A Profecia de Isaias - V 1 - A. R. Crabtree - editADO
A Profecia de Isaias - V 1 - A. R. Crabtree - editADO
A Profecia de Isaias - V 1 - A. R. Crabtree - editADO
CAPTULOS 1-39
A. R. CRABTREE, A. B.,
1. EDIO
D. B-,
Th. D.
1967
CASA P U B LIC A D O R A Posta! Rio de Jan eiro B A TIS TA Gb. C a ixa 320 - Z C - O O
T ira g e m 3.000
D a ta 30-03-1967
IN MEMORIAM
Estava ste livro para sair do prelo quando nos veio a triste notcia do falecimento do seu ilustre autor, nosso saudoso irmo, D r. A . R . Crabtree, que, aposentado, resi dia ultimamente em sua terra natal, os Estados Unidos ia Amrica do N orte. Ilustre e mui competente catedrtico no Seminrio Teolgico Batista do Sul do Brasil, e tambm Reitor, Crabtree ensinou hebraico, Velho Testamento,
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Teologia do V .T ., Filosofia da Religio Crist, Apologtica e ainda outras disciplinas. Dos seus livros podemos mencionar no momento os seguintes : Histria dos Batistas no Brasil, Vol. I, A r queologia Bblica, Introduo ao Nvo Testamento, Sintaxe do Hebraico do Velho Testamento, Esperana Messinica, O Livro de Am s, O Livro de Osias, A Profecia de Isaas em 2 volumes (o 2" volume no p relo), A Profecia de Jeremias (a sair), Dicionrio Hebraico-Portugus, Baptists in Brazil (em ingls), e muitas outras publicaes menos volumosas. O seu passamento deu-se em Roanoke, V a ., E .U .A .,
ste Comentrio sbre a Mensagem do Prncipe dos Profetas representa um meio sculo de estudo agradvel da Bblia, trinta e cinco anos de ensino de Hebraico e do Velho Testa mento, com muito tempo dedicado ao preparo de quinze livros em portugus. Sem qualquer re munerao financeira, o nico m otwo na pro duo desta obra o amor ao trabalho e o desejo de contribuir literatura evanglica na lngua portugusa para os pastores e obreiros que es to servindo galhardamente na extenso do reino de Deus no mundo. ste um estudo crtico e exegtico da Profecia de 1saias, com a exposio cuidadosa dos problemas do texto hebraico e da sua inter pretao. Apesar de o texto original do Velho Testamento ter sido evidentemente transmitido com cuidado escrwpuloso atrm s dos sculos, ainda h vrios problemas textuais da Bblia H ebraica. H numerosos manuscritos e muitos outros documentos que ajudam no estudo crti co do Nvo Testam ento. Mas at recentem ente havia apenas trs manuscritos antigos do He braico Bblico, e o mais antigo dstes, conheci do como o Texto M assortico, datado de 895 a .C ., muitos sculos depois do tempo de IsaJvas.
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Em 1947 foram descobertos numa caver nat perto do Mar M orto, um manuscrito quase completo do Livro de Isaas, e outro que tem apenas a tra parte da obra. stes documen tos so dlatados por F . W . Albright e outros arquelogos no ltimo sculo antes de Cristo, Ou no primeiro sculo cristo. stes dois ma nuscritos concordam notavelmente com o Tex to M assortico. O primeiro contm variaes que esclarecem algumas dificuldades dos trs textos do sculo nono. A s verses, como a Septuagmta ou LX X , a Aramaica e outras, tm valor no estudo do Hebraico Bblico . 0 leitor notar no Comentrio a discusso destas ver ses, e a preferncia em alguns casos do texto na edio da Bblia Hebraica de R u. K ittel da
American Bible S ociety.
No preparo dste Comentrio, o autor vism a no som ente aos estudantes do Hebraico, mas tambm aos muitos pastores estudiosos que fizeram o seu curso teolgico sem incluir o es tudo da lngua de Sio. stes podem entender clardmente, e aproveitar-se das explicaes do texto original do grande profeta. No estudo desta profecia, surge o proble ma de algumas interpolaes na obra origmal de Isaas. Mas, segundo os nossos estudos, al guns comentaristas exageram o nmero destas interpolaes, e assim atribuem vrias passa gens escritas por Isaas a outros escritores do tempo do cativeiro babilnico, e at e depois dessa poca. Alguns destes no qiuerem enten der a larga viso do rem o de Deus, e a profun deza das mensagens do profeta, e assim insis tem em que as profecias sobre a Nova poca
PROFECIA
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foram escritas muitos anos depois do tempo de Ismas. Mas alguns eruditos modernos reco nhecem a autenticidade destas passagens. O autor apresenta a sua prpria traduo do hebraico, cjue varia freqentem ente das ver ses em portugus e ingls, na esperana de que a verso mais literal possa ajudar no es clarecimento do sentido original da linguagem potica do livro. A maior parte da profecia foi escrita em poesia, e o reconhecimento dste fato ajuda no entendimento mais claro da men sagem . Alm das obras mencionadas na Bibliogra fia, o autor reconhece que ele devedor a mui tos estudos, e a muitas experincias da provi dncia de Deus, como pastor, e como professor no Seminrio Teolgico do Rio de Janeiro. A minha senhora, Dona Mattel, tem enri quecido a minha vida espiritual como compa nheira no servio do Senhor. Alm do seu trabalho mcansvel de esposa e me, ela se aprofundou no estudo de portugus. Tem lido todos os mus manuscritos, corrigindo os erros tipogrficos, e oferecendo sugestes importan tes sobre a linguagem de vrias declaraes. o desejo o autor que esta obra seja til aos pastores do Brasil e de Portugal no aumen to do seu conhecimento das verdades eternas apresentadas por ste nobre Mensageiro da Re velao Divina.
A . E . Crabtree 11 de agsto de 1963
NDICE
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P re f cio ...................................................................................... In trod u o................................................................................. Anlise dos Captulos 1 -3 9 ...................................................... A Profecia de Isaas Texto, Exegese e E xposio............ I. A Infidelidade de Jud e Jerusalm .............................. A. O Sobrescrito.................................................................. B. A Controvrsia do Senhor com o Seu P o v o ............. 1. A Ingratido do Povo de I s r a e l............................. 2. A Nao P ecam inosa............................................... 3. A Palavra do Senhor sbre a Religio e a Vida 4. Arrependei-vos ....................................................... 5. Lamento sbre Jerusalm ........................................ 6. O Julgamento do S e n h o r ........................................ 7. A Operao da Justia Divina na Vida de Israel 8. A Vinda dos Povos ao Senhor de S i o ............. C. O Castigo da Idolatria e do Orgulho Humano no Dia do S e n h o r ................................................................ D. O Julgamento Divino de Jerusalm e de Jud . . . . 1. A Anarquia S o c ia l.................................................... 2. O Povo A rruinado..................................................... 3. Os Esmagadores do P o v o ........................................ E. As Mulheres Altivas de Jerusalm ............................. F. A Beleza, e a Glria de Sio P u rificad a...................... G. Um Cntico da Vinha do S e n h o r................................ H. Ais Contra os P erversos............................................... II. Resguarda o Testemunho A. A Viso Inaugural de Is a a s ........................................ B. Isaas e a Guerra Siraco-E fraim ita......................... 1. O Sinal de Sear-Jasube............................................ 2. Sinal de E m an u el....................................................
7 17 51 59 59 59 60 61 64 69 75 77 78 79 83 90 98 99 103 106 107 112 117 123 134 134 146 148 154
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3. A Invaso de Jud pelos Assrios e os Egpcios 4. O Sinal de M aher-Shalal-Has-Baz........................ 5. Os Dois Rios Simblicos ......................................... 6. A F do Profeta no Senhor Emanu E l .................. 7. O Temor do Homem e o Temor de D e u s ............ C. Isaas Cessa as Atividades P ro f tica s........................ III. Supersties dos Vacilantes na F .............................. A. Admoestaes Contra o Espiritism o.......................... B. Lei e ao Testem unho................................................. C. O Reino M essinico........................................................ D. O Julgamento de Efraim como Lio para Jud .. IV. No Temas a A ssria....................................................... A. A Ameaa Arrogante da A ssria.................................. 1. A Jactncia da A ssria............................................. 2. A Labareda do Senhor Consumir as Florestas da A ssria ................................................................... 3. Um Restante de Israel e Jud Voltar ao Senhor 4. Sio Ser Liberto do Jugo da A ssria .................. 5. A Aproximao do In v a so r...................................... 6. A Humilhao dos Invasores O rgulhosos............. B. O Reino Pacfico e Justo do M essias........................ 1. O Rebento de J e s s .................................................. 2. O Messias e a Nova Glria de I s r a e l.................. C. O Culto de Louvor pela Restaurao de Israel .. .. V. O Julgamento de Reinos e de P o v o s ............................. A. O Destino da B abiln ia................................................. B. A Queda do Tirano das N a es.................................. C . O Propsito do Senhor na Destruio da Assria .. D. A Alegria Prematura dos Filisteus............................. E. Orculo Concernente a M o a b e .................................... F. Orculo sbre a Aliana de Israel e a S r ia ............. 1. Orculo Concernente a D a m a sco ......................... 2. O Abandono dos d o lo s ............................................ 3. O Culto de Adonis, uma Segurana Falsa .. .. G. O Poder Mundial Se Levanta, e C a i ............................ H. Profecia Concernente ao E g it o ................................... 1. Resposta do Profeta aos Emissrios da Etipia 2. Profecia Contra o E g it o .........................................
165 168 170 172 173 175 177 177 178 180 186 191 192 192 193 199 201 202 204 205 206 212 217 220 221 231 242 244 247 258 259 261 262 264 266 267 272
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\ \ ' i. j. KL Lj. M. .
3. Jud e Jav dos Exrcitos, um Terror para os E gp cios....................................................................... 4. Os Egpcios e os Assrios Adoraro ao Senhor .. 5. Evitar Alianas Polticas com Estrangeiros .. .. Uma Viso da Queda da B abiln ia............................. Orculo Concernente a D u m ...................................... Orculo Concernente A r b ia ................................... A Leviandade Religiosa dos Habitantes de Jerusalm A Degradao de Sebna, o Mordomo do R e i ............ A Profecia Contra T i r o ................................................. 1. Orculo Concernente a Tiro e S id o m .................. 2. A Restaurao de Tiro Depois de Setenta Anos ..
279 280 285 289 294 296 298 306 311 311 316 318 321 321 325 327 328 330 330 332 335 337 338 340 342 344 345 347 347
. Despertai e Cantai, os Que Habitais no P ............. A. O Bom Efeito do Castigo de Is r a e l............................. 1. A Terra Ficar Desolada por Causa do Pecado dos Seus H abitantes........................................................ 2. Um Clamor de C on fian a....................................... 3. A Grande C a tstrofe............................................. 4. O Julgamento e a Nova E r a .................................. B. Maravilhas das Atividades do S e n h o r .................... 1. Salmo de Gratido ao Senhor pelo Livramento do Seu P o v o .................................................................... 2. Uma Profecia da Idade M essin ica.................... 3. Outro Hino de Louvor Relacionado com a Hu milhao de M o a b e .................................................. C. Um Pedido de Salvao Mais P e rfe ita ....................... 1. Hino de Gratido pela V it ria ................................ 2. O Povo Espera Ansiosamente os Juzos Retos do S e n h o r ........................................................................ 3. As Bnos da Disciplina e da Orientao Divina 4. Experincias Tristes Que o Povo Sofreu antes da Sua Redeno .. ..................................................... 5. Os Teus Mortos Vivero, os Seus Corpos Res suscitaro ............................................................ . D. Concluso desta Mensagem de Aspiraes e Espe ranas ............................................................................... 1. O Povo Deve Esconder-se at Que Passe o Jul gamento D iv in o ........................................................
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2. 3. 4. 5.
A Punio dos Podres Cruis do M u n d o ............ ...348 Cntico do Senhor Concernente Sua Vinha .. 349 A Significao da Disciplina Divina de Israel .. 351 Uma Profecia da Restaurao dos Desterrados..j de Is r a e l..................................................................... ...353
VII. No Escarneais para Fazer Mais Fortes os Vossos G rilh es...............................................................................354 A. O Castigo Certo dos Impenitentes de Efraim e Jud 356 1. A Queda de Samaria, a Capital de Israel .. .. 356 2. Jerusalm, Bem como Samaria, Tem os Seus B bados, Incluindo Sacerdotes e P r o fe ta s .................359 3. A Aliana com a Morte e com S h e o l.................. ...362 B. A Justificao das Atividades Providenciais do Se nhor em Relao com o Seu P o v o ............................. ...366 C. A Obra Maravilhosa do S e n h o r .................................. ...369 1. A Humilhao Iminente e a Libertao de Je rusalm ..........................................................................369 2. A Cegueira e a .Hipocrisia do P o v o ....................... ...371 3. A Religio Meramente Convencional Perecer .. 373 D. A Rejeio da Segurana da F no S e n h o r ................374 1. A Repreenso dos Conspiradores......................... ...374 2. A Redeno de I s r a e l.............................................. ...376 3. A Infidelidade na Aliana Poltica com o Egito 378 4. No Sossgo e na Confiana Estar a Vossa Pra 381 E. O Poder do Deus In visvel............................................ ...386 1. Promessa para o Povo Sofredor de S i o ................386 2. Ser Destrudo o Inimigo do Povo de Deus .. .. 389 3. A Fra de Cavalos ou o Poder do Esprito do S e n h o r ........................................................................ ...392 4. O Senhor dos Exrcitos o Defensor de Jerusalm 394 F. A Comunidade Ideal na Idade M essinica............. ...397 1. O Estabelecimento do Govmo Messinico .. .. 398 2. A Transformao Espiritual do Povo na Nova Era 399 3. O Contraste entre os Caractersticos do Fraudu lento e os do N o b r e .....................................................400 4. Advertncia Contra as Mulheres de Jerusalm 402 5. O Poder Transformador do Esprito na Idade V in d ou ra.................................................................... ...404
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Pgina VIU. A Recompensa de Deus ........................................... Al A Aflio e o Livramento de Jerusalm ................... 1. O Aplo do Profeta ao Senhor Contra os Opres sores dos J u d eu s....................................................... 2. Efeitos da Manifestao da Presena do Senhor B . IA Indignao do Senhor Contra Tdas as Naes .. C. J Felicidade de Sio no F u tu ro .................................. IX. A Influncia de Isaas em Trs Situaes no Reino de E zequias................................................................ A. Senaqueribe Exige a Capitulao de Jerusalm .. .. B. O Rei Ezequias Recebe o Conselho de Is a a s ............ C. A Carta do Rei da A ssria............................................ D. A Orao de Ezequias................................................... E. O Profeta Conforta a Ezequias................................... F. Sinal para os Sobreviventes......................................... G. Mensagem sbre a Retirada de Senaqueribe............ H. O Desastre dos Assrios e a Morte de Senaqueribe I. A Doena de Ezequias e a Sua Cura Maravilhosa J. A Embaixada de M erodaque-Balad......................... 406 407 407 412 417 423 427 429 439 440 442 446 448 449 450 452 459
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INTRODUO, CAPTULOS 1 - 39 I. A Histria do Tempo de Isaas, 742-601 No h outra obra do Velho Testamento que interesse to profundamente aos estudantes bblicos como o Livro de Isaas. O livro inteiro relaciona-se com mais de du zentos anos da histria dramtica da religio do povo de Israel. Neste perodo o reino do sul, ou de Jud, na pro vidncia de Deus, sobreviveu subjugao poltica pela Assria, e, mais de cem anos depois, a pequena nao caiu no poder da Babilnia. A cidade capital, juntamente com o Templo do Senhor, foi completamente destruda; e o seu povo mais importante foi levado em cativeiro. Assim Jud escapou ao destino da morte nacional que Israel ti nha sofrido, para conservar o restante dos fiis do povo do Senhor no Imprio da Babilnia. stes judeus passa ram longos anos no cativeiro, mas tinham o privilgio de habitar, ou viver como colnia, e assim manter em grande parte os seus costumes nacionais e a sua prpria religio. Depois de setenta anos no cativeiro, ste grupo do povo escolhido do Senhor Jav, na providncia divina, foi liber tado e restaurado para a sua terra, disciplinado e prepa rado pelo Senhor, para cumprir a sua misso d trans mitir, atravs da sua prpria histria, a revelao do amor e do propsito do Senhor Deus para tdas as naes do mundo. O profeta Isaas de Jerusalm, com os seus ensinos' profticos, imprimiu a sua influncia pessoal no livro in teiro, mas as prprias mensagens dle, segundo as evidn cias intrns, so includas nos primeiros 39 captulos da obra.
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0 profeta recebeu a sua viso inaugural no ano da morte do rei Uzias ou Azarias, e exerceu o seu ministrio proftico nos ltimos 40 anos do sculo oitavo, no perodo dos reinos de Joto, Acaz e Ezequias. difcil determi nar a data exata dos respectivos governos dsses reis, mas as concluses dos estudantes modernos, luz dos no vos conhecimentos arqueolgicos, variam dentro de pou cos anos. Muitos concordam no ano de 742 a.C. como a data da viso inaugural do profeta. Uzias comeou o seu reino em 783; Joto governou como regente de 750-742, e como rei de 742-735. Acaz rei nou de 735-715, e Ezequias de 715-687. Isaas exerceu o seu ministrio proftico entre os anos 742 e 701, e possi velmente por mais alguns poucos anos. No h certeza de que tivesse proferido qualquer mensagem antes de ter recebido a viso da majestade do Senhor, no Templo. Israel e Jud no Reinado de Uzias, 783-742 Por muitos anos depois da morte de Salomo e a di viso do Reino de Israel, havia contendas e lutas polticas entre os dois reinos, de significao local, especialmente na influncia da religio e da tica do povo. Mas quando o Reino de Israel tornou-se mais poderoso sob o g o v m o de Onri e Acabe, os dois reinos dos israelitas, no desen volvimento do comrcio internacional, chegaram a reco nhecer a insensatez das contendas locais perante o desen volvimento do Imprio da Assria. Isaas nasceu e passou os primeiros anos da mocidade no perodo mais prspero na histria de Israel e Jud des de o tempo de Salomo. Mas houve um perodo crtico na histria d Israel quando Salmanaser III comeou a cam panha militar, com o propsito de aumentar o domnio da Assria pela conquista das pequenas naes ao oeste e su doeste. le fo i detido pela coalizo de Israel, Sria, Ha-
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mate e outros pequenos aliados na batalha de Karkar ou Carcar, c. 853. Mais tarde, Je, rei de Israel, pagou tri buto Assria, c. 842. Por alguns anos depois, Israel manteve guerras com os arameus da Sria, II Reis 13:3. Jud tambm sofreu dessas lutas, II Reis 12:17-18. Mas por alguns anos, depois destas lutas, quando os ara meus ficaram impotentes e os assrios se preocupavam com problemas internos, Israel e Jud experimentaram o maior perodo de prosperidade na sua histria. Jeroboo II de Israel restabeleceu domnio sbre a maior parte dos pases governados por Salomo, II Reis 14:25, 28. Do saque dsses estados, e do tributo que dles recebeu, ganhou Israel enormes riquezas. Jud era menos poderoso, mas tornou-se prspero nessa mesma poca, sob o governo de Uzias ou Azarias. A conquista de Edom e o prto de Elate do Mar Ver melho, II Reis 14:7, 22, lhe deu domnio sbre o comr cio das caravanas entre o prto do Mediterrneo e o les te. Uzias usou a renda dessas conquistas para desenvol ver a economia de Jud, e para fortalecer as suas defesas militares, II Crn. 26:1-15. Quando Isaas comeou o seu ministrio pblico, Jud se achava no auge de sua pros peridade (Cp. Is. 2 :7 ). Com o grande aumento dos tesouros de prata e ouro, de cavalos e carros, os ricos adoravam cada vez mais o luxo, e os privilegiados se regozijavam na prosperidade e na libertinagem, Is. 3:16-23; 5:11-22; 28:1 ; 32:9. Os ricos abusavam do poder para perverter a justia e rou bar os indefesos, 1:23; 3:14, 15; 5 :2 3 ; 10:1,2. Os ava rentos ajuntavam casa a casa at que no houvesse mais lugar. Assim les ficaram como os nicos moradores no meio da terra, 5 :8 . Nesta terrvel desordem social, acompanhada pela hipocrisia religiosa, 1:11, o jovem pro feta proclamou a justia do Santo de Israel, e o dia imi nente do julgamento do Senhor.
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Nessas condies econmicas, os polticos de Samaria e de Jerusalm nada queriam saber dos perigos pro clamados pelos profetas. Como Ams tinha dito: les viviam sossegados em Sio, e sentiam-se seguros no mon te de Samaria, A m . 6:1. Os polticos, e at o povo em geral, no tinham o discernimento moral para reconhecer a gravidade da sua infidelidade para com o Senhor Jav, o Santo de Israel. Nem podiam entender que a sua pros peridade material tinha sido o resultado, em grande par te, do descanso poltico, enquanto que a Assria estava preocupada com a subjugao dos vizinhos de Jud, com o preparo para estender a sua campanha militar na con quista das pequenas naes vizinhas, e at do seu grande rival, o Egito. Antes da morte de Uzias, o Imprio da Assria, sob o govrno do nvo imperador, Tiglate-Pileser, j come ara a campanha de 18 anos de conquista dos pases vizi nhos ao oeste. Dentro de poucos anos le subjugou A rpade, Damasco e Tiro, estendendo o seu domnio at Hamate no Orontes. Crca de 738, Menam, de Israel, pa gou tributo enorme ao conquistador, II Reis 15:19-20. No obstante o fato de que Jud se achava no caminho da marcha do poderoso exrcito da Assria, no h qual quer indicao de que as autoridades de Jerusalm tives sem qualquer noo do perigo do conquistador. A Confederao de Rezim, Rei da Sria, e Peca, de Israel Alguns anos depois da subjugao de Israel por Ti glate-Pileser, Peca, assassino e usurpador do trono de Israel, fz aliana com Rezim de Damasco, em revolta contra o domnio da Assria. Crca de 735, stes dois reis planejaram atacar a Jud, e obrig-lo a entrar numa aliana poltica contra o domnio da Assria, II Reis 15:
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37; 16:5; Is. 7:1-2. possvel que o rei Acaz e os seus conselheiros de Jerusalm j haviam adotado a poltica de pedir o socorro da Assria contra a aliana de Peca e Rezim. Nos captulos 7 e 8 de Isaas temos um relat rio resumido da entrevista do profeta com o rei Acaz. O mensageiro do Senhor revela claramente, nesta hora cr tica da histria de Jud, o esprito proftico no conselho ao rei na sua grande perturbao. Procura animar o rei com a mensagem do Senhor. O rei, da casa de Davi, deve acautelar-se e ficar calmo, e no deve ter mdo, nem fi car desanimado por causa destes dois tocos de ties fumegantes. stes dois homens fracos e barulhentos esgotar-se-o sem poder executar o seu plano contra Jud. Isaas reconheceu que a Assria se tornaria inimigo mais perigoso de Jud do que a aliana de Rezim e Peca. A aliana de Acaz com a Assria mostra a falta de f no Senhor Deus, e o perigo crescente para a religio do povo de Jud. V eja II Reis 16:7. Isaas aconselhou, em vo, que o rei de Jud se libertasse de alianas polticas e con fiasse no Senhor. difcil entender, luz dos eventos subseqentes, por que alguns escritores justificam esta submisso vo luntria Assria da parte do covarde Acaz. le aban donou a f no Senhor Jav, o Deus do seu povo, fz pas sar o seu filho pelo fogo, e entregou-se completamente idolatria, II Reis 16:10-18. Assim, precipitou o envol vimento de Jud no seu declnio poltico e religioso. No h nada na histria dsse homem para indicar que le demonstrou no seu govrno quaisquer qualidades de esta dista. Quando o rei Acaz recusou definitivamente a men sagem do Senhor e entregou-se ao domnio da Assria, o profeta ficou quase inativo durante a maior parte do go vrno dsse rei infiel.
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Todavia, Isaas apresentou o seu aplo ao povo numa srie de breves mensagens, encontradas no captulo 8. Por meio de um ato simblico, le ilustrou a destruio da Sria e de Israel. Com formalidade legal o mensagei ro do Senhor colocou uma placa num lugar pblico com a inscrio A Maher-shalal-hash-baz, o nome de um dos seus filhos, Rpido-despja-prsa-segura. Declarou, na ocasio, Antes que o menino saiba dizer meu pai ou minha me, sero levadas as riquezas de Damasco, e os despojos de Samaria, diante do rei da Assria Is. 8 :4. Mas o povo em geral, bem com o as autoridades pblicas mostraram a mesma insensibilidade espiritual e incredulidade religio sa. A pregao do profeta produziu apenas a cegueira mental e a dureza de corao, justamente de acrdo com o significado da viso inaugural. Quando o povo em geral chegou a desprezar a men sagem divina, o profeta cessou por algum tempo o seu ministrio pblico, e marcou a ocasio por um ato signi ficativo. Liga o testemunho, sela a lei entre os meus discpulos 8:16. A expresso fica obscura, mas tal vez se refira s mensagens proferidas durante a crise com Acaz, e que o profeta selou na presena de seus poucos discpulos como protesto contra a incredulidade nacional. quase certo que havia, neste tempo de incredulidade geral, um grupo de discpulos do profeta, instrudo e de senvolvido mais tarde como o restante fiel. O Significado da Queda de Samaria, 721 Tiglate-Pileser aceitou com alegria o tributo de Acaz, matou o rei da Sria, conquistou a cidade de Damasco e levou cativa uma grande parte do seu povo. Colocou um ttere no trono de Samaria, e assim fz de Israel uma provncia da Assria. Quando Tiglate morreu, em 727, o seu filho Salmanaser V ocupou o trono da Assria, de 727-
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722. Osias, rei de Israel, pagou tributo a Salmanaser por pouco tempo, e ento conspirou com o rei do Egito contra a Assria, II Reis 18 :4, no esforo de ganhar a sua independncia. Salmanaser respondeu logo com uma fo r te invaso de Israel. Sitiou a cidade de Samaria por mais de trs anos, II Reis 1 7 :2-6, e a cidade caiu finalmente no poder de Sargo II, sucessor de Salmanaser, no princpio do ano 721. Assim terminou o Reino de Israel. A s Dez Tribos ficaram perdidas para sempre. Foi um caso de genocdio, ou a destruio nacional. Uma grande parte dos moradores da cidade, 27.290, foi deportada para a Mesopotmia e Mdia. Samaria passou a ser habitada por uma populao mista, e Jud limitava-se em parte com uma provncia do Imprio da Assria, exterminador de naes. Eventos no Reinado de Sargo 11, 721-705 N o primeiro ano do seu govrno Sargo sofreu uma derrota que lhe foi infligida pelo rei de Elo. Ento sur giu logo entre as provncias do oeste, incluindo a Filstia e o Egito, uma revolta contra a Assria, mas Sargo es magou os revoltosos na batalha de Rfia. Devido pro vavelmente influncia de Isaas, Jud no tomou parte nesta batalha contra a Assria. Na mensagem de 14:2832, proferida talvez no ltimo ano de Acaz, Isaas adver tiu aos filisteus de que o poder da Assria ainda no fra enfraquecido. Surgiu entre os judeus, influenciados pelo Egito, mas sem o apoio de Isaas, um movimento revoltoso contra a Assria, nos princpios do reinado de Ezequias. Numa inscrio de 711 Sargo menciona Filstia, den, Moabe e Jud, com o os pases obrigados a trazer tributo Ass ria. Declara tambm que estas provncias tinham envia do sinais de homenagem a Fara, prncipe sem poder de ajud-las. Sargo despachou uma expedio militar con
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tra Asdode, e com a queda do fo co da conspirao, a re volta fracassou. Jud estava pagando tributo Assria, mas no h evidncia de que tomasse parte nesta cons pirao . A invaso de Jud por Senaqueribe, 701 Com o assassnio de Sargo e o estabelecimento de Senaqueribe no trono da Assria, em 705, surgiu entre as provncias do grande imprio o desejo e a esperan a de libertarem-se do domnio cruel do seu opressor. Por alguns anos, 721-709, Merodaque-Balad, o caldeu, ti nha oferecido resistncia obstinada contra Sargo, e foi subjugado com dificuldade. Revoltou-se tambm contra Senaqueribe, e fo i subjugado com duas campanhas do exrcito assrio. No seu poder crescente, o Egito ambi cioso aproveitou-se das perturbaes polticas para f o mentar a insurreio contra a Assria. Nestas circuns tncias, as provncias da Palestina e Fencia uniram-se na revolta. Contra o conselho de Isaas, Ezequias, de Jud, tomou parte na conspirao. De 705 a 701 o profeta Isaas dirigiu as suas mensa gens contra os conselheiros polticos que confiavam no socorro do Egito, 28:7-13; 28:14-22; 29:15-16; 30:1-7; 31:1-3. Durante o govrno de Ezequias, o grande mensagiro do Senhor exerceu o seu ministrio proftico vigo rosamente, mas aparentemente com poucos resultados at crise na histria de Jerusalm, quando aconselhou e persdi ao rei Ezequias a recusar a entrega da cidade de Jerusalm ao poder de Senaqueribe, Is. 37. , Nota-se uma certa mudana na pregao do profeta no perodo do govrno de Ezequias. No princpio do seu ministrio, o profeta denunciou em trmos fortes o or gulho, a iniqidade e a infidelidade religiosa do povo., Condenou severamente a. corrupo e a injustia dos ricos
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e das autoridades polticas. N o perodo do govrno de Ezequias o profeta olhou mais para o futuro, e discutiu a operao do propsito do Senhor na histria, e especial mente na histria do povo do Senhor. A o mesmo tempo le denunciou severamente as intrigas polticas e a injus tia social. V eja 28:14-15; 29:15-16; 31:1-3; 22:15-25; 28:1-21; 29:9-14. Quando Ezequias pediu o socorro do Egito, o profeta denunciou esta aliana com a m orte, 28:15. Quando o rei e o povo confiavam no poder militar e nas alianas polticas, o conselheiro espiritual do seu povo declarou que a f no Senhor Jav, o Santo de Israel, o Deus da histria, era a nica esperana segura para Jud. A o mesmo tempo, o profeta reconheceu que a Ass ria era instrumento na mo de Deus para castigar o povo infiel de Jud. Mas declara firmemente que o arrogan te conquistador ser humilhado, 10:5-16; 37:22-25. Como um dos conspiradores contra o Imprio da Assria, Ezequias aguardava a fria da vingana de Senaqueribe. Na sua terceira campanha militar o terr vel conquistador invadiu as provncias no oeste. le des creve as vitrias e as conquistas dramticas daquela ex pedio no Taylor-Prism, agora no Museu Britnico (V eja a Arqueologia Bblica do autor, p. 2 69 ). A sua narrativa no concorda perfeitamente nos pormenores com a da Bblia, II Reis 18:13-16. Nota-se logo na sua narrativa a arrogncia e o exagro costumrio dos fatos em favor da grandeza das vitrias militares, em contras te com a histria clara e humilhante na Bblia, II Reis 18:17-37. Senaqueribe no oferece qualquer explicao porque abandonou o stio de Jerusalm, mas d a entender que foi por causa do grande tributo que tinha recebido de Ezequias. Lembrando-se da sorte funesta de Israel, Ezequias, por motivos de patriotismo e da religio, recusou-se a en
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tregar a cidade ao poder cruel da Assria. Mas que podia fazer nessa situao extrem a? Virou-se ao homem de Deus. Isaas tinha pregado corajosamente contra a pol tica de Ezequias na revolta contra a Assria, mas nunca tinha perdido a f no propsito do Senhor de salvar a ci dade de Sio do poder de Senaqueribe. No obstante o fato de que o rei Ezequias havia seguido a poltica popu lar, contra o conselho do profeta Isaas, nesta grande crise le recebe e segue o conselho do mensageiro do Se nhor, e recusa submeter-se s exigncias arrogantes de Senaqueribe. O discernimento espiritual do mensageiro do Senhor fo i completamente verificado. De repente, uma pestilncia terrvel atacou o acampamento dos ass rios, e matou 185.000 homens do exrcito assrio, Is. 37 : 36. Assim, Senaqueribe retirou-se repentinamente de Jud, voltou para a sua terra, e nunca mais voltou contra Jud e a cidade de Jerusalm. A sua poltica foi comple tamente alterada pelo desastre que sofreu na campanha contra Jerusalm. Quando consideramos o significado da salvao de Jerusalm do poder do exrcito cruel da Assria, difcil exagerar a importncia dsse evento do qual dependia o futuro da religio de Jud. A inspirao divina que guiou o ministrio proftico de Isaas e a bno da providncia de Deus que honrou e conseguiu a realizao das suas esperanas profticas constituem a mais linda histria, e o mais profundo en tendimento da religio do povo do Velho Testamento. Esta vitria da f, juntamente com os eventos histricos de 701, termina apropriadamente a carreira pblica dste nobre mensageiro do Santo de Israel. II. A vida e o Ministrio Proftico de Isaas Fora dos seus prprios escritos temos pouca infor mao sbre a vida do profeta Isaas. Nasceu nos fins do perodo da prosperidade econmica, e do declnio reli-
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gioso de Israel e Jud. A poderosa nao da Assria j comeara a campanha militar contra o ocidente, com o propsito de conquistar o mundo. Isaas era menino quan do Ams, o primeiro profeta cannico, dirigiu ao reino de Israel a mensagem do julgamento divino sbre a infideli dade daquela nao. Ams e Osias j tinham iniciado o nvo movimento proftico, com novas revelaes do carter de Deus e novas interpretaes dos princpios fundamentais do reino de Deus, quando Isaas recebeu a viso da santidade e da majestade do Senhor Jav, e res pondeu voluntriamente voz de D eus: Eis-me aqui, en via-me a mim. Era filho de Amoz, distinguido claramente do pro feta Ams. Segundo uma tradio persistente entre os judeus, Amoz era de famlia nobre, irmo de Amazias, rei de Jud, II Reis 14:1. No seu esprito como profeta e como estadista, Isaas era mais nobre do que os reis de Israel e Jud. O profeta geralmente ocupava uma posi o social nos crculos^ polticos e sacerdotais. A sua mentalidade aristocrtica indicava a nobreza da famlia. Em 8:3 a espsa de Isaas mencionada como pro fetisa, e alguns supem que ela tivesse o dom e o esp rito de profecia. Mas mais provvel que as esposas dos profetas eram chamadas profetisas por cortesia, do mes mo modo como as mulheres dos sacerdotes eram deno minadas sacerdotisas. Isaas teve dois filhos e le lhes deu nomes simblicos: Sear-Jasube (U m -Restante-Yoltar); Maher-shalal-hash-baz (Rpido-despjo-prsa-segura). Isaas exerceu o seu ministrio proftico nos ltimos 40 anos do sculo oitavo, e possivelmente por mais um pouco de tempo, mas no temos referncia a qualquer mensagem dle depois do ano 701. De ua maneira es pecial ste homem de Deus tomou parte proeminente nas crises polticas e religiosas de Jud durante o seu mi nistrio, e assim ganhou fama bem merecida com o o
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maior estadista da poca, se no do Velho Testamento. certamente o mais poderoso profeta do Velho Testa mento. claro que o Senhor levantou ste homem no perodo da apostasia do seu povo, e no tempo da expan so do Imprio da Assria, que ameaou a destruio do povo escolhido do Senhor. De acrdo com a tradio, le sofreu martrio s ordens do rei Manasss, e fo i provvelmente serrado ao meio (Cp. Heb. 11:37). Em esprito aristocrtico, Isaas comportou-se como prncipe entre os homens, falando sempre com a auto ridade do embaixador do Santo de Israel. Nas prega es, bem como nas obras e nas atividades profticas, le sempre se apresenta como o mais alto exemplo da cultura de Jud. Sempre demonstra a capacidade inte lectual de analisar os problemas polticos e sociais do seu povo, e a habilidade proftica de entender e interpre tar a mensagem do Senhor Jav, o Santo de Israel, de acrdo com as necessidades religiosas dos seus patr cios. Sempre demonstra a firmeza de carter para pre gar as verdades da revelao divina como a nica solu o dos problemas polticos, ticos, sociais e religiosos de Jud. Observam-se, no estudo cuidadoso das suas mensagens, no somente os seus maravilhosos talentos, como tambm a perfeita harmonia no uso de seus dons no esforo de orientar as autoridades polticas, e a socie dade nacional nos deveres e nas responsabilidades m o rais de acrdo com a vontade revelada do Senhor. Como Ams e os outros profetas, Isaas era homem do seu tempo, influenciado pela histria do seu povo, e pelas crises histricas da poca. Mas a fra da sua personalidade, e seu discernimento espiritual dos sinais do tempo, e sua transmisso das verdades eternas da revelao divina para as geraes do futuro, elevaram ste mensageiro do Senhor acima da poca transitria, e fizeram dle um mensageiro de Deus para tdas as ge
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raes subseqentes. A s verdades fundamentais que Isaas proclamou vivem ainda, e vivero eternamente. No tinha, nem poderia ter, a ltima palavra da revela o divina sbre a glria e a graa de Deus, mas contri buiu muito para esclarecer as operaes do Criador na histria humana, e o propsito e poder do Controlador das atividades dos povos e das naes do mundo. A gl ria do Senhor enche o mundo inteiro, mas, na sua ma jestade maravilhosa, o Deus de Israel comunica-se com os seus profetas, e com todos os seus servos fiis. Nas meditaes sbre a morte do seu rei Uzias, o jovem experimentou a presena e o poder da santidade, da majestade e da glria de Deus. E naquela sublime viso, Isaas recebeu a incumbncia de entregar-se nas mos do Senhor, e dedicar a vida completamente ao ser vio do Senhor. O velho monarca tinha governado o reino de Jud no perodo da maior prosperidade nacio nal, mas estava nos ltimos dias de sua vida, ou j ti nha morrido. provvel que Isaas j comeara a en tender que a morte dste poderoso rei do seu povo es tava marcando o fim de uma poca na histria de Jud, e o princpio do perodo de anarquia e confuso (Cp. 3 :1 8 ). Assim, na viso foi permitido ao jovem pro feta entender, luz da revelao da santidade e da ma jestade do Senhor, o pecado da infidelidade do povo e os sofrimentos que haviam de enfrentar por causa da sua infidelidade e dos seus pecados, 6:9-13. A revelao da Pessoa do verdadeiro Rei preparou Isaas para en frentar as responsabilidades e as obrigaes morais de receber e transmitir ao seu povo obstinado e rebelde os seus ensinos, com coragem, confiana e persistncia, na dependncia do socorro divino. As verdades eternas imprimidas no esprito de Isaas por essa experincia memorvel so confirmadas pelos resultados do seu ministrio proftico. Desempenhou-se
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fielmente da incumbncia que aceitou voluntariamente em resposta ao Senhor, A quem enviarei, e quem h de ir por ns? Manifestaram-se os resultados da pregao da mensagem de Deus na vida e na histria dos insens veis e incrdulos, bem como no esprito e na misso do restante fiel, o ncleo do povo regenerado pela graa de Deus. Convm reconhecer os quatro perodos do minist rio dsse profeta, e a adaptao da mensagem proftica s circunstncias histricas da vida nacional. O pri meiro se estende desde a m orte de Uzias em 742 at os princpios do reino de Acaz em 734. O segundo o pe rodo de conflito do profeta com o rei Acaz, nos princ pios do seu reino de 734-715. O terceiro se centraliza contra a poltica de aliana com o Egito contra o Imp rio da Assria de 715-705. Na quarta diviso a profecia relaciona-se principalmente com a invaso de Jud por Senaqueribe, e a libertao de Jerusalm de 705-701. 1. As Profecias do Primeiro Perodo difcil determinar as ocasies e as datas quando foram proferidas muitas das mensagens de Isaas. Essas questes sero discutidas mais elaboradamente no co mentrio prprio. As pregaes a respeito de Jud e Jerusalm nos captulos 1-5 foram proclamadas provvelmente no reino de Joto. As condies sociais e religiosas de Jud eram se melhantes s de Israel nos dias de Ams. Mas, devido s maiores relaes polticas de Israel com outras na es, e especialmente devido ao casamento de Acabe com Jezabel, o reino do norte foi mais influenciado pela re ligio dos fencios do que o de Jud. A o mesmo tempo, na ingratido para com o Senhor, na religio de cerimonialismo, na infidelidade ao Senhor, e no fracasso mo ral, Jud no era superior ao Reino de Israel. O profeta
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tm la dos pecados de Jud no esprito e no entendimen to do seu predecessor, Ams. O povo se mostra mais insensvel aos favores de Deus do que o boi e a jumenta aos cuidados de seus donos, 1:3. A idolatria, a supers tio e a confiana nas riquezas so caractersticos da vida nacional, cp. 2. Os males sociais, a opresso e a injustia praticadas contra os pobres e fracos pelos ri cos e poderosos, 3 :9 ,1 4 ,1 5 , e o luxo e a vaidade das mulheres de Jerusalm, 3:16, so condenados com a mesma severidade do profeta Am s. Nesse perodo do seu ministrio o profeta se apresenta como pregador da justia e do juzo vindouro. Os dois assuntos mais acen tuados nas pregaes dsse tempo so o pecado do povo, especialmente dos ricos, e a certeza do desastre nacional, 5:8-24. A s passagens 9:8-21; 10:22-23; 32:9-14, e provvelmeinte outras, foram proferidas nesse perodo. O povo de Jud em geral, como o de Israel, influen ciado, sem dvida, pela religio mais fcil e mais agra dvel dos cananeus, julgava que podia ganhar os favo res do Senhor Jav pelos servios rituais e os sacrifcios custosos, apesar dos pecados e da infidelidade dos ofertantes, 1:10-17. A Parbola da Vinha, 5:1-7, proclama em trmos claros que o Senhor esperava da casa de Israel, e dos homens de Jud, o juzo em vez de opresso, e a justia em vez do clamor dos oprimidos. Isaas proclama tambm o julgamento vindouro em trmos claros e cintilantes. O dia do Senhor no ser o dia de vitria e honra para o povo de Jud, como se es perava. Ser antes o dia quando todo o soberbo e al tivo ser humilhado perante a exaltada majestade e a glria do Senhor, 2:9-22. O Senhor mesmo vir em pes soa para julgar os ancios e os prncipes do povo, 3:14. Em 1:24-26 o profeta olha para o futuro quando Jud ser purificada, como era dantes. Ento Jerusalm se chamar idade de justia, cidade fiel. H dois lindos quadros da Idade Messinica do futuro, 2:2-4 e 4:2-6.
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2. O Conflito do Profeta com o Rei Acaz No esforo de persuadir o rei Acaz a confiar no au xlio do Senhor, e no fazer aliana com a Assria, o pro feta fracassou. Os profetas em geral sempre se mos travam contra alianas polticas das pequenas naes de Israel e Jud com as naes poderosas. Opuseram-se igualmente violao de tais alianas que pudessem re sultar na sua subjugao, ou na sua runa final. Apre sentam-se nos captulos 7 e 8 a histria do confli to de Isaas com o rei Acaz, e algumas mensagens sim blicas dirigidas ao povo. Nesta segunda parte do seu ministrio, o profeta se apresenta como conselheiro po ltico, e, segundo a opinio de muitos estudantes, como verdadeiro estadista. Instava com tda autoridade pro ftica para que Acaz renunciasse confiana no aux lio poltico, e confiasse no socorro do Senhor. Se no crerdes, certamente no sereis estabelecidos. Isaas en tendeu claramente a insensatez do rei Acaz em subme ter-se voluntriamente ao domnio da Assria, pagando tributo a Tiglate-Pileser para livr-lo da ameaa da S ria e Efraim quando le j havia comeado o seu plano de conquistar os pequenos pases ao oeste. Com a rejeio da sua mensagem pelo rei e pelo povo em geral, o profeta interrompeu a sua atividade proftica at morte do rei Acaz. Houve, porm, um pequeno grupo de homens que ouviu com interesse as pregaes do profeta. Entre stes que se destacaram de entre a gerao incrdula e insensvel, e receberam com alegria os ensinos do mensageiro do Senhor, havia aqule restante fiel de que dependia o futuro do reino de Deus. 3. Operao do Propsito de Deus na Histria Com a morte do rei Acaz e a inaugurao do rei Ezequias, Isaas reassumiu o seu ministrio proftico.
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A profecia contra os filisteus foi proferida neste pero do, 14:28-32. Durante ste perodo o profeta pregou freqentemente, dirigindo as suas mensagens ao rei Ezequias, s autoridades polticas, no esforo de orien tar a vida nacional de acrdo com a vontade do Senhor. No ministrio dsse perodo (18:1-7; 19:1-15; 20: 1-6; 22:1-25), nota-se uma certa mudana no intersse e nas mensagens do profeta. Na primeira parte do seu ministrio le denunciou severamente o orgulho, a ini qidade e a infidelidade religiosa do povo. Condenou igualmente a corrupo e a opresso do povo pelos ho mens ricos e poderosos. No reino de Ezequias o profe ta pensava mais profundamente na operao do prop sito de Deus na Histria. Continuou a censurar as in trigas polticas das autoridades, 28:14-15; 29:15-16; 30:1-5; 31:1-3. Nos anos de 715 a 711 le fala menos na injustia e opresso, e trata do problema da queda de Samaria, e a extino do reino das Dez Tribos. Fala mais claramente sbre o problema que perturba os pen sadores de tdas as geraes. O Imprio da Assria era mais cruel do que a nao de Israel que le tinha des trudo. Vangloriou-se no stio de Jerusalm, dizendo: Porventura com o fiz a Samaria e aos seus dolos, no o faria igualmente a Jerusalm e aos seus dolos? Com clareza crescente o profeta anunciava a aniquilao da quele imprio envolvido no plano divino para o estabe lecimento do verdadeiro reino de Deus no mundo. di fcil para alguns telogos de hoje entender o ensino de Isaas, de que Deus pudesse usar o poder cruel da Ass ria na realizao do seu propsito na direo da hist ria humana (1 0 :5 ). Depois de ser usada como instru mento na mo de Deus no castigo de Jud, a Assria se ria destruda pelo poder supremo do Senhor, 10:5-17.
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4. A Invaso de Jud por Senaqueribe, e a Salvao de Jerusalm Aparentemente, Ezequias no prometeu a Merodaque-Balad auxlio na revolta contra a Assria. cer to, todavia, que os pases pequenos, vizinhos de Jud, en traram na conspirao contra o poderoso imprio, en corajados aparentemente pelo revoltoso Merodaque-Balad da provncia da Babilnia. Logo que subjugou ste persistente revoltoso da Babilnia, Senaqueribe, o nvo rei da Assria, iniciou a campanha militar contra as pro vncias revoltosas do oeste. Embora Jud no tomasse parte na aliana contra a Assria, Ezequias, com o seu povo, ficou amedrontado perante a pavorosa campa nha militar de Senaqueribe. Seguindo o conselho dos polticos, Ezequias pediu a ajuda do Egito (28:7-13, 14:22; 29:15-16; 30:1-7; 3 1:1 -3 ). O mensageiro do Se nhor denunciou vigorosamente esta aliana com a morte, 28:15, e a esperana falsa de achar segurana poltica por meio de alianas militares. Isaas entendeu claramente a ambio e a poltica pe rigosa da Assria, bem como a futilidade de qualquer aliana de Jud contra ela. A nica fra de Jud con tra a agresso arrogante da Assria no seria militar, mas sim o propsito do Santo de Israel, o Controlador da Hist ria. O rei Ezequias e os polticos aparentemente tinham d vidas quanto ao valor do auxlio militar do Egito, e ten taram esconder do profeta os seus desgnios, 29 :15; 30:1. Mas o profeta acompanhava as atividades e os planos dsses homens, e freqentemente usava de linguagem irnica sbre os seus esforos sutis de enganar o TodoPoderoso (29:15; 30:1-12; 3 1 :1 -2 ). Nessa situao pe rigosa, Isaas usou mtodos ainda mais drsticos para influenciar a opinio pblica contra a rebelio. P or trs anos le andou nu e descalo, 20:1-6, como sinal da
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humilhao que o Egito havia de sofrer s mos da Assria. O profeta reconheceu que Jud tambm tinha que sofrer a invaso da Assria, e que isto seria o julgamen to inevitvel do Senhor. Assim, nas suas pregaes, o mensageiro do Senhor procurou desenvolver o esprito religioso das autoridades e do povo, e prepar-los para enfrentar a tragdia sem perder a f no Senhor da His tria, o Deus de Israel. Como tinha procurado persuadir o rei Acaz a no fazer aliana com a Assria, agora le se esfora para mostrar s autoridades a tolice de fazer aliana com o Egito em revolta contra a Assria. Na orientao divina, Isa^s entendeu claramente os limites do poder da Assria no eterno propsito de Deus. Releva notar, todavia, que o profeta nunca iden tificou a poltica da Assria com o propsito moral do Todo-Poderoso. V eja 10:32 e 10:33. A crise na vida de Jerusalm ofereceu ao Senhor dos cus e da terra a oca sio de demonstrar a sua majestade, a sua glria e o seu poder no transtorno do poder arrogante da Assria. A libertao de Jerusalm do poderoso exrcito militar de Senaqueribe um exemplo supremo na histria in teira da redeno poderosa do Deus Altssimo. Foi a inaugurao do reino de santidade, justia e paz, reser vado para o restante purificado do povo escolhido. A orientao e o encorajamento do rei Ezequias pelo profeta nessa ocasio, com os seus resultados de eterna significao para o reino de Deus no mundo fo i uma concluso apropriada do ministrio dsse grande homem de Deus. Com os ps na terra firme, a cabea nas nu vens e o corao nas verdades eternas do Deus verdadei ro, ste servo de Deus entendeu claramente a injustia poltica e a infidelidade religiosa do seu povo. Homem de convices inabalveis, le pregava fielmente as verdades eternamente operativas na vida dos homens e das naes.
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Na comunho entranhvel com o Esprito do Senhor Oni potente, ste pregador da justia divina tinha a autori dade e o poder de apresentar a mensagem de esperana ao seu povo na hora da angstia, e assim salvou o reino enfraquecido de Jud da tragdia nacional que ocorrera com o Reino de Israel. III. A Teologia de Isaas No h diferena especial entre os ensinos teolgicos de Isaas e os outros profetas da poca. les concordam nos ensinos sbre a natureza e o carter do Senhor Jav, o Deus de Israel; a controvrsia divina com o povo de Is rael e Jud; o julgamento vindouro de Israel e Jud pela agncia da Assria; e o estabelecimento final do reino de Deus no mundo. Isaas, porm, entendeu mais claramen te do que os outros profetas os fatos polticos da histria humana. Como resultado da viso inaugural, le enten deu mais claramente a santidade, a majestade e a glria eterna de Deus, a misso de Israel, e o futuro do Reino Messinico do Senhor dos cus e da terra. Pois na experincia religiosa de Isaas, Deus era o Soberano, o Exaltado, o Senhor Jav dos Exrcitos, o Santo cuja glria enchia tda a terra. No seu alto e su blime trono o Senhor Jav o Rei, no somente de Israel, mas o Soberano absoluto e universal do mundo inteiro. A s criaturas resplandecentes, os serafins, que refletem e proclamam a glria divina, so cnscios das suas imper feies em comparao com a majestade do Senhor, e co brem o rosto e os ps na presena do seu Criador. O profeta contemplava profundamente o mistrio so lene da viso que recebera do Senhor; o fogo simblico da expiao; a severidade da mensagem divina dirigida ao povo de Israel; e acima de tudo a santidade inacessvel do Senhor Jav. A significao radical de santidade sepa rao, mas o que separa o Senhor do universo que le
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criou a bondade e a justia do seu propsito nas ativi dades de preservar e dirigir as obras da criao. A san tidade ou a divindade descreve a superioridade infinita do Senhor em relao s criaturas do mundo. A santidade no descreve qualquer atributo especial da natureza di vina, mas declara apenas a noo da divindade, na sua distino de tdas as outras form as de existncia. O trmo santidade, per si, no especifica qualquer atributo de Deus, mas toma a sua qualidade da natureza e do propsito de todos os atributos do Senhor, com o a bondade e a justia, 5:16. A bondade, a justia e o amor de Deus so absolutos. Tdas as virtudes humanas so relativas. A justia soberana pessoal nas relaes com o homem criado imagem de Deus. N o seu amor e na sua justia Deus fala conscincia do homem, exigindo dle a submisso e a obedincia. Mas na revelao pr pria do Senhor que o homem conhece a vontade e o pro psito de Deus para a sua vida na sociedade humana. O Santo de Israel o Rei soberano na histria de tdas as naes. No obstante o fato de que os homens no enten dem perfeitamente a significao das obras divinas, o Senhor Jav quem governa a Histria de acrdo com o seu eterno propsito na criao do homem (Cp. 5:12,19; 28: 23-29; 2 9 :1 4 ). O Santo de Israel inteiramente diferente de outros santos: na sua natureza, na soberania, no propsito das suas atividades, e na exigncia de obedincia universal sua vontade. A glria do Senhor relaciona-se com o universo in teiro. Tda a terra est cheia da sua g lria . Santo, santo, santo o Senhor dos Exrcitos. Esta afirmao dos serafins declara o que Deus em si mesmo. Tda a terra est cheia da sua glria. Esta declarao descreve o que Deus na revelao. Assim o cntico dos serafins declara que a plenitude da terra inteira a glria de Deus.
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0 Senhor Jav na Histria A doutrina da soberania de Deus, acentuada nos ensinos de Isaas, levou o profeta a pensar na revelao do propsito do Senhor na Histria. No propsito do seu reino, o Soberano pergunta na viso quem h de repre sent-lo na terra. Desde ento, Isaas pensava no pro psito do Senhor que se realiza progressivamente no govm o providencial do mundo, 5:12; 10:12,23; 14:24,26,27; 28:21-24. A obra do Senhor significa para o profeta o estabelecimento do seu Reino de Justia no mundo. o ato final e decisivo que o Senhor executar na grande consumao da Histria. As autoridades irreligiosas no podiam entender as obras e as atividades do Senhor na direo da Histria, 5:12. Permaneciam cegas quanto operao da provi dncia de Deus na vida dos homens e das naes. O gnio de Isaas, em comunho com o Esprito do Senhor, per cebeu que o reino do Senhor supremo, no somente na esfera da natureza fsica, como tambm no govm o da histria humana. Como a glria do Senhor enche tda a terra, assim tambm a atividade do Criador penetra tda a histria humana. Como os homens eram cegos quanto glria do Senhor, assim tambm os irreligiosos zomba vam das atividades de Deus no controle da histria dos homens e das naes. Isaas, como Ams, acentuava os atributos austeros do Senhor. Fala freqentemente sbre a sabedoria, o zlo e a ira do Senhor, 28:29; 3 1 :2 ; 9 :7 ; 9 :1 9 ; 10:6. A justia divina liga-se diretamente com a santidade do Senhor, 5:16. Embora Isaas, de Jerusalm, no fale do amor como atributo do Senhor Jav, o Santo de Israel, le reconhece claramente o propsito da graa de Deus em tdas as suas relaes com Israel, 30:18. No senti mento vigoroso de Isaas, Deus se apresenta como o So-
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berano absoluto, de majestade suprema e de glria infi nita. Deus fala aos homens por intermdio do profeta Isaas como o Senhor Jav dos Exrcitos, com a autori dade do Criador e do Rei dos cus e da terra. O Senhor Jav e Israel O concrto do Senhor com o povo de Israel deter minou o desenvolvimento das escrituras do Velho Tes tamento. Mas neste sentido temos que entender a signi ficao do concrto, Gin. 12:3 e x. 19:1-6. Isaas, como os outros profetas, baseou a sua mensagem ao povo nesta relao especial entre o Senhor e a nao de Israel. De acrdo com o concrto, o Senhor Jav o Deus de Israel, e Israel o povo de Deus. evidente em todos os escri tos profticos que o povo em geral no entendeu clara mente a verdadeira significao do concrto. Israel se ufanava da sua relao peculiar com o Senhor, mas no quis entender ou aceitar a responsabilidade religiosa que o concrto lhe impunha. Jav o Deus de Israel num sentido especial. E, correlativamente, Israel o povo do Senhor num sentido especial. Porquanto a sua religio fsse nacional, segundo os profetas, Israel tinha a incumbncia de servir ao Senhor como nao sacerdotal. Por intermdio dos profetas, o Senhor trata com o povo de Israel no seu conjunto. O pecado do israelita reconhecido como delito nacional. Todos os israelitas tinham que reconhecer e honrar ao Senhor Jav na vida pessoal, mas sempre como membro do conjunto nacional. Em virtude da solidariedade nacio nal, todos os israelitas, em tdas as esferas da vida, eram responsveis perante o Senhor pelos pecados ou pela f e obedincia do grupo. Deus como Soberano universal, em virtude do seu propsito na escolha de Israel, era Rei, num sentido es
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pecial, dste povo. Israel, por sua parte, representava o reino de Deus na terra. Isaas era o mensageiro do Rei, comissionado para falar ao povo e orient-lo de acrdo com a revelao do Senhor Soberano. Portanto, Isaas, como os outros profetas, se esforava para estabelecer as relaes de harmonia espiritual entre o Rei e o povo do seu reino. Para ste profeta a religio nacional resu mia-se na frase a santificao do Senhor dos Exrcitos (8 :13 ; 2 9 :3 3 ). O julgamento do estado moral de Israel pelo profeta era simplesmente a aplicao dstes princpios s con dies sociais religiosas do povo da poca. Experimen tando a viso da Santidade do Senhor, o jovem Isaas sentiu-se perdido, separado de Deus pela sua impureza. Logo em seguida, le reconheceu a condio pecaminosa da vida inteira de Israel como nao. O seu prprio pe cado foi purificado pelo contato com o fog o divino, o smbolo da santidade do Senhor. Mas aprendeu na mesma ocasio que o nico fogo que poderia purificar a nao mergulhada na iniqidade era o fo g o do julgamento su premo, que podia queimar ou destruir os elementos peca minosos de Israel, deixando apenas o restante indestru tvel, a santa semente, 6:13. A viso da Santidade do Senhor, na sua majestade e justia, preparou o jovem para entender e interpretar a insensibilidade, a impureza, e a corrupo do povo em geral, bem como a tirania, a injustia e a hipocrisia das autoridades polticas, ricas e poderosas, 29:13; 1:10-17; 1:4 . Nas circunstncias religiosas da poca, Isaas enten deu que a sua pregao teria o efeito de afastar o povo hipcrita ainda para mais longe do Deus Santo. Israel como nao tinha abandonado ao Senhor, e o Senhor o rejeitara.
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Uma das doutrinas bsicas e fundamentais dste mensageiro do Senhor que a f tem que ser o motivo e a fra da orientao de Israel na sua vida poltica, bem como na vida religiosa, 7 :9 . Aqule que crer no se apressar, 28:16. Na tranqilidade e na confiana ser a vossa fra, 30:15. Estas declaraes nos oferecem a chave para abrir o entendimento desta grande profecia. Quando o destino do povo em geral foi determinado pela incredulidade e a infidelidade, os que se separaram dos pecaminosos e incrdulos da poca eram orientados e abenoados de acrdo com a sua f no Santo de Israel. Portanto, o julgamento iminente de Israel no apresenta quaisquer terrores para aqules que crem na palavra certa da Revelao. Os Ensinos Escatolgicos de Isaas Os escritores do Velho Testamento so os primeiros entre todos os povos antigos do mundo que apresentam um conceito distintivo, definitivo e coerente do signifi cado da Histria. A origem histrica da religio bblica forneceu aos escritores a chave para a interpretao da Histria. Os mensageiros da revelao de Deus sabiam interpretar as atividades do Senhor na sua vida nacional. Entenderam no somente o propsito do Senhor, na sua prpria histria, como tambm na criao do mundo para o servio e o desenvolvimento da humanidade inteira. O Criador dos cus e da terra est dirigindo a histria do mundo para o alvo que le mesmo predeterminou. Mas, como os outros profetas, Isaas reconheceu a desarmonia, a incoerncia e as imperfeies religiosas do povo de Israel, em comparao com o reino ideal do fu turo que pela f no Deus Santo e Justo esperava. Aparen temente, os profetas do sculo oitavo esperavam uma catstrofe fsica e social, seguida por uma nova ordem do reino de Deus na terra, no qual tdas as fras da
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natureza se tornariam subservientes s necessidades da humanidade completamente renovada. H quatro elementos nos ensinos de Isaas sbre o futuro do reino de Deus: O Dia do Senhor, O Restante, O Reino Messinico e A Inviolabilidade de Sio. Alguns dizem que h contradies nestes ensinos. verdade que as circunstncias histricas e religiosas determinavam a variao da nfase em cada um dles, mas isto certa mente no significa contradies. Significa antes a har monia no julgamento divino da massa do infiis e do Res tante Fiel. O Dia do Senhor Isaas, 2:12-21, como Ams, 5:18, descreve o Dia do Senhor como o dia que ser contra todo soberbo e altivo, e contra todo o que se exalta, para que seja abatido, 2:12. N o conceito do Dia do Senhor, os dois profetas explicam as conseqncias da rebelio e da infidelidade de Israel e Jud. Naquele dia o Senhor se apresentar no esplen dor da sua glria e da sua majestade para julgar os po vos, a soberba, a autoridade e o poder dos homens in fiis. Todos stes sero abatidos, e lanaro s toupeiras e aos morcegos os seus dolos de prata e os seus dolos de ouro que fizeram para adorar, 2:20. Isaas no limitou a significao do Dia do Senhor ao desastre da invaso de Jud pelos assrios. Reconheceu que o Senhor usou a Assria como instrumento para o castigo de Jud, e ensinou tambm que o propsito de Deus visava destruio do cruel Imprio da Assria. Depois da retirada do exrcito de Senaqueribe que infli giu um desastre terrvel contra Jud e Jerusalm, Isaas reconheceu que o Dia do Senhor, o Santo de Israel, seria o alvo da histria humana quando o reino da justia di vina fsse estabelecido na terra.
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O Restante Fiel do Senhor Por meio do nome de um dos seus filhos o profeta proclama esta doutrina do Restante fiel: Sear-Jasube (U m -Restante-Voltar). O ensino do significado dste nome do filho indica que Isaas, bem cedo, talvez desde a viso inaugural, 6:13, nutria a esperana, se no a cer teza, de que um restante do povo de Israel seria salvo do desastre vindouro. No h qualquer contradio neste ensino do arrependimento e salvao de um grupo fiel ao Senhor, e a infidelidade persistente da massa que as sim traria sbre si a destruio completa. O fogo do julgamento, como a brasa viva da viso, pode destruir, 5 :2 4 ; 9:19, ou pode purificar, 1:25,26. O Senhor no podia abandonar Israel, o seu povo, enquanto houvesse alguns sobreviventes da Filha de Sio, 1 :9 . O propsito divino no castigo de Israel a disciplina para que o povo reconhea a sua infidelidade, se arrependa da iniqidade e se volte ao Senhor, 9 :1 3 ; 10:12. Mas para os revolto sos persistentes contra o Senhor a destruio final ine vitvel, 28:22. Deus pode perdoar, purificar e salvar os pecadores que se arrependem e se voltam com f ao Santo de Israel. A ameaa para os infiis tom a-se uma gloriosa promessa para os fis. Um-Restante-Voltar. Naquele dia o restante de Israel e os sobreviventes da casa de Jac nunca mais se estribaro naquele que os feriu, mas se estribaro no Senhor, o Santo de Israel, 10:20. Quanto ao Reino de Israel, Isaas no esperava mais do que um pequeno nmero de sobreviventes, 1 7 :5,6, por que aquela nao como tal tinha que sofrer o extermnio. Quanto a Jud, a promessa de salvao foi limitada ac nmero das pessoas que receberiam a mensagem do pro feta e se arrependeriam, depositando a f na graa sal vadora do Senhor. Em 10:20-23 o restante constitudo dos escapados de Jac. Mas provvel que Isaas pensava em formar, ensinar e treinar o grupo de seus discpulos.
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8:16-18, como o grupo fiel ou o ncleo do reino futuro do Senhor. ste resto indestrutvel dos israelitas, ou da casa de Jac, levou o profeta Isaas, desanimado com os resultados da pregao da Palavra de Deus, a reconhecer que o seu servio como mensageiro do Santo de Israel tinha valor inestimvel e permanente para a religio do futuro. O Reino Messinico O trmo Messias originou-se do costume de ungir com leo,
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para um servio especial do Senhor. O trmo Messias, ungido, usa-se no Velho Testamento para designar o Rei Ideal da casa de Davi, sempre com a esperana de que le estabeleceria o reino ideal de justia. Terica e simboli camente todos os reis eram ungidos do Senhor, represen tantes do reino de Deus na terra. Mas na prtica muitos dos reis contriburam para a corrupo do govrno, e o desvio do povo para a infidelidade e a idolatria. No h outro profeta que tenha entendido to clara mente o fracasso religioso do povo escolhido como aqule que havia experimentado a viso da santidade do Senhor. Mas ste mensageiro zeloso do Senhor nos apresenta tam bm o Rei Ideal do futuro, o Rei Messinico da casa de Davi. A figura dste Rei e do seu reino apresenta-se freqente mente na obra de Isaas, 7:14-17; 9:2 -7 ; 11:1-9; 32:1-5. Opinies variam quanto ordem cronolgica destas passagens, e tambm quanto interpretao do seu signi ficado. No h razo suficiente para se duvidar de que stes trechos so profecias genunas de Isaas. O con traste entre os ensinos destas passagens e o teor da p ro fecia que trata da infidelidade da massa do povo concor dam perfeitamente com a viso inaugural e as experin cias subseqentes do profeta. No h razes suficientes para se rejeitar a interpretao messinica do orculo
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de 7:14-17. A passagem evidentemente se relaciona com 9:2-7. Nestes dois orculos o destino nacional depende do nascimento da Criana. ste fato indica que Emanu EI idntico Criana Maravilhosa de 9:6,7. Em 7:14 a criana Deus Conosco, e em 9:6 Deus Forte, Pai da Eternidade, Prncipe da P az. A criana nascida da virgem, Mat. 1:23, o Messias, o herdeiro maravilhoso do trono de Davi. Isto no declarado na passagem, mas o pro feta reconhece que a incredulidade de Acaz determina o destino trgico para a nao, e desde ento o profeta de posita sua confiana no restante fiel. le declara aqui como o Rei Messinico h de nascer . Em 9:1-7 le men ciona os atributos divinos do Messias que lhe deram a habilidade de inspirar e guiar o restante que tinha andado nas trevas, para ver e andar na luz resplandecente do Se nhor. Em 11:1-9 o Messias um rebento do tronco de Jess, dotado com o Esprito do Senhor, o esprito de sa bedoria e entendimento, o esprito de conselho e de forta leza, o esprito de conhecimento e do temor do Senhor. Os atributos conferidos ao Rebento pelo Esprito do Senhor significam, como as outras passagens, a divindade do Ungi do do Senhor. O Esprito do Senhor confere ao Rei Messi nico o discernimento e a energia devocional para executar o govrno perfeito do seu reino eterno de justia e paz. Os versculos 1-8 e 15-18 do captulo 32 descrevem o reino justo e reto do Messias. 0 profeta no fala, nestas passagens, nos atributos divinos do Rei ideal, menciona dos nos captulos 9 e 11, mas descreve a perfeio do g o vrno do Messias vindouro. A Inviolabilidade de Sio Portanto, assim diz o Senhor Jav: Eis que estou assentando em Sio, uma pedra, uma pedra j provada, pedra preciosa de esquina, de fundao segura; aqule que cr no se apresse, 28:16.
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Nos dias de Ezequias os assrios ameaaram Jerusa lm, e no stio da cidade pelo exrcito poderoso de Senqueribe, a destruio do monte do Senhor parecia inevi tvel. Mas o Senhor tinha revelado ao profeta o prop sito de salvar Jerusalm, mostrando-lhe embora, tambm, a necessidade imperiosa de castigar e disciplinar o povo antes que o reino divino pudesse ser aperfeioado. Em v rias declaraes o profeta reconheceu a Sio como o centro do reino futuro do Senhor, 1:26,27; 2 :2 -4 ; 8 :1 8 ; 14:32; 18:7; 28:16; 29:1 ; 30:19,29; 37:32. Isaas viu a glria do Senhor no Templo, o lugar da habitao divina na terra. Nos ltimos dias o reino de Deus ser estabelecido no monte da casa do Senhor, 2 :1 . No tempo do maior perigo o Senhor assentou-se no Monte Sio, e defendeu a cidade contra os inimigos. Assim ma nifestou o seu poder perante tdas as naes. Sio como o Santurio do Senhor inviolvel. Ser salvo na crise do julgamento, e ser o refgio dos salvos da calamidade nacional. A santidade de Sio, como o resto fiel da casa de Davi, o penhor divino da indestrutibilidade da cidade dos servos fiis do Senhor. Alguns pensam que esta convico inabalvel do profeta a respeito da inviolabilidade de Sio firmou-se nos ltimos dias do seu ministrio. H, porm, numero sas referncias ao Monte Sio, como a habitao do Se nhor, em vrias partes da profecia. E estas referncias a Sio como a habitao do Senhor indicam que esta cer teza do profeta a respeito de Jerusalm como o centro do reino eterno do Senhor era um dos princpios bsicos nos ensinos de Isaas. I V . Caractersticos Literrios do Profeta Isaas A maior parte da sua profecia fo i escrita em forma de poesia. muito semelhante estrutura da poesia dos Salmos, de Provrbios e de outras profecias. Os co
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mentaristas modernos geralmente reconhecem trs ou quatro espcies de composio na profecia. Os orculos so as declaraes ou as mensagens que o profeta recebe diretamente do Senhor, com a incumbncia de transmiti-los ao povo como a Palavra de Deus. A s memrias so as narrativas autobiogrficas que o profeta conta ao povo. So geralmente explicaes da chamada ao ministrio proftico, ou de outras experincias pessoais com Deus. A biografia proftica distingue-se das memrias, porque so narrativas a respeito do profeta contadas por outras pessoas, e no pelo profeta mesmo, como no caso de 7 :1-17. Orculos O elemento de suprema importncia da profecia o Orculo, ou a mensagem que o profeta recebe direta mente do Senhor com a vocao de transmiti-la ao seu povo. O orculo geralmente proclamado como a Pala vra de Deus. A o mesmo tempo o profeta podia sentir-se incumbido de publicar em form a permanente a mensagem recebida do Senhor, Jer. 36:1-4. Isaas, como Jeremias, re conheceu a incumbncia pessoal de apresentar uma srie de seus orculos na forma escrita, 8:16-18; 30:1 . Quando o profeta declara: Assim diz o Senhor, 10:24;37:6, le o portador da mensagem da autoridade do Senhor, o Deus Soberano. O orculo podia tomar a form a de repreenso, ameaa, exortao ou promessa. Estas form as aparecem, s vzes, em combinao, como repreenso e ameaa, ou como exor tao e promessa, 5 :8 ; 5 :2 4 ; 10:1-4; 10:20; 7:4 -6 . O profeta verdadeiro no falava da sua prpria volio, por que sempre se sentia constrangido pela vontade do Se nhor, Jer. 20:7-9. Quando o profeta tinha a certeza de que havia sido comissionado pelo Senhor, a experincia da chamada e da
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comunicao espiritual com Deus influenciou profunda mente o seu ministrio proftico e fortaleceu a mensa gem para com os ouvintes (Cp. Jer. 2 0 :9 ). Memrias Estas narrativas autobiogrficas aparecem na fo r ma de prosa, mas encontram-se nelas, de vez em quando, alguns breves orculos pessoais, 6:8-13; 8:1,5-8, 12-15. No captulo 6 Isaas conta uma das mais importantes narrativas autobiogrficas em tda a literatura proftica. a histria da experincia pessoal com o Senhor quando, por meio da viso inaugural, o jovem sentiu-se vocacio nado e comissionado como mensageiro do Santo de Israel. Biografia Proftica Esta forma da literatura proftica consta de narra tivas escritas sbre as atividades do profeta por outra pessoa, como 7:1-17; 20:1-6; 36:1-39:8. Mas h opinies diferentes a respeito dos captulos 36-39. Alguns escrito res pensam que a primeira passagem, 7:1-17, foi origi nalmente autobiogrfica, e fo i mudada em biogrfica por algumas pequenas mudanas do texto, dando a entender que a mensagem de Isaas, mas escrita por outra pessoa, Mas o profeta certamente podia escrever na terceira pes soa sbre as suas prprias experincias. Encontram-se tambm orculos em algumas destas narrativas biogr ficas, como 37:22-29; 38:10-20. Algumas destas passa gens biogrficas apresentam problemas crticos que sero discutidos no comentrio. V . O Texto Massortico e o Rlo do Mar Morto O nosso comentrio baseia-se quase que inteiramente no hebraico do Texto Massortico datado em 895, e guar dado atualmente no Cairo. Seguimos, de vez em quando,
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o texto sugerido na margem da Bblia Hebraica, editada por Rud. Kittel da American Bible Society, ou outras verses aprovadas por alguns dos mais eruditos comen taristas. No temos exemplares dos outros dois manus critos antigos guardados em Alepo e Leninegrado, mas apenas algumas referncias dos mesmos em outras obras. Temos um exemplo dos L X X que consultamos freqen temente . Passaram-se quinze sculos desde o tempo do profeta Isaas at publicao do Texto Massortico da sua pro fecia. ste texto fo i transmitido atravs dos anos com muito cuidado e fidelidade. Mas no correr dos anos o texto original inevitvelmente sofreu algumas pequenas modificaes na transmisso, devido aos erros dos copis tas, e talvez, em raros casos, devido ao esforo de escla recer textos difceis ou duvidosos. Mas so poucos os exemplos dos textos cujo sentido duvidoso ou inexpli cvel . As verses do grego, latim, siraco e aramaico podem oferecer um pouco de auxlio no estudo do texto hebraico, quando o sentido do texto no f r bem claro, mas devem ser usadas com cuidado. Entre a descoberta de manuscritos bblicos na caverna de Ain Feshca, perto do Mar Morto, em 1947, havia um manuscrito de Isaas quase completo, e outro que pre serva mais ou menos a tra parte da profecia. O pri meiro dstes geralmente conhecido como O Rlo de Isaas do Mosteiro d,e So Marcos, de Jerusalm, mas agora pertence ao govrno de Israel. ste manuscrito concorda, em geral, com o Texto Massortico. Mas apresenta al gumas poucas variaes, importantes no estudo do te x to . Os tradutores da Revised Standard Version preferiram treze destas variaes em lugar do Texto Massortico. O manuscrito incompleto de Isaas segue mais de perto
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o Texto Massortico, e tem pouco valor no estudo de pas sagens difceis do hebraico. Mas stes manuscritos, datados agora na ltima parte do segundo sculo, ou na primeira parte do primeiro s culo antes de Cristo, so os mais antigos exemplos do texto da profecia, e concordam notvelmente com o texto tradicional.
I. A Infidelidade de Jud e Jerusalm, 1:1-5:29 A . O Sobrescrito, 1 :1 B. A Controvrsia do Senhor com o Seu povo,
1 :2-31
1. A Ingratido do Povo de Israel, 1 :2-3 2. A Nao Pecaminosa, 2:4-9 3. A Palavra do Senhor sbre a Religio e a Vida, 1:10-17 4. Arrependei-vos, 1:18-20 5. Lamento sbre Jerusalm, 1:21-23 6. O Julgamento da Parte do Senhor, 1 :24-26 7. A Operao da Justia Divina na Vida de Israel, 1:27-31 8. A Vinda dos Povos ao Senhor de Sio, 2:1-5 C . O Castigo da Idolatria e do Orgulho Humano no Dia do Senhor, 2:6-22 D . O Julgamento Divino de Jerusalm e de Jud, 3:1-15 1. A Anarquia Social, 3 :l-7 2. O Povo Arruinado, 3:8-12 3. Os Esmagadores do Povo, 3:13-15
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As Mulheres Altivas de Jerusalm, 3:16-4:1 A Beleza e a Glria de Sio Purificada, 4:2-6 Um Cntico d.a Vinha do Senhor, 5:1-7 Ais Contra os Perversos, 5:8-30
II. Resguarda o Testemunho, 6:1 - 8:18 A . A Viso Inaugural de Isaas, 6:1-13 B. Isaas e a Guerra Siraco-Efraimita, 7:1-8:15 1. 2. 3. 4. 5. 6. Sinal de Sear-Jasube, 7:1-9 Sinal de Emanuel, 7:10-17 A Invaso Iminente, 7:18-25 Sinal de Maher-Shalal-Hash-Baz, 8:1-4 Os Dois Rios Simblicos, 8:5-8 A F do Profeta no Senhor Emanuel, 8:9-10 7. O Temor do Homem e o Temor de Deus, 8:11-15
C. Isaas Cessa as Atividades Profticas, 8:16-18 III. Supersties dos Vacilantes na F, 8:19-9:1 A. B. C. D. Admoestaes Contra o Espiritismo, 8:19 Lei e ao Testemunho, 8:20; 9:1 O Reino Messinico, 9:2-7 O Julgamento de Efraim Apresenta uma Li o para Jud, 9:8-10:4
IV. No Temas a Assria, 10:5-12:6 A . A Ameaa Arrogante da Assria, 10:5-34 1. A Jactncia da Assria, 10:5-16 2. A Labareda do Senhor Consumir as Florestas da Assria, 10:17-19
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3. Um Resto de Israel e Jud Voltar ao Senhor, 10:20-23 4. Sio Ser Liberto do Jugo da Ass ria, 10:24-27 5. O Invasor Aproxima-se, 10:28-32 6. A Humilhao dos Invasores Orgulho sos, 10:33-34 B. O Reino Pacfico e Justo d,o Messias, 11:1-16 1. O Rebento de Jess, 11:1-9 2. O Messias e a Nova Glria de Israel, 11:10-16 C. Culto de Louvor pela Restaurao de Israel,
12 :1-6
O Julgamento de Reinos e de Povos, 13:1-23:18 A. B. C. D. E. F. O Destino da Babilnia, 13:1-22 A Quedai do Tirano dais Naes, 14:1-23 O Propsito do Senhor na Destruio da Assria, 14:24-27 A Alegria Prematura dos Filisteus, 14:28:32 Orculo Concernente a Moabe, 15:1-16:14 Orculo sbre a Aliana de Israel e a Sria, 17:1-11 1. Orculo Concernente a Damasco, 17 :l-6 2. Abandono dos dolos, 17:7-8 3. Segurana Falsa, o Culto de dolos, 17:9-11 G. O Poder Mundial Se Levanta e Cai, 17:12-14 H . Profecia Contra o Egito, 18:1-20:6 1. Resposta do Profeta aos Emissrios da Etipia, 18:1-7
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2. Profecia Contra o Egito, 19:1-15 3. Jud e o Senhor Jav, um Terror para os Egpcios, 19:16-17 4. Os Egpcios e os Assrios Adoraro ao Senhor, 19:18-25 5. Evita Alianas Polticas com Estran geiros, 20:1-6 I. J. K. L. Uma Viso da Queda da Babilnia, 21:1-10 Orculo Concernente a Dum, 21:11-12 Orculo Concernente a Arbia, 21:13-17 A Leviandad,e Religiosa dos Moradores de Jerusalm, 22:1-14 M. A Degradao de Sebna, 22:15-25 N. A Profecia Contra Tiro, 23:1-18 1. Orculo Concernente a Tiro e Sidom, 23:1-14 2. A Restaurao de Tiro Depois de Se tenta Anos, 23:15-18 Despertai e Cantai, os Que Habitais no P, 24:1-27:13 A. O Bom Efeito do Castigo de Israel, 24:1-23 1. A Terra Ficar Desolada por Causa do Pecado dos Habitantes, 24:1-12 2. Um Clamor de Confiana, 24:13-16a 3. A Grande Catstrofe, 24:16b-20 4. O Julgamento e a Nova Era, 24:21-23 B. Maravilhas das Atividades do Senhor, 25:1-12 1. Salmo de Gratido pelo Livramento do Povo, 25:1-5 2. Profecia da Idade Messinica, 25:6-8
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3. Hino de Louvor pela Humilhao de Moabe, 25:9-12 C. Um Pedido de Salvao Mais Perfeita, 26:1-19 1. Gratido pela Vitria, 26:1-6 2. O Povo Espera Ansiosamente os Juizes Retos do Senhor, 26:7-10 3. As Bnos da Disciplina e da Orien tao Divina, 26:11-15 4. Experincias Tristes Que o Povo So freu Antes da Sua Redeno, 26:16-18 5. Os Teus Mortos Vivero, os Seus Cor pos Ressuscitaro, 26:19 D. Concluso da Mensagem de Aspiraes e Es peranas, 26:20-27:13 1. O Povo Deve Esconder-se at Que Passe o Julgamento Divino, 26:20-21 2. A Punio dos Podres Cruis do Mun do, 27:1 3. Cntico da Vinha do Senhor, 27:2-6 4. A Significao da Disciplina de Israel, 27: 7-11 5. Uma Profecia da Restaurao dos Des terrados de Israel, 27:12-13 VII. No Escarneais, Agravando, Grilhes, 28:1-32:20 Assim, os Vossos
A . O Castigo Certo de Efraim e Jud, 28:1-29 1. A Queda da Capital de Israel, 28:1-6 2. Bbedos entre os Sacerdotes e Profetas de Jerusalm, 28:7-13
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3. A Aliana com a Morte e com o Sheol, 28:14-22 B . A Providncia do Senhor em Relao ao Seu Povo, 28:23-29 C. A Obra Maravilhosa do Senhor, 29:1-14 1. A Humilhao e o Livramento de Je rusalm, 29:1-8 2. A Cegueira e a Hipocrisia do Povo, 2 9 :9-12 3. A Religio Meramente Convencional Perecer, 29:13-14 D. A Rejeio da Segurana da F no Senhor, 29:15 - 30:17 1. A Repreenso dos Conspiradores, 29:15-16 2. A Redeno de Israel, 29:17-24 3. A Infidelidade de Jud na Aliana P o ltica com o Egito, 30:1-7 4. No Sossgo e na Confiana a Vossa Fra, 30:8-17 E. O Poder do Deus Invisvel, 30:18-31:9 1. Promessa para o Povo Sofredor de Sio, 30:18-26 2. Ser Destrudo o Inimigo do Povo de Deus, 30:27-33 3. A Fra de Cavalos e o Poder do Se nhor, 31:1-3 4. O Senhor dos Exrcitos o Defensor de Jerusalm, 3 1 :4-9
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F . A Comunidade Ideal na Idade Messinica, 32:1-8 1 . 0 Estabelecimento do Govrno Mes sinico, 32:1-2 2. A transformao Espiritual do Povo na Idade Messinica, 32:3-5 3 . Contraste entre os Caractersticos do Fraudulento e do Honesto, 32:6-8 4. Advertncia Contra as Mulheres de Jerusalm, 32:9-14 5. 0 Poder Transformador do Esprito na Idade Vindoura, 32:15-20 VIII. A Recompensa Divina, 33:1-35:10 A . A Aflio e o Livramento de Jerusalm, 33:1-24 1. O Aplo ao Senhor Contra os Opresso res dos Judeus, 33:1-13 2. Efeitos da Manifestao da Presena do Senhor, 33:14-24 B. A Indignao do Senhor Contra Tdas as Naes, 34:1-17 C. A Felicidade de Sio no Futuro, 35:1-10 IX . A Influncia de Isaas no Reino de Ezequias, 36:1-39:8 A . Senaqueribe Exige a Capitulao de Jerusa lm, 36:1-37:4 B. O Rei Ezequias Recebe o Conselho do P ro feta Isaas, 37:5-7
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C. A Carta do Rei da Assria, 37:8-13 D . A orao de Ezequias, 37:14-20 E . O Profeta Aconselha e Conforta Ezequias, 37:21-29 F . Sinal para os Sobreviventes, 37:30-32 G. O Desastre dos Assrios e a Morte de Senaqueribe, 37:33-38 H . A Doena de Ezequias e Sua Cura Maravi lhosa, 38:1-21 I. A Embaixada de Merodaque-Balad Visita o Rei Ezequias, 39:1-8
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EXPOSIO
I. A Infidelidade de Jud e Jerusalm 1 :1 - 5:29 Esta primeira seco do livro consta de profecias re cebidas do Senhor e transmitidas a Jud e Jerusalm no primeiro perodo do ministrio de Isaias. Nesta srie de orculos o profeta apresenta acusaes e ameaas do Senhor contra o povo de Jud, com a promessa de mi sericrdia divina, nas condies de arrependimento e obedincia vontade revelada de Deus. Neste primeiro captulo o profeta d nfase aos ensinos bsicos do li vro e ao seu ministrio como mensageiro de Deus. A. O Sobrescrito 1:1
1. A viso de Isaias, filh o de A m oz, que le viu co n cernen te a Jud e Jerusalm, nos dias de Uzias, Joto e Ezequias, reis de Jud.
O versculo claramente o ttulo da profecia que ter mina com as narrativas sbre o reino de Ezequias nos cps. 36-39. Todavia, mais apropriado para os primei ros doze captulos. H, porm, uma srie de ameaas con tra o reino de Israel em 9:8-21, e nos captulos 13-23 h um grupo de orculos contra vrias outras naes. Mas estas naes esto relacionadas, de uma ou de outra ma neira, com a histria de Jud.
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A viso, }?Hi, de Isaas aparentemente indica aqui a mensagem inteira do livro, mas ste fato no exclui o sentido radical da palavra. O cp. 6 descreve o signi ficado da viso na experincia do profeta. O trmo tem o sentido largo de ver, contemplar, perceber, sentir e ex perimentar. Assim, todos os verdadeiros profetas do Se nhor tinham a vocao de receber e entender a mensagem da revelao divina, distingui-la de seus prprios pensa mentos, e entreg-la ao povo de acrdo com a vontade divina. O nome Isaas,
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ou Jav dar a salvao. ste grande mensageiro do Se nhor entendeu e exemplificou a significao simblica do prprio nome nas suas pregaes. O nome do pai de Isaas Amoz, diferente do nome do profeta Ams. Enquanto o profeta fala principalmente concernen te a Jud e Jerusalm , no cap. 7, e em vrios outros lugares, le trata das relaes do Reino de Israel com Jud. Jerusalm, a cidade do profeta, a capital de Jud, e o centro da teocracia, considerada, s vzes, com o a regio inteira de Jud. tambm distinguida de Jud, e recebe nfase especial no livro, 3:1, 8; 5:8; 22:21. Alguns insistem em que a frase reis de Jud tau tolgica, e fo i acrescentada depois do tempo de Isaas, mas frases paralelas se encontram nos ttulos dos livros de Jeremias, Osias, Ams e Miquias. B . A Controvrsia do Senhor com o Seu Povo, 1 :2-31 fato significativo a posio do profeta no meio da histria do povo escolhido. A bondade do Senhor no ti nha despertado o esprito de gratido no ntimo dos filhos de Jud, e o castigo disciplinar no os tinha levado ao
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arrependimento e obedincia. Contudo, o Senhor Jav, 110 seu amor imutvel, no podia desampar-los, mas le vantou profetas para admoestar ao povo de Jud sbre o perigo da destruio daqueles que persistem na rebelio contra o seu Deus, e a calamidade do desprzo da pala vra divina claramente revelada por intermdio dos m en sageiros do Senhor. 0 profeta explica neste capitulo a controvrsia do Senhor com o seu povo de Jud. Jud est sofrendo as conseqncias da sua rebelio contra o Senhor, mas no quer aprender a lio do seu sofrim ento. 0 profeta de nuncia o culto que o povo de Jud julga agradvel a Deus e esclarece o esprito da religio verdadeira. No obstan te a sua infidelidade, o povo ainda pode voltar-se para o Senhor. 1. A Ingratido do Povo de Israel, 1 :2-3
2. Ouvi, cus, e d ouvidos, terra; porqu e o Sen hor quem f a la : Criei filhos, e os engrand eci, mas les se rebelaram con tr a mim. 3. O boi co n h e ce o seu possuidor, e o ju m e n to a m an je doura do seu d on o: mas Israel no con hece, o meu povo no entende.
stes dois versculos poticos constituem a introdu o de uma srie de mensagens recebidas do Senhor, apresentando, ao mesmo tempo, a razo bsica da terr vel denncia de Jud. Os cus e a terra so chamados para testemunhar a acusao do Senhor contra o seu povo. uma introduo profundamente significativa. Moiss com eou o seu cntico de Deut. 32:1-43 com o m esm o aplo aos cus e terra. Quando o Senhor ofe receu ao seu povo a liberdade de escolher entre a bn
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o e a maldio, entre a obedincia e a desobedincia, le chamou os cus e a terra com o testemunhas, Deut. 30:19. Segundo Ams 3:9 e Miquias 6:2, o procedimen to revoltoso de Israel publicado aos exrcitos dos cus e aos habitantes da terra. A rebelio contra o Senhor tor na-se mais grave luz da verdade de que a sua glria en che os cus e a terra, Is. 6:3; Ams 4:13. o TodoPoderoso quem opera na Histria para conseguir o seu eterno propsito, Is. 10:5. Porque Jav quem fa la . o grande EU SOU, rPHi mas para Moiss, os profetas e os israelitas le Jav (Jeovah), mPP , LE . Criei e engrandeci filhos. A form a dstes dois ver bos no hebraico intensiva. Os trmos so sinnimos, mas no uso de palavras sinnimas, a segunda geralmen te avana o sentido da prim eira. A primeira palavra aqui descreve o processo de criar e educar carinhosamente o filho; a segunda refere-se alta posio do filho bem treinado. Assim o Senhor gerou o seu filho, libertandoo da escravido do Egito. Deu-lhe a independncia com o povo, com as suas prprias leis; plantou-o na sua prpria terra, e levantou profetas para lhe transmitir as eternas verdades da revelao divina. Alm de tudo isto, o Se nhor lhe deu a incumbncia de preservar e entregar s naes da terra as verdades eternas recebidas do Se nhor. Atravs da Histria o Senhor tratou o seu povo es colhido com o filho querido. ste versculo no princpio da mensagem severa do profeta, bem com o Osias 11:1-4, refuta a opinio popular de que o ensino da paternidade de Deus apresenta-se somente em o N vo Testamento. Aqui o Senhor fala com o pai, com ovido pelo sentimen to de pesar despertado pela insensibilidade e a infidelida de de Israel, e do sofrimento que est trazendo sbre si
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mesmo pela rebelio contra o seu Deus, de santidade, jus tia e am or. Na sua infidelidade o povo tinlia perdido i? capacidade de discernir ou avaliar o amor imutvel do seu Deus. Foi assim que o filho Israel correspondeu ao amor paterno do seu Deus. Esta palavra yti*E , significa ram T
per relaes com algum, ou separar-se completamente dlc. Assim Israel se rebelou contra a casa de Davi, I Heis 12:19. Pela prpria vontade, e at com violncia, Jud tinha rom pido a sua prpria relao com o seu Se nhor. Apesar do am or de Deus que o povo tinha experi mentado atravs da Histria, e no obstante a promessa solene da fidelidade (x. 1,9:8), o filho revoltoso renun ciou ao am or imutvel do Senhor e abandonou o seu Deus. Havendo violado o concrto de Deus, e cortado os laos que o prendiam ao Senhor, Israel tinha perdido o seu sentido moral, e a capacidade de reconhecer a gra vidade do seu pecado. Com a persistncia na rebelio, o povo tinha perdido a capacidade de arrepender-se e vol tar ao Senhor. Desde o tempo de Davi e Salomo, o esp rito revoltoso do povo em geral tornava-se cada vez mais forte. Os reis Asa e Jos se esforaram para fazer uma reform a religiosa entre o povo, mas com poucos resul tados. Os reis, os ricos e o povo em geral tinham cado to completamente na imoralidade, que praticavam, sem escrpulo, a injustia, a corrupo e a idolatria. Rejei tavam a palavra dos mensageiros do Senhor e entrega vam-se de corao ao servio agradvel dos deuses es tranhos. Isto tambm acontece com todos que se esque cem de Deus. 0 profeta acentua a tragdia da ingratido de Israel pelo contraste com a fidelidade instintiva dos animais do msticos aos seus donos. At o boi conhece o seu dono.
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Esta palavra, y p muito rica nos seus vrios sentidos. Usa-se aqui no sentido de conhecer por experincia. O animal domstico conhece instintivamente a bondade do seu dono. Trabalha docilmente no servio do homem, e dle recebe sustento. No tem qualquer propenso de mudar o seu m odo de viver e servir, ou de recusar obe decer fielmente vontade do dono. Tambm pela expe rincia o jum ento tem conhecimento, pelo menos, da manjedoura do seu possuidor. Israel deve ter profundo conhecimento filial do Se nhor, o conhecimento entranhvel do amor do seu Deus, mas tinha perdido at o sentido de gratido, caractersti co do animal dom stico. No entende, r a , no tem con siderao, no reconhece mais que so filhos do Senhor Jav, que a sua prpria existncia e a sua felicidade de pendem da graa de Deus (Jer. 5 :2 4 ). 2. A Nao Pecaminosa, 2:4-9
4. Ah!
nao pecam inosa, po v o ca rre ga d o de iniqidade, descendncia de malfeitores, filhos co rru ptores ! les a b andon aram o Senhor, desprezara m o Santo de Israel, a fa s t a r a m -se para, trs.
Nota-se a mudana do ritmo nesta poesia de lamen tao. O Senhor tinha falado pelo profeta e acusado os seus filhos de rebelio. Mas nesta lamentao do Pai, acentua-se ainda mais a tragdia da revolta de Jud. H neste versculo quatro substantivos para designar os re voltosos: nao, povo, semente, filhos. As naes vizinhas ignoravam a revelao divina que os israelitas tinham recebido por intermdio dos
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mensageiros do Senhor. Mas Deus, o Pai de Israel, de clara neste versculo que o seu prprio povo se tornara "nao pecaminosa em vez de uma nao santa; povo inquo ou perverso em vez de um povo justo; se mente de malfeitores em vez de a descendncia do povo escolhido do Senhor; filhos que praticam a corrupo em vez de filhos do am or imutvel do seu Pai. A palavra Ah! descreve o sentimento de dor do Pai abandonado pelos filhos, e no se refere aqui ao sofri mento de Jud, segundo a nossa interpretao, mas pode significar o ai do povo pecaminoso. 0 participio NI2'P1 declara que a nao vai errando repetidamente o alvo da sua vocao. 0 povo sobrecarregado, * 0 3 , oprimili # vv do de perversidade, ou atos malignos. Os filhos da
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tornaram-se crimino-
Abandonaram, 2 t V > o Senhor, desprezaram, -t -T ou rejeitaram com desdm o Santo de Israel , o seu prprio Deus. A frase, o Senhor de Israel, usada freqente mente pelo profeta Isaas, originou-se evidentemente com a experincia na viso inaugural no Tem plo. A Santidade a natureza essencial do Senhor que o separa e o exalta acima de tda a criao. Pessoas e cousas so denomi nadas santas apenas no sentido da sua separao para o servio do Senhor. A frase voltaram para trs no tra duz nitidamente o hebraico que um pouco difcil. A form a reflexiva do verbo -flt m elhor traduzida se es tranharam completamente , apostataram. Chamado para ser um povo santo, Israel tinha recebido as provas do amor imutvel no concerto do Snhr, mas tinha rom pido os laos que o prendiam ao Santo de Israel. sos.
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No obstante o plural dos verbos no versculo cin co, o autor personifica a nao, e descreve a sua enfer midade com o se fsse liomem gravemente enfrm o. Al guns dizem que a descrio sugere o corpo de escravo to castigado que no h mais lugar nle sem feridas. Assim traduzem Hf Em que parte sereis ainda fe ridos? Mas, Por que traduz m elhor o hebraico. O verbo HD2 significa ferir, matar, Jos. 10:26. Por que
T T
continuais a vossa rebelio, a vossa apostasia? O povo tinha recebido bastante castigo para ser le vado ao arrependimento. O corpo estava cheio de contu ses, e o corao se tornara fraco e insensvel. No ha via nada recomendvel na sua vida moral e religiosa. desesperada a condio nacional. Havendo despreza do o Santo de Israel, a nica fonte do seu socorro, o povo, na sua misria, no tinha qualquer alvio ou confrto, e no manifestava qualquer desejo de voltar-se para o Senhor. A ferida, a pisadura,
T
, com a carne rasgada deve ser atada; nTlH deve ser amolecida com leo; a cha deve ser espremida e limpa,
T T * *
ga sangradora, n v"
para se tornar curvel. Assim a nao pecadora tinha trazido sbre si a terrvel molstia que ameaava des tru-la, e no quis arrepender-se para receber a salva o. To certo com o eu vivo, diz o Senhor Deus, no tenho prazer na m orte do perverso, mas em que le se converta do seu caminho e viva (Ez. 33:11; Cp. Is. 1:1 8 ).
5* P o r que sereia perpetuamente feridos, visto que continuais em rebeldia ? T d a a cabaa est doente, todo o corao enfrmo.
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6. Desde a planta do p at cabea, no h nle cousa s, seno feridas, pisaduras e chagas sangradoras, no espremidas, nem atadas, nem amolecidas com leo. 7. A vossa terra est assolada, as vossas cidades consumidas pelo fogo; em vossa, prpria presena estranhos devoram a vossa lavoura; a terra se acha devastada, como subverso de estranhos. 8. A filha d Sio deixada como choa na vinha, como palhoa no pepinal, como cidade sitiada. 9. Se Ja v dos Exrcitos no nos tivesse deixado alguns sobreviventes, nc teramos sido como Sodoma, e nos teramos tornado semelhantes a G om orr a.
Os versculos cinco e seis descrevem a enfermidade de Israel em linguagem figurativa. Nos versos sete e oito o profeta conta literalmente o fato da invaso da terra por estranhos, com resultados desastrosos. A se melhana entre a figura do hom em severamente castiga do e a terra arruinada pela invaso de inimigos, apresen ta um exemplo do estilo artstico do profeta. O versculo sete muito semelhante a Lev. 26:33, que fala da mal dio da desobedincia. difcil determinar se o profeta est falando da invaso de Israel pelos srios e efraimitas, II Reis 14:814 e II Crn. 24 e 25, ou se se refere destruio vandlica de Senaqueribe quando le entrou na terra e des truiu, segundo a sua prpria narrativa, 46 cidades fo r tificadas e vilas sem nmero . Os expositores modernos geralmente ligam a referncia terrvel devastao cau sada pelo exrcito cruel da Assria.
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ou fica com -
pletamente em runas. A vossa lavoura traduz correta mente a vossa terra, o vosso solo produtivo, ou os pro dutos do solo. A palavra n O S n tt, transtorno ou subverT ** I "
so, significa o transtorno feito pelos estranhos. Em to dos os outros lugares esta palavra sempre se refere destruio de Sodoma e Gomorra, Deut. 29:23, Is. 13: 19, Jer. 50:40 e Am s 4:11. Alguns intrpretes pensam que o profeta usou aqui o transtorno da Sodoma, mas o texto claro. Foi uma dolorosa experincia para Isaas entregar esta mensagem to dura do Senhor ao seu povo infiel, sem qualquer sentimento de culpa, e sem qualquer de sejo de abandonar os seus pecados e voltar ao seu Deus. Mas fo i a pregao corajosa dste mensageiro do Senhor que finalmente levou um pequeno grupo do seu povo ao arrependimento, o restante fiel que salvou Jud da des truio do poder cruel da Assria, o mesmo poder que destruiu para sempre a nao de Israel. Os trmos A Filha de Sio e A Virgem Filha de Sio usam-se freqentemente para designar a cidade de Je rusalm . A form a genitiva da aposio diz A filha, S io. O nom e Sio designou originalmente o outeiro que Davi tom ou dos jebuseus, dando-lhe o nom e de Cidade de Davi. Foi chamada tambm a Cidade Santa. A palavra filha personifica a cidade. Agora, luz das descobertas arqueolgicas, reconhecido que Jerusalm existiu mui tos sculos antes do tempo de Davi (Ver A Arqueologia Bblica d o autor, p . 206). Na referncia vinha e ao pepinal o profeta est pensando nles antes d serem recolhidos os seus fru tos, Quando fala de Jerusalm com o choa na vinha, ou a palhoa no pepinal, est dirigindo sua ateno soli
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do da cidade, e tambm fraqueza dela perante os ini m igos. Se a palavra sitiada, , se refere ao stio pelo
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exrcito da Assria, quando Senaqueribe fechou o rei Ezequias na cidade com o se fecha o pssaro na gaiola , a providncia divina no permitiu ao arrogante general realizar o desejo de capturar a capital de Jud, II Reis 19:35. Pel misericrdia de Deus, e segundo o seu pro psito na escolha de Israel, Jud no fo i completamente destruda, com o foi aniquilada Sodoma, que ficou sem sobreviventes. O Senhor dos Exrcitos, YiKHS !Tirp , fo i usado
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com o o nom e de Deus em I Sam. 17:45, no sentido dos exrcitos militares de Israel. Mas foi abandonado aqule uso da frase, talvez depois da captura da arca pelos filisteus. Mas desde o perodo antigo da histria de Is rael a frase designava O Senhor dos Exrcitos celestiais, Juizes 5:20; e mais tarde tem o sentido de O Senhor dos es e da terra, Am s 4:13, Is. 54:5, Jer. 31:35 (Cp. A Teologia Bblica do Velho Testamento do autor, p . 6 2). Alguns sobreviventes, o primeiro
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exemplo do ensino de Isaas sbre o restante de Israel que sobreviver (Ver 4:2; 10:19-23; 17:6; 28:5, 6 ). O nom e do prim eiro filho do profeta significa Um-Restante-Voltar . A doutrina do restante no se baseia na clemncia dos inimigos de Israel, mas na misericrdia, no propsito e na operao de Deus na Histria. 3. A Palavra do Senhor sbre a Religio e a Vida, i :10-17
10. O u vi a palavra do Senhor, vs go verna do re s de S od om a ! dai o u vid o s ao ensino do nosso DeuS: pov o de G om orra !
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11. De que me serve a m im a multido de vossos sacrifcios?, d iz o Senh or; Estou farto dos holocaustos de carneiros, e da gord ura de anim ais cevados; no me agrado do sangue de novilhos, nem de carneiros, nem de bodes.
Havendo apresentado as acusaes contra a nao pecaminosa, juntamente com os resultados desastrosos da injustia, o profeta dirige ao povo a palavra do Se nhor e o ensino do nosso Deus. O Senhor no se agrada de ofertas e sacrifcios,; de festas religiosas e de assem blias solenes, apresentadas com cerimnias elaboradas, mas espera antes o tributo da justia, do amor, da bon dade e da misericrdia nas relaes sociais do seu povo (Cp. Am s 5:21-24; Os. 6:6; 8:11-14; Miq. 6:6-8; .Ter. 7:22-23). No se pode deixar de reconhecer o conflito entre o sistema sacrificial dos sacerdotes e os ensinos dos pro fetas cannicos. Os sacerdotes tinham abusado do sis tema de sacrifcios at ao ponto de levar o povo a pen sar que at os homens injustos e pecaminosos poderiam com prar os favores divinos mediante oferta de animais no altar do Senhor, e pelas assemblias solenes. s ve zes difcil discernir se os profetas condenam apenas o abuso do m odo de oferecer animais ao Senhor, ou se les esto condenando o sistema inteiro de sacrifcios. O culto ritual pode ser agradvel ao ouvido ou vista, mas abominvel ao Senhor quando oferecido com o substituto da vida de retido e justia e da obedincia m oral. Na apresentao dste princpio eterno da justi a, o profeta descreve o contraste entre o procedimento de alguns homens de hoje na igreja e nas suas ativida des nos outros dias da semana. ste tema revolucion rio dos profetas cannicos o mago da verdadeira re ligio, e trata da luta que sempre existe entre a religio
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meramente form al e a comunho ntima e pessoal do hom em com Deus. O profeta no podia ter usado trmos de reprova o mais severos do que governadores de Sodoma e povo de Gom orra. Estas duas cidades foram aniquiladas por causa dos seus pecados. To certo com o eu vivo, diz o Senhor Jav, no fz Sodoma, tua irm, nem ela, nem suas filhas, com o fizeste tu e tuas filhas. Eis que esta foi a perversidade da tua irm Sodom a: achavam-se nela e nas suas filhas a soberba, a fartura de po e a prspera tranqilidade; mas no amparou o pobre e o necessita do (Ez. 16:48, 4 9 ). Os prncipes, ou chefes, do povo do Senhor so iguais aos governadores de Sodoma na direo moral dos seus patrcios. O povo de Jud to pecaminoso e to culpado com o o povo de Gom orra. Mas Isaas tem uma mensagem do Senhor para os chefes que desviavam o seu povo, com o tambm para o povo desviado. A exterminao de Sodoma e Gomorra ser tambm o destino de Jud, se le continuar na revolta contra o Santo de Israel, e na rejeio persistente da pa lavra do Senhor e do ensino do nosso Deus. A palavra
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com o conceito da soberania e da glria de Deus, pois a revelao da natureza, do carter e da prpria Pessoa do Deus Santo. O ensino m i R do nosso Deus, sinT
nimo da palavra de Deus, emprega-se em vrios senti dos. Usa-se, no singular e no plural, em x.-D eut. e em outros lugares no prprio sentido de leis, com o a lei moral, as leis dos sacerdotes, ou qualquer cdigo de leis. Mas neste versculo a palavra significa instruo, ensino ou direo. A palavra lei nas verses em portu gus e outras lnguas no representa o sentido da palavra neste versculo. O ensino de Deus a sua instruo sbre
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(Is. 2:3,
O Senhor persiste em perguntar pelos profetas: Por que esta multiplicao de sacrifcios e holocaustos ? O prim eiro trmo, {"D?, refere-se matana e oferta de animais ao Senhor. A carne dstes, sem o sangue, pro porcionava aos ofertantes uma festa de grande alegria. Os holocaustos, J? >e as partes especiais (Lev. 3:17,
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4:8, 19, 26), a gordura e o sangue, que o povo no co mia, eram reservados e santificados ao Senhor. Mas os cfue ofereciam animais cevados, novilhos, carneiros (fora de holocaustos), e bodes, com iam a carne, separada do sangue, nas festas religiosas (A m . 5:22- Ez. 39:18; II Sam. 6:13; I Reis 1:9-19). Que se pode dizer sbre a influncia da religio no carter, e no procedimento dos homens religiosos de nossa poca? No verdade que as injustias, a cruel dade e a mentira contradizem os protestos pblicos da f crist de muitas pessoas de h oje?
12. Quando vindes para comparecer perante m im , quem vos requer o pisardes os meus trios? 13. No continueis a tra zer ofertas vs; o incenso para m im abominao. A lua nova e o sbado, a convocao de assemblias no posso supor tar a iniqidade e o ajuntamento solene. 14. A s vossas luas novas, e as vossas solenidades, a m in ha alm a as aborrece; elas me so como carga, estou ca nsado de as sofrer.
Quando vindes para comparecer perante mim tem um sentido especial, e significa o ato de culto no Templo
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comparecer,
foi
originalmente
, a ver o meu rosto, e foi mudado para evitar a iiparncia de antropom orfism o, mas o texto claro e perfeitamente natural. A mesma form a do verbo usa da no mesmo sentido em x. 34:23, Deut. 31:11, Sal. 42:3. Quem vos requer, , ou pede insistentemente isto das vossas mos, o pisardes os meus trios? O pro feta se refere aos hipcritas que passeavam no Lugar Santo do Tem plo, onde se ofereciam os animais no altar (Cp. .Too 2:14, 16; Mat. 21:12-16; Mar. 11:15-17). A oferta, n n ift , presente ou tributo de gratido ao
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Senhor era principlmente de cereais, Lev. 2:11-13; 7: 37; Nm. 7:13; Jos. 22:23; I Reis 8:64. Assim, o pro feta condena severamente estas oferendas que deviam expressar o esprito de gratido do ofertante com o ofer tas vs que simplesmente representavam a vaidade dos ofertantes, e no tinham qualquer significao perante o Senhor. At o incenso que subiu no fum o de tais ofertas era abominao para o Senhor. At a celebrao do apa recimento da lua nova, dos vrios sbados, incluindo os dias que iniciavam e terminavam as assemblias sole nes, eram apenas exemplos multiplicados da iniqida de do povo. 0 Senhor no podia suportar mais aqules que assim acrescentavam a hipocrisia iniqidade da revolta contra le. Que significa a religio na vida moral e na vida so cial de muitas pessoas de hoje que se apresentam com o extremamente fervorosas na prtica das formalidades de sua igreja? As verdades da revelao divina apresen
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tadas aqui pelo profeta tm a mesma aplicao aos ho mens de hoje, nominalmente muito religiosos, mas que praticam tdas as form as de injustia e iniqidade nas suas relaes sociais.
15. Quando estenderdes as vossas mos, esconderei de vs os meus olhos; ainda quando multiplicardes oraes, eu no darsi ateno; as vossas mos esto cheias de sangue. 16. L a v a i - v o s ; pu rif ica i-v o s ; tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer o mal, 17. aprendei a fazer o bem; atendei justia, fazei que o opressor seja reto; defendei o direito do rfo, pleiteai a causa da viva.
'stes homens egostas no eram mais capazes de reconhecer a hipocrisia nos seus cultos. Estendiam as mos, cheias de sangue, na orao, com a esperana de receber do Senhor quaisquer bnos materiais que pe dissem. J tinham perdido o sentido m oral da justi a, e assim rebaixaram o seu prprio conceito da jus tia de Deus. Assim, depois de declarar em trmos bsolutos a ineficcia dos sacrifcios, e das assemblias solenes, o profeta declara que as oraes dstes homens no tm efeito nenhum para com Deus, porque as mos levantadas no ato de pedir o socorro divino esto man chadas do sangue das suas vtimas. O manuscrito de Isaas achado na caverna de Qumr acrescenta e os vossos dedos de iniqidade . Mas h um remdio at para stes pecadores. Lavai-vos; purificai-vos. Purificai os vossos coraes,
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A palavra V fn lavar
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usa-se geralmente no sentido literal, ou cerimonial, mas uqui tem a mesma significao paralela de H3 , ser
T T
moralmente puro, ser justificado, Sal. 51:6, Miq. 6:11, e quer dizer fazer-se moralmente puro. Tirai a maldade de vossos atos, o esprito pecaminoso que se revela nas vossas atividades, I Sam. 17:28, a malignidade do cora o, Sal. 73:13. Aprendei, , a fazer o bem, e prestar ao Senhor
T
justia, retido, Gn. 18:25. Deus ama a retido, Sal. 33:5. A palavra intensiva, e significa mais do
:
que repreender. Almeida traduz corretamente, fazei que seja reto o opressor, , o desumano, o cruel. A
T
justia se manifesta especialmente pela com paixo para com aqueles sem defesa prpria, com o o rfo e a viva. 4. Arrependei-vos , 1:18-20
18. Vinde , pois, e arrazoemos, diz o Senhor ; ainda que os vossos pecados so como o escarlate, les se tornaro brancos como a neve; ainda que so vermelhos como o carmesim, t o r n a r-s e - o como a l. 19. Se fr da vossa vontade, e se obedecerdes, comereis os produtos da te rra . 20. Mas se recusardes, e fordes rebeldes, sereis devorados pela espada; pois a bca do Senhor o disse.
Nos versculos 10 a 17, o Senhor tinha falado, atra vs do profeta, na sua ira contra a perversidade do seu povo; mostra, porm, em 16 e 17, que no deseja a des
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truio de Israel, mas antes, no seu am or imutvel, le quer salvar o povo da sua escolha. No obstante a falta de uma conexo enftica, stes versculos concordam perfeitamente no ensino persistente de que o arrepen dimento e a obedincia so impreterveis para o povo do Senhor. As duas afirmaes de que os pecados do povo inteiro se tornaro brancos com o a neve ou a l, no cabem no contexto, segundo a opinio de alguns co mentaristas. Mas a palavra arrazoemos e os versculos 19 e 20 constituem uma parte essencial do contexto, e mostram a possibilidade aberta da salvao do povo, na condio do arrependimento e obedincia. O versculo 18 no representa um processo legal para determinar a inocncia ou a culpa de Israel. A cul pa do prisioneiro j est determinada. le chamado a comparecer perante o Senhor, o Juiz, que lhe oferece a segunda oportunidade. Est em prova e tem que fazer a sua prpria escolha, o seu prprio destino. A escolha voluntria, mas envolve conseqncias. Vinde, pois, e arrazoemos, irD^Jl A form a Nifal do verbo no heT ; T :
braico pode significar ao reflexiva, passiva ou rec proca. O Nifal de r D 1 usa-se mais duas vzes no Velho
~ T
Testamento. Em J 23:7 o homem reto podia pleitear ou arrazoar. Em Gn. 20:16 o Nifal tem o sentido de ser justificado ou endireitado. O verbo aqui significa arrazoar, argir, discutir, a fim de chegar a acordo reto e justo. As declaraes que seguem em 18b-20 so clara mente condicionais: Os vossos pecados se tornaro bran cos com o a neve; brancos com o a l; comereis os pro dutos da terra; sereis devorados pela espada. Assim o povo tem o privilgio de considerar a natureza e as con seqncias da sua infidelidade, e de escolher entre o bem e o mal, entre a vida e a m orte.
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O lamento uma form a literria do . Velho Testa mento, usado originalmente para descrevei a tristeza sbre a m orte de uma pessoa, com o o cntico fnebre de Davi por Saul, II Sam. 1:17-27. Mais tarde os profe tas e os poetas usaram o lamento para descrever a cor rupo ou a desolao de um povo ou de uma nao, com o o livro de Lamentaes. Sio, a cidade fiel, se tornou infiel, a espsa do Senhor se fz prostituta. Em outra poca, no tempo de Davi, a cidade estava cheia de retido, > o julgamento pelos juizes e prncipes
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ra de acrdo com os mandamentos e estatutos do Se nhor. E a justia, p i s , que concorda com a natureza santa e a vontade pura de Jav, habitava nela. Estas duas palavras chegaram a significar a mesma cousa, o procedimento nobre dos homens de Deus, segundo a Tra do Senhor. Mas a cidade tinha caido na injustia, na imoralidade e na crueldade, at ficar cheia de ladres e hom icidas.
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Misturavam escria com a prata, e assim falsifica vam o dinheiro. Misturavam gua com vinho, e provvelmente com leite tambm. Os prncipes tinham perdido qualquer sentido de honradez. Rebeldes contra a honestidade e a justia, les tinham prazer em cooperar com os ladres, e assim re ceber uma parte do despojo. Todos amavam o suborno e corriam atrs de presentes recebidos por atos da injus tia. No existia mais no seu esprito o desejo de pres tar qualquer servio aos mais necessitados, com o o r fo ou a viva. 6. O Julgamento do Senhor, 1:24-26
24. Portanto, diz o S e n h o r J a v d os Exrcitos, o P o d e r o s o d e Israel: A h ! aliviar-me-ei d o s m e u s adversrios, e v i n g a r - m e - e i d os m e u s inimigos I 25. Voltarei sbre ti a m i n h a m o , e purificar-te-ei c o m o c o m potassa d a s tuas escrias, e tirarei d e ti todo metal impuro. 26. Restituir-te-ei os teus juizes c o m o no princpio, e os teus conselheiros c o m o no t e m p o anterior. De p o i s te c h a m a r o cidade de justia, a cidade fiel.
Alm de ser uma espsa infiel, Jud, com a persis tncia na injustia, tornou-se inimigo do Senhor. En quanto o Senhor vai se vingar de seus inimigos, le visa a limpar o povo das impurezas e purific-lo dos seus pe cados. Tambm promete restituir-lhe juizes e conse lheiros, com o nos dias antigos de Davi, e que a cidade se tornar a habitao da fidelidade e da justia. A fi gura da refinao de prata aparentemente produziu na meditao do profeta o conceito da poca de justia, ou o reino messinico que havia de seguir o julgamento im inente.
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A palavra ^1*1^, Senhor, era usada pelos israelitas cm vez do Tetragramatom JHVH, que por reverncia les no ousavam pronunciar. A palavra aqui indica que Jav o proprietrio, o mestre, o governador de Is rael. Jav dos Exrcitos, o Poderoso, T 2 K , de Israel linha sido o seu defensor nos dias perigosos, e tinha m a nifestado o seu poder na derrota de seus inimigos. Ah! tomarei satisfaes aos meus adversrios, ou aliviar-me-ei, 2H2, da carga dos meus adversrios; e vingar-me-ei,
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da justia divina na punio dos pecadores no devem ser entendidas no sentido de paixes humanas, pois com Deus elas se harmonizam perfeitamente com a sua san tidade e o seu am or im utvel. Voltarei contra ou sbre, > ti a minha m o. Pa rece-me que sbre prefervel porque o resultado ser a purificao e a restaurao da cidade sua glria an tiga. Deterei com potassa as tuas escrias, e tirarei de ti as impurezas das tuas atividades. Com a limpeza pelo fogo, Sio se tornar uma nova cidade. Os juizes e os conselheiros praticaro a justia, com o nos dias ideais de Davi (II Sam. 8:15), quando Jerusalm chegou a ser a cidade exemplar. En to ela merecer o nome tradicional (Gn. 14:18, Sal. 110:2, 4) de cidade de justia, e de a cidade fiel,
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v:
e assim ganhar de nvo o seu prestgio e a sua glria. 7. A Operao da Justia Divina na Vida de Israel, 1:27-31
27. Sio ser r e d i m i d a pela retido e os q u e nela se a r r e p e n d e m pela justia.
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29. Pois v o s e n v e r g o n h a reis dos carvalhos de q u e v o s agradastes; e sereis c o n f u n d i d o s por c a u s a dos jardins qu>e tendes escolhido. 30. P o r q u e sereis c o m o o carvalho, cujas flhas m u r c h a m , e c o m o jardim que no t e m
gua.
31. E o forte se tornar e m estpa, e a s u a o b r a ser c o m o fasca, a m b o s ard e r o jun t amente, e n o h a v e r q u e m os apague.
Apresentam-se no versculo 27 novas idias sbre a salvao de Israel, mas no se justifica o exagro de alguns observadores sbre as diferenas entre ste ver sculo e o anterior. O profeta usa uma nova palavra: redeno, TT , e aplica o trmo no somente a JerusaT T
lm, mas a todos os nacionais que se arrependerem dos seus pecados. O trmo Sio, propriamente dito, no se limita apenas aos que se arrependam. A redeno oferecida a todos, mas sero redimidos somente aqules que se arrependam da sua i'ebelio e se voltem ao Senhor. O versculo no diz, e nem implica que o povo precisa qualificar-se pela sua prpria retido e justia a fim de receber a salvao. O abandono da injustia, e a prtica da justia, a mudana nas relaes sociais, e a fidelidade para com Deus constituem o mago da pre gao de Isaas. A palavra rem ir ou redimir usa-se em dois sentidos, mas sempre leva a idia de libertao do cativeiro, do perigo, da punio, da escravido ou do pecado. Usa-se no sentido simples de resgatar ou salvar, sem qualquer referncia ao preo da redeno, Deut. 7:8; II Sam. 4:t 9; J 5:20; Os. 7:13. E a palavra usa-se freqentemente tambm com a meno do preo pago pela redeno, x. 13:13; Nm. 18:15, 16, 17. Comp. Gl. 3:13; I Ped.
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1:18; E f. 1:14. Mas nesta passagem significa que o Se nhor salvar os que voltam dela,JTOt2/ , ou os que nela
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se arrependem. Os israelitas sero redimidos pela re tido e justia de Deus, sob a condio de arrependi mento . Os rebeldes, , os pecadores, c y a n , c os
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que abandonam, '21'}} , ao Senhor sero destrudos, ^3*' > ... T. consumidos ou exterminados. Os pecadores, segunuo o versculo 28, perecero por que abandonaram o S enhor. E os deuses que habitam nas rvores e perto das fontes no tm poder de salvar os seus novos adeptos. A mudana da terceira para a se gunda pessoa nesta seo no indica que stes versculos e os 27 a 28 fssem originalmente com posies distintas, de autores diferentes, com o diz R. B. Y. Scott na The Interpreters Bible. A mudana simplesmente represen ta a facilidade do estilo dos escritores hebraicos, exempli ficada freqentemente nos livros profticos. No h di ferena nenhuma na situao histrica e na teologia dos versculos 27 a 31, pois o trecho harmoniza perfeitamente com o resto do prim eiro captulo. Na m aior parte dste captulo o profeta trata da re belio do povo contra o Senhor. Fala das suas injustias nas relaes sociais, da ingratido e da infidelidade reli giosa, e da violao das leis morais do Santo de Israel. Nesta ltima parte le fala da operao da justia do Se nhor em relao com a injustia do seu povo infiel. Nes tes versculos le descreve a apostasia nos seus cultos aos deuses falsos, e a prtica do pecado vergonhoso na sombra das rvores que adoravam. A apostasia o pior de todos os pecados, e a causa, em grande parte, de tdas as outras form as de iniqidade. Neste caso, a infidelidade de Is
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rael representava no somente uma religio diferente, mas uma idolatria que negava a revelao divina, e despre zava a justia, o amor e a bondade do Senhor Jav, o Santo de Israel. 0 profeta Osias trata mais explicita mente desta relao dupla da rebelio de Israel. Os carvalhos do versculo 29 fazem aluso os de fertilidade praticados debaixo de tdas res verdes, I Reis 14:23; Os. 4:13; Jer. 2:20, A palavra significa carvalho, terebinto, aos cu!as rvo 3:6, 16. e, s ve
zes, qualquer rvore verde. Nos tempos antigos os bos ques ou jardins, JT2 , eram lugares prediletos para os cultos aos deuses que habitavam nas rvores. No ha via r:ma distino clara entre a rvore e os deuses da rvore, um caracterstico da idolatria moderna, que no distingue entre a imagem e a pessoa ou o Deus que a imagem representa. Na cidade pag de Rom a havia nu merosos bosques, alguns com templos, altares e outros adornos, consagrados ao servio dos deuses. H vrias referncias nas Escrituras aos jardins ou bosques, Deut. 12:2; II Reis 16:4, 17-10. Os apstatas do versculo 30, que praticavam os seus cultos vergonhosos aos deuses da fertilidade debaixo dos carvalhos vigorosos, e nos bosques viosos, so represen tados pelo profeta na figura do carvalho que murcha, , cujas flhas murcham, e com o jardim
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rido,
sco.
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A palavra ^ DH, o forte, no d um sentido claro. prefervel a palavra hebraica DDj D!1 , a sua fra, que se encontra no manuscrito lQIsa do Mar Morto, para se ler: A sua fra se tornar em estpa, e a sua obra ser com o fa sca . Todavia, a semelhana da obra fasca,
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e no cousa sca que a fasca queima, tambm cie difcil interpretao. Mas apesar da falta de clareza dos versculos 30 e 31, certo que o profeta pronuncia uma calamidade terr vel que cair sbre a nao de Israel por causa dos seus pecados de infidelidade e hipocrisia. Assim logo no princpio do seu ministrio profti co, Isaas enfrentou a responsabilidade de pregar a con denao divina desta nao. ste povo salvo da escravi do do Egito pela graa de Deus, escolhido para ser o in termedirio entre Deus e as outras naes, abenoado atravs da sua histria pela direo da providncia di vina, honrado com o o veculo da revelao do carter e do propsito do Senhor Jav a todos os povos do mun do, pelos profetas, os mensageiros de Deus, j se torna ra o inimigo do Senhor dos Exrcitos dos cus e da ter ra. Os pecados de rebelio, desobedincia, infidelidade e idolatria o levaram destruio. Isaas assim aprendeu pela experincia proftica, em harmonia com a revelao que recebera na viso inaugural, de que o Senhor Jav o Deus da justia, que a sua ira arde contra a injustia e contra tdas as fo r mas de iniqidade, e que o salrio a m orte. 8. A Vinda dos Povos ao Senhor de Sio, 2:1-5
1. O 2. E orculo que, e m viso, veio a Isaas, filho de A m o z , a respeito de J u d e Jerusalm.
acontecer nos ltimos dias q u e o m o n t e d a casa d o S e n h o r ser estabelecido c o m o o m a i s alto d o s montes, e se elevar por c i m a dos outeiros; e para le afluiro tdas as naes. Senhor,
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pa r a q u e nos ensine dos seus c a m inhos, e q u e a n d e m o s pelas suas veredas. P o r q u e de Sio sair a lei, e de J e r u s a l m a palavra do Senhor. 4. E n t o le julgar entre as naes, e decidir p a r a m u i t o s povos; d a s s u a s e s p a d a s forjaro relhas de arados, e d a s s u a s lanas podadeiras. N a o n o levantar e s p a d a contra nao, n e m a p r e n d e r o m a i s a guerra. 5. Vinde, casa d e Jac, e a n d e m o s n a luz do Senhor.
Surgem vrias perguntas a respeito dste orculo. Quem o autor? Quando fo i escrito? Est fora do seu prprio contexto, ou do seu lugar na profecia? Os co mentaristas no concordam nas vrias respostas a esr tas perguntas. Considerando o estilo literrio da poe sia que nos parece semelhante ao de Isaas, e de acrdo com o seu gnio, pensamos que le mesmo o autor dste sublime orculo. Alguns pensam que o profeta escreveu esta mensagem quando j estava avanado em anos, mas o lugar da poesia no livro indica que fo i escrita no primei ro perodo do seu ministrio proftico. 0 orculo uma grande poesia completa em si, escrito na altura de uma grande inspirao, principalmente para o conforto do esprito do autor, e colocado nesse lugar pelo redator, por causa do contraste na esperana futura do mensa geiro do Senhor, com as condies religiosas e sociais to lamentveis do povo da poca. ste orculo sbre o mundo de justia e a miseri crdia nos ltimos dias concorda com o conceito do cur so e do fim da histria humana que se apresenta na B blia. No obstante a injustia, a desordem e a cruelda de do mundo no tempo de Isaas, ste mensageiro do Senhor, na sua apreenso e desapontamento, no seu amor ao justo e ao santo, podia sonhar com o triunfo final da
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justia sbre a injustia, do bem sbre o m al. Sonhou com os dias vindouros quando tdas as naes haviam de achegar-se ao Senhor, receber dos seus ensinos, andar nas suas veredas, viver em paz e harmonia, abandonar tdas as form as de injustia e estabelecer uma socieda de mundial em que no haveria mais possibilidade de guerra. difcil para muitas pessoas do nosso mundo de hoje, ainda to cheio de iniqidade, crer na realiza o dsse nobre sonho, mas a humanidade est avan ando vagarosamente, vacilando e coxeando, porm com a vista voltada para o alvo. O primeiro versculo indica o princpio de uma nova profecia que no tem conexo direta com a m en sagem que precede. Usa-se aqui o trmo hebraico davar em vez de viso de Is. 1:1, e a palavra pode ser traduzida para mensagem, profecia, revelao ou orculo que Isaas visionou,n tn , ou recebeu em viso. 0 orculo
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c uma revelao de eventos futuros que acontecero a respeito de Jud e Jerusalm. 0 prprio orculo, versculos 2 a 5, uma poesia, escrita em linguagem, em grande parte, figurada, mas apresenta a revelao de uma mensagem divina que cor re com o fio de ouro atravs da Bblia inteira. Nos ltimos dias, C ft V l J T T liO , uma expres
so usada freqentemente pelos profetas para designar um perodo de tempo no futuro, e especialmente quan do falavam da Idade Messinica. No se refere aqui di retamente ao reino do Messias, mas trata daquela eter na esperana da sociedade ideal, o sonho ureo dos es critores bblicos desde o princpio da sua histria. Des de o tempo de Davi os profetas concentraram as suas es peranas no reino perfeito do Messias vindouro, Joel 2: 28; Miq. 4:1-4; Is. 9:2, 11:1-16, caps. 42, 49, 50, 53; At. 2:17; I Ped. 1:5; I Joo 2:18; Heb. 1:2.
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Em o Nvo Testamento os ltimos dias significa o ltimo perodo de tempo, sem indicar que seria de pou ca durao. Mas seria a consumao da histria huma na, II Tess. 2:1-5. bastante limitado o ensino do Nvo Testamento sbre os ltimos dias, mas declara que Cris to voltar para julgar o mundo, que os mortos sero ressuscitados, e que as atividades e os negcios do mun do sero terminados. O monte da casa do Senhor c o monte do Templo, o centro do govrno espiritual do Senhor para o povo de Israel. o culto verdadeiro que ser oferecido ao Deus verdadeiro na casa do Senhor em Jerusalm, que ter finalmente o poder espiritual para atrair as naes. Mas, que significa a declarao de que o monte da casa do Senhor ser estabelecido com o a cabea, IS , ou o
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mais alto dos montes? claramente linguagem potica que no deve ser interpretada literalmente, no sentido de que o prprio monte de Mori ser elevado fisicamen te para ser o mais alto dos montes. A verso grega con tm a casa do Senhor em vez de o monte da casa do Se nhor, indicando a aceitao da linguagem com o sendo figurada. E o culto glorioso do Senhor Jav que atrai r com tanto poder as naes que elas sero induzidas a abandonar os seus deuses, e os seus lugares de culto, para aflurem casa d Senhor, para lhe oferecerem o seu culto espiritual. A exaltao da importncia religio sa de Sio o sentido dessa linguagem potica. As multides, atradas j)elo poder encantador, aflui ro, ou acorrero com o corrente ao centro do culto da humanidade, 11:10; 60:1-14; Zac. 8:20-23. Segundo Is. 42:1-6, os povos respondero Tra, revelao di vina da profecia hebraica, mensagem do Senhor para todos os povos, Is. 49:22; 54:3; 60:3, 5, 10; 62:2; 66:12. A passagem no faz referncia a qualquer perodo an
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tes do estabelecimento do evangelho. com a vinda de Cristo e a pregao do evangelho que esta profecia est recebendo o seu cumprimento. Viro muitos povos. Esta declarao indica a fom e espiritual dos povos e o seu desejo de encontrar-se com o verdadeiro Deus e de estabelecer comunho com le. Su bamos ao monte do Senhor e casa do Deus de Jac. Insatisfeitos com a insensatez dos seus cultos, e de seus deuses impotentes; desanimados com o fracasso da sua f, e continuando espiritualmente famintos, les querem buscar o Deus de poder, de amor e de fidelidade. As re ligies imperfeitas e enganadoras das naes, e o Deus que vem buscando e salvando os perdidos entre elas, so fatos indicativos de que o reino de Deus est na mar cha, em direo do alvo final. A operao silenciosa e misteriosa do Esprito do Senhor na vida das naes a verdade que nos inspira com a esperana do pleno cumprimento final da viso de Isaas e dos outros pro fetas do Senhor. Assim, as naes vm a Jerusalm com o propsi to de aprender e praticar a verdadeira religio. Desejam saber dos caminhos, ou do procedimento do SeT
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nhor nas suas relaes com os hom ens. interessante a com parao desta passagem com os cps. 40 a 55. Na primeira, as naes vm chegando Sio, querendo aprender do prprio Senhor, por intermdio dos profe tas, do carter e da vontade do Senhor de Sio. Na se gunda, o povo missionrio leva o conhecimento do Se nhor s naes. stes mensageiros de Israel ensinam aos povos o propsito divino de estender o seu reino espiritual a tdas as naes do m undo. Mas no h cousa alguma nestas duas passagens sbre a subverso poltica das naes ao domnio de Israel. ste fato de importncia especial em relao com o princpio de que
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a religio do homem e a sua comunho com Deus deve ser inteiramente livre do domnio de qualquer govrno poltico. As religies antigas eram nacionais, e o reco nhecimento dos deuses de outras naes era com um en tre os povos antigos. 0 ponto de vista aqui inteiramente n v o. As naes querem aprender dos caminhos, e no' meramente con cernente aos caminhos do Senhor de Sio. Desejam co nhecer o prprio Senhor para que possam andar pelas suas veredas. Ento diz o profeta: De Sio sair a m l D e de JeT
rusalm a 127!
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braicos usa-se em vrios sentidos, mas neste contexto so sinnimos, e significam a Palavra de Deus ou a Re velao divina. Jerusalm , portanto, o centro do qual ser proclamada a mensagem da salvao pelo Senhor e Criador de todos os povos do m undo. Assim, Jesus Cristo, vitorioso sbre o pecado e a morte, ordenou que os seus discpulos ficassem em Jerusalm at que fos sem revestidos do poder do alto. Ento seriam prepara dos para pregar o arrependimento e a remisso de pe cados em tdas as naes, com eando por Jerusalm. Assim, se encontra em L uc. 24:46-49 o resumo da men sagem do Senhor na Bblia inteira. As verdades de Sio vo se radiando pelos mensageiros do Senhor. A cin cia e a filosofia do mundo no podem criar qualquer verdade, ou qualquer evangelho, para a redeno do mundo perdido nos seus pecados de egosmo, ambio, cobia e sensualidade. A verdade eterna que liberta o homem do poder do pecado e o prepara para andar nas veredas do Senhor a palavra de Deus, personificada em Cristo Jesus, experimentada no corao dos crentes, pre servada e proclamada pelas igrejas de Cristo.
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Ento le julgar entre as naes. Quando os po vos aprenderem finalmente da revelao do Senhor e da operao da sua justia, le ento ser o Juiz dos pro blemas internacionais e o rbitro entre os povos. Isto acontecer quando os povos conhecerem o amor e o p ro psito de Deus na sua vida, e da sua operao na hist ria humana e no esprito dos homens de f . No julga mento das controvrsias, o Senhor terminar o perodo de guerras e estabelecer a paz entre as naes. A justia divina revela a iniqidade das guerras e demonstra o pecado das paixes e das ambies, que so as causas da guerra. O evangelho tem ste poder de produzir no co rao dos homens o entendimento da estultcia e dos horrores da guerra. Assim, a influncia do evangelho, se fsse pregado a tdas as naes, levaria a humanidade cada vez mais perto do tempo quando as espadas, as lanas e tdas as mquinas de guerra sero forjadas em rlhas de arados, ou mudadas em aparelhos para o ser vio e o bem-estar da sociedade humana. 0 trmino das guerras um ideal proeminente na profecia messinica, Os. 2:18; Zac. 9:10; Is. 9:5; Sal. 46:7-9. Nao no levantar espada contra nao. Esta predio positiva ainda est longe de ser realizada. As naes e os povos do mundo j esto ficando horrori zados com a crueldade e a destruio terrvel da guerra. As naes esto reconhecendo a futilidade das lutas m i litares, at para os vitoriosos. Esto trabalhando na or ganizao de Naes Unidas para descobrir e remover as causas da guerra, e para prom over meios de manter a paz entre os povos. 0 evangelho est exercendo uma influncia cada vez mais poderosa na mentalidade e no esprito dos p o vos, especialmente na prom oo dos ideais da justia. As naes mais prsperas esto ajudando as fracas e p o bres. H numerosas organizaes das igrejas crists de
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dica das ao servio e ao socorro das naes mais neces sitadas, e especialmente das que sofrem de calamidades ou aflies. Enquanto tdas estas influncias benficas apontam para o alvo visado na profecia e no Evange lho, o m undo ainda est longe da sua realizao. Mas os homens de Deus sabem que o seu trabalho no vo no Senhor. Vinde, pois, casa de Jac, crentes em Cristo, e andemos na luz do Senhor, obedecendo aos seus mandamentos de pregar o evangelho do amor cristo a tdas as naes do mundo, na certeza de que le est conosco at consumao dos sculos. C. O Castigo da Idolatria e do Orgulho Humano no Dia do Senhor, 2:6-22
6. Pois tu rejeitaste o teu p o r q u e se e n c h e r a m e d os agoureiros c o m o e batem palmas c o m 7. A povo, a casa de Jac, d a c o rrupo do oriente, os filisteus, filhos de estrangeiros.
s u a terra est cheia de prata e de ouro, e n o t m con t a os ssus tesouros; t a m b m est cheia a s u a terra de cavalos, e os seus carros n o t m fim.
8. A s u a terra est cheia de dolos; inclinam-se perante a obra da s suas mo s , aquilo q u e os seus prprios d e d o s fizeram.
stes versculos foram escritos evidentemente no princpio do reino de Joto quando o esplendor da pros peridade material, alcanada no govrno de Uzias, ainda se exibia, alis por pouco tempo. H vrias dificuldades no texto hebraico que se tornam evidentes na exegese dos versculos. Baseando-se nas vrias repeties, al guns estudantes pensam que isto resultou na combina o de dois orculos, ou de duas mensagens semelhantes do profeta. Mas no h falta de harmonia no pensa mento, pois todos os versculos tratam dos horrores do
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julgamento do Senhor sbre os pecados do p o v o . Os versculos 9b a 10 no constam no manuscrito do Mar Morto, e a Septuaginta omite o versculo 22. Os versculos 6 a 11 descrevem as causas e as con seqncias da rejeio divina do povo escolhido. Haven do observado a apostasia, a ostentao de riquezas com orgulho e arrogncia, a confiana nos recursos milita res, as supersties e a idolatria do povo, o profeta anun cia o Dia do Senhor, o dia da humilhao' da glria hu mana pela manifestao do terror, da glria e da ma jestade do Senhor. Pois tu rejeitaste o teu povo. A palavra rejeitar, bastante forte. Usa-se em DeuL 32:15 e Jer.
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15:6 para expressar a gravidade da rejeio do Senhor pelo povo de Israel. Mas a palavra refere-se mais fre qentemente ao desamparo do povo de Israel pelo Se nhor, Ju. 6:13; I Sam. 12:22; I Reis 8:57; Is. 2:6; Jer. 7:29; 12:7. Assim, o Senhor entregou o povo s conse qncias naturais dos seus prprios pecados. Porque se encheram do oriente a traduo do he braico. De que se encheram do oriente? Alguns dizem de adivinhadores, sinnimo de agoureiros. Outras ver ses tm costumes ou corrupo. O povo se tornara lou co por qualquer form a de idolatria que viesse do oriente. A palavra DHp significa tambm antigidade, e esta a traduo da Septuaginta. Mas a palavra oriente pre fervel aqui, e refere-se a Arbia, a Prsia ou a Babil nia . A confiana ou a f do povo de Israel nos adivinha dores e agoureiros significava a rejeio do Senhor, o verdadeiro Deus. stcs profetas das naes contem po rneas de Israel afirmavam que tinham meios secretos pelos quais podiam predizer, e, s vezes, controlar os eventos futuros. Havia alguns dstes agoureiros, p ro fetas falsos, entre os israelitas. As relaes comerciais
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evidentemente aumentaram a influncia dos costumes religiosos do oriente na vida de Israel. O bater mos significa a confirm ao de alianas sociais e polticas com os estrangeiros. Os filisteus ocupavam uma parte da terra no sudoeste da Palestina, e os israelitas os con sideravam com o estrangeiros. O versculo 7 fala das riquezas de Israel: praia e ouro, tesouros, cavalos e carros. 0 povo ficava encanta do, no somente com as supersties das religies falsas que os desviavam do Senhor, mas confiavam tambm na abundncia das suas riquezas que satisfaziam s suas necessidades materiais, e nutriam o seu orgulho e a sua hipocrisia religiosa, Deut. 27:16, 17; 20:1; Is. 31:1; Miq. 5:10; Zac. 9:10. O aumento dos tesouros de Israel resultou das atividades comerciais e da vantagem do trfico no seu contrle do Mar Vermelho. Israel, com o o Egito, confiava no poder dos cavalos e carros na guer ra. Assim, com os seus deuses, verdadeiros camaradas, os tesouros incontveis, e os poderosos recursos milita res, Israel se sentia perfeitamente seguro, apesar da pre gao dos profetas fanticos . A pobreza pode ser uma maldio para as pessoas que vivem em ignorncia e superstio. Mas mais f cil para les do que para os ricos, reconhecer a sua de pendncia do socorro do Senhor, e assim aceitar a men sagem do profeta ou do pregador do evangelho. O or gulho o pecado peculiar dos ricos e prsperos do m u n d o. O versculo oito um comentrio do profela sbre a lolice da idolatria. Isaas o primeiro profeta que usou o trmo ou deuses, pai'a significar dolos, aqui lo que os prprios dedos dos adoradores fizeram . Notase que o profeta no fz distino entre o dolo c o deus que le repi-esentava.
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S. As s i m , o p o v o ser abatido,
11. O s olhos altivos d o h o m e m sero abatidos, e a altivez d o s h o m e n s ssr h u m i l h a d a ; s o S e n h o r ser exaltado naquele dia.
O hom em no seu orgulho ser abatido, e os liomens Sero humilhados. No h tanta diferena entre o sig nificado de e com o dizem alguns comentaT T
ristas. A primeira palavra significa hom em no sentido da humanidade. Neste contexto o trmo ado significa o homem, isto , o povo em geral. A palavra dis tingue entre o hom em e a mulher,
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e usa-se s v-
zes no sentido de homem varonil. O sentido das duas palavras varia segundo o seu uso, e aqui se usam quase com o sinnimas. Aqui o segundo trmo aparentemen te significa os homens em posies de autoridade que se julgavam nobres, mas eram os pecadores mais respon sveis pela infidelidade nacional. A form a dos verbos reflexiva ou passiva. O sentido passivo cabe melhor no contexto. A frase no lhes perdoars geralmente reconheci da com o ordem sarcstica do escritor, mas esta inter pretao no concorda com o esprito do profeta. O pro feta simplesmente reconhece que o povo se afastara alm da possibilidade de arrependimento, a condio necess ria para voltar ao Senhor e receber o perdo. H vrias palavras no hebraico que significam cancelar, apagar
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palavra
aqui
O versculo dez declara que a nao, na imaginao da sua glria, ficar espantada e humilhada ante o ter ror e a glria do Senhor, e entrar nas cavernas das ro chas e se esconder no p . Aqules que pecam contra o Senhor tm que pagar a pena. De Deus no se zom ba. Ao Senhor pertence o reino, o poder e a glria. Naquele dia, no dia do julgamento do Senhor, os homens orgulhosos e arrogantes recebero o castigo que merecem, e s o Senhor ser exaltado e glorificado. Os profetas, os filsofos e os poetas reconhecem os perigos dos olhos altivos, e do orgulho dos hom ens. No poema Paraso Perdido, Milton representa o orgulho e a arro gncia de Lcifer na citao das suas palavras: m e lhor reinar no inferno do que servir no c u .
12. Pois J a v d os Exrcitos t e m u m c ontra todo sob erbo e altivo, contra todo q u e se exalta, para. q u e seja abatido; dia
13. contra todos os cedros do Lbano, os altos e os elevados; e contra todos os carvalhos de Bas; 14. contra todos os m o n t e s altos, e contra todos os outeiros elevados; 15. contra t d a trre alta, e contra todo m u r o fortificado; 16. contra todos os navios de Trsis, e contra t u d o o q u e belo vista.
Esta poesia pitoresca caracterstica da literatura hebraica, mas no alegrica. As rvores, os montes, os edifcios e os navios no so apenas emblemas das ri quezas do povo. 0 profeta est declarando que tudo
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que imponente e sublime ser destrudo, e que s o Se nhor dos Exrcitos ser exaltado naquele dia. Alguns levantam dvidas sbre o texto
T
para
que seja abatido , e pensam que fsse originalmente H ' , , e fica elevado , mas a Septuaginta concorda
T
com o hebraico que cla ro. O Dia do Senhor realmente o dia do triunfo da justia divina. Os israelitas, em geral, tinham a tendn cia de pensar que les eram os justos em virtude de ser o povo eleito pelo Senhor, mas tinham perdido o sentido da responsabilidade que a eleio lhes impusera. E por causa da sua apcstasia, e da renncia do Concrto do Senhor com les, da idolatria e dos pecados da injusti a, o Dia do Senhor ser para les um dia de trevas e no de luz, um dia de julgamento e punio, A m . 5:18. ste ensino de Am s fo i desenvolvido e proclamado por outros profetas, Is. 13:6; Joel 1:15; 2:1, 11, 31; S of. 1:7, 14; Mal. 4:5; Zac. 14:1. No esclarecimento e na proclam ao da doutrina do Dia do Senhor, no somen te Israel, mas tdas as naes sofrero o castigo dos seus pecados neste grande dia do julgamento do Senhor, Ez. 30:3-10; Joel 3:11-13; Is. 13:6-22. Ser o dia de suble vao quando os fortes sero fracos (Cp. I Cor. 1:27) e quando as cousas estabelecidas sero transtornadas, e quando tudo que reconhecido de grande poder ou de muito valor ser imprestvel e sem valor algum. T odo soberbo e altivo significa tdas as pessoas or gulhosas, e tudo de que se ufanavam. A linguagem geral, mas aplica-se especialmente aos prncipes, aos m a gistrados e aos proprietrios que se orgulhavam no so mente da sua autoridade, do seu poder e influncia, com o tambm das cousas que possuam. O am or das rique zas, da posio social e dos prazeres que estas cousas
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oferecem condenado em tda parte das Escrituras Sa gradas. A histria da civilizao e as experincias hu manas nos ensinam que o orgulho dos homens e das na es freqentemente a causa principal da sua destrui o. Contra todos os cedros do Lbano. Lbano fica ao norte da Palestina, e antigamente fo i muito celebrado pelos seus grandes cedros. A madeira destas rvores durvel, muito bonita, e de grande utilidade, no so mente para os tetos e abbadas dos templos, com o tam bm para esttuas e imagens. Salomo usou desta linda madeira na construo do Tem plo. Segundo a tradio, a madeira foi usada tambm na construo do templo de Diana dos efsios. Nos tempos antigos stes cedros eram magnficos e abundantes. 0 tronco de alguns media mais de dez m e tros de circunferncia. Mui poucos dsses cedros to grandes ainda se acham em um ou dois dos altos m on tes do Lbano. O cedro se usa figurativamente nas Es crituras com o smbolo de reis, prncipes e nobres, Ez. 31:3; Dan. 4:20-22; Zac. 11:1, 2; Is. 14:18. E contra todos os carvalhos de Bas. Bas fica ao leste do Rio Jordo, e fo i conhecida com o terra frtil que produzia vacas e touros gordos, Sal. 22:12; Ez. 3,9:18; A m . 4:1; Miq. 7:14, e especialmente carvalhos fortes e majestosos, Ez. 27:6; A m . 2:9; Zac. 11:2. provvel que o profeta estivesse pensando com o o povo associava os carvalhos com a sua idolatria. Os montes altos e os outeiros elevados eram lugares de beleza, e de defesa e proteo contra invasores e inimigos. Trres constru das rios m uros das cidades eram lugares timos de ob servao. Os muros fortificados ofereciam refgio para xrcito. As fortificaes construdas nos outeiros al tos davam aos defensores uma grande vantagem sbre os inimigos que lanassem ataques contra a terra.
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Trsis era uma cidade fencia no sul da Espa nha. Os navios que faziam as longas viagens a Trsis representavam a importncia do com rcio de Israel, especialmente no tempo do reino de Uzias. A frase T lttnn
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arte, de escultura e das lindas imagens feitas de ouro e prata que os navios traziam para os ricos de Israel no tempo da sua grande prosperidade.
17. A arrogncia d o h o m e m ser abatida, e a altivez dos h o m e n s ser h u m i l h a d a ; s o S e n h o r ser exaltado naquele dia. os dolos totalmente desaparecero. se m e t e r o na s c a v e r n a s da s rochas, d a terra, Senhor, s u a majestade, levantar para a s s o m b r a r a terra.
18. E
20. N a q u e l e dia os h o m e n s lanaro s toupeiras e aos m o r c e g o s os seus dolos de prata, e os seus dolos de ouro, q u e fize r a m p a r a ante les se prostrarem, 21. e m e te r -s e - o pelas fendas da s rochas, e pelas c a v e r n a s da s penhas, ante o terror d o Senhor, e a glria d a s u a majestade, quando le se levan tar pa ra asso mbrar a terra. 22. Afastai-vos, pois, d o h o m e m cujo flego est no seu nariz. Pois e m q u e le e s t i m a d o ?
Os versculos 17 e 11 so semelhantes, com o tam bm os 19 e 10. O verso 18 interrompe a conexo entre 17 e 19, e talvez seja uma interpolao. Mas uma pre dio de interesse especial, e foi completamente cumpri da na vida de Israel. Depois do cativeiro babilnico nun ca mais se manifestou entre o povo de Israel a tendn
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cia de fabricar e adorar dolos. Desapareceram as ima gens, o culto e at a memria dos dolos (Zac. 1 3:2 ). A frase fazer estremecer a terra talvez traduz m e lhor as palavras T l& n do < Iue assombrar a terV T T "*! "
ra. Talvez o profeta estivesse pensando no terremoto que abalou a terra no reino de Uzias, mas Delitzsch pensa que visa ao julgamento final do ponto de vista de Is rael. A ltima estrofe, versculos 20 a 22, acrescenta pou co que seja distintivo ao pensamento do pargrafo 6 a 16. Mas o povo, quando foge para o seu refgio, lan ar os seus dolos s toupeiras e aos m orcegos. O verso 22 no consta na verso grega, mas acon selha o abandono da confiana no hom em e nas fras humanas, Sal. 118:8, 9; 146:3; Jer. 17:5. D. O Julgamento Divino de Jerusalm e de Jud, 3:1-15 H trs divises desta mensagem sbre o julgamen to de Jerusalm e Jud. Os primeiros sete versculos descrevem a anarquia que seguir a rem oo dos homens que ocupam posies de responsabilidade na vida pol tica e religiosa do povo. Os versos 8 a 12 explicam a fonte e as causas dste julgam ento. A anarquia de Je rusalm e Jud resultar do aumento das iniqidades vergonhosas do povo. A blasfmia da lngua e as obras da injustia desafiavam a gloriosa presena do Senhor. Os pecadores mais culpados so os chefes polticos e re ligiosos. A repreenso nos versculos 13 a 15 dirigida aos ancios e aos prncipes que roubavam e esmagavam o povo e m oam a face do pobre. Assim, o dia do julga mento vindouro ser um tempo de terrvel confuso e anarquia social para Jerusalm e Jud. Depois da in troduo, Jav fala na primeira pessoa.
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O ponto de vista do profeta nesta seo pouco di ferente daquele que se apresenta nos versos 6 a 22 no captulo anterior. Na primeira le d nfase aos peca dos do povo em geral: o orgulho, a idolatria e a arro gncia. Nesta seo' trata-se do pecado nas suas conse qncias sociais, o govrno tirnico, a crueldade e o de safio do Senhor, da parte dos prncipes e governadores. Na primeira o julgamento representado com o uma po derosa catstrofe fsica; na segunda a dissoluo so cial que resulta na anarquia com todos os seus males incontrolveis. 0 profeta reconhece que sem restrio o povo tem a tendncia de seguir o instinto egostico na sua vida social. ste entendimento dos males da anar quia, e do valor de um bom govrno para o bem-estar nacional, caracterstico de Isaas com o estadista. 1. A Anarquia Social, 3:1-7
1. Eis, pois, o S e n h o r J a v d o s Exrcitos tira d e J e r u s a l m e de J u d o esteio e o suporte, todo sustento de po, e todo sustento de gu a ; 2. o valente e o soldado, o juiz e o profeta, o adivinho e o ancio; 3. o capito d e cinqenta, e o h o m e m d e posio, o conselheiro e o sbio n a s artes mgicas, e o e n c a n t a d o r perito. 4. Dar-lhes-ei m e n i n o s por prncipes, e crianas g o v e r n a r o sbre les. 5. E opri m i r o u n s a bs outros, o h o m e m ao companheiro, e c a d a u m a o seu p r x i m o ; o m e n i n o se atrever contra o ancio, e o vil contra o nobre,
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6. Q u a n d o o h o m e m segurar a seu irmo, e lhe disser, n a c asa de seu pai: T u tens roupa; tu sers o nosso principe, e ste m o n t o de runas ser sob o teu govrno. 7. N a q u e l e dia levantar ste a voz, dizendo: N o serei mdico, pois n a m i n h a casa n o h pSo, n e m vestido: n o m e poreis por prncipe d o povo.
r o n \ o Deus
Soberano, vai remover, j resolveu rem over as classes que deviam contribuir para manter a ordem social e a estabilidade do Estado, porque eram justamente stes que estavam arrastando a sociedade ao desastre. Disse um estadista ingls: O poder corrom pe, e o poder ab soluto corrom pe absolutam ente. A histria humana confirm a esta observao. Entre os homens em geral h uma tendncia de aproveitar qualquer ocasio opor tuna, especialmente nos tempos de confuso, para ga nhar ilicitamente, ou roubar, dinheiro que pertence ao govrno ou sociedade. As palavras ou e a form a feminina
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tm a mesma significao, e podem ser traduzidas para apoio, esteio, suporte, sustento, e tambm para bordo e cajado, que no ficam bem neste contex to. Significam aqui pilares da sociedade, com o falamos dos pilares da igreja. Os pilares ou os chefes do govr no e da sociedade da poca, talvez no reino de Acaz, eram os maiores responsveis pela dissoluo nacional. Foi especialmente a corrupo dos chefes do povo que des pertou a ira do Senhor. Segundo o m odo de pensar dos hebreus a respeito da soberania de Deus, tudo que acon tece devido direo do Senhor. Ao mesmo tempo,
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os escritores bblicos reconhecem que o prprio povo, pela infidelidade para com o seu Deus, trouxe sbre si tdas as calamidades que sofreu atravs da Histria. H trs tipos de chefes do povo que o Senhor vai rem over. Os chefes militares, os valentes e os soldados, so mencionados em primeiro lugar. Mas isto certamen te no significa que les eram os mais importantes na preservao da paz e da segurana da terra. les muito contriburam para a perturbao poltica, o declnio e a destruio final dos dois reinos de Israel e Jud. So mencionados em segundo lugar os profetas, os juizes, os ancios e os conselheiros. Os fiis, os verdadeiros dstes grupos, eram os mensageiros, os representantes, os servos de Deus atravs da histria do povo escolhido. impossvel avaliar o servio dste grupo na histria de Israel, e a sua contribuio ao desenvolvimento da civilizao, especialmente quanto legao que deixa ram humanidade nas Escrituras Sagradas. Mas o pro feta est falando dos infiis entre ste grupo dos mais nobres servos do Senhor na histria da religio do Velho Testamento (Miq. 3:11; 7:3; A m . 5:12; Jer. 6:13; Ez. 22:12). Entre todos os servos de Deus no Velho Testa mento, o profeta chamado por Deus era o mais im por tante, e prestou o m aior servio ao seu povo e huma nidade do que qualquer outro m em bro dsse grupo. Foi le quem recebeu e transmitiu ao povo a revelao divina. Como o mensageiro de Deus, le interpretou o propsito do Senhor na escolha de Israel, e explicou a misso do povo escolhido na histria humana. E dif cil acreditar que o profeta vocacionado pelo Senhor esteja sendo indicado nesta passagem. Ela se refere aos profetas falsos, no incumbidos pelo Senhor, que apro veitaram a confuso do povo, e, por dinheiro, apresen tavam mensagem agradvel aos ouvidos dos rebeldes contra o Senhor. O juiz verdadeiro era tambm honrado
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representante do Senhor, e procurava representar a von tade do Senhor em tdas as suas decises legais. Os an cios e conselheiros tinham o nome de prestigio e honra entre o povo em virtude do seu nobre servio. O desvio do caminho de retido e justia de qualquer m em bro dstes grupos ameaava a estrutura social, e quando mui tos dos representantes dsses grupos se entregaram in justia, les levavam o povo ao desastre nacional. Muitos representantes polticos e religiosos das naes m oder nas roubam inescrupulosamente a seu povo, e sem reco nhecer a maldio do seu procedimento. Encontram-se no terceiro grupo adivinhadores, s bios nas artes mgicas, e encantadores peritos. Todos stes representam os elementos de paganismo na reli gio de Israel (N m . 22:7; 23:23; II Reis 17:17; Miq. 3:6, 7; Jer. 27:9; 29:8; Ez. 13:9-23; 21:29). A meno dstes representantes das religies dos cananeus, babi lnios e egpcios indica que o povo de Israel, havendo abandonado a f no Senhor, tinha que achar outra dire o nas supersties e nas prticas dos seus vizinhos. Quando os homens abandonam o Senhor Deus, les se entregam inevitvelmente idolatria. Os homens m o dernos no escolhem entre o cristianismo e a increduli dade, mas entre a fidelidade crist e qualquer form a de idolatria. Quando no querem beber da gua viva, les cavam para si cisternas rtas que no retm as guas (Jer. 2 :1 3 ). As palavras meninos e crianas significam gover nadores sem conhecimento e sem experincia. Os ver sculos 5 a 7 descrevem a confuso e a anarquia sob o govrno sem autoridade e sem o poder de manter a or dem . Os homens no respeitam mais os princpios da justia. Cada um oprimir o seu companheiro e o seu prxim o at ao limite do seu poder. Na desordem social ningum respeita mais a dignidade hum ana. As crianas
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se mostram insolentes, e no h mais ordem na famlia, o esteio mais forte da sociedade. Os profetas, ou mes tres religiosos, os juizes, os ancios e ts conselheiro no recebem qualquer respeito ou qualquer deferncia do povo, simplesmente porque no m erecem tal acata mento . No desespro, os aflitos apelam ao hom em que tem roupa ou acmulo de bens, e oferecem faz-lo prncipe sbre les. provvel que o aplo seja dirigido a um ancio que no participava das lutas polticas e sociais, e ainda possua a sua propriedade. Neste caso, o povo, no seu pedido de socorro, sentia-se obrigado a respeitar sse hom em . H variaes no texto dste versculo, mas claro na expresso da misria e da anarquia do povo. Naquele dia levantar a declarao do hebraico do versculo 7, . Algumas verses acrescentam a
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sua voz ou a sua m o . A Septuaginta e a Yulgata dizem le responder. No serei mdico ou curandeiro dessa terrvel desordem social. To grande era a runa so cial, que o hom em no quis aceitar a posio de honra que o povo lhe oferecia. 2. O Povo Arruinado, 3:8-12
8. Porque Jerusalm tropeou, g J u d ca iu; porquanto a sua lngua e as suas obras so contra o Senhor, desafiando a sua> gloriosa presena. 6. A expresso do seu rosto testifica contra las; como Sodoma, proclamam o seu pecado, e no o encobrem. A i da sua alm a I Porque tro u xeram o mal sbre si mesmos.
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Jerusalm tropeou,
T T
, ou est arruinada, e
ftico, expressa a certeza da calamidade iminente que cair sbre Jud e Jerusalm. O pecado to manifesto na vida do povo j proclam ou o julgamento vindouro. A capital e o pas inteiro esto decididamente contra o Se nhor. Com a lngua, os habitantes publicam a blasfmia contra o Senhor, e, com as obras, les profanam a santi dade de Jav dos Exrcitos. Com as palavras e com os atos, tinham repudiado as suas promessas solenes de fi delidade, e tinham renunciado tdas as responsabilida des religiosas e morais que voluntriamente assumiram quando aceitaram com gratido o concrto de graa que o Senhor fz com les. A o desafiar, Tj| 3^ , a sua gloriosa presena.
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muito forte esta palavra que traduzimos por desafiar, e pode ser traduzida por provocar ou irritar. Usa-se tam bm no sentido de rebelar, resistir obstinadamente e des prezar (Cp. A m . 2:7; Jer. 7:18; 32:29). Assim, o pro feta descreve a psicologia do esprito rebelde do pecador de hoje, ou de qualquer outra poca da Histria. Os olhos da sua glria, ou a sua gloriosa presena talvez seja uma aluso viso do profeta no Tem plo. A expresso do seu rosto, m Sn
- T -
traduz m elhor o
hebraico do que a parcialidade da R.S.V. O semblante ou a aparncia. A fisionom ia de uma pessoa freqentemente revela o estado de sade ou do seu esprito. As emoes com o a arrogncia, vaidade, desdm dos inquos testificam contra les. Os pecados que os habitantes de Jerusa lm e Jud cometiam, e as injustias que praticavam contra os vizinhos trazem sbre les a punio que mere
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cem . Ai da alma do pecador que se mata a si m esmo pe las iniqidades que comete!
10. Dizei aos justos que les sero bem sucedidos; porque comero do fru to das suas ages. 11. A i do perverso! le passar m al; porque receber a recompensa das suas mos. 12. Os opressores do meu povo e mulheres esto testa A h ! povo meu ! os que te e destroem o curso das so criangas, do seu govrno. guiam te enganam, tuas veredas.
Os versculos dez e onze apresentam a lei universal da retribuio divina. Alguns crticos pensam que no foram escritos por Isaas, mas interpolados mais tarde, talvez depois do exlio. Diz R . B . Y . Scott na The inter preters Bible que os versos ficam parte do contexto. Mas o profeta tinha proclamado o mesmo ensino em 1:19, 20. Sendo o profeta da justia, o tema da sua men sagem o mesmo dos versos anteriores. Todos os ho mens recebero a recompensa das suas obras. ste justamente o ensino dos profetas e salmistas. verda de, porm, que os escritores do Velho Testamento tinham que lutar com o problema do sofrimento dos justos, em virtude desta crena, at que fsse firmemente estabele cida a revelao divina sbre a vida alm da m orte. Dizei aos justos que b e m . . . O singular de usa-se aqui no sentido coletivo. A palavra Sffl en cerra ou leva a idia de que os justos sero bem su cedidos. A Septuaginta tem uma traduo complicada de 9b-10: Ai da sua alma, porque les se aconselham entre si, dizendo: Amarrems o justo, pois perturbador para ns; portanto, les com ero do fruto das suas ob ra s. Com a pequena mudana de Para j * pode-se ler, Feliz o justo, pois tudo vai bem com le .
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Ai do perverso, porque a sua recompensa ser jus tamente as obras das suas m os. Os governadores ti nham a responsabilidade de prom over o bem-estar do seu povo, e proteg-lo da injustia de opressores, mas les mesmos se tornaram os tiranos. Eram crianas no entendimento do significado dos seus atos, no somente para a nao, mas tambm para si prprios. Na referncia a mulheres provvel que o profeta estivesse pensando na influncia malfica das mulheres do harm dos prprios governadores. Mas o govrno de Atalia, me de Acazias, II Reis 11:1-16, fo i uma dolo rosa experincia para o povo de Jud. Os guias do povo levaram-no destruio. 3. Os Esmagadores do Povo, 3:13-15
13. O S enhor toma o seu lu gar para contender, e apresenta-se para j u lg a r o seu povo. 14. O S enhor entra em ju zo com os ancios e os prncipes do seu povo: V s sois os que devorastes a v i n h a ; o esplio do pobre est em vossas casas. 15. Que h convosco que esmagais o meu povo, e moeis a face dos pobres ? diz o Sen hor Ja v ds Exrcitos.
Apresenta-se aqui um espetculo do julgamento di vino. O Senhor toma o seu lugar, no para pieiT *
tear, mas para contender, condenar e castigar os inquos de acrdo com as suas obras. e se apresenta no meio do povo com o acusador, juiz e o administrador da ver dadeira justia. A acusao divina, que o povo no po dia negar, tambm a sentena do julgamento, }V!l. O Senhor entra em juzo particularmente com os ancios e os prncipes. Se stes governadores do povo
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tivessem mantido a integridade e o sentido da justia, les poderiam ter mantido a ordem social, e assim ter restringido os crimes do povo em geral. Quando les abandonaram as responsabilidades da sua nobre incum bncia, no havia ningum que se interessasse em man ter a ordem, e o resultado fo i a terrvel anarquia social. O Senhor se apresenta para julgar o seu p ovo. Esta a traduo da Septuaginta. O hebraico tem os povos, mas o contexto mostra que ste julgamento do Senhor limitado ao povo escolhido. E muito forte a acusao contra os ancios e prn cipes. stes, que foram escolhidos para proteger a vinha e guard-la dos ladres, tornaram-se traidores e saquea dores das propriedades pblicas, e assim devoraram, ou consumiram a vinha. Os presentes que exigi T *
ram do povo pelo servio legtimo que no fizeram, e o despojo que roubaram dos pobres, e dos que no tinham defesa, estavam nas casas dos ladres. Que se pode di zer dsses homens no servio pblico, nestes tempos m o dernos, que edificam os seus palcios e acumulam enor mes riquezas dentro do perodo em que ficam no poder? Que direito tendes vs de esmagar o meu povo, tf-H , e m oer a face dos pobres, Isaas, bem com o os outros profetas e salmistas eram os defensores dos rfos, vivas e pobres que no tives sem os meios de defender os seus direitos. E. As Mulheres Altivas de Jerusalm, 3:16-4:1
16. O S enhor disse : Porq uanto so altivas as filhas de Sio, e and am de pescoo emproado, de olhares impudentes, a n d a n d o com agilidade, fazendo tin ir os ornamentos de ssus ps;
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17. o Senhor afligir com cicatriz a coroa das cabeas das filhas de Sio, o Senhor por a descoberto as suas vergonhas.
Os versculos 16 a 24 constituem um orculo do profeta dirigido s mulheres altivas de Jerusalm. Como Am s 4:1-3 expe as extorses da parte dos ricos de Samaria, assim Isaas reconhece no luxo, e na vaidade das mulheres de Jerusalm a opresso e a injustia pratica das por seus maridos (Cp. 32:9-12). Nesta seo os ver sculos 16 e 17 e 24 a 26 foram escritos em form a po tica, mas os versos 18 a 23 e 4:1 se acham em prosa. Por isso, alguns pensam que Isaas no escreveu os ver sos 18 a 23, e que foram interpolados mais tarde por outro escritor. Mas, com o Ams, Isaas reconheceu que as mulheres da aristocracia de Jerusalm eram respon sveis pla opresso e a injustia praticadas pelos ma ridos. A vida moral e social das mulheres geralmente o critrio das condies ticas e religiosas entre todos os p ov os. As filhas de Sio a frase que se refere s mulheres da parte da cidade ocupada pelos ricos, principalmente dos governadores. A altivez, FD J i o orgulho e a arro T
gncia das mulheres evidenciada nos gestos e no m odo de andar em pblico, de pescoo emproado, ou estendi do, ntDJ, at ao limite, para se distinguirem das
T T
mulheres da classe baixa, e assim demonstrar a grande za das senhoras da crte, das nobres e da aristocracia de Jerusalm. De olhares impudentes, , olhares
. T * t l
fingidos com arte para encantar e seduzir com o brilho dos olhos, andando com agilidade, ou a passos afetados de ternura, 1B&. Elas assim faziam tinir os ornamentos
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dos ps. As mulheres usavam tornozeleiras, ligadas com correntinhas curtas, com ornamentos que tiniam quan do elas andavam. O castigo destas mulheres ricas e arrogantes ser muito humilhante, a recompensa apropriada da cruelda de que praticavam com os maridos contra o povo sem defesa, a cicatriz na coroa da cabea, e a descoberta de sua nudez.
18. Naquele dia tira r o Senhor o adrno dos anis dos artelhos, as toucas e os ornamentos em f o rm a de meia lua; 19. os pendentes, os braceletes e os vus esvoagantes; 20 os turbantes, as cadeiazinhas para os passos, as cintas, as caixinhas de perfumes e os amuletos;
21. os anis d-2 selar, e as jias pendentes do na riz ; 22. os vestidos de festa, os mantos, as capas e as blsas; 23. os vestidos difanos, as vestes de linho, os atavios de cabea e os vus grandes.
um tanto obscura esta descrio minuciosa dos artigos do vesturio das mulheres de Jerusalm no tem po de Isaas. O estudo dos objetos de adrno pessoal achados nas escavaes da Palestina, e datados na mes ma poca, esclarecem a descrio de alguns dstes ar tigos. A verso SBB talvez apresente a melhor traduo dos nomes hebraicos dos vrios artigos. claro que o profeta no quis dizer que qualquer mulher usava necessriamente todos sses artigos de uma vez. Um bom nmero dos artigos eram apenas ornamentos, e alguns dstes se usavam para proteger a pessoa dos espritos, ou dos deuses malignos. Muitos dsses artigos de podres encantadores ainda se usam no Oriente, e tambm so usados por algumas pessoas supersticiosas no Oci dente. Alguns dos artigos do vesturio das mulheres de Jerusalm so usados em todos os pases do mundo at
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hoje em dia. Mas os anis dos artelhos, as cadeiazinhas para os passos, as jias pendentes do nariz, e alguns dos vus, especialmente o vu do rosto, no se usam em muitos dos pases de h oje. O profeta est condenando a vaidade e a degradao m oral das mulheres ricas de Jerusalm, e a sua terr vel influncia na corrupo da sociedade, e na destrui o nacional do seu povo. A qualidade m oral do sexo fem inino determina, em grande parte, o carter da so ciedade de qualquer pas. So elas, com o mes, que es tabelecem os ideais dos hom ens. As mulheres inspiram os seus filhos com o seu prprio esprito de nobreza, am or e sacrifcio; ou os corrom pem com a sua vaidade, o seu egosmo e a sua falta de intersse no bem-estar moral, no treinamento dles. Na profunda apreciao da influncia das mulheres na form ao do carter dos homens, e assim no destino do seu povo, o profeta se vero na condenao dos seus pecados.
24. E m lugar de perfume haver podrido; em lugar de cinto, corda, em lu g ar de encrespadura de cabelos, calvcie; em lugar de veste suntuosa, cilcio, e em lugar de formos ura, vergonha. 25. Os teus homens cairo espada, e os teus valentes na batalha. 26. A s suas portas lam entaro e prantearo; e ela se assentar no cho, desolada. 4: 1. Sete mulheres naquele dia lanaro mo dum homem, d iz e n do: Ns comeremos do nosso po, e nos vestiremos de nossos vestidos; to smente queremos ser chamadas pelo teu nome; ti ra o nosso oprbrio.
O verso 24 descreve a degradao das mulheres da alta sociedade de Jerusalm no dia do julgam ento. O versculo relaciona-se mais diretamente com o verso 17. H quatro contrastes aqui entre a ostentao e a arro
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gncia das mulheres ricas de Jerusalm e o carter de las de acrdo com o julgam ento. Os contrastes mostram que estas mulheres injustas, pecaminosas e arrogantes ho de receber o castigo que m erecem . Em vez de per fum e haver podrido, ou o mau cheiro da escravido. Em vez de um cinto, ornamento de vestido, haver uma corda, ou cabo no pescoo, smbolo da degradao. Em vez de encrespadura de cabelos, ou penteado da moda, haver calvcie. E em vez de form osura haver vergo nha . A palavra vergonha, H tf , no se encontra seno no manuscrito do Mar M orto. Os versos 25 e 26 so dirigidos a Jerusalm. A per sonificao de Jerusalm freqente na Bblia. Nas calamidades que cairo sbre a cidade amada, os seus homens fortes e valentes perecero. As portas nos mu ros da cidade lamentaro a sorte dos seus bravos solda dos . Os homens se reuniro nas portas para tratar de ne gcios, e ali se encontraro com amigos e conhecidos que vo entrando e saindo da cidade. Nestas reunies haveria lamentaes pelos valentes que m orreram na defesa da cidade amada. Na poesia hebraica at as pr prias portas da cidade choravam a morte de seus de fensores . Naquele dia de sofrimento' terrvel da cidade, 4:1, sete mulheres, nmero indefinido de vivas (Cp. 3:25), sem esperana de outro casamento, lanaro m o dum homem, e lhe pediro insistentemente que as receba na casa dle, para que tenham o nom e dle, e assim fiquem livres do oprbrio. Ns comeremos do nosso po. Pe dem apenas a proteo da parte do hom em para que fi quem livres de ignomnia (Cp. Gn. 30:23 e I Sam. 1 :6 ) . O julgamento das mulheres, e o dos governadores, re presentam a condenao mais compreensiva de Jerusa
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lm e Jud, bem com o a censura de tudo que seja exal tado e arrogante. F . A Beleza e a Glria de Sio Purificada, 4:2-6
2. Naquele dia o Renvo do Senhor ser de beleza de g l ria ; e o fru to da te rra ser o orgulho o resplendor dos sobreviventes de Israel. 3. E aqule que deixado em Sio permanece em Jerusalm ser cham ado santo; todo aqule que estiver inscrito entre os vivo s em Jeru salm ; 4. quando o Senhor houver lavado a im undcie das filhas de Sio, e lim pado Jerusalm da culpa do sangue do meio dela, com o esprito de ju stia e com o esprito purificador.
Em contraste com o julgamento severo na seo anterior, os versos 2 a 4 descrevem a viso do profeta sbre a glria futura de Jerusalm restaurada. Naquele dia no se refere ao dia do julgamento de 2:12-20, j no passado, mas ao dia de 1:16 a 27, quando Jerusalm ser a cidade de justia, cidade fiel. Alguns crticos, perturbados pelo estilo de contras tes do hebraico, declaram que esta passagem, em perfeita harmonia com o estilo e o ensino de Isaas, fo i interpo lada mais tarde, talvez depois do exlio. Esta teoria de que estudantes da Bblia, no tempo depois do exlio, fi zeram uso das idias e da linguagem de Isaas para de senvolver e esclarecer os seus ensinos, contradiz os fatos bem conhecidos a respeito do cuidado extraordinrio na preservao das Escrituras sem quaisquer modificaes. Alm disto, a passagem concorda perfeitamente com Is. 9:2-7 e 11:1-16. tambm difcil pensar que qualquer redator subseqente pudesse julgar necessrio interpo lar esta passagem justamente neste lugar. ste um cntico de esperana que se encontra em tda parte do Velho Testamento desde o princpio at ao
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fim . F oi a inspirao do profeta quando Senaqueribe arrogantemente ameaava capturar a cidade de Jerusa lm, a ltima fortaleza que protegia o Reino de Jud do genocdio da parte da Assria. Foi a esperana de Jere mias e de Ezequiel nos dias mais escuros da histria de Israel. Esta maravilhosa esperana baseava-se na f ina balvel na bondade e no poder do Senhor Jav no cum primento das suas eternas promessas. Naquele dia o Renvo, FID , do Senhor ser form oso e glorioso. H vrias interpretaes dste versculo, at nas tradues. A Septuaginta traduz: Naquele dia, Deus res plandecer em conselho com glria sbre a terra, para exaltar e para glorificar o restante de Israel. A Caldaica traduz: Naquele dia, o Messias do Senhor por jbilo e glria, e por obreiros da lei, pelo louvor e pela honra dos sobreviventes de Israel. A palavra Renvo ou Re bento do verbo brotar, das plantas. a mesma pala vra que se usa em Jer. 23:5; 33:15; Zac. 3:8; 6:12, com referncia ao Messias vindouro. Isaas usa a palavra s neste versculo, mas na passagem messinica do cap tulo nove le diz sbre o trono de Davi . E em 11:1 le emprega o sinnimo |t2 Tl , rebemto que sair do tronco
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de Jess. 0 reino que o Renvo estabelecer pertence a Deus, porque a obra do Messias a obra de Deus (Cp. A Esperana Messinica do autor, Cap. V I ). Segundo esta interpretao, a segunda parte do verso refere-se fecundidade, ou produo abundante da terra, com o sm bolo ou prova da nova idade. Com o no dia de ini qidade e aflio a terra estar de luto e prantear (Am. 1:2; Jer. 4:28; Zac. 12:12), assim ao nvo dia a terra fi car alegre e se regozijar na abundncia da sua produ o (Cp. Is. 11:1-10 e Os. 2:21-23). No podemos aceitar a interpretao de alguns comentaristas de que o Renvo do Senhor significa a renovao da natureza
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fsica da terra. A nossa interpretao explica melhor o paralelismo das duas partes do versculo, e concorda melhor com a grande significao do nvo dia para os sobreviventes, de Israel. Esta mesma palavra
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usa-se freqentemente para designar os sobreviventes do cativeiro babilnico que voltaram para Jud. Alguns interpretam a referncia ao Renovo do Se nhor para significar apenas o restante que sobreviveu ao julgamento divino. Assim dizem que o Restante dei xado se levantar, pela misericrdia de Jav, com o o Renvo ou o Rebento do tronco. Afirm am que essa in terpretao concorda com os versos 3 e 4, mas h uma distino clara entre o Renvo e o Restante, com o nas vrias passagens que tratam do Reino Messinico. Aqule que deixado,
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, p tc . N if., em Sio, e
permanece, "irV , em Jerusalm ser chamado santo (Cp. Is. 60:14; 61:6; 62:12). A santidade aqui inclui as idias da consagrao ao Senhor, bem com o a pureza m oral. a palavra santo, t flp , que recebe a nfase no
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verso 4. A frase ser chamado santo significa ser santo. Os hebreus tinham o costume de manter um registro dos nomes de todo o povo, segundo as tribos e as fam lias. Todo aqule que estiver inscrito entre os vivos em Jerusalm significa todos os habitantes da cidade. Quan do uma pessoa falecia seu nom e era riscado do livro da vida (x. 32:32; Dan. 12:1; Ez. 1 3 :9 ). Todos os sobre viventes eram santos ou separados para o servio do Se nhor. Mais tarde, todos os inscritos no livro da vida eram o povo de Deus (L uc. 10:20; Fil. 4:3; A poc. 3:5, 13:8, 20:14).
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As filhas de Sio tm que ser lavadas da sua imun dcia, e Jerusalm tem que ser limpa da culpa do san gue, antes que os deixados na cidade possam ser cha mados santos. A imundcia das mulheres significa a corrupo, a vaidade, a arrogncia e a infidelidade. A culpa do sangue de Jerusalm refere-se aos pecados de opresso, crueldade, injustia, rapina, idolatria e hipo crisia dos governadores e dos ricos de Jerusalm e de Jud. pelo esprito de justia e o esprito purificador, o esprito divino que opera no mundo fsico e moral, se gundo a providncia de Deus, que o povo limpo (purifi cado) preparado para receber as bnos gloriosas do Senhor. A palavra purificador, significa queimar,
- r
Apresenta-se nos versos 5 a 6 uma outra descrio, um pouco diferente da dos versos 2 a 4, do grande dia da restaurao. A gloriosa presena do Senhor torna-se uma preciosa realidade na nuvem de fog o e do fum o que resplandecem sbre a nova Jerusalm. O simbolis m o visvel o mesmo que brilhava sbre o tabernculo no deserto no perodo do xodo (x. 13:21-23; 40:34-38). A comunho que o povo experimentou com Deus no xodo do Egito restaurada, e o Senhor Jav est com o seu povo. A aparncia da glria do Senhor era com o um fog o consum idor no cim o do monte, aos olhos dos filhos de Israel , x. 24:17.
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Com o o Senhor desceu sbre o Sinai e ia adiante dos hebreus durante o dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho, e durante a noite numa coluna de fogo, assim, nesta nova restaurao, a presena do Se nhor acompanhar o seu povo, e le se estabelecer sbre tdas as suas assemblias. Esta linguagem figurada, e no necessariamente declara, com o dizem alguns, que ao nvo dia o povo receber apenas as bnos que os hebreus receberam no perodo da sua histria no deser to, enquanto os versos 2 a 4 falam da purificao e da restaurao da comunidade humana no seu aperfeioa mento final. O uso da palavra criar,
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na uma produo original e miraculosa, justificado por Delitzsch, porque o profeta fala sbre uma nova revelao da sua presena, acima do curso regular da histria. Mas a Septuaginta tem a palavraSO e diz:
T
Ento Jav vir sbre tda habitao no monte de Sio, e sbre tdas as assemblias com o a nuvem de d ia . A verso do Padre Matos Soares traduz a palavra por extenso, que talvez seja m elhor do que stio
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de RSV. Porque sbre a glria se estender um dossel e um pavilho, H3D1 HSn T D 3 ' 2 , porque
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sbre cada glria um dossel, uma coberta apropriada. A palavra HSn significa cobertura, tenda ou dossel, e
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rece uma sombra e um esconderijo; o fogo oferece luz e proteo contra podres hostis. 0 profeta fala no so mente da presena do Senhor, mas tambm nas suas ati vidades na proteo e na salvao do seu povo.
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O calor do dia, a tempestade e a chuva representam os vrios perigos dos quais o Senhor proteger o seu povo. A chuva geralmente considerada uma grande bno na Palestina. Por que se usa aqui com o sm bo lo de perigo? Talvez se use aqui em conexo com tem pestade no sentido de dilvio. difcil acreditar que a palavra fsse acrescentada mais tarde por qualquer ou tro escritor. Apesar das dificuldades tcnicas nesta passagem, claro que representa a f e a esperana de Isaas, isto , que o julgamento divino purificar a cidade de Jerusa lm, e que ela ser atrada e restaurada pela experincia do poder redentor do Senhor, e se tornar um povo san to e dedicado ao servio do seu Deus no cumprimento da sua gloriosa misso messinica (Cp. 2:2-5). G. Um Cntico da Vinha do Senhor, 5:1-7
1. S e ja -m e perm itido, pois, ca n ta r ao meu amado, um cntico a respeito da sua vin h a . O meu amado teve um a vinha num outeiro fertilssim o. 2. Revolveu a te rra e a lim pou das pedras, e a plantou de vides escolhidas; edificou no meio dela um a trre, e abriu nela um lag ar; e esperava que desse uvas, mas deu uvas bravas. 3. A g ora , pois, moradores de Jerusalm e homens de Ju d , ju lg a i, vos pego, entre m im e a. m in ha vin h a . 4 . Que h a via que eu Quando eu por que de fa ze r ainda m in ha v in h a , lhe no tenha feito ? esperava que desse uvas, p roduziu uvas bravas ?
ste cntico, que tambm uma parbola, um dos mais lindos exemplos da percia literria do profeta
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Isaas. O profeta se apresenta com o bardo, ou cantor de msicas populares, talvez na ocasio da Festa dos Ta bernculos, a celebrao pblica da colheita dos produ tos da lavoura. As festas da colheita eram ocasies de profunda alegria. O povo se ajuntava em grandes as semblias para beber, com er e jubilar (Cp. Ju. 9:27). A parbola no meramente uma ilustrao, nem uma alegoria em que todos os pormenores simbolizam uma verdade. Mas uma pequena narrativa que encer ra uma mensagem de importncia especial para os ou vintes. O ensino apresentado na form a de parbola torna-se mais evidente e mais poderoso para o ouvinte do que quando proferido diretamente, ou reforado por uma ilustrao. Era ocasio especial para os cnticos de vindima, e a multido reunida, talvez na crte do Templo, estava pronta para ouvir, com profunda ateno e com intersse e alegria, qualquer cntico nvo. F.m circunstncias to favorveis, o profeta encan tou logo os seus ouvintes. Sem dvida, les tinham ou vido cnticos sobre o assunto to popular com o a vi nha. Ficaram excitados de curiosidade a respeito de qualquer nvo pensamento que o profeta pudesse ofere cer nesse cntico diferente dos outros que conheciam. Com o Ams levou os seus ouvintes a condenar os seus prprios pecados, na condenao das naes vizinhas, e com o Nat induziu o rei Davi a reconhecer os seus pe cados, assim o profeta levou o povo a pensar no seu fra casso com o a nao escolhida do Senhor. A poesia tem duas divises, versos 1 a 4 e 5 a 7 . E cada uma destas tem duas subdivises. Os versos 1 a 2a descrevem as condies favorveis no preparo para a plantao da vinha, enquanto 2b a 4 explicam o desa pontamento do vinhateiro com os resultados, e pedem aos ouvintes a julgar se a falta era dle ou da prpria vi
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nha. Ento o proprietrio declara a sua inteno de des truir a vinha (5 a 6 ). Em profunda simpatia com a decepo do vinhateiro, os ouvintes apoiaram o seu propsito de demolir a vinha. 0 clmax inesperado do cntico proclamado no versculo 7 quando a vinha da parbola identifica-se com a nao de Israel nos maus frutos que tinha produzido com o o povo do Senhor. Seja-me permitido cantar do meu amado, ou a res peito do meu amado, Y T T ^ , m elhor do que para o meu amado, com o traduzida a palavra
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a res-
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so sinni-
mas. So trmos de carinho especial para com um ami go ntimo e, assim, muito am ado. A palavra se usa para designar os amados do Senhor, com o no Sal. 127:2 e Deut. 33:12. certo que ste trmo amado nem sem pre se usa no sentido ertico, com o declara The Inter preters Bible. A respeito da sua vinha. Os hebreus so freqen temente representados em figura com o a vinha do Se nhor, Sal. 80:8-15; Jer. 2:21; 12:10. O nosso Salvador usou esta figura expressiva para designar o carinho de Deus no cuidado do seu povo, Mat. 21:33 sq. e Mar. 12:1 sq. Outeiro fertilssimo a traduo da frase hebraica que significa com o filho de azeite . A imagem po tica e bonita, e declara que Deus tinha plantado o seu povo em circunstncias favorveis, e esperava que cres cesse e produzisse bons frutos para a glria do seu Deus.
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O vinhateiro cavou e revolveu o solo, e tirou dle to das as pedras. A Vulgata e a Septuaginta dizem cer cou-a duma sebe . O versculo 5 diz, removerei a sebe , mas a palavra pTJ? do texto hebraico significa
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m exer o solo. Com a esperana de uma grande produo de uvas, o dono edificou uma trre no meio da vinha, donde o guarda pudesse observar e expulsar os intrusos. Havendo preparado cuidadosamente o solo no ou teiro fertilssimo, o dono escolheu as melhores vides, com o desejo de produzir os melhores e os mais abun dantes frutos. Dizem os comentaristas judeus que a vide sorek, , produz uma boa qualidade de uvas vermelhas com sementes pequenas (Cp. Jer. 2 :2 1 ). Edificou uma trre no m eio da vinha com o abrigo para o guarda que protegia as vides e o fruto contra os la dres. Abriu um lagar, 2 | V , cortado na pedra para reV V
ceber o suco que corria da prensa (Cp. Joel 3:13; Prov. 3:10; Neem. 13:15). Mas a palavra se usa, s vzes, no sentido de prensa de lagar. Depois de todo ste cui dado e trabalho, o dono esperava que as vides lhe dessem uma abundncia de uvas de boa qualidade, mas
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H, no versculo trs, uma transio da terceira para a primeira pessoa. O cantor identifica-se com o Am ado , o verdadeiro dono da vinha, dando assim um palpite de que haja uma significao mais profunda da sua parbola do que o m otivo de divertir os ouvintes. O dono no pede aos ouvintes para que digam o que le devia fazer com a vinha, porque j determinara a sua resoluo que declara aos ouvintes. Mas pede que os
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moradores de Jerusalm e os homens de Jud julgas sem entre le e a sua vinha. Sem o saber, os ouvintes so induzidos a oferecer um julgamento inevitvel a res peito de si mesmos com o a nao que tinha fracassado miservelmente com o a vinha do Senhor. Depois de parar por um momento para dar aos ou vintes tempo de considerar com o o vinhateiro tinha fei to tudo possvel quanto vinha, e que no havia qual quer desculpa em favor da vinha, o profeta apresenta o julgamento justo do caso nos versos 5 a 7.
5. A g ora , pois, vos farei saber o que vou fa zer m in ha vinha. T ir a r e i a sua sebe, e ela ser devorada; derribarei o seu m uro, e ser pisada. 6. T o r n -la -e i m deserto; no ser podada nem sachada; crescero nela saras e espinheiros; e s nuvens darei ordem .que no derram em ch u va sbre ela. 7. Pois a vin h a de Ja v dos Exrcito s a casa de Israel, e os homens de Ju d a plantao da sua delfcia; le esperou a retido, m as eis o derram am ento de sangue; a ju stia, mas eis a um cla m or!
Como o dono fizera tudo que podia ser feito no cul tivo de sua vinha, assim o Senhor havia feito em favor dos judeus tudo que era possvel, de acrdo com as cir cunstncias, para a cultura da sua f, e para ajud-los no cumprimento da sua nobre misso. Tinha-os liber tado da escravido do Egito, escolhendo-os com o o seu povo peculiar. Fz com les o seu concrto de amor, e lhes enviou profetas e mestres para os guiar e orientar na sua vida m oral e religiosa. Agora lhes apresenta o aplo' para dizer que mais o Amado poderia ter feito em favor dles. Terminou o cntico no verso 4, e ento o profeta pronuncia a sentena contra a vinha. A vinha ser aban
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donada e deixada para se tornar em deserto, com a pro duo de saras e espinheiros. Ser tirada a sua sebe de abrolhos e derribado o muro de pedras, deixando a terra aberta aos animais e feras. Ser pisada e com ple tamente arruinada. No receber mais qualquer aten o ou cuidado, e ser coberta de saras e espinheiros. O Senhor dar ordem s nuvens que no derramem mais chuva sbre aquela terra, pois claro que o sujeito do verbo darei ordem o Amado, o dono da vinha. Mas no versculo 7 o profeta declara definitivamente que Jav dos Exrcitos o Amado que plantou a vinha, e a vinlia a casa de Israel. Assim a parbola ensina com nfase dois fatos. A vinha de Jav a casa de Is rael, especialmente os homens de Jud, a planta dileta do Senhor. O segundo fato acentuado na parbola que as uvas bravas que o povo escolhido do Senhor, a sua vinha, produzia so as opresses terrveis, a injus tia, a iniqidade. le esperou o juzo, Eis o derramamento de sangue,
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, mishpat. , mispa.
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, tsedhak. , tseak.
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juizes de Israel, com o representantes do Senhor, deve riam ter dispensado no julgamento dos homens perante os tribunais. A palavra retido traduz o sentido. A jus tia, nCTO > significa a justia absoluta, ou a justia
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divina.
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O Senhor espera do seu povo o fruto da justia com o o resultado da cultura divina. Quando os homens desprezam o am or e o cuidado divinos, les perdem a proteo e as benficas influncias da graa de Deus. H. Ais Contra os Perversos, 5:8-30
8. A i dos que a ju n ta m casa a casa, e vo acrescentando cam po a cam po, at chegar ao fim do lugar, como os nicos m oradores no meio da terra. 9. A meus ouvidos ju ro u o S enhor dos E xrcito s: Verdade iram ente m uitas casas ficaro desertas, grandes e belas sem moradores.
10. Pois dez jeiras de vin h a daro um bato, e um m er de semente dar apenas um a efa.
possvel que esta srie de ais sofreu algum desar ranjo na transmisso. A palavra introdutria ai apare ce seis vzes na discusso, mas com uma certa irregu laridade. O ai dos bbedos mencionado duas vzes, com pequena m odificao. Esta srie de denncias dos aristocratas sociais inclui os ricos que se aproveitam das condies sociais e econmicas para tomar posse da terra, 8; os que seguem a bebedice, 11; os inquos agressivos, 18; os que justificam os seus pecados, 20; os sbios aos seus prprios olhos, 21; os bbedos e os juizes corruptos, 22, 23. stes vrios grupos de pecadores no temem a Deus, nem respeitam os homens. O profeta descreve em trmos fortes, e condena severamente os pecados do egos mo, do orgulho, da insensibilidade, da depravao m o ral e da apatia religiosa: pecados que le e os profetas contemporneos denunciam repetidas vzes. No pero do prolongado de prosperidade material no reinado de
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Jeroboo II, os governadores e os privilegiados oprimiam cada vez mais severamente os pobres e os fracos, en quanto a religio, a justia social e o esprito de frater nidade sofriam uma desastrosa decadncia. Com o de clnio m oral e religioso da sociedade aumentavam-se as form as cerimoniais, adaptadas dos cananeus, na osten tao elaborada, no sacrifcio de animais e nas festas sensuais do povo. Evidentemente, o povo no experi mentava mais a comunho ntima com o Senhor dos Exrcitos, o Santo de Israel, o Deus do Concrto do Si nai. A religio de Israel j se tornara apenas uma tra dio . O fundo histrico dsse captulo talvez seja a lti ma parte do reinado de Joto, ou na primeira parte do reinado de Acaz. O castigo do povo infiel no ser mais um terremoto, mas por causa da falta de entendimento o povo ser levado cativo. Os nobres tero fom e, e a multido se secar de sde, v. 13. Com o o profeta tinha proclamado o dia do julga mento na Parbola da Vinha, le declara repetidamente que o dia de prestar contas est chegando quando os v rios grupos de pecadores que tinham produzido os fru tos amargos da apostasia e degradao ho de sofrer a mesma runa da vinha abandonada aos animais e s feras. No verso 8 o profeta especifica alguns dos pecados indicados na Parbola da Vinha. Condena severamente a avareza dos ricos, no seu desejo ardente de adquirir dos vizinhos que sofriam fom e, mais, mais, e ainda mais dos seus terrenos, at que no houvesse mais qual quer lugar para ser adquirido por rapacidade ou por com pra.
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A gravidade dessa avareza na economia do pas foi aumentada por vrias circunstncias. A terra da Pa lestina reconhecida no Velho Testamento com o a pro priedade do Senhor, e o povo recebe a sua poro com o herana divina. Os donos, ento, tm a incumbncia de cuidar de seus terrenos com o herana recebida do Se nhor para as suas respectivas fam lias. Para honrar essa responsabilidade qualquer dono que ficasse obrigado a vender o seu terreno por fra de razes econmicas haveria de oferec-lo primeiro ao parente mais achegado (Rute 4:3-10). Quando Nabote inform ou ao rei Acabe de que no lhe podia vender a vinha que desejava, o rei, embora desapontado, respeitou o direito do dono. Mas a sua espsa Jezabel, uma estrangeira, insistiu em que o marido exercesse a sua autoridade com o rei e to masse a vinha (I Reis 21:1-16). No tempo de Isaas, devido ao declnio da justia e ao poder crescente dos ricos e avarentos, o direito do proprietrio pobre era desprezado, e violado sem escr pulo. Na opresso da parte dos avarentos, muitos dos donos mais pobres foram obrigados a vender os seus pe quenos terrenos, e alguns dstes foram escravizados por seus credores (A m . 2 :6 ). A propriedade de alguns po bres foi arrebatada no pagamento de dvidas (II Reis 4:1; Miq. 2 :2 ). Assim, diminua o nmero dos donos de terras, e stes trabalhavam com o empregados ou escra vos dos ricos. O Senhor dos Exrcitos revelou ao profeta que ia afligir aos avarentos opressores. ste o sentido das palavras: Aos meus ouvidos jurou o Senhor . Muitas casas grandes e belas ficaro desertas e sem moradores na devastao iminente da terra,
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0 castigo divino da rapacidade dos ricos ser de acrdo com os seus crimes. Os terrenos que arrebata ram dos vizinhos produziro apenas a dcima parte das sementes que plantam. 11 a 13. Os pecados de bebedice e de mundanismo
11. A i dos que se levantam pela m anh cedo, para buscar a bebida forte, e se dem oram at alta noite, at que o v in h o os esquenta. 12. L ira s e harpas, ta m boris e flautas, e v in h o h nos seus banquetes; porm no consideram os feitos do Senhor, nem olham para as obras das suas mos. 13. P ortanto, 0 meu povo levado cativo, por falta de conhecim ento; os seus nobres sofrem de fome, e a sua m ultido se seca de sde.
Os profetas condenaram severamente o vcio da em briaguez, e todos os m odos de gratificar os desejos peca minosos (Cp. Os. 7:5; Am. 6:6; Joel 3:3; Miq. 2:1, 2) . Os bbedos levantaram-se bem cedo de manh e correram para buscar a bebida forte. Esta palavra, usa-se
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no sentido no smente do vinho forte, mas tambm se refere a outras bebidas mais fortes, com o na frase vi nho e bebida forte (Lev. 10:9; N m . 6:3; Juizes 13:4, 7 ). Desde os tempos antigos os povos vm fazendo be bidas fortes de frutos e cereais. Nos seus banquetes celebrados em nom e da religio, os apstatas se entregavam satisfao de seus desejos carnais. Comiam, bebiam e se alegravam ao som de msica. Ficando embriagados, les perdiam o senso
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moral e se dedicavam a saciar os apetites pecam inosos. A msica fo i adaptada para estimular as emoes fsi cas. Na sua falta de conhecimento, les julgavam que podiam agradar ao Deus de Israel com o seu paganis m o, se que chegavam a pensar no Senhor. Mas anda vam to preocupados com muitas coisas que nem consi deraram os feitos do Senhor, nem as obras carinhosas que havia feito em seu favor. Os seus nobres,
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de sde.
stes so os sofrim en
j levado cativo pelos assrios. Mas alguns o profeta est se referindo ao cativeiro vin h certeza se o povo do reino do norte a j fora levado cativo para a Assria (Cp.
14. P ortanto, SHeol aum entou o seu apetite, e abriu a bca desm esuradam ente; paro l descem os nobres de Sio e o seu tu m u lto , a sua m ultido e quem nesse meio se regozijava. 15. A plebe abatida e o nobre rebaixado, e os olhos dos arrogantes so hum ilhados. 16. Mas o S enhor dos E xrcitos exaltado em julgam en to, e o Deus Santo se m ostra santo em ju stia. 17. Ento os cordeiros pastaro como no seu pasto, e os gordos e os cordeirinhos se n u trir o nas runas.
Os versculos 14 a 17 apresentam a ameaa de des truir repentinamente a cidade de Jerusalm. A palavra portanto , sem conexo direta com os versos anterio res, aparentemente indica que um versculo que introdu ziu o terceiro ai fo i omitido na transmisso. 0 trmo Sheol, sinnimo de Hades e cova, signifi cava, nesta poca da histria de Israel, uma grande ca
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vidade nas profundezas da terra, habitada por todos os mortos (Cp. Is. 14:9; 38:10; Os. 13:14; Jon. 2:2; Cant. 8:6; P rov. 1:12; 30:16) . A palavra no apresenta qual quer idia de castigo, com o inferno, mas Sheol era monstro terrvel, devorador insacivel. Os seus habitan tes tinham uma vida vaga, e quase insensvel na escuri do, e sem conhecimento de Deus. Mais tarde, no tem po de Daniel, e no perodo interbblico, ia se desenvol vendo uma diferena entre a condio dos inquos e a dos justos no Sheol (Cp. a discusso do assunto na Teo logia Bblica do Velho Testamento do autor, pg. 267 e s e g .). No grande castigo de Jud, muitos se destinaram ao cativeiro. Mas Sheol aumentou o seu grande apetite, e abriu a bca alm da medida, para receber os corta dos pela fom e, pela sde e pela espada. As multides da plebe, juntamente com os homens de autoridade e os ricos e tudo de que stes se ufanavam, juntamente com todos os meios que lhes forneceram prazeres, sero destrudos. Nesta execuo da justia divina, os judeus orgulhosos, arrogantes e hipcritas fi caro humilhados, enquanto Jav dos Exrcitos exal tado no julgamento dos pecadores, e mostra-se Santo no exerccio da justia absoluta. Assim, o povo ser cons trangido a reconhecer a divindade do Santo de Israel, na execuo da sua justia que revela o seu verdadeiro ca rter em tda a sua glria. O versculo 17 completa a ameaa do verso 13. H variaes no sentido do hebraico e das verses do caldaico e do siraco. O verso 17 completa a ameaa do versculo 13, e aparentemente seguiu originalmente logo aps este. O hebraico dsse versculo de difcil traduo, e h va riantes no sentido das verses do caldaico e do siraco. ste ai dos arrogantes que desafiavam o julgamento do Senhor por seus pecados, e por suas palavras de blas
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ou os territrios no cultivados,
d t i
n w n , so sin1 T
nimos e significam a terra que tinha sido bem cultivada, mas que j se tornara simplesmente um pasto para os animais.
18. A i dos que puxam a iniqidade com cordas de falsidade, e o pecado como com tirantes de carro I 19. Que dize m : Apresse-se, avie-se a sua obra para que a vejam os; aproxim e-se e venha o conselho do Santo de Israel, para que o conheamos.
Ai dos que puxam a iniqidade, dos homens que vo puxando os seus pecados, com o se fssem um carro. So os homens que se entregavam com entusiasmo e vi gor aus prazeres do pecado, crendo que Deus no os castigaria. So os homens que no recebiam e no acre ditavam na mensagem dos profetas, com as ameaas da retribuio divina. No entanto, esto fazendo inconscien temente tudo que possvel, nas suas atividades peca minosas e nas palavras de blasfmia, para apressar a vinda do julgamento da sua apostasia e infidelidade. A segunda parte do verso indica que o pecado um fardo to pesado para muitos judeus que esgotava a sua energia (Cp. Jer. 9 :5 ). So os resultados ou as conse qncias do pecado que o pecador puxa com cordas de falsidade: dio, retribuio de inimigos, e em alguns ca sos a doena, o sofrimento e a m orte. Cordas de falsi dade, ou de vaidade, Jly , tem tambm o sentido de deT
cepo, e isto pode significar esquemas ou planos de en ganar e roubar. Os pecadores do verso 19 afirm am que no tinham observado quaisquer atividades de Deus, e na increduli
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dade les desafiam o Senhor para que le faa depressa a sua obra a fim de que possam observ-la. Para stes apstatas e infiis no havia qualquer razo ou m otivo de crer naquilo que os profetas diziam sbre a justia di vina no castigo do pecado. Esta a mesma falta de f de outros judeus no tempo de Ezequiel, 8:12, 9:9, e de muitas pessoas em tdas as pocas da Histria. O pe cador sempre tem o desejo de fortalecer a sua incredu lidade a fim de negar ou desafiar a lei m oral. O con ceito do Deus justo inconveniente para o pecador.
20. A i dos que ao m al cham am bem, e ao bem m a l; que pem as tre vas por luz, e a luz por tre va s ; e pem o am argo por doce, e o doce por am argo! 21. A i dos que so sbios aos prprios olhos, < e prudentes diante de si mesmos ! 22. A i dos que so heris para beber vinho , e valentes para m is tu ra r a bebida fo rte ; 23. oa quais por suborno ju stifica m e ao justo tira m o direito! o mpio,
notvel com o os profetas falam ao povo da nos sa poca moderna. Ai daqueles que pervertem e confun dem a distino entre o mal e o bem . O profeta fala das pessoas que justificam qualquer ato, por perverso que seja, quando ste prom ova os seus intersses, ou os ajude na realizao de seus planos. Para a satisfao do egosmo de tais pessoas, os princpios morais podem ser aproveitados ou desprezados de acrdo com a pr pria convenincia. Se a prtica do mal vantajosa muito bom ; se o bem desvantajoso muito m au. Tais homens so depravados e criminosos. Os sbios aos prprios olhos no so necessriamente os arrogantes e os altivos. So aqules que ficam perfeitamente satisfeitos com a certeza de que les mes mos so capazes de satisfazer a tdas as suas prprias
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necessidades, sem o socorro que os fracos procuram na religio. Os homens do verso 20, sem escrpulo, con fundiram o bem e o mal a fim de satisfazer ao seu egos m o. O grupo do verso 21 geralmente dos que tm um padro m oral; mas julgam-se capazes de se orientarem a si mesmos na vida sem qualquer direo de autori dade superior. Os heris para beber vinho, significa aqules que podiam beber muito sem ficar demasiadamente embria gados, todavia no deixavam de ficar embriagados, e a embriaguez produzia nesses heris o esprito tempor rio de genialidade e animao. Mas stes homens en tregues ao vcio de beber so heris somente quando a embriaguez os separa das obrigaes duras e os deveres difceis da vida. Assim, les perdem a capacidade de se disciplinarem na vida m oral. So stes que por subor no justificam o m pio ou o perverso, e tiram do justo o seu direito. stes homens desmoralizados eram justa mente aqules escolhidos para manter a verdadeira jus tia. A perverso da justia o princpio da destruio de qualquer grupo social, religioso ou nacional.
24. Portanto, como a lngua de fogo devora o restfllho, e a palha cai na cham a, assim a ra iz dles ser como podrido, e a sua flo r se esvaecer como pfl; porquanto rejeitaram a lei do Senhor dos Exrcito s, e desprezaram a palavra do Santo de Israel. 25. P o r isso, se acendeu a ira do Senhor contra o seu povo, e estendeu a mo contra 6le, e o feriu , e os montes tre m eram , e os seus cadveres eram como m onturo no meio das ruas. C om tudo isto no se aplacou a sua ira, e ainda est estendida a sua mo.
Muitos comentaristas pensam que os versos 24 a 30 constituem uma parte do orculo contra o reino seten-
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tronal, o qual se apresenta em 9:8-21. Aparentemen te, o verso 24 no tem conexo com o anterior. Os jul gamentos pronunciados em 24 a 30 talvez se refiram aos vrios tipos condenados pelos ais, mas seguem mais lo gicamente 9:21. O reino setentrional estava chegando ao fim da sua histria. Samaria fo i sitiada e caiu em 722. Os dois reinos sofreram as conseqncias terrveis da rebelio contra o Senhor. O destino dos infiis descreve-se no v. 24 em trmos figurados. Se ste verso se refere aos tipos de 8 a 21, a declarao de que a sua raiz ser com o podrido, e a sua flor esvaecer com o p so figuras aptas. stes m pios so com o a arvore que perdeu a sua vitalidade, e se tornou sca e murcha, pois a rai^ se apodreceu e a flor levada embora com o o p perante o vento. Se a ln gua de fog o que devora o restolho significa o vento abra sador do deserto, no h discordncia nas figuras de fogo e de podrido, e a descrio forte e efetiva. A raiz e a flor uma expresso figurativa que se encontra freqentemente no Velho Testamento, Is. 14:29; 37:31; A m . 2:9; Os. 9:16; Mal. 4:1. Todos os profetas reconhecem que o pecado mais grave dos dois reinos foi a rejeio da Lei, a Torah, a Revelao especial do Senhor dos Exrcitos, e o desprzo da Palavra do Senhor de Israel. Porquanto rejeita ram, m m , a Torah do Senhor, e desprezaram, m f t
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a Palavra do Deus de Israel. Esta rejeio da Torah e da orientao divina sempre o pecado dos pecados. Por isso, acendeu a ira do Senhor. A ira do Senhor a manifestao da justia divina contra tdas as fo r mas da injustia (Cp. Nm. 11:33; II Reis 23:26; Sal. 2:12; 56:7; J 10:11; Deut. 7:4; 11:17; Ju. 2:14 e ou tros) . A m o do Senhor est estendida na ira e na con denao ,
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26. le a r v orar u m estandarte p a r a as naes da long, e lhe assobiar d a s e x t r e m i d a d e s d a terra; e eis q u e v e m a p r e s s a d a m e n t e ! 27. N i n g u m fica cansado, e n o h q u e m tropece; n i n g u m t o s q u e n e ja n e m d o r m e ; n o se lhe desata o cinto dos seus lombos, n e m se lhe q u e b r a a correia d a s sandlias. 28. A s s u a s flechas so agudas, e todos os seus arcos retesados; as u n h a s d os seus cavalos so c o m o pederneira, e as rodas d os seus carros c o m o o r e d emoinho. 29. O seu rugido c o m o o do leo; r u g e m c o m o os leozinhos; les r o s n a m e a r r e b a t a m a prsa, e a levam, e n o h q u e m a livre.
30. B r a m a m contra les, naquele dia, c o m o o b r a m i d o do mar. S e a l g u m olhar p a ra a terra, eis, as trevas e a angstia; e a luz se escurece na s n u v e n s .
Muitos eruditos pensam que stes versos descrevem o invasor do norte, e assim fazem parte do orculo con tra o reino setentrional, seguindo originalmente o verso 21 do capitulo 9. Depois de falar de desastres que j aconteceram, o profeta descreve o pior que h de vir. Jav vai chamar o exrcito cruel da Assria contra Is rael, e o profeta descreve, em trmos pictricos, a apro ximao das fras invencveis. J passou o tempo para qualquer esperana de salvar a nao infiel. O profeta no menciona o nom e do invasor, mas a descrio in dica claramente que o grande inimigo e destruidor de pequenas naes. ste invasor possuiu a mais poderosa mquina militar que existiu naquele tem po. Jav, o Senhor do mundo natural, apresenta-se aqui com o o Senhor tambm da Histria. As frases breves e sugestivas descrevem o movimento rpido, o plano e o progresso do apresto militar bem disciplinado. O po
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deroso inimigo, com armas perfeitas, cavalos treina dos, e carros em timas condies, marcha apressada mente para executar o seu plano de conquista. Sbre tda a terra h trevas e angstia. Assim o Senhor dos Exrcitos usou a nao cruel para destruir o reino de Israel por causa da sua infidelidade. Mas a Assria tam bm, por sua vez, sofrer a extino por causa da sua terrvel iniqidade. II. Resguarda o Testemunho , 6:1-8:18 Esta seo do livro consta principalmente de narra tivas e orculos. Daqui em diante o profeta no trata tanto dos pecados do povo, com o de experincias pes soais e de orculos recebidos diretamente do Senhor, e aplicados s condies histricas e religiosas da socie dade. Os captulos 6; 8:1-8, 11-18 e 7:1-17 so prin cipalmente autobiogrficos. A . A Viso Inaugural de Isaas, 6:1-13
1. N o a n o d a m o r t e d o rei Uzias, eu vi o S e n h o r assentado sbra u m alto e s u b l i m e trono, e as a b a s de s u a s vestes e n c h i a m o templo.
ste captulo uma das passagens mais notveis da Bblia que justifica a doutrina da revelao divina nas Escrituras do Velho Testamento. Esta experincia espi ritual de Isaas deu-lhe a certeza da sua vocao, e des creve a sua chamada e iniciao com o mensageiro ins pirado do Senhor. Alguns pensam que a ordem das men sagens do livro cronolgica, e que a viso neste cap tulo representa uma renovao duma chamada anterior do profeta. Mas devemos lembrar a histria da chama da de Am s em 7:14-16 do seu livro, e reconhecer que os profetas no sentiram a necessidade de com ear as suas profecias com a crnica da sua chamada. tam
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bm muito provvel que ste captulo tenha sido o pri meiro de uma coleo de mensagens que foi incorpora da mais tarde neste lugar na redao final do livro. No estudo cuidadoso das profecias, torna-se claro que os profetas freqentemente apresentaram as suas mensa gens ao pblico antes de reduzi-las form a escrita. Os leitores da Bblia sabem que ste captulo o mais conhecido da literatura proftica. Alguns com en taristas falam dessa experincia de Isaas com o sendo viso exttica, mas os profetas cannicos nada sabiam da experincia exttica, conhecida pelos gregos. Os pro fetas cannicos do Velho Testamento chegaram ao mais alto poder de conhecimento verdadeiro na hora da sua inspirao divina. les sabiam distinguir os seus pr prios pensamentos das eternas verdades que recebiam diretamente de Deus. A experincia psicolgica do pro feta em comunho com Deus profundamente diferente da experincia de xtase dos gregos, e de alguns profe tas do Velho Testamento, produzida pela dana, ou do daros muulmano, e outros exerccios fsicos entre as naes antigas. A viso apresentou ao profeta a grave condio da religio do seu p ovo. No h razo para crer que a ex perincia religiosa apresentada na viso do profeta foi escrita perto do fim do seu ministrio, refletindo, as sim, o que le teria aprendido pela experincia com o povo no exerccio da sua vocao proftica. A verda de que a viso descreve as condies polticas e religio sas que existiam quando o jovem recebeu a sua chama da, antes de iniciar as suas atividades religiosas. Isaas, com o Ams e Osias, e com o os seus suces sores Jeremias e Ezequiel, sentiu-se constrangido para entregar ao povo rebelde a mensagem que recebeu do Senhor, e assim deixar os resultados da sua pregao eom o Senhor.
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Na grandeza do estilo literrio, e na descrio da majestade do Senhor, e no exemplo da comunho do hom em com Deus no h outro exemplo igual no Velho Testamento. Na leitura dessa narrativa muitas pessoas sentem uma dor aguda na conscincia, pois se sentem na presena da santidade e da glria do Senhor. O ho mem que se esfora para purificar-se a si mesmo, e para guardar as regras costumeiras das leis morais, sentese perdido na presena do Senhor exaltado em justia e majestade. com esta convico do homem, produzida no seu espirito pelo poder do Esprito de Deus, que le levado ao arrependimento, e assim preparado para pe dir e receber a graa salvadora do Senhor. Foi no ano da m orte de Uzias, crca de 742 a. C ., que o profeta recebeu a sua viso inaugural. le era conhecido tambm pelo nom e de Azarias, e alguns pen sam que ste talvez fsse o seu nom e original (II Reis 14:21), e que recebesse o nom e de Uzias quando subiu ao trono, mas nom e com um no Velho Testamento e sig nifica minha fra Jav . O reino prspero de 52 anos de Uzias (II Reis 15:1-3), produziu entre o povo de Jud o sentido falso da segurana e da estabilidade do seu governo, uma certeza to forte que no podia aceitar as mensagens de ameaa de Isaas. Mas para o profeta a m orte de Uzias fo i uma advertncia da morta lidade do hom em e da brevidade de instituies huma nas. No se pode determinar se Isaas recebeu a sua vi so antes ou depois da morte do rei, a qual teria uma significao especial para o profeta, se acontecesse an tes de receber a sua viso. Neste caso, a sua experin cia religiosa seria a resposta do Senhor ao esprito per turbado do jovem , e o ajudaria no preparo para entre gar ao seu povo a mensagem do Senhor. Eu vi o Senhor. O jovem no estava dormindo nem sonhando. Estava acordado e muito alerta. Viu o Se
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nhor, mas fo i apenas um olhar de relance no mundo in visvel que abriu o seu sentido para reconhecer a pre sena do Senhor na sua majestade e na sua gloriosa san tidade. le descreve as vestes reais e os serafins que acompanhavam a presena divina, mas no a aparn cia do Senhor que ocupava o trono. Ezequiel 1:26-27 e Daniel 7:9 apresentam uma descrio do Senhor, mas com menos efeito do que o simples aviso de Isaas. Evidentemente, Isaas chegou ao Templo para ado rar ao Senhor, na esperana de conforto nesta hora de crise na histria do seu povo. claro que no se inte ressava no culto cerimonial nesta ocasio, mas desejava comunicar-se com o Senhor e receber dle o poder divino para o levantar acima da religio que confiava na efi ccia do sacrifcio de animais, de luas novas e de v rias solenidades (1:12-18). Isaas usa a palavra ;
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Adona, que nem sempre significa a divindade essencial, mas usa-se aqui neste sentido, com o sinnimo de Jav, nos versculos 5, 8 e 11; ver tambm Sal. 114:7; J 28: 28; Is. 8:7. O Senhor representado com o Rei, assentado sbre um alto e sublime trono. Deus um grande Rei, acima de todos os deuses, Sal. 95:3, O Senhor o Rei eterno, Sal. 10:16; ver I Reis 22:19; Ez. 43:7; Jer. 17:12. Traduzimos a palavra
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vestes, mas a palavra significa o vestido inteiro, e espe cialmente a parte da cintura para baixo que se desdobra va ou se estendia para encher o templo. Esta viso de Isaas no fo i a Shekina ou o sm bolo visvel do Senhor que aparecia s vzes por cima da arca no Lugar San tssimo . 2. Serafins estavam por cima dle. Os serafins, sres abrasadores, eram assistentes ou servidores do trono
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celestial, mas no so mencionados em qualquer outro lugar nas Escrituras (Ver Nm. 21:6; Deut. 8:15; Is. 14:29; 3 0 :6 ). So ministros do santurio invisvel. Como os querubins e as criaturas viventes, les so cria turas celestes. Mas tm mos, rosto e voz com o do ho m em . So eretos com o o homem, e tm trs pares de asas. O trmo significativo e talvez simbolize relmpa go, com o a palavra querubim simboliza as nuvens de trovo, Sal. 18:8-15. stes sres celestes que acompa nhavam a glria e a majestade do Senhor deslumbraram o esprito de Isaas. Os serafins estavam acima dle. A frase acima dle no descreve nitidamente a posio dos serafins. les voavam no ar sem se moverem de um lugar para outro. No se achavam sbre o Senhor, mas numa certa altura, ao redor do Senhor assentado no tron o.
2. Serafins e s t a v a m por c i m a dle; c a d a u m tinha seis asas; c o m d u a s cobria o rosto, c o m d u a s cobria os seus ps, e c o m d u a s voava. 3. E c l a m a v a m u n s p ara os outros, dizendo: Santo, santo, santo o S e n h o r d o s Exrcitos; t d a a terra est cheia d a s u a glria. 4. O s u m b r a i s d a s portas se m o v e r a m e a casa se e n c h e u de f u m o . voz do q u e clamava,
Na presena do Senhor os serafins cobriam o rosto porque se sentiam indignos ou incapazes de olhar para o Senhor. No esprito de reverncia, les cobriam os seus corpos. O verso trs fala do louvor dos serafins. les clamavam uns para os outros alternativamente. Um clamava Santo ; e outro respondia, dizendo tambm Santo . Ento o terceiro dizia a mesma cousa. muito provvel que clamavam juntos em grande cro: Tda a terra est cheia da sua glria. A palavra San to d nfase especial ao significado da viso para pro
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feta Isaas. uma revelao do carter de Deus que in fluenciou profundamente o ministrio e a profecia de Isaas. A idia radical de santidade separao. A pa lavra d nfase ao imponente contraste entre o divino e o humano. O trmo abrange todos os atributos positi vos de Deus que constituem a sua natureza divina. Com referncia ao Senhor, a santidade a palavra-chave da profecia de Isaas, dando nfase transcendncia do Se nhor, e acentuando a verdade de que Deus superior e independente do universo que le criou. A santidade do Senhor revelada ao profeta nesta viso despertou nele o mais profundo sentido de temor, reverncia e adora o. verdade que a palavra santidade no se identi fica diretamente com a pureza moral no Velho Testa mento, mas torna-se evidente no sentido imediato da culpa de Isaas perante o Senhor, que a perfeio tica inclui-se nos atributos constituintes do Senhor dos Exr citos. A segunda parte do trisgio d nfase ao fato de que a glria do Senhor se revela na criao, pois tda a terra est cheia da glria divina.
5. Ento, disse eu: Ai de m i m I Est o u perdido I porque sou h o m e m de lbios impuros, e habito no m e i o de u m p o v o de i m p u r o s lbios, e os m e u s olhos v i r a m o Rei, o S e n h o r dos Exrcitos !
Os umbrais das portas ou as bases do limiar, Tjjit D '2D n . No est claro se estas palavras tcnicas signi ficam as ombreiras da porta ou os alicerces do limiar (Ver Am s 9 :1 ). 0 sentido fundamental claro. Tdas as vzes que os serafins clamavam, estremeciam a porta, onde provvelmente se achava Isaas. Isto certa mente aumentou a significao do clam or dos serafins. E a casa se encheu de fum o ou estava cheia de fu m o. Neste caso o fu m o no o smbolo ou o testemunho da
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presena de Deus, com o em I Reis 8:10. Deus no est escondido na nuvem, e aqui o fum o representa o efeito dos clamores dos serafins, uma parte significativa do acompanhamento da presena do Senhor. Ento disse eu: i de m im ! Estou perdido! le fica confundido e esmagado com o sentido de culpa e in dignidade na presena do Senhor dos Exrcitos. Estou perdido, TVfcytf . Esta plavra, H , significa destruir,
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arruinar, perecer. Ver Os. 4:6; 10:15; S of. 1:2; Is. 15:1. Porquanto hom em algum ver a minha face e viver (x. 33:20: 19:21; 20:19; Deut. 18:16). Na presena do Senhor, os serafins cobriam o rosto, mas Isaas viu com os prprios olhos o Rei, o Senhor dos Exrcitos. Como poderia sobreviver a tal experincia? Profundamente cnscio da prpria indignidade, com o hom em de lbios impuros, e da iniqidade do seu povo, nada podia fazer. A viso de Deus lhe mostrara a sua natureza pecaminosa, e lhe revelara tambm a terrvel condio do seu povo infiel e indigno de tomar o nome do Senhor nos seus lbios profanos. Assim, a viso, com a adorao do Senhor pelos se rafins, e a revelao do Rei, o Senhor dos Exrcitos, im pressionou profundamente o hom em com o sentido da santidade de D eus. Ningum pode ter uma viso, ou uma convico da majestade e da glria do Senhor, sem se sentir profundamente humilde e cnscio da sua iniqi dade. Abrao reconheceu-se a si m esmo com o p e cin za perante o Senhor, Gn. 18:27. J descreve a sua profunda conscincia de culpa quando reconheceu a san tidade e a majestade de Deus: Eu te conhecia s de ou vir, mas agora os meus olhos te vem . Por isso, me abomino, e m e arrependo no p e na cinza , 42:5, 6.
6. E n t o v o o u p a r a m i m u m dos serafins, traz e n d o n a m o u m a br a s a viva, q u e tirara d o altar c o m u m a tenaz.
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7. E le tocou a m i n h a b ca, e disse: Eis q u e esta tocou os teus lbios; a t u a iniqidade foi tirada, e p e r d o a d o o teu peca d 0 ' ,7 . i i
Isaias no fo i expulso da presena do Senhor por causa da sua impureza. A mesma viso que lhe inten sificou o sentido da sua natureza pecaminosa, ainda lhe deu a certeza de que a sua iniqidade fra tirada, e o seu pecado fo i coberto, |3 Deixando os seus compa T
nheiros, um dos serafins voou at o altar na crte do templo, e, com uma tenaz, DVip^ttS , com tomadores,
T * VI
tomou uma brasa viva de sbre o altar, e voou por cima da crte at ao lugar onde Isaias se achava, na porta do templo, e tocou os seus lbios impuros com a brasa, pu rificando-os com o fogo (Cp. Nm. 31:23; Mal. 3 :2 ). Foi uma brasa viva, e no uma pedra chata esquentada no fo g o do altar, que tocou os lbios do pecador. O con tato com o fog o da santidade divina no necessriamente destrutivo. O fogo, com o o smbolo da santidade o agente de purificao, removeu do profeta tudo que lhe pudesse impedir a comunho com a santidade do Senhor. A cerimnia da expiao significa que a graa de Deus respondeu imediatamente ao sentimento de culpa e ao arrependimento do pecador. Foi um ato da graa livre do Senhor, sem a necessidade de qualquer oferta ou qualquer sacrifcio de animal. A aplicao da brasa viva aos lbios de Isaias significou para le no somente a purificao da sua iniqidade, com o tambm o preparo dos seus lbios para proclamar a mensagem do Senhor. Com a sensao de alvio, e da felicidade de estar livre da culpa do pecado, Isaias desejava imediatamente en tregar a vida ao servio do Senhor. Com o perdo do pecado o jovem fo i preparado para conhecer e fazer a vontade de Deus (Cp. Sal. 51:12-15).
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0 Senhor dos Exrcitos, no seu maravilhoso poder soberano, ainda usa os homens salvos pela graa de Deus e preparados pelo poder divino para proclamar a men sagem de salvao aos homens perdidos. O jovem Isaas, na sua nova experincia com Deus, entendeu cla ramente que o seu povo estava se afastando do Senhor e fracassando no cumprimento da sua nobre misso. No seu esprito, le desejava ser usado com o mensagei ro do Senhor ao seu povo.
8. E ouvi a v o z d o Senhor, dizendo: A q u e m enviarei, e q u e m ir p or n s ? Ento, disse e u : E i s - m e aqui I E n v i a - m e a m i m . 9. Ento, disse le: V a i e dize a ste povo: Ouvi, ouvindo, e n o entendais; vde, vendo, m a s n o percebais. 10. E n g o r d a o corao dste povo, endurece-lhe os ouvidos, e fecha-lhe os olhos, pa r a q u e n o v e n h a le a ver c o m os olhos, e ouvir c o m os ouvidos, e a e n t e n d e r c o m o corao, e se c o n verta e seja sarado.
Isaas ouviu a voz do Senhor depois da sua purifi cao, quando assim ficou preparado para a comunica o com le, e quando simpatizava com o seu propsito. Quem ir por ns? A palavra ns aqui no o plural de majestade, nem uma referncia Trindade, mas inclui a assemblia dos santos, com o no Salmo 89:7. Eis-me aqui! Isaas respondeu espontneamente, aceitando li vremente a misso que exerceu fielmente durante a vida, sem se queixar de responsabilidade to espinhosa. Isaias reconhece que o Senhor dos Exrcitos, no obstante a sua soberania, necessita de mensageiros para proclamar a sua mensagem a fim de que seja realizado o seu eterno propsito. Ento Deus trabalha em co operao com os seus servos humanos. Homens de tdas as pocas da revelao divina que tm recebido as
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bnos da graa de Deus sentem-se gratos e felizes com o privilgio de serem cooperadores com Deus, II Cor. 1. 6: Qual ser o efeito da pregao de Isaas? Encon tramos aqui uma exposio do trabalho proftico que tem perturbado a muitos estudantes da Bblia. A pro clamao da mensagem do Senhor vai aumentar a in sensibilidade do povo. O ministrio do profeta ficar em perfeita harmonia com a obra do Senhor no desenvolvi mento do seu propsito na Histria (v. 12; Cp. Am . 3 :7 ). Mas ouvindo a palavra de Deus e testemunhando a sua obra, o povo permanecer na sua vida pecaminosa, e na sua rebelio contra o Senhor. A frase ste povo no se refere necessriamente ao povo do reino setentrional, com o insistem alguns. (Cp. 8:6, 12; 9:16; 28:11, 14; 29:13, 1 4 ). 0 trmo aqui cer tamente se refere a Jud, e descreve a sua condio pe caminosa. Todavia, a mensagem de ameaas no in coerente com a esperana de que um restante voltar. Ouvi, ouvindo ou ouvi continuamente, mas no en tendais, e vde continuamente mas no percebais. O in finitivo absoluto ouvindo ou o ato de ouvir intensifica o sentido do imperativo do verbo. Engorda o corao figurado e significa fazer insensvel o corao. Para os escritores do Velho Testamento o corao era o rgo de perceber, conhecer e entender. Fechar os olhos sig nifica untar os olhos (Cp. 28:10; 42:19; 44:18). Muitos estudantes do Velho Testamento no enten dem a psicologia dos escritores bblicos, e lutam com di ficuldades no esforo de interpretar o versculo 10 e ou tras passagens semelhantes. Na esfera da religio, os hebreus tinham a tendncia de reconhecer todos os acon tecimentos com o atividades diretas do Senhor, o Cria dor, Aqule que dirige tdas as cousas, Assim, les no
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pensavam, com o ns, em causas secundrias. Na dire o providencial do reino de Deus, os acontecimentos inevitveis, com o a infidelidade do povo escolhido que tinha recebido o seu livre arbtrio do Criador, identificam-se com o propsito divino. Para o profeta, a inca pacidade do seu povo de reconhecer o carter de Deus e a providncia divina na sua prpria histria ser cada vez mais intensificada pela proclam ao da mensagem do Senhor dos Exrcitos. Esta mesma experincia verifica-se no esprito das pessoas que endurecem o cora o para resistir e rejeitar o apelo do evangelho de Cris to. Isaas entendeu a verdade profunda de que o' julga mento divino mais severo para aqules que receberam a abundante revelao de Deus. Os escritores do Nvo Testamento reconhecem a responsabilidade daqueles que recebem a revelao divina e assim apresentam o ape lo do evangelho de Cristo na base dste princpio (Mat. 13:14-23; At. 16:27-34; R om . 1 1 :8 ). 0 julgamento ste: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram ms , Joo 3:19. A proclam ao do evangelho desagradvel para os pecadores, e, s vzes, les ficam irritados e ainda mais rebeldes ao ouvirem a palavra de Deus. Todavia, o Senhor continua a chamar os seus servos, com o cha m ou Isaas, para pregarem o evangelho de esperana eterna.
11. Ento, disse eu: A t q u a n d o , S e n h o r ? E Sle respondeu: A t q u e s e j a m desoladas as cidades e (fiquem) s e m habitantes, e c a sas (fiquem) s e m h o m e n s , e a terra seja de todo assolada, 12. e o S e n h o r afaste dela os h o m e n s , e at q u e s e j a m m u i t o s os lugares a b a n d o n a d o s no m e i o d a terra.
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13. S e a i nda ficar nela a d c i m a parte, essa torn a r a ser destruda c o m o terebinto o u c o m o carvalho, cujo tco a i nda p e r m a n e c e depois de derrubado. A s a nta s e m e n t e o seu tco.
At quando? pergunta Isaas. Por quanto tempo vai continuar ste processo de endurecimento da parte do povo na sua infidelidade? A resposta clara e dura: At que a nao existente seja aniquilada, e a terra arruinada, ficando sem habitante. Na pergunta do profeta, notase o tom de protesto, e o reconhecimento da austerida de da sua vocao proftica. A calamidade terrvel cai r sbre a terra do povo rebelde. Os habitantes sero removidos, mas enquanto houver alguns para ouvi-lo, o profeta tem a incumbncia de entregar-lhes a mensa gem do Senhor. O versculo treze apresenta uma qualificao das declaraes anteriores que falam da destruio com pleta da terra, com os seus habitantes. O captulo pare ce completo sem ste versculo, mas no se pode dizer que le contradiz o verso 11. De acrdo com o estilo do hebraico, a aplicao de ensinos, princpios e amea as, que se apresenta em trmos absolutos, pode ser m u dada por qualificaes subseqentes, segundo a mudan a de condies e circunstncias. Alm disto, o verso 13 concorda perfeitamente com a doutrina do Restante, mencionada freqentemente pelo profeta Isaas (Cp. 1:9, 25; 4:2-4; 10:20-23; 11:11-16 e vrios ou tros). A declarao A santa semente o seu tco, no se encon tra na verso grega, mas evidentemente se refere d cima parte, e o restante que sobreviver ao julgamen to e cumprir a sua misso messinica. Como o terebinto e o carvalho, quando derrubados, ainda retm nas suas razes, a vitalidade, que de nvo brotar e produ-
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zir uma grande rvore (Cp. J 14:7-$), assim, a pe quena nao arruinada, tem ainda a semente indestru tvel do futuro reino de Deus. B. Isaas e a Guerra Siraco-Efraimita, 7:1-8:15 Descreve-se nesta seo as atividades profticas de Isaas no reino de Acaz. Um evento importante na sua carreira neste perodo o de le se apresentar com o esta dista dando ao rei o' seu conselho sbio sbre a pol tica. Na confuso do govrno de Acaz, o profeta lhe recom endou um plano de ao para salvaguardar o des tino do pas. Outro evento de interesse no seu minist rio proftico foi a form ao de um grupo de discpulos, na ocasio da sua retirada temporria da vida pblica (8:16-18). Assim, a histria do povo rebelde vai se de senrolando de acrdo com os princpios revelados na vi so inaugural do mensageiro do Senhor. A rejeio do conselho do profeta pelo rei, apoiado, evidentemente, pela opinio pblica, e o desprzo de Jav da parte de Acaz (Cp. II Reis 16 e II Crn. 28) so in dcios da deteriorao religiosa e da apostasia com ple ta do Reino de Jud, e tambm da frustrao do minis trio do profeta neste perodo. Mas a escolha e o trei namento de um grupo de discpulos mostra com o a dou trina do restante fiel, ou da santa semente se tornou o ideal prtico do profeta desde ento. O esclarecimento das condies polticas neste tem po, tanto quanto seja possvel, ajuda no entendimento das atividades e dos ensinos do profeta. A hostilidade da Sria e de Efraim contra Jud com eou antes da morte do rei Joto (II Reis 15:37). Mas a hostilidade intensificou-se e tornou-se ativa logo no princpio do reino de Acaz. Quando Peca, o assassino do rei Pecaas, tomou o trono em Samaria, le fz uma aliana com
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Rezim, rei da Siria, com o propsito declarado de sub jugar o Reino de Jud e obrig-lo a cooperar com les na campanha militar contra o reino poderoso e agressi vo da Assria. Os edumeus e os filisteus j faziam parte da coalizo, e les tinham invadido a terra de Jud (II Crn. 28:16-18). O profeta reconheceu que o perigo do reino invencvel da Assria era muito maior do que a ameaa de Rezim e Peca. Acaz era hom em fraco, co varde, e tinha muito mdo de Rezim e Peca, e, portanto, pediu auxlio a Tiglate-Pileser, que j estava avanando ao oeste na campanha de subjugar as pequenas e fracas naes de Israel e Sria e os seus aliados. Acaz pagou caro ste seu rro. Na entrevista com Acaz, Isaas pro curara acalmar o mdo despertado no esprito do rei pelas ameaas de Rezim e Peca. Mas a veemncia do aplo do profeta fo i intensificada, sem dvida, pelo de sejo de advertir o rei contra o perigo de pedir o auxlio poderosa e ambiciosa Assria contra os seus mesqui nhos adversrios. O perigo da subjugao poltica de Jud ao reino da Assria, que o profeta reconheceu, foi trgicamente experimentado poucos anos depois no rei nado de Ezequias. Na certeza da futilidade da campa nha de Rezim e Peca contra a Assria, para esta foi po liticamente desnecessrio que Jud se lhe submetesse nes te tempo. Alm disto, Isaas, por m otivos religiosos, impugna va quaisquer alianas com podres pagos, porque tais alianas envolviam na deslealdade ao Senhor de Israel, e na falta de f no seu poder. A apostasia do rei eviden temente influenciou profundamente a mentalidade reli giosa do povo em geral. Portanto, o mensageiro do Senhtr, no seu encontro com o rei, fz todo o possvel para dissuadi-lo de qualquer plano de estabelecer relaes com a nao pag.
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Aparentemente, o profeta se interessava no fato de que o rei Acaz era da linhagem de Davi, e isto talvez explique a genealogia do rei em 7:1, as referncias a Davi, 7:2; 7:13; 9:7 e vrias outras, com o tambm o es foro especial de influenciar a poltica do chefe da pe quena nao do povo escolhido. O versculo d um re sumo da campanha contra Jud, de Rezim e Peca at ocasio da entrevista do profeta com Acaz. Segundo Reis 16:5, fala do stio de Jerusalm por Rezim e Peca, e declara que no o puderam vencer. Ento o m edroso Acaz tom ou a prata e o ouro da casa do Senhor, e os te souros da casa do rei, e os enviou ao rei da Assria, com a declarao vexatria: Eu sou teu servo e teu filho. Livra-me do poder dos reis da Sria e de Israel (II Reis 16:7-9). 0 pusilnime Acaz rejeitou por com pleto o aplo coragem e a promessa de libertao que o mensageiro do Senhor lhe oferecera, renunciou ao Deus de Israel e entregou-se inteiramente ao paga nismo, e seguiu o costume cruel e insensato da nova religio, sacrificando o seu prprio filho (II Reis 16:3; Cp. 3:26-27).
2. Q u a n d o se d e u aviso casa de Davi: A Sria est aliada o vento. c o m Efraim, agitou-se o seu corao e o corao d o seu povo, c o m o se a g i t a m as rvores d o b o s q u e c o m 3. Ento, disse o S e n h o r a Sear-Jasube d o lavadeiro,
d o a q u e d u t o d o a u d e superior, junto ao c a m i n h o d o c a m p o
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4. e dize-lhe: Acautela-te e aquieta-te; n o temas, n e m se d e s a n i m e o teu cora o por c a u s a dstes dois tocos de ties f u m e g a n t e s ; por c a u s a d o ardor da, ira de R e z i m e d a Sria, e d o filho d e Remalias.
A casa de Davi refere-se monarquia, ameaada por Sria e Efraim (v . 6 ). No mencionado o nome do rei, talvez porque a ameaa da Sria e do Reino de Is rael contra Jud j existisse desde o tempo de Joto (II Reis 15:36-37). A Sria est aliada a Efraim , ou repousa sbre,^y p|*];j Efraim . A Sria uniu as suas fras mili tares com as do Reino de Israel contra Jud, no esfor o de obrig-la a cooperar com les na campanha contra a Assria. ste aviso agitou o esprito m edroso de Acaz, e abalou a confiana do seu povo, com o as rvores do bosque so sacudidas pelo vento. Com esta agitao da cidade de Jerusalm, Isaas recebeu do Senhor a ordem de sair com o seu filho SearJasube ao encontro de Acaz. Segundo o costume dos hebreus, ste filho de Isaas tinha recebido o nom e sim blico de Um Restante Voltar . Evidentemente, o nom e significa aqui um grupo fiel do povo voltar ao Senhor. Mais tarde, a mesma frase significou um res tante voltar do cativeiro. O nome dste filho certa mente indica um dos ensinos mais importantes do pro feta. O hom em de Deus levou consigo o filho, na espe rana de que o nom e dle pudesse reforar a mensagem do Senhor que havia de entregar ao rei. A presena da criana com ste nome demonstrava a convico fir me de Isaas de que alguns dos habitantes de Jud vol tariam a Deus, com a f inabalvel no propsito eterno revelado ao seu povo escolhido. Um restante fiel do povo sobreviveria a tdas as calamidades nacionais para testemunhar a vontade do Senhor, e para sempre man ter as bases firm es do reino de Deus.
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O encontro de Isaas com o rei Acaz representa o maior fracasso do seu ministrio quanto ao resultado do conselho que ofereceu ao dirigente do povo de Jud. Fracassou no esforo de persuadir o rei a mudar a pol tica de submeter o Reino de Jud ao perigoso Imprio da Assria, e a confiar no socorro do Senhor para man ter a independncia do seu povo. Mas a f, a coragem e a sabedoria da mensagem que entregou ao rei Acaz permanece na Histria para encorajar o povo de Deus na sua fidelidade atravs dos sculos. difcil determinar com certeza o lugar exato do encontro de Isaas com Acaz. Mas a extremidade do aqueduto do aude superior refere-se, aparentemente, ao canal da fonte de Giom, que naquele tempo se achava fora da cidade. Supe-se que o rei estava examinando o tanque de gua, e considerando com o poderia ser defen dido, na hiptese de a cidade ser sitiada. J havia um aqueduto ou tnel desde esta fonte, debaixo do m uro e da cidade, at o fundo de um poo no m eio da cidade, desde o tempo da ocupao de Jerusalm pelos jebuseus (II Sam. 5 :6 -8 ). Foi ste o aqueduto que o rei estava inspecionando. Mais tarde, o rei Ezequias estendeu o t nel at Silo no lado sudoeste de Ofel (Ver Arqueologia Bblica do autor, p . 209). O profeta comea a sua mensagem ao rei com a exortao, Acautela-te e aquieta-te, tptfill > *m '
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perativos fortes, proferidos com autoridade proftica. Guarda-te e no fiques desanimado. Livra-te dessa agi tao desnecessria. No tenhas mdo e no fique desa nimado o teu corao por causa dstes dois tocos de ti es fumegantes, a Sria e Efraim . les j se gastaram nas suas guerras infrutferas, e no tm mais poder de prejudicar-te. So apenas dois tocos de ties fumegan tes, frios e fracos e sem poder de guerrear.
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Isaas condena duas fraquezas de Acaz, o seu mdo e a sua falta de confiana no socorro do Senhor. Sem f impossvel ficar firm e, v . 9. Com as suas palavras, le pede que o rei confie no socorro do Senhor dos Exr citos, o verdadeiro rei do seu povo escolhido. A presen a do filho Sear-Jasube constitui o aplo para que o rei volte ao Senhor. ste mesmo ponto de vista do profeta apresenta-se mais tarde em 30:15: Em vos converter des e em sossegardes est a vossa salvao; na tranqi lidade e na confiana a vossa f r a . O ardor da ira de Rezim e do filho de Remalias no significa nada do pon to de vista do profeta. No seu escrnio em relao ao assassino e usurpador do trono do Reino de Israel, o profeta no menciona o nom e de Peca, mas fala dle com o o filho de Remalias.
5. P o r q u a n t o a Sria resolveu fazer-te mal, b e m e o filho d e Remalias, dizendo: como Efraim
6. S u b a m o s contra Jud, a m e d r o n t e m o - l o e o c o n q u i s t e m o s p a r a ns, e f a a m o s reinar no m e i o dle o filho de Tabeal. 7. A s s i m diz o S e n h o r p o u c o acontecer. Deu s : Isto n o subsistir, n e m tam
8. Pois a capital d a Sria D a m a s c o e o c a b e a de D a m a s c o , R ezim, e dentro de sessenta e cinco a n o s E f r a i m ser des pedaado, e deixar de ser povo. 9. E a capital d e E f r a i m S a m a r i a , e o c a b e a de S a m a r i a o filho de R e m a l i a s ; se n o crerdes, c e r t a m e n t e n o ficareis firmes.
O verso 5 indica que Rezim da Sria tom ou a lide rana no projeto de subjugar Jud, e o filho de Remalias de Efraim concordou com le. les j conseguiram o seu primeiro propsito de amedrontar o rei e o povo de Jud, mas haviam resolvido capturar a cidade de Jeru salm, destronar Acaz, e estabelecer no trono de Jud o seu ttere, cujo nom e les no mencionam, mas falam
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dando a pronncia do nome, o profeta fala dle com o Tabe-al, , filho de ningum, de acrdo com a fra" I T
queza do homem, cujo nome no merecia m eno. Mas o projeto est contra o propsito do Senhor, e o profeta tem certeza de que no subsistir, nem tampouco acon tecer. stes dois homens encolerizados esto se es forando para efetuar os seus planos de subjugar o Rei no de Jud, e fazer uso dela na campanha contra a As sria. Do outro lado est o Senhor dos Exrcitos, o go vernador supremo, cujo reino no tem fim , e cujo re presentante no combate neste tempo o fraco e medroso apstata Acaz. Mas quando os representantes do Senhor so infiis, o Senhor tem outros meios de conseguir os seus propsitos. No obstante o m do de Acaz, e acima do projeto da Sria e Efraim est a resoluo inabalvel do Senhor, versos 7 a 9. O prprio inqiio dos aliados no ser conseguido. Rezim o cabea de Damasco e Peca o cabea de Efraim, e com o chefes dos seus respectivos reinos fracos, esto no alto do seu poder, mas dentro em breve os seus reinos sero despedaados, flftPl O go T
vrno de Jud no lhes pertence, e nunca lhes pertence r. Quanto a stes inimigos, Jud est perfeitamente seguro. o prprio rei de Jud quem leva o seu pas beira da destruio. E dentro de sessenta e cinco anos Efraim ser des pedaado, e deixar de ser p o v o . quase certo que esta declarao fo i interpolada na mensagem de Isaas anos depois da sua entrevista com Acaz. claro que no faz parte do texto original, porque interrompe a conexo e o paralelismo entre 8a e 9a: Pois a capital da Sria Damasco, e o cabea de Damasco Rezim ; e a capital
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de Efraim Samaria, e o cabea de Samaria o filho de R em alias. Alm disto, a declarao contradiz os fatos da Histria. A destruio de Efraim 65 anos depois des ta entrevista fixa a data da queda de Samaria no ano 669, ou 52 anos depois daquele desastre que terminou de finitivamente com a histria de Efraim com o nao em 721. E a declarao, se fsse exata, no poderia confor tar ou animar o rei Acaz que tinha mdo de Efraim na quela hora. Quando os profetas falam de acontecimen tos no futuro, les usam nmeros redondos ou simbli cos, em vez de mencionar anos exatos. Se no crerdes, certamente no ficareis firm es. Para preservar a aliterao do hebraico, & '/ W
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mente no ficareis firm es. Esta a declarao de Isaas, apresentada pela primeira vez com o o complemento ou o remate da revelao divina. A f do hom em normal, no sentido bblico, tem a capacidade de reconhecer e discer nir a verdade, uma vez que ela lhe seja claramente reve lada. Mas o reconhecimento da mensagem divina, sem se crer plenamente no seu eterno valor, e sem se orientar a vida por ela, no tem efeito no desenvolvimento do carter. O profeta, ou o mensageiro do Senhor, com o Isaas, reconhece, entende, recebe e transmite a verdade que lhe revelada. Ao mesmo tempo, o hom em normal tem a faculdade anloga de reconhecer a verdade re velada, aceit-la, e por meio dela orientar a vida, na sua relao pessoal com Deus. Assim, o profeta Isaas procurou mostrar ao rei Acaz que a sua segurana no govrno de Jud dependia da sua relao para com o Senhor, e no do poder mili tar que esperava receber da Assria. A ameaa dos dois ties fumegantes no apresentava qualquer perigo para Jud. Ao mesmo tempo, o fracasso dos seus planos
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no lhe oferecia qualquer garantia para a segurana fu tura de Jerusalm. A salvao do rei e do povo de Jud dependia do entendimento verdadeiro do carter do Se nhor Jav, e da f nle com o o Salvador. 2. Sinal de Emanuel, 7:10-16
10. N o v a m n t e o S e n h o r falou c o m Acaz, dizendo:
11. P e d e a o S e n h o r teu D e u s u m sina!; q u e r seja p r o f u n d o c o m o Sheol o u q u e r seja alto c o m o os cus. 12. Acaz, p o r m , disse: N o o pedirei, e n o submeterei p r o v a o Senhor.
No h certeza de que ste incidente seguisse im e diatamente ao conselho do profeta nos versculos ante riores. Alguns pensam que o verso 10 talvez indique pouco tempo depois, e, provvelmente, na cmara do conselho no templo. Com profunda confiana, e com o propsito de acalmar o espirito agitado do rei e forta lecer a sua f em Deus, o profeta lhe oferece um sinal. Isaas, com o o verdadeiro profeta do Senhor, achava-se no conselho do Senhor quando falava com o rei Acaz (Cp. Am s 3:7 e Jer. 23:16-22). O falso profeta sempre afirmava que tinha recebi do a sua mensagem do Senhor. Portanto, no era fcil distinguir entre o falso profeta e o verdadeiro mensagei ro do Senhor. Encontra-se em Deut. 18:21, 22; 13:1-3 uma prova bastante severa para vindicar o mensageiro verdadeiro do Senhor. le podia predizer um evento futuro, e se tal evento acontecesse de acrdo com a sua palavra, le seria reconhecido com o hom em de Deus. Submetendo-se a essa prova severa, Isaas, com magni fica confiana, ofereceu mostrar qualquer sinal, fllX , que o rei Acaz quisesse pedir com o prova de que estava diante de um verdadeiro profeta de Deus.
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Pede para ti, para o teu prprio benefcio, ao Se nhor teu Deus um sinal. No obstante a infidelidade dsse filho de Davi, o Senhor ainda se apresenta com o o seu Deus. Isaas, com o hom em de Deus, oferece a Acaz, naquele momento, o privilgio de escolher qual quer prova que desejasse para garantir a verdade da mensagem que est recebendo do Senhor. Se desejar um sinal de qualquer esfera debaixo da terra, com o Sheol; ou em cima da terra, nas alturas do cu, ser-lhe- con cedido com o prova do poder do Senhor na verificao da verdade da mensagem do seu profeta. a vontade do Senhor Jav dos Exrcitos que Jerusalm no venha a Sofrer prejuzo algum pelas fras militares de Efraim e Sria. Aparentemente, no temos a histria completa desta entrevista, mas apenas a declarao dos fatos mais significativos. A palavra sinal usa-se em vrios sentidos na Bblia. Pode significar uma marca ou smbolo (Gn. 4:15; Jos. 2 :1 2 ). Pode ser apenas uma indicao de chuva ou de qualquer outra cousa que possa acontecer (Gn. 1:14; Jer. 1 0:2 ). O m emorial de uma experincia importante pode ser designado com o um sinal (Jos. 4:6; Nm. 1 7 :5 ). Uma insgnia ou estandarte sinal (N m . 2:2; Sal. 7 4 :4 ). o penhor da promessa de pactuantes, ou do concrto de Deus com o seu povo (Gn. 9:12; 17:11). Maravilhas e milagres so sinais, ou atestaes de pro messas divinas (x. 4:8; Is. 37:30). Mas, neste caso, o sinal que o hom em de Deus oferece ao rei de Jud um verdadeiro milagre que pode ser operado em qualquer parte do reino da criao, nas alturas dos cus ou nas profundezas do mundo subterrneo. Mas Acaz se recusa a considerar a prova ou o sinal que o profeta lhe ofereceu para demonstrar a boa von tade e a certeza do socorro do Santo de Israel. Com fin gimento de piedade superior, le declara que no deseja
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tentar ao Senhor, para assim obrig-lo a demonstrar o seu poder (x. 1 7:7 ). A resposta prova a sua incapacida de de exercer a f que o mensageiro do Senhor lhe pede. Evidentemente, Acaz acredita que o sinal ou o milagre ser operado se le o pedir. Se pedisse o sinal e se lhe fsse concedido, le ficaria muito embaraado, porque no era mais capaz de confiar no fato espiritual que um tal milagre lhe pudesse demonstrar. A verdade que o rei j havia rejeitado definitivamente o Santo de Israel com o o seu prprio Deus, ou com o o Deus do seu reino, e estava depositando a sua f no deus do poderoso exr cito da Assria. muito provvel que j houvesse expe dido a sua petio, com o ouro e a prata do templo, ao rei da Assria. Portanto, supunha que no poderia ga nhar nada, deixando o deus do seu aliado para voltar ao Deus de Israel que tinha abandonado. J firm ado na idolatria, Acaz no quis testemunhar o sinal ou a prova de que Jav era o mais poderoso dos numerosos deuses. Era muito mais fcil agradar ao deus da Assria do que ao Deus de Israel, e Acaz no quis que Isaas demons trasse publicamente a tolice da sua apostasia. Portan to, o procedimento do rei de Jud agravou o seu insul to ao Senhor pela pretenso de reverncia e pela decla rao hipcrita de que no queria tentar ao Senhor.
13. E nto, disse le: Ouvi, agora, 6 casa de D a v i ! A c a s o n o v o s basta fatigardes os h o m e n s , m a s ain d a fatigais t a m b m ao m e u D e u s ? 14. Portanto, o S e n h o r m e s m o vo s d a r u m sinal : Eis q u e a v i r g e m conceber, e d a r luz u m filho, e c h a m a r o n o m e dle E m a n u El. 15. le c o m e r leite c o al h a d o e m e l q u a n d o s o u b e r desprezar o m a l e escolher o b e m . 16. Pis antes q u e o m e n i n o saiba desprezar o m a l e escolher o b e m , ser d e s a m p a r a d a a terra, a n t e cujo dois reis tu t r e m e s de m d o .
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Na sua resposta ao rei, no v. 13, o profeta mostra que entendeu perfeitamente o fingimento de piedade e a hipocrisia de Acaz, e revela a impacincia para com o representante da casa de Davi. Fala com ardor na re preenso do r e i. No vos basta fatigardes, , en> "
fastiardes, aborrecerdes os homens, mas ainda fatigais tambm ao meu Deus? A frase ao meu Deus d nfase hipocrisia de Acaz, pois o Senhor dos Exrcitos no mais o Deus do rei apstata. Portanto, o Senhor mesmo vos dar um sinal. No obstante a infidelidade do rei Acaz, o prprio Senhor lhe fornecer um sinal que le no tinha a coragem de pedir. Talvez no haja outra profecia no Velho Testa mento que tenha produzido mais perplexidade e mais discusso do que stes versculos sbre o sinal, jTYi^ que o Senhor deu ao rei Acaz. Os comentaristas, em geral, com eam as suas dis cusses desta profecia com as opinies formadas sbre o ensino e a significao da passagem, e apresentam a interpretao que satisfaz ao seu ponto de vista. ge ralmente reconhecido que o texto bem preservado, e no deve ser m odificado ou suplementado meramente para apoiar ou reforar qualquer interpretao. Importa notar logo no princpio a gravidade da oca sio, e a certeza da parte do profeta de que o prprio Senhor, e no Isaas, quem est falando. O ponto de vista do profeta no meramente poltico, nesta crise da histria de Jud, mas profundamente religioso. Por causa da infidelidade de Acaz e do povo de Jud, j che gou a hora para o Senhor intervir na Histria a fim de realizar o seu eterno propsito na escolha de Israel. O sinal, portanto, do Senhor, neste caso sobrenatural, emblema da orientao da Histria de acrdo com o eterno propsito de Deus, Parece claro, ento, que o sig
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nificado do sinal est na concepo e em o nascimento do filho, pois os trmos da profecia indicam um evento extraordinrio e misterioso. Eis que a virgem conceber, e dar luz um filho. A palavra , que traduzimos por virgem, levanT I T
ta logo para os intrpretes uma longa e complicada dis cusso. Quase tdas as palavras se usam em mais de um sentido. A significao de qualquer palavra bbli ca deve ser determinada pelo uso no contexto, pelo sen tido em o'utras passagens bblicas, e em relao com o en sino geral da Bblia sbre o mesmo assunto. Esta pala vra usa-se no sentido de uma jovem no vigor da idade de se casar, donzela e virgem . Qual o sentido da pala vra neste verso? Esta mesma palavra se usa no sentido de virgem em Gn. 24:43 e x. 2:8, e neste contexto da passagem que d tanta nfase ao significado do sinal do nascimento de Emanu El, parece necessrio reconhecer que o sentido da palavra nesta declarao virgem . Para aqules que insistem em que a palavra aqui deve ser traduzida por jovem ou ma, seria, certamente, su bentendido que ela era virgem, e no uma jovem im o ral. verdade que a palavra significa virgem,
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mas o sentido desta palavra ambguo, e aparentemente no significa virgem em Joel 1:8. No entendimento dos tradutores dos L X X , a palavra significa virgem neste verso, e les verteram
T I T
o trmo no grego rj irapdvo, a virgem, e no se pode pr de lado com o insignificante o conhecimento dstes grandes tradutores, evidenciado em tda parte do Velho Testamento. Portanto, no h base para o dogmatismo daqueles que insistem em que o trmo aqui tem que ser traduzido para uma jovem na idade de se casar.
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In iiiIkmh no h justificao de se afirmar que o arIM O definido usa-se neste caso no sentido indefinido. Qiiindo o artigo hebraico se usa no sentido indefinido iVIo fato fica bastante claro. (Cp. O Emprego do Arti go, Sintaxe do Hebraico do Velho Testamento do autor, )), )l e s e g .). O artigo neste caso no suprfluo ou encanador, com o dizem alguns, mas tem importncia na interpretao da mensagem desta grande profecia. E is,(12(1 , que a virgem conceber. Esta palavra seguida pelo adjetivo participial <T in
T T
e o infinitivo ab-
soluto. Quando usada por Isaas, esta palavra eis sem pre introduz alguma cousa que h de acontecer no fu turo. Portanto, no se justifica a traduo de alguns in trpretes, Ua m a que j concebeu dar luz um filh o . E chamar o nom e dle Emanu El,
VfoV - Deus
T
Conosco. O nom e especifica que o Senhor est com a nao com o seu protetor, e o nascimento da criana o sinal ou a garantia da promessa. claro que o nasci mento e o nom e do filho constituem a promessa de Deus de que a cidade de Jerusalm ser livre das amea as da invaso da parte da Sria e de Efraim, e que o rei Acaz podia ficar sem mdo de Peca e do filho de Remalias. Se Acaz tivesse aceitado o sinal, podia ter sig nificado tambm para le, e para o seu povo, que Isaas era o verdadeiro mensageiro do Senhor para le e para o seu povo. No h qualquer evidncia ou indicao de que Acaz ficasse impressionado com o livramento de Je rusalm do poder de Rezim e Peca, ou que le tivesse qualquer confiana na promessa do profeta. Tem Foi a prpria me que deu ao filho o seu nom e. havido muita especulao infrutfera no esforo
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de determinar quem era a me dsse maravilhoso filho. H vrias teorias, mas nenhuma delas merece qualquer considerao. Mas o artigo definido no indica qual quer ma, mas uma jovem j determinada quando o profeta entregou a mensagem ao rei. Enquanto o nascimento dste filho declaradamen te um sinal para Acaz, ste fato evidentemente no es gota a significao desta maravilhosa mensagem. Quan do examinamos cuidadosamente a ocasio e a menta lidade do profeta, durante a entrevista com o rei, surge a idia, se no a firm e convico, de que o sinal do filho prometido no se limita somente libertao de Jud do poder da Sria e de Efraini, mas vis tambm a um grande personagem no reino ideal do povo do Senhor no futuro. Acaz no se interessava no sinal oferecido pelo Senhor, porque no acreditava que Jav, o Deus de Israel, se interessasse, ou tivesse o poder de libert-lo da fra militar de seus inimigos. O profeta evidente mente desejava mostrar ao rei, e aos seus conselheiros, que o Senhor Jav tinha o propsito de intervir na histria do seu povo. O nom e Emanu EI expressa claramente ste propsito divino. A presena do filho do profeta, Sear-Jasube, indicava que Isaas estava pensando no res tante do povo fiel de Jud. O rei, com o seu povo po diam voltar ao Senhor e fazer parte do grupo dos fiis de Jud, ou seguir a poltica de egosmo e arrastar o pas destruio. Devemos observar tambm os trmos da com unicao do profeta com Acaz, notando os trs pon tos salientes da mensagem: Acautela-te e aquieta-te (v. 4 ); Isto no subsistir, nem tampouco acontecer (v. 7 ): Se no crerdes, certamente no ficareis fir mes (v. 9 ). Assim, estas mensagens proclamam muito mais do que o fracasso do projeto dos aliados contra Jud.
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0 ponto de vista do mensageiro do Senhor em tda os ta discusso com o rei religioso, e visa operao do Senhor dos Exrcitos na Histria. O projeto de Rejcirn e Peca contra Jud fracassou porque era contrrio ao propsito universal de Deus. Por causa da infidelidade do rei e do povo de Jud, j est determinado o destino desta nao rebelde. Depois da conquista da Sria e de Efraim, os assrios subjugaro tambm a Jud (7:17; 8:4, 7, 8 ). Ento seguir um perodo de tribulao, no qual Isaas e seus filhos sero sinais para o povo em Israel, e vai-se frm ando, com a orientao do profeta, o restante dos crentes fiis ao Senhor. Portanto, Emanu El o sinal, no somente da liber tao temporria de Jud, com o tambm o sinal de outro livramento alm do perodo de trevas e tribulao, o princpio e a fundao da Idade Messinica, o perodo da salvao espiritual e de paz com Deus. Depois de estudar cuidadosamente o texto hebrai co desta profecia, do prncipe dos profetas, e as vrias interpretaes desta mensagem, cheguei concluso de que de verdade uma profecia messinica. Talvez seja conveniente oferecer aqui uma palavra de explicao sbre os trmos Messias e A Profecia Messinica , com o se apresentam no Yelho Testamento. 0 fato que nenhum profeta do Yelho Testamento entendeu perfei tamente a natureza e a ordem do Filho de Deus. (Cp. A Natureza do Cumprimento da Profecia Messinica, em A Esperana Messinica do autor, p . 318 e s e g .). Os homens de Deus, os profetas e salmistas, entenderam, embora imperfeitamente, a santidade, a justia e o amor eterno de Deus. Mas, para os profetas, o Ungido do Senhor, o ver dadeiro Messias, no podia ser um rei fraco e infiel, com o Acaz e outros reis de Jud e Israel. O Messias vindouro
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haveria de representar, na sua prpria pessoa, a verda deira natureza e o propsito universal do Senhor Jav, e no simplesmente o Deus de Israel. 0 conceito de partenognese, o nascimento de virgem, era bem conhecido entre as naes do Oriente naquele tempo, e representado por exemplos na sua literatura. Os profetas do Senhor, decepcionados pela infidelidade e a iniqidade dos reis e do povo escolhido, entenderam a importncia e a signi ficao do nascimento do Messias de uma virgem . Devemos reconhecer que os profetas em geral apre sentavam nas suas pregaes princpios eternos, e que tais mensagens sempre tinham aplicao direta s condi es religiosas da poca. Assim, a linguagem de Isaas, neste caso, baseia-se na crise poltica e religiosa de Jud, e no mdo e nas maquinaes polticas do rei Acaz. O profeta lhe declara, com plena certeza, que a Sria e Efraim no podiam capturar o Reino de Jud, porque isto seria contra o eterno propsito do Senhor. Ofereceu ao rei m edroso o sinal ou a prova de que dentro em breve o poder dstes dois inimigos de Jud seria destrudo pe los assrios. O ensino geral de Isaas que a nao escolhida do Senhor no podia ser destruda completamente at que houvesse cumprido a sua misso por intermdio do seu restante fiel. A vitalidade do povo era com o a do tco do carvalho, e permanecer com o a santa semente (6: 1 3 ). Com a destruio dos seus inimigos, o povo do Se nhor permanecer at vinda do seu Libertador, Emanu El, de acrdo com o eterno propsito de Deus. Assim, o profeta no somente contemplava esta crise religiosa na histria de Jud, mas terminou o seu orculo com a descrio maravilhosa da glria futura do reino de Deus em 9:1-7, regozijando-se com o levan tamento da luz que viu nas trevas da Galilia, com o nascimento do Prncipe da Paz. A profecia messinica
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tlc Miquias, contemporneo de Isaas, 5:2, 3, concorda cliirnmente com ste orculo de Isaas. Mas tu, Belm Efrata, pequena entre os milhares de Jud, de ti me sair o que h de ser governador em Israel, cuja origem dos tempos antigos, desde os dias da eternidade. Portanto, os entregar at ao tempo quando aquela que est em dores tiver dado luz; ento o restante de seus irmos voltar aos filhos de Israel. O reconhecimento de que esta profecia, indubitvelmente messinica, fo i escrita por Miquias, contem porneo de Isaas; que a ltima parte do verso 8:8 de Isaas uma apstrofe dirigida ao Emanu El do cap tulo anterior; e finalmente, que 9:1-7 trata do Messias vindouro, com o o desenvolvimento de 7:14-16, esclare ce e .refora a interpretao messinica de Emanu El nesta maravilhosa profecia. le com er leite coalhado e m el. Esta palavra, n K ftn , geralmente, se no sempre, significa leite coaT * V
lhado, e no manteiga. Esta declarao geralmente ex plicada com o indicao da simplicidade primitiva da dieta do homem, reduzida pela falta dos produtos da agricultura. Segundo esta interpretao, a terra seria devastada pelos invasores, e o povo teria que viver no meio de privaes e do sofrimento de fom e. Mas atra vs do Velho Testamento estas palavras leite e mel so sinnimas de uma dieta de abundncia (Gn. 18:8; Deut. 32:14; Ju. 5:25; II Sam. 17:2,9). Os trmos tam
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bm designam freqentemente a plenitude da bno divina. Com o diz A . F . Kirkpatrick, Isaiah, The Cambridge Bible, V ol. I, p . 60: Esta interpretao atrativa leva diretamente concluso de que Emanu El fo i con cebido com o filho d iv in o. Quando souber rejeitar o mal e escolher o bem. O hebraico diz literalmente ao seu s a b e r , , que melhor traduzido quando souber, ou ao tempo de saber rejeitar o mal e escolher o bem . Assim, o menino co mer leite e mel at que chegue idade de distinguir entre o bem e o m al. Parece que a frase significa a ida de quando o menino com ea a distinguir entre o bom e o mau, entre o agradvel e o desagradvel. Esta ex presso rejeitar o mau e escolher o bom evidentemente se relaciona com os versculos 16 e 8:4. Ento se esperava que o evento, predito no v . 16, havia de acontecer dentro de pouco tempo, talvez dentro de trs anos depois da entrevista do profeta com Acaz. Mas alguns entendem que a frase at souber rejeitar o mal e escolher o bem refere-se conscincia moral, idade de 10 a 12 anos. Mas isto introduz uma discre pncia desnecessria entre ste sinal e o de 8:4. Julgan do do teor da profecia durante o reino de Acaz, o pro feta provvelmente esperava a invaso de Jud pelo exr cito da Assria pouco tempo depois da queda de Damas co e de Samaria. A palavra ' 3 do v. 16, traduzida por pois, porque, na verdade, relaciona-se com o v . 14, porque enquanto o filho Emanu El ainda est na infncia, acontecer a in terveno divina. Ser desamparada a terra, ante cujos dois reis tu tremes de m do (Ver 6 :1 2 ). A palavra terra aqui se re fere evidentemente s duas terras da Sria e de Efraim,
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simplesmente porque ficaram unidas contra Jud. A pa lavra usa-se aqui com o sinnimo de aliana. No se justifica atribuir o m do ou o dio de Acaz aos pases de Efraim e Sria, em vez de aos dois reis destas terras. 3. A Invaso de Jud pelos Assrios e os Egpcios, 7:17-25
17. M as o S enhor fa r v i r sbre ti, c sbre o t u povo, e sbre a casa do teu pai, por interm dio do rei da A s s ria , dias tais, quais nunca vie ra m , desde o dia em que E fra im se separou de Ju d . 18. Pois h de acontecer que naquele dia assobiar o S enhor msca que h no extrem o dos rios do E g ito , abelha que h na te rra da A ss iria . 19. E todos vir o e pousaro nos vales profundos, nas fendas das rochas, e em todos os espinheiros e em todos os pastios.
A calamidade de Jud envolveu a retribuio da in fidelidade de Acaz e do povo de Jud na sua vida polti ca e religiosa, porque o rei desprezou a promessa do socorro do Senhor, e preferiu o auxlio do exrcito da Assria. Jud, entre a terra da Assria e a do Egito, era o campo de luta entre estas duas naes, no esfro de dominar a sia. stes ltimos versos do captulo tra tam do desastre que caiu sbre Jud com o o castigo di vino da sua apostasia. Antes, porm, de invadir Jud, Tiglate-Pileser es magou os reinos da Siria e de Efraim, e levou cativa uma grande parte dos habitantes dos dois pases (II Reis 15:29, 16:19). Assim, o enrdo de Acaz com a Assria resultou, no somente na destruio dos reinos de seus inimigos, mas tambm deitou a base sinistra para a in vaso desastrosa de Jud pelo seu prprio aliado, a na o cruel da Assria.
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0 Senhor far vir sbre ti, e sbre os principes e nobres, tempos de calamidade, tais que nunca vieram desde o dia em que Efraim se separou de Jud. Acaz com eou o seu reino em c. 735, e o profeta teve a entre vista com le pouco tempo depois. Damasco sofreu uma derrota severa pelos assrios em 734, e em 721 o Reino de Israel fo i destrudo com a queda de Samaria. Jud teve um perodo breve de descanso, mas a profecia do seu sofrimento foi cumprida pela invaso de Senaqueribe em 701. O enrdo poltico de Jud com a Assria custou-lhe caro em tributs pesados, prejuzo da terra anos depois, e a grave corrupo da religio do povo. Os anncios dos versos 18 a 25 sbre a invaso da Assria (18-20) e as suas conseqncias (21-25) no fo ram dirigidos ao rei Acaz. So profecias da invaso iminente de Jud pelos assrios. Assobiar o Senhor msca . . . do Egito, e abe lha da Assria. O Egito, sendo infestado de mscns (18:1), e a Assria uma terra de abelhas (Deut. 1:41); o profeta assim fala figurativamente dos exrcitos inva sores dsses pases na terra de Jud. Nas lutas milita res o exrcito do Egito, e mais freqentemente os pode rosos e cruis militares da Assria, invadiam e ocupa vam a terra de Jud com o base militar. Por que Deus usou a terra cruel e pecaminosa da Assria para casti gar o povo menos pecaminoso de Jud? O profeta Habacuque, e muitos outros tm lutado com ste problema. Mas quando observamos a natureza pecaminosa da hu manidade, e a vontade livre do homem, podemos entender o propsito do Senhor em utilizar-se da Assria, no obstante a sua injustia e brutalidade, para executar o propsito justo no castigo de Jud (Cp. Gn. 45:5-8; 5 0:2 0). A terra da Assria tambm sofrer as conse qncias da sua iniqidade. Assim, o Senhor revela o
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noii propsito e a sua sabedoria no seu poder de usar os aios inquos do hom em para levar avante o seu reino do santidade e justia na cruz de Cristo.
0 v. 19 descreve o terror dessa ocupao de Jud pelos invasores. A nao egpcia comparada com enxa mes de mscas, e o povo assrio, no seu af de guerra e conquista, com abelhas picantes. Pousaro nos vales profundos, talvez onde pudessem achar gua. As fen das das rochas so numerosas na Palestina, lugares de abrigo. Espinheiros significam os arbustos de pouco valor. duvidoso o significado dos pastios, mas tal vez se refiram aos lugares refrescantes. Alguns pensam que esta descrio da terra de Jud, ocupada completa mente pelo inimigo, descreve m elhor a devastao ter rvel de Nabucodonosor, mas certamente aplica-se pri m eiro invaso de Senaqueribe da Assria.
20. Naquele dia rapar o Senhor com um a navalha alugada do alm do rio com o rei da A s s ria a cabea e o cabelo dos ps, e tira r tam bm a barba. 21. E suceder naquele dia que um um a vaca nova duas ovelhas; homem m anter
22. e por causa da abundncia do leite que elas daro, que com er leite coalhado; pois todo aqule que fica no meio da te rra , com er leite coalhado m el. 23. T a m b m naquele dia todo lugar, em que houvera m il vides no va lo r de m il siclos de prata, ser para espinheiros e abrolhos. 24. Com arco e flechas se entrar ali porque os espinheiro* e abrolhos cobriro tda a terra. 25. Q ua nto a todos os montes que costum avam sachar com n x a d a , para ali no entrars por temeres os espinhos e abrolhos; mas sero para pasto de bois, e para serem pisados pelas ovelhas.
A navalha alugada do alm do rio Eufrates talvez seja uma aluso ao pedido que o rei Acaz dirigiu a Tiglate-Pileser (II Reis 16:7-9). O cabelo dos ps uma
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frase que se refere s outras partes do corpo, uma ex presso de vergonha. A barba representava a dignida de do hom em . No se menciona mais a terra do Egito nestes ltimos versculos do captulo. Os versos 21 e 22 apresentam uma dificuldade. Se gundo muitos intrpretes, a passagem descreve a pobre za da terra na ocasio quando a Assiria invadiu a terra, e assim concorda com o v . 23. Mas a palavra no tem artigo, e a referncia abundncia que a sua vaca nova e as duas ovelhas lhe do talvez indique um caso excepcional, e confuso no contraste com as con dies do povo em geral. Naquele dia de desastre, em todos os lugares onde havia m il vides que representavam trabalho cuidadoso, e o grande valor de mil siclos ser entregue aos espi nheiros e abrolhos. A terra mais frtil e mais produtiva ficar mais de solada, e ser abandonada s feras. Os campos de vides arruinados, cobertos de espinheiros e abrolhos e ocupa dos por animais bravios, no tm mais valor seno para os caadores, com seus arcos e flechas. A linguagem dstes ltimos versos figurativa e potica, e no concorda nos porm enores. ste ltimo verso um resumo das calamidades infligidas terra pela invaso dos assrios. 4. O Sinal de Maher-Shalal-Has-Baz, 8:1-4
1. Ento, o S enhor me disse: T o m a um a tabu leta grande, e escreve nela de m aneira in telig vel: A M a h e r-S h a la l-H a s -B a z . 2 . E tom ei com igo testem unhas fidedignas, a U ria s , sacerdote, e a Zacarias, filho de Jeberequias.
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3. F u ! te r com a profetisa, e ela concebeu, e du luz um filh o . Ento, me disse o S e n h o r; P e -lh e o nome de M a h e r-S h a la l-H a s -B a z . 4 . Porque antes que o m enino saiba dizer meu pai ou m in ha me, sero levadas as riquezas de Dam asco, os despojos de S a m aria, diante do rei da A ss ria .
No podendo influenciar a poltica da crte de Acaz (7:1-17), o profeta, divinamente inspirado, representou dois atos significativos, perante o pblico, na demonstra o do ponto de vista do Senhor. Primeiro, recebeu do Senhor ordem de colocar em lugar pblico uma grande tabuleta, de pedra, metal ou madeira, com a inscrio , . , , , 3 /PI 5 5 0 W ? , Rpido-Desclaramente legvel, tt * * - pjo-Pronta-Pilhagem . Ento, o mensageiro do Senhor oficializou formalmente o seu ato, levando consigo dois homens de prestgio com o testemunhas. Depois le ex plicou o significado da palavra na tabuleta em relao com o nom e do seu filh o. claro que Isaas apresentou stes dois atos ao pblico antes da queda final de Da masco em 732. (stes versos proclamam, com o 7:16, a destruio da Sria e de Efraim, mas no menciona a ameaa contra Jud. As duas testemunhas no eram necessriamente amigas do profeta. O sacerdote Urias m encionado em II Reis 16:10-13 com o aqule que fz uma cpia do altar de Damasco para o rei Acaz em Jerusalm. A profetisa apresenta-se no v. 3 simplesmente com o a espsa do profeta, mas a palavra em II Reis
T *
22:14 significa mulher vidente, profetisa do Senhor. especialmente notvel que Isaas, nove ou dez meses de pois de publicar a sua profecia na tabuleta, desse ao seu filho, com o nome, a mensagem idntica (Cp. Deut, 18:22).
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Os versos 3 e 4 do nfase aos primeiros dois vers culos (Cp. 7 :3 ), tambm ao fato de que a destruio de Damasco e Samaria acontecer antes que o filho do profeta possa dizer, Meu pai ou Minha me . 5. Os Dois Rios Simblicos, 8:5-8
5 . F a lo u -m e ainda o Senhor, dizendo : 6. Porquanto ste povo desprezou as guas de Silo que correm brandam ente, e se derrete de mdo diante de Rezim e do filho de R em alias; 7 . portanto, eis que o Senh or fa r v i r sbre les as guas do Rio, fortes e impetuosas, isto , o rei da A ss ria , com tda a sua g l ria ; e su bir acim a de todos os seus regatos e tra nsbordar por tdas as suas ribanceiras. 8 . E passar atravs de Ju d , inu ndan do-o, e, passando por le, chegar at ao pescoo; as suas asas estendidas enchero a la rgu ra da tu a terra, 6 E m a n u E l.
ste orculo continua a discusso dos versos ante riores. Falou-me outra vez o Senhor, ou continnou o Senhor a falar ainda com igo. O profeta declara que a aliana que o rei Acaz fizera com a Assria no termi nar com a destruio de seus inimigos, Rezim e Peca. Mas o poderoso imprio, sem escrpulo, logo depois de conquistar as pequenas naes da Sria e de Efraim, to mar tambm a terra de Jud. Assim se verificou que a aliana com a Assria, com o pagamento de um tribu to pesado, fo i um rro insensato, do ponto de vista po ltico, com o o profeta reconheceu. Mas o hom em de Deus ficou mais preocupado com a infidelidade do re presentante da casa de Davi e do povo de Jud. Nota-
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se, todavia, que esta mensagem no fo i dirigida ao rei Acaz. O orculo se apresenta por duas figuras poticas: as guas de Silo que correm brandamente; e as guas do Eufrates fortes e impetuosas. As guas de Silo ou Silo so aquelas que corriam da Fonte da Virgem, ao nordeste da cidade, pelo canal, at ao Tanque de Silo, ao sudoeste da cidade, no sul do Vale de Tiropoeon. Pou co mais tarde, Ezequias estendeu o aqueduto antigo dos jebuseus, debaixo do centro da cidade, at ao Tanque de Silo (II Reis 20:20; Arqueologia do autor, p . 207). expressivo o contraste entre esta pequena e branda cor rente com o poderoso e impetuoso Eufrates da Assria. Impressionado pelo contraste entre a fraqueza de Jud e o poder da Assria, e dominado por dvidas ,e mdo, Acaz rejeitou o Deus de Jud que lhe ofereceu sossego e con fiana (30:15), e entregou-se ao deus da Assria que, na ocasio, lhe representou invencvel poder militar. E se derrete de mdo, DDf, claramente o texto
T
O Eufrates um grande e poderoso rio, em contras te com as guas brandas de Silo. Apresenta-se nesta passagem no poder do seu transbordamento. Acaz es perava controlar o seu curso, mas agora est passando por Jud, e inundando-o at ao pescoo de Jerusalm. uma figura expressiva da invaso de Jud pelo exr cito da Assria, cujas asas estendidas enchem a terra de Emanu El
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stes dois versculos so dirigidos s naes com bi nadas do m undo. um desafio da f aos inimigos de Jud (Cp. Sal. 2 :1 -6 ). O texto do v . 9a apresenta uma dificuldade. No h certeza sbre se o verbo de v r \
T
ou de
H jn
T T
com o o texto original, e traduzem conhecei-vos, com o paralelo de dai ouvidos. Preferimos aceitar a form a * jn com o imperativo plural de illM , e assim tra* T T
duzir por ajuntai ou associai-vos. Ajuntai-vos, povos, e sereis despedaados. stes versculos descrevem a fu tilidade de todos os planos e aes semelhantes alian a de Acaz com Tiglate-Pileser. Jud ser castigado pelos inimigos, mas h um limite do poder militar dos inimigos sbre Jud. Cingi-vos e sereis despedaados. Tom ai juntamente conselho, e le ser frustrado. Pro clamai as vossas resolues, mas no sero cumpridas. P or qu? Porque Deus conosco. O nom e do filho do profeta, Sear-Jasube, declara que Jud no ser completamente destrudo, e ste o sentido dstes versculos. A esperana do profeta re pousava no restante fiel, disciplinado e purificado, para realizar o eterno propsito do Senhor, visado na escolha e na disciplina do seu povo.
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stes versculos explicam com o Isaas se orientava com o mensageiro do Senhor na crise perigosa das duas naes de Israel. Numa viso espiritual, o profeta reco nhece a m o forte do Senhor deitada sbre le (Cp. Ez. 1:3; 3 :1 4 ). A mensagem divina dirigida ao profeta e aos seus discpulos. les no devem ter m do dos ini migos que esto aterrorizando o povo em geral. les devem confiar somente no Senhor dos Exrcitos que ser o temor e o assombro do seu povo fiel. A frase com a m o forte sbre m im d nfase co munho direta do profeta com Deus, e certeza de que le estava no controle de Jav dos Exrcitos, e era cons trangido pelo poder irresistvel do Senhor. Assim, nes ta comunho espiritual, o Senhor lhe falou, e o advertiu para que no entrasse na aliana com as naes, segun do o plano de Jud sob a direo do rei Acaz. Alguns sugerem a m odificao do texto do v . 12, mas est claro e mais aceitvel do que qualquer mudan a sugerida pelos comentaristas. O profeta e os seus dis cpulos no devem ficar perturbados pelos gritos de conspirao do povo em geral, e no devem ter mdo
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dos eventos polticos que aterrorizavam os seguidores do rei Acaz. A palavra conspirao aqui no significa trai o dentro do Estado. Pode ser usada a respeito de uma coalizo externa que ameaa a integridade do pas. Re fere-se, neste caso, conspirao de Rezim e Peca contra Jud. E no temais o que le teme, nem vos assom breis. 0 povo infiel pode ficar assustado pelas ameaas da Sria e de Efraim, mas os homens de f no se as sombraro . Honrai com o santo o Senhor dos E xrcitos. Adorai a vosso Deus com o temor de reverncia, e confiai nle com o a verdadeira fonte de segurana e defesa. Acaz e o seu povo, no crendo mais na vontade e no poder de Deus, pediram o socorro da poderosa Assria contra Efraim e a Sria, mas esta nao traiu a confiana do povo de Jud. le vos ser santurio. O Senhor dos Exrcitos o santurio dos que nle confiam . A palavra sigT *
nifica santurio e no um objeto santo. 0 Senhor dos Exrcitos refgio seguro para o seu povo (Cp. x. 21:14; I Reis 1:50; Ez. 11:16). Para o restante fiel, aqules que confiam no Senhor, e procuram fazer a sua vontade, o Senhor dos Exrcitos uma verdadeira fo r taleza segura. Deus o nosso refgio e fortaleza, so corro bem presente nas tribulaes Sal. 46:1. Mas ser pedra de tropo para os infiis das duas naes (Cp. Mat. 18:6; Mar. 9:42; L uc. 1 7 :2 ). O Senhor dos Exrcitos ser rocha de ofensa. Deus representado freqentemente nas Escrituras com o rocha, defesa fir m e ou lugar de segurana para aqules que nle con fiam e se refugiam . Mas o Senhor tambm uma rocha de ofensa para aqules que o abandonam, e assim se fa zem inimigos dle. No se pode deixar de lado ao Se nhor com impunidade; e no se pode opor-se ao Senhor
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sem sofrer o castigo da justia divina. T odo o que cair sbre esta pedra, ficar em pedaos; e aqule sbre quem ela cair ficar reduzido a p L uc. 20:18. As sim, o Senhor ser ofensa aos infiis dos dois reinos: Jud e Israel. Aqules que rejeitam o conselho do men sageiro do Senhor, e resistem s leis e proteo de Deus, ficaro inesperadamente em dificuldades, com o os pssaros apanhados no lao. Muitos dentre les tropearo. Os assrios destru ram completamente o Reino de Israel com o nao. Mui tos dos habitantes foram m ortos, e muitos outros foram levados cativos e espalhados nas terras da Assria, e al guns dos habitantes destas terras foram levados para o territrio capturado de Israel. Jud fo i invadido e mui tos dos seus habitantes levados em cativeiro. A repeti o neste versculo de vrias frases sinnimas d nfase predio do profeta, com a certeza de que dentro em breve seria cumprida. C. Isaas Cessa as Atividades Profticas, 8:16-18
16. L ig a o testem unho, sela a lei entre os m eus discpulos. 17. Esperarei ao S enhor que esconde o seu rosto da casa de Jac, e nle confiarei. 18. E is, eu e os filhos que o Senhor me deu, para sinais e para portentos em Israel da parte do S enhor dos Exrcitos, que habita no M onte Sio.
O rei Acaz recusou aceitar o conselho de Isaas na crise poltica de Jud, e confiava persistentemente na aliana que fizera com a Assria, no auxlio q espe rava receber do seu poderoso aliado (II Reis 16:7-9) . Com a rejeio da mensagem do Senhor pelo rei e pelo povo, na ocasio da ameaa da Sria e de Efraim, o pro feta escreveu a sua mensagem, que tinha proclamado
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publicamente, num rlo, selou o documento e o entre gou custdia dos seus discpulos. Assim, com ste ato solene, cessou Isaas por algum tempo as atividades pro fticas, e form ou a fraternidade de um grupo de seus discpulos fiis com o ncleo ou restante do povo de Deus. Liga o testemunho, sela a lei. Qualquer mensagem ou profecia escrita no rlo de pergaminho ou papiro, quando ste no estava sendo usado, foi atada com um barbante e selada, e assim preservada para o estudo ou para a referncia no futuro (Cp. Is. 29:11; I Reis 21:8; Jer. 32:10; Dan. 1 2 :4 ). Assim, o profeta esperava com certeza o cumprimento da sua mensagem que tinha re cebido do Senhor e proclamado fielmente ao povo. Os trmos testemunho e lei so sinnimos, e significam a instruo ou o ensino que o profeta recebeu do Senhor e transmitiu ao povo. O Senhor que esconde o seu rosto da casa de Jac. Esta frase figurada significa a retirada do favor e da proteo do Senhor (Ver Deut. 31:17; Miq. 3:4; Jer. 33:5; Sal. 13:1; J 13:24). O Senhor no mais apresentar admoestaes e ensinos ao povo rebelde por intermdio do seu mensageiro, mas o entregar ao castigo divino que m erece. O profeta esperar no Senhor. Eis, eu e os filhos que o Senhor me deu. Os nomes do profeta e de seus filhos eram significativos, e se re feriam a verdades importantes da mensagem proftica. O profeta reconheceu o seu prprio nome,
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Jav Salva, com o verdade fundamental da sua mensa gem, enquanto os nomes dos filhos significavam ensinos profticos de profunda importncia. Que habita no Monte Sio. O principio proftico da inviolabilidade de Jerusalm originou-se com Isaas no tempo quando a ci dade fo i ameaada pelo exrcito poderoso da Assria.
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III. Supersties dos Vacilantes na F, 8:19-9:1 H vrias dificuldades no texto hebraico dstes ver sculos. difcil reconhecer qualquer conexo com o assunto dos versculos anteriores. Apresenta uma srie de idias sbre as supersties e a infidelidade do povo de Jud em geral. Alguns pensam que talvez sejam men sagens dirigidas ao povo por intermdio dos discpulos do profeta no perodo da sua inatividade. A. Admoestaes Contra o Espiritismo, 8:19
19. Q uando vos disserem : Consultai os necrom antes e os que tm espritos fam iliares, que chilreiam e m u rm u ra m , acaso no consultar o povo ao seu Deus? A fa v o r dos vivo s, se consultaro os m ortos?
Quando um povo abandona a fonte das guas vivas, cava para si cisternas rtas, que no retm as guas (Jer. 2 :1 3 ). Havendo abandonado o seu Deus, o Se nhor Jav dos Exrcitos, quase todos os habitantes de Jud e Israel voltaram-se prtica antiga de supersti es (1 9 :3 ). Os dois trmos P V D e signifi cam necromantes e adivinhos ou espritos familiares. stes dois trmos constam juntos freqentemente nas proibies da prtica de consultar aqules que se apre sentaram com o adivinhos e feiticeiros profissionais (L e v . 19:31; 20:6, 27; I Sam. 28:3, 9; II Reis 2 1 :6 ). O necromante dizia que tinha o dom de com unicar com qual quer esprito, enquanto o adivinho declarava que o esp rito familiar lhe responderia em qualquer ocasio que o chamasse. Chilreiam e m urmuram referem-se voz fraca ou sepulcral dos espritos, com o o chilrear do pas sarinho. A prtica de consultar o esprito dos mortos prevalecia entre as naes antigas. O orculo de Del' fos tornou-se fam oso em pases fora da Grcia.
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21. Passaro pela te rra duram ente oprim idos e fa m in to s; e quando tive re m fom e, enfurecendo-se, am aldisoaro ao seu rei e ao seu Deus, olhando para cim a. 22. O lharo para a te rra, mas eis a angstia, escurido, som bras de ansiedade; e sero lanados para densas trevas.
O sentido dstes versos obscuro, mas tem relao com a lei e o testemunho. A palavra m i n usa-se em vrios sentidos, mas
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aqui significa o ensino da revelao divina transmitido por intermdio do profeta vocacionado e inspirado pelo Senhor (Cp. 6:8, 9 ). Parece que esta declarao se re laciona com o verso 16, e que o profeta est dizendo aos seus discpulos que les j tm a palavra segura da pro fecia, ou a revelao da vontade de Deus. Para os ou vintes a nica fonte de conhecimento a palavra do Se nhor transmitida aos seus mensageiros, os profetas. Se les no falarem desta maneira, jamais vero a alva. O texto hebraico obscuro, e traduzido de vrias m a neiras. A RSV traduz: Certamente, para esta palavra que les falam no h alva. Esta talvez seja a melhor traduo, e assim significa que no h futuro para os supersticiosos. O que est condenado aqui acontece fre qentemente entre pessoas religiosas. Pessoas se tornam desdenhosas ou indiferentes quanto s responsabilida des da verdadeira religio, e nos tempos de tenso ou perigo confiam nas supersties dos feiticeiros e adivi nhadores . Os versos 21 e 22 descrevem as privaes e os sofri mentos das pessoas que perderam a f, e confiam nas supersties. Desapontadas e frustradas, tais pessoas
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passam pela terra duramente oprimidas e famintas. Quando tm fom e, ficam endurecidas e amaldioam ao seu rei e ao seu Deus, e finalmente desaparecem nas tre vas.
9 :1 . Pois no haver obscuridade para aquela que estava em a ng stia. le no p rim eiro tem po tornou desprezvel a te rra de Zebulom e a te rra de N a fta li; m as no ltim o tem po to rn a r glorioso o cam inho do m ar, alm do Jordo, a G alilia dos gentios.
O verso 9:1 fo i escrito aparentemente para explicar a conexo entre a passagem messinica, 9:2-7, e o as sunto do pargrafo anterior. Pois n,o haver obscuri dade para ela que estava em angstia. Nesta declara o no hebraico no h verbos, e alguns traduzem: Pois no h obscuridade para ela (a terra) que est em angstia? A traduo do sentido do hebraico repre senta um enigma. Nos primeiros tempos le (Deus) tornou desprezvel a terra de Zebulom e a terra de Naff,ali. H um elemento misterioso nesta declarao do escritor. Por que liga a profecia messinica especial mente com Zebulom e Naftali? provvel que m encio ne Zebulom e Naftali, as primeiras terras invadidas pelos assrios, para designar o territrio inteiro do reino se tentrional, pois est fazendo contraste entre o terrvel desastre destas terras no domnio da Assria, e no seu futuro glorioso sob o reino vindouro do Ungido do Se nhor. O caminho do mar, usa-se aqui para designar o caminho ao longo da plancie litornea da Palestina. Alm do Jordo talvez se refira Sria e Gileade. Gali lia das naes, ou o circuito das naes, geralmente sig nifica no Velho Testamento um canto da Galilia su perior (I Reis 9:11; Jos. 20:7; II Reis 15:29). Al guns pensam que o escritor est se referindo ao circui to das naes mencionadas nos primeiros dois captulos
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de Am s (Moabe, Am om , Edom, Filstia, e t c .). No obstante as dificuldades na interpretao do versculo, a passagem recebeu uma nova significao quando o Se nhor Jesus proclam ou as Boas Novas do Reino na Galilia (Mat. 4:13-15). C. O iReino Messinico, 9:2-7
2. O povo que andava em trevas v iu um a grande lu z ; os que habitavam na regio das trevas sbre les resplandeceu a luz.
profundas,
3. T e n s m ultiplicado a nao, a alegria lhe aum entaste; .a le g ra m -s e les diante de ti como se alegram na ceifa, e como se re gozijam quando repartem os despojos.
Nessa linda poesia, o profeta sente-se transportado para o futuro, e canta da grande salvao que confiadamente esperava para o povo do Senhor. H quatro es trofes, cada qual de quatro linhas. A poesia apresenta um contraste notvel com o captulo 8. Segundo a nos sa interpretao, a maravilhosa passagem desenvolve o ensino de Emanu El de 7:14. Muitos intrpretes m oder nos, e extremamente liberais, julgam que ste orculo foi com posto para celebrar a coroao de um rei da atua lidade de Jud (The Interpreters Bible, in l o c o ) . Esta interpretao forada, no concorda com o teor e o esprito da profecia de Isaas, nem com a psicologia dos escritores do Velho Testamento. ste m odo de inter pretar as profecias messinicas do Velho Testamento baseia-se na falta do entendimento de certas semelhan as na garbosidade dos reis da Assria e da Babilnia, em com parao com as declaraes dos profetas que censuravam severamente a infidelidade dos reis da atua lidade, e desejavam ardentemente o govrno do rei ideal.
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No se pode negar que esta profecia de Isaas visa va a um Messias poltico-religioso, e no meramente po ltico, com o dizem alguns. As profecias messinicas dos Salmos e as de outros profetas, geralmente visavam ao Messias da linhagem de Davi, ou a um rei ideal, simples mente porque stes mensageiros da religio dos hebreus eram os nicos que entendiam e ensinavam o monotes mo, e que o Senhor Jav o Verdadeiro Deus. Com o de clnio m oral dos reis de Jud, aprofundou-se o conceito proftico do reino messinico, com mais nfase aos atri butos espirituais do Messias. Quando observamos com o o ensino de Emanu El, Conosco Deus, apresenta-se per sistentemente nas mensagens do profeta neste perodo, no podem os deixar de reconhecer que o Menino nasci do de 9:6 identificou-se, no pensamento e no ensino do profeta, com Emanu El de 7:14. O fato de que as profecias messinicas foram cum pridas mais perfeitamente na Pessoa e no reino de Jesus Cristo do que os profetas esperavam, certamente no nega a doutrina persistente do reino vindouro do Mes sias no Velho Testamento. Mas ste reino messinico do Velho Testamento ser dirigido por um rei perfeito na sabedoria, no poder e na justia, e o povo ser supre mamente feliz no seu govrno, que na providncia do Senhor Jav dos Exrcitos permanecsr para todo o sempre. Os versculos 2 e 3 tratam da luz e da alegria do povo na sua libertao do poder das trevas. O povo que andava em trevas viu uma grande lu z. 0 tempo dos ver bos hebraicos no determinado meramente pela form a perfeita ou imperfeita, mas pelo uso no seu contexto (Cp. Sintaxe do Hebraico do Velho Testamento do autor, p . 2 5 ). claro que o profeta no est fa lando de algum evento acontecido no passado, com o dizem alguns, mas do reino futuro do Ungido do Se
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nhor. Como na profecia de Emanu El, possvel que o profeta estivesse pensando numa libertao naquela po ca cheia de problemas e incertezas. De fato, a cidade de Jerusalm fo i miraculosamente liberta do poderoso exrcito de Senaqueribe poucos anos depois da proclam a o desta mensagem. Mas esta grande mensagem do profeta foi plenamente cumprida quando o prprio Naza reno apareceu na regio das trevas com o a Luz da ver dade e o Poder de libertar o povo da escravido do peca do (Mat. 4:13-16). Tens multiplicado a nao. No o povo, nem as autoridades, mas o prprio Senhor quem multiplicar a nao nos dias futuros de paz e segurana. O aumento da populao um sinal ou penhor da bno de Deus. 0 texto hebraico tem X J 1211, a alegria no lhe au mentaste, em vez de
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que evidentemente foi o texto original. Alegram-se les diante de ti com o se alegram na ceifa. A ceifa, entre os hebreus, fo i um tempo de exultao e regozijo. Quan do os produtos da ceifa eram ajuntados, havia profun da alegria, ao de graas e celebraes festivas. A frase diante de ti refere-se ao fato de que as primcias da cei fa foram apresentadas no Templo com um culto de lou vor e gratido a Deus, Deut. 12:7; 14:22-26. Com o se regozijam na repartio dos despojos da guerra (Cp. 33:23; Ju. 5:30; Sal. 119:162).
4. Porque o ju go da sua carga, e a v a ra para o seu om bro, e o cetro do seu opressor, tu quebraste como no dia de M idi. 5. Pois tda bota do guerreiro no tu m u lto , e tda veste re vo lvid a em sangue, ser para queim adura, com bustvel para o fogo.
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Os versculos 4 e 5 descrevem a destruio do poder do opressor e o trmino da guerra. difcil representar a linguagem potica do hebraico na traduo dstes ver sos. O verso 4 descreve o regime opressivo que o povo de Israel e Jud estava experimentando. As duas frases, 0 jugo da sua carga e a vara) para o seu om bro, prova velmente descrevem os arreios ou o aparelho antigo dos bois. , certamente, uma figura de opresso, com o em 1 Reis 12:4. O cetro ou a vara do opressor era um bor do pesado, uma arma perigosa (x. 2 1:2 0). A frase indica a opresso e o castigo daqueles que se achavam iia servido. No dia de Midi refere-se vitria de Gideo e dos seus 300 homens corajosos, com o auxlio do Senhor, na batalha contra os midianitas, que por alguns anos tinham invadido a terra dos hebreus e levado pro dutos do seu trabalho, logo que foram ceifados. Tda bota do guerreiro no tumulto e tda veste re volvida em sangue, e os aparelhos de guerra sero ajun tados e completamente queimados, porque no tero mais utilidade para o povo que vive em paz e alegria.
6. Porque um m enino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo repousar sbre o seu om brot e o seu nome ser: M aravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai da Eternidade, P rncipe da Paz. ..7. Do increm ento do seu govrno, e de paz no haver fim , . sbre p trono de D avi e atrav s do seu reino, pra o estabelecer e o firm a r m ediante a retido e a justia, desde agora e para sempre, o zlo do S enhor dos E xrcitos far isto.
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0 m aior m otivo de alegria ser o nascimento do Messias, os maravilhosos atributos da sua Pessoa e o es tabelecimento do seu reino de justia. Porque. ste o mais importante dos muitos porqus, to profunda mente significativos das Escrituras Sagradas, pois ex plica a razo das gloriosas vitrias que sero consegui das pelo Messias vindouro. Um filho, Emanu El, sernos- da d o. O profeta est falando do grande Libertador que o prprio Deus nos dar. ste filho no ter um nom e que ser para um si nal, com o os nomes dos filhos de Isaas. 0 nome dle descreve os atributos divinos da sua Pessoa, e os carac tersticos do seu ministrio de am or e justia. O profeta Isaas fala freqentemente dos conflitos, do pecado, das trevas, das calamidades, dos stios e do sofrimento do povo infiel. Mas o Deus Santo e Justo lhe deu tambm uma gloriosa viso do reino ideal do Messias vindouro. Nesta grande hora da inspirao divina, o Senhor lhe deu um nvo entendimento do reino ideal do Messias vindouro, e do propsito de Deus no govrno do seu povo. Assim, o hom em de Deus viu a grande luz que algum dia havia de brilhar nas trevas da Galilia, e en tendeu a suprema alegria que havia de encher o esp rito do povo na submisso vontade e ao govrno do Verdadeiro Ungido do Senhor. O govrno repousar sbre o seu om bro. Esta pa lavra m t P t , traduzida govrno, encontra-se somente
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aqui e no verso seguinte. Talvez se derive da palavra "ity , Prncipe e se refira ao principado do Rei Messini co. Enquanto a form a perfeita dos verbos descreve atos completos, ou eventos j realizados, o profeta aqui des creve os eventos que tinha visto na viso com o j reali zados, mas que acontecero em algum tempo na histria
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futura. ste uso da form a perfeita do verbo chamado o perfeito proftico. H, porm , vrias opinies a res peito do tempo e da natureza do cumprimento desta vi so proftica fora do ponto de vista do Nvo Testamen to, Mat. 4:16. 0 nom e do Messias apresenta-se em quatro partes, ou numa srie de ttulos de honra que descrevem o seu carter com o Prncipe, e os caractersticos divinos exem plificados no seu governo. Maravilhoso Conselheiro geralmente reconhecido com o um nome ou ttulo, e no dois. le governar com sabedoria infalvel, e guiar o povo no caminho reto, e no far escolhas falsas e fu nestas, com o fz o rei Acaz (Cp. 7:12; II Reis 16:7-9). Com o Deus poderoso, le reinar sbre o seu povo, no com as armas de guerra, mas com o poder do carinho e da justia divina. Como Pai da Eternidade, le orientar a nao com paternal amor, cuidando de seus sditos com o se lhe fssem filhos. Com o Prncipe da Paz, a sua ad ministrao ser pacfica, e conseguir a paz e o bemestar espiritual dos seus sditos. Enquanto stes ttulos de honra atribuem podres sobre-humanos ao Messias, le no se apresenta com o Deus na carne, mas com o o rei ideal, descendente de Davi, que governar a nao com justia e amor, e esta belecer a paz permanente entre o seu povo (Cp. 11: 2-8; Miq. 5:4; Zac. 1 2 :8 ). O ttulo Pai da Eternidade significa que o Ungido do Senhor sempre governar com o o pai do seu povo. O Prncipe da Paz dar ao seu povo as bnos de paz e prosperidade (Cp. 11:2-4; Miq. 5:5; Zac. 9 :1 0 ). O verso 7 descreve a extenso e a firm eza do rei no messinimo. Do incremento, "I3*1D^ em vez de
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propriamente
principado,
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governo de prncipe. Sbre o trono de Davi indica cla ramente um reino poltico-religioso, que ser estabelecido e firm ado mediante a retido e a justia. O zlo do Se nhor dos Exrcitos far isto. Assim, ste reino ideal do Ungido do Senhor ser finalmente realizado pelo zlo de Jav, que no seu cuidado e no seu amor orientar e aben oar o seu povo. Esta grande viso proftica fo i cum prida na Pessoa de Jesus Cristo muito alm da esperana do profeta Isaas. D. O Julgamento de Efraim com o Lio para Jud, 9:8-10:4
8. O S enhor enviou um a p a la vra contra Jac, e ela caiu em Israel; 9. e todo ste povo saber, E fra im e os m oradores de Sam aria, que em soberba e a ltive z de corao dizem : 10. Os tijolos caram , mas edificarem os com pedras lavradas; co rta ra m -se os sicmoros, mas por cedros os substituirem os. 11. Portanto, o S enhor suscita contra les adversrios, e instiga os seus inim igos. 12. Do oriente os devoram a Com tudo isto mas ainda siros, do ocidente os filisteus, israel bca escancarada. no se aparta a sua ira, est estendida a sua mo.
A esta descrio do julgamento de Efraim deve-se li gar a passagem 5 :25-30, que trata do mesmo assunto, com a repetio das palavras de 5:25b em 9:12, 17, 21 e 10:4. Os vrios desastres de Israel sero completados com a destruio completa do seu rein o.
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O Senhor enviou uma palavra, uma revelao ao profeta, que caiu sbre Jac ou Israel, com o o ressoar de trovo, mas na sua soberba e altivez de corao, o povo declara que, no obstante a destruio que est sofrendo dos inimigos, edificaremos com pedras lavradas em lugar dos tijolos que caram, e com cedros em lugar dos sicmoros que foram cortados. difcil determinar quando surgiu esta esperana de Israel, mas talvez logo depois da morte de Tiglate-Pileser; nem se sabe quando foi procla mada esta mensagem do profeta. Portanto, o Senhor suscita contra les adversrios. Alguns textos tm os adversrios de Rezim, V")X > e
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mente reconhecido que estas frases so glosas, e no per tencem ao texto original. A verso grega tem adversrios de Sio. Os siros e os filisteus devoram a Israel bca escan carada. No se encontra qualquer referncia de ativida des militares dos siros e dos filisteus contra Israel nessa poca, mas eram inimigos tradicionais de Israel, e prova velmente faziam algumas incurses nos limites da terra de Israel no perodo instvel da poltica depois da morte de Jeroboo II. E devoram a Israel bca escancarada a figura de uma fera voraz.
13. O povo no se voltou para quem o feriu, nem buscou ao Senhor dos Exrcitos. 14 Pelo que o S enhor cortou de Israel a cabea e a cauda, a palm a e o ju nco, num mesmo dia.
15. O ancio e o varo de respeito a cabea, e o profeta que ensina m entiras a cauda; 16. Porque os guias dste povo so enganadores, e os que po r les so guiados so devorados.
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17. P ortan to, o S en h or no se re g o z ija com os seus m an cebos, e no se co m p a d ece d os seus rf o s e das suas v i v a s ; pois to d o s les so h ip crita s e m a lfeitores, e td a b ca p rofere d oid ices. Com tu do isto no se apartou a sua ira, m as ainda est esten dida a sua m o.
Mas ainda est estendida a sua m o. Esta figura de Jav, com a m o estendida na ira, repetidas vzes, uma declarao persistente de que Israel ser destruda com o nao, porque recusou persistentemente ouvir a mensa gem do Senhor, e permaneceu na rebelio contra o seu Deus. Esta estrofe, constituda dos versos 13 a 17, explica que a anarquia e a violncia se desenvolveram entre o povo de Israel com o resultado da sua rebelio persistente contra o seu Deus. O povo no se voltou para quem o feriu, A m . 4:6, 8, 11; Os. 7:10. Foi o desgnio do Senhor levar o povo de Israel ao arrependimento pelo castigo de seus pecados, mas a nao se tornava cada vez mais vio lenta nas conspiraes polticas e no assassnio de reis (II Reis 15:10, 14, 25; Os. 7 :3 -7 ). A nao se tornou to cor rupta que o julgamento de Deus cortou o varo de res peito e o profeta falso, a cabea e a cauda; o digno e o indigno, a palma e o ju n co. provvel que o v . 15 seja uma interpolao, pois o estilo diferente, e no explica corretamente o v . 14. O v . 16 declara que aqules que tinham a incumbn cia de guiar o povo, dirigiram-no erradamente. Portan to, os enganadores sero devorados juntamente com os enganados. O v . 17 declara que Israel condenado e rejeitado, incluindo at os jovens, os rfos e as vivas. Por causa da corrupo m oral e irremedivel da nao, o Senhor Jav retira a sua compaixo, e entrega o povo ao seu pr
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prio destino. O profeta declara neste verso 17 que Is rael ser condenado e completamente rejeitado, incluin do at os jovens, os rfos e as vivas. um caso em que os inocentes inevitvelmente sofrem com os cul pados .
18. P ois a in iqidade lavra com o um fo g o , ela d evora espin h eiros e a b ro lh o s ; a cen de as brenhas do bosque, e estas sobem em esp essa s nuvens de fu m o. 19. Pela ira de J a v dos E xrcitos a terra est abrasada, e o povo pasto de f o g o ; ningum pou pa a seu irm o. 20. D evora direita, e ainda tem fom e, com e esquerda, e no se fa r ta ; ca da um com e a carn e de seu brao. 21. M anasss a E fraim , e E fraim a M anasss, e stes, ju n to s , con tra Jud. Com tu d o isto no se apartou a sua ira, m as ainda est esten did a a sua m o.
Nesta estrofe, 18 a 21, descreve-se o fogo' da ira do Se nhor. De fato, a passagem fala de dois fogos devastado res. Descreve especialmente a paixo consumidora da iniqidade do povo que devora os homens com o o fogo do bosque queima os espinheiros e os abrolhos, v . 18. Fala tambm do fog o da ira de Deus, e a nao rebelde o pasto dste fo g o . A guerra civil um nvo elemento do julgamento vindouro do Senhor. Israelita luta contra israelita, e tribo contra tribo, e reis so brutalmente assassinados. A iniqidade est destruindo rpidamente a nao. A terra est abrasada ou queimada, . No se
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encontra esta palavra hebraica em qualquer outro lugar, e alguns sugerem n y n a , entregar-se selvajaria, mas a
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mudana desnecessria. Cada um com e a carne de seu brao. possvel que os homens loucos de fom e pudes sem com er a prpria carne, mas um texto diz de seu pr xim o em vez de seu brao. A palavra prxim o concorda melhor com o verso seguinte. O verso 21 declara que Manasss e Efraim, vizinhos, estavam lutando um contra o outro, e ao m esmo tempo as duas tribos faziam guerra a Jud. No perodo de anar quia e confuso, a guerra civil, bem com o os inimigos de fora, estavam devorando o povo do Reino de Israel.
10:1. Ai dos que fa ze m d ecretos inquos, dos que escrevem leis de opresso, 2. para n egarem ju s tia a os pobres, para a rrebatarem o direito a os a flitos do meu povo. a fim de que v i v a s sejam o seu desp ojo, e rf o s a sua prsa. 3. Que fa re is no dia do ca stig o, na d esola o que vem de longe ? A quem recorrereis para ob ter socorro, e onde deixa reis a vossa glria ? 4. Nada v os resta seno d o b r a r - v o s e n t r e o s prisioneiros, ou ca ir entre os m ortos. C om tu do isto a sua ira no se apartou, m as ainda est esten dida a sua mo.
stes primeiros versos continuam a discusso do jul gamento de Efraim . A matria desta estrofe no to diferente do assunto das outras, com o dizem alguns. Fa la-se ainda dos pecados de Efraim, dando-se nfase espe cial injustia e opresso dos indefesos pelas autorida des. Os pecados de Israel mencionados na profecia de Ams so semelhantes quanto opresso e injustia mencionadas nestes versculos. A frase os pobres do meu pdvo certamente no prova que o profeta estava falando ao povo de Jud. Os pecados mencionados nesta estrofe prevaleceram nos dois reinos, Israel e Jud,
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Oh que fazem decretos inquos e escrevem (leis de) tiiiiTHMio, so justamente as autoridades que legalizavam nh N C tiN pecados de roubo e opresso, pelos decretos e do cumentos oficiais que preparavam para a sua prpria limlcvo. To avarentos e insaciveis eram os homens i Im tfovrno que instituam leis para justificar legalmente n roubo dos pobres, dos rfos e das vivas. O profeta Ams declara que os juizes venderam o justo por di nheiro, e o necessitado por um par de sapatos , 2:6. Que fareis no dia do castigo, na desolao que vem iki longe? Para stes ladres hipcritas vem o dia de conliis, quando les, tm que responder ao Juzo Supremo. Que fareis ento? (Cp. Os. 9 :5 ). 0 dia de visitaes o dia de prestar contas, o dia do castigo inevitvel. A desolao refere-se invaso de Israel pelos assrios, a tempestade que vem de longe. A vossa glria talvez se refira sarcsticamente aos bens que tinham roubado. H problemas difceis no texto da primeira parte do verso 4. Alguns pensam que haja uma referncia aos deuses, Beltis, Osris, Mas no h qual. | . .
quer evidncia de que os israelitas adoravam stes deu ses do Egito. Fala-se da tragdia da destruio do Rei no de Israel. No h meio de escapar do dia do ajus te de contas. Algumas das vtimas se dobraro entre os prisioneiros, enquanto outras cairo mortas, e isto ser o fim desta nao, o resultado da sua infidelidade. IV. No Temas a Assria, 10:5-12:6
5. Ai da A ssria , a va ra da m inha ira, o cetro nas suas m os a m inha f r ia ! 6. E n vio-a co n tra uma n ao profa n a, con tra o pov o da m inha ira IHe dou ordans, para lhe to m a r d e sp ojo e a rreb a ta r a prsa, e para os pisar aos ps, com o a lam a das ruas.
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7. le, porm , assim no pensa, e no entende assim o seu c o r a o ; antes intenta co n sig o m esm o destruir e d esa rra iga r no pou ca s naes.
Descreve-se nesta seo as atividades militares do orgulhoso conquistador, a Assria. Enquanto esta nao cruel ser usada com o vara na mo do Senhor para cas tigar o povo infiel de Jud, a discusso em geral d nfase ao fato de que a Assria o objeto da ira do Senhor. stes orculos tambm explicam o propsito do Senhor com o o Dirigente Supremo da Histria. O ensino mais im por tante a respeito da Assria o contraste entre a incum bncia que ela recebeu, segundo o propsito de Deus, e a sua prpria poltica ambiciosa de dominar as naes do mundo com o poder cruel do seu exrcito militar. A . A Ameaa Arrogante da Assria, 10:5-34 A Assria atribuiu o xito das suas fras militares sua prpria sabedoria. No reconheceu qualquer dife rena entre o Senhor Jav e os outros deuses do m undo. A escolha da Assria com o a vara de Deus, para castigar o povo infiel de Jud, proclam a a verdade de que o Senhor Jav dos Exrcitos o Deus de tdas as naes do m undo. A destruio do poder arrogante da Assria, que transgrediu a sua comisso providencial, publica o poder supremo de Deus no govrno do m undo. 1. A Jactncia da Assria, 10:5-16 Esta uma das mais notveis mensagens do profeta. Como o Deus da Histria, o Senhor usa a nao arrogante da Assria para executar a sentena da justia pronun ciada contra Jud. Enquanto a Assria apenas uma vara na m o do Senhor, ela no sabe nada do propsito
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divino nas suas conquistas, tornando-se cada vez mais arrogante e ambiciosa com as suas vitrias militares, e sonha com o domnio do m undo. Mas logo que sirva ao propsito de Deus, ela sofrer, por sua vez, o castigo da sua iniqidade. difcil compreender a profunda significao dessa nova doutrina revolucionria de Isaas. Como que o Senhor podia usar a Assria no desenvolvimento do seu plano para as naes? Muitos anos depois do tempo de Isaas, numa crise semelhante, o profeta Habacuque en frentou sse problema, ensinando que essa nao bru tal est no controle absoluto do Deus de Israel, e logo que sirva ao propsito divino, ser lanada fora e en tregue destruio. Ai da Assria! A palavra * ,in muito forte, e difcil de expressar em portugus, ai! grito de profunda emoo, vergonha! amaldioada! Ai da Assria, a vara da minha m o! A vara que o Senhor usou, na sua ira, para castigar o povo de Jud, a Assria. O cetro sinnimo de vara, instrumento de punio. H vrias interpretaes da frase nas suas m os. A RSV corta a frase, e traduz the staff o f m y fury , a vara da minha fria. Outra verso: O cetro em cuja mo est o instrumento da minha indigna o . Traduzimos quase que literalmente o hebraico, que no est bem cla ro. Corrigindo o hebraico, Procksch traduz: A vara da minha ira est na minha m o . Outros entendem, O assrio a minha vara, e nas mos dle est a minha f r ia . Envio-a. Isto significa que a Assria est no poder do Senhor, e sujeita completamente sua direo. Con tra uma nao profana, f|2n,ou hipcrita. A nao pro T
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apenas Jud, ou qualquer outro reino profano que sofreu s mos da Assria. A ltima parte do verso 6 expressa em trmos de guerra o sofrimento do seu povo s mos dos assrios. Mas os assrios pretendem exterminar muitas naes, sem qualquer entendimento, ou qualquer considerao do propsito ou do plano do Senhor. Os assrios orientamse, no pela vontade do Senhor, mas pela avareza cruel, e assim excedem os limites da sua misso. Todos stes orculos a respeito do poderoso conquis tador, a Assria, baseiam-se na f do profeta na preserva o divina do restante fiel. Foi esta f que sustentou a sua nobre coragem quando na crise da invaso de Senaqueribe. le, porm, assim no pensa. 0 sujeito do verbo provvelmente Senaqueribe, e no a Assria. Nada sabendo do propsito de Deus, e no conhecendo cousa alguma da natureza do Senhor Jav, o assrio se interessava so mente nos seus planos de subjugar as naes vizinhas e dominar o m undo. Seria ridculo para Senaqueribe, por exemplo, pensar de si mesmo com o vara na m o do Se nhor, pois le zombava da fraqueza do deus de Samaria e de Jerusalm, e apresentou fatos para provar que o deus de Jerusalm era incapaz de proteger o seu povo (Cp. 36:4-22). Intoxicado pelo seu poder, Senaqueribe, com o todos os ditadores da Histria, no se incomodava com princpios ticos, muito embora o seu poder no lhe desse o direito de aniquilar ou subjugar as naes mais fracas.
8. P ois le diz : No so os m eus prin cip es tod os les reis? 9. No Caln co m o C a rq u em is? No H am ate com o A rp a d e? No Sam aria com o D am asco,
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10. C om o o meu poder a lca n ou os reinos dos dolos, cu ja s im agens de escu ltu ra eram m elhores do que as de Jerusalm e as d S am aria, 11. no farei a Jerusalm e a os seus dolos com o fiz a S am aria e aos seus d o lo s?
Os versos 8 a 11 apresentam o primeiro discurso ar rogante do assrio. le se vangloria dos seus generais, das suas vitrias e dos seus podres polticos e militares. No so os meus prncipes, ou oficiais, todos les reis? Muitos dles eram reis subjugados, ou vassalos (II Reis 25:28). Eram governadores das provncias subjugadas, e le se considerava rei dos reis. No Caln com o Carquemis? As seis cidades so mencionadas na ordem geogrfica, do norte para o sul. Carquemis, no lado direito do Eufrates superior, uma ci dade central dos hiteus, fo i subjugada vrias vzes pelos assrios, e finalmente incorporada no Imprio de Sargo em 717. Caln fo i capturado por Tiglate-Pileser IV em 738. mencionado' com o Caln em A m . 6:2. Hamate, cidade clebre da Sria s margens do Rio Orontes, foi capturada por Sargo em 720, Damasco em 731 e Sama ria em 721. Esta seo fo i escrita evidentemente depois de 721. O argumento dos versculos 10 e 11 que os muitos deuses ou dolos de Hamate, Damasco e Samaria no po diam salvar as suas respectivas cidades. Como ento que Jerusalm pode escapar do poder insupervel da As sria ?
12. Q uando o S en h or tiver a ca b a d o td a a sua o b ra no m onte Sio e em Jeru salm , le ca stig a r a a rrog n cia vaidoaa do rei da A ssria e pom pa da u a Ttivez. 13. P orqu a n to le diz: C om o p od er da m inha m o fiz isto, co m a m inha sa b edoria , p orqu e eou e n ten d id o;
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rem ovi os lim ites dos povos, e roubei os seus te s o u ro s ; com o valen te abati os que se assentavam em tron os. 14. A ch ou a m inha m o, com o um ninho, as riqu ezas d os p o v o s; e com o se a ju ntam o v o s abandon ados, assim eu aju n tei td a a terra ; e no h ouve quem m ovesse asa, ou abrisse a b ca ou piasse. 15. G lo ria r-s e - o m ach ado con tra o que co rta com le, ou se m a g n ifica r a serra con tra o que a m a n eja ? Seria co m o se o bord o bran d isse ao que o levanta, ou a va ra levan tasse o que no pau ! 16. Pelo que o Senhor, o S en h or dos E xrcitos, e n viar o d efin h a m en to entre os seus fo rte s gu erreiros, e d eb a ixo da sua glria se acen der um a queim a, co m o a queim a de fo g o .
Depois de punir o orgulho e a arrogncia de Jud (Cp. 9:9-12; 10:6), o Senhor castigar o orgulho e a ar rogncia da Assria (v. 1 2 ). Havendo completado a sua obra no monte Sio e em Jerusalm, usando os assrios neste projeto, ento o Senhor castigar a jactncia vaido sa do rei da Assria e a pompa da sua altivez. O hebraico diz, visitarei o fruto do arrogante corao. Os versos 13 e 14 apresentam mais uma arrogante declarao do rei da Assria, na glorificao prpria das vitrias do seu poder invencvel. Parece a continuao do discurso de 8 a 11, interrompido com o verso 12. Com o poder da minha mo fiz isto. o rei da As sria, Senaqueribe, quem fala, e ste verso reflete a arro gncia do seu esprito. Fala no somente com o louvor das suas vitrias, mas com o sentido da sua eficincia prpria, com o se fsse supremo em sabedoria, entendi mento e p od er. Rem ovi os limites dos p ov os. Parece que o Imprip Assrio; era o primeiro conquistador que prati
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cou a poltica de obliterar distines nacionais, ou pela unio de certas naes sob uma s administrao, ou pela deportao de populaes dos pases conquistados. A magnfica figura do verso 14 explica com o o fo r midvel exrcito da Assria produzia terror e pnico nos povos das terras invadidas. Conta com o o exrcito de vastou os pases conquistados, roubando vontade as suas riquezas, sem qualquer oposio. Ajuntou os ovos aban donados, e no houve, da parte dos governadores, quem movesse asa, ou abrisse a bca ou piasse. Ajuntei tda a terra, e no houve quem abrisse a bca. Os habitantes ficaram aterrorizados, e no podiam fazer cousa alguma em sua defesa. Mas o profeta Isaas, confiando no governo divino do mundo, reconheceu a tolice da exaltao prpria da As sria (Cp. 45:9, 10; 64:8; Jer. 1 8 :6 ). J tinha declarado que a Assria era apenas uma vara na m o do Senhor. A jactncia de Senaqueribe to ldrica com o se o macha do ou a serra se gloriassem contra o hom em que os usa no seu servio; to ridcula com o se o bordo brandisse a pessoa que o levanta, ou a vara levantasse o hom em que no pau. O general Senaqueribe, vitorioso na campa nha militar de conquista, fala ,com gabolice pretensiosa, com o se fosse senhor do mundo, com a fora e capacidade de estabelecer o seu prprio destino. O verso 16 apresenta o ponto de vista do profeta sbre o futuro da Assria e o seu poderio militar. O poder do exrcito da Assria, com o seu pom poso general, ser destrudo pelo Senhor dos Exrcitos. Usam-se duas fi guras par descrever o castigo da insolncia e do orgu lho do conquistador que se enfatuava perante os venci dos, na citao das suas vitrias e a pilhagem do seu exr cito. O Senhor enviar definhamento entre os seus fo r tes guerreiros. Alguns traduzem, enviar magreza entre
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gradualmente e constantemente enfraquece o doente, en tre os , fortes ou vigorosos. Debaixo da sua glria
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se acender uma queima provvelmente significa que a honra e a glria que Senaqueribe atribuiu a si m esmo se desvanecero com o se fssem queimadas pelo fo g o . 2. A Labareda do Senhor Consumir as Florestas da Assria, 10:17-19
17. A luz de Israel vir a ser um fo g o e o seu Santo uma labareda, e queim ar e devorar os seus esp in h os e os seus a b rolh os, num s dia.
18. A glria da sua flo resta e do seu ca m p o frtil o S en h or con su m ir , desde a alm a at ao co r p o ; e ser co m o quan do um doen te se definha. 19. E o resto das rv o res da sua floresta ser t o p ou co que um m enino pode escrever o n m ero delas.
O poder da Assria ser destrudo. No se entende com o The Interpreters Bible, contrrio a todos os outros comentrios, atribui a destruio mencionada nestes ver sculos terra do povo de.Israel. A luz de Israel, e no o resto das rvores, a chave da interpretao desta pas sagem . Jav a luz de Israel. Deus fog o (Deut. 9:3) e luz (Sal. 2 7 :1 ). Deus santo, t^ n p , e luz, 11$ .Com o
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a luz de Israel, Jav iluminar o caminho pelo qual o seu povo deve andar (2 :5 ); tambm fog o destruidor que consumir os assrios, inimigos de Israel. Os soldados do m agnfico exrcito de Senaqueribe so espinhos e abro lhos que o fo g o da ira do Senhor devorar num s dia. A glria da sua floresta. Aqui o exrcito assrio com parado com uma linda floresta de muitas rvores.
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Com o a floresta rapidamente destruda pelo fogo, assim o m agnfico exrcito da Assria ser destrudo pelo fogo divino. Se espinhos e abrolhos se referem aos soldados rasos, ento a glria da floresta talvez indique os prn cipes e os nobres, os oficiais majestosos da floresta. Seu campo frtil, Carmelo o nom e do m onv I
te frtil no Mediterrneo, entre a plancie de Sarom ao sul e Esdraelom ao norte. A palavra aqui se refere ao exrcito de Senaqueribe em harmonia com a figura do v . 17. O Senhor consumir, desde a alma at ao corpo. O Senhor no faz parte do texto, mas claramente le o destruidor do exrcito de Senaqueribe. A destruio desde a alma at ao corpo com pleta. E ser com o quando um doente se definha. O texto DD'3 D Df difcil. A Septuaginta traduz: E le fugir com o aqule que escapa do f o g o . A Vulgata: E le fugir de puro m do (Cp. x. 16:21; Sal. 6 8:2 ). O resto das rvores continua a figura do exrcito de Senaqueribe com o floresta, e refere-se aos poucos que es caparam ao desastre de 37:36, 37. 3. Um Restante de Israel e Jud Voltar ao Senhor, 10:20-23
20. A co n te ce r naquele dia que o restan te de Israel o s s o b re v iv e n te s da casa de J a c no se estriba r o m ais naquela que os feriu , m as se estriba r o no S en hor, o S a n to de Israel, em verdade. 21. Um restan te v o lta r ; sim , o restan te de J a c, ao deroso. Deus p o
22. P o is ainda que o teu p ovo, Israel, se ja com o a areia do mar, s um restan te dle v o lta r ; d estru io est determ inada, tran sb ord a n te de ju stia . 23. P orqu e o S en hor, o S en h or d os E xrcitos, execu ta r um a dsa* tru i o com p leta, j decretada, no m eio de td a a terra.
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Acontecer naquele dia. O julgamento do poderoso exrcito de Senaqueribe demonstrou para muitos dos ju deus a futilidade de depender de alianas polticas, sem pre denunciadas pelos profetas. A Assria tinha violado a aliana feita com Acaz (II Reis 16:7-9). Vrias vzes as naes de Israel e Jud confiaram ftilmente no socor ro de um aliado. Assim, a poltica de alianas destas pe quenas naes resultou finalmente na destruio do Rei no de Israel, e em vrios desastres na vida nacional de Jud. O restante de Israel uma das doutrinas fundamen tais do profeta Isaas, desde o princpio do seu minist rio, indicado pelo nom e do seu filho, Sear-Jasube, ou Res tante-Voltar. Alguns perguntam: ste nome significa uma ameaa ou uma promessa? perfeitamente claro que a palavra, em si, significa somente uma promessa, mas uma promessa no fundo histrico da infidelidade da grande maioria do povo dos dois reinos. O restante de Israel e os escapados da casa de Jac no se estribaro mais naquele que os feriu, JlSt O assrio cruel traidor e transgressor de alianas, de acor do com as suas ambies polticas, e sem escrpulo. Deus Poderoso, ste o ttulo do Messias em 9:6, mas aqui se refere a Jav, o Senhor Deus que destruiu o poder do exrcito de Senaqueribe. No obstante o povo do concrto constituir de m ul tides, voltar somente o restante dos fiis. Todos os in fiis sofrero as conseqncias da sua injustia e sero destrudos. J est decretado que o justo viver da f, en quanto os infiis sero destrudos.
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25. P ois daqui a bem pou co ss cu m p rir a m inha in dign ao, e a m inha ira se dirigir d estru io dles. 26. E o Senhor dos E xrcitos su scita r con tra le um fla g e lo , com o a m atana de M idi ju n to roch a de O rebe, e a sua vara estar sb re o mar, e le a levan tar co m o f z no E gito. 27. A co n te ce r naquele dia que a sua ca rg a ser tira d a do teu om bro, e o seu ju g o ser desp eda a do do teu p escoo.
Apresenta-se nestes versculos uma mensagem de consolao para os habitantes de Jerusalm, e a passa gem liga-se ao pensamento dos versos 16 a 19. A Ass ria ignorava o fato de que era uma vara na mo de Deus, e ao ela atacar Jerusalm e zom bar da sua fraqueza, o Senhor cancelou a sua comisso. No temas, povo meu, que habitais em Sio. Os habitantes de Jerusalm podiam ficar sossegados. A sua cidade no ser tomada pelos assrios, porque o poder do seu terrvel exrcito ser destrudo (14:32; 30:19). No obstante a punio dos pecados do seu povo, o Senhor lhe fala aqui com ternura e com paixo. O mensageiro do Senhor entende a natureza dessa crise na histria do seu p ov o. Jerusalm ser preservada, e o povo fiel do Se nhor cumprir sua misso (Cp. II Reis 19:20-34 e x. 19:4-6). No temas, nem qarfdo te ferir com a vara, nem quando levantar contra ti o seu bordo maneira dos egpcios. No obstante a severidade da opresso, o povo do Senhor vai experimentar uma grande libertao, assim com o os pais foram salvos do poder do EgiW (Cpv x . 14:10; 21-24) . ..... . ;
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O verso 25 declara que a indignao do Senhor con tra o seu povo se cumprir dentro em breve, pois o pro psito da sua punio ser realizado. Por outro lado, a sua ira contra os assrios terminar na destruio dles, isto , na destruio do seu poder de capturar a cidade de Jerusalm e destruir o seu povo. Esta libertao do poder dos assrios ser, no so mente com o a dos midianitas, mas ser semelhante ao m aior livramento que fo i o do poder do Egito atravs do Mar dos Juncos (V erm elh o). O texto hebraico do v . 27 com plicado e difcil. Seguimos a RSV, que simples e clara, e d o sentido. ^ ' V >jugo das faces de azeite no tem signifiV
32. N este m esm o dia le parar em N ob e; a gitar o punho ao m onte da filh a de Sio, o ou teiro d e Jerusalm .
Muitas verses modernas, buscando uma introdu o apropriada do v . 28, seguem Duhm, na traduo da
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ltima parte do v . 27, le sobe de Pen R im o m . Mas isto exige uma mudana completa do texto, com a exceo da palavra sobe, Esta pequena poesia desT T
creve, em linguagem em ocional e expressiva, a invaso da Palestina pelo exrcito da Assria. Apresenta um re trato imaginativo do assalto contra Jud, e especialmen te contra a cidade de Jerusalm. No a continuao do assunto dos versos 24-27, mas antes de 5-11, correndo paralelo com 5:26-30. Os verbos so perfeitos profticos, e so mais bem traduzidos pelo presente. Esta clara mente uma predio da marcha de Senaqueribe contra Jerusalm, e no a descrio do evento que j havia ocor rido. No uma descrio exata do caminho pelo qual o exrcito chegou Jerusalm, pois Senaqueribe veio da Filstia, ao sudoeste de Jerusalm. um exemplo da profecia de eventos futuros. O mensageiro do Senhor pode entender o significado de eventos futuros, sem com preender necessriamente os pormenores de tais eventos. O profeta descreve grficamente o progresso da in vaso, desde Aiate at o outeiro de Jerusalm. le ex plica especialmente o terror e a lamentao dos habitan tes que fugiram diante dos invasores, quando os assrios se aproxim avam . Apresenta-se aqui o contraste entre o orgulho e a arrogncia de Senaqueribe, na sua marcha pomposa, com a certeza de vitria, com a certeza de que o Senhor dos Exrcitos esmagaria os blasfem adores. Nem todos os lugares mencionados nesta seco po dem ser identificados h oje. Aiate talvez seja a antiga ci dade de Ai, trs ou quatro quilmetros ao noroeste de Micms (Ver Arqueologia Bblica do autor, p . 192). Migrom , entre Aiate e Micms, no pode ser identificado com certeza. Micms, Mucms de hoje, bem conheci do com o o lugar da grande aventura de Jnatas (I Sam. 1 4 ). Ver a Arqueologia do autor, p. 260. Geba, Ram
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e Gibe ficam mais perto de Jerusalm. 0 lugar de Las desconhecido. Anatote, perto de Jerusalm, o lugar do nascimento do profeta Jeremias. Madmena no mencionado em qualquer outro lugar. Nobe, uma cida de de Benjamim, perto de Jerusalm, mencionada em Neem. 11:32 e I Sam. 21:1-6. Os versos 30 a 32 descrevem o terror dos habitantes destes lugares, no caminho da marcha de Senaqueribe. Levanta a tua voz com gritos altos, filha de Galim! Ouve, Las. stes lugares so desconhecidos. Madmena dispersa, e os moradores fogem , com a esperana de salvar-se. 6. A Humilhao dos Invasores Orgulhosos, 10:33-34
33. Mas eis que o S enhor Ja v dos Exrcitos est cortando os ram os com poder te rrv e l; e aqueles de grande aitu ra sero derribados, e os altivos sero abatidos. 34. C o rta r com o ferro as brenhas da floresta, e o Lban o, com as suas rvores majestosas, cair.
Mas eis que o Senhor. Depois de descrever a marcha dos assrios contra Jerusalm, com a sua barbaridade e insolncia, o profeta apresenta, nos versos 33 e 34, um retrato da humilhao do seu poderoso exrcito, e expli ca o livramento miraculoso da cidade de Jerusalm. En quanto o profeta d nfase aqui ao propsito do Senhor no cancelamento da incumbncia da Assria, e no castigo dos seus terrveis pecados, le explica em vrios outros lugares o grande significado da salvao de Jerusalm do poder do exrcito de Senaqueribe. Nem se fala aqui em apenas o restante fiel, pois outros habitantes da cidade foram salvos juntamente com aqules que haviam de cumprir a misso do povo escolhido, de acrdo com o eterno propsito do Senhor Jav dos Exrcitos.
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B . O Reino Pacfico e Justo do Messias, 11:1-16 Esta profecia messinica harmoniza perfeitamente com 7:14 e 9:2-7. A primeira passagem fala do nascimen to do Menino Emanu E l. A segunda descreve os atribur tos e o govrno do Menino Nascido. Os primeiros nove versos do captulo 11 tratam do advento e do reino do Messias. Do tronco de Jess levantar-se- o rei perfei to. le governar com justia, eqidade e misericrdia, e haver no seu govrno, com as bnos do Senhor, uma maravilhosa transformao da ordem m oral. Um n mero crescente dos telogos modernos reconhece que esta passagem messinica fo i escrita pelo profeta Isaas, no perodo da infidelidade e idolatria de uma grande parte do povo de Jud. Os crticos se contradizem na interpretao das pas sagens messinicas dsse grande profeta. Todavia, sig nificativo que quase todos les j abandonaram os seus argumentos baseados na diferena do estilo literrio e da linguagem destas passagens messinicas de Isaas. Um fraco argumento, representado pela The Inter preters Bible, in loco, que todos os reis eram ungidos do Senhor, e todos les, quando ungidos e entronizados, despertavam novas esperanas de govrno ideal, ou do princpio do reino messinico. Ver a nossa crtica desta explicao na exegese de 9:2-7. Um argumento contra a autoria isainica desta pas sagem, e contra a sua interpretao messinica, baseiase na palavra tronco, . Insistem em que esta palavra significa que o reino da dinastia de Davi j havia termi nado. Portanto, esta passagem fo i escrita no perodo de pois da queda do Reino de Jud em 586, e proclamada depois desta data. Os profetas sempre reconheceram que o reino messinico seria estabelecido no futuro, mas nun ca especificaram o tempo exato do advento do Messias.
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difcil determinar a data exata dste orculo do profeta. A afinidade com 9:2-7 sugere que talvez fsse proclamado no reino de Acaz. O conceito do Rei Mes sinico caracterstico do pensamento de Isaas atravs de todo o seu ministrio proftico. 1. O Rebento de Jess, 11:1-9
1. Do -tronco de Jess sair um rebendo, e das suas razes um renvo. 2 . E repousar o E s p rito o E sp rito o E s p rito sbre Sle o E sp rito do Senhor, de sabedoria e de entendim ento, de conselho e de fortaleza, de conhecim ento e do tem or do
Senhor.
3. E o seu deleite ser no te m o r do Senhor. E no ju lg a r segundo a vista dos seus olhos, nem decidir segundo o o u v ir dos seus ouvidos.
A figura do prim eiro verso corresponde ao pensa mento de 6:13. Uma nova nao surgir do reino deca dente de Jud, e o Rei Messinico se levantar da fam lia de D avi. Pode haver nesta imagem um contraste com o verso 34 do cap. 10. Enquanto a floresta da Assria, com as suas rvores majestosas, ser cortada, o tronco da dinastia da casa real de Jud brotar e florescer. Interessante a comparao desta passagem com 9: 2-7, no que haja qualquer diferena nas descries da Pessoa do Messias e da Idade Messinica. Na primeira o profeta fala da grande luz que resplandecer e despertar a alegria universal do povo, e no fim fala do Menino Ma ravilhoso que nascer para subir ao trono. Nesta passa gem o Messias se apresenta, com os seus grandes atribu tos, e se descreve ento o seu reino de justia, eqidade e misericrdia. O Esprito de Jav repousar s,bre le. Alguns pen sam que o profeta se refere aqui ao Esprito Santo, mas a doutrina do Esprito Santo se apresenta e se desenvolve em relao com a Pessoa de Jesus Cristo em o Nvo Tes
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tamento (Joo 14:16, 26; 16:13-15). O Esprito do Senhor significa energia, vitalidade ou a fra da vida. As Es crituras falam freqentemente sbre o efeito da operao do Esprito do Senhor na vida do homem, no aumento do seu poder (x. 31:3; 35:31), coragem (Ju. 6:34; 11:29; 13:25), sabedoria (Gn. 41:38), poder proftico (Is. 6:613; 61:11; Jer. 1:8-10). Neste versculo 2, o profeta fala dos podres sobre naturais do Esprito do Senhor na vida e na obra do Mes sias. Os seus dons da graa divina, ou carismata, apre sentam-se em trs pares que descrevem ou analisam o prisma do Esprito do Senhor . Assim, os podres ou virtudes do Ungido do Senhor so intelectuais, prticos e espirituais. A sabedoria e o entendimento, ou discernimento, so qualificaes fundamentais do juiz ou do governador (Deut. 1:13; I Reis 3 :1 2 ); Cp. 9:6. A sabedoria o poder de olhar alm da aparncia das cousas, ver a realidade, e atentar s cousas que se no vem (II Cor. 4 :1 8 ). O Esprito de sabedoria freqentemente atribudo a Jesus em o Nvo Testamento (I Cor. 1:30; E f. 1:17; Col. 2 :3 ). O trmo n T 3 >entendimento ou discernimento, significa o
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resolues apropriadas para conseguir a retido e a justi a. tambm a qualificao de instruir publicamente. Em 9:6 o Messias o Maravilhoso Conselheiro. A forBzapjjFprDJl o vigor , a energia e o' poder de pr em
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execuo as resolues do sprito. O Esprito de conhecimento e do tem or do Senhor. O conhecimento do Senhor aqule que nasce da com u nho do am or com Deus. o conhecimento da santida
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de, da justia e do am or de Deus, bem com o a experin cia da providncia, ou do cuidado divino na vida. O te m or do Senhor o trmo que descreve a piedade dos ho mens justos do Velho Testamento. O conceito da religio do Velho Testamento o conhecimento e o tem or de Deus. Consultem-se as seguintes passagens sbre o co nhecimento e o temor do Senhor, Mat. 11:27; Joo 1:18; I Joo 5:20; J 28:28; Sal. 19:9; 111:10; Prov. 1:7; 3:13. O seu deleite ser no temor do Senhor, ou Um per fum e doce para le o tem or de Jav. O trmo T in significa cheirar com deleite. Mas h dvidas sbre o texto. A Septuaginta diz: Ench-lo- o esprito do temor de Deus. A Siraca: lle ser resplendente no temor do Senhor. Possuindo todos os atributos pessoais, e tdas as qualificaes necessrias para o cumprimento da sua nobre misso, o Rei Ideal governar o seu povo com eqidade, justia e am or. Em perfeita harmonia espiri tual com o Senhor, le se regozijar na observao do te m or do Senhor da parte dos seus sditos.
4. Mas ju lg a r com justia os pobres, e decidir com eqidade a, fa v o r dos mansos da te rra ; e fe rir a te rra com a v a ra de sua bca, e com o spro dos seus lbios m atar o perverso. 5. A ju stia ser o cinto dos seus lombos, e a fidelidade o cinto dos seus rins.
No julgar segundo a vista dos seus olhos. No depender da evidncia dos sentidos fsicos, nem da vista dos olhos, nem 'do ouvir dos ouvidos. le saber discer nir diretamente a condio moral do esprito dos homens, e no ficar enganado pelas protestaes de fidelidade e justia da parte dos infiis. O temor de Dus uma oferta constante de adorao, e a obedincia ao Senhor enriquece a vida com as bnos d eD eu s .
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Nota-se uma certa correspondncia entre as quali dades mencionadas no v . 2 e os caractersticos do govrno do rei. Julgar com justia, os pobres. Esta palavra justia um dos trmos de profundo sentido da revelao divina. No sentido absoluto a justia um dos atributos de Deus, e neste sentido pertence somente a le. Mas quando o Senhor derrama o seu Esprito sbre os seus servos, les entendem e amam a justia divina, e procuram pratic-la nas suas relaes so ciais. Mas permanece, em certo sentido, uma luta en tre o egosmo e o am or justia, no esprito dos servos de Deus. No servio aos pobres e ncessitados, a justia floresce no amor, na com paixo e na pie dade. Nos pases orientais, e em vrias naes m oder nas, os recursos materiais e as riquezas da terra esto fir memente nas mos dos ricos, enquanto que os indefesos sofrem . Nota-se que o profeta reconhece que at no rei no ideal ainda haver opresso, mas declara que tais ca sos sero corrigidos sem demora a favor dos mansos da terra. E ferir a terra com a vara da sua bca. A palavra terra, n . talvez fsse originalmente Y$ > tirano ou
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vara de sua bca . . . com o spro dos seus lbios. A vara, da bca, instrumento de castigo, ou de punio do inquo (P rov. 10:13; 1 3:2 4). A vara a ordem, o co mando de punio, mas sempre justa e im parcial. or dem ou a sentena do .Messias leva. consigo o poder de cumprir-se a si mesma (Cp. Os. 6:5) . Assim, se fala da operao do esprito de fortaleza e do efeito do Esp rito de sabedoria .
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O cinto dos lom bos e o cinto dos rins. O cinto era artigo importante, usado para cingir a roupa folgada do hom em oriental, especialmente quando estivesse em ati vidade. Sempre simboliza figuradamente a ao resoluta e vigorosa. Aqui o cinto simboliza a justia e a fidelida de que descrevem ou caracterizam o govrno do Messias (Cp. E f. 6 :1 4 ). As peas do vesturio usam-se freqen temente nas Escrituras com o figuras das virtudes da ver dadeira religio (J 29:14; Is. 61:10).
6. O lbo h a bita r com o cordeiro, e o leopardo se deitar com o ca b rito ; o bezerro, o leo nSvo e o anim al cevado andaro juntos, e um m enino pequeno os guiar. 7. A vaca e a ursa sero com panheiras, e as suas crias ju n ta s se deitaro; o leo com er palha como o boi. 8. A criana de peito brin ca r sbre a toca da spide, e o j desmam ado m eter a mo na cova do basilisco.
9 . No se faro mal nem destruiro em todo o meu santo monte, pois a te rra se encher do conhecim ento do Senhor, como as guas cobrem o m ar.
H vrias interpretaes desta passagem sbre a har monia perfeita entre as criaturas de Deus na futura Idade Messinica. Os primeiros expositores cristos, bem com o Lutero, Calvino e outros, interpretaram simbolicamente stes retratos dos animais. Os racionalistas explicaramnos literalmente, mas com o a representao de um lindo sonho, ou com o aspiraes religiosas. Outros seguem o mtodo alegrico, geralmente desacreditado, dizendo, por exemplo, que a mudana da natureza dos animais fero zes significa a transformao espiritual na natureza brutal dos homens pelo poder da salvao crist. ste notvel poema que descreve a mudana da na tureza dos animais bravis imitado nos orculos sibi-
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linos. E um poeta rabe tambm fala da poca vin doura da justia quando o lbo faminto se tornar manso. No se deve interpretar alegricamente a descrio, com o se as feras fssem apenas smbolos da natureza cruel dos hom ens. urna apresentao potica da ver dade verificada pela experincia da transformao da sociedade humana pelo poder de Deus, acompanhada pela restaurao gradual da harmonia na criao divi na (Cp. R om . 8:1,9-22). A linguagem potica adaptase m elhor do que a prosa para descrever os sentimentos e as verdades da experincia religiosa. Os animais do msticos apresentam-se, nesta descrio, juntamente com os bravios, para ilustrar o pensamento principal do es tabelecimento da paz entre o hom em e os animais (Os. 2 :1 8 ). Na terceira linha do v . 6, a verso grega diz o bezerro e o leo pastaro juntos . Animal cevado, iO Itt > talvez signifique amigos, .
l .......
O contraste mais notvel nesta descrio que o in fante brincar com a serpente venenosa. Se o profeta est pensando na inimizade perptua que resultou da primeira tentao, ste o exemplo mais compreensivo da restaurao do paraso do den. A spide, traduzida vbora nos Sal. 58:4 e 91:13, uma espcie no identi ficada. O basilisco geralmente se identifica com a muurana do norte da frica, mas esta serpente no existe mais na Palestina. A palavra toca traduo duvidosa de in Alguns pensam que significa o brilho do lho
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da serpente. No se faro mal nem destruiro a traduo cor reta do hebraico. claro que so os animais que no
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faro mal, nem destruiro. Em todo o meu santo m on te aqui significa no somente em Jerusalm, mas atra vs de tda a terra de Jav (Cp. Is. 14:25; 65:25). Pois a terra se encher do conhecimento do Senhor, na Idade urea do Messias. As multides tero entendi mento cada vez mais claro da santidade, da justia e do am or do Senhor. Entendero melhor os propsitos e os planos do Senhor, e ficaro dispostas a obedecer sua vontade. Assim, iro servindo a Deus e cooperando com le na extenso do seu reino no mundo (Cp. Mat. 9:3538; 28:18-20; L u c. 24:44-4( 9 ) . Com o as guas cobrem o mar, isto , a terra no fundo do mar (Hab. 2 :1 4 ). O pro feta est pensando no futuro quando a sua viso ser realizada. A profecia j est cumprida em parte, e vai se cumprindo gradativamente nesta poca missionria pela pregao do evangelho em quase tdas as naes do m undo. Onde ste Evangelho de Cristo conhecido, amado e obedecido, o seu poder transforma a natureza pecami nosa dos homens, e posteritrmente da sociedade. Vai subjugando as paixes dos homens, mudando os seus sentimentos e produzindo nles o esprito do am or fra ternal. O ambiente cristo abranda a ferocidade nacio nal e cultiva o desejo de estabelecer a paz entre as na es do m undo. No obstante a influncia do materia lismo e do esprito egosta da civilizao moderna, o po der de Cristo est operando no crculo da famlia, em tdas as esferas da sociedade, e at nas relaes inter nacionais, de acrdo com esta grande viso do mensa geiro de Deus. 2. O Messias e a Nova Glria de Israel, 11:10-16
10. Naquele dia recorrero as naes raiz de Jess que est posta por estandarte dos povos; e o lu g a r do seu repouso ser glorioso.
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11. Naquele dia o S enhor to rn a r a estender a mo para a d q u irir o restante do seu povo, que f r deixado da A ss ria , do E gito , de Patros, de E ti p ia , de E l , de S inear, de H am ate e das te rras do m ar.
Esta seo segue logicamente os versos 1 a 9, mas alguns crticos pensam que seja composta de vrios fragmentos, escritos depois do tempo de Isaas, e origi nalmente separados, mas o assunto est em perfeita har monia com os ensinos messinicos de Isaas. O escritor trata da poderosa influncia da verdadeira religio de Israel sbre as naes do mundo, mas fala em particular da restaurao do restante de Israel e Jud, e do seu ajuntamento na sua prpria terra. A passagem seme lhante de 2:2-4. A significao da frase naquele dia sempre indefi nida, quanto ao tempo exato no futuro. A palavra dia em tais passagens significa uma poca, ou um perodo indefinido de tempo, e no um dia de 24 horas. A res taurao dos israelitas exilados um tema predileto dos profetas, nos vrios perodos da sua histria (Os. 3:5, 11:11; A m . 9:12; Ob. 21; Miq. 5:4, 7:12; Joel 2:28-32; S of. 2:4-11; Jer. 3:18, 31:8-9; Zac. 9:1-7, 9-10, 10:6-7; 10:10, 1 1 ). A Pessoa do Messias a figura central dstes versculos 10 a 16 de Is. 11. As palavras a raiz de Jess chegaram a significar um ttulo do Messias vindouro (Cp. 53:2; A poc. 5 :5 ). A raiz,^*| W , sobreviveu a muito sofrimento, sempre despertando interesse e curiosidade a respeito da sua du rao permanente. Esta Raiz est posta, ou melhor, vai ficando de p, y , com o insgna ou estan darte que desperta a esperana dos desterrados, e os atrai ao grande ajuntamento com o seu povo, ricamente aben oado pelo Senhor, na sua terra amada. Pois o lugar do seu repouso ser glorioso.
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O verso 11 fala da restaurao dos desterrados de Israel e Jud das vrias terras onde ficaram espalhados. O Senhor estender a sua mo para adquirir ou possuir o seu povo. No h dvida nenhuma de que judeus de Israel e Jud foram espalhados nestes vrios pases men cionados, no tempo de Isaas. Desde o tempo de Salomo, o Egito ofereceu asilo aos adversrios polticos da Pa lestina (Cp. I Reis 11:14-40). Os assrios deporta ram muitos judeus ,e os espalharam pelas terras do seu Im prio.
12. Le va n ta r um a insignia para as naes, e a ju n ta r os desterrados de Israel, e recolher os dispersos de Ju d desde os quatro confins da terra. 13. A fa s ta r-s e - a inve ja de E fra im , e os adversrios de Ju d sero elim in ados; E fra im no in ve ja r a Ju d , e Ju d no perseguir a E fra im . 14. A ntes cairo para sbre os om bros dos filisteus ao Ocidanter ju n to s despojaro os filhos do O rie n te ; co n tra Edom e Moabe lanaro as sua* mo*, e os am onitas lhes sero sujeitos.
stes versculos descrevem a vitria e a felicidade da vida dos homens que voltam do cativeiro para as ter ras de Israel e Jud. Levantar uma insgnia para as naes. Alguns comentaristas pensam que a insgnia aqui significa o Messias, com o no versculo 10. Outros julgam que tenha o sentido de bandeira ou estandarte das vrias companhias na volta para a sua terra (Cp. 49:22). Ajuntar os desterrados de Israel, e recolher as dispersas H15S3 de Jud. Esta forma feminina chama \ a ateno ao fato de que as mulheres dispersas voltaram com os homens, desde os confins da terra.
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Na Idade Messinica no haver mais hostilidade da parte de outros pases contra Efraim e Jud. Restaura dos do cativeiro, no haver mais inveja entre Efraim e Jud. Deixaro de disputar entre si, e vivero juntos em paz e fraternidade (Cp. Os. 1:11; Ez. 37:15-19). Neste quadro de restaurao e paz, o v. 14 aparen temente introduz uma nota discordante. Que significam estas declaraes a respeito do Ocidente, do Oriente, de Edom e Moabe e dos amonitas? Alguns preferem a in terpretao literal, e pensam que o profeta, at no pe rodo de paz, declara que Israel e Jud se vingaro dos inimigos, e os subjugaro fra, segundo o m todo de Davi (Cp. I Sam. 11; 14:47; II Sam. 8:3-12). Outros, considerando o teor das profecias messinicas do pro feta Isaas, pensam que as declaraes do v . 14 no sig nificariam uma conquista motivada por vingana. Re solve-se, portanto, a contradio aparente pelo fato de que stes pases vizinhos sero conquistados, no pela fra das armas, mas pelo poder espiritual de Israel e Jud, sob o govrno do Messias.
15. O Senhor de stru ir totalm ente a lng ua do m a r do E g ito ; e m over a mo sbre o rio com o seu vento abrasador, e, fe rin d o -o , d iv id i-lo - em sete canais, de sorte que qualquer o atravessar de sandlias. 16. E haver cam inho plano para o restante do seu povo que f r deixado da A ssiria, como o houve para Israel no dia em que subiu da te rra do E g ito .
Os primeiros dois pases mencionados, da dispora dos judeus, so a Assria e o Egito. O Senhor Jav pro mete preparar o caminho daqueles que regressarem des tas terras. O Senhor destruir completamente a lngua do mar do E gito. Algumas verses antigas contm , secar, que cabe melhor no contexto do que
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respeito da frase a lngua do mar do Egito. Alguns di zem que significa o Glfo de Suez. Outros pensam que se fala do Mar dos Papiros, ou do Rio N ilo. A palavra rio, na segunda linha, significa o Nilo, mas em quase to dos os outros lugares o trmo refere-se ao Eufrates. 0 sentido de vento abrasador de difcil decifrao no contexto, mas faz parte da figura que descreve o mar sco. A linguagem do versculo complicada e difcil, mas claro que est falando do livramento miraculoso do povo de Deus do poder do E gito. Com o movimento da m o o Senhor dividir o rio em sete canais, ou divi ses, e o povo o atravessar com sandlias scas (Cp. Jos. 15:2, 5; 18:19; Zac. 10:11; Is. 10:32; 19:16). Haver caminho plano. Na volta do restante do povo do Senhor da Assria, les no encontraro quais quer obstrues ou dificuldades. O Senhor acompanha r o seu povo e subjugar os seus inimigos, e tudo ser, para os que voltam da Assria, com o houve para Israel no livramento do poder do Egito. A palavra restante usa-se em dois sentidos na pro fecia de Isaas. Significa aqui, com o no verso 11, os judeus dispersos atravs do m undo. Em outros lugares o trmo significa o grupo limitado dos fiis ao Senhor, entre os israelitas no perodo da infidelidade das mltides. ste emprgo da palavra sempre se relaciona com o Reino Messinico do fu tu ro. , A linguagem destes versos 10 a 16 concorda perfei tamente com o estilo de Isaas. Os argumentos de al guns crticos, contra a autoria isainica da passagem, ba seiam-se na premissa falsa. de que o profeta no podia falar de eventos do futuro rem oto. Mas um dos elemen tos da grandeza e da glria dos profetas do Velho Tes tamento, qtt -bs distingue dos profetas antigos de outros
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pases, que les tratam do progresso do reino eterno de Deus entre o seu povo. Nota-se, todavia, que so as verdades eternas do Reino de Deus, e no simplesmente os pormenores da histria que interessam e preocupam os mensageiros do Senhor. A verdade ou cuiftprimento desta mensagem fo i realizada, em parte, com a liberta o de Jerusalm do poder de Senaqueribe e, em parte, com a volta dos cativos da Assria, do Egito e da Babilnia para a sua terra, a fim de cumprir a sua nobre m isso. Mas ainda est sendo cumprido o ideal de Isaas no progresso do Reino de Cristo no m undo. C. O Culto de L ouvor pela Restaurao de Israel, 12:1-6
1. D irs naquele dia: Graas te dou, Senhor, pois ainda que te iraste contra m im , a tua ira se retirou, e tu me consolas. 2. E is que Deus a m in ha salvao; confiarei e no tem erei; porque o S enhor Deus a m in ha fra e o meu cntico; le se tornou a m in ha salvao.
ste captulo 12 uma concluso potica da primei ra grande diviso do livro de Isaas. Muitos crticos m o dernos pensam que o cntico no fo i escrito por Isaas. Dizem que as afinidades literrias do cntico com o de Moiss, e com os Salmos, no concordam com a profecia de Isaas. Argumentam tambm que a poesia reflete o perodo histrico depois do cativeiro babilnico. No se pode negar a fra dstes argumentos, mas no provam absolutamente que o estilo literrio e o teor do pensa mento da poesia negam a autoria isainica do cntico. uma concluso apropriada das mensagens dos primei ros onze captulos, e especialmente de 11:1-10. Expres sa com fra e clareza a esperana do profeta de que
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Israel, apesar da sua infidelidade com o nao, tem um grupo dos fiis ao Santo de Israel que cumprir a sua misso messinica. O Senhor havia punido e disciplina do o seu povo por causa dos seus pecados. Espalhados em lugares distantes da ptria, eles se arrependeram dos seus pecados, e o Senhor, no seu am or imutvel, demons tra que le o seu Deus e o seu Salvador. O cntico apresenta-se em duas pores. Os versos 1 a 3 expressam a gratido individual, talvez da assem blia congregada no culto. Os versos 4 a 6, no plural, falam da gratido ao Senhor, e da proclam ao das suas grandes obras em tda a terra. A introduo ao primei ro e ao quarto versculos semelhante frm ula intro dutria de 25:9 e 27:2. Alguns pensam que ste cntico continua a viso de 10:5. Havendo falado do livramento de Jerusalm do poder do exrcito de Senaqueribe, e olhando para o fu turo, o profeta contemplava o reino messinico, quan do a nova redeno que le ardentemente esperava se ria celebrada com o nvo cntico de louvor e gratido ao Senhor (Cp. 42:10; A poc. 5 :9 ). Graas te dou. Os versos 1 a 3 descrevem a grati do do povo depois de um perodo de sofrimento por causa dos seus pecados, e da infidelidade para com o seu D eus. A ira de Deus aqui representa a opera** T
o da justia divina na vida de Israel. ste o nico lugar onde se encontra esta palavra nas profecias. Mas aqui, com o sempre o caso, a consolao toma o lugar da ira divina na condio de arrependimento. De fato, a ira do Senhor simplesmente uma manifestao da sua justia. Para uma nao, ou para uma pessoa, re dimida pela graa divina, a sua gratido e o seu louvOr ao Senhor o reconhecimento, embora imperfeito, do am or imutvel do seu Salvador.
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Eis que Deus a minha salvao. Deus o autor, a fonte, o poder da minha salvao. A salvao do povo no foi devida interveno de sacerdotes, nem ao sa crifcio de animais no altar do Senhor, nem a qualquer poder humano ou anglico, mas somente ao dom do am or de Deus (Os. 6:1-3; J 5 :1 8 ). No temerei. Esta palavra"inS significa ter mdo, trem er. Sendo' Deus a
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fra do seu povo, ste no ter m do do poder dos ini migos no m undo. outra palavra que indica o temor ou a reverncia para com Deus. O Senhor Deus a traduo de Jav Jav, n i!T /T ,
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Jav o trmo potico que significa o Senhor, e geralmen te no se encontra com Jav em outros lugares. Alguns pensam que se usam as duas palavras aqui e em 26:4 para dar nfase ao fato de que Jav o nico Deus. Expressam-se aqui uma alegria genuna e uma gra tido profunda pela misericrdia de Deus na disciplina e na redeno do seu povo escolhido. O Senhor no ti nha rejeitado o seu povo, mas, na sua bondade, le o preservou e lhe revelou o seu eterno propsito, com o o seu Salvador.
3. E vs com alegria tirarei* guas da* fonte* da salvafSo.
4. D ireis naquele dia : Dai graas ao Senhor, invocai o seu noirve; to rn a i eonhecidos os seu* feito* entre o* povo*, proclam ai que excelso o seu nome. 5. C anta i louvores ao Senhor, porque obrou glorio*am *nt*; saiba-se isto em tda a terra. 6. E x u lta canta com alegria, 6 habitante de 8io, porque grande o S anto de Israel no m*io de tl.
O verso 3 contm uma promessa que liga os dois cnticos da poesia. Nos versos 3 a 6 o povo canta com
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alegria, tirando guas das fontes da salvao. A lingua gem figurada, mas o sentido claro. preciosa qual quer fonte de gua boa na Palestina, e nas Escrituras o emblema daquilo que sustenta, refresca e produz ale gria no esprito do hom em sequioso e cansado. Assim, o povo vai se regozijando com as fontes da graa reden tora que o Senhor, na sua misericrdia, lhe oferece. Dai graas ao Senhor. ste um hino de profun da gratido a Deus, pelas suas grandes obras, e de lou vor ao seu excelso nom e. A palavra invocai usa-se aqui no sentido de pedir o auxlio de Deus na proclamao da sua grandeza. Delitzsch e outros traduzem a pala vra por proclam ai. Fazei conhecidas as obras de Deus entre os povos, todos os grandes eventos histricos efe tuados ou conseguidos com o resultado da sua providn cia ativa na vida do povo da sua escolha. Cantai ao Senhor (Cp. x. 15:21), louvai o seu nome porque le operou gloriosamente, no somente na histria do seu povo, mas tambm nos eventos histri cos das outras naes do m undo. le o Governador de tda a histria humana, e o poeta pede que tudo isto seja proclamado em tda a terra. Exulta e canta em voz alta ' S 'H ou celebrai com jbilo, habitante de Sio (Cp. Lev. 9:24; J 38:7; Sal. 33:1; 51:15). Grande o Santo de Israel no meio de ti. ste um hino triunfante de redeno, e expressa apropriadamente a gratido e o louvor de todos os re midos do Senhor. V . O Julgamento de Reinos e de Povos, 13:1-23:18 Encontra-se nestes captulos uma srie de profe cias contra vrias naes: Babilnia, Filstia, Moabe,
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Damasco, Etipia e o Egito. H tambm algumas bre ves passagens sbre outros assuntos. 0 ttulo usado em 13:1, com o nom e de Isaas, indica que esta seo fo i a primeira parte de uma coleo de passagens que vieram principalmente da mo de Isaas. Em Jeremias 46-51, e Ezequiel 25-32, h tambm profecias contra naes cuja histria se relacionava com as vicissitudes do povo de Israel. A . O Destino da Babilnia, 13:1-22 Na ltima parte do seu ministrio proftico, Isaas ficou perturbado com a embaixada que o rei da Babi lnia enviou ao rei Ezequias, com presentes e protestos de amizade, II Reis 20:12-1,9; Is. 39:1-8. 0 profeta tiiiha demonstrado a sua superioridade com o estadista nas suas relaes com os reis Acaz e Ezequias, e tinha observado o crescimento rpido da provncia da Babilnia, no pe rodo do declnio do Imprio Assrio. Dizem alguns co mentaristas modernos que Isaas no escreveu, nem po dia ter escrito qualquer parte dsse captulo 13. e afir mam dogmticamente que esta profecia se originou no perodo do cativeiro, depois de 586 a. C. Mas, lendo com cuidado o captulo, no se nota quaisquer indicaes cer tas do ambiente histrico do perodo do cativeiro nos versos 2 a 16. Tambm no h nada no estilo literrio, nem no ambiente histrico que negue a autoria isainica dos ver sos 2-16 dste captulo. Se o prim eiro verso propria mente reconhecido com a introduo dsse conjunto de profecias, e no meramente dsse captulo, no h qual quer referncia nos versos 2-16 a Babilnia. Nos versos 5 11 O julgamento divino alcanar tda a terra (Cp. 1 8 :3 ). O profeta descreve, em trmos pitorescos, o jul gamento terrvel que cair sbre as naes da terra no grande dia do Senhor que est perto.
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A descrio das convulses da natureza aparece fre qentemente, mais tarde, em vrias profecias, mas claro de Am s 8:9 que ste caracterstico de julgamen to divino era bem conhecido no tempo de Isaas. No h qualquer argumento definitivo nos versos 2 a 16 para provar que o profeta Isaas no escreveu esta profecia.
1. O orculo concernente a Babilnia, que v iu Amoz. 2. Alai um sinal sbre o monte escalvado, levantai a voz para les; acenai-lhes com a mo, para que entrem pelas portas dos nobres, 3. E u mesmo dei ordens aos meus consagrados, chamei os meus valentes para executarem a m in ha irai os meus exultantes orgulhosos. Isaas, filho de
ste capitulo 13 o princpio de uma nova diviso do livro de Isaas. Apresenta-se nos primeiros doze ca ptulos uma srie de profecias concernentes aos judeus, o povo escolhido. Esta segunda diviso consta de pro fecias sbre naes que se relacionavam com a histria e as vicissitudes do povo de Israel. Alguns pensam que o ttulo original no citava a Babilnia, e que Isaas era mencionado com o o autor desta coleo de profecias. Esta palavra
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tena, declarao, orculo, profecia (Cp. II Crn. 17:11; Is. 19:1; 21:11, 13; 22:1; 23:1; 30:6; Jer. 23:33, 34, 38; Neem. 1:1; Zac. 1:1; 12:1; Mal. 1 :1 ). Em tdas estas passagens o lrm o expressa pensamentos ou sentimentos solenes com referncia ira ou calamidade que entris tece o espirito do escritor. O orculo concernente a Ba bilnia a chamada dos valentes do Senhor para exe cutarem a sua ira contra esta nao.
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Esta uma linda poesia, no estilo literrio de destre za e poder, com figuras e trmos cintilantes e caracte rsticos do profeta. Alai um sinal, uma insgnia ou ban deira, em lugar bem visvel, no monte escalvado. Levan tai a voz para les; acenai-lhes com a m o. Assim, o Senhor Jav faz a chamada s suas hostes para se reu nirem e estarem preparadas para os grandes eventos iminentes. Chama os seus consagrados, os seus valen tes, os que exultam com a majestade divina. A guerra contra os inimigos do Senhor, e ser dirigida com de dicao religiosa pelos consagrados ou separados para esta misso (Cp. I Sam. 13:9; .Ter. 22:7; 51:28; Joel 3 :9 ). Os meus exultantes orgulhosos. les ficam encan tados com a vitria e se regozijam no seu orgulho (Cp. S of. 3 :1 1 ). A palavra , exultante ou jubilante usada freqentemente 32:13). por Isaas (22:2; 23:7; 24:8;
4. Eis um tu m u lt o nas montanhas como o de muito povol Eis o cla m or de reinos, de naes congregadas! O S enhor dos Exrcito s passa em revista as tropas da guerra. 5. V m de uma te rra distante, desde a extremidade dos cus, o Sen hor e os instrumentos da sua indignao, para destruir tda a terra. 6. U iv a i, pois est perto o dia do Senhor; vem do Todo-p ode roso como assolao! 7. Pelo que tdas as mos se to rnar o frouxas, o corao de todos os homens se derreter, 8. e ficaro assombrados. Ap o dera r-s e - o dles dores e ais, e se angustiaro como a m u lh er parturiente. Olh ar o atnitos uns para os outros; os seus rostos se tornaro rostos flamejante*.
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Os versos 4 a 5 descrevem grficamente o ajunta mento dos povos para a guerra. Ouve-se de longe o es trondo das tropas que se congregam para a batalha. Esta grande multido vem de longe, desde a extremida de dos cus, e se ajunta ao redor do estandarte alado no m onte. As hostes do Senhor se com pem de reinos e naes congregadas. o Senhor quem pe em ordem militar estas tropas que ardentemente desejam entrar no conflito para destruir tda a terra. o dia do Se nhor. A terceira estrofe, 6 a 8, descreve o desnimo e a angstia, a dor e o terror da destruio. Esta grande as solao dos inquos vem da m o do Todo-poderoso, Vlt$I. Tdas as mos se tornaro frouxas. Ficaro aterrorizados, sem coragem, sem esperana, e sem qual quer fra de resistir ao poder das tropas do Senhor. O corao de todos os homens se derreter, e assim no tero a fra de vontade para reagir. Abatidos e angus tiados, les sofrero as dores terrveis da mulher par turiente. Na ansiedade e misria, les olharo, em desespro, uns para os outros. Rostos plidos normalmen te indicam m do e apreenso, mas aqui os rostos flam e jantes indicam a vergonha e a desonra. Do ponto de vista da Bblia, Deus o guia da his tria humana, e, neste sentido, o autor da guerra, mas o hom em sempre responsvel pela iniqidade que, na sua livre vontade, pratica contra a justia divina.
9. E is que o dia do S enhor vem, cruel, com ira e ardente furor, para pr a te rra em assolao, e dela destruir os seus pecadores. 10. Porque as estrias dos cus e as suas constelaes no daro a sua luz; o sol logo ao nascer se escurecer, e a lua no far resplandecer a sua luz.
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11. Castigarei o m u n d o por c a u s a d a su a maid a d e , e os perversos por c a u s a d a sua. iniqidade; farei cessar a arrogncia dos atrevidos, e abaterei a s o b e r b a dos tiranos. 12. Farei q u e os h o m e n s s e j a m m a i s escassos d o q u e o o u r o puro, m a i s raros do q u e o ouro de Ofir.
Esta estrofe, 9 a 12, descreve a desolao da terra, e o castigo do orgulho e da iniqidade dos homens no dia do Senhor. ste versculo indica que o profeta no est falando, se no indiretamente da Babilnia, neste cap tulo. O dia de Jav vem com o dia amargamente cruel. profeta est falando claramente de uma calamidade na histria das naes. Alguns intrpretes insistem em que o profeta Isaas no podia ter escrito ste captulo, por que se refere ao cativeiro babilnico. O teor do captulo, e especialmente a frase o dia do Senhor, no concorda com essa interpretao. P or isso, querem eliminar, sem justificao, a palavra Dl*1, o dia de, e ler: o Senhor vem, cruel, com fu ror e ira ardente. Mas a palavra cer tamente no significa, ou no quer dizer que Deus cruel. o dia de o Senhor, o dia da justia de Deus que sempre cruel para os criminosos e os rebeldes contra a justia divina. verdade que o furor ardente e a ira expressam indignao intensa que devastar a terra, e destruir os seus pecadores. O verso 10 fala das convulses das fras da natu reza fsica. Se no se deve interpretar literalmente ste verso, no se pode negar o fato de que o profeta repre senta o envolvimento das fras da natureza fsica no julgamento dos podres do mal (Cp. Is. 34:4; Ez. 32:7, 8; Joel 2:10; 3:15, 16; A m . 8:9; A poc. 6:12-14). Tda a criao uma obra coordenada, e as atividades e os trabalhos do Senhor na terra relacionam-se, ou fi cam em perfeita harmonia, com o universo de Deus. A palavra constelaes talvez se refira ao rio n .
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0 Senhor castigar a arrogncia, a perversidade das naes e humilhar a soberba dos violentos e tiranos cruis. No se pode determinar o local de Ofir.
13. Portanto, farei e s t r emecer os cus; e a terra ser s acu d i d a do seu lugar, P o r c a u s a d a ira d o S e n h o r dos Exrcitos, e o dia do seu ardente furor. 14. E c o m o gazela q u e perseguida, o u o r e b a n h o q u e n i n g u m recolhe; c a d a u m voltar p a ra o seu povo, e c a d a u m fugir para a su a terra. 15. Q u e m fr a c h a d o ser traspassado; e q u e m fr a p a n h a d o cair espada. 16. E s u a s crianas sero d e s p e d a a d a s perante os seus olhos; as s u a s casas sero saqueadas, e s u a s m u l h e r e s violadas.
stes versos descrevem as conseqncias terrveis da ira divina no dia do Senhor. Deus far estremecer os cus e sacudir a terra do seu lugar. Esta lingua gem no simplesmente figurada, e nem absolutamente literal. linguagem potica e poderosa, caracterstica do profeta Isaas, na exposio da ira do Senhor dos Exrcitos contra as fras do mal que lutam contra a operao da justia divina no universo. Tais represen taes do dia do Senhor apresentam-se freqentemente nas Escrituras, e se aplicam no somente a Israel e Jud, mas a todos os povos do mundo (Is. 18:3; 30-32; A m . 8:9; S of. 1:14-18; Hab. 3:6, 1 0 ). stes versculos des crevem, em linguagem sublime, os efeitos da ira de Deus na vida de povos e naes. A prpria terra ficar espan tada com a manifestao da ira do Senhor, e os povos aterrorizados fugiro para a sua terra. A linguagem potica no sempre lgica. claro, pois, que alguns dos pais viram as suas crianas despe-
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daadas, as suas casas saqueadas e as suas mulheres violadas perante os seus olhos, antes de serem traspas sados, e antes de carem espada. Quem fr achado, >ser traspassado, e quem f r apanhado, nSD3n cair espada. Os injustos no podem fugir ou evitar o seu terrvel destino. No aceitam qualquer sen tido de responsabilidade pela runa (Naurn. 28), e sem qualquer sentimento' de simpatia para com os sofrim en tos de outros, les fogem com o gazela perseguida. No obstante o primeiro versculo, esta seo 2 a 16 no trata especificamente, nem particularmente, da Ba bilnia, mas trata dos resul lados gerais do dia do Senhor. Portanto, no h qualquer argumento definitivo para negar que stes versculos fssem escritos pelo profeta Isaas.
17. Eis q u e estou d e s p e r t a n d o contra les os m e d o s , q u e n o f a z e m caso de prata, n e m t a m p o u c o d e s e j a m ouro. 18. O s seus arcos m a t a r o os jovens; n o se c o m p a d e c e r o do fruto do ventre; os seus olhos n o t m c o m p a i x o da s crianas. 19. E Babilnia, glria dos reinos, esplendor e orgulho dos caldeus, ser c o m o S o d o m a e G o m o r r a , q u a n d o D e u s as transtornou. 20. N u n c a e j a m a i s ser habitada, n i n g u m m o r a r nela de gerao e m gerao; o ra b e n o a r m a r ali a s u a tenda, n e m t a m p o u c o os pastores faro ali deitar os seus rebanhos. 21. P o r m ali r e p o u s a r o as feras do deserto, e as s u a s casas se e n c h e r o de a n i m a i s uivantes; ali habitaro as avestruzes, e os stiros pularo ali.
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22. U i v a r o Hienas nos seus castelos, e chacais nos seus palcios de prazer; est prestes a c h e g a r o seu t e m p o , e os seus dias n o se prolongaro.
Os versos 17 a 22 falam especificamente da destrui* o da Babilnia. Quase todos os estudantes modernos da profecia tm certeza de que os profetas do Yelho Testamento proferiram, ou apresentaram, as suas men sagens profticas diretamente aos seus contemporneos. De acrdo com este critrio, a mensagem dos versos 17 a 22 foi dirigida aos judeus no cativeiro babilnio, entre 586 e 539, por um mensageiro do Senhor daquela po ca, influenciado notavelmente pelo grande profeta Isaas. Embora os profetas falassem diretamente ao povo do seu tempo, as verdades eternas das suas profecias tinham vaJor no somente para os seus contemporneos, mas tam bm para tdas as geraes do futuro. O reconhecimento de que algumas passagens no livro de Isaas no foram escritas por le, certamente no sig nifica que tais mensagens no tenham valor. Em verdade tdas as profecias ficam mais claras e tm mais valor quando so reconhecidas as circunstncias histricas do mensageiro e da sua mensagem. Esta seo, 17 a 22, conta a histria da destruio da Babilnia pelos m edos. ste povo ficou sujeito, por mui tos anos, ao Imprio Assrio. Os medos, Hf , eram alia~ T
dos dos caldeus, ou neo-babilnios, at o fim do reino de Nabucodonosor, em 561. les revoltaram-se contra a Assria, e ganharam a sua independncia na batalha de Assur, em 614. Sob a direo militar de Cixares, cap turaram a grande cidade de Nnive, a cidade capital, e o orgulho dos assrios, no ano de 612. Os medos domina ram a pequena nao persa at 549, quando Ciro, o Gran-
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de, se estabeleceu com o imperador dos m edos e persas. Ciro, um dos grandes estadistas da antigidade, subjugou o Imprio Babilnio em 539, e permitiu que os judeus ca tivos voltassem da Babilnia para a sua terra (Cp. Esd. 1:1-2:70). Eis que estou despertando contra ,les os m edos. No so mencionados aqui os persas. Foram os medos, em cooperao com os persas, que puseram fim ao Imprio Babilnio. Os persas so mencionados pela primeira vez nas profecias de Ezequiel e Daniel. provvel que o trmo madai seja usado aqui no sentido de povo ira niano . A declarao de que os medos no fazem caso de prata e ouro provvelmente indica que foram animados por motivos mais altos do que o amor aos despojos de guerra. fato, estabelecido pela Histria, que o nobre estadista Ciro foi um hom em humanitrio, que se dirigia pelo esprito da justia. O texto do v. 18 de difcil interpretao, e talvez no represente exatamente a linguagem original, mas a primeira declarao, Os seus arcos mataro os jovens, clara, e menciona as armas antigas de guerra. O fruto do ventre paralelo a crianas. O tratamento cruel das crianas (II Reis 8:12; 15:16) representa o esprito desu mano de vingana, especialmente no tempo da guerra. Babilnia, glria dos reinos, esplendor dos caldeus. H vrias declaraes na Bblia sbre a grandeza da Ba bilnia, a capital e o ornamento de muitas naes: a grande Babilnia (Dan. 4 :3 0 ); senhora de reinos (Is. 4 7 :5 ); rico de tesouros (Jer. 5 1 :1 3 ); a glria de tda a terra (Jer. 51:41) . Como a capital do imprio poderoso, a cidade da Babilnia era o ornamento e a glria dos cal deus, a cidade mais fam osa do mundo antigo. Mas com tda a sua grandeza e esplendor, a cidade ser completa
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mente destruda com o foram aniquiladas Sodoma e Gom orra. estudo interessante ste da histria da destrui o da Babilnia, que no concorda com os fatos, nos por menores, mas descreve maravilhosamente os resultados da destruio. A Crnica de Nabonido e o Cilindro de Ciro concordam com a histria da entrada do conquista dor na Babilnia, sem batalha ou conflito (Ver Arqueo logia Bblica do autor, p. 282 e s e g . ) . Ciro tom ou a Babilnia de surpresa, preservou a sua magnificncia, e legou a cidade, com o seu esplendor e poder, ao seu sucessor Dario. Depois da m orte de Ciro, a Babilnia revoltou-se contra o governo de Dario, desa fiando o poder do Imprio Persa. O historiador Herdoto, 111:153-160, conta em linguagem grfica a histria da revolta, e a conquista da cidade pelo exrcito da Prsia. Dario destruiu os grandes muros da cidade, e segundo Herdoto, crucificou 3.000 dos mais nobies dos habitan tes. Xerxes, o sucessor de Dario, destruiu os templos da cidade. A Babilnia fo i capturada pela terceira vez por Alexandre, o Grande. Por outras conquistas subseqen tes, e vrias influncias prejudiciais, a cidade ia se decli nando gradualmente at que se tornou um deserto, sem habitantes, e onde repousavam apenas as feras, justamente de acrdo com as descries nos versculos 19 a 22. Nunca e jam ais ser habitada. Por muitos sculos o lugar permaneceu com o um monto de runas para a es cavao e o estudo de arquelogos. Segundo os versculos 20 a 22 a Babilnia ser uma desolao perptua depois da sua destruio. O rabe no armar ali a sua tenda. A palavra rabe significava originalmente um habitante do deserto, mas adquiriu finalmente o sentido de um nom e prprio (Ver Jer. 25:24; II Crn. 9 :1 4 ). Os pastores no entraro no lugar, e nem deixaro os seus rebanhos re pousarem ali.
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H vrias palavras de difcil interpretao nestes ver sculos. As feras E P ^ do deserto. Esta palavra, da raiz , secura, aridez, significa feras que vivem em lugares secos e desoladts (Cp. 23:18; 34:14; Jer. 50:39). Ani mais uvantes ou horrveis, D TI' K A palavra significa um animal que solta gritos agudos, mas o sentido exato da palavra incerto. Os stiros Q''P}?? pularo. O s tiro geralmente representado com o semideus, hom em com ps e pernas de b o d e . A palavra , uivadores, talvez signifique aqui hienas. A palavra traduzida por ilha ou terras do mar em 11:11; 41:1. O trmo O ^ri traduzido por chacais em J 30:29; Sal. 44:19; Miq. 1:8; Mal. 1:3. Chacais uivaro nos seus palcios. Mas usa do tambm para designar um grande peixe, um monstro marinho, drago, serpente (Gn. 1:21; J 7:12; Ez. 32:2; Deut. 32:33; Neem. 2 :1 3 ). Assim, stes versculos apresentam uma descrio grfica das runas da cidade mais resplandecente da anti gidade . B. Queda do Tirano das Naes, 14:1-23 Levanta-se logo no princpio da discusso dste as sunto a questo do autor. Muitos estudantes modernos reconhecem, sem dificuldade, o estilo do grande poeta Isaas no hino fnebre dos versos 4b a 21. Segundo esta opinio, a introduo, versos 1 a 4a, foi escrita no perodo do cativeiro, muitos anos depois da prpria elegia. Fora da introduo, com a meno de Babilnia, no h nada na poesia que justifique a negao da autoria isainica
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desta magnfica obra literria, uma das poesias mais no tveis do Velho Testamento. provvel que Isaas tenha escrito a elegia para celebrar a morte de Senaqueribe, e que o redator, no perodo do cativeiro, escreveu a intro duo, e atribuiu o hino fnebre a um dos reis da Babil nia, talvez N abucodonosor. Mas no h prova definitiva desta opinio. Alguns pensam que o autor personificou o Imprio Babilnico, mas os pormenores da poesia, especialmente nos versos 12 a 15, indicam claramente que o autor est falando da m orte de uma pessoa. A poesia denominada um mashal
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lavra se usa no sentido de comparao, parbola, provr bio ou motete. Esta poesia elegia irnica, com o tom de sarcasmo zom bador, tipo de literatura mais usada no perodo do cativeiro. O profeta fala da queda do dspota com o se j houvesse acontecido. Os elementos mitolgi cos na elegia so caractersticos da poesia hebraica na ex posio das verdades essenciais que o hom em precisa en frentar na vida e na m orte. H trs divises da poesia. A primeira, 4b a 8, cele bra com ironia o fim do opressor. Descreve o alvio e a alegria universal do povo com o trmino do reino de ter ror. At as rvores se regozijam juntamente com tda a terra. Na segunda estrofe, 9 a 11, descreve-se a grande humilhao do poderoso dspota na m orte. Os reis em Sheol mal se despertam das sombras da m orte para rece ber o tirano humilhado com o qualquer outra pessoa. Nos versos 12 a 15 o povo escarnece do arrogante opressor que se julgava capaz de elevar-se ao lugar do Altssimo. Nos versos 16 a 19 os observadores na terra meditam sbrc o hom em que tinha dominado o mundo, e fo i humilhantemente desonrado na m orte. Os versos 20 e 21 falam do
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dio, da maldade e do esprito de vingana do povo que o tirano havia oprim ido com tanta crueldade. Israel no tinha o prestgio militar e poltico das na es poderosas, mas os profetas e o restante fiel do seu povo sempre confiavam na revelao da justia divina, e assim sobreviveram s calamidades e as vicissitudes da Histria. Mas as naes poderosas e arrogantes, com a ambio de subjugar os povos fracos, e dominar o m un do com a sua fra militar, levantam-se e caem, deixan do s geraes subseqentes a vergonhosa histria da sua desgraa. Assim o Imprio Babilnico fo i aniquilado pela mesma crueldade que le mesmo tinha praticado. A re volta contra a vontade do Senhor, no seu eterno prop sito de estabelecer o reino da justia entre os homens, resulta finalmente no fracasso e no sofrim ento.
1. Pois o S e n h o r se c o m p a d e c e r de Jac, e ainda eleger a Israel e os p o r n a s u a prpria terra; e ajuntar-se-o c o m les os estrangeiros, e stes se a c h e g a r o a casa de Jac> 2. E os p o v o s os t o m a r o e os levaro aos lugares dles, e a casa de Israel os possuir por servos e por servas, n a terra do S e nhor; cativaro aqules q u e os cativaram, e d o m i n a r o os seus opressores. 3. N o dia e m q u e o S e n h o r te der desc a n s o do teu trabalho, da t ua angstia e d a d u r a servido c o m q u e te fizeram servir, 4a. en t o p ro ferir s ste m o t e j o contra o rei d a Babilnia;
Nestes versos 1 a 4a o Senhor promete libertar o seu povo do poder do opressor, e traz-lo de nvo para a sua prpria terra. Com o julgamento divino da Babilnia, o povo de Israel ser liberto do cativeiro, escolhido de nvo com o nao sacerdotal (x. 19:6) e restaurado na sua ptria para cumprir o propsito divino na sua escolha. E ajuntar-se-o com les os estrangeiros. A destrui o do Tem plo e a disperso dos judeus foram reconheci das e aceitas com o o castigo divino da infidelidade de Is
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rael. Na misteriosa providncia do Senhor, a revelao divina ao povo de Israel, por intermdio dos profetas, chegou a ser conhecida por vrias naes do mundo, e os estrangeiros finalmente comecaram a unir-se com a casa de Jac (Is. 56:3-7; Zac. 2 : l , 8:21-23). A declarao de que a casa de Israel h de possuir os povos por servos e por servas, e cativar aqueles que os cativaram, expressa o esprito fervoroso de nacionalismo, e certamente no ser literalmente cumprida. As frases descanso do teu trabalho e da dura servido indicam que o escritor est pensando na semelhana do sofrim ento de Israel no cativeiro, e na escravido no Egito ( x . 1:14) .
4b. C o m o cessou o opressor, c o m o a c a b o u a fria insolente! 5. Q u e b r o u o S e n h o r a v a r a do s perversos, e o cetro d os d o m i n adores, 6. aquie com e com com 7. A q u e feria os p o v o s c o m furor, g o lp es incessantes, ira d o m i n a v a as naes, perseguio irresistvel.
A irnica elegia com ea com a segunda parte do ver sculo 4: Com o cessou opressor, com o acabou a fria in solente. Estas palavras representam um grande suspiro de alvio. A palavra jjjf 3 significa em x. 3:7 exator ou chefe cruel dos escravos. A Babilnia tinha oprim ido cruelmente as suas provncias, exigindo delas pesados tri butos. A palavra rD T ltt, cidade dourada, segundo
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Almeida, no se encontra em qualquer ou Iro lugar 110 Velho Testamento. 0 trmorDiTlEi, fria insolente, em
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vrios manuscritos cabe melhor no contexto, e mais pro vavelmente representa o texto original. O prprio Senhor Jave quebrou o cetro, o smbolo do poder da Assria ou da Babilnia, e terminou o seu dom nio arrogante. Tom ando o lugar do Imprio da As sria, a Babilnia dominava muitas naes e povos com o seu poder militar, e se julgava invencvel. As naes e os povos, sujeitos aos golpes incessantes, e perseguio im placvel do tirano, finalmente viram-se livres da opres so, e exultaram com jbilo. Desde os tempos antigos, os povos e as naes vm lutando contra os ditadores e tira nos para ganhar a sua liberdade. difcil extinguir do esprito humano o sentido da dignidade, e o amor de es tar livre da opresso. At os ciprestes e cedros da flores ta se regozijavam com os habitantes pela queda da Ba bilnia que havia cortado as rvores para a construo dos seus palcios e dos seus implementos de guerra.
9. Sheol d e s d e o p r o f u n d o se t u r b o u por ti, p a r a te e n contrar n a tua vinda, le desperta por ti as somb r a s , todos os prncipes d a terra, e faz levantar d os seus tronos a todos os reis d a s naes. 10. T o d o s stes r e s p o n d e r o e te diro: T u t a m b m adoeceste c o m o ns! E s s e m e l h a n t e a ns! 11. D e r r i b a d a est at Sheol a tu a soberba, t a m b m o s o m d a s tuas harpas; por baixo de ti u m a c a m a d e gusanos, e os v e r m e s so a tua coberta.
stes versculos contam com o fo i recebido o ti rano m orto em Sheol. A palavra Sheol, no
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lem o sentido que geralmente associamos com a palavra inferno, segundo A poc. 20:10, e O Inferno de Dante. A palavra geralmente significa uma grande regio subterrnea que a habitao dos m ortos (J 3: 13-19; Sal. 115:17). lugar de profundas trevas, e os habitantes so apenas sombras, da vida. Fi T :
cam entorpecidos, silenciosos, no lugar de esquecimento (Sal. 88:12), onde perecem os sentimentos de amor, dio e inveja (E cl. 9 :5 ). A palavra usada no sentido figu rado em Deut. 32:22; Is. 7:11; Jon. 2:2, 3; A m . 9:2-4. As referncias geralmente indicam que no h distines na condio dos habitantes do lugar. Mas Is. 24:21 e 22; Ez. 32:23 indicam uma diferena entre as condies dos justos e os injustos em Sheol. Mas convm notar, nesta conexo, o desenvolvimento dos ensinos do Velho Testa mento sbre a vida futura dos justos; Salmos 16, 17, 49, e 73 e J 19:25-27. H um contraste notvel entre essa estrofe e a pri meira. O tirano que tinha oprim ido as naes fracas do mundo, e, no seu orgulho e pompa, tinha causado tanto sofrimento, desperta muito excitamento quando chega a Sheol. Sheol desperta as sombras dos prncipes e dos reis das naes dos seus tronos para receber a sombra do mais poderoso rei da terra. Dizem sarcsticamente: Tu tambm adoeceste e ficaste to fraco com o ns! A po dreceu tda a tua grandeza e tda a tua m agnificncia! Derribada est a tua soberba. J terminou a tua vida de suntuosidade. A tua cama agora de gusanos, e os ver mes so a tua coberta.
12. C o m o Como caiste d o cu, fste lanado por terra, estria d a m a n h , filho d a alval tu q u e debilitavas as naes!
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dizias n o teu corao: E u subirei a o cu; a c i m a das estrias de D e u s estabelecerei o m e u trono; e no m o n t e d a c o n g r e g a o m e assentarei, n a s e x t r e m i d a d e s do norte.
14. Subirei a c i m a d a s m a i s altas nuvens, e serei s e m e l h a n t e ao Altssimo. 15. C o n t u d o , sers precipitado p a r a Sheol, ao m a i s p r o f u n d o abismo.
Esta terceira estrofe da elegia irnica descreve a queda vergonhosa do am bicioso m onarca. Com o caiste do cu, estrla da manh, filho da alva. Esta com para o um exemplo da arte literria do p rofeta. A palavra no nom e prprio. Deriva-se do verbo "?/!!, bri lhar (Is. 13:10; J 29:3; 3 1:2 6). O trmo significa a es tria da manh que muito brilhante no Oriente P rxi m o . Mas a estrla resplandecente perde o seu brilho perante a alvorada, mas no cai do cu. O poeta com pa ra o esplendor m agnfico do rei da Babilnia com o bri lho da estrla da manh. Mas a descrio do poeta corre paralela com o mito cananeu. Segundo ste mito, Helal, filho de Shahar, , rebelou-se contra o Altssimo, e foi
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lanado no fundo de Sheol (Cp. Ez. 28:1-10). O opressor tirnico no consegue o lugar nas alturas que ambiciona, mas cai na profundeza do mundo sub terrneo. A histria proclam a que no h nada na ex perincia humana que corrom pa o hom em com o o poder sbre o seu semelhante. Tu dizias no teu corao: Eu subirei ao cu. Esta expresso grosseira, da parte do rei am bicioso, de estabelecer-se com o autoridade suprema, e que todos os seus sditos tinham que homenage-lo com o o poder absoluto, nos lembra de com o Nero e Domiciano, mais tarde, procuraram obrigar os cristos a lhes ce
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der o lugar que o Senhor Jesus Cristo ocupava nos seus cultos. No monte da congregao, isto , no monte da as semblia dos deuses, me assentarei. monte dos deuses, Zaom , ficava nas extremidades d norte. (Cp. o santo m onte de Deus , Ez. 28:14). Assentar-me-ei significa serei entronizado, Sal. ,29:10. Assim, o rei ambicioso espera es tabelecer o seu trono nas alturas, e presidir a assemblia dos deuses (Cp. J 1:6-9; Sal. 82). Subirei acima das mais altas nuvens, e serei seme lhante ao Altssimo. Esta declarao o resumo dos sen timentos ambiciosos do rei, e a expresso das suas lti mas pretenses. H uma semelhana notvel entre os pensamentos dste monarca arrogante e os do anticristo que toma o seu lugar no santurio, e se ostenta com o se fsse o prprio Deus, II Tess. 2:4. O autor do Apoca lipse representa figuradamente a Babilnia com o a sede de arrogncia, orgulho e opresso. Com tda a sua pom pa e glria, o mais poderoso dos imperadores ser preci pitado para Sheol, ao mais profundo abism o.
16. O s q u e te v i r e m te contemplaro, fitar-te-o os olhos, dizendo: ste o h o m e m q u e fazia estremecer a terra, e q u e fazia sacudir reinos? 17. Q u e p u n h a o m u n d o c o m o deserto, e assolava as s u as cidades? q u e os seus cativos n o d e ixava ir p a r a s u a s casas? 18. T o d o s os reis d a s naes, sim, todos les j a z e m c o m c a d a u m n o seu tmulo. honra,
19. M a s tu s lanado fora d a tu a sepultura, c o m o r e n v o a b ominvel, vestido de m o r t o s traspassados espada, q u e d e s c e m s p edras d a cova, c o m o cor p o m o r t o pisado aos ps.
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Nesta quarta estrofe, 16 a 19, o profeta explica com o o mais arrogante conquistador de naes fo i vergonho samente desonrado na m orte. Os que te virem depois da tua morte ficaro pasmados que ste homem, que tinha o poder de fazer estremecer a terra, sacudir reinos, fazer do mundo habitvel, , um deserto, CUZl, , assolar
. . . . T !
cidades e escravizar os seus cativos, pudesse ficar to desonrado na m orte. O espetculo do corpo m orto dste conquistador de naes leva os observadores a se mara vilharem, a ficarem de bca aberta, e a meditarem com o os orgulhosos reis da terra so precipitados nas sombras da m orte. Todos os reis das naes jazem com honra. Todos os reis que o arrogante imperador tinha subjugado ja zem honrados nas suas prprias sepulturas, enquanto o tirano insepulto, abominvel carcaa, jaz no cho, cober to de m ortos traspassados espada. A frase que descem s pedras da cova no est ciara. Aparentemente, significa neste contexto o m odo de co brir com pedras os cadveres que se achavam expostos no cho (Cp. II Sam. 18:17). Alguns sugerem que a frase, ligeiramente m odificada, seja transferida ao prin cpio do verso 20, para se ler: Aqueles que so enterrados em covas de pedra, com les no te reunirs na sepultura. De acrdo com esta mudana a frase significa emtrro honroso, e pedras de cova tem o sentido de tmulos construdos de pedras. Mas a mudana no satisfaz, ou no esclarece o sentido dos versos 19 e 20.
20. C o m les n o te reunirs n a sepultura, p o r q u e destruiste a t u a terra, m a t a s t e o teu povo. N o seja m e n c i o n a d a p a r a s e m p r e a d e s c e n d n c i a do s malignos.
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Com o corpo m orto pisado aos ps. O cadver do rei malvado no ser sepultado, mas ficar exposto com o o corpo de qualquer animal, e ser pisado aos ps. Com les no te reunirs na sepultura. O orgulhoso conquis tador de naes ocupava a posio de glria na terra, enquanto as naes conquistadas eram subjugadas com humilhao ao seu poder. Mas no ter o privilgio de unir-se com os reis que le tinha oprimido, porque stes jazem com honra, cada um no seu tm ulo. Esta primeira parte do verso 20 termina a discusso sbre a desonra fi nal do opressor cruel. Os versculos 20b e 21 expressam o desejo de que ne nhum descendente do tirano malvado sobrevivesse para seguir a carreira dle. No seja mencionada para sem pre a descendncia dos malignos; que os filhos dos ma lignos, nunca tenham nomes honrados. O singular m a ligno de alguns manuscritos cabe melhor no contexto do que o plural. Preparai a matana, o lugar de matan a, para os filhos, para que nenhum dles perpetue as iniqidades do pai. A natureza pecaminosa do pai ge ralmente transmitida aos filhos que continuam a prtica da iniqidade (Cp. x. 2 0 :5 ). Para que no se levan tem e possuam a terra, e encham o mundo de cidades. A Septuaginta traduz a palavra guerras, e encham o mundo de guerras. Mas as cidades que os inquos vies sem a fundar seriam cheias de arrogncia, orgulho c maldade.
22. L e v a n t a r - m e - e i c o n tra les, diz J a v dos Exrcitos; e cortarei d e Babilnia n o m e e restante, d e scendente e posteridade, diz o Senhor.
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varr-la-ei c o m Exrcitos.
a vassoura
da
Esta concluso da poesia est escrita em prosa. Al guns pensam que fo i acrescentada elegia do profeta Isaas, por algum redator, algum tempo depois do cati veiro, a fim de aplicar o hino fnebre ao rei da Babil nia. A concluso tem a form a de orculo, proferido ao escritor pelo Senhor dos Exrcitos. 0 Senhor se levan ta contra os descendentes do rei da Babilnia para exter n-los completamente, nome e restante, 0& *
d escen d en te e p o s t e r i d a d e , 1331 p jl .
Os poderes destruidores que o rei da Babilnia ti nha lanado contra as naes, eis que se levantam con tra os seus descendentes e contra a sua terra. As repreas cedem ao poder das guas do rio que cobrem a ter ra, e a cidade levada embora, com o o lixo da rua varrido para fora. Ento, o ourio ocupa o lugar em vez do homem, e em lugar dos grandes palcios haver la goas de gua. Muitas questes interessantes e importantes surgem a respeito dste hino fnebre. A lamentao de Ezequiel, 32:17-32, sbre a queda de Fara e suas hostes semelhante a esta elegia. Alguns eruditos modernos, luz do nvo conhecimento da vasta literatura da Babi lnia, exageram a influncia daquelas obras literrias sbre as Escrituras do Yelho Testamento. 0 fato de que os hebreus e os babilnios tiveram algumas idias semelhantes a respeito da vida futura, certamente, no prova que o autor dessa elegia tenha recebido dos babi lnios, no tempo do cativeiro, os seus ensinos sbre este assunto. Por muito tempo, os hebreus, com o seu con ceito peculiar da justia absoluta do seu Deus, lutavam
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com o problema de J, Por que o justo sofre? Na sua viso inaugural, o profeta Isaas recebeu uma viso, ou uma revelao da santidade, da justia e da glria de Deus, que o preparou para entender a distino, apresen tada nesta elegia, entre a existncia futura dos justos e dos inquos. Mais importante do que os pontos tcnicos dessa poe sia, levantados pelos crticos, o valor eterno e a apli cao universal do ensino do mensageiro de D eus. Nesta mensagem do hom em de Deus, proclamada aos seus contemporneos, h mais de vinte e seis sculos, le apresenta uma verdade eterna, que se vai verificando atravs do curso da Histria. o Deus Altssimo quem governa o mundo, e os governadores de naes que des prezam ste fato e, no seu orgulho e egosmo, oprim em cruelmente o povo, tm que sofrer as conseqncias da sua iniqidade. Essa elegia apresenta um fato historio que se aplica aos tiranos cruis de tdas as naes em idas as pocas. C. O Propsito do Senhor na Destruio da Assria, 14: 24-27
24. O S e n h o r dos Exrcitos jurou, dizendo: c o m o pens>ei, a s s i m suceder? e c o m o determinei, a s s i m se efetuar. 25. Q u e b r a n t a r e i a Assria n a m i n h a terra? e n a s m i n h a s m o n t a n h a s a pisarei, o seu j u g o se apartar deles, e a s u a c a r g a se desviar dos o m b r o s deles. 26. ste o propsito q u e se f o r m o u c o n c e r n e n t e a t oda a terra; e esta a m o q u e est estendida sobre td a s as naes. 27. Pois o S e n h o r d o s Exrcitos o d e t erminou; q u e m o invalid ar? A s u a m o est estendida; q u e m , pois, a far voltar atrs?
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ste orculo que proclam a o propsito divino na des truio da Assria fo i transmitido ao povo de Jud nos primeiros anos do reino de Senaqueribe, que orgulhosa mente se julgava capaz de esmagar a pequena nao que j tinha subjugado, menos Jerusalm, a cidade capital (Cp. 10:5-34; 17:12-14; 37:8-13). Mais uma vez o profeta Isaas declara que Jav dos Exrcitos o Senhor da His tria, e que le no permite a escravizao da humani dade por qualquer conquistador. Assim, a destruio da Assria, o esmagador de pequenas naes, um evento histrico que demonstra a operao da providncia divina no interesse de todos os povos e de tdas as raas. A des truio de qualquer opressor cruel indica o propsito do Senhor na extino dos inimigos do seu reino no m undo. O plano de Senaqueribe, no esforo de tomar a cidade de Jerusalm, naquela poca da Histria, ameaava a extino do reino de Deus no m undo e o intersse espi ritual de tda a humanidade. Jurou o Senhor dos Exrcitos. O juramento do Se nhor representa a certeza absoluta do cumprimento da sua palavra (Ver A m . 4:2; 6:8; 8:7; Is. 45:23; 54:9; 62:8). Esta declarao no se liga diretamente aos versculos 22 a 23, mas provvelmente se relaciona com a elegia dos vrsos 5 a 21, se esta poesia o hino fnebre de Sena queribe. certamente a garantia absoluta da promessa de con forto. Com o pensei, ou com o designei. Os desgnios e os planos do Senhor so infalveis. Deus imutvel (I Sam. 15:29; Mal. 3:6; Tiago 1 :1 7 ). Quebrantarei a Assria na minha terra. Esta decla rao, que concorda com os eternos propsitos do Senhor, fo i cumprida na destruio do poderoso exrcito de Se naqueribe nas montanhas perto de Jerusalm (Ver a dis cusso sbre o cap. 1 0 ). Assim, Israel se libertou do jugo da Assria que lhe tinha sido assaz pesado.
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Os versculos 26 e 27 declaram que o propsito eter no do Senhor abrange tdas as naes da terra (Cp. 8: 9; 10:23; 2 8:2 2). stes versos apresentam um testemu nho notvel do profundo entendimento do profeta Isaas acrca do govrno divino das naes e dos povos da terra. ste o propsito que se form ou concernente a tda a terra. O propsito imediato do Senhor a destruio da Assria, e a libertao dos povos que ela tinha sub jugado e escravizado. Isto no significa, de maneira al guma, que o Senhor um Deus de guerra, com o dizem Gray e outros. Por outro lado, o profeta est dizendo que as naes poderosas, com o a Assria, que usam o seu po der militar para esmagar as naes fracas sero destru das. o eterno propsito do Senhor que os povos do mundo sejam livres. Nenhum imprio, e nenhum poder mundial pode dominar a humanidade. Se h um fato que a Histria nos ensina com certeza absoluta, que os grandes podres que se esforam para subjugar o mundo sempre so dominados ou destrudos, de acrdo com a eterna providncia de Deus que les desafiam. No h nenhum poder nacional ou militar que possa resistir m o do Senhor que est estendida sbre tdas as naes. A destruio da Assria, que se julgava inven cvel, tinha uma grande significao, no somente para o povo da poca, mas tambm para tdas as geraes subseqentes. Ningum pode invalidar o que o Senhor dos Exrcitos determinou. Para o Deus da histria hu mana, as naes so consideradas com um pingo que cai de um balde, e com o um gro de p na balana (40:15). D . A Alegria Prematura dos Filisteus, 14:28-32
28. N o a n o e m orculo: q u e m o r r e u o rei Acaz, foi p r o n u n c i a d o sie
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29. N o te alegres, tu, tda a Filstia, por estar q u e b r a d a a v a r a q u e te feria; p o r q u e d a raiz d a serpente sair basilisco, e o seu fruto ser u m a serpente voadora. 30. O s p r i mognitos dos pobres apascentaro, e os necessitados se deitaro seguros; m a s farei m o r r e r d e f o m e a t u a raiz, e os teus sobreviventes eu matarei. cidade; tu, Filistia tda. fumaa, se afaste d a s fileiras.
Levantam-se vrias questes sbre a interpretao desta passagem, mas parece que alguns comentaristas exageram as dificuldades. O profeta adverte a Filstia para que no se regozije pelo fato de que um de seus ini m igos havia m orrido, pois outro adversrio viria do nor te para afligi-la e escraviz-la de nvo. E ela vai fracas sar no esforo de ganhar a cooperao de Jud com o alia do contra o nvo inim igo. Jud no precisa buscar au xlio nessas alianas polticas, porque na sua cidade de Sio, o Restante ter a proteo do seu Deus, o Senhor dos Exrcitos. Segundo o versculo 28, a data do orculo o ano da morte do rei Acaz, em 724, mais ou m enos. Tiglate-Pileser III m orreu um pouco antes do rei Acaz. le tinha invadido a Filstia, subjugado a terra e exigido pesados tributos do p ov o. Portanto, a m orte do opressor fo i cer tamente a causa da grande alegria dos filisteus. m ui to provvel que tenha sido nesta ocasio que a Filstia che fiou uma revolta contra a Assria. Os outros pequenos estados vassalos tambm tinham prazer em cooperar com
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a Filstia na revolta contra o opressor. Neste mesmo tempo a Filista tentou ganhar a cooperao de Jud contra a As sria. 0 profeta Isaas, que sempre fra contrrio s alian as polticas de Jud com as naes vizinhas, persuadiu ao rei Ezequias a ficar livre dessa aliana perigosa con tra a Assria; e a predio do profeta de que a Filstia haveria de sofrer ainda mais. Cumpriu-se, pois, pouco mais tarde, Salmanaser V castigou severamente os revol tosos da Filstia (sbre uma breve histria dos filisteus na Palestina, consultar a Arqueologia do autor, p . 258). No ano em que morreu o rei Acaz. Esta pequena profecia trata da Filstia, e no tem qualquer relao com as mensagens anteriores do profeta. No h qualquer in dicao de que est dirigindo a mensagem aos filisteus, pois est falando diretamente a Jud. H confuso e incerteza a respeito das circunstncias histricas dessa mensagem sbre os filisteus. Portanto, surgem vrias opinies a respeito da interpretao de alguns porm eno res e referncias da mensagem. Na advertncia de que os filisteus no se alegrem por estar quebrada a vara que os feria, quem era esta vara? A vara no pode significar o rei Acaz, com o dizem alguns. Foi justamente no reino fraco de Acaz que os filisteus atacaram a terra de Jud, e capturaram algumas das suas cidades (II Crn. 28:18). Evidentemente, os filisteus se regozijavam por cau sa da morte do rei da Assria, o seu cruel opressor. Por estar quebrada a vara que te feria, refere-se morte do rei da Assria, provavelmente Tiglate-Pileser, o rei p o deroso e cruel que tinha escravizado os filisteus. 0 verso 29 fala da alegria prematura dos filisteus. Porque da raiz da serpente, o rei morto, sair o seu sucessor, basilisco, ainda mais venenoso e mais cruel, Salmanaser V , Esta linguagem figurada clara, mas no menciona os nomes dos dois reis da Assria.
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O verso 30 obscuro e difcil de ser interpretado, mas, aparentemente, se refere aos mais pobres de Jerusa lm, ou de Jud, que tero bastante para comer, e fica ro seguros em Sio, sob a proteo do Senhor, enquanto que a Filstia ser completamente destruda. O inimigo dos filisteus vem do norte, bem organiza do e poderoso o exrcito da Assria. No h ningum que se afaste das fileiras. Ai de todos os filisteus que uivam e gritam de terror, e derretem em mdo, perante os in vasores cruis! Parece que os mensageiros do verso 32 so filisteus, enviados a Jerusalm para pedir o auxlio dos judeus con tra a Assria. Que se responder aos mensageiros desta nao? A resposta concorda perfeitamente com o ensino de Isaas sbre a inviolabilidade de Sio, fundada pelo Senhor, e refgio dos aflitos do seu povo. E . Orculo Concernente a Moabe, 15:1-16:14 H muitas referncias no Velho Testamento sbre Moabe e os moabitas, e a sua relao com a histria dos israelitas. Quase tdas estas referncias so desfavor veis aos moabitas. O rei Saul pelejou vitoriosamente con tra Moabe (I Sam . 14:47). O rei Davi subjugou os m oa bitas (II Sam . 8 :2 ). Os moabitas pagaram tributo aos reis de Israel em Samaria, mas quando o rei Acabe m or reu, Mesha, o rei de Moabe, libertou o seu povo dessa ob ri gao (II Reis 1:1, 3, 4 e s e g .). A Pedra Moabita, desco berta em Dibom em 1868, tem uma inscrio que serve de suplemento de II Reis 3:4-5. Esta pedra com emora, com a sua inscrio, a libertao dos moabitas do jugo de Israel (Ver a Arqueologia do autor, p. 141). No pe rodo do reinado de Je de Israel, Moabe fo i subjugada por Hazael da Sria. O territrio conquistado por Jeroboo II de Israel incluiu a m aior parte da terra de Moabe
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(II Reis 14:25). No tempo desta profecia, Moabe se acha va sob o domnio da Assria. O territrio de Moabe ficava ao leste do Jordo. T o cava no Mar Morto no sul, e se estendia alm do rio Arnom ao norte, no tempo do seu m aior poder. Rben e Gade disputaram o direito ao territrio ocupado por Moa be ao norte do Arnom . Os captulos 15 e 16 descrevem o terrvel desastre que tinha acontecido a Moabe. A terra ficara em runas, e os habitantes eram fugitivos. Os versculos 15:1-9 e 16:8-18 constituem uma elegia sbre o triste destino de Moabe, enquanto 16:1-7, 12 descrevem a embaixada que Moabe enviou a Jud. A concluso, 16:13, 14, declara que dentro de trs anos o orculo ser cum prido. Surgem vrias opinies sbre o autor e a data do orculo, e a sua relao com a passagem semelhante no captuld 48 de Jeremias. Os comentaristas no concor dam no seu entendimento destas questes. Alguns ar gumentam que a linguagem do orculo diferente do es tilo de Isaas. ste argumento no tem cabimento pelo fato de no considerar que o vocabulrio, e at o estilo literrio, de qualquer escritor varia necessariamente de acrdo com o assunto que est discutindo. No h dife rena suficiente no rico vocabulrio, e no estilo liter rio de Isaas, para dogmicamente se afirmar que o pro feta no podia ter escrito esta elegia. Tiglate-Pileser tom ou de nvo a terra de Moabe, na ocasio de subjugar o grupo das pequenas naes que se tinham revoltado contra o seu dom nio. Esta mensagem de Isaas foi proclamada nestas circunstncias histricas. Considerando-se a semelhana entre esta profecia e a mensagem em Jeremias, provvel que o eplogo 16:1314 tenha sido acrescentado muito tempo depois da procla mao da elegia.
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1. O r c u l o conc e r n e n t e a M o a b e . Pois n u m a noite A r - M o a b e assolada, destruda! Pois n u m a noite Q u i r - M o a b e assolada, destruda! 2. Vai s u b i n d o a filha de D i b o m aos lugares altos para chorar; nos m o n t e s N e b o e M e d e b a l a m e n t a M o a b e : e m tdas as c a beas h calva, e tda b a r b a rapada. 3. C i n g e m - s e de sacos n a s ruas; nos seus terraos e na s suas praas a n d a m todos uivando, e c h o r a m a b u n d a n t e m e n t e . 4. H e s b o m e Eleale a n d a m gritando, o u v e - s e a s u a v o z at Jaaz; por isso, os a r m a d o s de M o a b e c l a m a m ; a s u a a l m a t r e m e dentro dle.
O prim eiro versculo anuncia a calamidade que li nha cado sbre a terra de Moabe e o seu povo, especial mente na queda das duas cidades principais. Ar-Moabe ficava ao lado esquerdo do Rio Arnom (Nm. 21:15, 28; Deut. 2:9, 18, 2 9 ). A uns trinta quilmetros ao sul de Ar fica o stio de Quir-Moabe, ou Quir-Haresete (16:7, 11), Quir-Heres no verso 11. Estas duas cidades ficavam dentro da prpria terra de Moabe. As tribos de Rben e Gade alegavam que o distrito ao norte do Arnom, com os montes Nebo e Medeba, e as cidades de Hesbom e Elea le pertenciam a Israel. A disputa sbre a possesso dste distrito era o m otivo do dio c da guerra entre Israel e Moabe. Os versculos 2 a 4 descrevem a lamentao dos moabitas. Surgem dvidas sbre o texto dos massoretas, rVSH > Sobe-se ao templo e a D ibom . Al : --------T T
guns manuscritos e a margem da edio Kittel contm o seguinte texto, que nos parece prefervel,}' j"I > Vai subindo a filha de Dibom aos lugares altos para cho rar. Os lugares altos eram santurios para os moabitas e para os israelitas infiis. Nos montes Nebo e Medeba,
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onomato-
pica, isto , a pronncia da palavra imita o som do chro dos moabitas. Nebo, uma habitao perto do Monte Nebo, ficava ao leste da entrada do Jordo no Mar Morto, e Medeba distava pouco ao sudeste. Os dois lugares so mencionados na Pedra Moabita. Segundo Jernimo, achava-se uma im agem de Quems, principal deus dos moabitas, no Monte N ebo. Do tpo dste monte podiase ter uma vista de Cana. sle monte fo i distinguido entre os hebreus com o o lugar da morte de Moiss (Deut. 34:1, 5 ). Dibom o lugar onde fo i descoberta a Pedra Moabita. Calva nas cabeas e a barba rapada eram si nais de profunda tristeza e lamentao para os hebreus, bem com o para os moabitas (M iq. 1:16; J 1 :2 0 ). Cingem-se de sacos, nas ruas, nas praas e nos terra os, sinal de humilhao e sofrimento, nas ocasies de ca lamidade e profunda tristeza. Os terraos planos do Oriente eram lugares de orao e de reunies sociais
(22 :1 ) .
Hesbom e Eleale andam gritando. Hesbom foi uma cidade clebre dos amorreus (N m . 21:26), depois de Israel (Jos. 13:17), e de Moabe no tempo desta profe cia. Hesbom distava cinco quilmetros ao nordeste de Nebo, e Eleale (E l Aal, o alto) dois quilmetros de Hesbom . O lugar de Jaaz desconhecido. At os arma dos de Moabe clamam de tristeza e de pavor. A alma, ou a vida, de Moabe treme dentro dle.
5. O m e u cor a o c l a m a por c a u s a de M o a b e , os seus fugitivos v o at Zoar, at Eglate-Selisias. P o r q u e pela s ubida de Lute les v o c h o r a n d o ; no c a m i n h o de H o r o n a i m l e v a n t a m u m grito de destruio;
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0 hebraico do verso 4 muito d ifcil. O meu co rao, \2'5 , clama por causa de Moabe. A Sepuaginta contem , o seu corao (o corao de M oa b e). A
declarao expressa o mais profundo sentimento para com os moabitas na sua terrvel calamidade. Alguns argumentam que estas palavras no podem representar o sentimento do profeta Isaas. Pode ser que no repre sentem o sentimento do povo em geral de Israel, mas a com paixo do mensageiro do Senhor era muito su perior ao sentimento pblico. O corao do profeta cla mava por causa dos fugitivos (Cp. 16:9, 1 1 ). A palavra n jr n a e geralmente traduzida por seus nobres, mas alguns manuscritos Irazem TTIS > seus fugitivos, que cabe m elhor no contexto. tambm difcil a frase rrtw que alguns traduzem por novilho de trs anos, mas Eglate-Selisias m elhor (Cp. Jer. 48:34). No caminho de Horonaim, na descida de Horonaim (Jer. 48:5) aparentemente significa a descida entre Zoar, ao sueste do Mar Morto, e Eglate-Selisias. Alguns pensam que as guas de Ninrim (Jer. 48: 34) so as da cidade de Bete-Nimra (N m . 32:36), que entram no Jordo uns dez quilmetros acima da sua entrada no Mar M orto. Outros pensam que se refere a um lugar no sul de Moabe, e esta opinio concorda m elhor com o contexto.
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7. Portanto, a abundncia que ganharam , e o que gu ard a ram , les levam embora para alm do ribeiro dos salgueiros. 8. Porque o pranto rodeia os limites de Moabe; at E g la im chega o seu grito, e ainda at B e e r -E lim o seu lamento. 9. Porque as guas de D im o m esto cheias de sangue; pois ainda acrescentarei mais a Dim o m , um leo para aquele que escapar de Moabe, e para o restante da terra.
A abundncia ou a sobra que os fugitivos levaram consigo (Jer. 48:36), les carregaram alm ou sbre o ribeiro dos salgueiros, at sua entrada na terra de E d om . O pranto, o grito ou a lamentao rodeia os limites de Moabe. Os dois lugares, Eglaim e Beer-Elim, talvez indiquem os dois limites extremos de Moabe: Beer-Elim, poo dos poderosos (N m . 21:16-18), ao norte de Moabe, e Eglaim ao sul (Cp. desde D at Berseba, I Sam. 3 :2 0 ). As guas de Dimom traduz a frase hebraica, mas alguns pensam que Dimom outra form a de Dibom, escolhida aqui por causa da aliterao com a palavra san gue (dam ). Um leo aqui smbolo do conquistador, muito provvelmente Tiglate-Pileser da Assria.
16:1. E n v ia r a m cordeiros ao dom inador da terra, desde Sela, pelo deserto, at ao monte da filha de Sio. 2. C om o pssaros espantados, lanados fora do ninho, assim so as filhas de Moabe nos vaus do A r n o m .
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3. D conselho, executa a ju sti a; faze a tu a sombra como a noite no pino do m e io -d ia ; esconde os desterrados, e no descubras os fugitivos. 4. Ha bitem entre ti os desterrados de Moabe, serve-lhes de refgio perante a face do destruidor. Quando o homem violento tiver fim, a destruio fr desfeita, desvanecido o calcanhar do tirano da terra, 5. ento um trono se f i rm a r em benignidade, e sbre le se assentar com fidelidade, no tabernculo de Davi um que julgue, busque a integridade e no tarde em fazer justia.
O hebraico desta passagem de difcil interpreta o, e a traduo freqentemente incerta. Como variam as tradues, assim tambm variam as interpretaes da passagem. Segundo muitos intrpretes modernos, o primei ro verso fala claramente da embaixada enviada pelos m oabitas, fugitivos em Edom, crte de Jud, na cidade de Sio. A palavra cordeiros um coletivo, e significa o tributo que anteriormente Moabe pagava a Israel (II Reis 3 :4), a ento propunha enviar ao rei de Jud. A primeira palavra varia quanto form a nos ma nuscritos: , enviai, , enviaram, en viarei. Sela, rocha (mais tarde Petra) foi um centro importante de E dom . 0 versculo 2 interrompe a conexo entre o primeiro e o terceiro. Trocando lugar com o primeiro verso, o sentido fica mais claro. Profundamente perturbados, as moabitas pedem socorro a Jud. As filhas, cidades ou
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habitantes, de Moabe ficam consternados com o passa rinhos lanados fora do ninho. Os versculos 3 a 5 apresentam o aplo dos m oabitas, dirigido crte de Jud, por intermdio de seus embaixadores. Alguns intrpretes antigos julgavam que o profeta est apontando aos moabitas o caminho da salvao nacional pela prtica da justia, e pedindo que os moabitas mostrem benignidade para com os refugia dos de Israel na terra dles. Mas tal exortao no concorda com o teor da profecia, nem com as tristes condies dos moabitas da poca. Por outro lado, o aplo dos moabitas aos judeus mantm a continuidade do pensamento do escritor, e concorda melhor com as circunstncias histricas dos dois pases, indicadas nos captulos 15 e 16. D conselho, executa a justia. A embaixada dos moabitas est pedindo que Jud adote medidas efetivas para defender os moabitas do poder dos inimigos. Faze a tua sombra com o a noite. Permite que os moabitas desterrados habitem no teu meio, na tua terra dc Edom. Seja para ns esconderijo contra a tempestade, com o som bra duma grande rocha numa terra sedenta . Quando o opressor no existir mais; quando a des truio tiver cessado; e quando o tirano desvanecer da terra, ento o trono de Davi ser estabelecido em amor firme, e Moabe receber a justia s mos de Jud. Esta linguagem dos moabitas seria extravagante em outras circunstncias, mas natural no perodo da grande afli o da sua terra. A libertao de Moabe do poder cruel do inimigo com o socorro de Jud seria para a glria de Davi no estabelecimento da sua descendncia no trono de Jud com justia e retido.
6. T e m o s ouvido da soberba de Moabe, soberba em extremo;
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e do seu f u r o r ;
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7. Portanto, u ivar Moabe, cada um por Moabe. Gemereis profundam ente, abatidos pelas pastas de uvas de Q u ir-H a re se te .
Os versculos 6 e 7 apresentam a resposta de Jud ao pedido de socorro da parte dos nioabiias. A generosi dade que os moabitas expressaram no seu aplo no foi reconhecida com o genuna pelos judeus. O profeta con dena severamente o orgulho e a arrogncia de Moabe (Cp. 25:11; Jer. 48:2,9; S of. 2 :8 ).
8. Pois os campos de Hesbom m u rch am , e a v inha de S ibm a; or senhores das naes talaram os seus ramos, que se estenderam at Ja z e r e vaguearam pelo deserto; os seus sarmentos se estenderam e passaram alm do m a r. 9. Pelo que pranteio com o pranto de Ja zer a v inha de S ib m a ; rego-te com as min has lgrimas, Hesbom e Eleale; pois sbre os teus frutos e a tua v in d im a caiu o grito da batalha. 10. A alegria e o regozijo so tirados do campo frut fero ; nas vinhas j no se canta, nem h j bil o a lg u m ; no h pisador nos lagares. E u fiz cessar os gritos da vin dima. 11. Pelo que por Moabe v ib ra como harpa o meu ntimo, e o meu corao por Q u ir -H e r e s . 12. E quando Moabe se apresentar, quando se cansar nos altos, e entr ar no santurio a orar, no prevalecer.
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Havendo falado da ltima esperana de Moabe, o poeta volta, no verso 7, ao lamento sbre a triste con dio dos moabitas. O lamento dos moabitas ser uni versal. Cada moabita, abatido e entristecido com a ca lamidade terrvel da sua ptria, uivar por Moabe, com gemidos de dor 110 seu corao. As pastas de uvas, uvas comprimidas, sendo deliciosas, eram usadas nas ocasies festivas, especialmente na festa da sega dos primeiros frutos (Cp. II Sam. 6:19; Os. 3:1; Jer. 7 :1 8 ). Quir-Haresete, lugar em Moabe, chamado Quir-Heres no verso 11. muito provvel que os versculos 16:8-11 apre sentam a segunda parte da elegia de 15:1-9, interrompi da pela recusa de conceder o pedido dos mensageiros de Moabe, apresentado aos judeus em 16:1-7. O verso 8 descreve os campos ou as vinhas frutfe ras de Moabe. Sibma, perto de Hesbom, foi conhecida pela fam osa variedade de vinhas, ou vides escolhidas (Cp. 5 :2 ). Nos versos 8 a 11, o escritor fala dos seus profundos sentimentos a respeito dos sofrimentos de Moabe. Para uma terra to frutfera com o Moabe, a perda das vinhas um exemplo da enormidade do dano que tinha sofrido. No houve outro m odo de produzir to grande desolao na terra de Moabe com o a destrui o completa das vides. Pois os campos de Hesbom m urcham . A palavra campos aqui significa vinhas, com o em Deut. 32:32. Na figura de hiprbole o escritor representa a vinha de Sibma por uma s vide, cuja raiz se estende ao norte at Jazer; ao deserto, no leste e no sul; e ao oeste, at alm do Mar M orto. Os senhores das naes talaram
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os seus ramos, isto , arruinaram as vinhas. Mas pode significar que foram intoxicados ou vencidos pelo vinho (Cp. 2 8 :1 ).
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Rego-te com as minhas lgrimas. Meditando sbre a calamidade terrvel dos moabitas, fugitivos da sua terra assolada, o poeta no podia deixar de chorar. A frase cuiu o grito da batalha. A palavra T H significa aqui
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o grito da batalha dos invasores, mas a mesma palavra se usava para descrever o grito de alegria dos pisadores de uvas nos lagares. No havia mais alegria e jbilo na terra to frutfera de Moabe. Ouve-se a voz do Senhor: Eu fiz cessar os gritos da vindim a. Por Moabe vibra com o harpa o meu ntimo, ou as minhas entranhas. As entranhas so a sede ou a fonte das emoes intensas (J 30:27), especialmente de com paixo (Jer. 4:19; 31:20; Cant. 5 :4 ). O verso 12 proftico, e aparentemente se relaciona com 15:2. Quando Moabe ficar cansada e entrar no seu santurio para orar, ela no prevalecer, porque os seus deuses so impotentes.
13. Esta a palavra que o Senh or falou no passado acrca de Moabe. 14. Mas agora o Senhor fala, dizendo: Dentro de trs ahos, tais como os de jornaleiros, ser envilecida a glria de Moabe, com tda a sua grande m ultido; e o restante ser pouco e impotente.
O eplogo da elegia apresenta-se nos versos 13 e 14, e proclama o julgamento pesado sbre Moabe dentro de trs anos. Esta a palavra do Senhor, falada no pas sado a respeito de Moabe. O profeta assim declara que est expressando o sentido geral das vrias profecias do passado sbre a destruio de Moabe (x. 15:15; Nm . 24:17; Sal. 60:8; A m . 2:2; S of. 2 :9 ). Com o os anos do jornaleiro. Como o jornaleiro no servia alm do tempo prometido, assim a destruio de Moabe no ser adiada alm dos trs anos.
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Esta passagem relaciona-se com a aliana entre Rezim da Sria e Peca de Israel contra Jud, 7:1-9:21. O rei Acaz de Jud ficou amedrontado e resolveu, coxtra o conselho de Isaas, pedir o auxlio militar da Assria contra os dois tocos de ties fumegantes . A data, portanto, desta mensagem de pouco tempo antes da destruio de Damasco pela Assria, crca de 732. A pas sagem trata principalmente do reino de Israel, mas a discusso da Sria e Efraim nesta mensagem indica que aliana entre ais duas naes j fo i estabelecida. O profeta est pensando nesta mensagem sbre os resulta
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dos funestos de alianas baseadas nas idolatrias dos es trangeiros. H trs estrofes ou divises da passagem. Os pri meiros trs versculos tratam principalmente do desti no funesto do reino de Damasco, aliado de Israel con tra a Assria. A Sria ser subjugada, e Damasco, a ca pital, com as outras cidades sero reduzidas desolao perptua. A segunda estrofe, versos 4 a 6, descreve fi guradamente o destino de Israel. Na terceira diviso, versos 7 a 11, o profeta explica que a desolao de Is rael o resultado da apostasia do Senhor, e a devoo aos dolos dos estrangeiros. 1. Orculo Concernente a Damasco, 17 :l-6
O ttulo do orculo menciona Damasco, que assunto somente da primeira estrofe. Mas a discusso do destino de Damasco explica por que ste orculo fo i includo nas profecias contra as naes estrangeiras. A destruio de Damasco por Tiglate-Pileser ser uma grande humilhao para Efraim, o aliado da Sria. Poucas cidades do mun do tm experimentado as vicissitudes da Histria com o a antiqussima cidade de Dam asco. A Bblia fala fre qentemente sobre as relaes, principalmente as hos tis, entre Israel e a Sria. E ser um monto, uma ru na. As duas palavras hebraicas so sinnimas, e esto em aposio. As cidades de Aroer, ''l ' certas dificuldades, porque no h cidades nom e na Sria. A cidade mais conhecida por ficava na terra de Moabe, beira do Arnom , 34; Deut. 2 :3 6 ), O texto da margem,
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a P r e s e n ta
cidades, mais provvelmente o texto correto. Outra cidade, Aroer, menos conhecida, ficava perto de RabaAm om (Jos. 13:25). A terceira cidade dste nome, no
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sul de Jud (I Sam. 30:28) conhecida agora com o Arara. As suas cidades sero abandonadas para sempre, e ser um lugar onde os rebanhos se deitaro sem haver quem os espante. A fortaleza de Efraim desaparecer. Usa-se muitas vzes Efraim no sentido do Reino de Israel. Devido sua posio geogrfica, Damasco seria teoricamente com o bastio de defesa, ou fortaleza, para Israel. Mas a capital da Sria ser destruda fcilmente pelo podero so exrcito da A s sria /e logo em seguida Israel enfren tar o m esm o destino, o qual ser ainda mais trgico para o povo de Israel, por causa da infidelidade ao seu Deus, o Senhor dos Exrcitos. Deve-se ler a ltima par te do verso 3 assim: o restante da Sria ser com o a glria dos filhos de Israel. A declarao relaciona-se com a descrio da tragdia de Israel no versculo se guinte . Os versculos 4 a 6 descrevem figuradamente o des tino trgico de Israel. Naquele dia, na mesma ocasio do julgamento sbre a Sria, a glria de Jac ser di minuda, ou ficar atenuada. A gordura da sua carne desaparecer. Ser enfraquecido por uma molstia de bilitante. Perder o seu poder, a sua populao e a sua prosperidade. Com a destruio de Damasco, inevit vel o destino terrvel de Israel. Ser com o segador que colhe o trigo. Os habitan tes e as riquezas de Israel sero ajuntados e levados em bora pelos conquistadores cruis. Isto ser o fim tr gico do Reino de Israel, por causa dos seus pecados e da sua infidelidade ao seu Deus. Com o quem colhe es pigas no vale de Refaim . O vale frtil de Refaim fica pouco distante ao sul de Jerusalm, onde provvelmente o profeta tivesse observado os segadores no seu traba lho (Cp. Rute 2:7; Jos. 15:8; 18:16).
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O significado do verso 6 que as poucas azeitonas deixadas na oliveira sacudida pelo ceifeiro devem ser deixadas para os pobres e necessitados (Deut. 24:20). Nota-se que o hebraico diz, nos ram os da rvore fru tfera , e no nos ramos mais exteriores de uma rvo re frutfera , conform e Almeida e SBB. 2. O Abandono dos dolos, 17:7-8
7. Naquele dia olhar o homem para o seu C riado r, e os seus olhos atentaro para o San to de Israel. 8. E no olhar para os altares, obra das suas mos, n m atentar para o que fizeram seus dedos, nem para os aserins, nem para os altares do incenso.
Parece que stes versos tm pouca relevncia para a seo anterior. Mas a passagem aparentemente des creve o efeito do desastre do Reino de Israel sbre os habitantes de Jud. Assim, fo i considerado com o ad moestao, para que os fiis de Jud olhassem para o seu Criador, e atentassem para o Santo de Israel. Na providncia de Deus, o sofrimento e a calamidade des pertam os homens para examinar o corao, reconhe cer a sua infidelidade e mudar o seu procedimento m o ral e religioso. A queda do Reino de Israel influenciou o pensamento do povo do Reino de Jud, especialmente a respeito das suas prticas religiosas, influenciadas pela idolatria dos cananeus. Deixaram de olhar para os seus altares que eram apenas obras das suas prprias mos, e no atentaram mais para os aserins e os altares de in censo. Voltaram ao seu Criador, e os seus olhos aten taram para o Santo de Israel. A palavra aserins significa postes erigidos ao lado das colunas de pedra, isto . ao lado dos altares dos ca naneus. stes postes-dolos representavam o culto de
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Asera, a mulher de Baal. As colunas sagradas represen tavam o culto de Asera. As colunas sagradas representav a o v o culto dirigido a Baal, o marido de Asera. Baal e Asera eram os desses,da fertilidade. ste culto represen tava prticas horrveis, chegando bestialidade (Ver as referncias a Baal na Arqueologia Bblica do autor) . A palavra Jfn no versculo 8 pode significar Ha'T
man, um deus dos fenicios, mas o significado da pala vra aqui geralmente reconhecido agora com o o altar de incenso (Cp. 27:29; II Reis 23:5, 11; Ez. 6 :4 ). 3. O Culto de Adonis, uma Segurana Falsa, 17:9-11
9. Naquele dia sero as suas cidades fortes como os lugares abandonados dos heveus e dos amorreus, que les a b a n donaram por causa dos filhos de Israel, e haver desolao. 10. Porquanto te esqueceste do Deus da tua salvao, e no te lembraste da Rocha do teu refgio. A i n d a que faas plantaes formosas e plantes mudas estranhas, 11. e, no dia m que as plantares, as fizeres crescer, e na manh seguinte as fizeres florescer, ainda assim a colheita v oar no dia da tribulao e das dor-es incurveis.
difcil determinar se o verso 9 se relaciona com os versos 7-8 ou com 10-11. O smile do bosque e do cum e das montanhas, conform e est em Almeida e SBB, no se une bem com a clusula seguinte. m elhor a verso grega que diz com o os lugares que os heveus e os amorreus abandonaram. As cidades fortes de Jud sero com o as cidades dos heveus e dos amorreus, porque abandonaram o culto de Jav, e adoraram os deuses estranhos. O trmo amorreus usado freqentemente no Velho Testamento para de signar os habitantes da Palestina quando os israelitas
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entraram na terra sob a liderana de Josu. s vzes, o trmo cananeus significa a mesma cousa. Mas quan do se distingue o uso dos trmos, os cananeus so os ha bitantes da plancie litornea e do vale do Jordo, en quanto os amorreus eram os moradores da regio m on tanhosa . Os heveus e os horeus, identificados agora com o os hurianos, so bem conhecidos luz das novas desco bertas arqueolgicas. A cultura dos horeus de Nuzu fo i muito semelhante dos hebreus no perodo patriarcal. Os hurianos exerceram influncia na vida patriarcal dos hebreus (Consultar as referncias sbre stes povos na Arqueologia Bblica do a u to r). Ver tambm A Revista Teolgica de julho de 1956. Porquanto te esqueceste do Deus da tua salvao. ste o nico lugar onde o profeta usa esta frase que faz parte do seu nom e. Rocha do teu refgio. ste tr m o Rocha usado freqentemente com o ttulo de Deus, 30:29; 44:8; Deut. 32:4, Rocha, cuja obra perfeita; Sal. 19, 27, 31 e outros. As plantaes form osas do verso 10 eram jardins dedicados ao culto de Adnis, o deus jovem que m orre com o assalto do calor dessecante de vero, quando a natureza dorm e e parece morta. O povo fazia estas plantaes com a esperana de que pudessem ajudar, no esforo da natureza para reviver o seu deus e assim garantir a produo dos frutos do cam po. ste culto de Adnis muito se espalhava entre os povos antigos do Oriente P rx im o. Os hebreus conhe ceram Adnis pelo nom e Tamuz. Adnis era deus da Sria, e, em conseqncia da aliana entre Israel e Da masco, alguns israelitas, especialmente mulheres, ado ravam o deus Tamuz (Ez. 8 :1 4 ). O verso 11 expe a futilidade destas plantaes no culto de Adnis. Pode-se plantar, fazer crescer e fazer florescer tais plantaes, mas no dia d tribulao e das dores incurveis a colheita voar. Tdas as religies
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falsas so trgicas, porque deixam finalmente a alma do hom em desamparada, sem qualquer confrto na hora de sofrim ento e tribulao (Cp. II T im . 1 :1 2 ). G. 0 Poder Mundial Se Levanta e Cai, 17:12-14
12. A i, o bramido de muitos povos, les bram a m como o bramido dos mares! E o rugido das naes, elas rugem como o rugido das poderosas guas! 13. R ugem as nages como o rugido de muitas guas, mas le as repreende, e fogem para longe; afugentadas como a palha dos montes diante do vento, e como p levado pelo tufo. 14. A o anoitecer, eis, p av orl A nte s que amanhega o dia, no existem! ste o quinho daqueles que nos despojam, e a sorte daqueles que nos saqueiam.
No h problema de data, ou de interpretao, dste breve orculo. Foi proclam ado pelo profeta quando as naes da Sria e de Israel ainda existiam, mas pou co antes da sua destruio. A passagem no se liga com os versculos anteriores, nem com o captulo seguinte. muito provvel que seguiu originalmente a passagem sbre o propsito do Senhor na destruio da Assria, 14:24-27. Em bora no seja mencionado o nom e da As sria, a passagem apresenta uma descrio que concorda perfeitamente com a destruio do exrcito poderoso de Senaqueribe e o declnio da Assria com o potncia m un dial. Foi proferida, neste caso, um pouco antes de 701. Aqui, com o nas passagens 10:5-16 e 14:24-27, o profeta mais uma vez declara que Jav o Senhor da Histria, e que o eterno propsito de Deus se manifesta no casti go das naes injustas que desprezam a vontade divina. Os assrios arrogantes lanam a sua campanha militar
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contra a pequena nao de Jud, com barulhento terror e com o poder aparentemente invencvel, mas, com a reprovao do Senhor, stes violentos saqueadores de fracas naes so derrotados em vim s dia, e desvane cem-se rapidamente da Histria. Ai, o bramido de muitos povos. difcil traduzir o sentido da palavra''in, mas expressa aqui dor e indig nao, seguida pela proclamao de julgam ento. A re petio das palavras hebraicas descreve o tumulto dos povos e das naes no poderoso exrcito da Assria com mais efeito do que qualquer traduo. ste grande exr cito de soldados de vrias naes subjugadas, est na marcha de grandes conquistas. Parece que o profeta, nesta maravilhosa descrio, est acompanhando a m ar cha militar da Assria na conquista rpida das naes at chegada perante Jerusalm. Mas le, Deus, as repreende, e o exrcito, aparente mente invencvel, fica humilhado, e as naes fogem para longe. P or causa das referncias aos povos e s naes, alguns intrpretes duvidam de que o profeta esteja fa lando da Assria nestes versculos. Mas, considerando as naes que a Assria tinha subjugado, e o fato de qUe elas foram obrigadas a fornecer contingentes para o exr cito nacional, a Assria a nica nao que satisfaz a esta descrio. Com a reprovao do Senhor, os ass rios esto chegando ao fim das suas conquistas cruis. So afugentados com o a palha dos montes diante do vento. As eiras geralmente se achavam nas elevaes, onde o vento levava a palha, com o o p diante do tufo. Ao anoitecer, eis pavor! Antes que amanhea o dia, j no existem. Assim pereceu o grande exrcito de Senaqueribe, de 185.000 homens, que estava sitiando Jerusalm, e exigindo a sua entrega incondicional, 37:3(i.
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ste o quinho daqueles que nos despojam . O povo do Senhor est sempre seguro, seja quem f r o ini m igo que se levante contra le, R om . 8:37-39- II Cor. 4:16-18. H. Profecia Concernente ao Egito, 18:1-20:6 Enquanto alguns intrpretes tm exagerado os pro blemas da interpretao destas profecias sbre o Egito, h vrias dificuldades e perplexidades que surgem no esforo de apresentar uma exposio satisfatria da lin guagem potica e figurada da passagem. A magnifica linguagem caracterstica da literatura do principe dos profetas. le se apresenta aqui com o sbio estadisia, e com o hom em de f inabalvel na revelao da vontade de Deus para a orientao do seu povo nas crises polticoreligiosas. Nas dramticas circunstncias da vida de Jud, Isaas declara que o seu povo devia confiar em Deus, e esperar com f, at que o prprio Senhor deter mine a destruio do seu opressor.
O profeta trata da demolio do poder da Assiri sem m encionar o nome do tirano. Emissrios da Etipia haviam chegado a Jerusalm para pedir o auxlio de Jud na revolta geral contra a Assria. O mais prov vel perodo histrico dste incidente o rom pim ento fi nal entre Jud e Assria, pouco antes de 701. ste o perodo quando se manifestava mais concrdia entre os dois pases. Uma data mais cedo no concordaria com as circunstncias histricas indicadas no captulo 20, crca de 711, quando Isaas profetizou a conquista da Etipia e do' Egito pela Assria. Segundo ste ponto de vista, os eventos mencionados neste grupo de profecias no aconteceram na mesma ocasio. No se encontram aqui as severas denncias das negociaes do Egito com o nos captulos 28 a 31 .
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Aparentemente, o profeta no antecipava que Jud, sob o govrno do rei Ezequias, havia de responder favorvelmente s propostas do rei Sabaca. O teor do orculo mostra que o profeta esperava eventos penden tes e decisivos no conflito das naes. Enquanto a res posta aos emissrios revela o esprito de cortesia diplo mtica do profeta, pode-se entender a rejeio firm e das propostas dos nobres emissrios. 0 profeta indica, na sua mensagem, que o prprio Senhor esmagar os ass rios, sem o auxlio humano, e ste fato servir com o demonstrao para a Etipia e para o mundo inteiro de que o Senhor Jav o Deus supremo que revela o seu eterno propsito nos eventos da Histria. 1. Resposta do Profeta aos Emissrios da Etipia, 18:1-7
1. A h ! , te rra das asas zunidoras, que est alm dos rios da Etipia. 2. Que envia embaixadores por mar, em navios de papiro sbre as guas! Ide, mensageiros velozes, a um povo alto e bronzeado, a um povo terrvel ao perto e ao longe; a uma nao poderosa e esmagadora, cuja terra os rios dividem. 3. Vs, todos os habitantes do mundo, e vs os moradores da terra, quando se a rv o ra r um sinal nos montes, olhai ! E quando se tocar a trombeta, escutai!
1 . Nos primeiros trs versculos dste captulo, o pr feta apresenta a sua mensagem aos emissrios que vie ram a Jerusalm da Etipia, ou da Cuxe, para propor uma aliana com Jud contra o perigoso agressor, o Im prio da Assria. O prefcio, 1 e 2, descreve em lingua gem potica a terra misteriosa da Etipia e dos seus ha bitantes. A mensagem propriamente dita o verso trs, um convite dirigido a todos os moradores para olhar, escutar e testemunhar a retribuio divina na destruio da Assria, o conquistador e escravizador de naes.
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A palavra vjn , Ai, ou Ah! no um grito de dor ou indignao aqui, com o em outros lugares. Aqui sim plesmente uma palavra form al, ou trmo de saudao (Cp. 4:1; Zac. 2:6, 7 ). A h! terra das asas zunidoras, ' H uma meia dzia de tradues destas palavras he braicas, mas parece que a nossa simples verso a mais satisfatria. A palavra onomatopaica, e repre senta o som do vo dos enxames de locustas sbre o Egito. A palavra whirring do ingls, e zunidoras do por tugus, representam imperfeitamente o som do vo das locustas ou dos gafanhotos sbre o Egito. A Septuaginta traduz por a terra de navios alados, mas a nossa verso cabe m elhor no contexto. Alm dos rios da Etipia ou de Cuxe (Cp. S of. 3 :1 0 ). O trmo Etipia usado na Bblia num sentido um tanto vago para designar a regio ao sul de Assou, Siene ou Sevena, perto da primeira grande queda do Nilo. Esta regio a terra moderna de Sudo. A capi tal da Etipia, talvez sob o govrno do imperador Sabaca, nesse tempo era Napata, beira do Nilo. Os emissrios fizeram a viagem em navios de pa piro sbre as guas, ou por m ar. Desceram o Nilo at o Mar Mediterrneo, ento viajaram pelo mar at ao prto de Jope. No Egito onde havia pouca madeira, o pa piro, planta aqutica, era de grande utilidade. A palavra papiro tambm significa o papel feito da planta, em que os gregos e romanos escreveram tdas as qualidades de documentos por um perodo de m il anos. (Ver as m ui tas referncias sbre o papiro na Arqueologia Bblica do a u tor.) Cstos e outros vasos teis, bem com o ca noas ou pequenos navios, eram feitos da planta e betu mados com pez mineral (Cp. x. 2 :3 ).
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duzida tambm por polido e belo. H muitas referncias favorveis aos egpcios na literatura antiga. Herdoto descreve os etopes com o os mais altos e os mais belos dos homens (3 :2 ). Na sua linguagem potica, o profe ta muito generoso na descrio do povo da Etipia: povo alto, bronzeado, terrvel, nao poderosa e con quistadora. Mas pode haver um tom de ironia nestas palavras luz do verso seguinte. O verso 3 apresenta a mensagem que os emissrios devem levar ao seu povo. Mas uma mensagem no somente para os etopes, com o tambm para todos os habitantes do m undo. Quando o sinal f r levantado e 3 trombeta fr tocada, o povo do mundo deve ficar pre parado para a interveno decisiva do Senhor na hist ria do mundo, a destruio do inimigo arrogante do reino de Deus na histria das naes. ste inimigo a Assria.
4. Pois assim me disse o Senhor: Estarei quieto, olhando desde a m in ha morada, como o ard or do sol resplandecente, como a nuvem do or valho no calor da sega. 5. Pois antes da v indim a, quando acaba a flor, e a uva verde amadurece, ento podar os sarmentos com a foice, e cor tar os ramos que se estendem. 6. Sero deixados juntos s aves dos montes e aos animais da terra. Sbre les veranearo as aves de rapina, e todos os animais da te rra inv erna ro sbre les.
Na segunda estrofe desta poesia, versos 4 a 6, o Se nhor revela ao profeta o seu m odo de agir. Na realiza o de seus eternos propsitos, Deus nunca atua preci pitadamente, com o o homem, nem demora na execuo dos seus planos. O profeta ficou profundamente satis
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feito com a orientao divina nos seus ensinos sbre o propsito do Senhor nos eventos histricos dos povos da poca. Pois assim o Senhor me disse. s judeus, bem com o os etopes e outros povos, ficaram horrorizados pela campanha militar dos ferozes assrios nas suas podero sas conquistas. nestas circunstncias que Isaias cha m a a ateno para a calma e o propsito do Governa dor Supremo da histria. Diz o Senhor: Estarei quieto, enquanto os inimigos inquos do meu povo fazem as suas preparaes para dominar o m undo. O hebrai co indica claramente que as clusulas seguintes so s miles, e assiri as traduzimos: com o o ardor do sol res plandecente, cm a nuvem do orvalho no calor da cega . Cm o o clor do sol e o orvalho so preldios da sega, e assim constituem o preparo para recolher o fruto, as sim o Senhor est determinando e preparando o desti no final das naes, especialmente da Assria. A frase a nuvem do orvalho linguagem potica que perturba alguns intrpretes cientistas, porque o orvalho no ge rado na nuvem. Alguns traduzem a palavra S quando em vez de com o, que pode ser tambm o sentido da pa lavra, mas menos satisfatria neste contexto. Pois antes da vindima, Deus interpe a sua autori dade. A linguagem aqui figurada, e a imagem baseiase na declarao do versculo 4. Deus est consideran do calmamente os planos inquos dos assrios, que esto sendo preparados cuidadosamente, com o o calor do sol e o orvalho preparam o vinhedo para a ceifa dos frutos. Enquanto a Assria est fazendo os seus planos de con quista, as pequenas naes apavoradas querem ficar preparadas de qualquer maneira para se defenderem. Mas Deus afirma, por intermdio do seu mensageiro, que os planos da Assma, feitos com lanta certeza de xito,
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ho de fracassar completamente, com o se um hom em entrasse no vinhedo e cortasse as vides antes que as uvas tivessem tempo para amadurecer. figura expressiva que declara a runa da Assria justamente no momento quando estivesse realizando a sua ambio e o seu pro psito de dominar o mundo, pois a calamidade cairia inesperadamente sbre ela. Tudo est preparado para a sega. sol e o orvalho j fizeram o seu trabalho. O inimigo est bem preparado, as naes fracas no tm defesa. O conquistador est pronto para ceifar as ri quezas das suas vtimas. Mas no contou com a inter veno do Senhor dos Exrcitos. No versculo 6 o profeta se refere mais claramente aos assrios. notvel o contraste entre as esperanas e os planos dos assrios e o resultado calamitoso da sua campanha militar. O tempo de orgulho e regozijo, com o seu pder invencvel e as suas grandes conquis tas, termina abruptamente. Em vez de recolher, com o grito de vitria, o despojo das suas vitimas, os seus pr prios corpos so entregues s aves de rapina e aos ani mais da terra (Cp. E z. 39:11-16). , No obstante a obscuridade dsse captulo, e as di ficuldades encontradas na interpretao dos seus por menores, e da sua linguagem figurada, a passagem nos oferece mais um exemplo da confiana suprema de Isaas no Senhor Jav, com o o Deus eterno da Histria. Jud se achava numa situao extremamente perigosa, e parecia importantssimo qualquer auxlio que pudesse obter por quaisquer alianas polticas, mas o profeta re pudia a idia de tais alianas, porque Deus lhe revelara o propsito de salvar a Jud, na realizao do seu plano eterno para todas as naes da terra.
7. Naquele tempo ser levado um presente ao Senh or dos Exrcito s por um povo alto e polido, povo terrvel ao perto e ao longe,
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uma nao poderosa e conquistadora, cuja terra os rios div id e m ; ao lugar do nome do S enhor dos Exrcitos, ao Monte Sio.
O versculo 7 suplementa a declarao do v. 2. ste eplogo conta com o Etipia, havendo testemunhado o grande livramento de Jud pelo poder do Senhor Jav, trar tributo ao Monte Sio, ao Senhor dos Exrcitos, a quem pertence o poder supremo, a glria e a vitria fi nal (Cp. Sal. 76:12; S of. 3 :1 0 ). A palavra "^ p resen te, rara, mas se encontra no Sal. 68:29 e em 76:11, usada com a palavra potica
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conduzir, ou levar consigo um presente. Ao lugar do Nom e do Senhor dos Exrcitos, ao Monte Sio. (Ver 30:27; Cp. I Reis 8:17; Deut. 12:5, 1 1 .) Ver outras re ferncias converso dos etopes em 45:14; S of. 3:10; Sal. 68:31.) geralmente reconhecido que ste captulo foi es crito quando Senaqueribe tinha chegado na altura do seu poder, e quando a Assria j obtivera as suas m aio res conquistas, um pouco antes da destruio miraculo sa do grande exrcito da Assria perante a cidade de Je rusalm em 601 (Ver a Arqueologia Bblica do autor, ps. 269-271). 2. Profecia Contra o Egito, 19:1-15
1. Orculo concernente ao Egito. Eis que o Senhor, cavalgando num a nuvm ligeira vem ao E gito; os dolos do Egito estremecero diante dle, e o corao dos egpcios se derreter dentro dles. 2. E farei com que egpcios se levantem con tra egpcios, e pelejaro cada um contra o seu irmo, e cada um contra o seu prxim o; cidade con tra cidade, reino contra reino.
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3. O esprito dos egpcios se esvaecer dentro dles, e eu confundirei o seu conselho; les consultaro os seus dolos e encantadores, e necromantes e feiticeiros. 4. E eu entregarei os egpcios nas mos ds um senhor duro; e um rei feroz os dom inar, diz o Senhor, o S enhor dos Exrcitos.
ste captulo consta de duas partes principais. A primeira diviso, versos 1 a 15, est escrita na form a de poesia, e descreve a aflio vindoura dos egpcios. O Senhor vem ao Egito em juzo, e castigar os egpcios de vrias m aneiras. 0 profeta, em trs estrofes poticas, descreve as conseqncias do julgamento divino na vida religiosa, econmica e poltica do E gito. Degenera a re ligio, rebenta a guerra civil e ficam paralisadas as in dstrias do pas. Os versculos 16 a 25 apresentam uma srie de avisos sbre as condies da vida dos egpcios nos dias vindouros. O povo abandonar a sua idolatria e estabelecer o culto ao Senhor. No temor de Jav, alianas de amizade e paz sero estabelecidas entre o Egito e Jud. Haver tambm amizade entre o Egito e a Assria, e juntos os egpcios e os assrios adoraro ao Senhor dos Exrcitos com o povo de Israel. No possvel determinar a data certa quando Isaas proclam ou esta mensagem, porque as aluses his tricas na passagem so vagas e incertas. Talvez fos se proclamada em 720, mais ou menos, quando o rei Sargo da Assria derrotou o rei do Egito na batalha de Rfia. Alguns ligam a data dste orculo com a da subjugao dos filisteus pelos assrios em 711. Mas parece mais provvel que fsse escrito no perodo de amizade entre o Egito e Jud, em 702. Sentena contra o Egito, ou orculo concernente ao Egito. Ver a discusso desta palavra na nota
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sbre 13:1. Jav vem ao Egito, cavalgando numa nu vem ligeira. Na linguagem potica, o Senhor freqen temente representado no seu m odo de andar velozmente no carro de nuvem, ou nas asas do vento, Deut. 33:26; Sal. 18:10; 68:33; 104:3; Dan. 7:13; Hab. 3:3-10. E Mat. 24:30 declara que o Filho do Homem vir sbre as nuvens do cu com poder e muita glria. Assim re presentada a operao do juzo divino na dissoluo da vida nacional do Egito. Esta linguagem potica no in coerente com o ensino da onipresena do Senhor em Jer. 23:24 e Sal. 139; nem com a viso de Isaas, 6:1. Os dolos do Egito. Os egpcios adoravam vrios deuses e deusas, com o Hathor, a Senhora de Biblos, sis, Hrus, Atom e outros; mas tinham tambm os seus pr prios dolos, com o o crocodilo, peixes, o homem, a rvo re e utros. Mas o profeta fala aqui da decadncia da religio e da vida moral dos egpcios. Com a vinda do Senhor os dolos estremecero, e o corao do povo se derreter diante da manifestao da justia de Deus. Os versos 2 e 3 descrevem a anarquia no Egito. A profecia fo i escrita num perodo de declnio do poder do govrno, provavelmente na ocasio da queda de uma dinastia, que resultou na desorganizao da vida nacio nal. Parei com que, ',r D D de HDD. Esta palavra
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usada em vrios sentidos: incitar, excitar, estimular, ar mar, esconder, proteger. Deus incita ou faz com que, no sentido de fazer operar a sua lei moral ou espiritual; mas os prprios egpcios so responsveis pelo fracasso da sua religio, do seu govrno e da sua vida social e econm ica. les esto pelejando uns contra os outros, em tdas as suas relaes e em tdas as suas atividades. A religio no tem mais fra na sua vida moral e nas suas relaes sociais.
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O esprito dos egpcios se esvaecer dentro dles. O nifal do verbo significa ser esvaziado ou esgotado,
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derram ado. Com as contendas e lutas les ficam com pletamente esgotados, sem quaisquer recursos espirituais ou religiosos. Consultaro, ou consultam os seus dolos, os encantadores, os necromantes e os feiticeiros, e ficam cada vez mais confusos. Eu confundirei o seu conselho. A palavra pode significar confundir, aniquilar ou destruir. 0 Senhor destruir ou aniquilar o conscJho dos egpcios. Entregarei os egpcios nas mos de um senhor duro; ou, mais literalmente, nas mos de senhores de cruelda de, provvelmente os assrios. A palavra senhores plu ral de majestade, com o se v na frase o rei feroz na clusula seguinte. O profeta declara que um opressor cruel do Egito, ou da Assria, se levantar com o o resul tado da confuso e das lutas civis enti'e os egpcios. O Egito sofreu por mais de um sculo com o resultado das guerras com os assrios e os babilnios.
5. Secaro as guas do Nilo, e o rio se to rna r sco e rido. 6. Os canais exalaro mau cheiro, e os braos do Nilo dim in uir o e se esgotaro; as canas e os juncos se murcharo. 7. Ha v e r lugares nus ju nto ao Nilo, beira do rio, e tda a sementeira junto do Nilo se secar, ser levada pelo vento, e no subsistir. 8. Os pescadores gemero e lamentaro, todos que lanam anzol ao rio; e desfalecero os que estendem rde sbre as guas. 9. E envergonhar- se- o os que tra balh am e os que tecem pano branco. em linho fino,
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Os versculos 5 a 10 descrevem as condies trgi cas da vida econmica e social do povo do Egito. Estas condies resultam da falta das guas do N ilo. Alguns duvidam que haja qualquer conexo entre estas condi es tristes do povo e a injustia das condies polticas c sociais apresentadas nos versos 1 a 4. Mas o tom da mensagem indica que o profeta est dizendo que os egp cios esto sofrendo por causa dos seus pecados da in justia poltica, industrial e social. Secaro as guas do m ar. A palavra mar, com o em 18:2, significa o Nilo, que, nos perodos de inundao, tipha a aparncia de mar, semelhante ao rio Amazonas. Para os egpcios no podia haver maior desastre do que a falha das guas do Nilo, porque tda a prosperidade da terra, e at a vida do povo dependiam das guas do rio. Devemos reconhecer que a linguagem do profeta aiqi potica, e no deve ser interpretada literalmente. Nos tempos antigos o povo sofria quando se baixavam as guas do Nilo, mas nunca se secaram totalmente as suas guas. Os canais exalaro mau cheiro. A palavra rio no verso 5 significa o Nilo. Os rios, fYHlJ , do verso 6, sig nifica canais cortados para distribuir guas do rio Nilo na irrigao das terras. Esta mesma palavra se usa para designar os canais da Babilnia, no Salmo 137. O verbo 3 exalar mau cheiro, no usado em qualquer
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outro lugar. Talvez seja palavra caldaica, mas o sentido aqui est claro. Os canais ficaro estagnados e ptridos, com cheiro nauseabundo. A palavra significa prado, traduzida por alT
guns revela. Mas o texto apresenta um problema. A mar gem de Kiltel tem inX , lugares nus, que cabe melhor no
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texto. A sementeira junto do Nilo pode significar as canas e os juncos do verso 6, mas alguns pensam que significa o solo e as sementes plantadas nle. As plan taes sero secadas e reduzidas a p, sendo ste levado pelo vento, com o no nordeste do Brasil nos periodos da sca. Os pescadores gem ero. A pesca constituia um das indstrias mais importantes no Egito (Cp. x. 7 :2 1 ). Assim, as indstrias do Egito, a pesca, a lavoura, o pre paro de algodo e linho (Rlo de 1Q Isaa do Mar Mor to) paralisam. Todas as classes da sociedade, os gran des e os jornaleiros sero esmagados, envergonhados e entristecidos.
11. Na verdade, so nscios os prncipes de Zo; os sbios conselheiros de F ara do conselhos estpidos. Como podeis dizer a F a ra : Filho de sbios sou eu, filho de reis antigos? 12. Onde esto agora os teus sbios? A n u n c i e m - t e ag ora e inform em -t e do que o Senh or dos Exrcitos determinou contra o Egito. 13. Loucos se tornaram s prncipes de Zo, enganados esto os prncipes de Mnfis; fazem e rra r o Egito os que so pedras de esquina das suas tribos. 14. O S enh or difundiu no meio dela o esprito de confuso; e les fize ra m estontear o E gito em tda a sua obra, como o bbedo quando cambaleia no seu vmito. 15. E no haver para o E gito obra alg uma que possa fazer cabea, cauda, palm a ou junco.
Os versos 11 a 15 descrevem a estultificao e a es tupidez dos conselheiros de Fara. Os sbios fam osos do Egito, e os principes das cidades notveis de Zo e Mnfis m ostram a sua falta de entendimento, e sua insensatez nos conselhos que davam a Fara. O Senhor
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rustrava os seus conselhos e os seus planos, porque les no podiam discernir, nem entender, os propsitos e os planos de Deus para com as naes do mundo. Os s bios, vaidosos, enganavam-se a si mesmos, bem com o a todos que participavam na vida e no govrno do Egito, e conseqentemente o pas ficou paralisado. So nscios os prncipes de Zo. A cidade tinha tambm o nome de Tanis. lima cidade de interesse histrico. Os hebreus escravizados no Egito moravam perto de Tanis, e muito provvelmente foram obrigados a construir esta cidade, bem com o as cidades-celeiros de Pitom e Ramesss (x. 1:1 1 ). As escavaes mostram que Zo fo i uma cidade importante ali pela dcimasegunda, ou a sexta dinastia, c. 2625-2475. Foi residn cia de reis desde o govrno de Ramesss II no dcimo terceiro sculo. Foi tambm a cidade de Sisaque, rei do Egito no tempo de Salomo (I Reis 11:40; 14:25; II Crn. 12:2, 5, 7 ). Como podeis dizer a Fara, sou filho dos sbios, filho de reis antigos? A casta sacerdotal foi reconhecida uo Egito com o os herdeiros da sabedoria famosa do Egito, pois as dinastias antigas eram da classe da elite dos sacerdotes que teoricamente preservavam e trans mitiam a sabedoria do Egito. Mas, no obstante tdas as suas pretenses, e a sua vaidade, les davam conselhos estpidos. Onde esto agora os teus sbios? Pergunta sai'cslica, dirigida a Fara. Perante o pi'oblema da aflio e do sofrimento do Egito, les no existiam. Existiam, sim, mas simplesmente com o loucos vaidosos que nada sabiam . No podiam discernir, nem dizer qual era o propsito do Senhor concernente ao Egito. Os prncipes de Zo e de Mnfis j se tornaram lou cos. Mnfis, com o Zo, era unia cidade antiga, e de
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importncia histrica, com o capital do Egito Setentrio nal, e com o sede de religio e cincia. Ficava no canto meridional do Delta, perto do local da cidade moderna do Cairo. Foi conhecida pelo nome de Mofe, Os. 9:6; Nofe, Jer, 2:16; Menofe, Ez. 30:13. So estas pedras de esquina que faziam errar o Egi to (Cp. Jui. 20:2; I Sam. 14:28; Zac. 1 0:4 ). Como re sultado dos conselhos dsses sbios, as autoridades f i cavam completamente confundidas. No seu juzo co r rom pido, os sbios fizeram estontear o Egito em tdas as suas obras, com o o bbedo quando cambaleia no seu vm ito. No podiam fazer cousa alguma. Cabea e cauda, prncipe e jornaleiro, forte e fraco, ficaram igual mente frustrados e impotentes. 3. Jud e Jav dos Exrcitos, um Terror para os Egp cios, 19:16, 17
16. Naquele dia os egpcios sero como mulheres; tremero com te rro r por causa do movimento da mo do Senhor dos Exrcitos que le agita r contra les. 17. E a terra de Ju d se to rnar um te rror para os egpcios; todo aqule a quem isso se a nuncia r S3 assombrar, por causa do propsito do Senhor dos Exrcitos que determinou contra les.
Os egpcios tremero perante o juzo iminente de Jav dos Exrcitos, e estremecero quando se m encio nar o nome de Jud. Talvez haja uma aluso ao efei to das pragas na vida dos egpcios no tempo do xodo, x. 10:7; 11:3; 12:33, 36. Naquela ocasio, com o nes ta profecia, o povo do Senhor se tornou objeto de ter ror para os seus inimigos, pelo m ovimento da mo de Jav dos Exrcitos. Naquele dia introduz aqui uma profecia escatolgica, encerrada no conceito bblico do propsito do Senhor
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dos Exrcitos. A frase aqui, com o em muitos outros lu gares, d nfase ao juzo do Senhor com o o preparo ne cessrio para o futuro do reino de Deus. Jud, com o o povo escolhido do Senhor, tinha a nobre incumbncia missionria de avanar o reino de Deus entre as naes. Persistia, porm , no entendimento errado a respeito da natureza da sua misso, e do seu prprio lugar no rei no (Ver a discusso sbre O Dia do Senhor na T eolo gia Bblica do autor, p . 227). O profeta fala aqui do terror dos egpcios perante Jud, e perante o Deus do povo escolhido, Jav dos Exrcitos. Apresenta-se, aqui, apenas o lado negativo do reino futuro de Deus entre as naes, mas o escritor est visando ao dia quando Jud dominar o mundo, e a sua religio ser aceita univer salmente (Cp. 11:10-16; Miq. 7:16-17). Os egpcios sero com o mulheres, tmidos, m edro sos e consternados. A terra de Jud se toinar um ter ror para les, bem com o o m ovimento da m o de Deus sbre a sua terra (Cp. 30:32; 10:32; 11:15). A terra de Jud se tornar um error para os egp cios, mas no por causa da agresso de Jud contra o Egito, com o diz The Interpreters Bible, in loco. sim plesmente o terror inspirado nos egpcios pelo Senhor dos Exrcitos, com o no tempo do xodo, e pela associa o de idias, a terra de Deus se tornar um terror para os egpcios. 4. Os Egpcios e os Assrios Adoraro ao Senhor, 19:18-25
18. Naquele dia haver cinco cidades na terra do Egito que falaro a lngua de Cana e ju rar o ao Sen hor dos Exrcitos. U m a destas ser cham ada a Cidade do Sol. 19. Naquele dia haver u m altar dedicado ao S enhor no meio da terra do Egito, e uma coluna se erigir ao S enhor na sua f r o n te ir a .
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20. E servir de sinal e de testemunho ao Senh or dos Exrcitos na terra do E g ito ; quando clamaro ao Senhor por causa dos opressores, le lhes enviar um salvador e defensor que os livrar. 21. E o S enhor se far conhecido aos egipcios; e os egpcios co nhecero ao Senh or naquele di a; sim, les o adoraro com sacrifcios e ofertas, e faro votos ao Senhor, e os cum priro.
ste versculo 18, que fala das cinco cidades na ter ra do Egito que falaro a lngua de Cana e juraro ao Senhor dos Exrcitos, de largo intersse histrico. Uma das cidades distinguida das outras, talvez com o o centro do culto dos judeus no Egito. Esta seo do ca ptulo, versos 18 a 25, em contraste com a atitude de hostilidade contra o Egito em 16 a 17, trata de trs as suntos importantes a colnia de judeus no Egito, a converso dos egpcios e a aliana religiosa entre o Egi to, a Assria e Israel. As cartas de Elefantina ou Yebe, descobertas em 1903, oferecem muita inform ao im portante sbre a colnia dos judeus no Egito (Ver a Ar queologia Bblica do autor, ps. 59-62). Essa colnia de hebreus em Elefantina, perto de Assou, erigiu o seu Tem plo ao Senhor logo em 525 a . C . , ou talvez algum tempo antes. Crca de 160, Onias, um sacerdote exila do, construiu em Leontpolis o segundo templo, justifi cando-se por esta passagem em Isaas, segundo Josefo, Antigidades X III:3 .1 . Alguns interpretam o versculo 18 com o profecia de que algumas cidades egpcias se convertero ao Senhoi' Jav dos judeus com o as primcias da terra, e assim fa laro a lngua de Cana. Mas, luz da Histria, claro que as cinco cidades so colnias de judeus no Egito. O culto de Jav dos Exrcitos ser estabelecido na terra, e com o resultado da converso do Egito e da Assria, haver uma aliana religiosa entre stes pases e Israel.
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No h ocasio mais apropriada historicamente para esta viso do profeta do que a salvao miraculosa de Jeru salm do poder do exrcito de Senaqueribe em 701 a .C . Falaro a lngua de Cana. Esta lngua de Cana hebraico falado pelos israelitas e por vrios outros po vos das terras vizinhas. Foi esta lngua sagrada que dis tinguiu os judeus no Egito dos seus vizinhos. Juraro ao Senhor significa simplesmente que stes judeus no Egito eram fiis ao Senhor dos Exrcitos, o Deus que se revelou ao seu povo. H vrias opinies, e muita dis cusso a respeito do sentido original da ltima declara o do verso 18. Uma destas ser chamada a cidade da destruio, D*|fiPl; a cidade da justia, p i da Sepo
tuaginta; a cidade do Sol,Dinn , de vrios manuscritos. A primeira destas verses representa o texto aceito; a segunda representa a verso grega; a terceira segue o hebraico de vrios manuscritos. Alguns pensam que a Cidade da Justia represente o texto original (Cp. 1:26), a pequena Jerusalm entre as cinco cidades no Egito. Mais tarde, fo i mudada para o nom e egpcio, Cidade do Sol, Helipolis, uma cidade no Delta. A Cidade da Des truio representa uma data mais tarde, nom e usado por causa do zlo ortodoxo em favor de Jerusalm com o o nico santurio legtimo de Jav (Deut. 1 2 :5 ). tam bm possvel que fsse denominada a cidade da destrui o por causa da hostilidade desenvolvida mais tarde contra o Egito. Haver um altar ao Senhor no Egito para os ju deus na terra, e mais tarde para os egpcios convertidos ao Deus de Israel. Como j explicamos, os judeus no Egito construram um Templo dedicado ao culto do Se nhor, no obstante a legislao deuteronmica que re conhecia apenas o altar ou o Templo em Jerusalm.
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Uma coluna, n a s
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Colunas ou pilares com em oravam uma variedade de eventos histricos na terra de Israel, e finalmente eram usados com o acessrios ao culto. Esta coluna na fron teira do Egito servia, para os israelitas no Egito, de si nal e de testemunho ao Senhor dos Exrcitos. Prom e te, primeiro aos judeus, e depois aos egipcios que se con vertam ao Senhor, um Salvador e defensor, quando cla maro ao Senhor por causa dos opressores. Assim, o processo da converso dos egpcios se apresenta nos ver sos 20 e 21 de uma maneira significativa. Os judeus proclam am aos egpcios o nome de Jav por suas obser vaes religiosas, e depois no tempo de aflio, os egp cios, sem mais confiana nos seus deuses falsos, vm ao Senhor, e dle recebem respostas s suas oraes. Os egpcios se regozijam no conhecimento do Senhor, e na sua profunda gratido, e les o adoram com sacrifcios e ofertas.
22. E o Senhor fe rir os egpcios, ferindo e cu ra n d o ; e les se convertero ao Senhor, e le lhes atender s oraes, e os curar. 23. Naquele dia haver estrada do E gito at A ss ria , e os assrios vir o ao E g ito , e os egpcios A s s ria ; e os egpcios adoraro com os assrios ao Senhor. 24. Naquele dia Israel ser o terceiro com os egpcios e os assrios, um a bno no meio da te rra ; 25. porquanto o Senhor dos Exrcitos os abenoar, dizendo: Bendito seja o E gito , meu povo, e a A ss ria , obra das m inhas mos, e Israel, m in ha herana.
O Senhor ferir os egpcios, e assim os disciplina r da mesma maneira, e com o mesmo propsito, com que disciplinava o povo de Israel. Os egpcios que se con
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verterem ao Senhor tero a experincia da disciplina paternal e da bondade divina que havia orientado o povo de Israel. Tero at as mesmas fraquezas dos is raelitas, mas quando se desviarem do caminho do Se nhor, a disciplina os levar ao arrependimento, e voltan do-se ao Senhor, les recebero as bnos do perdo, e Deus responder s suas splicas e os curar (Cp. Os. 6 :1 ). Naquele dia haver estrada do Egito at Assria. Assim haver uma aliana pacfica entre sses dois pa ses, baseada no seu nvo conhecimento do Senhor dos Exrcitos, o verdadeiro Deus. Como o verso 21 explica a converso do Egito ao Senhor, assim ste verso 23 in dica claramente que a Assria experimentara a mesma transformao religiosa. A inimizade poltica que exis tira por longos anos entre o Egito e a Assria termina r com a nova experincia religiosa com o Senhor Jav, o Deus de Israel. Os versos 23 a 25 falam da aliana trplice entre o Egito, a Assria e Israel. stes trs podres, na maravilhosa providncia de Deus, sero uma fonte de bno para o mundo inteiro. Naquele dia Israel ser o terceiro com o Egito e a Assria. Os versos 24 e 25 explicam com o stes dois grandes podres rivais, que no perodo das suas fam o sas carreiras polticas, esmagavam pases, saqueavam as suas riquezas e atormentavam os seus povos, naquele dia do Senhor, les cooperaro e trabalharo juntos com Israel, para estender o reino d Senhor dos Exrcitos entre os povos da terra. Com a estrada entre o Egito e a Assria que atravessa a terra de Israel, os egpcios e os assrios sero relacionados ao Senhor to diretamente com o Israel. Esta profecia missionria vai se cumprin do lentamente, mas com a certeza do seu cumprimento final.
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ste tpico especifica um ensino geral dos profetas que recebe nfase especial neste captulo. Mas a men^ sagem do profeta relaciona-se com vrios fatos e even tos histricos de importncia. Oferece, por exemplo, in form ao nova sbre a personalidade e a atividade po ltica de Isaas. J havia demonstrado, no captulo 7, a sua forte oposio contra a aliana desastrosa de Jud contra a Assria. Naquela ocasio, o profeta levou con sigo o filho, com o nom e simblico Sear-Jasube. Mas agora le representa um ato simblico, aparentemente humilhante e indecoroso para um mensageiro do Se nhor, para demonstrar o perigo de fazer uma aliana: com o Egito. Andou trs anos nu e descalo por sinal e prodgio sbre o Egito. Mas Jeremias e Ezequiel usa ram mais smbolos do que Isaas para reforar os seus; ensinos. No ano de 711 a. C ., Sargo II, rei da Assria de 722 a 705, fz a sua expedio contra Asdode, a cidade principal dos filisteus. Das inscries preservadas e acha das no m agnfico palcio de Sargo II, em Dur-Sarrukin ou Sargonpolis, emos inform ao sbre as atividades dsse poderoso imperador (Ver W inton Tliomas, Documents from Old Testament Times, ps. 61 e seg. e a Arqueologia Bblica do autor, ps. 79-80). Em 721 foi le quem completou o stio de Samaria, e deportou 27.290 de seus habitantes, espalhando-os em vrios pa ses sob o seu domnio, assim terminando definitivamen te o reino setentrional dos hebreus. Asdode, a cidade principal dos filisteus, fo i o cen tro da rebelio contra a Assria. O rei Azuri de Asdode, deixando de pagar o tributo exigido pela Assria, uniuse com os prncipes dos estados vizinhos, com a esperan a de ganhar o socorro de Jud e do Egito, numa grande
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revolta contra a Assria. Por esta insubordinao, Azuri foi deposto e o seu irm o Aquimite estabelecido em seu lugar. Mas os asdoditas removeram Aquimite e es colheram lamani com o o seu governador. Sargo II mandou imediatamente uma grande fra expedicion ria contra os rebeldes, capturou a cidade de Asdode, sa queou as suas riquezas, e levou cativos os seus habitan tes. Sargo incorporou o territrio dos filisteus no Im prio da Assria. Antes da chegada do exrcito de Sar go contra os filisteus, o profeta evidentemente pensava que os assrios conquistadores estenderiam o seu poder tambm sbre o Egito, e assim quis mostrar ao seu povo a fraqueza daquele pas, em cujo poder os judeus sempre tinham a tendncia de confiar, contra os conselhos dos profetas. um tributo influncia e ao poder de Isaas, com o estadista, que le ganhasse a vitria sbre o par tido poltico que favoreceu a unio de Jud com o Egito e a Etipia nesse tempo.
1. N o an o em que o com andante-chefe, enviado por Sargo, rei da A ss ria , veio a Asdode, e a guerreou e a tom ou, 2. nesse mesmo tem po o Senh or tinh a falado por interm dio de Isaas, filho de A m o z, dizendo; V a i, solta de teus lombos o pano grosseiro e tira dos ps o calado. E assim le tinh a feito, indo despido e descalo. 3. Ento, o Senhor disse: A ssim como Isaas, meu servo, tem andado trs anos despido e descalo, por sinal e prodgio contra o E gito e contra a E ti p ia , 4. assim o rei da A ss ria levar os presos do E g ito , e os exilados da E ti pia , ta nto moos como velhos, despidos e descatos, e com as ndegas descobertas, para verg on ha do E gito.
No ano em que veio o comandante-chefe a Asdode. Esta palavra (tart) no nome prprio, com o se v em muitas verses. o titulo do m aior oficial do exr cito da Assria, dpois do rei, o comandante-chefe das tropas (II Reis 18:17). Sargo, ou Sarruquim, rei da Assria. ste o nico lugar no Velho Testamento em
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que o nom e dele m encionado. Era filh o de Salinaneser V e o pai de Senaqueribe (Cp. II Reis 17:5, 6 ). Era um dos mais vigorosos reis da Assria. No verso 2 o sentido da palavra "UH claramen te tinha falado, em vez de falou, o Senhor por interm^ dio de Isaas. 0 profeta tinha andado nu e descalo por trs anos, antes da vinda do exrcito da Assria. Aqui; com o em muitos lugares do Velho Testamento, o con texto e no a form a gramatical que determina o tempo do verbo, com o explico na minha Sintaxe do Hebraico, caps. I e II. 0 vestido do profeta geralmente repre sentado com o manto de plos, H2 H 3 , o vestido comum, II Reis 1:8; Zac. 13:4. Mas 0 & ,o vestido que o profeta
soltou era de pano grosseiro. A frase andando nu sig nifica que o profeta usava naquele perodo apenas uma espcie de avental ou uma tanga (Cp. I Sam. 19:24; Joo 21: 7 ) . O ato do profeta fo i indecoroso e humilhan te para um hom em com o Isaas, e representa o esprito de sacrifcio no servio do Senhor. O verso 3 acentua ste fato de que Isaas era servo, meu servo, do Senhor (Cp. A m . 3:7; Nm . 1 2 :7 ). 0 seu ato era sinal e portento contra o Egito e contra a Etipia (Ver. 8 :1 8 ). No tempo da proclam ao desta mensagem a Etipia exercia a influncia e o poder pol tico no vale do N ilo. Sabaca tinha subjugado todo o Egito ao govrno dos reis da Etipia pouco antes de o profeta proclam ar a sua mensagem. O rei da Assria levar os presos do Egito, e os exi lados da Etipia. A Assria era notvelmente cruel no tratamento das naes que subjugava. Praticava a po ltica do genocdio, extinguindo as raas e as naes qile conquistava. Assim, Sargo II tratou os filisteus venci
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dos com a mesma crueldade que tinha praticado contra a nao de Israel, exilando tanto m oos com o velhos, despidos e descalos, e com as ndegas descobertas. Sargo no invadiu o Egito e a Etipia nesta campanha, mas os assrios derrotaram os egpcios na batalha de Elteque dez anos depois, e em 670 o Egito fo i invadido e severamente derrotado pelos assrios. Mas o fato im portante que os judeus, que tanto se esforaram para estabelecer uma aliana poltica com o Egito, viram a tragdia dos filisteus que com tanta confiana tinham dependido do socorro do Egito. Assim, Isaas viu que a sua humilhao, na obedincia ao Senhor, no fo i em vo.
5. E nto se assom braro e se envergo nharo por E ti p ia , sua esperana, e do Egto, seu orgulho. causa da
6. E os m oradores desta ilha diro naquele d ia : Vde, foi isto que aconteceu queles em quem espervam os, e aos quais fu gim os por socorro, para liv ra r-n o s do rei da A s s ria ! Com o, pois, escaparemos ns ?
Os versos 5 e 6 descrevem o efeito nos habitantes de Jud, que tanto haviam confiado no Egito, quando les viram os filisteus levados cativos sem que lhes vies se qualquer auxlio da parte dos egpcios. Assim, foi cumprida a mensagem do profeta, e vindicado o m otivo da sua humilhao. Foi um grande sacrifcio para ste nobre profeta que andava com o prncipe, sujeitar-se ao es crnio pblico. Mas no podem os deixar de lembrar que Aquele que se sujeitou mais terrvel humilhao ga nhou a vitria mais gloriosa, F il. 2:5-11. A frase desta regio, ou a terra da costa descreve o territrio dos filisteus, mas inclui tambm a terra de Jud. O sacrifcio do profeta visava especialmente ao bem-estar do seu povo. ste captulo relaciona-se claramente com 19:1-15, especialmente com o verso 4.
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2. Viso du ra me a n un ciad a; o prfido procede prfidam ente, o destruidor anda destruindo. Sobe, Elo, sitia , 6 M dia ; todo o seu gemido fao cessar.
H trs orculos difceis de interpretar neste cap tulo . As trs poesias tratam da Babilnia, Dum e a Ar bia. Cada uma das trs mensagens acentua o elemento visionrio na experincia do mensageiro, e indica uma certa simpatia para com os povos destas terras. O pro feta se agita com pensamentos obscuros e m elanclicos. A linguagem um tanto enigmtica e obscura, mas breve e vigorosa, e com frases brilhantes. a lingua gem de excitamento que descreve o movimento rpido dos eventos apresentados. Sem entrar nas numerosas discusses sbre o au tor e a data dos orculos, basta dizer que os argumen tos contra a autoria isainica, embora fortes, e para muitos conclusivos, no so suficientes para provar que o profeta Isaas no pudesse ter escrito ste captulo. Pode-se dizer tambm que, neste caso, a questo da da ta e do autor no muda essencialmente a significao da mensagem. Orculo concernente ao deserto do mar. Que signifi ca esta declarao misteriosa? A verso grega e o Rlo do Mar Morto omitem a palavra m ar. Mas possvel que a palavra fsse omitida do texto original por causa da dificuldade da declarao. Enquanto o sul da Babi
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lnia, diretamente ao norte do Glfo Prsico, no pode ser descrito com o o deserto do mar, no h dvida de que se fala aqui na Babilnia, seja qual fr a soluo do enigma das palavras. Na viso dura o profeta est vendo e contemplando a marcha rpida e tempestuosa das hostes da Mdia e de Elo contra a Babilnia. Ora, esta referncia ao ataque de Elo e Mdia suficiente para convencer muitos estudantes de que se fala do assalto histrico contra a Babilnia, quando ela caiu no podei' dos persas, sob o com ando de Ciro, em 530, muito tem po depois de Isaas. Mas o contedo do capitulo' tambm cabe numa situao histrica do tempo de Isaas. Sabemos de Is. 39:1-4 que Merodaque Balad era hom em pode roso da provncia da Babilnia, que ameaava tomar conta do governo do Imprio da Assria no tempo do profeta. Sargo II lutou contra ste adversrio em 710 na provncia da Babilnia, e finalmente o subjugou. Estas circunstncias histricas oferecem uma explica o da simpatia para com as vtimas da agresso ass ria, bem com o do elemento visionrio dos orculos. Elo e Mdia, sob o com ando de Sargo II, representaram as fras da Assria contra a Babilnia. O profeta est preocupado porque os tufes do de serto talvez venham contra a sua terra, depois da sub jugao da Babilnia, e a narrativa subseqente focaliza a ateno em Elo e Mdia. O perigo que viesse da quela regio teria que atravessar o deserto para chegar a Jud. A meno de Mdia e Elo com o o adversrio conquistador no incompatvel com o reconhecimen to de Isaas com o o autor da profecia (Ver 2 2 :6 ). Os elamitas eram um povt muito antigo, com uma longa histria de relaes e alianas polticas com vrias na es do mundo (Gn. 14:1-11; Is. 11:11; Jer. 25: 25; Ez. 32:24; Esd. 4:0; Neem. 1:1; Est. 1:2; Dan. 8:2; At. 2 :9 ). Os medos eram iranianos, indo-europeus,
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<|lio ocupavam a terra ao sul do Mar Cspio. J constiItifam uma nao crescente no tempo de Isaas, mas pa<{ivnm tributo a Salmaneser II, c. 836. Em 612 les capturaram a orgulhosa cidade de Nnive, capital do Imprio da Assria. Ciro conquistou a Mdia em 549.
3. Pelo que os dores se como as contoro-m e desfaleo 4. O meus lombos esto cheios d a n g stia ; apoderaram de m im , dores da m ulh er que d lu z; de dores e no posso o u v ir, e no posso ver.
meu corao cam baleia, o h o rro r me apa vo ra ; o crepsculo que desejava se me tornou em trem ores.
Os versos 3 e 4 descrevem a agitao e o terror do profeta. 0 crepsculo que desejava, se m e tornou em tremores. Esta declarao aparentemente menciona as tristezas do profeta nos seus ltimos dias, depois de um perodo de calma. As dores mais terrveis se apodera ram dle, e le se achava apavorado.
5. P re param a nrvesa, estendem taptes, com em , bebem. L e v a n ta i-v o s , prncipes, untai o escudo. 6. Pois assim me disse o Senhor: V a i, pe o atalaia, que le anuncie o que v ir. 7. Quando le v i r um a tro pa de hom ens montados, cavaleiros de dois a dois, um a tro p a de jum entos, e um a tropa de camelos, que le ento escute atentam ente, m ui atentamente, 8. Ento gritou aqule que v iu : S&bre a trre de v ig ia estou em continuam ente durante o dia, p, 6 Senhor,
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e de guarda me ponho noites inteiras. 9
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E is agora vem um a tro pa de homens, cavaleiros de dois a dois! E nto ergueu le a voz e disse: C a iu , caiu B a b il n ia ; e tdas as imagens de seus deuaes le despedaou por terra.
O verso 5 descreve o indiferentismo dos babilnios perante o perigo do stio da cidade pelo inim igo. Term i na o versculo 5 com o aplo dirigido ao povo que co mia e bebia, e aparentemente no se preocupava com o perigo do inim igo. Levantai-vos, prncipes, untai o escudo. O banquete termina em confuso, pois o ini migo j est porta da cidade. Tudo isso o profeta con templa na viso. Untai o escudo, preparai-vos para a batalha (Ver II Sam. 1 :2 1 ). At o verso 5, o profeta, na sna viso, fala da mensagem que lhe fo i anunciada di retamente, Mas nos versos 6 a 9 le indica outro m odo de com unicao. Assim, le se apresenta com o perso nalidade dual. No fim , o atalaia o prprio profeta. V e ouve cousas que no entende, porque ficou em sus penso o seu poder de interpretar imediatamente o que estava vendo e ouvindo. Ao mesmo tempo, le se man tm alerta para entender e transmitir o significado da mensagem que est recebendo com o o atalaia. Encon tra-se a mesma experincia psicolgica da parte de ou tros profetas; Hab. 2:1; Zac. 1:9; Ez. 8:1-3; 11:21-25. ste estilo enigmtico no caracterstico do profeta Isaas, e levanta dificuldades em se aceitar ste captulo com o obra sua. Vai, pe o atalaia, que le anuncie o que vir. Esta ordem que o profeta recebe do Senhor. Assim, na vi so, o profeta v e ouve mui atentamente a procisso militar, com a certeza de que h de receber a mensagem que ela representa,
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A frase clamou com o leo traduz corretamente o lexto massortico, mas o texto da margem, gritou aque le que viu, mais claro, e representa m elhor o sentido da passagem. A diligncia do atalaia, que o prprio profeta, indicada, com nfase, pela declarao de que le fica estacionado de p, na trre de vigia, durante o dia e noites inteiras. E quando o profeta v e escuta mui atentamente a longa tropa, que, na viso, vem da Babilnia, de repente le entende o que significa o pa norama. Ento ergueu a voz e clam ou: Caiu, caiu Ba bilnia, juntamente com os seus deuses.
10. O h ! meu debulhado, meu filho da e ira ! O que tenho ouvido do Senh or dos Exrcito s, o Deus de Israel, isso vos anuncio.
O verso 10 refere-se a Jud, o debulhado e o filho da eira, do profeta. Com a subjugao da Babilnia, o profeta est pensando aparentemente que o poderoso exrcito da Assria atacar logo as cidades rebeldes dos filisteus, vizinhos de Jud, e provvelmente a Jud tam bm . H trs interpretaes dste captulo que represen tam mtodos diferentes de se entender a profecia do ponto de vista da Histria. Alguns dizem que a viso do profeta no est limitada quanto ao seu entendimento dos eventos futuros da Histria. Segundo ste ponto de vista, os intrpretes antigos, e alguns poucos entre os modernos, dizem que Isaas, o autor dste captulo, ti nha recebido do Senhor uma viso clara da queda da Babilnia no poder de Ciro em 586, aproximadamente 125 anos depois de escrever ste captulo. Por causa das grandes dificuldades de manter e aplicar ste m todo de interpretar as profecias do Velho Testamento, quase todos os eruditos modernos, reco
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nhecendo que a inspirao divina preparou os profetas para entender e interpretar o significado dos eventos do seu tempo na providncia divina, no podem descobrir nas profecias qualquer evidncia de que os seus auto res tivessem o poder para descrever os pormenores dos eventos futuros da Histria. Enquanto o profeta Isaias era mestre inspirado pelo Senhor para entender e ex plicar a significao e a importncia dos eventos hist ricos da sua poca em relao ao propsito de Deus, le no fo i inspirado para interpretar os pormenores dos eventos histricos que aconteceriam mais de cem anos depois da sua m orte. Deus levantou e inspirou Jere mias e outros profetas para interpretarem o significa do, e o propsito divino do cativeiro babilnico. Se o profeta Isaias escreveu stes dez versculos, le descreve a derrota de Merodaque Balad e a queda da provncia da Babilnia, no seu esforo de dominar o Im prio da Assria. Se o mensageiro est falando da queda do Imprio da Babilnia no poder de Ciro em 587, no o profeta Isaias. ste o ponto de vista de quase to dos os eruditos de h oje. J. Orculo Concernente a Dum, 21:11-12
11. O r cu lo concernente a D um . C la m a p a ra m im de S e ir: G u a rda , que h de noite? G u a rda , que h de noite? 12. D iz o gu a rda : Vem a m anh, e tam bm a noite. Se quereis p e rgu n ta r, p e rg u n ta i; volta i, vinde.
ste breve orculo trata de Dum . Segundo a Septuaginta, e a margem de alguns manuscritos hebraicos, Dum identifica-se com o E dom . A terra de Edom fica
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(liretamente ao sul e sueste do Mar M orto. A palavra Dum significa silncio, e pode ser form ada pela troca da posio das letras hebraicas da palavra E dom . A passagem breve e vaga no indica definitivamente a si tuao histrica, nem a data do orculo. Mas o tom de ansiedade na pergunta indica que Seir (Cp. Ju. 5:4; Ez. 35:2) ou Edom se achava em grande perigo. Devi do sua posio geogrfica, Edom se achava neste grande perigo quando Sargo II subjugou os filisteus, e ameaava estender a sua campanha militar at ao Egito, c. 715. Neste caso, no pode haver dvida de que Isaias o autor dsse orculo. Por outro lado, Edom prospe rou notvelmente durante o perodo do exlio dos ju deus na Babilnia, ocupando uma grande parte do ter ritrio dos exilados, e despertando contra si a hostilida de feroz dos vitimados (Cp. Ez. 25:12-14; 35:14; 36:3; Is. 63:1-6; Mal. 1 :2 -5 ). Clama para mim, fcH p Assim o ptc. sing.,
sem sujeito definido, indica clam or urgente. 0 clamante apresenta ao guarda, o profeta, a pergunta ansiosa: Guarda, que h de noite? Que parte da noite j pas sou? Quantas horas at que venha a manh? Esta lin guagem obscura, e provvelmente figurada. Quanto tempo dste perodo de aflio j passou? Quando vem alvio? (Cp. Is. 8:20-22; 47:5; Jer. 15:9; Miq. 3 :6 ). Diz o guarda: Vem a manh, e tambm a noite. A resposta to obscura quanto a pergunta. Vem a ma nh, sim, e logo depois a noite. Quando se achava Edom neste perodo de aflio? impossvel responder com certeza. Philip Schaff pensa que fo i no perodo da in vaso de Jud por Senaqueribe, e que a manh veio com a derrota dle, mas a noite voltou com o domnio da Ba bilnia (A Commentary on the Holy Scriptures, V ol. XI, p . 2 43 ). Em bora venha a manh, ser tragada
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logo depois pela noite. A frase perguntai, voltai outra vez, indica que talvez haja esperana para Edom, mas no esclarece a obscuridade do orculo concernente a Edom . K. Orculo Concernente a Arbia, 21:13-17
13. O rculo concernente a A r b ia . Nos bosques da A r b ia passareis a noite, 6 caravanas de dedanitas. 14. T ra z e i guas aos sedentos; levai po aos fu gitivos, moradores da terra de Te m a . 15. P orque les fogem de diante das espadas, de diante da espada nua, de diante do arco arm ado, e de diante do fu ro r da guerra. 16. Pois assim me disse o S e n h o r: Dentro dum ano, tal como o do jo rna leiro, tda a glria de Q uedar desaparecer. 17. E o restante do nm ero dos flecheiros, os valentes dos filho* de Q uedar, ser dim in uto , porque assim o diss o Senhor, o Deus de Israel.
No h qualquer evidncia clara nestes versos obs curos para indicar a data certa dsse orculo. Talvez a passagem se relacione com a campanha de Sargo II contra as tribos no deserto da Arbia. Tema e Ded eram habitaes no deserto da Ar bia, ao sueste do Mar Morto, na regio do caminho para o Egito. O verso 13 indica que os dedanitas foram des viados do seu caminho, pela presso da guerra, fora dos lugares onde se achavam gua e com ida. Pede-se ento que os moradores de Tema tragam aos fugitivos, seden tos e famintos, gua e po. Surgem vrias dificuldades na interpretao dste orculo. O ttulo no se encontra na Septuaginta, mas provvelmente se baseia na ltima parte do verso 13.
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A o mesmo tempo que a frase Nos bosques da Arbia, ou na tarde, Segundo a Septuaginta, traz o sentido do he braico (Cp. Miq. 3:12), apresenta uma dificuldade, pois no h e nunca houve bosques no deserto da Arbia. A palavra aqui talvez signifique o deserto de areia e
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pedras, mas no tem ste sentido em qualquer outro lu gar 110 Velho Testamento. A frase passareis a noite talvez signifique aqui alojar-se ou abrigar-se at que passe o perigo. As caravanas dos dedanitas eram duma tribo de negociantes viageiros (Ez. 27:20 ; 38:13), que aparen temente foram desviados, por inimigos, da sua viagem, talvez no caminho para o Egito. O profeta apela aos m o radores de Tema que forneam a stes viajantes parados 110 deserto gua e po. Os temanitas, no tempo do Velho Testamento (Gn. 25:14; I Crn 1:45; J 6:19), eram uma tribo de nego ciantes, e amigos dos dedanitas. No verso 16, o Rlo do Mar Morto diz dentro de trs anos em vez de dentro dum ano. Os versos 16 e 17 em prosa, descrevem o desaparecimento da glria de Quedar. Pois assim me disse o Senhor. Segundo Gn. 25:13 e I Crn. 1:29, Quedar foi o primognito de Is mael. No possvel identificar o lugar onde os filhos de Quedar m oravam na Arbia. Sendo pastores, no tinham habitao fixa (Cp. Is. 60:7; Ez. 27:21). Pa rece que foram uma das mais fortes tribos do norte da Arbia (Cp. Cant. 1:5; Sal. 120:5). Assim, o trm o usado, s vzes, para incluir os dedanitas e os te manitas (Is. 42:11; 60:7; Jer. 2 :1 0 ). Os quedarenos eram valentes e flecheiros eficien tes (Ver Gn. 21:20). E a glria de Quedar passou gradativamente, mas evidentemente com eou crca de 700 quando Senaqueribe, com arbios e assrios, atacou o Egito (Herdoto II, 141).
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A linguagem dos versos 16 e 17, com o a do orculo inteiro, reconhecida geralmente com o isainica. As sim a situao histrica, bem com o o estilo literrio mostram que ste orculo fo i escrito pelo profeta Isaas. L . A Leviandade Religiosa dos Habitantes de Jerusalm, 22:1-14
2. O r cu lo concernente ao vale de viso. Que tens agora, que sobe aos telhados todo o teu povo? 2. T u que ests cheia de tu m u ltos, cidade tu rb u le n ta , cidade exultante? Os teus m ortos no so m ortos espada, nem m ortos da guerra.
3. To d o s os teus prncipes fogem um a, e so presos sem que se use o arco: todos os teus que foram encontrados so presos, em bora tivessem fugido para longe. 4. P ortanto, digo: Desviai de m im a vista, para que chore am argam ente; no vos canseis m ais em me consolar pela destruio da filh a do meu povo.
geralmente reconhecido que a ocasio desta pro fecia se relaciona com a invaso de Jud e Jerusalm por Senaqueribe em 701. Alguns pensam que fsse pro clamada antes da invaso, enquanto outros raciocinam que o profeta assim falou aos habitantes de Jerusalm depois do livramento miraculoso da cidade, sbre a ma nifestao do am or providencial do Senhor, que no tinha levado o povo ao arrependimento e f em seu Deus. A passagem apresenta dois contrastes entre o profeta e o povo de Jerusalm. O prim eiro a preo cupao e a profunda tristeza do mensageiro de Deus por causa do julgamento divino contra Jerusalm em
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contraste com a ingratido, a falta de arrependimento, e a continuao nos pecados de sensualismo pelos ha bitantes da cidade (1-4; 12-14). O segundo o aplo do profeta para que o povo deposite a sua f no Senhor com o o seu Salvador e Protetor, em contraste com a confiana do povo nas possesses materiais e nas armas de guerra (8-11). Com a maravilhosa salvao de Jerusalm, a lti ma fortaleza de Jud, do poder cruel de Senaqueribe, o profeta esperava que ste grande exemplo do socorro divino pudesse despertar o esprito de louvor e fidelidade do povo de Jerusalm ao Senhor, o Deus de Israel. Mas quando observou a insensibilidade espiritual e a obsti pao pblica no pecado, o profeta declara que aqules rebeldes tinham pecado alm da possibilidade de re ceber o perdo divino. Alguns crticos, que procuram descobrir incoerncias nos ensinos dos profetas, decla ram que esta passagem contradiz o ensino de Isaias sbre a inviolabilidade de Sio em 29:1-8. Mas ste en sino sbre a inviolabilidade de Sio relaciona-se com o cumprimento da misso do povo escolhido, e certamente no significa a fidelidade absoluta dos habitantes de Je rusalm ao seu Deus. O D r. J. Skinner declara que esta passagem a mais pessimista de tdas as profecias de Isaas (Cambridge Bible fo r Schools and Colleges, p . 174). Surgem dificuldades na explicao da passagem, e os comenta ristas no concordam no m odo de estabelecer a data e a ocasio, nem no esclarecimento dos problemas da in terpretao desta mensagem do profeta. Isaas tinha declarado, 10:24-26, que Jerusalm no havia de cair no poder de Senaqueribe, no por causa da justia da cidade, mas porque o tempo tinha chega do para o castigo divino da Assria. O profeta esperava, sem dvida, que a libertao de Jerusalm, unicamente
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pelo poder do Senhor, pudesse produzir a f inabalvel do povo de Jud no seu Deus, e assim a cidade se torna ria o Restante firm e de Israel. Todavia, a insensibilida de espiritual de Jerusalm nessa ocasio, que desapon tou profundamente o profeta, certamente no destruiu a sua confiana na sobrevivncia do Restante Fiel. O vale de viso, o ttulo da profecia, adotado do verso 5, talvez se refira ao Vale do Hinom, ao sul de Je rusalm (Cp. Jer, 7:31-34). Os primeiros quatro ver sculos tratam do esprito leviano do povo de Jerusalm nos seus prazeres mundanos, enquanto o profeta con templa com tristeza pesarosa a infidelidade dos habi tantes da cidade para com o seu Deus, que os tinha liber to das garras do seu terrvel inimigo. Os versos 1 e 2 des crevem o excitamento e o esprito jubiloso dos moradores da cidade. O povo' se acha nos telhados, no simplesmente para o descanso e os prazeres sociais, mas para festejar o seu alvio do grande perigo do inimigo, com jbilo rui doso, sem qualquer manifestao do esprito de louvor e gratido ao seu Deus. Que tens agora? Que significa tudo isto? pergunta o profeta ironicamente. P or que sobe aos telhados todo o teu povo? Os telhados planos das casas foram ocupa dos pelos habitantes da cidade para celebrar o seu livra mento do desastre da conquista e da subjugao pelos assrios (Cp. 15:3; Ju. 16:27). O verso 2 especifica mais claramente a disposio festiva de Jerusalm (Cp. 32:13; 5 :1 4 ). Philip Schaff pensa que o povo tinha su bido aos telhados para observar a aproximao do exr cito dos assrios (Op. cit., p. 217). Mas a chegada do poderoso inimigo conquistador certamente no ofereceu qualquer m otivo de regozijo cidade. Jerusa lm, nessa ocasio, estava manifestando o esprito fes tivo, tumultuoso, turbulento e exultante, na hora do seu
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livramento do poder do inim igo. Mas no reconheceu, na sua estultcia, que foi o Senhor dos Exrcitos, o Deus de Israel, quem destruiu o poder do inimigo, e lhe deu a grandiosa vitria. Do ponto de vista do profeta, os guerreiros e o povo de Jerusalm deviam antes ficar envergonhados, em vez de jubilosos. Os teus m ortos no so mortos espada, nem mortos (honrosos) da guerra. No m orreram no campo de batalha, na defesa da ptria, mas foram ig nominiosamente executados pelo inim igo. provvel que o profeta estivesse pensando no costume cruel dos assrios de empalar cativos perante os muros das cida des subjugadas. certamente possvel que Isaas ti vesse conhecimento de alguns soldados judeus assim executados na terrvel campanha militar de Senaqueribe na terra de Jud, antes do stio de Jerusalm. No clara a linguagem do verso 3, mas aparente mente se refere, com o j tivemos ocasio de notificar, falta de coragem dos soldados judeus. Os prncipes, generais do exrcito, fugiram perante o inimigo, e muitos dos soldados foram presos sem terem usado as armas de guerra. Outros foram presos depois de fugi rem para longe do cam po de batalha (Cp. 30:16). Senaqueribe refere-se s tropas mercenrias de Ezequias, nos seguintes trmos: os arbios e os soldados que ti nha trazido para a defesa de Jerusalm (Ver a cpia de uma parte desta inscrio na Arqueologia Bblica do autor, p . 269). O verso 4 descreve a pesarosa tristeza do profeta em contraste com a alegria insensata do povo da cidade. Desviai de m im a vista, para que chore com lgrimas copiosas (Cp. J 7 :1 9 ). Assim, o profeta repele aqules que lhe procuram oferecer consolao. Jerusalm, a cidade que o profeta amava, fo i salva pelo poder de Deus, no seu propsito de preservar o Restante Fiel en
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tre os habitantes de Jerusalm, para cumprir a misso de Israel que lhe fo i revelada na ocasio da sua escolha (x. 19:4-6).
5. Porque um dia de alvorgo, de atropelam ento e confuso, tem o Senhor dos Exrcitos, no Vale de Viso, um d e rrib a r de m uros, e um cla m or at aos montes. 6. E Elo tom ou a a ljava, com carros e cavaleiros; e Q u ir descobriu o escudo. 7. Os teus vales melhores se encheram de carros, e os cavaleiros se puseram s portas.
Os versos 5 a 7 so obscuros e difceis de se decifrar, com o se verifica pelas vrias interpretaes dos com en taristas. Parece que a passagem faz referncia a qual quer desastre que o povo tinha experimentado, junta mente com uma predio de outras calamidades que Je rusalm haveria de sofrer por causa da sua ingratido, e a sua insensibilidade para com a vontade de Deus. No h verbo no verso 5, e a falta do verbo numa de clarao hebraica geralmente indica, mas nem sempre, o tempo presente. Porque dia de alvoroo, de atropela mento, e de confuso, de acrdo com o Senhor Jav dos Exrcitos. notvel a aliterao das palavras, Htt-irift
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so? O artigo, subentendido na estrutura da palavra vale, indica um vale definido. Viso pode ser o nome pr prio do vale, assim indicado pela letra maiscula em algumas verses, mas no conhecido qualquer vale com ste nom e. Alguns pensam que seja a cidade de Jerusalm, um pouco mais baixa do que o Monte das Oliveiras, mas mais provvel que seja um dos trs va
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les de Jerusalm. tambm possvel que o trmo se use aqui no sentido figurado. Alguns pensam que o verso 5 descreve a confuso de Jerusalm na ocasio j passada quando Senaqueribe sitiava a cidade; e que os versos 6 e 7 constituem uma predio de outras calamidades que ainda cairo sbre o povo da cidade por causa da sua revolta obstinada e persistente contra a vontade do Senhor. A form a dos verbos nos versos 6 e 7 indica ao completa, sem indi car o tempo passado ou o futuro proftico. Outros julgam que os versos 5 a 8a descrevem um desastre que ainda cair sbre a cidade, uma calamidade de tumultos e confuso, quando os muros sero derri bados e os gritos do povo se ouviro at aos m ontes. Os elamitas e os quireanos (A m . 1:5; 9:7; II Reis 1 6 $ ) so mencionados com o aliados da Assria, que devastaro a terra e descobriro ou destruiro as defesas. quase impossvel esclarecer o significado do hebraico, especial mente a frase com carros de hom em e cavaleiros, que traduzimos com carros e cavaleiros.
8. T ir o u -s e a proteo de Ju d . Naquele dia olhastes para as arm as da casa do bosque. 9. Notastes as brechas da. cidade d D a vi, por serem m uitas, e ajuntastes as guas do aude inferior. 10. E contastes as casas de Jeru salm , e derribastes as casas, para fortalecer os m uros. 11. Fizestes tam bm um reservatrio entre os dois m uros para as guas do aude velho. M as no olhastes para aqule que o tin h a feito, nem considerastes qule que o form ou desde a a n t ig i d a d e .
Os versos 8b a 11 descrevem a diligncia no prepa ro da cidade para resistir ao stio. A primeira parte do verso declara que a terra ser devastada, deixando fraca a proteo de Jerusalm, a ltima fortaleza de Jud.
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Aparentemente, os moradores de Jerusalm entenderam a ameaa pronunciada pelo profeta sbre o perigo na cional, e tomaram medidas prticas para resistir ao s tio da cidade. Notastes as brechas da cidade de Davi (II Sam. 5:7, 9 ). Com as muitas brechas e a falta de armas (v. 8), faltava muito a Jerusalm no preparo para defenderse contra o inim igo. Ajuntastes as guas do aude in ferior. provvel que o aude inferior se refira ao Tan que de Silo, preparado por Ezequias (Ver A Arqueolo gia Bblica do autor, p. 209 e s e g .). Examinaram as casas de Jerusalm, construdas de pedras, e derriba ram algumas delas para fortalecer os muros da cidade. O reservatrio entre os dois muros no pode ser identificado (Cp. II Reis 25:4; Jer. 39:4; 5 2 :7 ). O lu gar indicado talvez seja a entrada do Vale Tiropoen. J notamos que o profeta Isaias entendeu a hist ria com o o desenrolar dos planos do Senhor, enquanto o povo da poca ficava confundido nas suas lutas com o inim igo. A insensibilidade espiritual, a orientao egosta e a frivolidade do povo mostraram ao profeta o terrvel perigo que a nao enfrentava.
12. Naquele dia, o S e n h o r Ja v dos E xrcitos convidou para ch o ra r e prantear, rap a r a cabea e c in g ir o cilcio. 13. E eis, o gzo e a alegria, o m ata r bois e o degolar ovelhas, o com er carne e o beber vinho . Com am os e bebamos, pois am anh m orrerem os. 14. O Senhor dos Exrcito s declarou-se aos meus ouvidos: C erta m ente esta iniqidade no vos ser perdoada, at que m orrais, diz o S enhr Ja v dos Exrcitos.
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Os versos 12 a 14 apresentam um contraste entre o esprito fiel do profeta, que convida o povo para chorar e prantear, e assim demonstrar o verdadeiro arrependi mento, e o esprito de infidelidade, e a iniqidade do povo nas suas festas orgacas. difcil determinar com certeza a ocasio que estes versos descrevem. Sabemos que o rei Ezequias pagou um tributo pesado aos ass rios, na condio de que abandonassem o stio de Jeru salm. Isto les fizeram por algum tempo, mas volta ram depois para exigir a entrega da cidade (Cp. II Reis 18:17 e s e g .). provvel que o intervalo entre stes dois ataques contra a cidade representa a ocasio dsse incidente. O povo no prestou a mnima ateno ao aplo do profeta. Ignorou por completo o convite do Senhor. No se interessava nas manifestaes de humildade e ar rependimento (Cp. Joel 2:12; A m . 9:10; Is. 3:24;
20 :2).
E eis, o gzo e alegria. Em vez de ouvir a mensa gem de Deus, o povo se entregou ao esprito leviano, e, orientado pelo egosmo, escolheu celebrar a vitria com um banquete ruidoso e os prazeres de libertinagem. Co mam os e bebamos, pois amanh m orrerem os. Estas palavras no indicam que o povo esperava um terrvel desastre, mas simplesmente expressam a vaidade irre frevel dos banqueteadores. O Senhor dos Exrcitos declarou aos ouvidos do profeta que a iniqidade do povo no ser perdoada. O esprito de leviandade e devassido que se manifesta no menosprezo do Senhor o pecado imperdovel de Jud. Com o nos dias de Isaias, ainda hoje, h multides que se manifestam escrupulosamente religiosas, mas funda mentalmente irreligiosas. O juzo austero do profeta contra a irreligio de Jud aplica-se tambm aos povos
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modernos que celebram as suas vitrias com grandes demonstraes, mas sem qualquer pensamento srio sbre a sua dependncia da providncia divina. Alguns con tam somente com o amor de Deus. Osias e Jesus en sinaram com nfase o amor de Deus, mas ao mesmo tempo chamaram a ateno para as conseqncias ter rveis do pecado do indiferentismo religioso. M. A Degradao de Sebna, o M ordom o do Rei, 22:15-25 O profeta apresenta, nesta seo, uma condenao severa de Sebna, o administrador do rei (Cp. A m . 7:16-17; Jer. 20:1-6; 28:15-17). Sebna o nico hom em contra o qual Isaas dirigiu diretamente uma severa condenao. Sebna era o oficial mais poderoso do Reino de Jud. le condenado porque favoreceu a aliana de Jud com o Egito contra a Assria, a poltica que Isaas poderosa mente denunciava. Sebna fo i deposto, aparentemente com o resultado da oposio do profeta, e Eliaquim foi colocado em seu lugar, 36:3; 37:2. Quando Sargo II des truiu Asdode e subjugou os filisteus, le no atacou a Jud, provavelmente porque Sebna j fra deposto, e Jud tinha recusado aliar-se com a liga das naes vizinhas contra a Assria. A linguagem do profeta indica que Sebna era poltico ambicioso, mas de considervel capacidade. No m en cionado o nom e do pai, uma indicao de que le no era da aristocracia. A ambio do hom em indica-se pela construo de um tmulo m agnfico para com em orar a sua grandeza. A persistncia e o poder de Sebna s indicados pelo fato de que pouco tempo depois de ser deposto le foi secretrio de Eliaquim, uma posio o fi cial de importncia (Cp. 36:3,22; 37:2; II Reis 18:18,37;' 1 9:2 ). . . .
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15. Assim diz o S enhor Ja v dos E x rc ito s : V e m , va i te r com ste a dm inistra d or, com Sebna, o m ordom o, e p e rg u n ta -lh e : 16. Que que tens aqui, e a quem tens tu aqui, para que tenhas aberto aqui um a sepultura, cavando em lu g a r alto a tu a se p u ltu ra , cinzelando na rocha a tu a p r p ria m orada? 17. Eis que o S enhor te a rro ja r violentam ente, 6 homem forte, le te a g a rra r com firm e za , 18. e e n ro la r-te - como bola e te a tira r para um a te rra espaosa. A li m orrers, e ali se acharo os carros da tua glria, 6 oprbrio da casa do teu senhor. 19. E u te lanarei fora do teu psto e sers derribado da tu a posio.
Os versos 15 a 1,9 falam da denncia de Sebna, o m ordom o am bicioso do rei, e da sua demisso do seu alto ofcio. O administrador da casa do rei era o princi pal ministro do Estado (Cp. I Reis 4 :6 ). Vem, vai ter com ste administrador. A frase ste administrador usa-se aqui no sentido de desprezo e de escrnio. Esta palavra ' D, administrador ou m ordom o, no usada com ste sentido em qualquer outro lugar no Velho Testamento. O verbo significa servir. O pro feta indica que Sebna da classe dos subservientes, e in digno da posio que ocupava. Que que tens aqui, e a quem tens tu aqui? Se o profeta obedeceu literalmente ordem recebida do Se nhor, provvel que se encontrou com Sebna perto da sepultura que ste estava preparando para si, de acrdo com o costume da aristocracia de Jerusalm. Esta pre suno dsse hom em indigno e am bicioso despertou a ira do mensageiro do Senhor. O tmulo de Sebna era sim plesmente um monumento da sua vaidade ostensiva. Ca vando e cinzelando na rocha a sua habitao futura em lugar alto e conspcuo, no esforo de com em orar a sua grandeza pessoal, Sebna estava erguendo um monumen to sua miservel vaidade.
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Os versos 17 e 18 descrevem em trmos fortes o des tino de Sebna. Eis o Senhor te arrojar violentamente. Alguns pensam que as palavras em terra larga, do verso 18, seguiram a palavra violentamente no texto original. Agarrar-te- com firm eza traduz melhor o sen tido das palavras HI3J? e "p , do que de todo te envolT T *
ver. A terra larga evidentemente a Assria. Ali, na As sria, morrers na tua desonra. Ali se acharo os carros da tua glria, vergonha ou oprbrio da casa do teu senhor. O verso 19 serve apenas com o transio, declaran do que Sebna ser demitido do seu ofcio, e derribado da sua alta posio. o prprio Senhor quem lanar Sebna da sua alta posio.
20. Naquele dia cham arei a meu servo E lia q u im , filho de H ilq u ias, 21. e v e s ti-lo -e i da tu a t nica, c in g i-lo -e i com a tu a faixa, e lhe entregarei nas mos o teu poder, e le ser como pai para os m oradores de Jerusalm , e para a casa de Ju d . 22. E porei sbre o seu om bro a chave da casa de D a v i; le abrir, ningum fechar, fechar e ningum a brir. 23. F in c -lo -e i como prego em lugar firm e , e le ser como um trono de h onra para a casa de seu pai. 24. Nle penduraro tda responsabilidade da casa de seu pai, a prole e os descendentes, todos os vasos menores, desde as tagas at s garrafas. 25. Naquele dia, d iz o S enh or dos Exrcito s, o prego que fra fincado em lu g a r firm e ser tirado , ser arrancado, e c a ir ; e a carga que nle estava se desprender; porque o Senhor o disse.
Os versos 20 a 23 falam de Eliaquim, filho de Hil quias, com o o sucessor de Sebna, na posio de m ordom o ou administrador. A confiana em Eliaquim, com o ofi cial do rei, indica-se pela designao dle com o meu ser vo, um trmo honroso, usado tambm a respeito do pro feta Isaas em 20:3. Os versos 21 a 24 descrevem em tr-
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mos de louvor a pessoa, o poder e a administrao pater na de Eliaquim. le ser com o pai para os moradores de Jerusalm, e para a casa de Jud. distinguido pelo vesturio do seu alto ofcio, uma tnica especial, 'P 3 , e uma faixa, , que procla ma simbolicamente, ao pblico, a dignidade da sua pes soa e a insgnia da sua administrao benfica. A chave da casa de Davi era o smbolo da autoridade de Eliaquim, com o o anel de Fara era o smbolo da au toridade de Jos, Gn. 41:40-44. Esta autoridade se es tendia no somente ao pessoal da casa dd rei, com o tam bm aos negcios do Estado. Somente no trono era o rei Ezequias maior do que Eliaquim. O fato de que a chave fo i posta sbre o om bro de Eliaquim no significa que ela tenha sido grande e pesada, com o dizem alguns. A linguagem a figura de obrigao e responsabilidade. A tnica, o jugo, e a chave posta sbre o om bro do hom em pblico significavam a incumbncia do seu ofcio. As sim, Eliaquim recebe a plena autoridade do primeiro mi nistro do rei. le abrir, e ningum fechar. Como prego em lugar firm e, le ser firmemente es tabelecido na sua posio de autoridade administrativa. to seguro na sua autoridade com o o prego ou a estaca da tenda firm ada no seu lugar. Ser com o trono ou as sento de honra no significa que Eliaquim seria rei do seu povo (Cp. II Reis 4 :1 0 ). Nle penduraro tda responsabilidade da casa de seu pai. Esta afirmativa a continuao da figura no verso anterior. Explica a fra excessiva que o prego tinha de sustentar. Presumivelmente, Eliaquim serviu eficiente mente, por algum tempo, com o o primeiro ministro do rei, antes de ficar sobrecarregado com o sustento dos pa rentes e amigos que se penduravam cada vez mais nle.
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Evidentemente, a prole e os descendentes significa no somente os parentes mais dignos, mas tambm um n m ero cada vez m aior de parasitas entre a gentalha. Tdas as qualidades de artigos baratos, todos os vasos menores, desde as taas at s garrafas, pendurados no prego fo r te, ficaram to pesados que finalmente arrancaram o ministro do seu lugar. Naquele dia, quando o prego fincado em lugar fir me, ficar sobrecarregado, le ser arrancado, e cair. A carga que nle estava se desprender; porque o Senhor o disse. i Surgem vrias dificuldades na explicao dstes ver sculos 20 a 25. Estas dificuldades se com plicam em re lao com as seguintes passagens: Is. 36:3, 22; 37:2; II Reis 18:18, 37; 19:2. Segundo stes versculos, que se datam no tempo da segunda ameaa do exrcito de Senaqueribe contra Jerusalm em 701, Eliaquim era o pri meiro ministro do rei Ezequias, e Sebna era o seu se cretrio. No se pode determinar com certeza se o fra casso m oral e a deposio de Sebna aconteceram algum tempo antes de 701, no perodo da prosperidade de Je rusalm, ou algum tempo depois do segundo stio de Jerusalm. Surge tambm o problema da restaurao de Sebna, e a escolha dle com o secretrio de Elia quim . E quando aconteceu o declnio e a queda de Elia quim ? possvel, com o dizem alguns, que os versos 24 e 25 se refiram administrao de Sebna, pois o nome de Eliaquim no mencionado nestes versos. Estas difi culdades poderiam ser esclarecidas somente luz de todos os fatos histricos com elas relacionados. Se os versos 24 e 25 descrevem o declnio do nobre Eliaquim na sua posio de responsabilidade, a experincia dle caracterstica de muitos homens honrados que sucumbi ram ao pso das tentaes da prosperidade material.
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O texto dos primeiros versos desta passagem obs curo, e o sentido de algumas das palavras e frases in certo, mas no h dvida a respeito do significado geral do orculo. A passagem trata do povo fencio, habitante da costa de Cana, cujas cidades principais eram Tiro e Sidom . Os comerciantes destas cidades negociavam, com proveito material, com Trsis, Chipre e o Egito. Os israelitas associavam-se livremente aos fencios desde o tempo de Davi. Hiro, rei de Tiro, fo i sempre amigo de Davi, I Reis 5:1. Os fencios forneceram pe ritos mecnicos, bem com o materiais, para ajudar n construo do Templo de Jerusalm (I Reis 5 ). Mais tarde, Jezabel, espsa de Acabe, e filha de um dos reis de Sidom, tentou im por a cultura e os costumes dos fe ncios no govrno e na vida social dos israelitas (I Reis
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16:31-33). Os profetas de Israel, especialmente Ams, reconheceram os vcios do materialismo dos fencios nas suas enrgicas atividades comerciais entre as naes vi zinhas, no esforo de ganhar riquezas e poder. A queda deste povo, to prspero nos seus negcios, impressio nou a imaginao do povo de Israel, e reforou os en sinos dos profetas sbre a natureza passageira de pros peridade material. A profecia pode estar relacionada com uma das duas ocasies histricas do tempo de Isaas. A primei ra a campanha de Salmaneser Y em 722. Segundo Josefo, a parte insular de Tiro foi bloqueada nessa ocasio por cinco anos (Ant. IX:14, 2 ). Evidentemente, Sargo, o sucessor de Salmaneser, e conquistador de Samaria, ps fim a ste stio. Tiro foi assolada outra vez por Senaqueribe em 701, pouco antes da invaso da Filistia e Jud. Nessa ocasio, o rei de Sidom fugiu para Chipre. fato que Tiro no sofreu a ruina completa nesta ocasio, mas a falta do cumprimento literal da pro fecia no oferece, ou justifica, a presuno contra a sua autenticidade. Uivai, navios de Trsis. Esta declarao repete-se no verso 14. stes maiores navios que viajavam entre Tiro e Trsis representavam a vida comercial, e a rique za dos fencios. por isso que os navios em vez dos ha bitantes so chamados figuradamente para fazer lamen tao. A nossa traduo da frase hebraica, JTStt ETFD V lN tt K3X5 por sem casa ou ancoradouro!
da terra de Chipre, no completamente satisfatria. Outra traduo, O seu prto de entrada, desde a terra de Quitim lhes fo i isto revelado. Outra verso, Na sua vinda da terra de Quitim, isto se lhes torna claro. Pare ce claro que a notcia do desastre tinha chegado a Qui tim, no sul de Chipre, e foi transmitida aos navios.
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Tambm os versos 2 e 3 so obscuros. Alguns su gerem o seguinte com o o sentido das duas declaraes: Os fencios viviam to preocupados com os seus neg cios comerciais que no tinham tempo para tratar da lavoura. 0 seu cereal, ou a sua ceifa, vinha do Egito, enquanto les se tornavam a feira das naes. A palavra Sidom geralmente era usada no sentido de terra da Fe ncia, com o Quitim era usada para significar tda a ilha de Chipre. Alguns pensam que a frase a fortaleza do mar seja uma interpolao no versculo 4, visto que introduz uma contradio, porque apenas o mar que fala, negando que seja a me dos fencios: No tive dores de parto, no dei luz, no criei rapazes, nem eduquei donzelas. A palavra Sidom aqui significa fenicios. Pode-se falar dos fencios com o filhos do m ar? O trmo a terra-me no hebraico usado no sentido da terra que nutre os seus filhos. Pode-se assim traduzir a ltima parte do ver sculo 4: No terei mais dores de parto, nunca mais da rei luz, no criarei mancebos, no educarei donzelas.
5. Q uando ch ega r a n o tcia ao E gito, les se a n g u stia r o com a n otcia sbre T iro. 6. P assai a T rsis, u ivai, m orad ores do litoral ! 7. esta a vossa cid ad e exu ltan te, cu ja origem de rem otos dias, c u jo s ps a levaram para e sta b e le ce r-se at longe ? 8. Quem fo rm o u ste desgn io co n tra T iro, a cid ad e d istrib u id ora de coroa s, c u jo s n egocia n tes eram prncip es, cu jo s m erca dores eram o s h on ra d os da terra ? 9. O S en h or d os E x rcitos form ou ste desgn io, para den egrir a sob erb a de td a glria, e en vilecer os h onrados da terra.
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Segundo o verso 5, a notcia da queda de Tiro cau sou profunda angslia no Egito, o seu aliado comercial e poltico, contra o poderoso inimigo, a Assria. Quando um pas cruelmente devastado pelo ini migo, muitos dos seus habitantes fogem para outras terras onde possam achar abrigo. Assim, os habitantes de Tiro e do litoral so chamados a fugir para uma ter ra distante, para Trsis, onde so conhecidos com o amig sTiro a cidade cuja origem de rem otos dias. De pois de Sidom, Tiro fo i reconhecida com o a mais anti ga cidade da Fencia. A cidade to antiga que im possvel determinar a data da sua fundao. Numa ilha, pouco distante da costa, Tiro era um dos grandes portos comerciais do mundo por muitos anos. A cidade men cionada numerosas vzes na Bblia: Jos. 19:29; Gn. 10:15; I Reis 9:10-14; II Crn. 2:3-16; A m . 1:9; Joel 3:4-6; Mar. 7:24-31; At. 21:3-7. A frase cujos ps a le varam refere-se s viagens comerciais dos trios. Os versos 8 e 0 declaram que fo i Jav, o Senhor dos Exrcitos, quem humilhou a soberba de Tiro de acrdo com o seu prprio desgnio. Tiro era distribuidora de coroas, no sentido de que os reis de algumas das suas colnias, com o Trsis e Cartago, eram sujeitos cidademe. Cujos mercadores eram os honrados da terra (Cp. J 41:6; P rov. 31:24; Zac. 14:21). O Senhor mancha r a soberba da glria de Tiro (Ez. 28:7), e far des prezveis os honrados da terra. Esta freqentemente a histria dos honrados do m undo.
10. P ercorre co m o o Nilo a tu a terra, filha, de T rs is ; no H quem te restrin ja. 11. le estendeu a sua m o sb re o mar, e abalou os reinos.
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O Senhor deu ord en s co n tra Cana, para que ss destrussem as suas forta leza s. 12. E disse le : N unca m ais exu ltars, oprim id a filh a virg em de Sid om : le v a n ta -te , passa a Chipre, ainda ali no ters descan so. 13. Eis a terra dos ca ld e u s! ste era o p o v o ; no era a A ssria . les destinaram a T iro pa ra as fera s. les levantaram a s suas t rre s e arrasaram os p a l cios de T iro , e o s con verteram em runas. 14. U ivai, n av ios de T rsis, porqu e destruda a tu a forta leza .
Esta terceira estrofe trata principalmente da eman cipao das colnias da Fencia. Com a queda de Tiro, terminou o dom nio rigoroso dos fencios sbre as suas colnias. A palavra cinto, Htt , aqui significa a cadeia que restringia os m ovimentos independentes dos povos sob o poder de T iro. Na sua liberdade os habitantes dessas colnias podiam andar livremente, com o o Nilo, e percorrer as suas terras. O sentido dos versos 11 e 12 que o Senhor que es tende a m o sbre o mar e abala reinos, deu ordens que as fortalezas de Cana fssem destrudas. Os fencios usaram o trmo Cana para significar a si mesmos, mas a palavra no usada neste sentido em mais nenhum outro lugar do Velho Testamento. Os dias de triunfo e glria de Sidom j terminaram. Sidom, no sentido do pas inteiro, agora a cidade oprim ida. Os seus habi tantes no encontraro nenhum lugar de refgio, nem m esm o na Ilha de Chipre. A oprimida filha virgem de Sidom aparentemente significa que ela nunca tinha sido violada at ento. Parece impossvel explicar satisfatoriamente o he braico do verso 13. Alguns pensam que fo i interpolado
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muito tempo depois de Isaas, tratando de outro assal to contra T iro. prosa entre versos poticos, e inter rom pe a conexo entre os versos 12 e 14. A RSV e SBB dizem que os caldeus, e no os assrios, destinaram Tiro s feras. 0 verso 14 a repetio do primeiro, Uivai, na vios de Trsis. 2. A Restaurao de Tiro Depois de Setenta Anos, 23: 15-18
15. N aquele dia, T iro ser p osta em esq u ecim en to por setenta, anos, segu ndo os a n os dum rei. No fim dos seten ta anos su ced er a T ir o o que se diz na ca n o da m eretriz : 16. T o m a um a harpa, rodeia a cidade, 6 m eretriz esq u ecid a ! T o c a com destreza, ca n ta m u itos c n ticos, para que h aja m em ria de ti. 17. No fim de seten ta anos, o S en h or visita r a T iro, e ela tornar sua gan n cia, e se prostitu ir com tod os o s rein os do m undo sbre a fa c e da terra.
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seu g a n h o e a sua recom pen sa ser o d ed ica d os ao Senhor, no sero en tesou ra d os nem gu ardados, m as o seu gan ho sup rir com ida abun dan te e vestido fin o para os que habitam perante o S en hor.
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O profeta Jeremias declara que os judeus ho de passar setenta anos no cativeiro babilnico, 25:11-14; 29:10. O salmista diz que os dias da nossa vida sobem a setenta anos, 90:10. Nestes versculos o profeta procla ma que Tiro ser esquecida por setenta anos. Depois ela voltar s atividades comerciais, e os lucros de seus negcios sero dedicados ao povo do Senhor. A palavra setenta se encontra em Zac. 1:12; 7:5; Dan. 9:2; II Crn. 36:21 com referncia ao cativeiro dos judeus. A palavra usada numerosas vzes na Bblia,
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com vrias referncias, com o tambm no sentido sim blico. Mas a frase segundo os anos dum rei ambgua. Alguns pensam que significa durante o perodo de uma dinastia, ou o perodo da vida de um rei. Suceder a Tiro o que aconteceu com a meretriz na cano o sen tido da ltima parte do verso 15. Parece que o verso 16 uma parte de um cntico antigo que a meretriz est usando para ganhar de nvo' a sua influncia. Deve-se notar que esta linguagem des critiva das novas atividades de Tiro puramente figu rada. 0 cntico consta de seis linhas, e cada linha tem apenas duas palavras hebraicas. Tem o ritmo musical da dana. Toca com destreza, e canta as melodias que despertaro saudades. No verso 17 o cntico se aplica a Tiro neste sentido figurado. Osias fala de alianas e trfico, ou com r cio, entre as naes com o infidelidade para com o Se nhor. Apocalipse 18:3 e Naum 3:4 reconhecem certas form as de com rcio com o infidelidade ou prostituio. O verso 17 declara que o Senhor visitar a Tiro, e que ela tornar sua ganncia, e se prostituir com to dos os reinos do m undo. Assim, os fenicios tero outro perodo de grande prosperidade com ercial. A palavra ga nncia, o preo que se pagava prostituta. Visto que Tiro semelhante prostituta no aumento dos seus ne gcios com todos os reinos do mundo, difcil para al guns intrpretes entenderem com o poderia o Senhor apoiar e prosperar esta nao to agressiva nos seus ne gcios gananciosos. Mas no obstante a livre vontade que Deus permite aos homens e s naes, a providncia divina opera para o bem na orientao da histria hu mana (Cp. R om . 8 :2 8 ). O verso 18 declara que quando o Senhor voltar a Tiro, no dia da sua restaurao, os frutos da sua prosperidade no sero mais entesourados e guarda
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dos no esprito ganancioso e orgulhoso, mas sero de dicados ao Senhor, de m odo semelhante ao tributo das naes mencionado em Is. 61:6. Isto se dar em algum tempo no futuro, depois da restaurao de T iro. Depois da destruio de Tiro por Nabucodonosor (585-573), ela ficou desolada at o fim da monarquia babilnica. Depois fo i construda na ilha uma nova ci dade que prosperou rapidamente. So interessantes as vicissitudes da histria subseqente de T iro. Digna de meno a visita de Eusbio cidade, c. 309, onde viu cristos sendo lanados s feras no anfiteatro. le diz: Quando a igreja de Deus foi fundada em Tiro, e em outros lugares, muito da sua riqueza foi consagrada a Deus, e fo i trazida com o oferta igreja, e apresentada para o sustento do ministrio agradvel aos mandamen tos do Senhor (H ist. X :4 ) . Parece evidente, para muitos comentaristas, que os versos 1 a 14 foram escritos por Isaas, em relao ao ataque, ou de Salmaneser Y ou de Senaqueribe. Mas levantam-se dvidas sbre a data e a situao histrica dos versos 15 a 18, que falam da restaurao de Tiro depois de setenta anos. stes versos refletem uma oca sio histrica no sexto sculo, e talvez fossem acrescen tados mensagem de Isaias no tempo de Nabucodonosor por um redator que conhecia Is. 10:12-19; 17:3; 18:7. O verso 18 corre paralelo ao pensamento de Is. 45:14; 60:11; 61:6, e assim, para alguns, favorece esta ltima data. VI. Despertai e Cantai, os Que Habitais no P , 24:1-27:13 stes captulos tratam do julgamento mundial pelo Senhor Jav, e o estabelecimento da Nova Ordem. Se guem apropriadamente os captulos 13 a 23, que apre
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sentam profecias e orculos sbre vrias naes. Agora geralmente reconhecido que stes captulos 24 a 27 apresentam profecias escatolgicas, salmos e hinos, es peranas e oraes. No obstante a variao do estilo literrio dentro dos quatro captulos, a profecia geral mente reconhecida com o unidade. H muita discusso infrutfera sbre a data e as cir cunstncias histricas da profecia, mas todos os estu dantes sabem que a prpria mensagem oferece pouca inform ao sbre o autor e a data da mensagem. Apre sentaremos, mais tarde, luz do estudo da profecia, al gumas observaes sbre stes assuntos. Alguns comentaristas falam da form a apocalptica desta profecia, mas no propriamente dito um apoca lipse, porque no tem os caractersticos bsicos da lite ratura apocalptica. A profecia, em geral, trata freqen temente do futuro que surge normalmente das circuns tncias histricas do prprio profeta. Por outro lado, na literatura apocalptica, o escritor fica desesperado com o lento progresso da operao normal da justia divina na sociedade. le ento declara com f que o prprio Senhor tomar a iniciativa, entrando forosamente na ordem social para salvar os fiis da aflio e da injus tia. Esta form a de literatura tornou-se popular espe cialmente no perodo do cativeiro babilnico. 0 A po calipse do Nvo Testamento fo i escrito no perodo da perseguio feroz dos discpulos de Cristo. Na literatu ra apocalptica o autor geralmente esconde a sua identi dade sob o nom e de um grande heri da histria. le tambm apresenta os pormenores da histria por meio de figuras e smbolos que os perseguidores no podem entender, mas que ficam perfeitamente claros para os perseguidos. Na literatura escatolgica, o escritor trata das cou sas vindouras do ponto de vista da operao dos princ
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pios da justia divina na Histria. Assim, a profecia dstes captulos principalmente escatolgica, mas tem alguns caractersticos que se apresentam, mais tarde, na literatura apocalptica, com o, por exemplo, o julgamen to universal, os sinais nos cus e a figura m itolgica do Leviat. Mas stes caractersticos encontram-se na pro fecia em geral desde o tempo de Am s A m . 8:9 e Miq. 3:6. Convm manter a distino clara entre a pro fecia escatolgica e a apocalptica, em vez de acentuar as suas semelhanas. As profecias escatolgicas dstes quatro captulos misturam-se com poesias e salmos, introduzidos pelo autor para reforar e esclarecer a sua mensagem prof tica. Convm notar que no h outra passagem no Velho Testamento que apresente com tanta nfase e clareza a doutrina da salvao pela graa de Deus, e a vida futura alm da m orte. As profecias escatolgicas desta seo acentuam o perodo da desolao da terra e a vinda do Dia do Se nhor, com referncia a uma cidade no especificada, e destruio de Moabe, 24:1-12; 16b-18b; 25:10-12; 27: 7-11. As predies sbre os eventos associados com a vinda do Dia do Senhor, 24:18c-23; 25:6-8; 26:20-27:1, concordam com as profecias de Am s e Miquias sbre ste assunto. Tam bm as promessas sbre a restaurao futura de Israel, 24:13-16a; 27:2-6 e 12-13, concordam, em geral, com as profecias messinicas de Isaas e de outros profetas. Em 25:1-5, 9; 26:1-6 encontram-se salmos de grati do e louvor a Senhor pelo livramento da opresso e do sofrim ento. O escritor tambm apresenta em 26: 7-19 uma splica fervorosa, e de firm e confiana, na inabalvel justia do Senhor.
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A . 0 Bom Efeito do Castigo de Israel, 24:1-23 A Terra Ficar Desolada por causa do Pecado dos Seus Habitantes, 24:1-1.2
1 Eis que o S en h or esva zia r a terra, e a d esola r ; tran storn a r a sua su p erfcie, e dispersar os seus habitantes
2. O que suceder ao povo su ced er ao sa ce rd o te ; ao servo, co m o ao seu sen h or; serva, com o sua d on a ; ao com p ra d or, co m o ao v e n d ed or; ao que em presta, com o ao que tom a e m p resta d o; ao cred or, co m o ao devedor. 3. A terra ser de tod o devasta da , e tota lm en te saqueada, porque o S en hor falou esta palavra. 4. A terra pranteia e se m u rch a ; o m undo en fra q u ece e se m u rch a ; en fra q u ecem os m ais a ltos do p ov o da terra.
5. A terra fic a con ta m in a da por cau sa d os seus m ora d ores; porqu anto tran sgred ira m as leis, viola ra m os estatutos, e quebraram o co n ce rto etern o. 6. P ortanto, a m ald i o d ev ora a terra, e os que nela habitam sofrem por ca u sa da cu lp a ; por isso, sero qu eim a dos os m orad ores da terra, e p o u co s h om en s restaro.
O capitulo 24 trata principalmente do ltimo julga mento. Na primeira parte do captulo o profeta fala da desolao do mundo do seu tempo. Aparentemente, le pensa que est nos ltimos dias, e que o Dia do Senhor vir sem muita dem ora. Descreve, em linguagem fo r te e positiva, a confuso e a misria do povo de sua po ca, e a vinda de desastres ainda piores. s no ver sculo 21 que o profeta comea a reconhecer e explicar que o Dia do Senhor no ser simplesmente um dia de
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desolao, mas tambm um dia em que ser revelada a operao da justia de Deus na vida do povo. Em versos 1 a 3 o profeta anuncia uma grande ca tstrofe que, dentro em breve, h de alcanar o mundo inteiro, incluindo tdas as ordens e tdas as classes da sociedade. Ser o grande dia do julgamento universal do m undo. Eis que o Senhor esvaziar a terra. A palavra p p 3 particpio de p p 3 , com
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a palavra
introdutria rnP
corretamente traduzida na form a do futuro. Mas, se gundo o contexto, o Senhor vai logo esvaziar a terra. ste verbo raro, mas geralmente usado neste senti do de esvaziar, Jer. 19:7; 51:2 e Naum 2:8. le tam bm far da terra uma desolao, contorcendo a sua su perfcie, destruindo lugares e plantaes, e dispersando os seus habitantes (Cp. Gn. 1 1 :8 ). O que suceder ao povo suceder ao sacerdote. As sim a organizao da sociedade humana ser completa mente m odificada, de acrdo com as declaraes dste segundo versculo. A estrutura da sociedade humana ser completamente lanada em confuso. No haver mais distines sociais. O sacerdote que representa a mais alta classe social ser como o povo. O servo e a serva ficaro na classe de seus donos, e os negociantes ricos na classe de seus devedores. A terra ser devastada e totalmente saqueada, assim se tornando sca e m urcha (Cp. 16:8; A m . 1:2; Os. 4 :3 ). O grande julgamento alcanar tdas as classes sociais, sem distino, porque esta a palavra do Se nhor. Nos versculos 4 a 6 o autor descreve a profanao da terra ou do mundo, com o o resultado da iniqidade de seus habitantes.
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constituem uma paromsia que se encontra freqen temente no hebraico do Velho Testamento, e especialmen te nesta seo do livro de Isaas (Cp. 38:9; Os. 4:3; Joel 1 :1 0 ). A iniqidade dos habitantes do mundo profana, a terra, e ela tem que sofrer as conseqncias dos
e
- r
pecados de seus habitantes. difcil a traduo da frase enfraquecem os mais al tos do povo da terra. A palavra povo no se encontra na verso grega. Por isso, alguns traduzem as alturas da terra m urcham . A terra, portanto, no fica simplesmen te sca e queimada. profanada e corrom pida (Cp. Nm. 35:33; ,Ter. 3 :9 ). Assim, a pena dos pecados dos homens cai no mundo que les habitam (Cp. Jer. 4: 23-26). Encontram-se vrias declaraes no Velho Testamen to sbre a profanao da terra pelos pecados de adult rio, idolatria e derramamento de sangue (Sal. 106:38; Deut. 28:1-9; J 16:18). O derramamento de sangue foi proibido no somente aos judeus, mas tambm a todos os homens do mundo pelo concerto eterno entre Deus e tda a carne sbre a terra (Gn. 9:1-17). O pecado dos ho mens do mundo a violao dos princpios bsicos da justia m oral apresentados nas Escrituras e apoiados pela conscincia humana. A maldio devora a terra (Cp. Zac. 5 :3 ). Os m o radores da terra so queimados pela maldio que mani festa ou expressa a ira divina (Cp. A poc. 1 6 :8 ). O verbo m n significa arder de ira (Ez. 24:11); queimar, abrasar
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(J 30:30).
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palavra m i l .
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tantes da terra ficaro p ob res. A Siraca: Os habi tantes da terra sero m ortos. Poucos homens resta r o. As guerras e tdas as outras form as de pecado re duzem a populao do m undo. Todos que habitam no mundo tm que sofrer a punio da sua iniqidade. Os pecados que les praticam continuam a mat-los nas lu tas de injustia, dio e guerra.
7. P ran teia o vinho, en lan gu esce a vide, suspiram to d o s os a legres de cora o. S. Cessou o fo lg u e d o dos ta m b oris, a ca b ou o rudo dos ju b ila n tes, cessou a alegria da harpa. 9. J no bebem vin h o entre ca n e s; a bebida fo rte a m arga para os que a bebem . 10. D em olida est a cid ad e ca tica , td as as ca sa s esto fech a d a s, para que ningum entre. 11. H um cla m o r nas ruas por fa lta de vin ho, f z -s e noite para td a alegria, banido o prazer da terra. 12. A desola o rein a na cidade, e a porta est reduzida a runas.
Os versos 7 a 9 declaram que a alegria vai desva necendo da terra. O vinho nvo, ou o mosto, pranteia, ou talvez seca-se, porquanto no alegra mais o corao. Suspiram de tristeza todos aqules que em outros tem pos ram alegres de corao. Cessou a alegria e o j bilo produzidos pela msica dos tamboris e das harpas. To terrvel a calamidade, que deixaram de beber vi nho nas suas festividades. At o vinho fica entristecido por causa da calamidade e a tristeza do povo; e a vide enlanguesce ou enfraquece, porque no mais cultiva da, No se ouve mais o rudo dos jubilantes. Em vez
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de alegrar-se nas grandes festividades, les olham para a desolao da terra e choram . To grandes eram as calamidades que tinham cado sbre a terra que os ha bitantes no podiam achar conforto ou alegria em qual quer prazer costumeiro. H vrias opinies sbre a cidade catica, ou a ci dade de confuso. Alguns pensam que se refere cida de de Jerusalm. Mas parece necessrio reconhecer que o trmo usado no sentido geral, para significar qual quer cidade, ou tdas as cidades da terra, em harm o nia com a desolao geral. O trmo *]!"!, H (Gn. 1:2) significa o estado primitivo de caos, ou a desordem do mundo, antes de o Senhor estabelecer a ordem na cria o. No se ouve nada nas ruas da cidade, seno as la mentaes sbre a perda das cousas que alegram o co rao. Tda a alegria chegou ao crepsculo, ou fz-se noite. Com a demolio das cidades, tdas as casas eato fechadas, para que ningum entre. No se sabe se os sobreviventes fecharam as portas das casas por m do de intrusos, ou se as entradas ficaram fechadas pelo obstculo das runas. H um clam or nas ruas por falta de vinho. Com a destruio dos muros e das casas, a cidade fica em de solao. O prazer fo i exilado. 2. Um Clamor de Confiana, 24:13-16a
13. P ois assim ser no m eio da terra, en tre o s povos, c o m o o v a re ja r da oliveira, co m o o rebu scar, q uan do est a ca b a d a a vin dim a . 14. les levan tam a voz, e ca n ta m com a leg ria ; p or ca u sa da glria do Sen hor cla m aro desde o m ar. 15. P or isso, g lo rifica i ao Sen hor no orien te; e nas terra s do m ar, ao nom e do S en h or Deus de Israel. 16a. Dos fin s da terra ou v im os c n tico s de lou v or; G lria ao Justo.
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Na descrio da calamidade da terra e do povo, o escritor apresenta nesta seo uma promessa em per feita harmonia com a doutrina isainica do Restante. Tem os neste verso 13 o com eo da profecia. O profeta declara que sero poucos os sobreviventes do grande ju l gamento do Senhor, assim com o no varejar da oliveira, e com o no rebuscar a vindima. V er. 17:6. Nos versos 14 a 16a o profeta est ouvindo cnticos de louvor ao Senhor, do oeste, do leste, e at das terras do m ar. Os cantores esto saudando o princpio do nvo dia. O texto destes versos difcil, mas alguns in trpretes exageram a obscuridade e a incerteza da sua significao. O sentido geral do texto hebraico mais ou menos claro. Os judeus espalhados em diversos pa ses da terra esto esperando uma grande libertao pelo Senhor, e, portanto, esto cantando hinos de louvor e gratido ao Deus de Israel. A sua tristeza est se con vertendo em grande alegria. les levantam a voz e cantam com alegria. O le vantar a voz, nas Escrituras, pode significar profunda tristeza, com o em Gn. 21:6; I Sam. 24:16; ou pode significar grande alegria e exulta o, E z. 21:22; Sal. 93:3. As palavras do mar ou do oeste aparentemente indicam o lugar donde procedem os cnticos de triunfo, mas alguns entendem que o clam or dles se ouve acima do som do m ar. P or isso, glorificai ao Senhor. Parece que estas pa lavras fazem parte do hino de louvor que se canta nas terras do mar, ao nom e do Senhor Deus de Israel. A frase por isso refere-se evidentemente causa do gran de regozijo que o profeta no especifica. A frase no oriente, ffH N , significa mais nitidamente nas luzes,
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rael, mas isto no significa necessariamente que todos os cantores sejam judeus. A segunda parte do verso 16 explica com o o profeta ainda no pode concordar com a esperana e o regozijo do povo em geral. Pois nas suas prprias circunstncias, ele pensa que a alegria do povo prematura, e sobe do corao dele um grito de agonia. le pensa que o jul gamento ainda no tinha conseguido o seu propsito, porque os prfidos ainda tratavam prfidam ente. 3. A Grande Catstrofe, 24:16b-20
16b. Mas eu d ig o : M inha m agreza, m inha m agreza, ai de m im l Os prfid os tratam p rfid am en te; sim , os p rfid os tratam mui prfid am en te. f7 . T error, c o v a e lao sb re ti, m orad or da terra l 18. A q u le que fu g ir do som do terror ca ir na c o v a ; e aqule que su b ir da co v a o lao o prender. P ois as ja n e la s do alto se abrem , e trem em o s fu n d a m en tos da terra. 19. A terra est de to d o quebran tada, a terra est de to d o desp edaada, a terra se m ove violen tam ente.
20.
A terra ca m b a le ia com o um bbado, e bala n ceia co m o c h o a : a sua tra n sgress o pesa sb re ela, e ela cai > e nunca m ais se levanta.
Parece que esta descrio do julgamento da terra e dos seus moradores liga-se diretamente ao verso 13. Os versos 17 e 18a encontram-se quase que verbalmen te em A m . 5:19 e Jer. 48:43, 44.
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verso 17 explica a causa da misria mencionada no ver so anterior. Ningum se acha seguro em qualquer lu gar. Se fugir de um perigo, cair logo em outro. As sim, na linguagem figurada, o escritor descreve os hor rores do julgamento divino. Nesta descrio pitoresca do julgamento, o profeta apresenta duas imagens not veis, o dilvio e o terremoto. Pois as janelas do alto se abrem, e tremem os fundamentos da terra (Cp. Gn. 7:11; 8:2 e Is. 2 9 :6 ). Os fundamentos da terra esto abalados (Cp. Sal. 1 1:3 ). A terra cambaleia com o um bbado, e balanceia com o choa (Cp. 1 :8 ). A terra, na sua form a presente, cair e jam ais se levantar. Mas a terra se levantar outra vez, m elhor preparada para cumprir a sua nobre misso, quando o Senhor dos Exrcitos reinar no Mon te Sio e em Jerusalm. Assim, nestes captulos 24 a 27, o mensageiro do Senhor est pensando no mundo condenado pelo pecado, e no mundo redimido pela graa de Deus. 4. O Julgamento e a Nova Era, 24:21-23
21. N aquele dia o S en hor ca stig a r as hostes dos a ltos nas alturas, e os reis da terra na terra. 22. E les sero a ju n ta dos co m o p resos em m a sm orra ; sero en ca rce ra d o s num c rcere, e sero ca stig a d os d ep ois de m u itos dias. 23 A lua se con fu n d ir , e o sol se e n v e rg on h a r ; porque o S en h or dos E xrcitos reinar no M onte Sio e em Jeru sa lm ; e perante os seus a n cios haver glria.
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O profeta declara, no v . 21, que o Senhor Deus cas tigar no somente os reis da terra, mas tambm as hos tes dos altos nas alturas. H muita discusso nos co mentrios sbre o significado destas palavras. Alguns insistem em que o profeta est declarando que o castigo cair sbre as hostes dos cus, ou os podres anglicos que habitam os cus. Dizem les que a frase as hostes dos altos nas alturas, W lf G X , o equiT ~ T
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22; I Reis 22:19; Neem. 9:6. Mas o profeta no est falando dos podres anglicos ou dos sres celestiais. Est se referindo adorao dos sm bolos dos corpos celestiais. Assim, quer dizer que o povo se desviava do verdadeiro culto do Senhor Jav, o Criador dos corpos celestiais. Sero castigados depois de muitos dias. Assim, os reis da terra e as hostes que ocupavam posies de in fluncia na orientao do povo no culto dos corpos ce lestiais sero encarcerados e castigados. A palavra vi sitados, que traduzimos por castigados, usada s vzes no sentido favorvel, mas claramente significa cas tigados neste contexto. A lua se confundir, e o sol se envergonhar. O profeta no declara nestas palavras que a lua e o sol perdem significao na presena de Jav, mas figurada mente ficam envergonhados com o objetos de culto (Cp. Is. 60:19; A poc. 21:23; I Reis 2 2:1 9). O sentido que na Nova Era da verdadeira religio espiritual, stes cor pos celestiais que haviam recebido a adorao do povo se tornaro relativamente insignificantes luz do esplen dor e da glria de Jav, o Criador e o Senhor de tda a criao.
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Perante os seus ancios haver glria. Parece que esta declarao uma vaga referncia experincia de Moiss e os setenta ancios que viram o Senhor no Mon te Sinai, x. 24:9, 10. Na Nova Era o Senhor reinar gloriosamente na presena dos ancios, os representan tes religiosos do povo. B . Maravilhas das Atividades do Senhor, 25:1-12 1. Salmo de Gratido ao Senhor pelo Livramento do Seu Povo, 25:1-5
1. Senhor, tu s o meu D eus; e x a lta r -te -e i, lou varei o teu n om e; p orqu e ten s fe ito m aravilhas, o s co n slh o s a n tigos, fi is e verd adeiros. 2. P ois tu fize ste da cid ad e um m on to, da cid ad e fo r tific a d a um a ru na; a fo rta le z a d os estra n h os no m ais um a cidade, nunca m ais ser edifica d a. 3. P elo que, p ov os fo rte s te g lo rifica r o ; cid a d es das n a es violen ta s te tem ero. 4. P orqu e ten s sido a forta leza d o s pobres, a fo rta le za dos n ecessita dos na sua a n g stia ; re f g io con tra a tem pesta de, som b ra con tra o c a lo r; p orqu e o spro dos op ressores com o a tem p esta d e con tra o m uro, 5. co m o o ca lo r em lu gar sco. Tu abates o m peto dos estra n h os; co m o o ca lo r se abranda na som b ra da nuvem , assim silen cia do o c n tico d os tira n os.
O profeta, com o o representante dos judeus liber tos do poder do inimigo, invoca e louva ao Senhor. le reconhece que essa gloriosa libertao representa um passo no desenvolvimento do eterno propsito do Se nhor. Na sua viso proftica o mensageiro do Senhor
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entende a operao da providncia divina nas vrias pocas da histria do seu povo. No obstante a depra vao dos habitantes do m undo, que tanto perturbou o profeta no captulo anterior, le reconhece o glorioso propsito do Senhor no aperfeioamento do seu reino na direo da histria humana. ste salmo de gratido celebra a queda de uma ci dade inimiga que resultou na libertao de Israel. No esprito de louvor e gratido, o salmo concorda perfei tamente com os versos 14 e 15 do captulo anterior. Senhor, tu s o meu Deus. Esta a linguagem de muitos Salmos, 63:1; 145:1; 138:2; 54:6; 118:28. Porque fizeste ou tens feito maravilhas, x. 15:11; Sal. 77:14. Conselhos antigos referem-se ao propsito divino no li vramento de Israel da escravido, e aos atos providen ciais do Senhor na direo da histria e da vida do povo escolhido. Assim, o Senhor ia se revelando com o o Fiel e o Verdadeiro, no cumprimento das proV T VI
messas do Concrto do seu eterno am or com Israel. Tu tens feito maravilhas, no cumprimento dos teus planos, fiis e verdadeiros, desde os tempos antigos. Porque tu fizeste da cidade um m onto. Em bora o hebraico dos versos 2 e 3 no esteja muito claro, evi dente que o autor est falando das conseqncias gerais da queda da cidade hostil ao povo do Senhor. No se pode identificar a cidade mencionada nesta declarao. provvel que o trmo se use no sentido coletivo, e as sim significa tdas as cidades que eram hostis ao povo do Senhor, o Deus de Israel. Pode-se dizer que a palavra cidade simboliza a hostilidade do m undo para com o reino de Deus. Com o a cidade forte e hostil reduzida a runas, assim sero vencidos todos os inimigos do rei no do Senhor.
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Pelo que, povos fortes te glorificaro. ste o re sultado da operao da justia divina. A nao podero sa e cruel que tinha oprim ido os judeus pobres experi mentar o julgamento do Senhor, ou o castigo divino. Esta manifestao da justia divina resultou na glori ficao do Senhor por povos fortes, e at no temor das naes violentas e opressoras. H tambm muitas dificuldades no hebraico dos versos 4 e 5. claro, porm , que descrevem em geral a fortaleza do Senhor no cuidado e na proteo do seu povo. 0 profeta declara a sua gratido e alegria pelo cumprimento fiel das promessas divinas. O Senhor ti nha sido a fortaleza dos necessitados, e o seu refgio contra a tempestade. H muitas referncias no Velho Testamento ao Senhor com o o poder protetor do seu povo, Is. 26:4; Sal. 27:1; 28:8; 29:11. No obstante a obscuridade do hebraico do verso 5, o pensamento o seguinte. Com o a nuvem se interpe para abrandar o calor do sol, assim a misericrdia do Senhor abate o furor do inimigo, e torna impotente o opressor do povo de Deus. Assim, o cntico dos tiranos silenciado. 2. Uma Profecia da Idade Messinica, 25:6-8
6. O S en hor dos E xrcitos fa r neste m onte para tod os os povos um banquete de cou sa s gord u rosa s, um a fe sta de vin h os velhos, de co u sa s gord u rosa s com tu tan os, de vin h os velh os bem cla rifica d o s. 7. E le destruir neste m onte a cob erta que en volve tod os os p ov os, e o vu que est psto sb re td a s as naes. 8 . A n iqu ilar a m orte para sem p re; e o S en hor Jav en xu ga r as lgrim as de tod os os rostos, e rem over de td a a terra o op rb rio do seu p o v o ; porqu e o S en h or tem falad o.
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Esta passagem liga-se diretamente com o pensamen to do reino do Senhor, apresentado no ltimo versculo do cap. 24. O banquete do Senhor, segundo o verso 6, celebra a inaugurao do reino eterno e universal do Deus de Israel. Apresentada no contexto som brio do julgamento e terror, esta passagem uma das mais im portantes e mais encantadoras que se encontra no Velho Testamento. Descreve a entronizao do Senhor Jav nos coraes de todos os povos da terra, e no meramen te na vida do povo escolhido de Israel. O Senhor dos Exrcitos far um banquete neste monte para todos os povos. Apresenta-se aqui em lin guagem figurada as ricas bnos espirituais do reino aperfeioado do Senhor na Idade Messinica. O Senhor Jav ser entronizado nos coraes, no somente do seu prprio povo de Israel, mas de todos os povos. Esta ver dade freqentemente acentuada pelo profeta, 2:1-4; 4:2-6; 9:2-7; 28:16; 32:1-3. 0 banquete era emblema, no smente de grande alegria para as naes, mas tam bm da abundncia das suas provises espirituais. No sacrifcio de animais era costume reservar para o Senhor as cousas gordurosas com tutanos, as partes mais avaliadas do animal. 0 banquete era o sm bolo do mais alto regozijo espiritual com o Senhor, e o emblema das provises abundantes da misericrdia divina, Is. 55:2; Sal. 63:5; 36:8. Uma festa de vinhos velhos, ou de vinhos com fezes. A palavra se refere ao sedimento dos vinhos que aumenta a potncia e a cr, o aroma e o sabor da bebida. Os vinhos bem clarificados so os vi nhos velhos que ficaram por muito tempo com o sedi mento, Jer. 48:11; S of. 1:12. Para ser clarificado, o vinho velho fo i passado pelo coador antes de ser usado. A festa de vinhos velhos apresenta-se freqentemente com o o emblema das bnos do reino de Deus, Sal. 23:5; L uc. 14:15-24.
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E le destruir, ou rem over a coberta que envolve todos os povos e o vu sbre tdas as naes. O vu era usado, s vzes, com o m odo de expressar a tristeza, mas parece que o vu sbre as naes significa a ignorncia, a superstio, o ci'ime, a misria que cobriram a terra "(Cp. II Sam. 15:30; 19:4; Jer. 14:3, 4 ). Aniquilar ou tragar a morte para sempre. Ter minaro os dias de tristeza e lamentao, os dias de dor e aflio. Esta a mais clara e a mais perfeita expres so da vida alm da morte, ou da imortalidade, que se encontra em tda a profecia. Esta certeza da abolio da morte liga-se diretamente com a doutrina messini ca de Isaias. Os profetas entenderam cada vez mais cla ramente, desde o tempo de Isaias, que a morte tem que ser abolida com o o impedimento, ou com o obstculo no desenvolvimento da beni-aventurana perfeita na Idade Messinica. verdade que a doutrina da vida alm da jnorte se desenvolve gradativamente no Velho Testa mento, desde o tempo de Isaias, mas isto no significa, de maneira alguma, que era impossvel para qualquer profeta entender esta verdade no tempo de Isaias. No entendimento das bnos da comunho com Deus, os salmistas reconheceram que a morte no podia inter rom per essa preciosa relao espiritual com Deus, Sal. 16; 17; 49; 73. Ver a Teologia Bblica do Velho Testa mento do autor, pgs. 270-277. O Senhor Jav enxugar as lgrimas de todos os rostos. Assim, o profeta entende que a morte ser com pleta e permanentemente abolida no reino do Messias. Ser absolutamente completa a vitria do povo de Deus sbre a m orte. Estas preciosas palavras tocam pro fundamente no corao do hom em sofredor. O poeta Robert Burns disse que no podia ler estas palavras sem ficar profundamente com ovido. E rem over de tda a terra o oprbrio do seu povo. Atravs da sua histria
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o povo de Deus tem sofrido de escrnio e perseguio da parte dos inim igos. Desde o principio do exilio dos ju deus, les sentiram profundamente a vergonha dos seus infortnios nacionais, a zombaria da sua religio, e da impotncia do seu Deus na proteo dles contra o po der dos inimigos (Cp. Joel 2:17; Sal. 44:14-17; 79:10). Mas o profeta v o tempo quando a sentena pronun ciada em Deut. 28:37 ser completamente cancelada, quando a perseguio h de cessar, e quando a verda deira religio prevalecer entre todos os povos e tdas as naes da terra. 3. Outro Hino de Louvor Relacionado com a Humilha o de Moabe, 25:,9-12
9. E naquele dia se dir : Eis que Sste o nosso Deus, por le tem os esperad o que le nos sa lv e: ste o S e n h o r; por le tem os esperados na sua sa lv a o exu lta rem os e regozija rem os. 10. P ois neste m onte repousar a m o do S en h or; e M oabe ser trilhada no seu lugar, com o se pisa a palha na lam a do m on tu ro. 11. E esten der as suas m os no m eio disto, com o as estende o n ad ador para n ad a r; m as o S en h or lhe abater a sua altivez, ju n ta m en te com a percia das suas m os. 12. E ab a ixa r as altas fo r tific a e s dos seus m u ros; a b a t -la s - e d e r rib -la s - por terra at ao p6.
E naquele dia se dir: Eis que ste o nosso Deus. Esta a linguagem de exultao e regozijo daqueles que haviam experimentado a misericrdia do Senhor Jav na sua maravilhosa libertao de oprbrio e vergo nha. Atravs da sua histria de provaes, calamidades e perseguies, les haviam esperado a vinda do Senhor Jav para os libertar, e assim demonstrar, perante todos os povos, a sua misericrdia e o seu supremo poder.
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Pois neste monte repousar a jrio do Senhor. A mo se usa freqentemente nas Escri turas com o sm bo lo de poder, de defesa e de proteo, x. 3:8; 13:14; Is. 38:6; Esd. 7:6, 28; 8:18, 22; Neem. 2:8. O reino uni versal do Senhor ser inicialmente estabelecido no Mon te Sio, Sal. 14:7; Is. 2:3; Is. 24:23. E Moabe ser trilhada no seu lugar. difcil a muitos estudantes desta profecia acreditar que o autor dos versos 6-8 tenha escrito tambm esta violenta con denao de Moabe. Perguntam: Como se pode acre ditar que o autor desta nobre viso do reino de Deus pudesse falar ao m esm o tempo sbre o fim miservel de Moabe? Alguns pensam que esta descrio de Moa be, que representa o pensamento histrico de Israel, claramente uma com posio separada, introduzida aqui algum tempo depois da obra do autor da viso do Rei no Messinico do Senhor. Mas outros intrpretes apresentam a seguinte in terpretao: O profeta, havendo falado do triunfo final dos crentes fiis, descreve, a seguir, a sorte dos incrdu los. le m enciona Moabe simplesmente com o repre sentante ou tipo da classe dos incrdulos. A declarao de que Moabe ser trilhada significa que todos os inimi gos de Deus e do povo de Deus sero humilhados e des trudos. Mas por que o autor menciona Moabe com o a representante dos inimigos de Deus, e do reino de Deus? A arrogncia dos moabitas um fato histrico sobejamente conhecido. E h vrias outras descries dos desastres que caram sbre Moabe, Is. 15:1-16:14; Jer. 48:1-47; S of. 2:8-10; Ez. 25:8-11. Mas tudo isto no nega que moabitas se achavam entre os povos e as naes representadas no Reino Messinico que o pro feta descreve nos versos 6-8 ds te captulo. Com o se pisa a palha na lama do monturo, ou tal vez melhor na gua ou na lama da cavidade de estrco.
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Lanava-se palha na cavidade de gua e refugo para pro duzir f ertilizador. O verso 11 muito difcil de se traduzir. Alguns pensam que o escritor representa Moabe com o homem lanado na cavidade cheia de gua e refugo, onde est se esforando para se salvar, estendendo as mos com o nadador. A palavra traduzida por percia em
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muitas verses, tem a significao bsica de emboscada ou traio. Portanto, alguns pensam que a declarao deve ser traduzida por O Senhor lhe abater a altivez, e todos os seus artifcios traioeiros. No se refere, neste caso, percia das mos do nadador. E abaixar as altas fortificaes dos seus m uros. Tdas as defesas militares dos orgulhosos moabitas se ro completamente destrudas, abatidas e derribadas por terra at ao p . C. Um Pedido de Salvao Mais Perfeita, 26:1-19 stes dezenove versculos, entrelaados no movimen to das suas idias e dos seus pensamentos, constituem uma unidade. Parece evidente que estas meditaes pro fticas se relacionam com o perodo de opresso e sofri mento do povo do Senhor. Mas impossvel determinar as eircunstncias histricas associadas com a mensagem do escritor. O povo expressa a sua profunda gratido pe las manifestaes da misericrdia do Senhor nas suas experincias, mas deseja ardentemente experimentar mais ricamente as bnos preciosas do seu Deus. As emoes e os pensamentos religiosos variam na experin cia do autor da poesia, mas no verso 19 a sua f triunfa sbre as experincias do passado, e le proclama a certeza inabalvel de que os mortos fiis vivero com D eus. No obstante a variao do pensamento nas partes diferentes
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da poesia, a conexo direta entre os versculos indica cla ramente a unidade da passagem. Nos primeiros dois versculos o povo enaltece ao Se nhor pelo poder e segurana de Jerusalm que h de ser a habitao dos justos e fiis. Os versos 3 e 4 declaram que o Senhor conserva em perfeita paz aqules que nle confiam . Declara tambm nos versos 5 e 6 que a cidade orgulhosa e hostil ser humilhada e derribada at ao p . 1. Hino de Gratido pela Vitria, 26:1-6
1. Naquele dia se cantar ste hino na t e r r a de Ju d ; Te m o s um a cidade fo rte ; Deus lhe pe a salvao por m uros e baluartes. 2. A b ri as portas, para que entre a nao ju sta, que guarda a fidelidade. 3. T u conservas em perfeita paz aqule cujo propsito firm e, porque le confia em ti.
4. C onfiai no S enhor perpetuam ente, porque o Senhor Deus um a rocha eterna. 5. Porque le tem abatido os habitantes do alto, a cidade exaltada. le a h u m ilh a at ao cho, a derriba at ao p. 6. O p a pisa r : os ps dos pobres, os passos dos necessitados.
Naquele dia quando o Senhor libertar o seu povo e iniciar o seu glorioso reino em Jerusalm, cantar-se- ste hino de gratido e louvor ao Senhor por esta grande vitria. Os que cantam na terra de Jud, em contraste com Moabe, incluem tambm os fiis de Jerusalm. Te-
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m os uma cidade forte (Sal. 2 5 :2 ). A topografia de Jeru salm facilitava a sua defesa militar. Mas o escritor no est falando aqui da fortificao militar da cidade. A cidade, naquele dia, ser forte e invencvel porque o pr prio Senhor o seu D efensor. A segurana de Jerusalm no depende de m uros e baluartes, porque o Senhor lhe pe a salvao com o muros e baluartes, de acrdo com os seus planos eternos. Abri as portas. As portas esto sempre abertas para a nao justa e fiel, que na nova Jerusalm gozar a se gurana perfeita (Cp. Sal. 118:19, 20; A poc. 2 2:1 4). O povo do Senhor exultar porque Jerusalm ser im pug nvel, e ser habitada exclusivamente pelos justos, ver sos 1, 2 e 10. Os servos do Senhor permanecero na presena do Senhor, e o adoraro continuamente (Cp. 60:11 e A poc. 21:25). Conservas em paz, cujo propsito firm e . A palavra lir pode ser traduzida mente, mentalidade, disposio, mas propsito claramente o sentido da palavra neste contexto. Esta uma verdade gloriosa da revelao di vina, experimentada por multides de crentes fiis em tdas as pocas da histria crist. A pessoa que deposita a sua firm e confiana no Senhor levanta-se, pelo socor ro divino, acima das perturbaes mundanas. Sujeitos perseguio, pobreza, doena e tristeza, os homens de Deus mantm a sua f inabalvel, e assim demonstram a operao do poder de Deus nas suas experincias. A psicologia moderna testifica poderosamente a verdade apresentada nesta maravilhosa afirmao do profeta. Confiai no Senhor perptuamente, e assim recebei constantemente as bnos do seu eterno amor e prote o. Por que Jav, Jav Rocha Eterna. Jav, H1 > a form a abreviada de Jav, nilT A unio destas duas form as aqui acentua o poder, a majestade, a glria e a
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santidade do Senhor que a Rocha Eterna. Porque Deus justo, firm e e imutvel, o seu povo sempre encontra nle a salvao perfeita (Deut. 32:4; I Sam. 2:2; Sal. 18:31; 19:14; 2 8 :1 ). No verso 4 o profeta explica as bnos da plena con fiana no Senhor. Nos versos 5 e 6 le declara que Deus tinha abatido os habitantes que se julgavam seguros no seu lugar alto, e os perversos orgulhosos que tinham der ribado at ao p a cidade exaltada. Em linguagem poti ca, o verso 6 declara que os ps dos judeus, oprimidos, pobres e necessitados, pisaro os seus opressores. 2. O Povo Espera Ansiosamente os Juzos Retos do Senhor, 26:7-10
1. A vereda do justo p lan a; tu , que s justo, aplanas a vereda do justo. 8. N a vereda dos teus juzos, Senhor, te esperam os; no teu nome e na tua m em ria est o desejo ardente da nossa alma. 9. A m in ha alm a suspira na noite por ti, O meu esprito dentro de m im te pro cu ra diligentem ente; pois quando os teus ju zo s reinam na te rra , os m oradores do m undo aprendem justia.
10. A in d a que se m ostre fa v o r ao perverso, nem por isso aprende a ju s ti a ; at na te rra de retido le comete a iniqidade, e no atenta para a m ajestade do Senhor.
O verso 7 declara que o Senhor justo aplana a vereda do justo (P rov. 3:6; 15:19). A vereda plana o cami nho de retido do hom em justo. Deus dirige o hom em justd no caminho livre de tropeos, e le tem uma vida feliz, e livre de desastres espirituais, Sal. 1:6; P rov. 3:6; 4:26; 5:6, 21; 11:5. Os obstculos no caminho dos per versos sempre os fazem tropear e fracassar.
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No caminho dos juzos do Senhor o seu povo espera. Os juzos ou os julgamentos do Senhor significam, s vzes, os estatutos ou a Lei do Senhor que perfeita, Sal. 19:7, Is. 2:3. No teu nom e e na tua m em ria est o de sejo ardente da alma, da nossa alma, ou do nosso esprito. O Nome do Senhor freqentemente significa a sua Pes soa. , portanto, na prpria Pessoa e nas recordaes das bnos providenciais do Senhor que a alma do seu povo espera ardentemente. Na experincia religiosa o es prito humano deseja profundamente a manifestao dos julgam entos e do poder do Senhor. Quando os juzos do Senhor no se manifestam, os perversos pensam que po dem pecar com impunidade. Pela manifestao dos ju zos do Senhor na histria de homens e naes, os ha bitantes do mundo aprendem a justia. Mas h perver sos que fecham os olhos para a majestade do Senhor, e recusam andar nas veredas da justia. A minha alma suspira por ti na noite. Nota-se que o profeta passa do plural para o singular. Eu desejo. Identificando-se com o . povo fiel, o profeta expressa o seu desejo pessoal de que o Senhor se manifeste de tal maneira que os moradores do mundo aprendam justia. Assim, le d nfase especial sua prpria aspirao. (Cp. Sal. 44:4, 6 ). O profeta reconhece que quando os juzos do Senhor chegarem a reinar na terra, os m orado res do mundo aprendero a verdadeira natureza da jus tia divina. Deus revela constantemente as conseqn cias terrveis das vrias form as do pecado na vida dos homens, bem com o no transcurso da histria humana. O julgamento do Senhor sbre os dios internacionais, e as guerras, falam bem alto no sofrimento das vtimas, mas mui difcil para o egosmo humano reconhecer a verdade, e orientar-se pelas leis da justia divina. Mas o mundo est acordando e reconhecendo que a injustia hu
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mana, aproveitando-se dos podres da cincia moderna, capaz de destruir o m undo. Ainda que se mostre favor ao perverso, le ainda as sim despreza a justia e pratica a iniqidade (P rov. 21: 1 0 ). Vive vida pecaminosa, mesmo quando est cerca do pela justia (30:10). No impossvel, mas muito difcil para o hom em firm ado na vida e prtica da injus tia atentar para a majestade do Senhor nas suas ativida des providenciais. 3. As Bnos da Disciplina e da Orientao Divina, 26:11-15
11. Senhor, a tua mo est levantada, mas nem por isso a vem. Porm vero o teu zlo pelo povo, e se envergo nharo; o fogo dos teus adversrios os consum ir. 12. Senhor, tu nos dars a paz; porque tdas as nossas obras tu as fizeste por ns. 13. Senhor, nosso Deus, outros senhores tm tido dom nio sbre ns; mas, por ti s, nos lem bram os do teu nome. 14. So m ortos, no vive r o ; so som bras, no se levantaro; por isso, os visitaste e destruste, e lhes apagaste tda m em ria. 15. M as T u , Senhor, aum entaste a nao; aum entaste a nao, T u s g lorificado; estendeste todos os confins da terra.
6 Senhor, a tua mo est levantada. A mo levanta da do Senhor representa as suas atividades providenciais na direo da Histria, e especialmente do seu povo fiel. Os homens de f reconhecem o poder da mo levantada do Senhor. H, porm, alguns que no compreendem as manifestaes da obra do Senhor, pois no querem enten
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der as evidncias da justia divina na direo do m undo. Mas quando vm desastres, e os inqos tm que enfren tar a pobreza e o sofrimento, alguns acordam e experi mentam as bnos da f no Senhor da justia. O hebrai co da segunda e terceira declaraes do versculo 11 di fcil de se traduzir. Alguns traduzem: les vero e se envergonharo, o fo g o consumir os teus adversrios, as sim deixando fora algumas palavras que so interpola es . Mas traduzindo a frase o zlo do povo, DJ? lO p ,
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o teu zlo pelo povo, que nos parece justificvel na lin guagem potica, as declaraes ficam mais claras. Tu nos dars, ou nos ordenars a paz. Temos cer teza disto, porque at tdas as obras que temos realizado, tu as fizeste por ns (Cp. Sal. 90:16, 1 7 ). Na base das experincias do passado, o profeta expressa a confiana e a esperana na paz que vencer todos os males que pos sam surgir contra o povo do Senhor. Outros senhores tm tido dom nio sbre ns. Falase evidentemente do domnio poltico de pagos sbre o povo do Senhor. Ams, Osias e Isaias nos explicam com o a idolatria destas naes dominadoras de Israel corrom peu a f de muitos israelitas, e assim impediu a realiza o perfeita da vontade do Senhor na vida nacional do seu povo escolhido. Mas tinha aprendido, por experin cias amargas, a futilidade de adorar os deuses falsos das outras naes. Mas, por ti s, nos lembramos do teu nom e. O povo fiel tinha aprendido uma verdade muito difcil de o hom em entender. Sem o socorro divino no se pode celebrar o nome do Senhor Jav. So mortos, no vivero; so sombras, no se le vantaro. O profeta est falando dos senhores do verso 13. les nunca mais colocaro o jugo sbre o povo do Senhor, porque esto mortos, e apagada est tda a m e mria dles.
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Mas Tu, Senhor, aumentaste a nao. Havendo destrudo os dominadores de Israel, o Senhor tambm estendeu os limites da sua terra (Cp. 9 :3 ). Alguns pen sam que o verbo aumentaste seja um perfeito proftico, e assim se refira ao futuro. Outros pensam que seja uma promessa que ser cumprida na Idade Messinica. Mas parece claro que o escritor est simplesmente declaran do o que j se realizou no aumento da nao. Esta as sim uma das bnos que o povo tinha recebido do Se nhor. Tu s glorificado. O Senhor glorificou-se a si mesm o na exaltao do seu povo. 4. Experincias Tristes Que o Povo Sofreu antes da Sua Redeno, 26:16-18
16. 6 Senhor, na angstia te bu scaram ; quando lhes sobreveio a tua correo, d e rra m a ra m oraes. 17. Com o a m u lh er grvida, que se contorce e d gritos nas suas dores, quando se lhe aproxim a a hora de dar luz, assim fomos ns, na tua presena, S e n h o r; 18. concebemos ns e nos contorcemo9 em dores de parto, foi como se tivssem os dado luz vento. No trouxem os terra livram ento algum , nem caram m oradores do m undo.
Senhor, na angstia te buscaram. O hebraico do verso 16 difcil de se traduzir. Traduzimos o texto massortico, mas nos parece que a margem de Kittel, e a traduo da Septuaginta representam o texto origi nal que concorda m elhor com os versos 17 e 18. Se nhor, na angstia te buscamos; quando nos sobreveio a tua correo, oramos em voz baixa (Cp. II Sam. 12:19; Sal. 4 1 :7 ). 0 profeta declara nos versos 16-18, que no obstante a disciplina e a misericrdia do Senhor,
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o povo tinha aprendido pouco a respeito da sua incum bncia espiritual. O profeta usa a figura da agonia da mulher na hora de dar luz para descrever a crise na vida religiosa do povo (Cp. Os. 13:13; Miq. 4:10; II Reis 19:3; Is. 3 7:3 ). Concebemos ns e nos contorcem os em dores de parto, e no trouxemos terra livramento algum . O povo es colhido tinha recebido a incumbncia de produzir filhos de f, mas tinha fracassado. Nem caram moradores do m undo. A palavra aparentemente tem o sentido
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neste contexto de nasceram. O verbo se usa neste sen tido no rabe, mas no em qualquer outro lugar, seno no verso seguinte, na frase a terra lanar de si os seus m ortos. A nao escolhida no tinha produzido filhos para povoar a terra. A declarao no contradiz o ver so 15. O conflito aparente desaparece quando reconhe cem os que a nao havia atingido um certo grau de prosperidade com o aumento da populao, mas ainda no tinha conseguido plenamente a sua misso divina. 5. Os Teus Mortos Vivero, os Seus Corpos Ressuscita ro, 26:19
19. O s teus m ortos vive ro , os seus corpos ressuscitaro, Despertai e cantai, vs que habitais no p; pois o teu orva lh o o orvalho de luz, e a te rra lanar de si os seus m ortos.
Encontram-se algumas irregularidades no hebraico dste verso, com o vossos m ortos e meu cadver do Texto Massortico. O orvalho de luz, luzes, e no o orvalho das ervas, a traduo correta de fl T)'N neste contexto. O versculo profundamente interessante. A Septuaginta e o R lo do Mar Morto contm : O teu or valho com o o orvalho da alvorada.
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Parece que esta maravilhosa promessa se apresenta abruptamente, mas a resposta ao clam or das aspira es, esperanas e oraes da comunidade nos versos 16 a 17. O povo de Israel tinha recebido a incumbncia de transmitir a mensagem da revelao divina a tdas as naes do m undo. A sua religio era tambm a pri meira na histiia do mundo que ligava a tica, ou a vida de retido, justia e pureza moral, prtica da sua f . Mas a nao, por muito tempo, tinha idias vagas a res peito da vida futura, e especialmente quanto recom pensa final do fiis do Senhor. ste prncipe dos profe tas, meditando sbre as geraes dos fiis que iam se levantando e passando sem experimentar a esperana da salvao perfeita da graa de Deus, recebeu esta pro messa divina da ressurreio dos justos do Senhor. Os teus mortos vivero. Os seus corpos, ou os meus corpos ressuscitaro. Os mortos que viveram e m orre ram na f e no temor do Senhor ressuscitaro e vive ro. Os fiis do Senhor que habitam no p vero a gl ria do seu julgamento, e se regozijaro no triunfo sbre a m orte. Pois o seu orvalho o orvalho da luz de Deus, Tiago 1:17. Quando ste orvalho sobrenatural cair s bre os m ortos, les acordaro e cantaro. A luz, nas Es crituras, freqentemente significa a vida, Sal. 36:,9; J 3:20; 33:30; Joo 1:4. A terra lanar de si os seus m ortos. A declarao pode ser traduzida, a terra dar luz as suas sombras . Sombras, refere-se aos mortos em Sheol. A dou* T
trina da ressurreio dos mortos, apresentada neste ver sculo pelo profeta, um lindo exemplo da operao do Esprito do Senhor no esprito do profeta submisso oientao divina. Assim, o profeta inspirado chegou a entender que a redeno de Israel no podia ser reali zada pelo seu prprio esforo. O hom em de Deus per
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cebeu que as aspiraes e as esperanas, acordadas no seu corao pelo Esprito do Senhor, podiam ser realiza das somente pela ressurreio dos fiis dentre os m or tos. Maravilhoso que seja o significado da revelao desta doutrina no Velho Testamento, devemos reconhe cer que imatura luz dos ensinos do N vo Testamen to. Nesta declarao a esperana limita-se aos israeli tas que viveram e m orreram na f e no servio do Se nhor (Cp. v . 14). Esta doutrina proftica da ressurreio dentre os m ortos diferente do conceito da imortalidade da alma. Para os hebreus, a plenitude da vida era impossvel para o esprito separado do corpo. Convm notar que a doutrina da ressurreio neste verso bastante diferente do sentido das declaraes de Os. 6:2 e Ez. 37:1-14. Nestas passagens a ressurreio dos mortos apenas uma figura da regenerao dos mortos espirituais, ossos secos que eram a casa de Israel . Mas o profeta Isaas fala da ressurreio lite ral dos servos fiis ao Senhor. D. Concluso desta Mensagem de Aspiraes e Espe ranas, 26:20-27:13
O profeta discute, nesta diviso, vrios tpicos, intioduzindo passagens lricas em 27:2-6 e 7-11. 1. O Povo Deve Esconder-se at Que Passe o Julgamento Divino, 26:20-21
20. V e m , povo e fecha esconde-te at que meu, entra nas tuas cm aras, as tuas portas sbre t i; s por um m om ento, passe a ira.
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21. Pois eis que o S enhor sai do seu lugar, para castigar a iniqidade dos m oradores da terra, a te rra descobrir o sangue que embebeu, e no encobrir m ais os seus mortos.
No verso 20 o profeta volta ao discurso que inter rompeu em 25:8, declarando que ainda no se com ple tou o julgamento divino. O povo deve entrar nos seus quartos, e ali ficar por pouco tempo at que passe a tem pestade do juzo' divino (Cp. J 14:13; Dan. 11:36). Esta manifestao da ira de Deus no visa ao povo do Senhor, povo meu, os israelitas. les ficaro seguros at que passe o juzo do Senhor. O Senhor sai do seu lugar. Quando o Senhor vier do seu lugar no cu para castigar a iniqidade dos habi tantes do mundo, a terra descobrir, ou mostrar, o san gue inocente dos mortos do qual se tinha em bebido. O sangue das vtimas se mostrar com o testemunha con tra os assassinos (Cp. Gn. 4:11; J 16:8; Ez. 24:7, 8 ). No se declara que os prprios mrtires se levantaro para testemunhar juntamente com o seu sangue. De vemos sempre ter cuidado na interpretao da lingua gem simblica ou figurada. 2. A Punio dos Poderes Cruis do Mundo, 27:1
1. Naquele dia o S enhor castigar com a sua dura espada, grande e forte, Le via t , a serpente veloz, Le via t , a ser pente tortuosa, e m atar o drago que est no m ar.
A linguagem dste verso simblica e obscura. Apresentam-se vrias interpretaes do significado da declarao. Fala o profeta de um s poder mundial, ou de trs imprios diferentes? Parece que est visan do a trs grandes podres na linguagem simblica (Cp. 24: 2 1 ). O escritor menciona trs monstros da mitologia an tiga, segundo a nossa interpretao, com o smbolos de po-
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dres que haviam oprim ido o povo do Senhor. O trmo Leviat deriva-se do verbo que significa torcer. Era o monstro terrvel do mar. O Leviat veloz o mesmo que o Leviat tortuoso? E o drago que est no mar o Le viat? fato que stes trs trmos so usados para de signar um monstro da mitologia. Mas parece que so usados aqui para simbolizar trs naes poderosas e cruis que tinham oprim ido o povo de Israel. quase certo que o drago que est no mar simbo liza o Egito, 30:7; 51:9; Ez. 29:3; 32:3; Sal. 74:13. Os dois Leviats simbolizam podres da Mesopotamia, talvez a Assria e a Babilnia. Israel ficava entre o Egi to e a Mesopotmia, e stes dois podres eram os mais responsveis pelos sofrimentos de Israel e Jud. Estas duas maldies do povo do Senhor recebero o maior castigo no dia do julgamento. A espada dura, grande e forte do Senhor simboliza o seu poder supremo sbre as naes arrogantes do mundo, 34:5, 6; Deut. 32:41; Ez. 21:4, 5, 9. 3. Cntico do Senhor Concernente Sua Vinha, 27:2-6
2. Naquele dia : U m a vin h a deliciosa, cantai dela! 3. E u , o Senhor, a guardo, e cada m om ento a rego. P ara que ningum lhe faa dano, de noite e de dia eu cuido dela. 4. No h ira em m im . Q uem me dera espinhos e abrolhos na batalhai E u iria contra les, e ju nta m e nte os queim aria. 5. O u que se apodere da m in ha proteo, que fa ;a paz comigo, que faa paz com igo. 6. Nos dias vindou ros Jac lanar razes; Israel florescer e brotar, e enchero de fru to o m undo.
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Nestes versculos, com o na m aior parte dste captu lo, o texto potico, e o escritor apresenta o seu pensa mento num estilo brilhante, mas freqentemente obs curo. Temos nesta poesia um contraste com o cntico de 5:1-7. No primeiro caso o Senhor plantou e cuidou carinhosamente da vinha que lhe produziu uvas bra vas. Na sua ira, le entregou a vinha para ser destru da e pisada. Neste cntico, o Senhor cuida constante mente da vinha deliciosa, e mostra a hostilidade aos es pinhos e abrolhos que simbolizam os inimigos de Israel. A mensagem do cntico relaciona-se com o tema geral dos captulos 24 a 27. Nas suas atividades providen ciais, o Senhor est desenvolvendo o seu povo, meu povo , para cumprir a sua misso mundial. Uma vinha deliciosa. ste o texto da Septuaginta. O massortico diz, Uma vinha de vinho, D*13 Uma confuso das letras 1 e 1. As palavras podem ser traduzidas, cantai dela, cantai-lhe ou cantai para
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ela. No versculo 3, o presente dos verbos guardar, re gar e cuidar traduz melhor o sentido das palavras. No seu carinho, e no seu amor imutvel, o Senhor cuida constantemente, de dia e de noite, do seu povo, para que ningum lhe faa dano. No h ira em m im . Mas no seu am or da vinha, o Senhor destruir os espinhos e abrolhos, os inimigos do seu povo. Ou que se apodere da minha proteo, ou da minha fra (Cp. I Reis 1:50; 2 :2 8 ). Parece que o Senhor, na sua misericrdia, e sem ira, est dizendo: Se qualquer um dos ofensores, entre os espinhos e abrolhos, desejar escapar ao castigo dos seus companheiros, le poder apoderar-se da minha fra. Qualquer pecador pode
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salvar-se da morte, entregando-se incondicionalmente ao Senhor da vida. O verso 6 termina o cntico, identificando a Jac, Israel, com o a vinha ou o povo do Senhor. Com a m o dificao ligeira da figura, Israel se apresenta com o vide gigantesca e florescente que enche de fruto o mundo inteiro (Cp. Sal. 8 0 :l l ;0 s . 1 4 :6 .)
Esta passagem tem pouca conexo com o cntico da vinha que precede, e com os versos que seguem. Mas a disciplina divina de Israel um dos assuntos que ca racteriza esta diviso do livro de Isaias. No obstante a dificuldade do hebraico dos versos 7 e 8, o sentido da passagem mais ou menos claro. Is rael no tinha sofrido to severamente com o aqules que
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pela opresso tinham causado o sofrimento de Israel. As calamidades e os sofrimentos que os israelitas tinham experimentado, visavam, na previdncia divina, sua disciplina espiritual, ou ao seu arrependimento e f ina balvel no Senhor, o Deus de Israel. Feriu-o le com o feriu aos que o feriram ? A per gunta fica mais clara nas seguintes palavras: Feriu o Senhor a Israel com o feriu os seus inimigos que lhe cau saram tanto sofrim ento? (Cp. Jer. 10:24, 2 5 ). A per gunta pede claramente a resposta negativa. Certamen te, o Senhor no havia ferido o seu povo com o tinha feri do as mais poderosas naes inimigas de Israel. Ou foi le m orto com o foram mortos os que o mataram? Esta traduo segue a verso da Septuaginta. O texto hebrai co diz, foram les m ortos? isto , israelitas em vez de Israel. O tratamento de Israel pelo Senhor moderado em com parao com o castigo que infligiu aos seus ini migos e opressores. Enquanto outras naes poderosas e arrogantes iam perecendo, a pequena nao de Jud, com tdas as suas falhas, permanecia, porque tinha a incumbncia de servir ao seu Deus com o nao de sa cerdotes, x. 19:6. O hebraico do verso 8 to difcil que alguns estu dantes eruditos dizem que no se pode determinar o seu sentido. A verso SSB geralmente rejeitada. Almeida segue mais de perto o sentido das palavras hebraicas. O uso do pronom e fem inino de Almeida significa Jerusa lm, enquanto o nosso uso do masculino significa Israel. Os sufixos do verso 8 so femininos, enquanto que os do 7, bem com o os particpios, so masculinos. P or isso, pensam alguns que o verso 8 deve seguir o verso 10. Ser expiada a iniqidade de Jac. Segundo ste verso 9, a culpa de Israel, com tdas as conseqncias dos seus pecados, ser rem ovida. Mas a iniqidade de Israel ser expiada sob a condio do seu abandono completo
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da idolatria e dos seus objetos de culto. No pode haver lugar na comunidade ideal, visada nesta profecia, para os aserins e os altares de incenso. Asera era uma das deusas de Cana, e aserins eram postes ou rvores sa gradas, imagens de Asera. Jezabel tinha 400 profetas de Asera, I Reis 18:19. Os altares de incenso, nos luga res altos, no ficaro em p (Cp. II Reis 17:11; Jer. 44:18; Os. 1 1 :2 ). Jud aprendeu finalmente com o ca tiveiro, o propsito divino no castigo que sofreu, e abandnou completamente tdas as form as de idolatria. A cidade fortificada est solitria. Os versos 10 e 11 descrevem a desolao de Jerusalm, e no de uma cidade dos inimigos de Jud, segundo a opinio de al guns comentaristas. Outros pensam que o escritor est falando na cidade de Samaria ou na Babilnia. im possvel determinar com certeza a cidade que o escritor descreve. Mas era uma cidade que tinha sido fortifica da e poderosa, e agora estava desamparada e abando nada, com o deserto. O bezerro se deitava no lugar, e devorava os ramos dos pequenos arbustos que ali cres ciam . As mulheres buscavam pedaos de ramos secos e quebrados para lenha. A destruio daquela cidade foi o resultado da sua falta de entendimento. 5. Uma Profecia da Restaurao dos Desterrados de Israel, 27:12, 13
12. Naquele dia o S enhor debulhar o cereal desde o Rio at ao ribeiro do E g ito ; e vs, 6 filhos de Israel, sereis colhidos um um . 13. E naquele dia se tocar um a grande trom beta, e os que a n d a va m perdidos pela te rra da A ss ria , e os que fora m desterra* dos para a te rra do E g ito , vir o e adoraro ao Senhor na m onte santo de Jerusalm .
Esta profecia do mesmo carter que a promessa de 11:11-16. stes dois versculos apresentam a con
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cluso apropriada dos ltimos quatro captulos. 0 pro feta anuncia que os israelitas desterrados na Assria e no Egito sero restaurados e reunidos na sua prpria terra. O Senhor debulhar o cereal desde o Rio Eufrates at ao ribeiro do Egito. Nesta im agem do lavrador que ceifa e recolhe o seu fruto e cereal, o profeta representa o Senhor que recolhe e restaura o seu povo desterrado, desde a Mesopotmia at ao Egito. Assim, os filhos de Israel sereis colhidos um a um (Ver. 27:1; 25:8; 26:20; 24:23). Desde longe todos os fiis sero reunidos em Jerusalm, e ali adoraro o seu Deus, o Senhor dos Exr citos de Israel, o nico e o verdadeiro Deus. Tocar-se- uma grande trombeta, e os que anda vam perecendo no estrangeiro acordaro, e voltaro das terras longnquas para sua ptria amada, e para a glo riosa comunho com o seu Deus (Ver. 18:3; Zac. 9:14; Mat. 24:31). A Data e a Unidade dos Captulos 24-27 Segundo a nossa interpretao, no h argumentos suficientes para negar ao profeta Isaias stes quatro ca ptulos, incluindo as quatro poesias lricas. H, porm, indicaes de que alguns versculos e frases foram acres centados obra original por redatores, algum tempo depois de Isaas. Quanto data, no h indicaes cer tas do tempo ou da poca da profecia, mas esta reflete mais as circunstncias histricas de Ezequias e Senaqueribe. VII. No Escarneais para Fazer Mais Fortes os Vossos Grilhes, 28:1-32:20 stes captulos tratam principalmente das condi es polticas e religiosas que prevaleceram nos reinos
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de Israel e Jud nos ltimos anos do sculo oitavo, pou co antes da invaso cte Senaqueribe. Contra o conselho sbio do profeta Isaias, o povo confiava nas alianas po lticas, em vez de reconhecer e ouvir a chamada divi na, e obedecer ao aplo da f em Deus. O resultado da pregao do hom em de Deus era semelhante ao de mui tos pregadores do evangelho em nossos dias. O profeta se revela com o verdadeiro estadista, no entendimento dos problemas polticos da poca, e nos conselhos que apre senta ao povo e s autoridades. Tambm expe clara mente, s vzes com escrnio, a inpcia dos nobres e dos politiqueiros que procuravam fazer alianas com naes poderosas e agressivas que no se interessavam no bemestar de Israel, antes, desejavam dominar a sua terra com o base de conquistas maiores. stes captulos no apresentam problemas srios a respeito do autor, da data e da unidade da mensagem. Alguns comentaristas argumentam que partes da profe cia foram escritas algum tempo depois de Isaias, mas reconhecem que tais passagens descrevem o fundo his trico e os problemas da poca de Ezequias, Isaias e Se naqueribe . Na beleza do estilo literrio, na anlise do carter humano, no contraste entre o pecado e a justia divina, e na fra de argumento, stes captulos apresentam um exemplo brilhante da literatura dos escritores sacros. As verdades apresentadas aqui so relevantes para os nos sos dias. Alguns cientistas e autoridades polticas escar necem de preceitos religiosos, esquecendo-se de que as ver dades ticas da verdadeira religio preservam os melho res elementos da civilizao humana. O profeta troveja contra a poltica engenhosa, e de clara que a aliana com a Assria e com o Egito no pode salvar a pequena nao de Israel. No se salva da m or te e do inferno fazendo alianas com les. Aqule que
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cr no se apresse. Confiai no Senhor de Sio, porque le tem um plano para o seu povo fiel que nunca pode ser derrotado. A . O Castigo Certo dos Impenitentes de Efraim e Jud, 28:1-29 H quatro pequenos discursos distintos neste cap tulo sobre os pecadores impenitentes de Efraim, ou Is rael, e Jud. 1. A Queda de Samaria, a Capital de Israel, 28:1-6
1. A da soberba coroa dos bbados de E fra im , e da flo r caduca da sua gloriosa beleza> q u est sbre a cabea do vale frtil dos que so vencidos pelo v in h o ! 2. Eis, o S enhor tem um que valente e poderoso; como um a tempestade de saraiva, um a to rm e n ta de des truio, como tempestade de impetuosas guas transbordantes, com mo poderosa a d e rribar por te rra . 3. A soberba coroa dos bbados de ser pisada aos ps; E fra im
4. e a flo r caduca da sua gloriosa beleza, que est sbre cabea do vale frtil, ser como figo p rem aturo antes do ve r o ; quando algum pe nle os olhos, m al o apanha j o devora. 5. Naquele dia o S enhor dos Exrcito s ser a coroa de glria, e o diadem a d beleza para o restante do seu povo; 6. ser o esprito de ju stia para o que se assenta a ju lg a r, e a fortaleza para os que fazem recuar a peleja na porta.
Nos primeiros quatro versculos, o profeta denuncia os bbados de Efraim, e proclama a queda iminente da sua linda cidade. claro, portanto, que ste orculo foi proferido antes de 721, quando Samaria caiu no poder
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da Assria. O profeta descreve a capital do Reino de Is rael com o a soberba coroa dos bbados de E fraim . A figura de difcil interpretao e caracterstica do he braico. Parece que a frase soberba coroa faz uma du pla referncia. Refere-se, sem dvida, cidade de Sa maria no cume do outeiro, ficando quase 100 metros mais alta do que a terra em redor. Alguns pensam que se refira tambm grinalda de flres na cabea do b bado que se entregava bacanal. As flres esto m ur chando, pois o tempo da orgia dos bbados est chegando ao fim , e a linda cidade de Samaria est nos ltimos dias da sua gloriosa form osura. O rei Onri com prou de Semer o monte, I Reis 16:24, e, naquele lugar estratgico, le construiu a capital que floresceu no perodo da pros peridade de Efraim, e especialmente no reino de Jeroboo II. Dos que so vencidos pelo vinho, J'"' ,
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batidos ou golpeados pelo vinho, completamente intoxi cados. No combate entre o beberro e o vinho, ste que sai vencedor. Eis, o Senhor tem um que valente e poderoso. O instrumento poderoso do Senhor, neste caso, o assrio, 10:5. O poder da Assria, no plano do Senhor, ser usa do para castigar o povo infiel, os israelitas que tinham rejeitado a orientao do seu Deus (II Reis 17:3-6). Com o se explica que o Senhor pudesse usar ste povo to cruel para conseguir o seu propsito na extermina o do Reino de Israel? Yer a explicao nas notas sbre 10:5, 6. Com o a tempestade de saraiva e o dilvio de guas impetuosas o violento exrcito da Assria der ribar por terra o Reino de Israel. A soberba coroa dos bbados de Efraim ser pisa da aos ps. O verbo dste versculo plural no hebrai co, indicando que os bbados, bem com o a cidade de Sa maria, sero pisados aos ps do conquistador.
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No verso 4 Samaria que ser com o figo prematu ro. Os primeiros figos so apanhados e devorados por que so os mais deliciosos (Ver Os. 9:10; Miq. 7:1; Naum 3:12; Jer. 2 4 :2 ). O profeta pensava que a linda cidade de Samaria seria tomada e saqueada facilmente pelo conquistador. Mas, poderoso e invencvel com o era o exrcito assrio, teve que sitiar a cidade por trs anos antes que pudesse captur-la. Mas logo que fo i tom ida, a cidade fo i saqueada e completamente destruda. Mui tos dos habitantes foram mortos, e os cativos foram es palhados nas terras estranhas, sob o domnio da Ass ria, e o Reino de Israel, com o nao, foi completamente destrudo. Por muitos anos os reis e os nobres de Efraim ti nham demonstrado a sua decadncia moral e religiosa, bem com o a sua incapacidade de entender a santidade, a justia e o am or do seu Deus. Como nos explica o pro feta Ams, os israelitas eram muito zelosos na prtica da religio form al, enquanto que, ao mesmo tempo, les estavam completamente separados do Senhor pela cor ruo moral, a avareza, a hipocrisia e a injustia. Jul gando que pudessem com prar as bnos do Senhor com o sacrifcio de animais, e continuar no pecado com o quisessem, les no tinham mais o conhecimento e a fra necessrios para voltar ao Senhor Deus, a quem tinham rejeitado. Nos versos 5 e 6 o profeta usa os mesmos trmos, coroa de glria e diadema de beleza, que se encontram em 1-4, mas em sentido notavelmente diferente. Na Idade Messinica, quando o reino da justia f r estabe lecido, v . 17, o Senhor Jav dos Exrcitos ser a coroa de glria e o diadema de beleza para o restante fiel do seu povo. Naquele dia a frase que geralmente se refe re ao reino futuro do Messias, e no ao dia do julgamen
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to do Reino de Israel, nem preservao do Reino de Jud. 0 restante fiel do seu povo significa os regenera dos do Senhor que amam o seu reino de justia. No h certeza de que a frase aqui signifique apenas os so breviventes das tribos do Reino de Israel, ou se inclui tambm os regenerados de Jud. A linguagem no abrange os infiis de Jud. Certamente, havia um n m ero limitado dos fiis entre os israelitas. 0 escritor est visando histria do povo escolhido, com os vrios julgamentos de disciplina. H, portanto, um profundo contraste entre a glria falsa que desvanece, e a glria verdadeira que permanece. O poder do Esprito do Senhor a beleza na vida do povo redimido, e a fonte de tdas as suas virtudes cvicas e religiosas. O esprito do julgamento no verso 6 tem o m esm o sentido com o em 11:2 para aqule que se assenta para julgar. Repousar sbre le (o Mes sias) o Esprito do Senhor , isto , julgar com justi a (Cp. 11:1-10). Na Idade Messinica, o rei ou o juiz que se assenta no tribunal da justia representar o Es prito do Senhor. notvel a promessa de fora para os que fazem recuar o inimigo na porta da cidade ou da terra. . _ j j { ! 2. Jerusalm, Bem com o Samaria, Tem os Seus Bba dos, Incluindo Sacerdotes e Profetas, 28:7-13 A corruo social, na cidade de Samaria, que des truiu o Reino de Israel est se manifestando tambm entre os habitantes de Jerusalm, a capital do Reino de Jud. Os dirigentes religiosos, sacerdotes e profetas, en contram-se entre os bbados e dissolutos da sociedade. O plano de rebelio contra a Assria foi feito por um grupo de politiqueiros em uma das suas festas orgacas.
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7 . stes tam bm cam baleiam por causa do vinho , e no podem ter-se em p por causa da bebida fo rte ; o sacerdote e o profeta cam baleiam por causa da bebida forte, so vencidos pelo vinho , no podem te r-se em p por causa da bebida fo rte ; les erram na viso, tropeam no ato de ju lg a r. 8. Pois tdas as mesas esto cheias de vm itos, no h lu g a r sem im un dca. 9. A quem ensinar conhecim ento, e a quem explicar a mensagem ? acaso aos desmamados, e aos que fora m afastados dos seios m aternos?
10. Pois preceito sbre preceito, preceito sbre preceito, regra sbre regra, regra sbre re g ra ; um pouco aqui, um pouco ali. 11. Pelo que por lbios estranhos e por outra lngua fa la r o S enhor a ste povo, 12. ao qual disse: ste o descanso, dai descanso ao cansado; e ste o re frig rio ; mas no quiseram o u v i r .
13. A ss im , pois, a p a la vra do Senhor lhes ser preceito sbre preceito, preceito sbre preceito, regra sbre regra, regra sbre re g ra ; um pouco aqui, um pouco a li; para que vo, e caiam para tr s, e se quebrantem , e se enlacem, e sejam presos.
Nos versculos 7-13, o profeta descreve os dirigentes embrutecidos de Jud em trmos semelhantes aos que usou na descrio dos bbados de Efraim . stes sacer dotes e profetas eram escrupulosamente religiosos, mas no permitiam que a religio determinasse o seu proce dimento na vida moral, ou nas suas atividades cvicas. A religio era um meio de ganhar o favor e o apoio di vino na vida pessoal, e em tdas as relaes polticas do
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povo nas atividades nacionais e internacionais. Assim, os chefes ilustres de Jerusalm estavam seguindo a mes ma poltica das autoridades de Samaria, nos seus hbi tos dissolutos, e na insensatez de confiar na aliana com o Egito. 0 verso 7 explica com o os sacerdotes e profetas, os guias espirituais do povo, iam errando na viso e trope ando no julgam ento. Estas autoridades sbre o povo no podem andar sem cambalear, nem manter-se de p, porque esto embriagadas de vinho ou de bebida forte. Neste estado de embriaguez, os profetas perdem a viso, n m , e os sacerdotes perdem a capacidade de julgar,
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Tdas as mesas esto cheias de vm itos. Todos os lugares nas casas dstes bbados estavam sujos, nojen tos e repugnantes. No verso 9, estas autoridades que se entregavam folia respondem sarcasticamente ao profeta Isaias. A quem ensinar conhecimento? Quem som os ns para que tenhamos de ouvir esta mensagem insultuosa? No som os ns os homens de conhecimento, os conselheiros oficiais do povo? Somos ns os desmamados, mal afas tados dos seios m aternos? 0 v . 10 cita a linguagem dos beberres na zom ba ria do profeta. les se aborreciam com os preceitos, os mandamentos e a condenao da sua tolice na infideli dade de depender de alianas polticas. Ento fazem um esfro para ridicularizar as palavras do mensageiro do Senhor. Na embriaguez les tentam atravs de mmica indecorosa ridicularizar as admoestaes repetidas do profeta. As suas palavras no hebraico so m onoss labos, caractersticos da linguagem dos embriagados: *av, lazav, zav, lazav, kav, lakav, kav, lakav; zer sham.
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zer sham. No certo o sentido exato destas palavras abreviadas que os beberrotes no podiam pronunciar claramente. No v . 11 o profeta responde fortemente lingua gem abusiva dos polticos. No querendo ouvir a pa lavra do Senhor em bom hebraico, le lhes falar na linguagem dura de lbios estranhos, e pela lngua terr vel dos assrios. Ao qual disse: ste o descanso. Esta declarao representa o teor do ensino do profeta a respeito da po ltica do seu povo (Cp. 30:15). O profeta tinha pro curado mostrar ao seu povo que o verdadeiro caminho de descanso exigia que a nao se abstivesse de alianas po lticas, mas no quiseram ouvir. Portanto, o julgamento do Senhor lhes ser justa mente de acrdo com as palavras que gaguejam em zombaria do profeta. A m m ica incoerente que faziam no esfro de intimidar o profeta (v . 10) ser para os zombadores o orculo do Senhor, o julgamento divino dos inqos revoltosos contra a mensagem da revelao divina. 3. A Aliana com a Morte e com Sheol, 28:14-22
14. O u v i, pois, a p a la vra do Senhor, hom ens escarnecedortt, que dom inais ste povo que est em Jeru salm ! 15. P o r q u a n t o tendes dito: F i z e m o s aliana c o m a m o rt, e com Sheol fizem os acrdo; quando passar o flagelo transbordante, no chegar a ns; porque temos feito m entiras o nosso refgio, e debaixo da falsidade nos temos escondido. 16. P ortanto assim d iz o Senhor Ja v : E is que estou assentando em Sio um a pedra, um a pedra j provada, pedra preciosa de esquina, de firm e fundam ento : aqule que crer, no se apressar.
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17. Farei ju z o a regra, e ju sti a o p ru m o ; e a sa ra iva v a rre r o refgio da m entira, as guas inundaro o esconderijo.
A mensagem nesta seo dirigida aos homens escarnecedores, os polticos que desprezaram com altivez os conselhos do profeta. Ouvi, escarnecedores, que do minais ste povo de Jerusalm. stes zombadores fa zem os seus planos polticos em desafio da vontade re velada do Senhor (Cp. v . 22; 29:20). A frase que do minais ste povo indica que os antagonistas do profeta dominavam as autoridades pblicas na capital de Jud. Porquanto tendes dito: Fizemos aliana com a m or te, e com Sheol um pacto. O profeta est se referindo no somente corruo moral destes escarnecedores, pois o contexto indica que est condenando tambm a sua superstio e idolatria, e especialmente a sua rebe lio contra o Senhor. No h certeza de que o profeta esteja citando aqui as palavras exatas dos seus antago nistas. No uso da frase pacto com a m orte provvel que se esteja referindo aliana poltica com o Egito, cujos deuses Osris e Isis eram deuses da m orte. Com Sheol fizem os acordo, viso. A palavra H Pi > viso, no significa acrdo em qualquer outro lugar, mas tradu zida por acrdo na Septuaginta e na Yulgata. No verso 18 usa-se a palavra rWH no mesmo sentido (Cp. 21:2;
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29:11). stes antagonistas do profeta tinham a certeza de que o seu acrdo com o Egito os salvaria da morte nacional! Tem os feito mentiras o nosso refgio. muito difcil crer que les usaram exatamente estas palavras. mais provvel que o profeta assim declara, nas suas prprias palavras, o significado da aliana com o Egito. Debaixo da falsidade nos temos escondido. interes
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sante notar que estas palavras s vzes representam o ponto de vista m oderno dos comunistas. O profeta apresenta, em contraste com a falsa espe rana no Egito, o verdadeiro fundamento para o povo de Jud, a pedra que o Senhor est assentando em Sio. Esta a pedra j provada pela histria do amor imut vel do Senhor para com o seu povo. a pedra preciosa da esquina, de firm e fundamento; a verdade eterna da revelao divina, confirm ada pela experincia dos fiis, atravs da histria humana. O nico e o verdadeiro fundamento para a vida do hom em a f firm e e ina balvel no Senhor Deus. nesta relao de f e co munho com o verdadeiro Senhor dos cus e da terra que o povo pode construir a sua vida pessoal, bem com o a sua vida nacional. A relao espiritual de Jav com Israel o fundamento eterno da obra de Deus no mun do inteiro, embora seja uma relao invisvel entre o es prito divino e o esprito humano. Todos os profetas, bem com o os escritores do Nvo Testamento, reconhe cem que o fundamento do reino de Deus no mundo o propsito do Senhor revelado na escolha de Israel. verdade que ste propsito fo i realizado, no por Israel com o nao, mas pelo Restante que entendeu a palavra de Deus, e se entregou ao Senhor pelo arrependimento e a f . A pedra de esquina, portanto, no Israel com o nao, nem a cidade de Jerusalm que tanta importn cia tinha nas crises da histria de Jud, mas o grupo dos fiis, denominado o Restante. Aqule que crer, no se apressar. A Septuaginta e I Ped. 2:6 dizem no se envergonhar. O profeta de clara aqui o que tinha dito em 7:0, que a f a condi o fundamental da salvao (Cp. Sal. 118:22; R om . 9:33; 10:11; I Ped. 2 :6 -8 ). Farei juzo a regra, e justia o prum o. Esta uma declarao das leis morais do Criador (Cp. 34:11).
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Tudo que seja construdo no fundamento tem que con cordar com os princpios eternos da justia divina. Tudo mais ser varrido pela tempestade vindoura (Cp. Am . 7 :7 -8 ).
18. E nto a vossa aliana com a m orte ser anulada, e o vosso acrdo com Sheol no su b s istir ; quando passar o aoite transbordante, sereis esmagados por le. 19. T d a s as vzes q u passar vos a rre b a ta r ; porque de m anh em m anh passar, de dia e de noite; e ser puro te rro r o entender a mensagem. 20. Porque a cam a to cu rta que nela ningum se pode estender; e o cobertor to estreito que com Sle no se poda co b rir. 21. Porque o S e nh or se levantar como no m onte P e ra zim , e se irar, como no v a i de G ibeo; para fazer a sua obra, a sua obra estranha, e para executar o seu ato, o seu ato estranho! 22. A g o ra , pois, no escarneais, para que os vossos grilhes no se faam m ais fo rte s; porque do S enhor Ja v dos Exrcito s ouvi fa la r do decreto da destruio, e essa j est determ inada sfibre tda a te rra .
A vossa aliana com a morte ser anulada. A palaejA.*lj3 significa cancelado, apagado ou coberto (Gn. 6 :1 4 ). a palavra que se usa no sentido de expiar e perdoar o pecado. Mas no se usa em qualquer outro lugar exatamente neste sentido de anular. Tdas as vzes que passar vos arrebatar (Cp. I Sam. 18:30). O castigo dos conspiradores ser conti nuado, com a repetio dos aoites esmagadores, at que todos les sejam arrebatados. E ser puro terror o en tender, ou o esclarecimento da mensagem proftica. Os orculos do Senhor enchero o pensamento e o esprito do ouvinte com horror (Cp. I Sam . 3:11; II Reis 21:12; Jer. 1 9:3 ).
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O verso 20 declara que os planos dstes politicos in solentes, em vez de lhes trazer a segurana nacional e pessoal que esperavam, resultaro em misria extrema. A declarao proverbial sbre a cama e o cobertor ex pressa figuradamente a condio miservel que os poli ticos esto preparando para a sua nao e para si mes m os. Porque o Senhor se levantar com o no monte Perazim, e se irar, com o no vale de Gibeo. Para o signi ficado histrico de Perazim e Gibeo, comparar II Sam. 5:20 e 5:25. A segunda parte do verso 21 declara que o Senhor se levantar na sua ira para fazer a sua obra, ou o seu ato estranho de castigar o seu prprio povo (Cp. A m . 3 :2 ). Apresenta-se no verso 22 o aplo final aos escarnecedores. ste aplo baseia-se no propsito eterno e na deciso irrevogvel do Senhor. No escarneais, assim trazendo sbre vs a destruio que j est determinada pela lei eterna da justia divina (Cp. 10:23). B . A Justificao das Atividades Providenciais do Senhor em Relao com o Seu Povo, 28:23-29
23. Inclina i os ouvidos, e ouvi a m in h a v o z ; atendei bem, e ouvi o m eu discurso. 24. P o rve n tu ra , lavra todo dia o lavrador, para semear? est sem pre abrindo e esterroando a sua te rra ? 25. Depois de te r nivelado a superfcie, no lhe espalha endro, no semeia com inho, no lana nela trig o em leiras, e cevada no lu g a r determ inado, e a espelta na m argem ? 26. Pois le devidam ente in stru d o ; o seu Deus o ensina.
Muitas pessoas lutam com dificuldade no esforo de entender as atividades providenciais do Senhor na
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vida do hom em e na vida das naes. Esta parbola das operaes lgicas e inteligentes do lavrador ensina que o plano do Senhor para o seu povo progressivo, e que le adapta a disciplina natureza e s necessidades do seu p ov o. Os versos 24-26 explicam com o o lavrador sulca, esterroa e semeia a sua terra. le no cultiva para sempre a terra sem qualquer propsito ou plano. Prepara o solo para receber nas melhores condies a semente. Assim, a disciplina divina do hom em prepara o seu corao para receber a semente da Palavra de Deus (Cp. Mat. 13:1-23). Assim, o castigo de Jud resulta r finalmente no entendimento e no preparo do Restante fiel para realizar o propsito eterno do Senhor. Na introduo da parbola, o profeta adota a fo r ma do cntico de amor, e assim segue o costume de ga nhar ateno (Cp. Jer. 18:18). O profeta evidente mente tinha observado as atividades do lavrador, e tinha conhecimento da agricultura. Sabia dos mtodos dife rentes de plantar as vrias sementes, e notou o cuida do especial na plantao de trigo. As palavras em leiras e o lugar determinado no se encontram na Septuaginta, e o versculo claro sem estas frases. 0 verso 26 acentua a destreza e o conhecimento do lavrador que lhe foi transmitido pelo socorro e a provi dncia divina.
27. Porque o endro no se trilh a com instrum ento de trilh a r, nem sbre o cam inho passa roda de ca rro ; mas o endro debulhado com a va ra , e o com inho com pau. 28. Acaso o trig o esmiuado? NSo, o la vrador nSo o debulha para sem pre, quando passa por cim a dl-e a roda do seu carro, com os seus cavalos, no o esm iua.
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29. T a m b m isso procede do Senh or dos E x rc ito s; le m aravilhoso em conselho, e grande em sabedoria.
Os versos 27-29 falam da debulha de cereais. No se debulham todos os cereais com os mesmos instrumen tos. Seria desastroso a debulha de endro e do cominho com instrumentos de trilhar, ou com a roda do carro. H vrias passagens no Velho Testamento que falam de mtodos diferentes de debulhar, Rute 2:17; Deut. 25:4; Miq. 4:13. O trigo, embora debulhado pela roda do carro, no fica esmiuado, porque o lavrador no o trilha para sem pre, mas apenas suficientemente para separar os gros da palha. Levantam-se dvidas sbre o uso de cavalos na agricultura no tempo de Isaias, e alguns pensam que a frase com os seus cavalos seja uma interpolao. Tambm isso procede do Senhor. O profeta ficou impressionado pelo conhecimento e a destreza do lavra dor. Na revelao bblica o Senhor o Deus Vivo, e as suas relaes com o seu povo so pessoais, e no mecni cas. O seu m odo de tratar com os homens varia de acrdo com os seus caractersticos pessoais. A disci plina rigorosa necessria para o desenvolvimento espi ritual de algumas pessoas. Outros so mais fcilmente levados a entregar-se ao Senhor pelo aplo do am or de Deus ao seu esprito, e pela persuaso e o encorajamen to da sua inteligncia. Em todos os casos a disciplina divina visa ao preparo do hom em para amar e servir ao seu Deus, e para produzir uma boa safra, no somente para a sua prpria felicidade, mas tambm para o bemestar do seu prxim o.
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2. A in d a porei A rie l em aprto, e haver pranto e lam entao; e ela ser p a ra m im como A rie l. 3. C e rc a r-te -e i e acam parei contra ti, e te sitiarei com baluartes, e levantarei tra nqu eiras con tra ti. 4. E nto abaixada, e desde o p subir da te rra e a tua fa la da te rra falars, sair fraca a tu a fa la ; a tua vo z como a de feiticeiro, resm ungar desde o p.
Esta mensagem foi proferida ao povo de Jerusalm pouco antes da invaso de Jud pelos assrios sob o co mando de Senaqueribe. No h dvida de que a palavra Ariel nom e potico de Jerusalm, mas que significa o trm o? Alguns sugerem que significa Leo de Deus, mas ste significado no cabe nos versos 2 e 7. claro que neste contexto Ariel significa Lareira de Deus. Em Ez. 43:15 a palavra se refere superfcie do altar do holocausto em o N vo Templo (C p . 31: 9 ) . usada tambm neste sentido de Lareira de Deus na inscrio da Pedra Moabita. Jerusalm, com o Ariel, o altar do holocausto, no para o sacrifcio de animais, mas para o sofrim ento e o sacrifcio do prprio povo no ato do grande julgam ento divino. Acrescentai ano a ano, completem as festas o seu ciclo. Estas palavras do profeta talvez sejam uma ex presso de sarcasm o. stes versos sbre a humilhao
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de Jerusalm so paralelos com os de 28:1-4 que falam da queda de Samaria. No obstante a lio do desastre de Samaria, Jerusalm se sente alegre e segura, sem qualquer preocupao com o dia do julgamento divino. No julgamento pendente, no stio de Jerusalm pelo exr cito de Senaqueribe, a cidade ser a Lareira de Deus, no obstante a confiana do povo na sua segurana. Ainda porei Ariel em aprto, e haver pranto e la mentao. A invaso de Jud e o stio de Jerusalm pelo cruel exrcito dos assrios ser um perodo de humi lhao e sofrimento terrvel para os judeus. Esmagados e prostrados no p, a voz baixa dos habitantes de Jeru salm semelhante ao resmungo do feiticeiro. Na ago nia quase de morte, a fala do povo aparentemente vem de Sheol.
5. Mas a m ultido dos teus inim igos ser como o p mido, e a m ultido dos tiranos como a palha que voa n u m m om ento, repentinam ente. 6. Do Senhor dos Exrcito s sers visitada com troves, com terrem otos e grande rudo, com tufo de vento, tempestade, e labareda de fogo devorante. 7. Ser como sonho e um a viso da noite, a m ultido de tdas as naes que p e lja m contra Arief, tam bm todos os que pelejam contra ela, e contra os seus m uros, e a pem em aprto. 8. Ser tam bm como o fam in to que sonha que est comendo, e, quando acorda, tem o estmago vazio,ou como o sequioso que sonha que est bebendo, e, quando acorda, sente-se fatigado e com sde; assim ser a. m ultido de tdas as naes que pelejarem contra o Monte Sio.
Os versos 5-8 tratam do desastre e da disperso dos inimigos de Sio quando se julgavam completamente vi toriosos na subjugao de Jerusalm. Com o verso 5 muda-se o assunto da mensagem do profeta. No obs
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tante a fraqueza e a agonia da cidade no esforo de re sistir ao poderoso exrcito de Senaqueribe, o profeta ti nha certeza de que o Monte Sio no cairia no poder do inimigo (10:24-26). Com plena confiana de que a ci dade capital seria salva pelo poder de Deus, Isaas es perava que a salvao miraculosa do Monte Sio pudes se despertar o povo ao arrependimento. Os versos 5, 7 e 8 apresentam uma pattica descri o da calamidade do terrvel exrcito dos assrios, que se julgava invencvel. Com o stio da cidade pelo inimi go irresistvel, a fraqueza, a confuso e o mdo dos seus habitantes, aparentemente no havia mais esperana de libertao do poder do terrvel adversrio. Mas, de re pente, fo i levantado o stio, e as hostes dos assrios se retiraram humilhadas pela interveno de um poder su perior . Na figura do sonho, nos versos 7 e 8, o profeta acen tua dois eventos importantes na vida do seu p ovo. O primeiro o desaparecimento do inimigo que ameaava destruir o povo escolhido do Senhor. Ser com o sonho e uma viso da noite. Tdas as naes que pelejam con tra o eterno propsito de Deus, na direo do povo do seu reino, perecero. Os que sonham com triunfos sbre as atividades da providncia divina acordam para descobrir que tais vitrias so apenas fadigas e o au mento da sde insacivel. 2. A Cegueira e a Hipocrisia do Povo, 29:9-12
9. E stu p e fic a i-v o s e ficai estupefatos, c e g a i-vo s, e ficai cegos; e m b ria g a i-v o s , mas no de v in h o ; cam baleai, m as no d em briaguez. 10. P orque o S e nh or derram ou sbre vs o esprito de profundo sono, fechou os vossos olhos, os profetas; e vendou as vossas cabeas, os videntes.
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11. E a vis o de tu do isto j se v o s torn ou com o a s pa la vras de um livro selado. Q uando se d ao que sabe ler, dizen d o: L isto, le resp on d e: N o posso, porqu e est selado. 12. E q uan do se d o livro ao que no sabe ler, d izen d o: L isto, le re sp on d e: N o sei ler.
Por que os homens no podem perceber ou enten der a obra do Senhor? O povo de Jerusalm no sabe entender os sinais das atividades do Senhor, nem reco nhece a revelao divina que tinha recebido por inter m dio de Isaas. stes versculos declaram que o povo entorpecido de Jerusalm, que no reconhece a obra do Senhor, e que despreza as admoestaes do profeta, tem que confrontar a sentena da justia divina. Tardai-vos a traduo de nfclftfin
: t J
do
texto
, a palavra
da margem, cabe m elhor no contexto. A pequena mu dana das vogais dos verbos embriagar e cambalear d a form a imperativa, e expressa mais claramente o sen tido do hebraico. O texto original fo i escrito sem v o gais. O Senhor derramou sbre vs o esprito de profun do sono, e fechou os vossos olhos. Esta uma declara o caracterstica da psicologia dos escritores bblicos. As leis ticas do Senhor so to reais com o as leis do mundo fsico. Isaias no pensava que o Senhor tivesse fechado os olhos dsse p ovo. O hom em pode prejudicar a sua sade, ou matar-se pela desobedincia das leis f sicas que o Criador estabeleceu. As leis espirituais dste mundo criado por Deus so to reais com o as leis fsi cas. A pessoa que recusa reconhecer a lei espiritual de que o salrio do pecado a morte, cega-se a si mesma, e finalmente paga a pena da sua cegueira. Mas final mente temos que reconhecer que a cegueira espiritual
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num sentido verdadeiro a vontade do Senhor, porque le permite a operao das suas leis eternas. A cousa importante para o hom em o esprito humilde que de seja saber a vontade do Senhor, e de aprender a fazer o que Deus lhe pode ensinar. Os versos 11-1.2 declaram que o' povo, estupidificado pelos prprios pecados, no pode ser acordado. At o profeta no tem viso, e o vidente no tem discernimen to. No h quem possa interpretar a viso. Para o ho m em de cultura, a viso ou o livro, fica selado. le, bem com o o hom em que no sabe ler, fica entorpecido pelo pecado. A nao, o povo ou o hom em imerso nas cousas materiais torna-se inevitvelmente cada vez mais insen svel vontade do Senhor, e finalmente se torna com pletamente cego a qualquer admoestao ou aplo espi ritual. 3. A Religio Meramente Convencional Perecer, 29:13-14
13 E o S en h or disse : P orqu e ste p ov o se a p rox im a com a sua bca , e com os seus lbios me honra, en qu anto o seu co ra o est longe de m im , e o seu te m o r para co m ig o o m andam ento que aprendeu m aqu inalm ente do h om em ;
14. portanto, eis que con tin u arei a fa z e r co u sa s m a ra v ilh osa s no m eio dste p o v o ; m a ravilhas e m ila gres; a sa b edoria d os seus s b ios perecer, e o d iscern im en to d os seus prudentes ts co n d e r .
ste povo se aproxim a de m im com a sua bca, e com os seus lbios me honra. Mas o culto do povo form al, tradicional e hipcrita. O seu tem or para co m igo o mandamento que aprendeu maquinalmente do hom em . No tinha uma experincia da presena do
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Senhor no seu corao. 0 corao, juntamente com to dos os seus intersses na vida, est longe de m im . Para os profetas, e para os cristos, a religio a entrega, ou a rendio completa da vida ao Senhor. a comunho pessoal e espiritual com o am or e a justia do Senhor. Alguns escritores modernos do muita nfase ao culto ritualista, sem reconhecer que todos os profetas con denaram severamente a observao escrupulosa do ritualismo e do sacrificio de animais, que exclui o desejo de estabelecer comunho com o Senhor (ver 1:10-15). Se alguns profetas consideravam favoravelmente o cul to ritualista, les reconheciam, contudo, que a religio meramente form al no tinha valor algum, se o oferecedor no tivesse o desejo de adorar e honrar a Deus. A observao mecnica das form as e cerimnias da reli gio no tem mais valor hoje do que tinha nos dias de Isaas. O seu tem or para com igo o mandamento do ho mem, uma tradio que aprendeu mecnicamente (Cp. Mat. 15:1-9). A comunho espiritual com Deus pes soal, vem da revelao, e no da sabedoria humana. Esta a diferena fundamental entre a religio biblica e o paganismo. A sabedoria dos seus sbios perecer. Nestas cir cunstncias, o Senhor se revelar de nvo por maravi lhas e milagres que os sbios no podem entender nem explicar. A sabedoria e o entendimento dos sbios fica ro completamente escondidos. D. A Rejeio da Segurana da F no Senhor, 29:15-30:17 1. A Repreenso dos Conspiradores, 29:15-16
15. A i dos qu e escon d em profu n d am en te o seu p rop sito do Senhor, e as suas prprias o b ra s fazem s escuras, que dizem : Quem nos v ? Quem n os co n h e ce ?
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16. V tu do perverteis! O oleiro ser reputado co m o o b a rro: que a o b ra diga de quem o f z : le no me f z ; ou a cou sa fo rm a d a diga de quem a fo rm o u : le no tem en ten dim en to?
stes versos 15-16 apresentam a repreenso aos po lticos de Jud por seu propsito de form ar uma alian a com o Egito na revolta contra a Assria. Esperam que ste plano, 28:7-22; 30:1-5; 31:1-3, fique escondido do Senhor, mas o profeta conhece e expe os movimen tos dste grupo de conspiradores. Ai dos polticos que procuram manipular os eventos da Histria, e assim usurpar a autoridade do Senhor, que o Dominador supremo da histria humana. Ai dos que escondem profundamente o seu prop sito do Senhor. sse partido egpcio procurava ocultar do profeta o seu plano de pedir socorro do Egito na re volta contra a Assria. O profeta lhes declara que ste esforo de esconder do mensageiro do Senhor o seu pro jeto um ato de rebelio contra Deus. Quem nos v? Quem nos conhece? caracterstico do hipcrita, que faz as suas obras s escuras, a pensar que pode ocultar as suas atividades no somente do conhecimento dos ho mens, mas tambm da observao do prprio Deus. Vs tudo perverteis, transtornais! Que perversida de a vossa! O R lo do Mar Morto diz: de cabea para bai xo por causa de vs. Vs vos considerais os mestres do mundo, to sbios, de acrdo com o vosso m odo de pen sar, que julgais poder enganar o vosso prprio Criador! Vs sois to insensatos que pensais que o barro pode di zer ao oleiro: Tu no tens entendimento.
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Alguns argumentam que estas passagens foram es critas algum tempo depois de Isaias, mas reconhecem que o estilo literrio e a mensagem messinica concor dam notvelmente com outras profecias messinicas, re conhecidas com o obras de Isaas. O profeta proclama que vem o tempo quando haver uma grande transfor mao do mundo fsico e da natureza da sociedade hu mana (Cp. 32:15-20). Aumentar-se- a produtividade da terra. O Lbano, que era apenas uma floresta, ser convertido em campo frutfero, e nas novas circuns tncias ste campo frutfero ser considerado apenas com o bosque.
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Naquele dia os surdos ouviro as palavras do livro, e das trevas os olhos dos cegos vero. A nao perversa e surda que no entende a lei que tinha recebido, ouvi r e entender a mensagem da graa de Deus. E sero abertos os olhos dos cegos para ver e compreender a mensagem de Deus. Os mansos e pobres que temem a Deus, em contras te com a classe dos ricos e os escarnecedores (v. 20) tero mais alegria, e exultaro no Senhor de Israel, en quanto que os tiranos, os escarnecedores e os inquos se ro eliminados. O tirano talvez se refira a um opressor de fora, enquanto que o escarnecedor m em bro do gru po dos revoltosos contra o plano do Senhor apresentado pelo profeta. No verso 21 o profeta se refere aos que pervertem a justia, e armam laos ao juiz que repreende o culpa do na porta. P or qualquer pretexto, os juizes falsos, nos seus prprios intersses, procuravam dominar o homem justo e priv-lo dos seus direitos (10:2; A m . 5:10, 1 2 ). Portanto, acerca da casa de Jac, assim diz o Se nhor que remiu a Abrao. H muita discusso sbre a frase que remiu a Abrao. Aparentemente, a frase se refere apenas chamada de Abrao de Ur. Assim, simplesmente uma referncia casual, sem qualquer n fase sbre a significao da palavra aqui. O Senhor
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que fala sbre a casa de Jac o m esm o que trouxe o seu pai de Ur. A traduo do v. 23 difcil, porque no o sentido do hebraico. So os filhos de Jac ficaro o Santo de Jac, e temero o Deus Mas deve-se traduzir, quando le vir os seus quando virem os filhos a obra das minhas m eio dles? est claro que santi de Israel. filhos, ou mos, no
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No verso 24, os que erram de esprito so aqules que foram desviados pelo esprito de falsidade, segundo versos 13 e 21. Os murmuradores so os revoltosos ou os escarnecedores m encionados nos versos 15, 20-21. 3. A Infidelidade na Aliana Poltica com o Egito, 30:1-7
1. Ai dos fiih o s rebeldes, diz o Senhor, que tom am con selh o, m as no de m im ; que fazem aliana, m as no do meu esprito, para a crescen ta rem pecado sb re p eca d o; 2. que se pem a ca m in h o para descer ao E gito, sem pedirem o meu con selho, b uscan do ref gio na p rote o de Fara, e a b rigo som b ra do E gito ! 3. P orta n to, a p rote o de F ara se v os torn a r em vergon h a, e o a b rigo na som b ra do E gito em con fu s o. 4. Pois os eu s prn cip es j esto em Zo, e os seus em b a ixa d ores j ch egaram a H anes. 5. T o d o s sero en vergon h a d os dum p o v o que de nada lhes valer, nem de a ju da nem de proveito, porm de verg on h a e de op rb rio. 6. O rculo co n cern en te s b stas do Sul. A tra v s dum a terra de a fli o e angstia, de on de vem a leoa e o leo, a vb ora e a serpen te voa d ora, les levam a lom bos de ju m en to as suas riqu ezas, e sbre as co rco v a s de ca m elos os seus tesou ros, a um pov o que nada 1hes a proveita r . 7 . Pois v o e intil o a u xlio do E g ito; por isso, lhe cham ei Raabe que no se m ove.
Por algum tempo, os polticos de Jud planejavam a aliana com o Egito contra a poderosa nao agressi va da Assria (28:14-22; 29:15-16). Na ocasio da m or te de Sargo II em 705, os judeus mandaram a sua em
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baixada ao Egito para pedir auxilio militar contra a As sria. O profeta Isaias sabia da rivalidade entre a Assria e o Egito, e a futilidade de qualquer aliana poltica para a pequena nao de Jud. Entendeu tambm que o Egito queria aproveitar-se dessa aliana somente no seu prprio intersse, sem qualquer considerao do bem-estar, ou da sobrevivncia do seu aliado. O pro feta condenou a aliana tambm porque fo i um ato de desconfiana acrca de Jav e do seu poder de proteger o seu prprio povo. A aliana no tem o apoio do Se nhor porque no concorda com o propsito divino na histria do seu povo. Finalmente, sse ato de descon fiana e infidelidade trar sbre Jud a vergonha e a desgraa. Ai dos filhos rebeldes! filhos corruptores; abando naram o Senhor, blasfemaram do Santo de Israel, volta ram para trs (1 :4 ). lstes filhos rebeldes tomam con selho, mas no do Senhor. Desprezam o mensageiro do Senhor, no esfro de fazer os seus planos polticos se cretamente. Fazem aliana, mas no do meu esprito. Esta a traduo do sentido do hebraico que diz: co brir com uma cobertura, ou derramar uma libao ao deus invocado em fazer a aliana. Para acrescentarem (no para que possam acrescentar) pecado sbre peca d o. Ao pecado de rebelio contra Jav, praticado por muito tempo por stes revoltosos, os polticos acrescen tam o pecado da aliana poltica com o Egito. E minha bca no pediram, isto : No consulta ram o meu mensageiro. Buscando refgio e abrigo som bra do Egito. ste o ponto de vista dos polticos insensatos. O profeta declara no verso 3 que a proteo e abri go que os polticos de Jud pedem do Egito, tornar-selhes-o, no curso de eventos, em vergonha e confuso. Esta predio fo i cumprida mais de uma vez na histria
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de Jud: na invaso de Jud e Jerusalm por Senaqueribe, e, mais tarde, na destruio de Jerusalm e o cativei ro por Nabucodonosor. Pois os seus prncipes j esto em Zo, e os seus embaixadores j chegaram a Hanes. Zo ficava ao nor deste do delta, e era uma cidade importante do Egito. Hanes, identificada com o Heraclepolis, ficava ao sul de Mnfis, no centro do Egito, e ao oeste do N ilo. Alguns pensam que o profeta est falando do reinado de Sabaca da Etipia, mas os reis da Etipia no se denomina vam Faras. difcil determinar com certeza se os prncipes e os embaixadores do verso 4 so de Jud ou do E g ito. Baseando-se na frase os seus prncipes, alguns insistem em que os embaixadores e os prncipes so os egpcios, representantes do govrno do Egito. Dizem que a frase os seus prncipes no pode se referir aos ju deus neste contexto. Mas foram justamente os prncipes e os nobres de Jud que fizeram o plano de mandar em baixadores ao Egito para pedir o auxlio daquele pas. So justamente os prncipes e embaixadores do verso 4, judeus e no egpcios, que sero envergonhados, segun do a declarao do versculo 5. T odos sero envergonhados. Os embaixadores de Jud ficaram profundamente envergonhados quando chegaram ao Egito e fracassaram na sua misso. No se sabe se os egpcios recusaram fazer aliana com os judeus, mas certo que Jud no recebeu auxlio algum do Egito na luta com a Assria. verdade que a alian a com Jud no tinha valor para o Egito, pois o Egito no ofereceu ajuda, nem proveito algum aos embaixa dores de Jud, antes serviu de vergonha e de oprbrio. A palavra orculo no significa aqui uma nova re velao, mas acentua a solenidade da mensagem que se gue. Mas claro tambm que o profeta est continuan do a mensagem dos versos 1-5. le descreve primeiro
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a dificuldade da viagem dos embaixadores, e dos ricos presentes que les levam aos egpcios. L ogo em seguida fala da impotncia do Egito com o aliado de Jud. Os animais do Negebe, uma terra de aflio e an gstia. A parte meridional da Palestina, conhecida com o o Negebe, era uma terra rida e perigosa para os via jantes, por causa dos animais ferozes e as serpentes ve nenosas (Cp. 14:29). No caminho para o Egito, os em baixadores de Jud tinham que atravessar esta terra pe rigosa, com os seus animais carregados de ricos presen tes e tesouros valiosos do seu povo para os egpcios, a fim de ganhar o favor e o auxlio do Egito (v . 6 ). Os emissrios de Jud enfrentaram os terrores e os perigos da viagem, e levaram o seu pesado tributo aos egpcios na esperana de ganhar o seu auxlio com o alia do contra a Assria. E o Egito, o seu auxlio vo e in til. Por isso, lhe chamei Raabe que no se m ove ou que se assenta silencioso. Raabe o nome de um mons tro mitolgico, drago do m ar (Cp. 51:9; J 9:13; 26: 1 2 ). Escritores bblicos falam dsse m onstro com o sm bolo do Egito (Sal. 87:4; 89:10). Assim, o profeta insiste em que ste esfro, da parte dos judeus, de ga nhar o Egito com o aliado de Jud insensato e desas troso tanto do ponto de vista poltico com o religioso. Pior de tudo, o desprzo da vontade do Senhor Jav, e do seu plano na direo da histria de Jud. 4. No Sossego e na Confiana Estar a Vossa Fra, 30:8-17
8 . V ai, agora, escre v e isso num a tab u in h a peran te t!e s , e s c r e v e -o num livro, para que fiq u e regista do para o s dias vin d ou ros, com o testem u n h a para sem pre.
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9. P orqu e povo rebelde ste, filh o s m entirosos filh o s que no querem ou v ir a in stru o do Senhor. 10. les dizem aos v id e n te s: No v e ja is ; e a os p ro fe ta s: No p rofetizeis para ns o que reto; d iz e i-n o s cou sa s a prazveis, p r o fe tiz a i-n o s iluses. 11. D e s v ia i-v o s do cam inh o, a p a rta i-v o s da v e re d a ; fazei v ira r da nossa presen a o San to de Israel.
No verso 8 o profeta recebe a ordem para escrever a sua mensagem numa tabuinha e grav-la num livro com o testemunho perptuo (Cp. 8:16-18). A mensagem deve ser escrita perante les. A palavra p p l usada,
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s vzes, no sentido de gravar numa pedra. Qual a mensagem que deve ser registada pelo profeta para os dias vindouros, com o testemunho perptuo? provvelmente o conselho contra a aliana com o Egito, e a condenao da revolta do povo contra o Senhor, e a sua desobedincia para com a revelao divina por interm dio do profeta. Nos versculos 9-17 o profeta declara mais uma vez que a segurana de Jud no pode ser conseguida pelas atividades militares e as alianas polticas (Cp. 7:4, 9 ). Isaias declara que .Tud pode ser salva do poder militar das poderosas naes, e assim manter a sua f calma e firm e no Senhor Deus de Israel. O profeta nunca se es quece das atividades do Senhor na Histria, e sempre mantm a certeza de que o Senhor h de realizar os seus planos e os seus propsitos. Assim, le interpreta a insensatez de Jud nas suas atividades com o sendo con tra os propsitos do Senhor e contra o seu prprio bemestar. O povo no quer saber dos conselhos do profeta
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contra os seus planos polticos, mas a sua iniqidade ser plenamente revelada no fracasso com pleto dos seus projetos. Pois so filhos mentirosos que no querem ouvir a instruo, o ensino, a revelao divina, a m iF l (1:10; 2 :3 ). provvel que o profeta no esteja citando as pa lavras exatas do povo nos versos 10 e 11, mas que esteja interpretando o sentido exato da sua rebelio contra o seu Deus, e das suas atividades pecaminosas. claro que o povo denunciava os profetas, porque desejava ou vir mentiras agradveis em vez da verdade dura e real. As palavras HTi e n K ' 1 , traduzidas aqui videntes
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e profetas, so sinnimas, mas a palavra profeta mais rica no seu sentido do que vidente. A palavra o
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palavra que geralmente designa os profetas cannicos. Ver A Esperana Messinica do autor, vs. 7-15, sbre o profeta. Mas ste povo rebelde, v . 9, desprezava tdas as classes de profetas (A m . 2:12; Os. 9:7, 8; Miq. 2:6, 11; Jer. 6:14; Ez. 13:10-16). Desviai-vos do caminho, apartai-vos da vereda. O povo no quer ouvir mais nada dos preceitos duros e exigentes do profeta. H multides de pessoas de hoje que falam com entusiasmo e eloqncia sbre as alegrias da vida, mas ficam indignadas com aqules que pregam o evangelho do pecado e julgamento, e a nova qualidade de alegria na verdadeira religio de Cristo Jesus.
12. P elo que assim diz o S an to de Israel: V isto que desp reza is esta p a la vra f e co n fia is na o p ress o e na perversidade, e sb re isso v o s e s trib a is ; 13. p orta n to, esta in iqidade v o s ser co m o b rech a num alto m u ro, prestes a cair, e fo rm a n d o um a barriga, a queda de repente, num instante.
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14. A sua qu ebra co m o a do v a so do oleiro, d e s p e d a a n d o -o por c o m p le to ; de sorte que no se a ch ar entre os fra g m en tos um c a c o que sirva para tira r fo g o da lareira, ou tira r gu a da cistern a .
Nos versculos 12 a 14 o profeta responde aos rebel des, com uma ilustrao que explica as conseqncias desastrosas da rebelio contra o Santo de Israel. Os re beldes rejeitaram o conselho divino, e criaram a sua pr pria interpretao. O desastre que cair sbre o projeto dsses revoltosos semelhante ao que acontece ao m uro estragado. Primeiro, aparece a pequena brecha no muro que se abre cada vez mais sob a presso do pso, de acrdo com a lei da gravidade. Enfraquecido, o muro vai se inclinando e form ando uma barriga, finalmente cai num instante, e fica completamente despedaado. Quebra-se com o vaso do oleiro, em fragmentos to pequenos que no resta um caco de tamanho suficiente para levar nle uma brasa de lareira, ou para tirar gua da cisterna.
15. P ois assim diz o S en h or Deus, o S a n to de Israel: Em v o s co n verterd es e em rep ou sa rd es sereis s a lv o s ; na tra n q ilid a d e e na co n fia n a esta r a v o s s a frga e v s no quisestes. 16. A n te s v s dissestes : N ol s b re ca v a lo s a p ressa rem os; porta n to, assim fu g ir e is ; e : S b re ca v a lo s ligeiros c a v a lg a re m o s ; sim , ligeiros sero o s v o s s o s persegu id ores. 17. Mil fu g ir o pela a m ea a de um, pela am ea a de c in co v s fu g ireis, at que s e ja is d eix a d os co m o m astro no cu m e d o m onte, c o m o sinal no o u te iro .
Em palavras memorveis, o profeta apresenta nes tes versculos um contraste entre a salvao que resulta
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da confiana no Senhor, e aquela que os homens plane jam nas suas atividades e estratagemas polticos. No verso 15 Isaas repete o seu profundo ensino sbre a re lao da f no Senhor Jav, e o bem-estar poltico do seu povo (7:4, 9; 28:16). Em vos converterdes e em repousardes . . . na tran qilidade e na confiana. Notai as quatro ricas palavras que descrevem o esprito e as bnos da verdadeira re ligio: converter, repousar, tranqilidade, confiana. As primeiras duas so verbos que descrevem a responsabili dade do povo perante o seu Deus; as outras duas expli cam as bnos e a felicidade dos homens de f no seu Criador e Dom inador. No podendo entender o ensino do profeta sbre o significado da f no Deus invisvel, Jud, na tolice da sua sabedoria humana, escolheu correr ao Egito, e con tar com o seu auxlio militar. 0 verso 16 fala das con seqncias para aqueles que procuram conseguir a sua prpria salvao. O hebraico do verso no est muito claro, mas a segunda parte declara que aqules que ten tam fugir sbre cavalos ligeiros sero perseguidos pelos inimigos montados em cavalos ainda mais ligeiros. A primeira parte do verso 16 talvez represente as palavras dos homens de Jud: Sbre cavalos apressaremos (con tra o in im ig o ). Mil fugiro pela ameaa de um . ste verso 17 des creve o desastre terrvel da poltica dos judeus que ten taram estabelecer aliana com o Egito. Pela ameaa de cinco vs fugireis, at que reste de vs o que parece apenas um mastro com o sinal no cume do m onte. As sim, h muitos sculos, ste mensageiro do Senhor ofe receu ao seu povo o caminho, a verdade e a vida. No correr dos sculos, desde ento, milhares e milhes de pessoas fiis ao Senhor vm verificando a felicidade su prema de descansar na graa de Deus.
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E . 0 Poder do Deus Invisvel, 30:18-31:9 1. Promessa para o Povo Sofredor de Sio, 30:18-26
18. P o r isso, o Sen hor espera, para ter m isericrd ia de vs, p ortanto, se exalta para m ostrar com p a ix o de vs, pois o S en h or Deus de ju s ti a ; b em -a ven tu ra d os tod os os que por le esperam . 19. Sim , povo em Sio, que habitas em Jerusalm , tu no ch ora r s m ais. le certa m en te se com p a d ecer de ti, v oz do teu cla m o r; e quan do a ou ve, te respon der. 20. E m bora o Sen hor v o s d o po de an g stia , e a gua de a fli o , con tu d o , no se escon d er m ais o teu M estre, mas os teus o lh os ver o o teu Mestre. 21. Q uando te desvia res para a direita e q uan do te d esvia res para a esquerda, os teus ou vidos ou vir o atrs de ti uma palavra, dizen d o: ste o cam inh o, andai por le. 22. E nto co n ta m in a reis a cob ertu ra de prata das tuas im agens escu lp id a s e o ou ro que reveste as tu as im agens fu n did as. L a n -la s - s fora com o cou sa im unda, ,s lhes dirs: Fora daqui. 23 E nto, o S en hor te dar ch u va sbre a tu a sem ente, com que sem eares a terra, e po com o produto da terra, o qual ser abun dan te e excelen te. N aquele dia o teu gado p astar em lugares espa osos.
24. Os bois e os ju m e n to s que lavram a terra com er o forra gem com sal, alim pada com p e forq u ilh a . 25. Em tod o m onte alto, e em tod o ou teiro elevad o haver ribeiros e corren tes de guas, no dia da gran de m atana, quan do sarem as trres. 26. E ser a luz da lua com o a luz do sol, e a luz do sol sete vzes m aior, com o a luz de sete dias, no dia em que o S en hor atar a ferid a do seu povo, e cu ra r a ch a ga do golp e que le deu.
Alguns julgam que esta seo foi escrita no perodo do cativeiro, mas parece a ns que a continuao da mensagem de Isaas, e que est falando dos fiis, que na sua fidelidade, estavam sofrendo conseqncias da revolta do grupo infiel que buscava o auxlio do Egito.
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P or isso o Senhor espera, para ter misericrdia de vs. Parece que Isaas, nestes versculos, est dirigindo o aplo da misericrdia divina ao povo de Jerusalm que tinha mantido a sua f vacilante, no perodo de so frim ento terrvel, durante o stio da sua cidade pelo exr cito poderoso da Assria. A graa de Deus j fica dis ponvel, aproveitvel, em qualquer momento, para to dos aqueles que tenham o desejo, e a f de receb-la. Mais uma vez o profeta declara a firm e certeza de que o propsito eterno do Senhor ser realizado na fidelidade do Restante do seu povo. O am or do Senhor para com o seu povo, por mais instvel e obstinado que ste seja, nunca muda. O Senhor se exalta para mostrar com paixo de vs. O Senhor deseja mostrar compaixo de vs o sentido da declarao, em harmonia com o pen samento do profeta no versculo. O Senhor tinha espe rado com pacincia o m om ento oportuno de libertar a cidade de Jerusalm do poder do inim igo. Assim, espe ra a hora determinada, pela sua providncia, para o li vramento de naes e de hom ens. Deus governa a his tria humana pelas leis eternas que le m esmo estabele ceu. A oniscincia, a justia e a compaixo do Senhor se manifestam em tdas as suas relaes e atividades com o seu povo. O verso 19 d nfase ao ensino do profeta Isaas sbre a inviolabilidade de Sio (2:1-5) . Tu no chorars mais. le certamente se compadecer de ti, voz do teu clam or. O povo do Senhor sofreu muito atravs da Histria por causa da infidelidade nacional, e por causa dos seus prprios pecados, mas Deus sempre ouviu e respondeu ao seu clam or. Finalmente, pelo socorro di vino, e pelas bnos da graa de Deus, o seu povo fiel cumpriu a sua gloriosa misso (Gn. 12:3; x. 19:4, 5, 6; II Sam. 7:11-16; Joel 2:28, 29; Os. 2:19, 20; Miq. 4:1-5; Jer. 33:16; L uc. 24:27; At. 26:6, 7; Gl. 3 :9 ).
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Nos versos 20 e 21, o profeta explica o m odo e o propsito do Senhor na disciplina do seu p ovo. Embora o Senhor vos d o po de angstia, e a gua de aflio, no se esconder mais o teu Mestre. Alguns manuscri tos contm mestres em vez de mestre. Segundo a fo r ma plural, os mestres so os profetas e instrutores do povo. Se o singular o texto original, assim indicado pela form a singular do verbo, ento a palavra Mestre se refere ao Senhor com o o Mestre do seu povo. Alguns intrpretes entendem que o profeta est falando do Mes sias da Idade Messinica. Quando te desviares . . . os teus ouvidos ouviro atrs de ti uma palavra, dizendo: ste o caminho, an dai por le. A verdade desta declarao verifica-se na vida do crente que ouve a voz do Espirito Santo falando sua conscincia crist. Assim, o Senhor fala ao seu povo, com o o pai, no seu carinho e amor, fala aos seus filh o s. Nesta nova Idade Messinica, v. 22, o povo fiel do Senhor lanar fora tdas as suas imagens de prata e de ouro, com o cousas imundas, e assim renunciar t das as form as de idolatria. Nos versos 23 e 24, o profeta fala das bnos ma teriais que o Senhor dar ao seu povo na nova poca. O Senhor dar chuva sbre a tua semente plantada na terra, e assim far o solo produzir uma ceifa farta de qualidade excelente. Neste nvo tempo de paz e pros peridade, o gado pastar em lugares espaosos, em per feita segurana. Os bois e os jumentos que lavram a terra comero forragem especialmente preparada para les. As pala vras r n e talvez signifiquem a forragem
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cortada juntamente com ervas de que os animais gostayani. palavra hebraica significa fermentado ou sal
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gado. stes animais comero os cereais alimpados e pre parados para les, com o se prepararam para os homens. Nos montes altos e ridos, e nos outeiros secos, a gua correr abundantemente, uma bno preciosa para o povo que sofreu freqentemente por falta de gua su ficiente . Alm de tdas estas bnos de prosperidade ma terial, a luz da lua ser com o a luz do sol, e a luz do sol ser sete vzes m aior. Nas Escrituras a luz emblema de inteligncia, pureza e felicidade, e as trevas simbo lizam a ignorncia, o pecado e a calamidade. No cres cendo desta linguagem potica, o Senhor curar a ferida do seu povo, e estabelecer plena comunho com le. 2. Ser Destrudo o Inimigo do Povo de Deus, 30:27-33 No julgamento do Senhor, a nao arrogante e cruel, a Assria, o inimigo terrvel do povo de Deus, ser com pletamente destrudo. Enquanto alguns dos intrpretes reconhecem que esta profecia fo i proferida ao povo de Jud no tempo de Isaas, outros pensam que a lingua gem de exultao sbre a destruio da Assria no re presenta o esprito de sobriedade de Isaias; que a exulta o do escritor sbre os horrores do julgamento da As sria no concorda com o conceito tico do profeta. Mas deve-se lembrar que a linguagem da passagem potica e altamente figurada no estilo de Isaas, e que ste intrprete da histria humana havia testemunha do a prtica terrvel do genocdio da parte da Assria na destruio de Israel, e tinha se esforado para ani quilar o restante do povo do Senhor na destruio de Jerusalm, a cidade inviolvel do Senhor. Assim, o jul gamento divino da Assria foi um evento histrico na quela hora, e para o futuro do reino de Deus.
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27. E is que o Nom e do S enh or vem de longe, ardendo na sua ira, no meio de espssas nuvens; os seus lbios esto cheios de indignao, e a sua lngua como fogo devorador. 28. A sua respirao como torrente que transborda e chega at ao pescoo; p ara peneirar as naes com a peneira de destruio; com um freio nos queixos dos povos, fazendo-s e rra r. 29. U m cntico haver entre vs, como na noite quando se celebra festa santa; e alegria de corao, como a daquele que sai ao som da flauta para ir ao monte do Senhor, Rocha de Israel.
Os versos 27 e 28 descrevem a vinda do Senhor para destruir a Assiria, o inimigo do seu povo (Cp. Ju. 5:4,5; Sal. 18:7-15; Hab. 3:3-13). O Nome do Se nhor usado aqui no sentido da sua personalidade, com o em tda parte da Biblia. A glria do Senhor usado tambm neste sentido em 59:19; Sal. 102:15. O Senhor vem de longe, talvez do Sinai, associado com a escolha de Israel (Cp. Ju. 5:4: Deut. 3 3 :2 ). H vrias frases nestes dois versos que descrevem a natureza do pecado no seu poder de despertar o dio da justia santa do Senhor. le vem ardendo na ira, com lbios cheios de indignao, e lngua com o fog o devorador. Podemos reconhecer que estas frases que descrevem a ira do Se nhor contra o pecado nos demonstram, ao m esmo tem po, o eterno am or do Senhor para com a justia e a santidade. A frase fazendo-os errar entende-se clara mente luz da psicologia hebraica. O Senhor no obriga, ou faz errar qualquer pessoa ou nao. O profeta refe re-se aqui ao freio nos queixos da Assria. O Senhor Jav o Juiz eterno das naces, e ai daquelas que se esque cem de Deus (Sal. 9 :1 7 ). No dia do grande livramento do poder da Assria, haver entre vs um cntico de alegria, com o na noite da celebrao da sada do Egito, com a festa santa da
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Pscoa (x. 12:11). A vossa profunda alegria ser com o a daquele que marcha com a flauta no caminho para o monte do Senhor, Rocha de Israel (II Sam. 2 3 :3 ).
30. O Senhor fa r o u v ir a sua vo z majestosa, e far ve r o golpe do seu brao, com ira furiosa, no meio de cham as devoradoras, carga dgua, tempestade e pedra de saraiva. 31. Pois com a vo z do Senhor ser apavorada a A ss ria , quando le a fere com a va ra . 32. C ada pancada castigadora, com a va ra , que o S enhor lhe der, ser ao som de ta m boris e harpas; e com bater vibrand o golpes contra les. 33. Porque h m u ito est preparada a fog u eira; sim , preparada para o rei; a pira profunda e larga, com fogo e lenha em a bu n dncia; o asspro do S enhor como torrente de enxofre a acender.
Os versos 30-33 continuam a descrio grfica da Assria. A voz majestosa talvez signifique aqui o trovo (S al. 2 9 ). A palavra , carga de gua, o resulta do da exploso de uma nuvem carregada. Assim, por um fenm eno natural, o Senhor mostra o poder do golpe do seu brao. O Senhor tinha usado a Assria com o a vara da sua ira (10:5), mas nos versos 31 e 32 a Assria ser castigada com a vara do Senhor. O sentido do verso 32 obscuro, mas o escritor de clara que os assrios sero destrudos ao som de msica de tamboris e harpas e o regozijo dos israelitas. Duvido que esta linguagem potica seja forte demais para o sentido tico de Isaas, com o dizem alguns, visto que o profeta entendeu o significado do evento. A palavra i n S f i , Topheth, traduzida fogueira,
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o nom e de um lugar no vale de Hinom, ao sul de Jeru salm, onde sacrifcios humanos foram oferecidos ao
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deus Moloque (Lev. 20:3, 4; II Reis 23:10; Jer. 7:31, 32 ). Sim, preparada para o rei, o rei da Assria. A pira profunda e larga, com abundncia de lenha, e ser acesa pelo asspro do Senhor, com o torrente de en xofre . 3. A Fra de Cavalos ou o Poder do Esprito do Se nhor, 31:1-3
1. A dos que descem ao E gito em busca de socorro, e se estribam em cavalos; que confiam em carros, porque so m uitos, e em cavaleiros, porque so m ui fortes, mas no atentam para o Santo de Israel, nem buscam ao Senhor. 2. T o d a v ia , le sbio, e faz v ir o mal, e no re tira as suas pala vras; mas le se levantar contra a casa dos m alfeitores, e contra os auxiliadores que praticam a iniqidade. 3. Pois os egipcios so homens, e no Deus; os seus cavalos so carne, e no esprito. Quando o Senhor estender a sua mo, tanto tropear o a uxiliado r, como cair o ajudado, e todos juntam ente sero consum idos.
Nos versos 1-3 o profeta apresenta o orculo recebi do do Senhor a respeito da embaixada dos polticos que desceu ao Egito em busca de socorro. O primeiro verso fala do conflito muito antigo entre a dependncia de ar mas militares e a f no poder do Deus vivo (Cp. 36: 8 -9 ). Os judeus confiavam no poder dos cavalos e car ros do Egito, em parte, por causa da mesma qualidade do poder do seu inimigo, a Assria. H oje as naes po derosas confiam no terrvel poder das bombas atmi cas. Aparentemente, os profetas consideravam os cava los e os carros da sua prpria terra com o inimigos da religio (Cp. 2 :7 ). Mas a condenao mais severa do povo pelo profeta que les no atentavam para o San to de Israel, e nem buscavam ao Senhor.
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Os versos 2 e 3 explicam a tolice de depender do Egito em vez de confiar em Jav. 0 profeta d nfase sabedoria do Senhor, e ao valor eterno da verdade da sua revelao. Em conseqncia da sua sabedoria, o Senhor faz vir o mal sbre aqules que praticam a in justia, levanta-se contra os malfeitores e contra todos aqules que ajudam na prtica da iniqidade. Me no retira as suas palavras transmitidas por intermdio dos seus mensageiros (28:16-18; 29:14; 30:13, 14, 16, 17). Pois os egpcios so homens, e no Deus. O profeta apresenta mais uma vez, neste versculo 3, o seu enten dimento da Histria. o Esprito , no cousas mate riais, que o elemento indestrutvel do universo que o Senhor Jav criou. Os judeus se julgavam sbios no seu plano de fa zer aliana com o Egito na defesa da ptria. No ti nham que defender a sua terra e a sua independncia do dom nio cruel da Assria? O plano dles, segundo o seu ponto de vista limitado pela falta de entendimento das circunstncias histricas, parecia-lhes o m elhor pos svel. Assim, julgavam que o profeta era visionrio e sem o entendimento do perigo terrvel do poder militar da Assria. les no se lembravam do conselho sbio que Isaias dirigiu ao rei Acaz, pedindo-lhe que no fi zesse aliana com a Assria contra Rezim e Peca (7 :l - 9 ) . Na sua ntima comunho com o Esprito do Senhor o profeta entendeu o propsito divino na Histria. O po der eterno e invencvel que sempre ativo no esprito dos homens e das naes o Esprito do Senhor que opera de acrdo com o seu eterno propsito. Em con traste com os contemporneos, que atentavam nas cou sas que se vem, o profeta mantinha a viso do mundo supremo, o mundo espiritual sob a direo do Esprito do Senhor (II Cor. 4:1 8 ).
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7 . Pois naquele dia cada um lanar fora os seus dolos de prata, e os seus tdolos de ouro, que as vossas mos fa b rica ra m para pecardes.
O verso 4, segundo o nosso ponto de vista, declara o firm e propsito do Senhor de defender a cidade de Jerusalm do poder dos assirios. Os assirios, julgavam que Jerusalm estava no seu poder, assim com o o leo, ou o cachorro do leo achava que a prsa estava em seu poder, e no tinham qualquer dvida da fraqueza dos defensores da cidade e da impossibilidade da parte dles de tirar a prsa, Jerusalm, das suas garras. Visto que os judeus no tinham o poder de defender a sua ci dade contra os arrogantes, barulhentos e poderosos as srios, o prprio Senhor Jav dos Exrcitos descer para pelejar contra o inim igo que ameaava aniquilar a l tima fortaleza de Jud com o tinha destrudo a cidade de Samaria, e aniquilado a nao de Israel., Pois assim me disse o Senhor. Em bora no seja claro o sentido exato do hebraico dos versos 4 e 5, perfeitamente evi dente que o profeta est declarando aos judeus a certeza da proteo divina de Jerusalm contra o assalto dos as srios. Portanto, os habitantes devem confiar no poder
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do Senhor dos Exrcitos, em vez de depender do socor ro do Egito . O Senhor segurar a cidade impotente no seu poder com o o leo segura a sua prsa. Assim, descer o Senhor dos Exrcitos para pelejar sbre o Monte Sio. A frase significa clara :
mente pelejar sbre, e no pelejar contra, com o afirma dogmaticamente R .B .Y . Scott na The Interpreter s Bi ble. O sentido primrio de acima ou sbre que concorda com o sentido correto da declarao do pro feta. O escritor assim declara que o propsito determi nado do Senhor que Jerusalm no cair no poder dos assrios. Com o adejam as aves outra figura que refora o sentido do versculo anterior de que o Senhor prote ger e salvar a cidade de Jerusalm (Cp. Mat. 23:37). Voltai-vos, filhos de Israel, para aqule contra quem vos tendes profundamente rebelado. Os versos 6 e 7 esto em prosa, talvez para expressar mais diretamente o aplo do profeta. A libertao de Jerusalm um dos grandes eventos da histria do reino de Deus, uma re velao clara do Senhor Jav com o o Deus Supremo, um exemplo do am or eterno do Senhor para com o seu povo. Mas esta manifestao maravilhosa da graa de Deus na salvao de Jerusalm liga-se no somente com a condio do arrependimento dos filhos de Israel, mas tambm com o futuro do reino de Deus. Pois naquele dia cada um lanar fora os seus dolos. Naquele dia refere-se, em primeiro lugar, ao dia da libertao mira culosa de Jerusalm do poder da Assria pelo Senhor. Ao m esm o tempo, a frase indica que o profeta est olhando para aqule tempo do futuro glorioso do reino de Deus, mencionado freqentemente na sua profecia.
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e a espada, no de hom em , a d evorar; fu g ir diante da espada, e os seus jovens sero sujeitos a trabalhos forados. 9. No te rro r passar a sua rocha, e os seus prncipes, apavorados, desertaro a bandeira, diz o Senhor, cujo fogo est em Sio, e cuja fornalha est em Jerusalm .
stes versos 8 e 9 descrevem a queda da Assria. A derrota do poderoso exrcito da Assria no fo i conse guida pelo exrcito pequeno e fraco de Jud; nem foi obra dos defensores de Jerusalm. Abandonando o s tio de Jerusalm, depois de zombai' da fraqueza dos seus defensores, e depois de gabar-se do seu exrcito in vencvel (36:1-22), os assrios fugiram ignominiosamen te diante do terror que sofreram repentinamente s mos do Senhor. E a Assria cair pela espada, no de hom em ; e a espada de No-homem a devorar. A As sria, com o seu exrcito fam oso que tinha conquistado as naes vizinhas, mais poderosas do que Jud, fugiu apavorada diante da espada invisvel do Senhor. O sin gular do verbo fugir caracterstico do estilo hebraico, dando nfase fuga de cada um dos soldados do exr cito. Portanto, no incoerente do ponto de vista do hebraico, com o verbo plural que segue, segundo o pon to de vista de alguns intrpretes. Isaas sabia perfeita mente que Jud no tinha o poder militar para defen der a cidade contra o exrcito de Senaqueribe, mas ti nha recebido a promessa divina de que os assrios no poderiam desfazer o propsito do Senhor de salvar Je rusalm .
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De m do passar a sua rocha. Esta declarao difcil de se interpretar, mas provvelmente tenha o sig nificado usual de segurana. Por causa do grande mdo do poder misterioso que tinha destrudo a fra militar do seu exrcito, provvel que Senaqueribe julgasse que no houvesse qualquer lugar seguro para os seus solda dos na terra de Jud. Ficou to apavorado pelo fracas so dos seus planos militares, que no quis parar em qual quer lugar at que chegasse sua prpria terra; e nun ca mais voltou Jud. Fugindo de terror, os soldados abandonaram, ou deixaram de levar o seu estandarte. O fo g o do Senhor pode significar a presena divina no meio do seu povo (Zac. 2 :5 ), ou o fog o do Senhor no seu Templo em Jerusalm (Is. 6:6, 7 ). F . A Comunidade Ideal na Idade Messinica, 32:1-8 Esta profecia trata principalmente do Reino Mes sinico do futuro. No captulo 9:1-6 e 11:1-4, o profeta fala da Pessoa do Messias vindouro, enquanto que esta passagem trata dos caractersticos do Reino Messinico, em harmonia com a salvao de Jerusalm do poder dos assrios, no captulo anterior. Isaias entendeu claramente a profunda significao histrica da der rota providencial do exrcito de Senaqueribe, e a saJvao de Jerusalm, a ltima fortaleza de Jud, do poder da Assria. Essa maravilhosa vitria do povo do Senhor representava para o profeta o eterno propsito do Senhor dos Exrcitos na direo da Histria, um tema que havia ocupado o seu pensamento por algum tem po. No percebendo o significado da vitria de Jud nesta crise histrica que ameaava a sua destrui o nacional, alguns comentaristas no entendem esta passagem com o profecia messinica.
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2. Cada um servir de esconderijo contra o vento, de refgio contra a tempestade, como correntes de gua em lugares secos, como som bra de grande rocha em terra sdenta.
luz da derrota do grande inimigo do seu povo, o profeta contemplava, no seu esprito calmo, o tema do Restante fiel que havia de constituir o ncleo da futura nao do Senhor. Reconhecendo que a infidelidade e a apostasia dos seus contemporneos tinham trazido os males e os sofrimentos sobre o povo, o profeta espera va que esta profunda experincia da misericrdia do Se nhor pudesse acordar no corao dos salvos o esprito de gratido e servio ao seu Deus. nestas circunstn cias que o profeta tem a viso da sociedade transfor mada no reino da justia. Eis que em justia reinar um rei, e em retido governaro prncipes. Assim, a fundao bsica da nova poca ser um govrno justo e honesto. O profeta tinha falado, nos captulos 30-31, sbre a infelicidade da poltica dos governadores e prncipes que desviavam o povo e o persuadiam a confiar nos cavalos do Egito em vez de manter a sua f no cuidado e na proteo do Se nhor Jav, o seu Deus. Nas suas mensagens messinicas os profetas visa vam no' somente ao Ungido do Senhor, o Rei ideal, mas tratavam tambm do govrno messinico, a orientao da sociedade livre de opresso e injustia geral. Nesta passagem, o profeta trata das bnos sociais da nova idade messinica. O govrno do rei justo ser para o povo do futuro com o esconderijo contra o vento, com o
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refgio contra a tempestade, e com o a sombra de uma grande rocha no deserto. O govrno de grandes homens da Histria, com o o de Lincoln e muitos outros, tem rea lizado, em parte, sse nobre ideal do profeta, mas Jesus Cristo o nico que vem cumprindo perfeitamente ste govrno com o refgio de homens contra as tempesta des da vida, com a gua d vida para os sedentos de es prito, e com o a Rocha de salvao dos desviados no de serto do pecado. 2. A Transform ao Espiritual do Povo na Nova Era, 32:3-5
3. Ento, os olhos dos que vem no se ofuscaro, e os ouvidos dos que ouvem estaro atentos. 4. O corao dos tem errios entender o conhecim ento, e a lngua dos gagos falar pronta e distintam ente. 5. Ao louco nunca m ais se ch am ar nobre, nem o fraudulento ser mais intitulado honroso.
Esta passagem concorda perfeitamente com a filo sofia da histria dste grande mensageiro do Senhor (Cp. 5:25-30; 10:5-19; 10:20-21; 10:24-27; 17:12-14; 30:2526; 30:29). Estas vrias passagens mostram a largura e a profundeza dos ensinos do profeta sbre o propsito do Senhor, que se manifesta na experincia e na histria do seu povo. Aqui le d nfase, mais uma vez, ao ser vio voluntrio e alegre dos salvos pela graa de Deus. Na nova era do reino messinico o servio espiritual ao Senhor no se limitar aos que so reconhecidos com o nobres e poderosos. Pessoas humildes, puras e dedica das ajudaro os homens a confiar na graa poderosa do Senhor e a entregar-se ao servio do reino messinico. Os olhos dos que vem no se ofuscaro. O efeito do reino do Ungido do Senhor na sociedade em geral ser imediato e positivo. Haver uma nova fra es
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piritual, e um nvo entendimento entre os homens, que sabero distinguir as contradies que existem entre a nobreza de carter e a falsa nobreza da sociedade. Os olhos e os ouvidos dos homens sero abertos para en tenderem e para ministrarem s necessidades espirituais dos seus vizinhos. At os temerosos chegaro a ter co nhecimento. Os gagos no so aqueles que tenham de feitos na pronncia de palavras, mas os que se quei xam, murmuram e zumbem, sem expressar claramente os seus pensamentos. Tambm nesta nova idade, o povo ter um nvo entendimento dos valores importantes. O louco no passar mais por hom em de profundo conhe cimento, ou de carter nobre. Nem o fraudulento ser apontado com o hom em honroso (Cp. 5 :2 0 ). O poder de discernir, entender, compreender, ser evidente
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entre os servos fiis do Senhor. Assim, o profeta reco nhece que, at no Reino Messinico, ainda haver lou cos e nobres, fraudulentos e honestos, mas cada um ser reconhecido de acrdo com o seu verdadeiro carter. 3. O Contraste entre os Caractersticos do Fraudulento e os do Nobre, 32:6-8
6. Pois o louco fala loucamente, e o seu corao obra a iniqidade; para p ra tica r a impiedade, e para p ro fe rir rro contra o Senhor, para deixa r o fam in to m o rrer de fome, e o sedento perecer de sde. 7. Os instrum entos do fraudulento so m aus; le m aquina intrigas m alignas, para destru ir os mansos com palavras falsas, mesmo quando a causa do necessitado justa. 8. Mas o nobre projeta planos nobres, e nas cousas nobres le permanece firm e.
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Nestes versculos, o profeta discute o contraste en tre a vida dos fraudulentos e a dos nobres na nova so ciedade estabelecida nos princpios da justia divina (Cp. Prov. 13-15; Ecl. 7:4-9; 9:17-18). Segundo o ponto de vista do profeta Isaias, a renovao da sociedade com e a com a operao da gaa de Deus na vida dos reis e dos nobres (Cp. 1:26; 3 : -7 ). Assim, o profeta apre senta em 9:6, 7; 11:1-7, bem com o nos versos 1-5 dste captulo, o Rei ideal, dotado de virtudes sobrenaturais com o o fundador e diretor da nova sociedade. Pois o louco fala loucamente, e o seu corao pra tica a iniqidade. No hebraico o corao o eqivalente de mente, intelecto, alma, esprito e a vontade. 0 ho mem pusilnime, o patife, no somente fala loucamente, mas pratica a impiedade to naturalmente com o a rvo re m produz frutos maus. Sendo pernicioso e corruto, sem qualquer sentimento de justia, le faz tudo para realizar os seus prprios interesses, sem considerar o bem-estar de outros. No teme a Deus nem respeita ao seu semelhante. No se incom oda se uma pessoa sofrer de fom e ou perecer de sede por causa da opresso da parte dle. Os instrumentos, as armas e os mtodos do frau dulento so maus, pois le maquina intrigas malignas para destruir os mansos, m esmo quando a sua causa justa (Cp. 29:21). Os opressores dirigiam as suas men tiras e os seus esforos para roubar contra os mansos porque era mais fcil privar stes indefesos dos seus di reitos e dos seus bens. Mas o nobre projeta planos nobres. O hom em nobre generoso e benevolente. le odeia a injustia, a avare za e a opresso dos indefesos. Tem prazer no servio sua ptria e aos seus vizinhos. Os homens assim incorrutveis sero os governadores do povo na idade u rea que o profeta visava.
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12. Batei em vossos peitos por causa dos campos aprazveis, por causa das vin h a s frutferas. 13. Sbre o solo do meu povo fizestes crescer espinheiros e abrolhos, sbre tdas as casas de alegria na cidade jubilosa. 14. Pois o palcio ser abandonado, a cidade populosa ficar deserta; Ofel e a trre da guarda serviro de cavernas para sempre, folga para os jum entos selvagens, e pastos para os rebanhos.
Em 3:16-4:1 Isaas denunciou as mulheres ricas, ar rogantes, fastidiosas e frvolas (Cp. A m . 4 :1 -3 ). As mulheres se mostravam indiferentes pregao do pro feta, e le procura despert-las para reconhecer e aban donar a insensatez dos seus caminhos de confiana e indiferentismo, porque dentro em breve a sua alegria se tornaria em tremor por causa das calamidades terrveis que cairiam sbre elas. Levantai-vos, mulheres que estais em repouso. Es tas mulheres, to satisfeitas na sua vida de luxo, repre sentam, sem dvida, o esprito dos habitantes em geral, de Jerusalm. provvel que estivessem celebrando a festa da vindima, e assim demonstrando a alegria da
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ocasio quando o profeta proclam ou ste orculo. Apa rentemente, essa mensagem fo i proferida no reino de Ezequias, pouco tempo antes da invaso de Senaqueribe. Pois daqui a um ano e dias vireis a trem er. A de clarao significa pouco^nais do que um ano. O profe ta d nfase ao julgamento pela falta da vindima e do fruto da colheita. A vindima era o produto principal da terra, mas o povo poderia ficar privado da colheita de todos os produtos do solo pela invaso do inim igo. Tremei, mulheres que estais em repouso. O profe ta anuncia com fra e certeza a vinda da calamidade. Em vez de ficar to sossegadas em repouso, as m ulheres devem despir-se dos vestidos de luxo e cingir-se de pa nos de saco, porque j est terminando o perodo da sua grande prosperidade, e vm os dias de lamentao. 0 hebraico do verso 12 dificil de ser interpretado. O verbo um particpio masculino' no plural, e significa lamentar. Parece que a palavra lamentar significava originalmente bater no peito, e assim usado aqui neste sentido. 0 uso masculino do verbo em vez do fem inino uma irregularidade que se encontra de quando em vez, com o acontece com o verbo tremer no verso 11 (Cp. A m . 4:1; Miq. 1 :3 ). No R lo do Mar Morto, 1 Q Isaa, a form a verbal imperativo fem inino. Sbre o solo do meu povo. Ser terrvel a destrui o da terra pelo inimigo (Cp. 7:20-25). O povo lamen tar por causa dos espinheiros e abrolhos, os campos in frutferos, as casas abandonadas e a cidade em runas. At o palcio ser abandonado, e a cidade populosa ficar deserta. Ofel, o sul do outeiro, onde ficava o Tem plo de Jerusalm, e a trre da guarda, qualquer lugar dentro da cidade, serviro com o cavernas ou refgios do povo no perodo da invaso. Ver a passagem paralela em 5:14, 17. No convm insistir na interpretao li teral de tais passagens.
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0 pensamento dstes versculos corre paralelo, em parte, com 29:18-24. Alguns pensam que esta profecia sbre o derramamento do Esprito de Jav fsse escrita na ltima parte do ministrio de Isaias. A palavra Es prito est na form a de construto , e definitivo sem o artigo, um fato que alguns comentaristas no reconhe cem . o Esprito l do alto, o Esprito de Jav, que na nova poca transformar tdas as cousas. o der ramamento do Esprito do Senhor que produz as novas condies na Idade Messinica (Cp. 44:3; 61:1; Ez. 39:29; Joel 2:28; Zac. 12:10; At. 2 :1 -4 ). O Esprito pro duz fra e vida, no somente no esprito dos homens, com o tambm na natureza fsica que contribuir para a felicidade e a segurana da sociedade humana. Tda a terra ser gloriosa com o a habitao do hom em . Os pas tos bem com o os campos cultivados se tornaro a habi tao de juzo e justia, e Plp*lX Em tda
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No hebraico rVH >e no grego irvevfia significam ven to ou esprito. Reconhecemos a realidade do vento, no porque podem os v-lo, mas porque observamos os seus efeitos. assim tambm com o Esprito do Senhor, que invisvel, mas real. Podemos observar o seu poder em o nvo nascimento do hom em (Joo 3 :8 ), com o tam bm no desenvolvimento do carter do crente que o fruto do Esprito (Gl. 5 :2 2 ). misteriosa a operao do Esprito do Senhor na vida do cristo, mas uma prova infalvel da sua atividade. A retido e a justia constituem o fundamento da ordem social (1:21; 28:17). A obra da justia ser paz. O profeta, bem com o o N vo Testamento, ensinam claramente que a paz no co rao do hom em e a paz na sociedade humana so o fru to do Esprito do Senhor. A justia divina oferecida livremente, mas no imposta no esprito de pessoa al gum a. recebida voluntriamente, mas sempre com alegria. O meu povo habitar em moradas de paz. Na era futura de paz, o povo do Senhor habitar em moradas quietas e seguras, em lugares que no sero mais ata cados ou perturbados pelos invasores. As referncias ao perodo futuro pelos profetas tm que ser interpretadas com cuidado. Isaias, sem dvida, esperava que um pe rodo de paz e prosperidade pudesse seguir salvao de Jerusalm do poder da Assria, mas a Idade Messini ca o cumprimento final desta profecia dos versculos 18 e 20. Alguns pensam que o verso 19 seja uma interpo lao que interrompe a conexo entre os versos 18 e 20, mas a destruio da Assria, o bosque, iniciou o pe rodo de paz para o povo do Senhor. Levantam dvi das tambm sbre o texto do verso, dizendo que a pa lavra saraiva no cabe no contexto. Mas Delitzsch e
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outros, explicando as cousas que deviam acontecer an tes do princpio da nova era, reconhecem o bosque com o o emblema da Assria, 10:18, 19, 33, 34, e a saraiva com o um dos podres da natureza que destruir a Assria, 30: 30-33. O sentido da declarao que o julgamento di vino cair sbre a Assria to severamente com o a sa raiva cai sbre o bosque, cortando as flhas das rvores e destruindo a beleza do bosque. Para alguns intrpretes esta figura fraca, e les preferem seguir o lexto, cai r completamente a floresta . A cidade ser inteiramente abatida. Que cidade? Aqules que datam a profecia com o sendo do perodo do cativeiro, muito tempo depois de Isaas, dizem que a cidade Babilnia. Para aqules que reconhecem Isaas com o o autor dste orculo, a cidade pode ser Nnive ou Jerusalm. 0 versculo muito obscuro. Felizes sois vs os que semeais junto a tdas as guas. Neste verso 20 o profeta est pensando na Ida de Messinica, quando os inimigos de Israel sero des trudos ou impotentes, e o povo do Senhor pode cultivar a sua terra em paz e perfeita segurana. Haver guas abundantes, e at os animais sero felizes com os pro dutos to abundantes da agricultura. VIII. A Recompensa de Deus , 33:1-35:10 H vrias opinies a respeito do autor e da data desta seo do livro de Isaas. Alguns dizem que foi proferida no tempo dos Macabeus em 162 a. C. (Cp. I. Mac. 6:51-63; 7:5-20; 9:1-18). De vrios pontos de vista os argumentos em favor dessa data so forados, sendo principalmente negativos em relao ao fundo his trico da mensagem. O argumento baseado no estilo fraco, porque se baseia nas passagens que limitam o es tilo do profeta de acrdo com os critrios e o escopo que
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les, os crticos, escolhem. Mesmo assim, alguns destes reconhecem que a passagem reflete as circunstncias his tricas da invaso de Jud por Senaqueribe no reino de Ezequias. claramente um nvo orculo, com a sua mensa gem distinta e especial, mas ao mesmo tempo relacionase com o assunto geral que o precede, especialmente com o ltimo versculo do captulo anterior. O desgnio da profecia assegurar aos judeus que a sua cidade fraca, a ltima fortaleza da pequena nao, est segura, no obstante a terrvel ameaa do poderoso exrcito da As sria. uma mensagem de confrto, pedindo que o povo confie na proteo do seu Deus nesse perodo mais cr tico de tda a sua histria. Assim, nestas circunstncias a profecia tem um profundo significado.
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A . A Aflio e o Livramento de Jerusalm, 33:1-24 ste assunto, juntamente com o ensino sbre a in violabilidade de Sio, preocupou o profeta Isaas atravs de todo o seu ministrio proftico. 1. O Aplo do Profeta ao Senhor Contra os Opressores dos Judeus, 33:1-13
1. A i de ti, destruidor, que no fste destrudo, que procedes perfidamente, e no fste tra tado com perfdia! Ac abando tu de destruir, sers destrudo; e quando acabares de t r a ta r perfidamente, sers tratado com perfdia. 2. Senhor, "tem misericrdia de ns; pois em ti temos esperado. S tu o nosso brao cada manh, a nossa salvao no tem po da angstia.
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3. A o rudo do tu m ulto, fogem os povos; quando tu te ergues, as naes so dispersas. 4. Ento se ajunta o despojo, como se ajunta a lagar ta; como saltam os gafanhotos, saltaro homens sbre le.
Ai de ti, destruidor, que no fste destrudo. Assim, o profeta fala do inimigo prfido e traidor que, depois de terminar o seu perodo de opresso cruel de naes fra cas, le m esmo ser destrudo. A primeira parte dste versculo descreve perfeitamente o poder, a crueldade e o propsito do exrcito de Senaqueribe que tinha des trudo as cidades e a terra de Jud, que invadira. Ao le sitiar Jerusalm e exigir arrogantemente a entrega da cidade, o pregador Isaas animou o seu rei Ezequias e o seu povo a confiar no poder do Senhor e na sua pro messa de salvar a cidade de Sio. O rei Ezequias havia entregado ao general Senaqueribe um tributo de trinta talentos de ouro e trezentos talentos de prata, no enten dimento de que le pouparia a cidade e deixaria o povo em paz. Mas Senaqueribe violou prfidamente a con fiana de Ezequias (II Reis 18:14, 1 5 ). Quando a Ass ria terminar as campanhas de conquista e destruio, ela mesma ser destruda; quando no puder mais tra tar prfidamente outras naes, ela, por sua vez, ser tratada com perfdia. A orao dos judeus no verso 2 representa o receio da invaso dos assrios. Com o pedido de socorro les confessam a esperana no Senhor (Cp. 2 6 :8 ). S tu o nosso brao. O brao o smbolo de poder. usado freqentemente nas Escrituras com o o emblema da pro teo divina no tempo de calamidade, ou na hora de pe rigo, x. 15:16; J 40:9; Sal. 44:3; 77:15; 98:1. Cada
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manh . . . no tempo de angstia, na hora decisiva da histria de Jud (Cp. 28:14-19). Os versos 3 e 4 descrevem a certeza da vitria do Senhor Jav. O rudo do tumulto vem de Jav que se exalta no julgamento da Assria. Ver I Reis 18:41; Is. 13:4. Quando tu te ergues, as na,es so dispersas. A declarao refere-se fuga do exrcito de Senaqueribe soldados da Assria e seus vassalos. Como saltam os gafanhotos, ou as locustas. Joel 2:9 descreve a inva so terrvel dsses insetos.
5 O Senhor sublime, pois habita nas alturas; le encher a Sio de retido e justia.
6. Ha v e r estabilidade nos teus tempos, abun dncia de salvao, sabedoria e conhecimento; . o temor do Senh or ser o seu tesouro.
Nos versos 5 e 6, o profeta, depois da orao, con templa o resultado da exaltao do Senhor Jav, e des creve o seu am or por Sio. Os tronos dos tiranos pere cem, e os conquistadores cruis ficam humilhados, mas Jav eternamente exaltado. le encher a Sio de re tido e justia. To significativa a libertao de Jeru salm, e to grande a manifestao da misericrdia do Senhor, que o povo, na sua profunda gratido, voltar ao seu Deus (Ver 30:22-26, 29; 31:16; 32:15-18). H uma falta de clareza no verso 6, mas mais ou menos claro o seu sentido. Aparentemente, dirigido ao rei Ezequias, com a promessa de que o seu reino ser ca racterizado por estabilidade e firm eza. O seu tesouro ser o temor do Senhor.
7. Eis que os valentes cla mam de fora, e os mensageiros de paz choram amargamente.
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S. A s estradas esto desoladas, osssa o viandante ; rompe u-se a aliana, testemunhas so desprezadas, no se faz caso do homem. 9. A te rra geme e desfalece; O L bano se envergonha e m u rc h a ; Sarom se torna como um deserto, Bas e Carmelo so despidos de suas flhas.
Os versos 7-9 descrevem a desolao da terra de Jud causada pelas atividades dos desumanos invasores, apre sentando, no obstante, algumas obscuridades. Levan tam-se dvidas sbre o significado da palavra tradu zida por valentes, mas parece que significa os mensa geiros enviados a Senaqueribe para obter dle as con dies de paz. O trmo paralelo com mensageiros de paz que choraram amargamente, talvez por causa da violao por Senaqueribe da promessa que lhes fizera de abandonar o stio de Sio (Ver II Reis 18:14-17). As estradas esto desoladas. A invaso da terra pe los assrios deixou Jud em runas. O inim igo despre zava promessas e alianas, zom bava do homem, e os ju deus no podiam viajar. Testemunhas, em vez de ci dades, so desprezadas, segundo o texto correto. A terra gem e e desfalece em simpatia com o povo (Cp. 24:4, 7 ). Os distritos mais ricos e produtivos da terra, o Lbano, Sarom, Bas e Carmelo, tipos da bele za natural, foram devastados e deixados em runas pe los invasores desumanos.
10. A g o r a me levantarei, diz o Senhor; agora me levantarei a m im mesmo, agora serei exaltado. 11. C on oebes palha, ds luz restolh o: o vo sso f le g o fo g o que v o s devorar.
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13. O u v i, vs que estais longe, o que tenho feito; e vs, que estais perto, reconhecei o meu poder.
O verso 10 introduz uma nova transio. Os ver sculos anteriores descrevem a desolao da terra, e a impossibilidade de ser aliviada de qualquer m odo do opressor. Nestas circunstncias, quando Jud est no terrvel poder do inimigo, o prprio Jav se levanta para libertar o seu povo, e para salvar a sua cidade inviol vel, Sio, do poder do inimigo do reino de Deus na terra. Os versos 10-13 apresentam a resposta do Senhor ora o do seu povo. Esta palavra agora, H fiy , usada trs
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vzes no verso 10, de muita significao entre os pro fetas, especialmente para Isaias e Osias. O Senhor mes mo se levantar do seu trono, e se apresentar aos ini migos de Israel no seu pleno poder. Os versos 11-13 so dirigidos aos assrios. curio sa a expresso do verso 11. Conceber palha e dar luz restolho significa que qualquer cousa, ou tudo, que o inim igo pode produzir apenas combustvel para o fogo de Jav, o Deus de Israel (Cp. 49:4; .T 15:35; Sal. 7:14). O propsito arrogante e furioso de destruir a Jerusalm resultar, no propsito do Senhor, na destruio de Senaqueribe e seu poderoso exrcito. O vosso flego o fog o que vos devorar (Cp. 9:18; 2 5 :4 ). De um ponto de vista, a Assria operou a sua prpria destruio. Os povos sero queimados, com o se fsse queima da a cal, com o espinhos ardero no fo g o . Esta lingua gem potica e figurada indica que a destruio do exr cito dos assrios ser sbita e completa. A derrota dos assrios no seu esforo de destruir a ltima fortaleza do povo do Senhor, juntamente com a cidade de Jerusalm, representa uma das maiores crises em tda a histria do reino de Deus no m undo. A sal
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vao maravilhosa do povo escolhido, e da cidade de Sio, ser conhecida de perto e de longe, no mundo in teiro que se interessa nas atividades poderosas de Deus na vida humana. 2. Efeitos da Manifestao da Presena do Senhor, 33:14-24
14. Os pecadores em Sio se assombram, o tre m o r se apodera dos mpios: Quem dentre ns habitar com o fogo devorador? Quem dentre ns habitar com labaredas eternas? 15. Aqule que anda em justia, e fala com retido; aqule que despreza o ganho de opresses, que sacode as mos para no receber peitas; que tapa os ouvidos para no o u v ir fala r de sangue, e fecha os olhos para no ve r o mal. 16. ste habitar nas alturas; as fortalezas das rochas sero o seu refgio; o seu po lhe ser dado, as suas guas sero certas.
Nos versos 14-16, o profeta descreve, em linguagem de fra e beleza, o efeito moral nos judeus desta inter veno miraculosa do Senhor na sua histria. Foi uma experincia comovente e eletrizante para aqules que ti nham vacilado na f e na fidelidade ao Senhor ,Tav, o seu Deus. Os pecadores e os infiis que ainda existiam fica ram amedrontados com esta revelao to impressionan te do poder de Jav. Se ste poder da ira de Deus era to enrgico na sua operao, na destruio do grande inimigo, Quem dentre ns habitar com o fogo devora dor, e com as labaredas eternas? Estas ltimas palavras no se referem ao castigo eterno de pecadores na vida futura. O fogo a santidade do Senhor, que na sua
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manifestao devora com o o fogo do ourives e com o a potassa dos lavandeiros, os elementos desprezveis da sociedade (Ver Mal. 3 :2 ). No verso 15 o profeta menciona os caractersticos do hom em justo, e nos versos que seguem le explica a confiana dste no Senhor, e as bnos de segurana e felicidade desta confiana. 0 hom em justo anda em justia. A justia o caracterstico do cidado do reino de Deus. le ama e fala a verdade. Odeia o ganho ob tido pela opresso do fraco e indefeso. Sacode as mos no gesto de desprzo daqueles que lhe oferecem peitas. Tapa os ouvidos para no ouvir sugestes de violncia, de roubo ou de derramar sangue. Fecha os olhos para no testemunhar os pecados dos malvados. No' se de tm no caminho dos pecadores. le habitar nas alturas (Cp. 26:5, 7 ). le perma nece em harmonia com a vontade divina, e vive em co munho com Deus. Fica seguro da ira do Senhor e dos sofrimentos dos pecadores e hipcritas, segundo o verso 14. No tempo de stio ou de perigo, o justo est perfeita mente seguro, e recebe do Senhor o sustento da vida.
17. Os teus olhos vero o rei na sua form osura ; vero a terra que se estende amplamente. 18. O teu corao meditar no te r ro r: Onde est aqule que registou, onde est o que pesou o tributo, onde est o que numerou as trres? 19. No vers mais o povo insolente, povo de fala obscura, que no se podo entender, de lngua gaguejadora que no se pode compreender. 20. Olha para Sio, a cidade das nossas solenidades! Os teus olhos vero a Jerusalm, habitao tranqila, tenda que no ser removida, cujas estacas nunca sero arrancadas, nem ser quebrada nenhuma das suas cordas.
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21. Mas o Senh or ali nos ser glorioso, lugar de rios e correntes largos; barco nenhum de remo passar por les, nem navio grande navegar por les. 22. Porque o Senh or o nosso J u i z ; O Senhor o nosso Soberano; O S enhor o nosso Rei; le nos salvar. 23 A s tuas enxrcias esto frouxas; no podem ter firm e o seu mastro, nem desfraldar a vela. Ento, se repartir a prsa de abundantes despojos; at os coxos participaro dela.
24. N e nh u m m orad or dir : Estou doente; pois ser perdoada a iniqidade do povo que nela habita
Nos versos 17-24, o profeta fala das bnos divinas do povo do Senhor na idade messinica. Os teus olhos vero o rei na sua form osura. No obstante as espe culaes infrutferas sbre a identificao do rei na sua formosura, perfeitamente claro para muitos intrpre tes que o profeta est falando do Messias, o rei que rei nar em justia (3 2 :1 ). A esperana messinica fo i um conceito profundo e precioso da religio dos judeus, um fato importante que um grupo de intrpretes nem sem pre quer reconhecer. Sbre a beleza do rei, ver Sal. 45:2. Sbre a terra que se estende at longe, o domnio do rei messinico, ver Miq. 5:4; Zac. 9:10; Sal. 72:8. Naqueles dias quando o rei messinico ficar estabe lecido no seu trono, e governar a seu povo com am or e justia, ser difcil imaginar o terror que o povo sofreu neste perodo de opresso cruel. O profeta medita sbre a tirania brutal dos oficiais inimigos que calculavam os impostos e pesavam o dinheiro que cada hom em tinha que pagar. No reino messinico do futuro, perguntar o es prito livre do hom em : Onde est aqule que registou, contou e determinou a soma do imposto e do tri
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buto que cada hom em tinha que pagar naquele perodo tirnico, e de opresso cruel. A frase o que numerou as trres, , difcil. Refere-se provvelmente ao
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comandante que contou as trres da cidade, os pontos mais fortes na resistncia de assaltos militares. No vers mais o povo insolente, o inimigo feroz, o estrangeiro de lngua gaguejadora que ningum pode entender. No obstante o poder, a soberba e a confian a do inimigo, le no entrar na cidade de Sio. O povo atrevido ou insolente, , acentua a impuT -
dncia do invasor luz da vergonha que sofreu. Os versos 20 e 21 falam do tempo quando o dom nio poderoso e desumano do inimigo j tinha passado. O nvo Rei, o Ungido do Senhor, reinava em Sio. A cidade inviolvel de Jerusalm o centro da verdadeira religio, e com a plena autoridade do Senhor, o Messias estabelece a paz permanente entre o seu povo (Cp. v. 1 6 ). Olha para Sio! cidade prspera, calma, feliz, o cen tro do reino de Deus no mundo, o centro do reino do Esprito do Senhor no esprito humano. Agora a ci dade onde o povo celebra as suas solenidades com lou vor e gratido ao Senhor. a cidade tranqila, e livre dos horrores da guerra. O tabernculo a habitao do povo est firmemente estabelecido, e nunca ser rem ovido. Desde ento as portas do inferno nunca pre valecero contra o reino do Senhor. A primeira parte do verso 21 no est muito clara. Parece que o profeta est declarando que a presena de Jav ser a defesa de Sio em vez de rios e correntes largos. O prprio Senhor a gloriosa habitao do seu povo. Em contraste com as cidades cercadas pelo Nilo e o Eufrates (Cp. Naum 3:8) que as protegem da apro
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ximao de inimigos, o Senhor Jav o Protetor de Je rusalm. O Senhor lugar de rios e correntes largos na proteo do seu p ovo. Em bora a figura nos parea estranha, caracterstica da lngua hebraica. H vrias referncias bblicas ao Rio mstico do Senhor, 8:6; Ez. 47:5; Zac. 14:8; Sal. 46:4. No verso 22 o Senhor se apresenta ao seu povo com o Juiz, Soberano e Rei. Com o Juiz, o Senhor opera providencialmente na vida de Israel para o desenvolvimento da sua fidelidade e honra. Como Soberano, o Senhor Jav o nico Legislador e Comandante do seu povo. Com o Rei, le governa o seu povo com autoridade e jus tia. Em todos os perigos e em tdas as lutas, o povo recebe o socorro do am or imutvel do seu Deus. O Se nhor o nosso Salvador. O verso 23 de difcil traduo neste contexto. reconhecido por alguns com o interpolao fora do seu lugar aqui. H tambm opinies diferentes sbre a in terpretao do versculo. Alguns dizem que a primeira parte do verso descreve o desastre da Assria, e a segun da fala da distribuio do despojo entre os judeus. Delitzsch atribui a primeira parte do verso cidade de Je rusalm, pouco antes da vitria sbre os assrios. Mas com a queda do exrcito dos assrios, Jerusalm se enri quece dos despojos do acampamento de Senaqueribe. provvel que o verso 23b se ligue ao verso 24 na descrio da felicidade de Jerusalm nos dias vindouros. A doena ser eliminada entre o povo de Jerusalm, e os moradores da cidade recebero o perdo da sua iniqi dade (Cp. Sal. 103:3; Mat. 9 :2 -8 ). Prevalecia entre os piedosos do Velho Testamento a opinio de que doenas e desastres constituam provas de que o castigo divino representava o desprazer do Senhor para com os ho mens sob o domnio do pecado. Na nova idade messi
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nica a doena ser desconhecida, e o povo receber livre perdo da sua iniqidade. B . A Indignao do Senhor Contra Tdas as Naes, 34:1-17
1. Chegai-vos, naes, para ouvir, e vs, povos, escutai; oua a terra, e a sua plenitude; o m u n d o e tudo qua nto produz. 2. Pois o Senhor tem indignao con tra tdas e fu ro r contra todo o exrcito delas; le as destinou para a destruio, e as entregou matana. 3. Os seus mortos sero lanados fora, e subir o m au cheiro dos seus cadveres; e do sangue dles os montes se fluiro. 4. T o d o o exrcito dos cus se dissolver, e os cus se enrolaro como pergam inho; todo o seu exrcito cair, como cai a flha da vide, e como flhas caindo da figueira. as naes,
O orculo dos captulos 34 e 35 apresenta um con traste entre o retrato escatolgico do julgamento e o da redeno. Nos primeiros quatro versculos do captulo sbre o julgamento, o profeta chama todos os povos do mundo para ouvir o anncio sbre a indignao e o fu ror do Senhor contra tdas as naes, e contra o exrci to delas. Segue-se nos versos 5-17 a descrio do tre mendo castigo de Edom por causa dos seus pecados con tra Sio, v. 8. Alguns pensam que o autor menciona Edom com o exemplo das naes (1-4) que ho de so frer o castigo divino por causa dos pecados, cada uma de acrdo com a gravidade dos seus pecados particula res.
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No poderoso estilo literrio, de bela linguagem po tica, o profeta descreve as conseqncias terriveis da in terveno divina contra os inimigos do reino de Deus. Mais uma vez o profeta d nfase especial ao fato de que a vontade e o propsito de Jav no estabelecimento do seu reino prevalecero com o castigo e a destruio dos inimigos da justia eterna. Nos versos 5-6 Edom se apresenta com o o objeto imediato da ira do Senhor. Por causa da sua implac vel hostilidade contra Israel, desde os tempos antigos, e atravs da Histria, Edom sofrer terrvel castigo. A sua terra ser perptuamente desolada, e habitada por feras do deserto e criaturas demonacas (9-17) . Alguns pensam que os captulos 34 e 35 apresentam um resumo dos ensinos do profeta Isaas; que o tema geral do livro que o povo de Israel ser liberto de to dos os seus inimigos, e dos seus sofrimentos, e que fi nalmente o povo do Senhor ser supremamente feliz sob o triunfo e o governo do seu Messias. Chegai-vos, naes, para ouvir. Para ouvir o ann cio do julgamento que Deus vai executar, e o eterno propsito que le vai conseguir. 0 Senhor Jav convoca a assemblia das naes para ouvirem a proclamao do seu destino. Enquanto a declarao aparentemente inclui tdas as naes, o contexto indica que o profeta est falando das naes que so inimigas do seu povo. So as naes e os povos que fazem todo o possvel para impedir as atividades e o progresso do reino de Deus no m undo. Deus, por intermdio do seu mensageiro, chama a terra, o mundo e tudo quanto produz, para tes temunhar o resultado da operao do furor do Senhor contra os inimigos do seu reino de justia no m undo. Arde a ira de Jav, o Deus do seu povo, contra os inimigos, e vem o dia quando les sero completamente destrudos (Cp. Miq. 1 :2 ). O profeta est falando, em
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harmonia com os ensinos da Bblia em geral, sbre a vi tria final do reino de Deus contra todos os inimigos da justia divina. Os seus mortos sero lanados fora, e subir o mau cheiro dos seus cadveres. Esta linguagem muito dura, mas potica, e descreve em trmos poticos as conse qncias terrveis do pecado. Esta profecia fo i cumpri da em grande parte na destruio de Jerusalm por Nabucodonosor. Os crticos que ficam horrorizados com esta linguagem devem-se lembrar do fato de que os ho mens e as naes, em geral, sofrem as conseqncias naturais dos seus pecados, em perfeito acrdo com a doutrina da justia divina. Na sua vergonha, os mortos jazem na terra, apodrecendo sem a honra do sepultam ento. Nesta linguagem figurada a hoste dos cus cai r no mesmo ato de destruio. A hoste dos cus cai 110 sentido de que os idlatras finalmente chegam a re conhecer a tolice de ador-la, em vez de adorar o seu Criador. Os cus, estendidos com o cortina (40:22), se ro enrolados com o pergaminho (Cp. 51:6; Mat. 2 :2 9 ; A poc. 6:13, 1 4 ). Todo o exrcito dos cus cair com o cai a flha da vide, e com o flhas caindo da figueira. Esta linguagem descreve figuradamente o fim do m un do. Mas, de acrdo com a opinio de alguns cientistas modernos, a descrio pode ser mais ou menos exata.
5. Pois a m in ha espada se embriagou nos cus; eis que desce para exercer ju lg amento sbre Edom , e sbre o povo que destinei para a destruio. 6. O Senh or tem uma espada cheia de sangue, engrossada de gordura, do sangue de cordeiros e de bodes, da gord ura dos rins de carneiros. P o r q u e o Sen hor tem Sacrifcio em Bozra, e grande matana na terra de Edom.
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7. Os bois selvagens cairo com les, e novilhos com touros; a sua terra ser ensopada de sangue, e o seu solo se to rnar frtil com a gordura. 8. Pois vem o dia da vinga na do Senhor, o ano da recompensa pela causa de Sio.
Os versos 5-8 descrevem, em linguagem poderosa e pitoresca, a matana dos habitantes de E dom . ge ralmente reconhecido que Edom se apresenta neste orculo com o representante das naes inimigas do reino de Jav. pavorosa a descrio em alguns dos seus porm enores. A linguagem figurada e potica reflete a histria da ini mizade que existia atravs da Histria entre Israel e Edom, desde o nascimento de Jac e Esa. A espada do Senhor se embriagou, no de sangue, mas de furor, no preparo para o seu trabalho na terra. Mesmo assim, a linguagem figurada nos parece feroz. Mas desce dos cus para exercer a justia sbre Edom . A frase o povo que destinei para a destruio traduz bem o povo de antema ( D T i ) . A espada do Senhor engrossada de gordura, e do sangue de cordeiros, bodes e carneiros. stes so trmos de sacrifcio. Porque o Senhor tem sacrifcio em Bozra (Cp. 63:1; Gn. 36:33; A m . 1:12; Jer. 49:13, 2 2 ). Bozra era uma das cidades importantes de E d o m . Alm dos seus rebanhos, a cidade fo i conhecida pela in dstria de tinturaria (Is. 63:1-3) e pelos seus ricos ves turios . Parece que ficava ao norte de Edom, e foi a ci dade do rei Jobabe (Gn. 36:33). O verso 7 descreve o grande sacrifcio de animais juntamente com os habitantes de Edom (Ver S of. 1:7; Jer. 46:10; 51:40; Ez. 39:17-19).
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Vem o dia de vingana do Senhor contra os seus inimigos, juntamente com o dia de recompensa de to dos os seus fiis no servio do seu reino (C p . 61: 2 ) .
9 Os ribeiros de E d o m se transform aro em piche, e o seu solo em enxofre; a sua terra se to rnar em piche ardente*
10. Nem de noite nem de dia se a pagar ; subir para sempre a sua fu m a a ; de gerao em gerao ser assolada, e para todo o sempre ningum passar por ela.
Nos versos 9-10 o poeta descreve, na figura de hi prbole, os rios de Edom correndo de piche, e o solo transformado em enxofre. A tempestade j passou, dei xando a terra numa vasta desolao, A linguagem suge re a destruio semelhante de Sodoma e Gomorra (Cp. Gn. 19; Jer. 4 9:1 8). A terra se tornara em piche ar dente cuja fum aa subir para sempre, uma assolao sem habitante.
11. Mas o pelicano e o ourio a possuiro, o bufo e o corvo habitaro nela. le estender sbre ela o cordel de confuso, e o pru m o de caos. 12. C h a m a r o os seus nobres ao reino, porm no hav er nenhum, e todos os seus prncipes sero como nada. 13. Crescero espinhos nos seus palcios, urtigas e cardos nas suas fortalezas; e ser a habitao de chacais, e a morada de avestruzes.
O pelicano e o ourio possuiro a terra. Levantamse dvidas, porm, sbre o significado da palavra fifcp
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geralmente traduzida por pelicano aqui e em S of. 2:14. As palavras traduzidas por confuso e caos so as mes
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mas usadas em Gnesis 1:2 para designar a matria da criao antes que o Criador a ordenou. 0 cordel de con fuso e o prumo de caos estendidos sbre a terra de Edom, aparentemente significa que a terra nunca pode ser renovada. O texto hebraico do verso 12 obscuro. Chamaro os seus n o b r e s , m T l, ao reino. Alguns traduzem: Os
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lugares secos da desolao sero com o montes caticos de pedras (Cp. Jer. 1 7 :6 ). Mas esta verso tambm no traduz o sentido exato do hebraico. Alguns suge rem que as palavras os seus nobres sejam o sujeito de uma declarao perdida. No h em Edom um reino que os nobres possam proclam ar. 0 verso 13 declara que espinhos, urtigas e cardos crescero nos palcios, e stes sero habitados por cha cais e avestruzes em vez de nobres e prncipes.
14. E as feras se encontraro com as hienas, o stiro cla mar para o s u com pan heiro; sim, ali pousar a bruxa, e achar para si lu ga r de descanso. 15. A li se aninhar a coruja, por os seus o v o s e os chocar, e na sombra abr igar os seus filhotes; sim, ali se ajuntaro os abutres um com o outro. 16. Buscai no livro do Senhor e lde: N e n h u m a destas cr ia tu ras falhar, n e n hu m a ser pri va da do seu companheiro. Pois a bca do Senh or o ordenou, e o seu E spr ito as aj untou. 17. le mesmo lanou as sortes por elas, a sua mo lhes repartiu a te rra com o cordel; para sempre a possuiro; de gerao em gerao habitaro nela.
No se podem identificar com certeza tdas as cria turas mencionadas nos versos 14 e 15, mas so aves e
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animais que habitam lugares desabitados, ou desertos. A bruxa, , tem lugar especial na demonografia das tradies judaicas. Assim, a terra de Edom ficou especialmente adaptada para tais criaturas. Buscai no livro do Senhor e lde. H muita dis cusso sbre ste livro do Senhor. Alguns crticos di zem que a palavra buscai do v . 16 pertence ao v . 15, cada criatura buscar o seu com panheiro . Outros pensam que o livro do Senhor aqule no qual se en contram os nomes e os nmeros das estrias (40:26), bem com o todas as criaturas (Mal. 3:16; Sal. 147:4). Ver tambm Sal. 139:16; Dan. 7:10; A poc. 20:12. Assim, a sorte inevitvel da terra de Edom decre tada pelo Senhor. Repartiu a terra entre as feras com o sua possesso eterna. ste captulo oferece certas dificuldades para o es tudante cuidadoso da Bblia. A severidade do autor na condenao de Edom po concorda em geral com os en sinos dos profetas. Mas certamente no tm razo aqules com o J. Yeoman Muckle que declara no Epworth Preachers Commentary, p. 118, que o captulo uma expresso de dio puro par os idumeus. Deve-se lembrar que a profecia escatolgica e representa poti ca e figuradamente o julgamento do pecado cruel no somente dos idumeus, mas das outras naes tambm (Cp. Deut. 2 3 :7 ). C. A Felicidade de Sio no Futuro, 35:1-10
1. O deserto e os lugares secos se alegraro, o rmo exultar e florescer; 2. como o narciso florescer abundantemente, exultar de jbilo e romper em cnticos. D a r -s e - lh e - a glria do Lbano, o esplendor do C arm elo e de Sarom.
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les vero a glria do Senhor, a majestade do nosso Deus. 3. Fortalecei as mos frouxas, e firm ai os joelhos vacilantes. 4. Dizei aos turbados de corao: Sde fo rte s , n o tem a is! Eis que o vosso Deus v ir com vingana, com a recompensa de Deus. le v ir e vos salvar.
ste captulo, em contraste com o anterior, descre ve a alegria e a paz de Jud depois da sua grande trans form ao. claro, porm , que os dois captulos so partes do m esm o orculo. A linguagem desta parte da profecia tambm muito linda, mas o sentido da men sagem bem claro. O deserto e os lugares secos se alegraro. Assim, na viso do profeta, o perodo de escurido e tristeza j passou. Amanheceu um nvo dia. Chegou o tempo da fertilidade da terra, e o rmo est exultando e flo rescendo. O regozijo do rm o linguagem figurada que descreve o jbilo do povo que, por causa da nova pro dutividade da terra, rom pe em cnticos de alegria. Da palavra traduzida rosa, narciso ou lrio, se diz que florescer abundantemente no deserto. O hebraico diz, florescendo florescer. o m odo de expressar n fase, como m orrendo morrers, ou certamente m orre rs. A glria do Lbano, o esplendor do Carmelo e de Sarom, so emblemas das bnos da nova era. Carme lo era o emblema da beleza, Lbano da majestade e Sa rom da fertilidade. stes lugares, nas suas vestes fes tivas, testemunharo a majestade e o esplendor da gl ria do Senhor, na direo do seu povo neste nvo dia. Fortalecei as mos frouxas, e firm ai os joelhos va cilantes. 0 povo que tinha sofrido misria e aflio ago
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ra ser renovado na sua coragem e no seu vigor, pela promessa das bnos do seu grande Salvador e Prote tor. Aparentemente, esta exortao fo i dirigida aos pro fetas. Os mais fortes devem animar e fortalecer os fra cos na f . Dizei aos turbados de corao: Sde fortes. A or dem que os mensageiros recebem do Senhor clara e definitiva. 0 povo desanimado deve acordar-se e des pertar o seu espirito para receber a experincia da pre sena e do poder do seu Deus, pois le vem para trazer a vingana da justia sbre os seus opressores, e para lhes trazer o grandioso livramento.
5. E nt o se abriro os olhos dos cegos, e se desimpediro os ouvidos dos 6. ento os coxos saltaro como cervos, e a lngua do mudo cantar. Pois guas arrebentaro no deserto, e ribeiros no rmo. 7. A areia esbraseada se tr a nsform a r em lagos, e a > terra sedenta em mananciais de guas; onde se deitavam os chacais, crescer a erva com canas e juncos. surdos;
Nos versos 5-7 o profeta descreve a natureza e os efeitos da com paixo do Senhor na salvao do seu povo. Os cegos vero e os surdos ouviro; o coxo saltar com o cervo, e a lngua do m udo slta cantar louvores a Deus.. Pois guas arrebentaro no deserto, e ribeiros no rm o. Estas lindas e preciosas promessas se cumpriram figura damente com a volta dos judeus do cativeiro babilnico (Is. 55:12-13), mas se cumpriram literalmente no mi nistrio do Senhor Jesus, o Salvador (Mat. 9:27; 20:30; Mar. 8:23; 10:46; L uc. 7 :2 1 ). A areia esbraseada melhor traduo de do
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qentemente tinha a aparncia de um lago de gua, ou miragem, para o viajante. 0 profeta est declarando que esta iluso ptica no ser mais possvel porque o deserto ser transformado numa terra frtil bem rega da por mananciais de gua. No ser mais um covil de chacais, mas um grande pasto para o gado, onde cres cero a erva e outras plantas que agradam vista, e sa tisfazem s necessidades do viajante.
8. E ali Haver um alto cam inh o, e le se ch a m a r o C am inh o S a n to; o im undo no passar por le, dos que andm por le, at os lou cos no erraro. 9 . A li no nem nem se m as haver leo, anim al fe r o z subir p or le, a ch a r nle; os rem idos andaro por le.
10. E os resga ta d os do S en h or v olta r o, e v ir o a S i o com cla m o r de j b ilo ; co m a legria etern a sb re a s ca b e a s ; g z o e a legria a lca n aro, e dles fu g ir a tristeza e o gem ido.
No verso 8, Almeida tem alto caminho, caminho, a traduo correta do texto massortico, mas a segunda palavra caminho suprflua, e evidentemente no fazia parte do texto original. A Septuaginta contm caminho puro. II tambm dificuldades no texto hebraico que traduzimos, dos que andam por le, at os loucos no erraro. Mas claro que ste Caminho Santo para o povo de Deus, os redimidos do Senhor (Cp. 42:16; 43:19). Que significa a frase at os loucos no erraro neste cam inho? Alguns dizem que os loucos significa os m o ralmente perversos, com o em J 5:3 e Prov. 1:7. Mas o texto aparentemente indica que os loucos esto andan do no Caminho Santo, e assim fazem parte dos resga
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tados do Senhor. Neste caso o termo significa os humil des que no tenham o conhecimento e a sabedoria dos eruditos do m undo. 0 verso 9 descreve do ponto de vista negativo ste Santo Caminho do povo de Deus. profundamente significativa a declarao de que os viajantes neste ca minho do Senhor no encontraro qualquer animal fe roz com o o leo. Havia muitos animais ferozes e perigosos para o viajante em tdas as terras adjacentes Pales tina. O verso indica que ste Caminho Santo refere-se no somente estrada dos que voltam para Sio do cativeiro (43:19-21), mas o Alto Caminho permanente do povo de Deus (19:23). Os resgatados do Senhor voltaro e viro a Si. Esta linda promessa se estendia primeiramente s pes soas que Deus libertou do cativeiro babilnico, mas num sentido mais profundo a profecia se cumpre na experin cia dos que so redimidos da escravido do pecado pelo sangue de Cristo. A palavra resgatar, H IS , do vers
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10 diferente do
trmo
redimir,
, do verso 9,
mas as palavras so sinnim as. A primeira tem o sen tido de uma responsabilidade pessoal de redimir, en quanto que resgatar d nfase ao eterno am or do Se nhor no livramento de rebeldes e pecadores que voltam para le com arrependimento e f . IX . A Influncia de Isaas em Trs Situaes no Reino de Ezequias, 36:1-39:8 Apresenta-se nestes captulos um apndice aos ca ptulos 1-35 do Livro de Isaas. Encontra-se nesta seo do livro o m esm o assunto discutido em II Reis 18:13-20: 19; II Crn. 32:1-23 (Cp. Herdoto II, 141 e O Cilindro
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de Taylor, Arqueologia do autor, p. 269). Todas estas referncias tratam da invaso de Jerusalm por Senaqueribe em 701. stes captulos de Isaias descrevem a atividade do profeta, e a influncia dle, em trs situaes histricas no reino de Ezequias: 1) A invaso de Jud e Jerusa lm pelos assrios em 701 (36-37); 2) a doena e a cura de Ezequias (3 8 ); 3) e a embaixada de Merodaque-Balad da Babilnia (3 9 ). H algumas diferenas entre estas duas narrativas. Omite-se no Livro de Isaias a histria da submisso de Ezequias (II Reis 18:14-16), enquanto que a narrativa de II Reis omite o Salmo de gratido de Ezequias (Is. 38:9-20). Na com parao cuidadosa das duas narrativas inevitvel a concluso de que um dos escritores usou a histria do outro. Alguns acreditam que o autor de II Reis aproveitou-se da narrativa de Isaias, mas quase to dos os estudantes modernos apresentam argumentos fo r tes para provar que a histria em II Reis a original, e que nesta obra cannica contam-se fielmente os fatos com o aconteceram, citando corretamente a mensagem do profeta, com a explicao da influncia de Isaias com o rei Ezequias. Segundo ste ponto de vista, era importante que os leitores da Profecia de Isaias tivessem a inform ao histrica do profeta, quanto sua influ ncia junto ao rei Ezequias nessa grande crise enfrenta da pelo povo do Senhor, e na salvao da ltima forta leza de Jud do poder de Senaqueribe que, nas suas pr prias palavras, ameaava a exterminao de Jerusalm, e a da religio do povo de Deus (36:16,17).
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O primeiro versculo declara que Senaqueribe capturou tdas as cidades fortificadas de Jerusalm. O Ci lindro de Taylor menciona quarenta e seis cidades fortifi cadas, e numerosos lugares menores, bem com o uma gran de quantidade de materiais de valor. Considerando o fato de que Senaqueribe invadiu a Jud em 701, e que o rei Ezequias assumiu at trono em 724, o stio de Jerusalm aconteceu no ano vigsimo quarto do reino de Ezequias, em vez de no ano dcimo quarto desta declarao. Esta discrepncia de datas pode ser explicada de vrias manei ras. Portanto, problema secundrio na interpretao da m ensagem . O rei da Assria enviou Rabsaqu, de Laquis a Je rusalm. Rabsaqu no nome prprio, mas um ttulo de um oficial do exrcito da Assria, com o Tart, em 20:1, e Rabe-Saris, em 18:17. Laquis era uma das cida des mais importantes de Jud. Era uma cidade antiga (Jos. 10:3) e bem fortificada no tempo de Ezequias. Ficava 36 quilmetros ao sul de Jerusalm, e 20 quil metros ao oeste do Mar Morto. Tel-Duweir fo i identi ficado por Albright com o as runas de Laquis. Yer a discusso de Laquis na Arqueologia Bblica do autor,
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p. 170. fato irnico que o Rabsaqu parou no mesmo lugar onde o profeta e o seu filho Sear-Jasube pararam quando Isaas aconselhou o rei Acaz a no fazer aliana com a Assria. 0 autor de II Reis declara, 18:14, que o rei Ezequias pagou ao rei da Assria o tributo de trezentos talentos de prata e trinta talentos de ouro, sob condio evidente de que le retirasse o seu exrcito e deixasse Ezequias continuar com o o governador apenas de Jerusalm. Mas depois de receber ste pesado tributo, Senaqueribe v io lou a sua promessa, e mandou o Rabsaqu para sitiar e tomar a cidade de Jerusalm. Senaqueribe declara, segundo o Cilindro Taylor, que recebeu 800 talentos de prata, mas provvel que le tenha includo o valor do enorme despojo que levou.
As palavras e chamaram o rei em II Reis 18:18, omitem-se no princpio dste verso 3. Eliaquim, filho de Hilquias, o m ordom o (p. 22:15,20). Assim, Eliaquim ocupa neste tempo a posio ocupada por Sebna no reino de Acaz. No reino de Ezequias, nesta ocasio, Sebna apenas o escrivo.
4 . E o R absaqu lhes d isse: Dizei a E zequ ias: A ssim diz o o grande rei, o rei da A s s ria : Que co n fia n a esta em que te estrib a s? 5. P en sa s tu que apenas p a la vras so estra tgia e pod er para g u erra ? Em quem , pois, a gora con fia s, visto que te tens rebelado co n tra m im ? 6. Eis que co n fia s no E gito, sse bord o de cana qu ebrad a, o o qual en trar e trasp a ssa r a m o de qualqu er hom em que se a p oia r nle. A ssim F ara, rei do E gito, para com tod os os que nle co n fia m .
Assim o Rabsaqu pergunta sarcsticamente, aos representantes do rei Ezequias, a base da sua confiana na rebelio contra o poder da Assria. Assim diz o
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grande rei. Assim o Rabsaqu com ea o seu argumento, de que o nico recurso para o rei Ezequias a submis so incondicional ao grande rei. O texto da primeira parte do verso 5 no est m ui to claro, e as verses em portugus variam na traduo. A Brasileira segue mais de perto o hebraico, mas no o reconhece com o pergunta. Certamente, no pensas que meras palavras constituem o poder na guerra. Qual a base, ento, da tua confiana, em quem ests con fiando, visto que te tens rebelado contra m im ? Certa mente, palavras no servem com o estratgia na guerra, e a gabolice no tem poder militar. O Rabsaqu se refere no somente rebelio de Jud contra a Assria (II Reis 18:7), mas tambm recusa de entregar a cida de (II Reis 18:14 e s e g .), depois de haver entregado a Senaqueribe o pesado tributo. A Assria evidentemente tinha resolvido esmagar o esprito dos judeus. Eis que confias no Egito, sse bordo de cana que brada. Esta declarao derrogatria a respeito do Egi to com o aliado dos judeus era bem fundada. Isaas ti nha declarado repetidamente que o auxlio do Egito no tinha valor algum (30:3, 5, 7 ). O Egito traidor, bor do de cana quebrada, e traspassar a mo de qualquer hom em que se apoiar nle. O Rabsaqu sabia tocar efetivamente na fraqueza da posio dos judeus. Estas palavras de escrnio feriram profundamente os m orado res de Jerusalm. Os judeus no podiam deixar de re conhecer a verdade de tudo que o assrio disse sbre a infidelidade do Egito. Ao m esm o tempo podiam se lem brar de que a Assria era to infiel, e muito mais crucl do que o Egito.
7. M as se m e d isseres: C on fia m os no Senhor, o nosso Deus, no sse aq u le o u jo s altos e altares E zequ ias rem oveu, dizendo a Jud e Jeru sa lm : Perante ste altar a d ora reis?
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8. Ora, pois, em p en h a -te com meu senh or, rei da A ssria, e d a rte -e i d ois mil ca v a los, se da tu a parte puderes ach ar c a v a leiros para os m ontar. 9. C om o ento pod ers a fu g en ta r um s ca p it o entre os m e nores dos servos do meu senh or, quando con fia s no E gito para ob teres ca rro s e ca v a le iro s ? 10. A ca so subi eu a gora sem o Sen hor con tra esta terra, para a d e stru ir? P ois o S en h or m esm o me d isse: S ob e con tra a terra, e d e str i-a .
No verso 7 o Rabsaqu prossegue com o seu argu mento, declarando que o prprio Jav, o Deus de Israel, era incapaz de ajudar o seu povo nesta crise. Se m e disseres: Confiamos no Senhor, o nosso Deus. Ao mesmo tempo que o Rabsaqu se mostra incapaz de entender a profunda significao desta f dos judeus no Senhor, ele demonstra astcia e entendimento na expli cao da fraqueza dessa confiana religiosa, especial mente nas circunstncias da ocasio. Na sua reform a religiosa, o rei Ezequias mandou destruir os altos e os santurios estabelecidos em vrios lugares de Jud, por que eram dedicados mais aos deuses dos cananeus, do que ao Senhor Deus de Israel. Muitos judeus ficaram insatisfeitos pela destruio dos seus altares dedicados aos deuses mais tolerantes dos seus pecados do que o Senhor Jav. Os assrios, nada sabiam da religio es piritual dos judeus que proibia tais altares (II Crn. 32:12); mas, inform ado da insatisfao do grupo que lamentava a perda dos seus altares, o Rabsaqu apro veitou-se dste fato para dizer, ou indicar, que os judeus seriam mais felizes sob o governo da Assria do que no domnio de Ezequias. Empenha-te, ou faze uma aposta com meu senhor. Assim, o mensageiro dos assrios escarnece da fraqueza militar de Jud perante o poderoso exrcito da Assria. Dar-te-ei dois mil cavalos, se puderes achar cavaleiros
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para os montar. Esta proposta irrisria fo i especial mente humilhante para a partida militar de Jud, to fraca em tdas as foras de guerra (30:16; 31:1, 3 ). O poder de Ezequias era to fraco que no podia afugentar um s capito entre os mais fracos do exr cito da Assria, nem m esm o se pudesse obter carros e cavaleiros do Egito. Como ento se explica que le te nha a ousadia de desafiar o grande e poderoso rei Senaqueribe ? Acaso subi eu agora sem o Senhor contra esta ter ra? Esta pretenso de ter recebido diretamente do Se nhor a comisso de subir contra Jud e destru-la no parecia inacreditvel aos judeus nas circunstncias his tricas. ptssvel que o assrio tivesse ouvido alguma cousa a respeito das profecias de Isaas sobre a sujei o de Jud ao poder da Assria (Cp. 7:17; 10:5-11). Mas est falando sem conhecimento do propsito e do poder do Criador de tda sas naes (Ver 37:6, 7, 21-35).
11. E nto, disseram E liaquim , Sebna e Jo ao R a b saq u : R o g a m os que fa le s aos teu s servos em aram aico, pois ns o e n ten dem os, e no nos fales em ju d a ico, a os ou v id os do povo que est sbre os m uros. 12. Mas o R absaqu lhes resp on d eu : P orven tu ra, o meu senhor m a n d ou -m e para d iz e r-te estas palavras a ti som en te e ao teu senh or, e no antes aos que esto a ssen ta d os sbre os m uros, que esto d estinad os a co m e r co n v o s co o seu p rp rio e xcre m e n to e b sb er a sua prpria urina? 13. E nto o R absaqu se ps em p, e clam ou em alta v oz em ju d a ico , e d isse: Ouvi as palavras do gran de rei, o rei da A s s ria ! 14. A ssim diz o rei: No vos en gane E zeq u ia s; v o s poder livrar. porqu e le no
Apavorados pelas palavras horrendas do assrio, os ministros do rei Ezequias rogaram-lhe que falasse na ln gua aramaica, e no em judaico para que os homens
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nos muros no o entendessem. Mas o diplomata astuto e sem escrpulos, percebe logo o mdo terrvel do povo da cidade, e declara que o seu senhor o mandou para ex plicar ao pblico a vantagem de entregar-se voluntaria mente ao grande rei, e assim evitar os horrores do s tio de Jerusalm, com endo o seu prprio estrco e beben do a sua prpria urina. A lngua siraca, ou aramaica, era o meio de co municao internacional 110 oeste da sia, especialmen te entre os comerciantes. Mas para os judeus a lngua da Assria era abominvel (Cp. 28:11; 33:19). Mas o povo de Jerusalm em geral, com o os homens assenta dos nos muros, evidentemente no conheciam o siraco. O Rabsaqu sabia falar fluentemente o judaico. Passa ram mais de 25 anos desde o tempo quando Acaz fz a fatal aliana com a Assria, mencionada no cap. 7. Du rante ste perodo as autoi'idades da Assria mantinham relaes constantes com Jud, interessando-se nos ne gcios comerciais e polticos do povo. Havia, sem dvi da, numerosos assrios, com o o Rabsaqu, que conhe ciam a lngua judaica. Assim, o pedido de Eliaquim mostrou ao assrio o esprito apavorado dos habitantes de Jerusalm. Comea, ento, a falar com o se fsse enviado p a r a dirigir a sua mensagem ao povo, e no a Ezequias. No vos engane Ezequias; porque le no vos poder livrar.
15. Nem ta m p ou co Ezequias v os fa a co n fia r no Senhor, d iz e n d o : O S en h or certam en te nos liv ra r ; esta cid ad e no ser en tregu e nas m os do rei da A ssria. 16. No deis ou v id o s a E zeq u ia s; pois assim diz o rei da A ss ria : Fazei as pazes com ig o, e vin de a m im ; en to ca da um de vs com er da sua prpria vide, e da sua prpria fig u eira , e ca da um de v s beber da gua da sua prpria cistern a ; 17. at que eu venha, e vos leve para uma terra com o a v o s s a ; terra de cereal e de vinho, terra de po e de vinhas.
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Assim, o Rabsaqu procede no seu esfro de peisuadir os mensageiros de Ezequias que seria um gran de rro a recusa de entregar voluntriamente Jerusalm ao grande e benvolo rei da Assria. Nem tampou co Ezequias vos faa confiar no Senhor. Ainda em linguagem diplomtica, o mensageiro de Senaqueribe assim despreza a fraqueza de Ezequias e a vaidade de confiar no Deus dos judeus. luz dos fatos, com o que o povo pode manter confiana no poder de Eze quias, ou no auxlio do seu Deus? Que base tm stes que dizem: O Senhor certamente nos livrar; esta cidade no ser entregue nas mos do rei da Assria? Estas pala vras, proferidas com orgulho e arrogncia, tornaram-se mais tarde as mais irnicas na histria da queda do po deroso imprio da Assria. Nem sempre se verifica to claramente a recompensa daqueles que zom bam do povo de Deus. Mas o Senhor, na sua benvola providncia, sempre cuida do seu reino entre o seu povo, ainda nas vicissitudes mais ameaadoras da Histria. Em vez de dar ouvidos a Ezequias, fazei as pazes c o m ig o . A palavra ( DH.S , traduzida por paz ou paZs,
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significa bno. Mas, segundo o ponto de vista do as srio, a aliana, vinde a mim, seria uma fonte de bn o (Cp. I Sam. 25:27). Vinde a mim, e cada um de vs comer da sua pr pria vide. Assim, le indica claramente que o povo ser deportado, de acrdo com a poltica da Assria, mas co mer bem e ser feliz na sua nova terra. Mas esta des crio das bnos que o povo experimentar no cati veiro no concorda com os fatos que o povo conhecia a respeito dos outros povos deportados pela Assria. 0 orador astuto afirma que a Assria trata muito bem as naes que se entregam voluntriamente ao poder da Assria. Os judeus bem sabiam do tratamento das na
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es com o Israel, que resistiam ao domnio da Assria. Mas luz da Histria, a Assria j era bem conhecida com o a exterminadora das naes que conquistava.
18. A ca u te la i-v o s para que no v os en gane Ezequias, dizen d o: O Sen hor nos livrar. A ca so os deuses das n aes livraram cada um a sua terra das m os do rei da A ssria ? 19. Onde esto os deuses de H am ate e de A rp a d e? Onde esto os deuses de S e fa rv a im ? A ca so livraram les a Sam aria da minha m o ? 20. Q uais so, dentre to d os os deuses dstes pases, os que liv ra ram a sua terra das m inhas mos, para qu o Sanhor livrasse a Jerusalm das m inhas m os? 21. les, porm , se ca la ra m , e no lhe porqu e assim lhes havia ord enado o respon dereis. respon deram rei, d izen d o: pa la vra; No lhe
22. Ento E liaquim , filh o de H ilquias, o m ordom o, e Sebna, o escriv o, e Jo, filh o de A sa fe, o cron ista , rasgaram suas v e s tes, vieram ter com E zequias, e lhe referiram as palavras do Rabsaqu.
Com o fingimento de generosidade da Assria no acolhimento dos povos subordinados, o tigre mostra os dentes em versos 18 a 19. No vos engane Ezequias, di zendo: O Senhor nos livrar. Se o deus de Jud no apoiar a invaso da sua terra pelos assrios, que que le pode fazer? Que fz para salvar a nao de Israel do meu poder? Onde esto os deuses de Hamate e de Arpade? Ver 10:0, sbre Hamate. Arpade sempre mencionada com Hamate, e provavelmente ficava entre Hamate e Damas co. Sefarvaim geralmente identificada com Sibraim, destruda por Salmanaser V, (Ver Ez. 47:16), entre Da masco e Hamate. A Septuaginta, II Reis 18:34, diz: ade esto os deuses da terra de Samaria? luz das experincias das terras conquistadas pelo poder inven cvel da Assria, o Rabsaqu repete a admoestao con
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tra as esperanas vs de Jud. No nega a existncia dos deuses destes pases, simplesmente explica a sua im potncia perante o poder superior do deus da Assria, Isaas tinha profetizado a conquista das naes m encio nadas nos versos 18 e 19 (10:7-11). les, porm, se calaram, . . . vieram ter com Ezequias, e lhe referiram as palavras do Rabsaqu. Ezequias mostrou-se sbio, proibindo que os seus mensagei ros respondessem ao Rabsaqu. Nestes momentos to srios e to significativos na histria do povo de Deus, somente aqule que podia falar com autoridade deve responder mensagem arrogante do poderoso rei da As sria .
1. T en do ou vid o isto, o rei E zequias rasgou os seus vestidos, c o b r iu -s e de sa co e entrou na ca sa do Senhor. 2. Ento, en viou Eliaquim , o m ord om o; e S ebn a, o escriv o, e os a n ci o s dos sa cerdotes, v estid os de sa co, ao p rofeta isaas, filh o de A m oz. 3. E stes lhe d issera m : A ssim diz E zeq u ia s: ste dia dia de angstia, de rep rov a o e de o p r b r io ; porqu e ch ega d os so os filh o s ao parto, e no h f ra para os dar luz. 4. P orventura, o S en h or teu Deus ter ou vid o as palavras do R absaqu , a quem en viou o rei da A ssria , seu senh or, para a fro n ta r o Deus v iv o, e repreender as p a la vras que o S e nhor teu Deus tem o u v id o ; levanta, pois, a tu a ora o a fa v o r do restan te que ficou .
Depois da entrevista dos ministros judaicos com o oficial do rei Senaqueribe, les vieram ao rei Ezequias, e lhe apresentaram o seu relatrio. Ezequias, com seu ponto de vista poltico, havia chegado a reconhecer o perigo terrvel da situao para le e para a sua cidade de Jerusalm. Rasgou os vestidos, cobriu-se de saco e entrou na casa do Senhor. Assim pesaroso e abalado pelo fracasso da sua poltica, com o rei do seu povo, e achan do-se no templo, finalmente se lembrou da promessa que
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o Senhor tinha feito a Salomo, de ouvir as oraes do seu povo, oferecidas naquele lugar (I Reis 8:29) . Ezequias tambm enviou ao profeta Isaas, filho de Am oz, mensageiros que tiveram a entrevista com o ofi cial de Senaqueribe, Eliaquim e Sebna, juntamente com os ancios dos sacerdotes. O fato de que Sebna faz par te desta comisso enviada a Isaas indica a vitria m o ral do profeta (Cp. 22:15-20). A referncia aos sacer dotes com o m embros da comisso interessante. A frase os ancios dos sacerdotes se encontra tambm em Jer. 19:1. Aparentemente, significa os mais respeitados dos sacerdotes por causa da idade e experincia. Com o fracasso dos seus planos polticos, o rei Ezequias, bem intencionado, mas sem profundo entendimento da pol tica, finalmente reconheceu o conselho do profeta Isaas com o a ltima esperana de salvar-se a si mesmo, bem com o o seu pequeno reino do poder do grande Imprio da Assria. Assim diz Ezequias: ste dia dia de angstia, de reprovao e do oprbrio. Dia de angstia, m X refere-se apenas nos judeus. A rep ro v a o ,n rD ifl, vem do Senhor
T '
por intermdio dos assrios. O oprbrio representa o sen timento dos assrios a respeito de Jud e do seu Deus. Mas ste mesmo oprbrio, ITSfcW caiu sbre o arrogante
t t
rei Senaqueribe e o' seu povo. Chegados so os filhos do parto, e no h fora para os dar lu z . Esta uma de clarao proverbial para descrever uma crise perigosa, quando no h fra aparente para venc-la (66:fi; Os. 13:13). No verso 4 os mensageiros do rei apresentam timida mente o seu pedido ao profeta. O pedido refere-se a duas cousas importantes. Porventura. les queriam saber
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com certeza se o Senhor ouviu as palavras de blasfmia do Rabsaqu. O Senhor est tomando em considerao esta afronta sua autoridade com o o Deus vivo, o Cria dor supremo de tdas as naes? O teu Deus no repre ender estas palavras de blasfmia que ouviu? E o nosso rei, Isaas, mensageiro do Senhor, pede que tu levantes a tua orao a favor do restante que ficou . A palavra restante, THNttf, no , com o em 7:3; 10:20-23, no se refere aqui ao restante dos fiis do povo do Senhor. B. O Rei Ezequias Recebe o Conselho de Isaas, 37:5-7
5. E vieram o s s e rv o s do rei E zequ ias a ter com Isaas. 6. E Isaas lhes d isse : Dizei isto ao vosso se n h o r: A ssim diz o S en h or: N o tem a s por ca u sa das p a la vras que ou viste, com as quais os se rvos do rei da A ssria de mim bla sfem a ra m . 7. Eis que m eterei nle um esprito, e le ou vir um ru m or e volta r para a sua te r ra ; e eu f - lo - e i ca ir m orto espada na sua p rpria terra.
Aparentemente, o verso 5 est subordinado ao v . 6: E quando vieram os servos do rei . . . Isaas lhes disse. Nos versos 6 e 7 o profeta inspirado promete mais do que o rei havia pedido. Na comunho constante com o Senhor, Isaas j conhecia o propsito de Deus a res peito de Jerusalm nessa crise terrvel, no somente para Jerusalm, mas tambm para o futuro do reino de Deus. Vs, mensageiros do rei Ezequias, podeis transmitir esta promessa do Senhor: No temas por causa das palavras dstes servos (meninos, )d o rei da Assria. Sio
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inviolvel!
stes rapazes arrogantes vo ficar pasma dos pela fraqueza militar do rei da Assria perante o po der do Senhor de quem les blasfemaram.
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Meterei nle um esprito, um esprito de mdo e de humilhao em lugar do seu esprito de orgulho e arro gncia . lle ouvir um rum or e voltar para a sua terra. Ouvindo da perturbao poltica na Babilnia, Senaqueribe partiu apressadamente da Palestina, mas a maior parte do seu poderoso exrcito pereceu na Palestina (Ver o verso 3 6 ). C. A Carta do Rei da Assria, 37:8-13
8. V oitou, pcis, o Fiabsaqu, e ach ou o rei da A ssria pelejando con tra L ib n a ; porque ou vira que o rei j se h avia retirado de Laquis. 9. Ento ouviu o rei dizer a respeito de T ra ca , rei da E tip ia : Saiu para pelejar co n tra t i. Q uando ou viu isto, en viou m e n sa geiros a Ezequias, d izen d o: 10. A ssim fa 'a re i a E zequiel, rei de Jud : No te enqane o teu Deus, no qual tu ests con fia n d o, d iz en d o: Jeru salm no ser en tregu e nas m os do rei da A ssria . 11. Eis que tu tens ou vido o que fizera m os reis da A ssria a td a s as terras, d e stru in d o-a s totalm en te. E tu te livrars? 12. P orven tu ra as livraram os deuses das n aes que m eus pais destruram , G oz, Har e R ezefe; e os filh o s de den, que estavam em T e la ssa r? 13- Onde est o rei de H am ate, e o rei de A rpade, e o rei da cidade de S efarvaim , de Hena ou de ]va ?
ste versculo 8 varia muito pouco de II Reis 19:9. Enquanto os mensageiros do rei Ezequias tinham a sua entrevista com o profeta Isaias, o Rabsaqu voltou ao seu rei Senaqueribe que estava pelejando contra Libna, mais uma das cidades fortificadas de Jud. Libna ao norte de Laquis, era uma cidade bem fortificada, capturada por Josu (Jos. 10:29). Na diviso da terra foi entre gue tribo de Jud, e mais tarde aos descendentes de Aro, com o uma das cidades de refgio (Jos. 21:13; I Crn. 6:57) .
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Quando Senaqueribe recebeu o relatrio do seu m en sageiro, que tinha procurado persuadir os mensageiros de Ezequias a entregar-lhe voluntriainente a cidade de Jerusalm, le no podia atacar imediatamente a cida de, porque tinha ouvido que Tiraca, rei da Etipia, ha via sado para pelejar contra le. Neste tempo Tiraca era prncipe da Etipia, mas ocupou o trono c. 670 com o o terceiro rei da vigsima-quinta dinastia egpcia. Se naqueribe pensava que j era rei da Etipia. No podendo executar imediatamente a sua arro gante ameaa contra Jerusalm, o rei Senaqueribe es creveu uma carta ao rei Ezequias. Considerando as cir cunstncias, no h razo de duvidar de que o rei da Assria apresentou ste segundo aplo para que Ezequias rendesse voluntariamente a cidade. evidente que o exrcito de Senaqueribe tinha exercido grande esfro na ocupao da terra de Jud, pois Libna ainda estava lutando contra le. Tinha resolvido no deixar a forta leza de Jerusalm, mas quis tom-la com o m nim o es f ro possvel. Uma inscrio de Senaqueribe indica que estava sitiando a Jerusalm quando escreveu esta carta. le repete, na sua carta, substancialmente os ar gumentos e as ameaas do Rabsaqu. Mas impressio nado com a confiana de Ezequias no auxilio do seu Deus, Senaqueribe acrescenta a admoestao de que le no deve ficar enganado, confiando no seu Deus, e di zendo: Jerusalm no ser entregue nas mos do rei da Assria. O Rabsaqu tinha representado Ezequias com o enganador do seu povo. Pergunta Senaqueribe, no verso 11, se possvel que Ezequias, sabendo do poder e da histria da Assria na destruio total de naes, ainda pensa que pode livrar-se de tal poder. Alm das naes destrudas totalmente pelo poder da Assria, mencionadas pelo Rabsaqu, Senaqueribe adiciona tambm Goz, Har, Rezefe, den. Hena ou
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Iva. Goz era cidade margem do rio Habor, tribut rio do Eufrates. Ficava ao noroeste de Ninive (II Reis 17:6; 19:12; I Crn. 5 :2 6 ). Har era a cidade de Tera e Abro. ao norte da Mesopotmia, na regio de PadA r . lugar importante na histria do povo hebraico (Gn. 11:31; 12:5; cps. 28 e 29; II Reis 19:12). Rezefe era uma cidade comercial de importncia na Assria, ainda no identificada (II Reis 19:12). den fo i uma seo da Mesopotmia. Ezequiel fala de mercadores de den que negociavam com Tiro (27:23). Nada se sabe de Hena ou Iva. D . A Orao de Ezequias, 37:14-20
14. E zequ ias recebeu a ca rta da m o d os m en sageiros, e a leu. E nto, E zequ ias subiu ca sa do S en hor, e estendeu a ca rta perante o Senhor. 15. E E zequ ias orou ao S en hor, d izen d o: 16. S en hor dos E xrcitos, D eus de Israel, que ests en tron iza do a cim a dos querubin s, tu s o Deus, tu som en te, de to d o s os rein os da te r ra ; tu fizeste os cu s e a terra. 17. Inclina, Senhor, o teu ou vido, e o u v e ; abre, Senhor, o s teu s olh os, e v ; ou ve td as as p a la vras de S en aqu eribe, as quais m andou para a fro n ta r o Deus v iv o. 18. V erd ad e , S en hor, que os reis da A ssria tm a ssolad o tod os os pases e suas terras, 19. e lanaram no fo g o os deuses dles, p ois deuses no eram , seno obra de m os de h om ens, m adeira e ped ra ; por isso, fo ra m destrudos. 20. A g o ra , pois, Sen hor, n osso Deus, liv r a -n o s das m os dle, para que to d o s os rein os da terra saibam que s tu s o Senhor.
Os versos 14-20 descrevem as circunstncias e o pe dido da orao do rei Ezquias, que ofereceu ao Deus vivo no Templo, logo depois de receber a carta blasfema do rei Senaqueribe. Depois de ler o documento, o rei
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entrou na casa do Senhor, e estendeu a carta perante o Senhor. Desenrolou a carta, um ato sim blico, chaman do a ateno do Senhor arrogncia e a blasfmia do rei da Assria. Na insurreio dos macabeus, os judeus, nas suas oraes, estenderam uma cpia da lei, desfigu rada pelos inimigos com desenhos idlatras, com o tes temunho das blasfmias contra a sua religio, I Mac. 3:48. Alguns crticos modernos levantam dvidas sbre se o rei Ezequias podia ter oferecido ao Senhor uma orao to maravilhosa com o esta. verdade que no tinha a f to profundamente fundada com o a de Isaas quando fz a aliana poltica com o Egito. Ao mesmo tempo, era hom em sinceramente religioso, e tinha esta belecido uma grande reform a religiosa na sua terra. Ti nha recebido muita influncia religiosa dos ensinos do seu profeta Isaas. Com a carta blasfema de Senaqueribe nas mos, surgiu no seu esprito o mais profun do sentimento de dependncia e de f no Senhor Jav, o Deus vivo de Israel, em contraste com a impotncia dos dolos feitos pelas mos do hom em . O Deus de Israel, o Senhor dos Exrcitos, o Deus de tdas as cousas nos cus e na terra. Tu que ests entronizado acima dos querubins, tu s Deus, tu somen te (Cp. I Sam . 4:4; II Sam. 6:2; Sal. 8 0 :1 ). Refere-se aos dois querubins nas duas extremidades do propiciat rio (x. 25:18:23) . Ezequias estava pensando, sem d vida, na promessa divina de x. 25:21-22: Ali virei a ti, e de cima do propiciatrio, do meio dos dois queru bins que esto sbre a arca do testemunho, falarei con tigo acrca de tudo o que eu te ordenar para os filhos de Israel. Tu s o Deus, tu somente. Ezequias cita estas palavras das aes de graas de Davi (II S am . 7 :2 8 ), nas quais ste declarou a f no cumprimento da gloriosa pro messa que acabara de receber do Senhor nos versos
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12-17. 0 Rabsaqu e Senaqueribe tinham falado dos deuses dos vrios pases que os assrios tinham assolado. Ezequias afirma que o Senhor Jav no meramente Deus, mas o Deus de tdas as naes. Tu fizeste os cus e a terra. A doutrina da criao bsica e fundamental na religio dos judeus; doutrina que logicamente exlui a existncia de quaisquer outros deuses. No verso 17 Ezequias pede fervorosamente que o Senhor oua tda sas palavras de blasfmia que Sena queribe lhe mandou para afrontar o Deus vivo. Tdas as atividades do Senhor na histria do seu povo, e tdas as manifestaes do seu cuidado e do seu amor imut vel, na orientao do seu povo no cumprimento da sua misso mundial, testificam que o Senhor Jav o Deus vivo. 0 Deus v iv o ,n o Deus eterno, o Deus
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imutvel, a fonte de tdas as form as de vida. Os reis da Assria tm assolado, !Q 'v "irin, todos os pases, ou naes (Cp. II Reis 19:17; Is. 42:15; 49:17; Ju. 16:24). ste poder destruidor da parte da Assria e de outros inimigos fo i uma admoestao terrvel para o rei Ezequias, mas le teve a galhardia e a coragem de crer no poder supremo do Deus vivo, o Salvador de Sio, e do seu povo escolhido para servir o seu eterno prop sito . Senaqueribe falava arrogantemente dos deuses que tinha lanado no fogo, indicando que faria a mesma cousa com o deus de Israel. Ezequias reconheceu que Senaqueribe podia pegar nas mos stes deuses de ma deira e pedra e lan-los no fogo, porque no eram deu ses, mas simplesmente pedaos de madeira e pedra. Fei tos pelo homem, foram destrudos pelas mos do ho m em . Mas a esperana de Israel se firm ava no Senhor Jav, o Deus vivo.
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Senhor, nosso Deus, livra-nos das mos dle, por que tu s a nossa nica esperana. No queremos cair no poder dste destruidor de naes. Mas, alm disto, queremos que todos os reinos da terra saibam que s tu s Deus. Assim, o rei termina esta orao transordinria .
21. E n t o, d iz de 22 . esta A o Isaias, S en h or, filh o o d e A m o z , de m a n d o u d izer a E z e q u ia s: m e p e d ist A ssim a c rca D e u s rei q u e d e e Israel: A ssria , S e n h o r fa lo u a resp eito d le : P o r q u a n to
S e n a q u e rib e , a p a la v ra filh a
d a o
v irg e m , te
S i o , de ti :
d e sp re za , d e
z o m b a
filh a
m en e ia 23. A q u e m
a fro n ta s te q u e m
b la s fe m a s te ? , .
C o n tra e
a la ste
a r r o g a n te m e n te C o n tra o S a n to teu s C o m d os
e rg u e s te d e Israel
24.
P o r e su bi
m e io
d o s
s e rv o s a
a fro n ta s te d o s
m u ltid o
m e u s
m o n te s, d o L b a n o ; ced ros,
a os d eitei o s
r e ce s so s seu s
o s
a ltos
cip re s te s seu c u m e
e s co lh id o s ; m a is e le v a d o ,
ch e g u e i su a
d e n sa
flo re sta .
Nos versos 21-35, o Senhor responde orao de Ezequias pelo profeta Isaias. ste orculo semelhante predio da runa da Assria em 10:5-16. A primeira diviso da mensagem, 22-29, na linguagem potica, es carnece do orgulho e da humilhao pendente de Sena queribe. Segue-se nos versos 30-32 uma breve mensa gem dirigida a Ezequias, uma predio definida do li vramento de Jerusalm. O assrio no entrar na cida de de Jerusalm, mas voltar para a sua terra pelo ca minho por que veio. O verso 21 varia pouco da mesma declarao em II Reis li9:20, mas o sentido o mesmo, e bem claro.
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p la n ta s t d a s ten s m u ito as
seq u ei 26. A c a s o q u e e o n o h
co rre n te s
o u v id o d e te rm in i o s o d ia s isto, a n tig o s?
p la n e je i A g o r a ,
d esd e
p o r m ,
fa o cid a d e s
e x e cu ta r, fo r tific a d a s
q u e a
tu
red u zisse s de
m o n t e s
ru n a s.
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27. P o r isso, fic a m to r n a m -s e c o m o e c o m o o a os se u s
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m o ra d o re s, e
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d e b ilita d o s,
p a s m a d o s c o m o e rv a c a p im a
c o n fu n d id o s, d o c a m p o , ' ''
e rv a
a n te s o o
c o n h e o sa ir e
teu
fu r o r
c o n tra
P o rq u e e eis e e te a q u e o
te n s tu a
fic a d o
fu r io s o
a r r o g n c ia o m eu n a n o
su b iu a n zo l n o
p orei m eu
n a riz
fr e io v o lta r
tu a
b ca ,
fa rei
c a m in h o
p elo
qu al
vieste.
Se as declaraes do verso 25 representam o plano de Senaqueribe de invadir e conquistar o Egito, se so nho nunca fo i realizado. Nos versos 26-29 o profeta explica que Senaqueri be pensava que havia conquistado estas vrias naes pelo seu prprio poder, ao passo que tinha sido apenas um instrumento nas mos de Deus (Cp. 10:5-15). A tua conscincia nunca reconheceu que o Senhor Todo-poderoso dirige os m ovim entos da Histria? Desde os tem pos remotos o Senhor Javc determinou e planejou tdas estas cousas que agora vo sendo executadas. A organi zao dos planos de Senaqueribe, a sua invaso e devas tao de terras, e at o seu furor contra o povo de Deus, com tdas as conseqncias destas atividades, foram previstas e includas no plano eterno do Criador e Go vernador de tdas as naes. Mas eu conheo o teu assentar, o teu sair e o teu entrar. Assim, Deus conhecia todos os planos e tdas s atividades de Senaqueribe, at nos seus porm enores. Mas Senaqueribe, na sua ignorncia da providncia do Senhor que lhe permitiu as suas conquistas, enfureceu-se contra
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Deus. Portanto, o tempo j chegou para o Senhor pr fim s conquistas cruis pelos assirios. Na linguagem figurada, o profeta declara que Senaqueribe receber o castigo que merece. O Senhor por um anzol no seu iiariz e um freio na sua bea, e o conduzir para a sua terra pelo mesmo caminho pelo qual le veio na cam panha destrutiva de naes. F . Sinal para os Sobreviventes, 37:30-32
30. E isto te e ser n o p or s in a l: a n o co lh e i, ste o a n o q u e c o m e i d a o q u e n a s ce r e n t o co m e i p or no os si m e s m o , ce iro fru to s. 31. E o re sta n te p a ra d e s o b re v iv e n te e d a r d a fr u to u m ca s a p o r d e J u d to rn a r a la n a r s e g u n d o e p r o c e d e r ; v in h a s, e t e r se u s
a n o
se m e a i
p la n ta i
ra z es 32. p o rq u e q u e
b a ix o ,
c im a ; e d o m o n te fa r S i o o
J eru sa l m O zlo
s a ir d o
resta n te, d o s
e s ca p o u .
S e n h o r
E x rcito s
isto.
Nos versos 30-32 o profeta declara a Ezequias, num orculo de prosa, que o resultado da invaso dos ass rios ser a desorganizao da agricultura de Jud por mais de um ano, mas depois dste perodo o restante de Jud se restabelecer na terra, semeando e colhendo com o nos tempos norm ais. O cumprimento desta pro messa ser mais uma prova de que o Senhor Jav pla nejou e executou o livramento do seu povo do poder do inimigo, de acordo com o seu eterno propsito na esco lha de Israel (Ver Gn. 12:3 e x. 1 9 :6 ). No se sabe com certeza quanto tempo durou o perodo da escassez de alimentos na terra devastada, mas certamente foi du rante o ano da ocupao pelos assrios, e mais o pero do entre a estao de plantar e colher os frutos da plan tao . A frase o que nascer por si mesmo significa a co lheita escassa produzida pelos gros ou sementes que
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caram na ltima ceifa (Cp. L ev. 25:5, 1 1 ). No est claro o significado da frase, e no segundo o que da pro ceder, mas alguns pensam que se refere s plantas sil vestres que o povo com ia habitualmente. O restante sobrevivente da casa de Jud era de pro funda e de eterna importncia para o reino de Deus na terra, porque era o nico grupo, e a ltima esperana para o reino futuro do Senhor entre tdas as naes da terra. Mas ste restante sobrevivente lanar razes para baixo e dar fruto por cim a . Com o no fo i o poder humano que libertou os fi lhos de Israel do poder de Fara, assim no fo i qualquer poder humano que libertou a cidade de Jerusalm do poder de Senaqueribe. Foi o poder do Senhor dos Exr citos, o Deus de Israel, que visava ao cumprimento do seu plano na escolha de Israel. No seu zlo e no seu am or imutvel, o Senhor Jav dos Exrcitos libertou o ltimo restante do povo da sua escolha. G. Mensagem sbre a Retirada de Senaqueribe, 37:33-35
33 . P o rta n to , le n o n em n o v ir n e m 34. P e lo a ssim e n tra r a tira r d iz o S e n h o r cid a d e , fle ch a , e s cu d o , co n tra ela . a c r c a d o rei d a A ssiria : n esta a li u m a ela
p e ra n te le v a n ta r p o r
c o m
b a lu a rte o n d e
c a m in h o m e s m o
veio,
p elo m a s
v o lta r ; n o en tra r ,
n esta o
cid a d e
d iz 35 . P o is eu
p o r
a m o r
d e
m im
m eu
Os versos 33-35, na linguagem potica, repetem a promessa em trmos mais definitivos, de que o Senhor salvar a cidade de Jerusalm em resposta orao do
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rei Ezequias. O portanto do verso 33 relaciona-se com a frase porquanto me pediste acrca de Senaqueribe do verso 21. Alguns dizem que a declarao, no vir perante ela com escudo, nem levantar trincheira contra ela, con tradiz o fato inegvel, e j declarado, de que Jerusa lm no fo i sitiada, mas esta uma interpretao fo r ada da linguagem potica que simplesmente d nfase salvao maravilhosa da cidade. Sbre os versos 34 e 35, ver a discusso do versculo 32. A primeira parte do versculo 35 declara que o pro psito do Senhor na expulso do assrio fo i a proteo de Jerusalm, a sua cidade inviolvel. Mas esta proteo baseia-se tambm no am or eterno do Senhor, e no pro psito revelado na sua promessa ao rei Davi (II Sam. 7:12-16 e I Reis 1 5 :4 ). H . O Desastre dos Assrios e a Morte de Senaqueribe, 37:36-38
36. E n t o, sa iu e o a n jo q u e d o S e n h o r, m il; stes rei e e fe riu n o a rra ia l se d o s a ssirios p e la
a
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c e n to
o ite n ta eis
c in co to d o s
q u a n d o e ra m d a
le v a n ta ra m
m a n h
ce d o,
ca d v e re s . A ssria , e se fo i; v o l
R e tiro u -s e , to u e fic o u
p ois, e m
S e n a q u e rib e , N n iv e. le a
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S u c e d e u d su s, da, e
q u e,
s ta n d o e a
a d o ra r se u s
n a
ca s a o e
d e
N isro q u e ,
seu
A d r a m e le q u e fu g ir a m re in o u em p a ra seu
S a re ze r, te rra de
filh o s,
fe rira m
e s p a seu
A r a r a te ;
E s a r -H a d o m ,
filh o ,
lu g a r.
O verso 36 descreve a destruio miraculosa do grande exrcito de Senaqueribe. Herdoto tambm des creve o desastre que destruiu o exrcito de Senaqueribe. le declara que o desastre, talvez a peste bubnica, fo i causado por ratinhos que roeram as cordas dos arcos dos soldados (Herdoto 2:241).
PROFECIA
DE
ISAAS
451
H muita discusso, de vrios pontos de vista, sbre a destruio do exrcito de Senaqueribe e a salvao m i raculosa da cidade de Jerusalm. Mas no obstante as dvidas que se levantam sbre os pormenores das nar rativas, no podem ser negados stes fatos to importan tes da Histria. Senaqueribe exigiu e recebeu um grande tributo do rei Ezequias, e le indica que abandonou o s tio de Jerusalm por causa dsse tributo. Alguns crti cos interpretam II Reis 18:15-16 em favor da narrativa de Senaqueribe, ignorando o verso 17 que indica, luz de tdas as referncias bblicas, que Senaqueribe exigiu a entrega da cidade depois de haver recebido o tributo do rei Ezequias. No h razo de duvidar da histria bblica em favor da narrativa do arrogante e jactancioso assrio. P or que Senaqueribe abandonou a sua campanha militar e voltou to apressadamente para a sua terra? E por que no diz nada sbre a destruio da grande parte do seu exrcito? 0 vanglorioso Senaqueribe no podia contar quaisquer fatos que refletissem sbre a sua pessoa ou os seus fracassos. O anjo do Senhor de l i Sam. 24:15 identifica-se com a peste, * 0 ^ . Retirou-se Senaqueribe, e se fo i; voltou e ficou em Nnive. interessante ste acmulo de verbos. Alguns pensam que devido fuso das duas narrativas neste ponto. mais provvel que os vrios termos so usados para dar nfase ao fracasso de Senaqueribe. Sucedeu que, estando le a adorar . . . seus filhos o feriram espada. Na Crnica Babilnica, 111:34-38, con ta-se a histria da m orte de Senaqueribe nas seguintes palavras: No 20 de Tebet, Senaqueribe, rei da Assria, foi m orto pelo filho na revolta. Me reinou 23 anos na Assria. No dia 18 de Siv Esar-Hadom subiu ao trono na Assria. Adrameleque e Sarezer so nomes assrios.
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Segundo a tradio, Adrameleque matou o pai porque tinha estabelecido o filho Esar-Hadom no trono. EsavHadom reinou de 681-668. I. A Doena de Ezequias e a Sua Cura Maravilhosa, 38:1-22
1. N a q u e le s E v eio ter A s sim d ia s c o m d iz e E z e q u ia s le o n o o a d o e ce u p ro fe ta P e d u m a e n fe r m id a d e filh o a d e A m o z , c a s a ; m o rta l. e lh e p o r
Isaas, em
d isse : q u e 2.
S e n h o r : v iv er s. o rosto
o rd e m
tu a
m o rre r s, v iro u
E n t o, S e n h o r,
E ze q u ia s
p a ra
p a rede,
o ro u
ao
3 .
e ti
d is se : c o m a o s
S e n h o r,
p e o -te , de
d e
qu e
a n d ei e fiz
d ia n te o q u e
de era
c o m E
in teireza E ze q u ia s
co r a o ,
reto
olh os.
c h o ro u
c o p io s a m e n te .
Naqueles dias. vago o sentido desta frase, quan to data da doena de Ezequias, e pode significar ape nas no tempo do profeta Isaas. Cronologicamente, os fatos contados nos captulos 38 e 39 aconteceram anles dts eventos mencionados em 36 e 37. certo que o rei Ezequias caiu doente, e foi curado, algum tempo antes da invaso de Jud pelo rei Senaqueribe, e antes da vin da dos mensageiros de Merodaque-Balad da Babilnia para felicitar o rei por sua cura miraculosa da doena m ortal. Merodaque-Balad governou a provncia da Babilnia doze anos (721-709), e depois por nove meses (crca de 705), no perodo do reino de Senaqueribe. Al guns pensam que stes mensageiros de Merodaque-Ba lad vieram a Jerusalm em 711, e assim depois da cura de Ezequias, enquanto outros dizem que o ano 705 a data mais provvel da chegada destes enviados da Ba bilnia. Portanto, certo que Ezequias caiu doente cin co, se no catorze anos, antes da invaso da Fencia, Jud e Egito, por Senaqueribe em 700.
PROFECIA
DE
ISAAS
453
Pe em ordem a tua casa, ou D ordem concernen te tua casa (Cp. II Sain. 17:23). Assim no se justi fica a opinio de que a doena de Ezequias fo i a praga que matou os soldados de Senaqueribe. le sofreu de carbnculo ou de lcera, (v. 2 1 ). Virou Ezequias o rosto para a parede, e orou ao Se nhor. Esta grande experincia de Ezequias com o Se nhor preparou-o para fazer mais tarde aquela mara vilhosa orao de 37:14-20. Ficou s com Deus e fa lou diretamente com le. A orao de Ezequias semelhante s peties que se encontram nos Salmos. O m otivo da orao expressase claramente nos versos 11, 18 e 19 do Cntico de Gra as, 9-20. Enquanto as frases com fidelidade, com in teireza de corao, e fiz o que era reto aos teus olhos, se usam talvez no sentido relativo; elas descrevem o ho m em dedicado ao Senhor. Mas Ezequias no reconhe ceu, com o o reconhece o santo do Nvo Testamento, que nenhum hom em digno do am or e da graa salva dora de Deus por intermdio de Cristo Jesus.
4. 5. E n t o V ai te u e v e io d ize a a p a la v ra E z e q u ia s: a tu a te u s m o s cid a d e . d o S e n h o r A s sim e d iz vi a o a s Isaas, d iz e n d o : o D e u s d e D a vi,
S e n h o r, tu a s
p a i:
O u v i a os
o r a o , d ia s d o
l g r im a s ;
a c r e s c e n
ta re i, 6.
p ois,
q u in z e rei d a
L iv r a r -te -e i d e fe n d e re i
d a s
e sta
Os versos 4-5 aprestam um exemplo da predio condicional da Bblia. A primeira palavra que Isaas transmitiu do Senhor a respeito da doena de Ezequias diz positivamente: morrers e no vivers, mas logo de pois da splica de Ezequias, e antes que Isaas tivesse sado da parte central da cidade (II !Reis 20:4), le re cebeu uma nova mensagem do Senhor: Volta e dize a
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Ezequias: Assim diz o Senhor: Ouvi a tua orao, e vi as tuas lgrimas; acrescentarei aos teus dias quinze anos. Descreve-se em II Sam. 7:3-13 a revocao da mensa gem de Nat a respeito da edificao do Templo do Se nhor. O verso 5 claramente uma abreviao da mensa gem em II Reis 20:5. A declarao no livro histrico evidentemente preserva o texto original. O Senhor ou viu a orao e viu as lgrimas de Ezequias, e, por amor do Deus de Davi, concedeu ao rei esta misericrdia es pecial (Cp. 37:35; II Reis 2 0 :6 ). Ezequias tinha 25 anos de idade quando com eou a reinar (II Reis 18:2), e no dcimo quarto ano do seu reino (II Reis 18:13; Is. 36:1) subiu Senaqueribe contra Jud. Com o aumento de mais quinze anos, le reinou 29 anos em Jerusalm (II Reis 1 8:2 ). O versculo 6 o nico que sugere que a cura de Ezequias aconteceu logo antes da invaso de Senaque ribe. claro que interrompe a conexo entre os ver sos 5 e 7, e a ltima parte do verso uma reproduo de II Reis 20:6 e Is. 37:35. A interpolao do verso aqui mais uma prova de que os captulos 38 e 39 precederam originalmente os captulos 36 e 37. interessante com parar a passagem paralela e mais elaborada em II Reis 20:9-11: ste te ser com o sinal da parte do Senhor de que le cumprir a palavra que disse: Adiantar-se- a sombra dez graus, ou os retroce der? Ento disse Ezequias: fcil que a sombra adian te dez graus; tal, porm, no acontea, antes retroceda dez graus. Ento o profeta Isaias clam ou ao Senhor; e fz retroceder dez graus a sombra lanada pelo sol declinante no relgio de A ca z . Na narrativa de II Reis, a declarao do verso 21 dste captulo segue logo depois da declarao do verso 6 onde evidentemente pertence. Foi concedido o sinal
PROFECIA
DE
tSAAS
455
que Ezequias pediu (v . 2 2 ). Permitido ao rei o privi lgio de escolher entre o m ilagre de fazer adiantar, ou fazer retroceder a sombra no relgio de Acaz, le quis ver a sombra retroceder com o sinal mais significativo. O relgio de Acaz fo i evidentemente um relgiosol marcado na escada, ou nos passos de Acaz. Tenho conhecimento de uma casa com uma marca no soalho na entrada da porta que indicava 12 horas do dia quando a sombra correspondia exatamente com esta linha m ar cada. Evidentemente o relgio de Acaz m arcou as horas do dia quando o sol brilhava. No se sabe quanto tempo um grau no relgio representava. Mas o retrocesso da som bra no relgio certamente representava um milagre. ste o nico milagre apresentado no livro de Isaas, mas em 7:11 le convidou o rei Acaz a pedir qualquer sinal que quisesse. Apresenta-se em Josu 10:12-14 um milagre semelhante. No obstante as dvidas levantadas sbre o senti do exato da palavra , certo que o trmo signi fica relgio do sol ou sun dial. Assim, o retrocesso da sombra no relgio significava o m ovimento do sol para trs, o que resultou no aumento da durao do dia. Evidentemente, a sombra no relgio de Acaz podia ser vista claramente do dorm itrio do rei Ezequias.
7. ste te se r e sta fa re i o sin a l p a la v ra d a p a rte d o S e n h o r, d e q u e o S e n h o r c u m p r ir 8. E is sol n o 9 . O q u e q u e fa lo u . d e z d e q u e rei g ra u s A c a z . j d e a s o m b r a la n a d a o p elo sol
re tr o c e d e r n o d e z p e l g io g ra u s
d e clin a n te re l g io e scrito e o s d e d e N o q u e n a s o se
A s sim ,
re tro ce d e u
h a v ia Ju d ,
d e clin a d o . d e p o is d<e te r e s ta d o
E ze q u ia s, te r
d o e n te 10. E u
re sta b elecid o . v ig o r d e m e u s d ia s
d is se : te n h o
p le n o p a rtir p o rta s d o s
en tra r p a ra
d e
S h eol a n os.
resto
m e u s
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11. E u d isse : na ja m a is e n tre 12. A m in h a c o m o en ro le i le d o 13. E u a te rra ve re i os N o d o s
A.
v erei
R.
o
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S e n h o r
v iv e n te s ; a lg u m d o m u n d o . e r e m o v id a de m im ,
h o m e m
m o r a d o r e s
ca s a
a r r a n c a d a d u m a
te n d a
p a sto r; m in h a v id a ;
c o m o m e d ia
te ce l o d o a
co r ta p a ra p elo
te a r ; d a r s a t c a b o d e m im .
n o ite
c la m o c o m o d o d ia a
s o c o r ro le a m e n o ite ou
m a d r u g a d a ; to d o s c a b o d e o s o s s o s ;
le o, p a ra
q u e b ra d a r s o g ro u ,
m im . eu ch ilre io ,
14.
C o m o
a n d o rin h a c o m o se
a ssim
g e m o m e u s
p o m b a ; c a n s a m a n d o de o lh a r s p a ra tu cim a . o m eu fia d o r !
o lh o s
S e n h o r,
o p rim id o ,
ste poema, geralmente denominado o Cntico de Ezequias, no consta na narrativa paralela de II Reis. da classe dos salmos conhecidos pelo trm oD F O , mas
t :
aqui denominado
T I '
ralmente reconhecido que Ezequias escreveu o salmo para celebrar o seu livramento das garras da m orte. O sentimento do cntico certamente concorda com o esp rito e o carter do rei Ezequias. A poesia divide-se em duas partes: os versos 10-14 descrevem a angstia e o desespro do autor na presen a da m orte; os versos 15-20 expressam a profunda gra tido do escritor quando recebeu do profeta a promessa divina de mais quinze anos de vida. O hebraico de alguns versculos da poesia obscuro, com o se pode notar pela diferena nas verses em por tugus. No pleno vigor de meus dias traduz bem o sentido do hebraico, mas a palavra significa na
:
P R O FE C IA
DE
IS A A S
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geralmente significa a sepultura ou o mundo subterr neo, o lugar dos m ortos. A m orte para Ezequias seria uma grande tragdia, porque no lhe ofereceria qual quer privilgio de com unicao com os homens na ter ra, ou de comunho com Deus. Sheol era o lugar de es quecimento, onde os seus m oradores ficavam entorpe cidos e silenciosos. A tragdia da morte, para os hebreus daquele tem po, v . 11, era a separao da comunidade humana, e a impossibilidade de comunho com Deus. difcil determinar o sentido exato do hebraico dos versos 12 e 13, mas falam do sofrimento e do desespro do autor. O sentido da frase do dia para a noite incer to no seu contexto, mas aparentemente significa que a morte lhe veio muito inesperadamente. Esperando, nas horas longas da noite, a vinda da madrugada, o sofredor chilreia com o pomba, e pede que o Senhor seja o seu fiador. A ltima parte do verso, a petio, aparentemen te indica o despertamento de alguma esperana.
15. Q u e e p o ss o le d ize r? o P o is fz. p o r to d o s d a o s m e u s an os, le m e fa lo u , m e s m o
A n d a re i p or 16.
m a n s a m e n te c a u s a d a
a m a r g u r a e sta s esta s
m in h a v iv e m
a lm a , o s h om en s, e sp irito .
S e n h o r, e em
p o r
c o u s a s est a
t d a s c u r a -m e fo i eu
v id a v iv e r!
d o
m eu
O h ! 17. E is q u e q u e tu , e p ois
e faze-m e
m in h a p a z g ra n d e a
p a ra tiv e
a m a r g u r a ; a lm a d e stru i o ; tu a s co s ta s
p o r m , a
a m a s te d a p a ra m e u s
m in h a d a d a s
liv ra ste
c o v a tr s
la n a ste o s
to d o s
p e ca d o s.
Os versos 15 e 16 so muito difceis. Os comenta ristas em geral pensam que o verso 15 introduz a segun da parte da poesia, mas no concordam na traduo do
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hebraico. A frase le me falou e e mesm o o fz refe re-se aparentemente promessa que tinha recebido do Se nhor por intermdio do profeta. Andarei mansamente por todos os meus anos expressa uma resoluo de agra decimento. No Sal. 43:4 esta frase significa andar na procisso festiva casa do Senhor. O hebraico do verso 16 certamente quase uma m o dificao ou variao do texto original. Pelos atos divi nos a vida dos homens preservada, e na base dste pensamento, o sofredor pede o socorro divino, a cura da sua doena e o prolongamento, ou a continuao da sua vida. Eis que fo i para a minha paz, para o meu prprio bem-estar os meus sofrim entos. Assim, o sofredor che gou a entender uma verdade que digna de considerao da parte de tdas as pessoas. Deus s vzes permite grandes aflies, para que no seu livramento os homens possam compreender m elhor o am or imutvel do Se nhor, e assim prestar-lhe mais gratido, amor e fideli dade. Restaurado, Ezequias declara que o Senhor tinha perdoado a sua transgresso, pois lanaste para trs das tuas costas todos os meus pecados.
18. P o is n e m o a S h eol m o rte q u e n o te p od e lo u v a r-te ,
d e sce m
p o d e m o v iv o , h o je
e sp e ra r sse o te
lo u v a r
eu
fa o ; filh o s
fa z tu a
n o t rio
a o s
S e n h o r e
c a n ta r e m o s o s d ia s d o d a
to d o s n a
n o ssa
v id a ,
ca s a
S en h or.
PROFECIA
DE
1SAAS
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O profeta declara, 18-20, que cnticos de louvor ao Senhor no sobem do Sheol, e aqules que se acham fora da terra dos vivos no podem cantar os hinos de gratido e louvor ao Deus vivo (Cp. Sal. 6:5; 30:9; 88: 10-12; 115:17). m otivo de profunda gratido que o servo do Senhor possa experimentar o pleno gzo de comunho com Deus aqui na terra. O vivo, o vivo, sse te louvar. O pai fiel proclam a aos seus filhos a mara vilhosa fidelidade, o am or imutvel do Senhor aos seus filhos. Arrastado do poder da morte pelo Senhor, o rei promete louvar a Deus com instrumentos de cordas to dos os dias da sua vida, na casa do Senhor.
21 . O ra , Isaas h a v ia d ito : T o m e m s b re a u m a p a sta e de fig o s, e a a p o n h a m sa d e. 22 . T a m b m ca s a d isse ra d o E ze q u ia s: ? Q u al o sin a l de q u e hei d e su b ir c o m o e m p la s tro lce ra ; le re cu p e ra r
S e n h o r
Os versos 21 e 22 aparecem na sua conexo natural em II Reis 20:7,8. Aqui esto claramente fora do seu lugar. interessante observar que era bem conhecido o valor curativo de um emplastro de figos no tempo de Isaias. Havendo acreditado na predio da sua morte, e ten do-a lamentado, era natural que Ezequias pedisse ao pro feta um sinal de que le havia de ficar curado, com o grande privilgio de entrar de nvo na casa do Senhor. J. A Embaixada de Merodaque-Balad, 39:1-8
1. N a q u e le B a b il n ia , o u v id o 2 . E te m p o e n v io u M e r o d a q u e -B a la d , ca rta e u m e filh o a d e B a la d , p o is rei d a p re se n te j e tin h a lh es E ze q u ia s, tin h a
q u e
e stiv e ra s e
d oen t
c o n v a le s c id o . m o s tr o u o a ca s a d o se u
E ze q u ia s a se u
a g ra d o u o e
d les, a s
te s o u ro , t o d o ros. o seu o
p ra ta , a rs e n a l
o u ro , t u d o
a ze ite n os
p re cio so , te s o u to d o
q u a n to n e m n o
a c h a v a su a
seu s e m
N e n h u m a d o m in io ,
c o u s a q u e
h o u v e ,
ca sa ,
n e m
E ze q u ia s
m o stra sse.
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3. E n t o Q u e is a ia s , o
A.
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v e io a o E rei E zeq u ia s, v ie r a m v ie ra m e a a lh e ti? d is se : R e s d e
p ro fe ta ,
d is se ra m
a q u e le s
h o m e n s ? te rra
d o n d e
p o n d eu
E z e q u ia s:
D u m a
lo n g n q u a
m im ,
B a b il n ia . 4 . P e r g u n to u q u ia s: m a h le : Q u e tu d o m e u s v ira m q u a n to te s o u r o s em h q u e tu a e m eu c a s a ? R e s p o n d e u c a s a ; lh es c o u s a E z e
V ir a m n os
m in h a n o
n e n h u
m o stra sse .
A vinda da embaixada de Merodaque-Balad ci dade de Jerusalm liga-se histria da doena e da re cuperao do rei Ezequias. Com o j observamos, Merodaque-Bald (Marduk-abal-iddin) era rei sbre a Babi lnia, provncia da Assria, de 721 a 709, no perodo do reinado de Sargo, e outra vez, por pouco tempo, em 705, quando Senaqueribe era rei da Assria, As datas nos tempos antigos do Velho Testamento so complicadas e difceis. Sabemos que Ezequias viveu quinze anos de pois da sua convalescena, mas h opinies diferentes a respeito da sua m orte. Alguns fixam a data da sua m orle com o tendo ocorrido em 687, e outros no ano de 696. Se Ezequias faleceu em 696, a data da recuperao da doena seria 711. Ora, Merodaque-Balad governou a provncia da Babilnia no perodo de 721-709. Nesta cronologia, alguns pensam que a embaixada babilnica veio a Jerusalm no ano 711. Mas seja qual f r a data, o evento muito significa tivo, com o o profeta Isaas o reconheceu. Os mensagei ros de Merodaque-Balad vieram para congratular-se com o rei Ezequias pela maravilhosa cura da sua doen a . Mas no resta dvida de que Merodaque-Balad, no seu desejo de ficar livre do poder da Assria e de forta lecer e estender o poder do seu governo, estava pro curando estabelecer aliana poltica com Jud. A cura de Ezequias e as intrigas da Babilnia aparentemente aconteceram enquanto Sargo estava reinando sbre a
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DE
ISA A S
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Assria, e antes do seu castigo da Filstia. Sargo de clara que Jud, juntamente com os estados vizinhos, trouxe presentes ao seu senhor Assur. Jud fo i poupado nesta ocasio evidentemente por causa da submisso da parte do rei Ezequias (Cp. cap. 2 0 ). Ezequias aparen temente ficou interessado em fazer aliana poltica com os mensageiros babilnicos, e lhes m ostrou as riquezas do Templo, mas no tom ou com prom isso com les. claro, segundo ste ponto de vista, que os eventos men cionados no cap. 38 no se ligam com aqules m encio nados no cap. 36. A mudana da ordem cronolgica di ficulta, de certa maneira, a interpretao do significa do dos eventos. Ouvindo que o rei Ezequias estivera doente e j ti nha convalescido, Merodaque-Baiad enviou-lhe uma car ta e um presente (Cp. II Reis 20:12). Sabemos das Car tas de Tel-el-Amarna que era costume entre os monar cas da poca enviar cartas e presentes ao contempor neo que estivera doente e se restabelecera. Mas alm do m otivo especificado neste caso, o am bicioso MerodaqueRalad quis form ar uma aliana poltica com Jud con tra a Assria. Ver II Crn. 32:31, que declara que os mensageiros foram enviados para se inform arem do pro dgio que se dera naquela terra. E Ezequias se agradou dles. At sua experin cia com o livramento maravilhoso de Jerusalm do po deroso Senaqueribe, Ezequias pensava que as alianas polticas com as naes vizinhas eram necessrias para a segurana de Jud. Bajulado pela visita e o aplo dos mensageiros babilnicos, Ezequias mostrou-lhes tdas as riquezas do templo (II Reis 20:13). claro que o te souro de Ezequias estava cheio nesta ocasio, alguns anos antes que Senaqueribe exigisse o seu pesado tribu to (II Reis 18:14-16). As especiarias e o azeite precioso eram produtos naturais da terra, e guardados no templo
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com o artigos de com rcio. O seu arsenal aparentemen te significa a mesma cousa com o as armas da Casa do Bosque, II Reis 20:13. Ento Isaas, o profeta, veio ao rei Ezequias. Evi dentemente, o profeta suspeitava do m otivo poltico da embaixada babilnica, e, conhecendo a confiana do seu rei no valor de alianas polticas, le apareceu logo para conversar com Ezequias, e assim evitar que le fizesse qualquer com prom isso com a Babilnia. O rei sabia que o profeta estava sempre contra alianas polticas de Jud com outras naes. A sua resposta mostra o tom de ti midez, e talvez o desejo de evitar a discusso do m otivo especial da vinda dos enviados da Babilnia. notvel que Ezequias no respondeu pergunta: Que disseram aqueles hom ens? Nas palavras: Duma terra longnqua vieram a mim, de Babilnia, o rei est acentuando a sua responsabilidade de tratar com hospitalidade a embai xada que viera de to longe para felicit-lo pelo restabe lecimento da sua sade. Que viram em tua casa? Foi a resposta do rei a esta pergunta que despertou o profundo desagrado do pro feta. Ouve a palavra do Senhor dos Exrcitos. A procla m ao severa do profeta que segue no visa simples mente rejeio do seu conselho. Est condenando o que le reconhece com o pecado contra Deus. O profeta est plenamente certo de que quaisquer intrigas ou alian as polticas de Jud com outras naes so positiva mente contra a vontade do Senhor. O rei e o profeta sabiam que a aceitao favorvel dessa embaixada da provncia babilnica podia ser reconhecida com o ato de hostilidade contra a Assria. Com o seu entendimento de estadista, Isaas reconheceu que a aceitao desta embai xada, que visava aliana poltica contra a Assria, podria resultar no conflito perigoso com o destruidor de pe
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DE
ISAIAS
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quenas naes. A vaidade de zequias se manifestava no orgulho dos seus recursos, e na tendncia de con fiar nas alianas polticas em vez de crer nas promes sas de Deus. Qualquer nao pequena e fraca fica mais segura na sua independncia enquanto ficar livre de in trigas polticas.
5< E n t o, d os 6. E is c o m d isse lsa a s a z e q u ia s: O u v e a p a la v ra d o S en h or E x rcito s: qu e o v ir o qu e p a ra d ia s em q u e tu d o q u a n to at h o u v e r a o d ia e m de tu a h oje , d iz o ca sa, ser S e
e n te s o u ra ra m a B a b il n ia ,
te u s n o
p a is fic a r
lev a d o n h or. 7. D e
c o u s a
a lg u m a ,
teu s
filh o s p a ra
q u e
tu
g e ra re s, e u n u c o s
q u e no
d e
ti
p ro ce d e re m , d o rei d a
t o
m a r o , ln ia . S. E n t o qu e e m
q u e
s e ja m
p a l cio
B a b i
d isse
ze q u ia s P o is
a le
lsa a s: p e n sa v a :
B o a
p a la v ra p a z e
d o
S en h or
d isse ste . m e u s d ia s.
H a v e r
s e g u r a n a
Tudo quanto houver em tua casa, . . . ser levado para a Babilnia. Muitos intrpretes pensam que os ver sos 5-8 se referem ao cativeiro babilnico, que aconte ceu mais de cem anos depois do tempo de lsaas e Ezequias, e dizem que stes versculos no podiam ter sido escritos pelo profeta lsaas. Mas fora da referncia Babilnia a mensagem cabe perfeitamente no contexto, alm de ser muito caracterstica do profeta lsaas. E muitos estudantes criteriosos dizem que no podem os concluir logo que tenha sido escrita depois do cativeiro babilnico. H duas explicaes razoveis da referncia Babilnia da parte de Isaias nesta ocasio, e, segundo estas explicaes, a profecia no se refere ao cativeiro babilnico de 597 e 586. A predio inclui alguma cousa que no aconteceu no tempo do exlio. A frase tudo quanto houver em tua casa muito provvelmente inclui os filhos de zequias. E, certamente, os prprios filhos de zequias no foram
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CRABTREE
evados para a Babilnia em 597 ou 586. Qualquer cousa escrita depois do evento seria mais exata na descrio dos fatos. Tam bm provvel que a Babilnia, sob o governo de Merodaque-Balad, parecia ao profeta, nesta ocasio, uin poder bastante forte para dominar, dentro de pou co tempo, o Imprio da Assiria. Houve um periodo quando a Babilnia antiga ocupa va a posio do Imprio da Assria desta poca (A rqueo logia Bblica do autor, ps. 113-116). E MerodaqueBalad estava se esforando para ganhar de nvo aque le prestgio histrico. provvel que a cidade da Ba bilnia, at no perodo do domnio da Assria, fsse con siderada a m etrpole espiritual da Assria em vez de Nnive. Manasss fo i levado prso Babilnia por Assurbanipal, m onarca da Assria (II Crn. 33:11). Quan do, pouco mais tarde, Sargo conquistou MerodaqueBalad, le cuidava de fazer-se coroado com o rei da Ba bilnia . Boa a palavra do Senhor, v . 8. Parece que estas palavras expressam humildemente o sentimento piedo so de arrependimento e resignao de Ezequias. Haver paz e segurana em meus dias. Alguns pensam que Eze quias no falou estas palavras. Mas so perfeitamente caractersticas de Ezequias, e apropriadas nesta ocasio. Os pensamentos so caractersticos do hom em humilde e profundamente religioso (Cp. II Reis 18:2; Is. 37:162 0 ). No obstante as suas faltas e os seus erros, Ezequias se acha entre os bons homens que reinaram sbre Israel e Jud. le sabia reconhecer e honrar as mensagens do profeta Isaias com o as palavras de Deus, mesmo quan do lhe eram desagradveis e quando condenavam os seus prprios pensamentos e planos. Sob a orientao do profeta Isaias, le cresceu maravilhosamente no co nhecimento e na graa de Deus.
PROFECIA
DE
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