(Clã MacNach 02) No Silêncio Da Noite - Lynsay Sands

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Copyright 1999 by Lynsay Sands

Originalmente publicado em 1999 pela Kensington Publishing Corp.


TTLO O!"#"$%L& 'ighland Promise
(OO) *ditora $o+a Cultural Ltda.
!esumo&
*sc,cia- S.culo /0
1ois homens- unidos por la2os de sangue e por uma maldi23o 4ue assombra seu cl3-
est3o condenados a uma +ida sombria e submetidos a dese5os estranhos e incontrol6+eis.
Somente o casamento com mulheres 4ue n3o compartilham a nature7a desses dese5os
poder6 libert68los e dar no+a +ida ao cl3. 9ulheres dispostas a en:rentar perigos e intrigas-
com a :or2a de seu amor..
Com sua personalidade cati+ante- *+a Ca;ton . a mulher ideal para libertar Connall
9ac%die da maldi23o. Para *+a tamb.m- o casamento . o <nico meio de escapar de uma
situa23o dram6tica- e ela sobe ao altar com a4uele homem desconhecido- sem imaginar a
pai;3o 4ue ele ir6 lhe despertar e a batalha 4ue ela ter6 de en:rentar para sal+ar o marido e
o amor 4ue os une=
%utor&
Lynsay Sands sempre di7 4ue os li+ros proporcionam sonhos e a+enturas 4ue
raramente encontramos na +ida real. *la se considera :eli7 por poder escre+er suas pr,prias
hist,rias- nas 4uais tem liberdade para decidir o destino dos personagens e transmitir
mensagens positi+as aos leitores- ao mesmo tempo em 4ue o:erece momentos de la7er-
alegria e emo23o=
1
No Silncio da Noite
Lynsay Sands
Captulo I
8 $3o tenha medo... 8 *+a se inclinou para a:agar o pesco2o de 9illie- a .gua 4ue a
transporta+a. Os rumores sobre os 9ac%die e os 9ac$ach s3o uma grande e rematada
tolice= >ue grande estupide7 acreditar 4ue eles tenham sede de sangue...
*+a se endireitou na garupa e ?tou os ca+aleiros 4ue a acompanha+am& dois @ :rente- dois
atr6s e um de cada lado. Seis escoceses taciturnos e rudes. 1esde 4ue partiram do castelo
Ca;ton- na "nglaterra- nenhum deles dirigira a pala+ra a *+a- e;ceto para dar ordens ou
instru2Aes. $3o 4ue hou+esse oportunidades para con+ersas- pois +ia5a+am ha+ia dois dias
sem parar- subindo e descendo montanhas e atra+essando trilhas pelas Borestas.
$o princCpio *+a suportara bem a +iagem- mas- ao ?nal do primeiro dia- o cansa2o a atingiu&
mais de uma +e7 *Dan- um dos ca+aleiros- :oi obrigado a se apro;imar e chamar8lhe a
aten23o- para 4ue ela n3o adormecesse e caCsse da sela. *m certa ocasi3o- *Dan os :e7
parar e sacudiu *+a at. 4ue ela acordasse- dei;ando8a terri+elmente embara2adaE mas
retomaram o galope assim 4ue *+a despertou. $3o era :6cil adormecer num ca+alo
trotando- mas @s +e7es o sono se torna+a t3o :orte 4ue era impossC+el impedir 4ue os olhos
se :echassem e o corpo tombasse para :rente. *la sonha+a com o momento do descanso-
apesar de saber 4ue s, ocorreria ao atingirem 9ac%die- o destino ?nal.
*+a esta+a e;austa- e isso mina+a sua capacidade de se manter otimista e ter urna +is3o
positi+a sobre o :uturo 4ue a aguarda+a. Se seu cansa2o n3o :osse t3o grande- tal+e7 tudo
lhe parecesse uma grande a+enturaE entretanto- o 4ue mais sentia era solid3o e temor.
%?nal- dei;a+a para tr6s o castelo Ca;ton- o mundo 4ue conhecia- e partia rumo a uma +ida
em meio a estranhos- numa terra distante- le+ando apenas a roupa do corpo e o conte<do
da trou;a amarrada @ sela& um pe4uenino retrato pintado do rosto da m3e- a :a4uinha 4ue
pertencera ao pai- um +estido 56 +elho e dois ou trFs artigos mais. "sso era tudo 4ue possuCa
no mundo.
*+a esta+a acostumada a n3o ter posses- e n3o se importa+a com isso- mas doCa n3o poder
contar com a companhia de 9a+is na4uela +iagem. % 5o+em a5udante de co7inha- em
Ca;ton- trans:orma+a8se em sua dama de companhia- 4uando necess6rio- e era a <nica
amiga 4ue ela tinha. *+a se sentia mais pr,;ima de 9a+is do 4ue de Gonathan- seu pr,prio
irm3o. 9a+is era a <nica pessoa de 4uem sentiria :alta. Gonathan- contudo- se recusara a
abrir m3o da criada- e de 4ual4uer maneira n3o era de esperar 4ue os ca+aleiros escoceses
concordassem em le+ar outra mulher como carga durante a +iagem.
*+a sorriu ao pensar em si mesma como um :ardo 4ue os ca+aleiros transporta+am. %?nal-
seu irm3o- Gonathan- sempre dei;ara claro 4ue ela n3o passa+a de um peso morto- uma
criatura indese56+el- da 4ual ele tinha de tomar conta desde a morte dos pais- 4uando ela
completou no+e anos. *+a tenta+a ao m6;imo n3o incomod68lo- e a5uda+a no trabalho a
ponto de :a7er ser+i2os 4ue cabiam aos criadosE mas isso n3o basta+a para Gonathan& ele
nunca perdia uma oportunidade de humilh68la- declarando 4ue ela n3o +alia a pouca comida
4ue ingeria. Seu es:or2o para a5udar na manuten23o da propriedade e comer o mCnimo
possC+el 5amais :ora su?ciente para Gonathan trat68la com considera23o.
$a +erdade- a simples presen2a dela o irrita+a. *le tentou conseguir8lhe casamento- mas
n3o te+e sucessoE ent3o- tomou a decis3o de intern68la como :reira num con+ento- em +e7
de permitir 4ue ela +i+esse na casa onde nascera e crescera. Por.m- os ca+aleiros che8
garam- e 5unto com eles a o:erta de matrimHnio- um dia antes de *+a ser mandada para o
2
con+ento. *la culti+a+a suas er+as medicinais 4uando 9a+is chegou subitamente-
anunciando a no+a surpresa 4ue o destino lhe preparara&
8 *+a- minha senhora- nem imagina o 4ue aconteceu= $este e;ato momento- Gonathan est6...
negociando seu casamento= m lorde dese5a casar8se com a senhora- e en+iou seis
escoceses para cuidar do assunto= O mais estranho . 4ue pretendem reali7ar a cerimHnia
agora mesmo- sem a presen2a desse lorde=
% princCpio- *+a pensou 4ue 9a+is se enganara a respeito do teor da con+ersa entre
Gonathan e os ca+aleiros- pois seu irm3o h6 tempos espalhara a notCcia de 4ue n3o
o:ereceria um dote a 4uem a desposasse. *ntretanto- o 4ue se tomou claro logo depois .
4ue n3o decidiam 4uanto Gonathan pagaria para se li+rar dela- mas sim 4uanto receberia dos
escoceses para consentir 4ue a irm3 casasse com o lorde 4ue os en+iara. Iem- n3o
decepcionarei meu +aloroso irm3o= 0e5amos o 4ue o destino me reser+a= pensou ela- com o
orgulho :erido.
*+a ainda procura+a se recuperar do cho4ue da notCcia tra7ida pela criada e <nica amiga-
4uando a mo2a in:ormou com desgosto 4ue o lorde escocFs era do cl3 9ac%die.
8 Oh- senhora- . horrC+el 4ue tenha de casar com um da4ueles monstros= 8 % 5o+em se
es:or2ou para n3o chorar.
*+a 5amais prestara aten23o a me;ericos e boatos- por.m ou+ira coment6rios de 4ue os
9ac%die eram +ampiros sem alma 4ue se alimenta+am do sangue de seres humanos. *la
ainda tentou consolar 9a+is- e;plicando8lhe 4ue tudo n3o passa+a de tolice.
8 >uerida- os ca+aleiros chegaram a Ca;ton em plena lu7 do diaE e de acordo com os
rumores- os +ampiros n3o suportam o sol- e morrem 4ueimados 4uando se e;pAem a ele.
8 9as nem todos os 9ac%die s3o +ampiros 8 insistiu 9a+is. 8 m ancestral da :amClia casou8
se com uma mulher mortal- e os ?lhos 4ue geraram passaram a ter sangue misto& metade
+ampiro- metade humano. Por isso h6 entre os 9ac%die pessoas capa7es de reali7ar tare:as
4ue os seres sem alma n3o conseguem e;ecutar. Os seis ca+aleiros escoceses suportam a
lu7 do sol- e por esse moti+o o senhor do cl3 dos morto8+i+os os en+iou para negociar o
casamento em seu nome.
*+a n3o se dei;ara con+encer por tal argumento- mas mesmo assim n3o podia negar 4ue
9a+is lhe plantara uma semente de d<+ida no espCrito.
8 *Dan- ela est6 :alando so7inha no+amente.
*Dan suspirou ao ou+ir o coment6rio de 1omhall. Os outros ca+aleiros 56 ha+iam notado o
estranho comportamento da mo2a- 4ue come2ara a con+ersar so7inha desde a partida de
Ca;ton. G6 se di7ia entre eles 4ue a dama 4ue se tornara esposa de seu lorde era louca.
8 $osso senhor n3o +ai gostar de saber 4ue casou com uma mulher louca...
8 Concordo- 1omhall- ele n3o +ai gostar nada= 8 Keddy- 4ue at. ent3o ca+alga+a ao lado
es4uerdo de *+a- agora se apro;ima+a dos dois ca+aleiros 4ue +inham atr6s para tomar
parte na con+ersa. 8 * +ai nos culpar por isso.
8 $3o= 8 protestou 1onaidh- dei;ando de ca+algar ao lado direito de *+a e integrando8se @
con+ersa. 8 *le n3o +ai nos culpar por ela ser louca.
8 $osso lorde +ai pensar 4ue a enlou4uecemos contando hist,rias a respeito do 4ue a
espera.
8 Lorde 9ac%die sabe 4ue 5amais :arCamos isso 8 inter:eriu *Dan. 8 %l.m do mais- a consorte
de nosso senhor n3o . louca.
8 $3o acha 4ue :alar so7inha sem parar . sinal de loucura- *DanJ 8 insistiu 1omhall.
8 Seria um sinal de loucura se :osse escocesa. 9as ela . inglesa- e os ingleses s3o di:erentes.
Creio 4ue est6 tentando acalmar o ca+alo.
3
8 %calmar o ca+alo o tempo todoJ 8 1omhall e;pressou tamanha surpresa 4ue *Dan 4uase
chegou a rir.
*ntretanto- *Dan sabia 4ue o assunto era s.rio demais para pro+ocar risos. Seu argumento
n3o :ora con+incente nem para ele pr,prioE mas algo tinha de ser dito- pois n3o era bom 4ue
os ca+aleiros chegassem a 9ac%die acreditando 4ue a no+a senhora do castelo era louca- e
espalhassem tal rumor. $a posi23o de primeiro ca+aleiro do senhor do cl3- era seu de+er
proteger os interesses do lorde e da mulher 4ue se tomara sua esposa. "n:eli7mente- *Dan
percebera 4ue seria muito di:Ccil :a7F8los mudar de opini3o. $3o ha+ia outra saCda& teria de
dirigir8se a *+a- abordar o assunto e arcar com as conse4KFncias. Se ela n3o :osse louca-
tudo estaria bemE mas se suas :aculdades mentais dei;assem a dese5ar- ent3o lorde
9ac%die tinha um problema pela :rente. $o momento- era melhor tentar :a7F8la parar de
:alar so7inha para n3o alimentar as suspeitas dos ca+aleiros.
%pressando o galope- *Dan se adiantou e ?cou ao lado de *+a. *la o ?tou surpresa- e depois
sorriu com amabilidade. Seria melhor se n3o sorrisse- pensou *Dan- sabendo 4ue nenhuma
mulher em s3 consciFncia teria +ontade de sorrir ap,s passar dois dias numa sela. Tal sorriso
seria interpretado como outro sinal de loucura. 1ecidido a desencora568la a ser am6+el-
*Dan a ?tou com seriedade- en4uanto da+a tratos @ bola para descobrir uma maneira de
abordar o assunto sem a o:ender.
8 % senhora . loucaJ
8 ComoJ 8 *+a arregalou os olhos.
8 Lala so7inha o tempo todo. Por isso pergunto se . louca.
*stupe:ata- *+a ?tou o homem- 4ue n3o aparenta+a mais de 4uarenta anos. Custa+a a
acreditar 4ue ele ti+esse coragem de lhe :a7er tal pergunta- e de maneira t3o bruta.
8 $3o :ala+a so7inha 8 respondeu ela ?nalmente.
8 $3oJ
8 *sta+a :alando com 9illie. 8 *+a notou 4ue os ca+aleiros 4ue +inham atr6s se apro;ima+am
para ou+ir a con+ersa- e os 4ue galopa+am @ :rente diminuCam a marcha para escutar o 4ue
di7iam.
8 9illieJ 8 perguntou *Dan sem compreender o 4ue *+a 4ueria di7er- e olhando em +olta
como se procurasse outra mulher por perto.
8 9inha .gua 8 e;plicou *+a- paciente.
8 %h= 8 *Dan rela;ou- e um ligeiro sorriso de triun:o desenhou8se em seus l6bios. Os demais
ca+aleiros- contudo- n3o pareceram se impressionar com a e;plica23o.
8 * espera+a 4ue o ca+alo respondesseJ 8 indagou um deles- :ran7indo a sobrancelha.
8 Keddy- isso n3o . coisa 4ue se diga 8 repreendeu *Dan.
*+a sorriu para o ca+aleiro de cabelos rui+os e rosto cheio de sardas.
8 $3o se5a tolo. Ca+alos n3o :alam 8 ela argumentou.
M 9as 4uem disse 4ue n3o s3o capa7es de ou+irJ
*Dan sorriu- e os outros menearam a cabe2a em concordNncia.
8 *la tem ra73o 8 comentou o ca+aleiro 4ue galopa+a @ direita.
*+a se +irou com um sorriso de agradecimento para o homem 4ue a apoia+a- e tentou se
lembrar de seu nome. *Dan parecia tF8lo chamado de 1onaidh- mas ela n3o tinha certe7a.
8 Por 4ue dese5a :alar com seu ca+aloJ 8 insistiu o ca+aleiro @ es4uerda- e 4ue *+a sabia
chamar8se 1omhall.
4
8 *sta .gua me pertence h6 muitos anos e s, saiu de Ca;ton uma +e7- 4uando +ia5amos para
a corte. *u a conhe2o e sei 4ue est6 agitada por ca+algar por lugares estranhos. Por isso
con+erso com ela& para acalm68la e garantir 4ue est6 tudo bem.
*ssa e;plica23o pareceu ter con+encido os homens- 4ue 56 se apronta+am para +oltar @
:orma23o habitual de galope. *ra bom 4ue obti+essem a con?rma23o de 4ue ela n3o era
loucaE pena 4ue +oltassem a ser os calados e taciturnos escoceses de sempre- pois ela
adoraria con+ersar com algum ser +i+o 4ue n3o 9illie.
*+a aprecia+a con+ersar. *m Ca;ton sempre ha+ia algu.m com 4uem :alar& 9a+is e os
outros criados do castelo- o :erreiro- o padre- o rapa7 4ue toma+a conta do est6bulo- ou
mesmo as crian2as. Todos a trata+am bem- e 5amais recusa+am con+ersar 4uando *+a os
procura+a ou encontra+a por acaso. *la n3o esta+a acostumada a longos perCodos de
silFncio- e a +iagem 56 come2a+a a incomod68la. Sentia8se irritada- sobretudo com 4uem a
colocara em tal situa23o e a obrigara a +ia5ar& seu marido- Connal 9ac%die.
*+a murmurou o nome do esposo em tom desanimado- e soltou um pro:undo suspiro. *m
+e7 de ter ido busc68la pessoalmente- lorde 9ac%die en+iara seus homens para tra7F8la-
como se ela :osse uma +aca ou uma o+elha. "sso indica+a 4ue sua +ida no castelo 9ac%die
n3o seria muito di:erente da +ida em Ca;ton- onde o irm3o n3o lhe da+a o menor +alor.
>uando soube 4ue o senhor 9ac%die ha+ia pago para casar- e 4ue o matrimHnio seria
reali7ado antes de partirem e sem a presen2a do noi+o- ela alimentou esperan2as de 4ue
Connal 9ac%die a :osse considerar algo mais do 4ue um ob5eto ine;pressi+oE mas as
circunstNncias 56 demonstra+am 4ue n3o seria assim.
8 SenhoraJ 8 chamou Keddy.
8 SimJ 8 *+a +irou8se distraCda para o ca+aleiro rui+o e sardento.
8 Por 4ue con+ersa com sua .gua a respeito de nosso lordeJ
8 *u ?7 issoJ 8 perguntou *+a- embara2ada por ter pro:erido pensamentos em +o7 alta.
8 Le7. $3o . mesmo- 1onaidhJ
8 Sim 8 con?rmou o ca+aleiro de ombros largos e compridos cabelos escuros- apro;imando8
se tamb.m de *+a. 8 * n3o parecia nada satis:eita. Por acaso n3o est6 contente em ser a
esposa de lorde 9ac%dieJ
*+a ainda considerou mentir para n3o o:ender os ca+aleiros- mas mentir n3o :a7ia parte de
sua nature7a.
8 *u pre:eriria 4ue lorde 9ac%die +iesse me buscar pessoalmente- em +e7 de mand68los
coletar8me como se eu :osse uma +aca comprada para aumentar o rebanho.
8 %h= 8 *Dan trou;e seu ca+alo para mais perto- a ?m de tomar parte na con+ersa. Os outros
ca+aleiros tamb.m ha+iam emparelhado ao lado de *+a- mas apenas *Dan :alou. 8% senhora
. inglesa- por isso n3o compreende. Lorde Connal 5amais en+iaria seis ca+aleiros para
buscar uma +aca. *n+iaria somente um homem- e n3o seria nenhum de n,s.
Os demais homens concordaram- meneando a cabe2a de modo solene.
8 *nt3o de+eria me sentir honrada por lorde 9ac%die ha+F8los en+iado para me buscar em
+e7 de :a7F8lo ele pr,prio- em pessoaJ 8 *+a in4uiriu com rispide7.
8 Sem d<+ida 8 assegurou *Dan- s.rio e compenetrado.
8 $aturalmente 8 con?rmou Keddy. 8 %?nal- nosso lorde n3o poderia ter +indo- e por isso nos
en+iou. Seis ca+aleiros= 0F como . importanteJ %t. mesmo *Dan :oi en+iado.
8 *Dan . o primeiro ca+aleiro de lorde 9ac%die M in:ormou 1omhall- dando a entender 4ue
ela de+ia se sentir satis:eita com a escolta encarregada de negociar o casamento e de tra7F8
la.
5
8 Por 4ue lorde 9ac%die n3o podia ter +indo a meu encontroJ 8 *+a ainda n3o se con+encera.
8 O di:Ccil e;plicar... 8 *Dan mostrou8se hesitante.
8 Por causa de sua condi23o 8 disse Keddy- tentando a5udar o companheiro.
8 Condi23oJ 8 perguntou *+a- entre curiosa e preocupada.
8 Sim. 8 O embara2o de *Dan era +isC+el.
8 >ue 4uerem di7er com issoJ O 4ue h6 de errado com lorde 9ac%dieJ
8 $3o h6 nada de errado com nosso lorde 8 garantiu Keddy. 8 9as a senhora ter6 de lhe
perguntar- e ele pr,prio e;plicar6.
%pesar de insatis:eita com a resposta- *+a resol+eu n3o insistir- pois nenhum dos ca+aleiros
daria maiores e;plica2Aes. $a +erdade- eles 56 retorna+am ao silFncio habitual e se +ira+am
para :rente- desencora5ando 4ual4uer di6logo. *+a- contudo- detesta+a a id.ia de retomar o
silFncio 4ue a incomoda+a e toma+a a +iagem triste e mais cansati+a. *la gostaria de
conhecF8los melhor- saber 4uem eram e como +i+iam. %?nal- adentra+a em um paCs 4ue n3o
era o seu- e estaria rodeada de estranhos na no+a moradia.
*+a costuma+a sonhar 4ue um dia se casaria e seu marido moraria em Ca;ton- para 4ue ela
n3o necessitasse abandonar o lugar e as pessoas 4ue conhecia desde a in:Nncia. Tal sonho-
contudo- 56 n3o e;istia- pois ela desposara um lorde escocFs e ia se 5untar a ele na *sc,cia.
*+a 5amais imaginara 4ue a solid3o era o 4ue o :uturo lhe reser+a+a.
8 *st6 um lindo dia- n3o achamJ
*ntretanto- nenhum deles respondeuE somente se entreolharam- espantados. *nt3o *+a
percebeu 4ue dissera uma grande tolice- pois o dia esta+a cin7a e n3o tinha nada de bonito.
Seu coment6rio :ora est<pido- mas- a?nal- ela s, tenta+a pu;ar assunto.
8 m dia lindoJ 8 disse *Dan por ?m- para constatar se ela sabia o 4ue di7ia.
8 Iem- n3o est6 cho+endo 8 *+a retrucou em tom de:ensi+o- temendo 4ue mais uma +e7 a
considerassem louca.
8 O +erdade 8 concedeu 1onaidh- erguendo os olhos para ?tar o c.u nublado.
Pelo +isto n3o adianta continuar a :alar sobre o tempo- pensou *+a. 9as sobre o 4ue
con+ersariamJ Tratar de polCtica esta+a :ora de cogita23o- pois eles eram escoceses- e ela-
inglesaE e se agora des:ruta+am de um perCodo de pa7- os dois po+os ha+iam sido inimigos
durante s.culos. "nesperadamente- :oi *Dan 4uem tomou a iniciati+a de seguir com a
con+ersa&
8 $3o estamos muito longe de 9ac%die.
*+a sentiu um repentino incHmodo ao tomar consciFncia de 4ue em bre+e encontraria seu
marido pela primeira +e7. Linalmente conheceria o homem 4ue a desposara a distNncia=
8 9eu marido estar6 nos esperando ao chegarmosJ
8 %penas se chegarmos depois de escurecerE caso contr6rio estar6 ocupado 8 in:ormou *Dan
ap,s uma bre+e hesita23o. 8 $osso lorde n3o sabia 4uanto tempo le+arCamos para negociar
o casamento. *le nem mesmo sabia se a proposta seria aceita.
8 Compreendo. 8 *+a pensou 4ue seria melhor se chegassem antes de escurecer- pois ao
menos teria tempo de se arrumar um pouco antes de en?m encontrar Connal 9ac%die.
Captulo II
*+a sentiu um aperto no estHmago ao ?tar o castelo no +ale abai;o- espremido entre
montanhas e mergulhado em sombras. O obscuro local chega+a a deprimir- e a :e7 lembrar
6
de Ca;ton- onde +i+era at. ent3o& um lugar alegre e cheio de lu7. 1e alguma :orma- o
castelo l6 embai;o e as casinhas e +ielas 4ue o circunda+am e;plica+am a personalidade
dos homens 4ue a acompanha+am& como podiam ser :alantes e simp6ticos +i+endo num
lugar assimJ
8 O sol est6 se pondo.
*+a ?tou os ca+aleiros ao seu redor- e a e;press3o 4ue e;ibiam con?rma+a o tom
preocupado no coment6rio de 1onaidh.
8 9antenham8se pr,;imos 8 instruiu *Dan- e imediatamente os ca+aleiros :echaram o cerco
em tomo de *+a- a ponto de agitar 9illie- sua .gua.
8 *st6 tudo bem 8 sussurrou *+a- inclinando8se para a:agar o pesco2o do animal.
% distNncia n3o era grande- mas a descida pela estrada Cngreme pareceu durar uma
eternidade. % tens3o e preocupa23o dos homens contagia+am- e agora tamb.m ela se
sentia ner+osa e agitada. %ltos e :ortes- e montados em ca+alos maiores 4ue 9illie- os
ca+aleiros blo4uea+am a +is3o de *+a- 4ue nada podia +er ao redor. %p,s algum tempo- a
estrada se tornou plana- e pouco depois eles cru7a+am um arco de pedra- indicando 4ue
adentra+am a propriedade murada.
O mo+imento e a agita23o e;plodiram de repente- no momento em 4ue eles ultrapassaram
os portAes do castelo. *+a ainda mal conseguia +er o 4ue se passa+a- mas o barulho
demonstra+a 4ue as +ielas ao redor do castelo esta+am mo+imentadas como as pe4ueninas
ruas de Ca;ton ao meio8dia.
1istraCda pelos ruCdos- *+a tardou um instante at. notar 4ue os ca+aleiros rela;a+am e a
tens3o desanu+ia+a. Linalmente eles se distanciaram um pouco- e ela pHde +er por onde
caminha+am- embora continuasse presa no cCrculo 4ue :orma+am. *m bre+e eles
adentraram uma pra2a onde ha+ia tanta gente perambulando 4ue parecia o inCcio do dia- e
n3o da noite- 4uando todos se recolhem para comer e descansar. ma pro:us3o de tochas
penduradas nas paredes das casinhas ilumina+a de modo generoso o local- e *+a pensou
4ue a4uilo seria considerado um desperdCcio em Ca;ton.
O :eudo 9ac%die parecia ser bem mais abastado do 4ue Ca;ton. 1e+ia ser um :eudo rico-
a?nal a4uele lorde a aceitara como esposa sem dote e ainda recompensara seu irm3o pelo
matrimHnio. Gonathan 56 ?caria satis:eito em 4ue a le+assem embora- e n3o teria :eito
4uest3o de uma recompensa ?nanceira- mas o lorde certamente n3o sabia disso.
Ser6 4ue o :ato de ter pago para me obter8me- :aria +aler mais a seus olhosJ
*+a te+e os pensamentos interrompidos 4uando *Dan ordenou 4ue parassem. Os ca+aleiros
come2aram a desmontar- :a7endo8a crer 4ue en?m poderia obser+ar os arredores de sua
no+a casaE mas 1onaidh imediatamente se apro;imou- ergueu8a da sela e a colocou no
ch3o- tornando a impedir sua +is3o. %t. 4uando continuar3o a proceder assim. ela pensou-
irritada.
8 *Dan 8 chamou uma +o7 :orte e gra+e.
*+a se +irou para a dire23o de onde pro+inha o chamado- mas era impossC+el +er 4uem o
pro:erira. O tom de autoridade- contudo- indica+a 4ue se trata+a de lorde 9ac%die dirigindo8
se ao primeiro ca+aleiro. *la tentou dar um 5eito nos cabelos e passou a m3o sobre o +estido
para alisar o amassado de tantas horas ca+algando- mas sem d<+ida necessitaria muito
mais 4ue isso para se colocar em bom aspecto.
8 9eu lorde 8 saudou *Dan em tom respeitoso.
8 Ti+eram algum problemaJ 8 *+a escuta+a a +o7 gra+e- por.m ainda n3o conseguia
en;ergar a pessoa 4ue :ala+a.
8 % +iagem ocorreu sem incidentes- meu lorde. Cumprimos suas instru2Aes para ca+algar
tamb.m durante a noite- e o casamento :oi aceito e reali7ado em Ca;ton- tal como era seu
7
dese5o.
8 *;celente 8 disse a +o7. 8 9agaidhJ %h- aC est6 +ocF. Suponho 4ue a rec.m8chegada este5a
e;austa. Pode recebF8la e pro+er8lhe o necess6rioJ
8 $3o se preocupe- eu a le+arei para o 4uarto e darei ordens para 4ue receba tudo 4ue
precisar 8 assegurou uma +o7 :eminina.
8 Obrigado. >uanto a +ocFs- retrucou a +o7 de barCtono- +enham encontrar8me depois de
le+arem os ca+alos para o est6bulo.
*+a permaneceu parada- sem nada :a7er nem di7er en4uanto os ca+aleiros toma+am as
r.deas dos animais e partiam le+ando tamb.m sua .gua 9illie. Sem a23o- ela se +iu como
uma crian2a abandonada no meio da ruaE e ainda +irou o rosto tentando +er se en;erga+a
a4uele 4ue de+ia ser seu marido- mas em +3o. Passado um instante- contudo- uma 5o+em
mulher de cabelo escuro e muito bonita se apro;imou sorrindo.
8 *+aJ
8 Sim.
8 Sou 9agaidh. *u a condu7irei para seu aposento. 8 % elegante e am6+el mulher tomou *+a
pelo bra2o e a condu7iu em dire23o @ enorme porta de madeira do castelo.
8 9eu marido :oi emboraJ 8 perguntou *+a com timide7 ainda maior ao entrarem.
8 Connal tem ocupa2Aes a tratar agora. %l.m disso- ele sabe 4ue +ocF est6 e;austa e
pre:eriria tomar um banho 4uente- comer algo e deitar. O lorde +ir6 cumpriment68la
amanh3.
%pesar da amabilidade da o:erta- n3o se trata+a de uma pergunta- mas sim de in:orm68la de
4ue ela ia se banhar antes de 5antar. *+a n3o tinha id.ia de 4uem era 9agaidh- mas o ?no
+estido 4ue ela tra5a+a e seu ar de autoridade demonstra+am 4ue era algu.m importante.
8 0ocF . irm3 de lorde 9ac%dieJ 8 perguntou *+a en4uanto atra+essa+am o sal3o do castelo
em dire23o @ grande escadaria 4ue le+a+a aos 4uartos e aposentos pri+ados.
8 Sou a m3e dele. 8 % mulher sorriu ao notar a surpresa e incredulidade estampadas no rosto
de *+a.
8 9eu 1eus= Casei8me com um garoto= 0ocF n3o tem idade para ser m3e de um menino de
mais de de7 anos.
8 Connal . mais idoso 4ue isso- acredite.
*+a ia responder- mas ent3o lhe ocorreu 4ue a mulher decerto era m3e adoti+a de lorde
9ac%die- pois n3o podia ha+er outra e;plica23o. 1e 4ual4uer maneira- a +o7 4ue ou+ira l6
:ora n3o pertencia a um menino- e sim a um homem adulto e acostumado a dar ordens.
8 Chegamos 8 a+isou 9agaidh- abrindo uma das portas do longo corredor 4ue sucedeu @
escadaria.
*+a n3o conte+e a admira23o ao entrar no aposento. Trata+a8se de um 4uarto muito maior e
mais rico 4ue seu aposento em Ca;ton- e tape2arias recobriam as paredes de pedra. O
enorme leito esta+a preparado com peles ?nas e len2,is de linho- e uma grande lareira com
o :ogo aceso domina+a uma das paredes. 'a+ia tamb.m uma poltrona de couro- uma mesa
com adornos entalhados na madeira- uma cHmoda e grossas cortinas de +eludo na 5anela.
8 >ue 4uarto ador6+el= 8 *+a n3o escondeu 4ue n3o esta+a habituada a tal esplendor- digno
de uma princesa.
*+a se apro;imou do leito- e desli7a+a o dedo pelo tra+esseiro- 4ue de+ia ser de penas de
ganso- 4uando uma sucess3o de criados come2ou a entrar. 1ois rapa7es tra7iam uma tina
de madeira 4ue :oi depositada de:ronte @ lareira- e duas criadas logo come2aram a enchF8la
com 6gua 4uente. ma terceira mulher tra7ia toalhas- 4ue colocou sobre a mesa. ma
8
5o+em se apro;imou com p.talas de Bores e ,leos arom6ticos e passou a despe568los na
6gua.
$um instante o banho esta+a preparado- e todos saCram- com e;ce23o da 5o+em 4ue
trou;era as Bores e 4ue se mantinha ao lado da tina- agora cheia de 6gua :umegante e
per:umada.
8 #lynis a a5udar6 com o banho 8 disse 9agaidh ao alcan2ar a porta. 8 O 5antar ser6 tra7ido
4uando terminar.
8 Obrigada 8 agradeceu *+a- com reconhecimento t3o grande e genuCno 4ue seria di:Ccil
e;pressar em pala+ras.
8 0ocF . bem8+inda- crian2a. 8 9agaidh sorriu- gentil. 8 *ste . seu lar agora.
*+a meneou a cabe2a- encantada com a calorosa acolhida da simp6tica mulher- mas sem
compreender como podia cham68la de crian2a sendo ainda t3o 5o+em. $este momento
#lynis- a criada 4ue a a5udaria- se apro;imou e a ?tou tamb.m com amabilidade e simpatia.
#lynis era ainda mais 5o+em 4ue 9agaidh- e apesar dos cabelos rui+os e das sardas no
rosto- *+a imediatamente se lembrou de 9a+is.
8 >uer 4ue a a5ude a tirar o +estidoJ 8 o:ereceu a mo2a.
%pesar de estranhar a o:erta- *+a concordou com a cabe2a. *la n3o tinha o h6bito de ser
a5udada- e mesmo 4ue 9a+is por +e7es se comportasse como ama- ela apenas lhe esco+a+a
os cabelos. *+a 5amais ti+era 4uem a a5udasse a +estir ou tirar a roupa- mas esta+a e;austa
no momento e a a5uda era bem8+inda.
8 Sim- por :a+or. 8 * *+a o:ereceu as costas para a 5o+em desamarrar os la2os 4ue :echa+am
seu +estido.
8 Onde est6 elaJ 8 perguntou Connal ao se apro;imar da longa mesa 4ue domina+a o sal3o
do castelo.
8 1ormindo- naturalmente. 8 9agaidh 9ac%die parou de comer e ergueu o olhar para o ?lho.
8 Tomou banho- comeu e adormeceu em seguida- +encida pela e;aust3o. $3o podiam ter
parado durante a noite para des2ansarJ 8 *la ?tou *Dan- tamb.m sentado @ mesa.
8 1ei ordens para 4ue n3o parassem 8 e;plicou Connal- 5untando8se a eles en4uanto um
criado corria a ser+ir8lhe +inho.
8 * em conse4KFncia disso- a pobre 5o+em tem bolhas nas pernas por tantas horas sentada
na sela 8 insistiu 9agaidh em tom repreensi+o.
8 9elhor ter bolhas nas pernas 4ue perder a +ida 8 retrucou Connal. 8 Com os ata4ues 4ue
+enho so:rendo- me pareceu melhor n3o correrem riscos parando para descansar.
9agaidh suspirou ao pensar 4ue os rumores sobre os 9ac%die e 9ac$ach de :ato ha+iam
aumentado nos <ltimos tempos- e alguns atentados ha+iam sido cometidos. Connal :ora
atacado trFs +e7es em poucas semanas- e por sorte escapara com +idaE mas era impossC+el
ter certe7a de 4ue os ata4ues esta+am relacionados aos rumores.
8 *la reclamou por n3o pararemJ 8 4uis saber Connal- +irando8se para *Dan.
8 Gamais reclamou por cansa2o ou por n3o pararmos 8 respondeu o cunhado e primeiro
ca+aleiro do lorde- com satis:a23o inusitada.
1escon?ado- Connal :ran7iu a sobrancelha. Se *Dan se mostra+a t3o satis:eito por ela n3o
ha+er se 4uei;ado- pro+a+elmente ha+ia algo 4ue ela ?7era 4ue n3o :ora t3o bom assim.
8 'ou+e algum problemaJ
8 $3o :oi de :ato um problema 8 come2ou o ca+aleiro com hesita23o. 8 9as criou8se certa
tens3o 4uando os homens acharam 4ue ela era louca.
9
8 LoucaJ 8 e;clamou 9agaidh chocada. 8 *la . uma 5o+em ador6+el.
8 $3o pensei 4ue :osse louca 8 assegurou *Dan 8- mas ela con+ersa+a com o ca+alo e os
homens...
8 Con+ersa+a com o ca+aloJ 8 interrompeu Connal.
8 Parece 4ue a .gua n3o esta+a acostumada a sair de Ca;ton- e a dama tentou acalm68la
:alando com ela. * o :a7ia o tempo todo. 8 *Dan reBetiu 4ue se hou+esse algo de anormal
com a mulher- ent3o era melhor 4ue o lorde soubesse o 4uanto antes.
Connal considerou a in:orma23o e resol+eu 4ue n3o tinha moti+os para se preocupar- pois
tamb.m ele a:aga+a e con+ersa+a com seu ca+alo para tran4Kili768lo 4uando necess6rio.
9ais rela;ado- ele a?nal tomou um gole do +inho e lambeu os l6bios com pra7er ao
depositar a ta2a de prata sobre a mesa. %gora ele podia saborear a bebida 4ue tanto
aprecia+a- mas uma hora atr6s ainda precisa+a saciar uma sede de outro tipo- 4ue nenhuma
bebida poderia apa7iguar. %pesar de lutar contra o instinto 4ue produ7ia tal necessidade- era
impossC+el controlar8se- e +e7 por outra a4uela sede necessita+a ser satis:eita antes 4ue ele
se sentasse @ mesa para comer e beber.
81e+ia tF8la cumprimentado 8 disse 9agaidh- ?tando o ?lho com ar de desapro+a23o. Connal
des+iou o olhar.
8 Pensei 4ue ela pre:erisse descansar antes de me encontrar.
8 1ar8lhe boas8+indas tomaria apenas um instante- e ela poderia ent3o seguir para o 4uarto.
Connal deu de ombros e tornou a beber +inho- mas se sentia embara2ado. *le n3o plane5ara
e+itar encontrar a esposaE o 4ue acontecera :ora :ruto de uma decis3o repentina. Connal
acabara de sair do 4uarto secreto e entra+a no sal3o 4uando soube 4ue os ca+aleiros
ha+iam chegado. *le :ora @ porta do castelo com a inten23o de cumpriment68la- mas n3o a
pHde +er- escondida como esta+a entre o cCrculo de ca+aleiros altos e :ortes e a pe4uena
multid3o 4ue se aglutinara ao redor. $o ?nal- ele dispensara os ca+aleiros e tornara a entrar
sem saud68la- sentindo at. certo alC+io por adiar o encontro com a esposa.
*mbora n3o apreciasse a id.ia de se casar com uma mulher mortal- Connal prometera ao
primo Cathal 4ue o :aria- a ?m de reno+ar o sangue.da :amClia. Cathal casara8se na
prima+era passada- mas Connal decidira esperar e se certi?car de 4ue o casamento do
primo da+a bons :rutos antes de :a7er o mesmo. Cathal agora +i+ia :eli7 com a esposa
Iridget- e 56 ha+iam gerado dois herdeiros gFmeos- 4ue garantiriam a continuidade do cl3
dos 9ac$ach. Connal acredita+a 4ue poderia se considerar um homem :eli7 se ti+esse a
metade da sorte de Cathal. 8 $uma +isita @ corte- Connal conhecera *+a Ca;ton- irm3 de
Gonathan Ca;ton- not,rio a+arento. *ncontrara8a por acaso no 5ardim do castelo do reiE
con+ersaram pouco- e ela lhe parecera simp6tica- sensC+el e modesta. %pesar disso- a id.ia
de casamento n3o lhe passara pela cabe2a na ocasi3o. >uando Connal dei;ou a corte para
+ia5ar de +olta a 9ac%die- uma id.ia lhe ocorreu& Por 4ue n3o en+iar meus ca+aleiros com
uma o:erta de casamento para a 5o+em Ca;tonJ %?nal- ele n3o :a7ia 4uest3o de dote e at.
poderia o:erecer uma recompensa ao a+arento Gonathan. Leli7mente- tudo ha+ia corrido
bem. Sua proposta :oi aceita- e o casamento :oi reali7ado a distNncia. Connal agora tinha sua
senhora 9ac%die. Superada a 4uest3o do matrimHnio- s, :alta+a engra+id68la e gerar her8
deiros de sangue misto para o cl3E e o problema estaria resol+ido.
8 0ocF de+ia organi7ar uma cerimHnia apropriada- agora 4ue ela est6 a4ui 8 sugeriu 9agaidh
de repente- despertando o ?lho dos pensamentos 4ue o absor+iam.
8 Por 4uFJ O casamento a distNncia . o?cial- e +ale tanto 4uanto um casamento presencial.
8 9as n3o . a mesma coisa= 8 9agaidh suspirou. 8 0ocF se sente casadoJ
Connal calou um instante e reBetiu sobre a pergunta da m3e. *le n3o se sentia di:erente-
sua +ida permanecia a mesma- e seus h6bitos n3o seriam alterados. % <nica trans:orma23o
. 4ue o castelo 9ac%die ganha+a mais uma residente- sua esposa- mas isso tamb.m n3o
10
trans:orma+a a rotina da +ida no :eudo.
8 $ada mudou- n3o . mesmo- ConnalJ 8 9agaidh adi+inhara os pensamentos do ?lho.
"rritado- Connal ?tou a m3e- sabendo 4ue ela ia insistir na 4uest3o.
Organi7ar uma cerimHnia de casamento me parece perda de tempo- mas como con+encF8la
dissoJ- pensou ele.
8 Ser6 melhor para +ocFs dois 8 disse 9agaidh em tom apa7iguador- intuindo a irrita23o de
Connal. 8 Tenho certe7a de 4ue *+a Ca;ton tamb.m n3o se sente casada. %l.m do mais-
uma cerimHnia p<blica seria a chance de nossa gente conhecer a senhora do castelo e +er
4ue +ocF se casou.
Connal ia protestar- mas as <ltimas pala+ras de sua m3e lhe chamaram a aten23o. 1e :ato-
n3o seria ruim 4ue os criados e outros membros do cl3 testemunhassem sua uni3oE e todos
saberiam 4ue *+a Ca;ton era sua esposa e 4ue ele a protegeria- pois tamb.m ela corria o
risco de so:rer ata4ues no :uturo.
8 Precisaremos de um padre 8 Connal a+isou *Dan- demonstrando 4ue aceita+a a sugest3o
da m3e.
8 Cuidarei disso imediatamente. 8 O primeiro ca+aleiro se le+antou.
8 *n+ie algu.m para :a7F8lo 8 instruiu Connal. 8 * +6 descansar depois. % +iagem tamb.m :oi
cansati+a para +ocF.
8 Sim- meu lorde 8 disse *Dan- antes de partir.
Captulo III
*+a acordou de repente- num s<bito abrir de olhos- com a imediata sensa23o de 4ue n3o
esta+a em Ca;ton. $o instante seguinte- contudo- lembrou 4ue se encontra+a num aposento
muito mais agrad6+el 4ue seu 4uarto na antiga moradia.
Sim- a4uele era seu no+o 4uarto agora. %s tape2arias nas paredes e as ricas cortinas :a7iam
crer 4ue se trata+a do aposento do senhor do castelo- seu marido. *ra estranho pensar 4ue
esti+esse casada- pois ela n3o se sentia di:erente interiormente. Sua +ida- por.m- mudara
muito& ela +i+ia em outro castelo- rodeada de gente desconhecida. 9ais 4ue isso& passaria a
compartilhar a +ida e o leito. %o lembrar8se desse :ato- um pensamento a sobressaltou- e ela
olhou para o outrco lado da enorme cama.
Ser6 4ue meu marido dormiu a4ui e eu n3o notei por causa do cansa2oJ O tra+esseiro e as
cobertas ao lado pareciam intocados- o 4ue a ali+iou- pois indica+a 4ue ela passara a noite
so7inha. %o mesmo tempo- era estranho 4ue lorde 9ac%die n3o ti+esse dormido na4uele
4ue de+ia ser seu leito. %li6s- ele nem me cumprimentou no dia anterior- ela lembrou com
pesar.
'esitante- *+a a:astou as cobertas e ergueu o tronco.
>ue horas ser3oJ 1e 4ual4uer :orma- era hora de le+antar. %pesar de ser +er3o- o 4uarto
n3o esta+a 4uente agora 4ue o :ogo n3o ardia na lareira. % noite :ora :ria- mas a *sc,cia era
mesmo um paCs :rio. >uando se le+antou- o contato com o ch3o de pedra gelou seus p.s- e
ela correu para o tapete- 4ue :eli7mente chega+a at. a 5anela.
*ntretanto- ao descerrar as cortinas e abrir o +idro- uma lu:ada de ar 4uente lhe acalentou a
:ace. *ra um dia de sol- e :a7ia mais calor :ora do 4uarto do 4ue dentro dele- de+ido @
constru23o de grossas paredes de pedra.
*+a olhou para bai;o e ?tou a pe4uenina pra2a rodeada pelas casinhas e ruelas 4ue
:orma+am o :eudo 9ac%die. 'a+ia gente atare:ada com os trabalhos di6rios- e a manh3
seguia a+an2adaE mas o ambiente era mais calmo do 4ue no dia anterior.
11
'ora de me +estir- descer para comer algo e ?nalmente encontrar meu marido- pensou *+a.
Contudo- 4ue +estido colocarJ $3o ha+ia muito a escolher- pois ela possuCa somente o
+estido a7ul usado na +iagem- e outro cin7a- guardado na pe4uena trou;a de bagagem.
Seria necess6rio tra5ar o +estido cin7a- pois o a7ul esta+a su5o e amassado. *ntretanto- *+a
n3o +iu sinal da trou;a 4ue trou;era ao subir. Tenta+a lembrar onde a ha+ia colocado
4uando ou+iu baterem @ portaE num impulso- correu e tornou a deitar.
8 Pode entrar= 8 *+a pu;ou as cobertas at. o pesco2o.
% porta abriu de+agar e #lynis- a 5o+em criada 4ue a a5udara a banhar8se na noite anterior-
espiou dentro do 4uarto.
8 G6 acordou 8 disse a mo2a de cabelos rui+os e rosto sardento- como o ca+aleiro 4ue
escoltara *+a na +iagem.. 8 % Sra. 9agaidh me disse para lhe tra7er isto. 8 % 5o+em entrou e
lhe mostrou um +estido a7ul8claro.
8 Oh= 8 e;clamou *+a- surpresa 4uando a criada se apro;imou com um lindo +estido de seda
adornado com la2os de tom a7ul mais escuro. 8 O lindo= 8 *+a le+antou8se para tocar o tecido
sua+e. 8 Tem certe7a de 4ue . para mimJ
8 Sim= 8 #lynis passou o +estido para *+a com enorme e;cita23o- como se a roupa :osse
destinada para ela mesma. 8 Ontem le+ei seus dois +estidos para la+68los e prepar68los para
seu uso- mas a Sra. 9agaidh disse 4ue n3o eram apropriados para a dama 9ac%die. *nt3o-
ela escolheu esta roupa para a senhora usar ho5e. *la disse tamb.m 4ue esse +estido agora
. seu. $3o . lindoJ
8 Sem d<+ida= 8 *+a como+eu8se com a generosidade e a amabilidade de 9agaidh. *ra um
dos +estidos mais lindos 4ue ela 56 +ira- e o mais lindo 4ue 56 ti+era.
8 % Sra. 9agaidh tamb.m disse 4ue con:eccionaremos uma cole23o de roupas no+as para a
senhora- roupas 4ue se5am dignas da esposa de lorde 9ac%die.
8 ma cole23o inteira para mimJ 8 *+a mal conseguia acreditar. %?nal- nunca possuCra mais
de dois +estidos simultaneamente- 4ue eram substituCdos 4uando se toma+am puCdos
demais.
8 "sso mesmo. %gora- se me permite- pentearei seu cabelo e a a5udarei a se +estir. 8 % 5o+em
trou;e uma cadeira para *+a se sentar. 8 % Sra. 9agaidh me escolheu para ser sua criada
pessoal. 8 O sorriso de #lynis desapareceu- e ela ?tou *+a com timide7. 8 Se a senhora
concordar- naturalmente. Caso contr6rio- ela indicar6 outra pessoa.
8 Licarei :eli7 em tF8la para me a5udar 8 assegurou *+a com rapide7- sentindo8se ali+iada ao
+er 4ue a mo2a torna+a a sorrir.
#lynis :ora gentil e prestati+a ao a5ud68la a banhar8se na noite anterior- e depois lhe ?7era
companhia en4uanto *+a comia a re:ei23o o:erecida. %ntes de sair- a criada rui+a esperou
4ue se deitasse- certi?cando8se de 4ue n3o necessita+a mais nada. %gora- outra +e7
pro+a+a ser uma ama e;celente- pois num instante a a5udou a colocar o +estido no+o e- em
seguida- penteou seus cabelos com m3os sua+es e e;perientes.
8 *st6 bem assim- minha damaJ
8 Lindo= 8 *+a adorou o trabalho de #lynis- 4ue amarrara seus cabelos num co4ue e os
en:eitara com pe4ueninas Bores de seda- 4ue combina+am com o +estido. 8 *stou :eli7 4ue
tenha sido +ocF a escolhida para me a5udar.
8 Obrigada... 8 #lynis- corando le+emente- a:astou8se para recolocar o espelho sobre o
grande m,+el de madeira. 8 % senhora de+e estar com :ome. O ca:.8da8manh3 56 :oi ser+ido-
mas a Sra. 9agaidh deu instru2Aes para 4ue o des5e5um lhe :osse o:erecido 4uando
acordasse. % co7inheira preparou algo especial para lhe dar boas8+indas- e creio 4ue 56 est6
tudo pronto- pois *Dan :oi @ co7inha in:ormar 4ue a senhora ha+ia le+antado.
8 Como . 4ue ele sabiaJ 8 perguntou *+a- surpresa.
12
8 1isse 4ue a +iu na 5anela.
8 Compreendo... 8 *+a mostrou8se embara2ada ao saber 4ue :ora +ista na 5anela- 4uando
ainda tra5a+a a roupa de dormir- embora a camisola ti+esse gola alta- 4ue cobria at. o
pesco2o.
8 9elhor a senhora descer- sen3o seu des5e5um especial +ai es:riar.
*+a concordou com um sorriso- encantada pela gentile7a com 4ue a trata+am em 9ac%die.
#lynis adiantou8se para abrir a porta- mas permaneceu do lado de dentro 4uando *+a saiu
do aposento.
8 $3o +em comigoJ
8 0ou arrumar seu leito e a5eitar as coisas a4ui 8 e;plicou a criada. 8 9as a senhora pode me
mandar chamar a 4ual4uer momento- se necessitar algo.
*+a sentiu receio ante a perspecti+a de se dirigir so7inha para o sal3o. %pesar de ha+er
acabado de conhecer #lynis- a companhia da mo2a proporciona+a con?an2a e a coloca+a
mais @ +ontade na4uele castelo estranho.
8 $3o tenha medo 8 disse a 5o+em- percebendo sua inseguran2a. 8 % senhora . bem8+inda
a4ui.
*+a respirou :undo e partiu pelo corredor em dire23o @ escadaria 4ue descia para o sal3o. %
sensa23o de :rio no estHmago pelo temor de en:rentar os outros moradores do castelo a :e7
lembrar de como se sentira ao +isitar a corte com Gonathan. Certa tarde- o irm3o ha+ia saCdo
para con+ersar com outros homens- obrigando8a a +oltar so7inha para seu aposento.
*+a tra5a+a um +estido simples e de tecido barato- muito di:erente das roupas usadas pelas
outras damas no castelo do reiE ela ainda recorda+a os olhares de despre7o com 4ue a
?ta+am en4uanto atra+essa+a uma in?nidade de corredores e salAes at. ?nalmente chegar
@ seguran2a e solid3o de seu 4uarto. %p,s esse incidente- ela se mante+e a:astada dos
demais- mesmo por4ue n3o possuCa outra roupa mais bonita. Loi um duro golpe para *+a
saber 4ue era al+o de 7ombaria- e 4ue a trata+am como se :osse in:erior.
%gora- contudo- ela n3o usa+a um +estido barato e anti4uado- e era a esposa do senhor do
castelo- ainda 4ue esti+esse longe de se sentir como tal. >ue ironia- *+a reBetiu- apressando
o passo. %o atingir o topo da escadaria- ou+iu +o7es +indas do sal3o. Parou um instante-
inspirou e soltou o ar +agarosamente- tentando se acalmar. Seu cora23o- por.m- n3o
obedeceu e acelerou 4uando ela come2ou a descer. *nt3o- ela ou+iu uma +o7 masculina.
%t. 4ue en?m encontrarei meu marido. 9as enganara8se- pois @ mesa esta+am apenas
*Dan e 9agaidhE n3o ha+ia sinal de lorde 9ac%die. % princCpio *+a e;perimentou alC+io por
issoE mas imediatamente percebeu 4ue era estranho sentir8se ali+iada por ele n3o estar
presente.
8 Iom dia= 8 *+a saudou ao chegar ao sal3o e caminhar em dire23o @ mesa. $o entanto-
espantou8se 4uando a mulher se +irou e a ?tou& n3o se trata+a de 9agaidh- mas de uma
pessoa mais +elha- com o mesmo cabelo escuro e os tra2os :aciais da m3e de Connal.
8 *sta . %ileen. 8 *Dan le+antou8se para recebF8la- e :e7 um gesto na dire23o da dama
desconhecida.
8 Iem8+inda a 9ac%die 8 disse a mulher- tamb.m le+antando e presenteando *+a com um
a:6+el sorriso.
8 Obrigada 8 murmurou *+a com timide7 ao +er a4uela senhora 4ue se +estia com tanta
elegNncia 4uanto 9agaidh- e 4ue tamb.m a recebia com ami7ade e calor.
8 %ileen . irm3 de lorde 9ac%die 8 e;plicou *Dan. 8 * minha esposa 8 acrescentou com
orgulho.
*+a ?tou a irm3 de Connal 9ac%die com surpresa- pois ela 8 parecia mais idosa 4ue
13
9agaidh- a m3e deles.
9agaidh tamb.m de+e ser m3e adoti+a de %ileen- pensou *+a. Leitas as contas- tudo
indica+a 4ue seu marido tinha apro;imadamente a mesma idade de *Dan e %ileen- o 4ue o
toma+a ao menos +inte anos mais +elho 4ue ela. 9as ela reBetiu 4ue n3o poderia ser
di:erente& um rapa7 5o+em e lindo certamente n3o ia se dispor a lhe propor casamento sem
receber o dote usualE um 5o+em assim n3o teria di?culdade em casar com damas da corte.
8 Conseguiu se recuperar da +iagemJ 8 perguntou *Dan- retirando *+a de suas con5ecturas.
*la percebeu 4ue agia de modo rude- pois permanecia em p. e calada- obrigando os outros
dois a esper68la.
8 Sim- obrigada- *Dan. 1ormi muito bem. 8 *+a sentou8se. 8 0ocF tamb.m descansouJ
8 O su?ciente. 8 *le :e7 men23o de continuar a :alar- mas neste instante uma das portas do
sal3o se abriu- e *Dan +irou a cabe2a para +er 4uem chega+a. 8 $ossa co7inheira preparou
algo para +ocF 8 ele anunciou ao notar os criados entrando com bande5as. 8 *st6+amos
curiosos para +er o 4ue era- ent3o permanecemos a4ui @ manh3 inteira.
8 Sinto tF8los :eito esperar= 8 *+a ?cou constrangida- mas curiosa em saber 4ue iguarias
continham as di+ersas bande5as 4ue agora deposita+am sobre a mesa.
8 Pare de ata7an68la 8 disse %ileen com um sorriso. 8 *Dan est6 brincando. $3o esper6+amos
4ue :osse acordar cedo- pois sabemos 4ue a +iagem :oi longa e cansati+a. *u teria
reclamado- mas meu marido contou 4ue +ocF suportou as agruras da +iagem sem reclamar.
%s am6+eis pala+ras de %ileen ?7eram *+a sorrirE contudo- ela n3o conseguia dei;ar de
prestar aten23o aos pratos ser+idos e ao aroma delicioso 4ue e;ala+am. Seu estHmago
reagia como se esti+esse h6 dias sem comer- mas isto n3o era +erdade- pois *Dan lhe
o:erecera bolinhos de trigo e mel durante a +iagem.
8>ue delCcia= 8*+a e;clamou 4uando os criados terminaram de arrumar as comidas e
partiram.
>ue di:eren2a das re:ei2Aes em Ca;ton- ela pensou ao ?tar os di+ersos bolos- os di:erentes
tipos de p3es e 4uei5os- gel.ias- carnes :rias- pudim e :rutas :rescas.
8 Pelo +isto- nossa co7inheira preparou o bastante para todos n,s 8 disse *Dan.
8 $aturalmente 8 comentou uma +o7 desconhecida.
Curiosa para +er 4uem chega+a- *+a +irou o rosto para tr6s e deparou com uma robusta
senhora de a+ental branco- 4ue se apro;ima+a a largos passos.
8 %cha 4ue eu n3o sabia 4ue +ocF estaria esperando a4ui para tornar a comerJ Os homens
9ac%die s3o go+ernados pelo apetite= 8 % mulher ?ngiu desapro+a23o- mas ha+ia alegria em
seus olhos. 8 Iom dia- senhora 8 disse ela para *+a. 8 Sou *Pe- a respons6+el pela co7inha
do castelo. Preparei este des5e5um para lhe dar boas8+indas- e dese5o de cora23o 4ue +i+a
muitos anos :eli7es a4ui conosco.
8 Obrigada= 8 *+a encantou8se com a cortesia da co7inheira. 8 Tudo tem um aspecto
delicioso- e estou com 6gua na boca.
8 *m geral sir+o p3o- 4uei5o- manteiga e gel.ia pela manh3- mas preparei algo s, para a
senhora 8 in:ormou *Pe com orgulho. 8 Prometa 4ue +ai e;perimentar de tudo- pois estes
bolos s3o receitas 4ue eu mesma in+entei. Posso ser+i8laJ
*Pe mal esperou pela resposta a?rmati+a de *+a& passou a ser+ir +6rios pratos com
salgados e doces. $o ?nal- ha+ia tanta comida @ sua :rente 4ue ela chegou a du+idar 4ue
conseguiria comer de tudo& :atias de di:erentes carnes- peda2os de bolos com :rutas
cristali7adas- bolinhos de mel- p3es claros e escuros com gel.ias de amoras e morangos
sil+estres- pudim e uma grande tigela com :rutas.
8 *spero 4ue aprecie meus 4uitutes e coma bastante. % senhora necessita colocar um pouco
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mais de carne ao redor destes ossos.
8 Obrigada- . muito generosa.
*+a ?tou a comida apetitosa- sem saber por onde come2ar. >ue di:eren2a dos dias em
Ca;ton- em 4ue me es:or2a+a para comer pouco e n3o dar gastos ao meu irm3o.
8 O um pra7er ser+ir @ senhora de nosso castelo. %gora- se me permite- +ou +oltar @ co7inha-
pois tenho muito trabalho. $3o . @ toa 4ue os ca+aleiros 9ac%die s3o :ortes& eles possuem
um apetite de le3o.
%ntes de partir- a co7inheira ainda inclinou ligeiramente o tronco num gentil cumprimento e
*+a sorriu em retribui23o.
% re:ei23o :oi longa- e *Dan e %ileen ?7eram8lhe companhia todo o tempo. $o ?nal- ela se
alimentara mais 4ue o su?ciente- e;citada como uma crian2a entre tantas mara+ilhas
culin6rias.
1urante a con+ersa- *+a ?cou sabendo 4ue a cunhada %ileen e seu marido *Dan tinham um
?lho e duas ?lhas. % princCpio- ela achou 4ue :ossem crian2as- e ?cou :eli7 com a id.ia de
brincar com eles e le+68los a passear. 9as %ileen in:ormou 4ue se trata+a de adultos& seu
?lho completara +inte e sete anos- as ?lhas eram casadas e eles 56 eram a+,s- pois uma
delas tinha uma crian2a.
%o menos o neto deles ter6 idade para me ou+ir contar hist,rias- pensou *+a- re:a7endo as
contas mentalmente para calcular a idade dos no+os parentes. *la 5ulgara 4ue *Dan e %ileen
ti+essem por +olta de 4uarenta anos- mas o :ato de terem ?lhos adultos indica+a 4ue 56
ha+iam ultrapassado os cin4Kenta. Se assim :osse- Connal tamb.m teria cerca de cin4Kenta
anosE e a di:eren2a de idade entre ela e lorde 9ac%die chegaria a pelo menos trinta anos=
9ais uma +e7- Connal n3o aparecera para saud68la. Ser6 4ue n3o +em a meu encontro
por4ue se arrependeu do casamentoJ
%ileen e *Dan comentaram 4ue ele esta+a ocupado. *+a se sentia desapontada com a
ausFncia do esposoE pior& temia 4ue ele ti+esse se decepcionado com sua aparFncia.
Posso n3o ser a mulher mais bonita da *sc,cia- mas pro+arei meu +alor a Connal. * *+a
ar4uitetou um plano para surpreender de modo positi+o- o maridoE para reali768lo- precisaria
da a5uda de #lynis.
%o sair da passagem 4ue le+a+a ao 4uarto secreto onde dormia durante o dia- Connal
deparou com *Dan- 4ue o aguarda+a. Seu ca+aleiro 5amais o espera+a ali no corredorE isso
sugeria 4ue algum problema ocorrera. Connal acionou o mecanismo 4ue :echa+a a porta de
pedra atr6s dele.
8 O 4ue aconteceu- *DanJ Outro atentadoJ
8 $3o. $ada t3o s.rio.
8 *nt3o- por 4ue me espera a4uiJ
8$ecessito lhe in:ormar algo... 9as n3o . importante 8 acrescentou rapidamente- ao notar
4ue Connal :ran7ia a sobrancelha.
8 $3o . mesmo importanteJ
8 Trata8se de sua esposa.
8 O 4ue :oiJ 8 indagou Connal- num tom de surpresa 4ue logo se trans:ormou em
preocupa23o. 8 %conteceu algo com elaJ
8 $3o- meu lorde.
8 9as o 4ue hou+e- a?nalJ 8 Connal 56 se mostra+a impaciente.
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8 $3o se trata do 4ue aconteceu com ela- mas do 4ue ela :e7.
8 Conte de uma +e7 por todas- homem=
Captulo IV
8 O 4uFJ
%o tomar conhecimento do 4ue *+a ?7era- Connal encheu8se de ira. *Dan sabia o 4u3o duro
Connal podia ser 4uando o desagrada+am- e agora sentia pena dela. *le tamb.m se en:ure8
cera com o ato de *+aE mas con:rontar8se com a :<ria de Connal minimi7a+a a importNncia
do ocorrido.
8 *+a te+e boa inten23o. O es:or2o para tra7er mais lu7 ao sal3o seria apreciado em 4ual4uer
lugar. *la nem imagina o 4ue isso signi?ca a4ui em 9ac%die.
8 %ileen est6 bemJ 8 indagou Connal- sem dar ou+idos ao cunhado.
8 Sim. 8 *Dan nem conseguia pensar no 4ue teria acontecido @ esposa caso ela entrasse no
sal3o banhado pela lu7 4ue penetra+a as 5anelas cu5as cortinas- grossas como tapetes-
ha+iam sido descerradas. 8 %ntes de descer- %ileen notou o 4ue *+a :a7ia- ent3o +oltou para
o 4uarto e mandou me chamar.
8 Compreendo. 8 Connal parecia menos irado- mas permanecia 7angado. 8 Onde est6 minha
esposa agoraJ
8 Sentada @ mesa 8 respondeu *Dan- seguindo lorde 9ac%die pelo corredor em dire23o @
escada.
8 Por 4ue n3o lhe pediu para parar de escancarar as cortinasJ
8 Iem- eu tentei- mas ela esta+a certa de 4ue +ocF apreciaria- e insistiu para lhe mostrar o
resultado antes de tomar uma decis3o ?nal- e;plicou *Dan embara2ado- pois como primeiro
ca+aleiro- ele era respons6+el por tudo 4ue ocorria no castelo durante o dia- na ausFncia de
Connal- e ningu.m con:ronta+a sua autoridade. *;ceto *+a- pelo +isto.
%o atingirem a escada 4ue descia para o sal3o- *Dan pre:eriu n3o acompanhar Connal- por
n3o 4uerer testemunhar a e;plos3o de seu senhor com a esposa. $a +erdade- o ato de
noti?c68lo sobre o 4ue *+a ?7era le+ou8o a compreender a boa inten23o da 5o+em e
ultrapassar a rai+a 4ue sentira no primeiro momento. %?nal- ela n3o imagina+a 4ue a lu7 do
sol :eria Connal- %ileen e outros 9ac%die. *ntristecido com o rumo 4ue as coisas toma+am-
ele resol+eu ir para o 4uarto.
8 Connal ?cou muito 7angadoJ 8 perguntou %ileen ao +er o marido entrar.
8 Pensei 4ue esti+esse sentada @ mesa= 8 *Dan surpreendeu8se ao +er 4ue a esposa n3o
descera para 5antar.
8 Pre:eri n3o presenciar o desapontamento de *+a ao +er Connal reagir com :<ria- e n3o com
a aprecia23o 4ue ela antecipa+a. *la s, tenta+a ser <til e agrad68lo.
8 O +erdade... 8 *Dan suspirou- sentando8se ao lado da esposa. 8 Seria bom se ti+esse me
dito isso antes 4ue eu :osse a+isar Connal.
8 *u sabia 4ue ia compreender so7inho. * n3o adiantaria tentar lhe e;plicar- pois esta+a
7angado e- tal como Connal- n3o ou+e ningu.m 4uando est6 assim.
8 *spero 4ue nosso lorde n3o se5a muito duro com ela 8 disse *Dan- mudando de assunto
para n3o admitir 4ue %ileen tinha ra73o. %gora- sentia8se culpado por ter tornado a ira de
Connal tal+e7 maior ao lhe dar a notCcia 4uando acaba+a de acordar. 8 0ou ao sal3o me
certi?car 4ue ele n3o se e;ceda ao repreendF8la.
8 1iga a meu irm3o 4ue *+a pretendia a5udar e :a7er algo 4ue ele apreciasse 8 pediu %ileen.
16
8 Sim 8 replicou *Dan- e a bei5ou na :ace antes de sair. %ma+a a4uela mulher como trinta
anos atr6s- 4uando pedira sua m3o em casamento a Connal.
*Dan estranhou o silFncio ao descer a escada- pois na4uele hor6rio a longa mesa de
re:ei23o de+eria estar repleta de pessoas- terminando de comer ou con+ersando ap,s o
5antar. %o atingir o sal3o- ele notou 4ue %ileen n3o era a <nica 4ue pre:erira n3o 5antar
na4uela noite- pois *+a esta+a so7inha @ mesa e- de olhar bai;o- ela era uma pe4uena ?gura
triste e solit6ria.
1onaidh- #eordan- 1omhall- !agnall e Keddy- os ca+aleiros 4ue a ha+iam acompanhado na
+iagem- encontra+am8se sentados num canto do sal3o- mas n3o con+ersa+am. $este
momento- Connal entrou por uma das portas e se dirigiu diretamente para *+a. *Dan
resol+eu 5untar8se aos demais ca+aleiros e esperar para interceder a :a+or dela- se
necess6rio.
Sem apetite- *+a ?ta+a a comida intocada no prato. $ingu.m parecia ter apro+ado sua
iniciati+a de abrir as imensas cortinas para permitir 4ue a lu7 do sol entrasse no sal3o- e at.
#lynis tentara demo+F8la da id.ia- embora *+a pensasse 4ue a criada a encora5aria. $3o
obstante- e mesmo sem apoio- ela decidira ir adiante com o plano.
1esanimada- a+aliou a marca ro;a no bra2o. Se #lynis se mostrasse mais recepti+a- *+a
teria pedido a a5uda de outros criados para subir na escada e desamarrar as tiras de corda
4ue suporta+am as grossas cortinas- a ?m de pu;68las para o lado e descobrir as 5anelas. %o
en:rentar a resistFncia de #lynis- contudo- ela resol+era :a7F8lo so7inha- temendo 4ue outros
criados reagissem da mesma :orma. >uando *Dan apareceu :uriosoE *+a desceu t3o
rapidamente da escada- na Nnsia de e;plicar seu ato- 4ue ele :oi obrigado a segur68la com
:or2a para impedi8la de cair. %gora- al.m dos dedos machucados por desamarrar tiras 4ue
pareciam 5amais terem sido abertas- tamb.m seu bra2o ostenta+a uma marca.
$o ?nal- *+a acabou se arrependendo de suas a2Aes& ningu.m reagira de :orma positi+a- e
os ca+aleiros se mostraram desgostosos ao aparecerem no sal3o e notarem os <ltimos raios
de lu7 entrando pelas 5anelas. *les comeram calados- e os 4ue n3o partiram logo ap,s a
re:ei23o ha+iam ido sentar num canto- mas permaneciam t3o 4uietos como 4uando comiam.
Ser6 4ue meu marido aparecer6 para 5antar ou n3oJ *le esti+era o dia inteiro ocupado com
a:a7eres- como lhe in:ormaram de modo +ago- e agora ela o espera+a sem apetite para
comer. $em mesmo %ileen- 4ue se mostrara t3o simp6tica durante o des5e5um- descera para
5antar- arruinando sua <ltima esperan2a de apoio ao plano de abrir as cortinas.
8 *sposa.
*+a ergueu os olhos ao ou+ir o chamado- e n3o acreditou no 4ue +iu. *la se preocupara com
a idade do marido- supondo 4ue :osse de cin4Kenta anosE mas o homem 4ue a ?ta+a esta+a
longe de ter tal idade. %4uele lorde de cabelos escuros e olhos castanhos como %ileen era
um rapa7 de trinta anos no m6;imo. 1e complei23o +igorosa- ele n3o tinha a barriga
pronunciada comum em homens mais idosos- e os ombros largos acentua+am os m<sculos
dos bra2os e os tra2os masculinos do rosto. *ntretanto- outro :ato a surpreendeu ainda mais
do 4ue a aparFncia :Csica de lorde 9ac%die.
8 G6 nos conhecemos 8 murmurou *+a- 4uase para si mesma.
Connal hesitou. Por um bre+e momento- a 7anga 4ue o domina+a desapareceu- e o brilho de
:<ria em seus olhos se sua+i7ou.
8 $,s nos encontramos na corte 8 a?rmou o lorde.
8 0ocF con+ersou comigo no 5ardim- depois do 5antar= 8 *+a se lembrou- deliciada- da
amabilidade com 4ue o ca+aleiro desconhecido a tratara 4uando ela se isolara dos outros
membros da corte 4ue desdenha+am de sua roupa simples e anti4uada. *u 5amais poderia
supor 4ue a4uele rapa7 educado e despretensioso :osse lorde 9ac%die- pensou ela. 8 0ocF
:oi muito gentil comigo.
17
Suas pala+ras pareceram causar descon:orto a Connal- mas *+a sabia 4ue ca+aleiros
lutadores n3o aprecia+am admitir 4ue possuCam um lado sua+e. *le a?nal sentou8se ao lado
dela- e des+iou o olhar- como se tentasse ganhar tempo procurando o 4ue di7er. *+a-
contudo- agora se sentia :eli7- pois n3o eram pe4uenas as chances de 4ue Connal se
re+elasse gentil como marido. Sem contar 4ue era lindo. 1e repente- sentiu uma onda de
calor in+adir8lhe o cora23o- como se :osse a mais bem8a+enturada das mulheres. *nt3o- ela
sorriu.
8 Por 4ue me olha assimJ 8 perguntou Connal de repente.
8 %ssim comoJ 8 *+a continua+a a sorrir.
8 Como se esti+esse :eli7.
8 *u estou :eli7. $unca soube o seu nome- pois n3o nos apresentamos- e 5amais imaginei 4ue
:osse Connal 9ac%die- o lorde com 4uem me casei. 9as agora 4ue sei 4uem . meu marido...
tenho certe7a 4ue tudo dar6 certo.
Con:uso- Connal resol+eu nada comentarE mas *+a ainda tinha necessidade de :alar.
8 Ti+e receio 4ue meu esposo :osse +elho ou gordo demais- e 4ue eu n3o o achasse atraente-
mas +ocF . um homem lindo e 4ual4uer mulher se orgulharia em tF8lo como marido. %l.m
disso- eu temia 4ue lorde 9ac%die :osse ruim ou mal8humorado- mas depois de nossa
con+ersa na4uele 5ardim- sei 4ue . gentil e n3o ser6 cruel comigo. Creio 4ue :oi minha
ador6+el m3e no c.u 4uem :e7 esta coisa boa acontecer em minha +ida.
Tomado de surpresa pela :ran4ue7a de *+a- Connal pigarreou- e depois olhou para as 5anelas
onde as cortinas abertas permitiam 4ue os +idros reBetissem a lu7 das tochas e +elas 4ue
ilumina+am o sal3o.
8 *spero 4ue n3o se incomode 8 come2ou *+a- ner+osa ao +er 4ue Connal ?ta+a a mudan2a
4ue ela promo+era. 8 %chei 4ue +ocF ia gostar- mas 56 n3o sei mais... 8 ela corou. 8 $otei 4ue
o sal3o ?ca escuro e triste com as cortinas :echadas- e pensei 4ue a lu7 do sol alegraria o
ambiente. %gora 56 escureceu- e n3o . possC+el +erE mas se +ocF obser+ar amanh3- durante
o dia- +ai perceber 4ue o ambiente ?car6 mais alegre- e poder6 admirar melhor a cHr das
tape2arias nas paredes.
*+a o ?tou- esperan2osa de 4ue Connal lhe desse ra73o e tal+e7 admirasse sua iniciati+aE
mas o brilho :rio nos olhos do marido a alarmou.
8 0ocF n3o gostouJ 8 ela perguntou- num misto de aBi23o- ansiedade e desNnimo.
8 Iem 8 come2ou Connal- constrangido. 8 $3o se trata de gostar ou n3o gostar 8 ele a?rmou-
embora a e;press3o em seu rosto indicasse 4ue n3o esta+a sendo :ranco. 8 O :ato . 4ue as
cortinas ter3o de ser :echadas esta noite.
8 0ocF tamb.m n3o gostou... 8 *+a mostrou8se desapontada. 8 *u tinha certe7a 4ue +ocF
gostaria 4ue hou+esse mais lu7 no sal3o durante o dia- mas me enganei.
8 $3o acha 4ue se dese5asse as cortinas abertas eu 56 n3o teria mandado abri8lasJ
% simplicidade do coment6rio a surpreendeu- e era impossC+el escapar @ l,gica clara e
e;ata. Por 4ue isso n3o me ocorreu antesJ 9esmo assim- *+a tomou a olhar a 5anela-
lembrando 4ue ele ainda n3o presenciara o espet6culo 4ue as cortinas abertas ocasiona+am
durante o dia.
8Se passar a4ui amanh3- tal+e7 acabe gostando=
8 $3o pretendo :a7F8lo. %s cortinas ser3o recolocadas imediatamente.
8 9as...
8 $o :uturo- n3o :a2a mudan2as sem antes consultar a mim ou *Dan. 8 Connal ergueu8se
abruptamente- indicando 4ue encerrara o assunto. 8 0ou sair- pois tenho coisas a :a7er. 0ocF
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estar6 deitada 4uando eu +oltar- portanto lhe dese5o boa noite.
Perple;a- *+a seguiu Connal com o olhar en4uanto ele se a:asta+a. %l.m de n3o ter :eito a
re:ei23o- seu marido indica+a 4ue n3o pretendia 5untar8se a ela mais tarde. Sem
compreender o 4ue ocorria- ela se sentiu triste e re5eitada. Todos em 9ac*ldie a recebiam
de :orma acolhedora e calorosa- com e;ce23o de Connal.
$esse momento- por.m- *Dan e os demais ca+aleiros 5untaram8se a ela. *Dan e Keddy
sentaram8se a seu lado- um @ direita- outro @ es4uerda- en4uanto 1onaidh- #eordan-
1omhall e !agnall tomaram assento no outro lado. % atitude dos homens tinha algo de
solid6rio- mas nenhum deles a olha+a nos olhos.
8 Connal se 7angou muitoJ 8 perguntou Keddy.
*+a +irou8se para ?t68lo- e percebeu 4ue ele a mira+a com pena e compai;3o. Lerida no
pr,prio orgulho- ela se endireitou na cadeira e tentou sorrir de :orma natural.
8 $3o. Por.m- n3o apreciou a mudan2a 4ue ?7. 8 *la mordeu os l6bios para n3o ceder @s
l6grimas 4ue teima+am em umedecer8lhe os olhos ante a ine+it6+el sensa23o de :racasso.
8 Ora- ele nem chegou a +er o sal3o durante o dia 8 come2ou #eordan em tom
contempori7ador.
8 * nunca o :aria 8 acrescentou Keddy.
8 Por 4uFJ 8 indagou *+a. 8 Tal+e7 lhe :altasse tempo para :a7F8lo ho5e- mas 4uem sabe
amanh3 ou depois ele poderia compro+ar 4ue o sal3o ?ca mais alegre com a lu7 do sol
banhando estas :rias paredes de pedra.
8 $osso lorde n3o suporta a lu7 do sol. 8 Keddy meneou a cabe2a. 8 % lu7 do dia o torna
doente. *le 5amais +iria a4ui se as cortinas esti+essem descerradas.
8 9as... n3o . possC+el= 8 *+a- surpresa- +irou8se para *Dan e notou 4ue ele se en:urecera
com a re+ela23o de Keddy.
8 *u de+ia ter lhe a+isado antes 8 come2ou *Dan- mas parou um instante- como se
escolhesse as pala+ras para continuar. 8 % +erdade . 4ue %ileen e Connal n3o suportam a lu7
do sol. % pele de ambos . muito sensC+el- e a lu7 do dia lhes :a7 mal.
8 *les tFm alergia @ lu7 solarJ
8 Sim- *+a. %mbos s3o al.rgicos ao sol. % pele deles reage imediatamente 4uando saem @
lu7 do dia. %ileen ainda . capa7 de suportar um pouco os raios solares- se n3o so:rer
e;posi23o diretaE mas Connal tem de e+it68los totalmente- sen3o ?ca doente a ponto de
correr risco de morte.
8 Compreendo... 8 *+a lembrou8se de uma garota em Ca;ton 4ue en:renta+a problema
semelhante& :orma+am8se bolhas em sua pele caso ela se e;pusesse ao sol- mesmo 4ue por
minutos. Tal rea23o- entretanto- n3o chega+a a ser :atal.
1e s<bito- algo lhe ocorreu& Tal+e7 se5a esta a ra73o dos rumores. O :ato de lorde 9ac%die e
a irm3 n3o suportarem se e;por ao sol implica+a 4ue 5amais saCam durante o dia- e tal+e7
isso moti+asse os coment6rios sobre o cl3.
Como as pessoas s3o cru.is e sem escr<pulos= "n+entam hist,rias para e;plicar :atos 4ue
n3o compreendem.
*+a compreendeu ent3o o enorme engano 4ue cometera& em +e7 de alegrar o castelo- ha+ia
colocado em risco a sa<de de Connal- de %ileen e pro+a+elmente de outros 9ac%die.
8 % lu7 do sol n3o tem e:eito pre5udicial sobre +ocF- *DanJ
8 $3o. Perten2o ao cl3 9ac1onald originalmente- e me tomei um 9ac%die ao casar com
%ileen.
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8 Sou um 9ac%die- ?lho de %ileen e *Dan 8 in:ormou 1onaidh- apontando o pai ao lado de
*+a. 8 Tenho sangue misto- pois descendo dos 9ac%die e dos 9ac1onald- e suporto o sol- tal
como meu pai.
8 *nt3o- 4uando me casei com Connal +ocF se tornou meu sobrinho 8 lembrou *+a. 8 Por 4ue
ningu.m me contou isso antesJ
Pai e ?lho trocaram um r6pido olhar- e *Dan deu de ombros. 8 $3o era importante 8 disse
ele. 8 0ocF n3o perguntou 8 acrescentou 1onaidh.
*+a nada disse- mas na +erdade se sentia magoada. %?nal- n3o seria de bom tom :a7er
perguntas sobre 4uem era ?lho de 4uem- ou 4uais la2os de :amClia uniam as pessoas- e nem
indagar por 4ue agiam de uma ou outra :orma.
8 Tamb.m sou 9ac%die 8 Keddy re+elou. 8 9as o sol n3o me a:eta como a Connal ou %ileen-
apesar de meu corpo ganhar mais sardas sempre 4ue saio durante o dia. Como isso ocorre
com +6rios de n,s- muita gente pre:ere e+itar o dia e cuidar de seus a:a7eres @ noite.
1e repente- *+a compreendeu a ra73o das sardas serem t3o comuns nas pessoas da4uele
cl3. "n<meros ca+aleiros- #lynis e tantos criados tinham o rosto- bra2os e m3os
completamente pintados por sardas- e ela 56 dedu7ira 4ue de+ia ser um tra2o dos 9ac%die.
%gora- Keddy corrobora+a sua suspeita.
8 O mesmo ocorre comigo 8 anunciou !agnall- brindando8a com um sorriso tamb.m cheio de
sardas.
8 1omhali e eu somos irm3os 8 in:ormou #eordan. 8 $ascemos no cl3 dos 9acLaren- mas
nossa m3e +eio +i+er a4ui depois de nosso pai :alecer- e mais tarde se casou com um
9ac%die. $,s ainda .ramos crian2as- e depois de seu segundo casamento nos tomamos
membros deste cl3.
8 *ntendo. 8 1e repente- as cortinas +oltaram @ mente de- *+a. 8 *Dan- %ileen n3o desceu
por causa dos raios de solJ
8 Sim.
8 Como :ui tola= 8 *+a sentiu8se terri+elmente culpada. 8 Por :a+or- e;pli4ue a %ileen 4ue eu
n3o imagina+a o 4ue se passa+a- caso contr6rio 5amais teria :eito isso e... 8 1e s<bito- per8
cebeu 4ual a melhor pro+idFncia a tomar. 8 #lynis= 8 Chamou em +o7 alta- 56 se erguendo. Q
8 O 4ue :oiJ 8 *Dan- surpreso- le+antou8se tamb.m.
8 0ou reparar meu erro 8 *+a anunciou com ?nne7a- a:astando8se da mesa para ir encontrar
a criada 4ue surgia correndo. 8Por :a+or- traga a escada- #lynis. Tenho de recolocar as
cortinas na posi23o original. 8 *n4uanto a 5o+em criada desaparecia pela co7inha- *+a
repreendeu os homens presentes& 8 Gamais as teria aberto se me hou+essem contado a
respeito da alergia ao sol 4ue a:eta os 9ac%die=
8 1e+Camos ter lhe dito 8 admitiu Keddy embara2ado.
8 O +erdade 8 a5untou *Dan. 8 $ada disso teria acontecido se a ti+.ssemos a+isado- mas
colocaremos tudo de +olta para reparar nossa :alta.
8 $3o= 8 resol+eu *+a com ?rme7a. 8 *u abri as cortinas- e eu mesma as :echarei.
8 9as estas cortinas pesam mais 4ue tapetes= $a +erdade- nem sei como conseguiu lidar
com elas so7inha 8 argumentou *Dan.
8 *stou acostumada a trabalhar e sou :orte 8 retrucou *+a. 8 1epois de terminar- subirei para
pedir desculpas a %ileen. Connal tinha ra73o& se dese5asse- 56 teria mandado abrir as
cortinas. %inda n3o compreendo como as coisas se organi7am a4ui- e de+o me in:ormar
melhor antes de :a7er mudan2as.
1ois rapa7es entraram no recinto tra7endo uma comprida escada de madeira- e #lynis pediu
20
4ue a colocassem perto de uma das duas enormes e altas 5anelas 4ue domina+am o sal3o.
%ssim 4ue a escada :oi colocada na posi23o correta- *+a arrega2ou as mangas do +estido e
se dirigiu para a primeira 5anela.
8 1ei;e8nos :a7er isso 8 insistiu *Dan- dando um passo adiante.
8 $3o. 8 *+a come2ou a subir. 89as tal +e7 algum de +ocFs possa :a7er a gentile7a de le+ar
algo para meu marido comer- pois receio 4ue o incidente das cortinas o tenha :eito desistir
de 5antar.
9as depois de subir +6rios degraus- *+a parou e se +irou para ?tar os homens 4ue ha+iam
le+antado e a olha+am- perple;os.
8 Pensando bem- eu mesma le+arei comida a Connal- pois assim terei oportunidade de pedir
desculpas. Larei isso assim 4ue terminar com as cortinas.
8Pense bem... Permita 4ue n,s cuidemos deste trabalho- eu pe2o= 8 *Dan insistiu mais uma
+e7.
Tudo aconteceu de modo r6pido e inesperado. Subindo os estreitos degraus- *+a trope2ou
na barra do longo +estido- perdeu o e4uilCbrio e despencou escada abai;o. *Dan e Keddy
correram para tentar amparar8lhe a 4ueda- mas n3o conseguiram segur68la a tempo e ela
terminou se estatelando no ch3o.
8 Oh- meu 1eus= 8 gritou #lynis- le+ando as m3os ao rosto em pNnico- antes do sal3o
mergulhar num pro:undo silFncio.
Captulo V
8 Pronto= 8 9agaidh terminou de cobrir *+a com os cobertores de pele. 81escanse- e amanh3
estar6 melhor. *+a suspirou- sem saber como agradecera gentile7a da sogra. $a +erdade-
todos ha+iam sido gentis. 9anti+eram8na deitada no ch3o en4uanto *Dan a e;amina+a a
procura de algum osso 4uebrado. *m seguida- eles a carregaram para o 4uarto- ao constatar
o torno7elo torcido. 9agaidh apareceu num instante- +eri?cou a contus3o- mandou #lynis
buscar um b6lsamo e deu ordens para os ca+aleiros prosseguirem com as cortinas. 1epois
de aplicar o b6lsamo e enrolar uma :ai;a no local machucado- 9agaidh a :e7 tomar uma
po23o de er+as sonC:eras- e ent3o a cobriu.
8 0ocF tamb.m . al.rgica ao solJ 8 perguntou *+a.
8 Sim 8 9agaidh respondeu ap,s ligeira hesita23o.
8 Suponho 4ue por isso n3o tenha descido para o sal3o. Sinto muito- eu n3o podia imaginar
4uando abri as cortinas.
8 $3o se preocupe- crian2a. 0ocF n3o tinha como saber.
8 9as poderia ter perguntado 4ual o moti+o de manterem as cortinas cerradas e iluminarem
o sal3o com tochas mesmo durante o dia. Prometo me in:ormar antes de mudar algo da4ui
para :rente.
8 *stou certa 4ue sim.
8 Terminei aborrecendo meu marido.
8 $3o se preocupe- ele es4uecer6 num instante. Os homens n3o gostam de mudan2as 4ue
alterem seus h6bitos.
8 $3o creio 4ue a +ida de lorde 9ac%die tenha se trans:ormado muito- a n3o ser pelo :ato de
ele e+itar dormir em seu 4uarto desde 4ue cheguei 8 disse *+a num impulsoEQmas
rubori7ando imediatamente.
9agaidh :ran7iu a sobrancelha ante a :ran4ue7a da nora- mas logo compreendeu a
21
inseguran2a de *+a e se como+eu.
8 Suponho 4ue meu ?lho n3o tenha lhe contado sobre a cerimHnia de casamento. 8 9agaidh
sentou8se no leito e a ?tou- sorrindo. 8 Outra caracterCstica dos homens& s3o pr6ticos e n3o
gostam de dar e;plica2Aes.
8 CerimHnia de casamentoJ 9as o casamento 56 :oi o?ciali7ado em Ca;ton.
8 'a+er6 outra cerimHnia- agora 4ue +ocF chegou e os dois est3o 5untos. %l.m de ser bom
para ambos- daremos uma oportunidade @ nossa gente de testemunhar o e+ento e conhecer
a senhora 9ac%die.
Surpresa- *+a admitiu 4ue a4uilo da+a outra lu7 ao :ato de Connal n3o ter ainda consumado
as n<pcias. Sem 4uerer- ela lembrou do encontro 4ue ti+era com o am6+el lorde no 5ardim
do castelo do rei.
8 Connal n3o mencionou nada- mas . uma id.ia ador6+el.
8 Os homens s3o :rios e pragm6ticos @s +e7es- mas sei 4ue meu ?lho gostou da minha
sugest3o. 8 Tem certe7a 4ue lorde 9ac%die n3o se arrependeu de ter me desposadoJ 8 %
pergunta de *+a continha certa aBi23o.
8 Claro 4ue n3o 8 assegurou 9agaidh com do2ura. 8 >ue moti+os teria para se arrependerJ
0ocF . uma mo2a cheia de 4ualidades- e est6 se es:or2ando para ser <til e se integrar @ +ida
no castelo.
8 *spero 4ue tenha ra73o... 8 O sono 56 in+adia os sentidos de *+a- e seus olhos pesa+am por
causa da po23o.
8 O casamento se reali7ar6 assim 4ue o padre chegar- *+a. Connal 56 mandou busc68lo- e
*Pe iniciou o preparo do ban4uete. Pensamos em :a7er a cerimHnia ao ar li+re- na escada
da capela- para 4ue todos possam +er. O 4ue achaJ
8 Linda id.ia= 8 *+a boce5ou. 8 9as +ocF- %ileen- Connal e outros n3o suportam sol e...
8 $,s o :aremos assim 4ue o sol se esconder- 4uerida. Ser6 uma cerimHnia iluminada com
tochas- o 4ue a tornar6 mais romNntica.
8 Oh= 8 e;clamou *+a- sonhadora.
8 Laremos um +estido especial para +ocF- *+a. O padre de+e chegar logo- portanto . melhor
colocarmos m3os @ obra o 4uanto antes. Tal+e7 +ocF e %ileen 4ueiram escolher o tecido
amanh3 durante o dia- e come2aremos a con:eccion68lo @ noiteJ
8 $3o 4uer nos a5udar a escolher o tecidoJ 8perguntou *+a- sentindo8se cada +e7 mais
pr,;ima da carinhosa e amig6+el 9agaidh.
8 *starei ocupada durante o dia8disse ela- e;ibindo um largo e caloroso sorriso. 8 Tenho
certe7a de 4ue +ocF e minha ?lha escolher3o um tecido apropriado.
*+a meneou a cabe2a- e de no+o boce5ou. %gora- mal conseguia manter os olhos abertos.
8 'ora de descansar- crian2a= 8 9agaidh le+antou8se. 8 1urma bem- *+a.
8 *la o 4uFJ 8 rugiu Connal- desmontando do ca+alo ao retornar de uma e;pedi23o de
subsistFncia com seus homens. *le e+ita+a se nutrir durante as incursAes pela Boresta- mas
acompanha+a os homens para se assegurar 4ue se a:asta+am para satis:a7er @ sede- e n3o
o :a7iam pr,;imo de casa. % <ltima coisa 4ue espera+a ao retornar era ou+ir 4ue a esposa se
en+ol+era em mais problemasE e a notCcia de 4ue ela se machucara o alarmou.
8 *+a ia :echar as cortinas- mas caiu da escada 8 *Dan apressou8se a e;plicar. 8 Torceu o
torno7elo e ganhou outras marcas ro;as.
22
8 Outras marcas ro;asJ 8 Connal se es:or2a+a para controlar a irrita23o.
8 *la 56 ha+ia 4uase caCdo esta tarde- e acabei marcando seu bra2o ao ampar68la.
8 Por 4ue n3o me contou isso antesJ
8 *u mesmo n3o sabia- meu lorde. S, notei a marca em seu bra2o 4uando a carreguei para o
4uarto- @ noite. O uma marca grande- e me admira 4ue n3o tenha reclamado ou pedido
rem.dio. 1e 4ual4uer :orma- ela agora tem marcas tamb.m nas pernas- e o torno7elo est6
en:ai;ado. Sem mencionar os dedos machucados por lidar com as grossas tiras de corda das
cortinas.
8 Por 4ue um dos homens n3o :echou as cortinasJ
8 "nsisti para 4ue nos dei;asse :a7er o ser+i2o- mas *+a se recusou terminantemente. >uis
cuidar de tudo so7inha. Sua esposa . inglesa=
Calado- Connal passou as r.deas do ca+alo para um dos homens e seguiu para o castelo. %o
entrar- 9agaidh e %ileen con+ersa+am na antecNmara do sal3o principal. Connal passou por
ambas cumprimentando8as com um r6pido menear de cabe2a.
8 *la est6 dormindo 8 in:ormou 9agaidh en4uanto o ?lho se a:asta+a rumo @s escadas.
"gnorando o coment6rio da m3e- Connal subiu para o 4uarto. *sta+a irritado- mas tamb.m
preocupado- e 4ueria saber a e;tens3o das lesAes 4ue *+a so:rera. %?nal- era ele o
respons6+el pela integridade da esposa.
Sentada perto do :ogo 4uase e;tinto da lareira- #lynis borda+a pe4ueninos adornos de
madrep.rola num +estido para *+a- e se surpreendeu ao +er lorde 9ac%die entrar. *la :e7
men23o de le+antar- mas Connal- com um gesto- indicou8lhe 4ue permanecesse sentada- e
ent3o se dirigiu para o leito onde *+a dormia pro:undamente.
8 % senhora 9agaidh lhe deu uma po23o para dormir 8 in:ormou #lynis.
Connal se inclinou sobre o leito e obser+ou a esposa. 1e olhos cerrados- ela respira+a com
calma e parecia bem- mas tinha um arranh3o no rosto. Connal pu;ou as cobertas com
cuidado e mirou o corpo lNnguido en+olto numa camisola branca de tecido le+e. O peito de
*+a inBa+a e torna+a a rela;ar nos mo+imentos da respira23o regular- e o bra2o desnudo
mostra+a a enorme marca ro;a causada por *Dan ao ampar68la na4uela tarde.
Com cuidado- Connal pu;ou ainda mais as cobertas- e o aroma de er+as balsNmicas +indo do
p. en:ai;ado inundou o ar. *le apro;imou o rosto para con:erir a e;tens3o do :erimento- e
compro+ou 4ue a tor23o no torno7elo ha+ia sido :orte- pois o incha2o chega+a at. a canela-
e tamb.m ali a carne esta+a ro;a e inBamada. 1eitada e sem consciFncia de 4ue ele a
?ta+a- *+a era uma ?gura inde:esa e machucada- 4ue necessita+a descansar.
*Dan e 9agaidh entraram silenciosamente- e Connal tornou a cobri8la.
8 *la n3o chorouJ 8 Connal 4uis saber.
8 $3o +erteu uma l6grima 8 assegurou *Dan.
8 $em mesmo 4uando esta+am a s,s a4ui no 4uartoJ 8 Connal ainda perguntou- +irando8se
para a m3e&
8 $3o 8 respondeu 9agaidh. 8 Tenho certe7a de 4ue sentia dor- mas n3o chorou.
Connal meneou a cabe2a- pensando 4ue a maioria das mulheres teria chorado. Tal+e7 ela
a?nal se re+elasse uma boa escolha.
8 $3o 4uero 4ue *+a carregue nada- sobretudo ao subir ou descer as escadas. 8 Connal
passou a instruir #lynis- 4ue le+antara e se postara atr6s deles. 8 Se por acaso ela dese5ar
:a7er algo 4ue re4ueira :or2a ou se5a perigoso- chame um homem para a tare:a. 9inha
esposa . a senhora deste castelo e n3o de+e reali7ar trabalhos 4ue e;i5am es:or2o :Csico.
23
8 Sim- meu lorde 8 a4uiesceu a 5o+em rui+a e sardenta.
Satis:eito- Connal considerou 4ue a4uilo resol+ia a 4uest3o pelo momento- garantindo 4ue a
esposa n3o se :erisse outra +e7. $a +erdade- ele agora percebia 4ue es4uecera de
considerar o passado de *+a e a maneira como esta+a habituada a +i+er. >ual4uer dama
chamaria os criados para desempenharem as tare:as de manuten23o do castelo- mas *+a
crescera 5unto do irm3o a+arento- tentando :a7er o m6;imo para ser <til. Gonathan Ca;ton
n3o a pre7a+a como pessoa- muito menos como dama. Como seu marido- contudo- ele de+ia
:a7F8la compreender o +alor e a posi23o 4ue a senhora 9ac%die des:ruta+a.
8 $3o creio 4ue lorde 9ac%die +6 ?car satis:eito 8 reagiu #lynis 4uando *+a contou o 4ue
tinha em mente.
8 Tolice 8 retrucou *+a com ?rme7a. 8 Por 4ue ele ha+eria de se 7angar com issoJ *u a5udarei
as pessoas doentes. '6 mulheres em toda a "nglaterra 4ue o :a7em- e creio 4ue . melhor do
4ue gastar meu tempo escolhendo 5,ias ou +estidos para :estas.
#lynis intuiu 4ue seu senhor n3o ia en;ergar tal atitude com bons olhos- mas n3o conseguiu
demo+F8la da id.ia. 1epois de dar instru2Aes para 4ue *+a n3o desempenhasse trabalho
:Csico- nem nada 4ue en+ol+esse risco- Connal ainda procurara #lynis para acrescentar 4ue
sua esposa de+eria se en+ol+er apenas com ati+idades pertinentes @ +ida da senhora do
castelo.
#lynis le+ara as ordens a s.rio e in:ormara *+a sobre as instru2Aes de lorde 9ac%die-
chegando a repeti8las in<meras +e7es en4uanto a a5uda+a a se +estir- e depois- 4uando a
sustenta+a pelo bra2o ao descer a escada rumo ao des5e5um no sal3o. Logo ap,s a re:ei23o-
contudo- *+a a chamara para comunicar o 4ue pretendia :a7er.
1epois de considerar as tare:as 4ue a senhora do castelo em geral :a7ia- *+a concluiu 4ue os
criados n3o necessita+am receber instru2Aes- mesmo por4ue 9agaidh sem d<+ida se
certi?ca+a 4ue tudo corresse de :orma con+eniente. %?nal- o castelo 9ac%die 56 e;istia e
:unciona+a antes 4ue ela chegasse- e n3o ha+ia muito a mudar. ma id.ia ent3o lhe
ocorrera& ela poderia au;iliar os doentes ou incapacitados- pois com certe7a e;istiam
pessoas idosas ou com problemas de sa<de 4ue apreciariam seu amparo.
*+a percebeu 4ue o es:or2o de caminhar aumenta+a muito a dor em seu torno7elo. %inda
assim poderei come2ar ho5e- pensou- pois en4uanto cuidasse dos necessitados prestaria
menos aten23o @ dor.
O plano parecia simples e sensato at. ela terminar de comer e chamar #lynis. %o comunicar
@ criada 4ue gostaria de ser le+ada para +isitar as pessoas doentes do :eudo- a 5o+em reagiu
com surpresa.
8 Somos muito saud6+eis a4ui- minha senhora. $a +erdade- n3o sei de algu.m doente no
momento.
*+a n3o acreditara a princCpio- mas ao encontrar *Dan pouco depois- ele con?rmara 4ue n3o
ha+ia ningu.m doente- nem precisando de a5uda.
*+a reBetiu 4ue- a?nal de contas- era ,timo 4ue as pessoas ali go7assem de t3o boa sa<de.
1e 4ual4uer :orma- ela n3o conta+a com as er+as medicinais 4ue culti+a+a em Ca;ton- e
n3o poderia :a7er muita coisa. *ntretanto- persistia sua +ontade de ocupar o tempo com
algo <til. Logo outra id.ia +eio em seu socorro& reali7ar uma e;curs3o a ca+alo pelos
bos4ues ao redor para procurar plantas com poder medicinal. Sim- isso mesmo= #lynis a
acompanharia- e colheriam o 4ue encontrassemE assim- n3o :altariam rem.dios 4uando
algu.m precisasse.
8 Por 4ue a senhora n3o con+ersa com nosso lorde antes de ir procurar er+as :ora dos
murosJ 8 sugeriu #lynis- preocupada 4uando *+a pediu 4ue a +iesse encontrar em :rente ao
castelo e lhe comunicou o 4ue tinha em mente.
8 $unca conseguirei come2ar nem terminar nada se ti+er de :alar com meu marido antes de
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:a7er 4ual4uer coisa. %l.m do mais- seria di:Ccil lhe perguntar algo- pois nunca est6 por perto
M ela arrematou sem dei;ar de se di+ertir com a irrita23o 4ue ou+ia na pr,pria +o7. *+a +ira
muito pouco o marido desde 4ue chegara a 9ac%dieE era impossC+el negar 4ue ele lhe
dispensa+a menos aten23o do 4ue seria de esperar da parte de um rec.m8casado.
8 9as seu torno7elo est6 inchado 8 continuou #lynis com aBi23o.
% criada tinha ra73o- pois *+a sentia dor ao andar- e o incha2o parecia aumentar a cada
passo 4ue da+a. Contudo- obstinada como era- *+a n3o ?caria de cama por causa de um
torno7elo torcido.
8 1escansarei sentada no ca+alo- #lynis. >uando eu a+istar alguma planta medicinal- +ocF a
colher6 e penduraremos na sela. O est6bulo . ali embai;o- n3o .J 8 4uis saber *+a
apontando uma +iela pr,;ima ao castelo- ao ?nal da 4ual se +ia uma grande constru23o de
madeira com pilhas de :eno @ :rente.
8 Sim... 8 #lynis esta+a cada +e7 mais aBita. 8 9as nosso lorde +ai se 7angar ao saber 4ue a
senhora saiu ca+algando so7inha.
8 $3o estarei s,& +ocF +ir6 comigo= 8 *+a caminhou com passos mancos em dire23o ao
est6bulo.
8 9as o 4ue :arei se a senhora :or atacadaJ Posso pedir a um ca+aleiro 4ue nos acompanheJ
8 pediu #lynis- com um olhar 4ue implora+a para *+a admitir 4ue n3o se trata+a de um bom
plano saCrem so7inhas para :ora dos muros do castelo.
*+a sentiu pena ao perceber o estado de pNnico represado da 5o+em ama. *ra pro+6+el 4ue
Connal ?casse contrariado ao saber 4ue ela ca+algara sem a prote23o de um ca+aleiro- mas
tal+e7 *Dan a impedisse de sair se ela re4uisitasse um homem para acompanh68la.
8 Prometo 4ue n3o iremos longe e +oltaremos logo 8 assegurou *+a na tentati+a de acalmar
#lynis- e num instante elas 56 se apro;ima+am da entrada do est6bulo. 8 Oh- +e5a s,= 8 disse
*+a ao deparar com um c3o modorrento deitado ao lado da porta. 8 >uem . +ocF- meu
amigoJ
8 O o cachorro de %ngus- um dos homens 4ue tomam conta do est6bulo 8#lynis in:ormou
com ar condoCdo- mas preocupado. 8 *le tem uma pata traseira paralisada e n3o . nada
amig6+el.
8 Coitadinho= 8 *+a sorriu 4uando o c3o se ergueu com es:or2o e come2ou a abanar a cauda.
8 Parece amig6+el para mim. Creio 4ue s, precisa de um pouco de aten23o e carinho... 8 *+a
inclinou8se para a:agar a cabe2a do animal.
8 Cuidado 8 #lynis ainda gritou- antes 4ue o amig6+el cachorro de rabo abanando
repentinamente se trans:ormasse numa :era de dentes arreganhados e abocanhasse a m3o
de *+a como se pretendesse arrancar8lhe um peda2o.
Connal deparou com *Dan esperando8o outra +e7 no corredor- na saCda da passagem 4ue
le+a+a a seu 4uarto secreto. Sem d<+ida- n3o podia ser bom sinal. *Dan se casara com
%ileen trinta anos atr6s- e era primeiro ca+aleiro desde ent3oE era possC+el contar nos dedos
as +e7es em 4ue esperara Connal acordar para noti?car algo importante. %gora- ele o ?7era
duas +e7es em dois dias seguidos- 5ustamente os dois dias em 4ue sua esposa +i+ia no
castelo. Connal come2a+a a +er 4ue isso esta+a se repetindo.
8 O 4ue :oi 4ue ela :e7J 8 perguntou lorde 9ac%die 4uando a pesada porta de pedra se
:echou @s suas costas. 8 $3o tornou a abrir as cortinas- suponho.
8 $3o.
8 O 4ue hou+e- ent3oJ
8 *la :oi mordida.
8 9ordidaJ Como assimJ
25
8 Rol:y a mordeu.
8 O 4uFJ 8 e;clamou Connal- custando a acreditar no 4ue ou+ia. 8 O cachorro do est6buloJ
9as a4uele animal nem consegue caminhar direito.
8 Sua esposa 4uis a:agar8lhe a cabe2a- mas o c3o n3o respondeu muito carinhosamente.
8 9eu 1eus= 8 e;clamou Connal consternado. 8 % mordida :oi gra+eJ
8 Sangrou bastante e :oi pro:unda- mas %ileen disse 4ue n3o dei;ar6 dano permanente.
Parecendo ali+iado- Connal se +irou para caminhar pelo corredor- mas ent3o parou e tornou
a se +irar para o cunhado.
8 '6 algo mais 4ue eu de+a saberJ
8 O padre chegou 8 anunciou *Dan- :eli7 por poder dar uma notCcia boa.
Com uma e;press3o mais sua+e no rosto- Connal retomou a caminhada em dire23o @ escada
4ue le+a+a ao andar in:erior- pensando 4ue ao menos uma coisa boa o aguarda+a.
8 9elhor eu casar de uma +e7 e engra+idar minha esposa antes 4ue ela acabe matando a si
pr,pria 8 disse ele ao saCrem.
8 *+a parece ser propensa a acidentes 8 comentou *Dan em tom le+emente di+ertido-
seguindo Connal.
8 Ob+iamente minha esposa n3o . capa7 de tomar conta de si mesma... 8 Connal considerou
4ue ser propensa a acidentes era uma maneira sua+e de descre+er o 4ue acontecia. 8 1a4ui
em diante 4uero 4ue seus homens a mantenham sob +igilNncia 4uando eu n3o esti+er por
perto.
8 Suspeitei 4ue ia 4uerer 8 disse *Dan- concordando 4ue era uma boa id.ia para mantF8la a
sal+o de acidentes.
$o instante seguinte- os dois ca+aleiros adentraram o sal3o principal por uma das portas de
tr6s- mas Connal parou de caminhar ao perceber 4ue *+a con+ersa+a com o padre em p.-
ao lado da mesa. 1a posi23o onde esta+am- nem *+a nem o religioso notaram 4ue 56 n3o se
encontra+am so7inhos e podiam ser ou+idos. Curioso para +er o 4ue se passa+a- o lorde :e7
um sinal para 4ue o primeiro ca+aleiro manti+esse silFncio e escutou com aten23o.
O padre tenta+a con+encF8la dos perigos 4ue corria ao casar com lorde 9ac%die e +i+er
na4uele castelo- e a aconselha+a a :ugir en4uanto ainda era tempo. *+a- contudo-
permanecia calada. Connal imediatamente notou a :<ria de *Dan 4uando o ca+aleiro deu
um passo adiante ao escutar as pala+ras do padre- mas ergueu a m3o- indicando 4ue
continuasse 4uieto.
O padre seguiu insistindo para ela se colocar em seguran2a o 4uanto antes- e sugeriu 4ue
:ugissem 5untos- sem 4ue ningu.m notasse. Lurioso- tamb.m Connal se obrigou a conter o
impulso para agarrar a4uele pretenso representante de 1eus e atir68lo para :ora do castelo.
*ntretanto- o lorde decidiu esperar para +er como *+a reagiria @s in:ames sugestAes- e s,
ent3o decidiria se ia permitir 4ue o re+erendo celebrasse a cerimHnia ou o e;pulsaria do
castelo e mandaria buscar outro padre.
Captulo VI
*+a ?tou o padre 9acLure- incapa7 de crer no 4ue ou+ia. Primeiro ele repetira os tolos
coment6rios 4ue ha+iam lhe contado em Ca;ton- e depois- como se n3o bastasse- propHs
4ue se esgueirassem at. o est6bulo- tomassem dois ca+alos e :ugissem. O religioso
simplesmente lhe propunha abandonar o marido e o lar=
8 O senhor- um padre- de+ia se en+ergonhar em repetir tais rumores mentirosos= 8 disse ela-
:uriosa. 8 % ICblia ensina a n3o mentir.
26
O padre a ?tou surpreso- mas ent3o empertigou os ombros e sustentou seu olhar.
8 CrF 4ue os rumores n3o s3o +erdadeirosJ
8 G6 me contaram estas tolices de 4ue os 9ac%die s3o Sseres da noiteS sem alma- e 4ue se
alimentam de sangue. 9as seis ca+aleiros 9ac%die me trou;eram ca+algando durante dois
dias sob a lu7 do solE e suponho 4ue o senhor tamb.m ca+algou durante o dia-
acompanhado de ca+aleiros 9ac%die.
8 Sim 8 admitiu o padre. 8 9as ha+ia somente um ca+aleiro.
8 mJ 8 *+a es:or2ou8se para n3o rir. Pelo +isto- Connal a 5ulga+a bem mais importantee 4ue
o padre- pois ela +ia5ara na companhia de seis dos seus melhores homens.
8 Tem certe7a 4ue os ca+aleiros 4ue a escoltaram eram 9ac%dieJ 8 perguntou padre
9acLure- des+iando seus pensamentos.
8 *u e todos os 4ue +i+em a4ui somos 9ac%die 8 replicou *+a- sabendo 4ue- tal como 9a+is-
o padre pretendia alegar 4ue os S+ampirosS possuCam +assalos n3o suscetC+eis @ lu7 do sol
para desempenhar as tare:as 4ue eles n3o podiam :a7er. 8 *sta bobagem de di7er 4ue os
9ac%die s3o seres noturnos 4ue n3o suportam o dia se baseia no :ato de Connal e sua irm3-
%ileen- serem al.rgicos @ lu7 do sol. 'a+ia uma garota em Ca;ton 4ue so:ria do mesmo
problema- e ningu.m 5amais insinuou 4ue :osse um... Sser da noiteS.
8 %lergia ao solJ
8 *;atamente.
8 Compreendo. 8 O padre pareceu considerar o 4ue ou+ia. 8 * 4uanto ao :ato de n3o
en+elheceremJ
8 Pura tolice tamb.m. Iasta olhar para %ileen para notar 4ue est6 en+elhecendo.
8 Tal+e7 ela en+elhe2a- mas o 4ue se di7 . 4ue Connal 9ac%die n3o en+elhece desde 4ue
atingiu a maturidade- h6 trinta anos.
*+a o ?tou sem conseguir esconder a surpresa. Se Connal atingira a maturidade h6 trinta
anos- ele de+eria ter agora cin4Kenta e cinco- ou mesmo sessenta anos. Contudo- era
impossC+el 4ue um rapa7 t3o +igoroso- atraente e com pele t3o 5o+em ti+esse tal idade. TrFs
d.cadas atr6s- seu marido ainda n3o nascera- ou era um nenF. O pai de Connal- sim- poderia
ter essa idade caso :osse +i+o. Ob+iamente- pensou ela de repente- acreditando
compreender o 4ue gera+a a con:us3o.
8 9eu irm3o se chama Gonathan 8 *+a :alou.
8 O um bom nome 8 comentou o padre de :orma +aga.
8 *le tem o mesmo nome de meu pai& Gonathan. Com certe7a Connal tamb.m possui o nome
do pai- e por isso di7em 4ue Connal 9ac%die n3o en+elhece. 9as n3o se trata da mesma
pessoa- e sim de pai e ?lho. %l.m do mais- n3o obser+ei sinal de +ampirismo desde 4ue
cheguei a este castelo- e o senhor h6 de con+ir 4ue um +ampiro 5amais mandaria buscar um
padre para celebrar um casamento 4ue 56 :oi reali7ado 8 continuou *+a com determina23o. 8
Saiba 4ue meu casamento com lorde 9ac%die ocorreu em Ca;ton sem a presen2a de meu
marido- mas ele decidiu :a7er uma segunda cerimHnia a4ui=
8 Como 4ueira 8 disse o religioso- num tom de 4uem n3o se con+encera.
*+a 56 se sentia bastante irritada com o teimoso padre 4ue n3o aceita+a seus argumentos-
como se a id.ia de os 9ac%die serem monstros :osse interessante demais para ser dei;ada
de lado. *la ainda pretendia di7er 4ue considera+a um absurdo ele n3o crer em :atos claros
como 6gua- 4uando notou 4ue algu.m se apro;ima+a pelo lado. $3o :oi di:Ccil imaginar
4uem era- pois o padre engasgou imediatamente ao +er 4uem chega+a.
%o +irar8se tamb.m- *+a deparou com Connal e te+e certe7a de 4ue ele ou+ira a con+ersa-
27
pois 5amais obser+ara em algu.m tanta :rie7a e :<ria ao mesmo tempo. Leli7mente para ela-
a :<ria de lorde 9ac%die se dirigia ao padre.
$3o era de admirar- pensou *+a. %?nal- o religioso aceitara a hospitalidade do senhor
da4uele :eudo- comeria e beberia @ sua mesa- e mesmo assim o ataca+a pelas costas. *la
sentia pena- pois Connal certamente o e;pulsaria imediatamente. 9as.em +e7 de e;plodir
em :<ria- como ela antecipara- Connal ordenou 4ue o padre tomasse lugar @ mesa.
8 Sente8se 8 ele ordenou com +o7 :ria como a2o.
O homem se sentou calado. Parecia inteligente o bastante para n3o di7er nada 4ue pudesse
piorar a :<ria do lorde. Connal :e7 um gesto para 4ue *+a tamb.m sentasse- e ent3o ocupou
a cadeira entre os dois. %ntes de continuar a :alar- contudo- ele ?tou a m3o en:ai;ada de
*+a.
8 O :erimento n3o . gra+e 8 ela se apressou a e;plicar- apesar de Connal nada ter
perguntado- e imaginando 4ue *Dan- em p. ao lado deles- 56 ti+esse contado 4ue se trata+a
da mordida de um animal.
8 9ate o c3o 8 ordenou Connal- +irando8se para o primeiro ca+aleiro.
8 $3o 8 reagiu .*+a num impulso. Connal tornou a ?t68la- surpreso. 8 Por :a+or- n3o o mate 8
ela pediu em tom suplicante.
8 % culpa :oi minha e n3o do pobre animal. Lui eu 4uem me apro;imei e estendi a m3o para
a:ag68lo.
8 *ste c3o . perigoso e pode morder outra pessoa.
8 *le tem a pata traseira paralisada- e s, representa perigo para 4uem . tolo a ponto de
toc68lo. #lynis me a+isou 4ue n3o era amig6+el- mas mesmo assim eu 4uis a:ag68lo. Por
:a+or- meu senhor=
8 O um c3o bra+o 8 retrucou Connal.
8 Com uma perna paralisada- eu tamb.m seria mau8humorada=
Connal a ?tou com uma e;press3o indeci:r6+el nos olhos- mas penetrante e pro:unda.
%temori7ada- *+a :e7 es:or2o para n3o abai;ar o olhar- sabendo 4ue se n3o triun:asse
na4uela 4uest3o- o pobre c3o seria destruCdo- e por sua culpa. Por ?m- Connal tornou a se
+irar para *Dan.
8 O casamento ser6 reali7ado dentro de uma hora- nos degraus da capela. %ssegure8se 4ue
todos se5am in:ormados e compare2am.
8 *Pe iniciou o preparo do ban4uete desde 4ue o senhor mandou buscar o padre 9acLure- e
56 sabe 4ue ele chegou 8 a+isou *Dan. 8 O 5antar :oi cancelado esta noite- pois comeremos
ap,s a cerimHnia. Todos :oram in:ormados de 4ue o casamento seria reali7ado assim 4ue o
padre chegasse- e como sabem 4ue chegou ho5e- agora s, esperam a con?rma23o da hora
e;ata. %nunciarei 4ue de+em estar prontos dentro de uma hora.
Connal meneou a cabe2a- satis:eito. * *Dan se a:astou- n3o sem antes dirigir uma le+e
re+erFncia para *+a.
8 Iem- agora +amos nos preparar para o casamento. 8 Connal partiu sem tornar a se dirigir
ao padre.
%li+iada- *+a sabia 4ue Rol:y seria poupado- pois Connal nada mais dissera sobre o assunto.
9as sua partida repentina n3o lhe deu chance de agradecer. 1e 4ual4uer maneira- %ileen
apareceu t3o subitamente 4uanto Connal partira.
8 0ou a5ud68la a se +estir 8 o:ereceu %ileen com um sorriso.
8 Oh= 8 e;clamou *+a- sobressaltada. 9agaidh dissera para escolherem o tecido durante o
dia- para 4ue con:eccionassem o +estido @ noiteE mas %ileen n3o descera para o des5e5um- e
28
ap,s o incidente no est6bulo se es4uecera completamente da tare:a. $3o 4ue :osse adiantar
alguma coisa- *+a considerou entristecida- pois mesmo 4ue se lembrasse- seria impossC+el
con:eccionar o +estido no espa2o de uma hora. % conse4KFncia . 4ue ia casar dentro de
instantes e nada tinha para +estir.
8%inda bem 4ue ha+ia +6rias criadas disponC+eis para costurar ho5e.
*+a se +irou ao ou+ir o coment6rio- e deparou com 9agaidh se apro;imando com um
enorme sorriso e um +estido de seda em tom +erde8claro nos bra2os.
8 Sei 4ue lhe pedi para escolher o tecido 8 come2ou 9agaidh 8- mas depois 4ue a dei;ei
ontem @ noite :ui in:ormada de 4ue o padre +iria ho5e- e pensei 4ue seria melhor
con:eccionar o +estido 4uanto antes- para o caso de Connal dese5ar reali7ar a cerimHnia
imediatamente. Se ti+.ssemos mais tempo- sem d<+ida seria +ocF a escolher o tecido 4ue
mais lhe agradasse. 8 9agaidh passou o tra5e para *+a. 8 *scolhi esta cor por acreditar 4ue
ressaltaria o +erde de seus olhos. *spero 4ue goste.
8 O lindo= 8 *+a le+antou8se para receber a roupa- com os olhos <midos por tamanha
considera23o da parte de 9agaidh.
*ra inacredit6+el 4ue as pessoas pudessem espalhar rumores t3o p.r?dos sobre essas
pessoas- pensou *+a. Os 9ac%die a trata+am com uma gentile7a 4ue ela nunca des:rutara
em Ca;ton. Seu marido organi7ara outra cerimHnia de casamento- e na4uela manh3 #lynis
lhe trou;era +estidos no+os para seu guarda8roupa. 9ais 4ue tudo- 9agaidh ti+era a
presen2a de espCrito de lhe preparar uma roupa especial para o matrimHnio.
*mocionada- *+a percebeu 4ue 5amais se +ira t3o amparada e rodeada de carinho desde o
:alecimento dos pais- 4uando era menina. *la sentia o cora23o doer de emo23o- ainda 4ue
:osse :elicidade.
8 9inha 4uerida= 8 disse 9agaidh- 4ue parecia compreender o 4ue *+a sentia e certamente
notara suas l6grimas. 8 $,s a tratamos como merece. %gora- +amos subir para +ocF se
aprontar.
8 *la est6 linda.
O coment6rio :oi pro:erido por *Dan- e Connal reconheceu 4ue seu ca+aleiro tinha ra73o&
sua noi+a esta+a magnC?ca. 9agaidh e %ileen ha+iam trans:ormado *+a numa princesa de
conto de :adas. Seu +estido longo e es+oa2ante tinha o tom +erde da Boresta durante o dia-
algo 4ue ele +ira rarCssimas +e7es. *la n3o usa+a um +.u- e seus cabelos soltos at. os
ombros e adornados com pe4ueninas Bores naturais brilha+am como seda @ lu7 das tochas.
Sua noi+a parecia 5o+em e linda como nunca. Connal inBou o peito com orgulho& ?7era uma
boa escolha.
*+a tentou sorrir sempre e esconder o ner+osismo ao caminhar entre a multid3o- rumo aos
degraus da entrada da capela. Seu casamento em 9ac%die ainda nem come2ara e 56 era t3o
di:erente do casamento em Ca;ton- onde somente Gonathan- 9a+is e os seis ca+aleiros
escoceses esta+am presentes. O padre n3o pro:erira ent3o mais 4ue meia d<7ia de pala+ras-
e *Dan dissera o SsimS nupcial representando lorde 9ac%die.
1esta +e7- *+a se banhara com :ragrNncias de Bores e usa+a um +estido 4ue ultrapassa+a
em bele7a 4ual4uer outro 4ue ha+ia +isto na corte do rei. Seu penteado esta+a lindamente
trabalhado- e as incont6+eis tochas 4ue ilumina+am a pra2a em :rente @ capela
empresta+am um ar romNntico e m6gico a tudo. %s pessoas abriam caminho para 4ue ela
passasse- e era +isC+el o encantamento 4ue sentiam ao +F8la.
*+a n3o cabia em si de :elicidade& agora sentia 4ue realmente se casa+aE ao contr6rio da
primeira +e7- 4uando os sombrios rumores sobre os 9ac%die contados por 9a+is lhe
in:erni7a+am a consciFncia e a :a7iam temer o :uturo. *ste casamento era muito di:erente
do primeiro- pois agora n3o tinha temores em rela23o ao :uturo- e acredita+a 4ue tudo daria
certo.
29
8 Tudo +ai dar certo.
Connal s, percebeu 4ue :ala+a em +o7 alta 4uando *Dan lhe perguntou o 4ue . 4ue ia dar
certo.
8 Tudo 8 disse Connal de :orma e+asi+a- ignorando o olhar curioso do cunhado.
8 *ste casamento est6 sendo bem mais agrad6+el do 4ue o o?ciali7ado na "nglaterra 8
comentou *Dan. 8 O outro casamento :oi r6pido- e parecia uma reuni3o de neg,cios.
Gonathan Ca;ton insistiu 4ue o celebr6ssemos imediatamente- e *+a :oi chamada @s pressas-
sem ter tempo para se preparar. *ra +isC+el o embara2o dela- mas como seu irm3o :e7
4uest3o de n3o esperar- dali a instantes o padre chega+a @ capela- para pro:erir apenas as
pala+ras estritamente necess6rias- a ?m de consumar a cerimHnia 4uanto antes. *u esta+a
cansado e empoeirado da +iagem- e gostaria de ter esperado at. mais tarde- mas Gonathan
Ca;ton n3o permitiu. *+a n3o se sentiu :eli7 na4uela ocasi3o- e tenho certe7a de 4ue o
casamento a4ui em 9ac%die ser6 muito mais a seu gosto.
Connal olhou para *+a- 4ue se apro;ima+a& de :ato- ela esta+a ador6+el +estida de noi+a.
Parecia um pouco ner+osa- mas algo em sua e;press3o indica+a satis:a23o e :elicidade.
Connal hesitara em concordar com a sugest3o da m3e para :a7erem uma segunda
cerimHnia- por recear 4ue *+a n3o o apreciasseE mas agora se alegra+a por ha+er
consentido. *ra bom +er todo o cl3 ali reunido- e sua linda noi+a se apro;imando entre eles.
Connal tinha consciFncia de 4ue passara pouco tempo com ela at. agora- mas presta+a
aten23o ao 4ue seus :amiliares- ca+aleiros e +assalos lhe conta+am.
Todos se sentiam cati+ados por *+a. %t. mesmo o ato de abrir as cortinas do sal3o :ora +isto
como urna tentati+a de melhorar +ida no castelo- e ningu.m a 5ulgara mal por isso. Tudo
daria certo- Connal tornou a pensar- contanto 4ue ela aceitasse sem horror ou histerismo as
re+ela2Aes 4ue mais cedo ou mais tarde :aria.
Connal sabia 4ue seria necess6rio re+elar sua nature7a e suas origens- apesar de temer a
rea23o da esposa. *le n3o tinha id.ia de como abordaria o assuntoE de 4ual4uer modo- seria
melhor 4ue ele contasse tudo de maneira calma e sensata. *le lhe daria mais tempo para se
acostumar @ normalidade da +ida em 9ac%die- e ent3o re+elaria os :atos tais como eram.
*n?m- *+a se apro;imou e subiu os degraus da entrada da capela para 5untar8se a Connal-
*Dan e ao padre. Connal a ?tou nos olhos e se es:or2ou para sorrir- mas pro+a+elmente seu
sorriso pareceu estranho- pois ele se sentia ner+oso- uma sensa23o @ 4ual n3o esta+a
habituado. %mbos se +iraram para o padre 9acLure 4uando *+a +enceu o <ltimo degrau- e
ent3o ela surpreendeu Connal- tomando8lhe a m3o e apertando8a de le+e entre os dedos-
num gesto de cumplicidade e carinho- :a7endo8o outra +e7 pensar 4ue tudo daria certo.
*+a n3o imagina+a 4ue a4uele casamento :osse t3o mais demorado do 4ue o reali7ado em
Ca;ton- e mais de uma +e7 precisou se es:or2ar para manter a aten23o nas pala+ras em
latim 4ue padre 9acLure pro:eria. Por ?m- ela resol+eu parar de :a7er es:or2o para a mente
n3o di+agar- e a primeira coisa em 4ue pensou :oi nos 4uitutes 4ue *Pe teria preparado
para o ban4uete. *Pe esta+a h6 dias ocupada com o preparo dos assados- guisados- bolos e
doces- e sem d<+ida tudo estaria delicioso- pois *+a con?rmara o talento da co7inheira em
todas as re:ei2Aes 4ue ?7era.
"nad+ertidamente- os pensamentos de *+a dei;aram de se concentrar no ban4uete e se
dirigiram a algo 4ue sem d<+ida tamb.m po+oa+a a cabe2a das noi+as& a noite de n<pcias.
*+a conta+a no+e anos 4uando sua m3e :aleceraE assim- ela n3o pHde orientar *+a sobre a
noite de n<pcias. Contudo- ela n3o ignora+a o 4ue ocorria entre um homem e uma mulher.
9a+is- sua criada e amiga em Ca;ton- dormia no grande 4uarto ao lado da co7inha- 5unto
com os outros criados- e mais de uma +e7 presenciara coisas 4ue se passa+am durante a
noite e as contara a *+a.
9a+is descre+eu o encontro entre um homem e uma mulher como algo parecido a uma luta-
na 4ual- em certo momento- o homem coloca parte de seu corpo entre as pernas da mulher.
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% criada descre+era esta parte do corpo masculino como Suma esp.cie de salsich3o co7idoS.
Com a mente presa em tais pensamentos- e sem perceber o 4ue :a7ia- *+a +irou a cabe2a
um pouco para o lado- e abai;ou os olhos para ?tar a regi3o do corpo de Connal onde se
locali7a+a o tal salsich3o co7ido. Seu noi+o tamb.m se +estira com elegNncia para o
casamento- e tra5a+a uma cal2a 5usta- de tecido ?no- bem di:erente das 4ue usa+a para
ca+algar.
Sem 4uerer- *+a se surpreendeu e at. mesmo se assustou com o 4ue +iu- pois 9a+is lhe
e;plicara 4ue 4uanto maior o +olume entre as pernas masculinas- maior o tamanho da4uela
parte do corpo dos homens. %nsiosa- ela concluiu 4ue Connal certamente era +igoroso
tamb.m em suas partes masculinasE e sem 4uerer- apertou as pr,prias co;as- numa atitude
de de:esa ao se imaginar Slutando com o marido no leito at. ele colocar o tal salsich3o entre
suas pernasS- como 9a+is descre+era.
8 *+a.
*la te+e um sobressalto ao ou+ir 4ue a chama+am- e rubori7ou de imediato- acreditando 4ue
hou+esse sido Bagrada em sua indiscri23o. 9as a e;press3o de Connal- somada @ atitude de
espera do padre- a ?7eram crer 4ue se trata+a de outra coisa.
8 %ceitaJ 8 perguntou o padre- ?tando8a como se repetisse a pergunta.
8 %ceito 8 respondeu *+a.
O re+erendo 9acLure prosseguiu ent3o com as pala+ras em latim- at. o momento em 4ue
disse a Connal&
8 Pode bei5ar a noi+a.
*+a se mostrou surpresa ao ou+ir tais pala+ras. Ser6 4ue a cerimHnia ?nalmente terminaraJ
Parecia 4ue sim. *la cerrou os olhos e esperou pelo bei5o do marido- perguntando a si
pr,pria como seria ser bei5ada. $o instante seguinte- sentiu os l6bios de Connal ro2ando os
seus- num to4ue doce e terno e... gostou da sensa23o= $um impulso autom6tico- ela se
ergueu na ponta dos p.s para pressionar seus l6bios mais :ortemente contra os dele- mas
Connal a:astou o rosto.
*mbara2ada pela espontNnea rea23o de entrega ao marido- ela deu um passo para tr6s
en4uanto ou+ia os gritos de rego7i5o da multid3o abai;o deles. "n:eli7mente- *+a s, lembrou
4ue se encontra+a no topo da escada 4uando 56 era tarde demais& dese4uilibrou8se e caiu
para tr6s- sentindo a perna bater com :or2a contra os degraus da entrada da capela antes
de aterrissar de costas no ch3o- e ou+ir os gritos de S+i+aS da multid3o se trans:ormarem em
e;clama2Aes de cho4ue e alarme.
Captulo VII
*+a suspirou- depositou a cesta de costura sobre a grama e ent3o ergueu a :ace para o sol-
e cerrou os olhos. % calma e o silFncio impera+am no 5ardim do castelo. #lynis acertara ao
insistir em 4ue +iesse se sentar ali. % 5o+em criada lhe ?7era constante companhia toda a
semana- e *+a sabia 4ue os dias de repouso teriam sido bem mais longos sem a con+ersa
di+ertida e amig6+el da ama.
Triste- ela se lembrou do casamento. m esplFndido ban4uete se seguira @ cerimHnia- e
*Pe e;cedera a si mesma no preparo dos guisados- assados- bolos e doces. "n:eli7mente-
*+a s, ou+ira :alar em tais mara+ilhas- pois passara um bom tempo inconsciente depois de
cair da escada da capela e ser carregada para o 4uarto. %o +oltar a si- seu corpo doCa- e ela
n3o pHde :este5ar nem te+e apetite para pro+ar as iguarias. Te+e de se contentar em ou+ir
os sons da :esta 4ue ocorria no sal3o e na pracinha de:ronte ao castelo.
!esol+eu :a7er um in+ent6rio dos machucados 4ue so:rera nos <ltimos dias. % mordida do
c3o sara+a com rapide7 e a :ai;a :ora retirada de sua m3o para 4ue o :erimento secasse. O
31
torno7elo tamb.m ha+ia melhoradoE mas ela ainda caminha+a com cuidado- e sem colocar
peso no p. torcido. Seus bra2os e pernas- por.m- ostenta+am marcas ro;as e contusAes.
*+a ti+era sorte em n3o 4uebrar nenhum osso- mas o acidente e conse4Kentes machucados
impuseram o adiamento da noite de n<pcias outra +e7. Para *+a- era como se adiassem o
momento de e;trair um dente estragado& algo indese56+el e doloroso- mas 4ue tinha de
acontecer. *sperar a torna+a ansiosa- e seria melhor se acontecesse logo- para a ansiedade
passar.
1e 4ual4uer :orma- *+a acredita+a 4ue ap,s uma semana de repouso- e sem outros
acidentes- tudo esta+a perto de se normali7ar. Ou 4uase tudo. Todos a seguiam- tratando8a
com gentile7a e simpatiaE mas agora tamb.m a trata+am como se :osse uma :r6gil pe2a de
cristal ou- pior ainda- como se :osse idiota. *la :ora proibida de carregar ou erguer ob5etos- e
dois homens a +igia+am o tempo todo para se assegurarem de 4ue respeita+a a proibi23o e
n3o :a7ia nada 4ue a colocasse em perigo. *+a se sentia como uma crian2a 4ue tem de ser
+igiada para n3o se meter em problemas.
!essentida- ela ?tou 1onaidh e #eordan- 4ue con+ersa+am- sentados num dos bancos do
5ardim. *ram eles os encarregados de +igi68la na4uela manh3. Se por acaso ela ?7esse
men23o de le+antar- os dois correriam a tom68la pelo bra2o para se certi?car 4ue n3o ia cair
nem trope2ar.
Trans:ormei8me no bobo da- corte=
Os sentinelas nem sempre eram discretos- e em +6rias ocasiAes ela ou+iu o 4ue di7iamE por
isso- agora sabia mais sobre a +ida em 9ac%die. %prendera 4ue Connal n3o se ausenta+a
durante o dia por estar administrando o :eudo- mas sim por4ue pre:eria dormir- por causa da
rea23o al.rgica ao sol. *Dan era o respons6+el durante o dia- e Connal assumia o comando
ao despertar- 4uando o sol se punha. % conse4KFncia era 4ue o :eudo 9ac%die era t3o mo+i8
mentado @ noite 4uanto de dia- ou tal+e7 mais @ noite 4ue de dia.
*+a tamb.m escutara 4ue Connal saCa com seus homens para e;cursAes noturnas- tal+e7
ata4ues a outros :eudos ou coisas assimE um costume mais comum na *sc,cia 4ue na
"nglaterra. *la n3o apro+a+a tal comportamento belicoso- mas ha+ia decidido n3o saber mais
a respeito e simplesmente des+ia+a a aten23o 4uando os ca+aleiros toca+am no assunto. 1e
4ual4uer :orma- sabia 4ue Connal esta+a ocupado desde o escurecer at. o amanhecer.
9esmo assim- seu marido acaba+a encontrando tempo para lhe :a7er companhia- e sempre
+inha 5antar com ela- apesar de *+a pensar 4ue ele comia menos do 4ue de+eria. *ra
:re4Kente tamb.m 4ue ca+aleiros aparecessem durante a re:ei23o para :a7er relat,rios ou
in:ormar a respeito de assuntos do :eudo- e Connal os escuta+a com aten23o. 9uitas +e7es
ele abandona+a a mesa para +eri?car algo- ou para uma reuni3o com os homens- mas
+olta+a mais tardeE ent3o- senta+am diante da lareira para con+ersar e 5ogar ;adre7.
*+a 5oga+a ;adre7 muito bem- pois o pai a ensinara 4uando ainda crian2aE depois- ela
passara anos praticando com Lynette- at. a irm3 mais +elha ser en+iada para o con+ento
por n3o ter encontrado um homem disposto a casar sem o dote- 56 4ue Gonathan n3o pagaria
por ele. *+a nutria a esperan2a de 4ue 5ogar ;adre7 a redimisse com Connal& dese5a+a
mostrar 4ue era inteligente e perspica7- apesar de se meter em acidentes. Se conseguisse
:a7F8lo- tal+e7 seu esposo desistisse de mantF8la sob guarda.
$este momento- o sol se escondeu atr6s de uma nu+em- e *+a sentiu uma lu:ada de +ento
:rio. %chou melhor entrar. *ra hora de se preparar para comer- pois o dia termina+a e o
5antar logo seria ser+ido.
8 Se 56 acabamos- +ou subir e encontrar minha esposa8 anunciou *Dan.
Connal concordou com a cabe2a- e ent3o se +irou para o outro lado do sal3o- en4uanto os
ca+aleiros partiam. Sentada em :rente ao :ogo- *+a costura+a- esperando a reuni3o
terminar- e sua postura encolhida mostra+a 4ue tinha :rio. Connal notara 4ue ela se encolhia
cada +e7 4ue abriam uma porta- certamente por causa da ccrrente de ar 4ue se :orma+a. %
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noite esta+a chu+osa- e ha+ia +entoE n3o era de espantar 4ue sentisse :rio. *le reconheceu
4ue o :rio n3o o incomoda+a- mas n3o podia esperar o mesmo da esposa.
80amos subir e 5ogar ;adre7 em nosso 4uarto 8disse Connal- apro;imando8se. 8 L6 estar6
mais 4uente- sem portas sendo abertas o tempo todo.
*+a sorriu- ali+iada ante a sugest3o do marido- e aceitou a m3o 4ue ele estendia para a5ud68
la a le+antar.
8 % noite est6 :ria- Connal.
8 O o ?m do +er3o. %s noites se tornam mais longas- os dias mais curtos- e 56 come2a a
es:riar.
$a +erdade- ele se preocupa+a cada +e7 mais com a integridade :Csica de *+a. Connal
so:rera outro ata4ue h6 duas noites atr6s- 4uando ca+alga+a pelo bos4ue com os ca+aleiros.
*ra a terceira +e7 4ue tenta+am tirar8lhe a +ida nos <ltimos meses. % Becha passou de
rasp3o- e terminou atingindo o bra2o do ca+aleiro a seu lado. Leli7mente o :erimento n3o
:ora pro:undo- e cicatri7ara num piscar de olhos- mas este incidente o incomodara mais do
4ue os anteriores- pois acontecera @ noite- 4uando ele esta+a rodeado por homens 4ue
saCriam imediatamente @ procura do atacante.
>uem o ataca+a- contudo- n3o pareceu se importar e te+e a sorte de conseguir escapar- pois
seus ca+aleiros n3o o locali7aram entre as 6r+ores. Os homens 4ue o acompanha+am
possuCam e;celente +is3o predat,ria noturna- e era admir6+el 4ue n3o hou+essem en8
contrado o atacante. *ra 5ustamente isso o 4ue o preocupa+a& ConnaT possuCa todas as
+antagens- mas mesmo assim ousaram atac68lo. Seu perseguidor parecia desesperado para
le+ar a cabo seu intento- e homens desesperados s3o impre+isC+eis.
$o ata4ue- uma pessoa ha+ia sido :erida. Trata+a8se de um ca+aleiro 9ac%die- 4ue tinha a
capacidade de se recuperar de :erimentos instantaneamente. 9as o 4ue aconteceria se
:osse *+a 4uem esti+esse 6 seu ladoJ * se a Becha acertasse o cora23o e n3o o bra2oJ
Tal possibilidade o incomoda+a mais do 4ue ele poderia supor a princCpio- obrigando8o a
admitir 4ue se sentia mais unido @ esposa. %os poucos- e sem perceber- Connal aprendia a
gostar e +alori7ar os momentos 4ue des:ruta+am 5untos- 5ogando ou con+ersando diante da
lareira. *+a se re+ela+a uma mulher inteligente e sensC+el- e era agrad6+el ou+i8la contar a
respeito da in:Nncia em Ca;ton e de sua +ida antes de +ir para 9ac%die.
*m di+ersas ocasiAes- Connal sentiu re+olta ao ou+i8la descre+er as circunstNncias em 4ue
+i+era sob o 5ugo do irm3o a+arento 4ue passou a cuidar da :amClia depois da morte dos
pais. 9as *+a n3o guarda+a rancor pelo 4ue a ha+iam :eito passar- e e;ibia uma postura de
aceita23o madura e at. ?los,?ca- a?rmando 4ue os :atos 4ue lhe causaram so:rimento
tamb.m a ensinaram a +alori7ar as coisas simples da +ida. *ra um pra7er ou+i8la :alar a
respeito de siE e pouco a pouco Connal come2ou a admir68la.
>uando subiram as escadas- Connal obser+ou a esposa +encer os <ltimos degraus- e ent3o
soltar a saia ao caminhar pelo corredor em dire23o ao 4uarto. *le ha+ia esperado para
consumar o casamento por causa das contusAes so:ridas por *+a- mas ela 56 parecia
recuperada. Tal+e7 :osse chegado o momento de se unir ?sicamente @ esposa- tal como a lei
56 os unira.
%o entrarem- *+a se sentia estranhamente ner+osa. 1irigiu8se @s poltronas de:ronte @
lareira. *la 5ogara ;adre7 com Connal todas as noites da4uela semana- mas era a primeira
+e7 4ue o :a7iam no 4uarto- um aposento bem menor e mais Cntimo 4ue o sal3o. Perturbada-
*+a decidiu 4ue seria melhor con+ersar com o marido e resol+er a 4uest3o 4ue tanta
ansiedade lhe causa+a& a consuma23o do matrimHnio.
8 Connal- gostaria de di7er 4ue... apreciei sua gentile7a em organi7ar um segundo
casamento. O :ato de ter adiado... bem... consumar nossa uni3o at. 4ue eu me recuperasse
dos acidentes 4ue so:ri e...
33
*la se calou de repente- consciente de 4ue se torna+a +ermelha como um piment3o- e sem
saber como prosseguir. *la n3o ha+ia considerado o 4u3o di:Ccil seria tal con+ersa- mas
agora iniciara o assunto e n3o podia +oltar atr6s.
8 *sta situa23o dei;a meus ner+os em :rangalhos- meu lorde= *u me pergunto se n3o
poderCamos resol+F8la logo.
8 !esol+F8la... logoJ 8 Connal :ran7iu a sobrancelha.
8 Sim 8 recome2ou *+a- es:regando ner+osamente as m3os. 8 Ter6 de acontecer cedo ou
tarde- e o :ato de n3o saber e;atamente 4uando est6 me matando de ansiedade. O como...
um dente estragado 4ue . preciso arrancar... *n?m- algo 4ue n3o se pode e+itar.
8 1ente estragado 4ue . preciso arrancarJ 8 Connal repetiu- perple;o.
8 *u... $3o me le+e a mal- mas... ou+i di7er 4ue consumar o casamento atra+.s da uni3o
:Csica n3o . algo muito dese56+el- nem tra7 pra7er=
8 O 4ue :oi 4ue seu irm3o lhe disseJ
8 $3o :oi meu irm3o- e sim minha ama. %h... $a +erdade- 9a+is n3o era minha ama... *la
trabalha+a na co7inha- mas :a7ia @s +e7es de ama 4uando necess6rio... isto .- ela me a5udou
uma ou duas +e7es e... contou 4ue... 8 *+a come2ou a balbuciar outra +e7.
8 O 4ue :oi 4ue 9a+is lhe contou a respeito do 4ue se passa entre um homem e uma mulherJ
Connal parecia menos contra:eito agora- o 4ue a ali+iou.
8 *la descre+eu o 4ue ocorria entre os criados- n3o necessariamente entre um marido e a
esposa. 9a+is dormia 5unto com outros criados- num grande aposento. Iem- ela notou 4ue
eles... por +e7es...
8 Pare de gague5ar e conte8me o 4ue ela disse. $3o precisa ter medo.
8 9a+is disse 4ue o homem e a mulher lutam durante algum tempo- e ent3o ele coloca seu
salsich3o co7ido entre as pernas dela.
Connal reagiu com um som estranho- algo entre rir e pigarrear- e ent3o +irou como se
4uisesse esconder o rosto. Seus ombros-contudo- come2aram a chacoalhar- indicando 4ue
ele ria. "ndignada- *+a ia protestar- 4uando bateram @ porta. Tomada de surpresa- e irritada-
caminhou para atender. %o abrir a porta- contudo- ela deparou com #lynis- 4ue tra7ia o
+inho- e se :or2ou a trans:ormar a e;press3o de 7anga num sorriso.
8 Obrigada= 8 *+a pegou a bande5a com a 5arra e as ta2as. 8 Obrigada tamb.m por ter
acendido a lareira.
8 Pode dei;ar 4ue eu mesma le+o a bebida- senhora.
8 $3o se preocupe- eu ser+irei o +inho 8 assegurou *+a em tom decidido- dando um passo
para tr6s e se aprontando para :echar a porta com o p.. %o :a7F8lo- contudo- ela come2ou a
perder o e4uilCbrio obrigando Connal a correr para a5ud68la.
8 1ei;e8me cuidar disso. 8 *le tomou a bande5a das m3os de *+a. 8 9elhor e+itar acidentes 8
continuou Connal ao atra+essar o 4uarto para colocar a bande5a ao lado do tabuleiro de
;adre7 na mesa entre as poltronas.
$o entanto- *+a ha+ia perdido a +ontade de 5ogar- e tinha ainda menos +ontade de
?nalmente proceder ao seu Sde+er de esposaS. $a +erdade- o 4ue dese5a+a no momento era
ser dei;ada a s,s para cuidar do orgulho :erido. Calada- :echou a porta e permaneceu onde
esta+a- en4uanto Connal ser+ia o +inho.
8 9a+is esta+a enganada- e dei;ou de contar coisas importantes 4ue se passam entre um
homem e uma mulher 4uando est3o 5untos no leito 8 disse ele ?nalmente- ao recolocar a
5arra sobre a mesa.
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8 Coisas importantesJ 8 *+a :ran7iu a sobrancelha.
8 Sim 8 a?rmou Connal- apro;imando8se com as ta2as. 8 Ieba seu +inho.
$um gesto autom6tico- *+a aceitou- e sor+eu um gole da bebida 4ue Connal o:erecia.
8 9a+is n3o mencionou nada a respeito dos bei5os- por e;emplo. 8 Connal tomou um gole de
+inho.
8 Iei5osJ 8 *+a come2ou a sentir um s<bito interesse ao lembrar o ro2ar de l6bios 4ue ha+iam
trocado ao ?nal da cerimHnia de casamento- e do arrepio 4ue a4uele bre+e contato
produ7ira.
8 Como nosso bei5o de casamento 8 continuou Connal como se adi+inhasse seus
pensamentos. 8 *;ceto 4ue muito mais.
8 9ais o 4uFJ
8 Ieba o +inho 8 instruiu Connal em +e7 de responder.
"mpaciente- *+a sor+eu com rapide7 outro gole- e ent3o tornou a ?t68lo.
8 9ais o 4uFJ 8 ela repetiu.
8O di:Ccil e;plicar8disse Connal apro;imando8se. 8 Tal+e7 se5a melhor eu lhe mostrar.
Captulo VIII
*+a ?tou o marido- sem saber como reagir @ sua sugest3o de mostrar o 4ue de :ato ocorria
entre um homem e uma mulher. O r6pido bei5o depois do casamento ha+ia sido agrad6+el-
mas Connal a dei;ara curiosa ao a?rmar 4ue ha+ia mais do 4ue a4uele ro2ar de l6bios.
TCmida- ela meneou a cabe2a concordando- ent3o cerrou os olhos e ergueu le+emente o
4uei;o em o:erecimento.
$o instante seguinte- *+a sentiu os l6bios de Connal ro2ando os seus- num contato morno e
sua+e. Sem pensar- ela entreabriu os l6bios e soltou um suspiro. Connal reagiu inclinando o
rosto para o lado- e ent3o colocou a lCngua dentro da boca de *+a.
*la arregalou os olhos- surpresa- mas tornou a :ech68los ao sentir 4ue a lCngua de Connal
ro2a+a a sua. *+a surpreendera criados se bei5ando desta maneira em Ca;ton- mas n3o
imagina+a 4ue seria t3o <mido e 4uente. 9ais 4ue isso& n3o imagina+a 4ue :osse t3o
agrad6+el =
Os l6bios de Connal toca+am os seus com ?rme7a agora- e sua lCngua desli7a+a sobre a dela
em mo+imentos intensos. *le apro:undou o bei5o- mo+endo o rosto como se procurasse
penetrar sua boca o m6;imo possC+el.
1e repente- *+a ou+iu o ruCdo de lC4uido esparramando no ch3o- e dedu7iu 4ue Connal
dei;ara a ta2a de +inho cair. $o instante seguinte ele a abra2a+a pela cintura e a pu;a+a de
encontro a si- :a7endo seus corpos se tocarem por inteiro. $um impulso- ela tamb.m soltou
a pr,pria ta2a e entrela2ou os bra2os pelas costas do maridoE Connal reagiu descendo as
m3os desde sua cintura at. as co;as- e ent3o a estreitou mais ainda nos bra2os.
Sensa2Aes desconhecidas tomaram conta de *+a 4uando di:erentes partes de seu corpo
tocaram o corpo de Connal- como a s<bita consciFncia dos seios tocando o peito do marido-
ou a rigide7 4ue de repente sentia de encontro ao +entre.
8 '6 mais 8 murmurou Connal- a:astando o rosto.
8 9aisJ 8 *la ?cou um tanto desapontada com a interrup23o.
8 Outros tipos de bei5os 8 e;plicou ele- surpreendendo8a ao lhe bei5ar o ou+ido- produ7indo
um arrepio 4ue a percorreu at. a ponta dos p.s.
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Os l6bios de Connal no+amente capturaram os dela- de maneira apai;onada e sedenta. *+a
se sentia derretendo em seus bra2os- e o calor no interior de seu +entre pareceu deslocar8se
para bai;o e ad4uirir umidade- como um dia 4uente de +er3o na Boresta. %l.m de pu;68la
de encontro a si- Connal ro2a+a seu corpo contra o dela- e suas pernas se encontra+am em
carCcias 4ue continham ao mesmo tempo dure7a e sua+idade.
Iei5ar era mara+ilhoso- ela pensouE e sem saber como nem 4uando a4uilo ocorrera-
percebeu 4ue o topo do +estido esta+a caCdo na altura da cintura- e seus seios agora 4uase
desnudos toca+am o tecido da camisa de Connal.
8 Oh= 8 e;clamou *+a- abrindo a boca em surpresa 4uando a m3o de Connal lhe engol:ou o
seio direito- apertando8o de uma :orma 4ue n3o produ7ia dor nem incHmodo- e sim pra7er.
* antes 4ue ela pudesse :echar a boca- de no+o Connal a in+adiu num bei5o mais pro:undo
4ue todos os outros- usando a m3o li+re para enla268la pela nuca e pressionar seu rosto
contra o dele. Por instinto- *+a come2ou a mo+imentar a lCngua- tentando tamb.m se
apro:undar dentro dele. Surpreendeu a si mesma ao alternar os mo+imentos da lCngua com
pe4uenas mordidas nos l6bios de 8 Connal. 1e repente- era como se todo seu corpo tocasse
o corpo dele- seus seios- +entre e co;as se sensibili7a+am e reagiam ao contato de m3os-
estHmago- pernas e peito do marido.
% s<bita press3o da pele das cobertas contra a parte posterior dos 5oelhos a :e7 perceber
4ue Connal a mo+imentara- e agora esta+am ao lado da cama. 9ais 4ue isso& ela notou 4ue
seu +estido caCra totalmente- e num gesto r6pido e preciso Connal pu;ou8lhe a combina23o
pelos ombros- :a7endo8a tamb.m desli7ar at. o ch3o& *+a :ora desnudada- mas n3o te+e
tempo de sentir embara2o- pois sem demora Connal inclinou a cabe2a e passou a bei5ar8lhe
a ponta do seio com os l6bios 4uentes e <midos- 4ue segundos antes lhe in+adiam a boca.
1e s<bito- ele interrompeu o 4ue :a7ia- mas apenas para erguF8la e deit68la no leito. %p,s se
despir com rapide7- Connal se deitou sobre ela e come2ou a bei5ar8lhe a base dos seios-
:a7endo *+a cur+ar as costas num mo+imento 4ue erguia e o:erecia o tronco. *la passou a
mo+imentar suas pernas entre as de Connal- e +oltou a sentir a rigide7 da4uilo 4ue 9a+is- de
modo pouco atraente- denominara Ssalsich3o co7idoS. % +erdade era 4ue *+a sentia pra7er
ao ro2ar a perna contra a dure7a do membro masculino do marido.
*la n3o antecipara o 4ue +iria a seguir- e uma no+a onda de sensa2Aes desconhecidas a
atingiu 4uando Connal passou a toc68la entre as co;as. %o sentir os dedos dele tocando8a na
parte mais Cntima de seu corpo- o instinto a :e7 entreabrir as pernas- como se o con+idasse-
ou mesmo suplicasse- a prosseguir com a carCcia. Seu corpo parecia ganhar +ontade pr,pria.
Connal intensi?cou sua+emente o to4ue- e as pernas de *+a se :echaram como se
4uisessem aprisionar a m3o 4ue a toca+a. *la se sentia di+idida entre duas sensa2Aes
antagHnicas& a4uele to4ue a sensibili7a+a tanto 4ue se torna+a 4uase insuport6+el- e ao
mesmo tempo ela n3o dese5a+a 4ue parasse.
Seu corpo reagiu de imediato @ con:us3o- retraindo8se num momento e tomando a se abrir e
entregar no instante seguinte- para ent3o tornar a se retrairE at. Connal resol+er a situa23o-
colocando as pr,prias pernas entre as dela e obrigando8a a permanecer recepti+a @ carCcia.
*nt3o- sem a+iso- algo se rompeu dentro de *+aE ela soltou um grito e enterrou as unhas nas
costas do marido. Seu corpo inteiro se retesou 4uando ela sentiu uma agulhada de dor e-
desconcertada- compreendeu 4ue ele agora a penetra+a com a parte do corpo mencionada
por 9a+is.
8 O a <nica +e7 4ue causar6 dor 8 murmurou Connal em seu ou+ido. 8 % dor acontece por4ue
+ocF . pura- mas passar6 num instante.
1e :ato- a pontada 56 da+a lugar a uma sensa23o de pra7er. Connal a penetra+a com
sua+idade. 1e repente- as pernas dela se entrela2aram por tr6s das dele- como se o
4uisessem prender en4uanto Connal prosseguia com os mo+imentos 4ue o :a7iam penetrar
e depois retroceder.
36
Sem saber como- *+a se a5ustou @4ueles mo+imentos regulares- aumentando sua
intensidade e alcance. G6 n3o ha+ia dor nenhuma- e ela adentra+a um nC+el mais alto de
pra7er- 4ue embaralha+a a consciFncia e rouba+a a no23o de tempo e espa2o. Tudo 4ue
sabia era 4ue o corpo de Connal se mo+ia dentro do seu- en4uanto ela o abra2a+a com as
pernas- as m3os e os bra2os- na4uela dan2a sublime 4ue os unia.
>uando a e;plos3o de pra7er sobre+eio para *+a- podia ter durado um instante ou uma
eternidade- pois o passar do tempo n3o ser+ia para medi8la. Connal come2ou a tremer- como
se pressionado por uma con+uls3o- e o :renesi +oltou a tomar conta de *+a- com intensidade
redobrada- :a7endo8a enterrar os dedos nas costas do maridoE e ambos soltaram um grito de
puro F;tase ao alcan2arem 5untos um clima; simultNneo.
%o ?nal da e;plos3o- os dois ainda e;perimentaram sucessi+os tremores- 4ue aos poucos
diminuCram- at. *+a notar 4ue Connal rela;a+a sobre ela. % respira23o o:egante deles se
acalmou- e em bre+e Connal respirou :undo e se retraiu com sua+idade. %?nal ele rolou o
corpo e deitou a seu lado.
m le+e torpor come2a+a a tomar conta dos dois 4uando Connal se +irou e passou o bra2o
por bai;o dela- :a7endo8a +irar8se tamb.m e lhe dar as costas- de maneira 4ue seus corpos
se a5ustassem um contra o outro. *+a principiou a adormecer.
%lgum tempo depois- Connal a despertou com bei5os e carCciasE e em bre+e pro+a+a 4ue a
dor 4ue ela sentira de :ato s, ocorria na primeira +e7.
>uando ambos en?m deitaram lado a lado- e;austos e satis:eitos- a aurora rompia- e a lu7
cin7a do inCcio do dia se insinua+a pelos lados da pesada cortina da 5anela. Prestes a
adormecer- *+a percebeu 4ue Connal se mo+ia. Pensou 4ue o marido procurasse uma
posi23o mais con:ort6+elE mas pouco depois o sua+e ruCdo da porta :echando despertou8a
por completo. *la olhou ao seu redor e constatou 4ue se acha+a so7inha no leito.
Sem pensar duas +e7es- saltou da cama e correu a abrir a porta. O longo corredor esta+a
escuro- mas uma tocha ainda 4ueima+a- produ7indo lu7 su?ciente para 4ue *+a +isse Connal
caminhando na dire23o oposta @ da escada 4ue condu7ia ao sal3o. Com os diabos- aonde .
4ue meu marido +aiJ *le nem mesmo se +estira- e caminha+a nu- carregando as roupas com
as m3os. 1epois de um bre+e momento de hesita23o- *+a tornou a entrar no 4uarto- +estiu
rapidamente o roup3o e saiu- decidida a segui8lo.
$otou 4ue Connal ha+ia parado no ?nal do corredor- e mesmo com a pouca ilumina23o
:ornecida pela tocha- te+e certe7a 4ue ele toca+a uma das pedras na parede. ma
passagem se abriu- e Connal desapareceu por ela. % passagem tornou a :echar de imediato-
e a parede de pedra do corredor +oltou a seu lugar. *+a decidiu 4ue tentaria abrir a
passagemE mas ent3o notou um +ulto 4ue se esgueira+a desde o :undo oposto do comprido
corredor e caminha+a de modo sorrateiro em dire23o ao local por onde Connal desapa8
recera. Surpresa- ela deu um passo para tr6s e se escondeu entre a porta entreaberta do
4uarto- mas mante+e os olhos para :ora- de modo a +er o 4ue acontecia.
O +ulto caminhou at. atingir o ponto onde a passagem momentaneamente se abrira. *+a
considerou suspeita a aparFncia da4uela pessoa& parecia ser um homem- mas era
impossC+el +er seu rostoE ha+ia pouca lu7- e ele usa+a uma capa escura de gola alta- 4ue lhe
cobria a :ace at. a altura dos olhos. % ?gura agora mo+ia a m3o sobre a parede- buscando
abrir a porta de pedra. *la pressentiu- tensa- 4ue o indi+Cduo tinha m6s inten2Aes. O +ulto
sombrio- contudo- parecia ter di?culdades para abrir a entrada da passagem secretaE depois
de certo tempo- ?nalmente desistiu- dando um passo para tr6s e sumindo com rapide7 pela
dire23o de onde +iera.
*+a aguardou alguns instantes- e ent3o respirou :undo- saiu do 4uarto e caminhou para o
local do corredor por onde Connal desaparecera. !eprodu7indo o 4ue +ira o marido :a7er- ela
tocou a mesma pedra da parede- mas nada ocorreu. *la tomou a :a7F8lo- aplicando mais
:or2a- mas ainda assim n3o hou+e resultado. *+a tinha certe7a 4ue toca+a a pedra correta-
pois coloca+a a m3o e;atamente no mesmo local onde Connal o ?7era. Por 4ue n3o :un8
37
ciona+aJ Tentou mais duas +e7es- mas a passagem n3o abriu. Lrustrada e irritada- *+a deu
uma palmada com a outra m3o na pedra ao lado- e para sua surpresa uma :resta se abriu de
repente na parede.
!eceosa- ela empurrou a porta de pedra. O mecanismo :unciona+a em silFncio- e bastou
uma ligeira press3o para a porta abrir mais e uma passagem escura re+elar8se @ sua :rente.
Seu cora23o trepida+a agora- mas *+a resol+eu prosseguir. %ileen dormia @ noite 5unto com
*Dan- e passa+a o dia no 4uarto ou nos salAes escuros do castelo para se proteger da lu7 do
sol- de modo a estar acordada 4uando o marido tamb.m esti+esse. *la agora sabia 4ue
Connal dormia durante o dia e desperta+a 4uando o sol se punha- para assumir a
administra23o de 9ac%die. Iem- se a +ida no castelo era organi7ada desta :orma- ela
de+eria se a5ustar @s circunstNncias para poder dormir com o marido.
%l.m do mais- *+a 4ueria conhecer -o 4uarto de Connal. *Dan dissera 4ue a rea23o de
Connal ao sol era ainda pior 4ue a de %ileen- e podia ser :atal. %ssim sendo- o 4uarto de
Connal n3o de+ia ter 5anelas e seria absolutamente escuro. 9as isso n3o a incomoda+a- pois
ela conseguiria dormir em meio @ absoluta escurid3o.
*+a a+an2ou para dentro da passagem- e notou 4ue n3o ha+ia nenhuma tocha @ +ista e era
impossC+el en;ergar. Seria necess6rio +oltar ao 4uarto para buscar uma +ela. *+a tornou a
sair para o corredor e agu2ou os ou+idos um instante- certi?cando8se 4ue n3o ha+ia ruCdos
de algu.m por perto. % passagem era sem d<+ida secreta- mas ela temia n3o conseguir
tornar a abrir a porta se a :echasse agora. !esoluta- respirou :undo e correu o mais depressa
possC+el de +olta ao 4uarto- acendeu uma das grandes +elas do casti2al e tornou a sair.
O silFncio ainda impera+a- e n3o parecia ha+er +i+a alma por pertoE mas a porta da
passagem secreta permanecia aberta- o 4ue era arriscado. "n:eli7mente- ela n3o podia
correr agora como ?7era ao +oltar para o 4uarto- pois temia apagar a +ela. *m silFncio- *+a
usou a m3o para proteger a chama e caminhou o mais depressa possC+el- sem correr o risco
de apagar o tFnue :ogo 4ue lhe iluminaria o caminho.
*m bre+e ela atingia outra +e7 a porta secreta- e antes de entrar olhou para os lados-
certi?cando8se 4ue n3o ha+ia ningu.m. *nt3o- seguiu pela passagem e penetrou na
escurid3o. %o entrar- reBetiu 4ue n3o podia dei;ar a porta aberta- pois outros a poderiam
+er. 1e 4ual4uer :onna- :echar a porta pelo lado interno n3o era problema- pois Connal
esta+a l6 dentro e ela n3o correria o risco de ?car presa.
Se ele ainda esti+esse l6- *+a considerou- arrepiando8se de medo. Controlando seus receios-
*+a empurrou a porta de pedra- 4ue se mo+ia com surpreendente le+e7a- e a entrada para a
passagem :echou com um cli4ue sua+e.
O silFncio total a en+ol+eu- e agora n3o ha+ia +olta. % chama da +ela mal ilumina+a o
caminho @ sua :rente- mas ela prosseguiria. %+an2ou com cuidado- sentindo 4ue o ar ali
dentro era <mido e :rio. $3o ha+ia nada no corredor escuro- nem ao menos suportes para
tochas- somente paredes de pedra. %p,s alguns metros- ela atingiu uma porta de madeira @
direita. % porta esta+a :echada- e nada se ou+ia. O corredor seguia adiante- e *+a resol+eu
continuar- con+encida de 4ue o :a7ia mo+ida pela curiosidade- mas sabendo 4ue na +erdade
sentia receio de entrar no 4uarto e con:rontar o esposo.
*la caminhou uma ra7o6+el distNncia- at. atingir o ?nal do corredor. O problema . 4ue o
corredor termina+a 5ustamente em outra porta tamb.m :echada. *la n3o espera+a por isso-
e agora con:ronta+a o dilema de saber 4ual era a porta do 4uarto de Connal.
*+a ainda tenta+a resol+er a 4uest3o 4uando ou+iu um le+e ruCdo 4ue parecia +ir do lado de
dentro da segunda porta. *la prendeu a respira23o e agu2ou os ou+idos- e ent3o te+e
certe7a 4ue de :ato o ruCdo pro+inha da4uele aposento. 9ais 4ue isso- ela ou+ia
distintamente um murm<rio sonolento- como algu.m 4ue dissesse algo en4uanto dormia um
sono pro:undo. Tal+e7 :osse sua imagina23o- mas ela acreditou 4ue se trata+a de Connal.
Com e;tremo cuidado- *+a girou a ma2aneta e entrou. % escurid3o dentro do aposento era
38
absoluta- tal como no corredor- e a lu7 da +ela era de pouca a5uda. *la se mo+eu de+agar e
em silFncio- mas parou 4uando suas pernas tocaram a borda de um leito. Tornando a
prender a respira23o- *+a ergueu a +ela tentando iluminar maisE ent3o- entre ali+iada e
receosa- percebeu a ?gura do marido deitado. Connal adormecera- mas solta+a um
murm<rio ininteligC+el- como se a lu7 da +ela em seu rosto o incomodasse. 9as o le+e
dist<rbio n3o o despertouE ele se +irou para o lado e prosseguiu dormindo.
Temendo acord68lo- *+a abai;ou a +ela rapidamente. "ndecisa- ela retrocedeu alguns passos
e :echou a porta com cautela. Loi ent3o 4ue tomou uma decis3o. %pagarei de +e7 esta +ela
e me deitarei ao lado de meu marido=
Captulo IX
%lgu.m respira a meu lado=
%turdido- Connal se mante+e im,+el at. despertar completamente- para n3o demonstrar
4ue acordara. mi instante depois- ele notou 4ue a pessoa deitada a seu lado o abra2a+a
pelas costas e esta+a com o bra2o sobre sua cintura.
Con:uso- pensou 4ue tal+e7 n3o hou+esse partido do 4uarto da esposa na noite passadaE
mas a escurid3o 4ue o en+ol+ia assegura+a 4ue se encontra+a no aposento onde dormia
desde a in:Nncia. * pela primeira +e7 ha+ia algu.m a seu lado.
Somente 9agaidh- %ileen e *Dan sabiam da e;istFncia do local secreto- mas nenhum deles
estaria deitado a seu lado- abra2ando8o=
8 *+aJ 8 murmurou Connal.
8 'um....corpo adormecido me;eu8se para se colar mais a ele- e esticou a perna sobre a
perna dele.
O corpo de Connal reagia com plena potFncia- numa ere23o autom6tica- impossC+el de
e+itar. Por 1eus- . melhor 4ue se5a minha esposa= Ser6 4ue minha m3e ou %ileen lhe
contaram a respeito do 4uarto secretoJ
1ecidido a resol+er o mist.rio- ele esticou o bra2o para pegar o casti2al pr,;imo ao leito e
acendeu a +ela. *rgueu a lu7 com cuidado- e respirou ali+iado ao constatar 4ue era *+a a
seu lado.
%p,s ?t68la um instante- Connal tomou a depositar o casti2al ao lado da cama- mas dei;ou a
+ela acesa.
%o +irar8se para ela outra +e7- percebeu 4ue *+a dormia pro:undamente. 1esnuda e
adormecida- sua esposa era uma ?gura :r6gil e delicada. *nternecido- Connal desli7ou o
dedo sobre sua :ace- di+idido entre acord68la para perguntar como :ora parar ali ou
despert68la :a7endo amor.
Primeiro as coisas mais importantes- resol+eu Connal. 9ais tarde teria tempo para saber
como *+a descobrira o 4uarto secreto.
8 Connal 8 murmurou *+a- despertando aos poucos ao sentir a m3o 4ue a acaricia+a e os
l6bios 4uentes 4ue lhe bei5a+am o seio.
% lu7 tFnue da +ela ilumina+a sua+emente o aposento- e ao abrir os olhos ela deparou com
os cabelos negros do marido. Tamb.m ele esta+a desnudo- e *+a come2ou a acariciar8lhe as
costas- en4uanto Connal prosseguia bei5ando8lhe o seio. 1e+agar- ele se deitou sobre ela- e
ent3o passou a bei568la na boca.
%h- era mesmo uma pena n3o contarem @s mo2as o 4ue as espera+a no casamento- pensou
*+a- notando 4ue um e;citante calor 56 toma+a conta de seu ser. Se eu soubesse o 4ue me
aguarda+a na *sc,cia- teria insistido com os ca+aleiros para ca+algai
8
em mais r6pido...
39
8 *+aJ
*la ergueu o rosto- repousou o 4uei;o sobre o peito do amado e o ?tou.
8 SimJ
8 Como descobriu este lugarJ
% pergunta a :e7 sentir embara2o e culpa- mas n3o ha+ia como :ugir. *+a des+iou o olhar e
hesitou alguns momentos antes de come2ar a :alar.
8 Sou sua esposa- e a4ui . meu lugar. 9arido e mulher de+em dormir 5untos.
8 O mesmoJ 8 disse Connal- como se a4uilo o di+ertisse.
8 Sim. 9eus pais- por e;emplo- dormiam 5untos.
8 Compreendo... 8 Connal acariciou seu cabelo. 8 Pro+a+elmente . por isso 4ue ti+eram +6rios
?lhos.
O coment6rio a :e7 corar le+emente- sobretudo por4ue Connal parecia di+ertir8se cada +e7
mais com a con+ersa. Constrangida- ela resol+eu mudar de assunto. .
8 $3o . di:Ccil entender 4ue +ocF aprecie dormir neste 4uarto. 8 *+a +irou o rosto e notou 4ue
a +ela ia se e;tinguir em bre+e. 8 O t3o 4uieto e escuro.
8 0ocF ainda n3o e;plicou como +eio parar a4ui 8 ele tornou a insistir. 8 %lgu.m lhe contou-
sobre este lugarJ
8 $3o 8 *+a se apressou em responder- sabendo 4ue teria de contar a +erdade- mesmo
sentindo8se culpada. 8 *u acordei 4uando +ocF saCa do 4uarto- e n3o consegui compreender
por 4ue ia dormir em outro lugar depois de sermos... totalmente casados. *nt3o le+antei-
corri para a porta e o +i entrando pela passagem no ?m do corredor.
8 * conseguiu abrir a porta apenas obser+ando como eu o ?7J
8 Sim- ou ao menos em parte. *u o +i pressionando a pedra do lado direito- mas descobri a
outra pedra mais abai;o por sorte. *u a to4uei por acaso- e me surpreendi 4uando a porta
abriu 8 e;plicou *+a com honestidade. O ner+osismo- por.m- a :e7 bai;ar o olhar e hesitar.
%p,s um instante- ela desli7ou o dedo de modo ner+oso sobre o peito de Connal- e o ?tou
com timide7. 8 *st6 7angadoJ
8 $3o 8 ele respondeu- sorrindo com ternura. 8 *u teria lhe contado sobre este 4uarto mais
cedo ou mais tarde. 9as n3o resta d<+ida de 4ue terei de ser mais cuidadoso no :uturoE pois
se +ocF me +iu entrando a4ui- . possC+el 4ue outros tamb.m +e5am.
8 %lgu.m 56 +iu 8 ela comentou- lembrando do homem com a capa.
Connal escutou com aten23o- e um ar preocupado- en4uanto *+a descre+ia o incidente do
+ulto 4ue tentara adentrar a passagem secreta antes dela. %o terminar- Connal parecia
ainda mais preocupado. %mbos calaram um momento at. ela retomar a con+ersa.
8 0ocF dorme a4ui para e+itar o solJ
8 Sim 8 con?rmou Connal- parecendo ter os pensamentos em outro lugar. *+a permanecia
deitada com o rosto em seu peito- mas com um gesto delicado ele a :e7 se erguer e mo+er
para o lado- e em seguida sentou8se na beirada da cama. 8 % +ela +ai acabarE . melhor
le+antarmos.
8 *u trou;e outra +ela 8 replicou *+a- sentando contra a cabeceira do leito e pu;ando o len2ol
para se cobrir.
Connal notou a +ela 4ue *+a colocara sobre o ch3o perto do leito- mas nada comentou.
%preensi+o- ele come2ou a se +estir e a ?tou.
8 'ora de le+antar 8 disse ele em tom imperati+o. 8 0ocF necessita se alimentar- pois 56
40
anoiteceu e n3o comeu nada o dia inteiro. Sua <ltima re:ei23o :oi o 5antar de ontem- e agora
56 . noite outra +e7.
*+a surpreendeu8se ao notar 4ue ha+ia perdido a no23o do tempo- mas Connal certamente
tinha ra73o. *la dormira praticamente +inte e 4uatro horas- pois primeiro passara a noite em
seu 4uarto e depois o dia no 4uarto dele. $3o 4ue ti+esse dormido muito em seu 4uarto- ela
a+aliou ao lembrar o 4ue ha+iam :eito a noite inteira. 1e 4ual4uer :orma- Connal tinha ra73o&
passa+a da hora de acordar e le+antar.
>uando saiu da cama a ?m de se dirigir at. o lugar onde dei;ara o roup3o- *+a sentiu o p.
es:riar ao tocar o ch3o. Surpresa- ela notou 4ue n3o ha+ia tapete ali- algo a 4ue n3o prestara
aten23o na noite anterior. *n4uanto +estia o roup3o- olhou em +olta para +er 8 como o
4uarto esta+a mobiliadoE e apesar da pouca claridade- ela logo percebeu 4ue o aposento era
totalmente despo5ado e :rio- sem tape2arias nem m,+eis. $ada mais do 4ue o leito e a
lareira.
8 Compreendo 4ue durma a4ui para e+itar o sol 8 come2ou *+a en4uanto :echa+a o roup3o. 8
9as por 4ue o 4uarto tem de ser mantido em segredoJ
Connal hesitou um instante- mas continuou a se +estir sem responder.
8 $3o de+o contar a ningu.m sobre este lugar- n3o . mesmoJ 8 perguntou *+a. *le ent3o
parou e olhou para a esposa.
8 Sim- este 4uarto . secreto. $3o conte para ningu.m.
8 Por 4ue tem de dormir num 4uarto secretoJ 8 insistiu *+a.
Connal suspirou e a ?tou- considerando o 4uanto de+ia re+elar. Ser6 4ue esta+a pronta para
ou+ir a +erdade completa- ou seria melhor contar aos poucos e lhe dar tempo de se
acostumar com os :atosJ *ra cedo demais para contar tudo- decidiu Connal. 9eias +erdades
teriam de bastar pelo momento.
8 9inha m3e mandou construir estes 4uartos 4uando eu era crian2a. % inten23o era me
proteger do sol- mas tamb.m o :e7 por precau23o.
8 Precau23oJ 8 perguntou *+a interessada.
8 0ocF ou+iu os rumores sobre nosso cl3. %s pessoas tendem a recear o 4ue n3o
compreendem- e em geral destroem o 4ue ou 4uem lhes pro+oca medo. *stes 4uartos
secretos s3o uma precau23o contra tal possibilidade.
8 %credita 4ue o homem 4ue tentou entrar a4ui na noite passada tem medo de +ocFJ
8 'ou+e trFs atentados contra minha +ida nos <ltimos meses 8 re+elou Connal- :a7endo *+a
arregalar os olhos de espanto e temor. 8 %gora +amos comer. 8 %o perceber a rea23o da
esposa- ele tratou de mudar de assunto depressa. 8 0ocF de+e estar com :ome 8 ?nali7ou- 56
caminhando para a porta.
8 ConnalJ
8 Sim. 8 *le parou e se +irou ao ou+i8la.
8 $3o consigo en;ergar nada.
8 $3o se preocupe- eu a condu7irei. 8 Connal retrocedeu e tomou sua m3o. 8 Con?e em mim.
8 *u con?o 8 assegurou *+a- seguindo8o obedientemente pela saCda do 4uarto e atra+.s da
passagem escura.
*+a con?a+a em Connal com pure7a e inocFncia como+entes- +isto 4ue ela acredita+a sem
reser+as 4ue o esposo a manteria segura e :eli7. * eu o :arei- decidiu Connal- lembrando do
ata4ue 4ue :erira seu ca+aleiro no bra2o e temendo pensar no 4ue teria acontecido se :osse
*+a 4uem esti+esse a seu lado.
41
*le apertou sua m3o com mais :or2a at. atingirem o ?nal da passagem- e ent3o ensinou a
ela como :a7er para abrir a porta pelo lado de dentro- pois acaba+a de decidir 4ue *+a
dormiria com ele a partir da4uele momento. O incidente com o estranho 4ue tentara in+adir
a passagem era problem6tico por signi?car 4ue algu.m conseguira entrar no castelo e
passar por todos at. chegar ao andar superior. Ou... Tal+e7 o estranho n3o :osse t3o
estranho assim- dedu7iu consternado. "n:eli7mente- parecia a hip,tese mais pro+6+el& um
membro de seu pr,prio cl3 dese5a+a sua morte. 1e 4ual4uer maneira- :osse o 4ue :osse- ele
tomaria as atitudes necess6rias para manter *+a em seguran2a.
Connal :oi encontrar8se com *Dan- 4ue o espera+a numa saleta ao lado do sal3o principal do
castelo. Lalta+a pouco para o sol raiarE *Dan e;ibia uma e;press3o de cansa2o e o cabelo
despenteado- como se ti+esse caCdo no sono e despertado- 4uando :oi in:ormado 4ue seu
senhor acaba+a de retornar da e;curs3o noturna. $os <ltimos tempos- *Dan o esperara
duas +e7es para in:ormar sobre acidentes com *+a.
8 O 4ue aconteceu desta +e7J *la trope2ou- caiu ou 4uebrou algum ossoJ
8 *+a est6 bem 8 assegurou o primeiro ca+aleiro- para alC+io de Connal. Por.m- logo o alC+io
deu lugar @ e;trema preocupa23o. 8 *stou apreensi+o com o 4ue penso 4ue ela est6 :a7endo
8 continuou *Dan- sobressaltado e :alando ner+osamente. 8 *+a escapou da +igilNncia de
Keddy e 1omhall- e eles n3o conseguiram mais encontr68la. *u creio 4ue sei onde ela est6-
mas n3o podia 4uestion68la. #lynis me disse 4ue metade da mobClia do 4uarto desapareceu-
e *+a :oi +ista carregando coisas. *u acabei dispensando Keddy e 1omhall de procur68la-
com receio de 4ue terminassem +endo o 4ue era melhor 4ue n3o +issem. Como n3o podia
:alar com *+a- tentei achar 9agaidh para pedir 4ue a+eriguasse- mas- para piorar as coisas e
me dei;ar mais preocupado- tamb.m n3o a encontrei. %?nal- considerei melhor esper68lo
+oltar para contar o 4ue se passa. Sinto incomod68lo. $3o sei se estou agindo corretamente-
meu lorde- mas... 8 *Dan calou de repente- sem terminar o 4ue di7ia.
8 O 4ue :oi- meu amigoJ 8 intercedeu Connal- sem conseguir compreender tudo 4ue o
cunhado tenta+a e;plicar. 8 0ocF parece t3o cansado e desanimado.
8 O por causa de sua esposa 8 desaba:ou *Dan. 8 *la +ai acabar me matando de susto com
seus acidentes e as coisas 4ue :a7. >uase so:ri um ata4ue do cora23o ao +F8la cair da
escada no sal3o- e o mesmo sucedeu com o acidente depois do casamento. %gora- ela
ludibriou dois ca+aleiros esta noite- e desapareceu. *u me sinto cansado como se hou+esse
en+elhecido de7 anos depois 4ue ela chegou a4ui.
8 %calme8se- meu bom homem 8 disse Connal- colocando a m3o sobre o ombro do ca+aleiro.
8 !espire- rela;e e conte e;atamente o 4ue aconteceu.
*Dan suspirou- e ent3o recome2ou a :alar- de modo mais pausado.
8 *+a desapareceuE procuramos por todo o castelo- sem conseguir encontr68la. *u 56
come2a+a a temer 4ue ti+esse caCdo num po2o- ou 4ue hou+esse sido raptada- e n3o tinha
id.ia de como :aria para lhe dar uma notCcia desse tipo. $o entanto- antes de me con:ormar
com seu desaparecimento- pensei 4ue ela podia estar em seu 4uarto secreto. %o chegar no
topo da escada- eu a +i entrando pela passagem- mas n3o consegui alcan268la antes 4ue a
porta :echasse.
Connal ?tou com gratid3o o cunhado e amigo de tantos anos- reconhecendo seu estado de
ansiedade e cansa2o. %?nal- o sol ia raiar dali a pouco- e o pobre homem n3o ha+ia deitado
ainda- algo desaconselh6+el para algu.m com mais de sessenta anos.
8 0ocF necessita descansar 8 aconselhou Connal- em tom amistoso.
8 O- acho 4ue estou ?cando +elho... 8 *Dan suspirou.
8 1e modo nenhum. $3o se trata disso- meu amigo. *st6 cansado no momento- e . tudo.
$3o se preocupe com *+a- eu a encontrarei e :alarei com ela. >uanto a minha m3e- tamb.m
n3o h6 moti+o para se preocupar. *la n3o esta+a no castelo por4ue +eio ca+algar conosco
42
esta noite. %gora me acompanhe- e lhe mostrarei como abrir a passagemE pois se +ocF
soubesse :a7F8lo- teria ido dormir mais cedo.
1epois de saCrem da saleta- Connal condu7iu o cunhado para o andar superior- rumo ao
corredor no 4ual se locali7a+a a passagem s2creta. *nt3oE ensinou *Dan a abri8la- e :e7
4uest3o 4ue *Dan tentasse so7inho duas +e7es- para se certi?car de 4ue seu primeiro
ca+aleiro sabia 4uais pedras de+iam ser pressionadas. 1epois de ter certe7a de 4ue ele
aprendera a mane5ar a porta secreta- Connal o incitou a ir deitar8se- pedindo8lhe 4ue
rela;asse e dei;asse de lado a apreens3o.
Connal permaneceu no corredor- obser+ando *Dan- seu +aloroso aliado- a:astar8se. !eBetiu
acerca do tipo de +ida 4ue sua nature7a o obriga+a a ter. %ileen n3o reagia t3o se+eramente
ao sol 4uanto 9agaidh e ele pr,prio- e por isso podia passar os dias dentro do castelo- desde
4ue as cortinas esti+essem :echadas.
Connal- contudo- n3o ti+era tanta sorte& a lu7 do dia o 4ueima+a- dei;a+a doente e chegaria
a mat68lo caso se e;pusesse por muito tempo. ma carruagem especial ti+era de ser
preparada para le+6lo na +iagem para a corte- e Connal se +iu obrigado a in+entar ra7Aes
para recusar os con+ites 4ue en+ol+essem ati+idades durante o dia.
%?nal- ele tornou a abrir a porta secreta e a+an2ou pela passagem escura como breu. %o
entrar- por.m- Connal ou+iu um ruCdo +indo do corredor l6 :ora- e +oltou8se para +er se
algu.m o obser+a+a. *ntretanto- ao encontrar tudo 4uieto e deserto- concluiu 4ue de+ia ter
ou+ido o estalido da porta do 4uarto de %ileen- :echando8se 4uando *Dan entrou no
aposento. Sem dar mais aten23o ao incidente- caminhou de no+o pela passagem e :echou a
porta.
Captulo X
Connal a encontrou resmungando por n3o conseguir acender a lareira. %gachada e ocupada-
*+a n3o notou 4ue o marido ha+ia entrado- e Connal resol+eu inspecionar as mudan2as no
4uarto antes de re+elar sua presen2a. "n<meras almo:adas repousa+am contra a cabeceira
do leitoE o ch3o esta+a coberto com tapetes- e ha+ia +6rios casti2ais com as +elas acesas.
*+a tamb.m trou;era as duas poltronas de seu 4uarto= *ra di:Ccil compreender como pudera
transportar tudo so7inha- e sem chamar aten23o.
9eneando a cabe2a- ele te+e de admitir a realidade& a esposa se instalara em seu 4uarto- o
4uarto 4ue sempre :ora s, dele= Surpreso- Connal pensou 4ue tal possibilidade n3o lhe ha+ia
ocorrido. Seus pais usa+am 4uartos separados- apesar de ob+iamente passarem momentos
5untos- caso contr6rio ele e %ileen n3o e;istiriam. Tanto 4uanto recorda+a- seu pai- sendo
humano- dormia @ noite- e 9agaidh dormia durante o dia para proteger8se do sol. Os dois se
encontra+am 4uando o dia termina+a- 5anta+am 5untos e :a7iam companhia um ao outro at.
seu pai deitar- e tal+e7 9agaidh o +isitasse no leito antes do sol raiar.
Connal supunha 4ue o mesmo ocorreria entre ele e *+a- mas pelo +isto sua esposa tinha
outras inten2Aes. %o +er a trans:orma23o do 4uarto- era impossC+el n3o admitir 4ue o
aposento se tomara aconchegante e agrad6+el- di:erente do ambiente est.ril no 4ual
dormira durante os 4uase <ltimos sessenta anos. 1e?niti+amente- ele se sentia casado
agora.
8 Com os diabos= G6 4ueimei o dedo e a lenha ainda n3o pegou :ogo= 8 reclamou *+a de
repente. .
Connal sorriu ao ou+i8la- e reconheceu 4ue estar casado n3o era t3o ruim. *+a o :a7ia rir-
algo a 4ue n3o esta+a habituado- e descobrira ser agrad6+el. *le se di+ertia muito 4uando
con+ersa+am ou durante as partidas de ;adre7- e era impossC+el negar 4ue sua esposa
?ca+a ador6+el agachada no ch3o- com o cabelo desarrumado e o +estido amarrotado por
causa do trabalho de decora23o. Connal :echou a porta- e ent3o cru7ou o 4uarto para
encontr68la.
43
8 % lareira est6 se recusando a cooperarJ
8 0ocF 56 +oltou= 8 e;clamou *+a- le+ando um susto 4ue- agachada como esta+a- a
dese4uilibrou e obrigou a apoiar a m3o no ch3o para n3o cair.
8 Sim 8replicou Connal- sorrindo.
*+a retribuiu o sorriso- mas ent3o se ergueu rapidamente- tentando a5eitar o cabelo e o
+estido.
8 *u pretendia me arrumar para aguard68lo.
8 *st6 ,tima assim 8 assegurou ele- apro;imando8se e tomando a iniciati+a de acender o
:ogo.
8 O 4ue achou do 4uartoJ 8 perguntou *+a- um pouco irritada ao +er 4ue Connal :a7ia num
instante o 4ue ela n3o lograra em +6rios minutos.
8 O 4uartoJ 8 ele olhou ao redor. 8 Parece8me mais agrad6+el.
*+a :ran7iu a sobrancelha- tentando interpretar o coment6rio do marido& a4uelas pala+ras
indica+am 4ue ele apreciara as mudan2as ou n3oJ
Connal- por.m- n3o lhe deu tempo para chegar a uma conclus3o- pois a ergueu do ch3o de
repente e a carregou para o leito.
8 'ora de ir para a cama 8 anunciou ele.
89as n3o estou cansada 8 retrucou *+a. 8 1ormi um pouco durante a madrugada.
8 Se dormiu durante a madrugada- 4uando :e7 as mudan2as ent3oJ 8 disse Connal- 4ue
continua+a a segur68la no colo.
8 Logo ap,s o 5antar- 4uando +ocF saiu para ca+algar com os homens. $um instante tudo
?cou pronto- e ent3o deitei para descansar. %dormeci- e terminei acordando pouco antes de
+ocF chegar. Por isso agora estou sem sono.
8 Utimo 8 a+aliou Connal- colocando8a sua+emente sobre a cama.
8 Por4uFJ
8 Por4ue +oltei a tempo de :a7F8la se cansar para 4uerer dormir... 8 e;plicou Connal- 56
abrindo o cinto.
*+a ergueu o rosto e se certi?cou de 4ue o marido adormecera. *la gostaria de ter
adormecido tamb.m- mas n3o sentia sono. *les ha+iam :eito amor de :orma energ.tica
durante um longo tempo- mas ela n3o se cansaraE pelo contr6rio- sentia8se re+igorada- como
se os momentos de pai;3o hou+essem tra7ido +italidade.
Com cuidado para n3o acord68lo- *+a ergueu o bra2o de Connal- 4ue ainda a abra2a+a- e
ent3o saiu do leito. %gora era agrad6+el caminhar descal2a por ali- e a id.ia de tra7er os
tapetes :ora de :ato bastante boa. ma <nica +ela ainda 4ueima+aE o :ogo da lareira se
e;tinguira- e s, resta+am brasas. %pesar da pouca lu7- *+a pre:eriu n3o acender outras
+elas e caminhou at. a poltrona para pegar o roup3o a7ul8escuro. *la agora possuCa um
sortido guardaroupa- do 4ual consta+am trFs roupAes e +6rias camisolas de seda.
%o +estir o roup3o- *+a pensou 4ue gostaria de tomar um banho- mas certamente o dia
ha+ia acabado de nascer- e os criados ainda de+iam estar tomando o des5e5um. Cedo demais
para 4ue se ocupem comigo- ela decidiuE e resol+eu esperar um pouco antes de +oltar para
seu antigo 4uarto- chamar #lynis e pedir 4ue preparassem seu banho.
"ncerta do 4ue :a7er para passar o tempo- ela olhou ao redor e deparou com o +estido 4ue
5a7ia sobre o ch3o. %4uele era um de seus +estidos no+os- apesar de n3o parecer no
momento- pois esta+a su5o e amarrotado por causa do transporte dos ob5etos. Caminhou at.
ele- e 4uando se inclinou para recolher a roupa- notou 4ue uma manga se rasgara- tal+e7
44
por ter enganchado em algo sem 4ue ela percebesse.
Consertarei isto en4uanto espero- pensou *+a- e se dirigiu para o canto oposto- onde
depositara a cesta de costura. *sta+a bem mais escuro ali- e ela mal conseguia en;ergar a
cesta de +ime. O melhor seria ir buscar a +ela- para ent3o escolher a linha e a agulha.
>uando se +ira+a para +oltar- *+a notou 4ue a porta do 4uarto se abria de+agar. Te+e um
sobressalto. >uem poderia estar chegandoJ Connal dissera 4ue apenas 9agaidh- %ileen e
*Dan conheciam a e;istFncia da passagem secreta- al.m dela pr,pria- naturalmente- mas
era impro+6+el 4ue 4ual4uer um dos trFs entrasse sem bater.
!eceosa- ela se encostou @ parede de maneira 4ue as sombras a en+ol+essem. Por sorte- o
roup3o escuro dissimula+a sua presen2a e a a5udaria a passar despercebida. Prendendo a
respira23o- *+a aguardou im,+el e no mais absoluto silFncio en4uanto a porta termina+a
lentamente de abrir. %lgo estranho se passa+a ali- e sua intui23o di7ia 4ue 4uem chega+a
n3o +inha com boa inten23o.
>uando a porta en?m se abriu- seu cora23o 4uase saiu pela boca 4uando ela +iu o homem
da capa entrar- silencioso e sorrateiro. Ou ao menos se trata+a de um homem 4ue usa uma
capa- como o +ulto da noite passada=
>uando a ?gura come2ou a caminhar para o leito onde Connal dormia- inde:eso e sem
suspeitar de nada- *+a recordou o 4ue o marido contara sobre os atentados 4ue so:rera- e
soube- sem d<+ida- 4ue presencia+a mais um deles. O pior era 4ue mesmo 4ue Connal
acordasse agora- a sonolFncia n3o lhe permitiria reagir antes de o intruso atacar.
Tinha de :a7er alguma coisa& 9as o 4uFJ Suando :rio- *+a olhou ao redor- tentando encontrar
um ob5eto 4ue pudesse usar como arma. O tabuleiro de ;adre7J m casti2alJ $ada parecia
ser ade4uado- e a poltrona era pesada demais para ela atirar sobre o estranho.
Cada +e7 mais aBita- ela por ?m se +irou para a lareira e notou um peda2o de lenha 4ue 56
n3o 4ueima+a- mas cu5a ponta em brasa relu7ia- +ermelha. Leli7mente a4uela lenha :ora
mal colocada- e a outra ponta repousa+a sobre o ch3o- de:ronte @ lareira. *ra per:eito-
pensou *+a. $3o ha+ia ob5eto melhor para usar como arma no momento.
Sem pensar duas +e7es- ela saltou do canto onde se escondia- correu e agarrou a madeira
pela ponta 4ue se pro5eta+a para :ora. *m pNnico- percebeu 4ue n3o teria tempo de alcan2ar
o estranho antes 4ue ele atacasse- pois o +ulto 56 erguia a espada- e pela posi23o em 4ue se
encontra+a- era +isC+el 4ue tenciona+a des:echar um golpe no pesco2o de Connal e decepar8
lhe a cabe2a.
$um impulso- *+a soltou um grito tremendo en4uanto cru7a+a o 4uarto- empunhando a
lenha com a ponta em brasa para acertar o estHmago do assassino.
O grito despertou Connal- um som de medo e :<ria animal 4ue o :e7 acordar com os sentidos
imediatamente alertas. Com o canto dos olhos- ele notou 4ue *+a ataca+a um intruso
usando lenha em brasa. Sua a23o n3o :oi su?ciente para impedi8lo de des:echar o golpe com
a espada- mas ser+iu para 4ue a lNmina se des+iasse e atingisse o estHmago de Connal em
+e7 do pesco2o. *le ainda se es4ui+ou rolando para o lado- mas o :rio metal cortou8lhe
pro:undamente a barriga antes 4ue ele despencasse para :ora do leito.
*m meio @ dor lancinante- Connal comprimiu a m3o contra o corte- sentindo o sangue 5orrar
entre os dedosE mas o 4ue de :ato o preocupa+a era *+a- 4ue en:renta+a o intruso. Sua
pe4uena e :r6gil esposa luta+a para sal+ar suas +idas na4uele e;ato momento= Tinha de
a5ud68la=
Connal retirou a m3o 4ue comprimia o :erimento e se apoiou na beirada da cama- tentando
se erguer. Seus olhos imediatamente se dirigiram para onde *+a e o intruso de+iam estar
lutando- mas n3o ha+ia ningu.m ali- e a porta do 4uarto esta+a escancarada.
8 Connal 8 gritou *+a- surgindo de s<bito a seu lado. 8 0ocF est6 sangrando=
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8 $3o . pro:undo 8 ele mentiu ao ou+ir o tom desesperado da esposa.
%o +irar8se para ?t68la- Connal percebeu 4ue *+a segura+a a lenha com a ponta em brasa.
1epois de hesitar um bre+Cssimo instante- ela pu;ou o len2oT e o passou para o marido.
8 Pressione isto contra o :erimento. 0oltarei num instante.
Connal pressionou o tecido contra o machucado- tentando estancar o sangue en4uanto *+a
corria para a porta. Temendo 4ue ela :osse buscar a5uda e encontrasse o assassino na
passagem- Connal abriu a boca para gritar 4ue esperasse- mas tornou a :ech68la 4uando *+a
bateu a porta em +e7 de sair. %inda segurando a brasa- ela correu at. uma das cadeiras-
arrastou8a e S?;ou8a por bai;o da ma2aneta- de modo a impedir 4ue a porta :osse aberta
outra +e7.
%pesar da urgFncia da situa23o- um sorriso iluminou os l6bios de Connal& ele ?7era bem ao
escolher *+a para esposa= *la n3o somente ti+era a coragem de se arriscar para de:endF8lo
como era perspica7 o bastante para impedir um segundo ata4ue. ma mulher admir6+el.
1epois de se certi?car 4ue a porta se manteria presa pelo lado de dentro- *+a :oi @ lareira-
atirou o ti23o de lenha no :ogo e correu na dire23o do marido.
8 1ei;e8me +er o :erimento 8 ela pediu- a5oelhando8se a seu lado e 56 retirando o len2ol das
m3os de Connal en4uanto :ala+a.
Lraco e um pouco tonto- Connal n3o resistiu e a dei;ou seguir adiante. O :erimento era
pro:undo- e o sangue continua+a 5orrando. Seu corpo repararia o machucado- mas a energia
consumida para :a7F8lo o dei;aria :r6gil.
8 '6 tanto sangue= 8 disse *+a.
Connal reconheceu pa+or e aBi23o na +o7 da esposa. Tamb.m ele tinha medo no momentoE
n3o por si pr,prio- mas por ela. 8 0ocF tem de ir embora.
8 O 4uFJ 8 *la ergueu o rosto e mirou8o- perple;a. 8 Tenho de estancar o sangramento=
8 1e+e sair da4ui agora mesmo= 8 insistiu Connal- tentando empurr68la- mas seu to4ue era
:raco e *+a simplesmente o ignorou. 8 Ordeno 4ue +6 embora=
8 Pode ordenar o 4uanto 4uiser- mas n3o o dei;arei en4uanto n3o estancar esta hemorragia 8
respondeu *+a com ?rme7a.
Surpreso- Connal a ?tou- incapa7 de acreditar 4ue sua doce e ador6+el mulher se dirigisse a
ele de modo t3o petulante. % esposa n3o de+eria obedecer o maridoJ $3o era isso 4ue
prometia ao casarJ
8 0ocF tem de deitar 8 continuou *+a- pondo8se em p. para a5ud68lo.
Com os diabos- pensou Connal 4uando ela come2ou a erguF8lo com :or2a insuspeitada.
Tal+e7 a maneira mais r6pida de conseguir tir68la dali :osse :a7er o 4ue ela manda+a.
%poiando8se na cama- Connal se ergueu com a a5uda da esposa e a?nal conseguiu estirar8se
no leito. *ntretanto- sua esperan2a de 4ue *+a :osse embora em busca de a5uda se :rustrou
4uando ela se a:astou apenas para apanhar os casti2ais- tra7F8los para perto da cama e
acender todas as +elas. %p,s conseguir mais lu7- *+a se debru2ou e tornou a e;aminar o
:erimento.
8 $3o . t3o ruim 4uanto me pareceu a princCpio. % espada :eriu somente a pele e a carne 8
disse ela- surpresa. 8 9as ha+ia tanto sangue= 8 acrescentou- pensati+a.
8 *+a 8 murmurou Connal- lutando contra o instinto 4ue o consumia. O :erimento era
pro:undo 4uando ela o e;aminara pela primeira +e7- mas seu corpo 56 come2a+a a cicatri7ar
e curar a si mesmo. O sangramento estancaria em bre+e- a :erida :echaria totalmente e em
poucas horas n3o ha+eria marca do ocorrido. Tudo isso se de+ia @ sua nature7a- @
descendFncia sanguCnea 4ue herdara da m3e e 4ue o brindara com dons mara+ilhosos& uma
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+ida prolongada- resistFncia @ doen2a e a capacidade de se regenerar de :erimentos com
rapide7. 9as estes dons miraculosos tinham um custo- e ele n3o 4ueria 4ue *+a pagasse
este pre2o.
8 *+a- +ocF de+e ir agora=
8 0ocF . :orte 8 comentou ela- sem dar ou+idos ao 4ue o marido di7ia- mesmo por4ue ele o
:a7ia em tom :raco e sem +eemFncia.
Connal necessita+a beber sangue o 4uanto antes para conseguir se recuperar- e sua sede 56
se torna+a insuport6+el.
8 O corte n3o :oi pro:undo- mas tem de ser :echado 8 *+a constatou- sem saber a luta interior
4ue o consumia.
$o instante seguinte- ela correu a recolher a cesta de costura no canto do 4uarto e a trou;e
para perto da lu7- e passou a procurar agulha e linha ade4uadas para costurar o :erimento
do marido. "mpotente- Connal aguardou at. 4ue *+a se sentasse na beira do leito- agora
munida das coisas de 4ue precisa+a.
8 Poderia 5urar 4ue o :erimento est6 ainda menor8disse ela 4uando +oltou a a+aliar o corte-
mas desta +e7 meneou a cabe2a- como se dissesse uma tolice.
8 $3o ser6 necess6rio :a7er isso 8 assegurou Connal- num murm<rio impotente e tocando a
m3o da esposa para impedi8la de prosseguir.
8 0ocF parece di:erente... 8 *+a estreitou os olhos para ?t68lo.
Connal nada respondeu- consciente de 4ue de+ia estar com uma aparFncia :raca- e de 4ue
seus olhos castanhos 56 de+iam ter perdido o brilho- trans:ormando8se num doentio amarelo.
8 *st6 muito p6lido= 8 *+a declarou- e ent3o se calou- tentando encontrar uma e;plica23o
para o 4ue testemunha+a.
8 *stou p6lido por4ue perdi muito sangue 8 completou ConnaT- sabendo 4ue ela se
con:ronta+a com um enigma 4ue n3o conseguia compreender.
8 Sim 8 retrucou *+a- tentando sorrir- por.m sem sucesso- e :a7endo Connal suspeitar 4ue ela
percebia 4ue algo 4uase incontrol6+el o domina+a. 8 $ecessita comer e repousar para se
recuperar.
8 Tenho necessidade de sangue.
Connal n3o poderia ter sido mais claro- nem ter se e;pressado de modo mais simples. *+a o
?tou calada por um instante- e ent3o abai;ou o olhar para o :erimento- 4ue parecia cicatri7ar
no momento mesmo em 4ue ela obser+a+a.
8 0ocF se cura mais rapidamente 4ue n,s 8 disse ela por ?m.
*+a tamb.m se e;pressara de maneira simples- e mostra+a 4ue agora compreendia o 4ue
ocorria. 9ais 4ue isso- ela passa+a a admitir tudo 4ue lutara para n3o aceitar& os rumores- a
suposta alergia ao sol do marido- a :erida 4ue :echa+a em minutos. O :ato de 4ue %ileen
en+elhecesse com mais rapide7 a con:undira- mas a s<bita compreens3o da +erdade se
estampa+a no modo como acabara de :alar& +ocF se cura mais rapidamente 4ue n,s.
% :rase era conclusi+a- e mostra+a 4ue ele n3o era como ela- ao menos n3o totalmente
como ela. Connal se acostumara a ser distinto dos homens comuns- mas ou+ir a4uela
+erdade estampada nas pala+ras e na :ace da esposa o :eria mais 4ue o golpe da espada- e
para tal :erimento n3o ha+ia recupera23o instantNnea.
8 0ocF n3o tem almaJ 8 perguntou *+a- em tom 4uase ap6tico.
Connal sabia 4ue ela toma+a uma decis3o interior na4uele momento- uma decis3, 4ue
inBuiria no :uturo de ambos- e somente podia ter a esperan2a de 4ue ela n3o se retraCsse
em horror.
47
8 $3o sou um morto8+i+o- uma criatura sem alma 8 esclareceu Connal. 8 Sou apenas
di:erente.
8 9as n3o suporta a lu7 do sol- n3o .J 8 perguntou *+a como se 56 soubesse a resposta.
8 Suporto o sol algum tempo- mas me torna doente e aumenta minha necessidade de
sangue.
8 0ocF mata a4ueles com os 4uais... 8 ela n3o conseguiu terminar de di7er o 4ue pensa+a.
8 9e alimentoJ 8 completou Connal. 8 $3o. $3o preciso :a7F8lo- da mesma maneira 4ue n3o
necessitamos e;terminar a cabra 4ue nos alimenta com leite. %gora pe2o 4ue saia da4ui-
pois meu instinto me pede para beber sangue. *u perdi sangue demais- e n3o serei capa7 de
me recuperar se n3o me... alimentar. *sta sede . mais :orte do 4ue posso controlar.
*+a des+iou o olhar um instante- e uma e;press3o introspecti+a se desenhou em seu rosto-
como se tentasse tomar uma decis3o. %?nal- ela se +irou e o encarou.
8 06 em :rente- meu lorde. Tome o 4ue necessita 8 disse ela- o:erecendo o pulso.
Connal ?cou con:uso com tais pala+ras- sentindo8se mais impotente 4ue nunca.
Tomar o 4ue necessitoJ
*le necessita+a seu sangue- mas 5amais o tomaria- ao menos n3o da4uela maneira. Como
poderia enterrar os dentes no pulso da esposa e beber8lhe o sangue en4uanto ela obser+aJ
*le n3o suportaria 4ue *+a o +isse como um animal. "ncerto- pegou em sua m3o e a bei5ou
com sua+idade- tentando n3o :a7er conta do lC4uido +ital 4ue corria sob a pele al+a- lC4uido
do 4ual ele tanto precisa+a.
*+a reagiu com um doce murm<rio- demonstrando 4ue a consciFncia rec.m8ad4uirida sobre
4uem ele era n3o a :a7ia sentir asco ou horror& ela aceita+a seu to4ue como sempre- e n3o
se retraCa. $um impulso- Connal come2ou a bei5ar8lhe o bra2o- criando uma trilha de :ogo
4ue a :e7 soltar outro murm<rio de pra7er.
$um impulso- Connal ergueu o tronco- colocou a m3o na nuca de *+a e a pu;ou de+agar- at.
seus l6bios se encontrarem. *+a reagiu com a pai;3o e entrega costumeiras- e ent3o o
abra2ou- e os dois come2aram a se bei5ar de modo intenso e pro:undo. "ncapa7 de se
controlar- Connal passou a acariciar8lhe a perna- e em bre+e introdu7ia a m3o sob o +estido
e a toca+a no centro de sua :eminilidade- :a7endo8a soltar um suspiro antes de se retrair e
a:astar seu bra2o.
8 0ocF est6 :erido 8 disse ela. 8 Ieba meu sangue.
Connal ?cou calado um instante- mas a?nal pareceu tomar uma decis3o.
8 Ter6 de me a5udar- minha esposa.
8 %5udarJ
8 Sim. 8 Connal +oltou a bei568la e prosseguiu com o to4ue 4ue ela tentara recusar.
1esta +e7 *+a n3o o re5eitou- e se entregou @ carCcia do marido.
8 Tire o roup3o 8 pediu Connal.
*+a abriu o roup3o sem parar de bei568lo- e ent3o a:astou o rosto um momento- para acabar
de se desnudar.
8 Sente8se sobre mim8continuou Connal- estirando8se sobre o leito.
Surpresa- *+a hesitou um segundo- mas :e7 o 4ue ele pedia- e seu corpo imediatamente
reagiu com mais e;cita23o e calor. Connal a ?ta+a- mas cerrou os olhos 4uando *+a se
sentou sobre ele- com os 5oelhos apoiados sobre o leito. Presas da mesma pai;3o e dese5o-
ela se a5ustou sobre o corpo do marido- at. 4ue se tornaram um s, corpo.
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1essa +e7- :oi *+a 4uem passou a se mo+er e apro:undar o contato. "nstinti+amente- *+a
inclinou o tronco de repente- e passou a bei568lo na boca sem parar de se mo+er. Connal
colocou as m3os na parte posterior de suas co;as- a5udando8a e incitando8a a seguir com a
dan2a dos amantes- 4ue agora toma+a conta de ambos e se desen+ol+ia em mo+imentos
cada +e7 mais penetrantes.
Presos numa espiral de intensidade crescente- *+a subitamente parou de bei568lo e tomou a
erguer o tronco- passando a mo+imentar8se com mais rapide7. Por um momento- ela
lembrou do 4ue h6 pouco soubera sobre a nature7a do maridoE mas isso lhe pareceu
irrele+ante- e ela se entregou com pai;3o redobrada- tal+e7 por4ue 56 n3o e;istissem
+erdades obscuras ou n3o re+eladas entre os dois. *la o aceita+a como ele era- e lhe daria o
4ue ele necessita+a.
* assim os amantes prosseguiram- at. se apro;imarem do F;tase simultNneo. 1esta +e7-
por.m- algo se passou di:erente& 4uando *+a atingiu o clCma; e chamou o nome do marido-
num grito 4uase desesperado- ele a mordeu no pesco2o- ao mesmo tempo 4ue era tomado
por uma con+uls3o org6stica. *+a sentiu um bre+e instante de dor 4uando os dentes do
marido se enterraram como agulhas em sua carne- mas ent3o o pra7er e;plodiu dentro dela-
num 6pice t3o pro:undo e longo como ela 5amais e;perimentara.
Captulo XI
8 *+a sal+ou sua +ida 8 disse 9agaidh de modo solene.
8Sim.8 Connal bai;ou os olhos para o +inho @ sua :rente. *+a sal+ara sua +ida duas +e7es&
primeiro ao atacar e a:ugentar o intruso 4ue in+adira o 4uarto secreto- e depois o:erecendo
o pr,prio sangue para 4ue ele se recuperasse. Caso n3o o ti+esse :eito- Connal n3o sabia ao
certo se conseguiria sobre+i+er at. o sol se esconder- para poder ent3o sair e obter o
alimento +ital de 4ue necessita+a para se curar.
Perturbado- ele passou a m3o entre os cabelos- num gesto agitado. 1urante toda a sua +ida-
Connal soubera 4ue era mais :orte 4ue a maioria dos 4ue o circunda+am. Por causa disso-
ele admitia considerar a si pr,prio como superior. $a noite passada- por.m- ele :ora o :raco.
Sua +ida dependera de uma mortal- e tal :ato o assusta+a.
8 *+a te+e sorte em n3o se :erir 8 murmurou %ileen- e ent3o :ran7iu a sobrancelha- como se
reconsiderasse o 4ue acaba+a de di7er. 8 *la n3o est6 :erida- n3o .J Por 4ue n3o desceu para
5antarJ
8 *la est6 bem 8 assegurou Connal- com a esperan2a de 4ue realmente assim :osse. *le n3o
pretendera beber muito do sangue da esposa- apenas o su?ciente para mantF8lo +i+o at. o
cair da noite- 4uando poderia sair em busca do 4ue necessita+a. Contudo- Connal se perdera
no F;tase do momento e consumira mais sangue do 4ue pretendia a princCpio.
$a +erdade- ele somente parou de :a7F8lo ao sentir *+a des:alecer em seus bra2os. % lucide7
lhe +oltou de repente- e ao a:astar o rosto e +er a :ace p6lida da esposa desmaiada- Connal
compreendeu o 4uanto ela era importante. %turdido- ele a pu;ara de encontro ao peito para
abra268la com amor.
*+a lutara para con4uistar um espa2o no castelo 9ac%die- e sem perceber terminara
con4uistando um lugar no cora23o de Connal. $a4uele momento ele compreendeu 4ue a
ama+a- e a consciFncia desse sentimento le+ou8o a permanecer desperto por muitas horas.
%o acordar- 4uando o sol acaba+a de se esconder- Connal ainda a abra2a+a pelas costas-
sentindo o corpo :r6gil da esposa encolhido de encontro ao seu. *+a continua+a p6lida- mas
menos 4ue antes- e murmurou seu nome sonolenta 4uando ele lhe acariciou a :ace. *la
esta+a se recuperando- pensou Connal- ali+iado. 1ecidiu dei;68la descansando en4uanto se
+estia para sair com os ca+aleiros. .
Consciente de 4ue esta+a :raco demais para se de:ender caso tornasse a ser atacado antes
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de se nutrir- Connal tran4Kili7ou8se ao deparar com *Dan- 1onaidh- #eordan- Keddy-
1omhall e !agnall sentados na longa mesa do sal3o. %4ueles homens mereciam e tinham
toda a sua con?an2a- e eles o acompanhariam na e;curs3o noturna.
>uando retomaram ao castelo- algumas horas depois- Connal rumou direto para o 4uarto
secreto a ?m de +er a esposa. Como *+a seguisse dormindo- ele :oi @ co7inha pedir a *Pe
4ue preparasse uma re:ei23o- pois comer era t3o necess6rio 4uanto repousar- para 4ue sua
esposa repusesse o lC4uido +ital 4ue lhe o:erecera. *le mesmo le+aria a re:ei23o. Por.m-
en4uanto espera+a- Connal :oi ao sal3o- onde as mulheres o aguarda+am @ mesa.
8 Como ser6 4ue o intruso conseguiu abrir a passagemJ 8 indagou 9agaidh depois de ele
contar o 4ue ha+ia passado- e como *+a o sal+ara.
8 Tal+e7 tenha obser+ado escondido 4uando eu e;plica+a a *Dan 8 opinou Connal- lembrando
do ruCdo 4ue ou+ira antes de entrar na passagem. $a4uele momento- ele pensara ter ou+ido
o som da porta do 4uarto de *Dan :echando- mas agora a+alia+a 4ue o ruCdo :ora pr,;imo
demais para ter sido produ7ido pela porta do 4uarto do cunhado. 'a+ia +6rios aposentos
na4uele longo corredor- muitos desocupados- aguardando os ?lhos 4ue ele espera+a ter no
:uturo.
8 9elhor colocarmos uma sentinela no corredor 8 disse 9agaidh com ar preocupado.
8 G6 desta4uei dois homens para :a7F8lo 8 assegurou Connal- consciente de 4ue sua m3e
dormia no outro 4uarto 4ue se atingia pela escura passagem. * ele iria al.m& decidira 4ue
dois ca+aleiros acompanhariam *+a o tempo todo para garantir sua seguran2a en4uanto
esti+esse acordada- e dois manteriam guarda na entrada de seu aposento caso ela
resol+esse descansar durante o dia.
8 9eu lordeJ
Connal se +irou ao ou+ir o chamado- e uma id.ia lhe ocorreu ao deparar com #lynis
tra7endo a bande5a com a re:ei23o& sua esposa ha+ia sal+ado sua +ida- e ele dese5a+a
presente68la com algo 4ue apreciasse.
8 #lynisJ
8 Sim- meu senhor 8 respondeu a 5o+em ama.
8 >uero presentear minha esposa com alguma coisa de seu agrado. Tal+e7 ela tenha
mencionado algo 4ue gostaria de terJ 8 indagou Connal- sentindo8se culpado por n3o saber
ele mesmo o 4ue a esposa gostaria de possuir.
1epois de pensar longamente- #lynis a?nal recordou algo.
8 % <nica coisa 4ue ela mencionou 4ue lhe :a7 :alta . a 6gua.
8 VguaJ 8 9agaidh disse- com interesse.
8 Sim. *la contou 4ue cresceu perto do mar e escapa+a para nadar 4uando tinha tempo-
depois de terminar os a:a7eres. *u :alei sobre o lago a4ui perto- e ela disse 4ue gostaria de
conhecF8lo algum dia.
8 $3o h6 nada mais 4ue ha5a mencionadoJ 8 insistiu Connal- :ran7indo a sobrancelha.
8 $3o- meu senhor 8 respondeu #lynis em tom de desculpas. 8 $ossa dama n3o :a7 4uest3o
de nada especial.
Connal meneou a cabe2a- concordando 4ue era +erdade. Sua esposa da+a mais +alor @s
coisas simples da +ida do 4ue ao lu;o e :utilidades 4ue muitas mulheres de sua posi23o
social alme5a+am- ele pensou- en4uanto toma+a a bande5a das m3os da 5o+em ama e partia.
O to4ue sua+e da m3o na :ace de *+a a :e7 despertar- e ao abrir os olhos ela deparou com
Connal sentado a seu lado no leito.
8 Como se senteJ 8 ele perguntou com um sorriso 4ue n3o escondia a preocupa23o.
50
8 Cansada 8 admitiu *+a- tamb.m tentando sorrir. 8 $3o conseguiu dormirJ 8 perguntou ela-
con:usa com rela23o ao tempo.
8 G6 anoiteceu h6 muito 8 e;plicou Connal. 8 *u trou;e algo para +ocF comer- pois necessita
se alimentar.
Connal a a5udou a se recostar contra a cabeceira da cama- e :oi buscar a bande5a 4ue
depositara sobre a mesa. *+a o obser+ou- notando 4ue ele acendera todas as +elas e o :ogo
da lareira. m aroma delicioso de comida inunda+a o aposento- e seu estHmago roncou
4uando Connal pu;ou a mesa para perto e tomou a sentar a seu lado. Laminta- ela se
es:or2ou para lembrar a <ltima +e7 4ue se alimentara- e de repente a mem,ria de tudo 4ue
ocorrera lhe +oltou @ consciFncia& a :alta de sono- o intruso- o ata4ue- a maneira como ?7era
amor com Connal e como o:erecera o pr,prio sangue para o marido se recuperar.
8 0ocF . um +ampiro= 8 e;clamou *+a de modo abrupto- e ent3o le+ou a m3o @ boca- como
para se impedir de di7er outras coisas indese56+eis.
Connal pareceu ?car tensoE uma sombra tur+ou seus olhos- e uma e;press3o estranha
tomou conta de seu rosto.
*+a percebeu 4ue ele esta+a apreensi+o. Connal 56 lhe e;plicara 4ue n3o era um ser maligno
e sem alma- mas sim di:erente. *le tamb.m dei;ara claro 4ue n3o mata+a a4ueles com os
4uais sacia+a a sede 4ue n3o podia e+itar. Connal n3o era um assassino& continua+a sendo o
ca+aleiro gentil e 5usto 4ue ela conhecia. %l.m do mais- era seu maridoE e ela reBetiu- com
grande satis:a23o- 4ue pre:eria um marido +ampiro a um marido 4ue a tratasse mal e a
agredisse ?sicamente.
*+a respirou :undo- e notou 4ue Connal esta+a silencioso demais- apesar de a olhar como se
algo o torturasse.
8 Se dese5a sair para... :a7er coisas- n3o se preocupe- posso ?car so7inha en4uanto me
alimento 8 disse *+a com timide7- pensando 4ue tal+e7 Connal ti+esse necessidade de saciar
sua sede.
8 Tenho pra7er em lhe :a7er companhia 8 ele respondeu- irritado. 8 0ocF tem de compreender
4ue n3o . um peso para mim. Por 1eus- +ocF sal+ou minha +ida duas +e7es esta manh3=
Ser6 4ue ainda n3o se con+enceu do +alor 4ue possui- e de 4ue . uma pessoa especialJ
8 *u... 8 come2ou *+a- mas ent3o se calou ao sentir as l6grimas aBorando nos olhos. %
+eemFncia com 4ue Connal :ala+a a surpreendia tanto 4uanto as pala+ras 4ue di7ia. Sim- ela
sal+ara sua +ida atacando o in+asor- mas o :ato de lhe ha+er o:erecido o- sangue de 4ue
precisa+a para se recuperar n3o era t3o e;traordin6rio- pois 4ual4uer pessoa teria :eito o
mesmo.
8 0ocF . cora5osa- linda e inteligente- e eu n3o poderia ter uma mulher melhor. %t. um rei
?caria orgulhoso em tF8la como esposa= *stou :eli7 por ter lhe proposto o matrimHnio.
8 9esmo 4ue eu se5a atrapalhada e me en+ol+a em acidentes todo o tempoJ
8 Os acidentes :oram conse4KFncia de sua tentati+a de con4uistar um lugar a4ui- mas +ocF
n3o percebeu 4ue isso n3o tinha a menor importNncia- pois possui um lugar 4ue . somente
seu& +ocF . a senhora 9ac%die. 9inha esposa.
*+a des+iou o olhar num impulso- sentindo um n, na garganta e o cora23o doer por alguma
ra73o 4ue n3o compreendia.
8 Por 4ue des+ia o olharJ 0ocF me odeia agoraJ 8 perguntou Connal- consternado.
8 O 4uFJ 8 *+a parecia perple;a.
8 %gora 4ue sabe o 4ue eu souJ Pretende anular nosso casamento para se +er li+re de mimJ
0ai me pedir 4ue a le+e de +olta- pois pre:eria ser casada com um mortalJ
*+a mostrou8se horrori7ada ao perceber a aBi23o do marido- e o 4ue lhe passa+a pela
51
cabe2a. Como ela seria capa7 de pensar em abandonar 9ac%dieJ Como poderia partir do
<nico lugar onde a +alori7a+am e a trata+am com gentile7a e respeitoJ % id.ia de dei;ar
9agaidh- %ileen- *Dan e os outros ca+aleiros era terrC+el.
Como abandonar as con+ersas 4ue tinha com Connal- as partidas de ;adre7 em :rente ao
:ogo e os momentos de pai;3o e F;tase 4ue des:ruta+am 5untosJ Perder tudo isso seria pior
4ue morrer- pensou ela- sentindo o cora23o 4uase estourar de dor- e compreendendo
subitamente 4ue o sentimento 4ue nutria pelo marido era mais 4ue a:eto ou o amor
obrigat,rio 4ue uma esposa de+esse ter pelo marido.
*la ama+a Connal= Loi por esse moti+o 4ue n3o se importou em arriscar a pr,pria +ida para
impedir 4ue o intruso roubasse a +ida dele. O amor lhe dera :or2as para atacar o assassinoE
e esse mesmo amor a impedira de agir com repulsa ao tomar conhecimento de 4ue seu
marido era de :ato um +ampiro. O gigantesco sentimento 4ue lhe inunda+a o cora23o era
su?ciente para 4ue ela entregasse a pr,pria +ida para sal+68lo- e a toma+a capa7 de aceit68
lo- :osse ele o 4ue :osse.
8 $3o 8 disse *+a en?m. 8 $3o pretendo anular nosso casamento. 0ocF . meu marido.
Connal a obser+ou por um instante- calado- sem 4ue seus olhos perdessem o brilho intenso-
pro:undo e torturado.
8 Por 4ue decide permanecer a meu lado agora 4ue sabe o 4ue souJ
*+a :e7 men23o de responder- mas as pala+ras morreram em sua garganta. *la des+iou o
olhar.
8 Se o :a7 por obriga23o- eu n3o aceitarei- *+a. Gamais suportarei 4ue minha mulher
permane2a comigo por obriga23o- 4uando na +erdade me odeia- em seu Cntimo.
8 *u n3o o odeio. 8 *+a tornou a ?t68lo- e ent3o percebeu o medo 4ue brilha+a nos olhos de
Connal- e 4ue ela conhecia t3o bem& o medo de ser re5eitado. *la passara a maior parte da
+ida se acreditando indese5ada- e 5amais permitiria 4ue algu.m so:resse por se sentir da
mesma :orma- muito menos o homem 4ue ama+a. *+a n3o dei;aria- nem mesmo por um
segundo- Connal du+idar 4ue era dese5ado. *le tinha de saber o 4uanto era importante para
ela. 8 *u te amo 8 *+a disse a?nal- encarando8o com de+o23o.
% e;press3o de Connal se trans:ormou no momento em 4ue ele ou+iu tal declara23o. *le
tomou a :ace de *+a entre as m3os e a bei5ou com ternura- murmurando pala+ras num
dialeto 4ue ela desconhecia- mas soa+am como pala+ras de amor. Subitamente- Connal
parou de bei568la e a:astou o rosto. %inda segurando8lhe a :ace- olha+a8a como se tentasse
memori7ar cada detalhe de seu rosto.
8 0ocF me ama de +erdade- *+aJ
8 *u te amo- Connal 9ac%die 8 respondeu ela- muito emocionada. 8 Com toda a :or2a de meu
cora23o.
8 * eu tamb.m te amo- *+a 9ac%die= 8 % +o7 de Connal esta+a embargada pela emo23o. *le
+oltou a bei568la- como 5amais a ha+ia bei5ado at. ent3oE e nesse ato se entregou por inteiro.
1e repente- outra +e7 Connal parou de bei568la e le+antou.
8 0ocF tem de se +estir- pois +amos sair 8 anunciou. 8 *scolha seu melhor +estido.
8 %onde +amosJ
8 O uma surpresa. *sta . uma noite especial- e tal+e7 a <ltima noite 4uente antes 4ue o
+er3o se trans:orme em outono 8 ele a?rmou com e;cita23o- e caminhou para a porta. 8
Coma sua re:ei23o en4uanto pe2o a #lynis 4ue +enha encontr68la. *la ir6 ao antigo 4uarto
buscar a roupa 4ue +ocF escolher.
8 *ncontrar8me a4uiJ 8 perguntou *+a surpresa. 8 *ste n3o . um 4uarto secretoJ
52
8 $3o . mais 8 disse Connal dando de ombros. 8 1e 4ue adianta mantF8lo secreto se o
inimigo 56 o descobriuJ
Connal abriu a porta- mas antes de sair ele parou- +irou8se e ent3o tomou a se apro;imar de
*+aE tomou sua :ace entre as m3os outra W+e7- e a bei5ou com in?nita do2ura.
8 *u a +erei num instante 8 garantiu ele 4uando a?nal a:astou o rosto.
$o momento seguinte- Connal partia- dei;ando *+a aturdida- mas com uma :elicidade t3o
grande 4ue mal cabia em seu cora23o.
8 %onde +amosJ 8 perguntou *+a pela d.cima +e7 desde 4ue partiram do castelo.
8 G6 +er6 8 replicou *Dan- parecendo se di+ertir.
1epois de #lynis a5ud68la a se +estir- *+a descera ao sal3o principal- onde *Dan a espera+a
com a incumbFncia de le+68la at. Connal. *la seguiu o ca+aleiro para :ora dos muros da
propriedade- onde dois ca+alos os espera+am. *Dan a a5udou a montar- e no instante
seguinte eles adentra+am a escura Boresta com rochas e 6r+ores enormes 4ue rodea+am o
castelo.
$a +erdade- a Boresta parecia agora menos escura e assustadora do 4ue ela 5ulgara a
princCpio- pois o luar brilha+a- iluminando tudo com uma lu7 prateada. *+a n3o hesitara em
seguir o primeiro ca+aleiro- mas 4ueria saber para onde a le+a+a- ao menos para satis:a7er
a curiosidade. *Dan- contudo- se recusa+a a responder- :a7endo8a crer 4ue era uma
surpresa.
*les en?m atingiram uma clareira @ beira de um lago sereno. !eBetida na 6gua- a lua
parecia pro+er ainda mais claridade @ noite 4uente. Os insetos noturnos canta+am- e ao
longe *+a ou+iu o pio de uma coru5a.
8 >ue lugar lindo 8 ela e;clamou- encantada.
8 Connal ?car6 :eli7 ao saber 4ue +ocF gostou 8 *Dan comentou com alegria- e :e7 os ca+alos
pararem @ beira da 6gua. 8 1iga8lhe 4ue +oltarei mais tarde- como pediu 8 a+isou *Dan de
repente- dando meia8+olta e partindo.
8 Onde est6 meu maridoJ 8 *+a perguntou- aBita ao se dar conta de 4ue *Dan a dei;ara
so7inha.
8 %4ui 8 respondeu Connal- saindo por detr6s das 6r+ores e se apro;imando com um sorriso.
*le a alcan2ou sem demora- e ent3o ergueu os bra2os para a5ud68la a descer da montaria.
%li+iada- *+a admitiu 4ue :ora tolice pensar 4ue Connal permitiria 4ue a abandonassem na
Boresta durante a noite- pois ele destacara homens para protegF8la at. mesmo dentro do
castelo. %p,s coloc68la com sua+idade no solo- ele tomou suas m3os e a bei5ou na :ace com
ternuraE seus olhos brilha+am de :elicidade.
8 #lynis me disse 4ue +ocF sentia :alta do mar. O oceano est6 longe- mas pensei 4ue
gostaria de +ir ao lago.
8 O um local encantador= 8 *+a sentia uma :elicidade di:Ccil de ser e;pressa em pala+ras. 8
Obrigada por me tra7er a4ui.
8 0ocF . uma mulher mara+ilhosa- e merece o melhor tratamento possC+el 8 a?rmou Connal.
8 Podemos nadar- se 4uiser.
8 Oh= 8 ela e;clamou- sedu7ida pela ador6+el sugest3o. $adar ao luar na4uele lago t3o lindo
e calmo- acompanhada do marido- era como um sonho romNntico. 8 *u gostaria muito de
:a7Flo 8 disse ela- como uma crian2a 4ue n3o cabe em si de e;cita23o ao se lan2ar a uma
a+entura.
"mediatamente Connal come2ou a desabotoar8lhe o +estido- 4ue logo caiu sobre a rel+a. Por
um instante *+a se sentiu embara2ada por se desnudar ao ar li+reE mas a?nal de contas
53
esta+am so7inhos- e a nature7a 4ue os circunda+a era bela demais para :a7F8la se sentir
incomodada por muito tempo. 1epois de tamb.m tirar a roupa- Connal tomou8a pela m3o e
a pu;ou para o lago.
% 6gua esta+a morna- n3o ha+ia +ento e o silFncio era 4uebrado apenas pelos piados das
a+es noturnas. Connal mergulhou- e ao assomar @ super:Ccie outra +e7- abra2ou *+a e a
bei5ou nos l6bios. *la retribuiu o bei5o sua+e- mas retraiu8se- num impulso autom6tico.
8 *st6 tCmida comigoJ 8 Connal a:astou o rosto- mas passou a acariciar os cabelos 4ue caCam
molhados pelas costas dela.
8 $3o temos de manter a decFnciaJ8perguntou *+a- olhando ao redor.
8 $3o h6 mais ningu.m a4ui- s, n,s 8 assegurou Connal num murm<rio- mas ent3o pareceu
se tomar subitamente compenetrado. 8 Por 4ue n3o me perguntou nadaJ
8 PerguntarJ 1o 4ue . 4ue est6 :alando- 4ueridoJ
8 Por 4ue 5amais me perguntou 4uem eu realmente era- ou como me tornei assim- e por 4ue
%ileen . di:erenteJ
*+a :e7 silFncio por alguns momentos- e reBetiu sobre a 4uest3o. $a +erdade- tais perguntas
cru7a+am seus pensamentos desde 4ue descobrira 4ue Connal era um +ampiroE mas era
di:Ccil abordar o assunto. 1e 4ual4uer :orma- 56 4ue ele tomara a iniciati+a- *+a se sentia
li+re para indagar o 4ue gostaria de saber.
8 Como se tornou assim- ConnalJ
8 Simples& eu nasci assim 8 respondeu Connal prontamente. 8 Loi a heran2a 4ue minha m3e
me passou. *la pro+.m do cl3 dos 9ac$ach- 4ue habita a *sc,cia h6 muitos s.culos. %
origem de nossa linha sanguCnea se perdeu no tempo e 56 n3o . possC+el saber como tudo
come2ou.
8 9agaidh . como +ocFJ
8 9inha m3e . sangue8puro- nascida de pai e m3e 9ac$ach. *u sou sangue8misto- pois meu
pai era mortal. 8 * %ileenJ
8 9inha irm3 possui sangue8misto- como eu.
8 >ual sua idadeJ 8 perguntou *+a com curiosidade- lembrando 4ue padre 9acLure dissera
4ue Connal atingira a maturidade h6 mais de trinta anos.
8 Tenho seis anos a mais 4ue %ileen.
% re+ela23o de 4ue seu marido era de :ato bem mais +elho 4ue ela a surpreendeu- pois *+a
56 decidira 4ue um rapa7 t3o lindo e +igoroso n3o podia ter mais de trinta anos. "sso
signi?ca+a 4ue a linda e elegante 9agaidh era mais idosa 4ue ele- apesar de parecer mais
5o+em 4ue %ileen- sua pr,pria ?lha.
8 Por 4ue %ileen parece mais idosa 4ue +ocF- se tamb.m . sangue8mistoJ
8 Os descendentes de casamentos mistos carregam alguns tra2os- e outros n3o. $unca se
sabe 4ual tra2o permanecer6. O mesmo ocorre entre irm3os- ?lhos dos mesmos pais& um
pode suportar o sol- o outro n3oE um en+elhece normalmente- e o outro n3o. $3o
descobrimos por 4ue ocorre dessa maneira- mas . um :ato. O 4ue sabemos . 4ue 4uanto
mais os sangue8puro se misturam casando com mortais- mais estas caracterCsticas +3o
desaparecendo. >uando um sangue8misto como eu gera ?lhos com uma mulher mortal-
nossa linha sanguCnea se torna mais :raca e di:usa. O por isso 4ue meu primo Cathal decidiu
4ue de+emos nos misturar para eliminar o 4ue nos toma di:erentes- pois os rumores sobre
n,s poder3o acabar. Se n3o mudarmos... bem- isso pode signi?car nossa destrui23o. %l.m
disso- a uni3o entre sangues8puros- ou se5a- membros da mesma :amClia- en:ra4uece o cl3. O
casamento consangKCneo torna as mulheres est.reis e en:ra4uece a semente masculina- e
signi?caria nosso desaparecimento.
54
8 Por essa ra73o casou comigoJ
8 Sim- *+a- minha 4uerida... * :oi a decis3o mais acertada 4ue tomei na +ida- pois escolhi
uma esposa mara+ilhosa= 8 *le a abra2ou com :or2a- cheio de orgulho.
8 Tamb.m sou :eli7 4ue tenha me escolhido= 8 *+a- ali+iada- cru7ou os bra2os por tr6s da
nuca do marido- e sentiu o corpo le+e pela 6gua 4ue os :a7ia Butuar.
Connal a ?tou com olhos 4ue brilha+am t3o doces como o luar 4ue acaricia+a o lago- e ent3o
apro;imou a :ace de+agar e a bei5ou com amor e entrega. *ntretanto- o bei5o :oi :uga7- pois
ele logo a:astou o rosto- e sua e;press3o ha+ia se trans:ormado.
8 %lgu.m ca+algando so7inho se apro;ima 8 a+isou Connal.
8 $3o ou2o nada...
8 9inha audi23o . mais agu2ada 4ue o normal 8 e;plicou Connal. 8 $3o h6 tempo para +ocF
se +estir. !ecolha seu +estido e +6 para tr6s da4uele arbusto. 8 *le apontou para uma grande
planta na beira da clareira. 8 '6 uma rocha ali atr6s- grande o su?ciente para escondF8la.
8 9as...
8 06 agora mesmo 8 disse ele num tom 4ue n3o admitia contesta23o. 8 $3o saia de l6 at. eu
a chamar ou ir busc68la- independentemente do 4ue acontecer.
8 Sim- mas...
8 $3o me 4uestione- apenas +6= 8 Connal bei5ou8lhe a testa e a pu;ou para :ora da 6gua.
Captulo XII
Sem poder contestar- *+a recolheu o +estido e correu atr6s do arbusto. Colocar a roupa :oi
uma tare:a di:Ccil- pois na pressa em se esconder ela ha+ia enrolado o +estido e as mangas
esta+am enganchadas para dentro. Preocupada como 4ue se passa+a @ beira do lago- *+a
a?nal desistiu de lutar contra a roupa e nem pensou em se ocultar atr6s da rocha. $o
instante seguinte Connal se apro;imou- tra7endo 9illie pela r.dea.
8 *u a+isei para se esconder atr6s da pedra= 8 disse ele ao +F8la.
8 Sim- mas...
8 Tome seu ca+alo e +6 para l6 imediatamente.
Connal tomou a partir- mas a maneira como :alara dei;a+a claro 4ue ela de+ia obedecer. *+a
sabia 4ue o marido se preocupa+a com sua seguran2a- moti+o pelo 4ual trou;era 9illieE caso
contr6rio- 4uem chegasse saberia 4ue ele esta+a acompanhado. *la compreendia a
preocupa23o do marido- mas decididamente n3o poderia dei;68lo so7inho. Sem pensar duas
+e7es- *+a escondeu a .gua atr6s da rocha e tomou a +oltar para o arbusto- tra7endo o
+estido nas m3os- mas a5oelhando8se ainda desnuda sobre a rel+a e colocando a :ace para
:ora de modo a +er o 4ue ocorria perto do lago.
Connal n3o ti+era tempo de se +estir- somente recolhera a espada e espera+a- pronto para
agir se necess6rio. Sua ?gura nua- iluminada pelo luar e com a espada na m3o- era
:ormid6+el. %?nal um ca+alo adentrou a clareira e se apro;imou- e mesmo a distNncia *+a
notou 4ue Connal rela;a+a ao +er 4uem chega+a.
8 1e+ia ter gritado a+isando 4ue se apro;ima+a8 disse Connal 4uando o ca+aleiro dete+e a
montaria. 8 %ssim eu saberia 4uem era.
8 $3o seria o melhor a :a7er 8 respondeu o ca+aleiro. 8 %l.m do mais- eu n3o tinha certe7a
4ue o encontraria a4ui.
*+a se tran4Kili7ou ao ou+ir a4uela +o7& trata+a8se de 1onaidh- ?lho de *Dan e %ileen e um
55
dos ca+aleiros mais pr,;imos de Connal. %li+iada- ela se ergueu- agora calma o su?ciente
para arrumar o +estido e en?68lo pela cabe2a. %pesar de n3o obser+ar o 4ue se passa+a @
beira da 6gua- ela seguia ou+indo a con+ersa.
8 O 4ue aconteceuJ 8 indagou Connal.
8 %conteceuJ
8 1e+e ter +indo me procurar por alguma ra73o.
Ocupada em :echar os botAes- *+a n3o olha+a para os dois- mas escuta+a com aten23o.
8 %conteceu algo no casteloJ
8 0im encontr68lo para con+ersar a respeito dos ata4ues 4ue tem so:rido.
8 Compreendo- 1onaidh. 8 1ei;e8me colocar a roupa antes.
*+a 56 terminara de se +estir- mas permaneceu escondida e tornou a espiar para +er o 4ue
acontecia. Connal ha+ia depositado a espada no solo- e caminhara para onde sua roupa 5a7ia
sobre a rel+a. *le termina+a de colocar a cal2a- de costas para 1onaidh- 4uando de repente
o sil+o de uma Becha cru7ou o ar e Connal arcou o tronco- indicando 4ue ha+ia sido atingido.
'orrori7ada e perple;a- *+a emudeceu e ?cou sem a23o. Obser+ou o marido +irar e olhar
para o ca+aleiro- 4ue ainda monta+a o ca+alo. *nt3o outra Becha o atra+essou- agora abai;o
do ombro.
8 *u o acertarei no cora23o se tentar apanhar a espada 8 disse 1onaidh.
Tornar a ou+ir a +o7 de 1onaidh :e7 *+a sair do estado de cho4ue e imediatamente come2ar
a pensar no 4ue :a7er para a5udar o marido. *la precisa+a de uma arma ou um plano-
pro+a+elmente de ambos.
8 *ra +ocF o intruso 4ue in+adiu meu 4uarto 8 disse Connal- com a +o7 marcada pela dor.
1esesperada- *+a continuou procurando algo 4ue pudesse usar como arma- mas ao ou+ir o
marido n3o pHde dei;ar de pensar 4ue +ampiros sentiam dor- embora :ossem mais :ortes e
+i+essem mais.
8 Sim. 8 1onaidh desmontou.
8 Por 4uFJ
8 Por 4uFJ 8 repetiu o ca+aleiro- ?lho de *Dan e %ileen. O rapa7 n3o parecia ner+oso nem
irado- e se mostra+a calmo e senhor de si.
*ra incrC+el 4ue algu.m pudesse manter a calma ap,s des:erir duas Bechadas no pr,prio tio-
considerou *+a.
8 Pensei 4ue meus moti+os :ossem ,b+ios 8 continuou 1onaidh. 8 Passei toda a +ida sendo o
<nico herdeiro 9ac%die- e a linha natural para sucedF8lo na che?a do cl3.
8 0ocF alme5a ser o senhor 9ac%die= 8 e;clamou Connal- compreendendo subitamente o 4ue
mo+ia o sobrinho.
8 *u sempre 4uis ser o che:e de nosso cl3- e sabia 4ue mais cedo ou mais tarde herdaria
esta posi23o. 9as +ocF casou com a inten23o e;pressa de gerar herdeiros- e isso mudou
tudo.
Connal ?tou o sobrinho- sentindo8se con:uso- tal+e7 pela dor 4ue o tortura+a ou pela
:ra4ue7a 4ue toma+a conta de seu corpo- em ra73o do sangue 4ue perdia.
8 *u e;isto h6 sessenta anos. 0ocF sabe 4ue permanecerei +i+o por muito tempo e 4ue o
trono 9ac%die n3o ser6 ocupado por um herdeiro meu em bre+e. >ue di:eren2a :aria eu
casar e ter ?lhos- se o mais pro+6+el . 4ue n3o dei;aria o trono para algum deles ou para
+ocFJ
56
8 Com ou sem herdeiro- eu me asseguraria 4ue +ocF morresse 8 garantiu 1onaidh com :rie7a.
8 >ue espera+a para :a7F8lo- ent3oJ 8 perguntou Connal- mal acreditando 4ue a pessoa
diante dele era o sobrinho 4ue ele tantas +e7es embalara.
8 %l.m de esperar meu pai e minha m3e morrerem- pensei 4ue seria 5usto dei;68lo +i+er uma
+ida t3o longa 4uanto a dos mortais. Sempre gostei de +ocF- tio Connal- e acabaria com sua
+ida depois 4ue meus pais terminassem seus dias. Sou paciente e poderia esperar.
8 Compreendo 8 Connal declarou com pro:unda amargura. 8 $3o ha+ia perigo para mim
en4uanto seus pais esti+essem +i+os... at. Cathal con+encer8me a casar.
8 0ocF entendeu tudo. %o retomar a 9ac%die depois de +isitar Cathal- +ocF mencionou o
plano de contrair matrimHnio com uma mortal e gerar herdeiros para o trono. * disse
tamb.m 4ue a id.ia n3o o agrada+a- mas concorda+a com seu primo 4ue era necess6rio
:a7F8lo.
Connal escutou o sobrinho- lembrando ter dito 4ue n3o aprecia+a ter uma esposa mortal-
mas era ineg6+el 4ue Cathal tinha ra73o& era a maneira de perpetuar o cl3. 9as ele pensa+a
desse modo antes de *+a ganhar seu cora23o- e agora Connal n3o dese5a+a outra coisa
sen3o uma longa +ida ao lado dela- algo 4ue seu sobrinho n3o tinha inten23o de permitir.
8 Seu casamento amea2ou meu plano de esperar 8 continuou 1onaidh. 8 % princCpio- eu tinha
d<+idas- n3o sabia ao certo o 4ue :a7er- pois era possC+el 4ue seu herdeiro en+elhecesse
normalmente e eu pudesse seguir esperando. %?nal- como +ocF- tamb.m eu n3o en+elhe2o.
9as era possC+el 4ue seu ?lho gerasse outros herdeiros- e cin4Kenta anos ou mais poderiam
se passar antes de chegar minha +e7 de herdar o trono.
Sem contar 4ue o ?lho de seu ?lho tamb.m geraria herdeirosE seria grande a possibilidade
de isso ocorrer. Por outro lado- . possC+el 4ue um herdeiro seu tamb.m n3o en+elhe2a- e eu
n3o poderia correr tal risco. Como +F- a conclus3o a 4ue se chega . l,gicaE n3o e;istia
alternati+a& tinha de mat68lo para me tomar o senhor 9ac%die.
8 9as n3o te+e destre7a su?ciente para atingir seu ob5eti+o nos ata4ues anteriores 8 retrucou
Connal- com os olhos ?;os na espada 4ue 1onaidh desembainhara e agora empunha+a. *le
gostaria de tomar a arma e ensinar uma li23o ao sobrinho- mas n3o esta+a perto o
su?cienteE seria necess6rio esperar um momento mais oportuno. 9as Connal n3o podia
esperar muito- pois os :erimentos o :a7iam perder sangue e em bre+e a :ra4ue7a o domi8
naria.
O pior era saber 4ue *+a se escondia ali perto e ele s, podia ter a esperan2a de 4ue ela
permanecesse onde esta+a. %inda 4ue morresse- n3o seria 5usto 4ue tamb.m sua esposa
ti+esse de pagar com a +ida. >uem sabe neste momento ela 56 gera+a um ?lho deles no
+entre- o herdeiro do trono 9ac%dieJ
8 0ocF n3o crF 4ue eu pretendia mat68lo com Bechas 8 disse 1onaidh com ironia. 8 *u sei 4ue
Bechas s3o insu?cientes para acabar com sua +ida.
Connal encarou o sobrinho- sabendo 4ue ele se re:eria aos ata4ues anteriores. Connal :ora
atacado trFs +e7es antes 4ue o intruso in+adisse seu 4uarto. $a primeira +e7- ele ca+alga+a
so7inho- 4uando uma Becha o acertou no estHmago. Leli7mente 1omhall e Keddy surgiram
pouco depois- retiraram a Becha e o a5udaram a encontrar sangue para se nutrir e
compensar o precioso lC4uido 4ue perdera. O terceiro ata4ue tamb.m :ora com uma Becha-
mas errara o al+o- acertando o ca+aleiro a seu lado.
8 9eu plano era en:ra4uecF8lo com a Becha- e s, ent3o mat6lo. Sei 4ue . preciso 4ueim68lo
ou decepar sua cabe2a para e;termin68lo. 9as para decapit68lo eu teria de me apro;imar e
re+elar minha identidade- portanto n3o poderia :alhar. 1a primeira +e7 1omhall e Keddy
chegaram antes 4ue eu completasse o trabalho.
8 9as +ocF ca+alga+a a meu lado na segunda +e7 4ue me atacaram com uma Becha 8 disse
Connal- sem compreender o 4ue sucedera.
57
8 Sim... 8 1onaidh sorriu de modo cruel. 8 $3o :ui eu 4uem disparou a Becha da4uela +e7- e
sim um :a7endeiro local 4ue ca2a+a na Boresta @ noite. Loi um acidente. Lembra8se de 4ue
saCmos imediatamente @ procura de 4uem o atacaraJ Pois bem- eu o encontrei. O pobre
homem pensou 4ue eu o :osse matar- mas dei;ei8o ir embora- e prometi perdo68lo desde
4ue manti+esse segredo.
Se contasse a algu.m- ent3o seria e;ecutado. Para mim :oi uma enorme sorte 4ue isso
tenha ocorrido- pois o :ato de eu ca+algar a seu lado a:asta+a a possibilidade de +ocF
suspeitar 4ue era eu 4uem pretendia mat68lo.
8 * 4uanto ao segundo atentado- o incFndio na cabana de ca2aJ
8 CoincidFncia e sorte tamb.m 8 e;plicou 1onaidh- orgulhoso da pr,pria esperte7a. 8 *u o +i
desmontando para entrar so7inho na cabana- e sabia 4ue n3o ha+ia ningu.m l6 dentroE
ent3o me apro;imei com o m6;imo cuidado por tr6s e o acertei na cabe2a com uma pedra.
>uando +ocF desmaiou- eu o carreguei para dentro- colo4uei :ogo na cabana e tornei a sair.
1esacordado- +ocF seria 4ueimado +i+o- e o :ogo o mataria.
$aturalmente- eu n3o ?4uei para obser+ar e +oltei ao castelo para n3o le+antar suspeitas.
9as sua sorte :oi ainda maior 4ue a minha& para sua :elicidade- meu pai anda+a por perto- e
ao +er a :uma2a ele correu at. l6- :or2ou a porta- 4uerendo apagar o :ogo- e o encontrou.
9eu pai o sal+ou da4uela +e7- e eu precisei me es:or2ar muito para parecer chocado 4uando
ele adentrou os muros do castelo tra7endo +ocF- desmaiado na garupa do ca+alo.
%gora tudo :a7ia sentido- e Connal percebia- com amargor- 4ue o inimigo se encontra+a
pr,;imo o tempo todo- compartilhando sua mesa- ami7ade e con?3n2a. O inimigo :a7ia parte
de sua :amClia.
8 >uando chegamos com *+a- eu constatei 4ue n3o era mais possC+el perder tempo 8
recome2ou 1onaidh. 8 O :ato de +ocF 8 n3o dormir com ela no inCcio me :e7 ganhar alguns
dias- por n3o correr o risco de 4ue plantasse a semente para gerar8lhe um herdeiro no
+entre.
8 *nt3o eu consumei o casamento 8 retrucou Connal com :rie7a.
8 Sim 8 concordou 1onaidh- tomando a sorrir. 8 #lynis +oltou para o sal3o certa noite- ap,s
le+ar +inho para +ocFs. #lynis gosta muito de *+a- e- receando 4ue +ocF esti+esse :urioso
com ela- permaneceu escutando do lado de :ora do 4uarto para se certi?car de 4ue nada
ruim ocorria. %?nal- ela retornou com a notCcia de 4ue *+a se tornara de :ato a senhora
9ac%die- pois o casamento ha+ia sido consumado. $a4uela noite eu decidi n3o esperar
mais.
8 *nt3o aguardou 4ue eu saCsse para me seguir pela passagemJ
8 Sim- mas n3o consegui abrir a porta secreta. 8 1onaidh pareceu irritar8se ao recordar. 8 *u
5uraria 4ue ha+ia +isto como +ocF o ?7era- mas n3o percebi 4ue toca+a uma segunda pedra
com a m3o es4uerda= S, aprendi 4uando ensinou meu pai a :a7F8lo.
8* se *+a 56 esti+er esperando um ?lhoJ8perguntou Connal- reconhecendo com desgosto 4ue
o estalido 4ue ou+ira na4uela noite n3o era da porta do 4uarto de *Dan.
8 Caso ela engra+ide- terei de mat68la. Ser6 uma pena- pois gosto de *+a. *la . bonita-
inteligente- di+ertida... 1e+o di7er 4ue +ocF :e7 uma boa escolha. *u mesmo n3o me
incomodaria em me casar com ela.
8Gamais me casaria com +ocF- nem 4ue :osse o <ltimo homem sobre a :ace da terra- 1onaidh
9ac%die=
Surpreso- 1onaidh +irou a cabe2a e deparou com *+a saindo por detr6s do arbusto.
Com os diabos- prague5ou Connal bai;inho. *le aprecia+a a coragem da esposa- mas *+a
acabara de assinar a senten2a de morte de ambos ao :a7er a4uilo. "mpotente- Connal a ?tou
com uma combina23o de orgulho- rai+a e sentimento de derrota ao +F8la caminhar na
58
dire23o deles. %pesar de tudo- era impossC+el dei;ar de admirar a4uela mulher esplFndida-
4ue parecia brilhar com ,dio e :<ria ao a+an2ar com passos ?rmes- punhos cerrados e
tra7endo um galho pontudo em cada m3o.
8 1e+ia ter +ergonha de trair seu pr,prio tio= % igre5a e a lei dos homens condenam os
miser6+eis mes4uinhos 4ue matam para roubar ri4ue7as ou poder= 8 *la agora 56 se
encontra+a t3o pr,;ima de 1onaidh 4ue poderia toc68lo se estirasse o bra2o.
*+a o encara+a :ace a :ace sem demonstrar medo- sem o menor temorE e 1onaidh n3o
parecia ainda ter se recuperado do cho4ue de +F8la aparecer e en:rent68lo. Connal admira+a
sua coragem- mas os galhos 4ue empunha+a 5amais seriam su?cientes para colocar o
ca+aleiro :ora de combate. $um gesto r6pido e certeiro- contudo- *+a atacou 1onaidh-
mirando seus olhos- mas ele :oi mais r6pido e se es4ui+ou. %to contCnuo- o rapa7 agarrou
seu bra2o e o torceu- obrigando *+a a se +irar de costas. "mediatamente- ele a pu;ou e
prendeu- colocando a espada de encontro @ sua garganta.
8 Tio 8 gritou 1onaidh. 8 9atarei a mulher se +ocF pegar a espada.
*n4uanto o sobrinho se mo+ia para e+itar o golpe com os galhos e imobili7ar *+a- Connal
correra para apanhar a espada sobre a rel+a- mas a amea2a o obrigou a parar.
%o ?tar a esposa- Connal percebeu 4ue ela o olha+a como se pedisse desculpas por ter
:alhado em seu intento. *ntretanto- era ele 4uem se culpa+a por tF8la tra7ido para :ora dos
muros do castelo e arriscado sua +ida antes de identi?car e capturar 4uem o tenta+a matar.
*;asperado ao perceber 4ue colocara em risco a +ida da esposa- Connal bai;ou o olhar para
a espada 4ue n3o conseguira alcan2ar. 1ali para a :rente- s, um milagre os sal+aria da
destrui23o.
8 $3o sabia 4ue esta+a a4ui- tia 8 disse 1onaidh- pronto para rasgar a garganta de *+a. 8 $a
+erdade- pre:eria 4ue n3o esti+esse.
8 *u pre:eria 4ue +ocF n3o esti+esse 8 retrucou ela- apertando com ?rme7a o galho 4ue
ainda tra7ia na m3o.
*+a n3o encontrara mais 4ue peda2os de lenha para usar como arma- mas n3o conseguira
se conter& decidiu sair de onde esta+a e en:rentar o sobrinho assassino. % id.ia de acert68lo
nos olhos surgiu no momento em 4ue o encarou :rente a :rente- pois lhe pareceu a <nica
parte :r6gil do corpo do ca+aleiro traidor. *les eram homens :ortes- mas de nada +alia ter
:or2a se n3o se pudesse en;ergar o al+o. "n:eli7mente- al.m de :ortes os ca+aleiros tamb.m
eram r6pidos e ele conseguira se es4ui+ar.
>ue :a7er agoraJ *la ainda segura+a os galhos- mas seu bra2o direito esta+a imobili7ado @s
suas costas. Presa na4uela posi23o- e com a espada contra a garganta- apenas a parte
in:erior de seu bra2o es4uerdo esta+a li+re- e ela n3o conseguiria erguF8lo o su?ciente para
mirar nos olhos de 1onaidh outra +e7. 9as poderia acert68lo na co;a- pensou. $3o seria um
golpe muito :orte- mas ela espera+a causar dor e surpreender seu algo7 o su?ciente para
4ue Connal ti+esse tempo de agarrar a espada.
*+a respirou :undo- ergueu o bra2o o mais 4ue pHde e des:eriu um golpe- tentando enterrar
a ponta do galho na co;a de 1onaidh. %pesar de n3o :eri8lo o 4uanto gostaria- *+a o
machucou e o surpreendeu o bastante para 4ue ele a soltasse um momento. *mpurrando8o
para tr6s- ela conseguiu se des+encilhar e dar um passo trHpego para o lado- en4uanto
nota+a- com o canto do olho- 4ue Connal apro+eita+a a4uele bre+e instante para se abai;ar
e pegar a espada. "n:eli7mente- ela n3o conseguiu dar um segundo passo- pois 1onaidh
agarrou seus cabelos e a pu;ou para tr6s.
8 0agabunda= 8 rugiu 1onaidh- 56 erguendo a espada.
*le +ai me matar- pensou *+a. Por.m- num impulso de de:esa- ela se +irou e tentou outra
+e7 acertar8lhe os olhos- agora com as unhas- pois 56 n3o tinha os galhos nas m3os.
*+a conseguiu acertar8lhe a :ace- e 1onaidh a empurrou- :a7endo8a se dese4uilibrar e cair
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sentada para tr6s. *la imediatamente colocou os coto+elos sobre o ch3o- tentando se
erguer- mas o ca+aleiro 56 erguia a espada para des:erir um golpe 4ue seria :atal. *+a +irou a
cabe2a ao ou+ir Connal gritar en4uanto a+an2a+a com a espada na dire23o deles- mas era
claro 4ue n3o teria tempo de impedir 1onaidh de des:echar o golpe 4ue a mataria.
$este momento- 1onaidh soltou um som su:ocado- ar4ueou o tronco e parou a espada a
poucos centCmetros do peito de *+a. Sem compreender o 4ue acontecia- ela o ?tou-
aguardando o momento em 4ue o metal a atingiria. O ca+aleiro cambaleou para o lado-
prestes a cair- e ent3o se +irou- tentando olhar para tr6s.
% primeira coisa 4ue *+a percebeu :oi o pro:undo :erimento em suas costas. *nt3o ela +iu
*Dan- em p.- atr6s do ?lho. $o instante seguinte 1onaidh tomba+a- e *Dan 56 erguia a
espada- mirando o pesco2o do rapa7. *+a cerrou os olhos para n3o +er o pai matar o ?lho-
mas tomou a abri8los ao ou+ir o ruCdo de algo rolando no ch3o a seu ladoE horrori7ada- ela
+iuXa cabe2a decepada de 1onaidh sobre a rel+a.
$o momento seguinte- *Dan 56 se inclina+a para a5ud68la a se colocar em p.. Connal se
apro;imou neste instante- e a pu;ou para a:ast68la da cena macabra. *+a acompanhou o
marido com passos trHpegos at. se distanciarem- e ent3o se +irou e ?tou *Dan 4ue tamb.m
caminha+a para perto deles e longe do cad6+er do ?lho.
8 Sinto muito 8 disse ela com l6grimas nos olhos ao perceber a dor na :ace de *Dan.
8 $3o ha+ia nada mais 4ue eu pudesse :a7er 8 replicou o ca+aleiro num tom gra+e- 4ue
re+ela+a a dor e mis.ria 4ue sentia. 8 *u +i o 4ue acontecia e n3o ti+e outra op23o. 8O pobre
homem dirigiu8se a Connal. 8 O melhor +ocF retirar esta Becha antes de perder mais sangue.
Connal segurou com ambas as m3os a Becha 4ue lhe per:ura+a o peito- e ent3o a pu;ou-
soltando um grito 4ue :e7 *+a tornar a pensar 4ue os +ampiros decididamente sentiam dor.
Como era incapa7 de alcan2ar a Becha nas costas- :oi *Dan 4uem deu a +olta e a pu;ou-
dei;ando *+a ali+iada por n3o ser obrigada a :a7er coisa t3o terrC+el.
Connal parecia :raco- mas ela sabia 4ue seu corpo come2aria a cicatri7ar no momento em
4ue as Bechas :ossem retiradas. %o saber 4ue seu senhor esta+a :ora de perigo e era uma
4uest3o de tempo at. 4ue se recuperasse- *Dan deu um passo para tr6s e sentou no solo-
amargurado.
8 >ue +ai di7er a %ileenJ 8 perguntou Connal- +irando8se para o cunhado.
8 % +erdade. 8 O primeiro ca+aleiro ergueu ligeiramente o olhar.
8 *u . 4ue de+ia tF8lo matado para li+r68lo da dor de e;ecutar o pr,prio ?lho.
8 *ra eu 4uern tinha de :a7F8lo- Connal. *u o trou;e ao mundo. 1e alguma :orma :alhei ao
cri68lo- e por isso ele se tornou um traidor. Portanto- ainda 4ue doa- era 5usto 4ue eu o
?7esse. $3o sei onde errei nem como dei;ei... 8 *Dan se calou de repente- sem terminar-
pois tinha a +o7 embargada.
8 $3o :e7 nada de errado. 0ocF e %ileen o criaram com amor e de :orma irrepreensC+el.
"n:eli7mente- os pais n3o podem determinar o 4ue os ?lhos ser3o- ou como agem ao se
tornarem adultos.
*Dan soltou um pro:undo suspiro- e ent3o +irou o rosto para ?tar o cad6+er caCdo @
distNncia.
8 0ou carreg68lo para casa e para %ileen 8 ele decidiu- tornando a le+antar.
*mbora os :erimentos n3o esti+essem curados- Connal a5udou *Dan a erguer o corpo de
1onaidh e estir68lo sobre o ca+alo. *Dan rasgou e retirou a camisa do corpo sem +ida- e com
ela embrulhou a cabe2a decepada do ?lho e a prendeu @ sela. *nt3o- em silFncio- montou
atr6s do cad6+er. *Dan dirigiu aos dois o olhar- com uma e;press3o amargurada no rosto-
antes de incitar o ca+alo a partir.
60
8 *ra eu 4uem de+ia tF8lo matado 8 repetiu Connal 4uando o primeiro ca+aleiro desapareceu
entre as 6r+ores e a 4uietude +oltou a reinar.
8 *le mesmo tinha de :a7F8lo- 4uerido. 8 *+a apro;imou8seQ e tocou o bra2o do marido.
8 O horrC+el um homem ter de matar o pr,prio ?lho= .
8 Tamb.m . horrC+el um tio ter de matar o sobrinho 8 replicou *+a. 8 Loi 1onaidh 4uem
assinou a pr,pria senten2a de morte- e obrigou um de +ocFs dois a e;ecut68la.
8 Creio 4ue tem ra73o- meu amor. 8 Connal mostra+a enorme triste7a- condoCdo pelo destino
4ue obrigara o cunhado a e;ecutar o ?lho. 9as suas :ei2Aes se desanu+iaram pouco a
pouco. 8 $3o pense 4ue es4ueci 4ue desobedeceu minha ordem e colocou sua +ida em risco=
8 a?rmou- 7angado.
Surpresa ao +er a irrita23o do marido- e a maneira como a recrimina+a- *+a tamb.m se
7angou.
8 Como ousa pensar 4ue me manteria escondida- obser+ando como o mata+am sem
complacFnciaJ Pensa 4ue n3o tenho sangue nas +eiasJ Posso n3o ser um ca+aleiro +ampiro-
mas tenho coragem e disposi23o para lutar.
Connal a ?tou um instante- perple;o- mas a?nal meneou a cabe2a e sorriu.
8 S, mesmo +ocF para me :a7er rir num momento como este 8 disse ele a?nal. 8 O a mulher
mais teimosa 4ue 56 conheci.
8 %ssistir ao seu assassinato sem reagirJ 8 continuou *+a- pois ainda n3o superara a 7anga. 8
Pode me dar as ordens 4ue 4uiser- mas 5amais as obedecerei se elas colocarem sua +ida em
risco. Sou sua esposa e companheira- e :arei tudo 4ue esti+er a meu alcance para a5ud68lo
em caso de necessidade. Por acaso pensa 4ue ?7 um :also 5uramento 4uando casamosJ 8 ela
arrematou- colocando as m3os na cintura.
*+a ainda pretendia prosseguir :alando- mas 4uando abriu a boca outra +e7- Connal a calou
com um bei5o apai;onado. Tomada de surpresa- ela se retraiu um instante- mas logo se
rendeu ao abra2o do marido e retribuiu o bei5o com a mesma pai;3o.
8 *u te amo- *+a=
*+a o bei5ou com sua+idade no 4uei;o.
8 * eu tamb.m te amo- meu 4uerido marido- e amarei at. o ?m de meus dias=
8 % prop,sito- 4ueria lhe propor algo a respeito disso... 8 Connal tomou8a pela cintura e a
pu;ou em dire23o ao seu ca+alo- 4ue espera+a atr6s das 6r+ores- no limite da clareira.
8 * 9illieJ 8 perguntou *+a 4uando ele a ergueu com :acilidade e colocou sobre a sela. 8
9inha .gua ainda est6 atr6s da rocha. .
8 *n+iarei algu.m para busc68la 8 assegurou Connal- montando tamb.m- tomando assento
atr6s dela e pu;ando *+a para mais perto de seu corpo antes de apanhar as r.deas. 8 Como
eu di7ia... 8ele continuou ap,s incitar o animal a partir- atra+essando a clareira rumo ao
castelo. 8 Concordei em casar com uma mulher mortal para en:ra4uecer minha linha
sanguCnea e gerar ?lhos normais- mas assim 4ue meus herdeiros nascerem...
*+a recostou a cabe2a contra o peito do marido- escutando os planos para o :uturo com
interesse e reconhecendo 4ue gostaria de permanecer assim para sempre... e era bem
possC+el 4ue 5ustamente isso a aguardasse=
L"9
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