O documento discute a revelação natural e especial segundo a teologia reformada. A revelação natural através da criação torna os homens inescusáveis, mas não é suficiente para salvação devido à queda. Portanto, Deus se revelou especialmente à igreja através de profetas, escrituras e Jesus Cristo para revelar verdades salvíficas.
O documento discute a revelação natural e especial segundo a teologia reformada. A revelação natural através da criação torna os homens inescusáveis, mas não é suficiente para salvação devido à queda. Portanto, Deus se revelou especialmente à igreja através de profetas, escrituras e Jesus Cristo para revelar verdades salvíficas.
O documento discute a revelação natural e especial segundo a teologia reformada. A revelação natural através da criação torna os homens inescusáveis, mas não é suficiente para salvação devido à queda. Portanto, Deus se revelou especialmente à igreja através de profetas, escrituras e Jesus Cristo para revelar verdades salvíficas.
O documento discute a revelação natural e especial segundo a teologia reformada. A revelação natural através da criação torna os homens inescusáveis, mas não é suficiente para salvação devido à queda. Portanto, Deus se revelou especialmente à igreja através de profetas, escrituras e Jesus Cristo para revelar verdades salvíficas.
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A Revelao na Teologia Reformada
Ainda que a luz da natureza e as obras da criao e da providncia
manifestam de tal modo a bondade, a sabedoria e o poder de Deus, que os homens ficam inescusveis, todavia no so suficientes para dar aquele conhecimento de Deus e da sua vontade, necessrio salvao; por isso foi o Senhor servido, em diversos tempos e diferentes modos revelarse e declarar sua !"re#a aquela sua vontade; e depois, para melhor preservao e propa"ao da verdade, para o mais se"uro estabelecimento e conforto da !"re#a contra a corrupo da carne e mal$cia de Satans e do mundo, foi i"ualmente servido fazla escrever toda% !sto torna a &scritura Sa"rada indispensvel, tendo cessado aqueles anti"os modos de Deus revelar a sua vontade ao seu povo '(onfisso de )* de +estminster, ,-,. O primeiro captulo da (onfisso de )* de +estminster comea tratando da bibliologia, a doutrina das Escrituras. Isto apropriado. No porque a doutrina das Escrituras seja mais importante do que outras doutrinas, como a pessoa e obra de Deus (a teologia propriamente dita e de !risto (a cristologia. "as porque a doutrina das Escrituras a base, a #onte de todas as demais doutrinas. !om o princpio re#ormado resumido na e$presso latina sola Scriptura, os re#ormadores rejeitaram a autoridade das tradi%es eclesi&sticas e das supostas no'as re'ela%es do Esprito. E restabeleceram as Escrituras como (nica regra de # e pr&tica, como (nica #onte autoritati'a em matria de doutrina e pr&tica eclesi&stica. DIVISO DO ASSUNTO )s seguintes doutrinas so tratadas neste captulo da (onfisso de )** Doutrina da +e'elao (par&gra#o I O !,non e a Inspirao das Escrituras (par&gra#os II e III )utoridade das Escrituras (par&gra#os I- e - .u#ici/ncia das Escrituras (par&gra#o -I !lare0a das Escrituras (par&gra#o -II 1reser'ao e 2raduo das Escrituras (par&gra#o -III Interpretao das Escrituras (par&gra#o I3 O 4ui0 .upremo das !ontro'rsias +eligiosas (par&gra#o 3 REVELAO NATURAL ) (onfisso de )* de +estminster comea pro#essando a doutrina da re'elao natural* Deus se re'ela por meio das obras que #oram criadas e da pr5pria consci/ncia do 6omem, na qual est& impregnado um padro moral, ainda que imper#eito por causa da queda. 7iblicamente #alando, o uni'erso #sico uma pregao. O cosmos proclama os atributos de Deus. O macrocosmos (as estrelas, os planetas, os satlites, com sua imensido, grande0a e leis, o cosmos (a terra, os mares, as montan6as, os 'egetais, os animais, o 6omem, e o microcosmos (os microorganismos, a constituio dos elementos, etc. re'elam muita coisa a respeito da pessoa e da obra de Deus. O )utor de tal obra tem de ser in#initamente s&bio e poderoso. O pr5prio ser 6umano, como criatura de Deus, independentemente do aprendi0ado, j& nasce com uma consci/ncia, uma 'erso da lei de Deus impregnada no seu ser que o 6abilita a discernir entre o bem e o mal e com um instinto que o indu0 8 adorao da di'indade. Este o ensino bblico do )ntigo e do No'o 2estamento* /s c*us proclamam a "l0ria de Deus e o firmamento anuncia as obras das suas mos% 1m dia discursa a outro dia e uma noite revela conhecimento a outra noite% 2o h lin"ua"em, nem h palavras, e deles no se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras at* aos confins do mundo 'Sl ,3-,4.% 5orquanto o que de Deus se pode conhecer * manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou% 5orque os atributos invis$veis de Deus, assim o seu eterno poder como tamb*m a sua pr0pria divindade, claramente se reconhecem, desde o princ$pio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas '6m ,-,378.% 9uando, pois, os "entios que no tm lei procedem por natureza de conformidade com a lei, no tendo lei, servem eles de lei para si mesmos% &stes mostram a norma da lei "ravada nos seus cora:es, testemunhandolhes tamb*m a conscincia, e os seus pensamentos mutuamente acusandose ou defendendose '6m 7-,4,;.% )o estudar a criao, o 6omem de'eria procurar 'er Deus nela, pois obra dele, e re'elam os seus atributos. )s ci/ncias podem at ser consideradas departamentos da teologia, especiali0a%es que estudam a criao e a pro'id/ncia. O estudo da qumica, da #sica, da matem&tica, da biologia, da geogra#ia, da poltica, da antropologia, da 6ist5ria, etc., de'e ter por #im (ltimo a gl5ria de Deus. No sem ra0o que muitos dos primeiros cientistas dignos do nome eram cristos sinceros, como Isaac Ne9ton e :arada;. )o se estudar a criao, em qualquer es#era, de'eria se descobrir nela as mos de Deus e as mos do diabo. 1or um lado, obser'a<se nela impressionante e substancial l5gica, ordem, 6armonia, sabedoria e poder. 1or outro lado, pode<se tambm perceber na nature0a os traos da corrupo, desordem, con#lito e degenerao decorrentes da queda. "as a educao do nosso sculo, especialmente no nosso pas, embora, em geral, rei'indique ser crist, tornou<se na 'erdade materialista. Onde, nas escolas e uni'ersidades, essas disciplinas so estudadas com essa perspecti'a e com esse prop5sito=> A CULPA HUMANA .e o 6omem no 6ou'esse cado, a re'elao natural seria su#iciente para que ele compreendesse as 'erdades com relao a Deus, 8 criao, ao pr5prio 6omem, etc.? de modo a submeter<se a Deus e a ador&<lo, rendendo<l6e a graa, o lou'or e a 6onra que l6e so de'idas. "esmo cado, a re'elao natural ainda su#iciente para torn&<lo indesculp&'el, pois o 6omem natural deturpa a re'elao natural. Ele no d& ou'idos 8 pregao da nature0a que o con'ida a glori#icar a Deus. Ele no se submete 8 proclamao do cosmo, nem recon6ece a origem di'ina das leis que regem o uni'erso. O 6omem natural tambm no se submete 8s leis da sua pr5pria consci/ncia, transgredindo<as constante e deliberadamente. +ecusando<se rebeldemente a recon6ecer a soberania do !riador e a ador&<lo, o 6omem natural pre#ere adorar a criatura. <ais homens so por isso indesculpveis; porquanto tendo conhecimento de Deus no o "lorificaram como Deus, nem lhe deram "raas, antes se tornaram nulos em seus pr0prios racioc$nios, obscurecendoselhes o corao insensato% !nculcandose por sbios, tornaramse loucos, e mudaram a "l0ria do Deus incorrupt$vel em semelhana da ima"em de homem corrupt$vel, bem como de aves, quadr=pedes e r*pteis%%% pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura, em lu"ar do (riador, o qual * bendito eternamente% Am*m '6m ,-7,7>, 7;.% Este diagn5stico igualmente 'erdadeiro, quer aplicado 8 #iloso#ia dos so#istas, epicureus e gn5sticos da @rcia )ntiga, quer aplicado ao 6umanismo renascentista, quer aplicado 8 ci/ncia materialista moderna. Onde, insisto, nas escolas e uni'ersidades de nosso pas, estuda<se a criao pela perspecti'a das Escrituras e com o prop5sito de glori#icar a Deus= O 6omem natural con#unde o !riador com a criao (e cr/ no pantesmo, isola o !riador da criao (e prega o desmo, rejeita o !riador (e pro#essa o materialismo, ou d&<se por satis#eito com a criao (dando origem ao naturalismo. Na sua louca cegueira, o 6omem natural rebelde 'ai alm* ele pre#ere atribuir os traos de corrupo, desordem e con#lito percebidos na criao ao !riador, e e$plicar a substancial l5gica, ordem, 6armonia, sabedoria e poder nela percebidos 8s #oras cegas da nature0a, 8 e'oluo natural, 8 seleo natural, ou mesmo a muta%es genticas. 1or isso o 6omem indesculp&'el. 1or isso justamente culpado* por se recusar a andar con#orme o grau da re'elao que recebe, seja da nature0a, seja da consci/ncia, e se entregar rebelde e arrogantemente a todo tipo de impiedade. ?/ra, conhecendo eles a sentena de Deus, de que so pass$veis de morte os que tais coisas praticam, no somente as fazem, mas tamb*m aprovam os que assim procedem@ '6m ,->7.% INSUFICINCIA DA REVELAO NATURAL ) re'elao natural , portanto, su#iciente para condenar, mas no para sal'ar. De'ido ao estado decado do 6omem, a re'elao natural no nem clara nem su#iciente para que as 'erdades necess&rias 8 sua sal'ao sejam compreendidas. ) religio natural ensina que a re'elao da nature0a su#iciente para a sal'ao do 6omem. 1ara os que assim pensam, a mente 6umana desassistida pode compreender tudo o que necess&rio 8 sal'ao. "as tal ensino contradi0 #rontalmente a re'elao bblica. De acordo com as Escrituras, Ao 6omem natural no aceita as coisas do Esprito de Deus, porque l6e so loucura? e no pode entend/<las porque elas se discernem espiritualmenteB (C !o D*CE. .egundo as Escrituras, Aaprou'e a Deus sal'ar aos que cr/em, pela loucura da pregaoB (C !o C*DC. F por isso que o ap5stolo 1aulo e$clama* A2odo aquele que in'ocar o nome do .en6or ser& sal'o. !omo, porm, in'ocaro aquele em que no creram= E como crero naquele de quem nada ou'iram= E como ou'iro, se no 6& quem pregue=B (+m CG*CH<CE. Iual a concluso= AJogo, a # 'em pela pregao (pelo ou'ir e a pregao (o ou'ir, pela pala'ra de !ristoB (+m CG*CK. Deus se re'ela na criao, sim. Esta re'elao su#iciente para tornar a raa 6umana indesculp&'el. "as, por causa da queda, no su#iciente para a sal'ao de ningum. REVELAO ESPECIAL No sendo a re'elao natural su#iciente para sal'ar o 6omem em #uno da queda, aprou'e a Deus re'elar<se diretamente 8 igreja. )ssim, Deus preparou um po'o, Israel, na )ntiga )liana, e a greja, na No'a )liana, para re'elar<l6e diretamente o con6ecimento necess&rio 8 sal'ao. De modo direto e sobrenatural, por meio do seu Esprito, atra's de re'elao direta, teo#anias, anjos, son6os, 'is%es, pela inspirao de pessoas escol6idas e pelo seu pr5prio :il6o, Deus comunicou progressi'amente 8 igreja, no curso dos sculos, as 'erdades necess&rias 8 sal'ao, as quais, de outro modo, seriam inacess'eis ao 6omem. :oi assim que Deus re'elou<se a No, a )brao, a "oiss, aos pro#etas, a Da'i, a .alomo, aos seus ap5stolos e, especialmente, em !risto. F neste sentido que o autor da Epstola aos Lebreus a#irma que, ALa'endo Deus, outrora, #alado muitas 'e0es e de muitas maneiras, aos pais, pelos pro#etas, nestes (ltimos dias nos #alou pelo :il6o a quem constituiu 6erdeiro de todas as coisas, pelo qual tambm #e0 o uni'ersoB (Lb C*C<D. !risto a re'elao #inal de Deus. F este tambm o sentido das pala'ras do ap5stolo 1aulo endereada aos g&latas* A:ao<'os, porm, saber, irmos, que o e'angel6o por mim anunciado no segundo o 6omem? porque eu no o recebi, nem o aprendi de 6omem algum, mas mediante re'elao de 4esus !ristoB (@l C*CC<CD. M igreja de Deus, portanto, #oram con#iados os or&culos de Deus, uma re'elao especial, inspirada, clara, precisa, autoritati'a, su#iciente para ensinar ao 6omem o que ele de'e con6ecer e crer e o que dele requerido, com 'istas 8 sua pr5pria sal'ao e 8 gl5ria de Deus. REVELAO ESCRITA 2endo em 'ista a insu#ici/ncia da re'elao natural e a absoluta necessidade da re'elao especial, aprou'e a Deus ordenar que esta re'elao #osse toda escrita, a #im de que pudesse ser preser'ada e permanecesse dispon'el, para a consecuo dos seus prop5sitos eternos. Deus con6ece per#eitamente a nature0a 6umana corrompida. Ele con6ece tambm a malcia de .atan&s, bem como a per'erso do mundo. Ele sabe que re'elar a sua 'ontade 8 igreja no seria su#iciente, pois seria #atalmente corrompida e deturpada. 7asta obser'ar as tradi%es religiosas, mesmo as ditas crists? como tendem ine$ora'elmente para o erro> 1or isso Deus #e0 com que todas as 'erdades necess&rias 8 sal'ao, santi#icao, culto, ser'io e 'ida do 6omem, #ossem escritas e preser'adas, para que pudessem ser con6ecidas, cridas e obedecidas. !om este prop5sito, o pr5prio Deus, por meio do seu Esprito, inspirou os autores bblicos, a #im de que pudessem escre'er a re'elao especial, sem erro algum. <oda &scritura * inspirada por Deus e =til para o ensino, para a repreenso, para a correo, para a educao na #ustia, a fim de que o homem de Deus se#a perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra '7 <m >-,A.% <emos assim tanto mais confirmada a palavra prof*tica, e fazeis bem em atendla, como a uma candeia que brilha em lu"ar tenebroso, at* que o dia clareie e a estrela da alva nasa em vossos cora:es; sabendo, primeiramente, isto, que nenhuma profecia da &scritura prov*m de particular elucidao; porque nunca #amais qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto homens santos falaram da parte de Deus movidos pelo &sp$rito Santo '7 5e ,-,37,.% De acordo com este par&gra#o da !on#isso, portanto, a re'elao escrita e$presso da graa de Deus com 'istas 8 preser'ao da integridade da 'erdadeira religio e 8 sal'ao, edi#icao e con#orto do seu po'o. NECESSIDADE DAS ESCRITURAS .endo a 1ala'ra escrita o meio escol6ido por Deus para re'elar a sua 'ontade ao 6omem, ela no pode ser dispensada, igualada, acrescentada nem suplantada. Nem o Esprito agiria em detrimento ou 8 parte dela, mas com e por ela. F neste sentido que as Escrituras so necess&rias e indispens&'eis para a comunicao das 'erdades necess&rias 8 sal'ao. ) Igreja !at5lica t/m a tradio oral. Os re#ormadores radicais tin6am a pala'ra interior. Outras denomina%es modernas t/m no'as re'ela%es do AEsprito.B ) # re#ormada se #undamenta inteiramente nas Escrituras. Paulo R. B. Anglada Font! Sola Scriptura! A Dout"#na R$o"%ada da& E&'"#tu"a&. Ed. O& Pu"#tano&