A Profecia de Isaías - Vol.1
A Profecia de Isaías - Vol.1
A Profecia de Isaías - Vol.1
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A PROFECIA DE I S A I A S
C A P ÍT U L O S 1-39
VOLUME I
A. R. CRABTREE
1.“ EDIÇÃO
1967
CASA P U B LIC A D O R A B A T IST A
Caixa Postal 320 - Z C - OO
Rio de Janeiro — Gb.
Impresso em Gráficas Próprias
\ . Página
VIII. “A Recompensa de Deus” .............................................. 406
À A Aflição e o Livramento de Je ru sa lé m .................... 407
I 1. O Apêlo do Profeta ao Senhor Contra os Opres-
\ sores dos J u d e u s ............................................................ 407
12. Efeitos da Manifestação da Presença do Senhor 412
B . \A Indignação do Senhor Contra Tôdas as Nações .. 417
C. |A Felicidade de Sião no F u tu ro ..................................... 423
IX. A Influência de Isaías em Três Situações no Reino
I de E zequias..................................................................... 427
A. Senaqueribe Exige a Capitulação de Jerusalém .. .. 429
B. O Rei Ezequias Recebe o Conselho de I s a ía s ............. 439
i- C. A Carta do Rei da A ssíria................................................ 440
D. A Oração de E zequias..................................................... 442
E.O Profeta Conforta a E zequias........................................ 446
F. Sinal para os Sobreviventes............................................ 448
G. Mensagem sôbre a Retirada de S enaqueribe............. 449
H. O Desastre dos Assírios e a Morte de Senaqueribe 450
I. A Doença de Ezequias e a Sua Cura Maravilhosa 452
J. A Embaixada de M erodaque-B aladã......................... 459
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ISA!AS
INTRODUÇÃO, CAPÍTULOS 1 - 39
I. A História do Tempo de Isaías, 742-601
Não há outra obra do Velho Testamento que interesse
tão profundamente aos estudantes bíblicos como o Livro
de Isaías. O livro inteiro relaciona-se com mais de du
zentos anos da história dramática da religião do povo de
Israel. Neste período o reino do sul, ou de Judá, na pro
vidência de Deus, sobreviveu à subjugação política pela
Assíria, e, mais de cem anos depois, a pequena nação caiu
no poder da Babilônia. A cidade capital, juntamente com
o Templo do Senhor, foi completamente destruída; e o
seu povo mais importante foi levado em cativeiro. Assim
Judá escapou ao destino da morte nacional que Israel ti
nha sofrido, para conservar o restante dos fiéis do povo
do Senhor no Império da Babilônia. Êstes judeus passa
ram longos anos no cativeiro, mas tinham o privilégio de
habitar, ou viver como colônia, e assim manter em grande
parte os seus costumes nacionais e a sua própria religião.
Depois de setenta anos no cativeiro, êste grupo do povo
escolhido do Senhor Javé, na providência divina, foi liber
tado e restaurado para a sua terra, disciplinado e prepa
rado pelo Senhor, para cumprir a sua missão dé trans
mitir, através da sua própria história, a revelação do amor
e do propósito do Senhor Deus para tôdas as nações do
mundo.
O profeta Isaías de Jerusalém, com os seus ensinos'
proféticos, imprimiu a sua influência pessoal no livro in
teiro, mas as próprias mensagens dêle, segundo as evidên
cias intèrnàs, são incluídas nos primeiros 39 capítulos da
obra.
0 profeta recebeu a sua visão inaugural no ano da
morte do rei Uzias ou Azarias, e exerceu o seu ministério
profético nos últimos 40 anos do século oitavo, no período
dos reinos de Jotão, Acaz e Ezequias. É difícil determi
nar a data exata dos respectivos governos dêsses reis,
mas as conclusões dos estudantes modernos, à luz dos no
vos conhecimentos arqueológicos, variam dentro de pou
cos anos. Muitos concordam no ano de 742 a.C. como a
data da visão inaugural do profeta.
Uzias começou o seu reino em 783; Jotão governou
como regente de 750-742, e como rei de 742-735. Acaz rei
nou de 735-715, e Ezequias de 715-687. Isaías exerceu o
seu ministério profético entre os anos 742 e 701, e possi
velmente por mais alguns poucos anos. Não há certeza
de que tivesse proferido qualquer mensagem antes de ter
recebido a visão da majestade do Senhor, no Templo.
Israel e Judá no Reinado de Uzias, 783-742
Por muitos anos depois da morte de Salomão e a di
visão do Reino de Israel, havia contendas e lutas políticas
entre os dois reinos, de significação local, especialmente
na influência da religião e da ética do povo. Mas quando
o Reino de Israel tornou-se mais poderoso sob o govêrno
de Onri e Acabe, os dois reinos dos israelitas, no desen
volvimento do comércio internacional, chegaram a reco
nhecer a insensatez das contendas locais perante o desen
volvimento do Império da Assíria.
Isaías nasceu e passou os primeiros anos da mocidade
no período mais próspero na história de Israel e Judá des
de o tempo de Salomão. Mas houve um período crítico
na história dé Israel quando Salmanaser III começou a cam
panha militar, com o propósito de aumentar o domínio da
Assíria pela conquista das pequenas nações ao oeste e su
doeste. Êle foi detido pela coalizão de Israel, Síria, Ha-
mate e outros pequenos aliados na batalha de Karkar ou
Carcar, c. 853. Mais tarde, Jeú, rei de Israel, pagou tri
buto à Assíria, c. 842, Por alguns anos depois, Israel
manteve guerras com os arameus da Síria, II Reis 13:3.
Judá também sofreu dessas lutas, II Reis 12:17-18. Mas
por alguns anos, depois destas luta<s, quando os ara
meus ficaram impotentes e os assírios se preocupavam
com problemas internos, Israel e Judá experimentaram o
maior período de prosperidade na sua história.
Jeroboão II de Israel restabeleceu domínio sôbre a
maior parte dos países governados por Salomão, II Reis
14:25, 28. Do saque dêsses estados, e do tributo que dêles
recebeu, ganhou Israel enormes riquezas.
Judá era menos poderoso, mas tornou-se próspero
nessa mesma época, sob o governo de Uzias ou Azarias.
A conquista de Edom e o pôrto de Elate do Mar Ver
melho, II Reis 14:7, 22, lhe deu domínio sôbre o comér
cio das caravanas entre o pôrto do Mediterrâneo e o les
te. Uzias usou a renda dessas conquistas para desenvol
ver a economia de Judá, e para fortalecer as suas defesas
militares, II Crôn. 26:1-15. Quando Isaías começou o seu
ministério público, Judá se achava no auge de sua pros
peridade (Cp. Is. 2:7).
Com o grande aumento dos tesouros de prata e ouro,
de cavalos e carros, os ricos adoravam cada vez mais o
luxo, e os privilegiados se regozijavam na prosperidade
e na libertinagem, Is. 3:16-23; 5:11-22; 28:1; 32:9. Os
ricos abusavam do poder para perverter a justiça e rou
bar os indefesos, 1:23; 3:14, 15; 5:23; 10:1,2. Os ava
rentos ajuntavam casa a casa até que não houvesse mais
lugar. Assim êles ficaram como os únicos moradores no
meio da terra, 5:8. Nesta terrível desordem social,
acompanhada pela hipocrisia religiosa, 1:11, o jovem pro
feta proclamou a justiça do Santo de Israel, e o dia imi
nente do julgamento do Senhor.
/
33:5. A palavra :
é intensiva, e significa mais do
que repreender. Almeida traduz corretamente, fazei
que seja reto o opressor, , o desumano, o cruel. A
justiça se manifesta especialmente pela compaixão para
T
—
H 'ü , , “e fica elevado”, mas a Septuaginta concorda
T
2. o valente e o soldado,
o juiz e o profeta,
o adivinho e o ancião;
3. o capitão de cinqüenta,
e o homem de posição,
o conselheiro e o sábio nas artes mágicas,
e o encantador perito.
4:1. Sete mulheres naquele dia lançarão mão dum homem, dizen
do: Nós comeremos do nosso pão, e nos vestiremos de nossos
vestidos; tão sòmente queremos ser chamadas pelo teu nome;
tira o nosso opróbrio.
ganar e roubar.
Os pecadores do verso 19 afirmam que não tinham
observado quaisquer atividades de Deus, e na increduli-
dade êles desafiam o Senhor para que êle faça depressa
a sua obra a fim de que possam observá-la. Para êstes
apóstatas e infiéis não havia qualquer razão ou motivo de
crer naquilo que os profetas diziam sôbre a justiça di
vina no castigo do pecado. Esta é a mesma falta de fé
de outros judeus no tempo de Ezequiel, 8:12, 9:9, e de
muitas pessoas em tôdas as épocas da História. O pe
cador sempre tem o desejo de fortalecer a sua incredu
lidade a fim de negar ou desafiar a lei moral. O con
ceito do Deus justo é inconveniente para opecador.
20. A i dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal;
que põem as trevas por luz, e a luz por trevas;
e põem o amargo por doce, e o doce por amargol
Tabe-al, "
> filho de ninguém, de acôrdo com a fra-
I T
queza do homem, cujo nome não merecia menção. Mas
o projeto está contra o propósito do Senhor, e o profeta
tem certeza de que “não subsistirá, nem tampouco acon
tecerá.” Êstes dois homens encolerizados estão se es
forçando para efetuar os seus planos de subjugar o Rei
no de Judá, e fazer uso dela na campanha contra a As
síria. Do outro lado está o Senhor dos Exércitos, o go
vernador supremo, cujo reino não tem fim, e cujo re
presentante no combate neste tempo é o fraco e medroso
apóstata Acaz. Mas quando os representantes do Senhor
são infiéis, o Senhor tem outros meios de conseguir os
seus propósitos.
Não obstante o mêdo de Acaz, e acima do projeto
da Síria e Efraim está a resolução inabalável do Senhor,
versos 7 a 9. O próprio iníqiio dos aliados não será
conseguido. Rezim é o cabeça de Damasco e Peca é o
cabeça de Efraim, e como chefes dos seus respectivos
reinos fracos, estão no alto do seu poder, mas dentro em
breve os seus reinos serão despedaçados, flftPl • O go-
vêrno de Judá não lhes pertence, e nunca lhes pertence
“ T
11. Pede ao Senhor teu Deus um sina!; quer seja profundo como
Sheol ou quer seja alto como os céus.
A Maher-Shalal-Has-Baz.
T T
22. Pois ainda que o teu povo, ó Israel, seja como a areia do mar,
só um restante dêle voltará; deatruigão está determinada,
transbordante de justiça.
27. Acontecerá naquele dia que a sua carga será tirada do teu
ombro, e o seu jugo será despedaçado do teu pescoço.
Is. 19:1; 21:11, 13; 22:1; 23:1; 30:6; Jer. 23:33, 34, 38;
Neem. 1:1; Zac. 1:1; 12:1; Mal. 1:1). Em tôdas estas
passagens o lêrmo expressa pensamentos ou sentimentos
solenes com referência à ira ou à calamidade que entris
tece o espirito do escritor. O oráculo concernente a Ba
bilônia é a chamada dos valentes do Senhor para exe
cutarem a sua ira contra esta nação.
Esta é uma linda poesia, no estilo literário de destre
za e poder, com figuras e têrmos cintilantes e caracte
rísticos do profeta. Alçai um sinal, uma insígnia ou ban
deira, em lugar bem visível, no monte escalvado. Levan
tai a voz para êles; acenai-lhes com a mão. Assim, o
Senhor Javé faz a chamada às suas hostes para se reu
nirem e estarem preparadas para os grandes eventos
iminentes. Chama os seus consagrados, os seus valen
tes, os que exultam com a majestade divina. A guerra
é contra os inimigos do Senhor, e será dirigida com de
dicação religiosa pelos consagrados ou separados para
esta missão (Cp. I Sam. 13:9; Jer. 22:7; 51:28; Joel
3:9).
Os meus exultantes orgulhosos. Êles ficam encan
tados com a vitória e se regozijam no seu orgulho (Cp.
Sof. 3:11). A palavra , exultante ou jubilante é
usada freqüentemente por Isaías (22:2; 23:7; 24:8;
32:13).
4. Eis um tumulto nas montanhas
como o de muito povol
Eis o clamor de reinos,
de nações congregadas!
O Senhor dos Exércitos passa em revista
as tropas da guerra.
5. Vêm de uma terra distante,
desde a extremidade dos céus,
o Senhor e os instrumentos da sua indignação,
para destruir tôda a terra.
6. Uivai, pois está perto o dia do Senhor;
vem do Todo-poderoso como assolação!
7. Pelo que tôdas as mãos se tornarão frouxas,
« o coração de iodos os homens se derreterá,
8. e ficarão assombrados.
Apoderar-se-ão dêles dores e ais,
e se angustiarão como a mulher parturiente.
Olharão atônitos uns para os outros;
os seus rostos se tornarão rostos flamejante*.
Os versos 4 a 5 descrevem gràficamente o ajunta
mento dos povos para a guerra. Ouve-se de longe o es
trondo das tropas que se congregam para a batalha.
Esta grande multidão vem de longe, desde a extremida
de dos céus, e se ajunta ao redor do estandarte alçado
no monte. As hostes do Senhor se compõem de reinos
e nações congregadas. É o Senhor quem põe em ordem
militar estas tropas que ardentemente desejam entrar
no conflito para destruir tôda a terra. É o dia do Se
nhor.
A terceira estrofe, 6 a 8, descreve o desânimo e a
angústia, a dor e o terror da destruição. Esta grande as-
solação dos iníquos vem da mão do Todo-poderoso,
Tôdas as mãos se tornarão frouxas. Ficarão
aterrorizados, sem coragem, sem esperança, e sem qual
quer fôrça de resistir ao poder das tropas do Senhor.
O coração de todos os homens se derreterá, e assim não
terão a fôrça de vontade para reagir. Abatidos e angus
tiados, êles sofrerão as dores terríveis da mulher par-
turiente. Na ansiedade e miséria, êles olharão, em de-
sespêro, uns para os outros. Rostos pálidos normalmen
te indicam mêdo e apreensão, mas aqui os rostos flame
jantes indicam a vergonha e a desonra.
Do ponto de vista da Bíblia, Deus é o guia da his
tória humana, e, neste sentido, o autor da guerra, mas
o homem é sempre responsável pela iniqüidade que, na
sua livre vontade, pratica contra a justiça divina.
9. Eis que o dia do Senhor vem,
cruel, com ira e ardente furor,
para pôr a terra em assolação,
e dela destruir os seus pecadores.
10. Porque as estréias dos céus e as suas constelações
não darão a sua luz;
o sol logo ao nascer se escurecerá,
e a lua não fará resplandecer a sua luz.
11. Castigarei o mundo por causa da sua maidade,
e os perversos por causa da sua iniqüidade;
farei cessar a arrogância dos atrevidos,
e abaterei a soberba dos tiranos.
12. Farei que os homens sejam mais escassos do que o ouro puro,
mais raros do que o ouro de Ofir.
4. Habitem entre ti
os desterrados de Moabe,
serve-lhes de refúgio
perante a face do destruidor.
Quando o homem violento tiver fim,
a destruição fôr desfeita,
desvanecido o calcanhar do tirano
da terra,
5. então um trono se firm ará em benignidade,
e sôbre êle se assentará com fidelidade,
no tabernáculo de Davi
um que julgue, busque a integridade
e não tarde em fazer justiça.
11. Pelo que por Moabe vibra como harpa o meu íntimo,
e o meu coração por Quir>Heres.
12. E quando Moabe se apresentar,
quando se cansar nos altos,
e entrar no santuário a orar,
não prevalecerá.
Havendo falado da última esperança de Moabe, o
poeta volta, no verso 7, ao lamento sôbre a triste con
dição dos moabitas. O lamento dos moabitas será uni
versal. Cada moabita, abatido e entristecido com a ca
lamidade terrível da sua pátria, uivará por Moabe, com
gemidos de dor 110 seu coração. As pastas de uvas,
uvas comprimidas, sendo deliciosas, eram usadas nas
ocasiões festivas, especialmente na festa da sega dos
primeiros frutos (Cp. II Sam. 6:19; Os. 3:1; Jer. 7:18).
Quir-Haresete, lugar em Moabe, é chamado Quir-Heres
no verso 11.
É muito provável que os versículos 16:8-11 apre
sentam a segunda parte da elegia de 15:1-9, interrompi
da pela recusa de conceder o pedido dos mensageiros
de Moabe, apresentado aos judeus em 16:1-7.
O verso 8 descreve os campos ou as vinhas frutífe
ras de Moabe. Sibma, perto de Hesbom, foi conhecida
pela famosa variedade de vinhas, ou “vides escolhidas”
(Cp. 5:2). Nos versos 8 a 11, o escritor fala dos seus
profundos sentimentos a respeito dos sofrimentos de
Moabe. Para uma terra tão frutífera como Moabe, a
perda das vinhas é um exemplo da enormidade do dano
que tinha sofrido. Não houve outro modo de produzir
tão grande desolação na terra de Moabe como a destrui
ção completa das vides.
Pois os campos de Hesbom murcham. A palavra
campos aqui significa vinhas, como em Deut. 32:32. Na
figura de hipérbole o escritor representa a vinha de
Sibma por uma só vide, cuja raiz se estende ao norte até
Jazer; ao deserto, no leste e no sul; e ao oeste, até além
do Mar Morto. Os senhores das nações talaram : T
os seus ramos, isto é, arruinaram as vinhas. Mas pode
significar que foram intoxicados ou vencidos pelo vinho
(Cp. 28:1).
Rego-te com as minhas lágrimas. Meditando sôbre
a calamidade terrível dos moabitas, fugitivos da sua terra
assolada, o poeta não podia deixar de chorar. A frase
caiu o grito da batalha. A palavra I T n significa aqui
o grito da batalha dos invasores, mas a mesma palavra
T “
22. E porei sôbre o seu ombro a chave da casa de Davi; êle abrirá,
« ninguém fechará, fechará e ninguém abrirá.
23. Fincá-lo-ei como prego em lugar firme, e êle será como um
trono de honra para a casa de seu pai.
24. Nêle pendurarão tôda responsabilidade da casa de seu pai,
a prole e os descendentes, todos os vasos menores, desde
as tasas até às garrafas.
25. Naquele dia, diz o Senhor dos Exércitos, o prego que fôra
fincado em lugar firme será tirado, será arrancado, e cairá;
e a carga que nêle estava se desprenderá; porque o Senhor
o disse.
6. Passai a Társis,
uivai, ó moradores do litoral !
13. Eis a terra dos caldeus! Êste era o povo; não era a Assíria.
Êles destinaram a Tiro para as feras. Êles levantaram as suas
tôrres e arrasaram os palácios de Tiro, e os converteram em
ruínas.
14. Uivai, ó navios de Társis,
porque é destruída a tua fortaleza.
2. Abri as portas,
para que entre a nação justa,
que guarda a fidelidade.
■
é num sentido verdadeiro a vontade do Senhor, porque
êle permite a operação das suas leis eternas. A cousa
importante para o homem é o espírito humilde que de
seja saber a vontade do Senhor, e de aprender a fazer o
que Deus lhe pode ensinar.
Os versos 11-1.2 declaram que o' povo, estupidificado
pelos próprios pecados, não pode ser acordado. Até o
profeta não tem visão, e o vidente não tem discernimen
to. Não há quem possa interpretar a visão. Para o ho
mem de cultura, a visão ou o livro, fica selado. Êle, bem
como o homem que não sabe ler, fica entorpecido pelo
pecado. A nação, o povo ou o homem imerso nas cousas
materiais torna-se inevitàvelmente cada vez mais insen
sível à vontade do Senhor, e finalmente se torna com
pletamente cego a qualquer admoestação ou apêlo espi
ritual.
3. A Religião Meramente Convencional Perecerá,
29:13-14
13 E o Senhor disse :
Porque êste povo se aproxima com a sua bôca,
e com os seus lábios me honra,
enquanto o seu coração está longe de mim,
e o seu temor para comigo é o mandamento
que aprendeu maquinalmente do homem;
14. portanto, eis que continuarei
a fazer cousas maravilhosas no meio dêste povo;
maravilhas e milagres;
a sabedoria dos seus sábios perecerá,
e o discernimento dos seus prudentes se esconderá.
Êste povo se aproxima de mim com a sua bôca, e
com os seus lábios me honra. Mas o culto do povo é
formal, tradicional e hipócrita. O seu temor para co
migo é o mandamento que aprendeu maquinalmente do
homem. Não tinha uma experiência da presença do
Senhor no seu coração. 0 coração, juntamente com to
dos os seus interêsses na vida, está longe de mim. Para
os profetas, e para os cristãos, a religião é a entrega, ou
a rendição completa da vida ao Senhor. É a comunhão
pessoal e espiritual com o amor e a justiça do Senhor.
Alguns escritores modernos dão muita ênfase ao culto
ritualista, sem reconhecer que todos os profetas con
denaram severamente a observação escrupulosa do ri-
tualismo e do sacrificio de animais, que exclui o desejo
de estabelecer comunhão com o Senhor (ver 1:10-15).
Se alguns profetas consideravam favoravelmente o cul
to ritualista, êles reconheciam, contudo, que a religião
meramente formal não tinha valor algum, se o oferece-
dor não tivesse o desejo de adorar e honrar a Deus. A
observação mecânica das formas e cerimônias da reli
gião não tem mais valor hoje do que tinha nos dias de
Isaias.
O seu temor para comigo é o mandamento do ho
mem, uma tradição que aprendeu mecânicamente (Cp.
Mat. 15:1-9). A comunhão espiritual com Deus é pes
soal, vem da revelação, e não da sabedoria humana.
Esta é a diferença fundamental entre a religião biblica
e o paganismo.
A sabedoria dos seus sábios perecerá. Nestas cir
cunstâncias, o Senhor se revelará de nôvo por maravi
lhas e milagres que os sábios não podem entender nem
explicar. A sabedoria e o entendimento dos sábios fica
rão completamente escondidos.
D. A Rejeição da Segurança da Fé no Senhor,
29:15-30:17
1. A Repreensão dos Conspiradores, 29:15-16
15. Ai dos que escondem profundamente o seu propósito do Senhor,
e as suas próprias obras fazem às escuras,
• que dizem: Quem nos vè? Quem nos conhece?
16. Vó» tudo perverteis!
O oleiro será reputado como o barro:
que a obra diga de quem o fêz:
Êle não me fêz;
ou a cousa formada diga de quem a formou:
Êle não tem entendimento?
Êstes versos 15-16 apresentam a repreensão aos po
líticos de Judá por seu propósito de formar uma alian
ça com o Egito na revolta contra a Assíria. Esperam
que êste plano, 28:7-22; 30:1-5; 31:1-3, fique escondido
do Senhor, mas o profeta conhece e expõe os movimen
tos dêste grupo de conspiradores. Ai dos políticos que
procuram manipular os eventos da História, e assim
usurpar a autoridade do Senhor, que é o Dominador
supremo da história humana.
Ai dos que escondem profundamente o seu propó
sito do Senhor. Êsse partido egípcio procurava ocultar
do profeta o seu plano de pedir socorro do Egito na re
volta contra a Assíria. O profeta lhes declara que êste
esforço de esconder do mensageiro do Senhor o seu pro
jeto é um ato de rebelião contra Deus. Quem nos vê?
Quem nos conhece? É característico do hipócrita, que
faz as suas obras às escuras, a pensar que pode ocultar
as suas atividades não somente do conhecimento dos ho
mens, mas também da observação do próprio Deus.
Vós tudo perverteis, transtornais! Que perversida
de a vossa! O Rôlo do Mar Morto diz: de cabeça para bai
xo por causa de vós. Vós vos considerais os mestres do
mundo, tão sábios, de acôrdo com o vosso modo de pen
sar, que julgais poder enganar o vosso próprio Criador!
Vós sois tão insensatos que pensais que o barro pode di
zer ao oleiro: Tu não tens entendimento.
2. A Redenção de Israel, 29:17-24
17. Não há mui pouco tempo ainda
até que o Líbano se converta em campo frutífero,
e o campo frutífero será tido por bosque?
18. Naquele dia os surdos ouvirão as palavras de um livro,
e da escuridão e das trevas os olhos dos cegos verão.
19. Os mansos terão muito mais alegria no Senhor,
e os pobres entre os homens exultarão no Santo de Israel
20. Pois o tirano será reduzido a nada,
e o escarnecedor deixará de existir,
e serão eliminados todos os que cogitam da iniqüidade;
21. os quais por uma palavra condenam um homem,
os que armam lagos ao que repreende na porta,
e os que sem motivo negam ao justo o seu direito.
22. Portanto, acêrca da casa de Jacó, assim diz o Senhor,
que remiu a Abraão;
Jacó não será mais envergonhado,
nem mais se empalidecerá o seu rosto.
23. Pois quando vir os seus filhos,
a obra das minhas mãos, no meio dêle,
santificarão o meu nome;
santificarão o Santo de Jacó,
e temerão o Deus de Israel.
24. E os que erram de espírito virão a ter entendimento,
e os murmuradones receberão instrução.
Alguns argumentam que estas passagens foram es
critas algum tempo depois de Isaias, mas reconhecem
que o estilo literário e a mensagem messiânica concor
dam notàvelmente com outras profecias messiânicas, re
conhecidas como obras de Isaias. O profeta proclama
que vem o tempo quando haverá uma grande transfor
mação do mundo físico e da natureza da sociedade hu
mana (Cp. 32:15-20). Aumentar-se-á a produtividade
da terra. O Líbano, que era apenas uma floresta, será
convertido em campo frutífero, e nas novas circuns
tâncias êste campo frutífero será considerado apenas
como bosque.
Naquele dia os surdos ouvirão as palavras do livro,
e das trevas os olhos dos cegos verão. A nação perversa
e surda que não entende a lei que tinha recebido, ouvi
rá e entenderá a mensagem da graça de Deus. E serão
abertos os olhos dos cegos para ver e compreender a
mensagem de Deus.
Os mansos e pobres que temem a Deus, em contras
te com a classe dos ricos e os escarnecedores (v. 20)
terão mais alegria, e exultarão no Senhor de Israel, en
quanto que os tiranos, os escarnecedores e os iníquos se
rão eliminados. O tirano talvez se refira a um opressor
de fora, enquanto que o escarnecedor é membro do gru
po dos revoltosos contra o plano do Senhor apresentado
pelo profeta.
No verso 21 o profeta se refere aos que pervertem
a justiça, e armam laços ao juiz que repreende o culpa
do na porta. Por qualquer pretexto, os juizes falsos, nos
seus próprios interêsses, procuravam dominar o homem
justo e privá-lo dos seus direitos (10:2; Am. 5:10, 12).
Portanto, acerca da casa de Jacó, assim diz o Se
nhor que remiu a Abraão. Há muita discussão sôbre a
frase que remiu a Abraão. Aparentemente, a frase se
refere apenas à chamada de Abraão de Ur. Assim, é
simplesmente uma referência casual, sem qualquer ên
fase sôbre a significação da palavra aqui. O Senhor
que fala sôbre a casa de Jacó é o mesmo que trouxe o
T T
da Idade de perfeição.
No hebraico rVH , e no grego irvevfia significam ven
to ou espírito. Reconhecemos a realidade do vento, não
porque podemos vê-lo, mas porque observamos os seus
efeitos. É assim também com o Espírito do Senhor, que
é invisível, mas real. Podemos observar o seu poder em
o nôvo nascimento do homem (João 3:8), como tam
bém no desenvolvimento do caráter do crente que é o
fruto do Espírito (Gál. 5:22). É misteriosa a operação
do Espírito do Senhor na vida do cristão, mas é uma
prova infalível da sua atividade. A retidão e a justiça
constituem o fundamento da ordem social (1:21; 28:17).
A obra da justiça será paz. O profeta, bem como o
Nôvo Testamento, ensinam claramente que a paz no co
ração do homem e a paz na sociedade humana são o fru
to do Espírito do Senhor. A justiça divina é oferecida
livremente, mas não imposta no espírito de pessoa al
guma. É recebida voluntàriamente, mas sempre com
alegria.
O meu povo habitará em moradas de paz. Na era
futura de paz, o povo do Senhor habitará em moradas
quietas e seguras, em lugares que não serão mais ata
cados ou perturbados pelos invasores. As referências ao
período futuro pelos profetas têm que ser interpretadas
com cuidado. Isaias, sem dúvida, esperava que um pe
ríodo de paz e prosperidade pudesse seguir à salvação
de Jerusalém do poder da Assíria, mas a Idade Messiâni
ca é o cumprimento final desta profecia dos versículos
18 e 20.
Alguns pensam que o verso 19 seja uma interpo-
lação que interrompe a conexão entre os versos 18 e
20, mas a destruição da Assíria, o bosque, iniciou o pe
ríodo de paz para o povo do Senhor. Levantam dúvi
das também sôbre o texto do verso, dizendo que a pa
lavra saraiva não cabe no contexto. Mas Delitzsch e
outros, explicando as cousas que deviam acontecer an
tes do princípio da nova era, reconhecem o bosque como
o emblema da Assíria, 10:18, 19, 33, 34, e a saraiva como
um dos podêres da natureza que destruirá a Assíria, 30:
30-33. O sentido da declaração é que o julgamento di
vino cairá sôbre a Assíria tão severamente como a sa
raiva cai sôbre o bosque, cortando as fôlhas das árvores
e destruindo a beleza do bosque. Para alguns intérpretes
esta figura é fraca, e êles preferem seguir o texto, “cai
rá completamente a floresta” .
A cidade será inteiramente abatida. Que cidade?
Aquêles que datam a profecia como sendo do período
do cativeiro, muito tempo depois de Isaias, dizem que a
cidade é Babilônia. Para aquêles que reconhecem Isaias
como o autor dêste oráculo, a cidade pode ser Nínive
ou Jerusalém. 0 versículo é muito obscuro.
Felizes sois vós os que semeais junto a tôdas as
águas. Neste verso 20 o profeta está pensando na Ida
de Messiânica, quando os inimigos de Israel serão des
truídos ou impotentes, e o povo do Senhor pode cultivar
a sua terra em paz e perfeita segurança. Haverá águas
abundantes, e até os animais serão felizes com os pro
dutos tão abundantes da agricultura.
VIII. “A Recompensa de Deus”, 33:1-35:10
Há várias opiniões a respeito do autor e da data
desta seção do livro de Isaias. Alguns dizem que foi
proferida no tempo dos Macabeus em 162 a. C. (Cp.
I. Mac. 6:51-63; 7:5-20; 9:1-18). De vários pontos de
vista os argumentos em favor dessa data são forçados,
sendo principalmente negativos em relação ao fundo his
tórico da mensagem. O argumento baseado no estilo é
fraco, porque se baseia nas passagens que limitam o es
tilo do profeta de acôrdo com os critérios e o escopo que
êles, os críticos, escolhem. Mesmo assim, alguns dêstes
reconhecem que a passagem reflete as circunstâncias his
tóricas da invasão de Judá por Senaqueribe no reino de
Ezequias.
É claramente um nôvo oráculo, com a sua mensa
gem distinta e especial, mas ao mesmo tempo relaciona-
se com o assunto geral que o precede, especialmente com
o último versículo do capítulo anterior. O desígnio da
profecia é assegurar aos judeus que a sua cidade fraca,
a última fortaleza da pequena nação, está segura, não
obstante a terrível ameaça do poderoso exército da As
síria. É uma mensagem de confôrto, pedindo que o povo
confie na proteção do seu Deus nesse período mais crí
tico de tôda a sua história. Assim, nestas circunstâncias
a, profecia tem um profundo significado.
;
10. Acaso subi eu agora sem o Senhor contra esta terra, para a
destruir? Pois o Senhor mesmo me disse: Sobe contra a
terra, e destrói-a.
No verso 7 o Rabsaqué prossegue com o seu argu
mento, declarando que o próprio Javé, o Deus de Israel,
era incapaz de ajudar o seu povo nesta crise.
Se me disseres: Confiamos no Senhor, o nosso Deus.
Ao mesmo tempo que o Rabsaqué se mostra incapaz de
entender a profunda significação desta fé dos judeus no
Senhor, êle demonstra astúcia e entendimento na expli
cação da fraqueza dessa confiança religiosa, especial
mente nas circunstâncias da ocasião. Na sua reforma
religiosa, o rei Ezequias mandou destruir os altos e os
santuários estabelecidos em vários lugares de Judá, por
que eram dedicados mais aos deuses dos cananeus, do
que ao Senhor Deus de Israel. Muitos judeus ficaram
insatisfeitos pela destruição dos seus altares dedicados
aos deuses mais tolerantes dos seus pecados do que o
Senhor Javé. Os assírios, nada sabiam da religião es
piritual dos judeus que proibia tais altares (II Crôn.
32:12); mas, informado da insatisfação do grupo que
lamentava a perda dos seus altares, o Rabsaqué apro
veitou-se dêste fato para dizer, ou indicar, que os judeus
seriam mais felizes sob o govêrno da Assíria do que no
domínio de Ezequias.
Empenha-te, ou faze uma aposta com meu senhor.
Assim, o mensageiro dos assírios escarnece da fraqueza
militar de Judá perante o poderoso exército da Assíria.
Dar-te-ei dois mil cavalos, se puderes achar cavaleiros
para os montar. Esta proposta irrisória foi especial
mente humilhante para a partida militar de Judá, tão
fraca em tôdas as fôrças de guerra (30:16; 31:1, 3).
O poder de Ezequias era tão fraco que não podia
afugentar um só capitão entre os mais fracos do exér
cito da Assíria, nem mesmo se pudesse obter carros e
cavaleiros do Egito. Como então se explica que êle te
nha a ousadia de desafiar o grande e poderoso rei Se
naqueribe ?
Acaso subi eu agora sem o Senhor contra esta ter
ra? Esta pretensão de ter recebido diretamente do Se
nhor a comissão de subir contra Judá e destruí-la não
parecia inacreditável aos judeus nas circunstâncias his
tóricas. É ptíssível que o assírio tivesse ouvido alguma
cousa a respeito das profecias de Isaias sôbre a sujei
ção de Judá ao poder da Assíria (Cp. 7:17; 10:5-11).
Mas está falando sem conhecimento do propósito e do
poder do Criador de tôda sas nações (Ver 37:6, 7, 21-35).
11. Então, disseram Eliaquim, Sebna e Joá ao Rabsaqué: Roga
mos que fales aos teus servos em aramaico, pois nós o en
tendemos, e não nos fales em judaico, aos ouvidos do povo
que está sôbre os muros.
12. Mas o Rabsaqué lhes respondeu: Porventura, o meu senhor
mandou-me para dizer-te estas palavras a ti somente e ao
teu senhor, e não antes aos que estão assentados sôbre os
muros, que estão destinados a comer convosco o seu próprio
excremento e bsber a sua própria urina?
14. Assim diz o rei: Não vos engane Ezequias; porque êle não
vos poderá livrar.
16. Não deis ouvidos a Ezequias; pois assim diz o rei da Assí
ria: Fazei as pazes comigo, e vinde a mim; então cada um
de vós comerá da sua própria vide, e da sua própria figueira»
e cada um de vós beberá da água da sua própria cisterna;
17. até que eu venha, e vos leve para uma terra como a vossa;
terra de cereal e de vinho, terra de pão e de vinhas.
Assim, o Rabsaqué procede no seu esfôrço de pez--
suadir os mensageiros de Ezequias que seria um gran
de êrro a recusa de entregar voluntàriamente Jerusalém
ao grande e “benévolo” rei da Assíria. Nem tampou
co Ezequias vos faça confiar no Senhor. Ainda em
linguagem diplomática, o mensageiro de Senaqueribe
assim despreza a fraqueza de Ezequias e a vaidade de
confiar no Deus dos judeus. À luz dos fatos, como é
que o povo pode manter confiança no poder de Eze
quias, ou no auxílio do seu Deus? Que base têm êstes que
dizem: O Senhor certamente nos livrará; esta cidade não
será entregue nas mãos do rei da Assíria? Estas pala
vras, proferidas com orgulho e arrogância, tornaram-se
mais tarde as mais irônicas na história da queda do po
deroso império da Assíria. Nem sempre se verifica tão
claramente a recompensa daqueles que zombam do povo
de Deus. Mas o Senhor, na sua benévola providência,
sempre cuida do seu reino entre o seu povo, ainda nas
vicissitudes mais ameaçadoras da História.
Em vez de dar ouvidos a Ezequias, fazei as pazes
comigo. A palavra ("DH.S , traduzida por paz ou paZés,
significa bênção. Mas, segundo o ponto de vista do as
T T :
20. Quais são, dentre todos os deuses dêstes países, os que livra
ram a sua terra das minhas mãos, para qu.s o Senhor livrasse
a Jerusalém das minhas mãos?
21. Êles, porém, se calaram, e não lhe responderam palavra;
porque assim lhes havia ordenado o rei, dizendo: Não lhe
respondereis.
22. Então Eliaquim, filho de Hilquias, o mordomo, e Sebna, o
escrivão, e Joá, filho de Asafe, o cronista, rasgaram suas ves
tes, vieram ter com Ezequias, e lhe referiram as palavras do
Rabsaqué.
20. Agora, pois, ó Senhor, nosso Deus, livra-nos das mãos dêle,
para que todos os reinos da terra saibam que só tu és o
Senhor.