Nota Técnica Nº 06 de 2012
Nota Técnica Nº 06 de 2012
Nota Técnica Nº 06 de 2012
1. Esta Nota Técnica traz orientações a respeito da alínea p, do item 1, do Anexo da Resolução -
RE 1170, de 19 de Abril de 2006.
3.1. Com base nesse potencial toxicológico os pesquisadores devem decidir sobre a
participação de pacientes ou voluntários sadios e a dose mais adequada para ser empregada
no estudo.
4.1. Quando aplicável, devem ser prescritos métodos contraceptivos e/ou selecionadas
voluntárias com esterilização definitiva.
5. Em caso de participação de pacientes com distintos esquemas terapêuticos de dose, devem ser
administradas unidades farmacotécnicas de mesma concentração.
5.1. Caso o número de unidades farmacotécnicas a ser administrado seja incompatível com o
uso normal da medicação, o paciente não deve ser incluído no estudo.
5.2. O modelo estatístico adotado deve considerar a diferença de doses administradas aos
pacientes.
6.1. Em caso de uso de medicação concomitante, esta deve estar presente em ambos os
períodos.
7. Para estudos cruzados (crossover) a dose de um mesmo paciente deve ser a mesma nos dois
períodos, não sendo permitida a normalização de dose.
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8. O estudo pode ser conduzido em dose única ou doses múltiplas.
8.2. O regime terapêutico (posologia) dos pacientes não deve ser alterado para fins de estudos
de BD/BE.
8.3. O paciente que tiver seu regime terapêutico alterado durante o estudo deverá ser excluído.
8.4. Em estudos com doses múltiplas deve ser assegurada a obtenção do estado de equilíbrio
antes das coletas das amostras.
8.5. Em estudos com doses múltiplas o tempo de início das coletas deve ser o mesmo nos
diferentes períodos.
9. Em estudos com desenho paralelo deve ser feito o balanceamento dos pacientes nos grupos teste
e comparador considerando o estágio e o tipo da patologia, o histórico do tratamento e o regime
de dose.
10.2. Todos os eventos adversos devem ser avaliados sob a luz da Intensidade (Leve,
Moderada ou Intensa/Severo), Seriedade (Grave ou Não Grave), Previsibilidade (Previsto
ou imprevisto), Relação com a droga do estudo (Não relacionado, Improvável, Possível,
Provável ou Relacionada), Evolução (Recuperado, Recuperado com seqüelas, Não
recuperado, Fatal ou Desconhecido) e Intervenção (Medicamentosa, Acompanhamento
clinico, Repetição de exame, Internação ou Encaminhamento).
11. Para os estudos com fármacos listados no anexo I, quando a etapa clínica for realizada no Brasil,
é autorizada a utilização de unidades hospitalares não certificadas em boas práticas de BD/BE
pela ANVISA.
11.2. O estudo deverá ser conduzido por centro de BD/BE devidamente certificado, que
deverá assegurar o cumprimento integral das Boas Práticas Clínicas e Laboratoriais durante
todo o estudo.
12. Para os estudos com fármacos listados no anexo I, quando a etapa clínica for realizada fora do
Brasil, unidades hospitalares não certificadas em boas práticas de BD/BE pela ANVISA
somente poderão ser utilizadas mediante autorização prévia da ANVISA.
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JOÃO TAVARES NETO
Coordenador de Bioequivalência
COBIO/GESEF/GGMED/ANVISA
Brasília, ___/___/2012
Brasília, ___/___/2012
ANEXO I
azacitidina
clorambucila
clozapina
doxorrubicina
etoposídeo
everolimo
felbamato
ganciclovir
gosserrelina
leuprorrelina
melfalana
mercaptopurina
nabilona
nilutamida
temozolomida
testosterona
topotecano
triptorelina
vorinostat