RDC N° 37 - Bioisenção

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Dirio Oficial da Unio Seo 01

DOU 05 de agosto de 2011


Pgina [117-119]
RESOLUO - RDC N 37, DE 3 DE AGOSTO DE 2011
Dispe sobre o Guia para iseno e substituio
de estudos de biodisponibilidade
relativa/bioequivalncia e d outras providncias.
A Diretoria Colegiada da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria, no uso da
atribuio que lhe confere o inciso IV do art. 11 do Regulamento aprovado pelo
Decreto n 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto no inciso II e
nos 1 e 3 do art. 54 do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da
Portaria n 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de
agosto de 2006, em reunio realizada em 2 de agosto de 2011, adota a seguinte
Resoluo da Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a sua
publicao:
Art. 1 Fica aprovado o Guia para iseno e substituio de estudos de
biodisponibilidade relativa/bioequivalncia, nos termos desta Resoluo.
CAPTULO I
DAS DISPOSIES INICIAIS
Seo I
Objetivo
Art. 2 Esta Resoluo possui o objetivo de estabelecer os requisitos para a
iseno e substituio dos estudos de biodisponibilidade relativa/bioequivalncia.
Seo II
Abrangncia
Art. 3 Esta Resoluo se aplica a todos os fabricantes de medicamentos
genricos, similares e novos.
Pargrafo nico. No caso dos medicamentos novos, a abrangncia desta
norma limitada a:
I - bioiseno para as demais dosagens, nos casos em que estudos de
biodisponibilidade relativa so requeridos, conforme disposto na Resoluo RDC n
136/03, que dispe sobre registro de medicamentos novos, e suas alteraes
posteriores; e
II - bioiseno baseada no sistema de classificao biofarmacutica, nos
casos de alterao maior de excipientes e alterao ou incluso maior de processo
de produo, descritos na Resoluo RDC n 48/09, que dispe sobre o ps-registro
de medicamentos, e suas alteraes posteriores.
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CAPTULO II
DO GUIA PARA ISENO E SUBSTITUIO DE ESTUDOS
DE BIODISPONIBILIDADE RELATIVA/BIOEQUIVALNCIA
Seo I
Da bioiseno em razo da forma farmacutica
Art. 4 Os estudos de bioequivalncia para medicamentos genricos ou
similares sero dispensados para:
I - solues aquosas (parenterais, orais, otolgicas, oftlmicas e as
administradas como inalatrios orais ou sprays nasais com ou sem dispositivo) que
contenham o mesmo frmaco, na mesma concentrao em relao ao medicamento
de referncia (equivalentes farmacuticos) e excipientes de mesma funo que
aqueles presentes no medicamento comparador;
II - ps para reconstituio que resultem em solues aquosas orais ou
parenterais, desde que cumpram os requisitos descritos no inciso I;
III - gases;
IV - solues oleosas parenterais que contenham o mesmo frmaco, na
mesma concentrao em relao ao medicamento de referncia (equivalentes
farmacuticos) e qualitativamente o mesmo veculo oleoso presente no medicamento
de referncia, em concentraes compatveis com a funo pretendida;
V - medicamentos de uso oral que contenham frmacos destinados a ao
local no trato gastrintestinal descritos na Lista 3 - Frmacos de ao local no trato
gastrintestinal que no necessitam de estudos de biodisponibilidade relativa /
bioequivalncia (acessvel no portal da ANVISA); e
VI - medicamentos de aplicao tpica, no destinados a efeitos sistmicos,
que contenham o mesmo frmaco, na mesma concentrao em relao ao
medicamento de referncia (equivalentes farmacuticos) e excipientes de mesma
funo que aqueles presentes no medicamento comparador.
1 Nas hipteses dos incisos I e VI, os excipientes utilizados na formulao
teste devero ser bem estabelecidos para a forma farmacutica, via de administrao
e em concentraes adequadas funo pretendida.
2 Na hiptese do inciso I, os seguintes critrios tambm devero ser
atendidos:
I - diferenas entre as formulaes dos medicamentos teste e referncia, no
que diz respeito ao uso de excipientes com funo de conservante, tampo ou
espessante, devero ser devidamente justificadas;
II - para solues de uso oral que contenham excipientes que
comprovadamente afetam a biodisponibilidade do frmaco (como, por exemplo,
manitol, sorbitol, maltitol, laurilsulfato de sdio, etoxilato de leo de rcino,
polissorbato 80 e outros), o medicamento teste dever conter, no que diz respeito a
esses excipientes, qualitativamente os mesmos do medicamento de referncia e em
quantidade compatvel com a funo pretendida na forma farmacutica; e
III - a requerente dever apresentar justificativa acerca da quantidade utilizada
de cada excipiente.
3 O disposto no inciso VI deste artigo no se aplicar a adesivos
transdrmicos ou suspenses (otolgicas, oftlmicas, e as administradas como
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inalatrios orais ou sprays nasais com ou sem dispositivo).
4 Para os medicamentos constantes do pargrafo 3, a equivalncia
teraputica dever ser demonstrada por meio de estudo de bioequivalncia,
farmacodinmico ou clnico, conforme o caso.
Seo II
Da bioiseno para as demais dosagens
Art. 5 Os estudos de biodisponibilidade relativa/bioequivalncia para as
demais dosagens de medicamentos genricos, similares ou novos sero dispensados
para:
I - medicamentos de liberao imediata, de mesma forma farmacutica,
formulaes proporcionais e produzidos pelo mesmo fabricante; e
II - medicamentos de liberao retardada ou prolongada, de mesma forma
farmacutica, mesmo mecanismo de liberao, formulaes proporcionais e
produzidos pelo mesmo fabricante no mesmo local de fabricao.
1 A produo de medicamentos de que trata o inciso II deste artigo poder,
excepcionalmente, ser realizada em locais de fabricao diferentes, nos casos
previstos na Resoluo RDC n 48/09, que dispe sobre ps-registro de
medicamentos, e suas alteraes posteriores.
2 O(s) estudo(s) de biodisponibilidade relativa/ bioequivalncia poder(o)
ser realizado(s) com a forma farmacutica de maior ou menor dosagem, dependendo
da linearidade farmacocintica ou do risco segurana do voluntrio participante do
estudo.
3 Ficam isentas do estudo de biodisponibilidade relativa/bioequivalncia
disposto no pargrafo anterior as demais dosagens, desde que os perfis de
dissoluo dos frmacos, entre todas as dosagens, sejam semelhantes, conforme
Resoluo RDC n 31/10, que dispe sobre a realizao dos Estudos de Equivalncia
Farmacutica e de Perfil de Dissoluo Comparativo, e suas alteraes posteriores.
4 O requerente dever comprovar a proporcionalidade entre as formulaes
e a linearidade da farmacocintica.
5 No caso de farmacocintica linear, o estudo de biodisponibilidade
relativa/bioequivalncia dever ser realizado com a forma farmacutica de maior
dosagem, devendo ser tecnicamente justificados os casos em que no for possvel
utilizar a maior dosagem no estudo.
6 No caso de farmacocintica no linear, o estudo de biodisponibilidade
relativa/bioequivalncia dever ser realizado com a forma farmacutica de maior
dosagem, quando o aumento na dose resultar em um aumento desproporcionalmente
maior nos parmetros farmacocinticos rea sob a curva (ASC) ou concentrao
plasmtica mxima (Cmax), indicando saturao da biotransformao do frmaco.
7 O estudo in vivo dever ser realizado com a forma farmacutica de menor
dosagem quando o aumento na dose resultar em um aumento desproporcionalmente
menor nos parmetros farmacocinticos ASC ou Cmax, ocasionado por saturao do
processo de absoro e no por limitao da solubilidade do frmaco.
8 Na hiptese de limitao da solubilidade do frmaco, o requerente dever
conduzir estudos de biodisponibilidade relativa/bioequivalncia tanto com a maior
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quanto com a menor dosagem.
Art. 6 As formulaes sero consideradas proporcionais quando atenderem a
pelo menos um dos seguintes critrios:
I - todos os componentes da formulao estiverem exatamente na mesma
proporo em todas as diferentes dosagens; ou
II - a razo entre os excipientes e o peso total da formulao estiver dentro
dos limites para alterao moderada de excipientes estabelecidos na Resoluo RDC
n 48/09, que dispe sobre psregistro de medicamentos, e suas alteraes
posteriores.
Pargrafo nico. As excees aos critrios de proporcionalidade apresentados
neste artigo devero ser tecnicamente justificadas, e sero avaliadas, quanto
pertinncia, pela Gerncia-Geral de Medicamentos da ANVISA.
Seo III
Da bioiseno baseada no sistema de classificao biofarmacutica (SCB)
Art. 7 A bioiseno baseada no sistema de classificao biofarmacutica
aplicvel a medicamentos genricos e similares, bem como a medicamentos novos
(assim considerados apenas os previstos no pargrafo nico do art. 3 desta
Resoluo) orais de liberao imediata que contenham frmacos presentes na
Instruo Normativa n 4 de 3 de agosto de 2011 que dispe sobre a lista de
frmacos candidatos bioiseno baseada no sistema de classificao
biofarmacutica, formulados com excipientes que no apresentem impacto sobre a
biodisponibilidade e que apresentem rpida dissoluo in vitro.
Art. 8 A requerente dever apresentar dados comprobatrios da alta
solubilidade dos frmacos descritos na Instruo Normativa n 4 de 2011, que dispe
sobre a lista de frmacos candidatos bioiseno baseada no sistema de
classificao biofarmacutica.
Pargrafo nico. A alta solubilidade poder ser demonstrada com dados
prprios da requerente ou artigos cientficos de revistas indexadas, desde que as
condies experimentais satisfaam todos os requisitos tcnicos dispostos no art. 9
desta Resoluo.
Art. 9 Um frmaco ser considerado altamente solvel se sua maior dose
administrada oralmente como uma formulao de liberao imediata (dose mxima
por administrao descrita em bula) solubiliza-se completamente em at 250 ml de
cada uma das solues tampo utilizadas dentro da faixa de pH fisiolgico (1,2 a 6,8),
a 37 1C.
1 Devero ser testadas, no mnimo, trs condies de pH (1,2; 4,5 e 6,8),
utilizando-se, no mnimo, trs replicatas para cada condio, devendo o coeficiente
de variao (CV%) ser menor que 5% (cinco por cento). Caso o nmero de amostras
utilizado seja maior do que trs (n>3), todas as replicatas devero ser consideradas
no clculo do desvio mdio.
2 Dever ser utilizado mtodo para estudos de solubilidade em equilbrio
(shake-flask ou diagrama de fases).
3 Devero ser utilizadas solues tampo descritas preferencialmente na
Farmacopia Brasileira ou em outros compndios oficiais reconhecidos pela ANVISA.
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4 Dever ser avaliada a estabilidade do frmaco em todas as condies
experimentais, observando-se a durao total do estudo (comparao com o valor
nominal em, no mnimo, trs replicatas).
5 O mtodo de quantificao dever ser capaz de diferenciar o frmaco de
eventuais produtos de degradao.
6 O pH dever ser registrado no incio e no final do experimento.
7 Para a quantificao do frmaco, podero ser utilizados mtodos
farmacopicos, quando estes forem indicativos de estabilidade, ou, na sua ausncia,
mtodos validados conforme Resoluo RE n 899/03, que dispe sobre o Guia para
validao de mtodos analticos e bioanalticos, e suas alteraes posteriores.
8 Todos os dados brutos gerados devero ser encaminhados ANVISA, de
acordo com o modelo de relatrio constante do Anexo desta Resoluo e disponvel
no stio eletrnico da ANVISA.
Art. 10. Os medicamentos teste e referncia a serem submetidos ao estudo de
dissoluo devero, inicialmente, ser analisados preferencialmente segundo sua
monografia descrita na Farmacopia Brasileira ou em outros compndios autorizados
pela legislao vigente, seguindo a Resoluo RDC n 31/10, que dispe sobre a
realizao dos Estudos de Equivalncia Farmacutica e de Perfil de Dissoluo
Comparativo, e suas alteraes posteriores.
Art. 11. A requerente dever apresentar dados comprobatrios da rpida
dissoluo do frmaco a partir da forma farmacutica, ou seja, no mnimo 85% do
frmaco devero dissolver-se em at 30 minutos, em todas as condies testadas,
tanto para o medicamento teste quanto para o medicamento de referncia.
Art. 12. A requerente dever demonstrar a semelhana entre os perfis de
dissoluo dos medicamentos teste e referncia sob todas as condies testadas.
1 O estudo de perfil de dissoluo comparativo dever atender ao disposto
na Resoluo RDC n 31/10, que dispe sobre a realizao dos Estudos de
Equivalncia Farmacutica e de Perfil de Dissoluo Comparativo, e suas alteraes
posteriores.
2 As seguintes condies experimentais devero ser atendidas:
I - aparatos e velocidade de agitao: p a 50 rpm ou cesto a 100 rpm;
II - meios de dissoluo: pH 1,2 (0,1 M HCl ou liquido gstrico simulado sem
enzimas), pH 4,5 e pH 6,8 (ou lquido intestinal simulado sem enzimas);
III - temperatura: 37 1C;
IV - utilizao dos meios de dissoluo descritos preferencialmente na
Farmacopia Brasileira ou, na sua ausncia, em outros compndios oficiais
reconhecidos pela ANVISA;
V - registro do pH no incio e no final do experimento; e
VI - volume do meio: 900 ml.
3 vedado o uso de tensoativos no meio de dissoluo.
4 O uso de enzimas poder ser aceito somente no caso de cpsulas de
gelatina.
5 Todos os dados brutos gerados devero ser encaminhados ANVISA, de
acordo com modelo de relatrio descrito no anexo desta Resoluo e disponvel no
stio eletrnico da Agncia.
Art. 13. A formulao do medicamento teste dever conter excipientes bem
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estabelecidos para forma farmacutica, via de administrao e frmaco em questo,
em quantidades compatveis com a funo que se pretende.
1 Recomenda-se que a formulao teste empregue os mesmos excipientes
presentes na formulao do medicamento de referncia.
2 A requerente dever apresentar informaes acerca da funo de cada
excipiente, bem como justificativa da quantidade utilizada.
3 Caso sejam utilizados excipientes que comprovadamente afetam a
biodisponibilidade dos frmacos (como, por exemplo, sorbitol, manitol, maltitol,
laurilsulfato de sdio, etoxilato de leo de rcino, polissorbato 80 e outros), o
medicamento teste dever conter, no que diz respeito a esses excipientes,
qualitativamente os mesmos do medicamento de referncia e em quantidade
compatvel com a funo pretendida na forma farmacutica.
4 No caso de medicamentos orais de liberao imediata contendo o
frmaco isoniazida, sacardeos (como, por exemplo, lactose e sacarose) no devero
ser utilizados como excipientes, a fim de se evitar eventual interao frmaco-
excipiente, com o conseqente impacto sobre a biodisponibilidade.
Art. 14. A bioiseno pautada no sistema de classificao biofarmacutica no
se aplicar a medicamentos com absoro na cavidade oral ou de liberao
modificada.
Art. 15. No caso de medicamentos genricos, similares ou novos formulados
como combinaes em dose fixa ou kits teraputicos de uso concomitante, a
bioiseno pautada no sistema de classificao biofarmacutica somente ser
aplicvel quando forem atendidos todos os critrios constantes desta Seo.
1 No caso de medicamentos novos, o caput deste artigo ser aplicvel
apenas quando se tratar de mesma dosagem, forma farmacutica e via de
administrao daquela apresentada pelo medicamento de referncia contendo o
frmaco isolado, alm de no haver interao farmacocintica entre os frmacos
associados.
2 Caso um dos princpios ativos contidos em uma combinao em dose fixa
no atenda integralmente a todos os requerimentos da bioiseno baseada no
sistema de classificao biofarmacutica, dever ser apresentado estudo de
bioequivalncia in vivo, quantificando-se, pelo menos, esse ativo.
Art. 16. O no atendimento integral a todos os critrios estabelecidos nesta
Seo implicar reprovao da solicitao de bioiseno.
Art. 17. A ANVISA poder, a qualquer momento e a seu critrio, exigir provas
adicionais de identidade e qualidade dos componentes de um medicamento aprovado
por meio do mecanismo da bioiseno baseada no sistema de classificao
biofarmacutica, ou requerer novas provas para comprovao de segurana e
eficcia, incluindo o prprio estudo de bioequivalncia, caso ocorram fatos novos que
dem ensejo a avaliaes complementares, mesmo aps a concesso do registro.
CAPTULO III
DAS DISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS
Art. 18. Os estabelecimentos abrangidos por esta Resoluo tero o prazo de
180 (cento e oitenta) dias, contados a partir da data de sua publicao, para
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promover as adequaes necessrias a esta Resoluo.
Pargrafo nico. Por ocasio da primeira renovao de registro ocorrida aps
30 de junho de 2012, todos os detentores de registros de medicamentos contendo
ibuprofeno, concedidos com base nas diretrizes da Resoluo RE n 897/03, devero
apresentar os resultados do estudo de bioequivalncia/biodisponibilidade relativa.
Art. 19. O descumprimento das disposies contidas nesta Resoluo constitui
infrao sanitria, nos termos da Lei n 6.437, de 20 de agosto de 1977, ou
instrumento legal que venha a substitula,
sem prejuzo das responsabilidades civil, administrativa e penal cabveis.
Art. 20. O item II. 1. k da Resoluo RDC n. 17, de 2 de maro de 2007,
passa a vigorar com a seguinte redao:
'II. 1. k. Relatrio de testes de Biodisponibilidade Relativa, para medicamentos
no isentos deste estudo, conforme GUIA PARA ISENO E SUBSTITUIO DE
ESTUDOS DE BIOEQUIVALNCIA, realizados em laboratrio certificado pela
ANVISA. Devero ser utilizados lotes para os quais j tenha sido comprovada a
estabilidade e que tenham sido produzidos nos equipamentos que sero utilizados na
produo em escala industrial. O estudo de biodisponibilidade relativa dever estar de
acordo com o GUIA PARA PLANEJAMENTO E REALIZAO DA ETAPA
ESTATSTICA DE ESTUDOS DE BIODISPONIBILIDADE
RELATIVA/BIOEQUIVALNCIA, anexo Resoluo RE n 898/03 e suas
atualizaes, e GUIA PARA PROVAS DE BIODISPONIBILIDADE RELATIVA / BIO
EQUIVALNCIA, anexo a Resoluo RE n 1170/06 e suas atualizaes. facultado
empresa enviar Protocolo do estudo de Biodisponibilidade Relativa. Este protocolo
dever estar de acordo com o GUIA PARA ELABORAO DE PROTOCOLO DE
ESTUDO DE BIODISPONIBILIDADE RELATIVA/BIOEQUIVALNCIA, anexo a
Resoluo RE n 894/03 e suas atualizaes. Os resultados devero ser
apresentados de acordo com o GUIA PARA ELABORAO DE RELATRIO
TCNICO DE ESTUDOS DE BIODISPONIBILIDADE
RELATIVA/BIOEQUIVALNCIA.'(NR)
Art. 21. O art. 7 da Resoluo RDC n. 134, de 29 de maio de 2003, passa a
vigorar com a seguinte redao:
'Art. 7Por ocasio da segunda renovao aps 29/05/2003, os detentores de
registros de medicamentos similares no isentos da prova de biodisponibilidade
relativa devero apresentar os resultados desta prova, com exceo dos produtos
definidos nos arts. 8 e 9, no formato proposto pelo GUIA PARA ELABORAO DE
RELATRIO TCNICO DE ESTUDO DE BIODISPONIBILIDADE
RELATIVA/BIOEQUIVALNCIA, anexo Resoluo RE n 895/03 e suas
atualizaes.
1 Nos casos previstos no caput deste artigo, a empresa estar desobrigada
a submeter a este estudo o mesmo lote submetido equivalncia farmacutica por
ocasio da primeira renovao.
2 Em casos excepcionais, em que os estudos de biodisponibilidade relativa
no estiverem concludos at a data do protocolo da renovao por razes
independentes da ao da empresa, a renovao do registro poder ser concedida.
3 Na hiptese do pargrafo anterior deste artigo, a concesso da renovao
depender da incluso dos seguintes documentos na petio de renovao de
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registro:
I - relatrio das medidas adotadas pela empresa como prova de inteno de
cumprimento da nova legislao;
II - comprovante da data de entrada do teste no centro certificado; e
III - relatrio do centro certificado com a justificativa do atraso e prazo de
cumprimento.
4 A renovao de registro nos casos do 2 ser concedida a ttulo
precrio, podendo ser cancelada em funo do resultado final do teste.
5 Os medicamentos de venda sem prescrio mdica, no isentos da prova
de biodisponibilidade relativa, devero apresentar o estudo de bioequivalncia por
ocasio da primeira renovao a partir de 30 de junho de 2012.'(NR)
Art. 22. Fica revogada a Resoluo Especfica da ANVISA RE n 897, de 29
de maio de 2003.
Art. 23. Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao.
DIRCEU BRS APARECIDO BARBANO
ANEXO
Relatrio para solicitao de bioiseno baseada no sistema de classificao
biofarmacutica
Dados administrativos
1. Princpio ativo
2. Forma farmacutica e dose
3. Medicamento de referncia
<Informar nome comercial, fabricante e local de fabricao>
4. Nome do requerente e endereo
5. Nome do fabricante do produto teste e endereo
6. Nome e endereo do centro de equivalncia farmacutica onde os ensaios de
dissoluo foram realizados
EU, RESPONSVEL TCNICO DA EMPRESA REQUERENTE, DECLARO,
SOB AS PENAS DA LEI, QUE TODAS AS INFORMAES AQUI PRESTADAS SO
CORRETAS E VERDADEIRAS.
_______________ (Local e Data)
________________________________________ (Nome e assinatura do
responsvel tcnico)
1. Medicamento teste
1.1 Tabela de composio do medicamento teste.
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Composio do lote utilizado nos estudos de dissoluo
Nmero do lote
Tamanho do lote (em nmero de unidades
e em peso)
Data de fabricao do lote
<Comentrios, se houver>
Composio de uma unidade de dose
Componentes Unidade de dose (mg) Unidade de dose (%)
1.2 Equivalncia Farmacutica
Inserir certificado de equivalncia farmacutica.
< Anexar certificado de equivalncia farmacutica>
2. Medicamento de referncia
2.1 Medicamento de referncia
Inserir uma cpia da bula do medicamento de referncia.
2.2 Informaes qualitativas sobre a composio do medicamento de
referncia
Composio do lote utilizado nos estudos de dissoluo
Nmero do lote
Data de fabricao
<Comentrios, se houver>
Componentes
2.3. Aquisio do medicamento de referncia
< Anexar cpia da nota fiscal de compra do medicamento de referncia e teste
(se aplicvel)>
3. Dados de solubilidade do frmaco
3.1 Delineamento do estudo de solubilidade
- Apresentar:
? o protocolo do teste de solubilidade;
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? a quantidade de frmaco utilizada no estudo;
? informaes sobre o fabricante da matria-prima utilizada no estudo;
? o mtodo analtico utilizado, incluindo a referncia bibliogrfica e relatrio de
validao analtica (se for o caso);
? o registro inicial e final das condies de pH;
? o certificado analtico do padro utilizado (anexar); e
? 100% dos dados brutos gerados.
< inserir as informaes requeridas >
3.2 Resultados da avaliao da estabilidade do frmaco sob as condies de
estudo de solubilidade
<preencher a tabela abaixo>
Replicatas Condio pH 1,2 Condio pH 4,5 Condio pH 6,8
01
02
03
Mdia
CV (%)
Desvio
3.3 Resultados do teste de solubilidade
<preencher a tabela abaixo>
Replicatas Sol. pH 1,2 (mg/ml) Sol. pH 4,5 (mg/ml) Sol. pH 6,8 (mg/ml)
01
02
03
Mdia
CV (%)
Desvio
Volume necessrio
para dissolver
dose mxima por
administrao
descrita em bula
(ml)
4. Comparao dos medicamentos teste e referncia
4.1. Formulao
4.1.1 Identificar qualquer excipiente presente em qualquer um dos
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medicamentos que comprovadamente afete a biodisponibilidade.
- Dever ser includo um resumo baseado em dados de literatura cientfica
descrevendo o mecanismo pelo qual esse efeito ocorre.
- Dever ser apresentada justificativa acerca da quantidade utilizada dos
excipientes crticos na formulao teste.
< inserir as informaes requeridas >
4.1.2 Identificar as diferenas qualitativas entre os medicamentos teste e
referncia.
< inserir as informaes requeridas >
4.1.3 Avaliar detalhadamente o potencial impacto de qualquer diferena entre
as formulaes dos medicamentos teste e referncia no que diz respeito ao processo
de absoro.
< inserir as informaes requeridas >
4.2. Perfil de dissoluo comparativo
Apresentar:
? 100% dos dados brutos gerados
? Certificado de perfis de dissoluo para cada condio experimental
empregada
< inserir as informaes requeridas >
4.3. Resumo dos resultados obtidos (solubilidade e dissoluo) e concluso
< inserir as informaes requeridas >
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