Algebra Linear Aplicada

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Algebra

Linear Aplicada
Caderno de Exerccios - 2015.1
Bacharelado em Ciencia e Tecnologia

Sistemas Lineares

[1] Dois sistemas lineares sao equivalentes se, e somente se, toda solucao de qualquer um dos
sistemas tambem e solucao do outro. Considere um sistema linear S.
(a) Seja S1 o sistema obtido a partir de S permutando-se duas equacoes. Mostre que S
e S1 sao equivalentes.
(b) Seja S1 o sistema obtido a partir de S multiplicando-se uma das equacoes por uma
constante nao nula. Mostre que S e S1 sao equivalentes.
(c) Seja S1 o sistema obtido a partir de S adicionando-se a uma equacao (membro a
membro) um m
ultiplo de uma outra equacao. Mostre que S e S1 sao equivalentes.
[Observac
ao: as operacoes descritas acima sao chamadas operacoes elementares nas linhas
do sistema S.]
[2] Sejam S um sistema linear e S1 , o sistema obtido a partir de S atraves de um n
umero
finito de operacoes elementares nas linhas. Mostre que S e S1 sao equivalentes.
[3] Resolva o sistema de equacoes abaixo:


ax + y = a2
x + ay = 1

Para quais valores de a o sistema falha em ter solucao, e para quais valores de a o sitema
tem infinitas solucoes? E faca o mesmo para o sistema abaixo

ax + y = a3
x + ay = 1
[4] Determinar os valores de m para os quais o sistema e determinado:

x + 2y 2z t = 1

2x 2y 2z 3t = 1
2x 2y z 5t = 9

3x y + z mt = 0

[5] Determinar os valores de a e b que tornam o sistema

3x 7y = a

x+y =b
5x + 3y = 5a + 2b

x + 2y = a + b 1
compatvel determinado. Em seguida resolver o sistema.
[6] Discutir o seguinte sistema linear (em funcao de

x + y az
ax + y z

x + ay z

a):
=0
=2
= a

[7] De uma interpretacao geometrica de uma equacao linear em tres incognitas. Descreva
geometricamente todos os possveis conjuntos solucao para um sistema linear 3 3.
[8] Mostre que um sistema linear homogeneo de m equacoes e n incognitas e compatvel
indeterminado se n > m.
[9] Resolver os sistemas homogeneos abaixo:

x y + 2z t = 0
3x + y + 3z + t = 0
(a)

x y z 5t = 0

x+y+z+wt =0
(b)
x y z + 2w t = 0


(c)

4x + 3y z + t = 0
x y + 2z t = 0

3x + 2y 12z = 0
xy+z =0
(d)

2x 3y + 5z = 0

[10] Mostre que o sistema nao-linear a seguir tem 18 solucoes se 0 2, 0 2 e


0 < 2.

2 sin + 2 cos + 3 tan = 0


sin + 5 cos + 3 tan = 0

sin 5 cos + 5 tan = 0


[Sugestao: comece com as substituicoes x = cos , y = sin e z = tan ]
[11] Resolva o seguinte sistema de equacoes nao-lineares nos
0 2, 0 2 e 0 < .

2 sin cos + 3 tan


4 sin + 2 cos 2 tan

6 sin 3 cos + tan

angulos incognitas , e , com


=3
=2
=9

[12] Resolva o seguinte sistema de equacoes nao-lineares para x, y e z.


2
x + y2 + z2 = 6
x2 y 2 + 2z 2 = 2
2
2x + y 2 z 2 = 3
2

Ver
o
exemplo
5,
secao
1.2
(Eliminacao
de
Gauss)
do
livro
do
Anton

[13] Resolva o sistema a seguir para x, y e z.

1 2 4

+
=1

x y z

2 3 8
+ +
=0

x y z

1 9 10

+ +
=5
x y
z
[14] Foram estudados tres tipos de de alimentos. Fixada a mesma quantidade (1 g) determinouse que:
(i) O alimento I tem 1 unidade de vitamina A, 3 unidades de vitamina B e 4 unidades
de vitamina C.
(ii) O alimento II tem 2, 3 e 5 unidades respectivamente, das vitaminas A, B e C.
(iii) O alimento III tem 3 unidades de vitamina, 3 unidades de vitamina C e nao contem
vitamina B.
Se sao necessarias 11 unidades de vitamina A, 9 de vitamina B e 20 de vitamina C,
(a) encontre todas as possveis quantidades dos alimentos I, II e III, que fornecem a
quantidade de vitaminas desejada.
(b) Se o alimento I custa 60 centavos por grama e os outros dois custam 10, existe um
solucao custando exatamente R$ 1,00?
[15] Um tratador de animais de um zoologico precisa dar 42 mg de vitamina A e 65 mg de
vitamina D por dia a um determinado animal. Ele possui dois suplementos alimentares
disponveis: o primeiro contem 10% de vitamina A e 25% de vitamina D enquanto que o
outro contem 20% de vitamina A e 25% de vitamina D. Quanto de cada suplemento deve
ser dado ao animal diariamente.
[16] Um construtor tem contratos para construir 3 estilos de casa: moderno, mediterraneo e
colonial. A quantidade empregada em cada tipo de casa e dada pela matriz
Ferro
Moderno
5
Mediterraneo
7
Colonial
6

Madeira Vidro Tinta Tijolo


20
16
7
17
18
12
9
21
25
8
5
3

(a) Se ele vai construir 5, 7, 12 casas dos tipos modernos, mediterraneo e colonial, respectivamente, quantas unidades de cada material serao empregados?
(b) Suponha agtora que os precos por unidade de ferro, madeira, vidro, tinta e tijolo
sejam respectivamente 15, 8, 5, 1 e 10 reais. qual o preco unitario de cada tipo de
casa?
(c) Qual o custo total do material empregado?
3

[17] Uma curva c


ubica plana de equacao y = ax3 + bx2 + cx + d passa pelos pontos (0, 10),
(1, 7), (3, 11) e (4, 14). Encontre os coeficientes a, b, c e d e faca um esboco dessa curva.
[18] Sabendo-se que uma circunferencia tem equacao ax2 + ay 2 + bx + cy + d = 0 e passa pelos
pontos (2, 7), (4, 5) e (4, 3), encontre os coeficientes dessa equacao e faca um esboco
da curva.
[19] (ENADE-2011) Considere o sistema de equacoes lineares Ax = b, com m equacoes e
n incognitas. Supondo que a solucao do sistema homogeneo correspondente seja, u
nica,
avalie as afirmacoes a seguir.
(I) As colunas da matriz A sao linearmente dependentes.
(II) O sistema de equacoes lineares Ax = b tem infinitas solucoes.
(III) Se m > n, entao a matriz A tem m n linhas que sao combinacoes lineares de n
linhas.
(IV) A quantidade de equacoes do sistema Ax = b e maior ou igual `a quantidade de
incognitas.
Sao corretas apenas as afirmacoes:
(A) I e II.

(B) II e III.

(C) III e IV.

(D) I, II e IV.

(E) I, III e IV

Respostas de alguns exerccios:


6. Para a=-2 ou a=1 o sistema e incompatvel. Para a 6= 1 e a 6= 2 o sistema e compatvel
determinado.
9. a) [(5/3)t, 2t, (4/3)t, t] para todo t R.
b) (2z, 3z, z) para todo z R.
11. = /2, = , = 0
13. (x = 13/7, y = 91/54, z = 91/8)
14. a) Sejam x, y e z as quantidades de alimentos I, II e III respectivamente. Entao:
x = -5 + 3z , y = 8 - 3z ; onde (5/3) z (8/3)
b) Sim. x= 1, y= 2 e z= 2.


16. a) 146 526 260 158 388

492
b) 528
465
c) Cr$ 11.736, 00.

Matrizes





a2 a 0
ab b 0
[1] Sejam A =
eB =
. Existem a, b R tais que A=B? Justifique.
ab 0 1
b2
0 1

Z
[2] Para cada 1 i 3 e 1 j 3, sejam aij =

jx dx e bij =

ixj dx. Se A = (aij ) e

B = (bij ), calcule A + B.
[3] Defina aij = (1)i (1)j , para cada 1 i 4 e 1 j 3. Calcule

1
A.
2

[4] (Traco de uma matriz) Dada uma matriz


A = (aij ) de ordem n, o tra
umero
co de A e o n
1/2
1
1
1
/2 /2 /2
n
X
1/2 1/2 1/2 1/2

tr(A) =
aii . Encontre o traco da matriz
1/2 1/2 1/2 1/2. Mostre ainda, que
i=1
1/2 1/2 1/2 1/2
tr(A + B) = tr(A) + tr(B) e tr(AB) = tr(BA),
quaisquer que sejam as matrizes A e B, ambas de ordem n.
[5] Mostre que toda matriz quadrada pode ser escrita como soma de uma matriz triangular
superior com uma matriz triangular inferior.




0 1
0 3
[6] Sejam A =
e B =
. Calcule AB e BA, e decida se a multiplicacao em
3 2
1 2
M2 (C) e comutativa.


2 0
[7] Determine todas as matrizes A22 tais que AB = BA para B =
.
1 1


3 2
[8] Se A =
. Encontre uma matriz B real de ordem 2 tal que B 2 = A.
4 3

2


[9] Se A = 1 e B = 1 2 1 , calcule AB e BA.
1


3 1
[10] Considere a matriz A :=
. Em cada item, encontre p(A).
2 1
(a) p(x) = x 2

(b) p(x) = 2x2 x + 1

(c) p(x) = x3 2x + 4

[11] Para cada polinomio real p(x) = a0 + a1 x + a2 x2 + + an xn , seja




p(0)
0
M (p) :=
p0 (0) p(0)
onde p0 e a derivada de p. Prove que, para quaisquer polinomios p(x) e q(x),
M (p) + M (q) = M (p + q) e M (p) M (q) = M (p q)

[12] Determine os valores de a e b para que a matriz A =
x2 x 2 = 0.
5


a 0
satisfaca a equacao matricial
0 b

[13] Uma matriz quadrada A, de ordem n, e nilpotente se Ap = 0 para algum inteiro positivo
p; e unipotente se In A e nilpotente, onde In e a matriz identidade de ordem n. Se N
e nilpotente e U e unipotente, defina
exp N := In + N +

1
1 2
N + + Nk +
2!
k!

1
1
log U := (In U ) (In U )2 (In U )k
2
k

0 a b
1 x y

Para as matrizes N = 0 0 c e U = 0 1 z , verifique que


0 0 0
0 0 1
exp log U = U

Para cada t R, defina U (t) = exp tM onde

0 1
0 0
M =
0 0
0 0

log exp N = N

2
4
0
0

3
5
.
6
0

Determine U (t) e verifique que para quaisquer s, t R,


U (s)U (t) = U (s + t)

[14] Para cada x R defina M (x) :=


cosh x sinh x
. Prove que, para todo x, y R,
sinh x cosh x

M (x)M (y) = M (x + y).

1/2

1/2
[15] Considere a matriz A =
1/2
1/2
n
2n+1
A eA
?

1/2 1/2 1/2


1/2
1/2 1/2
. Calcule A2 e A3 . O que devem ser
1
/2 1/2 1/2
1/2 1/2 1/2

[16] Mostre que se uma matriz quadrada A satisfaz A2 3A + I = 0, entao A1 = 3I A.


[17] Seja A uma matriz quadrada.
(a) Mostre que (I A)1 = I + A + A2 + A3 se A4 = 0.
(b) Mostre que (I A)1 = I + A + A2 + + An se An+1 = 0
[18] Explique por que em geral (A B)2 6= A2 2AB + B 2 e (A B)(A + B) 6= A2 B 2 .


2 x
[19] Determinar se possvel x e y em R a fim de que a matriz
seja ortogonal.
y
2




1 1
1
2
[20] Seja A =
. Verifique que A2 =
e calcule A2014 .
0 1
0 1
6

1 8 5
[21] Seja B = 0 9 5. Determine uma matriz triangular A com elementos diagonais posi0 0 4
tivos tal que A2 = B.

1
2 1
3 determine uma matriz T , triangular inferior que seja
[22] Dada a matriz A = 1 1
1 1 0
equivalente por linhas a A.
[23] Supondo que A 6= 0 e AB = AC onde A, B, C sao matrizes tais que a multiplicacao esteja
definida. Pergunta-se:
(a) B = C?
(b) Se existe uma matriz Y , tal que Y A = I, onde I e a matriz identidade, entao B = C?


5 2
[24] Seja A =
. Determine os valores de k para os quais A e uma raiz de f (x) =
0 k
x2 7x + 10.


2 3
[25] Mostre que, se A =
entao
1 4
A2 6A + 5I2 = 0 (matriz nula)
[26] Se A2 = 2A4 , mostre que (I + A2 )(I 2A2 ) = I.


1 1/y
[27] Para todo y R nao-nulo, defina A(y) =
. Prove que A(y)2 = 2A(y).
y 1


0 1
[28] Mostre que A =
anula o polinomio p(x) = x2 + 1.
1 0
[29] Seja a um n
umero real fixado. Encontre todas as matrizes reais quadradas de ordem 3 que
comutam com a matriz

a 1 0
0 a 1
0 0 a
[30] Mostre que, se a matriz quadrada B, de ordem 2, comuta com toda matriz quadrada A de
ordem 2, entao B = kI2 para algum escalar k.


1 2
[31] Seja B uma matriz real quadrada de ordem 2 que comuta com a matriz A =
.
0 3
Mostre que existem n
umeros reais a e b tais que
B = aA + bI2
[32] Se A Mn (R) e uma matriz triangular superior, pode-se dizer que A2 tambem e uma
matriz triangular superior? Justifique.


1 1
[33] Seja A =
. Encontre uma formula para An , n > 0.
0 1
[34] Sejam A = (aij ) e B = (bij ) em Mmn (C). Mostre que
7

(a) (A + B)t = At + B t

(c) (At )t = A

(b) (AB)t = B t At

(d) (A)t = At , C



1 0 1
[35] Dada a matriz A =
, encontre At .
0 1 0
[36] Seja A uma matriz quadrada. Mostre que e possvel escrever A como soma de uma matriz
simetrica com uma antissimetrica. E ainda, prove que a matriz nula e a u
nica matriz
simultaneamente simetrica e antissimetrica.
[37] Seja A uma matriz quadrada qualquer. Mostre que a matriz AAt e simetrica.
[38] Seja A uma matriz de ordem n. Defina B := A + At e C := A At . Mostre que B e
simetrica e C e antissimetrica.
[39] Uma rede de comunicacao tem cinco locais com transmissores de potencias distintas. Estabelecemos que aij = 1, na matriz abaixo, significa que a estacao i pode transmitir diretamente a` estacao j, aij = 0 significa que a transmissao da estacao i nao alcanca a estacao
j. Observe que a diagonal principal e nula significando que uma estacao nao transmite
diretamente para si mesma.

0 1 1 1 1
1 0 1 1 0

0
1
0
1
0
A=

0 0 1 0 1
0 0 0 1 0
Qual seria o significado da matriz A2 = A A?
P
Seja A2 = [cij ]. Calculemos o elemento c42 = 5k=1 a4k ak2 = 0 + 0 + 1 + 0 + 0 = 1. Note
que a u
nica parcela nao nula veio de a43 a32 = 1 1. Isto significa que a estacao 4 transmite
para a estacao 2 atraves de uma retransmissao pela estacao 3, embora nao exista uma
transmissao direta de 4 para 2.
(a) Calcule A2 .
(b) Qual o significado de c13 = 2?
(c) Discuta o significado dos termos nulos, iguais a 1 e maiores que 1 de modo a justificar
a afirmacao: A matriz A2 representa o n
umero de caminhos disponveis para se ir
de uma estacao a outra com uma u
nica retransmissao.
(d) Qual o significado das matrizes A + A2 , A3 e A + A2 + A3 ?
(e) Se A fosse simetrica, o que significaria?
[40] Existem tres marcas de automoveis no mercado: o Jacare, o Piranhu e o Urubu. O termo
aij da matriz A abaixo e a probabilidade de que um dono de carro da linha i mude para o
carro da coluna j, quando comprar um carro novo.

0, 7 0, 2 0, 1
0, 3 0, 5 0, 2
0, 4 0, 4 0, 2

Os termos da diagonal dao a probabilidade aii de se comprar um carro novo da mesma


marca.
A2 representa as probabilidades de se mudar de uma marca para outra depois de duas
compras.
Calcule A2 e interprete.


0 I
[41] Seja A =
, onde todos os blocos sao k k. Determine A2 e A4 .
B 0
Respostas de alguns exerccios:
19) O problema no conjunto das matrizes 2 2 com entradas em R nao admite solucoes, pois
as equacoes x = -1 e y = -1 nao tem solucao em R.
39)
a)

1
0

0
0

1 2
2 2
0 2
1 0
0 1

0, 59

40) 0, 44
0, 48

3
2
1
2
0

1
2

0
1

0, 28 0, 13
0, 39 0, 17
0, 36 0, 16

Matrizes inversveis

[1] Seja A uma matriz inversvel de ordem n. Mostre que At e inversvel e (At )1 = (A1 )t .

a1 0 0
0 a2 0

[2] Em que condicoes a matriz diagonal A = .. .. . .


.. e inversvel e qual e sua
. .
. .
0 0 an
inversa?
[3] Calcule a inversa das matrizes:


cos sin
(a)
sin cos


(b)

cosh x sinh x
sinh x cosh x

[4] (Matrizes elementares) Uma matriz elementar de ordem n e uma matriz E obtida de
In por meio de uma u
nica operacao elementar.
(a) De exemplos de matrizes elementares.
(b) Se aplicarmos em uma matriz A, de ordem n, a mesma operacao elementar que
transformou In em E, mostre que a matriz resultante e EA.
9

(c) Prove que toda matriz elementar e inversvel.

1 0 0
(d) Descreva a matriz elementar E = 0 1 0, e encontre sua inversa.
0 3 1

1 0 0

(e) Mostre que, se 0 1 0 e uma matriz elementar, entao pelo menos uma entrada da
a b c
terceira linha deve ser um zero.

0
1 7 8
3 3 8 no formato A = E1 E2 E3 R, onde cada Ei
(f) Expresse a matriz A = 1
2 5 1 8
e uma matriz elementar e R esta na forma escalonada por linhas.
(g) Para cada i = 1, 2, . . . , k, seja Ei uma matriz elementar e suponha que
Ek Ek1 . . . E1 A = In ,
onde A e uma matriz de ordem n. Mostre que A = E11 E21 . . . Ek1 In . Conclua
que A e inversvel e que
A1 = Ek Ek1 . . . E1 In .
[5] Sejam A e B matrizes de ordem n. Mostre que, se A e inversvel e AB = 0 entao B = 0.
[6] Dizemos que uma funcao matricial A : I R Mmn (R) e diferenciavel se cada termo
aij : I R e uma funcao diferenciavel, e neste caso, A0 (x) = (a0ij (x)) para cada x I.
Sabendo-se que A(x) = (aij (x)) M4 (R) e aij (x) = xi xj , encontre A0 (1).
[7] Para 1 i, j n, sejam aij , bij : I R R funcoes diferenciaveis e, defina A(x) =
(aij (x)) e B(x) = (bij (x)) para cada x I. Mostre que:
(a) (AB)0 = A0 B + AB 0 (regra do produto)
(b) se A e inversvel entao (A1 )0 = A1 A0 A1
[8] Seja A uma matriz de ordem n. Mostre que se A2 = 0, entao In A e inversvel e
(I A)1 = I + A.
[9] (Matrizes semelhantes) Dizemos que A, B Mn (K) sao semelhantes se existe P
Mn (K) inversvel tal que A = P 1 BP . Em particular, se A e semelhante a uma matriz
diagonal, dizemos que A e diagonalizavel.


1 2
(a) Mostre que a matriz A =
e diagonalizavel.
3 2

 

0 1
1 1
(b) Prove que as matrizes
e
nao sao semelhantes.
0 0
0 0

 

1 2
1 0
(c) Verifique se as matrizes
e
sao semelhantes.
1
2
0 0

10


 

a b
c 0
(d) Para que valores de a, b e c reais, as matrizes
e
sao semelhantes?
b a
0 c
(e) Sejam A, B, C e D matrizes de ordem n, sendo A e B semelhantes, C e D semelhantes.
verdade que A + C e B + D sao semelhantes? E quanto a AC e BD?
E




1 2
6 0
1
[10] Se A =
, encontre uma matriz P inversvel tal que P AP =
. Conclua
5 4
0 1
que a matriz A e diagonalizavel.
[11] Mostre que, se A e B sao semelhantes entao An e B n sao semelhantes para cada n > 0.
Dado um polinomio p(t) = a0 + a1 t + + an tn , indicamos por p(A) a matriz
p(A) = a0 I + a1 A + + an An .
Prove que se A e B sao semelhantes entao p(A) e p(B) sao semelhantes.
[12] Se A uma matriz de ordem n. Dada uma matriz inversvel P de ordem n, mostre que
tr(P 1 AP ) = tr(A).
Em particular, isto implica que matrizes semelhantes tem o mesmo traco.



a i
[13] Seja A =
, onde i2 = 1, a = (1 + 5)/2 e b = (1 5)/2. Mostre que A2 = A e
i b
encontre todas as matrizes de M2 (C) que satisfazem essa propriedade.
[14] Mostre que, se A2 = A entao (A + In )k = In + (2k 1)A.
[15] Seja Jn a matriz de ordem n tal que suas entradas sao todas iguais a 1. Mostre que, se
n > 1 entao In Jn e inversvel e
1
(In Jn )1 = In
Jn
n1


cos sin
t
[16] Uma matriz A Mn (R) chama-se ortogonal se AA = In . Mostre que a matriz
sin cos
e ortogonal para cada real.
[17] Dizemos que A Mn (R) e ortogonalmente diagonalizavel se existe uma matriz ortogonal
P Mn (R) tal que P 1 AP e diagonal. Neste caso, mostre que A e simetrica.


cos sin
[18] Seja A uma matriz ortogonal em M2 (R). Mostre que existe real tal qual A =
.
sin cos
[19] Sejam A e B matrizes ortogonais de ordem n. Mostre que AB, BA e A1 tambem sao
ortogonais.
[20] Seja A uma matriz quadrada com uma linha ou coluna nula. Mostre que A nao e inversvel.
[21] Sejam A e B matrizes inversveis de ordem n. Mostre que AB e inversvel e que (AB)1 =
B 1 A1 . Conclua que (A1 )1 = A.
[22] Seja A uma matriz quadrada simetrica inversvel. Mostre que a matriz inversa tambem e
simetrica.
[23] Sejam A, B e C sao matrizes inversveis de mesma ordem tais que CA = B. Se a matriz
X satisfaz a equacao A(B 1 X) = C 1 A, podemos afirmar que:
11

(a) X = A

(b) X = B

(c) X = C
(d) X = AB

1 1 1
[24] Determine a R a fim de que a matriz real 2 1 2 seja inversvel.
1 2 a

(e) X = ABC

[25] Verifique se a matriz

1 1 0
A = 0 1 1
0 1 2
e inversvel e, em caso afirmativo, determine A1 .
[26] Mostre que

0
b

A=
0
0
0

a
0
d
0
0

0
c
0
f
0

0
0
e
0
h

0
0

g
0

e singular.
[27] Encontre todos os valores de para os quais a matriz A I4 tem inversa, em que

2 0 0 0
2 0 0 0

A=
1 2 1 0
3 2 1 2

[28] Seja A =


A11 A12
, onde todos os quatro blocos sao matrizes de ordem n.
0 A22

(a) Se A11 e A22 sao inversveis, mostre que A tambem e inversvel e que
 1

A11
C
1
A =
0 A1
22
(b) Determine C.
Respostas de alguns


cos sin
3. a)
sin cos

1/a1
0
0
1/a2

2. A1 = ..
..
.
.
0
0

exerccios:

...

0
0
..
.

1/an

24. A e inversvel para a 6= 1. Se a = 1, entao a matriz A e equivalente a uma matriz com


uma linha nula e portanto nao e inversvel.
12

Sistemas lineares e matrizes

[1] Mostre que A e inversvel se, e somente se, o sistema AX = 0 tem somente uma u
nica
solucao, a nula.
[2] Verifique que o sistema

=
0
x + y
y + z =
0
S:

y + 2z = 1
e de Cramer e determine sua solucao.
[3] Encontre o posto e a nulidade da matriz

1 2 0 1
0 2 3
A= 1
0 2 1 1
[4] Reduza as matrizes a` forma reduzida por linhas e, calcule o posto e a

1 2 3 1
0 1 3 2
0
1
(a) 2 1 2 3
(b) 2 1 4 3
(c)
3
3 1 2 3
2 3 2 1
2

nulidade.

2 2
1 3

4 2
3 1

[5] Explique por que a nulidade de uma matriz nunca e negativa.


[6] Dada um sistema linear S de ordem m n, sejam pc e pa o posto da matriz dos coeficientes
e da matriz ampliada, respectivamente. Entao, S admite uma u
nica solucao se, e somente
se,
(a) pa < pc

(c) pa = pc e n = pa

(e) pa = pc e n > pa

(b) pa > pc

(d) pa = pc e n < pa
 

 
x
1 3
x
[7] Calcule um vetor coluna u =
tal que
= 3u.
y
4 3 y
[8] Determine k, para que o sistema admita

4x
5x

2x

solucao.
+ 3y = 2
4y = 0
y = k

[9] Chamamos de sistema homogeneo de n equacoes e m incognitas aquele sistema cujos termos
independentes, bi , sao todos nulos.
(a) Um sistema homogeneo admite pelo menos uma solucao. Qual e ela?
(b) Encontre os valores de k R, tais que o sistema homogeneo

2x 5y + 2z = 0
x + y + z = 0

2x
+ kz = 0
tenha uma solucao distinta da solucao trivial.
13

Determinantes

[1] Dada uma permutacao Sn , mostre que sgn() = sgn( 1 ).


[2] Seja A uma matriz de ordem n. Prove que det A = det At .
[3] Mostre que se uma matriz quadrada A ortogonal, isto e, At A = I, onde I e a matriz
identidade entao det A = 1.
[4] Mostre que se A e uma matriz quadrada de ordem n, isto e, com n linhas e n colunas entao
det(kA) = k n det A
[5] Dada uma matriz A de ordem n, representaremos por fi (C) o determinante da matriz
obtida a partir de A trocando-se sua i-esima coluna por C (coluna de ordem n 1).
Mostre que
fi (C1 + C2 ) = fi (C1 ) + fi (C2 )
[6] Suponha que uma matriz A de ordem n tenha uma linha ou coluna nula. Prove que
det A = 0.

3 6 x
[7] Sem calculo, prove que a matriz 1 2 y tem determinante nulo quaisquer que sejam
2 4 z
x, y e z reais.
[8] Suponha que uma matriz quadrada A tenha duas colunas ou duas linhas iguais. Mostre
que det A = 0.
[9] (Teorema de Binet) Seja E uma matriz elementar de ordem n. Se A e qualquer matriz
de ordem n, mostre que det(EA) = det(E) det(A). Conclua que
det(AB) = det(A) det(B),
para quaisquer matrizes A e B, de mesma ordem.
[10] Calcule o

3
0
(a)
2
1

determinante das matrizes:

1
0
0
0
1 5 0

2
0 1
0
3 2 0

0 1 3
1 1 0
(b) 2
2 4
1
2 0
0
1
3 5
8 4

0
1

0
1
(c)

0
4
0
1
2

3 4 1
0 5
2

2 3 1
2 1 1

[11] Verifique que se B = AAt A1 , entao det(A) = det(B).


[12] Seja A uma matriz de ordem n tal que A + At = 0 (matriz nula). Prove que
det A = (1)n det A.
Conclua que det A = 0, se n e mpar.
[13] Mostre que, se A e uma matriz ortogonal de ordem n entao | det A| = 1.
[14] Seja A uma matriz antissimetrica de ordem 2015. Podemos afirmar que:
14

(a) A e triangular superior;

(c) A e diagonal;

(e) A e singular;

(b) A e triangular inferior;

(d) A e inversvel;

[15] Sejam f1 , f2 , g1 
e g2 funcoes diferenci
aveis no intervalo (a, b). Se F : (a, b) R e dada

f (x) f2 (x)
por F (x) = det 1
, mostre que
g1 (x) g2 (x)

 0


f1 (x) f20 (x)
f1 (x) f2 (x)
0
F (x) = det
+ det 0
g1 (x) g2 (x)
g1 (x) g20 (x)


1 1 1


[16] Mostre que a b c = (b a)(c a)(c b).
a2 b 2 c 2

1
cos a cos 2a
[17] O determinante da matriz cos a cos 2a cos 3a e igual a:
cos 2a cos 3a cos 4a
(a) 1

(b) 0

(c) 1

(d) 2

(e) 3

[18] (Teorema de Laplace) Seja A uma matriz de ordem n e, defina Mij como a submatriz
obtida de A retirando-se a i-esima linha e a j-esima coluna.
(a) Se Aij e o cofator do elemento aij da matriz A, mostre que
Aij = (1)i+j det Mij
(b) Conclua que
n
X
det A =
(1)i+j aij det Mij
i=1

a+2 b+2 c+2


[19] Use operacoes elementares nas linhas da matriz x + 1 y + 1 z + 1 para calcular
2x a 2y b 2z c
seu determinante.

2 1 3
[20] Dada a matriz A = 0 2 1 , calcule:
5 1 3
(a) Adj(A)
[21] Use a Regra de

2x
4x +
(a)

2x

(c) A1

(b) det(A)
Cramer para resolver os sistemas:

x 2y + z = 1
2x + y
= 3
(b)

y 5z = 4

y 2z = 5
y + 2z = 1
y + z = 5

15

[22] Resolver os seguintes sistemas



x y = 2
(a)
x + y = 0

x
(b)
x

2x

+
+

y
y
y
y

z
z
z
z

+ t
+ t
t
+ 3t

=
=
=
=

x1 + x2 + x3 + x4 =

x1 + x2 + x3 x 4 =
(d)
x1 + x2 x3 + x 4 =

x1 x2 + x3 + x 4 =

x + y + z = 4
(e) 2x + 5y 2z = 3

x + 7y 7z = 5


1 2 2 1
x
2
1 0 2 1 y 2

(f)
1 2 2 1 z = 4
3 4 4 3
w
8

0
1
0
0

x y + z = 2
(c) x y + z = 0

y + 2z = 0

0
4
4
2

[23] Necessita-se adubar um terreno acrescentando a cada 10m2 140g de nitrato, 190g de fosfato
e 250g de potassio.
Dispoe-se de quatro qualidades de adubo com as seguintes caractersticas:
(i) Cada quilograma do adubo I custa 5u.m
(ii) Cada quilograma do adubo II custa 6u.m e contem 10g de nitrato, 100g de fosfato e
30g de potassio.
(iii) Cada quilograma do adubo III custa 5u.m e contem 50g de nitrato, 20g de fosfato e
20g de potassio.
(iv) Cada quilograma do adubo IV custa 15u.m e contem 20g de nitrato, 40g de fosfato
e 35g de potassio.
Quanto de cada adubo devemos misturar para conseguir o efeito desejado se estamos
dispostos a gastar 54u.m a cada 10m2 com adubacao?
[24] Dada uma matriz A de ordem n, seja Adj(A) sua adjunta classica. Mostre que
Adj(A) A = (det A)In


a b
[25] Seja A =
uma matriz inversvel. Mostre que
c d


d b
Adj(A) =
,
c a
e conclua que
1

1
=
ad bc


d b
.
c a

[26] Seja A uma matriz inversvel de ordem n com n > 1. Mostre que
det (Adj A) = (det (A))n1
[27] Mostre que, se A e uma matriz quadrada tal que det A 6= 0 entao A e inversvel.
16

[28] Seja A uma matriz quadrada inversvel.


(a) Mostre que (Adj A)1 = (det A1 )A.
(b) Conclua que (Adj A)1 = Adj (A1 ).
[29] Mostre que, se A e singular entao det(Adj A) = 0.
[30] Mostre que, se det A = 1 entao Adj (Adj A) = A.
[31] Suponha que a matriz Q e uma matriz com propriedade de que Q1 = Qt . Mostre que
qij =

Qij
det Q

onde Q = [qij ]nn e Qij e o cofator de qij .


[32] Determine os valores de a e b para que as matrizes abaixo sejam inversveis

1 1 1
a+3
7
6
(b) 1 a 5 6
(a) 2 1 2
1 2 a
1
1
a+2
[33] (Regra de Cramer) Seja Ax = b um sistema linear de ordem n. Denote por j a matriz
obtida substituindo-se as entradas da j-esima coluna de A pelas entradas da matriz

b1
b2

b = ..
.
bn
Se det A 6= 0, mostre que a u
nica solucao desse sistema e dada por
xj =
[34] (Matriz de Vandermonde) Sejam

1 a1 a2
1

1 a2 a2
2

.. ..
..
. .
.

1 an a2n

det j
, 1 j n.
det A

a1 , a2 , . . . , an n
umeros complexos. Mostre que

an1
Y
an2
=
(aj ai )

.
..
. .. 1i<jn

ann

Respostas de alguns exerccios:

17

Cadeias de Markov

[1] Mostre que o vetor de estado estacionario q de uma matriz de transicao regular P e o u
nico
vetor de probabilidade que satisfaz a equacao P q = q (ponto fixo).


0, 8 0, 3
[2] Uma cadeia de Markov e governada pela seguinte matriz de transicao:
. En0, 2 0, 7
contre o vetor de estado estacionario dessa matriz.

0, 8 0, 3 0, 2
[3] Uma cadeia de Markov e governada pela seguinte matriz de transicao: 0, 1 0, 2 0, 6.
0, 1 0, 5 0, 2
Encontre o vetor de estado estacionario dessa matriz.


0, 4 0, 5
[4] Para a matriz de transicao P =
.
0, 6 0, 5
 
0
.
(a) Calcule x(n) para n = 1, 2, 3, 4, 5, se x(0) =
1
(b) Enuncie por que P e regular e encontre seu vetor de estado estacionario.


1/2 0
.
[5] Seja P a matriz de transicao 1
/2 1
(a) Mostre que P nao e regular.
n (0)

(b) Mostre que, quando n cresce, P x

 
0
converge a
, para qualquer vetor-estado inicial
1

x(0) .

0, 2 0, 1 0, 7
[6] Considere a matriz de transicao P = 0, 6 0, 4 0, 2.
0, 2 0, 5 0, 1
(a) Calcule x(1) , x(2) e x(3) ate tres casas decimais se x(0)

= 0.
1

(b) Enuncie por que P e regular e encontre seu vetor de estado estacionario.
[7] Verifique que, se P e uma matriz de transicao regular de ordem k tal que a soma das
entradas de cada linha e 1, entao as entradas do vetor de estado estacionario sao todas
iguais a 1/k.

0 1/2 1/2
[8] Mostre que a matriz de transicao P = 1/2 1/2 0 e regular e encontre seu vetor de
1/2
0 1/2
estado estacionario.
[9] O Joao ou esta alegre, ou esta triste. Se ele estiver alegre num dia, quatro em cinco vezes
ele estara alegre no dia seguinte. Se ele estiver triste num dia, uma em tres vezes ele estara
triste no dia seguinte. A longo prazo, quais sao as chances do Joao estar alegre num dado
dia qualquer?
18

[10] Um pas e dividido em tres regioes demograficas. Observa-se que, a cada ano, 5% dos
moradores da regiao 1 mudam para a regiao 2 e 5% mudam para a regiao 3. Dos moradores
da regiao 2, 15% mudam para a regiao 1 e 10% mudam para a regiao 3. Finalmente, dos
moradores da regiao 3, 10% mudam para a regiao 1 e 5% mudam para a regiao 2. A longo
prazo, qual a porcentagem da populacao mora em cada uma das tres regioes?
[11] Duas substancias distintas estao em contato e trocam ons de sodio entre si. Sabe-se que
um on de sodio do meio 1 tem probabilidade 0,7 de passar para o meio 2, enquanto que
um on de sodio do meio 2 tem probabilidade 0,1 de passar ao meio 1. Colocando-se dois
moles de sodio no meio 1, quais serao as concentracoes de sodio em cada um dos meios,
apos um longo perodo de tempo?
[12] Foi observado que as probabilidades de um time de futebol ganhar, perder ou empatar
depois de conseguir uma vitoria sao 1/2, 1/5 e 3/10, respectivamente; e depois de ser derrotado
sao 3/10, 3/10 e 2/5, respectivamente; e depois de empatar sao 1/5, 2/5 e 2/5, respectivamente.
Se o time nao melhorar nem piorar, conseguira mais vitorias que derrotadas a longo prazo?
[13] Numa pesquisa procura-se estabelecer uma correlacao entre os nveis de escolaridade de
pais e filhos. Estabelendo as letras P (= 1) para os que concluram o curso primario, S
(= 2) para o curso secundario e U (= 3) para o curso universitario, a probabilidade de um
filho pertencer a um destes grupos, dependendo do grupo em que o pai esta e dada pela
matriz

2/3 1/3
0
1/3 1/3 1/3
0 1/3 2/3
Qual e a probabilidade de um neto de um indivduo que realizou o curso secundario ser
um universitario?
Respostas de alguns exerccios:
13. A probabilidade e 1/3.
12. A probabilidade de ganhar, perder ou empatar, a longo prazo, sao aproximadamente
iguais a 1/3, sendo a probabilidade de ganhar ligeiramente maior.

Espacos Vetoriais

[1] Verifique que o conjunto Rn := {(x1 , . . . , xn ) ; xi R, 1 i n}, e um espaco vetorial


sobre K com as seguintes operacoes:
(x1 , . . . , xn ) + (y1 , . . . , yn ) := (x1 + y1 , . . . , xn + yn ) e a(x1 , . . . , xn ) := (ax1 , . . . , axn )
[2] Sejam B e C matrizes de ordem n com a seguinte propriedade Bx = Cx para todo x Rn .
Mostre que B = C.
[3] Seja V = R2 . Definamos:
(x1 , y1 ) + (x2 , y2 ) = (2x1 2y1 , x1 + y1 )
a(x, y) = (3ay, ax)
19

Com essas operacoes definidas sobre V , perguntamos se este conjunto e um espaco vetorial
sobre R.
[4] Mostre que o conjunto M das matrizes de ordem mn com entradas em K, munido com as
operacoes usuais de adicao de matrizes e multiplicacao por escalar, satisfaz os oito axiomas
de espaco vetorial.
[5] Mostre que C[a, b], munido com as operacoes usuais de multiplicacao escalar e adicao de
funcoes, satisfaz os oito axiomas de espaco vetorial.
[6] Mostre que o elemento neutro em um espaco vetorial qualquer e u
nico.
[7] Prove que todo espaco vetorial sobre C tambem e espaco vetorial sobre R.
[8] Seja K := {(x1 , x2 , . . .) ; xi K, i > 0}. Em K definimos as seguintes operacoes:
(x1 , x2 , . . .) + (y1 , y2 , . . .) := (x1 + y1 , x2 + y2 , . . .) e a(x1 , x2 , . . .) := (ax1 , ax2 , . . .),
onde a K. Mostre que K e um espaco vetorial sobre K.
[9] No conjunto R2 = {(x, y); x, y R2 }, definamos as operacoes
(x1 , y1 ) + (x2 , y2 ) = (x1 + x2 , 0) e (x, y) = (x, y)
Pergunta-se: nestas condicoes R2 e um espaco vetorial sobre R? Por que?
[10] Determine o vetor nulo nos seguntes espacos vetoriais (operacoes usuais):
(a) O espaco das matrizes 2 4
(b) O espaco {f : [0, 1] R} onde f e contnua.
(c) O espaco das funcoes de uma variavel com domnio nos n
umeros naturais.
(d) O espaco dos polinomios de grau menor ou igual a tres (incluindo o polinomio nulo).
[11] Prove que o conjunto das funcoes reais definidas e integraveis no intervalo [a, b] R e um
espaco vetorial.
[12] Denotaremos por C k [a, b] o conjunto das funcoes reais definidas e de classe C k no intervalo
[a, b] R. Mostre que, C k [a, b] e um espaco vetorial.
[13] Seja R o conjunto dos n
umeros reais. Defina a multiplicacao por um escalar por
x = x
e a soma, denotada por , por
x y = max (x, y)
Pode-se dizer que R e um espaco vetorial em relacao a essas operacoes? Justifique.
[14] Seja V = {r R : r > 0}. Considere sobre V as seguintes operacoes
: V V V
: R V V

dadas por r s = rs e r s = r onde r, s V e R. Mostre que V e um espaco


vetorial e exiba o elemento neutro de V .
20

[15] Sejam (V, V , V ) e (U, U , U ) espacos vetoriais. Considere


U V = {(u, v) : u U, v V }
com as seguintes operacoes:
(u1 , v1 ) + (u2 , v2 ) = (u1 U u2 , v1 V v2 )
e
(u, v) = ( U u, V v)
onde u, u1 , u2 V e R. Mostre que (U V, +, ) e um espaco vetorial.
[16] Consideremos no espaco vetorial R3 , os vetores u = (1, 2, 1), v = (3, 1, 2) e w = (4, 1, 0).
(a) Calcule 2u + v 3w;
(b) Resolva a equacao 3u + 2x = v + w;
(c) Resolva o sistema de equacoes, nas incognitas x, y R3 :
u+y =v+z

e v + 2z = y.

Repostas de alguns exerccios:


3. Nao.

Subespacos vetoriais

[1] Seja V = R3 e considere o conjunto W := {(x, y, z) R3 ; x + z = 0}. Mostre que W e


subespaco de V .
[2] Seja V = Mn (K) e considere o subconjunto W , das matrizes triangulares superiores.
Mostre que W e subespaco de V .
[3] Seja S um sistema linear homogeneo m n com coeficientes em R. Mostre que o conjunto
das solucoes de S e um subespaco de Rn .
[4] Verifique se sao subespacos de P (R):
(a) {p(t) P (R) ; deg p(t) > 2}
(b) {p(t) P (R) ; p(0) = 2p(1)}
(c) {p(t) P (R) ; p(t) > 0, para todo t R}
(d) {p(t) P (R) ; p(t) + p0 (t) = 0}
[5] Verique se sao subespacos de C[0, 1]:
(a) {f C[0, 1] ; f (0) = 0}
R1
(b) {f C[0, 1] ; 0 f (x)dx = 0}
(c) {f C[0, 1] ; f (0) = f (1)}
21

(d) {f C[0, 1] ; f (t) = 0 em todos os pontos de [0, 1], exceto em um n


umero finito deles}
[6] Considere o espaco vetorial das funcoes reais integraveis no intervalo [a, b] R. Se


Z b
W := f V ;
f (x) dx = 0 ,
a

prove que W e subespaco de V .


[7] Defina W := {f C 2 [0, 1] ; f 0 (0) = 1}. Pode-se dizer que W e subespaco de C 2 [0, 1]?
Justifique.
[8] Seja W C 0 [a, b] o subconjunto das funcoes diferenciaveis em [a, b]. Mostre que W e um
subespaco vetorial de C 0 [a, b].



a b
[9] Mostre que W :=
; a + b = 0 e subespaco de M2 (R).
c d
[10] Sejam P, Q : R R funcoes contnuas e, considere o conjunto W C 2 (R) das funcoes
y = f (x) tais que
y 00 + P (x)y 0 + Q(x)y = 0
(x R)
Mostre que W e um subespaco de C 2 (R).
[11] Mostre que os subconjuntos a seguir sao subespacos de Mn (R).
(a) U := {A Mn (R) ; At = A}.
(b) V := {A Mn (R) ; AT = T A}, onde T Mn (R) e uma matriz dada.
[12] Considere o conjunto V := {(aij ) Mn (R) ; a11 0}. Prove que V nao e subespaco
vetorial de Mn (R).
[13] (Intersecc
ao de subespacos) Sejam W1 e W2 subespacos de um espaco vetorial V .
Mostre que W1 W2 e subespaco de V .
[14] Considere os conjuntos W1 = {(x, y, z) R3 ; x+y = 0} e W2 = {(x, y, z) R3 ; y+z = 0}.
Mostre que W1 e W2 sao subespacos de R3 e descreva (esboce) o subespaco W1 W2 .
[15] Sejam W1 = {matrizes triangulares inferiores de ordem n} e
W2 = {matrizes triangulares superiores de ordem n}.
Mostre que W1 e W2 sao subespacos de Mn (K) e descreva o subespaco W1 W2 .
[16] Seja V um espaco vetorial. Mostre que, se W1 e W2 sao subespacos de V entao W1 + W2
tambem e subespaco de V .
[17] Denotaremos por V o espaco vetorial de todas as funcoes reais definidas no intervalo [a, a],
a > 0. Se P V e o subconjunto das funcoes pares e, I V o subconjunto das funcoes
mpares, mostre que
V = P I.

22

[18] Sejam U e V subespacos de um espaco vetorial W . Mostre que W = U V se, e somente


se, cada vetor w W admite uma u
nica decomposicao w = u + v, com u U e v V .






a b
1 0
[19] Sejam U =
M2 (K) ; a, b K e V =
M2 (K) ; c, d K . Deter1 0
c d
mine U + V .




1 0
3 2
[20] Mostre que, em M2 (K), o vetor
e combinacao linear das matrizes
e
0 0
0 0


0 1
.
0 0
[21] (Subespaco gerado) Seja V um espaco vetorial. Dado S V , mostre que ger S e um
subespaco de V . [Por definicao, ger S e o conjunto de todas as combinacoes lineares de
vetores de S]
[22] Dados os polinomios p(x) = 1 e q(x) = 1 x, mostre que [p(x), q(x)] = P1 (K).




1 0
0 1
[23] Sejam u =
e v =
. Mostre que [u, v, I2 ] coincide com o conjunto das
0 0
0 0
matrizes triangulares superiores de M2 (K).
[24] Seja V um espaco vetorial sobre K. Mostre que:
(a) se S V entao S [S].
(b) se S1 S2 V entao [S1 ] [S2 ].
(c) se S V entao [S] = [[S]].
(d) se S1 e S2 sao subconjuntos de V entao [S1 ] + [S2 ] = [S1 + S2 ].
[25] Sejam U e V subespacos de um espaco vetorial V . Mostre que U + V = [U V ].
[26] Se V = R3 , u = (0, 1, 0) e v = (0, 1, 1), descreva e represente geometricamente o subespaco
[u, v].
[27] Mostre que os espacos vetoriais, a seguir, sao finitamente gerados.
(a) Rn

(b) Cn

(c) M2 (R)

[28] Mostre que P (R) nao e finitamente gerado.


[29] Encontre um conjunto de geradores dos seguintes subespacos de R4 :
(a) U = {(x, y, z, t) R4 ; x y z + t = 0}.
(b) U = {(x, y, z, t) R4 ; x y = t z = 0}.
[30] Encontre um sistema de geradores do seguinte subespaco de R3 :
V := {(x, y, z) R3 ; x + z = 0 e x 2y = 0}

23

(d) Pn (K)

[31] Consideremos os seguintes subespacos de R3 :


U = [(1, 0, 0), (1, 1, 1)] e V = [(0, 1, 0), (0, 0, 1)]
Determine um sistema de geradores de U V .
[32] Sejam U, V e W os seguintes subespacos de R3 :
U = {(x, y, z) R3 ; x = z},

V = {(x, y, z) R3 ; x = y = 0} e

W = {(x, y, z) R3 ; x + y + z = 0}
Verifique que U + V = R3 , U + W = R3 e V + W = R3 . Em algum dos casos a soma e
direta?
[33] Mostre que os polinomios 1 t, (1 t)2 , (1 t)3 e 1 geram P3 (R).
[34] Seja U o subespaco de R3 gerado por (1, 0, 0) e W , o subespaco de R3 gerado por (1, 1, 0)
e (0, 1, 1). Mostre R3 = U W .
[35] Verifique se as seguintes matrizes geram o espaco vetorial M2 (R):

 
 
 

1 0
1 1
0 0
0 1
,
,
,
.
0 1
0 0
1 1
1 2
[36] Mostre que os n
umeros complexos 2 + 3i e 1 2i geram o espaco vetorial C sobre R.
[37] Mostre que os dois conjuntos {(1, 1, 2), (3, 0, 1)} e {(1, 2, 3), (3, 3, 4)} geram o mesmo
subespaco de R3 .
[38] Prove que os dois conjuntos abaixo formados de funcoes contnuas reais definidas em R
geram o mesmo subespaco vetorial de C(R):
{sin2 t, cos2 t, sin t cos t} e {1, sin 2t, cos 2t}
Respostas de alguns exerccios:
4. a) Nao. b) Sim. c) Nao. d) Sim.
5. Todos sao.
30. {(2, 1, 2)}
35. Sim.
29. a) {(1,1,0,0), (1,0,1,0), (-1, 0, 0, 1)}
29. b) {(1,1,0,0), (0,0, 1, -1)}
31. U V = [(0, 1, 1)].

24

Base e Dimens
ao

[1] Mostre que o conjunto de vetores {(1 i, i), (2, 1 + i)} de C2 e LD sobre C, mas LI sobre
R.
[2] Mostre que o conjunto {1, cos x, cos 2x} de vetores de C[, ] e LI.
[3] Demonstre que o conjunto {1, ex , e2x } de vetores de C[0, 1] e LI.
[4] Seja a um n
umero real arbitrario. Mostre que o conjunto {1, (x a), (x a)2 , . . . , (x a)n }
de vetores de Pn (R), e LI.
[5] Determine m e n para que os conjuntos de vetores do R3 dados abaixo sejam LI.
(a) {(3, 5m, 1), (2, 0, 4), (1, m, 3)}

(c) {(6, 2, n), (3, m + n, m 1)}

(b) {(1, 3, 5), (2, m + 1, 10)}


[6] Seja V um espaco vetorial e suponha que B e um subconjunto LI de V . Se v
/ [B], mostre
que B {v} tambem e LI.
[7] Determine uma base de R4 que contenha os vetores (0, 1, 0, 1), (0, 1, 1, 0) e (1, 1, 1, 0).
[8] Sejam

W1 =



a b
;a=d e b=c
c d


e W2 =



a b
;a=c e b=d .
c d

(a) Determine W1 W2 e exiba uma base.


soma direta? W1 + W2 = M2 (R)?
(b) Determine W1 + W2 . E
[9] Sejam U e V subespacos de um espaco vetorial W , finitamente gerado. Mostre que dim U
dim W e dim V dim W . E ainda, prove que
dim(U + V ) = dim U + dim V dim(U V )
[10] Dados os subespacos U = [(0, 1, 0, 1), (1, 1, 0, 1)] e V = {(x, y, z, t) R4 ; y z = 0}, de
R4 , determine dim(U V ) e dim(U + V ).
[11] No espaco vetorial R3 consideremos os seguintes subespacos vetoriais: S = [(1, 1, 2), (2, 1, 1)],
T = [(0, 1, 1), (1, 2, 1)], U = {(x, y, z) R3 ; x + y = 4x z = 0} e V = {(x, y, z)
R3 ; 3x y z = 0}. Determine as dimensoes de: S, T , U , V , S + T , S T , T + U e T U .
[12] Determine uma base e a dimensao do espaco solucao

x y z
2x + y
+
S:

do seguinte sistema:
t = 0
t = 0
t = 0

[13] Considere o subespaco vetorial de M3 (C) constitudo das matrizes simetricas. Determine
uma base e calcule a dimensao desse subespaco.
25

[14] Sejam U e V subespacos de um espaco vetorial de dimensao n. Supondo que dim U > n/2
e que dim V > n/2, prove que U V 6= {0}.
[15] Encontre uma base e a dimensao do seguinte subespaco de R4 :
U = {(x, y, z, t) | x y = 0 e x + 2y + t = 0}.
[16] Para que valores de a R, o conjunto B = {(a, 1, 0), (1, a, 1), (0, 1, a)} e base de R3 ?
[17] Mostre que as matrizes


 
 



1 1
2 1
0 1
0 0
,
,
e
1 0
0 2
0 0
0 0

formam uma base de M2 (R).


[18] Considere o seguinte subespaco de C3 (sobre R):
W = [(1, 0, i), (1, 1 + i, 1 i), (1, 1 i, 1 + 3i)]
Determine uma base desse subespaco.
[19] (a) Dado o subespaco V1 = {(x, y, z) R3 ; x + 2y + z = 0}, encontre um subespaco V2
tal que R3 = V1 V2 .
(b) De exemplos de dois subespacos de dimensao dois de R3 tais que V1 + V2 = R3 . A
soma e direta?
[20] Determine a dimensao dos seguintes subespacos de Mn (R):
(a) subespaco das matrizes simetricas;
(b) subespaco das matrizes antissimetricas;
(c) subespaco das matrizes A tais que A = 2At ;
n
X
(d) subespaco das matrizes A = (aij ) tais que
aii = 0.
i=1

[21] Considere o sistema linear

2x + 4y 6z = a
x y + 4z = b
S:

6y 14z = c
Seja W R3 o conjunto solucao do sistema S.
(a) Que condicoes devemos impor a a, b e c para que W seja subespaco vetorial de R3 ?
(b) Nas condicoes determinadas em (a), encontre uma base para W .
(c) Que relacao existe entre a dimensao de W e o grau de liberdade do sistema? Seria
este resultado valido para quaisquer sistemas homogeneos?
[22] Seja B = {v1 , . . . , vn } uma base de um espaco vetorial V . Se v = a1 v1 + +an vn e a1 6= 0,
mostre que {v, v2 , . . . , vn } tambem e uma base de V .
26

[23] Mostre que o espaco vetorial R tem dimensao infinita.


Respostas de alguns exerccios:
5. a) m 6= 0.
b) m 6= 5.
c) n 6= 0 ou m 6= 1.
12. Uma base deste subespaco:

 
1 0
0
8. a) As matrizes
,
0 0
0

 
0 1
1
b) As matrizes
,
1 0
0
soma nao e direta.

{(1/3, -5/3, 1, 1)}. Dimensao igual a 1.


 

1
0 0
,
formam uma base para W1 W2 .
0
1 1
 
 

0
1 0
0 1
,
,
formam uma base para W1 + W2 . A
1
1 0
0 1

18. {(1,0,i), (1, 1+1, 1-i)}.


16. Para a 6= 0, para a 6= 1 e para a 6= 1.
11. a) dim S = 2. b) dim T = 2. c) dim U = 1. d) dim V = 2. e) dim S + T = 3. f)
dim S T = 1. g) dim T + U = 2. h) dim T U = 1.
19. a) Para obter V2 tal que R3 = V1 V2 , o subespaco V2 deve ser gerado por apenas um
vetor nao nulo (para completar a dimensao R3 ) e deve ser tal que V1 V2 = {0}. Podemos tomar
por exemplo, V2 = [(0, 0, 1)] = {(x, y, z) | x = 0, y = 0, z R}.
21. a) a = b = c = 0.
b) Resolva o sistema operando com as linhas. Verifique o grau de liberdade e quais sao as
variaves livres. Atribua valor 1 para uma delas e 0 para as outras e repita o processo para obter
as solucoes basicas. Cada solucao basica fornecera um vetor da base de W .
c) A dimensao de W e examente o grau de liberdade, pois cada grau determina uma
solucao basica do sistema. O resultado e valido para qualquer sistema homogeneo.

10

Polin
omios de Lagrange e Interpola
c
ao Polinomial

[1] Sejam t0 , t1 , . . . , tn n
umeros reais distintos. Dados p0 , p1 , . . . , pn , mostre que existe um
u
nico polinomio p(t) Pn (R) tal que
p(t0 ) = p0 , p(t1 ) = p1 , . . . , p(tn ) = pn .
[2] Encontre o polinomio p(t) de grau 2 tal que p(0) = 1, p(1) = 2 e p(2) = 3.
[3] Sejam L1 (t), L2 (t) e L3 (t) em P2 (R) tais que
L1 (0) = 1, L1 (1) = L1 (2) = 0
27

L2 (1) = 1, L2 (0) = L2 (2) = 0


L3 (2) = 1, L3 (0) = L3 (1) = 0
Mostre que {L1 (t), L2 (t), L3 (t)} e uma base de P2 (R).
[4] Determine o polinomio p(t) sabendo que p(0) = 2, p(1) = 4 e p(2) = 6.
[5] Sejam t0 , t1 , . . . , tn n
umeros reais distintos. Para cada j = 0, 1, . . . , n, seja Lj (t) Pn (R)
ou
nico polinomio tal que Lj (xi ) = ij (delta de Kronecker). Mostre que
B = {L0 (t), L1 (t), . . . , Ln (t)}
e uma base de Pn (R). Os polinomios em B sao chamados polinomios de interpolacao de
Lagrange determinados pelos n
umeros t0 , t1 , . . . , tn .
[6] Determine os polinomios de interpolacao de Lagrange em P2 (R) determinados pelos n
umeros
seguintes:
(a) (t0 , t1 , t2 ) = (0, 1, 2)

(b) (t0 , t1 , t2 ) = (1, 2, 3)

(c) (t0 , t1 , t2 ) = (4, 5, 6)

[7] Exprimir o polinomio p(t) como combinacao linear dos polinomios de Lagrange do Exerccio
anterior nos seguintes casos:
(a) p(t) = t2

(b) p(t) = t2 + t + 1

(c) p(t) = 1
Z

[8] Seja p(t) P2 (R) e, suponha que p(0) = a, p(1) = b e p(2) = c. Calcule

p(t)dt.
0

Respostas de alguns exerccios:


7. a) t2 = L1 + 4t2 .
b) t2 + t + 1 = L0 + 3L1 + 7L2 .
c) 1 = L0 + L1 + L2 .
6. a) L0 = 1/2(t2 3t + 2), L1 = (t2 + 2t), L2 = 1/2(t2 t).
4. P (t) = 6t2 + 8t + 2.

11

Sequ
encias Recorr
encias Lineares

[1] Mostre que sao sequencias recorrentes e determine a ordem, em cada caso:
(a) progressoes aritmeticas
(b) progressoes geometricas
28

(c) sequencia de Fibonacci


[2] Sejam a, b R fixados. Mostre que o conjunto de todas as sequencias recorrentes lineares
de segunda ordem com coeficientes a e b, e um subespaco vetorial de R .
[3] Seja S o subespaco das sequencias reais (x0 , x1 , x2 , . . .) tais que xn+1 = 2xn xn1 , para
todo n 1. Encontre uma base de S e determine sua dimensao.
[4] Considere o conjunto S das sequencias
= (x0 , x1 , x2 , . . .)
em que xn+1 = qxn para todo n 0, onde q R fixado. Mostre que S e um subespaco
vetorial de R , determine sua dimensao e uma base.
[5] Sejam a, b R tais que a2 + 4b > 0. Considere o subespaco S de todas as sequencias
recorrentes lineares de segunda ordem com coeficientes a e b.
(a) Mostre que existem q1 , q2 R distintos tais que
1 = (1, q1 , q12 , q13 , . . .) e 2 = (1, q2 , q22 , q23 , . . .)
constituem uma base de S.
(b) Calcule a dimensao de S.
(c) Dado = (x0 , x1 , x2 , . . .) em S, mostre que
=

x0 q 1 x1
x1 x0
1 +
2
q 1 q2
q1 q 2

[6] A sequencia de Fibonacci = (x0 , x1 , x2 , . . .) satisfaz xn+1 = xn + xn1 para todo n 1,


onde x0 = 0 e x1 = 1. Mostre que

(1 + 5)n (1 5)n

xn =
(n 0)
2n 5
Conclua que xn e um n
umero inteiro, para todo n 0.
[7] Sejam a, b R tais que a2 + 4b = 0. Considere o subespaco S de todas as sequencias
recorrentes lineares de segunda ordem com coeficientes a e b.
(a) Mostre que se q = a/2 entao
1 = (1, q, q 2 , q 3 , . . .) e 2 = (0, q, 2q 2 , 3q 3 , . . .)
constituem uma base de S.
(b) Calcule a dimensao de S.
(c) Dado = (x0 , x1 , x2 , . . .) em S, mostre que
= x0 1 +
29

x1 x0 q
2
q

[8] Encontre uma base para o espaco vetorial das sequencias = (x0 , x1 , x2 , . . .) tais que
xn+1 = 2xn xn1 , para todo n 1.
[9] Sejam a, b R tais que a2 + 4b < 0. Considere o subespaco S de todas as sequencias
recorrentes lineares de segunda ordem com coeficientes a e b.
(a) Mostre que existem > 0 e tais que as sequencias 1 e 2 , definidas por
1 (n) = n cos(n) e 2 = n sin(n) (n 0)
constituem uma base de S.
(b) Calcule a dimensao de S.
[10] Seja S o subconjunto das sequencias (x0 , x1 , x2 , . . .) R tais que
xn+3 = 6xn+2 11xn+1 + 6xn

(n 0)

Mostre que S e um subespaco vetorial de R e determine a dimensao e uma base.


[11] Seja S o subconjunto das sequencias (x0 , x1 , x2 , . . .) R tais que
xn+4 = 5xn+3 5xn+2 5xn+1 + 6xn

(n 0)

Mostre que S e um subespaco vetorial de R e determine a dimensao e uma base.


Respostas de alguns exerccios:
1. a) As progressoes aritmeticas sao sequencias lineares de ordem 2, pois X( n + 1) = 2Xn X( n 1) para todo n maior ou igual a 1. Os coeficientes sao a = 2 e b = -1.
b) As progeressoes geometricas sao recorrentes lineares de ordem 1, pois X( n + 1) = qXn .
c) As sequencias de Fibonacci sao recorrentes lineares de ordem 2.
3. dim S = 2. Sendo 1 = (1, 0, -1, -2, -3, ..., - (n - 1), ...) e 2 = (0, 1 , 2, ..., n , ...). Estas
duas sequencias sao progressoes geometricas de razao, -1 e 1 respectivamente e sao seuqencias
linearmente independentes. Portanto, {1 , 2 } e uma base de S.
10. {1, 2n , 3n }.
11. {1, (1)n , 2n , 3n }.
5. b) Dimensao igual a 2.
7. b) Dimensao igual a 2.
9. b) Dimensao igual a 2.

30

12

Coordenadas

[1] Determine as coordenadas do polinomio 1 t + t3 P3 (R) em relacao:


(a) a` base canonica desse espaco;
(b) a` base {1, 1 t, 1 + 2t2 , 1 t3 }.
[2] Determine as coordenadas do vetor u = (4, 5, 3) R3 em relacao a`s seguintes bases:
(a) canonica;
(b) {(1, 1, 1), (1, 2, 0), (3, 1, 0)};
(c) {(1, 2, 1), (0, 3, 2), (1, 1, 4)};

1
[3] Determine as coordenadas da matriz
2

 
1 0
0
,
0 1
0


1
de M2 (R) em relacao `a base
0
 
 

1
0 2
0 0
,
,
0
0 0
1 2

[4] Seja B = {u1 , u2 , . . . , un } uma base de um espaco vetorial V de dimensao n. Suponha que
M = (aij ) e uma matriz inversvel de ordem n e defina, para cada 1 j n,
vj =

n
X

aij ui .

i=1

Mostre que {v1 , v2 , . . . , vn } e uma base de V .


2
[5] Amatriz
 de mudanca de uma base B de R para a base C = {(1, 1), (0, 2)} desse espaco
1 0
e
.
2 3

(a) Determine as coordenadas de v na base B;


(b) Encontre a base B.
[6] A matriz demudan
ca da base {1 + t, 1 t2 } para uma base C ambas do mesmo subespaco
1 2
de P2 (R) e
. Determine a base C.
1 1
[7] Considere o seguinte subespaco vetorial de M2 (R):



x y
U=
; xyz =0 .
z t
(a) Mostre que os seguintes subconjuntos de M2 (R) sao bases de de U :

 
 


 
 

1 1
1 0
0 0
1 0
0 1
0 0
B=
,
,
e C=
,
,
.
0 0
1 0
0 1
1 0
1 0
0 1
(b) Determine a matriz de mudanca de B para C e a de C para B.
31

(c) Encontre uma base D de U , de tal maneira


seja:

1 1
0 0
0 3

que a matriz de mudanca de D para B

0
2
1

[8] Seja B = {u1 , . . . , un } uma base de um espaco vetorial V e seja C = {v1 , . . . , vn }, onde
vi = uni+1 e 1 i n. Mostre que C e uma base de V e determine a matriz de mudanca
de B para C.
[9] Seja B = {u1 , . . . , un } uma base de um espaco vetorial V e seja C = {u1 , u1 u2 , . . . , u1
un }. Mostre que C tambem e uma base de V e determine as matrizes de mudanca de base
de B para C e de C para B.
Respostas de alguns exerccios:
1. a) (1, -1, 0,1).
b) (1, 1, 0, -1).
5. b) {( 1, -1/3) (0, 2/3)}.
6. {(2, 1, -1), (1, 2, 1)}.
1. a) 4, -5 e 3.
1. b) 3, -5 e 2.

13

Transformac
oes Lineares

[1] Sejam V e W espacos vetoriais e T : V W uma funcao.Mostre que:


(a) se T e uma trasnformacao linear entao T (OV ) = OW .
(b) se T (OV ) 6= OW entao T nao e uma transformacao linear.
[2] Verifique se a funcao T : R2 R2 definida por T (x, y) = (x2 +y 2 , y), e uma transformacao
linear.
[3] Seja F : R3 R3 um operador linear e suponha que:
F (1, 0, 2) = (1, 2, 3), F (0, 1, 1) = (1, 3, 2) e F (0, 0, 1) = (1, 2, 3).
Encontre F (x, y, z), para todo (x, y, z) R3 .
[4] Seja D : Pn (C) Pn (C) a aplicacao definida por D(p(z)) = p0 (z). Mostre que D e uma
transformacao linear.
Z 1
[5] Defina T : C([0, 1]) R por T (f ) =
f (x)dx. Mostre que T e uma transformacao
linear.

32

[6] Mostre que T : R2 C([0, 1]) definida por


T (x, y)(t) = xet 2ye2t , (x, y) R2 , t [0, 1],
e uma transformacao linear.
[7] Dada uma funcao C([0, 1]), defina T : C([0, 1]) C([0, 1]) por
T (f (t)) = f (t)(t), t [0, 1].
Mostre que T e um operador linear.
[8] Seja P Mn (C) uma matriz inversvel. Mostre que T : Mn (C) Mn (C) definido por
T (X) = P 1 XP , e um operador linear.
[9] Verifique se a aplicacao T : Pn (R) Pn (R), em cada caso, e um operador linear:
(a) T (p(t)) = tp0 (t)

(b) T (p(t)) = p0 (t) + t2 p00 (t)

[10] Considere o espaco vetorial C sobre K. Verifique se T : C C, definida por T (z) = z, e


um operador linear, em cada caso:
(a) K = R

(b) K = C

[11] Seja T : V W uma transformacao linear e suponha que T (B) e LI em W , sempre que
B for LI em V . Mostre que T e injetora.
[12] Seja B = {e1 , e2 , e3 } a base canonica de R3 . Se F L(R3 ) e o operador tal que F (e1 ) = e3 ,
F (e2 ) = e1 e F (e3 ) = e2 :
(a) determine F (x, y, z);
(b) mostre que F 3 = I3 e que, portanto, F 2 = F 1 .
[13] Seja F L(R3 ) o operador definido por F (x, y, z) = (3x, x y, 2x + y + z). Mostre que
(F 2 I) (F 3I) = 0 (operador nulo)
[14] Seja F um operador idempotente de um espaco vetorial V , isto e, F 2 = F . Mostre que
V = Ker(F ) Im(F )
[15] Seja F L(V ) um operador tal que F 2 F I = 0. Mostre que F e inversvel e que
F 1 = I F .
Respostas de alguns exerccios:
3. F(x, y, z) = (-3x -y -z, -6x -3y -2z, -9x -2y -3z).

33

14

N
ucleo e Imagem

[1] Mostre que uma transformacao linear T : V W e injetora se, e somente se,
Ker(T ) = {OV }.
[2] Suponha que B V e LI em V . Sabendo-se que T : V W e uma transformacao linear
injetora, prove que T (B) e LI em W .
[3] (Teorema do N
ucleo-Imagem) Seja T : V W uma transformacao linear, onde V e
um espaco vetorial de dimensao finita. Mostre que
dim Ker(T ) + dim Im(T ) = dim V.
[4] Sejam V e W espacos vetoriais de mesma dimensao finita. Mostre que uma transformacao
linear T : V W e injetora se, e somente se, for sobrejetora.
[5] Sejam V e W espacos vetoriais de mesma dimensao finita e considere uma transformacao
linear T : V W injetora. Prove que B e uma base de V se, e somente se, T (B) e uma
base de W .
[6] Dizemos que uma transformacao linear T : V W e um isomorfismo se for injetora e
sobrejetora. Neste caso, V e W sao ditos isomorfos. Mostre que T : R3 P2 (R) definida
por
T (a, b, c) = a + bt + ct2 ,
e um isomorfismo.
[7] Seja T : R3 R3 definida por T (x, y, z) = (z, y x, z y) e um isomorfismo, e calcule
sua inversa.
[8] Sejam V e W espacos vetoriais finitamente gerados e suponha que dim V = dim W . Mostre
que V e W sao isomorfos.
[9] Determine uma aplicacao linear T : R3 R4 tal que
Im(T ) = [(1, 0, 1, 1), (1, 1, 0, 1)]
[10] Seja T
linear de M2 (R) definido por T (X) = BX para cada X M2 (R), onde
 o operador

1 0
B=
. Determine o n
ucleo e a imagem de T .
2 1
[11] Existe algum automorfismo de R3 em R4 ? Justifique.
[12] Determine uma transformacao linear T : R2 R3 tal que Ker(T ) = [(1, 1)].


1 2
[13] Seja T : M2 (R) M2 (R) definido por T (X) = M X XM , onde M =
.
0 1
Determine uma base e a dimensao do n
ucleo e da imagem de T .
[14] Considere o espaco vetorial R = {(a1 , a2 , . . .) ; ai R}.
34

(a) Mostre que o operador linear T : R R dado por T (a1 , a2 , . . .) = (0, a1 , a2 , . . .)


e injetora mas nao e sobrejetora.
(b) Mostre que o operador linear T : R R dado por T (a1 , a2 , . . .) = (a2 , a3 , . . .) e
sobrejetora mas nao e injetora.
(c) Conclua que R tem dimensao infinita.
[15] Sejam U e V espacos vetoriais de dimensao finita e T L(U, V ). O posto de T e definido
por
(T ) = dim Im(T ).
Mostre que:
(a) (F + G) (F ) + (G), para quaisquer F, G L(U, V ).
(b) (F G) min{(F ), (G)}, para quaisquer F, G L(U ).
Respostas de alguns exerccios:
10. Ker(T) = {(0,0,0,0)}. Im(T) = M2 (R) e qualquer base deste subespaco e base de Im(T).

15

Matriz de uma Transforma


c
ao Linear

[1] Considere a transformacao linear T : P2 (R) R2 definida por


T (a + bt + ct2 ) = (a c, b + c)
Encontre a matriz de T em relacao a`s bases B = {1, 1 t, 1 + t2 } e C = {(0, 1), (1, 1)}.
[2] Determine a matriz do operador de derivacao em Pn (R) em relacao a` base canonica desse
espaco.
[3] Seja F : P2 (R) P1 (R) a funcao definida por
Z 0
Z
F (p(t)) = t
p(u)du +
1

p(u)du

(a) Mostre que F e uma transformacao linear.


(b) Determine a matriz de F em relacao `as bases B = {1, t 1, t2 + t} e C = {2, 1 + t},
de P2 (R) e P1 (R), respectivamente.
[4] Seja T : M2 (R) P3 (R) a transformacao linear definida por








1 1
0 1
1 0
0 0
2
T
= 1 + t, T
= t, T
= t t, T
= t2 + t3 .
0 0
0 1
1 0
1 0
(a) Mostre que T e um isomorfismo.
(b) Determine a matriz de T em relacao a`s bases canonicas de M2 (R) e P3 (R).
(c) Encontre T 1 .
35



a b
[5] Seja M =
M2 (R). Determine a matriz do operador linear F L(M2 (R)) dado
c d
por F (X) = M X XM em relacao a` base canonica desse espaco.


1 0
[6] Seja M =
M2 (R). Determine o traco da matriz do operador F de M2 (R) dado
1 1
por F (X) = M X em relacao a` base canonica desse espaco.
[7] Se a matriz de um operador linear F de R3 em relacao a` base canonica e

1 1 0
0 1 0
0 1 1
e se H = I + F + F 2 , determine a matriz de H em relacao `a base canonica do R3 . Ache
tambem H(x, y, z).
[8] Sejam B = {u1 , . . . , un } e C = {v1 , . . . , vm } bases de U e V , respectivamente. Se
: L(U, V ) Mmn (R)
e definida por (T ) = [T ]B,C , mostre que e uma transformacao linear bijetora, e portanto,
um isomorfismo. Conclua que dim L(U, V ) = mn.
[9] Seja F um operador linear de um espaco vetorial V de dimensao n. Se F n1 = 0 (operador
nulo) e F n2 6= 0, mostre que existe uma base de V na qual a matriz de T e da seguinte
forma, onde a1 , a2 , . . . , an R:

a1 0 0 0 0
a2 0 1 0 0

..
.. .. . . .. ..
.
. . .
. .

an2 0 0 1 0

an1 0 0 0 1
an 0 0 0 0

[10] Dada a matriz M =


1 1 2
, encontre a transformacao linear T : R3 R2 de
1 0 1

maneira que, sendo


B = {(1, 1, 0), (0, 1, 1), (1, 0, 1)} e C = {(1, 0), (1, 1)},
se tenha M = [T ]B,C .
[11] Sejam B e C bases de um espaco vetorial U (de dimensao finita) e, defina M = MB,C
a matriz de mudanca da base B para a base C. Se T : U U e um operador linear,
mostre que
[T ]C = M 1 [T ]B M.
Conclua que duas matrizes de um operador linear em relacao a` duas bases distintas sao
sempre semelhantes.
36

[12] Seja F : P2 (R) P2 (R) o operador linear, cuja matriz em relacao a` base
B = {1, 1 + t, 1 + t + t2 }
e

1 0
0
[F ]B = 0 1 1
0
0 1

Determine a matriz de F em relacao a` base canonica de P2 (R).


[13] Seja F : P2 (R) P2 (R) o operador linear definido por
F (p(t)) = p0 (t) + tp00 (t)
Determine a matriz de F em relacao a` base B = {1, 1 + t, 1 + t + t2 }. Seja C uma base de
P2 (R) tal que

0 2 0
[F ]C = 0 0 2
0 0
0
Encontre a base C.
Respostas de alguns exerccios:
5. (2 1 -1 3).

16

Espacos com Produto Interno

[1] Mostre que Rn e um espaco euclidiano em relacao ao produto interno usual:


h(x1 , x2 , . . . , xn ), (y1 , y2 , . . . , yn )i := x1 y1 + x2 y2 + + xn yn
Em seguida, calcule hu, vi e o angulo entre u, v R3 nos casos:
(a) u = (1/2, 2, 1) e v = (2, 1, 3)

(b) u = (2, 1, 0) e v = (2, 0, 2)

[2] Sejam a, b R nao nulos. Dados u = (x1 , y1 ) e v = (x2 , y2 ) em R2 , defina


hu, vi =

x1 x2 y1 y2
+ 2
a2
b

Mostre que hu, vi define um produto interno em R2 .


[3] Mostre que Pn (R) e um espaco euclidiano em relacao ao produto interno:
Z 1
p(t)q(t)dt
h(p(t), q(t)i :=
0

Em seguida, calcule h(p(t), q(t)i e o angulo entre os vetores nos casos:


37



1
1
(b) p(t) = t 1/2 e q(t) = t
2
2

(a) p(t) = t e q(t) = 1 t2

[4] Mostre que Mmn (R) e um espaco euclidiano em relacao ao produto interno:
hA, Bi := tr(AB t )
Em seguida, considerando M2 (R) com o produto interno



1 1
1
A=
e B=
0 1
0

acima, e

0
0

calcule o angulo entre A e B, e:


(a) hA, Bi

(b) kAk e kBk

(c) d(A, B)

[5] Sejam u e v vetores de um espaco euclidiano tais que kvk = 1, kuk = 1 e ku vk = 2.


Determine o angulo entre u e v.
[6] (Desigualdade de Lagrange) Dados xi , yi R, para 1 i n, mostre que
!2
!2
!2
n
n
n
X
X
X
xi y i

xi
yi
i=1

i=1

i=1

[7] (Desigualdade Triangular) Seja V um espaco euclidiano. Mostre que, para quaisquer
u, v V :
ku + vk kuk + kvk
[8] Num espaco vetorial euclidiano, prove que:
(a) kuk = kvk hu + v, u vi = 0.
(b) ku + vk2 = kuk2 + kvk2 hu, vi = 0.
[9] (Identidade do Paralelogramo) Mostre que num espaco euclidiano vale a identidade:
1
1
ku + vk2 ku vk2 = hu, vi
4
4
[10] Dados u e v num espaco vetorial euclidiano, com v nao nulo, determine o vetor de menor
norma do conjunto
{u + tv ; t R}
[11] Seja T um isomorfismo de um espaco euclidiano V em relacao ao produto interno hu, vi.
Mostre que PT : V V R definido por
PT (u, v) = hT (u), T (v)i
tambem e um produto interno sobre V .
[12] (Matriz de Gram) Seja {e1 , e2 , . . . , en } uma base de um espaco euclidiano V . Para cada
1 i, j n, defina aij = hei , ej i.
38

(a) Mostre que a matriz A := (aij ) e simetrica.


n
n
X
X
(b) Mostre que se u =
xi e i e v =
yi ei entao
i=1

i=1

hu, vi = [u]t A[v]


[13] (Lei dos Cossenos) Sejam u e v dois vetores nao nulos de um espaco vetorial euclidiano.
Se e o angulo entre u e v, mostre que
ku + vk2 = kuk2 + kvk2 2kukkvk cos
[14] Sejam u e v vetores de um espaco euclidiano. Prove que hu, vi = 0 se, e somente se,
ku + vk kuk para todo R.
[15] Sejam e1 , e2 , . . . , er vetores unitarios de um espaco euclidiano tais que kei ej k = 1 sempre
que i 6= j. Calcule o angulo entre ei e ej , quando i 6= j.

17

Ortogonalidade


1
1
1
, cos x, sin x

e um subconjunto ortonormal de C([, ]) em


Z
f (x)g(x)dx.
relacao ao produto interno hf (x), g(x)i =

[1] Mostre que

Z
[2] Considere P2 (R) com o produto interno hp(t), q(t)i =

p(t)q(t)dt. Para que valor de


0

m, p(t) = mtZ2 1 e ortogonal a g(t) = 1 + t? E se o produto interno for definido por


1
ha(t), b(t)i =
a(t)b(t)dt?
1

[3] Mostre que a base can


de P2 (R) nao e ortonormal em relacao ao produto interno
Zonica
1
dado por hp(t), q(t)i =
p(t)q(t)dt. Defina um produto interno em P2 (R) no qual a base
canonica e ortonormal.

[4] Encontre p(t) P2 (R) que seja


a q(t) = 1 e r(t) = t, em relacao ao produto
Z ortogonal
1
interno dado por hp(t), q(t)i =
p(t)q(t)dt.
1

[5] Seja B = {e1 , e2 , . . . , en } uma base ortonormal de um espaco euclidiano V . Para cada
v V , mostre que
v = hu, e1 ie1 + hu, e2 ie2 + hu, en ien
R 2
[6] Considere o espaco vetorial C([0, 2]) com o produto interno hf, gi = 0 f (x)g(x)dx. Se
u0 (x) = 1, u2n (x) = cos nx e u2n1 (x) = cos nx
para todo n 1 inteiro e x [0, 2], mostre que {u0 , u1 , u2 , . . . } e ortogonal.
39

[7] No espaco vetorial C([1, e]), considere o produto interno


Z e
(ln x)f (x)g(x)dx
hf (x), g(x)i =
1

(a) Se f (x) = x, calcule kf k.


(b) Encontre um polinomio p(t) P1 (R) ortogonal a` funcao constante f (x) = 1.
[8] Seja S = {v1 , . . . , vn } um subconjunto ortogonal de um espaco euclidiano V . Suponha que
u vi para todo i = 1, 2, . . . , n. Mostre que, u w qualquer que seja w [S].
[9] Seja S = {v1 , . . . , vn } um subconjunto ortonormal de um espaco euclidiano V . Dado
u V , mostre que o vetor
v := u hu, v1 iv1 hu, v2 iv2 hu, vn ivn
e ortogonal a qualquer vetor de [S].
[10] (Gram-Schmidt) Seja V um espaco euclidiano nao vazio de dimensao finita. Mostre que
V admite uma base ortonormal.
[11] Usando o processo de de Gram-Schmidt, ortonormalize a base u1 = (1, 1, 1), u2 =
(0, 1, 1), u3 = (0, 1, 0) do R3 , utilizando o produto interno usual do R3 .
[12] Seja W = {(x, y, z) R3 ; x 2y = 0}. Determine uma base ortonormal de W .
[13] (Polin
omios de Legendre) Considere P2 (R) munido do produto interno hp(t), q(t)i =
R1
p(t)q(t)dt. Ortonormalize a base canonica de P2 (R) utilizando o processo de Gram1
Schmidt. Os polinomios obtidos neste processo sao conhecidos como polinomios de Legendre.
[14] Seja B = {e1 , e2 , . . . , er } um conjunto ortonormal de vetores de um espaco euclidiano V .
(a) (Desigualdade de Bessel) Mostre que, para todo u V ,
kuk2

r
X

hu, ei i2

i=1

(b) (Identidade de Parseval) Se B e uma base de V , mostre que para todo u V ,


2

kuk =

r
X

hu, ei i2

i=1

[15] Considere o espaco Pn (R) com o produto interno


* n
+
n
n
X
X
X
ai ti ,
bi t i =
ai b i
i=0

i=0

i=0

Pode-se dizer que a base canonica de Pn (R) e ortonormal?


40

[16] Sejam V um espaco euclidiano e U V , um subespaco vetorial. Mostre que o complemento


ortogonal de U e um subespaco vetorial de V e
V = U U
Conclua que
dim U = dim V dim U
[17] Seja V o subespaco de R4 gerado por (1, 0, 1, 1) e (1, 1, 2, 0). Encontre uma base de V e
ortonormalize essa base.
[18] Seja U := {(0, y, x) ; x, y R} R3 . Encontre o complemento ortogonal de U .
[19] (Projec
ao Ortogonal) Seja U um subespaco de um espaco euclidiano V , de dimensao
finita.
(a) Mostre que a projecao ortogonal de um espaco euclidiano V , de dimensao finita, sobre
um subespaco U define um operador linear E L(V ).
(b) Conclua que E 2 = E.
(c) Prove que KerE = U e ImE = U .
(d) Use o item anterior para verificar que
V = KerE ImE
[20] No espaco vetorial Pn (R), defina
   
n
X
k
k
q
hp(t), q(t)i =
p
n
n
k=0
(a) Mostre que hp(t), q(t)i e um produto interno em Pn (R)
(b) Para p(t) = t e q(t) = at + b, calcule hp(t), q(t)i.
(c) Se S = [t], encontre S .
[21] No espaco vetorial P (R) de todos os polinomios, defina
Z +
hp(t), q(t)i =
et p(t)q(t)dt
0

(a) Mostre que essa integral impropria converge absolutamente quaisquer que sejam
p(t), q(t) P (R).
(b) Para cada n 0 inteiro, defina xn (t) = tn . Mostre que hxm (t), xn (t)i = (m + n)!.
(c) Calcule hp(t), q(t)i quando p(t) = (t + 1)2 e q(t) = t2 + 1.
(d) Encontre todos os polinomios em P1 (R) ortogonais a p(t) = 1 + t.
[22] Encontre a projecao ortogonal de RP3 (R) sobre o subespaco U = [1 t, 1 + t2 ], em relacao
1
ao produto interno hp(t), q(t)i = 0 p(t)q(t)dt. E, calcule a projecao ortogonal de p(t) =
1 + t + t2 + t3 sobre U .
[23] Encontre a projecao ortogonal de (1, 1, 1, 1) R4 sobre o subespaco [(1, 1, 0, 0), (0, 0, 1, 1)].
41

18

Decomposic
ao QR e Quadrados Mnimos

[1] Seja A Mmn (R) uma matriz com posto coluna maximo. Entao existem uma matriz
triangular superior R Mn (R) e Q Mmn (R), com vetores coluna ortonormais, tais que
A = QR.
[2] Encontre a decomposicao QR da matriz

1 0 1
1 1 0
1 1 1

[3] Encontre a decomposicao QR, onde possvel.






1 1
1 1 1
(a)
(c)
2 3
0 1 1

1 2
(b) 0 1
1 4

1 0 2
(d) 0 1 1
1 2 0

1 2 1
(e) 1 1 1
0 3 1

1 0 1
1 1 1

(f)
1 0 1
1 1 1

[4] Seja W um subespaco de dimensao finita de um espaco euclidiano V . Dado v V , mostre


que projW (v) e a melhor aproximacao de v por vetores em W , isto e,
ku projW (v)k < ku wk,
para todo w W diferente de projW (v).
[5] Calcule o centroide dos vetores e interprete geometricamente.
(a) u1 = (1, 2, 1), u2 = (1, 2, 0) e u3 = (0, 0, 1)
(b) u1 = (1, 1), u2 = (1, 2), u3 = (4, 1) e u4 = (2, 2)
[6] Seja u o centroide dos vetores u1 , u2 , . . . , up do Rn . Calcule
ku u1 k2 + ku u2 k2 + + ku up k2
no exerccio acima.
[7] Uma experiencia forneceu os seguintes valores: (x1 , y1 ) = (3, 6) = P , (x2 , y2 ) = (1, 3) = Q,
(x3 , y3 ) = (5, 9) = R e (x4 , y4 ) = (3, 6) = S. Encontre a equacao geral da reta que melhor
se adapta a estes resultados.
[8] Suponhamos z = ax + by e que foram obtidos experimentalmente os seguintes resultados:
Se x = 1 e y = 0, entao z = 2;
Se x = 0 e y = 1, entao z = 3;
Se x = 1 e y = 1, entao z = 2;
42

Se x = 1 e y = 1, entao z = 0.
Encontrar a formula aproximada para z.
[9] Supoe-se que z = ax + by + ct e uma funcao linear de tres variaveis x, y e t. Os seguintes
resultados sao obtidos experimentalmente:
Se x = 1, y = 0, t = 0, entao z = 1;
Se x = 1, y = 0, t = 1, entao z = 1;
Se x = 2, y = 1, t = 0, entao z = 3;
Se x = 4, y = 0, t = 3, entao z = 4.
Encontre a formula aproximada para z.
[10] Encontre um polinomio homogeneo do segundo grau cujo grafico se ajuste bem aos pontos
P = (1, 2), Q = (3, 1), R = (4, 2) e S = (2, 0).
[11] Encontre um polinomio homogeneo de quarto grau cujo grafico se ajuste bem aos pontos
(2, 2), (1, 1), (1, 2) e (2, 1).

19

Isometrias ou Transforma
c
oes Ortogonais

[1] Mostre que a rotacao em torno da origem de um angulo [0, 2] e uma isometria em R2 .
[2] Prove que T L(R2 ) definida por
T (x, y) =

1
3
3
1
x
y,
x+ y
2
2
2
2

e uma isometria.
[3] Para que valores de m, n R o operador linear T L(R3 ) definido por
!

2
2
T (x, y, z) = x, my +
z, ny +
z
2
2
e uma isometria?
[4] Sejam T1 e T2 duas isometrias de um espaco euclidiano V . Mostre que T1 T2 e T11
tambem sao isometrias.
[5] Seja T um operador linear sobre um espaco euclidiano V . Mostre que sao equivalentes:
(a) T e uma isometria.
(b) se B e uma base ortonormal de V entao T (B) tambem e base ortonormal.
(c) hT (u), T (v)i = hu, vi para quaisquer u, v V .
[6] Mostre que a matriz de mudanca de base entre duas bases ortonormais de um espaco
euclidiano de dimensao finita e ortogonal.
43

[7] Seja T uma isometria de um espaco euclidiano V . Mostre que T conserva o cosseno do
angulo entre dois vetores nao nulos de V .
[8] Seja V um espaco euclidiano de dimensao finita. Mostre que T L(V ) e uma isometria
se, e somente se, a matriz de T em relacao a uma base ortonormal e ortogonal.
[9] Determine a isometria do R3 cuja matriz em relacao `a base canonica e

1/ 2 1/2 0
0
0 1 ,
a
b c
onde a, b e c sao n
umeros reais a serem encontrados.
[10] Prove que toda isometria de um espaco euclidiano de dimensao finita e um isomorfismo.
Respostas de alguns exerccios:

1/ 2
1/2
0
0
1
9. 0
1/2 1/2 0

3. m = 1/

20

e n = 1/ 2.

Operadores Autoadjuntos

[1] Seja V um espaco euclidiano de dimensao finita. Mostre que T L(V ) e autoadjunto se,
e somente se, a matriz de T em relacao a uma base ortonormal e simetrica.
[2] Considere uma base ortonormal B de um espaco euclidiano V de dimensao n. Denote por
LS (V ) o subconjunto de L(V ) dos operadores simetricos.
(a) Mostre que LS (V ) e um subespaco de L(V ).
(b) Prove que : L(V ) Mn (R) definida por (T ) = [T ]B e uma aplicacao linear.
(c) Verifique que (LS (V )) e o subespaco das matrizes simetricas em Mn (R).
(d) Mostre que dim LS (V ) = n(n + 1)/2.
(e) Conclua que todo operador T L(V ) autoadjunto pode ser identificado com uma
u
nica matriz simetrica em Mn (R).
[3] Defina T L(R3 ) por T (x, y, z) = (2x + 2z, x + z, x + z). Mostre que a matriz de T em
relacao a` base B = {(1, 1, 0), (1, 0, 0), (0, 0, 1)} e simetrica. O operador T e autoadjunto?
Justifique.
[4] Seja H um subespaco de um espaco euclidiano V . Entao, cada v V se expressa de modo
u
nico, como
v = h + t,
onde h H e t H . Considere a aplicacao A : V V definida por
A(v) = h t, para todo v V.
44

(a) Mostre que A e um operador linear e autoadjunto.


(b) Se V = R3 , com o produto interno usual, e H = [(1, 1, 0)], determine a matriz de A
em relacao a` base canonica de R3 .
[5] Seja V um espaco euclidiano de dimensao finita. Mostre que duas quaisquer das propriedades a seguir de um operador A L(V ) implicam a restante:
(a) A e autoadjunto

(b) A e isometria

(c) A2 = I

[6] Seja T L(V ) um automorfismo autoadjunto. Mostre que A1 e autoadjunto.


[7] Seja A um operador autoadjunto de um espaco euclidiano V e suponha que H e um
subespaco invariante por A. Mostre que H tambem e invariante por A.
[8] Seja T um operador autoadjunto de um espaco euclidiano V . Se hT (v), vi = 0 para todo
v V , mostre que T = O (operador nulo).
[9] Sejam T, S L(V ) operadores autoadjuntos. Mostre que T S e autoadjunto se, e somente
se, T S = S T .
Respostas de alguns exerccios:
3. T nao e autoadjunto, pois < T (1, 0, 0); (0, 1, 0) > = < (2, 1, 1); (0, 1, 0) > ao passo que
< (1, 0, 0); T (0, 1, 0) > = < (1, 0, 0); (0, 0, 0) > = 0.

21

Autovalores e Autovetores

[1] Encontre os autovalores e autovetores do operador T L(R3 ) dado por:


(a) T (x, y) = (x + y, x y)

(c) T (1, 0) = (0, 1), T (0, 1) = (1, 0)

(b) T (x, y) = (x, y)

(d) T (x, y) = (y, x)

[2] Determine os autovalores e autovetores do operador T de R4 cuja matriz em relacao a` base


canonica e:

3 1 0 0
0 3 0 0

0 0 4 0
0 0 0 3
[3] Seja B = {e1 , e2 , . . . , en } uma base do espaco vetorial V . Se T L(V ) satisfaz T (ei ) = i ei
para 1 i n, determine o polinomio caracterstico de T .
[4] Encontre os autovalores e bases dos autoespacos do operador linear T : P2 (R) P2 (R)
definido por
T (a + bt + ct2 ) = 2c + (a + 2b + c)t + (a + 3c)t2

45

[5] Seja T : M2 (R) M2 (R) definido por



 

a b
2c
a+c
T
=
c d
b 2c
d
Encontre os autovalores de T e bases dos autoespacos de T .
[6] Calcule o polinomio caracterstico e os autovalores das matrizes:

 
 
 

2 0
1 1
2 1
1 3
,
,
e
1 1
3 1
0 1
1 1
[7] Calcule o polinomio caracterstico e os autovalores da matriz:

2 1 0 0
0 2 0 0

0 0 1 1
0 0 2 4
[8] Sejam A Mn (R) e um n
umero real. Mostre que sao equivalentes:
(a) e um n
umero autovalor de A;
(b) O sistema (In A)X = On de equacoes tem solucoes nao-triviais, onde X Mn1 (R).
(c) Existe um vetor nao-nulo X Mn1 (R) tal que AX = X.
(d) e uma solucao da equacao caracterstica det(In A) = 0.
[9] Mostre que A Mn (K) e invertvel se, e somente se, A nao possui autovalor = 0.


1 1
[10] Seja
a matriz de um operador T de R2 em relacao a` base canonica. Encontre os
0 1
autovalores de T . Existem, neste caso, dois autovetores linearmente independentes?
[11] Suponha que 1 e 2 sejam autovalores distintos e diferentes de zero de T : R2 R2 .
Mostre que:
(a) os autovetores v1 e v2 correspondentes sao LI.
(b) T (v1 ) e T (v2 ) sao LI.
[12] Seja A Mn (K) uma matriz triangular. Qual o polinomio caracterstico de A?
[13] Sejam A = (aij ) e B = (bij ) matrizes triangulares em Mn (K) tais que aii = bii sempre que
1 i n. Mostre que pA () = pB ().
[14] Seja T um operador linear em um espaco vetorial V , e suponha que e autovalor de T .
(a) Mostre que n e autovalor de T n .
(b) Se p(t) = a0 + a1 t + + an tn , mostre que p() e autovalor de p(T ).

46

[15] Considere as matrizes

1 2
1
0 1 1
0 0 1

1 3 1
0 2 0 .
0 0 3

(a) Mostre que A e B sao inversveis.


(b) Calcule AB e BA e observe que estes produtos sao distintos.
(c) Encontre os autovetores de AB e BA. O que voce observa?
(d) Encontre os autovetores de AB e BA. O que voce nota?
(e) Motivado pelos itens anteriores, mostre que: se A e B sao matrizes inversveis de
mesma ordem, os autovalores de AB e BA sao os mesmos.
(f) Mostre ainda que, se 1 e um autovalor de AB com autovetor v, entao 1 e autovalor
de BA com autovetor Bv. Da mesma fora, se 2 e um autovalor de BA com autovetor
w, entao 2 e autovalor de AB com autovetor Aw.
[16] Mostre que autovetores associados a autovalores distintos sao linearmente independentes.
[17] Seja V um espaco vetorial de dimensao n e suponha que T L(V ) possui n autovalores
distintos. Mostre que V possui uma base cujos vetores sao autovetores de T .
[18] Seja v um espaco euclidiano e T L(V ) um operador linear autoadjunto. Suponha que u e
v sao autovetores de T associados a autovalores distintos. Mostre que u e v sao ortogonais.
[19] (Jos
e F. Andrade1 ) Seja T : R R o operador linear definido por
T (e1 ) = e2

e T (ei ) = ei1 + ei+1 , n > 1.

Mostre que T e autoadjunto e que nao possui autovalores.


[20] Considere o operador T : C 1 ([0, 1]) C 1 ([0, 1]) definido por
Z x
T (f )(x) = x +
f (t)dt
0

(a) Mostre que T e um operador linear.


(b) Encontre os autovalores e autovetores de T .


a b
[21] Seja A =
uma matriz arbitraria em M2 (R).
c d
(a) Mostre que pA () = 2 tr(A) + det(A).
(b) Conclua que os autovalores de A sao
=
1

i
p
1h
(a + d) (a d)2 + 4bc
2

Matem
atica Universit
aria, n. 37 (2004), pp. 9-14

47

(c) Suponha que b 6= 0 e que A admite dois autovalores 1 e 2 , distintos. Mostre que




b
b
e
a 1
a 2
sao dois autovetores associados a 1 e 2 , respectivamente.
Respostas de alguns exerccios:

1. a) 2 e (1, 2 -1) ; - 2 e (-1, 2 + 1).


b) -1 e qualquer vetor nao nulo.
c) Nao ha valores proprios reais.
2. 3 (triplo) e (1,0,0,0) e (0,0,0,1); 4 e (0,0,1,0).
7. p(t) = (t 2)3 (t-3); 2 (duplo) e 3.

6. a) t2 -3t + 1; 1/2(3 5).


6. b) t2 -4; 2.
6. c) t2 -3t +2; 1 e 2;
6. d) t2 -4; 2.
10. 1 (duplo). Nao ha.
15. c) Sao iguais. 1 = 1, 2 = 2, 3 = 3.
15. d) Sao diferentes. V1 = (x, 0, 0), V2 = (1/3y, y, 0), V3 = (5/4z, 2z, z).


0 0
0 1



2 3
e
.
1 0

5. = 1, = 2, = 1. Base do auto-espaco associado a = 1 e:




1 0
Base do autoespaco associado a = 2 e
. Base do auto-espaco associado a = 1
1 0


2 1
e
.
1 0

22

Diagonalizac
ao de Operadores

[1] Verifique que o operador T : M2 (R) M2 (R) dado por



 

x y
xt
y+z
T
=
z t
y
zx+t
e diagonalizavel, encontre uma base de autovetores de T e a matriz de T em relacao a essa
base.

48

[2] Considere o operador T : P2 (R) P2 (R) definido por


T (p(t)) = p00 (t) + tp0 (t) 3p(t)
Verifique que T e diagonalizavel, encontre uma base de autovetores de T e a matriz de T
em relacao a essa base.
[3] Seja V um espaco vetorial de dimensao finita e suponha que (T ) = {1 , 2 , . . . , r } para
T L(V ). Se T e diagonalizavel, mostre que
V = V (1 ) V (2 ) V (r )
[4] Seja T : C4 C4 o operador linear cuja matriz, em relacao `a base canonica de C4 sobre
C, e:

1 1 0
0
0 2 0
0

0 0 1 1
0 0 2 3
Verifique se T e diagonalizavel. Em caso afirmativo, encontre uma base de autovetores de
T e a matriz de T em relacao a essa base.
[5] Estude a matriz

1 0 0
m 2 0
n 0 2
quanto a` possibilidade de diagonalizacao.
[6] Considere o operador T : M2 (R) M2 (R) definido por




1 1
0 0
T (X) =
X +X
0 0
1 1
Verifique se T e diagonalizavel.
[7] Seja T um operador linear no espaco vetorial V de dimensao finita. Se existe uma base de
V na qual a matriz de T e diagonal, mostre que essa base e formada por autovetores de T .
[8] Suponha que A Mn (K) tem n autovalores distintos. Mostre que A e diagonalizavel.
Conclua que, se T L(V ) e um operador linear no espaco vetorial V de dimensao n com
n autovalores distintos entao T e diagonalizavel.
[9] Determine se a matriz

6 3 2
B = 4 1 2
10 5 3
e diagonalizavel sobre R e sobre C. Encontre bases para os autoespacos de B.


1 2
[10] Seja A =
. Calcule A9 e, para todo p > 0, determine Ap .
3 4
49

0 0 2
[11] Considere a matriz A = 1 2 1 . Calcule A2014 e conclua que det A2014 = 24028 .
1 0 3

0 1 1
[12] Verifique que a matriz A = 0 1 1 e diagonalizavel e calcule Ap (p > 0 inteiro).
1 1 1

3 1 0
[13] Sejam A = 1 2 1 e n, um inteiro positivo. Calcule An .
0 1 3
[14] (Raiz quadrada de uma matriz) Dizemos que A Mn (K) tem uma raiz quadrada
2
se existe
 B M
n (K) tal que B = A. Determine todas as razes quadradas da matriz
1 2
A =
. Conclua que A possui quatro razes quadradas em M2 (C), mas nao
2 1
admite raiz quadrada em M2 (R).

1 3 1
[15] Encontre uma raiz quadrada real da matriz 0 4 5.
0 0 9


1 0
[16] Encontre a exponencial da matriz A =
(isto e, eA ).
2 1
[17] Para A Mn (K), mostre que eA e inversvel, com inversa eA .


0
[18] Seja um n
umero real qualquer e considere a matriz A =
. Mostre que
0


cos sin
A
e =
sin cos

[19] Seja A =

a b
0 a

M2 (R), com b 6= 0. Mostre que A nao e diagonalizavel e calcule eA .

[20] Seja A Mn (K). Mostre que


d At
e = AeAt
dt
[21] Dados A Mn (K) e X0 Mn1 (K), prove que a equacao diferencial
X 0 = AX,
admite uma u
nica solucao tal que X(0) = X0 .
[22] Para A, B Mn (K), mostre que AB = BA se, e somente se,
eA+B = eA eB
[23] Em cada caso, calcule Ap e eA .
50



2 4
(a)
3 13

0 1 5
2 1 6
(c)
0 0 0
0 0 1

1 4
4 1
(d)
2
2
2
2

0 7 6
(b) 1 4 0
0 2 2

9
8

3
2

2 2
2 2

1
4
4
1

[24] (Logaritmo de uma matriz) Dizemos que A Mn (K) tem um logaritmose existe

1 1
B
B Mn (K) tal que e = A. Determine todos os logaritmos matriz A =
.
2 1
Conclua que existem infinitos logaritmos de A em M2 (C).
[25] (a) Escreva o seguinte sistema de equacoes diferenciais em forma matricial:
0
y1 = 3y1
y 0 = 2y2
20
y3 = 5y3
(b) Resolva o sistema.
(c) Encontre uma solucao do sistema que satisfaz as condicoes iniciais y1 (0) = 1, y2 (0) = 4
e y3 (0) = 2.
[26] (a) Resolva o seguinte sistema de equacoes diferenciais:
 0
y1 = y1 + y2
y20 = 4y1 2y2
(b) Encontre a solucao que satisfaz as condicoes iniciais y1 (0) = 1 e y2 (0) = 6.
[27] (a) Resolva o sistema:
0
y1 = 4y1 + y3
y 0 = 2y1 + y2
20
y3 = 2y1 + y3
(b) Encontre a solucao que satisfaz as condicoes iniciais y1 (0) = 1, y2 (0) = 1 e y3 (0) = 0.
[28] Seja A Mn (K) uma matriz diagonalizavel com autovalores 1 , 2 , . . . , n . Mostre que, se

y1
y2

y = ..
.
yn
satisfaz a equacao diferencial matricial
y 0 = Ay
entao cada yi e uma combinacao linear de e1 x , e2 x , . . . , en x .
51

[29] Resolva o sistema




x0 = x
,
y 0 = 2x + y

sujeito `as condicoes iniciais x(0) = 1 e y(0) = 1.


[30] Para a equacao diferencial y 00 y 0 6y = 0, mostre que as substituicoes y1 = y e y2 = y 0
levam ao sistema
 0
y1 = y2
y20 = 6y1 + y2
Resolva este sistema e depois resolva a equacao diferencial original.
[31] Resolva a equacao diferencial y 000 6y 00 + 11y 0 6y = 0.
[32] (O P
endulo Simples) O pendulo simples e constitudo por uma partcula de massa
suspensa por uma corda inextensvel de comprimento L e de massa desprezvel. Quando
solta de uma posicao que faz um angulo 0 com a vertical, sob acao da forca da gravidade,
a partcula oscila no plano vertical, descrevendo um arco de crculo em torno da posicao
de equilbrio que e a vertical (faca uma figura!).
(a) Mostre que a equacao do movimento do pendulo e:
g
d2
+ sin = 0
2
dt
L
(b) Defina 02 = g/L, e mostre que para valores pequenos de , o movimento do pendulo
pode ser modelado pela equacao:
d2
+ 02 = 0
2
dt
(c) Resolva a equacao diferencial do item (b).
[33] Resolva o sistema de equacoes diferenciais de segunda ordem:
 00
y1 = 2y1 + y2 + y10 + y20
y200 = 5y1 + 2y2 + 5y10 y20
[34] Descreva um metodo geral para resolver um sistema de equacoes diferenciais lineares de
segunda ordem da forma Y 00 = AY , onde A e diagonalizavel.
[35] Resolver o sistema
0
x (t) = 3x(t)
y 0 (t) =
0
z (t) = x(t)

+ z(t)
2y(t)
+ 3z(t)

satisfazendo a condicao inicial x(0) = y(0) = z(0) = 1.


[36] Resolver o sistema
0
x (t)

0
y (t)
z 0 (t)

0
w (t)

= 2x(t) + y(t)
=
2y(t)
=
=
52

z(t) + w(t)
4z(t) 2w(t)



 
1 1
0
[37] Resolva o sistema X (t) = AX(t), onde A =
e X(0) =
.
0 2
1
0

[38] Resolva o sistema X 0 (t) = AX(t), nos casos

1 0 1
A = 0 1 0
e
1 0 1

0

1 .
com a condicao inicial X(0) =
1

1 2 1
A = 1 2 1
0 1 2

Respostas de alguns exerccios:


diagonalizavel para todos os valores de m e n.
5. E

23

Decomposic
ao Espectral

[1] Seja V um espaco euclidiano. Suponha e sao autovalores distintos de um operador


T L(V ) autoadjunto. Se u V () e v V () sao autovetores de T , mostre que u e v
sao ortogonais.
[2] Considere o produto interno
ha1 + b1 t + c1 t2 , a2 + b2 t + c2 t2 i = a1 a2 + b1 b2 + c1 c2 ,
em P2 (R). Sabendo-se que

2 0 0
0 6 1
0 1 6
e a matriz do operador linear T : P2 (R) P2 (R) em relacao `a base canonica, existe uma
base ortonormal de autovetores de T ? Em caso afirmativo, encontre uma dessas bases.
[3] Suponha que T : R3 R3 e um operador linear cuja matriz em relacao `a base canonica
e

2 1
1
1 2 1
1 1 2
Encontre uma base ortonormal de autovetores de T .
[4] Seja T (x, y, z) = (2x + y, x + y + z, y 3z). Considere o produto interno canonico em R3 .
(a) Mostre que a matriz de T em relacao `a base canonica e simetrica mas nao ortogonal.
(b) Se v = (2, 1, 5) e w = (3, 0, 1), verifique que hT (v), wi = hv, T (w)i.
(c) Exiba uma base de autovetores de T e verifique que e uma base ortogonal. A partir
desta base, escreva uma base ortonormal.
53

a 0 0
[5] Considere a matriz A = 0 b c . Mostre que os autovalores sao a, b + c e b c. Ache
0 c b
uma base de autovetores.
[6] Seja T : R3 R3 o operador linear cuja

1
4
2

matriz em relacao `a base canonica e

4
2
5 4
4 1

Exiba uma base ortonormal de autovetores.


[7] Seja A Mn (R) uma matriz simetrica. Mostre que existe uma matriz M Mn (R)
ortogonal tal que M t AM e diagonal.
[8] Seja A Mmn (R). Mostre que At A tem um conjunto ortonormal de n autovetores.
[9] (a) Para v Mn1 (R) arbitrario, mostre que In vv t e ortogonalmente diagonalizavel.
(b) Encontre uma matriz P que diagonaliza In vv t ortogonalmente, sendo

1
v = 0
1
[10] (Decomposic
ao espectral) Seja A Mn (R) uma matriz simetrica e suponha que {u1 , u2 , . . . , un }
e uma base ortonormal de Mn1 (R) formada por autovetores de A. Se ui V (i ), para
1 i n, mostre que
A = 1 u1 ut1 + 2 u2 ut2 + + n un utn
[11] Determine a decomposicao espectral da matriz

1 0 1
A= 0 1 2
1 2 1
[12] (Teorema de Schur) Suponha que os autovalores de A Mn (R) sejam reais. Mostre
que existe uma matriz ortogonal P Mn (R) tal que T := P t AP e uma matriz triangular
superior. Neste caso, P T P t e chamada decomposicao de Schur de A.
[13] Encontre a decomposicao de Schur da matriz


5
7
A=
2 4

54

24

Formas Bilineares

[1] Sejam U e V espacos vetoriais reais e considere B(U, V ), o conjunto das aplicacoes bilineares
de U V em R. Para f, g B(U, V ) e R, defina:
(f + g)(u, v) = f (u, v) + g(u, v)

(f )(u, v) = f (u, v)

Com essas operacoes, mostre que B(U, V ) e um espaco vetorial real.


[2] Sejam u = (x1 , x2 ) e v = (y1 , y2 ) vetores genericos em R2 . Quais das seguintes funcoes sao
formas bilineares:
(a) f (u, v) = x1 y1

(d) f (u, v) = x21 + x2 y2 + 1

(b) f (u, v) = x1 y2

(e) f (u, v) = x1 y2 x2 y1

(c) f (u, v) = x1 (y1 + y2 )

(f) f (u, v) = 1

[3] Considere a forma bilinear de R2 , f (u, v) = x1 y1 + 2x1 y2 x2 y1 + x2 y2 . Calcular sua matriz


em relacao a`s seguintes bases do R2 :
(a) {(1, 1), (1, 1)}

(b) {(2, 1), (1, 2)}

(c) {(2, 3), (4, 1)}

[4] Seja V um espaco euclidiano. Mostre que a aplicacao f : V V R definida por


f (u, v) = hu, vi
e uma forma bilinear.
[5] Dada uma matriz A Mmn (R), considere f : Mm1 (R) Mn1 (R) R dada por
f (X, Y ) = X t AY
e uma forma bilinear.
[6] (Produto tensorial) Sejam : U R e : V R duas formas lineares. O produto
tensorial das formas e e a aplicacao
: U V R
dada por ( )(u, v) = (u)(v). Mostre que B(U, V ).
[7] Seja : R2 R e : R2 R as formas lineares dadas por (x, y) = 2x + y e
(x, y) = x y. Calcular as formas bilineares:
(a)

(c)

(e)

(b)

(d)

(f) +

[8] Sejam : R2 R e : R3 R dadas (x, y) = 2x + 3y e (x, y, z) = x + y z.


Calcular as formas bilineares e . Existe + ?

55

[9] Mostre que f : R2 R3 R definida por



f (x1 , x2 ), (y1 , y2 , y3 ) = x1 y1 + 3x1 y2 x1 y3 + x2 y1 3x2 y3 ,
e uma forma bilinear.
[10] Defina a aplicacao f : R2 P2 (R) R por
Z 1


ap(t) bp0 (t) dt
f (a, b), p(t) =
0

Mostre que f e uma forma bilinear e encontre sua matriz em relacao a`s bases canonicas.
[11] Fixadas as bases B e C dos espacos vetoriais U e V , respectivamente, com dim U = m e
dim V = n, mostre que os espacos vetoriais B(U, V ) e Mmn (R) sao isomorfos. Conclua
dim B(U, V ) = mn e encontre uma base para este espaco.




1 0
4 2
[12] Mostre que as matrizes A =
eB=
sao congruentes.
2 1
6 4




2 1
3 9
[13] As matrizes A =
eB=
sao congruentes? Justifique.
2 0
0 6
[14] Considere a forma bilinear de R2 definida por
f (u, v) = x1 y1 + x1 y2 + x2 y2 x2 y1
para todo u = (x1 , x2 ) e v = (y1 , y2 ). Calcule a matriz de f em relacao a`s bases:
(a) {(1, 0), (0, 1)}

(b) {(2, 1), (1, 2)}

(c) {(1, 1), (1, 1)}

Verifique que elas sao congruentes duas a duas.


[15] Considere a forma bilinear de R3 definida por
3
f (u, v) = x1 y1 + 5x2 y2 + 8x3 y3 + x1 y2 x1 y3 2x2 y3
2
Calcular sua matriz em relacao `as bases canonica e {(1, 1, 1), (1, 1, 0), (1, 0, 0)} e provar
diretamente que as matrizes sao congruentes.
[16] Seja f B(U ), onde U e um espaco vetorial real de dimensao finita. Mostre que as
matrizes de f em relacao a` duas bases quaisquer de U sao congruentes.
[17] Suponha que A Mn (R) representa a forma bilinear f B(V ) em relacao a base de V
fixada. Mostre que toda matriz congruente a` matriz A tambem representa a forma f em
relacao a alguma base de V .
[18] Seja P Mn (R) uma matriz inversvel. Mostre que A Mn (R) e simetrica se, e somente
se, P t AP e simetrica. Que se pode dizer se A e antissimetrica? Foi usado o fato de P ser
inversvel?
[19] Escreva a expressao geral de uma forma bilinear simetrica no R2 e no R3 .
56

[20] Escreva a expressao geral de uma forma bilinear antissimetrica no R2 e no R3 . Encontrou


algo de familiar?
[21] Sejam e formas lineares sobre V . Mostre que a forma bilinear e
antissimetrica e e simetrica.
[22] Mostre que = 0 se, e somente se, e sao LI.
[23] Seja f B(V ) e considere as formas bilineares dada por
g(u, v) =

f (u, v) + f (v, u)
2

e h(u, v) =

f (u, v) f (v, u)
2

Mostre que:
(a) g Bs (V )

(b) h Ba (V )

(c) f = g + h

Conclua que B(V ) = Bs (V ) Ba (V ).


Respostas de alguns exerccios:
2. Sao bilineares as letras a, b, c, e.


3 3
3. a)
3 1


19 3
3. c)
33 21
7. a) 2x1 y1 - 2x1 y2 + x2 y1 - x2 y2
7. b) 2x1 y1 - 2x2 y1 + x1 y2 - x2 y2
7. c) -3x1 y2 + 3x2 y1
8. ( ) ((x1 ,x2 ) ; (y1 , y2 , y3 ) = 2x1 y1 + 3x2 y1 + 2x1 y2 + 3x2 y2 -2x1 y3 -3x2 y3 .
( ) ((x1 ,x2 ) ; (y1 , y2 , y3 ) = 2x1 y1 + 2x2 y1 - 2x3 y1 + 3x1 y2 +3x2 y2 -3x3 y2 .
Nao existe ( ) + ( ).

25

Formas Quadr
aticas

[1] Encontre a forma bilinear simetrica que da origem a` forma quadratica do R3 , e determine
sua matriz em relacao `a base canonica:
(a) q(x, y, z) = x2 + y 2 + z 2 2xy + 4xz yz
(b) q(x, y, z) = x2 y 2 + 4yz
(c) q(x, y, z) = 2(xy + yz + xz)
57

[2] Reduza a uma soma de quadrados as seguintes formas quadraticas do R2 :


(a) q(x, y) = x2 + y 2 4xy
(b) q(x, y) = xy + y 2
(c) q(x, y) = 3xy
[3] Seja f Bs (Rn ) e suponha que A = (aij ) e a representacao matricial de f . Se q = qf e a
forma quadratica associada a f mostre que
q(ei ) = aii

e q(ei + ej ) = aii + ajj + 2aij ,

onde {e1 , . . . , en } e a base canonica de Rn .


[4] (Processo de Gauss) Encontre uma forma diagonal das sequintes formas quadraticas:
(a) q(x, y) = x2 + 2y 2 6xy
(b) q(x, y) = 2xy
(c) q(x, y, z) = x2 + 2xy + y 2 4xz 6yz + z 2
(d) q(x, y, z) = x2 y 2 z 2 + 2xz + 4yz + 6xy
[5] (Lei da In
ercia de Sylvester) Seja q uma forma quadratica em um espaco vetorial real
V . Suponha que, numa representacao diagonal de q o n
umero de coeficientes positivos
seja r e o n
umero de coeficientes negativos seja s. Entao, em qualquer outra representacao
diagonal de q havera r termos positivos e s termos negativos. [O par (r, s) chama-se
assinatura da forma quadratica q]
[6] Determine a assinatura das seguintes formas quadraticas:
(a) q(x, y) = x2 + 2y 2 6xy
(b) q(x, y) = 2xy
(c) q(x, y, z) = x2 + 2xy + y 2 4xz 6yz + z 2
(d) q(x, y, z) = x2 y 2 z 2 + 2xz + 4yz + 6xy
(e) q(x1 , . . . , xn ) = x21 + + x2n
[7] Uma forma quadratica q e chamada positiva definida, se para todo v 6= 0, q(v) > 0.
(a) Como devem ser os autovalores da matriz de uma forma quadratica positiva definida?
(b) A forma quadratica q : R2 R dada pela matriz, em relacao a` base canonica,


1 2
2 4
e positiva definida?
[8] Seja f Bs (V ) tal que q = qf e positiva definida. Mostre que f e um produto interno em
V.
Respostas de alguns exerccios:
58

26

Espacos Hermitianos

[1] Seja V = C3 . Mostre que hu, vi = z1 w1 + z2 w2 + z3 w3 , para quaisquer v = (z1 , z2 , z3 ) e


v = (w1 , w2 , w3 ) em V , define um produto interno em v.
[2] Para quaisquer A, B M2 (C), defina hA, Bi = tr(B A). Mostre que M2 (C) e um espaco
hermitiano.
[3] Seja C([a, b], C) o espaco vetorial das funcoes complexas e contnuas definidas no intervalo
[a, b]. Prove que
Z

f (x)g(x)dx, para f, g C([a, b], C),

hf, gi =
a

define um produto interno em C([a, b], C).


[4] Seja T : P2 (C) P2 (C) o operador linear cuja matriz em relacao a` base canonica e

i i
1
A = 1 i 1 + i
0 1i
1
Encontre o n
ucleo e a imagem de T .
[5] Seja V um espaco hermitiano de dimensao n. Mostre que, para quaisquer u, v V ,
1
i
i
1
hu, vi = ku + vk2 ku vk2 + ku + ivk2 ku ivk2
4
4
4
4
[6] Determine a dimensao e uma base ortonormal do espaco-solucao do sistema

= 0
z1 + (2 i)z2
z2 + 3iz3 = 0

iz1 + (2 + 2i)z2 + 3iz3 = 0


[7] Considere o espaco hermitiano C([0, 2], C) em relacao ao produto interno
Z 2
hf, gi =
f (x)g(x)dx.
0

(a) Calcule as normas das funcoes f (x) = eimx (m Z) e g(x) = i i sin x.


(b) Encontre a distancia entre as funcoes do item (a).
[8] Determine uma base ortonormal do subespaco de C5 , gerado pelos vetores u1 = (i, i, i, 0, 1),
u2 = (0, i, i, 0, 1) e u3 = (0, 0, i, 1, 0).

[9] Considere
 o espacovetorial M
2 (C) em rela
cao ao produto interno hA, Bi = tr(B A). Se
i 1 + i
3 2 3i
A =
e B =
, encontre as normas de A e B e, calcule a
1i
i
4i
1
distancia entre essas matrizes.

59

[10] Seja A Mn (C) uma matriz unitaria. Mostre que os vetores-coluna de A formam uma
base ortonormal de Cn em relacao ao produto interno usual.
[11] Seja A Mn (C) uma matriz normal. Mostre que:
(a) A e unitariamente diagonalizavel.
(b) A tem um conjunto ortonormal de n autovetores.
[12] Sabendo-se que A Mn (C) e normal, mostre que autovetores de autoespacos distintos de
A sao ortogonais.


2
1+i
[13] Mostre que a matriz A =
e unitariamente diagonalizavel e encontre a
1i
3
matriz P unitaria que diagonaliza A.
[14] Se A Mn (C) e hermitiana, mostre que os autovalores de A sao n
umeros reais.
[15] Mostre que a matriz
 i

1
e
ei
A=
i
i
2 ie ie
e unitaria para cada valor de e, encontre seus autovalores e autovetores associados.
[16] Seja = e2i/3 . Encontre os autovalores e autovetores da matriz

0 0
1
1 0 + 1 + 1/ .
0 1 1 1/
[17] Seja A Mn (C) uma matriz antihermitiana, isto e, A = A.
(a) Mostre que iA e hermitiana.
(b) Mostre que A e unitariamente diagonalizavel e tem autovalores imaginarios puros.
[18] (Transformac
oes unit
arias) Seja V um espaco hermitiano de dimensao finita. Suponha
que T L(V ) e um operador unitario, isto e,
hT (u), T (v)i = hu, vi
para quaisquer u, v V .
(a) Mostre que T e uma isometria de V .
(b) Se B e uma base ortonormal de V , mostre que T (B) tambem e uma base ortonormal.
(c) Mostre que [T ]B e normal, se B e ortonormal.

Respostas de alguns exerccios:

60

16. = (1, , 2 ).
13. O n
ucleo de T e todos os m
ultiplos de (1 + 3i, 1 + i, -2); nul(T) = 1.



(1 i)/ 3 1 + i/
6
13.
2/ 6
1/ 3
6. (3 + 6i, -3i, 1). Dimensao = 1.
Refer
encias:

[1] Anton, H., Rorres, C., Algebra


Linear com Aplicacoes, 10a edicao, Bookman, 2014.
[2] Apostol, T., Calculo, Vol. 2, 2a edicao, Editora Reverte, 1993.

[3] Boldrini, J.L., Costa, S.R., Figueiredo, V.L., Wetzler, H.G., Algebra
Linear, 3a edicao, Ed.
Harbra, 1980.

[4] Callioli, C.A., Domingues, H.H., Costa, R.C.F., Algebra


Linear e Aplicacoes, 6a edicao,
Atual Editora, 1990.

[5] Strang, G., Algebra


Linear e suas Aplicacoes, 4a edicao, Cengage Learning, 2010.

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