Oral Alberto Caeiro (DEZ 2013)

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Alberto Caeiro da Silva nasceu em 1889 em Lisboa e morreu em 1915 sendo um dos

heternimos, do poeta ortnimo, Fernando Pessoa e aparece como o mestre de todos eles,
porque ao contrrio deles, consegue submeter o pensar ao sentir. Esta maneira de pensar
permite-lhe viver sem dor nem sofrimento e envelhecer de uma forma calma, sem angstia,
morrer sem desespero, porque a morte no o afeta, visto que, tudo na Natureza continuar
igual, fazer coincidir o ser com o estar, combater o vicio de pensar, ser um ser uno, e no
fragmentado e apresentando-se tambm, antes de mais como o poeta das sensaes a
sensao tudo e o pensamento uma doena. um paganista existencial, poeta da
natureza e da simplicidade e interpreta o mundo a partir dos sentidos e interessa-lhe a realidade
imediata e o real objetivo que as sensaes lhe oferecem, negando a utilidade do pensamento
pois anti metafsico.
Caeiro apresenta-se como um simples guardador de rebanhos, que s se importa em ver de
forma objetiva e natural, a realidade com a qual contacta. Dai o seu desejo de integrao e
comunho com a natureza, fazendo esta, parte integrante do poeta. Ele considera-se um
elemento igual a uma pedra, a uma rvore ou a uma flor. Para ele pensar estar doente dos
olhos, nega assim a utilidade ou valor do pensamento, ver conhecer o mundo, por isso, pensa
vendo e ouvindo. Recusa o pensamento metafsico, afirmando que pensar no
compreender, visto que se entra num mundo complexo e problemtico onde tudo incerto e
obscuro. o poeta da natureza porque anda pela mo das estaes e integra-se nas leis do
universo como se fosse um rio um ou uma rvore rendendo-se ao destino e ordem natural das
coisas, estando de acordo com ela e vendo-a na sua constante renovao. Para ele existir um
facto maravilhoso, d especial importncia ao ato de ver e personifica o sonho de reconciliao
com o universo, com a harmonia pag e primitiva da Natureza.
um poeta sensacionista a quem s interessa o que capta pelas sensaes, pelo olhar, na
realidade imediata recusando a introspeo e a subjetividade. Cr na eterna novidade do mundo
vivendo de acordo com a natureza na sua simplicidade e paz, amando-a. Para Caeiro o mundo
sempre diferente, sempre mltiplo, por isso, aproveita cada momento da vida e cada sensao,
aspirando alegria, paz, tranquilidade e serenidade em comunho com a Natureza.
Utiliza uma linguagem simples, familiar, objetiva e argumentativa. Utiliza o verso livre,
geralmente longo com estrofes irregulares e frases simples. Usa o presente do indicativo porque
o Homem vive em harmonia com a Natureza, no momento presente, sem pensar em nada. Vive
no presente, no quer saber do passado nem do futuro pois para ele cada momento tem uma
durao igual dos relmpagos ou do sol. Nota-se o predomnio de metforas e comparaes
originais relacionadas com elementos naturais Minha alma como um pastor, usa uma
mtrica irregular, raras metforas, comparaes simples, pouca adjetivao, predomnio de
substantivos concretos e uso de paralelismo de construo.

Palavras: 524

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