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Solucao da PF -

Algebra Linear IX Prof. Claudio Anael


17/12/2001
Instrucoes. Estude atentamente a resolucao das questoes da prova. Pro-
cure completar as passagens que faltam e imagine maneiras alternativas de
resolver os problemas.
1. Questao (2,5 pontos): Encontre a solucao completa do sistema linear
AX = b, onde
A =
_
_
_
1 1 0 1
1 0 1 1
1 2 1 1
_
_
_ e b =
_
_
_
2
1
5
_
_
_.

O metodo de Gauss permite resolver este problema facilmente, basta


que se encontre uma REF (ou a RREF) da matriz ampliada
_

_
1 1 0 1 2
1 0 1 1 1
1 2 1 1 5
_

_ .
Lembrando que o termo independente b gura na ultima coluna da ma-
triz ampliada. Apos algumas operacoes elementares (quais?) podemos
exibir uma matriz escalonada (REF):
REF =
_

_
1 1 0 1 2
0 1 1 0 3
0 0 0 0 0
_

_ , RREF =
_

_
1 0 1 1 1
0 1 1 0 3
0 0 0 0 0
_

_ .
Fica claro que as duas primeiras colunas sao colunas pivos, desta forma,
se listarmos as incognitas como x, y, z e t, entao as duas ultimas
variaveis serao as livres. Note que acima exibimos tambem a RREF,
quais sao as operacoes elementares que levam da REF ate a RREF?
Pois bem, a REF da origem a um sistema diferente do original que,
como sabemos, possui do mesmo conjunto de solucoes. O sistema a que
me rero e
x + y + t = 2
y + z = 3 .
Obviamente uma solucao geral pode ser dada na forma
x = 1 z t
y = 3 + z
z = z
t = t .
Uma maneira apropriada de escrever a solucao geral e como uma com-
binacao linear generica da solucao da equacao homogenea (ou n ucleo de
A) somada a uma (dentre uma innidade) solucao particular (lembrar
da interpretacao geometrica do conjunto solucao de um sistema linear):
_

_
1
3
0
0
_

_
+ z
_

_
1
1
1
0
_

_
+ t
_

_
1
0
0
1
_

_
.
Vale lembrar que da RREF podemos imediatamente escrever a ex-
pressao acima. Apesar de nem sempre ser computacionalmente rapida,
a RREF tem algumas vantagens algebricas, a maior delas, sem d uvidas,
e o fato de que, partindo-se de uma dada matriz A, a RREF(A) e unica.
Pense na importancia deste fato.

2. Questao (2,5 pontos): Caracterize os quatro subespacos fundamentais


associados `a matriz
A =
_
_
_
_
_
_
_
_
1 3 2 2 2
0 2 3 4 0
0 0 1 0 0
0 0 1 1 0
0 0 1 1 1
_
_
_
_
_
_
_
_

Diferente do que pode parecer, os quatro subespacos fundamentais


desta matriz sao facilmente caracterizados, nao e necessario nenhum
calculo, basta que observemos atentamente a estrutura de linhas (ou
colunas) da matriz.

E facil ver que as tres primeiras linhas sao linear-
mente independentes pois possuem pivos. Claro esta tambem que as
duas ultimas linhas sao independentes das duas primeiras, uma vez que
aquelas nao podem ser escritas como combinacao linear destas. Ent ao
falta vericar se as duas ultimas, que sao independentes entre si, sao
tambem independentes da terceira, porem e facilmente vericado que
sim, uma vez que a submatriz e triangular (verique). A matriz A 55
tem posto 5 e pelo teorema fundamental da algebra linear conclu-se
que:
N(A) = {

0} , N(A
t
) = {

0} , C(A) = R
5
, C(A
t
) = R
5
.

3. Questao (2,5 pontos): Considere as matrizes


A =
_
_
_
1 0 1 2
0 1 2 1
1 1 1 1
_
_
_ e B =
_
_
_
1 0 2 3
1 1 0 0
1 1 4 6
_
_
_.
Calcule N(A) N(B), C(A) + C(B) e C(A) C(B)

Como sabemos,
N(A) N(B) = N
__
A
B
__
e C(A) +C(B) = C
__
A B
__
. Pode-
mos entao calcular diretamente os conjuntos atraves do escalonamento
das matrizes formadas pela adequada justaposicao de A e B. Obtemos
N(A) N(B) =
_

_
_
_
_
_
_
1
1
1
1
_
_
_
_
_
_

_
e C(A) + C(B) = R
3
.
Por ultimo, uma simples inspecao nas matrizes A e B nos mostra que
C(A) =
_

_
_
_
_
1
0
1
_
_
_,
_
_
_
0
1
1
_
_
_
_

_ e C(B) =
_

_
_
_
_
1
1
1
_
_
_,
_
_
_
0
1
1
_
_
_
_

_ .
Sendo assim, podemos armar que
C(A) C(B) =
_

_
_
_
_
0
1
1
_
_
_
_

_ .
Observe tambem que a uniao das bases de C(A) e de C(B) e um
conjunto de geradores do R
3
, conrmando o resultado anterior.

4. Questao (2,5 pontos): Encontre a matriz mudanca de base [I]

, onde
= {(1, 0, 1) , (0, 1, 0) , (2, 1, 0)} ,
= {(1, 1, 1) , (1, 0, 1) , (1, 2, 1)}
sao duas bases do R
3
. Se
[v]

=
_
_
_
1
2
1
_
_
_,
calcule [v]

Como sabemos, da propria denicao de coordenadas de um vetor com


relacao a uma dada base ordenada, temos:
_

_
1 0 2
0 1 1
1 0 0
_

_[v]

=
_

_
1 1 1
1 0 2
1 1 1
_

_[v]

Imediatamente conclui-se que


[I]

=
_

_
1 0 2
0 1 1
1 0 0
_

_
1
_

_
1 1 1
1 0 2
1 1 1
_

_
ou
[I]

=
_

_
1 1 1
1 1 2
0 1 0
_

_ .
Finalmente, deixamos por sua conta calcular [v]

, a partir da formula
[v]

= [I]

[v]

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