Mat343-Unidade Ii
Mat343-Unidade Ii
Mat343-Unidade Ii
1 2 3 3 1 1
[0 ]
Ax = b ⇒ 2 4 5 6 2 x = 0
3 6 5 4 3
A matriz ampliada do sistema se escreve:
1 2 3 3 1 1
 = [A | b] ⇒ 2 4 5 6 2 0
3 6 5 4 3 0
Devemos pensá-la como uma matriz que vai variar a cada iteração, sem mudar de nome.
Primeira iteração: Eliminando x1 das duas últimas equações, usando como pivô ̂ = 1.
A11
1 2 3 3 1 1 A2̂ =A2̂ −2A1̂ 1 2 3 3 1 1
 = [A | b] ⇒ 2 4 5 6 2 0 0 0 −1 0 0 −2
A3̂ =A3̂ −3A1̂
3 6 5 4 3 0 0 0 −4 −5 0 −3
Segunda iteração: Queremos eliminar uma variável na última equação, sem mexer com o que já está
feito. x2 já foi automaticamente eliminada das duas últimas equações. Mas x3 pode ser eliminada da
̂
terceira equação usando como pivô A23 = − 1.
1 2 3 3 1 1 A3̂ =A3̂ −4A2̂
1 2 3 3 1 1
0 0 −1 0 0 −2 0 0 −1 0 0 −2
0 0 −4 −5 0 −3 0 0 0 −5 0 5
A matriz a que chegamos acima corresponde ao sistema de equações:
Observe que mantendo, nas equações acima, as variáveis correspondentes aos pivôs onde estão, e
passando as demais para o outro lado, obtemos:
x1 + 3x3 + 3x4 = 1 − x2 − x5
−x3 = − 2
−5x4 = 5
Chegamos a um sistema triangular superior, cujas soluções podem ser explicitadas em forma
paramétrica. Por exemplo, fazendo-se x2 = λ1 e x5 = λ2, obtemos, “de baixo para cima”:
x4 = 1
x3 = 2
x1 = 1 − 2x2 − x5 − 3x3 − 3x4 = − 2 − 2λ1 − λ2
Temos aí um exemplo típico do que faz o método de eliminação de Gauss, no caso de um sistema
Ax = b , que tem soluções. Elimina sucessivamente variáveis do sistema, de modo a chegar num
novo sistema Ux = b̂, fácil de resolver por substituição, de “baixo para cima”.
Observe que a matriz U, a qual chegamos, tem a forma de uma escada, com as seguintes
características:
0 p1 × × × × × × × × × × ×
0 0 p2 × × × × × × × × × ×
0 0 0 0 0 p3 × × × × × × ×
0 0 0 0 0 0 0 0 p4 × × × ×
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
O método da eliminação de Gauss para resolver Ax = b , consiste em substituir a equação original
por outra Ux = b̂ , que tenha as mesmas soluções, e cuja matriz [U | b]̂ ampliada esteja na forma
escada.
Def. 3.2: Posição de pivô e coluna de pivô de uma matriz na forma
escada
Se U é uma matriz na forma escada, mantemos a denominação de pivô para os primeiros elementos
não nulos de cada linha. As posições que ocupam (degraus da escada), bem como suas colunas
continuam levando a denominação de posições e colunas de pivôs.
Exemplo3.11 - Resolver Ax=b por Gauss
Ao empregar a eliminação de Gauss para resolver, começamos naturalmente com o pivô 1, na
posição (1,1) da matriz ampliada, fazendo:
1 2 3 1
[ ]
Ax = b ⇒ 2 4 5 b = 0
1 1 3 1
1 2 3 1 Â =Â 1 2 3 1
[0 −1 0 ] [ ]
3 2
0 0 −1 −2 0 −1 0 0
0 0 0 −1 −2
Desta forma, chegamos a um sistema triangular, com as mesmas soluções do original, e fácil de
resolver com a substituição “ de baixo para cima”.
Def.3.3. Operações elementares nas linhas de A
Substituir uma das linhas de A por uma combinação linear dela própria com um múltiplo de outra
linha de A.
Trocar a posição de duas linhas entre si
Def.3.4. Matriz linha equivalente
Diz-se que duas matrizes m × n, A e B, são linha-equivalentes , se B for obtida de A por uma
sequência de operações elementares nas linhas.
Observação.3.2
Se duas matrizes ampliadas são linha-equivalentes, então os sistemas que representam têm
conjuntos de soluções idênticos
Antes de descrever o algoritmo da eliminação de Gauss em geral, preferimos exempli car como ele
opera num caso particular. O algoritmo da eliminação de Gauss começa com uma matriz  e a
atualiza sucessivamente, de modo a chegar numa matriz Û , na forma escada. Em cada iteração, o
algoritmo obtém uma das linhas de Û , e usa os pivôs que vão sendo encontrados, em colunas
cada vez mais à esquerda de A,̂ para zerar os elementos nas colunas dos pivôs que estão abaixo
deles.
fi
Exemplo3.12 - Resolver Ax = b por Gauss
1 2 −2 1 0 1
−1 −1 5 1 1 1
A= b=
2 6 2 6 1 0
2 7 5 5 4 2
Primeira Iteração: Na primeira coluna da matriz ampliada dispomos do pivô 1 na primeira linha. Com
isto, podemos operar na primeira coluna da matriz ampliada A,̂ fazendo:
1 2 −2 1 0 1 1 2 −2 1 0 1
A3̂ =A3̂ −2A1̂
0 1 3 2 1 2 0 1 3 2 1 2
0 2 6 4 1 −2 A4̂ =A4̂ −3A1̂ 0 0 0 0 −1 −6
0 3 9 3 4 0 0 0 0 −3 1 −6
Terceira Iteração: Desta vez, toda a terceira coluna abaixo da segunda linha é nula. Portanto, não há
nada a zerar aí. Na quarta coluna, temos um elemento não nulo na última linha(A44 ̂ = − 3) , mas não
temos um pivô corretamente posicionado na terceira linha desta coluna ̂ = 0) . A solução neste
(A34
caso é trocar a quarta linha com a terceira.
1 2 −2 1 0 1 1 2 −2 1 0 1
0 1 3 2 1 2 A4̂ ⇔A4̂ 0 1 3 2 1 2
0 0 0 0 −1 −6 0 0 0 −3 1 −6
0 0 0 −3 1 −6 0 0 0 0 −1 −6
Algoritmo de Eliminação de Gauss
Passo 1 - Critério de parada do algoritmo na i-ésima iteração:
Considere a submatriz Aux, formada pelas linhas i, i+1, ⋅⋅⋅⋅, m de A.
Se i=m, ou se Aux for toda nula, pare.
fi
De nição chave 3.5
Posto de A é o número de linhas não nulas de qualquer matriz escada linha-equivalente a A.
Do mesmo jeito, as colunas de pivô, bem como as posições de pivô de A são as
correspondentes colunas e posições de pivô de qualquer matriz na forma escada linha-
equivalente a A.
Observe que a cada variável de Ax = b, corresponde uma coluna de A Denominamos de pivotais
às variáveis correspondentes às colunas de pivôs e de livres às demais.
fi
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Ao longo de toda esta seção 3.3, vamos denotar por (U | b) uma matriz ampliada na forma escada e
analisar o conjunto das soluções de Ux = b. Para xar idéias, começamos analisando um destes
sistemas no próximo exemplo, para em seguida discutir o caso geral:
fi
Exemplo 3.14. Considere o sistema
x1
2 1 3 2 −1 3 x2 b1
0 0 2 1 0 1 x3 b2
Ux = x4 =
0 0 0 0 0 3 b3
0 0 0 0 0 0 x5 b4
x6
Do mesmo modo que nos anteriores, mantivemos acima as variáveis dependentes (pivotais) onde
estavam e passamos as variáveis livres para o outro lado. Recaímos num sistema triangular superior
e sem zeros na diagonal, a ser resolvido em função das variáveis livres, isto é, tendo as variáveis livres
como parâmetros a serem arbitrados.
Do ponto de vista matricial, observe que o sistema acima se escreve como:
2 3 3 x1 1 2 −1 x2
[0 0 3 ] x [0 0 0 ] x
0 2 1 x3 = b̂ − 0 1 0 x4
6 5
Observação3.6
Nesta subseção trataremos de algumas propriedades das soluções do caso particular muito
importante de sistemas de equações lineares homogêneos, ou seja, nos quais o termo
independente é b = 0. Neste caso sempre há pelo menos a solução x = 0, uma vez que U0 ̂ = 0.
Em especial, descreveremos uma solução geral de Ux ̂ = 0, vale dizer, uma família parametrizada de
soluções, que inclui todas as soluções do sistema.
̂
Exemplo 3.15 Obter todas as soluções de Ux = 0
Faremos uma de suas variáveis livres valha 1 e as demais valha zero,
2 1 3 2 −1 3
[0 0 0 0 0 3]
Û = 0 0 2 1 0 1
−1/2
x2 1
1 −1/2
[0] [ 0 ]
0
Se xL = x4 = 0 , obtemos xD = (1)
0 . Então a solução é S =
x5 0
0
0
̂
Exemplo 3.15 Obter todas as soluções de Ux = 0
Faremos uma de suas variáveis livres valha 1 e as demais valha zero,
2 1 3 2 −1 3
[0 0 0 0 0 3]
Û = 0 0 2 1 0 1
−1/4
x2 0
0 −1/4
[0] [ 0 ]
−1/2
Se xL = x4 (2)
= 1 , obtemos xD = −1/2 . Então a solução é S =
x5 1
0
0
̂
Exemplo 3.15 Obter todas as soluções de Ux = 0
Faremos uma de suas variáveis livres valha 1 e as demais valha zero,
2 1 3 2 −1 3
[0 0 0 0 0 3]
Û = 0 0 2 1 0 1
−1/2
x2 0
0 −1/2
[1] [ 0 ]
0
Se xL = x4 = 0 , obtemos xD = (3)
0 . Então a solução é S =
x5 0
1
0
Considere agora uma combinação linear qualquer das três soluções, digamos
1 1 1
− 2 λ1 − λ
4 2
+ λ
2 3
1
−2 1
−4 1
2
λ1 1 0 0 λ1
1 1
y = λ1S (1)
+ λ2S (2)
+ λ3S (3)
= − 2 λ2 = 0 −2 0 λ2 = Sλ
λ2 0 1 0 λ3
λ3 0 0 1
0 0 0 0
Observe que:
y também é solução de Ax = 0, já que, pela linearidade do produto matriz-vetor:
Ou seja
(1) (2) (l)
λY = λ1Y + λ2Y + … + λlY
̂
também é solução de Ux =0
fi
̂
Observação 3.7 Uma solução geral de Ux = 0
(1) (2) (l)
Da observação anterior, dadas as soluções canônicas S , S , …, S , então
̂
é une família a l parâmetros de soluções de Ux = 0. Na verdade, uma tal xλ = Sλ é também uma
solução geral
̂
3.3.3. Solução Geral de Ux = b
Exemplo 3.16 Encontrar a solução geral para
2 1 3 2 −1 3 4
[0 0 0 0 0 3] [3 ]
Ux̂ = 0 0 2 1 0 1 x = b b 3
[0 0 2 2] [2]
̂ 1 2 3 1 1
Ux = b ⇒ x=
−2
0
Ou seja : xp =
1
0
Passo 2 - Solução geral da equação homogênea.
−2 2
̂ = 0 são S =
(1) 1 (2) 0
As soluções canônicas de Ux eS =
0 −1
0 1
−2 2
̂ 1 0
Uma solução geral (canônica) de Ux = 0 : Sλ = λ
0 −1
0 1
Passo 3 - Somando as duas
̂
Uma solução geral de Ux =b
−2 −2 2
0 1 0
x = xp + Sλ = + λ
1 0 −1
0 0 1
3.3.4 Algoritmo para resolver Ax=b
Passo1
i- Encontre uma matriz escada (U | b) linha-equivalente a (A | b)
ii- Obtenha (Û | b)̂ eliminando as linhas nulas de (U | b) e seja p o posto de (Û | b)̂
iii- Considere a matriz Û D formada pelas colunas pivotais de Û
Passo1
i- Se p = n, obtenha a solução resolvendo Û D x = b̂
ii- Se p < n , e xL for o vetor de variáveis livres de uma solução x, obtenha o vetor de variáveis dependentes xD resolvendo
Û D xD = b̂ − Û L xL
Exemplo 3.18
Consideremos o circuito elétrico formado por 8 resistências e uma bateria, dispostos como abaixo.
A cada o atribui-se uma corrente com uma orientação hipotética. A convenção que se faz na teoria
de circuitos é que se a orientação da corrente física coincidir com a hipotética, seu sinal será
positivo. Caso contrário, será negativo.
fi
O “esqueleto geométrico” do circuito é formado pelos seus ramos e nós. A cada um dos ramos
atribuímos, uma orientação de nida pela orientação dada à corrente no ramo. Este “esqueleto
geométrico” é denominado grafo orientado do circuito. Os ramos R1, R2, …, R8 correspondem
aos os do circuito correspondem por onde a corrente circula, e os nós aos pontos de encontro de
dois ou mais os. Podemos representá-lo por:
fi
fi
fi
Voltamos ao exemplo do circuito eletrico, com uma diferença. Neste caso, vamos supor que a
resistência do ramo da bateria é desprezível, ou seja, que R1 = 0 e que as demais valem todas
100Ω Ω. Suponhamos ainda que a bateria vale e1 = 12V.
Lembramos que o equacionamento do circuito se fez com duas equações matriciais:
{M p = Ri − e
Mi = 0
T
1a Lei de Kirchoff
2a Lei de Kirchoff
−1 1 0 0 1 0 0 0.
0 −1 1 0 0 −1 0 0
M= 0 0 −1 1 0 0 1 0 Matriz de incidência
1 0 0 −1 0 0 0 −1
0 0 0 0 −1 1 −1 1
i1
i2
i3 p1
p2
i4
i= vetor das correntes nos ramos p = p3 vetor dos potenciais elétricos em cada nó.
i5 p4
i6 p5
i7
i8
0 0 … 0
0 100 … 0
R= Matriz das resistências (Diagonal, com os Ri na diagonal).
⋮ ⋱ ⋮
0 0 … 100
12
0
0
0
e= Fontes de tensão em cada um dos ramos
0
0
0
0
No exemplo, a matriz R resultava invertível, e isto nos permitia explicitar a solução na forma de um
sistema determinado na forma
−1 T −1
MR M p = − MR e
Neste caso, isto não ocorre mais, pois R continua sendo uma matriz diagonal, porém com um zero
na sua diagonal. O jeito é trabalhar com o sistema 3.10, nas 13 incógnitas armazenadas em i e p,
com as 13 equações que reescrevemos na forma:
{−Ri + M p = − e
Mi = 0
(3.10) T
−1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 −1 1 0 0 −1 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 −1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0
1 0 0 −1 0 0 0 −1 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 −1 1 −1 1 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 −1 0 0 1 0 −12
A = 0 −100 0 0 0 0 0 0 1 −1 0 0 0 b= 0
0 0 −100 0 0 0 0 0 0 1 −1 0 0 0
0 0 0 −100 0 0 0 0 0 0 1 −1 0 0
0 0 0 0 −100 0 0 0 1 0 0 0 −1 0
0 0 0 0 0 −100 0 0 0 −1 0 0 1 0
0 0 0 0 0 0 −100 0 0 0 −1 0 −1 0
0 0 0 0 0 0 0 −100 0 0 0 −1 1 0
−1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 −1 1 0 0 −1 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 −1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 −100 0 100 100 0 1 −1 0 0 0 0
0 0 0 0 −1 1 −1 1 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 −100 0 0 −1 2 −1 0 0 −12
Û = Û D = 0 0 0 0 0 0 −2 −2 0 0 0 0 0 b̂ = 0
0 0 0 0 0 0 0 100 0 −1 2 −1 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 −1 0 0 1 0 −12
0 0 0 0 0 0 0 0 0 −2 1 2 −1 −24
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0.5 −2 2.5 24
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 12 −14 −132
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 −3.5 −15
Observação 3.9
Uma alternativa mais “barata” para resolver 3.10
Uma maneira alternativa de resolver o sistema 3.10, parte da observação que as cinco primeiras
equações não envolvem as variáveis em p, mas apenas as relativas à corrente i. Ou seja, a matriz do
sistema 3.10 é diagonal em blocos. Isto nos permite atacar primeiro a equação MI = 0, explicitar sua
solução geral na forma iλ = Sλ e levar este valor nas demais equações do sistema. Este tipo de
procedimento alternativo pode ser importante em problemas “grandes” . Ou seja, encontrar
alternativas para “baratear computacionalmente” a resolução de Ax = b, usando informações sobre
a estrutura do problema.
n
Observação 3.10 Seja A uma matriz m × n e b ∈ℜ
Posto(A) < Posto(A |b) se e somente se Ax = b não tem solução
Posto(A) = Posto(A |b) se e somente se Ax = b tem solução
Posto(A) = Posto(A |b) = n se e somente se Ax = b tem uma única solução
Posto(A) = m se e somente se Ax = b tem solução para todo b ∈ ℜn
Posto(A) = n se e somente se Ax = b nunca admite mais de uma solução.
Dizer que o posto de A iguala seu número de linhas é sinônimo de dizer que Ax = b tem
sempre solução, para todo b. Dizer que o posto de A iguala o número de colunas é sinônimo
de garantir unicidade para as soluções de Ax = b, quando existirem.
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MAT
Algebra Linear Aplicada Silvio José Bezerra
Vamos realizar operações elementares nas linhas de U, de forma a transformar cada coluna de pivô
de U, numa coluna da matriz identidade. Dividimos o procedimento em três iterações :
0
[1]
Iteração 1: Transformando a última coluna de pivô em 0
1 0 0
[0 0 1]
A vantagem é que agora a matriz das variáveis dependentes resulta em ŨD = 0 1 0
[ 0 ]
xD = ŨD xD = − ŨL xL = − 0 1/2 0 λ2
0 0 λ3
A matriz da solução geral canônica resulta em
−1/2 −1/4 1/2
1 0 0
0 −1/2 0
S = [S (1) S (2) S ]
(3) =
0 1 0
0 0 1
0 0 0
Ou seja, as variáveis livres das soluções canônicas resultam ser as colunas de −UL
De nição 3.7: Matriz na forma escada reduzida
Dizemos que uma matriz U tem a forma escada reduzida (canônica) se, além de ter U a forma
escada, a sua matriz de colunas pivotais UD for a identidade. Equivalentemente, se todos os seus
pivôs valerem 1, e nas colunas dos pivôs todas as demais entradas forem nulas
fi
Algoritmo 3.4 : Eliminação Regressiva de Gauss
Dada uma matriz p × n na forma escada U, de posto p, começando com i = p, faça:
Passo 1 Atribuindo o valor 1 ao pivô na i-ésima linha e nalização do algoritmo:
Divida a linha Ui pelo correspondente pivô da linha.
Se i = 1, pare
Passo 2 Eliminação na coluna do i-ésima pivô de U e m i-ésima iteração:
Anule os coe cientes da coluna do i-ésimo pivô de U que estiverem acima da posição do pivô
usando operações de substituição O1.
Substitua i por i − 1 e volte para o primeiro passo.
fi
fi
fi
Observação 3.12 Unicidade da forma escada reduzida
UL = VL .
Com isto “esticamos ” o teorema-chave 3.2 para dizer que “cada matriz A admite uma única matriz
linha-equivalente e na forma escada reduzida”. (Daí a denominação forma escada canônica
frequentemente utilizada em vez de forma escada reduzida, já que, usualmente, a designação
canônica está associada a uma conotação de unicidade)
fi
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MAT343
Algebra Linear Aplicada Silvio José Bezerra
Inversão de Matrizes e
resolução de sistemas
3.5 Inversão de matrizes e resolução de sistemas
O principal objetivo desta seção é dizer que este procedimento funciona sempre para matrizes
quadradas, desde que o posto de A seja máximo, bem como sistematizar a forma de encontrar
inversas. Na verdade vamos fazê-lo, veri cando primeiramente as condições nas que uma matriz A,
m × n, admite uma inversa à direita. Em seguida analisamos as condições nas quais A admite uma
inversa à esquerda.
fi
Observação3.13 Condições para que A admita inversa a direita
Seja X = Xn×m uma inversa à direita de A, ou seja, tal que AX = Im×m. Tome um b qualquer no ℜm
e observe que y = Xb é solução de Ax = b, já que
Ay = A(Xb) = (AX)b = Ib = b
(i)
Ax = I , para i = 1,2,…, m
Como o posto de A é m, a observação 3.10 nos garante que cada um dos m sistemas acima admite
(i) (i)
uma tal solução X . A inversa X resulta como a matriz cujas colunas são estas soluções X .
fi
1 2 3
Exemplo 3.20 Determine a inversa a direita de [1 1 1]
A= 2 3 3
Procuramos uma matriz X tal que AX = [AX (1) AX (2) … AX (m)] = I3×3 .
1 2 3 1 0 0 A2=A2−2A1 1 2 3 1 0 0
[1 1 1 0 0 1] 3 3 1 [0 −1 −2 −1 0 1]
[A | I] = 2 3 3 0 1 0 A =A −A 0 −1 −3 −2 1 0
1 2 3 1 0 0 1 2 3 1 0 0
[0 −1 −2 −1 0 1] [0 0 ]
A3=A3−A2
0 −1 −3 −2 1 0 0 −1 −3 −2 1 0
1 1 −1 1
1 2 3 1 0 0 A1=A1−3A3 1 2 0 −2 3 −3
[0 0 ] 3 [ ]
0 −1 −3 −2 1 0 A =A +3A 0 −1 0 1 −2 3
2 2
1 1 −1 1 0 0 1 1 −1 1
1 2 0 −2 3 −3 A2=−A2 1 0 0 0 −1 3
[0 0 1 1 −1 1 ] 1 1 2 [0 0 1 1 −1 1 ]
0 −1 0 1 −2 3 A =A −2A 0 1 0 −1 2 −3
X
Veri que que AX =I
fi
Exemplo 3.21.
Vamos procurar calcular diretamente uma inversa à esquerda da mesma matriz A do exemplo
anterior. Nosso ponto de partida é a observação que se X é uma inversa à esquerda de A, então
T T T
I = XA = (XA) = A X
T T
Ou seja, X é uma inversa à esquerda de A sss X é uma inversa à direita de A . Como já sabemos
T
calcular inversas à direita, basta procurarmos uma inversa à direita de A e tomar sua transposta. A
técnica é a mesma do exemplo anterior. Ou seja, basta procurarmos uma matriz na forma escada
T
reduzida e linha equivalente a [A | I].
1 2 1 1 0 0 1 0 0 0 −1 1
[3 3 1 0 0 1] [0 0 1 3 ]
T
[A | I] = 2 3 1 0 1 0 ⇒ 0 1 0 −1 2 −1
3 1
XT
Observação3.14 Condições para que A admita inversa a esquerda
Do mesmo jeito que no exemplo 3.21, a forma de procurar uma inversa à esquerda para uma matriz
T T T
A = Am×n é procurando uma inversa à direita para A . Veja que se Im×m = A X , resulta que X é
T T
uma inversa à esquerda de A. Neste caso, A é n × m ou seja A tem n linhas. Portanto, pela
observação 3.13
T
A admite uma inversa à esquerda se e somente se posto de A for n
Uma matriz que não é quadrada nunca tem inversas dos dois lados
Uma matriz n × n é invertível se e somente se tiver posto n.
A primeira das a rmações segue do fato que, se A = Am×n tem inversas dos dois lados, pelas
observações 3.13 e 3.14, temos Posto(A) = m = n. Isto nos garante ainda, no caso quadrado
m = n, que se A é invertível então tem posto n. Vice-versa, no caso de A ter posto máximo n,
temos garantidas inversas à direita X e à esquerda Y. Só falta veri car que, neste caso X = Y. Para
tanto, basta observar que
Y = YIn×n = Y(AX) = (YA)X = In×n X = X
fi
fi
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MAT313
Fatoração LU
3.6 Fatoração LU
O objetivo desta seção é estabelecer, como “subproduto” do algoritmo da eliminação de Gauss, a
fatoração de uma matriz A como um produto de matrizes triangulares, que tem grande
importância teórica e prática. Na seção 3.6.1, discutimos uma situação mais simples, na qual o
algoritmo da eliminação de Gauss é executado sem que nenhuma troca de linhas seja realizada. Na
seção 3.6.2, discutimos o caso geral, no qual se faz uso do pivoteamento indicado no passo 2
3.6.1 Fatoração LU na Eliminação de Gauss sem pivotamento
Falamos em eliminação de Gauss sem pivoteamento, para nos referirmos a uma aplicação do
algoritmo da eliminação de Gauss, na qual não se troca de linhas no passo 2 do algoritmo e ainda
assim ele termina sem fracassar.
Para alguns tipos de matrizes, isto é possível de se prever a priori, mas o nosso principal objetivo em
estudar este caso é para simpli car a exposição.
2 1 1 L21=−1 2 1 1 U3=U3−L32U2 2 1 1
[4 ] 31 1 [ ] [ ]
−2 −2 2 U =U −L U 0 −1 3 L32=−1
0 −1 3
3 3
3 3 0 1 1 0 0 4
L31=2
U
2 1 1 1 0 0 2 1 1
[4 ] [ ] [ ]
A = LU ⇒ −2 −2 2 = −1 1 0 0 −1 3
3 3 2 −1 1 0 0 4