2010-2 - Aula 10 - ENSAIO DE TENACIDADE A FRATURA PDF

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 12

ENSAIOS MECNICOS AULA-10

ENSAIO DE TENACIDADE FRATURA

Prof. Carlos Triveo Rios

INTRODU INTRODUO AO ENSAIO DE TENACIDADE FRATURA, Kc Os ensaios de impacto, fornecem apenas dados qualitativos. No fornece dados adequados para realizar projetos de mquinas com materiais adequados que contenham defeitos ou trincas. Isso obtido atravs da mecnica fratura que estuda a tenacidade fratura. A mecnica fratura permite quantificar as relaes entre: propriedades do material, nveis de tenso, presena de falhas ou defeitos que produzem trincas e mecanismos de propagao de trincas. Principal utilidade da mecnica fratura caracterizar a fratura frgil de materiais normalmente dcteis, que podem sofrer falha catastrfica abaixo do seu limite de escoamento, devido ao efeito de concentrao de tenso de defeitos estruturais. Objetivo: Antecipao e preveno
de falhas estruturais Engenheiros.
Nveis de tenso

Kc
A mecnica fratura, analisa falhas de materiais estruturais com defeitos preexistentes

-Presena de defeitos e trincas e mecanismos de propagao de trina,

O ensaio de tenacidade fratura permite compreender o comportamento de materiais que apresentam trincas, ou outros defeitos internos de pequena dimenso, pela anlise da mxima tenso que um material pode suportar na presena desses defeitos. A Tenacidade fratura uma propriedade emprica do material que determinado por um ou por vrios mtodos de ensaios padronizados de tenacidade fratura.

Concentradores de Tenso definido como:


Entalhes: So mudanas abruptas na geometria de um componente. necessrio consider-los para desenho de projetos de componentes na preveno de falhas.

Irregularidades: Perturbam o campo de


tenso de um componente, amplificando o mesmo em suas proximidades. Podem ser defeitos: microscpicos ou macroscpicos, como: vazios, riscos, entalhes, cantos vivos, mudanas de seo em componente de grandes estruturas.

Distribuio de tenso Normal

Amplificao da tenso Perturbao de tenso Normal para um mximo, mx, no extremo do entalhe defeito

O efeito de um fator de concentrao mais significativo em materiais frgeis do que em materiais dcteis. Em material dctil, a deformao plstica acontece quando a tenso mxima excede o limite de escoamento A Distribuio das tenses + uniforme na vizinhanas do fator de concentrador de tenses. Em material frgil, isto no acontece.

Efeito de um entalhe sobre o campo de tenses de um componente submetido trao.

Efeito da Concentrao e Distribuio de Tenso

defeito

Frgil

Dctil

Materiais Dcteis
Exibem pouca ou nenhuma sensibilidade ao tamanho da falha inicial. A deformao plstica acontece: mx > e Ocorre redistribuio de tenso na ponta da trinca. E ocorre endurecimento local por deformao (encruamento). Ou seja, no se desenvolve totalmente o fator de concentrador de tenso terico, Requere muito mais energia para propagao do defeito que em materiais frgeis,

Materiais Frgeis
O efeito do fator de concentrao de tenso mais significativo em materiais frgeis do que em materiais dcteis, As tenses de falha so mais altas, No ocorre redistribuio de tenso e o valor do concentrador de tenso ser prximo ao valor terico E/10, necessrio para romper as foras de ligao atmica.

Concentrador de Tenso, K
Assume a forma de uma trinca elipsoidal de comprimento 2a. Sendo sua tenso local de:
t

mx a 2a Tenso o x x Posio ao longo de x x

a 1/ 2 mx = o 1+ 2 t

t = raio de curvatura da ponta da trinca, a = comprimento da trinca na superfcie e/ou a metade do comprimento de uma trinca interna. o = tenso aplicada nominal, m = mx= tenso amplificada na ponta da trinca.

x x

Resistncia coesiva terica de um material frgil = E/10 (para manter junto os tomos) Experimentalmente, essa resistncia cai para: E/100 a E/10000. Devido presena de falhas microscpicas que amplificam a tenso local e produzem um concentrador de tenso.

Se (a/t) muito grande, e ainda, se a trinca comprida e fina, a equao se torna:

mx = 2 o

a t

1/ 2

1/ 2 Fator: Concentrador de Tenso, denominado como: K = mx/o : a Intensidade de Tenso, K = 2 Distribuio de Furo elptico em t Tenses chapa K = / : Fator Concentrador de mx o K Tenso em funo da geometria

do material.

raio de concor dncia

Aumento de w/h

-Grandes K Promovem falha (K >>3) -Evitar Cantos Agudos Promovem falha

raio de concordncia mais agudo

Distribui Distribuio de Tenses


Para regies mais distantes da ponta da trinca, observa-se um estado uniaxial de tenses, podendo-se considerar x e z nulos, restando apenas y. Para regies mais prximas da ponta da trinca, tem-se um estado triaxial de tenses, como observado na figura:.
K . f x ( ) 2. .r K y = . f y ( ) 2. .r K xy = . f xy ( ) 2. .r

x =

r = distancia do ponto de anlise at a ponta da trinca, = ngulo formado entre o ponto analisado e a origem do sistema

x e y podem ser determinados por mtodos analticos. Entretanto, z mais dificultado, pode ser ou no nula em funo da espessura do corpo, levando: -Estado plano de tenses (z = 0); em estruturas onde uma dimenso (espessura) muito menor que as outras duas, e sobre ela atuam unicamente cargas contidas em seu plano mdio. -Estado plano de deformaes (z = 0); em estruturas onde uma de suas dimenses muito maior do que as outras duas; e sobre ela atuam unicamente cargas uniformemente distribudas ao longo de seu comprimento (Neste caso, cria-se uma triaxialidade de tenses).

Exemplo 1: Uma placa de vidro contm uma trinca superficial em escala atmica (considere que o raio da ponta da trinca aproximadamente igual ao dimetro de um on de O2-). Dado que a trinca tem 1m de extenso e a resistncia terica do vidro sem defeitos 7,0 GP, calcule a resistncia Fratura da chapa. Considerar raio do on de O2- = 0,132nm.

t = 2rO2- = 2 (0,132nm) = 0,264nm = 0,264x109 m a = 1m = 1,0x10-6 m m = 7,0 GPa = 7,0x109 Pa resistncia terica sem defeito o = resistncia fratura da chapa = ?

o =m.(t/a)1/2/2
Substituindo valores temos:

o = 57MPa

O Critrio de Griffith

Analisa a tenso para uma placa semi-infinita, contendo uma trinca elptica.

Griffith propus que uma trinca existente com comprimento 2a, se propagar quando a liberao de energia de deformao elstica deve ser no mnimo igual energia requerida para criar novas superfcies de trinca, ou seja, deve envolver: -energia de deformao superficial elstica, s, e/ou, -energia de deformao plstica, p .
Em material frgil para espessura, t, desprezvel: Sem c =(2E. s/.a)1/2 deformao plstica em funo do defeito, a. Em material frgil para espessura, t, no-desprezvel (espessura grande quando comparado trinca): Em materiais que experimentam plstica (como metais e polmeros): alguma deformao

Tenso Crtica, c, exigida para propagao da trinca:

c =(2E. s/.a (1-))1/2 c =(2E.(s+ p)/.a)1/2 G = 2(s+ p) = .2.a/E

-A Taxa de liberao de energia de deformao, G, dado por:

Para que ocorra propagao da trinca em material especifico: G = .c2.a/E

A tenso critica, c, para propagao da trinca, dado por:


quando, G excede um valor critico Gc.

c = (EG/a)1/2

A condio critica para que a trinca se propague e cause falha total


A taxa de liberao de energia de deformao crtico, Gc, pode ser medido quando relacionado ao fator de intensificao de tenso, K, atravs da equao:

GC =

K 2 (1 ) E

Exemplo 2. Uma placa relativamente grande de um vidro submetida a uma

tenso de trao de 40MPa. Se a energia de superfcie especfica e o modulo de elasticidade para este vidro so de 0,3 J/m2 e 69GPa, respectivamente, determine o comprimento mximo de um defeito de superfcie que possvel existir sem que ocorra uma fratura no material.
Dados: ut = = 40MPa = 40x106 N/m2 s = 0,3 J/m2 = 0,3 N/m E = 69 GPa = 69x109 N/m2 Substituindo:

=(2E. s/.a)1/2

a = 2Es/.2 a = (2)(69x109N/m2)(0,3N/m)/(40x106N/m2)2 a = 8.2x10-6 m = 8,2 m

1J = 1N.m 1GPa = 1N/m2

Modos de Fratura devido ao fator de intensidade da Tenso, K


A distribuio de tenso na ponta da trinca depende sobre como a trinca esta sendo entendida ou prolongada. O fator de intensidade da tenso, K, determinado por ensaios em amostras simples e quando submetidos a diferentes modos de carregamento envolvem trs modos de deslocamento da superfcie da trincas. As superfcies de trinca As superfcies de trinca se A superfcie de trinca
se afasta por abertura ou por trao escorregam um sobre outro em direo perpendicular ferramenta movem relativamente um em relao ao outro de forma paralela ferramenta.

O modo I, encontrado na maioria dos casos da engenharia, e utilizando sob a hipteses de comportamento linearmente elstico (hookeano). Um aumento de resistncia a este modo melhora tambm os demais modos. A superposio de modos pode ser usada em casos mais gerais.

An Anlise das Tenses nas Trincas Tenacidade Fratura Tenacidade fratura, Kc, uma propriedade dos materiais que indica a resistncia de um material fratura frgil quando uma trinca de tamanho critico esta presente. Depende da geometria onde esta localizada a trinca, tal como: W, B e Y.
Fator de intensificao de tenses, K, quando crtico, torna-se Tenacidade fratura, Kc K = Y..(.a)1/2 Kc = Y(a/W).c.(.a)1/2
W W/2

2a

Y um parmetro adimensional que depende do tamanho e da geometria da trinca e da amostra, geralmente assume valores de 1. Para que ocorra fratura a tenso aplicada deve exceder um valor crtico, c. Tenacidade Fratura em Deformao Plana Modo I:

KIc = Y..(.a)1/2

Unidades: KIc = MPa. m1/2


GIC = K2 Ic (1 ) E

A taxa de liberao de energia de deformao, G, no Modo I, dado por:

A tenacidade fratura no modo k-um-c (deformao plana modo I), KIc, um valor crtico do fator de intensidade de tenses numa ponta de trinca necessrio para produzir uma falha catastrfica sob uma carga uniaxial simples. Entretanto, muitos detalhes de projetos estruturais de engenharia so estudados atravs de KIc.

Para determinar o fator de intensidade de tenso, K, para o projeto, e comparar com valores de KIC, por ensaios normalizados (ASTM E399): Utiliza-se o grfico de projeto da tenso mxima admissvel em funo do tamanho do defeito ou da trinca , a.

Relao Tenso Admissvel () x Comprimento da Trinca (a)


Ic max = y . .a

Mxima tenso admissvel em funo do comprimento da trinca

e tenso de escoamento K > KIc K < KIc

Ocorre propagao da trinca induzida pela trinca

Kic= K

KIc = Y..(.a)1/2

No h propagao da trinca

acrtico

O parmetro adimensional Y depende tanto do tamanho como das geometria da trinca.


-Para placa de largura infinita, Y(a/W) = 1,0 ; -Para placa de largura semi-infinita com trinca de aresta e comprimento, a, Y(a/W) = 1,1; -Para amostras relativamente finas, Kc depende da espessura B da amostra: Kc com B. -Para amostras mais grossas: Kc se torna independente da espessura B da amostra, -KIc a tenacidade fratura normalmente citada quando; KIC < Kc -Valores de KIc so relativamente grandes para materiais dcteis. -Valores de KIc so baixos para materiais frgeis (So vulnerveis falha catastrficas) -KIc com aumento da taxa de deformao, e diminuio da temperatura -KIc aumenta com o refino de gro e com aumento da temperatura.

-Experimentalmente, foi verificado que em condies de deformao plana:

B 2,5(KIc/e)

Valores Tpicos de Tenacidade fratura (KIc) a temperatura ambiente para diferentes materiais.
MATERIAL Metal ou Liga
-Ao carbono -Ao com mdio teor de Carbono, -Aos de rotor (Discalloy) -Aos de Vaso Presso -Aos de alta resistncia -Ferro Fundido -Metais dcteis (Al,Cu,Ni) -Be (metal frgil) -Ligas de alumnio (alta e baixa resistncia) -Ligas de titanio (Ti-6Al-4V) KIC MPam

Cermica ou Vidro
-zircnia parcialmente estabilizada -porcelana eltrica -alumina -magnsia -cimento/concreto -SiC -Si3N4 -Vidro de soda

KIC MPam

Polmero
Polietileno -Alta resisten.

KIC (MPam)

140 51 204-214 170 50-154 6-20 100-350 4 23-45 55-115

9 1 3-5 3 0,2 3 4-5 0,7-0,8

2 1 3 2 0,5 3 1-2,6 0,3-0,51

-Baixa resiste. -Polipropileno -Poliestireno -Polisteres -Poliamidas -Policarbonatos -Epxi

Determina Determinao da Tenacidade Fratura e Respectivos Ensaios


A Mecnica Fratura pode ser estudada em funo do comportamento do material e da anlise de Mecnica Fratura Elstico Linear (MFEL).

Mecnica Fratura Linear Elstica (KIc, Kc): Estuda a propagao instvel da trinca, em modo de fratura frgil, que apresenta pequena deformao plstica na regio prxima da ponta da trinca.

i) Tenacidade Fratura em Deformao Plana, KIc:

Estado plano de tenses

dependente da espessura e das propriedades do material (Herzteberg Mecnica fratura, e ASTM E813).

ii) Tenacidade Fratura em Tenso Plana Kc:

Tenacidade fratura, Kc

Muito til quando se trabalha com materiais de resistncia muito alta. Exibem fratura frgil, independente da espessura.

Tenacidade fratura em tenso plana Espessura, B

Tenacidade fratura em deformao plana

Valor mnimo - Fator de segurana em projetos

-CTOD (crack tip opening displacement): Distncia entre as duas superfcies da trinca, medida na ponta da trinca Usado para materiais de baixa resistncia (o < 1400 MPa) Exibem pequena quantidade de deformao plstica antes da falha.
-Integral-J, JIC: permite estimar a tenacidade fratura prxima ao inicio de crescimento estvel da trinca Usado para materiais de resistncia mais baixa. Exibem pequena quantidade de deformao plstica antes da falha. -Curva - R: permite determinar a resistncia fratura para materiais que apresentam propagao de trinca estvel e lenta.

Ensaio de Tenacidade Fratura em Deformao Plana, KIc


O ensaio de tenacidade fratura permite compreender o comportamento de materiais que apresentam trincas ou defeitos internos de pequena dimenso, pela mxima tenso que um material pode suportar na presena desses defeitos. Geralmente para materiais metlicos. Porm, tambm so adaptados para materiais no metlicos (cermicos) com ou sem modificaes. Preparao dos Corpos de Prova para determinar, KIc:
-O ensaio envolve o teste de um CP entalhado, tendo uma pr-trinca, causada por fadiga e solicitado a tenses de carregamento em trao ou flexo. Corpos de prova: Segundo procedimento de ensaio especificado na ASTM E399. 1ro. determinar as dimenses crticas do corpo de prova. Caso no se tenha disponvel o valor de KIc na literatura, deve-se estimar. 2do. seleo do corpo de prova, dentre os vrios tipos disponveis.
C. P. para ensaios de KIC por Flexo C. P. para ensaios de KIC por Trao
a) C.P. entalhe simples para flexo em trs pontos. b) C.P. em amostra compacta por trao + utilizados. c) C.P. em forma de arco, usado para geometrias cilndricas (como; vasos de presso e tubulaes). e) C.P. de chapas em forma de disco, DC(T): usado em corpos de prova usinados a partir de blanks circulares. d) C.P. em forma de arco, A(B) para flexo em trs pontos

Preparao do Entalhe e Pr-trinca


Objetivo do entalhe: simular um plano de trinca ideal com raio essencialmente
nulo. A profundidade do entalhe, a, deve ser de, no mximo, 0,45W a 0,55W.
Entalhe por usinagem Trinca iniciado por Fadiga Ciclagem de Fadiga COPO DE PROVA

Pr-trinca Entalhe Geometria do entalhe para corpos de prova de KIC

Entalhes so construdos geralmente por usinagem. Pr-trinca uma extenso do entalhe, realizada por fadiga. -Deve propagar-se pelo menos 0,05W frente do entalhe. -Objetivo: eliminar qualquer efeito de geometria ou encruamento introduzido na realizao do entalhe. Entalhe em chevron: tem vrias vantagens comparado com o entalhe em linha reta (Direto); -mantm a trinca plana e assegura que ela se estenda bem alm da raiz do entalhe (0,05 W). -a usinagem mais simples (por aplainamento), enquanto que o entalhe em linha reta deve ser usinado por fresamento ou eletro-eroso, para produzir um raio de fundo mais agudo e mais uniforme possvel. Para C.P de juntas soldadas, o entalhe chevron a mais recomendvel, em soldas sem alvio de tenses.

N = W/16

a = 0,45 a 0,55W
Pr-trinca

Condies de carga/Superfcie de fratura:


Carga em funo do deslocamento

Modos de falhas: Regio A: Regio de pr-trinca de fadiga, produzida por carregamento cclico com variao de tenso mxima e mnima de -1 e +0,1, para um nmero de ciclos usualmente entre 104 e 106. Regio B: Regio de instabilidade transio entre a pr-trinca e a ruptura instantnea (pop-in) Regio C: Regio de crescimento instantneo de trinca/fratura Consideraes finais:

Aps a fratura do material, devem realizar-se medidas do comprimento da pr-trinca em trs diferentes posies, extraindo-se um valor mdio para ser utilizado nos clculos. A aparncia da fratura tambm pode dar informaes sobre o comportamento dos materiais ensaiados.

Execuo do Ensaio, para determinar KIc


A taxa de carregamento, deve ser rpido, porm no dinmico, para no ser afetado por meios corrosivos, A taxa de carregamento, em ensaio de flexo, deve aumentar o fator de intensidade de tenses, KIC, na faixa de 0,55 a 2,75 MPam /s. Detalhe do clculo da taxa de carregamento encontrado na norma ASTM E399. Antes do ensaio, devem ser medidos os valores de B, S, e W . Aps o ensaio, o valor de a0 deve ser medido, com o corpo de prova fraturado, em nove pontos igualmente espaados ao longo da espessura do corpo de prova. O registro do ensaio: Grfico: carga (P) versus deslocamento da abertura ().

Objetivo do ensaio:
-Determinar a tenacidade fratura aparente, KQ: Estabelece-se, que: KQ = KIC
Ensaio de Flexo de 3 pontos
Comprimento til P
Corpo de Prova

PQ obtido de grficos.

Ensaio de trao

Extensometro

Base de fixao do ensaio

Validao do Valor, KIC ou do Ensaio


Grfico: relaciona carga aplicada (P) e deslocamento da abertura do entalhe (), pode mostrar 03 resultados do tipo I, II e III.
-No grfico tipo I: Constri-se uma reta secante defasada 5% desde a origem reta linear da curva. Corresponde 2% de aumento no comprimento da trinca para ensaios de trao e de flexo. -Determina-se a carga de interseo Ps que ser igual a PQ, usada para determinar a tenacidade aparente KQ na equao: -Para que o ensaio possa ter validade, ainda recomendado que se obedea a relao:
K Ic (t ou B) e (a) 2,5. e
2

PQ carga aparente, PS carga secante.

PQ = PS

PQ > PS PQ > Pmx

Desvio secante de 5%

Neste caso:

KQ = KIC

Valida o valor da tenacidade fratura, KIc,em deformao plana para fratura frgil com presena de entalhe.

Aplica-se a Equao:

KIC = Y..(.a)1/2

Tenacidade Fratura em Deformao Plana

-No Grfico tipo II e III: (similar ao tipo I), Existem cargas maiores que PS Ento, assume-se que a carga mxima ser PQ. -Se a relao: Pmax/PQ > 1,1; as condies so aceitveis KQ representativo de KIc -Caso contrrio, deve-se ensaiar um CP maior ou com entalhe mais severo, para validar o ensaio.

Exemplo 3: 2 CP idnticos foram preparados tendo como material ao-carbono 4340, temperado em 260 e 425C. Adotaram-se como espessura dos CP (t=1 cm) e comprimento da trinca (2a=4cm). Se os CP forem ensaiados em tenacidade fratura para deformao plana, essas caractersticas dimensionais de espessura e comprimento da trinca seriam validas para o ensaio??: Usar KIc = 50 e 87,4 MPa.m e e = 1640 e 1420 MPa, respectivamente para os aos 4340 temperados em 260 e 425C. Soluo Da equao:

K Ic (t ) e (a) 2,5. e A) Para o caso do ao 4340 temperado a 260C:

50 (t ) e (a) 2,5. 1640

a 0,002 m

Como t = 0,01m e a = 0,04m so maiores que 0,002, essa condio valida para o ao 4340 temperado a 260C. B) Para o caso do ao 4340 temperado a 425C:

87,4 (t ) e (a) 2,5. 1620

a 0,009 m

Como: t = 0,01m e a = 0,04m so maiores que 0,009, essa condio, tambm valida.

Projeto de Componentes Mecnicos Baseado na Teoria da Mecnica da Fratura No projeto de um componente, devem avaliar-se 03 variveis:

KIc = Y..(.a)1/2
KIc tenacidade fratura que baseado na seleo de materiais Estado de tenso imposto a dimenses e configurao da trinca

-deve-se decidir quais variveis sero fixadas ou limitadas, -quais variveis podero sofrer mudanas, e, ou sujeitas ao controle do projeto, -Seleo adequada de um material que deva resistir ambientes agressivos ou que deva apresentar uma baixa massa especifica. Alumnio. Neste caso, fixase KIc e os parmetros so limitantes para o projeto. -O nvel de tenso, influenciado pelo peso, esforos solicitantes e do tamanho da trinca (que deve ser tolerado para que o componente no falhe) -Quando dois parmetros se fixam o terceiro componente pode-se estimar ou determinar. Assim, conhecendo-se o material a utilizar-se e conseqentemente Kc, o modo de tenso critica admissvel de solicitao (c) e o comprimento mximo da trinca (ac), podem ser calculados para o modo I, pelas equaes:
c =
K Ic y. .a
ac = 1 K Ic . .y
2

Atualmente existem muitas outras tcnicas de ensaios no destrutivos para detectar e medir trincas (superficiais ou internas).

Informaes Adicionais Sobre o Ensaio de Tenacidade Fratura O ensaio pode ser usado para os seguintes propsitos: Analisar a influencia de parmetros como: composio, tratamento trmico e operaes de fabricao (soldagem e conformao mecnica na tenacidade a fratura de materiais novos ou j existentes), Para controle de qualidade e especificaes de aceitao na manufatura de componentes, em que as dimenses do produto so suficientes para a confeco de CP requeridos para a determinao de KIc. Para avaliao de um componente em servio, estabelecendo a adequao do material para a aplicao especificada quando as condies de tenso sejam determinadas. Identificao dos Corpos de prova
Se identificam por duas letras: A primeira corresponde direo normal ao plano da trinca, A segunda a direo esperada da propagao da trinca.

A tenacidade fratura depende da orientao e da propagao da trinca em relao anisotropia do material, que a sua vez funo direta do trabalho mecnico sofrido pelo material e da direo de crescimento do gro.

Variveis que Afetam a Tenacidade Fratura Fatores metalrgicos (internos)


Microestrutura, incluses e impurezas Composio Tratamentos Trmicos Processamento termo-Mecnicos

Condies de Ensaio (externos)


temperatura, meio ambiente taxa de deformao espessura das amostras
Amostra Fina Mdio Grossa
Tenso de Fratura

Temp. Taxa de deformao


Espessura das amostras

KIC

Espessura

Tenacidade fratura de compsitos intermetlicos obtida atravs da relao existente entre o tamanho das diagonais de impresso e o comprimento das trincas geradas. Para isso, pode-se fazer uso de vrios modelos. Um deles, muito utilizado, foi proposto por Blendell (Ponton, 1989), dado pela relao: a K IC = 0,0285 HV 0,6 E 0, 4 a 0,5 log 8,4 < 3 MPa.m1/2 c onde: KIC a tenacidade a fratura do material (MPa.m1/2); HV, dureza Vickers (GPa); E, mdulo de elasticidade (GPa); c, comprimento de meia trinca gerada (m); a, comprimento de meia diagonal da impresso Vickers (m). A figura mostra os comprimentos caractersticos da impresso Vickers utilizados na determinao de KIC.

OBRIGADO

Você também pode gostar