas onde as cortinas abertas permitiam 4ue os +idros reBetissem a lu7 das tochas e +elas 4ue ilumina+am o sal3o. 8 *spero 4ue n3o se incomode 8 come2ou *+a- ner+osa ao +er 4ue Connal ?ta+a a mudan2a 4ue ela promo+era. 8 %chei 4ue +ocF ia gostar- mas 56 n3o sei mais... 8 ela corou. 8 $otei 4ue o sal3o ?ca escuro e triste com as cortinas :echadas- e pensei 4ue a lu7 do sol alegraria o ambiente. %gora 56 escureceu- e n3o . possC+el +erE mas se +ocF obser+ar amanh3- durante o dia- +ai perceber 4ue o ambiente ?car6 mais alegre- e poder6 admirar melhor a cHr das tape2arias nas paredes. *+a o ?tou- esperan2osa de 4ue Connal lhe desse ra73o e tal+e7 admirasse sua iniciati+aE mas o brilho :rio nos olhos do marido a alarmou. 8 0ocF n3o gostouJ 8 ela perguntou- num misto de aBi23o- ansiedade e desNnimo. 8 Iem 8 come2ou Connal- constrangido. 8 $3o se trata de gostar ou n3o gostar 8 ele a?rmou- embora a e;press3o em seu rosto indicasse 4ue n3o esta+a sendo :ranco. 8 O :ato . 4ue as cortinas ter3o de ser :echadas esta noite. 8 0ocF tamb.m n3o gostou... 8 *+a mostrou8se desapontada. 8 *u tinha certe7a 4ue +ocF gostaria 4ue hou+esse mais lu7 no sal3o durante o dia- mas me enganei. 8 $3o acha 4ue se dese5asse as cortinas abertas eu 56 n3o teria mandado abri8lasJ % simplicidade do coment6rio a surpreendeu- e era impossC+el escapar @ l,gica clara e e;ata. Por 4ue isso n3o me ocorreu antesJ 9esmo assim- *+a tomou a olhar a 5anela- lembrando 4ue ele ainda n3o presenciara o espet6culo 4ue as cortinas abertas ocasiona+am durante o dia. 8Se passar a4ui amanh3- tal+e7 acabe gostando= 8 $3o pretendo :a7F8lo. %s cortinas ser3o recolocadas imediatamente. 8 9as... 8 $o :uturo- n3o :a2a mudan2as sem antes consultar a mim ou *Dan. 8 Connal ergueu8se abruptamente- indicando 4ue encerrara o assunto. 8 0ou sair- pois tenho coisas a :a7er. 0ocF 18 estar6 deitada 4uando eu +oltar- portanto lhe dese5o boa noite. Perple;a- *+a seguiu Connal com o olhar en4uanto ele se a:asta+a. %l.m de n3o ter :eito a re:ei23o- seu marido indica+a 4ue n3o pretendia 5untar8se a ela mais tarde. Sem compreender o 4ue ocorria- ela se sentiu triste e re5eitada. Todos em 9ac*ldie a recebiam de :orma acolhedora e calorosa- com e;ce23o de Connal. $esse momento- por.m- *Dan e os demais ca+aleiros 5untaram8se a ela. *Dan e Keddy sentaram8se a seu lado- um @ direita- outro @ es4uerda- en4uanto 1onaidh- #eordan- 1omhall e !agnall tomaram assento no outro lado. % atitude dos homens tinha algo de solid6rio- mas nenhum deles a olha+a nos olhos. 8 Connal se 7angou muitoJ 8 perguntou Keddy. *+a +irou8se para ?t68lo- e percebeu 4ue ele a mira+a com pena e compai;3o. Lerida no pr,prio orgulho- ela se endireitou na cadeira e tentou sorrir de :orma natural. 8 $3o. Por.m- n3o apreciou a mudan2a 4ue ?7. 8 *la mordeu os l6bios para n3o ceder @s l6grimas 4ue teima+am em umedecer8lhe os olhos ante a ine+it6+el sensa23o de :racasso. 8 Ora- ele nem chegou a +er o sal3o durante o dia 8 come2ou #eordan em tom contempori7ador. 8 * nunca o :aria 8 acrescentou Keddy. 8 Por 4uFJ 8 indagou *+a. 8 Tal+e7 lhe :altasse tempo para :a7F8lo ho5e- mas 4uem sabe amanh3 ou depois ele poderia compro+ar 4ue o sal3o ?ca mais alegre com a lu7 do sol banhando estas :rias paredes de pedra. 8 $osso lorde n3o suporta a lu7 do sol. 8 Keddy meneou a cabe2a. 8 % lu7 do dia o torna doente. *le 5amais +iria a4ui se as cortinas esti+essem descerradas. 8 9as... n3o . possC+el= 8 *+a- surpresa- +irou8se para *Dan e notou 4ue ele se en:urecera com a re+ela23o de Keddy. 8 *u de+ia ter lhe a+isado antes 8 come2ou *Dan- mas parou um instante- como se escolhesse as pala+ras para continuar. 8 % +erdade . 4ue %ileen e Connal n3o suportam a lu7 do sol. % pele de ambos . muito sensC+el- e a lu7 do dia lhes :a7 mal. 8 *les tFm alergia @ lu7 solarJ 8 Sim- *+a. %mbos s3o al.rgicos ao sol. % pele deles reage imediatamente 4uando saem @ lu7 do dia. %ileen ainda . capa7 de suportar um pouco os raios solares- se n3o so:rer e;posi23o diretaE mas Connal tem de e+it68los totalmente- sen3o ?ca doente a ponto de correr risco de morte. 8 Compreendo... 8 *+a lembrou8se de uma garota em Ca;ton 4ue en:renta+a problema semelhante& :orma+am8se bolhas em sua pele caso ela se e;pusesse ao sol- mesmo 4ue por minutos. Tal rea23o- entretanto- n3o chega+a a ser :atal. 1e s<bito- algo lhe ocorreu& Tal+e7 se5a esta a ra73o dos rumores. O :ato de lorde 9ac%die e a irm3 n3o suportarem se e;por ao sol implica+a 4ue 5amais saCam durante o dia- e tal+e7 isso moti+asse os coment6rios sobre o cl3. Como as pessoas s3o cru.is e sem escr<pulos= "n+entam hist,rias para e;plicar :atos 4ue n3o compreendem. *+a compreendeu ent3o o enorme engano 4ue cometera& em +e7 de alegrar o castelo- ha+ia colocado em risco a sa<de de Connal- de %ileen e pro+a+elmente de outros 9ac%die. 8 % lu7 do sol n3o tem e:eito pre5udicial sobre +ocF- *DanJ 8 $3o. Perten2o ao cl3 9ac1onald originalmente- e me tomei um 9ac%die ao casar com %ileen. 19 8 Sou um 9ac%die- ?lho de %ileen e *Dan 8 in:ormou 1onaidh- apontando o pai ao lado de *+a. 8 Tenho sangue misto- pois descendo dos 9ac%die e dos 9ac1onald- e suporto o sol- tal como meu pai. 8 *nt3o- 4uando me casei com Connal +ocF se tornou meu sobrinho 8 lembrou *+a. 8 Por 4ue ningu.m me contou isso antesJ Pai e ?lho trocaram um r6pido olhar- e *Dan deu de ombros. 8 $3o era importante 8 disse ele. 8 0ocF n3o perguntou 8 acrescentou 1onaidh. *+a nada disse- mas na +erdade se sentia magoada. %?nal- n3o seria de bom tom :a7er perguntas sobre 4uem era ?lho de 4uem- ou 4uais la2os de :amClia uniam as pessoas- e nem indagar por 4ue agiam de uma ou outra :orma. 8 Tamb.m sou 9ac%die 8 Keddy re+elou. 8 9as o sol n3o me a:eta como a Connal ou %ileen- apesar de meu corpo ganhar mais sardas sempre 4ue saio durante o dia. Como isso ocorre com +6rios de n,s- muita gente pre:ere e+itar o dia e cuidar de seus a:a7eres @ noite. 1e repente- *+a compreendeu a ra73o das sardas serem t3o comuns nas pessoas da4uele cl3. "n<meros ca+aleiros- #lynis e tantos criados tinham o rosto- bra2os e m3os completamente pintados por sardas- e ela 56 dedu7ira 4ue de+ia ser um tra2o dos 9ac%die. %gora- Keddy corrobora+a sua suspeita. 8 O mesmo ocorre comigo 8 anunciou !agnall- brindando8a com um sorriso tamb.m cheio de sardas. 8 1omhali e eu somos irm3os 8 in:ormou #eordan. 8 $ascemos no cl3 dos 9acLaren- mas nossa m3e +eio +i+er a4ui depois de nosso pai :alecer- e mais tarde se casou com um 9ac%die. $,s ainda .ramos crian2as- e depois de seu segundo casamento nos tomamos membros deste cl3. 8 *ntendo. 8 1e repente- as cortinas +oltaram @ mente de- *+a. 8 *Dan- %ileen n3o desceu por causa dos raios de solJ 8 Sim. 8 Como :ui tola= 8 *+a sentiu8se terri+elmente culpada. 8 Por :a+or- e;pli4ue a %ileen 4ue eu n3o imagina+a o 4ue se passa+a- caso contr6rio 5amais teria :eito isso e... 8 1e s<bito- per8 cebeu 4ual a melhor pro+idFncia a tomar. 8 #lynis= 8 Chamou em +o7 alta- 56 se erguendo. Q 8 O 4ue :oiJ 8 *Dan- surpreso- le+antou8se tamb.m. 8 0ou reparar meu erro 8 *+a anunciou com ?nne7a- a:astando8se da mesa para ir encontrar a criada 4ue surgia correndo. 8Por :a+or- traga a escada- #lynis. Tenho de recolocar as cortinas na posi23o original. 8 *n4uanto a 5o+em criada desaparecia pela co7inha- *+a repreendeu os homens presentes& 8 Gamais as teria aberto se me hou+essem contado a respeito da alergia ao sol 4ue a:eta os 9ac%die= 8 1e+Camos ter lhe dito 8 admitiu Keddy embara2ado. 8 O +erdade 8 a5untou *Dan. 8 $ada disso teria acontecido se a ti+.ssemos a+isado- mas colocaremos tudo de +olta para reparar nossa :alta. 8 $3o= 8 resol+eu *+a com ?rme7a. 8 *u abri as cortinas- e eu mesma as :echarei. 8 9as estas cortinas pesam mais 4ue tapetes= $a +erdade- nem sei como conseguiu lidar com elas so7inha 8 argumentou *Dan. 8 *stou acostumada a trabalhar e sou :orte 8 retrucou *+a. 8 1epois de terminar- subirei para pedir desculpas a %ileen. Connal tinha ra73o& se dese5asse- 56 teria mandado abrir as cortinas. %inda n3o compreendo como as coisas se organi7am a4ui- e de+o me in:ormar melhor antes de :a7er mudan2as. 1ois rapa7es entraram no recinto tra7endo uma comprida escada de madeira- e #lynis pediu 20 4ue a colocassem perto de uma das duas enormes e altas 5anelas 4ue domina+am o sal3o. %ssim 4ue a escada :oi colocada na posi23o correta- *+a arrega2ou as mangas do +estido e se dirigiu para a primeira 5anela. 8 1ei;e8nos :a7er isso 8 insistiu *Dan- dando um passo adiante. 8 $3o. 8 *+a come2ou a subir. 89as tal +e7 algum de +ocFs possa :a7er a gentile7a de le+ar algo para meu marido comer- pois receio 4ue o incidente das cortinas o tenha :eito desistir de 5antar. 9as depois de subir +6rios degraus- *+a parou e se +irou para ?tar os homens 4ue ha+iam le+antado e a olha+am- perple;os. 8 Pensando bem- eu mesma le+arei comida a Connal- pois assim terei oportunidade de pedir desculpas. Larei isso assim 4ue terminar com as cortinas. 8Pense bem... Permita 4ue n,s cuidemos deste trabalho- eu pe2o= 8 *Dan insistiu mais uma +e7. Tudo aconteceu de modo r6pido e inesperado. Subindo os estreitos degraus- *+a trope2ou na barra do longo +estido- perdeu o e4uilCbrio e despencou escada abai;o. *Dan e Keddy correram para tentar amparar8lhe a 4ueda- mas n3o conseguiram segur68la a tempo e ela terminou se estatelando no ch3o. 8 Oh- meu 1eus= 8 gritou #lynis- le+ando as m3os ao rosto em pNnico- antes do sal3o mergulhar num pro:undo silFncio. Captulo V 8 Pronto= 8 9agaidh terminou de cobrir *+a com os cobertores de pele. 81escanse- e amanh3 estar6 melhor. *+a suspirou- sem saber como agradecera gentile7a da sogra. $a +erdade- todos ha+iam sido gentis. 9anti+eram8na deitada no ch3o en4uanto *Dan a e;amina+a a procura de algum osso 4uebrado. *m seguida- eles a carregaram para o 4uarto- ao constatar o torno7elo torcido. 9agaidh apareceu num instante- +eri?cou a contus3o- mandou #lynis buscar um b6lsamo e deu ordens para os ca+aleiros prosseguirem com as cortinas. 1epois de aplicar o b6lsamo e enrolar uma :ai;a no local machucado- 9agaidh a :e7 tomar uma po23o de er+as sonC:eras- e ent3o a cobriu. 8 0ocF tamb.m . al.rgica ao solJ 8 perguntou *+a. 8 Sim 8 9agaidh respondeu ap,s ligeira hesita23o. 8 Suponho 4ue por isso n3o tenha descido para o sal3o. Sinto muito- eu n3o podia imaginar 4uando abri as cortinas. 8 $3o se preocupe- crian2a. 0ocF n3o tinha como saber. 8 9as poderia ter perguntado 4ual o moti+o de manterem as cortinas cerradas e iluminarem o sal3o com tochas mesmo durante o dia. Prometo me in:ormar antes de mudar algo da4ui para :rente. 8 *stou certa 4ue sim. 8 Terminei aborrecendo meu marido. 8 $3o se preocupe- ele es4uecer6 num instante. Os homens n3o gostam de mudan2as 4ue alterem seus h6bitos. 8 $3o creio 4ue a +ida de lorde 9ac%die tenha se trans:ormado muito- a n3o ser pelo :ato de ele e+itar dormir em seu 4uarto desde 4ue cheguei 8 disse *+a num impulsoEQmas rubori7ando imediatamente. 9agaidh :ran7iu a sobrancelha ante a :ran4ue7a da nora- mas logo compreendeu a 21 inseguran2a de *+a e se como+eu. 8 Suponho 4ue meu ?lho n3o tenha lhe contado sobre a cerimHnia de casamento. 8 9agaidh sentou8se no leito e a ?tou- sorrindo. 8 Outra caracterCstica dos homens& s3o pr6ticos e n3o gostam de dar e;plica2Aes. 8 CerimHnia de casamentoJ 9as o casamento 56 :oi o?ciali7ado em Ca;ton. 8 'a+er6 outra cerimHnia- agora 4ue +ocF chegou e os dois est3o 5untos. %l.m de ser bom para ambos- daremos uma oportunidade @ nossa gente de testemunhar o e+ento e conhecer a senhora 9ac%die. Surpresa- *+a admitiu 4ue a4uilo da+a outra lu7 ao :ato de Connal n3o ter ainda consumado as n<pcias. Sem 4uerer- ela lembrou do encontro 4ue ti+era com o am6+el lorde no 5ardim do castelo do rei. 8 Connal n3o mencionou nada- mas . uma id.ia ador6+el. 8 Os homens s3o :rios e pragm6ticos @s +e7es- mas sei 4ue meu ?lho gostou da minha sugest3o. 8 Tem certe7a 4ue lorde 9ac%die n3o se arrependeu de ter me desposadoJ 8 % pergunta de *+a continha certa aBi23o. 8 Claro 4ue n3o 8 assegurou 9agaidh com do2ura. 8 >ue moti+os teria para se arrependerJ 0ocF . uma mo2a cheia de 4ualidades- e est6 se es:or2ando para ser <til e se integrar @ +ida no castelo. 8 *spero 4ue tenha ra73o... 8 O sono 56 in+adia os sentidos de *+a- e seus olhos pesa+am por causa da po23o. 8 O casamento se reali7ar6 assim 4ue o padre chegar- *+a. Connal 56 mandou busc68lo- e *Pe iniciou o preparo do ban4uete. Pensamos em :a7er a cerimHnia ao ar li+re- na escada da capela- para 4ue todos possam +er. O 4ue achaJ 8 Linda id.ia= 8 *+a boce5ou. 8 9as +ocF- %ileen- Connal e outros n3o suportam sol e... 8 $,s o :aremos assim 4ue o sol se esconder- 4uerida. Ser6 uma cerimHnia iluminada com tochas- o 4ue a tornar6 mais romNntica. 8 Oh= 8 e;clamou *+a- sonhadora. 8 Laremos um +estido especial para +ocF- *+a. O padre de+e chegar logo- portanto . melhor colocarmos m3os @ obra o 4uanto antes. Tal+e7 +ocF e %ileen 4ueiram escolher o tecido amanh3 durante o dia- e come2aremos a con:eccion68lo @ noiteJ 8 $3o 4uer nos a5udar a escolher o tecidoJ 8perguntou *+a- sentindo8se cada +e7 mais pr,;ima da carinhosa e amig6+el 9agaidh. 8 *starei ocupada durante o dia8disse ela- e;ibindo um largo e caloroso sorriso. 8 Tenho certe7a de 4ue +ocF e minha ?lha escolher3o um tecido apropriado. *+a meneou a cabe2a- e de no+o boce5ou. %gora- mal conseguia manter os olhos abertos. 8 'ora de descansar- crian2a= 8 9agaidh le+antou8se. 8 1urma bem- *+a. 8 *la o 4uFJ 8 rugiu Connal- desmontando do ca+alo ao retornar de uma e;pedi23o de subsistFncia com seus homens. *le e+ita+a se nutrir durante as incursAes pela Boresta- mas acompanha+a os homens para se assegurar 4ue se a:asta+am para satis:a7er @ sede- e n3o o :a7iam pr,;imo de casa. % <ltima coisa 4ue espera+a ao retornar era ou+ir 4ue a esposa se en+ol+era em mais problemasE e a notCcia de 4ue ela se machucara o alarmou. 8 *+a ia :echar as cortinas- mas caiu da escada 8 *Dan apressou8se a e;plicar. 8 Torceu o torno7elo e ganhou outras marcas ro;as. 22 8 Outras marcas ro;asJ 8 Connal se es:or2a+a para controlar a irrita23o. 8 *la 56 ha+ia 4uase caCdo esta tarde- e acabei marcando seu bra2o ao ampar68la. 8 Por 4ue n3o me contou isso antesJ 8 *u mesmo n3o sabia- meu lorde. S, notei a marca em seu bra2o 4uando a carreguei para o 4uarto- @ noite. O uma marca grande- e me admira 4ue n3o tenha reclamado ou pedido rem.dio. 1e 4ual4uer :orma- ela agora tem marcas tamb.m nas pernas- e o torno7elo est6 en:ai;ado. Sem mencionar os dedos machucados por lidar com as grossas tiras de corda das cortinas. 8 Por 4ue um dos homens n3o :echou as cortinasJ 8 "nsisti para 4ue nos dei;asse :a7er o ser+i2o- mas *+a se recusou terminantemente. >uis cuidar de tudo so7inha. Sua esposa . inglesa= Calado- Connal passou as r.deas do ca+alo para um dos homens e seguiu para o castelo. %o entrar- 9agaidh e %ileen con+ersa+am na antecNmara do sal3o principal. Connal passou por ambas cumprimentando8as com um r6pido menear de cabe2a. 8 *la est6 dormindo 8 in:ormou 9agaidh en4uanto o ?lho se a:asta+a rumo @s escadas. "gnorando o coment6rio da m3e- Connal subiu para o 4uarto. *sta+a irritado- mas tamb.m preocupado- e 4ueria saber a e;tens3o das lesAes 4ue *+a so:rera. %?nal- era ele o respons6+el pela integridade da esposa. Sentada perto do :ogo 4uase e;tinto da lareira- #lynis borda+a pe4ueninos adornos de madrep.rola num +estido para *+a- e se surpreendeu ao +er lorde 9ac%die entrar. *la :e7 men23o de le+antar- mas Connal- com um gesto- indicou8lhe 4ue permanecesse sentada- e ent3o se dirigiu para o leito onde *+a dormia pro:undamente. 8 % senhora 9agaidh lhe deu uma po23o para dormir 8 in:ormou #lynis. Connal se inclinou sobre o leito e obser+ou a esposa. 1e olhos cerrados- ela respira+a com calma e parecia bem- mas tinha um arranh3o no rosto. Connal pu;ou as cobertas com cuidado e mirou o corpo lNnguido en+olto numa camisola branca de tecido le+e. O peito de *+a inBa+a e torna+a a rela;ar nos mo+imentos da respira23o regular- e o bra2o desnudo mostra+a a enorme marca ro;a causada por *Dan ao ampar68la na4uela tarde. Com cuidado- Connal pu;ou ainda mais as cobertas- e o aroma de er+as balsNmicas +indo do p. en:ai;ado inundou o ar. *le apro;imou o rosto para con:erir a e;tens3o do :erimento- e compro+ou 4ue a tor23o no torno7elo ha+ia sido :orte- pois o incha2o chega+a at. a canela- e tamb.m ali a carne esta+a ro;a e inBamada. 1eitada e sem consciFncia de 4ue ele a ?ta+a- *+a era uma ?gura inde:esa e machucada- 4ue necessita+a descansar. *Dan e 9agaidh entraram silenciosamente- e Connal tornou a cobri8la. 8 *la n3o chorouJ 8 Connal 4uis saber. 8 $3o +erteu uma l6grima 8 assegurou *Dan. 8 $em mesmo 4uando esta+am a s,s a4ui no 4uartoJ 8 Connal ainda perguntou- +irando8se para a m3e& 8 $3o 8 respondeu 9agaidh. 8 Tenho certe7a de 4ue sentia dor- mas n3o chorou. Connal meneou a cabe2a- pensando 4ue a maioria das mulheres teria chorado. Tal+e7 ela a?nal se re+elasse uma boa escolha. 8 $3o 4uero 4ue *+a carregue nada- sobretudo ao subir ou descer as escadas. 8 Connal passou a instruir #lynis- 4ue le+antara e se postara atr6s deles. 8 Se por acaso ela dese5ar :a7er algo 4ue re4ueira :or2a ou se5a perigoso- chame um homem para a tare:a. 9inha esposa . a senhora deste castelo e n3o de+e reali7ar trabalhos 4ue e;i5am es:or2o :Csico. 23 8 Sim- meu lorde 8 a4uiesceu a 5o+em rui+a e sardenta. Satis:eito- Connal considerou 4ue a4uilo resol+ia a 4uest3o pelo momento- garantindo 4ue a esposa n3o se :erisse outra +e7. $a +erdade- ele agora percebia 4ue es4uecera de considerar o passado de *+a e a maneira como esta+a habituada a +i+er. >ual4uer dama chamaria os criados para desempenharem as tare:as de manuten23o do castelo- mas *+a crescera 5unto do irm3o a+arento- tentando :a7er o m6;imo para ser <til. Gonathan Ca;ton n3o a pre7a+a como pessoa- muito menos como dama. Como seu marido- contudo- ele de+ia :a7F8la compreender o +alor e a posi23o 4ue a senhora 9ac%die des:ruta+a. 8 $3o creio 4ue lorde 9ac%die +6 ?car satis:eito 8 reagiu #lynis 4uando *+a contou o 4ue tinha em mente. 8 Tolice 8 retrucou *+a com ?rme7a. 8 Por 4ue ele ha+eria de se 7angar com issoJ *u a5udarei as pessoas doentes. '6 mulheres em toda a "nglaterra 4ue o :a7em- e creio 4ue . melhor do 4ue gastar meu tempo escolhendo 5,ias ou +estidos para :estas. #lynis intuiu 4ue seu senhor n3o ia en;ergar tal atitude com bons olhos- mas n3o conseguiu demo+F8la da id.ia. 1epois de dar instru2Aes para 4ue *+a n3o desempenhasse trabalho :Csico- nem nada 4ue en+ol+esse risco- Connal ainda procurara #lynis para acrescentar 4ue sua esposa de+eria se en+ol+er apenas com ati+idades pertinentes @ +ida da senhora do castelo. #lynis le+ara as ordens a s.rio e in:ormara *+a sobre as instru2Aes de lorde 9ac%die- chegando a repeti8las in<meras +e7es en4uanto a a5uda+a a se +estir- e depois- 4uando a sustenta+a pelo bra2o ao descer a escada rumo ao des5e5um no sal3o. Logo ap,s a re:ei23o- contudo- *+a a chamara para comunicar o 4ue pretendia :a7er. 1epois de considerar as tare:as 4ue a senhora do castelo em geral :a7ia- *+a concluiu 4ue os criados n3o necessita+am receber instru2Aes- mesmo por4ue 9agaidh sem d<+ida se certi?ca+a 4ue tudo corresse de :orma con+eniente. %?nal- o castelo 9ac%die 56 e;istia e :unciona+a antes 4ue ela chegasse- e n3o ha+ia muito a mudar. ma id.ia ent3o lhe ocorrera& ela poderia au;iliar os doentes ou incapacitados- pois com certe7a e;istiam pessoas idosas ou com problemas de sa<de 4ue apreciariam seu amparo. *+a percebeu 4ue o es:or2o de caminhar aumenta+a muito a dor em seu torno7elo. %inda assim poderei come2ar ho5e- pensou- pois en4uanto cuidasse dos necessitados prestaria menos aten23o @ dor. O plano parecia simples e sensato at. ela terminar de comer e chamar #lynis. %o comunicar @ criada 4ue gostaria de ser le+ada para +isitar as pessoas doentes do :eudo- a 5o+em reagiu com surpresa. 8 Somos muito saud6+eis a4ui- minha senhora. $a +erdade- n3o sei de algu.m doente no momento. *+a n3o acreditara a princCpio- mas ao encontrar *Dan pouco depois- ele con?rmara 4ue n3o ha+ia ningu.m doente- nem precisando de a5uda. *+a reBetiu 4ue- a?nal de contas- era ,timo 4ue as pessoas ali go7assem de t3o boa sa<de. 1e 4ual4uer :orma- ela n3o conta+a com as er+as medicinais 4ue culti+a+a em Ca;ton- e n3o poderia :a7er muita coisa. *ntretanto- persistia sua +ontade de ocupar o tempo com algo <til. Logo outra id.ia +eio em seu socorro& reali7ar uma e;curs3o a ca+alo pelos bos4ues ao redor para procurar plantas com poder medicinal. Sim- isso mesmo= #lynis a acompanharia- e colheriam o 4ue encontrassemE assim- n3o :altariam rem.dios 4uando algu.m precisasse. 8 Por 4ue a senhora n3o con+ersa com nosso lorde antes de ir procurar er+as :ora dos murosJ 8 sugeriu #lynis- preocupada 4uando *+a pediu 4ue a +iesse encontrar em :rente ao castelo e lhe comunicou o 4ue tinha em mente. 8 $unca conseguirei come2ar nem terminar nada se ti+er de :alar com meu marido antes de 24 :a7er 4ual4uer coisa. %l.m do mais- seria di:Ccil lhe perguntar algo- pois nunca est6 por perto M ela arrematou sem dei;ar de se di+ertir com a irrita23o 4ue ou+ia na pr,pria +o7. *+a +ira muito pouco o marido desde 4ue chegara a 9ac%dieE era impossC+el negar 4ue ele lhe dispensa+a menos aten23o do 4ue seria de esperar da parte de um rec.m8casado. 8 9as seu torno7elo est6 inchado 8 continuou #lynis com aBi23o. % criada tinha ra73o- pois *+a sentia dor ao andar- e o incha2o parecia aumentar a cada passo 4ue da+a. Contudo- obstinada como era- *+a n3o ?caria de cama por causa de um torno7elo torcido. 8 1escansarei sentada no ca+alo- #lynis. >uando eu a+istar alguma planta medicinal- +ocF a colher6 e penduraremos na sela. O est6bulo . ali embai;o- n3o .J 8 4uis saber *+a apontando uma +iela pr,;ima ao castelo- ao ?nal da 4ual se +ia uma grande constru23o de madeira com pilhas de :eno @ :rente. 8 Sim... 8 #lynis esta+a cada +e7 mais aBita. 8 9as nosso lorde +ai se 7angar ao saber 4ue a senhora saiu ca+algando so7inha. 8 $3o estarei s,& +ocF +ir6 comigo= 8 *+a caminhou com passos mancos em dire23o ao est6bulo. 8 9as o 4ue :arei se a senhora :or atacadaJ Posso pedir a um ca+aleiro 4ue nos acompanheJ 8 pediu #lynis- com um olhar 4ue implora+a para *+a admitir 4ue n3o se trata+a de um bom plano saCrem so7inhas para :ora dos muros do castelo. *+a sentiu pena ao perceber o estado de pNnico represado da 5o+em ama. *ra pro+6+el 4ue Connal ?casse contrariado ao saber 4ue ela ca+algara sem a prote23o de um ca+aleiro- mas tal+e7 *Dan a impedisse de sair se ela re4uisitasse um homem para acompanh68la. 8 Prometo 4ue n3o iremos longe e +oltaremos logo 8 assegurou *+a na tentati+a de acalmar #lynis- e num instante elas 56 se apro;ima+am da entrada do est6bulo. 8 Oh- +e5a s,= 8 disse *+a ao deparar com um c3o modorrento deitado ao lado da porta. 8 >uem . +ocF- meu amigoJ 8 O o cachorro de %ngus- um dos homens 4ue tomam conta do est6bulo 8#lynis in:ormou com ar condoCdo- mas preocupado. 8 *le tem uma pata traseira paralisada e n3o . nada amig6+el. 8 Coitadinho= 8 *+a sorriu 4uando o c3o se ergueu com es:or2o e come2ou a abanar a cauda. 8 Parece amig6+el para mim. Creio 4ue s, precisa de um pouco de aten23o e carinho... 8 *+a inclinou8se para a:agar a cabe2a do animal. 8 Cuidado 8 #lynis ainda gritou- antes 4ue o amig6+el cachorro de rabo abanando repentinamente se trans:ormasse numa :era de dentes arreganhados e abocanhasse a m3o de *+a como se pretendesse arrancar8lhe um peda2o. Connal deparou com *Dan esperando8o outra +e7 no corredor- na saCda da passagem 4ue le+a+a a seu 4uarto secreto. Sem d<+ida- n3o podia ser bom sinal. *Dan se casara com %ileen trinta anos atr6s- e era primeiro ca+aleiro desde ent3oE era possC+el contar nos dedos as +e7es em 4ue esperara Connal acordar para noti?car algo importante. %gora- ele o ?7era duas +e7es em dois dias seguidos- 5ustamente os dois dias em 4ue sua esposa +i+ia no castelo. Connal come2a+a a +er 4ue isso esta+a se repetindo. 8 O 4ue :oi 4ue ela :e7J 8 perguntou lorde 9ac%die 4uando a pesada porta de pedra se :echou @s suas costas. 8 $3o tornou a abrir as cortinas- suponho. 8 $3o. 8 O 4ue hou+e- ent3oJ 8 *la :oi mordida. 8 9ordidaJ Como assimJ 25 8 Rol:y a mordeu. 8 O 4uFJ 8 e;clamou Connal- custando a acreditar no 4ue ou+ia. 8 O cachorro do est6buloJ 9as a4uele animal nem consegue caminhar direito. 8 Sua esposa 4uis a:agar8lhe a cabe2a- mas o c3o n3o respondeu muito carinhosamente. 8 9eu 1eus= 8 e;clamou Connal consternado. 8 % mordida :oi gra+eJ 8 Sangrou bastante e :oi pro:unda- mas %ileen disse 4ue n3o dei;ar6 dano permanente. Parecendo ali+iado- Connal se +irou para caminhar pelo corredor- mas ent3o parou e tornou a se +irar para o cunhado. 8 '6 algo mais 4ue eu de+a saberJ 8 O padre chegou 8 anunciou *Dan- :eli7 por poder dar uma notCcia boa. Com uma e;press3o mais sua+e no rosto- Connal retomou a caminhada em dire23o @ escada 4ue le+a+a ao andar in:erior- pensando 4ue ao menos uma coisa boa o aguarda+a. 8 9elhor eu casar de uma +e7 e engra+idar minha esposa antes 4ue ela acabe matando a si pr,pria 8 disse ele ao saCrem. 8 *+a parece ser propensa a acidentes 8 comentou *Dan em tom le+emente di+ertido- seguindo Connal. 8 Ob+iamente minha esposa n3o . capa7 de tomar conta de si mesma... 8 Connal considerou 4ue ser propensa a acidentes era uma maneira sua+e de descre+er o 4ue acontecia. 8 1a4ui em diante 4uero 4ue seus homens a mantenham sob +igilNncia 4uando eu n3o esti+er por perto. 8 Suspeitei 4ue ia 4uerer 8 disse *Dan- concordando 4ue era uma boa id.ia para mantF8la a sal+o de acidentes. $o instante seguinte- os dois ca+aleiros adentraram o sal3o principal por uma das portas de tr6s- mas Connal parou de caminhar ao perceber 4ue *+a con+ersa+a com o padre em p.- ao lado da mesa. 1a posi23o onde esta+am- nem *+a nem o religioso notaram 4ue 56 n3o se encontra+am so7inhos e podiam ser ou+idos. Curioso para +er o 4ue se passa+a- o lorde :e7 um sinal para 4ue o primeiro ca+aleiro manti+esse silFncio e escutou com aten23o. O padre tenta+a con+encF8la dos perigos 4ue corria ao casar com lorde 9ac%die e +i+er na4uele castelo- e a aconselha+a a :ugir en4uanto ainda era tempo. *+a- contudo- permanecia calada. Connal imediatamente notou a :<ria de *Dan 4uando o ca+aleiro deu um passo adiante ao escutar as pala+ras do padre- mas ergueu a m3o- indicando 4ue continuasse 4uieto. O padre seguiu insistindo para ela se colocar em seguran2a o 4uanto antes- e sugeriu 4ue :ugissem 5untos- sem 4ue ningu.m notasse. Lurioso- tamb.m Connal se obrigou a conter o impulso para agarrar a4uele pretenso representante de 1eus e atir68lo para :ora do castelo. *ntretanto- o lorde decidiu esperar para +er como *+a reagiria @s in:ames sugestAes- e s, ent3o decidiria se ia permitir 4ue o re+erendo celebrasse a cerimHnia ou o e;pulsaria do castelo e mandaria buscar outro padre. Captulo VI *+a ?tou o padre 9acLure- incapa7 de crer no 4ue ou+ia. Primeiro ele repetira os tolos coment6rios 4ue ha+iam lhe contado em Ca;ton- e depois- como se n3o bastasse- propHs 4ue se esgueirassem at. o est6bulo- tomassem dois ca+alos e :ugissem. O religioso simplesmente lhe propunha abandonar o marido e o lar= 8 O senhor- um padre- de+ia se en+ergonhar em repetir tais rumores mentirosos= 8 disse ela- :uriosa. 8 % ICblia ensina a n3o mentir. 26 O padre a ?tou surpreso- mas ent3o empertigou os ombros e sustentou seu olhar. 8 CrF 4ue os rumores n3o s3o +erdadeirosJ 8 G6 me contaram estas tolices de 4ue os 9ac%die s3o Sseres da noiteS sem alma- e 4ue se alimentam de sangue. 9as seis ca+aleiros 9ac%die me trou;eram ca+algando durante dois dias sob a lu7 do solE e suponho 4ue o senhor tamb.m ca+algou durante o dia- acompanhado de ca+aleiros 9ac%die. 8 Sim 8 admitiu o padre. 8 9as ha+ia somente um ca+aleiro. 8 mJ 8 *+a es:or2ou8se para n3o rir. Pelo +isto- Connal a 5ulga+a bem mais importantee 4ue o padre- pois ela +ia5ara na companhia de seis dos seus melhores homens. 8 Tem certe7a 4ue os ca+aleiros 4ue a escoltaram eram 9ac%dieJ 8 perguntou padre 9acLure- des+iando seus pensamentos. 8 *u e todos os 4ue +i+em a4ui somos 9ac%die 8 replicou *+a- sabendo 4ue- tal como 9a+is- o padre pretendia alegar 4ue os S+ampirosS possuCam +assalos n3o suscetC+eis @ lu7 do sol para desempenhar as tare:as 4ue eles n3o podiam :a7er. 8 *sta bobagem de di7er 4ue os 9ac%die s3o seres noturnos 4ue n3o suportam o dia se baseia no :ato de Connal e sua irm3- %ileen- serem al.rgicos @ lu7 do sol. 'a+ia uma garota em Ca;ton 4ue so:ria do mesmo problema- e ningu.m 5amais insinuou 4ue :osse um... Sser da noiteS. 8 %lergia ao solJ 8 *;atamente. 8 Compreendo. 8 O padre pareceu considerar o 4ue ou+ia. 8 * 4uanto ao :ato de n3o en+elheceremJ 8 Pura tolice tamb.m. Iasta olhar para %ileen para notar 4ue est6 en+elhecendo. 8 Tal+e7 ela en+elhe2a- mas o 4ue se di7 . 4ue Connal 9ac%die n3o en+elhece desde 4ue atingiu a maturidade- h6 trinta anos. *+a o ?tou sem conseguir esconder a surpresa. Se Connal atingira a maturidade h6 trinta anos- ele de+eria ter agora cin4Kenta e cinco- ou mesmo sessenta anos. Contudo- era impossC+el 4ue um rapa7 t3o +igoroso- atraente e com pele t3o 5o+em ti+esse tal idade. TrFs d.cadas atr6s- seu marido ainda n3o nascera- ou era um nenF. O pai de Connal- sim- poderia ter essa idade caso :osse +i+o. Ob+iamente- pensou ela de repente- acreditando compreender o 4ue gera+a a con:us3o. 8 9eu irm3o se chama Gonathan 8 *+a :alou. 8 O um bom nome 8 comentou o padre de :orma +aga. 8 *le tem o mesmo nome de meu pai& Gonathan. Com certe7a Connal tamb.m possui o nome do pai- e por isso di7em 4ue Connal 9ac%die n3o en+elhece. 9as n3o se trata da mesma pessoa- e sim de pai e ?lho. %l.m do mais- n3o obser+ei sinal de +ampirismo desde 4ue cheguei a este castelo- e o senhor h6 de con+ir 4ue um +ampiro 5amais mandaria buscar um padre para celebrar um casamento 4ue 56 :oi reali7ado 8 continuou *+a com determina23o. 8 Saiba 4ue meu casamento com lorde 9ac%die ocorreu em Ca;ton sem a presen2a de meu marido- mas ele decidiu :a7er uma segunda cerimHnia a4ui= 8 Como 4ueira 8 disse o religioso- num tom de 4uem n3o se con+encera. *+a 56 se sentia bastante irritada com o teimoso padre 4ue n3o aceita+a seus argumentos- como se a id.ia de os 9ac%die serem monstros :osse interessante demais para ser dei;ada de lado. *la ainda pretendia di7er 4ue considera+a um absurdo ele n3o crer em :atos claros como 6gua- 4uando notou 4ue algu.m se apro;ima+a pelo lado. $3o :oi di:Ccil imaginar 4uem era- pois o padre engasgou imediatamente ao +er 4uem chega+a. %o +irar8se tamb.m- *+a deparou com Connal e te+e certe7a de 4ue ele ou+ira a con+ersa- 27 pois 5amais obser+ara em algu.m tanta :rie7a e :<ria ao mesmo tempo. Leli7mente para ela- a :<ria de lorde 9ac%die se dirigia ao padre. $3o era de admirar- pensou *+a. %?nal- o religioso aceitara a hospitalidade do senhor da4uele :eudo- comeria e beberia @ sua mesa- e mesmo assim o ataca+a pelas costas. *la sentia pena- pois Connal certamente o e;pulsaria imediatamente. 9as.em +e7 de e;plodir em :<ria- como ela antecipara- Connal ordenou 4ue o padre tomasse lugar @ mesa. 8 Sente8se 8 ele ordenou com +o7 :ria como a2o. O homem se sentou calado. Parecia inteligente o bastante para n3o di7er nada 4ue pudesse piorar a :<ria do lorde. Connal :e7 um gesto para 4ue *+a tamb.m sentasse- e ent3o ocupou a cadeira entre os dois. %ntes de continuar a :alar- contudo- ele ?tou a m3o en:ai;ada de *+a. 8 O :erimento n3o . gra+e 8 ela se apressou a e;plicar- apesar de Connal nada ter perguntado- e imaginando 4ue *Dan- em p. ao lado deles- 56 ti+esse contado 4ue se trata+a da mordida de um animal. 8 9ate o c3o 8 ordenou Connal- +irando8se para o primeiro ca+aleiro. 8 $3o 8 reagiu .*+a num impulso. Connal tornou a ?t68la- surpreso. 8 Por :a+or- n3o o mate 8 ela pediu em tom suplicante. 8 % culpa :oi minha e n3o do pobre animal. Lui eu 4uem me apro;imei e estendi a m3o para a:ag68lo. 8 *ste c3o . perigoso e pode morder outra pessoa. 8 *le tem a pata traseira paralisada- e s, representa perigo para 4uem . tolo a ponto de toc68lo. #lynis me a+isou 4ue n3o era amig6+el- mas mesmo assim eu 4uis a:ag68lo. Por :a+or- meu senhor= 8 O um c3o bra+o 8 retrucou Connal. 8 Com uma perna paralisada- eu tamb.m seria mau8humorada= Connal a ?tou com uma e;press3o indeci:r6+el nos olhos- mas penetrante e pro:unda. %temori7ada- *+a :e7 es:or2o para n3o abai;ar o olhar- sabendo 4ue se n3o triun:asse na4uela 4uest3o- o pobre c3o seria destruCdo- e por sua culpa. Por ?m- Connal tornou a se +irar para *Dan. 8 O casamento ser6 reali7ado dentro de uma hora- nos degraus da capela. %ssegure8se 4ue todos se5am in:ormados e compare2am. 8 *Pe iniciou o preparo do ban4uete desde 4ue o senhor mandou buscar o padre 9acLure- e 56 sabe 4ue ele chegou 8 a+isou *Dan. 8 O 5antar :oi cancelado esta noite- pois comeremos ap,s a cerimHnia. Todos :oram in:ormados de 4ue o casamento seria reali7ado assim 4ue o padre chegasse- e como sabem 4ue chegou ho5e- agora s, esperam a con?rma23o da hora e;ata. %nunciarei 4ue de+em estar prontos dentro de uma hora. Connal meneou a cabe2a- satis:eito. * *Dan se a:astou- n3o sem antes dirigir uma le+e re+erFncia para *+a. 8 Iem- agora +amos nos preparar para o casamento. 8 Connal partiu sem tornar a se dirigir ao padre. %li+iada- *+a sabia 4ue Rol:y seria poupado- pois Connal nada mais dissera sobre o assunto. 9as sua partida repentina n3o lhe deu chance de agradecer. 1e 4ual4uer maneira- %ileen apareceu t3o subitamente 4uanto Connal partira. 8 0ou a5ud68la a se +estir 8 o:ereceu %ileen com um sorriso. 8 Oh= 8 e;clamou *+a- sobressaltada. 9agaidh dissera para escolherem o tecido durante o dia- para 4ue con:eccionassem o +estido @ noiteE mas %ileen n3o descera para o des5e5um- e 28 ap,s o incidente no est6bulo se es4uecera completamente da tare:a. $3o 4ue :osse adiantar alguma coisa- *+a considerou entristecida- pois mesmo 4ue se lembrasse- seria impossC+el con:eccionar o +estido no espa2o de uma hora. % conse4KFncia . 4ue ia casar dentro de instantes e nada tinha para +estir. 8%inda bem 4ue ha+ia +6rias criadas disponC+eis para costurar ho5e. *+a se +irou ao ou+ir o coment6rio- e deparou com 9agaidh se apro;imando com um enorme sorriso e um +estido de seda em tom +erde8claro nos bra2os. 8 Sei 4ue lhe pedi para escolher o tecido 8 come2ou 9agaidh 8- mas depois 4ue a dei;ei ontem @ noite :ui in:ormada de 4ue o padre +iria ho5e- e pensei 4ue seria melhor con:eccionar o +estido 4uanto antes- para o caso de Connal dese5ar reali7ar a cerimHnia imediatamente. Se ti+.ssemos mais tempo- sem d<+ida seria +ocF a escolher o tecido 4ue mais lhe agradasse. 8 9agaidh passou o tra5e para *+a. 8 *scolhi esta cor por acreditar 4ue ressaltaria o +erde de seus olhos. *spero 4ue goste. 8 O lindo= 8 *+a le+antou8se para receber a roupa- com os olhos <midos por tamanha considera23o da parte de 9agaidh. *ra inacredit6+el 4ue as pessoas pudessem espalhar rumores t3o p.r?dos sobre essas pessoas- pensou *+a. Os 9ac%die a trata+am com uma gentile7a 4ue ela nunca des:rutara em Ca;ton. Seu marido organi7ara outra cerimHnia de casamento- e na4uela manh3 #lynis lhe trou;era +estidos no+os para seu guarda8roupa. 9ais 4ue tudo- 9agaidh ti+era a presen2a de espCrito de lhe preparar uma roupa especial para o matrimHnio. *mocionada- *+a percebeu 4ue 5amais se +ira t3o amparada e rodeada de carinho desde o :alecimento dos pais- 4uando era menina. *la sentia o cora23o doer de emo23o- ainda 4ue :osse :elicidade. 8 9inha 4uerida= 8 disse 9agaidh- 4ue parecia compreender o 4ue *+a sentia e certamente notara suas l6grimas. 8 $,s a tratamos como merece. %gora- +amos subir para +ocF se aprontar. 8 *la est6 linda. O coment6rio :oi pro:erido por *Dan- e Connal reconheceu 4ue seu ca+aleiro tinha ra73o& sua noi+a esta+a magnC?ca. 9agaidh e %ileen ha+iam trans:ormado *+a numa princesa de conto de :adas. Seu +estido longo e es+oa2ante tinha o tom +erde da Boresta durante o dia- algo 4ue ele +ira rarCssimas +e7es. *la n3o usa+a um +.u- e seus cabelos soltos at. os ombros e adornados com pe4ueninas Bores naturais brilha+am como seda @ lu7 das tochas. Sua noi+a parecia 5o+em e linda como nunca. Connal inBou o peito com orgulho& ?7era uma boa escolha. *+a tentou sorrir sempre e esconder o ner+osismo ao caminhar entre a multid3o- rumo aos degraus da entrada da capela. Seu casamento em 9ac%die ainda nem come2ara e 56 era t3o di:erente do casamento em Ca;ton- onde somente Gonathan- 9a+is e os seis ca+aleiros escoceses esta+am presentes. O padre n3o pro:erira ent3o mais 4ue meia d<7ia de pala+ras- e *Dan dissera o SsimS nupcial representando lorde 9ac%die. 1esta +e7- *+a se banhara com :ragrNncias de Bores e usa+a um +estido 4ue ultrapassa+a em bele7a 4ual4uer outro 4ue ha+ia +isto na corte do rei. Seu penteado esta+a lindamente trabalhado- e as incont6+eis tochas 4ue ilumina+am a pra2a em :rente @ capela empresta+am um ar romNntico e m6gico a tudo. %s pessoas abriam caminho para 4ue ela passasse- e era +isC+el o encantamento 4ue sentiam ao +F8la. *+a n3o cabia em si de :elicidade& agora sentia 4ue realmente se casa+aE ao contr6rio da primeira +e7- 4uando os sombrios rumores sobre os 9ac%die contados por 9a+is lhe in:erni7a+am a consciFncia e a :a7iam temer o :uturo. *ste casamento era muito di:erente do primeiro- pois agora n3o tinha temores em rela23o ao :uturo- e acredita+a 4ue tudo daria certo. 29 8 Tudo +ai dar certo. Connal s, percebeu 4ue :ala+a em +o7 alta 4uando *Dan lhe perguntou o 4ue . 4ue ia dar certo. 8 Tudo 8 disse Connal de :orma e+asi+a- ignorando o olhar curioso do cunhado. 8 *ste casamento est6 sendo bem mais agrad6+el do 4ue o o?ciali7ado na "nglaterra 8 comentou *Dan. 8 O outro casamento :oi r6pido- e parecia uma reuni3o de neg,cios. Gonathan Ca;ton insistiu 4ue o celebr6ssemos imediatamente- e *+a :oi chamada @s pressas- sem ter tempo para se preparar. *ra +isC+el o embara2o dela- mas como seu irm3o :e7 4uest3o de n3o esperar- dali a instantes o padre chega+a @ capela- para pro:erir apenas as pala+ras estritamente necess6rias- a ?m de consumar a cerimHnia 4uanto antes. *u esta+a cansado e empoeirado da +iagem- e gostaria de ter esperado at. mais tarde- mas Gonathan Ca;ton n3o permitiu. *+a n3o se sentiu :eli7 na4uela ocasi3o- e tenho certe7a de 4ue o casamento a4ui em 9ac%die ser6 muito mais a seu gosto. Connal olhou para *+a- 4ue se apro;ima+a& de :ato- ela esta+a ador6+el +estida de noi+a. Parecia um pouco ner+osa- mas algo em sua e;press3o indica+a satis:a23o e :elicidade. Connal hesitara em concordar com a sugest3o da m3e para :a7erem uma segunda cerimHnia- por recear 4ue *+a n3o o apreciasseE mas agora se alegra+a por ha+er consentido. *ra bom +er todo o cl3 ali reunido- e sua linda noi+a se apro;imando entre eles. Connal tinha consciFncia de 4ue passara pouco tempo com ela at. agora- mas presta+a aten23o ao 4ue seus :amiliares- ca+aleiros e +assalos lhe conta+am. Todos se sentiam cati+ados por *+a. %t. mesmo o ato de abrir as cortinas do sal3o :ora +isto como urna tentati+a de melhorar +ida no castelo- e ningu.m a 5ulgara mal por isso. Tudo daria certo- Connal tornou a pensar- contanto 4ue ela aceitasse sem horror ou histerismo as re+ela2Aes 4ue mais cedo ou mais tarde :aria. Connal sabia 4ue seria necess6rio re+elar sua nature7a e suas origens- apesar de temer a rea23o da esposa. *le n3o tinha id.ia de como abordaria o assuntoE de 4ual4uer modo- seria melhor 4ue ele contasse tudo de maneira calma e sensata. *le lhe daria mais tempo para se acostumar @ normalidade da +ida em 9ac%die- e ent3o re+elaria os :atos tais como eram. *n?m- *+a se apro;imou e subiu os degraus da entrada da capela para 5untar8se a Connal- *Dan e ao padre. Connal a ?tou nos olhos e se es:or2ou para sorrir- mas pro+a+elmente seu sorriso pareceu estranho- pois ele se sentia ner+oso- uma sensa23o @ 4ual n3o esta+a habituado. %mbos se +iraram para o padre 9acLure 4uando *+a +enceu o <ltimo degrau- e ent3o ela surpreendeu Connal- tomando8lhe a m3o e apertando8a de le+e entre os dedos- num gesto de cumplicidade e carinho- :a7endo8o outra +e7 pensar 4ue tudo daria certo. *+a n3o imagina+a 4ue a4uele casamento :osse t3o mais demorado do 4ue o reali7ado em Ca;ton- e mais de uma +e7 precisou se es:or2ar para manter a aten23o nas pala+ras em latim 4ue padre 9acLure pro:eria. Por ?m- ela resol+eu parar de :a7er es:or2o para a mente n3o di+agar- e a primeira coisa em 4ue pensou :oi nos 4uitutes 4ue *Pe teria preparado para o ban4uete. *Pe esta+a h6 dias ocupada com o preparo dos assados- guisados- bolos e doces- e sem d<+ida tudo estaria delicioso- pois *+a con?rmara o talento da co7inheira em todas as re:ei2Aes 4ue ?7era. "nad+ertidamente- os pensamentos de *+a dei;aram de se concentrar no ban4uete e se dirigiram a algo 4ue sem d<+ida tamb.m po+oa+a a cabe2a das noi+as& a noite de n<pcias. *+a conta+a no+e anos 4uando sua m3e :aleceraE assim- ela n3o pHde orientar *+a sobre a noite de n<pcias. Contudo- ela n3o ignora+a o 4ue ocorria entre um homem e uma mulher. 9a+is- sua criada e amiga em Ca;ton- dormia no grande 4uarto ao lado da co7inha- 5unto com os outros criados- e mais de uma +e7 presenciara coisas 4ue se passa+am durante a noite e as contara a *+a. 9a+is descre+eu o encontro entre um homem e uma mulher como algo parecido a uma luta- na 4ual- em certo momento- o homem coloca parte de seu corpo entre as pernas da mulher. 30 % criada descre+era esta parte do corpo masculino como Suma esp.cie de salsich3o co7idoS. Com a mente presa em tais pensamentos- e sem perceber o 4ue :a7ia- *+a +irou a cabe2a um pouco para o lado- e abai;ou os olhos para ?tar a regi3o do corpo de Connal onde se locali7a+a o tal salsich3o co7ido. Seu noi+o tamb.m se +estira com elegNncia para o casamento- e tra5a+a uma cal2a 5usta- de tecido ?no- bem di:erente das 4ue usa+a para ca+algar. Sem 4uerer- *+a se surpreendeu e at. mesmo se assustou com o 4ue +iu- pois 9a+is lhe e;plicara 4ue 4uanto maior o +olume entre as pernas masculinas- maior o tamanho da4uela parte do corpo dos homens. %nsiosa- ela concluiu 4ue Connal certamente era +igoroso tamb.m em suas partes masculinasE e sem 4uerer- apertou as pr,prias co;as- numa atitude de de:esa ao se imaginar Slutando com o marido no leito at. ele colocar o tal salsich3o entre suas pernasS- como 9a+is descre+era. 8 *+a. *la te+e um sobressalto ao ou+ir 4ue a chama+am- e rubori7ou de imediato- acreditando 4ue hou+esse sido Bagrada em sua indiscri23o. 9as a e;press3o de Connal- somada @ atitude de espera do padre- a ?7eram crer 4ue se trata+a de outra coisa. 8 %ceitaJ 8 perguntou o padre- ?tando8a como se repetisse a pergunta. 8 %ceito 8 respondeu *+a. O re+erendo 9acLure prosseguiu ent3o com as pala+ras em latim- at. o momento em 4ue disse a Connal& 8 Pode bei5ar a noi+a. *+a se mostrou surpresa ao ou+ir tais pala+ras. Ser6 4ue a cerimHnia ?nalmente terminaraJ Parecia 4ue sim. *la cerrou os olhos e esperou pelo bei5o do marido- perguntando a si pr,pria como seria ser bei5ada. $o instante seguinte- sentiu os l6bios de Connal ro2ando os seus- num to4ue doce e terno e... gostou da sensa23o= $um impulso autom6tico- ela se ergueu na ponta dos p.s para pressionar seus l6bios mais :ortemente contra os dele- mas Connal a:astou o rosto. *mbara2ada pela espontNnea rea23o de entrega ao marido- ela deu um passo para tr6s en4uanto ou+ia os gritos de rego7i5o da multid3o abai;o deles. "n:eli7mente- *+a s, lembrou 4ue se encontra+a no topo da escada 4uando 56 era tarde demais& dese4uilibrou8se e caiu para tr6s- sentindo a perna bater com :or2a contra os degraus da entrada da capela antes de aterrissar de costas no ch3o- e ou+ir os gritos de S+i+aS da multid3o se trans:ormarem em e;clama2Aes de cho4ue e alarme. Captulo VII *+a suspirou- depositou a cesta de costura sobre a grama e ent3o ergueu a :ace para o sol- e cerrou os olhos. % calma e o silFncio impera+am no 5ardim do castelo. #lynis acertara ao insistir em 4ue +iesse se sentar ali. % 5o+em criada lhe ?7era constante companhia toda a semana- e *+a sabia 4ue os dias de repouso teriam sido bem mais longos sem a con+ersa di+ertida e amig6+el da ama. Triste- ela se lembrou do casamento. m esplFndido ban4uete se seguira @ cerimHnia- e *Pe e;cedera a si mesma no preparo dos guisados- assados- bolos e doces. "n:eli7mente- *+a s, ou+ira :alar em tais mara+ilhas- pois passara um bom tempo inconsciente depois de cair da escada da capela e ser carregada para o 4uarto. %o +oltar a si- seu corpo doCa- e ela n3o pHde :este5ar nem te+e apetite para pro+ar as iguarias. Te+e de se contentar em ou+ir os sons da :esta 4ue ocorria no sal3o e na pracinha de:ronte ao castelo. !esol+eu :a7er um in+ent6rio dos machucados 4ue so:rera nos <ltimos dias. % mordida do c3o sara+a com rapide7 e a :ai;a :ora retirada de sua m3o para 4ue o :erimento secasse. O 31 torno7elo tamb.m ha+ia melhoradoE mas ela ainda caminha+a com cuidado- e sem colocar peso no p. torcido. Seus bra2os e pernas- por.m- ostenta+am marcas ro;as e contusAes. *+a ti+era sorte em n3o 4uebrar nenhum osso- mas o acidente e conse4Kentes machucados impuseram o adiamento da noite de n<pcias outra +e7. Para *+a- era como se adiassem o momento de e;trair um dente estragado& algo indese56+el e doloroso- mas 4ue tinha de acontecer. *sperar a torna+a ansiosa- e seria melhor se acontecesse logo- para a ansiedade passar. 1e 4ual4uer :orma- *+a acredita+a 4ue ap,s uma semana de repouso- e sem outros acidentes- tudo esta+a perto de se normali7ar. Ou 4uase tudo. Todos a seguiam- tratando8a com gentile7a e simpatiaE mas agora tamb.m a trata+am como se :osse uma :r6gil pe2a de cristal ou- pior ainda- como se :osse idiota. *la :ora proibida de carregar ou erguer ob5etos- e dois homens a +igia+am o tempo todo para se assegurarem de 4ue respeita+a a proibi23o e n3o :a7ia nada 4ue a colocasse em perigo. *+a se sentia como uma crian2a 4ue tem de ser +igiada para n3o se meter em problemas. !essentida- ela ?tou 1onaidh e #eordan- 4ue con+ersa+am- sentados num dos bancos do 5ardim. *ram eles os encarregados de +igi68la na4uela manh3. Se por acaso ela ?7esse men23o de le+antar- os dois correriam a tom68la pelo bra2o para se certi?car 4ue n3o ia cair nem trope2ar. Trans:ormei8me no bobo da- corte= Os sentinelas nem sempre eram discretos- e em +6rias ocasiAes ela ou+iu o 4ue di7iamE por isso- agora sabia mais sobre a +ida em 9ac%die. %prendera 4ue Connal n3o se ausenta+a durante o dia por estar administrando o :eudo- mas sim por4ue pre:eria dormir- por causa da rea23o al.rgica ao sol. *Dan era o respons6+el durante o dia- e Connal assumia o comando ao despertar- 4uando o sol se punha. % conse4KFncia era 4ue o :eudo 9ac%die era t3o mo+i8 mentado @ noite 4uanto de dia- ou tal+e7 mais @ noite 4ue de dia. *+a tamb.m escutara 4ue Connal saCa com seus homens para e;cursAes noturnas- tal+e7 ata4ues a outros :eudos ou coisas assimE um costume mais comum na *sc,cia 4ue na "nglaterra. *la n3o apro+a+a tal comportamento belicoso- mas ha+ia decidido n3o saber mais a respeito e simplesmente des+ia+a a aten23o 4uando os ca+aleiros toca+am no assunto. 1e 4ual4uer :orma- sabia 4ue Connal esta+a ocupado desde o escurecer at. o amanhecer. 9esmo assim- seu marido acaba+a encontrando tempo para lhe :a7er companhia- e sempre +inha 5antar com ela- apesar de *+a pensar 4ue ele comia menos do 4ue de+eria. *ra :re4Kente tamb.m 4ue ca+aleiros aparecessem durante a re:ei23o para :a7er relat,rios ou in:ormar a respeito de assuntos do :eudo- e Connal os escuta+a com aten23o. 9uitas +e7es ele abandona+a a mesa para +eri?car algo- ou para uma reuni3o com os homens- mas +olta+a mais tardeE ent3o- senta+am diante da lareira para con+ersar e 5ogar ;adre7. *+a 5oga+a ;adre7 muito bem- pois o pai a ensinara 4uando ainda crian2aE depois- ela passara anos praticando com Lynette- at. a irm3 mais +elha ser en+iada para o con+ento por n3o ter encontrado um homem disposto a casar sem o dote- 56 4ue Gonathan n3o pagaria por ele. *+a nutria a esperan2a de 4ue 5ogar ;adre7 a redimisse com Connal& dese5a+a mostrar 4ue era inteligente e perspica7- apesar de se meter em acidentes. Se conseguisse :a7F8lo- tal+e7 seu esposo desistisse de mantF8la sob guarda. $este momento- o sol se escondeu atr6s de uma nu+em- e *+a sentiu uma lu:ada de +ento :rio. %chou melhor entrar. *ra hora de se preparar para comer- pois o dia termina+a e o 5antar logo seria ser+ido. 8 Se 56 acabamos- +ou subir e encontrar minha esposa8 anunciou *Dan. Connal concordou com a cabe2a- e ent3o se +irou para o outro lado do sal3o- en4uanto os ca+aleiros partiam. Sentada em :rente ao :ogo- *+a costura+a- esperando a reuni3o terminar- e sua postura encolhida mostra+a 4ue tinha :rio. Connal notara 4ue ela se encolhia cada +e7 4ue abriam uma porta- certamente por causa da ccrrente de ar 4ue se :orma+a. % 32 noite esta+a chu+osa- e ha+ia +entoE n3o era de espantar 4ue sentisse :rio. *le reconheceu 4ue o :rio n3o o incomoda+a- mas n3o podia esperar o mesmo da esposa. 80amos subir e 5ogar ;adre7 em nosso 4uarto 8disse Connal- apro;imando8se. 8 L6 estar6 mais 4uente- sem portas sendo abertas o tempo todo. *+a sorriu- ali+iada ante a sugest3o do marido- e aceitou a m3o 4ue ele estendia para a5ud68 la a le+antar. 8 % noite est6 :ria- Connal. 8 O o ?m do +er3o. %s noites se tornam mais longas- os dias mais curtos- e 56 come2a a es:riar. $a +erdade- ele se preocupa+a cada +e7 mais com a integridade :Csica de *+a. Connal so:rera outro ata4ue h6 duas noites atr6s- 4uando ca+alga+a pelo bos4ue com os ca+aleiros. *ra a terceira +e7 4ue tenta+am tirar8lhe a +ida nos <ltimos meses. % Becha passou de rasp3o- e terminou atingindo o bra2o do ca+aleiro a seu lado. Leli7mente o :erimento n3o :ora pro:undo- e cicatri7ara num piscar de olhos- mas este incidente o incomodara mais do 4ue os anteriores- pois acontecera @ noite- 4uando ele esta+a rodeado por homens 4ue saCriam imediatamente @ procura do atacante. >uem o ataca+a- contudo- n3o pareceu se importar e te+e a sorte de conseguir escapar- pois seus ca+aleiros n3o o locali7aram entre as 6r+ores. Os homens 4ue o acompanha+am possuCam e;celente +is3o predat,ria noturna- e era admir6+el 4ue n3o hou+essem en8 contrado o atacante. *ra 5ustamente isso o 4ue o preocupa+a& ConnaT possuCa todas as +antagens- mas mesmo assim ousaram atac68lo. Seu perseguidor parecia desesperado para le+ar a cabo seu intento- e homens desesperados s3o impre+isC+eis. $o ata4ue- uma pessoa ha+ia sido :erida. Trata+a8se de um ca+aleiro 9ac%die- 4ue tinha a capacidade de se recuperar de :erimentos instantaneamente. 9as o 4ue aconteceria se :osse *+a 4uem esti+esse 6 seu ladoJ * se a Becha acertasse o cora23o e n3o o bra2oJ Tal possibilidade o incomoda+a mais do 4ue ele poderia supor a princCpio- obrigando8o a admitir 4ue se sentia mais unido @ esposa. %os poucos- e sem perceber- Connal aprendia a gostar e +alori7ar os momentos 4ue des:ruta+am 5untos- 5ogando ou con+ersando diante da lareira. *+a se re+ela+a uma mulher inteligente e sensC+el- e era agrad6+el ou+i8la contar a respeito da in:Nncia em Ca;ton e de sua +ida antes de +ir para 9ac%die. *m di+ersas ocasiAes- Connal sentiu re+olta ao ou+i8la descre+er as circunstNncias em 4ue +i+era sob o 5ugo do irm3o a+arento 4ue passou a cuidar da :amClia depois da morte dos pais. 9as *+a n3o guarda+a rancor pelo 4ue a ha+iam :eito passar- e e;ibia uma postura de aceita23o madura e at. ?los,?ca- a?rmando 4ue os :atos 4ue lhe causaram so:rimento tamb.m a ensinaram a +alori7ar as coisas simples da +ida. *ra um pra7er ou+i8la :alar a respeito de siE e pouco a pouco Connal come2ou a admir68la. >uando subiram as escadas- Connal obser+ou a esposa +encer os <ltimos degraus- e ent3o soltar a saia ao caminhar pelo corredor em dire23o ao 4uarto. *le ha+ia esperado para consumar o casamento por causa das contusAes so:ridas por *+a- mas ela 56 parecia recuperada. Tal+e7 :osse chegado o momento de se unir ?sicamente @ esposa- tal como a lei 56 os unira. %o entrarem- *+a se sentia estranhamente ner+osa. 1irigiu8se @s poltronas de:ronte @ lareira. *la 5ogara ;adre7 com Connal todas as noites da4uela semana- mas era a primeira +e7 4ue o :a7iam no 4uarto- um aposento bem menor e mais Cntimo 4ue o sal3o. Perturbada- *+a decidiu 4ue seria melhor con+ersar com o marido e resol+er a 4uest3o 4ue tanta ansiedade lhe causa+a& a consuma23o do matrimHnio. 8 Connal- gostaria de di7er 4ue... apreciei sua gentile7a em organi7ar um segundo casamento. O :ato de ter adiado... bem... consumar nossa uni3o at. 4ue eu me recuperasse dos acidentes 4ue so:ri e... 33 *la se calou de repente- consciente de 4ue se torna+a +ermelha como um piment3o- e sem saber como prosseguir. *la n3o ha+ia considerado o 4u3o di:Ccil seria tal con+ersa- mas agora iniciara o assunto e n3o podia +oltar atr6s. 8 *sta situa23o dei;a meus ner+os em :rangalhos- meu lorde= *u me pergunto se n3o poderCamos resol+F8la logo. 8 !esol+F8la... logoJ 8 Connal :ran7iu a sobrancelha. 8 Sim 8 recome2ou *+a- es:regando ner+osamente as m3os. 8 Ter6 de acontecer cedo ou tarde- e o :ato de n3o saber e;atamente 4uando est6 me matando de ansiedade. O como... um dente estragado 4ue . preciso arrancar... *n?m- algo 4ue n3o se pode e+itar. 8 1ente estragado 4ue . preciso arrancarJ 8 Connal repetiu- perple;o. 8 *u... $3o me le+e a mal- mas... ou+i di7er 4ue consumar o casamento atra+.s da uni3o :Csica n3o . algo muito dese56+el- nem tra7 pra7er= 8 O 4ue :oi 4ue seu irm3o lhe disseJ 8 $3o :oi meu irm3o- e sim minha ama. %h... $a +erdade- 9a+is n3o era minha ama... *la trabalha+a na co7inha- mas :a7ia @s +e7es de ama 4uando necess6rio... isto .- ela me a5udou uma ou duas +e7es e... contou 4ue... 8 *+a come2ou a balbuciar outra +e7. 8 O 4ue :oi 4ue 9a+is lhe contou a respeito do 4ue se passa entre um homem e uma mulherJ Connal parecia menos contra:eito agora- o 4ue a ali+iou. 8 *la descre+eu o 4ue ocorria entre os criados- n3o necessariamente entre um marido e a esposa. 9a+is dormia 5unto com outros criados- num grande aposento. Iem- ela notou 4ue eles... por +e7es... 8 Pare de gague5ar e conte8me o 4ue ela disse. $3o precisa ter medo. 8 9a+is disse 4ue o homem e a mulher lutam durante algum tempo- e ent3o ele coloca seu salsich3o co7ido entre as pernas dela. Connal reagiu com um som estranho- algo entre rir e pigarrear- e ent3o +irou como se 4uisesse esconder o rosto. Seus ombros-contudo- come2aram a chacoalhar- indicando 4ue ele ria. "ndignada- *+a ia protestar- 4uando bateram @ porta. Tomada de surpresa- e irritada- caminhou para atender. %o abrir a porta- contudo- ela deparou com #lynis- 4ue tra7ia o +inho- e se :or2ou a trans:ormar a e;press3o de 7anga num sorriso. 8 Obrigada= 8 *+a pegou a bande5a com a 5arra e as ta2as. 8 Obrigada tamb.m por ter acendido a lareira. 8 Pode dei;ar 4ue eu mesma le+o a bebida- senhora. 8 $3o se preocupe- eu ser+irei o +inho 8 assegurou *+a em tom decidido- dando um passo para tr6s e se aprontando para :echar a porta com o p.. %o :a7F8lo- contudo- ela come2ou a perder o e4uilCbrio obrigando Connal a correr para a5ud68la. 8 1ei;e8me cuidar disso. 8 *le tomou a bande5a das m3os de *+a. 8 9elhor e+itar acidentes 8 continuou Connal ao atra+essar o 4uarto para colocar a bande5a ao lado do tabuleiro de ;adre7 na mesa entre as poltronas. $o entanto- *+a ha+ia perdido a +ontade de 5ogar- e tinha ainda menos +ontade de ?nalmente proceder ao seu Sde+er de esposaS. $a +erdade- o 4ue dese5a+a no momento era ser dei;ada a s,s para cuidar do orgulho :erido. Calada- :echou a porta e permaneceu onde esta+a- en4uanto Connal ser+ia o +inho. 8 9a+is esta+a enganada- e dei;ou de contar coisas importantes 4ue se passam entre um homem e uma mulher 4uando est3o 5untos no leito 8 disse ele ?nalmente- ao recolocar a 5arra sobre a mesa. 34 8 Coisas importantesJ 8 *+a :ran7iu a sobrancelha. 8 Sim 8 a?rmou Connal- apro;imando8se com as ta2as. 8 Ieba seu +inho. $um gesto autom6tico- *+a aceitou- e sor+eu um gole da bebida 4ue Connal o:erecia. 8 9a+is n3o mencionou nada a respeito dos bei5os- por e;emplo. 8 Connal tomou um gole de +inho. 8 Iei5osJ 8 *+a come2ou a sentir um s<bito interesse ao lembrar o ro2ar de l6bios 4ue ha+iam trocado ao ?nal da cerimHnia de casamento- e do arrepio 4ue a4uele bre+e contato produ7ira. 8 Como nosso bei5o de casamento 8 continuou Connal como se adi+inhasse seus pensamentos. 8 *;ceto 4ue muito mais. 8 9ais o 4uFJ 8 Ieba o +inho 8 instruiu Connal em +e7 de responder. "mpaciente- *+a sor+eu com rapide7 outro gole- e ent3o tornou a ?t68lo. 8 9ais o 4uFJ 8 ela repetiu. 8O di:Ccil e;plicar8disse Connal apro;imando8se. 8 Tal+e7 se5a melhor eu lhe mostrar. Captulo VIII *+a ?tou o marido- sem saber como reagir @ sua sugest3o de mostrar o 4ue de :ato ocorria entre um homem e uma mulher. O r6pido bei5o depois do casamento ha+ia sido agrad6+el- mas Connal a dei;ara curiosa ao a?rmar 4ue ha+ia mais do 4ue a4uele ro2ar de l6bios. TCmida- ela meneou a cabe2a concordando- ent3o cerrou os olhos e ergueu le+emente o 4uei;o em o:erecimento. $o instante seguinte- *+a sentiu os l6bios de Connal ro2ando os seus- num contato morno e sua+e. Sem pensar- ela entreabriu os l6bios e soltou um suspiro. Connal reagiu inclinando o rosto para o lado- e ent3o colocou a lCngua dentro da boca de *+a. *la arregalou os olhos- surpresa- mas tornou a :ech68los ao sentir 4ue a lCngua de Connal ro2a+a a sua. *+a surpreendera criados se bei5ando desta maneira em Ca;ton- mas n3o imagina+a 4ue seria t3o <mido e 4uente. 9ais 4ue isso& n3o imagina+a 4ue :osse t3o agrad6+el = Os l6bios de Connal toca+am os seus com ?rme7a agora- e sua lCngua desli7a+a sobre a dela em mo+imentos intensos. *le apro:undou o bei5o- mo+endo o rosto como se procurasse penetrar sua boca o m6;imo possC+el. 1e repente- *+a ou+iu o ruCdo de lC4uido esparramando no ch3o- e dedu7iu 4ue Connal dei;ara a ta2a de +inho cair. $o instante seguinte ele a abra2a+a pela cintura e a pu;a+a de encontro a si- :a7endo seus corpos se tocarem por inteiro. $um impulso- ela tamb.m soltou a pr,pria ta2a e entrela2ou os bra2os pelas costas do maridoE Connal reagiu descendo as m3os desde sua cintura at. as co;as- e ent3o a estreitou mais ainda nos bra2os. Sensa2Aes desconhecidas tomaram conta de *+a 4uando di:erentes partes de seu corpo tocaram o corpo de Connal- como a s<bita consciFncia dos seios tocando o peito do marido- ou a rigide7 4ue de repente sentia de encontro ao +entre. 8 '6 mais 8 murmurou Connal- a:astando o rosto. 8 9aisJ 8 *la ?cou um tanto desapontada com a interrup23o. 8 Outros tipos de bei5os 8 e;plicou ele- surpreendendo8a ao lhe bei5ar o ou+ido- produ7indo um arrepio 4ue a percorreu at. a ponta dos p.s. 35 Os l6bios de Connal no+amente capturaram os dela- de maneira apai;onada e sedenta. *+a se sentia derretendo em seus bra2os- e o calor no interior de seu +entre pareceu deslocar8se para bai;o e ad4uirir umidade- como um dia 4uente de +er3o na Boresta. %l.m de pu;68la de encontro a si- Connal ro2a+a seu corpo contra o dela- e suas pernas se encontra+am em carCcias 4ue continham ao mesmo tempo dure7a e sua+idade. Iei5ar era mara+ilhoso- ela pensouE e sem saber como nem 4uando a4uilo ocorrera- percebeu 4ue o topo do +estido esta+a caCdo na altura da cintura- e seus seios agora 4uase desnudos toca+am o tecido da camisa de Connal. 8 Oh= 8 e;clamou *+a- abrindo a boca em surpresa 4uando a m3o de Connal lhe engol:ou o seio direito- apertando8o de uma :orma 4ue n3o produ7ia dor nem incHmodo- e sim pra7er. * antes 4ue ela pudesse :echar a boca- de no+o Connal a in+adiu num bei5o mais pro:undo 4ue todos os outros- usando a m3o li+re para enla268la pela nuca e pressionar seu rosto contra o dele. Por instinto- *+a come2ou a mo+imentar a lCngua- tentando tamb.m se apro:undar dentro dele. Surpreendeu a si mesma ao alternar os mo+imentos da lCngua com pe4uenas mordidas nos l6bios de 8 Connal. 1e repente- era como se todo seu corpo tocasse o corpo dele- seus seios- +entre e co;as se sensibili7a+am e reagiam ao contato de m3os- estHmago- pernas e peito do marido. % s<bita press3o da pele das cobertas contra a parte posterior dos 5oelhos a :e7 perceber 4ue Connal a mo+imentara- e agora esta+am ao lado da cama. 9ais 4ue isso& ela notou 4ue seu +estido caCra totalmente- e num gesto r6pido e preciso Connal pu;ou8lhe a combina23o pelos ombros- :a7endo8a tamb.m desli7ar at. o ch3o& *+a :ora desnudada- mas n3o te+e tempo de sentir embara2o- pois sem demora Connal inclinou a cabe2a e passou a bei5ar8lhe a ponta do seio com os l6bios 4uentes e <midos- 4ue segundos antes lhe in+adiam a boca. 1e s<bito- ele interrompeu o 4ue :a7ia- mas apenas para erguF8la e deit68la no leito. %p,s se despir com rapide7- Connal se deitou sobre ela e come2ou a bei5ar8lhe a base dos seios- :a7endo *+a cur+ar as costas num mo+imento 4ue erguia e o:erecia o tronco. *la passou a mo+imentar suas pernas entre as de Connal- e +oltou a sentir a rigide7 da4uilo 4ue 9a+is- de modo pouco atraente- denominara Ssalsich3o co7idoS. % +erdade era 4ue *+a sentia pra7er ao ro2ar a perna contra a dure7a do membro masculino do marido. *la n3o antecipara o 4ue +iria a seguir- e uma no+a onda de sensa2Aes desconhecidas a atingiu 4uando Connal passou a toc68la entre as co;as. %o sentir os dedos dele tocando8a na parte mais Cntima de seu corpo- o instinto a :e7 entreabrir as pernas- como se o con+idasse- ou mesmo suplicasse- a prosseguir com a carCcia. Seu corpo parecia ganhar +ontade pr,pria. Connal intensi?cou sua+emente o to4ue- e as pernas de *+a se :echaram como se 4uisessem aprisionar a m3o 4ue a toca+a. *la se sentia di+idida entre duas sensa2Aes antagHnicas& a4uele to4ue a sensibili7a+a tanto 4ue se torna+a 4uase insuport6+el- e ao mesmo tempo ela n3o dese5a+a 4ue parasse. Seu corpo reagiu de imediato @ con:us3o- retraindo8se num momento e tomando a se abrir e entregar no instante seguinte- para ent3o tornar a se retrairE at. Connal resol+er a situa23o- colocando as pr,prias pernas entre as dela e obrigando8a a permanecer recepti+a @ carCcia. *nt3o- sem a+iso- algo se rompeu dentro de *+aE ela soltou um grito e enterrou as unhas nas costas do marido. Seu corpo inteiro se retesou 4uando ela sentiu uma agulhada de dor e- desconcertada- compreendeu 4ue ele agora a penetra+a com a parte do corpo mencionada por 9a+is. 8 O a <nica +e7 4ue causar6 dor 8 murmurou Connal em seu ou+ido. 8 % dor acontece por4ue +ocF . pura- mas passar6 num instante. 1e :ato- a pontada 56 da+a lugar a uma sensa23o de pra7er. Connal a penetra+a com sua+idade. 1e repente- as pernas dela se entrela2aram por tr6s das dele- como se o 4uisessem prender en4uanto Connal prosseguia com os mo+imentos 4ue o :a7iam penetrar e depois retroceder. 36 Sem saber como- *+a se a5ustou @4ueles mo+imentos regulares- aumentando sua intensidade e alcance. G6 n3o ha+ia dor nenhuma- e ela adentra+a um nC+el mais alto de pra7er- 4ue embaralha+a a consciFncia e rouba+a a no23o de tempo e espa2o. Tudo 4ue sabia era 4ue o corpo de Connal se mo+ia dentro do seu- en4uanto ela o abra2a+a com as pernas- as m3os e os bra2os- na4uela dan2a sublime 4ue os unia. >uando a e;plos3o de pra7er sobre+eio para *+a- podia ter durado um instante ou uma eternidade- pois o passar do tempo n3o ser+ia para medi8la. Connal come2ou a tremer- como se pressionado por uma con+uls3o- e o :renesi +oltou a tomar conta de *+a- com intensidade redobrada- :a7endo8a enterrar os dedos nas costas do maridoE e ambos soltaram um grito de puro F;tase ao alcan2arem 5untos um clima; simultNneo. %o ?nal da e;plos3o- os dois ainda e;perimentaram sucessi+os tremores- 4ue aos poucos diminuCram- at. *+a notar 4ue Connal rela;a+a sobre ela. % respira23o o:egante deles se acalmou- e em bre+e Connal respirou :undo e se retraiu com sua+idade. %?nal ele rolou o corpo e deitou a seu lado. m le+e torpor come2a+a a tomar conta dos dois 4uando Connal se +irou e passou o bra2o por bai;o dela- :a7endo8a +irar8se tamb.m e lhe dar as costas- de maneira 4ue seus corpos se a5ustassem um contra o outro. *+a principiou a adormecer. %lgum tempo depois- Connal a despertou com bei5os e carCciasE e em bre+e pro+a+a 4ue a dor 4ue ela sentira de :ato s, ocorria na primeira +e7. >uando ambos en?m deitaram lado a lado- e;austos e satis:eitos- a aurora rompia- e a lu7 cin7a do inCcio do dia se insinua+a pelos lados da pesada cortina da 5anela. Prestes a adormecer- *+a percebeu 4ue Connal se mo+ia. Pensou 4ue o marido procurasse uma posi23o mais con:ort6+elE mas pouco depois o sua+e ruCdo da porta :echando despertou8a por completo. *la olhou ao seu redor e constatou 4ue se acha+a so7inha no leito. Sem pensar duas +e7es- saltou da cama e correu a abrir a porta. O longo corredor esta+a escuro- mas uma tocha ainda 4ueima+a- produ7indo lu7 su?ciente para 4ue *+a +isse Connal caminhando na dire23o oposta @ da escada 4ue condu7ia ao sal3o. Com os diabos- aonde . 4ue meu marido +aiJ *le nem mesmo se +estira- e caminha+a nu- carregando as roupas com as m3os. 1epois de um bre+e momento de hesita23o- *+a tornou a entrar no 4uarto- +estiu rapidamente o roup3o e saiu- decidida a segui8lo. $otou 4ue Connal ha+ia parado no ?nal do corredor- e mesmo com a pouca ilumina23o :ornecida pela tocha- te+e certe7a 4ue ele toca+a uma das pedras na parede. ma passagem se abriu- e Connal desapareceu por ela. % passagem tornou a :echar de imediato- e a parede de pedra do corredor +oltou a seu lugar. *+a decidiu 4ue tentaria abrir a passagemE mas ent3o notou um +ulto 4ue se esgueira+a desde o :undo oposto do comprido corredor e caminha+a de modo sorrateiro em dire23o ao local por onde Connal desapa8 recera. Surpresa- ela deu um passo para tr6s e se escondeu entre a porta entreaberta do 4uarto- mas mante+e os olhos para :ora- de modo a +er o 4ue acontecia. O +ulto caminhou at. atingir o ponto onde a passagem momentaneamente se abrira. *+a considerou suspeita a aparFncia da4uela pessoa& parecia ser um homem- mas era impossC+el +er seu rostoE ha+ia pouca lu7- e ele usa+a uma capa escura de gola alta- 4ue lhe cobria a :ace at. a altura dos olhos. % ?gura agora mo+ia a m3o sobre a parede- buscando abrir a porta de pedra. *la pressentiu- tensa- 4ue o indi+Cduo tinha m6s inten2Aes. O +ulto sombrio- contudo- parecia ter di?culdades para abrir a entrada da passagem secretaE depois de certo tempo- ?nalmente desistiu- dando um passo para tr6s e sumindo com rapide7 pela dire23o de onde +iera. *+a aguardou alguns instantes- e ent3o respirou :undo- saiu do 4uarto e caminhou para o local do corredor por onde Connal desaparecera. !eprodu7indo o 4ue +ira o marido :a7er- ela tocou a mesma pedra da parede- mas nada ocorreu. *la tomou a :a7F8lo- aplicando mais :or2a- mas ainda assim n3o hou+e resultado. *+a tinha certe7a 4ue toca+a a pedra correta- pois coloca+a a m3o e;atamente no mesmo local onde Connal o ?7era. Por 4ue n3o :un8 37 ciona+aJ Tentou mais duas +e7es- mas a passagem n3o abriu. Lrustrada e irritada- *+a deu uma palmada com a outra m3o na pedra ao lado- e para sua surpresa uma :resta se abriu de repente na parede. !eceosa- ela empurrou a porta de pedra. O mecanismo :unciona+a em silFncio- e bastou uma ligeira press3o para a porta abrir mais e uma passagem escura re+elar8se @ sua :rente. Seu cora23o trepida+a agora- mas *+a resol+eu prosseguir. %ileen dormia @ noite 5unto com *Dan- e passa+a o dia no 4uarto ou nos salAes escuros do castelo para se proteger da lu7 do sol- de modo a estar acordada 4uando o marido tamb.m esti+esse. *la agora sabia 4ue Connal dormia durante o dia e desperta+a 4uando o sol se punha- para assumir a administra23o de 9ac%die. Iem- se a +ida no castelo era organi7ada desta :orma- ela de+eria se a5ustar @s circunstNncias para poder dormir com o marido. %l.m do mais- *+a 4ueria conhecer -o 4uarto de Connal. *Dan dissera 4ue a rea23o de Connal ao sol era ainda pior 4ue a de %ileen- e podia ser :atal. %ssim sendo- o 4uarto de Connal n3o de+ia ter 5anelas e seria absolutamente escuro. 9as isso n3o a incomoda+a- pois ela conseguiria dormir em meio @ absoluta escurid3o. *+a a+an2ou para dentro da passagem- e notou 4ue n3o ha+ia nenhuma tocha @ +ista e era impossC+el en;ergar. Seria necess6rio +oltar ao 4uarto para buscar uma +ela. *+a tornou a sair para o corredor e agu2ou os ou+idos um instante- certi?cando8se 4ue n3o ha+ia ruCdos de algu.m por perto. % passagem era sem d<+ida secreta- mas ela temia n3o conseguir tornar a abrir a porta se a :echasse agora. !esoluta- respirou :undo e correu o mais depressa possC+el de +olta ao 4uarto- acendeu uma das grandes +elas do casti2al e tornou a sair. O silFncio ainda impera+a- e n3o parecia ha+er +i+a alma por pertoE mas a porta da passagem secreta permanecia aberta- o 4ue era arriscado. "n:eli7mente- ela n3o podia correr agora como ?7era ao +oltar para o 4uarto- pois temia apagar a +ela. *m silFncio- *+a usou a m3o para proteger a chama e caminhou o mais depressa possC+el- sem correr o risco de apagar o tFnue :ogo 4ue lhe iluminaria o caminho. *m bre+e ela atingia outra +e7 a porta secreta- e antes de entrar olhou para os lados- certi?cando8se 4ue n3o ha+ia ningu.m. *nt3o- seguiu pela passagem e penetrou na escurid3o. %o entrar- reBetiu 4ue n3o podia dei;ar a porta aberta- pois outros a poderiam +er. 1e 4ual4uer :onna- :echar a porta pelo lado interno n3o era problema- pois Connal esta+a l6 dentro e ela n3o correria o risco de ?car presa. Se ele ainda esti+esse l6- *+a considerou- arrepiando8se de medo. Controlando seus receios- *+a empurrou a porta de pedra- 4ue se mo+ia com surpreendente le+e7a- e a entrada para a passagem :echou com um cli4ue sua+e. O silFncio total a en+ol+eu- e agora n3o ha+ia +olta. % chama da +ela mal ilumina+a o caminho @ sua :rente- mas ela prosseguiria. %+an2ou com cuidado- sentindo 4ue o ar ali dentro era <mido e :rio. $3o ha+ia nada no corredor escuro- nem ao menos suportes para tochas- somente paredes de pedra. %p,s alguns metros- ela atingiu uma porta de madeira @ direita. % porta esta+a :echada- e nada se ou+ia. O corredor seguia adiante- e *+a resol+eu continuar- con+encida de 4ue o :a7ia mo+ida pela curiosidade- mas sabendo 4ue na +erdade sentia receio de entrar no 4uarto e con:rontar o esposo. *la caminhou uma ra7o6+el distNncia- at. atingir o ?nal do corredor. O problema . 4ue o corredor termina+a 5ustamente em outra porta tamb.m :echada. *la n3o espera+a por isso- e agora con:ronta+a o dilema de saber 4ual era a porta do 4uarto de Connal. *+a ainda tenta+a resol+er a 4uest3o 4uando ou+iu um le+e ruCdo 4ue parecia +ir do lado de dentro da segunda porta. *la prendeu a respira23o e agu2ou os ou+idos- e ent3o te+e certe7a 4ue de :ato o ruCdo pro+inha da4uele aposento. 9ais 4ue isso- ela ou+ia distintamente um murm<rio sonolento- como algu.m 4ue dissesse algo en4uanto dormia um sono pro:undo. Tal+e7 :osse sua imagina23o- mas ela acreditou 4ue se trata+a de Connal. Com e;tremo cuidado- *+a girou a ma2aneta e entrou. % escurid3o dentro do aposento era 38 absoluta- tal como no corredor- e a lu7 da +ela era de pouca a5uda. *la se mo+eu de+agar e em silFncio- mas parou 4uando suas pernas tocaram a borda de um leito. Tornando a prender a respira23o- *+a ergueu a +ela tentando iluminar maisE ent3o- entre ali+iada e receosa- percebeu a ?gura do marido deitado. Connal adormecera- mas solta+a um murm<rio ininteligC+el- como se a lu7 da +ela em seu rosto o incomodasse. 9as o le+e dist<rbio n3o o despertouE ele se +irou para o lado e prosseguiu dormindo. Temendo acord68lo- *+a abai;ou a +ela rapidamente. "ndecisa- ela retrocedeu alguns passos e :echou a porta com cautela. Loi ent3o 4ue tomou uma decis3o. %pagarei de +e7 esta +ela e me deitarei ao lado de meu marido= Captulo IX %lgu.m respira a meu lado= %turdido- Connal se mante+e im,+el at. despertar completamente- para n3o demonstrar 4ue acordara. mi instante depois- ele notou 4ue a pessoa deitada a seu lado o abra2a+a pelas costas e esta+a com o bra2o sobre sua cintura. Con:uso- pensou 4ue tal+e7 n3o hou+esse partido do 4uarto da esposa na noite passadaE mas a escurid3o 4ue o en+ol+ia assegura+a 4ue se encontra+a no aposento onde dormia desde a in:Nncia. * pela primeira +e7 ha+ia algu.m a seu lado. Somente 9agaidh- %ileen e *Dan sabiam da e;istFncia do local secreto- mas nenhum deles estaria deitado a seu lado- abra2ando8o= 8 *+aJ 8 murmurou Connal. 8 'um....corpo adormecido me;eu8se para se colar mais a ele- e esticou a perna sobre a perna dele. O corpo de Connal reagia com plena potFncia- numa ere23o autom6tica- impossC+el de e+itar. Por 1eus- . melhor 4ue se5a minha esposa= Ser6 4ue minha m3e ou %ileen lhe contaram a respeito do 4uarto secretoJ 1ecidido a resol+er o mist.rio- ele esticou o bra2o para pegar o casti2al pr,;imo ao leito e acendeu a +ela. *rgueu a lu7 com cuidado- e respirou ali+iado ao constatar 4ue era *+a a seu lado. %p,s ?t68la um instante- Connal tomou a depositar o casti2al ao lado da cama- mas dei;ou a +ela acesa. %o +irar8se para ela outra +e7- percebeu 4ue *+a dormia pro:undamente. 1esnuda e adormecida- sua esposa era uma ?gura :r6gil e delicada. *nternecido- Connal desli7ou o dedo sobre sua :ace- di+idido entre acord68la para perguntar como :ora parar ali ou despert68la :a7endo amor. Primeiro as coisas mais importantes- resol+eu Connal. 9ais tarde teria tempo para saber como *+a descobrira o 4uarto secreto. 8 Connal 8 murmurou *+a- despertando aos poucos ao sentir a m3o 4ue a acaricia+a e os l6bios 4uentes 4ue lhe bei5a+am o seio. % lu7 tFnue da +ela ilumina+a sua+emente o aposento- e ao abrir os olhos ela deparou com os cabelos negros do marido. Tamb.m ele esta+a desnudo- e *+a come2ou a acariciar8lhe as costas- en4uanto Connal prosseguia bei5ando8lhe o seio. 1e+agar- ele se deitou sobre ela- e ent3o passou a bei568la na boca. %h- era mesmo uma pena n3o contarem @s mo2as o 4ue as espera+a no casamento- pensou *+a- notando 4ue um e;citante calor 56 toma+a conta de seu ser. Se eu soubesse o 4ue me aguarda+a na *sc,cia- teria insistido com os ca+aleiros para ca+algai 8 em mais r6pido... 39 8 *+aJ *la ergueu o rosto- repousou o 4uei;o sobre o peito do amado e o ?tou. 8 SimJ 8 Como descobriu este lugarJ % pergunta a :e7 sentir embara2o e culpa- mas n3o ha+ia como :ugir. *+a des+iou o olhar e hesitou alguns momentos antes de come2ar a :alar. 8 Sou sua esposa- e a4ui . meu lugar. 9arido e mulher de+em dormir 5untos. 8 O mesmoJ 8 disse Connal- como se a4uilo o di+ertisse. 8 Sim. 9eus pais- por e;emplo- dormiam 5untos. 8 Compreendo... 8 Connal acariciou seu cabelo. 8 Pro+a+elmente . por isso 4ue ti+eram +6rios ?lhos. O coment6rio a :e7 corar le+emente- sobretudo por4ue Connal parecia di+ertir8se cada +e7 mais com a con+ersa. Constrangida- ela resol+eu mudar de assunto. . 8 $3o . di:Ccil entender 4ue +ocF aprecie dormir neste 4uarto. 8 *+a +irou o rosto e notou 4ue a +ela ia se e;tinguir em bre+e. 8 O t3o 4uieto e escuro. 8 0ocF ainda n3o e;plicou como +eio parar a4ui 8 ele tornou a insistir. 8 %lgu.m lhe contou- sobre este lugarJ 8 $3o 8 *+a se apressou em responder- sabendo 4ue teria de contar a +erdade- mesmo sentindo8se culpada. 8 *u acordei 4uando +ocF saCa do 4uarto- e n3o consegui compreender por 4ue ia dormir em outro lugar depois de sermos... totalmente casados. *nt3o le+antei- corri para a porta e o +i entrando pela passagem no ?m do corredor. 8 * conseguiu abrir a porta apenas obser+ando como eu o ?7J 8 Sim- ou ao menos em parte. *u o +i pressionando a pedra do lado direito- mas descobri a outra pedra mais abai;o por sorte. *u a to4uei por acaso- e me surpreendi 4uando a porta abriu 8 e;plicou *+a com honestidade. O ner+osismo- por.m- a :e7 bai;ar o olhar e hesitar. %p,s um instante- ela desli7ou o dedo de modo ner+oso sobre o peito de Connal- e o ?tou com timide7. 8 *st6 7angadoJ 8 $3o 8 ele respondeu- sorrindo com ternura. 8 *u teria lhe contado sobre este 4uarto mais cedo ou mais tarde. 9as n3o resta d<+ida de 4ue terei de ser mais cuidadoso no :uturoE pois se +ocF me +iu entrando a4ui- . possC+el 4ue outros tamb.m +e5am. 8 %lgu.m 56 +iu 8 ela comentou- lembrando do homem com a capa. Connal escutou com aten23o- e um ar preocupado- en4uanto *+a descre+ia o incidente do +ulto 4ue tentara adentrar a passagem secreta antes dela. %o terminar- Connal parecia ainda mais preocupado. %mbos calaram um momento at. ela retomar a con+ersa. 8 0ocF dorme a4ui para e+itar o solJ 8 Sim 8 con?rmou Connal- parecendo ter os pensamentos em outro lugar. *+a permanecia deitada com o rosto em seu peito- mas com um gesto delicado ele a :e7 se erguer e mo+er para o lado- e em seguida sentou8se na beirada da cama. 8 % +ela +ai acabarE . melhor le+antarmos. 8 *u trou;e outra +ela 8 replicou *+a- sentando contra a cabeceira do leito e pu;ando o len2ol para se cobrir. Connal notou a +ela 4ue *+a colocara sobre o ch3o perto do leito- mas nada comentou. %preensi+o- ele come2ou a se +estir e a ?tou. 8 'ora de le+antar 8 disse ele em tom imperati+o. 8 0ocF necessita se alimentar- pois 56 40 anoiteceu e n3o comeu nada o dia inteiro. Sua <ltima re:ei23o :oi o 5antar de ontem- e agora 56 . noite outra +e7. *+a surpreendeu8se ao notar 4ue ha+ia perdido a no23o do tempo- mas Connal certamente tinha ra73o. *la dormira praticamente +inte e 4uatro horas- pois primeiro passara a noite em seu 4uarto e depois o dia no 4uarto dele. $3o 4ue ti+esse dormido muito em seu 4uarto- ela a+aliou ao lembrar o 4ue ha+iam :eito a noite inteira. 1e 4ual4uer :orma- Connal tinha ra73o& passa+a da hora de acordar e le+antar. >uando saiu da cama a ?m de se dirigir at. o lugar onde dei;ara o roup3o- *+a sentiu o p. es:riar ao tocar o ch3o. Surpresa- ela notou 4ue n3o ha+ia tapete ali- algo a 4ue n3o prestara aten23o na noite anterior. *n4uanto +estia o roup3o- olhou em +olta para +er 8 como o 4uarto esta+a mobiliadoE e apesar da pouca claridade- ela logo percebeu 4ue o aposento era totalmente despo5ado e :rio- sem tape2arias nem m,+eis. $ada mais do 4ue o leito e a lareira. 8 Compreendo 4ue durma a4ui para e+itar o sol 8 come2ou *+a en4uanto :echa+a o roup3o. 8 9as por 4ue o 4uarto tem de ser mantido em segredoJ Connal hesitou um instante- mas continuou a se +estir sem responder. 8 $3o de+o contar a ningu.m sobre este lugar- n3o . mesmoJ 8 perguntou *+a. *le ent3o parou e olhou para a esposa. 8 Sim- este 4uarto . secreto. $3o conte para ningu.m. 8 Por 4ue tem de dormir num 4uarto secretoJ 8 insistiu *+a. Connal suspirou e a ?tou- considerando o 4uanto de+ia re+elar. Ser6 4ue esta+a pronta para ou+ir a +erdade completa- ou seria melhor contar aos poucos e lhe dar tempo de se acostumar com os :atosJ *ra cedo demais para contar tudo- decidiu Connal. 9eias +erdades teriam de bastar pelo momento. 8 9inha m3e mandou construir estes 4uartos 4uando eu era crian2a. % inten23o era me proteger do sol- mas tamb.m o :e7 por precau23o. 8 Precau23oJ 8 perguntou *+a interessada. 8 0ocF ou+iu os rumores sobre nosso cl3. %s pessoas tendem a recear o 4ue n3o compreendem- e em geral destroem o 4ue ou 4uem lhes pro+oca medo. *stes 4uartos secretos s3o uma precau23o contra tal possibilidade. 8 %credita 4ue o homem 4ue tentou entrar a4ui na noite passada tem medo de +ocFJ 8 'ou+e trFs atentados contra minha +ida nos <ltimos meses 8 re+elou Connal- :a7endo *+a arregalar os olhos de espanto e temor. 8 %gora +amos comer. 8 %o perceber a rea23o da esposa- ele tratou de mudar de assunto depressa. 8 0ocF de+e estar com :ome 8 ?nali7ou- 56 caminhando para a porta. 8 ConnalJ 8 Sim. 8 *le parou e se +irou ao ou+i8la. 8 $3o consigo en;ergar nada. 8 $3o se preocupe- eu a condu7irei. 8 Connal retrocedeu e tomou sua m3o. 8 Con?e em mim. 8 *u con?o 8 assegurou *+a- seguindo8o obedientemente pela saCda do 4uarto e atra+.s da passagem escura. *+a con?a+a em Connal com pure7a e inocFncia como+entes- +isto 4ue ela acredita+a sem reser+as 4ue o esposo a manteria segura e :eli7. * eu o :arei- decidiu Connal- lembrando do ata4ue 4ue :erira seu ca+aleiro no bra2o e temendo pensar no 4ue teria acontecido se :osse *+a 4uem esti+esse a seu lado. 41 *le apertou sua m3o com mais :or2a at. atingirem o ?nal da passagem- e ent3o ensinou a ela como :a7er para abrir a porta pelo lado de dentro- pois acaba+a de decidir 4ue *+a dormiria com ele a partir da4uele momento. O incidente com o estranho 4ue tentara in+adir a passagem era problem6tico por signi?car 4ue algu.m conseguira entrar no castelo e passar por todos at. chegar ao andar superior. Ou... Tal+e7 o estranho n3o :osse t3o estranho assim- dedu7iu consternado. "n:eli7mente- parecia a hip,tese mais pro+6+el& um membro de seu pr,prio cl3 dese5a+a sua morte. 1e 4ual4uer maneira- :osse o 4ue :osse- ele tomaria as atitudes necess6rias para manter *+a em seguran2a. Connal :oi encontrar8se com *Dan- 4ue o espera+a numa saleta ao lado do sal3o principal do castelo. Lalta+a pouco para o sol raiarE *Dan e;ibia uma e;press3o de cansa2o e o cabelo despenteado- como se ti+esse caCdo no sono e despertado- 4uando :oi in:ormado 4ue seu senhor acaba+a de retornar da e;curs3o noturna. $os <ltimos tempos- *Dan o esperara duas +e7es para in:ormar sobre acidentes com *+a. 8 O 4ue aconteceu desta +e7J *la trope2ou- caiu ou 4uebrou algum ossoJ 8 *+a est6 bem 8 assegurou o primeiro ca+aleiro- para alC+io de Connal. Por.m- logo o alC+io deu lugar @ e;trema preocupa23o. 8 *stou apreensi+o com o 4ue penso 4ue ela est6 :a7endo 8 continuou *Dan- sobressaltado e :alando ner+osamente. 8 *+a escapou da +igilNncia de Keddy e 1omhall- e eles n3o conseguiram mais encontr68la. *u creio 4ue sei onde ela est6- mas n3o podia 4uestion68la. #lynis me disse 4ue metade da mobClia do 4uarto desapareceu- e *+a :oi +ista carregando coisas. *u acabei dispensando Keddy e 1omhall de procur68la- com receio de 4ue terminassem +endo o 4ue era melhor 4ue n3o +issem. Como n3o podia :alar com *+a- tentei achar 9agaidh para pedir 4ue a+eriguasse- mas- para piorar as coisas e me dei;ar mais preocupado- tamb.m n3o a encontrei. %?nal- considerei melhor esper68lo +oltar para contar o 4ue se passa. Sinto incomod68lo. $3o sei se estou agindo corretamente- meu lorde- mas... 8 *Dan calou de repente- sem terminar o 4ue di7ia. 8 O 4ue :oi- meu amigoJ 8 intercedeu Connal- sem conseguir compreender tudo 4ue o cunhado tenta+a e;plicar. 8 0ocF parece t3o cansado e desanimado. 8 O por causa de sua esposa 8 desaba:ou *Dan. 8 *la +ai acabar me matando de susto com seus acidentes e as coisas 4ue :a7. >uase so:ri um ata4ue do cora23o ao +F8la cair da escada no sal3o- e o mesmo sucedeu com o acidente depois do casamento. %gora- ela ludibriou dois ca+aleiros esta noite- e desapareceu. *u me sinto cansado como se hou+esse en+elhecido de7 anos depois 4ue ela chegou a4ui. 8 %calme8se- meu bom homem 8 disse Connal- colocando a m3o sobre o ombro do ca+aleiro. 8 !espire- rela;e e conte e;atamente o 4ue aconteceu. *Dan suspirou- e ent3o recome2ou a :alar- de modo mais pausado. 8 *+a desapareceuE procuramos por todo o castelo- sem conseguir encontr68la. *u 56 come2a+a a temer 4ue ti+esse caCdo num po2o- ou 4ue hou+esse sido raptada- e n3o tinha id.ia de como :aria para lhe dar uma notCcia desse tipo. $o entanto- antes de me con:ormar com seu desaparecimento- pensei 4ue ela podia estar em seu 4uarto secreto. %o chegar no topo da escada- eu a +i entrando pela passagem- mas n3o consegui alcan268la antes 4ue a porta :echasse. Connal ?tou com gratid3o o cunhado e amigo de tantos anos- reconhecendo seu estado de ansiedade e cansa2o. %?nal- o sol ia raiar dali a pouco- e o pobre homem n3o ha+ia deitado ainda- algo desaconselh6+el para algu.m com mais de sessenta anos. 8 0ocF necessita descansar 8 aconselhou Connal- em tom amistoso. 8 O- acho 4ue estou ?cando +elho... 8 *Dan suspirou. 8 1e modo nenhum. $3o se trata disso- meu amigo. *st6 cansado no momento- e . tudo. $3o se preocupe com *+a- eu a encontrarei e :alarei com ela. >uanto a minha m3e- tamb.m n3o h6 moti+o para se preocupar. *la n3o esta+a no castelo por4ue +eio ca+algar conosco 42 esta noite. %gora me acompanhe- e lhe mostrarei como abrir a passagemE pois se +ocF soubesse :a7F8lo- teria ido dormir mais cedo. 1epois de saCrem da saleta- Connal condu7iu o cunhado para o andar superior- rumo ao corredor no 4ual se locali7a+a a passagem s2creta. *nt3oE ensinou *Dan a abri8la- e :e7 4uest3o 4ue *Dan tentasse so7inho duas +e7es- para se certi?car de 4ue seu primeiro ca+aleiro sabia 4uais pedras de+iam ser pressionadas. 1epois de ter certe7a de 4ue ele aprendera a mane5ar a porta secreta- Connal o incitou a ir deitar8se- pedindo8lhe 4ue rela;asse e dei;asse de lado a apreens3o. Connal permaneceu no corredor- obser+ando *Dan- seu +aloroso aliado- a:astar8se. !eBetiu acerca do tipo de +ida 4ue sua nature7a o obriga+a a ter. %ileen n3o reagia t3o se+eramente ao sol 4uanto 9agaidh e ele pr,prio- e por isso podia passar os dias dentro do castelo- desde 4ue as cortinas esti+essem :echadas. Connal- contudo- n3o ti+era tanta sorte& a lu7 do dia o 4ueima+a- dei;a+a doente e chegaria a mat68lo caso se e;pusesse por muito tempo. ma carruagem especial ti+era de ser preparada para le+6lo na +iagem para a corte- e Connal se +iu obrigado a in+entar ra7Aes para recusar os con+ites 4ue en+ol+essem ati+idades durante o dia. %?nal- ele tornou a abrir a porta secreta e a+an2ou pela passagem escura como breu. %o entrar- por.m- Connal ou+iu um ruCdo +indo do corredor l6 :ora- e +oltou8se para +er se algu.m o obser+a+a. *ntretanto- ao encontrar tudo 4uieto e deserto- concluiu 4ue de+ia ter ou+ido o estalido da porta do 4uarto de %ileen- :echando8se 4uando *Dan entrou no aposento. Sem dar mais aten23o ao incidente- caminhou de no+o pela passagem e :echou a porta. Captulo X Connal a encontrou resmungando por n3o conseguir acender a lareira. %gachada e ocupada- *+a n3o notou 4ue o marido ha+ia entrado- e Connal resol+eu inspecionar as mudan2as no 4uarto antes de re+elar sua presen2a. "n<meras almo:adas repousa+am contra a cabeceira do leitoE o ch3o esta+a coberto com tapetes- e ha+ia +6rios casti2ais com as +elas acesas. *+a tamb.m trou;era as duas poltronas de seu 4uarto= *ra di:Ccil compreender como pudera transportar tudo so7inha- e sem chamar aten23o. 9eneando a cabe2a- ele te+e de admitir a realidade& a esposa se instalara em seu 4uarto- o 4uarto 4ue sempre :ora s, dele= Surpreso- Connal pensou 4ue tal possibilidade n3o lhe ha+ia ocorrido. Seus pais usa+am 4uartos separados- apesar de ob+iamente passarem momentos 5untos- caso contr6rio ele e %ileen n3o e;istiriam. Tanto 4uanto recorda+a- seu pai- sendo humano- dormia @ noite- e 9agaidh dormia durante o dia para proteger8se do sol. Os dois se encontra+am 4uando o dia termina+a- 5anta+am 5untos e :a7iam companhia um ao outro at. seu pai deitar- e tal+e7 9agaidh o +isitasse no leito antes do sol raiar. Connal supunha 4ue o mesmo ocorreria entre ele e *+a- mas pelo +isto sua esposa tinha outras inten2Aes. %o +er a trans:orma23o do 4uarto- era impossC+el n3o admitir 4ue o aposento se tomara aconchegante e agrad6+el- di:erente do ambiente est.ril no 4ual dormira durante os 4uase <ltimos sessenta anos. 1e?niti+amente- ele se sentia casado agora. 8 Com os diabos= G6 4ueimei o dedo e a lenha ainda n3o pegou :ogo= 8 reclamou *+a de repente. . Connal sorriu ao ou+i8la- e reconheceu 4ue estar casado n3o era t3o ruim. *+a o :a7ia rir- algo a 4ue n3o esta+a habituado- e descobrira ser agrad6+el. *le se di+ertia muito 4uando con+ersa+am ou durante as partidas de ;adre7- e era impossC+el negar 4ue sua esposa ?ca+a ador6+el agachada no ch3o- com o cabelo desarrumado e o +estido amarrotado por causa do trabalho de decora23o. Connal :echou a porta- e ent3o cru7ou o 4uarto para encontr68la. 43 8 % lareira est6 se recusando a cooperarJ 8 0ocF 56 +oltou= 8 e;clamou *+a- le+ando um susto 4ue- agachada como esta+a- a dese4uilibrou e obrigou a apoiar a m3o no ch3o para n3o cair. 8 Sim 8replicou Connal- sorrindo. *+a retribuiu o sorriso- mas ent3o se ergueu rapidamente- tentando a5eitar o cabelo e o +estido. 8 *u pretendia me arrumar para aguard68lo. 8 *st6 ,tima assim 8 assegurou ele- apro;imando8se e tomando a iniciati+a de acender o :ogo. 8 O 4ue achou do 4uartoJ 8 perguntou *+a- um pouco irritada ao +er 4ue Connal :a7ia num instante o 4ue ela n3o lograra em +6rios minutos. 8 O 4uartoJ 8 ele olhou ao redor. 8 Parece8me mais agrad6+el. *+a :ran7iu a sobrancelha- tentando interpretar o coment6rio do marido& a4uelas pala+ras indica+am 4ue ele apreciara as mudan2as ou n3oJ Connal- por.m- n3o lhe deu tempo para chegar a uma conclus3o- pois a ergueu do ch3o de repente e a carregou para o leito. 8 'ora de ir para a cama 8 anunciou ele. 89as n3o estou cansada 8 retrucou *+a. 8 1ormi um pouco durante a madrugada. 8 Se dormiu durante a madrugada- 4uando :e7 as mudan2as ent3oJ 8 disse Connal- 4ue continua+a a segur68la no colo. 8 Logo ap,s o 5antar- 4uando +ocF saiu para ca+algar com os homens. $um instante tudo ?cou pronto- e ent3o deitei para descansar. %dormeci- e terminei acordando pouco antes de +ocF chegar. Por isso agora estou sem sono. 8 Utimo 8 a+aliou Connal- colocando8a sua+emente sobre a cama. 8 Por4uFJ 8 Por4ue +oltei a tempo de :a7F8la se cansar para 4uerer dormir... 8 e;plicou Connal- 56 abrindo o cinto. *+a ergueu o rosto e se certi?cou de 4ue o marido adormecera. *la gostaria de ter adormecido tamb.m- mas n3o sentia sono. *les ha+iam :eito amor de :orma energ.tica durante um longo tempo- mas ela n3o se cansaraE pelo contr6rio- sentia8se re+igorada- como se os momentos de pai;3o hou+essem tra7ido +italidade. Com cuidado para n3o acord68lo- *+a ergueu o bra2o de Connal- 4ue ainda a abra2a+a- e ent3o saiu do leito. %gora era agrad6+el caminhar descal2a por ali- e a id.ia de tra7er os tapetes :ora de :ato bastante boa. ma <nica +ela ainda 4ueima+aE o :ogo da lareira se e;tinguira- e s, resta+am brasas. %pesar da pouca lu7- *+a pre:eriu n3o acender outras +elas e caminhou at. a poltrona para pegar o roup3o a7ul8escuro. *la agora possuCa um sortido guardaroupa- do 4ual consta+am trFs roupAes e +6rias camisolas de seda. %o +estir o roup3o- *+a pensou 4ue gostaria de tomar um banho- mas certamente o dia ha+ia acabado de nascer- e os criados ainda de+iam estar tomando o des5e5um. Cedo demais para 4ue se ocupem comigo- ela decidiuE e resol+eu esperar um pouco antes de +oltar para seu antigo 4uarto- chamar #lynis e pedir 4ue preparassem seu banho. "ncerta do 4ue :a7er para passar o tempo- ela olhou ao redor e deparou com o +estido 4ue 5a7ia sobre o ch3o. %4uele era um de seus +estidos no+os- apesar de n3o parecer no momento- pois esta+a su5o e amarrotado por causa do transporte dos ob5etos. Caminhou at. ele- e 4uando se inclinou para recolher a roupa- notou 4ue uma manga se rasgara- tal+e7 44 por ter enganchado em algo sem 4ue ela percebesse. Consertarei isto en4uanto espero- pensou *+a- e se dirigiu para o canto oposto- onde depositara a cesta de costura. *sta+a bem mais escuro ali- e ela mal conseguia en;ergar a cesta de +ime. O melhor seria ir buscar a +ela- para ent3o escolher a linha e a agulha. >uando se +ira+a para +oltar- *+a notou 4ue a porta do 4uarto se abria de+agar. Te+e um sobressalto. >uem poderia estar chegandoJ Connal dissera 4ue apenas 9agaidh- %ileen e *Dan conheciam a e;istFncia da passagem secreta- al.m dela pr,pria- naturalmente- mas era impro+6+el 4ue 4ual4uer um dos trFs entrasse sem bater. !eceosa- ela se encostou @ parede de maneira 4ue as sombras a en+ol+essem. Por sorte- o roup3o escuro dissimula+a sua presen2a e a a5udaria a passar despercebida. Prendendo a respira23o- *+a aguardou im,+el e no mais absoluto silFncio en4uanto a porta termina+a lentamente de abrir. %lgo estranho se passa+a ali- e sua intui23o di7ia 4ue 4uem chega+a n3o +inha com boa inten23o. >uando a porta en?m se abriu- seu cora23o 4uase saiu pela boca 4uando ela +iu o homem da capa entrar- silencioso e sorrateiro. Ou ao menos se trata+a de um homem 4ue usa uma capa- como o +ulto da noite passada= >uando a ?gura come2ou a caminhar para o leito onde Connal dormia- inde:eso e sem suspeitar de nada- *+a recordou o 4ue o marido contara sobre os atentados 4ue so:rera- e soube- sem d<+ida- 4ue presencia+a mais um deles. O pior era 4ue mesmo 4ue Connal acordasse agora- a sonolFncia n3o lhe permitiria reagir antes de o intruso atacar. Tinha de :a7er alguma coisa& 9as o 4uFJ Suando :rio- *+a olhou ao redor- tentando encontrar um ob5eto 4ue pudesse usar como arma. O tabuleiro de ;adre7J m casti2alJ $ada parecia ser ade4uado- e a poltrona era pesada demais para ela atirar sobre o estranho. Cada +e7 mais aBita- ela por ?m se +irou para a lareira e notou um peda2o de lenha 4ue 56 n3o 4ueima+a- mas cu5a ponta em brasa relu7ia- +ermelha. Leli7mente a4uela lenha :ora mal colocada- e a outra ponta repousa+a sobre o ch3o- de:ronte @ lareira. *ra per:eito- pensou *+a. $3o ha+ia ob5eto melhor para usar como arma no momento. Sem pensar duas +e7es- ela saltou do canto onde se escondia- correu e agarrou a madeira pela ponta 4ue se pro5eta+a para :ora. *m pNnico- percebeu 4ue n3o teria tempo de alcan2ar o estranho antes 4ue ele atacasse- pois o +ulto 56 erguia a espada- e pela posi23o em 4ue se encontra+a- era +isC+el 4ue tenciona+a des:echar um golpe no pesco2o de Connal e decepar8 lhe a cabe2a. $um impulso- *+a soltou um grito tremendo en4uanto cru7a+a o 4uarto- empunhando a lenha com a ponta em brasa para acertar o estHmago do assassino. O grito despertou Connal- um som de medo e :<ria animal 4ue o :e7 acordar com os sentidos imediatamente alertas. Com o canto dos olhos- ele notou 4ue *+a ataca+a um intruso usando lenha em brasa. Sua a23o n3o :oi su?ciente para impedi8lo de des:echar o golpe com a espada- mas ser+iu para 4ue a lNmina se des+iasse e atingisse o estHmago de Connal em +e7 do pesco2o. *le ainda se es4ui+ou rolando para o lado- mas o :rio metal cortou8lhe pro:undamente a barriga antes 4ue ele despencasse para :ora do leito. *m meio @ dor lancinante- Connal comprimiu a m3o contra o corte- sentindo o sangue 5orrar entre os dedosE mas o 4ue de :ato o preocupa+a era *+a- 4ue en:renta+a o intruso. Sua pe4uena e :r6gil esposa luta+a para sal+ar suas +idas na4uele e;ato momento= Tinha de a5ud68la= Connal retirou a m3o 4ue comprimia o :erimento e se apoiou na beirada da cama- tentando se erguer. Seus olhos imediatamente se dirigiram para onde *+a e o intruso de+iam estar lutando- mas n3o ha+ia ningu.m ali- e a porta do 4uarto esta+a escancarada. 8 Connal 8 gritou *+a- surgindo de s<bito a seu lado. 8 0ocF est6 sangrando= 45 8 $3o . pro:undo 8 ele mentiu ao ou+ir o tom desesperado da esposa. %o +irar8se para ?t68la- Connal percebeu 4ue *+a segura+a a lenha com a ponta em brasa. 1epois de hesitar um bre+Cssimo instante- ela pu;ou o len2oT e o passou para o marido. 8 Pressione isto contra o :erimento. 0oltarei num instante. Connal pressionou o tecido contra o machucado- tentando estancar o sangue en4uanto *+a corria para a porta. Temendo 4ue ela :osse buscar a5uda e encontrasse o assassino na passagem- Connal abriu a boca para gritar 4ue esperasse- mas tornou a :ech68la 4uando *+a bateu a porta em +e7 de sair. %inda segurando a brasa- ela correu at. uma das cadeiras- arrastou8a e S?;ou8a por bai;o da ma2aneta- de modo a impedir 4ue a porta :osse aberta outra +e7. %pesar da urgFncia da situa23o- um sorriso iluminou os l6bios de Connal& ele ?7era bem ao escolher *+a para esposa= *la n3o somente ti+era a coragem de se arriscar para de:endF8lo como era perspica7 o bastante para impedir um segundo ata4ue. ma mulher admir6+el. 1epois de se certi?car 4ue a porta se manteria presa pelo lado de dentro- *+a :oi @ lareira- atirou o ti23o de lenha no :ogo e correu na dire23o do marido. 8 1ei;e8me +er o :erimento 8 ela pediu- a5oelhando8se a seu lado e 56 retirando o len2ol das m3os de Connal en4uanto :ala+a. Lraco e um pouco tonto- Connal n3o resistiu e a dei;ou seguir adiante. O :erimento era pro:undo- e o sangue continua+a 5orrando. Seu corpo repararia o machucado- mas a energia consumida para :a7F8lo o dei;aria :r6gil. 8 '6 tanto sangue= 8 disse *+a. Connal reconheceu pa+or e aBi23o na +o7 da esposa. Tamb.m ele tinha medo no momentoE n3o por si pr,prio- mas por ela. 8 0ocF tem de ir embora. 8 O 4uFJ 8 *la ergueu o rosto e mirou8o- perple;a. 8 Tenho de estancar o sangramento= 8 1e+e sair da4ui agora mesmo= 8 insistiu Connal- tentando empurr68la- mas seu to4ue era :raco e *+a simplesmente o ignorou. 8 Ordeno 4ue +6 embora= 8 Pode ordenar o 4uanto 4uiser- mas n3o o dei;arei en4uanto n3o estancar esta hemorragia 8 respondeu *+a com ?rme7a. Surpreso- Connal a ?tou- incapa7 de acreditar 4ue sua doce e ador6+el mulher se dirigisse a ele de modo t3o petulante. % esposa n3o de+eria obedecer o maridoJ $3o era isso 4ue prometia ao casarJ 8 0ocF tem de deitar 8 continuou *+a- pondo8se em p. para a5ud68lo. Com os diabos- pensou Connal 4uando ela come2ou a erguF8lo com :or2a insuspeitada. Tal+e7 a maneira mais r6pida de conseguir tir68la dali :osse :a7er o 4ue ela manda+a. %poiando8se na cama- Connal se ergueu com a a5uda da esposa e a?nal conseguiu estirar8se no leito. *ntretanto- sua esperan2a de 4ue *+a :osse embora em busca de a5uda se :rustrou 4uando ela se a:astou apenas para apanhar os casti2ais- tra7F8los para perto da cama e acender todas as +elas. %p,s conseguir mais lu7- *+a se debru2ou e tornou a e;aminar o :erimento. 8 $3o . t3o ruim 4uanto me pareceu a princCpio. % espada :eriu somente a pele e a carne 8 disse ela- surpresa. 8 9as ha+ia tanto sangue= 8 acrescentou- pensati+a. 8 *+a 8 murmurou Connal- lutando contra o instinto 4ue o consumia. O :erimento era pro:undo 4uando ela o e;aminara pela primeira +e7- mas seu corpo 56 come2a+a a cicatri7ar e curar a si mesmo. O sangramento estancaria em bre+e- a :erida :echaria totalmente e em poucas horas n3o ha+eria marca do ocorrido. Tudo isso se de+ia @ sua nature7a- @ descendFncia sanguCnea 4ue herdara da m3e e 4ue o brindara com dons mara+ilhosos& uma 46 +ida prolongada- resistFncia @ doen2a e a capacidade de se regenerar de :erimentos com rapide7. 9as estes dons miraculosos tinham um custo- e ele n3o 4ueria 4ue *+a pagasse este pre2o. 8 *+a- +ocF de+e ir agora= 8 0ocF . :orte 8 comentou ela- sem dar ou+idos ao 4ue o marido di7ia- mesmo por4ue ele o :a7ia em tom :raco e sem +eemFncia. Connal necessita+a beber sangue o 4uanto antes para conseguir se recuperar- e sua sede 56 se torna+a insuport6+el. 8 O corte n3o :oi pro:undo- mas tem de ser :echado 8 *+a constatou- sem saber a luta interior 4ue o consumia. $o instante seguinte- ela correu a recolher a cesta de costura no canto do 4uarto e a trou;e para perto da lu7- e passou a procurar agulha e linha ade4uadas para costurar o :erimento do marido. "mpotente- Connal aguardou at. 4ue *+a se sentasse na beira do leito- agora munida das coisas de 4ue precisa+a. 8 Poderia 5urar 4ue o :erimento est6 ainda menor8disse ela 4uando +oltou a a+aliar o corte- mas desta +e7 meneou a cabe2a- como se dissesse uma tolice. 8 $3o ser6 necess6rio :a7er isso 8 assegurou Connal- num murm<rio impotente e tocando a m3o da esposa para impedi8la de prosseguir. 8 0ocF parece di:erente... 8 *+a estreitou os olhos para ?t68lo. Connal nada respondeu- consciente de 4ue de+ia estar com uma aparFncia :raca- e de 4ue seus olhos castanhos 56 de+iam ter perdido o brilho- trans:ormando8se num doentio amarelo. 8 *st6 muito p6lido= 8 *+a declarou- e ent3o se calou- tentando encontrar uma e;plica23o para o 4ue testemunha+a. 8 *stou p6lido por4ue perdi muito sangue 8 completou ConnaT- sabendo 4ue ela se con:ronta+a com um enigma 4ue n3o conseguia compreender. 8 Sim 8 retrucou *+a- tentando sorrir- por.m sem sucesso- e :a7endo Connal suspeitar 4ue ela percebia 4ue algo 4uase incontrol6+el o domina+a. 8 $ecessita comer e repousar para se recuperar. 8 Tenho necessidade de sangue. Connal n3o poderia ter sido mais claro- nem ter se e;pressado de modo mais simples. *+a o ?tou calada por um instante- e ent3o abai;ou o olhar para o :erimento- 4ue parecia cicatri7ar no momento mesmo em 4ue ela obser+a+a. 8 0ocF se cura mais rapidamente 4ue n,s 8 disse ela por ?m. *+a tamb.m se e;pressara de maneira simples- e mostra+a 4ue agora compreendia o 4ue ocorria. 9ais 4ue isso- ela passa+a a admitir tudo 4ue lutara para n3o aceitar& os rumores- a suposta alergia ao sol do marido- a :erida 4ue :echa+a em minutos. O :ato de 4ue %ileen en+elhecesse com mais rapide7 a con:undira- mas a s<bita compreens3o da +erdade se estampa+a no modo como acabara de :alar& +ocF se cura mais rapidamente 4ue n,s. % :rase era conclusi+a- e mostra+a 4ue ele n3o era como ela- ao menos n3o totalmente como ela. Connal se acostumara a ser distinto dos homens comuns- mas ou+ir a4uela +erdade estampada nas pala+ras e na :ace da esposa o :eria mais 4ue o golpe da espada- e para tal :erimento n3o ha+ia recupera23o instantNnea. 8 0ocF n3o tem almaJ 8 perguntou *+a- em tom 4uase ap6tico. Connal sabia 4ue ela toma+a uma decis3o interior na4uele momento- uma decis3, 4ue inBuiria no :uturo de ambos- e somente podia ter a esperan2a de 4ue ela n3o se retraCsse em horror. 47 8 $3o sou um morto8+i+o- uma criatura sem alma 8 esclareceu Connal. 8 Sou apenas di:erente. 8 9as n3o suporta a lu7 do sol- n3o .J 8 perguntou *+a como se 56 soubesse a resposta. 8 Suporto o sol algum tempo- mas me torna doente e aumenta minha necessidade de sangue. 8 0ocF mata a4ueles com os 4uais... 8 ela n3o conseguiu terminar de di7er o 4ue pensa+a. 8 9e alimentoJ 8 completou Connal. 8 $3o. $3o preciso :a7F8lo- da mesma maneira 4ue n3o necessitamos e;terminar a cabra 4ue nos alimenta com leite. %gora pe2o 4ue saia da4ui- pois meu instinto me pede para beber sangue. *u perdi sangue demais- e n3o serei capa7 de me recuperar se n3o me... alimentar. *sta sede . mais :orte do 4ue posso controlar. *+a des+iou o olhar um instante- e uma e;press3o introspecti+a se desenhou em seu rosto- como se tentasse tomar uma decis3o. %?nal- ela se +irou e o encarou. 8 06 em :rente- meu lorde. Tome o 4ue necessita 8 disse ela- o:erecendo o pulso. Connal ?cou con:uso com tais pala+ras- sentindo8se mais impotente 4ue nunca. Tomar o 4ue necessitoJ *le necessita+a seu sangue- mas 5amais o tomaria- ao menos n3o da4uela maneira. Como poderia enterrar os dentes no pulso da esposa e beber8lhe o sangue en4uanto ela obser+aJ *le n3o suportaria 4ue *+a o +isse como um animal. "ncerto- pegou em sua m3o e a bei5ou com sua+idade- tentando n3o :a7er conta do lC4uido +ital 4ue corria sob a pele al+a- lC4uido do 4ual ele tanto precisa+a. *+a reagiu com um doce murm<rio- demonstrando 4ue a consciFncia rec.m8ad4uirida sobre 4uem ele era n3o a :a7ia sentir asco ou horror& ela aceita+a seu to4ue como sempre- e n3o se retraCa. $um impulso- Connal come2ou a bei5ar8lhe o bra2o- criando uma trilha de :ogo 4ue a :e7 soltar outro murm<rio de pra7er. $um impulso- Connal ergueu o tronco- colocou a m3o na nuca de *+a e a pu;ou de+agar- at. seus l6bios se encontrarem. *+a reagiu com a pai;3o e entrega costumeiras- e ent3o o abra2ou- e os dois come2aram a se bei5ar de modo intenso e pro:undo. "ncapa7 de se controlar- Connal passou a acariciar8lhe a perna- e em bre+e introdu7ia a m3o sob o +estido e a toca+a no centro de sua :eminilidade- :a7endo8a soltar um suspiro antes de se retrair e a:astar seu bra2o. 8 0ocF est6 :erido 8 disse ela. 8 Ieba meu sangue. Connal ?cou calado um instante- mas a?nal pareceu tomar uma decis3o. 8 Ter6 de me a5udar- minha esposa. 8 %5udarJ 8 Sim. 8 Connal +oltou a bei568la e prosseguiu com o to4ue 4ue ela tentara recusar. 1esta +e7 *+a n3o o re5eitou- e se entregou @ carCcia do marido. 8 Tire o roup3o 8 pediu Connal. *+a abriu o roup3o sem parar de bei568lo- e ent3o a:astou o rosto um momento- para acabar de se desnudar. 8 Sente8se sobre mim8continuou Connal- estirando8se sobre o leito. Surpresa- *+a hesitou um segundo- mas :e7 o 4ue ele pedia- e seu corpo imediatamente reagiu com mais e;cita23o e calor. Connal a ?ta+a- mas cerrou os olhos 4uando *+a se sentou sobre ele- com os 5oelhos apoiados sobre o leito. Presas da mesma pai;3o e dese5o- ela se a5ustou sobre o corpo do marido- at. 4ue se tornaram um s, corpo. 48 1essa +e7- :oi *+a 4uem passou a se mo+er e apro:undar o contato. "nstinti+amente- *+a inclinou o tronco de repente- e passou a bei568lo na boca sem parar de se mo+er. Connal colocou as m3os na parte posterior de suas co;as- a5udando8a e incitando8a a seguir com a dan2a dos amantes- 4ue agora toma+a conta de ambos e se desen+ol+ia em mo+imentos cada +e7 mais penetrantes. Presos numa espiral de intensidade crescente- *+a subitamente parou de bei568lo e tomou a erguer o tronco- passando a mo+imentar8se com mais rapide7. Por um momento- ela lembrou do 4ue h6 pouco soubera sobre a nature7a do maridoE mas isso lhe pareceu irrele+ante- e ela se entregou com pai;3o redobrada- tal+e7 por4ue 56 n3o e;istissem +erdades obscuras ou n3o re+eladas entre os dois. *la o aceita+a como ele era- e lhe daria o 4ue ele necessita+a. * assim os amantes prosseguiram- at. se apro;imarem do F;tase simultNneo. 1esta +e7- por.m- algo se passou di:erente& 4uando *+a atingiu o clCma; e chamou o nome do marido- num grito 4uase desesperado- ele a mordeu no pesco2o- ao mesmo tempo 4ue era tomado por uma con+uls3o org6stica. *+a sentiu um bre+e instante de dor 4uando os dentes do marido se enterraram como agulhas em sua carne- mas ent3o o pra7er e;plodiu dentro dela- num 6pice t3o pro:undo e longo como ela 5amais e;perimentara. Captulo XI 8 *+a sal+ou sua +ida 8 disse 9agaidh de modo solene. 8Sim.8 Connal bai;ou os olhos para o +inho @ sua :rente. *+a sal+ara sua +ida duas +e7es& primeiro ao atacar e a:ugentar o intruso 4ue in+adira o 4uarto secreto- e depois o:erecendo o pr,prio sangue para 4ue ele se recuperasse. Caso n3o o ti+esse :eito- Connal n3o sabia ao certo se conseguiria sobre+i+er at. o sol se esconder- para poder ent3o sair e obter o alimento +ital de 4ue necessita+a para se curar. Perturbado- ele passou a m3o entre os cabelos- num gesto agitado. 1urante toda a sua +ida- Connal soubera 4ue era mais :orte 4ue a maioria dos 4ue o circunda+am. Por causa disso- ele admitia considerar a si pr,prio como superior. $a noite passada- por.m- ele :ora o :raco. Sua +ida dependera de uma mortal- e tal :ato o assusta+a. 8 *+a te+e sorte em n3o se :erir 8 murmurou %ileen- e ent3o :ran7iu a sobrancelha- como se reconsiderasse o 4ue acaba+a de di7er. 8 *la n3o est6 :erida- n3o .J Por 4ue n3o desceu para 5antarJ 8 *la est6 bem 8 assegurou Connal- com a esperan2a de 4ue realmente assim :osse. *le n3o pretendera beber muito do sangue da esposa- apenas o su?ciente para mantF8lo +i+o at. o cair da noite- 4uando poderia sair em busca do 4ue necessita+a. Contudo- Connal se perdera no F;tase do momento e consumira mais sangue do 4ue pretendia a princCpio. $a +erdade- ele somente parou de :a7F8lo ao sentir *+a des:alecer em seus bra2os. % lucide7 lhe +oltou de repente- e ao a:astar o rosto e +er a :ace p6lida da esposa desmaiada- Connal compreendeu o 4uanto ela era importante. %turdido- ele a pu;ara de encontro ao peito para abra268la com amor. *+a lutara para con4uistar um espa2o no castelo 9ac%die- e sem perceber terminara con4uistando um lugar no cora23o de Connal. $a4uele momento ele compreendeu 4ue a ama+a- e a consciFncia desse sentimento le+ou8o a permanecer desperto por muitas horas. %o acordar- 4uando o sol acaba+a de se esconder- Connal ainda a abra2a+a pelas costas- sentindo o corpo :r6gil da esposa encolhido de encontro ao seu. *+a continua+a p6lida- mas menos 4ue antes- e murmurou seu nome sonolenta 4uando ele lhe acariciou a :ace. *la esta+a se recuperando- pensou Connal- ali+iado. 1ecidiu dei;68la descansando en4uanto se +estia para sair com os ca+aleiros. . Consciente de 4ue esta+a :raco demais para se de:ender caso tornasse a ser atacado antes 49 de se nutrir- Connal tran4Kili7ou8se ao deparar com *Dan- 1onaidh- #eordan- Keddy- 1omhall e !agnall sentados na longa mesa do sal3o. %4ueles homens mereciam e tinham toda a sua con?an2a- e eles o acompanhariam na e;curs3o noturna. >uando retomaram ao castelo- algumas horas depois- Connal rumou direto para o 4uarto secreto a ?m de +er a esposa. Como *+a seguisse dormindo- ele :oi @ co7inha pedir a *Pe 4ue preparasse uma re:ei23o- pois comer era t3o necess6rio 4uanto repousar- para 4ue sua esposa repusesse o lC4uido +ital 4ue lhe o:erecera. *le mesmo le+aria a re:ei23o. Por.m- en4uanto espera+a- Connal :oi ao sal3o- onde as mulheres o aguarda+am @ mesa. 8 Como ser6 4ue o intruso conseguiu abrir a passagemJ 8 indagou 9agaidh depois de ele contar o 4ue ha+ia passado- e como *+a o sal+ara. 8 Tal+e7 tenha obser+ado escondido 4uando eu e;plica+a a *Dan 8 opinou Connal- lembrando do ruCdo 4ue ou+ira antes de entrar na passagem. $a4uele momento- ele pensara ter ou+ido o som da porta do 4uarto de *Dan :echando- mas agora a+alia+a 4ue o ruCdo :ora pr,;imo demais para ter sido produ7ido pela porta do 4uarto do cunhado. 'a+ia +6rios aposentos na4uele longo corredor- muitos desocupados- aguardando os ?lhos 4ue ele espera+a ter no :uturo. 8 9elhor colocarmos uma sentinela no corredor 8 disse 9agaidh com ar preocupado. 8 G6 desta4uei dois homens para :a7F8lo 8 assegurou Connal- consciente de 4ue sua m3e dormia no outro 4uarto 4ue se atingia pela escura passagem. * ele iria al.m& decidira 4ue dois ca+aleiros acompanhariam *+a o tempo todo para garantir sua seguran2a en4uanto esti+esse acordada- e dois manteriam guarda na entrada de seu aposento caso ela resol+esse descansar durante o dia. 8 9eu lordeJ Connal se +irou ao ou+ir o chamado- e uma id.ia lhe ocorreu ao deparar com #lynis tra7endo a bande5a com a re:ei23o& sua esposa ha+ia sal+ado sua +ida- e ele dese5a+a presente68la com algo 4ue apreciasse. 8 #lynisJ 8 Sim- meu senhor 8 respondeu a 5o+em ama. 8 >uero presentear minha esposa com alguma coisa de seu agrado. Tal+e7 ela tenha mencionado algo 4ue gostaria de terJ 8 indagou Connal- sentindo8se culpado por n3o saber ele mesmo o 4ue a esposa gostaria de possuir. 1epois de pensar longamente- #lynis a?nal recordou algo. 8 % <nica coisa 4ue ela mencionou 4ue lhe :a7 :alta . a 6gua. 8 VguaJ 8 9agaidh disse- com interesse. 8 Sim. *la contou 4ue cresceu perto do mar e escapa+a para nadar 4uando tinha tempo- depois de terminar os a:a7eres. *u :alei sobre o lago a4ui perto- e ela disse 4ue gostaria de conhecF8lo algum dia. 8 $3o h6 nada mais 4ue ha5a mencionadoJ 8 insistiu Connal- :ran7indo a sobrancelha. 8 $3o- meu senhor 8 respondeu #lynis em tom de desculpas. 8 $ossa dama n3o :a7 4uest3o de nada especial. Connal meneou a cabe2a- concordando 4ue era +erdade. Sua esposa da+a mais +alor @s coisas simples da +ida do 4ue ao lu;o e :utilidades 4ue muitas mulheres de sua posi23o social alme5a+am- ele pensou- en4uanto toma+a a bande5a das m3os da 5o+em ama e partia. O to4ue sua+e da m3o na :ace de *+a a :e7 despertar- e ao abrir os olhos ela deparou com Connal sentado a seu lado no leito. 8 Como se senteJ 8 ele perguntou com um sorriso 4ue n3o escondia a preocupa23o. 50 8 Cansada 8 admitiu *+a- tamb.m tentando sorrir. 8 $3o conseguiu dormirJ 8 perguntou ela- con:usa com rela23o ao tempo. 8 G6 anoiteceu h6 muito 8 e;plicou Connal. 8 *u trou;e algo para +ocF comer- pois necessita se alimentar. Connal a a5udou a se recostar contra a cabeceira da cama- e :oi buscar a bande5a 4ue depositara sobre a mesa. *+a o obser+ou- notando 4ue ele acendera todas as +elas e o :ogo da lareira. m aroma delicioso de comida inunda+a o aposento- e seu estHmago roncou 4uando Connal pu;ou a mesa para perto e tomou a sentar a seu lado. Laminta- ela se es:or2ou para lembrar a <ltima +e7 4ue se alimentara- e de repente a mem,ria de tudo 4ue ocorrera lhe +oltou @ consciFncia& a :alta de sono- o intruso- o ata4ue- a maneira como ?7era amor com Connal e como o:erecera o pr,prio sangue para o marido se recuperar. 8 0ocF . um +ampiro= 8 e;clamou *+a de modo abrupto- e ent3o le+ou a m3o @ boca- como para se impedir de di7er outras coisas indese56+eis. Connal pareceu ?car tensoE uma sombra tur+ou seus olhos- e uma e;press3o estranha tomou conta de seu rosto. *+a percebeu 4ue ele esta+a apreensi+o. Connal 56 lhe e;plicara 4ue n3o era um ser maligno e sem alma- mas sim di:erente. *le tamb.m dei;ara claro 4ue n3o mata+a a4ueles com os 4uais sacia+a a sede 4ue n3o podia e+itar. Connal n3o era um assassino& continua+a sendo o ca+aleiro gentil e 5usto 4ue ela conhecia. %l.m do mais- era seu maridoE e ela reBetiu- com grande satis:a23o- 4ue pre:eria um marido +ampiro a um marido 4ue a tratasse mal e a agredisse ?sicamente. *+a respirou :undo- e notou 4ue Connal esta+a silencioso demais- apesar de a olhar como se algo o torturasse. 8 Se dese5a sair para... :a7er coisas- n3o se preocupe- posso ?car so7inha en4uanto me alimento 8 disse *+a com timide7- pensando 4ue tal+e7 Connal ti+esse necessidade de saciar sua sede. 8 Tenho pra7er em lhe :a7er companhia 8 ele respondeu- irritado. 8 0ocF tem de compreender 4ue n3o . um peso para mim. Por 1eus- +ocF sal+ou minha +ida duas +e7es esta manh3= Ser6 4ue ainda n3o se con+enceu do +alor 4ue possui- e de 4ue . uma pessoa especialJ 8 *u... 8 come2ou *+a- mas ent3o se calou ao sentir as l6grimas aBorando nos olhos. % +eemFncia com 4ue Connal :ala+a a surpreendia tanto 4uanto as pala+ras 4ue di7ia. Sim- ela sal+ara sua +ida atacando o in+asor- mas o :ato de lhe ha+er o:erecido o- sangue de 4ue precisa+a para se recuperar n3o era t3o e;traordin6rio- pois 4ual4uer pessoa teria :eito o mesmo. 8 0ocF . cora5osa- linda e inteligente- e eu n3o poderia ter uma mulher melhor. %t. um rei ?caria orgulhoso em tF8la como esposa= *stou :eli7 por ter lhe proposto o matrimHnio. 8 9esmo 4ue eu se5a atrapalhada e me en+ol+a em acidentes todo o tempoJ 8 Os acidentes :oram conse4KFncia de sua tentati+a de con4uistar um lugar a4ui- mas +ocF n3o percebeu 4ue isso n3o tinha a menor importNncia- pois possui um lugar 4ue . somente seu& +ocF . a senhora 9ac%die. 9inha esposa. *+a des+iou o olhar num impulso- sentindo um n, na garganta e o cora23o doer por alguma ra73o 4ue n3o compreendia. 8 Por 4ue des+ia o olharJ 0ocF me odeia agoraJ 8 perguntou Connal- consternado. 8 O 4uFJ 8 *+a parecia perple;a. 8 %gora 4ue sabe o 4ue eu souJ Pretende anular nosso casamento para se +er li+re de mimJ 0ai me pedir 4ue a le+e de +olta- pois pre:eria ser casada com um mortalJ *+a mostrou8se horrori7ada ao perceber a aBi23o do marido- e o 4ue lhe passa+a pela 51 cabe2a. Como ela seria capa7 de pensar em abandonar 9ac%dieJ Como poderia partir do <nico lugar onde a +alori7a+am e a trata+am com gentile7a e respeitoJ % id.ia de dei;ar 9agaidh- %ileen- *Dan e os outros ca+aleiros era terrC+el. Como abandonar as con+ersas 4ue tinha com Connal- as partidas de ;adre7 em :rente ao :ogo e os momentos de pai;3o e F;tase 4ue des:ruta+am 5untosJ Perder tudo isso seria pior 4ue morrer- pensou ela- sentindo o cora23o 4uase estourar de dor- e compreendendo subitamente 4ue o sentimento 4ue nutria pelo marido era mais 4ue a:eto ou o amor obrigat,rio 4ue uma esposa de+esse ter pelo marido. *la ama+a Connal= Loi por esse moti+o 4ue n3o se importou em arriscar a pr,pria +ida para impedir 4ue o intruso roubasse a +ida dele. O amor lhe dera :or2as para atacar o assassinoE e esse mesmo amor a impedira de agir com repulsa ao tomar conhecimento de 4ue seu marido era de :ato um +ampiro. O gigantesco sentimento 4ue lhe inunda+a o cora23o era su?ciente para 4ue ela entregasse a pr,pria +ida para sal+68lo- e a toma+a capa7 de aceit68 lo- :osse ele o 4ue :osse. 8 $3o 8 disse *+a en?m. 8 $3o pretendo anular nosso casamento. 0ocF . meu marido. Connal a obser+ou por um instante- calado- sem 4ue seus olhos perdessem o brilho intenso- pro:undo e torturado. 8 Por 4ue decide permanecer a meu lado agora 4ue sabe o 4ue souJ *+a :e7 men23o de responder- mas as pala+ras morreram em sua garganta. *la des+iou o olhar. 8 Se o :a7 por obriga23o- eu n3o aceitarei- *+a. Gamais suportarei 4ue minha mulher permane2a comigo por obriga23o- 4uando na +erdade me odeia- em seu Cntimo. 8 *u n3o o odeio. 8 *+a tornou a ?t68lo- e ent3o percebeu o medo 4ue brilha+a nos olhos de Connal- e 4ue ela conhecia t3o bem& o medo de ser re5eitado. *la passara a maior parte da +ida se acreditando indese5ada- e 5amais permitiria 4ue algu.m so:resse por se sentir da mesma :orma- muito menos o homem 4ue ama+a. *+a n3o dei;aria- nem mesmo por um segundo- Connal du+idar 4ue era dese5ado. *le tinha de saber o 4uanto era importante para ela. 8 *u te amo 8 *+a disse a?nal- encarando8o com de+o23o. % e;press3o de Connal se trans:ormou no momento em 4ue ele ou+iu tal declara23o. *le tomou a :ace de *+a entre as m3os e a bei5ou com ternura- murmurando pala+ras num dialeto 4ue ela desconhecia- mas soa+am como pala+ras de amor. Subitamente- Connal parou de bei568la e a:astou o rosto. %inda segurando8lhe a :ace- olha+a8a como se tentasse memori7ar cada detalhe de seu rosto. 8 0ocF me ama de +erdade- *+aJ 8 *u te amo- Connal 9ac%die 8 respondeu ela- muito emocionada. 8 Com toda a :or2a de meu cora23o. 8 * eu tamb.m te amo- *+a 9ac%die= 8 % +o7 de Connal esta+a embargada pela emo23o. *le +oltou a bei568la- como 5amais a ha+ia bei5ado at. ent3oE e nesse ato se entregou por inteiro. 1e repente- outra +e7 Connal parou de bei568la e le+antou. 8 0ocF tem de se +estir- pois +amos sair 8 anunciou. 8 *scolha seu melhor +estido. 8 %onde +amosJ 8 O uma surpresa. *sta . uma noite especial- e tal+e7 a <ltima noite 4uente antes 4ue o +er3o se trans:orme em outono 8 ele a?rmou com e;cita23o- e caminhou para a porta. 8 Coma sua re:ei23o en4uanto pe2o a #lynis 4ue +enha encontr68la. *la ir6 ao antigo 4uarto buscar a roupa 4ue +ocF escolher. 8 *ncontrar8me a4uiJ 8 perguntou *+a surpresa. 8 *ste n3o . um 4uarto secretoJ 52 8 $3o . mais 8 disse Connal dando de ombros. 8 1e 4ue adianta mantF8lo secreto se o inimigo 56 o descobriuJ Connal abriu a porta- mas antes de sair ele parou- +irou8se e ent3o tomou a se apro;imar de *+aE tomou sua :ace entre as m3os outra W+e7- e a bei5ou com in?nita do2ura. 8 *u a +erei num instante 8 garantiu ele 4uando a?nal a:astou o rosto. $o momento seguinte- Connal partia- dei;ando *+a aturdida- mas com uma :elicidade t3o grande 4ue mal cabia em seu cora23o. 8 %onde +amosJ 8 perguntou *+a pela d.cima +e7 desde 4ue partiram do castelo. 8 G6 +er6 8 replicou *Dan- parecendo se di+ertir. 1epois de #lynis a5ud68la a se +estir- *+a descera ao sal3o principal- onde *Dan a espera+a com a incumbFncia de le+68la at. Connal. *la seguiu o ca+aleiro para :ora dos muros da propriedade- onde dois ca+alos os espera+am. *Dan a a5udou a montar- e no instante seguinte eles adentra+am a escura Boresta com rochas e 6r+ores enormes 4ue rodea+am o castelo. $a +erdade- a Boresta parecia agora menos escura e assustadora do 4ue ela 5ulgara a princCpio- pois o luar brilha+a- iluminando tudo com uma lu7 prateada. *+a n3o hesitara em seguir o primeiro ca+aleiro- mas 4ueria saber para onde a le+a+a- ao menos para satis:a7er a curiosidade. *Dan- contudo- se recusa+a a responder- :a7endo8a crer 4ue era uma surpresa. *les en?m atingiram uma clareira @ beira de um lago sereno. !eBetida na 6gua- a lua parecia pro+er ainda mais claridade @ noite 4uente. Os insetos noturnos canta+am- e ao longe *+a ou+iu o pio de uma coru5a. 8 >ue lugar lindo 8 ela e;clamou- encantada. 8 Connal ?car6 :eli7 ao saber 4ue +ocF gostou 8 *Dan comentou com alegria- e :e7 os ca+alos pararem @ beira da 6gua. 8 1iga8lhe 4ue +oltarei mais tarde- como pediu 8 a+isou *Dan de repente- dando meia8+olta e partindo. 8 Onde est6 meu maridoJ 8 *+a perguntou- aBita ao se dar conta de 4ue *Dan a dei;ara so7inha. 8 %4ui 8 respondeu Connal- saindo por detr6s das 6r+ores e se apro;imando com um sorriso. *le a alcan2ou sem demora- e ent3o ergueu os bra2os para a5ud68la a descer da montaria. %li+iada- *+a admitiu 4ue :ora tolice pensar 4ue Connal permitiria 4ue a abandonassem na Boresta durante a noite- pois ele destacara homens para protegF8la at. mesmo dentro do castelo. %p,s coloc68la com sua+idade no solo- ele tomou suas m3os e a bei5ou na :ace com ternuraE seus olhos brilha+am de :elicidade. 8 #lynis me disse 4ue +ocF sentia :alta do mar. O oceano est6 longe- mas pensei 4ue gostaria de +ir ao lago. 8 O um local encantador= 8 *+a sentia uma :elicidade di:Ccil de ser e;pressa em pala+ras. 8 Obrigada por me tra7er a4ui. 8 0ocF . uma mulher mara+ilhosa- e merece o melhor tratamento possC+el 8 a?rmou Connal. 8 Podemos nadar- se 4uiser. 8 Oh= 8 ela e;clamou- sedu7ida pela ador6+el sugest3o. $adar ao luar na4uele lago t3o lindo e calmo- acompanhada do marido- era como um sonho romNntico. 8 *u gostaria muito de :a7Flo 8 disse ela- como uma crian2a 4ue n3o cabe em si de e;cita23o ao se lan2ar a uma a+entura. "mediatamente Connal come2ou a desabotoar8lhe o +estido- 4ue logo caiu sobre a rel+a. Por um instante *+a se sentiu embara2ada por se desnudar ao ar li+reE mas a?nal de contas 53 esta+am so7inhos- e a nature7a 4ue os circunda+a era bela demais para :a7F8la se sentir incomodada por muito tempo. 1epois de tamb.m tirar a roupa- Connal tomou8a pela m3o e a pu;ou para o lago. % 6gua esta+a morna- n3o ha+ia +ento e o silFncio era 4uebrado apenas pelos piados das a+es noturnas. Connal mergulhou- e ao assomar @ super:Ccie outra +e7- abra2ou *+a e a bei5ou nos l6bios. *la retribuiu o bei5o sua+e- mas retraiu8se- num impulso autom6tico. 8 *st6 tCmida comigoJ 8 Connal a:astou o rosto- mas passou a acariciar os cabelos 4ue caCam molhados pelas costas dela. 8 $3o temos de manter a decFnciaJ8perguntou *+a- olhando ao redor. 8 $3o h6 mais ningu.m a4ui- s, n,s 8 assegurou Connal num murm<rio- mas ent3o pareceu se tomar subitamente compenetrado. 8 Por 4ue n3o me perguntou nadaJ 8 PerguntarJ 1o 4ue . 4ue est6 :alando- 4ueridoJ 8 Por 4ue 5amais me perguntou 4uem eu realmente era- ou como me tornei assim- e por 4ue %ileen . di:erenteJ *+a :e7 silFncio por alguns momentos- e reBetiu sobre a 4uest3o. $a +erdade- tais perguntas cru7a+am seus pensamentos desde 4ue descobrira 4ue Connal era um +ampiroE mas era di:Ccil abordar o assunto. 1e 4ual4uer :orma- 56 4ue ele tomara a iniciati+a- *+a se sentia li+re para indagar o 4ue gostaria de saber. 8 Como se tornou assim- ConnalJ 8 Simples& eu nasci assim 8 respondeu Connal prontamente. 8 Loi a heran2a 4ue minha m3e me passou. *la pro+.m do cl3 dos 9ac$ach- 4ue habita a *sc,cia h6 muitos s.culos. % origem de nossa linha sanguCnea se perdeu no tempo e 56 n3o . possC+el saber como tudo come2ou. 8 9agaidh . como +ocFJ 8 9inha m3e . sangue8puro- nascida de pai e m3e 9ac$ach. *u sou sangue8misto- pois meu pai era mortal. 8 * %ileenJ 8 9inha irm3 possui sangue8misto- como eu. 8 >ual sua idadeJ 8 perguntou *+a com curiosidade- lembrando 4ue padre 9acLure dissera 4ue Connal atingira a maturidade h6 mais de trinta anos. 8 Tenho seis anos a mais 4ue %ileen. % re+ela23o de 4ue seu marido era de :ato bem mais +elho 4ue ela a surpreendeu- pois *+a 56 decidira 4ue um rapa7 t3o lindo e +igoroso n3o podia ter mais de trinta anos. "sso signi?ca+a 4ue a linda e elegante 9agaidh era mais idosa 4ue ele- apesar de parecer mais 5o+em 4ue %ileen- sua pr,pria ?lha. 8 Por 4ue %ileen parece mais idosa 4ue +ocF- se tamb.m . sangue8mistoJ 8 Os descendentes de casamentos mistos carregam alguns tra2os- e outros n3o. $unca se sabe 4ual tra2o permanecer6. O mesmo ocorre entre irm3os- ?lhos dos mesmos pais& um pode suportar o sol- o outro n3oE um en+elhece normalmente- e o outro n3o. $3o descobrimos por 4ue ocorre dessa maneira- mas . um :ato. O 4ue sabemos . 4ue 4uanto mais os sangue8puro se misturam casando com mortais- mais estas caracterCsticas +3o desaparecendo. >uando um sangue8misto como eu gera ?lhos com uma mulher mortal- nossa linha sanguCnea se torna mais :raca e di:usa. O por isso 4ue meu primo Cathal decidiu 4ue de+emos nos misturar para eliminar o 4ue nos toma di:erentes- pois os rumores sobre n,s poder3o acabar. Se n3o mudarmos... bem- isso pode signi?car nossa destrui23o. %l.m disso- a uni3o entre sangues8puros- ou se5a- membros da mesma :amClia- en:ra4uece o cl3. O casamento consangKCneo torna as mulheres est.reis e en:ra4uece a semente masculina- e signi?caria nosso desaparecimento. 54 8 Por essa ra73o casou comigoJ 8 Sim- *+a- minha 4uerida... * :oi a decis3o mais acertada 4ue tomei na +ida- pois escolhi uma esposa mara+ilhosa= 8 *le a abra2ou com :or2a- cheio de orgulho. 8 Tamb.m sou :eli7 4ue tenha me escolhido= 8 *+a- ali+iada- cru7ou os bra2os por tr6s da nuca do marido- e sentiu o corpo le+e pela 6gua 4ue os :a7ia Butuar. Connal a ?tou com olhos 4ue brilha+am t3o doces como o luar 4ue acaricia+a o lago- e ent3o apro;imou a :ace de+agar e a bei5ou com amor e entrega. *ntretanto- o bei5o :oi :uga7- pois ele logo a:astou o rosto- e sua e;press3o ha+ia se trans:ormado. 8 %lgu.m ca+algando so7inho se apro;ima 8 a+isou Connal. 8 $3o ou2o nada... 8 9inha audi23o . mais agu2ada 4ue o normal 8 e;plicou Connal. 8 $3o h6 tempo para +ocF se +estir. !ecolha seu +estido e +6 para tr6s da4uele arbusto. 8 *le apontou para uma grande planta na beira da clareira. 8 '6 uma rocha ali atr6s- grande o su?ciente para escondF8la. 8 9as... 8 06 agora mesmo 8 disse ele num tom 4ue n3o admitia contesta23o. 8 $3o saia de l6 at. eu a chamar ou ir busc68la- independentemente do 4ue acontecer. 8 Sim- mas... 8 $3o me 4uestione- apenas +6= 8 Connal bei5ou8lhe a testa e a pu;ou para :ora da 6gua. Captulo XII Sem poder contestar- *+a recolheu o +estido e correu atr6s do arbusto. Colocar a roupa :oi uma tare:a di:Ccil- pois na pressa em se esconder ela ha+ia enrolado o +estido e as mangas esta+am enganchadas para dentro. Preocupada como 4ue se passa+a @ beira do lago- *+a a?nal desistiu de lutar contra a roupa e nem pensou em se ocultar atr6s da rocha. $o instante seguinte Connal se apro;imou- tra7endo 9illie pela r.dea. 8 *u a+isei para se esconder atr6s da pedra= 8 disse ele ao +F8la. 8 Sim- mas... 8 Tome seu ca+alo e +6 para l6 imediatamente. Connal tomou a partir- mas a maneira como :alara dei;a+a claro 4ue ela de+ia obedecer. *+a sabia 4ue o marido se preocupa+a com sua seguran2a- moti+o pelo 4ual trou;era 9illieE caso contr6rio- 4uem chegasse saberia 4ue ele esta+a acompanhado. *la compreendia a preocupa23o do marido- mas decididamente n3o poderia dei;68lo so7inho. Sem pensar duas +e7es- *+a escondeu a .gua atr6s da rocha e tomou a +oltar para o arbusto- tra7endo o +estido nas m3os- mas a5oelhando8se ainda desnuda sobre a rel+a e colocando a :ace para :ora de modo a +er o 4ue ocorria perto do lago. Connal n3o ti+era tempo de se +estir- somente recolhera a espada e espera+a- pronto para agir se necess6rio. Sua ?gura nua- iluminada pelo luar e com a espada na m3o- era :ormid6+el. %?nal um ca+alo adentrou a clareira e se apro;imou- e mesmo a distNncia *+a notou 4ue Connal rela;a+a ao +er 4uem chega+a. 8 1e+ia ter gritado a+isando 4ue se apro;ima+a8 disse Connal 4uando o ca+aleiro dete+e a montaria. 8 %ssim eu saberia 4uem era. 8 $3o seria o melhor a :a7er 8 respondeu o ca+aleiro. 8 %l.m do mais- eu n3o tinha certe7a 4ue o encontraria a4ui. *+a se tran4Kili7ou ao ou+ir a4uela +o7& trata+a8se de 1onaidh- ?lho de *Dan e %ileen e um 55 dos ca+aleiros mais pr,;imos de Connal. %li+iada- ela se ergueu- agora calma o su?ciente para arrumar o +estido e en?68lo pela cabe2a. %pesar de n3o obser+ar o 4ue se passa+a @ beira da 6gua- ela seguia ou+indo a con+ersa. 8 O 4ue aconteceuJ 8 indagou Connal. 8 %conteceuJ 8 1e+e ter +indo me procurar por alguma ra73o. Ocupada em :echar os botAes- *+a n3o olha+a para os dois- mas escuta+a com aten23o. 8 %conteceu algo no casteloJ 8 0im encontr68lo para con+ersar a respeito dos ata4ues 4ue tem so:rido. 8 Compreendo- 1onaidh. 8 1ei;e8me colocar a roupa antes. *+a 56 terminara de se +estir- mas permaneceu escondida e tornou a espiar para +er o 4ue acontecia. Connal ha+ia depositado a espada no solo- e caminhara para onde sua roupa 5a7ia sobre a rel+a. *le termina+a de colocar a cal2a- de costas para 1onaidh- 4uando de repente o sil+o de uma Becha cru7ou o ar e Connal arcou o tronco- indicando 4ue ha+ia sido atingido. 'orrori7ada e perple;a- *+a emudeceu e ?cou sem a23o. Obser+ou o marido +irar e olhar para o ca+aleiro- 4ue ainda monta+a o ca+alo. *nt3o outra Becha o atra+essou- agora abai;o do ombro. 8 *u o acertarei no cora23o se tentar apanhar a espada 8 disse 1onaidh. Tornar a ou+ir a +o7 de 1onaidh :e7 *+a sair do estado de cho4ue e imediatamente come2ar a pensar no 4ue :a7er para a5udar o marido. *la precisa+a de uma arma ou um plano- pro+a+elmente de ambos. 8 *ra +ocF o intruso 4ue in+adiu meu 4uarto 8 disse Connal- com a +o7 marcada pela dor. 1esesperada- *+a continuou procurando algo 4ue pudesse usar como arma- mas ao ou+ir o marido n3o pHde dei;ar de pensar 4ue +ampiros sentiam dor- embora :ossem mais :ortes e +i+essem mais. 8 Sim. 8 1onaidh desmontou. 8 Por 4uFJ 8 Por 4uFJ 8 repetiu o ca+aleiro- ?lho de *Dan e %ileen. O rapa7 n3o parecia ner+oso nem irado- e se mostra+a calmo e senhor de si. *ra incrC+el 4ue algu.m pudesse manter a calma ap,s des:erir duas Bechadas no pr,prio tio- considerou *+a. 8 Pensei 4ue meus moti+os :ossem ,b+ios 8 continuou 1onaidh. 8 Passei toda a +ida sendo o <nico herdeiro 9ac%die- e a linha natural para sucedF8lo na che?a do cl3. 8 0ocF alme5a ser o senhor 9ac%die= 8 e;clamou Connal- compreendendo subitamente o 4ue mo+ia o sobrinho. 8 *u sempre 4uis ser o che:e de nosso cl3- e sabia 4ue mais cedo ou mais tarde herdaria esta posi23o. 9as +ocF casou com a inten23o e;pressa de gerar herdeiros- e isso mudou tudo. Connal ?tou o sobrinho- sentindo8se con:uso- tal+e7 pela dor 4ue o tortura+a ou pela :ra4ue7a 4ue toma+a conta de seu corpo- em ra73o do sangue 4ue perdia. 8 *u e;isto h6 sessenta anos. 0ocF sabe 4ue permanecerei +i+o por muito tempo e 4ue o trono 9ac%die n3o ser6 ocupado por um herdeiro meu em bre+e. >ue di:eren2a :aria eu casar e ter ?lhos- se o mais pro+6+el . 4ue n3o dei;aria o trono para algum deles ou para +ocFJ 56 8 Com ou sem herdeiro- eu me asseguraria 4ue +ocF morresse 8 garantiu 1onaidh com :rie7a. 8 >ue espera+a para :a7F8lo- ent3oJ 8 perguntou Connal- mal acreditando 4ue a pessoa diante dele era o sobrinho 4ue ele tantas +e7es embalara. 8 %l.m de esperar meu pai e minha m3e morrerem- pensei 4ue seria 5usto dei;68lo +i+er uma +ida t3o longa 4uanto a dos mortais. Sempre gostei de +ocF- tio Connal- e acabaria com sua +ida depois 4ue meus pais terminassem seus dias. Sou paciente e poderia esperar. 8 Compreendo 8 Connal declarou com pro:unda amargura. 8 $3o ha+ia perigo para mim en4uanto seus pais esti+essem +i+os... at. Cathal con+encer8me a casar. 8 0ocF entendeu tudo. %o retomar a 9ac%die depois de +isitar Cathal- +ocF mencionou o plano de contrair matrimHnio com uma mortal e gerar herdeiros para o trono. * disse tamb.m 4ue a id.ia n3o o agrada+a- mas concorda+a com seu primo 4ue era necess6rio :a7F8lo. Connal escutou o sobrinho- lembrando ter dito 4ue n3o aprecia+a ter uma esposa mortal- mas era ineg6+el 4ue Cathal tinha ra73o& era a maneira de perpetuar o cl3. 9as ele pensa+a desse modo antes de *+a ganhar seu cora23o- e agora Connal n3o dese5a+a outra coisa sen3o uma longa +ida ao lado dela- algo 4ue seu sobrinho n3o tinha inten23o de permitir. 8 Seu casamento amea2ou meu plano de esperar 8 continuou 1onaidh. 8 % princCpio- eu tinha d<+idas- n3o sabia ao certo o 4ue :a7er- pois era possC+el 4ue seu herdeiro en+elhecesse normalmente e eu pudesse seguir esperando. %?nal- como +ocF- tamb.m eu n3o en+elhe2o. 9as era possC+el 4ue seu ?lho gerasse outros herdeiros- e cin4Kenta anos ou mais poderiam se passar antes de chegar minha +e7 de herdar o trono. Sem contar 4ue o ?lho de seu ?lho tamb.m geraria herdeirosE seria grande a possibilidade de isso ocorrer. Por outro lado- . possC+el 4ue um herdeiro seu tamb.m n3o en+elhe2a- e eu n3o poderia correr tal risco. Como +F- a conclus3o a 4ue se chega . l,gicaE n3o e;istia alternati+a& tinha de mat68lo para me tomar o senhor 9ac%die. 8 9as n3o te+e destre7a su?ciente para atingir seu ob5eti+o nos ata4ues anteriores 8 retrucou Connal- com os olhos ?;os na espada 4ue 1onaidh desembainhara e agora empunha+a. *le gostaria de tomar a arma e ensinar uma li23o ao sobrinho- mas n3o esta+a perto o su?cienteE seria necess6rio esperar um momento mais oportuno. 9as Connal n3o podia esperar muito- pois os :erimentos o :a7iam perder sangue e em bre+e a :ra4ue7a o domi8 naria. O pior era saber 4ue *+a se escondia ali perto e ele s, podia ter a esperan2a de 4ue ela permanecesse onde esta+a. %inda 4ue morresse- n3o seria 5usto 4ue tamb.m sua esposa ti+esse de pagar com a +ida. >uem sabe neste momento ela 56 gera+a um ?lho deles no +entre- o herdeiro do trono 9ac%dieJ 8 0ocF n3o crF 4ue eu pretendia mat68lo com Bechas 8 disse 1onaidh com ironia. 8 *u sei 4ue Bechas s3o insu?cientes para acabar com sua +ida. Connal encarou o sobrinho- sabendo 4ue ele se re:eria aos ata4ues anteriores. Connal :ora atacado trFs +e7es antes 4ue o intruso in+adisse seu 4uarto. $a primeira +e7- ele ca+alga+a so7inho- 4uando uma Becha o acertou no estHmago. Leli7mente 1omhall e Keddy surgiram pouco depois- retiraram a Becha e o a5udaram a encontrar sangue para se nutrir e compensar o precioso lC4uido 4ue perdera. O terceiro ata4ue tamb.m :ora com uma Becha- mas errara o al+o- acertando o ca+aleiro a seu lado. 8 9eu plano era en:ra4uecF8lo com a Becha- e s, ent3o mat6lo. Sei 4ue . preciso 4ueim68lo ou decepar sua cabe2a para e;termin68lo. 9as para decapit68lo eu teria de me apro;imar e re+elar minha identidade- portanto n3o poderia :alhar. 1a primeira +e7 1omhall e Keddy chegaram antes 4ue eu completasse o trabalho. 8 9as +ocF ca+alga+a a meu lado na segunda +e7 4ue me atacaram com uma Becha 8 disse Connal- sem compreender o 4ue sucedera. 57 8 Sim... 8 1onaidh sorriu de modo cruel. 8 $3o :ui eu 4uem disparou a Becha da4uela +e7- e sim um :a7endeiro local 4ue ca2a+a na Boresta @ noite. Loi um acidente. Lembra8se de 4ue saCmos imediatamente @ procura de 4uem o atacaraJ Pois bem- eu o encontrei. O pobre homem pensou 4ue eu o :osse matar- mas dei;ei8o ir embora- e prometi perdo68lo desde 4ue manti+esse segredo. Se contasse a algu.m- ent3o seria e;ecutado. Para mim :oi uma enorme sorte 4ue isso tenha ocorrido- pois o :ato de eu ca+algar a seu lado a:asta+a a possibilidade de +ocF suspeitar 4ue era eu 4uem pretendia mat68lo. 8 * 4uanto ao segundo atentado- o incFndio na cabana de ca2aJ 8 CoincidFncia e sorte tamb.m 8 e;plicou 1onaidh- orgulhoso da pr,pria esperte7a. 8 *u o +i desmontando para entrar so7inho na cabana- e sabia 4ue n3o ha+ia ningu.m l6 dentroE ent3o me apro;imei com o m6;imo cuidado por tr6s e o acertei na cabe2a com uma pedra. >uando +ocF desmaiou- eu o carreguei para dentro- colo4uei :ogo na cabana e tornei a sair. 1esacordado- +ocF seria 4ueimado +i+o- e o :ogo o mataria. $aturalmente- eu n3o ?4uei para obser+ar e +oltei ao castelo para n3o le+antar suspeitas. 9as sua sorte :oi ainda maior 4ue a minha& para sua :elicidade- meu pai anda+a por perto- e ao +er a :uma2a ele correu at. l6- :or2ou a porta- 4uerendo apagar o :ogo- e o encontrou. 9eu pai o sal+ou da4uela +e7- e eu precisei me es:or2ar muito para parecer chocado 4uando ele adentrou os muros do castelo tra7endo +ocF- desmaiado na garupa do ca+alo. %gora tudo :a7ia sentido- e Connal percebia- com amargor- 4ue o inimigo se encontra+a pr,;imo o tempo todo- compartilhando sua mesa- ami7ade e con?3n2a. O inimigo :a7ia parte de sua :amClia. 8 >uando chegamos com *+a- eu constatei 4ue n3o era mais possC+el perder tempo 8 recome2ou 1onaidh. 8 O :ato de +ocF 8 n3o dormir com ela no inCcio me :e7 ganhar alguns dias- por n3o correr o risco de 4ue plantasse a semente para gerar8lhe um herdeiro no +entre. 8 *nt3o eu consumei o casamento 8 retrucou Connal com :rie7a. 8 Sim 8 concordou 1onaidh- tomando a sorrir. 8 #lynis +oltou para o sal3o certa noite- ap,s le+ar +inho para +ocFs. #lynis gosta muito de *+a- e- receando 4ue +ocF esti+esse :urioso com ela- permaneceu escutando do lado de :ora do 4uarto para se certi?car de 4ue nada ruim ocorria. %?nal- ela retornou com a notCcia de 4ue *+a se tornara de :ato a senhora 9ac%die- pois o casamento ha+ia sido consumado. $a4uela noite eu decidi n3o esperar mais. 8 *nt3o aguardou 4ue eu saCsse para me seguir pela passagemJ 8 Sim- mas n3o consegui abrir a porta secreta. 8 1onaidh pareceu irritar8se ao recordar. 8 *u 5uraria 4ue ha+ia +isto como +ocF o ?7era- mas n3o percebi 4ue toca+a uma segunda pedra com a m3o es4uerda= S, aprendi 4uando ensinou meu pai a :a7F8lo. 8* se *+a 56 esti+er esperando um ?lhoJ8perguntou Connal- reconhecendo com desgosto 4ue o estalido 4ue ou+ira na4uela noite n3o era da porta do 4uarto de *Dan. 8 Caso ela engra+ide- terei de mat68la. Ser6 uma pena- pois gosto de *+a. *la . bonita- inteligente- di+ertida... 1e+o di7er 4ue +ocF :e7 uma boa escolha. *u mesmo n3o me incomodaria em me casar com ela. 8Gamais me casaria com +ocF- nem 4ue :osse o <ltimo homem sobre a :ace da terra- 1onaidh 9ac%die= Surpreso- 1onaidh +irou a cabe2a e deparou com *+a saindo por detr6s do arbusto. Com os diabos- prague5ou Connal bai;inho. *le aprecia+a a coragem da esposa- mas *+a acabara de assinar a senten2a de morte de ambos ao :a7er a4uilo. "mpotente- Connal a ?tou com uma combina23o de orgulho- rai+a e sentimento de derrota ao +F8la caminhar na 58 dire23o deles. %pesar de tudo- era impossC+el dei;ar de admirar a4uela mulher esplFndida- 4ue parecia brilhar com ,dio e :<ria ao a+an2ar com passos ?rmes- punhos cerrados e tra7endo um galho pontudo em cada m3o. 8 1e+ia ter +ergonha de trair seu pr,prio tio= % igre5a e a lei dos homens condenam os miser6+eis mes4uinhos 4ue matam para roubar ri4ue7as ou poder= 8 *la agora 56 se encontra+a t3o pr,;ima de 1onaidh 4ue poderia toc68lo se estirasse o bra2o. *+a o encara+a :ace a :ace sem demonstrar medo- sem o menor temorE e 1onaidh n3o parecia ainda ter se recuperado do cho4ue de +F8la aparecer e en:rent68lo. Connal admira+a sua coragem- mas os galhos 4ue empunha+a 5amais seriam su?cientes para colocar o ca+aleiro :ora de combate. $um gesto r6pido e certeiro- contudo- *+a atacou 1onaidh- mirando seus olhos- mas ele :oi mais r6pido e se es4ui+ou. %to contCnuo- o rapa7 agarrou seu bra2o e o torceu- obrigando *+a a se +irar de costas. "mediatamente- ele a pu;ou e prendeu- colocando a espada de encontro @ sua garganta. 8 Tio 8 gritou 1onaidh. 8 9atarei a mulher se +ocF pegar a espada. *n4uanto o sobrinho se mo+ia para e+itar o golpe com os galhos e imobili7ar *+a- Connal correra para apanhar a espada sobre a rel+a- mas a amea2a o obrigou a parar. %o ?tar a esposa- Connal percebeu 4ue ela o olha+a como se pedisse desculpas por ter :alhado em seu intento. *ntretanto- era ele 4uem se culpa+a por tF8la tra7ido para :ora dos muros do castelo e arriscado sua +ida antes de identi?car e capturar 4uem o tenta+a matar. *;asperado ao perceber 4ue colocara em risco a +ida da esposa- Connal bai;ou o olhar para a espada 4ue n3o conseguira alcan2ar. 1ali para a :rente- s, um milagre os sal+aria da destrui23o. 8 $3o sabia 4ue esta+a a4ui- tia 8 disse 1onaidh- pronto para rasgar a garganta de *+a. 8 $a +erdade- pre:eria 4ue n3o esti+esse. 8 *u pre:eria 4ue +ocF n3o esti+esse 8 retrucou ela- apertando com ?rme7a o galho 4ue ainda tra7ia na m3o. *+a n3o encontrara mais 4ue peda2os de lenha para usar como arma- mas n3o conseguira se conter& decidiu sair de onde esta+a e en:rentar o sobrinho assassino. % id.ia de acert68lo nos olhos surgiu no momento em 4ue o encarou :rente a :rente- pois lhe pareceu a <nica parte :r6gil do corpo do ca+aleiro traidor. *les eram homens :ortes- mas de nada +alia ter :or2a se n3o se pudesse en;ergar o al+o. "n:eli7mente- al.m de :ortes os ca+aleiros tamb.m eram r6pidos e ele conseguira se es4ui+ar. >ue :a7er agoraJ *la ainda segura+a os galhos- mas seu bra2o direito esta+a imobili7ado @s suas costas. Presa na4uela posi23o- e com a espada contra a garganta- apenas a parte in:erior de seu bra2o es4uerdo esta+a li+re- e ela n3o conseguiria erguF8lo o su?ciente para mirar nos olhos de 1onaidh outra +e7. 9as poderia acert68lo na co;a- pensou. $3o seria um golpe muito :orte- mas ela espera+a causar dor e surpreender seu algo7 o su?ciente para 4ue Connal ti+esse tempo de agarrar a espada. *+a respirou :undo- ergueu o bra2o o mais 4ue pHde e des:eriu um golpe- tentando enterrar a ponta do galho na co;a de 1onaidh. %pesar de n3o :eri8lo o 4uanto gostaria- *+a o machucou e o surpreendeu o bastante para 4ue ele a soltasse um momento. *mpurrando8o para tr6s- ela conseguiu se des+encilhar e dar um passo trHpego para o lado- en4uanto nota+a- com o canto do olho- 4ue Connal apro+eita+a a4uele bre+e instante para se abai;ar e pegar a espada. "n:eli7mente- ela n3o conseguiu dar um segundo passo- pois 1onaidh agarrou seus cabelos e a pu;ou para tr6s. 8 0agabunda= 8 rugiu 1onaidh- 56 erguendo a espada. *le +ai me matar- pensou *+a. Por.m- num impulso de de:esa- ela se +irou e tentou outra +e7 acertar8lhe os olhos- agora com as unhas- pois 56 n3o tinha os galhos nas m3os. *+a conseguiu acertar8lhe a :ace- e 1onaidh a empurrou- :a7endo8a se dese4uilibrar e cair 59 sentada para tr6s. *la imediatamente colocou os coto+elos sobre o ch3o- tentando se erguer- mas o ca+aleiro 56 erguia a espada para des:erir um golpe 4ue seria :atal. *+a +irou a cabe2a ao ou+ir Connal gritar en4uanto a+an2a+a com a espada na dire23o deles- mas era claro 4ue n3o teria tempo de impedir 1onaidh de des:echar o golpe 4ue a mataria. $este momento- 1onaidh soltou um som su:ocado- ar4ueou o tronco e parou a espada a poucos centCmetros do peito de *+a. Sem compreender o 4ue acontecia- ela o ?tou- aguardando o momento em 4ue o metal a atingiria. O ca+aleiro cambaleou para o lado- prestes a cair- e ent3o se +irou- tentando olhar para tr6s. % primeira coisa 4ue *+a percebeu :oi o pro:undo :erimento em suas costas. *nt3o ela +iu *Dan- em p.- atr6s do ?lho. $o instante seguinte 1onaidh tomba+a- e *Dan 56 erguia a espada- mirando o pesco2o do rapa7. *+a cerrou os olhos para n3o +er o pai matar o ?lho- mas tomou a abri8los ao ou+ir o ruCdo de algo rolando no ch3o a seu ladoE horrori7ada- ela +iuXa cabe2a decepada de 1onaidh sobre a rel+a. $o momento seguinte- *Dan 56 se inclina+a para a5ud68la a se colocar em p.. Connal se apro;imou neste instante- e a pu;ou para a:ast68la da cena macabra. *+a acompanhou o marido com passos trHpegos at. se distanciarem- e ent3o se +irou e ?tou *Dan 4ue tamb.m caminha+a para perto deles e longe do cad6+er do ?lho. 8 Sinto muito 8 disse ela com l6grimas nos olhos ao perceber a dor na :ace de *Dan. 8 $3o ha+ia nada mais 4ue eu pudesse :a7er 8 replicou o ca+aleiro num tom gra+e- 4ue re+ela+a a dor e mis.ria 4ue sentia. 8 *u +i o 4ue acontecia e n3o ti+e outra op23o. 8O pobre homem dirigiu8se a Connal. 8 O melhor +ocF retirar esta Becha antes de perder mais sangue. Connal segurou com ambas as m3os a Becha 4ue lhe per:ura+a o peito- e ent3o a pu;ou- soltando um grito 4ue :e7 *+a tornar a pensar 4ue os +ampiros decididamente sentiam dor. Como era incapa7 de alcan2ar a Becha nas costas- :oi *Dan 4uem deu a +olta e a pu;ou- dei;ando *+a ali+iada por n3o ser obrigada a :a7er coisa t3o terrC+el. Connal parecia :raco- mas ela sabia 4ue seu corpo come2aria a cicatri7ar no momento em 4ue as Bechas :ossem retiradas. %o saber 4ue seu senhor esta+a :ora de perigo e era uma 4uest3o de tempo at. 4ue se recuperasse- *Dan deu um passo para tr6s e sentou no solo- amargurado. 8 >ue +ai di7er a %ileenJ 8 perguntou Connal- +irando8se para o cunhado. 8 % +erdade. 8 O primeiro ca+aleiro ergueu ligeiramente o olhar. 8 *u . 4ue de+ia tF8lo matado para li+r68lo da dor de e;ecutar o pr,prio ?lho. 8 *ra eu 4uern tinha de :a7F8lo- Connal. *u o trou;e ao mundo. 1e alguma :orma :alhei ao cri68lo- e por isso ele se tornou um traidor. Portanto- ainda 4ue doa- era 5usto 4ue eu o ?7esse. $3o sei onde errei nem como dei;ei... 8 *Dan se calou de repente- sem terminar- pois tinha a +o7 embargada. 8 $3o :e7 nada de errado. 0ocF e %ileen o criaram com amor e de :orma irrepreensC+el. "n:eli7mente- os pais n3o podem determinar o 4ue os ?lhos ser3o- ou como agem ao se tornarem adultos. *Dan soltou um pro:undo suspiro- e ent3o +irou o rosto para ?tar o cad6+er caCdo @ distNncia. 8 0ou carreg68lo para casa e para %ileen 8 ele decidiu- tornando a le+antar. *mbora os :erimentos n3o esti+essem curados- Connal a5udou *Dan a erguer o corpo de 1onaidh e estir68lo sobre o ca+alo. *Dan rasgou e retirou a camisa do corpo sem +ida- e com ela embrulhou a cabe2a decepada do ?lho e a prendeu @ sela. *nt3o- em silFncio- montou atr6s do cad6+er. *Dan dirigiu aos dois o olhar- com uma e;press3o amargurada no rosto- antes de incitar o ca+alo a partir. 60 8 *ra eu 4uem de+ia tF8lo matado 8 repetiu Connal 4uando o primeiro ca+aleiro desapareceu entre as 6r+ores e a 4uietude +oltou a reinar. 8 *le mesmo tinha de :a7F8lo- 4uerido. 8 *+a apro;imou8seQ e tocou o bra2o do marido. 8 O horrC+el um homem ter de matar o pr,prio ?lho= . 8 Tamb.m . horrC+el um tio ter de matar o sobrinho 8 replicou *+a. 8 Loi 1onaidh 4uem assinou a pr,pria senten2a de morte- e obrigou um de +ocFs dois a e;ecut68la. 8 Creio 4ue tem ra73o- meu amor. 8 Connal mostra+a enorme triste7a- condoCdo pelo destino 4ue obrigara o cunhado a e;ecutar o ?lho. 9as suas :ei2Aes se desanu+iaram pouco a pouco. 8 $3o pense 4ue es4ueci 4ue desobedeceu minha ordem e colocou sua +ida em risco= 8 a?rmou- 7angado. Surpresa ao +er a irrita23o do marido- e a maneira como a recrimina+a- *+a tamb.m se 7angou. 8 Como ousa pensar 4ue me manteria escondida- obser+ando como o mata+am sem complacFnciaJ Pensa 4ue n3o tenho sangue nas +eiasJ Posso n3o ser um ca+aleiro +ampiro- mas tenho coragem e disposi23o para lutar. Connal a ?tou um instante- perple;o- mas a?nal meneou a cabe2a e sorriu. 8 S, mesmo +ocF para me :a7er rir num momento como este 8 disse ele a?nal. 8 O a mulher mais teimosa 4ue 56 conheci. 8 %ssistir ao seu assassinato sem reagirJ 8 continuou *+a- pois ainda n3o superara a 7anga. 8 Pode me dar as ordens 4ue 4uiser- mas 5amais as obedecerei se elas colocarem sua +ida em risco. Sou sua esposa e companheira- e :arei tudo 4ue esti+er a meu alcance para a5ud68lo em caso de necessidade. Por acaso pensa 4ue ?7 um :also 5uramento 4uando casamosJ 8 ela arrematou- colocando as m3os na cintura. *+a ainda pretendia prosseguir :alando- mas 4uando abriu a boca outra +e7- Connal a calou com um bei5o apai;onado. Tomada de surpresa- ela se retraiu um instante- mas logo se rendeu ao abra2o do marido e retribuiu o bei5o com a mesma pai;3o. 8 *u te amo- *+a= *+a o bei5ou com sua+idade no 4uei;o. 8 * eu tamb.m te amo- meu 4uerido marido- e amarei at. o ?m de meus dias= 8 % prop,sito- 4ueria lhe propor algo a respeito disso... 8 Connal tomou8a pela cintura e a pu;ou em dire23o ao seu ca+alo- 4ue espera+a atr6s das 6r+ores- no limite da clareira. 8 * 9illieJ 8 perguntou *+a 4uando ele a ergueu com :acilidade e colocou sobre a sela. 8 9inha .gua ainda est6 atr6s da rocha. . 8 *n+iarei algu.m para busc68la 8 assegurou Connal- montando tamb.m- tomando assento atr6s dela e pu;ando *+a para mais perto de seu corpo antes de apanhar as r.deas. 8 Como eu di7ia... 8ele continuou ap,s incitar o animal a partir- atra+essando a clareira rumo ao castelo. 8 Concordei em casar com uma mulher mortal para en:ra4uecer minha linha sanguCnea e gerar ?lhos normais- mas assim 4ue meus herdeiros nascerem... *+a recostou a cabe2a contra o peito do marido- escutando os planos para o :uturo com interesse e reconhecendo 4ue gostaria de permanecer assim para sempre... e era bem possC+el 4ue 5ustamente isso a aguardasse= L"9 61